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Hoje, pela manhã, enquanto celebrava a Missa, parei e fiquei impressionado com uma
frase da primeira Leitura, no livro de Sirac. A frase diz assim: "Lembra-te do teu fim e deixa o
ódio". Linda frase! Pense no fim! Pensa que você estará em um caixão ... e levará ali o seu
ódio? Pense no fim, pare de odiar! Pare o ressentimento. Pensemos nesta frase, tão
pungente: "Lembra-te do teu fim e deixa o ódio".
"Lembra-te da corrupção e da morte" - continua Sirac - "e não tenhas ressentimento do
próximo ... Perdoa a ofensa a teu próximo e então pela tua oração teus pecados serão
perdoados."
Ódio e indiferença
Odiar faz mal a si mesmo antes que aos outros. Mas também a indiferença é um grande
mal. Esquecemos muitas situações dolorosas, viramos o rosto para o outro lado, nos
acostumamos com o sofrimento dos outros, entre os quais estão aqueles que continuam a
viver e a morrer em guerras esquecidas.
Síria esquecida
Há mais de 11 anos há combates na Síria: há cerca de meio milhão de mortos e mais de
11 milhões de refugiados e deslocados. O cardeal Mario Zenari, núncio em Damasco, diz
com tristeza: fomos esquecidos, "a esperança foi embora do coração de tantas pessoas e
em particular do coração dos jovens, que não veem futuro em seu país e procuram emigrar".
Há fome: "Há falta de pão e agora, com a guerra na Ucrânia, até mesmo de farinha". Nestes
anos de guerra, talvez dois terços dos cristãos tenham deixado a Síria: "Nestes conflitos, os
grupos minoritários são o elo mais fraco da corrente". E agora há um esquecimento: "Isto -
observa - é mais uma grave desgraça que se abateu sobre a Síria". A de cair no
esquecimento. Este esquecimento machuca muito as pessoas".
O Calvário de Mianmar
Em Mianmar "ainda estamos no Calvário", diz o cardeal Charles Maung Bo, arcebispo de
Yangun, com um regime militar que não poupa ataques às igrejas e a milhares de refugiados
birmaneses que vagueiam na floresta. Ninguém é poupado pelo colapso da economia: mais
da metade da população é reduzida à pobreza. Os jovens se sentem privados de seu futuro.
Nesta via-sacra - afirma - "a fé profunda do povo é impressionante... Como cristãos,
encontramos esperança no profundo mistério da loucura da cruz".