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WEBINAR #2 | 20 de MAIO de 2022 | 17h00

Inovação & Tecnologia na Engenharia Costeira e Portuária

Alimentação artificial e vegetação aquática como


soluções de engenharia costeira e portuária

Diogo Mendes Logotipo da instituição


(se aplicável)
HAEDES

Coorganização Instituições apoiantes:

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pela PIANC pela
Portugal – Young
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Commission
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Ria de Aveiro
Desafios N Soluções de Engenharia
Costeira e Portuária
Défice sedimentar

Inundações e Alimentações
galgamentos artificiais

Assoreamento
canais de navegação
Vegetação aquática (?)
1 km

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Caso de estudo: Alimentação artificial da Costa Nova (junho 2020)

Alimentação artificial realizada na praia submersa

~2,4x106 m3 sedimentos

Comprimento ~ 1900 m

Largura ~ 500 m

Colocação entre -4 mZH a -9 mZH

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Hipótese e dados de base

Se a alimentação migrar no sentido costa, a “linha de costa” avança


no sentido para o largo?

Aquisição e análise de 17 levantamentos topográficos (a cada 15


dias) desde setembro de 2020 a junho de 2021 entre a praia da Barra
e a Praia da Vagueira (10 km)

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t1
Definição da “linha de costa” x1

A “linha de costa” foi definida como a isolinha com a +3,05mZH


cota +3,05mZH V1
NMM
t2 x2
O deslocamento relativo da cota +3,05mZH ao longo do
tempo está correlacionado (R2 ~ 0,9) com o volume
(m3/m) da praia emersa +3,05mZH
V2
O volume da praia emersa foi calculado entre o NMM NMM
t3
(+2,00mZH) e a cota onde as variações morfológicas x3
são muito pequenas (+7,00mZH)
+3,05mZH
V3
Por isso, a análise centrou-se no deslocamento relativo
NMM
da cota +3,05mZH ao longo do espaço (10 km) e do
tempo (~ 1 ano)
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Migração para costa da alimentação artificial


A migração para o largo da isolinha com a cota -6mZH
foi de aproximadamente 300 m

Entre agosto e setembro de 2020 esta isolinha migrou


para a costa entre 50 m a 120 m

Entre setembro de 2020 e janeiro de 2021 esta isolinha


migrou para a costa entre 30 m a 100 m

Em termos gerais, o limite exterior da alimentação


artificial migrou para a costa entre 80 m a 220 m

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Migração para o largo da “linha de costa”? O deslocamento para o largo (aumento do


volume de praia) = cores quentes

O deslocamento para a costa (redução do


volume de praia) = cores frias

O deslocamento é relativo à posição da “linha


de costa” antes da alimentação artificial (junho
2020)

As praias localizadas entre G2 e G4


apresentaram um avanço (máximo de ~50 m)

As praias localizadas até 2 km a sul de G5


Variação espácio-temporal da “linha de costa” apresentaram um recuo (máximo de ~ -60m)

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Migração da “linha de costa” durante O deslocamento é relativo à posição da isolinha


tempestades Hm0 ~ 7,5 m; Tp ~ 18 s; MDir ~ 320ºN +3,05mZH no levantamento imediatamente
anterior

As praias localizadas entre G1 e G5


apresentaram padrões mais estáveis

As praias localizadas 1 km a sul de G5


apresentaram padrões mais dinâmicos

Isto indica que as praias localizadas junto à


alimentação artificial tornaram-se mais
resilientes durante tempestades

Variação espácio-temporal da “linha de costa”


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Sumário
Se a alimentação migrar no sentido costa, a “linha de costa” avança no
sentido largo?

Sim, mas com um deslocamento inferior. O que indica que parte dos
sedimentos disponíveis contribuem para o aumento do transporte sólido
longitudinal

As praias localizadas junto à alimentação apresentaram comportamentos


mais estáveis (aumento da resiliência durante tempestades)

O recuo observado a sul deverá ser analisado em mais detalhe, com recurso
a modelação numérica, para compreender se este foi causado pela
alimentação artificial

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Vegetação aquática para redução de galgamentos – projeto OSCAR


Solução Baseada na Natureza para redução de
galgamentos e aumento de resiliência das zonas
costeiras

Colocação de vegetação aquática ao largo da


profundidade de fecho

Resultados preliminares, com base em modelação


numérica, indicam uma redução do galgamento de 15%,
para as condições testadas

É expectável que o OSCAR permita promover a


economia local e contribuir para a redução de CO2 na
atmosfera
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Vegetação aquática para redução de assoreamento – projeto VERONICA


Solução Baseada na Natureza para redução do
assoreamento de canais de navegação

Colocação de vegetação aquática nas margens dos canais


de navegação

Resultados preliminares, com base em modelação


numérica, indicam uma redução do assoreamento que
varia entre 10% e 70% dependendo da vegetação (altura,
diâmetro e densidade), para as condições testadas

É expectável que a VERONICA permita reduzir os custos


associados a dragagens de manutenção e contribuirá para
a redução de CO2 na atmosfera
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Conclusões
A alimentação artificial na praia submersa promove o aumento do volume de praia (migração para o
largo da isolinha +3,05mZH). As observações indicam um aumento da resiliência durante tempestades
para a praias mais próximas da alimentação
Este tipo de alimentações artificiais, colocadas na praia submersa, necessitam de estudos mais
aprofundados para a sua possível otimização
O projeto OSCAR utiliza vegetação aquática ao largo da profundidade de fecho para reduzir os
galgamentos costeiros. Os resultados preliminares são promissores
O projeto VERONICA utiliza vegetação aquática para reduzir o assoreamento em canais de navegação.
Os resultados preliminares também são promissores
Enquanto as soluções de engenharia com base em alimentações artificiais já são atualmente
implementadas, aquelas com base em vegetação aquática carecem de implementação

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Mais informações sobre a alimentação artificial:

Análise com base nos levantamentos


topográficos

Análise com base nos dados


recolhidos no programa COSMO
(levantamentos topográficos e
batimétricos)

Estes trabalhos foram desenvolvidos


com colegas da UA, APA e FCUL

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Mais informações sobre vegetação aquática (PIANC22):

Resultados preliminares do projeto OSCAR

Resultados preliminares do projeto VERONICA

Estes trabalhos foram desenvolvidos internamente


na HAEDES
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