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PORTFÓLIO

ARQUITECTURA

Francisca Martinho Serra


Arquitecta com 3 anos de experiência, no sector público e privado, com foco em concursos
FRANCISCA públicos e projectos de arquitectura e execução. Especial interesse e contínua procura de
aprofundamento de conhecimento nas áreas de Arquitectura Sustentável, Renderização
MARTINHO SERRA 3D, bem como Coordenação de BIM e Obra.

PERFIL EXPERIÊNCIA
Arquitecta, 26 anos 2022 - Momento Highplan Arquitectos
Arquitectura - Regime Integral
+351 913079180
francisca.martinhoserra@gmail.com 2021 - 2022 Serralvarez Arquitectos
Concursos Públicos - Regime Integral
Cascais, ParedE
2020 - 2021 Câmara Municipal de Cascais
SOFTWARE Departamento Planeamento Estratégico - Regime Integral Estágio Ordem dos
AutoCad Arquitectos
Archicad
Rhinoceros 2019 - 2020 Câmara Municipal de Cascais
Departamento Planeamento Estratégico - Regime Parcial Estágio Académico
SketchUp
Revit 2018 - De momento Associação Naval de Lisboa
3DsMax Treinadora de Vela Grau I - Part-time
Corona
Lumion OUTROS
Ilustrater I Congresso Habitação de Cascais - 2º Lugar, CMCascais, 2019
Photoshop
WarsawCall - 3º Lugar, ArchiContest, 2021
Indesign
Archiprix Portugal - Participação, 2021
D5 Render

LÍNGUAS EDUCAÇÃO
Português 2014 - 2020 Mestrado Integrado em Arquitectura
Inglês Faculdade de Arquitectura da Universidade de Lisboa
Espanhol
2017 - 2018 Eramus +
Universidad Nacional Autónoma de México (UNAM)
VOLUNTARIADO
Banco Alimentar Contra a Fome 2022 - De momento Pós-Graduação - Arquitectura Bioclimática y Cooperação Internacional
Just a Change Econova - Institute of Architecture and Enginnering
Comunidade Vida e Paz
More Together - Homeless is More
FORMAÇÕES

HOBBIES Formação Eficiência Energética em Arquitectura - Ordem Arquitectos, 2022


Arquitectura/Arquitectura Sustentável, Formação Coordenação de Projectos - Nível 1, Ordem Arquitectos, 2021
Renderização 3D, Desenho, Design, Cultura, Carta de Navegação - Patrão de Costa, 2021
Viajar, Natureza, Vela, Corrida . Instituto Cervantes - B2, Exame DELE, 2018
Curso Treinador de Vela - Grau I, Federação Portuguesa de Vela, 2018
Curso Juri de Surf - Federação Portuguesa de Suf, 2013

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4
PR OJ E CTO S SE L E CI O N A D O S
01 04
CENTRO DE ALTO BAIRRO ACESSÍVEL
RENDIMENTO ESTÁGIO
ACADÉMICO

02 05
UNIDADE HOTELEIRA NON-TOWER
ACADÉMICO CONCURSO

03 06
BAIRRO MODULAR CONCERT HALL
ACADÉMICO CONCURSO

5
01. CENTRO DE ALTO RENDIMENTO
AREALVA, ALMADA - ACADÉMICO

Arealva, localizada no concelho de Almada, constitui uma área de elevado interesse his-
tórico, cultural e social. Contudo, devido ao processo de desindustrialização, este espaço
converteu-se no que é hoje uma área pouco atractiva e desfragmentada da cidade, pen-
dente de requalificação.
Assim, na proposta que se apresenta, existe a intenção de inverter o processo de abandono
utiliza do a arquitectura, como meio de revitalização dos espaços.
Partindo da compreensão da morfologia do território é apresentada como a estratégia de
resposta às problemáticas locais a evidência das suas potencialidades.
O equipamento surge como elemento urbano que procura restabelecer o encontro entre a
cidade e o rio, partindo da interface de planos, do vertical da arriba ao horizontal do Tejo
partindo de um eixo conector de referências, adoptando a temática da poética da água e a
preservação da memória do lugar.
Criando um Centro de Alto Rendimento de desportos náuticos, com vertente cultural e
social, capaz de apoiar as modalidades na área da grande Lisboa, revitalizando a frente
ribeirinha de Almada.

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7
REDE NACIONAL - CENTROS DE ALTO RENDIMENTO
- Desportos Terrestres
- Desportos Náuticos
- Localização Proposta

Novo Centro de
Alto Rendimento
Tejo
da Arealva
Memória
Património
Actividades
Náuticas
Turismo
Proximidade Jovens
Praias Crianças
Adultos
Unidade Cultural
Idosos
Desportistas,
Habitantes
Pescadores

ALMADA CRISTO-REI

ARRIBA
ELEVADOR
BOCA DO VENTO
PONTE 25 DE ABRIL

PÚBLICO PRIVADO PÚBLICO

RIO TEJO

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|PROBLEMAS: | POTÊNCIAIS:

1. Limites
|PROBLEMAS: | POTÊNCIAIS:

2. Fragmentação 1. Localização
1. Limites
3. Sensibilidade 2. Património Industrial
Paisagistica 2. Fragmentação
1. Localização
4. Despovoamento 3. Ambiência Natural
3. Sensibilidade 2. Património Industrial
Paisagistica ESPAÇOS VERDES
5. Abandono e Ruína
4. Despovoamento 3. Ambiência Natural
6. Serviço Escassos
5. Abandono e Ruína

6. Serviço Escassos
POTÊNCIAIS
PROBLEMAS EQUIPAMENTOS

POTÊNCIAIS
PROBLEMAS

Localização

Localização EDIFICADO URBANO

Património Ambiência
Industrial Natural
QUARTEIRÕES
Património Ambiência
Industrial Natural

POTÊNCIAIS PROBLEMAS ESTRATÉGIA ELEMENTOS PROJECTUAIS: HIERARQUIA VIÁRIA

Escala Urbana Conexão de Planos


POTÊNCIAIS PROBLEMAS ESTRATÉGIA ELEMENTOS PROJECTUAIS:

Integridade
Escala Urbana Conexão de Planos
Paisagistica Caminhos Pedonais

Arquitectura de Integridade
Paisagistica Requalificação Caminhos Pedonais
Integração

Arquitectura de
Programa Equipamento Requalificação
Integração
e Função

Programa Equipamento
e Função
TECIDO COMPLEXO

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TÁGIDE ORIENTAÇÃO CIENTÍFICA: LEGENDA:
O EQUIPAMENTO COMO ELEMENTO DE REQUALIFICAÇÃO TERRITORIAL FRANCISCA MARTINHO SERRA-20141200 PROF.DOUTOR PEDRO RODRiGUES|PROF.DOUTOR JOSÉ LUÍS CRESPO PLANTA PiSO

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PLANTA PISO 2

PLANTA PISO 1

P. 03
TERREO - ESC.1:300|ALÇADO NORTE - ESC.1:300

PLANTA PISO 0

11
02. UNIDADE HOTELEIRA
QUINTA DOS INGLESES, CASCAIS - ACADÉMICO

A Quinta dos Ingleses trata-se de uma área desvalorizada do con-


celho de Cascais, apesar de diversas tentativas de urbanização da
área, esta tem sido constantemente posta em causa pala popu-
lação local.
Desta forma, o projecto visa responder às questões populacio-
nais, bem como oferecer a este espaço uma nova vida.
Desta forma este projecto têm como objectivo a criação de ape-
nas uma unidade hoteleira, direccionada ao segmento do eno-
turístico, criando área de vinicultura para o famoso vinho de Car-
cavelos, de forma a contribuir para a divulgação do património
associado ao vinho, à vinha e à cultura vínica, promovendo assim
a criação de produtos turísticos e actividades que favoreçam a
descoberta e a interpretação da cultura da vinha e a qualificação
do património enológico, e ainda promover a preservação do pi-
nhal centenário com a sua biodiversidade, valorizando os espa-
ços verdes de forma útil para a comunidade.

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13
PLANTA PISO -1 PLANTA PISO 0

PLANTA PISO 1 PLANTA PISO 2

14
QUARTO TIPO

SUITE QUARTO SPACE

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03. BAIRRO MODULAR
BAIRRO MARECHAL CARMONA, CASCAIS - ACADÉMICO

Com foco no desenvolvimento coeso do projecto, foram analisados os pro-


blemas e potenciais do bairro Marechal Carmona, seria possível desenvolver
estratégias e soluções capazes de integrar, reabilitar e requalificar o território.
Assim, definiu-se como principais problemas, a existência de ruas estreitas e
esguias, bem como os vazios urbanos, a abundância de habitações devolutas,
a escassez de serviços e ainda os limites vincados pelas duas vias principais,
a nascente e a poente. De seguida, foram definidas como fortes valências do
bairro, as vivências, a mobilidade, e os percursos pedonais.
Sobre esta primeira aproximação, os problemas são transformados em poten-
ciais, adquirindo estes uma compo- nente base ao desenvolvimento dos con-
ceitos e ideias condutoras do projecto.
Com o intuito de preservar a memória e identidade local, a proposta apresen-
ta-se como uma espécie de ‘palimpsesto’, enquanto estratégia de promoção
da sobreposição de camadas e malhas ao longo do tempo. A ideia de ‘bairro
modular’, parte de uma aproximação inicial ao problema sobre a quantidade
de fogos no bairro, a qual se pretendia duplicar sobre o número actual exis-
tente, enquanto resposta simples à variação da agregação e definição morfo-
lógica de espaços nas habitações, através da sobreposição e acoplamento de
módulos.
Como tal, as estratégias foram imaginadas de forma a manter a integridade
do bairro, passando estas pela reabilitação de conexões, tanto dentro da área
de intervenção, como com a envolvente, através do preenchi- mento e reabi-
litação de vazios urbanos, transformados em espaços verdes qualificados, e a
integração de serviços nas ruas principais. Deste modo, a base para um desen-
volvimento saudável e intergeracional do bairro, estaria lançada.

Projecto realizado em conjunto com Michele Delogu,Rita Ferreira e Tomás Cardoso


Congresso da Habitação de Cascais - 3º Lugar

16
MASTERPLAN

MAIN

GRID

GREEN

HOUSING

WALK

EQUIPMENTS

PROBLEMS POTENCIAL

1. STR(ICT)EETS
PROBLEMAS
PROBLEMS POTENCIAIS
POTENCIAL
POTENCIAIS
1.STR(ICT)EETS
1. Ruas 2.Estreitas
HOLES
1. (Con)vivência
1. LIVEABILITY POTENTIAL PROBLEMAS
PROBLEMS MOBILITY

2.HOLES
2. Vazios3. Urbanos
SERVICELESS 1. LIVEABILITY 2. Mobilidade
2. MOBILITY

3.SERVICELESS
3. Escassez 4. LIMITSde Serviços 2. MOBILITY 3. Percursos
3. WALKABILITY Pedonais

4.LIMITS
4. Limites
5. ABANDONMENT
BAIRRO MODULAR
PALIMPSESTO
3. WALKABILITY - BAIRRO MARECHAL CARMONA, CASCAIS

5.ABANDONMENT
Abandono
WALKABILITY LIVEABILITY
5.

BAIRRO MODULAR
ANALYSIS
Potencial transform the problems in a new project starting point
POTENCIAIS PALIMPSESTO
PROBLEMAS - BAIRRO MARECHAL
ESTRATÉGIASCARMONA, CASCAIS
POTENTIAL
POTENTIAL PROBLEMS
PROBLEMS STRATEGIES
STRATEGIES ELEMENTOS
PROJECT PROJECTUAIS
PROJECT
ELEMENTS
ELEMENTS
PROBLEMS POTENCIAL

BAIRRO MODULAR
ANALYSIS
2. VOIDS
1. STR(ICT)EETS Ligações
MAIN MAIN Principais

ALIMPSESTO - BAIRRO MARECHAL CARMONA, CASCAIS 1. LIVEABILITY


Malha
GRID GRID Urbana FRANCISCA SERR
CLEAR

PROBLEMS ConexõesPOTENCIAL
CONNECTIONS
CONNECTIONS
3. SERVICELESS 2. MOBILITY

ODULAR
ANALYSIS
1. STR(ICT)EETS
4. LIMITS Espaços
GREEN3. WALKABILITY Verdes
GREEN PHASESDE ARQUIT
FACULDADE
Requalificação
2. VOIDS 1. LIVEABILITY
ECHAL CARMONA, CASCAIS FILLING
FILLING
VOIDSVOIDS 5. ABANDONMENT
FRANCISCA SERRA 20141200
CLEAR
| MICHELE DE
CONNECTIONS

PROBLEMS POTENCIAL
3. SERVICELESS
de Vazios 2. MOBILITY

Habitação
HOUSING
HOUSING
S PHASESDE ARQUITECTURA - UNIVERSIDADE D
1. STR(ICT)EETS
4. LIMITS 3. WALKABILITY FACULDADE
2. VOIDS 1. LIVEABILITY
Re-população
REPOPULATE
REPOPULATE
AIS 5. ABANDONMENT
FRANCISCA SERRA 20141200
CLEAR
| MICHELE DELOGUFILLING
CONNECTIONS
20188175
VOIDS | RITA FE
POTENCIAL
3. SERVICELESS 2. MOBILITY
Caminhos Pedonais
WALK WALK

4. LIMITS 3. WALKABILITY PHASES


1. LIVEABILITY
Ligações
LINK LINK
POTENTIAL
CLEAR CONNECTIONS FILLING VOIDS ORDER GRID
5. ABANDONMENT PROBLEMS
2. MOBILITY
Equipamentos
EQUIPMENTS
EQUIPMENTS

3. WALKABILITY Serviços
PROVIDE
PROVIDE

CLEAR
POTENTIAL
CONNECTIONS FILLING VOIDS ORDER GRID ORDER GRID 17
PROBLEMS
-Tree-lined promenades restricted car lanes (emergen- 1 ESCOLA 3 GIN
-Green rooftops cies only) and pedestrian
-The green organic line
PROJECT ELEMENTS streets.
MAIN
MAIN
RESIDÊNCIA MER
2 DE ESTUDANTES 4 CO-
LIGAÇÕES PRINCIPAIS
MAIN
CONNECTIONS MALHA URBANA
GRID
GRID
CONNECTIONS
Restricted car lanes
GRID
5 CEN
GREEN
GREEN

A malha urbana cria uma ordem


FILLING VOIDS
GREEN FILLING VOIDS
dentro do bairro introduzindo ruas
3 HOUSING
de acessoHOUSING
automóvel, apenas em
REPOPULATE A’ caso de emergência, e ruas de aces-
HOUSING REPOPULATE so pedonal. PERCURSO

WALK
WALK
O percu
é um tra
LINK do esqu
WALK LINK
É compo
diferent
pavimen
EQUIPAMENTOS
EQUIPMENTS
EQUIPMENTS enfatiza
espaços
4 EQUIPMENTS
PROVIDE
PROVIDE

Detalhe de

Duas ruas principais com aces-


so a transportes públicos, onde
o objectivo é conectar o bairro
e permitir um melhor acesso às
habitações.
B GREEN PLAN
Grandes equipamentos localizados
nas extremidades do bairro, de forma
a criar um efeito de pórtico, previli- Secção de

jando os eixos principais e mantendo


o centro do bairro habitacional.

POTENTIAL PROBLEMS STRATEGIES PROJECT ELEMENTS

MAIN

GRID
CONNECTIONS

GREEN

FILLING VOIDS

HABITAÇÃO
HOUSING

HAB
REPOPULATE
A par
base m
WALK 3x3 m
módu
LINK desen
Tipologia T1 Tipologia T2 criar d
tipolo
EQUIPMENTS

T1
PROVIDE

T2

18
GRID

ESPAÇOS
GREEN VERDES

HOUSING

PROJECT ELEMENTS
WALK

MAIN

GRID
EQUIPMENTS
Os espaços verdes
são compostos por:
- Parques públicos
GREEN
MASTERPLAN
- Passeio arborizado
- Coberturas ajardinadas
- Percurso orgânico
PATH
HOUSING

The organic path is a distin-


guible trace in the urban
scheme. It is composed by a THE ORGANIC
THE ORGANIC PATH
PATH
different kind of path that em-
phatize the green elements
that compose
CAMINHO
WALK it. 1,20mm
1,20 5,60mm
5,60 1,20mm
1,20
O percurso orgânico é um traço distintoPATH
do esquema
PATH

urbano. É composto por um diferente tipo de pavi-


mento que enfatiza e compõe os espaços verdes.
0,50 m
0,50 m

EQUIPMENTS 2,10mm
2,10 Pavementdetail
Pavement detail
MASTERPLAN
10cm
10 cm

0,90mm
0,90

HOUSING

MASTERPLAN
4,60 m
4,60 m

1,70mm
1,70

HOUSING

MASTERPLAN
T1. Ground Floor 2,50mm
2,50 T1. Upper Floor
1,50 m
1,50 m

HOUSING 88cm
cm

MASTERPLAN Pavementsection
Pavement section
T1. Ground Floor T1. Upper Floor

HOUSING

MASTERPLAN MATERIALS
d Floor T1. Upper Floor
MATERIALS
A partir de uma base modular MATERIALS
de 3x3 metros, vários módulos
HOUSING

Division 3x3 Habitation Typology T1 Typology T2


foram module
desenvolvidos para criar
diferentes tipologias.
T1. Upper Floor
Energy Production
Photo�oltaic system Energy Production
Photo
3x3 Habitation Typology T1 Typology T2 Photo�oltaic system Energy Production
module Photo�oltaic system
T1. Upper Floor

Typology T1 Typology T2 Thermal Insulation


Cork Thermal Insulation
Cork Thermal Insulation
Cork

Typology T2

Construction

Light Steel Frame Construction

Light Steel Frame Construction


Typology T2 Light Steel Frame
19 Ligh
04. BAIRRO ACESSÍVEL
BAIRRO MARECHAL CARMONA, CASCAIS - ESTÁGIO

O Bairro Marechal Carmona, surgiu em 1946 como resposta


ao défice habitacional, não se tendo alterado desde então
que não foi alvo de qualquer intervenção, tornando-se bas-
tante envelhecido e degradado.
Apresentando-se como um bairro unicamente de cariz habi-
tacional, tem uma carência de equipamentos e serviços que
possam melhorar as condições de vida da sua população, as-
sim como uma falta de aproveitamento do espaço
público para fins coletivos.
Como resposta a estes aspetos o projecto nasce da continua- ÁREA DE INTERVENÇÃO
ção do projecto começado na Faculdade de Arquitetura de
Lisboa, onde fomos desafiados a reabilitar este bairro desfa-
vorecido, embora característico no centro de Cascais.
Com objectivo de criar mais de 500 novas habitações aces-
síveis, enquanto simultaneamente tentando preservar a sua
memória.
O projeto era composto por um Masterplan, bem como várias
intervenções incluindo habitações acessíveis, um jardim de
infância, uma escola e um edifício multifuncional.

ÁREA DE ESPAÇOS PÚBLICOS E


ARRUAMENTOS

ÁREA DE ESPAÇOS VERDES

ÁREA DE HABITAÇÃO

ÁREA DE EQUIPAMENTOS

20
21
22
HABITAÇÃO
PLANTA PISO 0

PLANTA PISO 1

23
PLANTA PISO 2

PLANTA PISO 3

24
25
26
ALÇADO POENTE

ALÇADO NORTE

CORTE TRANSVERSAL

CORTE LONGITUDINAL

27
28
MULTIFUNÇÕES
PLANTA PISO 0 PLANTA PISO 1

PLANTA PISO 2 PLANTA PISO 3

PLANTA PISO 4 PLANTA PISO 5

29
30
ESCOLA
31
CRECHE

PLANTA PISO 0

PLANTA PISO 1

PLANTA PISO 2

32
33
05. NON-TOWER
São lázaro, MONSARAZ - Concurso

Situada na encosta oriental de Monsaraz, e construída no século XIV, este pequeno


edifício gótico a ermida de São Lázaro prestava assistência religiosa a um lazareto que
existia na zona envolvente.
Com a intenção do projecto torna-se uma afirmação do seu Lugar, centrando-se na
paisagem do vale e, portanto, redefinindo-a como um símbolo no qual o contexto his-
tórico onde desempenhou um papel determinante, de abrigo aqueles que foram diag-
nosticados com lepra, a farol espiritual para aqueles que procuravam esperança e fé.
São Lázaro viveu uma vida pobre e consequentemente foi canonizado para guiar os
leprosos. Isso, implicava que alguém teria que descer para subir. Pretende-se, por-
tanto, que esta natureza dicotómica de descida e ascensão seja reflectida através da
arquitectura manifestando processo de transcendência.
Para expressar esta relação paradoxal, a proposta propõe a reinterpretar a tipologia
da torre subtraindo um volume vertical de uma montanha concebida directamente no
topo da ermida existente.
Isso expressaria então a torre não como um objecto sólido, mas como um vazio im-
plícito em torno da ermida existente, manifestando o farol espiritual e etéreo que
sustentou os sentenciados ao longo da história.
Se se sobe por uma ponta, a torre deve assumir sua presença por uma ausência.
Non-Tower representa uma forma de homenagear as inúmeras perdas humanas que
deram seu último suspiro neste lugar, enquanto o vê como um último farol de espe-
rança. A proposta reinterpreta o Lugar como memorial e cria um percurso sensorial
que promove a interpretação espacial de si mesmo de forma intimista.
A proposta organiza-se em 3 níveis, o que representa simbolicamente 3 fases da des-
graça iminente de cada doente de lepra e da sua relação com a ermida: “A Sentença”
(representando o primeiro momento consciente da doença), “Esperança” (represen-
tando o abrigo e a esperança proporcionado pelo Hermitage em uma vida além do
material) e “A Transição” (o momento em que o físico se torna metafísico).
Seguindo esta lógica, o espaço proposto desdobra-se através de uma entrada para
um nível inferior, onde o silêncio e a ausência de ruído visual dão lugar a um espaço
completamente isolado do exterior.
Este espaço enquadra a própria Ermida como um volume central, exacerbado pela
única fonte de luz da abertura acima.
Um piso de pedra solta quebra o ambiente silencioso, fornecendo pequenos ecos e
sons ao longo dos caminhos. Cada pedra representaria as inúmeras almas que a ermi-
da guiou ao longo da história.
O caminho é então esculpido em torno de l’Hermitage através de uma escada aparen-
temente infinita, que diverge em duas escadarias, representando em cada degrau, o
difícil caminho que o doente percorreu até a libertação.
O acesso à Ermida faz-se através de um corredor interior situado em anel, exterior à
ruína (onde se encontram algumas gravuras descritivas sobre testemunhos/histórias/
contos da época) que termina numa plataforma onde se pode entrar o próprio Hermi-
tage. Aqui, a forma regular do espaço e sua escala contribuem para uma sensação de
conforto e abrigo.
À medida que o caminho sobe, distancia-se do nível inferior e transcende-se para
um momento de contemplação da paisagem, onde a relação com aquela paisagem
é reforçada através do enquadramento visual do Alqueva e da sua silhueta peculiar e
montanhosa.

34
Projecto realizado em conjunto com Ivo Malfeito, José Gonçalves e Rita Ferreira
Concurso Internacional Arksite: Site Tower

35
PLANTA PISO -1

PLANTA PISO -1

36
“A transição”

Espaço
Informativo

“A esperança”

“A sentença”

37
06. CONCERT HALL
Varsóvia, Polónia - Concurso

A cidade de Varsóvia, foi apelidada de cidade da Fénix devido à sua constante reconstrução
ao longo do século XX. A New Town Market Place, no centro de Varsóvia, é a principal praça
da nova cidade, onde fomos desafiados a criar uma sala de concertos com 500 lugares,
com uma tipologia capaz de ao mesmo tempo ter um uso púbico-privado. De forma a
tentar responder às necessidades do local, optámos por inverter a tipologia de sala de
concerto tradicional e fundi-la com a própria praça, de modo a criar um híbrido de sala de
concerto em praça pública.
Demos inicio ao projecto criativo partindo do aumento do volume de uma casa geminada
tradicional - equivalente à envolvente - e em seguida, seccionando-o com os dois eixos
principais, enquadrando a igreja como elemento principal da praça. Em seguida, a ex-
tremidade oeste do volume resultante é rebaixada ao nível do solo, criando um telhado
verde, público, como um prolongamento da própria praça.
O edifício está organizado de forma a concentrar as funções mais públicas no piso térreo
e distribuir as mais privadas para os pisos inferiores. Todos os programas públicos foram
concebidos com cubos de betão, cada um com aberturas curvas - promovendo a forma de
cortina - como entrada, sendo acentuadas pela fachada de vidro curva que distorce leve-
mente cada uma, permitindo uma expressão teatral para o exterior. As oficinas e estúdios
de música são pontuados por pátios verdes que crescem, relacionando-se com a praça.
O edifício, no seu conjunto, é revestido com diversos tipos de betão (pisos polidos
e paredes bujardadas), assumindo a sua expressão austera. A fachada sul é molda-
da de forma a criar vários símbolos tradicionais de Varsóvia como “afrescos” de be-
tão, como o Syrenka e o Kotwica, interpretados como personagens de teatro, como
pode ser visto em várias pinturas no contexto envolvente. Por fim, o auditório é reves-
tido a madeira e vidro, respeitando o padrão circular do exterior, criando uma estrutu-
ra em tecelagem tubular, que funde e difunde paredes, telhado e piso como um só.

Projecto realizado em conjunto com Ivo Malfeito, José Gonçalves e Rita Ferreira
Concurso Internacional Archicontest: Warsawcall - 3º Lugar

38
LOCAL DE INTERVENÇÃO CONSTRUÇÃO TRADICIONAL

EIXOS PRINCIPAIS SECÇÃO RESULTANTE

EXTENSÃO DO ESPAÇO PÚBLICO ESPAÇOS VERDES

39
01
Áreas verdes
Cafetaria

00
Lojas de Música
Hall
Cafetaria
Auditório

-01
Lojas
Oficinas
Estúdios de Gravação
Estúdios de Pesquisa

-02
Área Técnica
Bastidores

40
41
42
A

B’

A’

PLANTA PISO 1 PLANTA PISO 0

PLANTA PISO -1 PLANTA PISO -2

43

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