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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAPÁ

PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO
COLEGIADO DE LICENCIATURA EM FILOSOFIA

Disciplina: Educação Inclusiva


Professora: Teresa Cristina Kobayashi.
Atividade: Oficina Pedagógica
Data da apresentação e entrega final: 10/02/2024. 17/02/2024.
Tempo de apresentação: 15 min. para cada dupla.
Turma: LFL 20.3 (x) Noite
Acadêmicos:
1. Andrea Carina Castro Pereira
2. Sandra Miranda Lobato

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DA OFICINA PEDAGÓGICA

ASSUNTO

• CAPACITISMO.

TEMA

• CAPACITISMO E SEUS EFEITOS: DESCONSTRUINDO


ESTEREÓTIPOS PARA UMA EDUCAÇÃO INCLUSIVA.

APRESENTAÇÃO

O capacitismo pode ser descrito como uma forma de preconceito, composto


por um conjunto de atitudes e crenças que colocam as pessoas com deficiência em uma
posição de inferioridade. Ou seja, ações capacitistas tratam essa parte da população de
maneira discriminatória, apenas por conta de sua deficiência e limitações físicas ou
mentais.
Capacitismo é o preconceito contra as pessoas com deficiência, em que se julga
que elas não são capazes ou são inferiores. Por pessoas com deficiência entende-se
aquelas com impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou
sensorial.
O termo capacitismo é relativamente novo e pouco utilizado no Brasil. Ganhou
notoriedade nos Estados Unidos na década de 1980 durante os movimentos pelos
direitos das PcD.
A discriminação das pessoas com deficiência, ou seja, o capacitismo, é,
inclusive punida por lei. A Lei Brasileira de Inclusão, instituída em 2016, define no art.
4 que “toda pessoa com deficiência tem direito à igualdade de oportunidades com as
demais pessoas e não sofrerá nenhuma espécie de discriminação”.
Essa forma de discriminação é fundamentada na suposição de que ter uma
deficiência é indesejável, e que as pessoas com deficiência são menos capazes ou
menos dignas de respeito e oportunidades.
Outra forma comum de capacitismo é por meio de brincadeiras de mau gosto,
xingamentos e comparações envolvendo as deficiências.
O capacitismo também pode ser encontrado na forma de supervalorização da
realização de tarefas básicas por parte das pessoas com deficiência, tratando-as com
um tipo de heroísmo equivocado. Afinal, elas não são melhores ou piores do que
ninguém por conseguirem cuidar de seus afazeres diários com autonomia.
Ressaltamos que o capacitismo se manifesta de várias formas em nossa
sociedade, desde estereótipos e preconceitos até políticas e práticas discriminatórias.
Por exemplo, a exclusão social e a falta de acessibilidade são formas comuns de
capacitismo. Muitas vezes, as pessoas com deficiência são excluídas de espaços
públicos, educação, emprego e até mesmo de relacionamentos afetivos.
Além disso, atitudes condescendentes e infantilizadoras são frequentemente
direcionadas a pessoas com deficiência, desrespeitando sua autonomia e dignidade. Ou
até mesmo quando a deficiência é tratada como uma doença, o que não é a verdade.

OBJETIVO GERAL

• Promover a conscientização, reflexão e combate ao capacitismo,


visando a construção de um ambiente escolar mais inclusivo e respeitoso para todos
os estudantes, independentemente de suas habilidades e características.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Apresentar o conceito de Capacitismo;


• Identificar e compreender as manifestações do capacitismo na sociedade e no
ambiente escolar.
• Analisar a importância de prevenir o Capacitismo na sociedade;
• Sensibilizar os participantes sobre os impactos negativos do capacitismo na
vida dos indivíduos com deficiência.
• Promover a reflexão sobre estereótipos, preconceitos e discriminações
relacionados às pessoas com deficiência.
• Estimular a empatia e o respeito pela diversidade de habilidades e
potencialidades de cada indivíduo.

PÚBLICO ALVO/CARGA HORÁRIA

• Crianças de 10 anos, ensino fundamental, 5ª ano, poder aquisitivo médio, classe


social baixa.
• Carga horária para a realização da oficina: De 8h às 12h - 04 horas.

RECURSOS

• Papel A4, cartolina;


• Palavras impressas;
• Lápis, caneta, cola, tesoura;
• Cesto de lixo.

ATIVIDADE INTEGRADORA

• Reunir a turma em círculo, para que todos prestem atenção na


apresentação de cada grupo, cada aluno terá a oportunidade de realizar uma
pergunta ou participar ativamente da apresentação, expondo sua opinião sobre o
tema proposto, para que haja maior ampliação dos conhecimentos aplicados.

METODOLOGIA

• Aplicando-se uma dinâmica que procura desconstruir os estereótipos


contra as pessoas com deficiência, será utilizado um boneco simbolizando uma
pessoa com deficiência e sobre ele, será colado vários termos pejorativos, assim
como termos não pejorativos, como: pessoa com deficiência, pessoa capaz, entre
outros. Ao lado do boneco será colocado uma lixeira, como podemos observar na
figura:

PROBLEMATIZAÇÃO

• Como combater o capacitismo?

PRIMEIRO MOMENTO DA PROBLEMATIZAÇÃO

• Os participantes da oficina serão divididos em cinco grupos, cada grupo


deve escolher e retirar três palavras do boneco e discutirem sobre elas. A discussão
deveria levar a um consenso do grupo entre jogar a palavra no lixo, indicando ser
uma palavra carregada de preconceito que deve ser eliminada ou colá-la novamente
no boneco, indicando ser uma palavra que pode ser atribuída às pessoas com
deficiência. Um representante de cada grupo deverá dirigir-se ao boneco e realizar
a ação concordada pelo grupo e justificar o porquê da ação escolhida para cada
termo.

SEGUNDO MOMENTO DA PROBLEMATIZAÇÃO


• Os grupos descartarão as palavras capacitistas e recolocaram no boneco
os termos: pessoa com deficiência, pessoa capaz e produtiva, pois a deficiência não
torna uma pessoa incapaz ou improdutiva. Dessa forma, pode-se concluir que a
oficina pode proporcionar momentos de reflexão e desconstruções de estereótipos.
Por meio dessa oficina, é possível socializar conhecimentos indispensáveis para o
rompimento de estereótipos construídos historicamente e contribuir para o
desenvolvimento de uma práxis comprometida com o processo de emancipação
social e na busca pela inclusão das pessoas com deficiência na sociedade.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

• BRASIL. Decreto nº 3.956, de 8 de outubro de 2001. Promulga a Convenção


Interamericana para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra
as Pessoas Portadoras de Deficiência. Brasília, 2001.

• BRASIL. Congresso. Senado Federal. Comissão Especial de Acessibilidade.


Acessibilidade: passaporte para a cidadania das pessoas com deficiência.
Guia de orientações básicas para a inclusão de pessoas com deficiência.
Comissão Especial de Acessibilidade. Brasília: Senado Federal, 2005.

• BRASIL. Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015. Lei Brasileira de Inclusão da


Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Brasília, 2015.

• UNESCO. Declaração de Salamanca e Enquadramento da Acção na Área


das Necessidades Educativas Especiais. Salamanca, Espanha, 1994.

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