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3. As personagens do conto 12
5. A introdução do conto 16
6. A redação do conto 18
8. A revisão do rascunho 22
A vida de um escritor
Olá! Chamo-me José Eduardo Agualusa, e sou escritor.
Escrevo livros para crianças e para adultos. Também escrevo
poesia e relatos de viagens. Um escritor trabalha quase sempre
sozinho, em sua casa, o que a mim me parece excelente por vários
motivos: não preciso de me deslocar para o trabalho. Também não
estou preso a um horário rígido. Se não me apetecer trabalhar, vou
correr junto ao rio. Vou à praia. Posso ir ao cinema, à tarde,
enquanto a maioria dos restantes adultos estão a trabalhar, fechados
em escritórios.
É um trabalho muito tranquilo. Em contrapartida, um escritor
tem de ter muita disciplina, porque os livros não se escrevem sozinhos.
Na prática, trabalhamos todos os dias, incluindo domingos e feriados,
e não fazemos férias. Um escritor precisa estar muito atento ao que
o rodeia. As histórias estão por toda a parte. Às vezes acordo de noite,
com um sonho, e esse sonho leva-me a escrever uma história.
Pode-se dizer, então, que mesmo enquanto dormimos estamos
a trabalhar. Sonhar faz parte do nosso trabalho.
José Eduardo Agualusa
Escrever um conto
Escrever um conto é uma manifestação de criatividade
que combina a capacidade que a imaginação tem de se libertar
e fantasiar e a aplicação de um conjunto de regras e de técnicas
de planificação. Estas regras e técnicas ajudam, antes da redação,
a pensar nas ideias a desenvolver, a elaborar o mapa da história
e a inventar e a caracterizar as personagens e as aventuras que elas
vão viver, … de forma organizada. Desta forma, um conto escrito
poderá tornar-se mais interessante e capaz de prender a atenção
do leitor, do princípio ao fim.
Este caderno vai ajudar-te a ser um verdadeiro escritor.
A partir de um conto inédito de José Eduardo Agualusa,
«Ada e a pequena fada», ser-te-ão apresentadas, passo a passo,
todas as fases de planificação, de redação, de revisão e de edição
de uma história para que possas escrever e também editar e publicar
o teu conto.
Aprende, diverte-te e surpreende…
Esta ideia funciona como um motor que vai dar origem ao desenrolar
do conto. Além de imaginar a ideia, o autor deve pensar nos leitores a quem
o seu conto se destina, pois é diferente escrever uma história para crianças
de quatro anos ou para adolescentes de doze.
Atividades prévias
1.1 Escreve um título para a história que corresponda a cada uma das seguintes ideias.
IDEIAS TÍTULOS
1.2 Escreve os títulos de dois contos que conheças e escreve a ideia de cada um deles.
Segue o exemplo.
TÍTULOS IDEIAS
Branca de Neve Uma princesa é mandada pela madrasta
à floresta para morrer às mãos de um soldado.
1.4 Escreve duas ideias que possam dar lugar a diferentes contos. Depois, escreve
os títulos correspondentes.
IDEIAS TÍTULOS
Completa o quadro que se segue com os dados do teu conto. Podes escolher
uma das ideias que escreveste antes ou inventar uma nova.
Título:
Autor:
Leitores:
Ideia da história:
TÍTULO
Ada e a pequena fada
Atividades prévias
2.1 Completa o mapa que se segue com uma história que conheças.
TÍTULO
10
2.4 Completa o mapa que se segue com uma das ideias que escreveste
na atividade anterior.
TÍTULO
TÍTULO
11
Atividades prévias
3.1 Tomando como base o conto «Ada e a pequena fada», escreve os nomes
de personagens de cada tipo.
PESSOAS
COISAS
Nome:
Nome:
12
Nome da personagem 1:
Características físicas:
Características psicológicas:
Nome da personagem 2:
Características físicas:
Características psicológicas:
Personagem principal:
Características físicas:
Características psicológicas:
Características psicológicas:
13
TÍTULO
Atividades prévias
4.1 Volta a ler o conto «Ada e a pequena fada» e numera os episódios descritos
no esquema abaixo segundo a ordem pela qual tiveram lugar.
TÍTULO
Ada e a pequena fada
14
Episódio 3:
Copia a situação inicial e a conclusão do teu conto, que escreveste na página 11.
Depois, escreve o desenvolvimento (a ação), de modo que tenha, pelo menos,
três episódios.
15
Atividades prévias
«Tudo começou num domingo de inverno, mas cheio de sol, quando Adamantina,
uma menina morena, cabelos ondulados, de oito anos, a quem toda a gente chamava Ada,
ouviu pela primeira vez o cantor e compositor brasileiro Luís Melodia interpretar "Fadas",
que começa assim: "Fadas: inseto voa cego, sem direção." Correu a perguntar ao pai:
— Papá, as fadas são insetos?
O pai de Ada, Vladimiro, raramente sorria. Há anos que ninguém o via soltar uma
gargalhada. Ada e o irmão, Júlio, um menino de catorze anos, alto e magro como um poste,
bem se esforçavam por o fazer rir, mas sem sucesso. Vladimiro, biólogo de profissão,
era o que se costuma chamar um homem sorumbático [...].
Era pois um domingo tranquilo...»
5.2 Inventa e escreve no teu caderno diário as introduções de cinco histórias diferentes
ligando as ideias das três colunas de diferentes maneiras.
Na montra da loja de uma Numa clara e fria noite Um pequeno e travesso livro.
cidade longínqua. de início de inverno.
16
Espaço:
Tempo:
Personagem principal:
17
TÍTULO
INTRODUÇÃO HISTÓRIA
Atividades prévias
INTRODUÇÃO
HISTÓRIA
18
«Tudo começou num domingo de inverno, mas cheio de sol, quando Adamantina,
uma menina morena, cabelos ondulados, de oito anos, a quem toda a gente chamava Ada,
ouviu pela primeira vez o cantor e compositor brasileiro Luís Melodia interpretar «Fadas»,
que começa assim: "Fadas: inseto voa cego, sem direção." Correu a perguntar ao pai:
— Papá, as fadas são insetos? [...]»
Qual é o problema?
Redige o conto nas páginas 20 e 21. Usa como guião o esquema que fizeste
na página 15. Não te esqueças de começar pelo acontecimento que desencadeia
a história, de expor o problema e de narrar os episódios pela ordem certa.
No fim, revela a conclusão.
19
Título
20
Atividades prévias
O OURIÇO
Num bonito bosque, vivia em tempos uma família de ouriços. Todos viviam felizes
e tranquilos porque, graças aos seus picos, os lobos não os podiam comer. Um dia, nasceu
um ouriço sem picos. Mais tarde, quando este cresceu, o pobrezinho não podia ir passear
com os irmãos. Então, o pequeno ouriço pediu ajuda aos pássaros e até ao seu amigo urso,
mas ninguém o pôde ajudar. No fim, o ouriço foi visitar o gnomo Flop, que era muito sábio,
e os dois tornaram-se grandes amigos.
22
Pede a um amigo que leia o teu conto e anota aqui as suas opiniões.
23
Título
24
Atividades prévias
10.2 O excerto do mesmo conto que se segue tem de estar distribuído em dois
parágrafos. Traça uma linha de cor que separe o primeiro do segundo parágrafo.
«O pai dobrou o jornal. Tirou os óculos. Puxou Ada de encontro ao peito. Beijou-a
na testa, sentou-a ao colo. — Insetos? Deixa-me pensar, filha. As fadas têm asas?»
10.3 Coloca os acentos e os travessões que faltam nos diálogos do excerto do conto
que se segue e corrige-o ortograficamente.
26
«Ada hesitou um instante, Depois concordou baba de camelo, por exemplo, não é um
nome bonito para um doce, mas o doce com esse nome é muito bom. Os nomes não são
importantes. Não se comem, O importante é o que está dentro dos nomes,
— Porque estavas a chorar?
— Perdi-me. Brincava na floresta e de repente achei-me aqui. Assustei-me, foste tu que
me chamaste?»
A B
a) «— És uma fada, tu? Porque é que choras?» a) «Vladimiro perdeu o ar sorumbático [...]»
b) «O pai dobrou o jornal. Tirou os óculos. b) «Gertrudes sacudiu as asas […]»
Reflete sobre os erros que deves corrigir no teu conto. Esta lista irá ajudar-te.
Pede a um amigo que leia o teu conto e que assinale os erros que encontrar.
Corrige os erros da tua história com um lápis de cor.
27
Observa as capas de alguns livros e faz um rascunho da capa da tua história na página 30.
28
11.6 Faz os desenhos e pinta-os. Tem em conta que cada desenho deve estar
relacionado com as aventuras que se contam na página correspondente.
11.7 Encaderna a tua história. Ordena e numera as páginas e coloca-as dentro da capa.
Em seguida, escolhe um dos métodos que se seguem para colares o conjunto.
MÉTODO 1
MÉTODO 2
29
30
31
EQUIPA TÉCNICA
Chefe de Equipa Técnica: Patrícia Boleto
Modelo Gráfico e Capa: Carla Julião
Ilustração da Capa: Nósnalinha
Ilustrações: Nósnalinha
Paginação: Lídia Aguiar
Documentalista: Luísa Rocha
Revisão: Ana Abranches e Catarina Pereira
AUTORES
E. Ferro, Nieves M., Maria João Carvalho e José Eduardo Agualusa
EDITORA
Maria João Carvalho
© 2012
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