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TEORIAS DO TEXTO

Profª Jacqueline Colaço


AULA 3
Aluno: Milena da Silva Martins Coimbra
Email: milarai58@gmail.com
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Aluno: Milena da Silva Martins Coimbra

CONVERSA INICIAL

Nesta etapa, veremos sobre apresentações orais e textos argumentativos.


Vamos tratar da plateia, da roupa, dos gestos e da estrutura de uma boa
apresentação.
Bons estudos!

TEMA 1 – ELEMENTOS DO DISCURSO

Nesta etapa, falaremos sobre a argumentação. Para que possamos ser


ouvidos enquanto falamos, temos que levar em conta os vários fatores que
fazem parte do discurso. Muitos de vocês devem estar pensando somente no
texto, mas não podemos esquecer que o ambiente, o aspecto físico e o tipo de
plateia podem fazer toda a diferença no sucesso da apresentação.
Vamos começar pelo ambiente, que é de suma importância para o
ouvinte, pois aquele que está lá na frente apresentando não se dá conta dos
vários desconfortos que o ambiente não tão propício acarreta quando se trata de
uma apresentação. Sempre deve-se levar em conta aspectos como assento,
iluminação e temperatura. Não tem como exigir atenção se o ouvinte tiver mal-
acomodado, não tem como anotar aspectos importantes da fala e o tempo,
nesses casos, parece se arrastar, irritando a plateia.
Lugares mal-iluminados ou com excesso de iluminação também
atrapalham os que estão na plateia, pois despertam o sono, quando mal-
iluminado, ou dores de cabeça e outros sintomas quando muito iluminado.
Observar a temperatura também é essencial, o mau uso do ar-
condicionado desconcentra e adoece aqueles que estão na plateia. Ambientes
muito quentes ou muito gelados fazem com que a plateia não se concentre no
que está sendo dito.
Outro aspecto importante a ser considerado é o que motivou a matéria a
estar naquela apresentação. Em escolas e empresas, geralmente, os alunos e
os funcionários são obrigados a assistir palestras. A tarefa do orador então se
torna mais árdua, uma vez que a obrigatoriedade tira a atenção das pessoas.
O que fazer?
Em primeiro lugar, personalizar a fala e a dirigir para aquelas pessoas.
Geralmente a personalização traz o ouvinte para o lado do orador.

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Ter a sabedoria de perceber quando a plateia está desinteressada. Mudar


de assunto e acertar o foco fará com que haja uma mudança de atitude, para
isso é importante conhecer a plateia e o quanto ela já entende do assunto. Muitas
vezes ficamos frustrados, pois elaboramos uma apresentação com cuidado e a
plateia não está interessada.
Outro cuidado é com a aparência, a roupa que vestimos. Ou seja, tudo
que tira a atenção daquilo que estamos falando. As roupas devem ser discretas,
bem como o uso de acessórios colaboram para o sucesso da fala.
Também devemos evitar qualquer ruído na apresentação.
No entanto, sabe-se que o maior atrativo é a maneira como está sendo
apresentado o assunto, principalmente em termos de argumentos. Isso porque,
é por meio de argumentos que vamos convencer, persuadir e trazer o ouvinte
para o nosso lado.

TEMA 2 – RETÓRICA

Para que possamos falar de persuasão e argumentos, temos que fazer


uma breve retomada acerca da retórica. Ela começa por um motivo
socioeconômico, quando se tirava a terra de algumas pessoas para dar a outras.
Era necessário, então, provar a propriedade do bem em questão para
júris populares. A partir daí a retórica começa a ser entendida como arte e se
estende para a Grécia, onde tem como principal representante, Aristóteles.
Veja o conceito de retórica de Aristóteles:

Retórica é uma palavra com origem no termo grego rhetorike, que


significa a arte de falar bem, de se comunicar de forma clara e
conseguir transmitir ideias com convicção.
A retórica está relacionada com a oratória e a dialética, e remete para
um grupo de normas que fazem com que um orador comunique com
eloquência.

Por exemplo: a medicina refere-se aos estados de saúde e doença, a


geometria às variações de grandezas, aritmética ao problema dos números e
assim as outras artes e ciências, mas podemos dizer que a retórica parece ser
a faculdade de descobrir, especulativamente em qualquer dado persuasivo. É o
que nos permite afirmar que a sua técnica não pertence ao gênero próprio e
distinto.

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Logo, retórica é a ciência que estuda a persuasão por meio do discurso.


Segundo Aristóteles, somente através do discurso podemos tornar verossímil o
que estamos afirmando.
Haquira Osakabe, autor do livro Argumentação e discurso político, uma
das obras mais utilizadas como base para este estudo explica que “o valor
demonstrativo de um discurso não é evidentemente um valor moral, mas de
verdade demonstrativa” (Osakabe,2016, p. 158).
O discurso de um orador é uma ação em direção ao ouvinte, e o objetivo
desta ação é a persuasão, que só se faz à medida que o discurso tem um valor
demonstrativo e revele o caráter do autor e chegue a tornar o ouvinte disponível
à persuasão.
O domínio da retórica seria, assim, o domínio dos meios para se atingir a
persuasão. Sua relação com a dialética de um lado e com a política de outro
justifica-se pela natureza ativa de seu objeto, o orador, que é ao mesmo tempo
um agenciador político e o mestre em raciocínio e seu conhecimento, é, portanto,
um meio de ação.

TEMA 3 – ARGUMENTAÇÃO DO DISCURSO

Quando pensamos na argumentação, várias dificuldades nos vêm à


mente. Estamos realizando um ato comunicativo e tendo consciência de que
nosso papel é agir e modificar o comportamento do outro por meio do que vamos
apresentar pela nossa fala.
É necessário que, além de compreender a nossa mensagem, o
destinatário a aceite e acredite nela e passe a acreditar na proposta que nela
está contida.
Para que nossa comunicação seja aceita e capaz de modificar o
comportamento do leitor, é necessário que envolva nossos sentimentos, crenças
e juízos de valores. Também participam as ideologias com as quais estamos
envolvidos, a visão que se tem de mundo e as convicções políticas.
Quando estamos argumentando, estamos trabalhando em função de
persuadir o outro; o que estamos argumentando, então, é a máxima verdade.
A argumentação é de caráter plausível, ou seja, de aceitabilidade pelo
caráter coletivo, não necessitando, na maioria das vezes, apoiar-se em
argumentos logicamente demonstráveis.

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Citando Platão e Fiorin, tem-se a seguinte definição para argumentação:


“Argumentar vem do latim argumentum, que tem tema argu, cujo sentido primeiro
é “fazer brilhar”, iluminar. É o mesmo tema que aparece nas palavras argênteo,
argúcia, arguto etc.”.
A persuasão confere a todo o texto a qualidade da argumentação, como
é o caso do texto publicitário e do texto científico, pois a eles atribuem
consistência, o que produz a sensação de realidade ou impressão de verdade.
Podemos classificar os argumentos pelo seu grau de satisfação. Segundo
Platão, conforme segue:

Argumento de autoridade: Para que o argumento tenha caráter de


autoridade é necessário que o dito tenha sido proferido por uma autoridade
reconhecida como tal, num determinado campo do saber, em uma determinada
área de atividade social ou profissional e que o seu dizer seja uma verdade
incontestável.
Argumento baseado no consenso: São constituídos de preposições
que não se discutem, por serem suficiente por si mesmas e universalmente
aceitas.
Argumentos baseados em provas concretas: Esse tipo de argumento
é constituído de opiniões pessoais que devem aparecer no texto sustentadas por
fatos. Essas opiniões podem expressar a formação ou desaprovação ao que a
sociedade postula. É muito comum em discursos políticos a usar esse tipo de
recurso argumentativo. Deve-se cuidar da pertinência, da adequação ao tema
para que seja a expressão da verdade
Argumentos com base no raciocínio lógico: Nesse tipo de
argumentação, procura-se apresentar as relações entre as preposições
apresentadas no discurso, após apresentam-se as razões que sustentam as
afirmações. Devemos ter cuidado para não fugir do tema, o que é muito comum
nesse tipo de raciocínio.
Um texto incoerente quanto à lógica dos argumentos é condenável, por
isso, devemos ser sempre fidedignos ao que afirmamos para garantir a coerência
do texto.
Argumento da competência linguística: O que garante a confiabilidade
do discurso é a maneira como se fazem as afirmações. De modo geral, a
linguagem utilizada em textos publicitários, textos acadêmicos, textos religiosos
ou em qualquer outra esfera de atividade social é a variante chamada culta, o

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vocabulário deve ser adequado ao dito e reputação, formação acadêmica de


quem toma a vez de orador. Isso dá o caráter de confiabilidade ao que se diz.

Como vimos, são vários os tipos de argumentos que podemos utilizar ao


produzir um discurso. Cabe ao orador escolher qual deles ele é de maior valia
no desenvolvimento de sua preleção. Lembrando que todos esses documentos,
é lógico, estão relacionados ao contexto de preleção, o que se adequa a um
texto, poderá não se adequar ao outro.

TEMA 4 – O DISCURSO POLÍTICO

O político precisa fazer com que as pessoas acreditem no seu projeto,


seja votado e consequentemente, assuma um cargo público.
Qualquer pessoa pode fazer um discurso político, basta que queira
regulamentar a vida em sociedade.
A persuasão só ocorre quando escolhemos os melhores argumentos, ou
seja, quando conseguimos sustentar e provar a tese que estamos defendendo.
São vários os tipos de argumentos e podem ser classificados da seguinte
forma:

• Argumentos de autoridade. A temática da redação é sobre ciência?


• Argumento por comprovação. Já ouviu a máxima que diz que contra
fatos não há argumentos?
• Argumentação por comparação.
• Argumento por causa e consequência.
• Argumento por exemplificação.
• Argumento por enumeração.

TEMA 5 – A PERSUASÃO DO DISCURSO

O estudo da persuasão no discurso argumentativo dissertativo se volta


para a política.
A persuasão é a maneira como a linguagem é usada para convencer o
ouvinte da mensagem que está recebendo; é um jeito de convencer usando a
palavra por meio de argumentação.
A linguagem e persuasão andam juntas. São associadas ao
convencimento de algo.

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No mundo das empresas e organizacional, comercial e, principalmente,


político, o uso da persuasão é muito comum, pois nesses ramos é preciso
convencer e apresentar argumentos que façam a outra parte se sentir segura e
convencida.
Para convencer o público é necessário que se envolva sentimentos,
modificar o pensamento do outro para que passe a agir conforme ele deseja e
conforme os seus propósitos e objetivos.

FINALIZANDO

Nesta etapa, vimos o que leva ao sucesso de uma apresentação,


abordamos também a retórica e o conceito e características de um discurso
político.
Como dica de leitura, leia Discurso Político, de Patrick Charaudeau.

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REFERÊNCIAS

CHARAUDEAU, P. Discurso político. São Paulo: Editora Contexto, 2006.

OSAKABE, H. Argumentação e discurso político. São Paulo: Martins Fontes


Editora, 2016.

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