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FACULDADE DE DIADEMA - FAD UNIESP

CYBERBULLYING

Aluna: Camila Mendes da Silva


RA: 2017006009
Disciplina: Direito Civil I
Avaliador: Fabiana Moraes

Diadema
2017

O termo Cyberbullying deriva de Bullying, mas se difere por ocorrer em reder


sociais, ou qualquer forma virtual.

Para uma compreensão melhor do Cyberbullying, devemos entender o que é o


Bullying, e então transpor para o mundo virtual. Bullying(é um termo que vem do
inglês bully e significa valentão, tirano), é o ato de agressão física ou psicológica
praticada contra um indivíduo ou grupo de indivíduos de forma que cause:
constrangimento, injúria, dor física ou psicológica, intencional e repetidamente.
Esses fatores, que inicialmente parecem inofensivos, em médio prazo começam a
desestruturar o agredido de tal forma que, em grande parte dos casos, o levam ao
cometimento de crimes tais como agressões físicas graves ou até mesmo o
assassinato do agressor.

O Cyberbullying passou a existir com criação de redes sociais, onde jovens


gastam boa parte do tempo postando coisas sobre a vida pessoal(bairro onde
mora, onde estuda, locais que costuma frequentar), expondo opiniões sobre os
mais diversos assuntos, e acabam deixando muito evidente seu gostos,
ideologias, e até intimidade.

Uma hipótese de Cyberbullying é utilizar mentiras para ridicularizar e agredir a


moral de alguém. O agressor após uma rápida análise ao perfil da vítima, se
apropria de informações e usa uma ou mais informações reais entre as mentiras,
de forma que torne os ataques vexatórios convincentes aos espectadores.

Outra hipótese é a descoberta de algum problema da vida particular do ofendido.


O agressor não hesita em expôr nas redes socias, mandar mensagens
demonstrando conhecimento sobre o fato, e tudo, sempre com o intuito de
machucar e envergonhar o outro. São muitos os exemplos de problemas que os
agressores gostam de expôr, como por exemplo: problemas conjugais entre os
pais, fotos íntimas, dívidas da família, algum problema judicial que a família tenha
enfrentado ou enfrente e etc.

Além do agressor, o que potencializa a propagação de postagens, fotos,


mensagens ou vídeos de cunho ofencivo, são os espectadores, que acham
engraçado e se aproveitam da situação para compartilharem e ridicularizarem o
ofendido. Muitas vezes assim o fazem por acreditarem que pelo fato de não serem
os autores, passarão desapercebidos por qualquer consequência que o ato possa
causar.
Geralmente a vítima não faz parte do grupo dos agressores(entende-se por
agressor: autor e espectadores que compartilhem e comentem de forma que
hostilize e envergonhe a vítima), ou já fez parte e por algum motivo não faz mais,
por ser considerada "fora dos padrões" estéticos ou sociais, por sua cor, raça ou
credo, por terem alguma deficiência, ou por algum desentendimento que tenha
ocorrido entre ela e o autor.

Perfis falsos, mais conhecidos como "fakes"[1], é outro problema. Embora hoje já
existam mecanismos para descobrir de qual IP[2] ou IMEI[3] partiu a criação e
logins desses perfis. Com os perfis fakes a coragem para disseminar a maldade
e o ódio só aumenta. Atrás das telas de celulares e computadores, as pessoas
sentem-se mais confiantes em falar o que pensam sem medo de qualquer
consequência, e através dos fakes a sensação de impunibilidade se fomenta, pois
essas pessoas acreditam que suas identidades jamais serão descobertas.

O assunto torna-se muito mais sério e requer muito mais atenção quando o
número de suicídios cresce entre as vítimas do bullying e cyberbullying. Estudos
mostram que casos de ansiedade e depressão podem estar relacionados ao
bullying. Vai massacrando a autoestima e isso favorece desenvolver alguns
quadros, entre eles, de ansiedade e principalmente de depressão. Há estudos
nacionais e internacionais mostrando que pessoas vítimas de bullying e
cyberbullying são mais suscetíveis a desenvolver quadros depressivos e a
cometerem suicídio.

O mundo tem se preocupado mais com essa crescente entre os jovens, e isso é
retratado em séries e filmes com o intuito de chamar atenção dos pais e das
escolas.

A série 13 Reasons Why, disponível no catálogo de filmes do Netflix, aborda


casos de bullying entre adolescentes. A primeira temporada do enredo conta a
história de um jovem estudante que encontra uma caixa com várias fitas cassete
na porta de sua casa, gravadas por sua amiga que se suicidou. Em cada fita, a
menina dá treze motivos pelos quais cada pessoa a quem as fitas foram enviadas,
contribuíram para que ela se suicidasse.

O filme Cyberbully, relata o caso da adolescente Taylor Hillridge, que ganha um


computador de presente de aniversário e logo cria um perfil em uma rede social
chamada clicksters. Vítima de cyberbullying, ela passa a ser rejeitada pelos
conhecidos no "mundo real", e tenta suicídio. Após isso, tenta superar o drama
trocando experiências com pessoas que sofreram o mesmo tipo de humilhação.
É importante que os pais tenham conhecimento das amizades virtuais de seus
filhos, pois se isto ocorre naturalmente no plano real, não vejo problema em pais
exercerem certo controle sobre a vida virtual dos filhos. Desta forma os pais,
principais responsáveis pelo o bem-estar dos filhos, poderão visualizar se algo de
errado está acontecendo, como algum tipo de agressão psicológica, por exemplo.
Isso poderá ser feito sem mesmo ter acesso ao nome de usuário e/ou senha que
os filhos utilizam para acessar a rede.

Para isso, os pais deverão também possuir uma conta ativa na qual esteja inserida
os seus filhos como “amigos”, além de ficarem atentos aos registros de históricos
de navegação produzidos pelos filhos, por assim ampliar o controle sobre os sites
acessados – muitas vezes agressivos ou pornográficos.

A escola, também responsável pelo bem-estar do aprendiz e pela promoção de


informações atualizadas, também deve fazer essa espécie de monitoramento.
Uma ideia é que os professores tenham na lista de contatos virtuais os seus
alunos, assim poderão visualizar o que ocorre nas páginas em que eles
gerenciam. Diariamente as aulas deverão ter um caráter preventivo, não só contra
o Bullying ou o Cyberbullying, mas também contra qualquer que seja o tipo de
agressão. Não menos importante é lembrar aos alunos que o Cyberbullying é
ainda mais nocivo que o Bullying, pois sua disseminação é muito maior, sendo
capaz de atingir o mundo inteiro em uma pequena fração de segundos. Além
disso, após ser lançada na rede, não se terá mais controle sobre a agressão, por
mais que o agressor arrependa-se ela já pode ter sido compartilhada por centenas
de pessoas, que em pouco tempo se tornarão milhares, milhões, e assim por
diante.

Resumo que o papel dos pais e da escola é o de diagnosticar, mas acima de tudo
prevenir.

[1] Fakes - Fakes é um termo inglês que significa falsos ou falsificações. É a forma plural de "fake". É utilizado
para designar os perfis falsos usados em redes sociais, geralmente criados por usuários cujo objetivo é
ocultar a sua identidade real.

[2] IP - O IP (ou Internet Protocol) é uma identificação única para cada computador conectado a uma rede.
Podemos imaginá-lo como um documento de identificação único, como o CPF, por exemplo.

[3] IMEI - International Mobile Equipment Identity, em português, Identificação Internacional de Equipamento
Móvel. É um número de identificação global de cada aparelho. Ele é único para cada telefone.

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