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Escola Arcana Mâlyamâm

(Filiada a Associação Religiosa Templo do Vale do Sol e da Lua)

Fisiologia Oculta
Fisiologia Oculta
OS CORPOS SUTIS DO HOMEM

“Quando se sabe algo, ou você se transforma ou então você sofre e padece”

Texto: Luiz Antonio Martins


Diagramação e revisão: André Bacil
Notas: Wikipedia
Fisiologia Oculta

PLANOS DE MANIFESTAÇÃO

FÍSICO
ASTRAL EGO
MENTAL

BÚDDHICO FUSÃO COM A DIVINDADE
ÂTMICO

ANÛPÂDAKÂ A PRÓPRIA DIVINDADE
ÂDI

O corpo é instrumento da Alma (Astral e Mental). A Alma não é instrumento do físico. Um músico que
negligencia seu violuno e o mantém desafinado é tão louco quanto aquele que se preocupa exageradamente
com seu instrumento e perder tempo e energia excessivos em seu polimento.
Em relação ao corpo físico é preciso:

1º passo: Controle
2º passo: Purificação
3º passo: Sensibilização

Sem controle não há purificação nem sensibilização.

Controle: Cuidados com a semiconsciência do corpo físico. Não confundier esta resist~encia com as difi-
culdades e draquezas de nossos corpos Astral e Mental. Devemos aprender a separar nossa consciência. Com-
preendermos que somos distintos e senhores de nosso corpo. Permitiremos seus impulsos, mas desde que nçai
interfiram em nosso trabalho. Disciplina não é tortura! É preciso aplicar vontade a paciência e a mudança dos
maus hábitos.

Purificação: Aumentar a proporção dos elementos mais refininados na materia, diminuindo os mais grosseiros.

Sensibilização: Práticas que mantenham a mente focalizada no Amor, levando-nos à polarização de ener-
gias mais superiores.

A dificuldade é uns estarem inciando e outros recapitulando.


Todos tem aquilo que merecem e aquilo que se esforçam para obter. A Natureza não tem favoritos.

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O DUPLO-ETÉRICO
Não pertence a nenhum plano. Não confundir com Éther, que é um agente material e parte do Âkâza1. De
acordo com Alice Bailey2, o duplo-etérico é a aura. Ele é a ponte de transferência entre as ondulações do pensa-
mento e da emoção do corpo astral, mais leve, em relação ao corpo físico denso. Neste corpo estão localizados
os Chákras (centros psíquicos ou energéticos de transformação).

OS 7 CHÁKRAS
Enquanto no homem vulgar aparecem ofuscados, no Adepto aparecem refulgentes torvelinhos.

Divisão
Fisiológicos: 1º e 2º

Transferem o Fogo Serpentino3 da Terra e a vitalidade do Sol. Conforme a Escola Transhimalaica, a Energia
Kundalini flui:

Direita Esquerda
Pingala (+) (-) Ida

No centro está Sushuma, com dupla polaridade.

Pessoais: 3º, 4º e 5º

Trabalham com as forças que atuam sobre o Ego. O 3º e 4º Chákras transferem as forças atuantes no Astral
e o 5º no Mental.

Espirituais: 6º e 7º

Respectivamente.
Pineal: transfere o pensamento de um cérebro ao outro.
Hipófise ou Pituária: midianeira do Plano Búddhico.

1 Âkâza é um agente distintamente espiritual. É a substância primordial, sendo o Éther um de seus aspectos. É o seu revestimento.
É a sua forma ou seu corpo mais grosseiro. É o 5º dos elementos e será visível no final da 4ª ronda, manifestando-se completa-
mente na 5ª.
2 Alice LaTrobe Bateman (1880 - 1949). Mais conhecida como Alice Bailey. Foi uma escritora e pesquisadora teosófica. N. E.
3 Ou Energia de Kundalini. É o 3º Aspecto do logos, a 3ª onda de vida, localizando-se no globo ígneo geocêntrico.
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CHÁKRA LOCALIZAÇÃO COR PLANETA FUNÇÃO


1º - Básico ou Raiz Plexo Pélvico; região en-
Residência do Fogo Serpentino. Nos
tre o Ânus e os genitais; Vermelho Plutão/Marte
dá o instinto de sobrevivência.
Mûladhâra base da espinha dorsal
Especializar, subdividir e difundir a
2º - Esplênico vitalidade. Nos dá a capacidade de nos
Plexo Hipogástrico; Laranja Saturno envolver emocionalmente com as pes-
genitais soas e a vida, de acordo com os nossos
Svâdhichthana
impulsos e desejos inconscientes.

Nos dá a capacidade racional de en-


tender e direcionar a vida de acordo
com a vontade pessoal do ego. É o
3º - Umbilical dom do poder da mente, do intelecto,
Plexo Solar; Umbigo Amarelo Sol da razão e da lógica. Deduzindo,
Manipûra organizando e realizando, através da
força de vontade, nossos objetivos
pessoais e sociais na vida.

Através dele sentimos, trocamos e


4º - Cardíaco experimentamos o amor com todas as
Plexo Cardíaco; Coração Verde Lua/Vênus formas de vida, vemos todos os seres
Anâhata dentro de um só coração, totalmente
desvinculado de desejos pessoais.

Permite a nós compreender a real


natureza das coisas e expressar esta
5º - Laríngeo verdade na vida, como o conheci-
Plexo Carótida; Garganta Azul Mercúrio mento. É a tomada de consciência de
Vishuddha nosso papel na vida e do personagem
que agora, como atores, estamos
interpretando.

Nos dá a grande capacidade de


6º - Frontal sintetizar, equilibrar e harmonizar
Glândula Hipófise; Ponto Índigo Júpiter sentimento e pensamento, abrindo,
entre as Sombrancelhas desta forma, as as portas para a
Ãjñã
iluminação espiritual, que é o dom do
sétimo Chákra.
Dom da manifestação da magia da
Vida. É a experiência cósmica, o
êxtase, o Samaddhi, a experiência da
7º - Coronário fusão do ser individual com Deus e o
Plexo Cerebral; Topo do Violeta Netuno Universo, onde os limites do corpo são
Sahasrâra Crânio; Glândula Pienal quebrados e nossa energia, livre, se
expande em todas as direções. É a dis-
solução do ser no cosmos. O Retorno à
centelha divina original, presente em
todos os planos de criação.

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O DESPERTAR DOS CHÁKRAS

DESPERTAR DE UM CHÁKRA = DESPERTAR DA ENERGIA DE KUNDALINI

Isto é extremamente perigoso e pode levar a loucura!

Efeitos que o despertar dos Chákras produzem:


Básico
Relacionado com a faculdade da visão microscópica, isto é, de ver aumentados objetos do mundo físico,
invisíveis à visão do homem comum.

Esplênico
Capacidade de recordar-se de suas viagens astrais, ainda que, às vezes, só parcialmente. Se for estimulado de
maneira leve e acidental, costuma-se produzir a reminiscência da beatífica sensação de voar pelos ares.

Umbilical
Percepção de toda classe de influências astrais, compreendendo, vagamente, que algumas delas são amistosas
e outras hostis, sem saber o porquê.

Cardíaco
Conhecimento instintivo das alegrias e tristezas do próximo e, às vezes, o move a reproduzir em si mesmo,
por simpatia, as dores alheias.

Laríngeo
Capacidade de ouvir vozes que lhe sugerem idéias de toda a classe. Ouve música e outros sons agradáveis.
Confere a clarividência etérica e astral.

Astral
Capacidade de ver lugares e pessoas distantes ou astrais.

Coronário
Relacionado com a capacidade que o ego adquire de, conscientemente, deixar o corpo físico, retornando e
ele sem interrupção, permanecendo consciente dia e noite.

Plexos

São entroncamentos de diversos Nâddhis e situam-se, geralmente, entre um Chákra e outro. São em número de 10.

Plexo Solar: ponta do osso esterno. É a sede da emoção

Plexo Lunar: entre o Cardíaco e o Laríngeo. Mal trabalhado pode gerar problemas de soluço. É a sede dos
sentimentos.

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Plexo de Mercúrio: está localizado no famoso buraco da garganta. Logo abaixo do Chákra Laríngeo. Pode
causar problemas na fala quando em desequilíbrio. Deve-se massageá-lo para melhorar os problemas de ini-
bição da voz.

Plexo de Vênus: localizado no céu da boca. Quando sentimos coceiras nesta região a leitura esotérica nos diz
estarmos com problemas de bloqueios.

Plexo de Júpiter: entre os olhos bem acima do nariz. A sinusite é um problema deste plexo.

Plexo de Netuno: atrás das duas orelhas, bem em cima do osso aí localizado. Quando entramos em processos
alucinatórios devemos massageá-lo. A labirintite é um problema do Plexo de Netuno.

Plexo
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de Plutão: localizado na nuca. É, de todos, o mais perigoso de ser manipulado, pois pode levar o in-
díviduo à loucura. Provoca a mesma sensação do uso de drogas alucinógenas.

Plexo de Saturno: dentro do umbigo.

Plexo de Marte: no meio do períneo. O Chákra transfixia para trás, enquanto que o plexo transfixia para cima.
Mal trabalhado pode apresentar nas pessoas problemas de sado-masoquismo, sadoquismo ou impotência.

Plexo de Urano: 99,99% da humanidade não o apresenta. Localiza-se na pienal. É a intuição, a expansão da mente.

O CORPO ASTRAL
Chamado também de corpo das emoções. Estrutura diferente do físico e do duplo-etérico. Tudo está em um
arranjo concêntrico que se interpenetra. Fundamental para o aspirante: controle das emoções e desejos.
Nossa grande luta: dominar a natureza dos desejos. Para isso é preciso o entendimento do funcionamento
do corpo astral e suas funções.
Funções do corpo astral:

BÁSICA Converter, através dos cinco sentidos, as vibrações do corpo físico em


emoções.
FISIOLOGISTA Vibrações vão dos órgãos aos centros cerebrais.
OCULTISTA A mesma coisa, acrescentando-se que são refletidas do cérebro denso
ao etérico, dos centros etéricos ao astral, dando vida então, as sensações.

Classificação das sensações


• Sensações superficiais
• Sesanções agradáveis
• Sensações desagradáveis
As agradáveis e desagradáveis são chamadas emoções.
Segunda função do corpo Astral: Adicionar qualidade agradável ou desagradável a certas sensações e
convertê-las em emoções que traduzirão prazer e dor. Junto com a sensação de prazer e de dor advém um de-
sejo de experimentar novamente o prazer ou de se evitar a dor. Esta é a manifestação do desejo em sua forma
mais simples e elementar4.

4 Uma transformação que envolva atração e repulsão tende a ligar-se ao corpo astral à presença do elemento mental sob a foma de
desejo. Isso se dá devido a presença da memória, sem a qual o desejo não poderia nascer.
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Natureza essencial do desejo: Atração de uma pessoa em direção ao que lhe dá prazer e repulsa ao que lhe
causa dor.
Atração e repulsão: presença de uma força que, em essência, é igual a da força de vontade. Logo, não há
diferença essencial entre desejo e vontade.
Diferença entre desejo e vontade:

DESEJO A força do Eu é atraída por objetos externos e depende de atrações e re-


pulsões.
VONTADE A expansão da força do Eu independe de estímulos externo, ou seja, ela
é autodeterminada.

No momento em que colocamos ante de nós qualquer objeto e começamos a desejá-lo, ele por sua vez
começa a ser atraído por nós, sua força é proporcional à intensidade do desejo. Se o desejo for suficientemente
forte e as circuntâncias forem favoráveis teremos imediatamente nosso desejo realizado. A atração sempre
nasce no momento em que desejamos, sendo apenas uma questão de tempo para que nosso desejo seja satis-
feito. Nos purificando, livramos do desejo a contamição do eu pessoal para que desse modo ele seja absorvido
na vontade. Lembramos que quando a energia do Eu é atraída para objetos externos chamamos desejo, quando
é impessoal chamamos vontade e se é empregada para a realização de propósitos divinos chamamos pura von-
tade espiritual. À medida que essa energia vai se desfazendo do elemento pessoal, aproxima-se da condição
de vontade pura, sem mistura.
“É a impureza do Eu pessoal que degrada a vontade em desejo e, quando esta impureza é queimada, per-
manece o ouro puro da vontade”.

ESCALA ASCENDENTE DOS DESEJOS


(QUANTO AO GRAU DE IMPUREZA DO EU PESSOAL)

SATISFAÇÃO SEXUAL
VIVER CONFORTAVELMENTE
AJUDAR A PRÓPRIA FAMÍLIA
SERVIR À PÁTRIA
SERVIR À HUMANIDADE
UNIÃO DA VONTADE PESSOAL À DO SUPREMO

Conforme vamos descendo na série, o desejo vai se fundindo com a vontade. Desejo não é uma coisa ruim ou algo
com que se deve preocupar. A forte corrente dos desejos oculta, sob a cobertura do egoísmo, a pura vontade espiritual.
O que fazer? Destruir esta cobertura de egoísmo e tomar o comando do enorme poder da vontade espiritual.
Pessoas dotadas de fortes desejos são, do ponto de vista oculto, mais promissoras do que aquelas cujos desejos são
fracos, que são demaisadamente preguiçosas para esforçarem-se com energia a fim de obterem algo. Como diz o povo
“Quanto maior o pecador, maior o santo”. De tudo que foi dito acima, lembramos que o desejo é uma forma de experi-
mentar emoção.
O que é a emoção? É a manifestação de uma das duas grandes energias: amor e ódio.
Importante: identificar todas as emoções e eliminar aquelas que sejam frutos do ódio.
Como fazer: controle, purificação e culto às emoções mais nobres.
Mecanismo do desejo: quando um desejo brota em nossa coração devemos compreender que não passa de uma
vibração em nosso corpo astral, a qual podemos mudar se assim o desejarmos.
Como mudar? Aprendermos a nos dissociar de nossos desejos, erguer-nos acima deles. Estamos acostumados a
deixar que nossos desejos tenham livre curso em nossas vidas e, só raramente, quando ficamos extraordinariamente
agitados, é que nos tornamos conscientes de seu domínio sobre nós, e de nossa incapacidade de controlá-los.

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Exemplo: sempre que estamos zangados ou irritados ou sob a influência de qualquer outra emoção, boa ou
má, devemos estar atentos aos movimentos do corpo astral, por mais suaves que sejam. Este corpo de emoções
precisa estar equilibrado para termos a saúde. Precisamos identificar quais emoções mais nos atingem para
podermos trabalhá-las.

SEGELIMINAR X SEGURAR AS RÉDEAS

O conflito está em nós e não em quem nos atinge! Devemos nos colocar, porém sem discórdia.
A emoção desencadeia um processo químico dentro de nós.
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O medo e a raiva provocam reações no hipotálamo (também chamado de sala das emoções). Ele é o regu-
lador das víceras. Ativa hormônios, que a hipófise lança de modo descontrolado. A emoção muda todo o sis-
tema químico dentro de nós. Esta química emocional pode destruir as pessoas.
Emoções são propioceptivas, isto é, provocam uma reação imediata no corpo. Seu alvo preferencial é o órgão
de choque. O que estou corporificando? Aonde registro, por exemplo, a minha raiva? Aonde se localiza minha
tristeza? A emoção pode até entortar ossos! A experiência mostra que uma célula sob tensão muda sua forma e
gera um processo desequilibrado. As emoções negativas não podem persistir. Nós fabricamos nossas doenças!

Emoções negativas = Baixa imunológica

Não adianta exterminar as emoções. Devemos mantê-las sob rédeas. Qualquer comportamento pode ser
anulado ou modificado. Tomar consciência dos caminhos de nossas emoções. Observar os estragos que causa
em nossas vidas e em nossos órgãos. Devemos fazer um contrato conosco mesmos.
Como?
• Não nos deixar fisgar pelas emoções.
• Criar um contra-hábito emocional.
• Quais pessoas me fazem emocionar?
• Quais emoções mais me fisgam?
Eu não existo para me emocionar negativamente!
Por trás de cada emoção existe uma ideia e a emoção negativa é a ideia errada que se faz de algo. Devemos
questionar tudo!

Técnicas de relaxamento e respiração

Se nosso corpo expressa nossa personalidade, podemos mudá-lo, mudando nossas emoções!

Com
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o tempo, desenvolve-se uma consciência, no fundo da mente, que parece estar atenta a todos os movi-
mentos provenientes de nossa natureza emocional. Esta consciência, como um espectador silencioso, anota cada
passo, embora não esteja apta a controlá-los. Ela observa todas as nossas emoções. Isto não requer interferência
em nosso trabalho ou em nossa rotina normal, pois somente uma parte de nossa mente será responsável por essa
atividade subsidiária. Como no caso de uma senhora que consegue ficar conversando enquanto tricota.

Observar os movimentos do corpo astral

Objetivo: eliminação de algumas emoções e desejos mais grosseiros e redução de outros.


Persistência: não existe uma fórmula mágica para darmo-nos o domínio, de um dia para o outro, sobre a
nossa natureza inferior.

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Quando se alcança este domínio: cessa-se a necessidade de exercer constante esforço na direção de nossos
desejos e emoções. Automaticamente, alinhamo-nos com os ideais e requisitos da vida espiritual.
Pressão e tensão: somente sob essas condições adquirimos o domínio consciente sobre a nossa natureza
inferior, pré-requisito para o desenvolvimento espiritual. Ao lidar com pessoas que nos antipatizam, podemos
demonstrar paciência e serenidade sublimes, que são a marca do eu superior.
Domínio do eu inferior: à medida que nossa natureza inferior vai sendo subjulgada, o corpo astral torna-
se tranquilo e livre de impurezas. A luz de Buddhi torna-se, cada vez mais, capaz de brilhar através da mente.
Surge “a paz que ultrapassa o entendimento”. As energias e os prazeres de nossa natureza inferior empalidecem
sob a luz desta bem-aventurança, tal qual as luzes artificiais e mesmo a luz das estrelas e da lua desaparecem
quando o sol nasce.
Cuidado com o perigo da repressão: se temos um cano d’água sem um registro e desejamos cessar a cir-
culação, de nenhuma utilidade seria enterrar a extremidade do cano no subsolo. A água continuaria a fluir e,
cedo ou tarde, viria à superfície, de maneira caótica, com lama e detritos. Podemos, em vez disto, tampar o
cano e, assim, parar a água. Ou utilizá-la de maneira mais conveniente como, por exemplo, derivá-la para um
jardim, estimulando, desta forma, o crescimento das plantas.
Como não querer um desejo? Parando de gerar energia para ele ou direcionando-a para outra forma de-
sejável ou utilizável para nosso progresso.
Como parar de gerar energia? Compreendendo o desejo de forma completa, nos colocando assim acima dele.
Consequência: tornamo-nos tão intensamente conscientes de nossa verdadeira natureza que o desejo não mais nos
afeta, simplesmente morre. Em tal caso, é desligada a energia motora que o mantém vivo.

Como se “alimenta” o corpo astral

Cada vibração produzida no corpo astral por uma emoção aumenta, proporcionalmente, os componentes
que vibram neste determinado grau e, correspondentemente, reduzem outras que não podem vibrar harmo-
niosamente.
Consequência: a tendência para uma certa classe de emoção aumenta à medida que vai sendo permitida a
repetição de sua expressão através do corpo astral. Da mesma forma, quanto menos uma determinada classe
de emoção encontra expressão, mais fraca será sua resposta a essa vibração, seja por impacto externo, seja
por interno.
Dedução: o corpo astral muda sua constituição e poderes vibratórios, como um conjunto, a cada desejo e
emoção que encontre expressão através dele.
As energias mais sutis, que têm sua origem na parte espiritual de nossa natureza, podem somente encontrar
uma expressão no plano astral se houver preponderância, deste mesmo corpo astral, dos constituintes que
possam responder às vibrações mais sutis. Quanto mais aperfeiçoado o corpo astral, mais facilmente pode
vibrar em resposta aos impactos da consciência superior e menos sintonizado estará com vibrações grossei-
ras associadas à vida mundana comum. Quanto mais desenvolvermos amor; reverência; simpatia; devoção;
compaixão; desejo de servir ao próximo e desejo de servir aos mestres da sabedoria mais refinado e puro será
nosso corpo astral. Para isso, devemos ir até o fundo de nosso ser.

Penamentos sublimes = Estímulos sublimes

Uma oração sincera libera boas energias da alama. Somente com paciência e persistência podemos cons-
truir uma natureza emocional bela e delicada.

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OS HABITANTES DO MUNDO ASTRAL

HUMANOS (VIVOS E MORTOS)


NÃO-HUMANOS
ARTIFICIAIS

Humanos vivos
Adeptos e discípulos: materializam no plano astral pois atuam com o corpo mental. Sensações desagradáveis.
Indivíduos psiquicamente adiantados qe não estão sob direção de um mestre. Estes sofrem as influências
deste plano.
Pessoa vulgar: tem pouca consciência de sua atuação
Mago negro e seus discípulos: oposto do adepto

Humanos mortos
Nirmânakáyas: Raros. Estão no plano mental.
Discípulos a espera de reencarnação: já poderiam estar no mental, porém querem voltar.
Mortos vulgares: maior de todas as classes. O tempo que aí passam depende da quantidade de matéria que trazem.
Sombras: resto daqueles que passaram ao mental.
Invólucros: corpo morto de quem já passou ao mental. Pode ser vitalizado.
Invólucros vitalizados: é o pior tipo que existe. São chamados vampiros menores.
Suícidas e vítimas de morte súbita: custam a ganhar consciência de seu estado. “É preciso notar que nem
todos os suicidas são igualmente condenáveis. As circunstâncias determinantes do ato variam. Desde o ato
refletido e irrepreensível de um Sêneca ou de um Sócrates, até ao do miserável que se mata para fugir às con-
sequências das vilanias a que seu mau caráter o levou”.
Vampiros e Lobisomens: são raríssimos. Trata-se de pessoas que atingiram tão baixo nível no mal a ponto de
perderem completamente a personalidade. São aqueles que abafaram todo o altruísmo e espiritualidade, sem a mais
pálida sombra de boa qualidade. Logo após sua morte iriam para a 8ª esfera, onde se desintegrariam completamente.
Quando estes seres morrem de morte súbita ou de suícidio podem, em certas circuntâncias (especialmente
se sabem algo a cerca de magia), escaparem a isto, trocando por algo não menos horripilante e levar uma exis-
tência de Vampiro. Como o defunto só tem direito a 8ª esfera depois da desintegração do corpo físico, ele o
mantém em um estado cataléptico através da transfusão de sangue roubado de seres humanos, pelo corpo
astral materializado. Nestes casos o melhor é a cremação do corpo.
O Lobisomen é algo um pouco diferente e extremamente raro. Talvez se enquadrasse melhor na divisão dos
não-humanos, mas como se apresenta de forma humana foi aqui classificado. Ele é a projeção do corpo astral
que o próprio indivíduo encarnado realiza.
Magos
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Negros e seus discípulos: procuram se manter no mundo astral por meio das artes mágicas, absor-
vendo a existência de outros.

Não-Humanos
Essência elemental pertencente a nossa evolução: um dia também será humana. Sua evolução se dá em
direção a materialização.
Corpos astrais dos animais: a essência monádica que os animava volta ao stratum especial de onde veio.
Espíritos
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naturais em geral: nunca foram nem nunca serão membros de uma humanidade como a nos-
sa, visto serem de uma linha evolutiva completamente diferente da nossa. Se alguma relação tem conosco,
provém do fato de ocuparmos temporariamente o mesmo planeta. Como somos vizinhos, devemos manter
relações cordiais.
Devas: é o mais alto sistema de evolução que tem relação com a Terra. Os hindus os chamam de Devas, en-
quanto no ocidente são chamados Anjos. Apesar de relacionados com a Terra, os Devas não estão confinados
em seus limites, pois ligam-se às cadeias de todos os mundos. Quase não tem consciência de nossa

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existência, mas podem muitas vezes vir em nosso auxílio. Podem também ser confundidos com pessoas co-
nhecidas que aparecem em momentos de dificuldade.

Artificias
Elementares criados inconscientemente: por vezes o elementar não consegue descarregar-se sobre o criador
e, assim, passa a ser um errante indo parar aonde lhe derem guarida.
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Elementares criados conscientemente: são dotados de um poder de inteligência muito maior que os ante-
riores, tendo também uma vida muito mais longa.
Artificiais humanos: seres que, após a morte, são dirigidos por alguém para um determinado fim. Este
corpo de emoções precisa estar equilibrado para termos saúde. Precismos identificar quais emoções mais nos
atingem para podermos trabalhá-las.

O CORPO MENTAL

Não confundir corpo mental com búddhico.

MENTAL INFERIOR = MENTAL


MENTAL SUPERIOR = BÚDDHICO

É o veículo dos pensamentos concretos.


A mente é outro grande problema do ser humano.
Princípio separativo do homem: lhe faz ver muitos onde há só um!
Princípio egoísta do homem: lhe faz sentir com interesses pessoais, o que gera conflito com o amor.
Princípio ilusório: produz uma visão distorcida da realidade.
Aquele que deseja conhecer a realidade, fundamento deste universo fenomenal, precisa primeiro con-
trolar a mente e depois trancendê-la. Como a psicologia entende a mente? Ela acumula na mesma categoria
fênomenos que têm sua origem em partes distintas de nosso ser inferior, tais como emoções, pensamentos
concretos, pensamentos abstratos e intuições. Existe uma estreita relação entre o corpo mental. Apesar de
serem distintos, operam muito interdependentes na vida personalística. Muitas vezes, na prática, são tratados
como um único veículo, por exemplo:

PRIMITIVA LITERATURA TEOSÓFICA KAMA-MANAS


TERMINOLOGIA VEDANTA MANOMAYA-KOSHA

Por quê este restreito relacionamento? A origem está na evolução em conjunto dos dois corpos. Desejo e
pensamento agem mutuamente. Na gênese do desejo está o elemento memória.
Atributos do corpo astral: ação e reação como consequência da sensação de prazer e dor.
Atributos do corpo mental: memória e antecipação. Isto forma o íntimo relacionamento entre desejo e
pensamento.

PERIGO: O DESEJO PODE TORNAR-SE MESTRE DA MENTE!

Funções do corpo mental

Lembrando: vibrações são captadas pelos órgãos dos sentidos que vão ao cérebro físico e refletem-se no
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corpo astral. Daí são convertidas em sensaçãoes. Este processo não termina aqui. Mediante outro reflexo as vi-
brações atingem a mente e são convertidas em percepções. Assim como uma câmera capta a luz e a transforma em
imagens, as vibrações produzem diferentes imagens na tela da mente em um meio chamado Chidâkâsa5. O termo
“imagem” aqui refere-se a impressões produzidas na mente. Estas chegam a nós através dos cinco sentidos:
audição, visão, olfato, paladar e tato.
Primeira e primordial funçãod o corpo mental: converter as sensações astrais em percepções mentais de
cor, forma, som, gosto, cheiro e tato.
Segunda função: combinar estas imagens derivadas de diferentes órgãos em uma imagem composta.
A mente não só combina estes cinco elementos em uma imagem composta, mas também o utiliza como
“depósito” da memória para compor aquilo que falta.
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Caso a mente não realizasse este armazenamento o mundo seria bastante sem graça. Ela aglutina as sen-
sações, refletindo-as nos órgãos motores. Assim, o corpo mental mental é o fator coordenador de todos os
movimentos que fazemos para enfrentar todas as situações no mundo externo. Por exemplo: quando vemos
se aproximar de nós um objeto cortante nossas pernas e músculos adotam automaticamente a posição mais
conveniente parea escapar ao ferimento. É o corpo mental quem realiza esta coordenação, assim desenvolvem-
se nossas capacidades de raciocínio, julgamento e muitas outras.

Pensamento

Definição: estabelecimento de relações entre imagens presentes em nossa mente.


Daí concluímos que a qualidade de nosso pensamento, dependerá, em grande parte, da natureza e do número
destas imagens. A mente, cheia de imagens claras e corretas em relação a um objeto, está em posição muito me-
lhor para pensar sobre este ele do que de outra sem muito suprimento destas imagens. É preciso ser um artista
para arranjar estas imagens e dar-lhes uma bela forma, como por exemplo, um escrito ou um maestro.
Observação importante: a mente “entende” aquilo que percebe, não a verdadeira realidade. devemos notar
que a imagem sensorial de um objeto existe somente em nossa realidade mental e não representa, verdadeira-
mente, o objeto que existe. Vivemos em mundo de imagens mentais e projetamos este mundo para o exterior
através de um processo chamado Vikshepa6.
Conclusões:
• O mundo em que acreditamos viver está em dentro de nossa mente.
• Vivemos em meio à ilusões e geralmente não nos damos conta disso.
Mente: não tem sentimento e é uma modificação da consciência operando sob as limitações do ego inferior
com raízes em Prakriti7.
Manas: é sensível e está enraizada em Purusha8.
Não confundir corpo mental com Manas.

Controle e purificação da mente

1º passo: separá-la de nossa consciência. Algumas pessoas já ultrapassaram o estágio de identificação com
o físico e o astral (desejos e emoções). Porém, muito poucos conseguem separar-se de sua mente. A mente
parece ser parte e parcela do próprio ser e quando quer separá-la é como se nada restasse. Trata-se de pura
identificação da consciência com o veículo.

5 Palavra sânscrita, que significa “Campo de Consciência”. N. E.


6 Idem. Distante ou afastado. N. E.
7 Idem. Natureza objetiva ou ilusória. N. E.
8 Pessoa, espírito ou homem. Sendo considerada por alguns dentro do Vedanta como equivalente a atma. N. E.
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É preciso:
• Separar o controlador daquele que é controlado.
• Se concentrar na observação dos movimentos da mente.
Para isso: fazer o que precisa ser feito sem distração. Aquele que permite que sua mente divague é domi-
nado por ela. Não podemos dispensar à nossa mente parte de nossa atenção.
Devemos formar o hábito de nos concentrar em tudo o que fazemos!
Consequência: a mente se torna unidirecional. Isso aumenta bastante a qualidade de nosso trabalho e es-
tabelece os fundamentos de nosso domínio sobre a mente.
Prática: seleção constante de pensamentos que devem ser admitidos na mente. Quando não estamos em-
penhados em uma determinada atividade todas as classes de pensamento que flutuam na atmosfera mental
chegam até nós e se introduzem em nosso corpo mental.

Origem dos pensamentos

Interna: iniciativa do próprio corpo mental.


Primeiro aspecto da disciplina mental: Devemos adestrar o corpo mental para exercer constante discri-
mação dos pensamentos. Como enfrentar um mau pensamento? Colocando outro em seu lugar, pois a mente
só consegue pensar uma coisa de cada vez. Quando colocamos atenção em outra coisa, eliminamos, natural-
mente, a primeira. Um pensamento não se combate pensando nele. Isto lhe dará força adicional. Com o hábito
e o tempo a mente passa a repelir automaticamente os maus pensamentos e não é mais necessário esforço
consciente para afastá-los. Assim, fica estabelicido um novo grau de vibração do corpo mental. Nada que não
se harmonize com ele poderá afetá-lo, siginifica que o corpo mental se purificou.
Lembramaos que a maldade vem do exterior e não poderá nos afetar se não há em nós alguma coisa que
responda a essa maldade. Por exemplo: uma pessoa que não tem o vício do álcool pode andar em companhia
de ébrios sem se afetar. porém, para outros isto pode ser bastante perigoso.

Para salvaguardare nossa saúde mental: estar sempre com nosso grau de vibração mais elevado. Desse
modo conseguiremos, inclusive, elevar aqueles com quem estamos em contato.
Para transcender a mente9: é preciso adquirir a capacidade de ficar a mente em uma determinada ideia.

PARA A PSICOLOGIA: A MENTE OSCILA EM TORNO DE UMA IDEIA


PARA O OCULTISTA: A MENTE TEM DE SE FICAR EM UM PONTO

Quando se consegue fazer isto, a consciência escapa do corpo mental. Assim, ele está apto a transcender as
ilusões da vida inferior e compreender a vida como ela é. Adquire a visão!
Ainda que veja as coisas como antes, as vê sob nova luz ­– a luz da realidade vislumbrada.
Segundo aspecto da disciplina mental: acabar com as distorções produzidas na mente pelos preconceitos
de várias espécies.
Cada preconceito estabelece um bloqueio no livre fluxo da energia. A mente perde a capacidade de pensar
clara e corretamente sobre o objeto em questão.
Como é produzido um pré-julgamento? Cada corpo mental tem uma capacidade vibratória fruto de suas
várias experiências do passado. São as tendências. Nunca vemos “a coisa” realmente como ela é. Precisamos
nos livrar de nossas tendências antes de receber o pensamento do exterior. Esta é a neutralização de tendên-
cias que chamamos de mente aberta.
Muito cuidado ao expressar opiniões! Elas são fruto do modo como víamos antes, procedentes de nosso
pensamento anterior. Modo que pode ser alterado à medida que progredimos e adquirimos mais experiência.
O ocultista sabe que todo conhecimento obtido pela mente é relativo! Assim, não deve sobrecarregar a mente
com conhecimento detalhado, pois o corpo búddhico adquire estes pensamentos a hora que desejar.

9 Ou seja, fazer a mente trabalhar nos planos superiores.


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Fisiologia Oculta

Isto não quer dizer que se deva desprezar o conhecimento com o lado fenomenal da vida. Um corpo mental
desenvolvido é necessário para trazer o conhecimento de planos superiores. O estudante de ocultismo não
deve dispensar a cultura de sua mente, mas usá-la com discernimento, de acordo com o grande propósito e
ideais de sua vida!
Princípios gerais para a mente:
• Adquirir os conhecimentos que nos afetem diretamente.
• Ter discernimento! O conhecimento é sem limite e nossa vida muito curta.
• Não perder tempo e energia acumulando ideias e fatos inúteis.
• Aplicar, eficientemente, o conhecimento adquirido.
Todo conhecimento já se encontra na consciência do logos.
A falta de correspondência em nosso veículo é que nos impede de trazê-lo para o nosso campo de consciência.
Em síntese, todo conhecimento deriva da mente universal. Um corpo mental perfeito é como um aparelho
de rádio de alta qualidade.

O CORPO BÚDDHICO

Tudo se manifesta no cérebro. Aquilo que julgamos ser real não de passa de uma ilusão, como projeções
em uma tela. Para o ocultista, cada fenômeno tem sua origem em diferentes partes do ser humano que reper-
cutem no sistema cérebro-espinhal.

SENSAÇÕES E SENTIMENTOS VIBRAÇÕES VINDAS DO PLANO ASTRAL


PENSAMENTOS VIBRAÇÕES VINDAS DO PLANO MENTAL
INTUIÇÃO ECOS VINDOS DE PLANOS MAIS SUTIS

Podemos classificar os pensamentos enquanto concretos ou abstratos.


Concretos: relacionados com nomes e formas
Abstratos: relacionados com conceitos e princípios sem desígnio ou amorfos.
Para o ocultismo as duas espécies de pensamento tem sua origem em dois veículos diferentes da cons-
ciência, um no corpo mental e outro no corpo búddhico. O primeiro é o veículo mais sutil da personalidade
(transitório), já o segundo, que é chamado em Vijnanamaya-Kosha em sânscrito, é o veículo mais inferior do
ego imortal.
Formação: na individualização, com a penetração do raio do primeiro logos na alma do animal.
O que é? Repositório de todas as experiências que o ego passa nas sucessivas encarnações, além de re-
positório das faculdades que irão se desenvolvendo. Conforme estas faculdades passam da latência para a
potência ele vai surgindo multicolorido e com cores iridescentes.

Funções do corpo búddhico

1ª) Servir como órgão do pensamento abstrato.


Aqui vale a pena mencionar a diferença entre um pensamento concreto e outro abstrato:
Quando dizemos “cavalo” não estamos nos referindo a nenhum animal específico, mas a um mero conceito,
formado pela observação de um certo úmero de coisas da mesma classe. Nossa mente toma as qualidades es-
sências da coisa e cria uma ideia que incluia todas elas no mesmo lugar. O cérebro é apenas um instrumento
que reproduz. em nossa consciência física, as vibrações inicialmente produzidas no corpo búddhico. As vi-
brações são refletidas de veículo para veículo até aparecerem no corpo físico, perdendo, na transmissão, muito
de sua intensidade e clareza. No plano búddhico, os pensamentos abstratos não são vagos, ainda que para nós
aqui embaixo apareçam como coisas indefinidas.

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Escola Arcana Mâlyamâm

O eu superior pode, no corpo búddhico, manipular estas ideias e os princípios abstratos assim como nós,
operando no corpo mental, podemos manipular ideias e imagens concretas. Somente quando uma dessas
ideias é projetada no corpo mental é que toma forma definida. A condição abstrata é transformada em con-
creta. Por exemplo: no plano búddhico, o eu superior conhece a essência de um triângulo, enquanto no plano
mental ele conhece um determinado triângulo. Em comparação com as qualidades essenciais, fica evidente a
grande vantagem em se conhecer a essência das coisas. Ao conhecer o universal conhecemos todos os detal-
hes incluídos na categoria. No caso, os matemáticos que tem a ideia abstrata do triângulo, conhecem todos os
triângulos que possam ser imaginados.
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Se conhecemos inúmeros fatos ou detalhes de um determinado tipo e não conhecemos a relação funda-
mental entre eles, não conhecemos, então, sua natureza ou qualidades essenciais. Uma massa de fatos não
correlatos e desconexos não passa de uma massa de entulho. Quando se descobre o princípio fundamental
que liga esses fatos eles se tornam material de valor, utilizável de diversas maneiras. O conhecimento dos
princípios fundamentais exclui a necessidade da procura interminável de detalhes e fatos, economizando-nos
tempo e energia. Os grandes mestres da sabedoria têm pleno conhecimento dos princípios fundamentais de
todas as esferas da vida e não se preocupam com detalhes. Quando desejam informações detalhadas sobre
algo, simplemente focalizam o corpo mental naquele assunto e têm as informações desejadas sem qualquer
dificuldade. Tudo aquilo que é do conhecimento do nosso sistema solar já está presente na mente do logos. A
falta de correspondência e o pouco desenvolvimento de nosso veículo búddhico é o que nos impede de co-
nhecer qualquer coisa.

2ª) Agir como reposítório dos frutos da evolução humana, à medida que esses frutos são acumulados
no desenrolar das cucessivas vidas do ego.
Observação importante: no período em que a consciência está no Devakhan10. as experiências da última
vida terrestre são lentamente digeridas. A personalidade destila nossas experiências e passa o produito desti-
lado para o plano búddhico, antes de desaparecer. Sua essência, sob a forma de faculdades, é transferiada para
a constituição do corpo no plano búddhico, passando a fazer parte dele.
O eu superior acumula experiências e começa a cada nova vida com as experiências acumuladas nas vidas
anteriores. É como as árvores que no outono, depois de transferir a seiva para os ramos, deixam cair sua folha-
gem, para que uma nova surja com a primavera. Por isso quando começamos uma nova vida, com um novo
corpo físico, astral e mental. não temos mesmória das experiências passadas, mas temos todas as vantagens
sob a forma de faculdades e poderes.
Podemos resumir dizendo que o corpo búddhico serve como repositório da quintessência das experiên-
cias da personalidade, como também do “bom” e “mau” karma criado por estas personalidades.
O desenvolvimento do corpo búddhico é muito lento e leva cerca de 777 encarnações: 700 em estado sel-
vagem, 70 em estado de aperfeiçoamento e 7 trilhando o caminho do adepto.
Tudo dependerá da relação entre a personalidade e o ego. Além disso, muitos são so fatores que restringem
a manifestação do ego, tais como raça, sexo, clima ou hereditariedade.

Desenvolvimento do corpo búddhico

CORPO FÍSICO EXERCÍCIOS


CORPO ASTRAL SUTILIZAÇÃO DAS EMOÇÕES.

Por exemplo: aquele que é insensível ao amor precisa estar em contato com este sentimento e logo suas emoções
irão se depurando.

CORPO MENTAL CONCENTRAÇÃO EM DIFERENTES TÓPICOS.

10 Algo como o “paraíso” do plano mental. N. E.


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Fisiologia Oculta

A energia irá fluir com facilidade e, organizando este veículo, desenvolve uma melhor capacidade de pensar.

CORPO BÚDDHICO DESENVOLVENDO O PENSAMENTO ABSTRATO11

Como? Indo do particular para o geral.


Generalização rudimentar: caminho de volta ao uno.
Generalização efeciente: o caminho como num quadrado ou num círculo.
O Búddhico estabele relação do particular com o geral. É a identificação do conjunto do qual os fragmentos fazem
parte, quanto mais desenvolvido for o corpo búddhico mais fácil é a relação entre os fatos. Quanto mais se exercita o
pensar mais a matéria cinzenta do cérebro é modificada. Esta mpdificação será levada a uma outra encarnação, mel-
horando o veículo do pensar. Tudo progride. Até os mais sutis. A compreensão é outra faculdade desenvolvida pelo
búddhico. De acordo com a psicologia, a mente é mecânica – não tem, em si, a capacidade de compreender qualquer
coisa. É o Búddhico quem dá a percepção pela compreensão, é ele quem desenvolve a inteligência12.
Este corpo nos dá a intuição, que é a capacidade de reconhecer e compreender as verdades da vida espiritual.
Ela permite ao homem tornar-se perceptivo destas verdades sem ser pelo incômodo processo do raciocínio.
Só pela intuição ele vislumbra as verdades. Pensamentos são mutáveis, o intelecto muda sempre com as dúv-
ida e os paradigmas de sua época. A intuição búddhica é imutável.

Cuidado!
O Búddhico se manifesta através do mental. O conhecimento de búddhico tem ligação com a vida e seus
problemas fundamentais, nos dá o senso infalível do certo e do errado. É o despertar do amor que o desenvolve.

O CORPO ÁTMICO

Quem é Âtma? É o núcleo da alma espiritual. O atingimento da consciência átmica significa a libertação da
alma humana. Depois disto, qualquer coisa será incompreensível ao nosso atual estágio de desenvolvimento.

Funções do corpo átmico

Plano de operação de Âtma: plano no qual opera o pode da vontade do logos, que dirige a gigantesca maqui-
naria do sistema solar.
É a grande força que conserva os planetas girando e prevê e conserva a evolução de inúmeras vidas. Seu
grande símbolo é o Sol. Sua força é sempre direcionada no sentido da evolução. Como o plano átimico é a
grabde fonte de energia para o sistema solar, o veículo átmico é o instrumento por meio do qual esta energia
é processada, sendo utilizada para as suas finalidades individuais.

11 A palavra abstrato já nos deixa desconfortáveis – sintoma de que este corpo precisa de uso.
12 Não confundir inteligência com intelectualidade. A primeira é a capacidade de compreender o significado, adquirir conheci -
mento e sutilizá-lo em sabedoria, enquanto o segundo é a mente abarrotada de fatos, podendo efetuar várias operações mentais.
Só as pessoas inteligentes veem as coisas como elas são.
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Fisiologia Oculta

ADENDO

O ser e a consciência são como uma ierarquia de níveis dimensionais (ND), movendo-se a partir dos
domínios mais baixos, mais densos e mais fragmentários até os mais altos, sutis e unitários.
Plano de manifestação físico ou Annamâyâkosa
Nível feito de alimento. É o corpo físico e o cosmos material.
Plano de manifestação astral ou Pranamâyâkosa
Envoltório constituído pelo alento vital, pelas emoções.
Plano de manifestação mental ou Manomâyâkosa Manivijnana
Envoltório feito de mente que permanece próxima dos cinco sentidos. Intelecto, ego mental, pensamento
opaeracional.
Plano de manifestação búdhhica ou Vijnanamâyâkosa – Manas
É uma forma muito elevada de mente. Tão alta que é chamada de domínio sutil. O sutil inclui processos
arquetípicos, insights de ordem elevada e visões; intuição extática; uma extraordinária clareza de percepção
ciente e alerta; uma consciência panorâmica, penetrante, que alcança muito além dos limites ordinários do ego,
da mente e do corpo. É o insight visionário, é a percepção dos halos de luz e bem-aventurança, é a intuição
arquetípica.
Plano de manifestação âtmico ou Anandamâyâkosa Alayavijnana
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É o domínio da transcendência perfeita, tão perfeita que vai além da concepção, da imaginação e da ex-
periência de qualquer indivíduo comum. É o domínio da radiância sem forma, do insight radical da totalidade
da manifestação, da liberação beatífica no infinito. É a ruptura de todas as fronteiras, é a sabedoria e percpção
absolutamente panorâmicas. É a transcendência de toda a dualidade sujeito/objeto em consciência sem forma.
Plano de mAnifestação Anûpâdaka e Âdi ou Domínio Causal
Aqui a consciência é a fonte e a ipseidade1. Ela permeia tudo. Aqui não há níveis nem dimensões, não há mais
alto nem baixo, não há sagrado nem profano. O Zen o descreve da seguinte forma: enquanto o vento embala os
salgueiros, gotas de veludo movem-se no ar, enquanto a chuva cai sobre as flores de pereira, borboletas brancas
saltitam no céu.

MÁXIMAS FUNDAMENTAIS

1. o nível ou plano mais elevado não pode ser explicado pelo mais baixo, nem pode derivar dele, pois o mais
baixo é criado com base no mais alto, em um processo denominado involução.
2. Os níveis dimensionais ou planos de manifestação são hierárquicos, não significando que sejam radical-
mente separados, discretos ou isolados uns dos outros. Pelo contrário, se interpenetram mutuamente.
3. Os Nds ou planos de manifestação não estão dividios espacialmente. Os NDs mais altos interpenetram
completamente os mais baixos, que são moldados e sustentados por suas atividades.
4. O que divide um ND é o fato que cada um tem um nível de consciência mais limitado e controlado que o
nível acima. A consciência de um plano de manifestação mais baixo é incapaz de experimentar ou sentir os mais
altos e não está nem mesmo ciente de sua existência, embora seja interpenetrada por eles. Mas se os seres de um
ND mais baixo conseguem elevar sua consciência até um plano mais alto, então este tornar-se-á manifesto para
eles. Pode-se dizer que passaram para um plano mais alto, embora não tenham se movido no espaço.
5. Os vários Nds interconectam-se mutuamente, mas não de uma maneira equivalente. O mais alto tran-
scende o mais baixo, mas o inclui (e não vice-versa). Isto é, tudo o que é inferiror está dentro do superior, mas
nem tudo inferior está no superior. Por exemplo: tudo o que é do réptil está no homem, mas nem tudo do
homem está no réptil. Tudo o que é do mundo mineral está na planta, mas nem tudo da planta está no mineral.
6. O mais altamente evoluído sempre contém em si os atributos do anterior, embora sempre se desenvolva
como uma entidade, uma atividade que se distingue, claramente, da do outro.

1 Hecceidade, que é o princípio da individuação.


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Escola Arcana Mâlyamâm

CONCLUSÃO

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Esta mútua interpenetração é multidimensional e de não equivalência. No princípio há somente a consciên-
cia enquanto tal, sem tempo, sem espaço. Infinita e Eterna. por nenhuma razão que se possa estabelecer em
palavras, uma sutil ondulação é gerada neste oceano infinito.
Esta ondulação sutil, despertanto para si própria, esuqece o mar infinito do qual é aapenas um gesto.
Sente-se, portanto, posta de lado face ao infinito, isolada e separada. Muito rarefeita, ela é a região causal, o
verdadeiro começo, embora extremamente débil, da onda de autoconsciência. Mas, de certo modo, não está
totalmente satisfeita, não está profundamente em paz porque, para encontrar esta paz total, a ondulação deve-
ria retornar ao oceano, dissolver-se, novamente, em infinidade radiante, esquecer-se de si mesma e lembrar do
Absoluto. No entanto, para isso ela teria de “morrer”. Mas isso a deixa aterrorizada, uma vez que tudo o que
ela deseja é o infinito, mas aterrorizada em aceitar a morte necessária, ela continua procurando o infinito por
meios que o evitem. Como a ondulação quer se libertar e, ao mesmo tempo, tem medo disto, ela arranja um
compromisso e um substituto. Em vez de encontar o Deus real, simula que ela própria é Deus, cosmocêntrica,
heróica, toda-suficiente, imortal. Isto não é apenas o início do narcisismo e da batalha da vida contra a morte,
é uma versão reduzida ou restrita da consciência, pois a ondulação não mais é una com o oceano, ela própria
tenta ser o oceano. Movida por este projeto Âtman, a tentativa de obter o infinito por meios que o evitem e de
forçar gratificações substutivas, a ondulação cria modos de consciência sempre mais cerrados e mais restritos.
Presumindo que o causal é menos que o perfeito, ela reduz a consciência para criar o sutil (Búddhico). Even-
tualmente, achando que o sutil é menos que o ideal, ela reduz a consciência uma vez mais para criar o mental.
Fracassando nisto, ela a reduz ao plano das emoções e, a seguir, ao material, onde, finalmente, exaurindo sua
tentativa de ser deus, cai em um torpor inanimado.
No entanto, por trás deste Projeto Âtman, que é o drama da ignorância do self separado, aí, não obstante
reside Âtman. Tudo no trágico drama do desejo e da imortalidade foi apenas o jogo do divino, um esporte
cósmico, um gesto de auto-esquecimento de modo que o choque da auto-realização fosse o mais aprazível. A
ondulação procedeu ao esquecimento do self e permaneceu assim durante todo o jogo. É importante que se
tenha em mente que todos os elementos de um mesmo nível dimensional são equivalentes. Por exemplo: uma
dada vitamina não é mais importante que outra. Na esfera moral, nenhuma virtude é mais importante que
outra. Mas, em função da hierarquia, qualquer elemento de um nível superior é mais alto em status ontológico2
que qualquer elemento de uma dimensão inferior. Por exemplo, a virtude da compaixão não é equivalente à
vitamina B12.
Esta interconexidade mútua dos elementos de qualquer nível isolado é a interpenetração unidimensional
com equivalência. É um tipo sub-hierarquia existente dentro de cada nível de hierárquico.

2 Ontologia: parte da filosofia que trata do ser enquanto ser. Isto é, do ser concebido como tendo uma natureza comum que é
inerente a todos e a cada um dos seres.
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