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PRESSUPOSTOS
A cidade é o habitat da sociedade contemporânea
A cidade representa o mais elevado grau de transformação da paisagem
No Brasil mais de 80% da população vive em áreas urbanas
Grande parte da população urbana habita ambientes inadequados e segregados
Extensas áreas urbanas são afetadas por desastres socionaturais, agravando o
nível de vulnerabilidade social
A cidade constitui a forma mais radical de transformação da paisagem natural:
morfologia do terreno; condições climáticas e ambientais
Os espaços urbanos passaram a assumir a responsabilidade do impacto máximo
da atuação humana sobre a organização na superfície terrestre e na deterioração
do ambiente
OBJETIVOS
John Evelyn
Luke Howard
A urbanização acelerada do pós
guerra e a expansão territorial
urbana das grandes metrópoles,
associada a industrialização e a
queima de combustíveis fósseis
tornaram os climas urbanos um tema
de interesse do geógrafo Tony
Chandler
Em 1965, CHANDLER publicou The
climate of London”, marco conceitual
e primeira obra completa sobre o
tema.
Londres em meados
do século XX Chandler
Em 1976, Carlos Augusto de F. Monteiro
publicou “Teoria e Clima Urbano”, marco teórico
e conceitual dos estudos do clima urbano no
Brasil.
A proposta dos canais de percepção do clima
urbano (hidro-meteórico, físico-químico e
termo-dinâmico) tornou-se referência para as
pesquisas sobre o tema no Brasil.
Carlos Augusto
Nos anos 70 e 80, foram publicadas
as pesquisas de Landsberg e Oke,
sobre os climas urbanos, numa
perspectiva aplicada e fortemente
caracterizada pelo balanço de
energia e pela modelagem.
Helmut Landsberg
(ao centro) entre
Hermann Flohn e
Mikhail Budiko
Fundamentos teóricos da
análise do clima urbano
CONTROLES ou FATORES
Morfologia urbana
ATRIBUTOS ou ELEMENTOS
Modificações no comportamento dos atributos climáticos
FENÔMENOS
Respostas próprias do clima urbano aos controles e atributos do clima.
CONTROLES CLIMÁTICOS
Rugosidade da superfície
Variação dos atributos
ATRIBUTOS CLIMÁTICOS
Elementos Climáticos
Índice de Pluviosidade – Enchentes
Radiação solar – Balanço de radiação
Temperatura – Ilha de calor e inversão térmica
Vento – Campos de vento
Fenômenos Climáticos
FENÔMENOS URBANOS
Ilhas de calor - Variação de temperatura ao longo da mancha urbana;
Enchentes - Variação dos índices pluviométricos/aumento do escoamento
superficial;
Inversão térmica - circulação das massas de ar quente/frio;
Campos de vento - variação da pressão atmosférica/atritos de superfície;
Balanço de radiação - acúmulo de energia/variação de temperatura;
Chuva ácida - circulação do ar/concentração de poluentes.
BALANÇO DE RADIAÇÃO – ILHA DE
CALOR
25
5%
%
Refletida Refletida
ACÚMULO DE ENERGIA
ILHAS DE CALOR
Impermeabilização do solo;
Densidade urbana/Morfologia urbana;
Concentração de poluentes;
Produção de energia;
Escassez áreas verdes.
O nome ilha de calor dá-se pelo fato de uma cidade apresentar em seu centro uma
taxa de calor mais elevada, enquanto em suas redondezas a taxa de calor é normal
(menor quando comparada com a porção central)
Por exemplo, num campo de cultivo que situa-se nas redondezas de uma grande
cidade, há absorção de 75% de calor enquanto no centro dessa cidade a absorção
de calor chega a significativos 95 a 98%.
FATORES DE OCORRÊNCIA
Ocorre nos centros das grandes cidades devido aos seguintes fatores:
Mudança,
Tempo Curto
(histórico)
Variabilidade,
Tempo Longo
(geológico)
Ritmo
Local
Articulação das escalas do clima
Escala Espacial Escala Temporal Gênese Processos
Movimentos
Generalização
Glaciações, Vulcanismo,
Tectônica de Placas
Sazonalidade,
Organização
Padrões e Ciclos
Regional Variabilidade Natural e naturais
Antrópico Mudanças da paisagem
(desmatamento,
poluição)
Especialização
Uso do solo,
Expansão Territorial
Local Ritmo Antrópico Urbana
Cotidiano
CLIMA REGIONAL
ESPAÇO URBANO
ATIVIDADE HUMANA
ESPAÇO CONSTRUÍDO
TRÁFEGO/AQUECIMENTO
INDÚSTRIAS
OBSTÁCULOS TIPO DE MATERIAL
CALOR ANTRÓPICO
INÉRCIA TÉRMICA POLUIÇÃO
EFEITO ESTUFA
EFEITO DE REFLEXÃO
NÚCLEOS DE
CONDENSAÇÃO
AUMENTO DA TEMPERATURA
NÉVOA
CLIMA URBANO
Garcia, 1996
As Escalas Taxonômicas e as estratégias de
Análise do Clima Urbano
ESCALAS TAXONÔMICAS DO CLIMA
12.0
11.8
11.6
7554000 11.4
N
11.2
11.0
7557000
10.8
10.6
10.4
10.2
7554000 FC T/U NESP
CEN TR O
7548000
11000
000 0 0 1 0 0 010002 0 0 0 2000
3 0 0 0 (m3000
) m
7551000
L egen d a
T ra n secto 1
T ra n secto 2
7548000
11000
000 0 0
1000 2000 1 030000 0m 2000 3 0 0 0 (m )
Localização da Estação
Meteorológica-FCT/UN
ESP
37,0 16,0
Temperatura mínima
36,5 15,5
36,0
35,5
Temperatura máxima 15,0
14,5
35,0 14,0
34,5 13,5
34,0 13,0
33,5 12,5
33,0 12,0
32,5 11,5
32,0 11,0
31,5 10,5
31,0 10,0
30,5 9,5
30,0 9,0
1 21 41 61 81 10 1 12 1 14 1 16 1 18 1 201 221 241 261 281 301 321 341 361 381 401 421 441 1 21 41 61 81 10 1 12 1 14 1 16 1 18 1 201 221 241 261 281 301 321 341 361 381 401 421 441
40
200 35
30 Chuvas
150 25 Maxima absoluta
Media das maximas
20
Media
100 15 Media das minimas
10 Minima absoluta
50 5
0 -5
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
Áreas verdes
Qualidade ambiental
N
T oC
7557000
Transetos móveis
17.5
17.0
16.5
16.0
7554000 15.5
15.0
14.5
14.0
13.5
7551000
13.0
12.5
N
12.0
T oC
7548000 19.5
7 557 000 19.3
11000
000 0 0
1000 1 0 030000 m
2000 2000 3 0 0 0 (m ) 19.1
18.9
452000 455000 458000 461000 18.7
O rg . M a rg a re te C . d e C . T rin d a d e A m o rim 18.5
18.3
18.1
17.9
17.7
N
7 554 000 17.5
17.3
17.1
7557000
16.9
16.7
16.5
16.3
16.1
15.9
7554000 15.7
F C T /U N E S P 7 551 000
CENTRO
15.5
15.3
15.1
14.9
14.7
7551000 14.5
L eg en d a 7 548 000
T r a n s e c to 1
7548000
T r a n s e c to 2 1 000
100 0 0 0
10 00 1000
2 000 3000 m 200 0 30 00 (m )
1100 000 0 0 0
1000 2000 1 03 000 00m 2000 3 0 0 0 (m ) 452 000 4 55000 45 800 0 46 100 0
452000 455000 458000 461000 O rg. M argarete C . de C . T rind ade A m orim
Impactos socioambientais do clima urbano
Canal Termal (Landsat 7)
Fig. 1. Common district with fiber cement Fig. 2. Common house with fiber cement
roofing. Image from Google (2007) roof, small windows and high walls.
Fig. 3. Middle class district Fig. 4. Middle class house with tile roof,
grided and wide windows.
Mapa da exclusão social
Novas tecnologias
para o estudo do clima urbano
Imagens
termográficas
Coberturas
verdes
Realidades e utopias
Incorporar a dimensão social na interpretação do clima
urbano na análise geográfica significa,
necessariamente, compreender que a repercussão dos
fenômenos atmosféricos na superfície se dá num
território, transformado e produzido pela sociedade, de
maneira desigual e apropriado segundo os interesses e
capacidades dos agentes e atores sociais.
O modo de produção territorializa distintas formas de
uso e ocupação do espaço definidas por uma lógica
incompatível com o desenvolvimento (ou sociedade?)
sustentável. Assim, o efeito dos tipos de tempo sobre
os espaços urbanos construídos de maneira desigual
gera problemas de origem climática, também desiguais.
A entrada de um sistema atmosférico, como uma frente
fria, se espacializa de maneira mais ou menos uniforme
num determinado espaço, em escala local. Entretanto,
em termos socioeconômicos, este sistema produzirá
diferentes efeitos em função da capacidade (ou
possibilidade) que os diversos grupos sociais têm para
se defender de suas ações (resiliência).
Considerações finais