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Portfólio dos Planos de aula

Mitologia em Sala

Disciplina: Oficina de estudos clássicos: mitologia e ensino


Docente: Charlene Martins Miotti

Discentes: Aída Sinder de Andrade


Anna Clara Figueiredo Lima
Juliana Auler Matheus Rodrigues
Larissa da Silva Nogueira.

Juiz de fora, 2023


Universidade Federal de Juiz de Fora

Sumário

Introdução à mitologia - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - – - 2
Aula 1- Cabeleira de Berenice- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 2
Aula 2- Astreia - - - - - - - - - - - - - - - - - – - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 4
Aula 3- Híades- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 5
Aula 4- A Cabra, Amalteia e a Cornucópia - - – - - - - - - - - - - - - - 6
Aula 5- Oríon, o gigante caçador - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 8
Aula 6- Calisto e Árcade - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 12
Aula 7- Os Dióscuros (meninos de Zeus): - - - - - - - - - - - - - - - - - 15
Cástor e Pólux e a Constelação de Gêmeos
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Introdução sobre mitologia

A mitologia é um estudo relacionado com a sociedade e sua identidade,


conforme postulado por Charlotte Higgins “Os mitos fornecem uma linguagem
cultural em comum e uma extensa e ramificada rede de vias para entender a
natureza do mundo, da vida humana e divina.” Sendo assim, nas salas de aula
é que muitos deles são apresentados e trabalhados de forma mais sistemática.
Então, pensando em metodologias para abordar as narrativas
mitológicas, desenvolvemos planos de alunos com didáticas diversificadas. Os
respectivos planos foram elaborados durante as aulas da oficina de estudos
clássicos: Mitologia e ensino, ministrada pela professora Charlene Martins
Miotti, na universidade federal de Juiz de Fora.

Planos de Aula

Aula 1- Cabeleira de Berenice

Turma: 6º ano.
Tema: O mito de Berenice e a importância do cabelo para a identidade.
Eixo: Oralidade.
Habilidades BNCC: EF69LP11; EF69LP13; EF69LP14; EF69LP15;

Metodologia:

1- Explicar a atividade e contação da história (10 minutos)- divisão da turma em


grupos de cerca de 6 a 8 alunos. Cada grupo receberá uma carta com
instruções para defesa de um ponto de vista: a) a favor da oferenda (Berenice);
b) sugere que outro item seja ofertado (cabelo); c) contrário a abrir mão de
qualquer coisa (Ptolomeu). As instruções virão em formatos de cartas destes
personagens. Após lê-las, os alunos devem debater como defender a posição
do personagem que receberam e apresentar os argumentos.
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2- Divisão da turma em três grupos e sorteio das cartas (5 minutos).

3- Momento de discussão dos grupos e para orientações, se necessárias (20


minutos).

4- Apresentação do ponto de vista de cada grupo e comentários finais.

Cartas:

A) Berenice

Oi turma,
Vocês acabaram de ouvir a história da minha oferenda. Meu cabelo é
meu maior tesouro e oferecê-lo à deusa Afrodite foi um sacrifício que valeu a
pena para proteger meu amado.
Agora é com vocês, convençam seus amigos de que o que fiz foi certo.
Abraços,
Berenice.

B) Cabelo

Oi, sou o cabelo, o ex cabelo, da Berenice.


Afrodite me trouxe para o céu, ajude-me a convencer as pessoas a não
oferecerem seus cabelos porque aqui é muito solitário, eu indico que doem
outra coisa!
Abraços,
Ex-cabelo.

C) Ptolomeu

E aí, galera?
Como sabem, minha mulher, Berenice, ofereceu seu cabelo para eu
voltar em segurança da guerra. Entendo os motivos, mas ela não precisava
sacrificar parte de quem ela é por mim.
Ajude-me a convencer as pessoas de que elas não precisam deixar de
ser quem são por amor.
Até mais,
Ptolomeu.
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D) Instruções (em todas as cartas).

> Preste atenção na história! Ela vai ajudar o grupo a defender suas opiniões.
> Dê exemplos de histórias parecidas ou do dia a dia.
> Eleja um porta voz.

Aula 2- Astreia

Turma: 5º ano do EF I
Tema: o mito de Astreia, a idade de ouro e de ferro e o senso de justiça
Eixo: leitura e produção textual
Habilidades da BNCC: (EF35LP03), (EF35LP04), (EF35LP07) e (EF35LP15);

Metodologia:
(1) contação do mito de Astreia e das cinco idades a partir da narrativa de
Ovídio (Met. 1. 89-150);
(2) entrega de handout com trechos do texto de partida traduzido por NOVAK
(com vocabulário anexo) e leitura conjunta em voz alta;
(3) separação da turma em grupos de três a cinco alunos;
(4) entrega de post-its para cada aluno e instrução para escrita de valores e
instrumentos da sociedade que se associariam à idade de ouro e à idade de
ferro;
(5) colagem dos post-its no cartaz;
(6) discussão coletiva sobre o resultado final e aprovação do mural a ser
pregado no corredor da escola.

Trechos da obra:
Idade de ouro:

“De ouro é a primeira idade criada, que, sem nenhum vingador,


Espontaneamente, sem lei, cultivava a fé e o bem.”

“E, contentes com os alimentos criados sem nenhuma imposição,


Colhiam frutos do medonheiro e morangos das montanhas.”

“Ao mesmo tempo que rios de leite, corriam rios de néctar;


E gotas de louro mel destilavam da verde azinheira.”
Idade de ferro:
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“[...] surge a guerra, que luta um e outro


E, com mão sangrenta, brande armas crepitantes.
Vive-se de roubo. O hóspede não está protegido do hóspede,
Nem o sogro do genro; até a harmonia dos irmãos é rara.”

Cartaz

Aula 3- Híades

Turma: 5º ano.
Tema: Diferentes versões dos mitos a partir do mito das Híades
Eixo: Oralidade.
Habilidades BNCC: EF69LP49, EF69LP53

Metodologia:
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1- Fazer uma exposição sobre como os mitos variam, têm diferentes versões
contadas por autores diversos
2 - Realizar a contação do mito da constelação de Touro, relacionado-a com o
mito do rapto de Europa e sua relação com as Plêiades
3 - Dividir a turma em 3 grupos e explicar que cada uma escutará uma versão
do mito das Plêiades para realizar um telefone sem fio (um dos participantes
escuta a história e conta “no ouvido” do outro e assim sucessivamente até o
último participante).
4 - Pedir para que um dos participantes do grupo conte a versão do mito a
partir do que escutou.
5 - Promover uma reflexão e discussão em grupo de a) quais as principais
diferenças dos mitos narrados; b) quais as principais mudanças do mito
contado originalmente para a versão final

Versões escolhidas:

Grupo 1: Apolodoro, Bibl. 3.4


Grupo 2: Eratóstenes, Cat. 14
Grupo 3: Arato, Phaen. 254-268

Aula 4- A Cabra, Amalteia e a Cornucópia

Turma: 6º ano
Tema: Resolvendo conflitos da constelação de capricórnio;
Eixo: Leitura e oralidade
Habilidades da BNCC: (EF06LP01), (EF35LP15);

Metodologia:
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Após contação de histórias, vamos dividir a turma em 2 grupos e
realizar a dinâmica chamada “Resolvendo conflitos”. Pensamos em possíveis
situações relacionadas com as histórias da Cabra e Amalteia.

Cada grupo receberá 3 cartas com um caso conflituoso. Depois eles jogarão o
dado duas vezes para cada carta, totalizando 6 jogadas, cada lado tem as
respectivas letras contendo as habilidades de resolução de conflito:

Dialogar- "D": Capacidade de manter uma conversa madura e buscar soluções


para resolver os conflitos dialogando.
Paciência- "P": Antes de agir, deve se pensar, e não reagir por impulso.
Empatia- "E": A pessoa se coloca no lugar da outra, tentando entender o que
ela está sentindo, compreendendo, muitas vezes, o motivo de certas atitudes.
Humildade- "H": Ser humilde é colocar de lado o orgulho e aceitar o que o outro
tem a dizer, sem críticas ou preconceitos.
Otimismo- “O”: Olhe para o lado positivo do problema para solucionar.
Sinceridade- “S”: Fale o que você realmente pensou;

Cada grupo terá que pensar em uma solução para cada conflito usando as
duas habilidades lançadas no dado. A professora avaliará a pertinência das
propostas dos grupos, contabilizando 2 pontos (excelente), 1 ponto
(parcialmente), 0 (não está relacionado com as habilidades).
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Aula 5- Oríon, o gigante caçador

Turma: 5º ano do ensino fundamental II;


Tema: Compreensão do mito de “Órion, o gigante caçador”
Eixo: Leitura/escuta
Habilidades BNCC: (EF35LP04), (EF05LP09), (EF35LP21);

Metodologia:

Professor, coloque no quadro o título “Órion, o gigante caçador” e monte


uma nuvem de palavras e deduções sobre o enredo do texto. Posteriormente,
começamos a contação da narrativa.

Órion foi o filho de Poseidon e de uma princesa grega. Desde jovem


era corajoso e gostava de caçar. Tornou-se um gigante muito forte e recebeu
de seu pai, deus dos mares, o dom de caminhar sobre as ondas. Quando
atingiu a maioridade, Órion dedicou-se à caça e chegou, assim, à terra do rei
Enópio. Ali, apaixonou-se por Mérope, a filha do rei, apesar de ela recusá-lo.
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Já que, mesmo assim, ele insistiu, o rei Enópio cegou-o. Fugindo do reino e
dedicando-se mais uma vez às florestas e à caça, Orion apaixonou-se por
Diana, a deusa das florestas e da caça. Recusado por Diana, insistiu. A
deusa, para se vingar, enviou um grande escorpião para morder-lhe o
calcanhar. Júpiter, para ajudar o filho de seu irmão Poseidon a fugir do
escorpião, transformou-o em constelação e o escorpião também foi. Desde
então, a constelação de Órion sempre fugiu das estrelas do Escorpião.

O segundo passo será certificar-se de que os discentes compreenderam


a história através do jogo de tabuleiro “Jornada do Órion”. A turma será
repartida em grupos de 5 integrantes cada. Em seguida, cada grupo será um

Órion e o objetivo do jogo é que eles leiam as perguntas sobre a história


contada e respondam corretamente. Caso eles respondam errado voltam a
quantidade de casas que andaram. O arremesso do dado define a quantidade
de casas que andarão.
Então todos vão arremessar os dados e observar a quantidade de casas
que vão andar se acertarem a pergunta que tiraram. Cada grupo vai pegar uma
carta contendo a pergunta, um aluno lê e o grupo tem 30 segundos (adaptável)
para responder, assim sucessivamente.

Ganha o grupo que se tornar uma constelação primeiro!

4 - Ganhou a habilidade de andar sobre o mar de Poseidon, ande 3 casas


7 - Sua fama de gigante caçador se espalhou pela Grécia, jogue o dado mais
uma vez para avançar mais.
10 - Mérope te disse "não" e você insistiu. Volte ao início do jogo
13- Sua arrogância está te causando problemas. Fique uma rodada sem jogar
para refletir sobre suas ações
17 - Éos se apaixonou por você e te levou a Delos. Volte uma casa
22- Gaia se irritou com sua prepotência, volte 4 casas
23 - Você lutou bravamente contra o escorpião, avance 3 casas
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Outras perguntas nas cartinhas:

● Orion era um grande caçador. (Verdadeiro/Falso)

● Orion era conhecido por sua habilidade em andar sobre água e sobre a
terra. (Verdadeiro/Falso)

● Artemis, a deusa da caça, tinha um interesse romântico por Orion.


(Verdadeiro/Falso)

● Órion tentou lutar contra um escorpião gigante. (Verdadeiro/Falso)

● Graças à sua habilidade excepcional, Orion conseguiu voar pelo céu.


(Verdadeiro/Falso)

● No final do mito, Orion foi transformado em uma constelação.


(Verdadeiro/Falso)

● Orion é frequentemente associado com a constelação do "Caçador" no


céu. (Verdadeiro/Falso)

● Artemis sentiu-se triste após a morte de Orion. (Verdadeiro/Falso)


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● Quem era Órion no mito?

● Quem era Ártemis no mito e qual era sua relação com Orion?

● O que Orion decidiu enfrentar, resultando em uma situação perigosa?

● Como Orion foi derrotado no mito?

● O que aconteceu com Orion após sua morte no mito?

● Qual é a constelação associada a Orion no céu?

● O que Artemis sentiu depois da morte de Orion?

● Por que Orion desafiou um escorpião gigante?

● Por que Orion é lembrado no céu noturno?

● O que você acha que aconteceu quando Orion foi transformado em uma
constelação?

● Você percebe algum comportamento inadequado na interação entre


Órion e as mulheres na história? Se sim, o que especificamente chama
a sua atenção?

● Você acha que Artemis agiu corretamente ao transformar Orion em uma


constelação? Por quê?

● Qual é a relação entre Orion, o Cinturão de Órion e as Três Marias (ou


Três Marias)?

● Como a observação do céu noturno pode estar conectada à preservação


de mitos como o de Orion?

Referências:
Higino, Fab.; Higino, Astr.; Apolodoro, Bibl.GRIMAL, Pierre. Dicionário da Mitologia Grega e
Romana. Trad. Victor Jabouille. Bertrand: Rio de Janeiro, 1993.

Aula 6- Calisto e Árcade

Turma: 6º ano
Tema: A mídia nas questões sociais
Eixo: produção oral
Habilidades da BNCC: (EF69LP13), (EF69LP14), (EF69LP11);
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Metodologia:

A aula parte de uma atuação no campo da vida pública ao colocar os discentes


para se posicionar frente a um problema social.
Os alunos organizar- se-ão em roda para a contação mitológica começar (15
minutos).

História adaptada:

Calisto era uma ninfa seguidora da Diana, deusa da floresta e da caça. Como
todas as outras ninfas seguidoras dela, jurou não ficar nem namorar com
nenhum homem.
Certo dia, Júpiter, deus dos deuses, estava passeando pelo bosque e avistou
Calisto e ficou encantado com a sua beleza natural e selvagem.
Mas, conhecendo os juramentos das ninfas, decidiu transformar-se na deusa
Diana para conquistá-la.
Passando-se pela divindade, aproximou-se de Calisto e conseguiu, mesmo
que de maneira forçada, o que queria. Envergonhada do que tinha acontecido,
escondeu de todos a gravidez. Até o dia em que todas as ninfas decidem
tomar banho no riacho. Ao se despir, todas percebem sua barriga e descobrem
a gravidez. Surpresas e indignadas, a deusa Diana expulsa-a do grupo. Como
se não bastassem os obstáculos, Juno, esposa de Júpiter, depois do
nascimento da criança e revoltada com mais uma traição do deus, decide
transformar a ninfa em uma grande ursa.
Após 15 anos, o jovem Árcade, filho de Calisto e Júpiter, caminhava pelo
bosque e encontra uma ursa. Ela era sua mãe. Assustado, prestes a matá-la
com uma lança, Júpiter transforma- o em um pequeno urso e faz mãe e filho
tornarem-se constelação.

( OVíDIO, Met. 2. 40-507)

Posteriormente, a dinâmica realizada vai ser a “Caixinha de perguntas


Inversa” cada aluno vai pegar uma pergunta da caixinha e terão que responder
relacionando com a própria realidade.

Perguntas:

1) Como você se sente com a história? Consegue relacionar a algo que


você já viveu ou ouviu?

2) Qual a sua opinião sobre a atitude de Juno?


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3) Qual o seu posicionamento sobre a atitude de Júpiter?

4) Tendo em vista que as ninfas não podem ficar com ninguém e quando
Júpiter estava disfarçado de deusa Diana, o autor, Ovídio narra que “ e
se alegra de ser preferido a si mesmo e dá beijos/ pouco moderados e
não adequados à virgens” (Ovídio, Met. 2. 430,431). A atitude de
Calisto foi adequada?

5) Como a deusa Diana reagiu ao descobrir que Calisto estava grávida?


Você concorda com a reação dela?

6) Qual o aprendizado que você leva do mito?

7) Você concorda com a deusa Diana ter expulsado Calisto da irmandade


da ninfas?

8) Se você fosse a Diana, como reagiria a essa situação?

9) Se você fosse uma ninfa teria apoiado uma amiga que estivesse
escondendo alguma coisa pessoal, mesmo sendo errado?

10)Como você se sentiria se fosse Calisto e fosse expulsa da irmandade


de ninfas?

11) Se você fosse Júpiter, qual abordagem você usaria para conquistar
Calisto sem forçá-la?

12)Como era a relação maternal de Árcades e Calisto? Você se


identifica?

13)Como você reagiria se fosse Calisto e alguém te forçasse a fazer


alguma coisa indesejada?

14) Se você fosse a Juno, como se comportaria ao descobrir a traição?

15)Por que você acha que Júpiter transformou Calisto em uma


constelação?
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Aula 7- Os Dióscuros (meninos de Zeus): Cástor e Pólux e a Constelação


de Gêmeos

Turma: 5º ano do ensino fundamental


Tema: Sistematizando o gênero mito.
Eixo: Leitura e oralidade
Habilidades da BNCC: (EF02LP26), (EF35LP04) , (EF35LP29);

Metodologia:

Iniciamos a aula com as questões de pré-texto para despertar a


curiosidade do aluno.

Perguntas de pré-texto:

1) Vocês conhecem a história da Constelação de Gêmeos?

2) A história dos Dióscuros está relacionada à constelação de gêmeos. Levante


hipótese sobre qual é a relação?
Posteriormente, vamos entregar para eles o trecho da obra de Ovídio
original para eles tentarem ler a obra em versos. Indica-se uma leitura
silenciosa e depois uma leitura oral com a professora, fazendo pausas para
trabalhar o sentido das palavras desconhecidas, tendo em vista a
complexidade da obra.
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Fonte: Ovídio, Fast. 5. 693-720

Na segunda parte será apresentado o enredo do mito em um pequeno


vídeo do Youtube para melhor compreensão sobre a temática da obra e sobre
os elementos que a compõem.

Castor e Pollux - Os Irmãos que Deram Origem a…

Em seguida, vamos realizar questões de interpretação de textos para levar o


discente à reflexão sobre o gênero mito, para no final sistematizá-lo.

Compreensão do Texto

1) Quem é o contador e quem é seu ouvinte?


2) Qual o papel social (função dentro da comunidade) que essas pessoas
aparentam ter?
3) Qual é o objetivo do locutor ao contar o mito?
4) Onde a história acontece?
5) Qual é o tema do mito contado pelo locutor?
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6) A fala do locutor pertence a qual registro: formal ou informal?


7) Este texto é suficientemente adequado ao seu contexto? Por quê?

Explicação do Gênero

Para sistematizar o gênero vamos usar como base teórica


“ELIADE, Mircea. Mito e Realidade. Tradução de Pola Civelli. São Paulo:
Perspectiva, 2016 [1963]” :

➢ Os mitos relatam acontecimentos primordiais como a origem das


constelações;
➢ Funcionam como uma representação cultural;
➢ Apresentam personagens sobrenaturais (deuses, monstros e
heróis) e como eles interferem no mundo;
➢ Valorizam a cultura oral;
➢ São tomados como verdade pelos povos que compartilham
daquela realidade;

Para finalizar propomos mais alguns questionamentos sobre a estrutura


textual.

Compreensão sobre o que é mito

1. O que diferencia um mito de uma simples história folclórica?

2. Como os mitos são utilizados para explicar fenômenos ou eventos?


3. Qual é o papel dos mitos na transmissão de valores culturais?
4. De que maneira os mitos contribuem para a formação da identidade de
um povo?
5. Quais são os elementos comuns encontrados em mitos de diferentes
culturas ao redor do mundo?
6. De que maneira os mitos podem servir como veículos para a
preservação da tradição oral ao longo das gerações?
7. Como os mitos ajudam a explicar a origem do mundo em diferentes
culturas?
8. Quais lições morais os mitos podem nos ensinar?

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