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EBOOK

PESSOAS COM
DEFICIÊNCIA

CAPA
CITISMO
Uma reflexão sobre como ser uma
pessoa anticapacitista, com foco na
inclusão de Pessoas com deficiência
Olá, tudo bem?
Este material foi desenvolvido pela equipe da Mais
Diversidade com o objetivo de gerar reflexões e
entendimentos sobre as consequências geradas
pelo capacitismo e como podemos a partir de
pequenas ações, repensar nossas atitudes, nos
tornando indivíduos mais inclusivos e garantindo
espaços mais acessíveis e relações mais seguras
com Pessoas com deficiência.

Recomendamos que essa leitura seja realizada com


calma, livre e sem vieses inconscientes, e lembre-se:

Não se trata de culpa e sim de


responsabilidade social e construção de
uma jornada que contemple a inclusão
de todas as pessoas!

Desejamos uma boa leitura!

Equipe de Consultoria da
Mais Diversidade
QUAL A PRINCIPAL
PREMISSA DA INCLUSÃO?

AUTONOMIA
UTILIZANDO A
NOMENCLATURA CORRETA
Um ponto muito importante para seguimos nossa
conversa é em relação à nomenclatura.

Qual a melhor forma de chamar


uma pessoa com deficiência?

Nossa recomendação será sempre chamar pelo


nome, porém, sabemos que em alguns momentos
precisamos trazer informações adicionais
relacionadas às características sobre as pessoas.

Sendo assim, nunca diga portador ou portadora de


deficiência, afinal, quando portamos algo seja um
relógio, um chapéu, um celular temos a
oportunidade de deixar esse objeto em algum lugar.
A deficiência é uma condição permanente.

A nomenclatura “cadeirante” também é incorreta,


uma vez que reduz a pessoa que utiliza cadeira de
rodas à sua deficiência, desumanizando-a.
Outra nomenclatura inadequada é Pessoas com
Necessidades Especiais. Essa nomenclatura
funciona como conceito guarda-chuva que embaixo
dela temos pessoas idosas, pessoas, gestantes, entre
outros perfis de pessoas, entre eles, pessoas com
deficiência.

Por fim, evite utilizar a sigla PCD. Sabe por quê?


Quando começamos a utilizar a sigla PCD, sem
intenção a gente acaba desumanizando a pessoa e
pode acontecer de alguém falar frases do tipo:
Minha equipe tem 5 pessoas e 1 PCD.
Ué, pessoas com deficiência não são pessoas?
Sendo assim, como uma recomendação da ONU, o
termo mais adequado é Pessoas com Deficiência
e o melhor jeito de você lembrar é que antes da
deficiência haverá sempre uma pessoa. A deficiência
é uma dentre muitas características que essa pessoa
possui. .

Reforçamos que uma deficiência nunca deve ser


considerada como uma doença, afinal, doença
demanda uma cura e por isso tomamos remédio
para nos curarmos. A deficiência é uma condição de
um corpo que precisa de inclusão e acessibilidade.

PESSOAS COM
DEFICIÊNCIA!
CAPACITISMO
O QUE CAPACISTISMO?
Vamos trazer algumas informações importantes,
prestem bastante atenção!

Assim como existe o racismo, o machismo e a


LGBTI+fobia, existe o capacitismo, que é o nome
dado ao preconceito e à discriminação contra as
pessoas com deficiência. Ele é a desvalorização e
desqualificação das pessoas com deficiência com
base no preconceito em relação à sua capacidade
corporal e/ou cognitiva e pode acontecer por meio
de atitudes e também expressões.

O capacitismo é considerado uma forma


de preconceito, comumente vindo de pessoas sem
deficiência, que pré-julgam a capacidade e
habilidades das pessoas com deficiência com base
apenas no que elas acreditam sobre aquela
condição.

É como reduzir a pessoa ao seu tipo de


deficiência!
VAMOS REFLETIR?
Uma amiga quer te apresentar o novo namorado.
Vocês marcam de ir até um café, mas chegando lá
você percebe que ele utiliza uma cadeira de rodas.
Qual o primeiro pensamento que tem em mente?

Fizemos essa introdução para te contar que assim


como o machismo é o preconceito voltado para
mulheres e o racismo para pessoas negras, o
capacitismo é o preconceito direcionado a pessoas
com deficiência!

E gostaríamos de dar uma notícia: “NÓS JÁ FOMOS


CAPACITISTAS EM ALGUM MOMENTO DAS
NOSSAS VIDAS!”

E sabe por quê? Porque nossa sociedade nunca foi


inclusiva de fato.

Vamos entender um pouco mais sobre isso?


Na época que você estudava, quantos(as) colegas
com deficiência você tinha na sua turma? Dos
filmes, novelas, shows que você assistiu, quantas
pessoas com deficiências atuavam ou estavam em
cima de um palco?
Mas descendo para plateia, quantas vezes você foi
em uma festa e encontrou uma Pessoa com
deficiência se divertindo?

Pode ser que você já tenha encontrado algumas


Pessoas com deficiência nesses espaços, porém,
quase sempre por conta de espaços sem
acessibilidade e que não proporcionam a inclusão
efetiva para que as Pessoas com deficiência possam
se divertir, dançar, sentir-se segura e livre para ser
quem elas são, muitas vezes o que você vai
encontrar é um olhar de espanto, um sentimento
de incômodo e a exclusão dessas Pessoas.

Essa reflexão não é para gerar culpa, mas sim


provocar a refletir que o preconceito está
diretamente relacionado à exclusão e à falta de
acessibilidade.

Ou seja, quanto mais contato, quanto mais vivência


tivermos próximos de uma Pessoa com
deficiência, menos atitudes capacitistas teremos. E
isso obviamente acontece por meio de uma jornada
de desenvolvimento, trocas e aprendizado prático
em nossas relações e experiências.
ATITUDES
CAPACITISTAS
“Vamos entender
deficiência não
como sujeito, mas
como característica
de uma identidade!”
ATITUDES CAPACISTISTAS
Agora você já sabe o significado do capacitismo,
porém, precisamos de muita atenção para
identificar como as atitudes capacitistas se
apresentam no dia a dia.

Temos atitudes capacitistas quando:

Romantiza as barreiras. Isso acontece, por exemplo,


quando você se depara com uma Pessoa com
deficiência fazendo um super esforço para realizar
uma tarefa ou percorrer um espaço cheio de
obstáculos e você reconhece essa pessoa como um
super-herói e super-heroína sem reconhecer que
esse super esforço é em decorrência da ausência de
acessibilidade. Certamente essa pessoa trocaria
qualquer medalha de herói ou heroína por um
ambiente mais inclusivo.

Realize mentoria reversa com a


liderança, envolvendo pessoas com deficiência.

Planeje uma rodada de conversa com as pessoas


com deficiência para mapear oportunidades de
melhorias de processos.
Outro exemplo é quando classificamos ou
priorizamos a deficiência alheia, por exemplo, ao se
deparar com uma pessoa com uma deficiência não
visível achar que a pessoa está mentindo em relação
a sua condição ou que ela é menos deficiente que
uma pessoa que tem uma deficiência visível.

A não promoção de autonomia é também um


exemplo de capacitismo e está relacionado a fazer
pela outra pessoa ao invés de buscar recursos
adequados para garantir que a pessoa faça por ela
mesma.

Um exemplo extremo de capacitismo também é


achar que a deficiência é uma doença ou um
castigo, ou até mesmo que é uma grande maldição
divina e a Pessoa com deficiência é um fardo para
família e amigos.

Uma das nossas recomendações é demonstrar


interesse pela pessoa genuinamente e não resumir
a pessoa à sua deficiência. Quando nos conectamos
com uma pessoa e descobrimos quem ela é, quais
são suas habilidades, gostos, potencias e sonhos, nós
reconhecemos que a deficiência é só uma das
características de muitas.
Supor qual é o tipo de ajuda que a pessoa precisa
ter, sem perguntar, é um ponto de atenção que,
quando fazemos, podemos colocar uma pessoa
com deficiência inclusive em risco. Sendo assim, ao
encontrar-se com uma Pessoa com deficiência em
uma situação que talvez ela precise de algum
suporte, com tranquilidade pergunte se ela precisa
de algum apoio para aquela atividade e se, ela
disser que sim, pergunte qual a melhor forma para
ajudá-la. Se a pessoa disser que não, vida que segue.

Mais uma atitude que gostaríamos de compartilhar


com você é quando nos comunicamos para a
pessoa acompanhante ao invés da Pessoa com
deficiência, o que a Pessoa com deficiência quer ou
precisa como se ela não tivesse a capacidade de
responder, decidir ou opinar. Isso, inclusive, é uma
forma de infantilizar a pessoa.
Por fim, o capacitismo também está infelizmente
muito presente no nosso vocabulário.

Provavelmente você já deve ter falado ou já ouvido


falar expressões como:

• Nossa equipe está sem braço e não consegue


pegar outro projeto.
• Então ela veio me contar uma fofoca e eu fingi
demência.
• Que mancada!
• Você está surdo? OU Está cega!!
• Minha equipe tem 100 pessoas e 5 PCD's!
• Quebrou minhas pernas!
• Foi lá e deu uma de João sem braço!

Agora vamos pensar!


Como você imagina que uma Pessoa com
deficiência física, que não tem um braço, se sente ao
saber que a sua condição está diretamente ligada a
algo ruim? Nesse caso é se fazer de desentendido.
LETRAMENTO
CONSTANTE
NOSSO TREINAMENTO
Para fortalecer a jornada de acessibilidade e inclusão
de Pessoas com deficiência, é importante o
constante letramento das pessoas colaboradoras,
áreas estratégicas e alta liderança.

INCLUSÃO
ALÉM DA
COTA
Duração: 1h30

• Barreiras x • Terminologias e
Acessibilidade Indicadores
• Contexto histórico • Empresa Inclusiva
e social • Capacitismo
• Tipos de • Papel da Pessoa
deficiência Aliada
• Lei de contratação
CONHEÇA NOSSO PODCAST

Pessoas com Inclusão de


Neuro
Deficiência nas Pessoas com
diversidade
Organizações Síndrome de Down

ESCUTE AQUI ESCUTE AQUI ESCUTE AQUI

Nísia, a Mulher da Inovação para


Saúde Mental inclusão

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LIVROS RECOMENDADOS
30 Vozes - Uma imersão no
universo das pessoas com
deficiência
Câmara Paulista para Inclusão
da Pessoa com Deficiência

O que é
deficiência
Debora Diniz

Capacitismo:
o mito da
capacidade
Victor Di Marco

As Pessoas Com
Deficiência Na História
Do Brasil
Emílio Figueira
LIVROS RECOMENDADOS

Inclusão. Construindo Uma


Sociedade Para Todos
Romeu Sassaki

Olhe nos meus olhos


John Elder Robison

Movido pela Mente: sem se


mover, ele criou o maior
portal de mobilidade
urbana do Brasil
Ricky Ribeiro e Gisele Miraba
FILMES E SÉRIES
RECOMENDADAS

As we see Uma Crip Camp: Special


it advogada Revolução
extraordinária pela
inclusão

Janela da CODA Vermelho Como


alma como o estrelas
céu na terra
PESQUISA CENÁRIO
DAS PESSOAS COM
DEFICIÊNCIA NO
MERCADO DE TRABALHO

Incluir a diversidade nas empresas ainda é


um desafio prático enorme.

Os resultados deste estudo apresentam


cruzamentos e intersecções inéditos, para que seja
possível, de maneira estruturada, traçar um plano de
trabalho inclusivo para o legítimo avanço na
inclusão das pessoas com deficiência nas
organizações.

ACESSE AQUI
EBOOKS
MAIS DIVERSIDADE

COMO REDUZIR NEURO


E ELIMINAR DIVERSIDADE
BARREIRAS

Os e-books foram criados pela equipe


da Mais Diversidade com o objetivo de pensar em
inclusão por meio da redução e eliminação de
barreiras para as diversas realidades de Pessoas com
Deficiência e trazer mais conhecimento acerca do
tema de Pessoas Neurodivergentes.

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