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INICIAÇÃO CIENTÍFICA – ILHAS DE CALOR

RESUMO 1 – CAROLINE LAINA DE GODOI SASAKI

O fenômeno das ilhas de calor urbano (ICU) é reconhecido desde


meados de 1960 e há um consenso quanto à sua existência e impactos na vida
humana, sendo admitido, inclusive, como um fenômeno mortal em muitos
países do mundo desenvolvido (GRIMMOND et al., 2010). Trata-se, em linhas
gerais, da diferença de temperatura verificada em uma área urbana em
comparação com seu entorno rural, resultante de diversos fatores, como índice
populacional, índices de refletividade e textura dos materiais de superfície,
quantidade e qualidade de gases emitidos, presença e qualidade de ventos,
uso das edificações etc. (FUTCHER; KERSHAW; MILLS, 2013). É interessante
notar, contudo, que um estudo conduzido por Oke (1995) verificou a ocorrência
de diversos fenômenos de formação das ICU, simultaneamente, em variados
meios – no ar, na superfície e no solo logo abaixo.

O alto consumo de combustíveis fósseis, a densidade populacional e a


alta demanda pelo consumo de energia para manter os usuários das
edificações confortáveis em qualquer época do ano compõem um cenário
considerado por Grimmond (2010) insustentável, do ponto de vista climático ou
energético, fazendo necessárias alternativas para diminuição do impacto do
aquecimento causado pelas ICU.

Assim, algumas ações que favorecem a diminuição do efeito nocivo das


ilhas de calor e podem ser empregadas num esforço de cooperação entre
governo, empreendedores do ramo de construção civil e população são o
emprego de materiais de menor albedo ou de menor condutividade térmica nas
superfícies urbanas, como pisos, paredes e telhados; a implantação e
manutenção de áreas verdes, em variadas escalas, dentro de projetos
urbanísticos; a observância da necessidade de formação de cânions urbanos
(que garantem sombreamento e consequentemente menor aquecimento local)
na elaboração e aprovação de projetos de novas edificações; e a adoção de
políticas públicas de controle e melhoria da qualidade do ar (GRIMMOND et al.,
2020).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FUTCHER, Julie Ann; KERSHAW, Tristan; MILLS, Gerald. Urban form and
function as Building performance parameters. Building and environment, v.
62, p. 112-123, 2013.

GRIMMOND, C.S.B. et al. Climate and more sustainable cities: climate


information for improved planning and management of cities
(producers/capabilities perspective). Procedia Environmental Sciences, v. 1,
p. 247-274, 2010.

OKE, T. R. City size and the urban heat island. Atmospheric Environment, v.
7, p. 769-779, 1973.

______. The heat island of the urban boundary layer: chacracteristics, causes
and effects. Wind Climate in Cities, p. 81-107, 1995.

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