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https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 1/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
economia (/SearchBySection.aspx?section=1&type=3)
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a=addArtReadLater&id=2190)
id=2190)
Não, não foi a China. A China ajudou, é claro, mas a China nem de longe explica toda a nossa
economia.
O forte crescimento econômico da China durante toda a década de 2000 de fato fez com que
aquele país se tornasse um voraz e insaciável consumidor do minério de ferro e da soja
produzidos no Brasil. Tal fenômeno explica, e muito, os bons resultados obtidos no Brasil
pelo setor da mineração e da soja, bem como os bons resultados de todas as cadeias
produtivas associadas aos setores da mineração e da soja, como o de maquinário agrícola e
de caminhões.
Mas nem de longe a China explica toda a economia brasileira. Para se ter uma ideia, de tudo
o que o Brasil exporta para a China, os produtos manufaturados não chegam nem a 5%
(http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2015/06/1639590-menos-de-5-do-que-o-
brasil-exporta-para-a-china-e-manufaturado.shtml). Isso signi ca, por exemplo, que a
indústria brasileira — que cresceu forte no período 2004 a 2011, e entrou em retração em
2012 (http://cdn.tradingeconomics.com/charts/brazil-industrial-production.png?
s=bzipyoypct&v=201509031800h&d1=20030101&d2=20151231) — nem de longe tem a
China como principal cliente.
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 2/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
Tão logo o governo Lula assumiu o poder em janeiro de 2003, houve um ortodoxo e
surpreendente ajuste da economia (/Article.aspx?id=1943) para corrigir todos os
desequilíbrios causados por sua eleição em 2002.
Vale lembrar que a eleição de Lula e do PT — um partido que até então pregava
abertamente o rompimento de "tudo que aí está", que defendia abertamente a adoção de
uma economia socialista, o rompimento de contratos, a estatização dos meios de produção,
a reforma agrária na marra, o calote das dívidas interna e externa, o poder ilimitado dos
sindicatos, as greves etc. — gerou um clima de total incerteza entre empresários e
investidores estrangeiros, de modo que o resultado não poderia deixar de ser outro: a
economia vivenciou uma crise gravíssima no nal de 2002.
Ninguém tinha con ança em nada, pois o futuro governo não apenas era uma incógnita,
como também iria assumir em meio a uma situação econômica muito delicada.
Mas então o governo Lula surpreendeu a maior parte do mercado e nomeou uma equipe
econômica tida como ortodoxa e conservadora, liderada por um banqueiro de carreira
internacional consagrada, Henrique Meirelles, e por um médico que era visto como um
entusiasta da ortodoxia econômica, Antonio Palocci.
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 3/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
O resto da equipe econômica era formada exclusivamente por técnicos, sem nenhum
quadro do PT ocupando os grandes cargos. Nomes renomados como Joaquim Levy (sim, o
próprio), Marcos Lisboa e Murilo Portugal foram pra Fazenda, ao passo que Alexandre
Schwartsman, Ilan Goldfajn e o durão Afonso Beviláqua
(http://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/sites/_agenciabrasil/ les/gallery_assist/3/gallery
(que era o terror dos heterodoxos, pois queria um IPCA próximo de 3%) foram para o Banco
Central.
E quando essa equipe econômica sinalizou claramente que a política econômica adotada
seria baseada no cumprimento de contratos, na liberdade de preços, em uma política scal
austera, na elevação do superávit primário para 4,25% do PIB
(http://www4.bcb.gov.br/gci/Focus/F20040805-
Perspectivas%20da%20D%C3%ADvida%20P%C3%BAblica.pdf) (hoje é necessária muita
maquiagem contábil pra se chegar a 0,7%), e em uma política monetária dura e restritiva,
que seria garantida por um Banco Central que teria total autonomia operacional, a
con ança começou a voltar ao mercado.
Em 2003, essa equipe econômica fez um ajuste brutal. Para conter a disparada do IPCA, a
taxa SELIC foi elevada pra 26,50% (http://cdn.tradingeconomics.com/charts/brazil-
interest-rate.png?s=bzstseta&v=201509042008h&d1=20000101&d2=20031231).
Nos primeiros 6 meses de 2003, que foi o período em que a SELIC cou em seu valor mais
alto, o consumo doméstico chegou a cair 11%
(http://cdn.tradingeconomics.com/charts/brazil-retail-sales-annual.png?
s=braretailsalesyoy&v=201509171859h&d1=20030101&d2=20031231) . E o desemprego foi
para 13%. (http://cdn.tradingeconomics.com/charts/brazil-unemployment-rate.png?
s=bzuetotn&v=201508211800h&d1=20030101&d2=20031231)
Isso, sim, foi austeridade para espanhol, grego, português, irlandês nenhum botar defeito.
Mas esse ajuste foi tão forte e tão surpreendente — ninguém esperava isso de um governo
de esquerda —, que o mercado reagiu muito positivamente, tanto investidores e
especuladores estrangeiros quanto empresários e consumidores.
A partir do momento em que houve um ajuste tão forte, e esse ajuste começou a dar
resultado, algumas coisas começaram a acontecer.
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 4/175
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O mesmo vale para os consumidores. Ao verem que seu orçamento está apertado, que seu
poder de compra está caindo e que não há perspectiva de melhora, eles acabam sendo
obrigados a apertar os cintos e a consumir apenas o essencial.
Eis o grá co da expansão do crédito, que começa em 1994, logo na criação do real, e vai até
o nal de 2011.
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 5/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
Vale ressaltar, como já inúmeras vezes explicado por este site, que esse grá co mostra a
quantidade de dinheiro que os bancos (privados e públicos) estão jogando na economia.
Ou seja, todo esse processo de expansão de crédito nada mais é do que um mecanismo
que aumenta a quantidade de dinheiro na economia. Explicar o funcionamento do sistema
bancário está fora do escopo desse artigo (você pode entender todos os detalhes do sistema
bancário neste artigo (/Article.aspx?id=1387)), de modo que basta dizer que os bancos,
quando emprestam dinheiro, criam dígitos eletrônicos do nada, e esses dígitos eletrônicos
representam dinheiro.
Esse processo de expansão do crédito afeta os principais números da economia, como PIB,
emprego, renda e in ação de preços. Um aumento da quantidade de dinheiro na economia,
gerado pela criação de crédito bancário, faz com que, no primeiro momento, enquanto os
preços ainda não foram afetados, aumente o consumo, aumente a demanda por mão-de-
obra em todos os setores da economia, aumente o emprego (na indústria, na construção
civil, nos setores de serviço, varejista e comércio em geral), aumentem os salários, aumente
a renda nominal, e aumente os investimentos.
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 6/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
Mas todo esse processo contínuo só dura enquanto os preços — tanto dos bens e serviços
quanto dos salários — se mantiverem relativamente comportados. Caso eles comecem a
subir forte, e as injeções de crédito continuem, haverá um aumento ainda mais forte dos
preços e dos salários, podendo levar a um grande descontrole in acionário.
Normalmente, antes de se chegar a esse ponto, o Banco Central — que trabalha com metas
de in ação — atua para conter a escalada dos preços. E ele faz isso subindo os juros para
desacelerar essa expansão do crédito e, tão importante quanto, para alterar as expectativas
in acionárias das pessoas, fazendo com que os formadores de preço — dentistas,
encanadores, advogados, mecânicos, indústrias e comércio — incorporem essa expectativa
de que a in ação será controlada e, consequentemente, parem de reajustar seus preços
baseando-se nessas expectativas.
Mas o que realmente chama a atenção no período 2004-2011 é que o crédito disparou, a
taxa básica de juros (SELIC) controlada pelo Banco Central desabou (de um máximo de
26,50% para um mínimo de 8,75% (http://cdn.tradingeconomics.com/charts/brazil-
interest-rate.png?s=bzstseta&v=201509042008h&d1=20030101&d2=20111231)), e os preços
se mantiveram relativamente comportados, com o IPCA acumulado em 12 meses chegando
a bater em 2,97% no início de 2007, mesmo com a exponencial expansão do crédito
mostrada no grá co acima.
Foi a primeira vez na história do real que isso aconteceu — crédito se expandindo
exponencialmente e preços se desacelerando também fortemente.
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 7/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
Embora seja verdade que a estabilidade da economia à época — para car numa expressão
muito cara aos economistas ortodoxos — tenha ajudado o Banco Central a "ancorar as
expectativas in acionárias dos agentes econômicos", apenas isso não explica esse
descompasso entre, de um lado, expansão exponencial do crédito, salários crescentes
(http://www.brasil.gov.br/governo/2010/09/ibge-renda-media-do-trabalhador-cresce-
20-em-5-anos-e-reduz-desigualdade) e produtividade baixa
(http://exame.abril.com.br/revista-exame/edicoes/1025/noticias/agora-vem-a-parte-
mais-di cil) e, de outro, in ação de preços decrescentes.
A guerra no Iraque
Foi em março de 2003 que o governo americano iniciou a invasão do Iraque para derrubar
Saddam Hussein. Uma incursão militar que aparentemente seria rápida — a última
operação militar americana realizada no Iraque, a Tempestade no Deserto
(https://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_do_Golfo#Breve_cronologia), iniciada em janeiro
de 1991, durou menos de 2 meses — acabou se estendendo por quase uma década e
custando, tanto nanceiramente quanto humanamente, muito mais do que o inicialmente
estimado.
E daí?
E daí que, se há algo que a história comprova, é que guerras são péssimas para a moeda dos
países envolvidos. Guerras geram enormes custos militares e extra-orçamentários, os
quais são cobertos majoritariamente via endividamento do governo e in ação monetária. O
próprio Império Romano teve sua derradeira queda precipitada (/Article.aspx?id=2195) pela
adulteração de moeda. Rússia
(https://d3fy651gv2fhd3.cloudfront.net/charts/historical.png?
s=USDRUB&v=20180124124000&d1=20000101&d2=20151231) e Ucrânia
(https://d3fy651gv2fhd3.cloudfront.net/charts/historical.png?
s=USDUAH&v=20180123202000&d1=20000101&d2=20151231)vivenciaram um
derretimento de suas moedas ao entrarem em con ito recentemente.
Os EUA também não escapam dessa lei econômica. Sua moeda pode não se desintegrar por
completo, é claro; porém, enquanto durar o con ito e enquanto este for intenso, a moeda
sofre.
Até 2002, o dólar vinha de duas décadas de inabalável robustez. Em 2002, porém, ele
começa a perder força, muito provavelmente por causa do início do confronto no
Afeganistão (causado, por sua vez, pelos atentados de 11 de setembro). A partir de 2003,
com a invasão do Iraque, o dólar entra em queda livre perante todas as outras moedas do
mundo.
O grá co abaixo — que mostra a evolução do dólar em relação a uma cesta formada pelas
principais moedas mundiais — mostra o que aconteceu.
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 8/175
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Grá co 3: evolução do valor do dólar perante uma cesta contendo as principais moedas do
mundo
Repare que é justamente no período 2003-2011 que o dólar segue em contínuo declínio,
chegando à sua mínima em meados de 2011, recuperando-se a partir de 2012, e fortemente
a partir de meados de 2014.
A evolução do preço do ouro em relação ao dólar conta a mesma história. Foi em 2003 que a
coisa começou a degringolar. O grá co a seguir mostra a evolução do preço de uma onça
(31,1 gramas) de ouro em dólares:
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 9/175
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https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 10/175
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Agora compare a evolução do câmbio acima com a evolução do IPCA abaixo, no mesmo
período.
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 11/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
Nota-se que, de 2003 até 2010, a contínua valorização do real em relação ao dólar — ou,
dito de outra forma, a contínua desvalorização do dólar perante o real — ajudou, e muito, a
conter a pressão nos preços exercida pela expansão do crédito, pelo aumento da renda e
pela baixa produtividade.
Ou seja, de um lado, o crédito se expandia e isso fazia com que a renda, o emprego e o
consumo crescessem; de outro, como o preço do dólar caía continuamente, isso fazia com
que todos os produtos importados, bem como todos os produtos nacionais cuja produção
utilizasse insumos com componentes importados, não subissem de preço.
E esse impacto do dólar é muito maior do que muitos imaginam. Os preços dos remédios
(http://economia.estadao.com.br/blogs/claudio-considera/remedios-reajuste/) (85% da
química na é importada), do pão (http://g1.globo.com/hora1/noticia/2015/04/sobe-o-
preco-do-pao-frances-com-reajuste-que-pode-chegar-12.html) (o trigo é uma
commodity preci cada em dólar e é majoritariamente importada), das passagens aéreas
(querosene é petróleo, e petróleo é cotado em dólar), das passagens de ônibus (diesel
também é petróleo), de todos os importados básicos (de eletroeletrônicos e utensílios
domésticos a roupas e mobiliários) e até mesmos os preços dos aluguéis e das tarifas de
energia elétrica (ambos são reajustados pelo IGP-M, índice esse que mensura commodities
e matérias-primas, ambas sensíveis ao dólar) são afetados pelo dólar.
Também os preços dos alimentos, especialmente as carnes bovina e suína, sofrem impacto
direto do dólar. O farelo de soja, por exemplo, é utilizado como ração para bovinos e suínos,
e a soja é uma commodity cotada em dólar. Se o dólar ca mais barato, os custos dos
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 12/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
pecuaristas para alimentar seus animais cam mais contidos, o que diminuiu a pressão por
repasses de preços.
Ou seja, se o dólar ca continuamente mais barato, não há pressão altista sobre todos esses
itens supracitados. Consequentemente, a expansão do crédito pode durar mais tempo sem
gerar carestia generalizada. A renda real das pessoas cresce em decorrência do fato de a
expansão do crédito estar gerando um aumento da renda nominal sem um proporcional
aumento dos preços.
Nesse cenário, apenas o setor de serviços — que não sofre concorrência externa e que
sofrerá um forte aumento de demanda justamente por causa da elevação da renda real das
pessoas — tem mais liberdade para aumentar preços. E foi exatamente isso o que aconteceu
(http://www.gazetadopovo.com.br/economia/precos-dos-servicos-no-brasil-mais-que-
dobraram-nos-ultimos-dez-anos-9811dpv0ltvwaokxxa9efye6m).
Teria sido a guerra no Iraque em conjunto com a forte expansão do crédito ocorrida nos
EUA nesse mesmo período, a qual aditivou a bolha imobiliária no país (/Article.aspx?
id=1696)?
O fato inconteste, no entanto, é que, quaisquer que tenham sido suas causas, a
desvalorização do dólar está por trás de todo o boom econômico vivenciado não só pelo
Brasil, mas por toda a América Latina na década de 2000.
Em períodos normais — isto é, quando o dólar está forte e estável —, expansões do crédito
nos países periféricos tendem a rapidamente gerar carestia, pois tais expansões, além de
aumentarem a quantidade de dinheiro na economia, também geram desvalorizações na
taxa de câmbio, o que rapidamente obriga os bancos centrais a subirem os juros e
abortarem essa expansão do crédito.
Porém, se uma expansão do crédito for acompanhada de uma apreciação da taxa de câmbio
— isto é, de uma desvalorização do dólar —, a carestia ca bem mais contida, permitindo
assim que a expansão do crédito dure mais tempo e eleve continuamente a renda, o
emprego e o consumo, e sem gerar grandes pressões nos preços.
Esse, aliás, é o melhor dos cenários: renda, emprego e consumo aumentam continuamente,
mas os preços cam contidos, o que permite que tal ciclo dure muito mais tempo do que
duraria em "épocas normais".
Mais ainda: com uma contínua expansão do crédito, as receitas do governo também
aumentam. Como há mais dinheiro sendo criado, e os preços estão bem comportados por
causa do dólar, as pessoas consomem mais, os empresários investem mais e empregam
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 13/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
Quem também se deu muito bem com a desvalorização do dólar foram as mineradoras.
Há muita confusão a respeito do boom das commodities ocorrido na década passada. Sim, a
China in uenciou bastante, mas o papel do dólar foi decisivo. O boom das commodities está
intimamente ligado ao dólar fraco.
Todas as commodities (de minério de ferro a petróleo) são preci cadas em dólar. Sendo
assim, sempre que o dólar está fraco, os preços das commodities estão em alta, e vice-
versa. Sempre.
E como as receitas e as dívidas das mineradoras são cotadas em dólar, elas sofrem
diretamente esse ciclo econômico gerado pela utuação do valor do dólar: o
enfraquecimento do dólar gera um aumento nos preços do minério, e isso leva as
mineradoras a expandirem seus investimentos. Tão logo o dólar se fortalece, as
commodities caem de preço e todos esses investimentos expansivos se revelam errôneos. E
então cortes de custos — demissões — são feitos.
O melancólico m
Aquela aparentemente mágica capacidade do governo Lula de fazer com que renda e
emprego aumentassem contínua e duradouramente sem gerar carestia foi desmascarada.
Tal cenário não mais existe. E nada indica que ele voltará tão cedo.
Por si só, um aumento do dólar já seria o su ciente para desarranjar toda a economia.
Porém, os efeitos desse aumento do dólar foram intensi cados pelas políticas implantadas
pela pavorosa "Nova Matriz Econômica (/Article.aspx?id=2120)", a qual surgiu ainda no
nal de 2008, mas que foi acentuada no governo Dilma Rousse .
Sem a Nova Matriz Econômica, a grande expansão do crédito teria gerado "apenas"
endividamento das pessoas (por causa do crédito farto e barato) e investimentos errados
(os quais se revelariam sobredimensionados tão logo a carestia se manifestasse, a renda
real estagnasse e casse comprovado que não havia demanda para tais investimentos).
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 14/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
Com a Nova Matriz Econômica, porém, os desarranjos foram ampli cados. Além do
endividamento recorde (http://g1.globo.com/economia/seu-
dinheiro/noticia/2015/06/endividamento-das-familias-chega-463-o-maior-em-10-
anos-mostra-bc.html) e dos investimentos errôneos das indústrias
(http://www.valor.com.br/brasil/4419908/producao-industrial-tem-em-2015-maior-
recuo-em-12-anos), tivemos também disparada nos preços da gasolina
(http://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2015/02/06/preco-medio-da-gasolina-no-
pais-subiu-75-na-semana-segundo-agencia.htm) e da energia elétrica
(http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2015/06/conta-de-luz-volta-pesar-e-
in acao-em-12-meses-e-maior-desde-2003.html), grande queda na renda real
(http://www.valor.com.br/brasil/4414292/renda-do-trabalhador-em-2015-tem-
primeira-queda-desde-2004) das pessoas, pedaladas scais (/Article.aspx?id=2371) e
desarranjo nas contas do governo (/Article.aspx?id=2220), perda do grau de investimento
(/Article.aspx?id=2184&comments=true), e uma disparada ainda mais intensa do dólar
(http://www.infomoney.com.br/mercados/cambio/noticia/4131896/real-moeda-que-
mais-desvalorizou-semestre-con ra-ranking), o que está causando uma carestia
generalizada. (Veja tudo isso, em detalhes, aqui (/Article.aspx?id=2120)).
Os contínuos aumentos dos gastos do governo durante a era Lula — os quais foram
possibilitados justamente pela expansão do crédito e do dólar fraco — e que foram
ampli cados pelas pedaladas scais (/Article.aspx?id=2371) do governo Dilma, estão agora
cobrando seu preço. Com as subidas dos juros efetuadas pelo Banco Central, a expansão do
crédito desacelerou (/Article.aspx?id=2155), levando consigo a renda, o emprego e os
salários. Consequentemente, a arrecadação do governo também caiu
(http://g1.globo.com/economia/noticia/2015/09/em-meio-recessao-arrecadacao-tem-
pior-mes-de-agosto-em-5-anos.html).
Dilma partiu do princípio de que poderia continuar aumentando os gastos no mesmo ritmo
de Lula. Mas as receitas do governo secaram. Agora, ela convocou toda a população para
pagar a conta (http://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2015-09/levy%3A-
%22pagar-um-pouquinho-mais-de-imposto%22-e-investir-na-recuperacao-do-pais)
de suas pedaladas scais e da esbórnia scal herdada do governo Lula.
Em simultâneo a tudo isso, há um grande caos no cenário político: Dilma está ameaçada de
impeachment por ter se elegido com o dinheiro desviado da Petrobras (segundo os
delatores Ricardo Pessoa, Fernando Baiano, Pedro Barusco e Alberto Youssef) e também por
ter feito as já famosas pedaladas scais (/Article.aspx?id=2371) no primeiro mandato, o que
con guraria crime de responsabilidade scal.
E, por se tratar de fatos que envolvem a campanha eleitoral, o então candidato à vice-
presidência e atual ocupante do cargo, Michel Temer, também pode ser engolfado pelas
denúncias.
Mas não pára por aí: os sucessores diretos da presidente da República — que são o
presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, e o do Senado Federal, Renan
Calheiros — também estão envolvidos em inquéritos no STF, e podem ser igualmente
derrubados.
Conclusão
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 15/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
Foi o dólar quem nos entregou uma quimera que durou quase 10 anos, e é ele quem está
agora nos trazendo — e sem delicadezas — de volta à realidade.
Nesse atual arranjo de dólar em disparada e de governo totalmente incapaz de cortar seus
gastos (/Article.aspx?id=2184), a única maneira de o Banco Central entregar uma in ação
de preços relativamente tolerável é gerando uma brutal recessão (por meio de juros
crescentes) que eleve acentuadamente o desemprego, reduza salários e acabe com a
demanda.
Em um cenário de dólar em disparada e de esbórnia scal, não há como conter uma carestia
sem ser por meio de recessão, desemprego e queda na renda. Apenas essa conjunção de
fatores pode impedir um grande repasse cambial aos preços.
Desnecessário dizer que tal cenário também não ajuda em nada quem está endividado e
desempregado.
No nal, toda a economia foi destruída pelo governo. É o preço do descalabro, o qual foi
possibilitado por uma conjuntura externa atípica e que foi erroneamente interpretada à
época. Confundiu-se moeda estrangeira fraca com prosperidade nacional eterna, e
concluiu-se que os bons resultados obtidos dispensavam o governo de obedecer às
irrevogáveis leis da economia. Gastos foram elevados e nenhuma reforma estrutural foi
feita.
O mesmo é válido para a América Latina. Não fosse o dólar, não teria como tais países
apresentarem bons números apenas na base do populismo
(https://www.imf.org/external/lang/portuguese/np/vc/2013/050613p.pdf).
Tal cenário de bonança pode se repetir? Poder, pode. Caso o próximo presidente dos EUA
seja um belicista que en e o país em novas aventuras militares, ou seja um trapalhão
econômico que invente novas heterodoxias, é bem possível. Mas é bom não contar com isso.
Impeachment ajuda? Ajuda muito. Mas se chegamos ao ponto em que a única solução viável
é o impeachment, então o estrago foi profundo e não será corrigido com uma simples
mudança no líder do executivo.
Quanto a Lula, embora tenha o mérito de ter montado uma boa equipe econômica no seu
primeiro mandato, ele deve boa parte de sua popularidade à dupla Bush-Hussein.
_________________________________________
Leia também:
(/Article.aspx?id=2180)
autor
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 16/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
Leandro Roque
é editor e tradutor do site do Instituto Ludwig von Mises
Brasil.
(/SearchByAuthor.aspx?
id=79&type=articles)
(/article/3164/ilusao-e-falencia--enfrentar-nossa-crise- scal-nao-e-um-tema-
2 É fácil entender por que os jovens dos países mais ricos tendem a defender mais
ideologico-)
socialismo
(/article/3149/e-facil-entender-por-que-os-jovens-dos-paises-mais-ricos-
3 Intelectuais e raça - o estrago incorrigível
tendem-a-defender-mais-socialismo)
(/article/1554/intelectuais-e-raca--o-estrago-incorrigivel)
4 “Não podemos competir com o trabalho escravo dos chineses!”. Eis aí uma frase
que agride a lógica
(/article/2920/nao-podemos-competir-com-o-trabalho-escravo-dos-chineses-
5 O Coringa e a ideologia da destruição
eis-ai-uma-frase-que-agride-a-logica)
(/article/3111/o-coringa-e-a-ideologia-da-destruicao)
6 A parábola dos talentos: a Bíblia, os empreendedores e a moralidade do lucro
(/article/2046/a-parabola-dos-talentos-a-biblia-os-empreendedores-e-a-
7 A verdadeira face de Nelson Mandela
moralidade-do-lucro)
(/article/1758/a-verdadeira-face-de-nelson-mandela)
8 A Escola de Frankfurt, o marxismo cultural, e o politicamente correto como
ferramenta de controle
comentários (450)
Isso porque ainda não fomos rebaixados pela Fitch/Moody's. Quando isso ocorrer, e vai ocorrer a
qualquer momento, aí esperem por dólar passando de R$5,00 fácil.
RESPONDER
E.u.a , Japão , Alemanha , tem dívidas trilhonaris e estão " cagando" pra esses
rebaixadores...kkk
RESPONDER
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 17/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
É cada um...
RESPONDER
Que bom começar uma segunda feira com um artigo tão bem escrito! obrigado Leandro!
RESPONDER
Mais um capítulo para aquele livro de economia brasileira que a gente te encomenda a
7 anos, hein Leandro?
RESPONDER
Achei o artigo muito interessante. Tenho apenas uma observação e uma pergunta:
pergunta: Como separar ou quanti car esse efeito da guerra desvalorizando o dólar do
boom de commodities? Sei que o Leandro usou a a parcela baixa de exportações para
colocar o efeito da guerra acima do boom nos termos de troca brasileiros e crescimento
"arti cial" da China. Mas no mercado nanceiro é muito difícil usar apenas esse
argumento para convencer os neoclássicos que atribuem quase tudo a China e choque de
expectativa (parece que eles adoram usar a expectativa para tudo que não conseguem
explicar racionalmente/matematicamente). Minha impressão é que ambos os efeitos
foram relevantes, mas não saberia quanti ca-los e com isso não consigo convencer
alguém que considera esse efeito da Guerra no Iraque irrelevante (muitos economistas
respeitados se enquadram nisso). Ai me sobra como analista de ações car ouvindo calado
as a rmações "neoclássicas" que tanto me incomodam.
observação: Uma pena que a maioria dos comentários abaixo que se perdendo no
discurso de mais ou menos governo, que claramente não nos leva muito adiante, a
posição da escola austríaca é clara e aparentemente quase tão extrema quanto a visão
comunista. Temos que car atentos ao estrago que um governo pode fazer na economia,
mas temos que ter em mente que o "anarco-capitalismo" é uma utopia tão questionável
como o comunismo ideal, eu critico os dois, acredito que existem bons estudos (Hyman
Minsky por exemplo) que mostra a instabilidade inerente do mercado livre (se bem que
mercado livre sem reservas fracionárias ai não vi muita coisa, mas abolir as reservas me
parece algo muito distante e disruptivo para alguém saber qual seria o resultado).
Agradeço muito ao Leandro e a escola austríaca por apresentar alternativas, mas acho que
poderíamos aprender bem mais discutindo dados e argumentos do que crenças. Queria ter
visto pessoas com argumentos para questionar, colaborar ou discordar do artigo, mas com
tanto comentário sobre funcionalismo na página, não tenho tempo de procurar algum
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 18/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
comentário que de fato agregue valor à leitura do artigo. seria mais produtivo para todos
os leitores se os comentários fossem mais focados em dúvidas, criticas e adendos.
RESPONDER
Essa é fácil.
No mais, como foi possível a tonelada do minério ter desabado de US$ 191 para
US$ 37 (queda de 80%) (http://www. nancista.com.br/noticias/minerio-de-ferro-
atinge-minima-historica-vale-tem-esse-e-outros-motivos-para-se-
preocupar)?
Por acaso a demanda da China por minério encolheu 80%? Ou não teria sido
justamente a recente disparada do dólar (fortalecimento da moeda) a causa
principal dessa queda no preço?
E vou adianta, agora para o argumento empírico mais forte: por que o principal
índice de commodity (o CRB) varia estritamente de acordo com a força do dólar?
Veja que, no nal da década de 1970, com o dólar mundialmente fraco e todo o
mundo em recessão, o índice CRB dispara.
A partir da década de 2000, com o dólar fraco (e sem nenhuma alteração no ritmo
do crescimento chinês), o CRB volta a disparar.
Quem utiliza a China como explicação para tudo tem de explicar por que a China
não fez diferença nas décadas de 1980 e 1990, quando seu crescimento era ainda
maior. Sem uma teoria crível e sólida (que nunca foi apresentada), o fator China
deve ser visto como totalmente é secundário. In ui no preço, sim, mas em muito
menor escala que a força do dólar.
Esse, aliás, é um fenômeno tão básico da economia, que me espanta que ele seja
controverso. Sabidamente, a saúde de uma moeda afeta os preços de todos os
bens. Moeda em enfraquecimento gera preços em alta. Porém, para os defensores
do "fator China", aparentemente as leis econômicas se tornam nulas quando o
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 19/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
assunto é commodities, de modo que a saúde da moeda utilizada para preci car
essas commodities em nada in uencia o preço delas. Faz sentido?
Por essa lógica, se o minério fosse cotado em cruzeiros (dos anos 1990-1993), o
preço estaria hoje desabando?
Querem olhar o preço de um produto, mas querem ignorar qual moeda está sendo
utilizada para preci car esse produto. Nenhuma dona de casa cometeria esse erro.
RESPONDER
Leandro, mais uma vez muito obrigado. Até o momento a única explicação
que eu encontro para a certeza obtusa dos neoclássicos com suas premissas
surreais é o Lobby de banqueiros, só pode.
Abs e parabéns pelo trabalho, tenho aprendido bastante com seus artigos.
RESPONDER
Steve Keen é muito bom para criticar a teoria neoclássica. Mas como
ele não domina o conceito de teoria do capital, ele não tem a
mínima ideia de como proceder em recessões.
Correto.
Totalmente.
RESPONDER
Comentário o -toppic:
veja.abril.com.br/noticia/economia/concurseiros-trabalham-com-plano-b-para-2016
kkkkkkkk...
RESPONDER
Pois é, como tem gente querendo "mamar" no estado, depois reclamam da alta carga
tributária, do baixo retorno dos impostos, do país que não passa de um fornecedor de
matéria prima para o mundo, etc...
Não tem como ser diferente, no Brasil os melhores cientistas estão preocupados em
passar em concurso público tipo receita federal, os melhores engenheiros sonham em
"mamar" na PTbrás, etc...
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 22/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
Eu vejo os brasileiros, no geral, como um povo infantil, criança pirracenta que vive
agarrado no papai estado, chama o papai para tudo, para regulamentar a sua pro ssão,
para criar leis desnecessárias, para lhes conceder "almoço grátis", para lhe dar cota, etc...
Se o nosso povo fosse gente grande de verdade, teríamos uma desobediência civil
massiva.
RESPONDER
Tem o princípio de Rothbard que diz que quanto mais e ciente for
um funcionario publico, mais perigoso ele é.
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 23/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
RESPONDER
"conclui-se que..."
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 25/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 26/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 27/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
Anarquista 23/09/2
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 28/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
Como anarquista nã
preste algum serviç
'quebrar as pernas'
privada, e oferecer
em troca. Concordo
que pessoas intelige
para trabalhar ao le
Porém não vejo que
caso seja da pessoa
concurso, quem per
como um todo, que
poderia estar tentan
reais, pois ela está o
decorando inutilida
prova. Só que ela ap
incentivos e essa é
normalmente vanta
não vejo tanta difer
quanto um empresa
empréstimos subsid
Portanto em certo n
Pedro, embora tenh
indústria não remu
atrasada e não inve
por responder a inc
que o empregado. S
não oferece incentiv
(segurança jurídica,
simplicidade nos im
propriedade privada
esperar que a indus
coisas.
O caso do UBER é in
prosperou justamen
regulado pelo estad
outros países por ex
Concorrer com o es
desproporcional, po
última instância usa
que lhe for conveni
RESPONDER
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 29/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
Rodrigo 23/09/2
Cmr; partindo de
que voce deve pe
estuda em uma u
um que "mama"
deveria se enverg
A realidade é ess
cara nao vai tent
universidade fed
concurso para ex
uma Petrobras o
libertario? Faz fa
nanciamento de
sustentar e, por
perda intelectual
trabalho, ser um
continua sendo u
completamente l
Eu mesmo me gr
universidade fed
ganhei bolsa da p
desavisados, gera
pesquisa brasilei
investimento em
tecnologico nas u
tenho vergonha o
"mamou" nas te
Sou engenheiro e
pontos com o Pe
engenheiros dese
com outro cargo,
pra mim é detalh
de haver salarios
minimo do engen
analista, com cer
pessoas contrata
meu antigo chefe
de contratar mai
engenheiro, mas
devido as implica
O problema é qu
apresentando po
salarios. O motiv
foge ao escopo d
muita ingenuidad
nao vai aproveita
oportunidade sim
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 30/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
estado.
E voce Shmuel, q
"Você é engenhe
"engenhar".
Porque você prec
Porque você não
seus conhecimen
esforço" (segund
Um salve para o
ponderado e con
Otimo artigo.
Obs: Desculpe pe
acentuacao, esto
RESPONDER
Senhor Rodrigo,
Tenho 63 anos. Comecei a "engenhar" informalmente com 15 anos e continuo engenhando até
hoje.
Aqui no Brasil e atualmente, muito pouco, mas já engenhei muito tanto aqui, como no
exterior.
Que perguntar algo mais, senhor Rodrigo?
Quanto ao seu teclado Italiano... instale Português no seu computador, e aí você terá um
teclado bilíngue.
Mais uma observação: quem presume, é apenas presunçoso.
RESPONDER
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 31/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
O que o Pedro está dizendo pode-se resumir em apenas uma expressão: Teoria da Escolha
Pública.
Um engenheiro formado que recebe salário mínimo de engenheiro (8,5 sm, né?) no mercado
privado e encontra a oportunidade de fazer um concurso para a petrobrás para ganhar mais e ter
praticamente estabilidade de funcionario público está apenas reagindo aos incentivos que
encontra ao seu redor.
Sobre as causas do nosso mercado pouco estimulante para os engenheiros, colocaria: a baixa
produtividade da nossa indústria (quando a producao é organizada e e caz, com bom
maquinário, o funcionário rende muito para a empresa e consegue receber mais); a alta
teibutacao na cadeia de producao; a barreira alfandegária (protecionismo scal); nossa moeda
bagunçada, tanto pelo estimulo governamental ao consumo (a producao vai se adequando à
quantidade de produtos consumidos, e quando essa producao estabiliza ou regride mais dinheiro
pode ser direcionado para as oredens superiores da cadeia produtiva) quanto pela instabilidade
cambial (um cambio forte facilita a modernizacao do maquinário e a sua manutencao)... Há
pontos já citados, como segurança jurídica, estabilidade e força institucional...
Quanto ao Sr Shmuel, entendo que "engenha" há 50 anos, mas permita-me discordar em alguns
pontos. O cidadão "engenhar" sozinho, sem um capital próprio para isso, sem estar ligado a uma
universidade nem a jma estrutura de producao me parece um tanto complicaco. Os caras que o
fazem contam com minha total admiração; acho massa os que fazem naquele estilo de o cina de
garagem como vemos em seriados americanos, e me remetem muito à 2a metade do século XIX
americano, minando patentes a todo instante, época áurea...
En m, isso não é para poucos, é para muito poucos.
Sobre a tentativa de aventurar fora do país, onde as ordens superiores da producao estao bem
estabelecidas, há moeda forte, estabilidade institucional, etc..., considero um dica
interessantíssima. Faz um toe e se manda!
En m, voltando ao Pedro, considero vantagem não estar defendendo políticas keynesianas, como
vejo muito engenheiro fazendo por aí (burramente, porque pode ver como muitas problemas que
apontei sao oriundos do estado).
PS.: abandonei um curso de engenharia no início para não car na mesma situacao do Pedro...
Sendo que eu já era médico formado quando iniciei a engenharia; direcionei minha dedicacao
integral à minha pro ssao que já está garantida...
RESPONDER
Infelizmente, muitos libertários confundem teoria liberal com puro ódio em relação aos
servidores públicos. Se me perguntam se pre ro funcionários mais e cientes ou não, eu
respondo: claro que pre ro policiais, juizes, promotores, médicos e professores mais e cientes.
"Ah, mas esses serviços não deveriam estar nas mãos do estado." Acontece que boa parte deles
estão nas mãos do estado em todo mundo atualmente. Exigir de uma pessoa que ela se abstenha
de trabalhar no que deseja para endossar uma teoria que está bem longe de ser adotada hoje em
dia é tão fora da realidade que só posso lamentar o futuro do libertarianismo brasileiro com
gente tão pouco pragmática. O indivíduo tem que ganhar a vida no Brasil real de hoje em dia, e
não no país das maravilhas.
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 32/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
O bom é que nem todos são assim, provavelmente a grande maioria. Mas esses libertários "true"
que querem fazer com que seus conceitos éticos particulares sejam adotados universalmente
fazem um barulho imenso.
RESPONDER
Marcos, entendo a sua angústia. Posso dizer que já partilhei dela. Contudo, uma teoria não deve
se dobrar porque a realidade lhe é distante. O que você fez foi emitir uma afetação emotiva
barata. Ninguém vai sair por aí abdicando dos seus espaços 'honestamente' conquistados não. É
óbvio. Mas nem por isso a teoria da Escola Austríaca e dos demais pensadores libertários deveria
ser adaptada, ou dobrada 'só um pouquinho', a m de permitir meios termos. O famoso
gradualismo que tanto falamos por aqui. Como eu disse, teoria é teoria. É o ipsis literis. A prática,
se mostrará fruto de experimentações gradualísticas (o que é o mais provável!), aí veremos.
No mais, eu sou funcionário público e da iniciativa privada e estou totalmente convencido de que:
1) Boa parte dos meus ganhos vêm da retirada coercitiva da produção de outros; 2) Não meu
trabalho público, não crio valor para a sociedade, ao passo que no privado, sim; 3) O estado pode
até dizer que oferece os serviços, mas sempre será consumindo recursos (riqueza) gerada pelos
seres produtivos, dado que sua renda é obtida na forma de cobranças obrigatórias e, em muitas
das vezes, por uso da força/aparato estatal de coerção. Abraço.
RESPONDER
Como a África foi empobrecida? Se nunca foi desenvolvida? Os africanos viviam em tribos antes
do europeus chegarem!
RESPONDER
Como estrangeiro sempre quei de boca aberta - horrorizado - para esta sistema dos
concursados! Só agora vi um bene cio importante - na forma desses tais Moros e Dallagnois :)
Tambem vejo assim: depois de 10 anos de Orlando e condominios horizontais os caras querem
que a fantasia torna realidade aqui ne!
Sobre os brasileiros achando que o que Vargas prometeu do estado mamae e os "direitos" é o lei
de deus: vejo esta caracteristica toda hora - uma intolerancia e impaciencia e falta de ver o big
picture. Especialmente na hora de contratar algum serviço. Implica com alguma coisinha do
contratado e logo tiram as facas. :)
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 33/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
A combinação mágica de câmbio se apreciando (política monetária mais ortodoxa) com aumento
exponencial de saldo de balança comercial (China, basicamente).
RESPONDER
Ler um artigo de Leandro Roque, é sinônimo de LÓGICA, organização dos FATOS, DADOS,
INFORMAÇÕES... um elixir para quem desfruta de racionalidade, análise, entendimento,
compreensão etc. Aliás, caraterísticas tão carentes na idiossincrasia brasileira (impulsividade,
irracionalidade, emocionalidade, subjetividade, improvisação, seletividade, analfabetismo,
ignorância etc).
Conclusão, Lula não apenas foi um demagogo e populista irresponsável, como ademais, quando
comparado com "peer countries", Lula foi um incompetente. Ademais de fazer festa a custa dos
anos seguintes, Lula tampouco nunca teve visão, nunca foi um estadista, nem interessou-se pelo
desenvolvimento do Brasil.
O único foco do Lula sempre foi o PODER, a qualquer preço e m. Prova isso o Mensalão,
Petrolão etc.
Seu único projeto de vida, sempre consistiu em seguir as diretrizes do Foro de São Paulo (Antonio
Gramsci). O que implicava cooptar o Estado e a Máquina Pública.
Essa é a raiz do pragmatismo do Lula, e por isso botou uma equipe econômica pró mercado, com
bilhões em bolsas esmolas para comprar o empresariado brasileiro (cúmplice do Lula).
Lula não acertou na equipe econômica nem na matriz. Lula queria escravizar o Poder Judicial e o
Legislativo, queria dominar o Estado e a Máquina Pública... e para tal, precisava a elite
empresarial anestesiada. Daí repito, essa é a origem da sua equipe econômica e matriz
supostamente pró mercado. Foi uma consequência lógica dos seus reais objetivos (poder).
Quando Dilma assumiu, foi Lula quem mandou sua criatura continuar com a mesma receita dele
(poder, cooptação do Estado e Máquina Pública, escravizar Poder Judicial e Legislativo etc).
Porém, como muito bem exposto pelo Leandro, o plano Lula só funcionou graças ao cenário
externo internacional favorável à maioria das economias emergentes. Dilma então pisou ainda
mais no acelerador da receita Lula, e só afundou mais o Brasil.
Como brilhantemente relatado pelo Leandro, a grande furada do Lula / Dilma, foi acreditar nas
próprias ilusões e miragens ideológicas deles (Foro de São Paulo, Antonio Gramsci etc),
confundindo cenário externo favorável, moeda estrangeira fraca... com prosperidade nacional
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 34/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
eterna. Eles acharam que a tão sonhada fórmula intervencionista, com Estado gigante e
poderoso, funcionava graças a eles... e nunca, nem até hoje, caiu a cha de que eles apenas
ganharam a loteria na década deles, onde quase todos os países, com sistemas econômicos bons
o ruins, bene ciaram-se do contexto externo.
Mais do que um erro de diagnóstico, diria que é uma patologia do Lula / Dilma / Base governista,
que persiste até hoje.
Na década Lula, ainda fazendo porcarias, o cenário externo bené co ajudava a minimizar
consequências. Porém, o grave hoje é que:
2) Lula / Dilma / Base governista, teimam no mesmo diagnóstico patológico, achando que a
solução é mais Estado, com mais poder, mais recursos etc (vejam que cortam investimento,
aumentam imposto, porém, jamais cortam governo, estado etc)
3) Não há nenhum plano de ação para o futuro, não existe nenhum plano para o país... e a falta
de expetativa, falta de luz no m do túnel, afeta a economia, ainda muito mais do que os
problemas políticos / institucionais
Alguns dirão que a atual armadilha, só acaba quando Brasil virar uma Grécia.
Mas vejo Argentina, Venezuela, a própria Grécia, e infelizmente quebrar um país as vezes só leva
a mais extremismo. Na Grécia, Syriza voltou a ganhar. Na Argentina, o peronismo continua sendo
o favorito. Na Espanha idem com o Podemos. Na Venezuela, mais de 50% apoiam o governo. Etc.
Quero dizer, que quando o populismo e a demagogia entra no DNA de um povo, as consequências
são nefastas, e perduram no tempo por cima dos próprios líderes e partidos. Traduzindo, pode
que Brasil que doente por muitas décadas. Tomara me equivoque!
RESPONDER
Foi um dos melhores comentários que já tive o prazer de ler nesse site...
Parabéns!
RESPONDER
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 35/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
RESPONDER
Caramba, a foto do Lula com a linguinha pra fora está muito engraçada. haha Vc olha e pensa:
"que cara de 171, que malandro e marginal, que pilantra, que cara de trombadinha e mentiroso
safado populista!"
RESPONDER
hehehe.Notei também; e principalmente, o que alguém falou abaixo,o GBush parece estar
fazendo o gesto típico de esquivar-se de um bêbado..."afetuoso".
RESPONDER
Em vez de realizar uma análise sobre os fatos, se preocupam com foto, ou xingamentos.
Artigo muito bom, bem explicado.
Vimos que a postergação das reformas necessárias por todos os presidentes e que poderia
ser feito durante o dólar baixo com muita tranquilidade precisa do apoio dos deputados e
da pressão popular. Reforma Fiscal, Ministerial, Política, redução de salários e mordomias
em todas as esferas, aumentar a transparencia criada em 2004
(portaldatransparencia.gov.br).
RESPONDER
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 36/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
entendi por que outros países próximos não sofreram o mesmo efeito com a queda
do dolar. Mas tudo bem. Bom comentário.
RESPONDER
Por que é crucial o governo cortar seus gastos - e por que não fazê-lo é um
desastre (http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2184)
"só não entendi por que outros países próximos não sofreram o mesmo efeito
com a queda do dolar. Mas tudo bem."
https://www.imf.org/external/lang/portuguese/np/vc/2013/050613p.pdf
(http://https://www.imf.org/external/lang/portuguese/np/vc/2013/050613p.p
RESPONDER
Dilma está ameaçada de impeachment por ter se elegido com o dinheiro desviado da Petrobras
(segundo os delatores Ricardo Pessoa, Marcelo Odebrecht e Pedro Barusco) e também por ter
feito as já famosas pedaladas scais no primeiro mandato
Ela pode ser cassada por coisas que fez no primeiro mandato? Não tem de ser neste? Se eu
estiver certo, então o congresso não pode cassa la. Resta apenas o TSE invalidar a chapa Dilma-
Temer e vir novas eleições, o que provavelmente poria o Molusco de volta no palácio do planalto,
a não ser que o TSE tenha a ousadia de declarar o segundo colocado (Aécio) novo presidente.
RESPONDER
O caminho mais provável é o da cassação de Dilma, após a reprovação das contas do ano
passado pelo TCU. Ela poderia até ser presa (!). E car inelegível. Aí que eu também não
tenho certeza, se Temer cairia junto; teses acoxambrísticas levam pelo caminho de cair só
ela. Dessa forma, pode contar com o apoio do PMDB. Então, não entendo até agora por
que o PMDB ainda não aproveitou a oportunidade. Seria o caminho com a menor
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 37/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
instabilidade de transição.
Resolveria? Não... Temer e seu PMDB são bem siológicos, não têm essa prestatividade de
entender que tem que cortar da própria carne... Não tem peito para reduzir funcionalismo
público...
Inclusive, tenho uma enorme curiosidade de saber quem seriam o ministro da fazenda e o
presidente do Bacen sob Temer.
Concordo. O pior é que não há jurisprudencia nesse caso. Não sei como tem
sido decidido em municipios e estados.
Concordo tambem na parte da falta de altruísmo. Não renuncia. Tem um
boato de que até dia 27 desse mes ela pode renunciar, pero jo no creo...
RESPONDER
Lei 1079/50:
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 38/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
Òtimo artigo.
Dois comentários:
1)Quanto a desvalorização do dólar, nem precisa de "um trapalhão econômico que invente novas
heterodoxias". Basta continuar na toada que está, sem o FED aumentar o juros e eventualmente
com um novo QE (QE4).
2)Acho que já viramos Argentina.... não tem mais volta, nenhum governo (seja PT, seja de
direita) terá condições de adotar a agenda correta (diminuição de gastos, limitação da renda e
imposição de um padrão de vida compatível com a capacidade produtiva do país). Ou ainda,
voltamos a década de 80/90, chorará menos quem tiver mais condições de fazer o Estado lhe
proteger (empresários amigos do rei, deputados, senadores, magistrados, promotores....); o resto
perderá poder aquisitivo, seja pela desvalorização do dólar, seja pela in ação galopante.
RESPONDER
Fantástico artigo.
Uma excelente explicação embasada em fatos, lógica, teoria econômica verdadeira e bom
senso.
Fiquei feliz em reconhecer diversos trechos e argumentos de outros artigos igualmente
brilhantes deste portal.
Bom artigo, ou seja trocando o técnico por uma analogia super cial seria dizer que depois de
uma noite de farra com muita bebedeira, na manhã a ressaca brutal será sentida e sofrida.
Abraços
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 39/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
RESPONDER
Leandro qual seria a melhor saída para a economia (caso politicamente tivesse clima), usar o
currency board ou dolarizar a economia?
RESPONDER
Currency Board é extremamente mais simples e fácil de ser implantado. Pode ser feito,
literalmente, da noite para o dia. E é extremamente efetivo.
Já a dolarização exigiria uma logística muito mais complexa e custosa. Como não há
dólares circulando entre a população para possibilitar isso, teria de haver uma operação
conjunta com o Fed para fazer remessas de cédulas de dólares para cá.
De resto, dado que a vida útil de uma cédula é de uns 10 meses, teria de haver uma
contínua reposição das cédulas no Brasil, o que exigiria outra estratégia junto ao Fed e ao
Tesouro americano. Seriam mais de 200 milhões de brasileiros utilizando cédulas de
dólar, e isso exigiria alguma logística do Fed.
Qual armadilha?
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 40/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
De resto, é preciso ter muito cuidado com algumas conclusões: não foi o
regime de conversibilidade o culpado pelo colapso econômico argentino; foi
o governo que destruiu o regime de conversibilidade e, consequentemente,
levou o país para o buraco.
Quanto aos bancos brasileiros, estes já foram saneados pelo PROER e pelo
PROES logo após o m da hiperin ação.. Aliás, o que realmente pode
colocá-los em risco é a volatilidade do dólar, pois muito se nanciam em
dólar no mercado interbancário mundial.
RESPONDER
Leandro,
Um abraço
RESPONDER
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 41/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
RESPONDER
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 42/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
Leandro,
se eu entendi bem, deveria ter um cambio livre para
de nição real da taxa de cambio, logico livre de qq
cabresto, como preparatório do dia 23.11.
Agora sendo o cambio uma arranjo voluntário de
milhoes de agente atuando no mercado, não vai
chegar uma hora que teremos que da uma atualizada
nesse valor do cambio xo da implantação do CB?
Fiquei com essa ponta de dúvida, tem instrumento de
correção ou isso não é viável?
ABs
RESPONDER
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 45/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 46/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
Abraços!
*(21/09/2015 15:41:05)
RESPONDER
O que se teve foi apenas mais do mesmo do socialismo. No começo tudo são ores, eles fazem
uma política pra enganar o mercado, a economia cresce, até porque geralmente eles assumem
num cenário ruim, quando se tem uma margem muito baixa de parâmetro, com pessimismo
elevado dos investidores mas logo depois tiram a máscara. O nal é sempre igual, quebradeira e
crise generalizada. E o país não chegou nessa situação porque eles erraram, tudo isso foi feito de
forma proposital, a nal só assim eles podem implantar o bolivarianismo aqui e depois entregar
de graça pra China e Rússia. Sem contar a destruição sob o aspecto cultural, baseado em Gramsci.
Investir em educação, saúde, infraestrutura pra que? O negócio é morar no morro mas ter uma tv
de led na sala. O Brasil não teve um aumento de renda, mas sim uma bolha de crédito fácil
nanciada por $ público e muitas pedaladas pra esconder o rombo ao longo desses anos. A conta
chegou. Mas esse povinho ignorante não aprende. Querem mais e mais Estado, acham que $ se
cria do nada, se acham cheios de DIREITOS, são vagabundos, no fundo não se importam com
corrupção, o que incomoda é que não são eles que estão lá roubando e adorariam se tivessem
uma chance de arrumar uma teta pra mamar. Em 2018, eu não duvido se aquele câncer voltar,
ainda mais com essas urnas da Smartmatic e o TSE aparelhado. Pelo menos a burrice não é
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 47/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
exclusividade daqui, vide a Grécia. O pior é ver a omissão da Europa que aceita continuar
nanciando esses vermes. O mais ridículo é que um dos principais argumentos pra manter a
Grécia era pra evitar a invasão dos refugiados kkkkk. Um continente inteiro vai ser afundado por
terroristas por causa da banana da Merkel e de um bando de políticos vagabundos de esquerda.
Que falta faz um Netanyahu na Europa.
RESPONDER
Excelente artigo, é importante ter uma visão bem ampla dos acontecimentos quando se for
pensar em políticas governamentais, no caso do nosso país nunca se pensa né.
Leandro você deve estar sabendo sobre o Partido Novo, você tem alguma expectativa positiva ali?
Já tem gente falando que a Dilma é uma heroína simplesmente por nos colocar em maus lençóis
e fazer nascer um partido liberal. Bom, supostamente liberal né.
RESPONDER
Leandro,
Uma dúvida. Se não me engano, em um comentário de outra matéria você (acho que foi você,
mas me desculpe se confundi) mencionou que nos últimos 12 meses a nossa base monetária teria
crescido algo em torno de 2,4%, certo? Desta forma entendo então que, ao menos neste período,
a expansão foi reduzida e alcançamos um nível razoável.
A consequência seria uma desaceleração da in ação, não? Em quanto tempo se pode sentir este
efeito? Ou temos algum outro impedimento para essa redução?
Muito se fala em uma in ação em torno de 5,5% para o ano que vem. É claro que já é quase
metade dos assustadores 9,5% dos últimos 12 meses, mas ainda é um número alto e acima da
meta dos 4,5%. E o pior, é que pelo que tenho lido essas projeções tem sofrido constantes
correções sempre para cima. A subida constante na taxa de juros aliada a desaceleração da
expansão monetária não são capazes de, ao menos, conter os aumentos destas projeções?
Abraços
RESPONDER
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 48/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
histórico:
1) Em todos os artigos que tenho lido a respeito de crises/recessões, um ponto que o IMB
sempre faz questão de ressaltar é que todas foram precedidas por uma expansão
monetária acima do que a economia suportava, certo? A minha dúvida é se temos registro
de períodos onde houve uma expansão dessas e a economia não entrou em recessão?
Existem alguns fatores que podem anular um efeito da expansão?
2) Algo que também sempre é reforçado aqui é a questão da moeda forte ser pré requisito
pra uma economia forte, saudável e sustentável. Acredito que seja uma interpretação
incompleta/errada da minha parte, mas quando falamos no conceito de moeda forte
falamos em poder de compra, certo? Como analisar isso senão comparativamente a outras
moedas fortes (dólar, euro)? Como exemplo podemos pegar o Japão que possui uma
economia robusta e se olharmos somente para a cotação do iene frente a outras moedas
fortes, vemos que o valor do iene não é comparável e elas. O Chile, que talvez seja o país
que vem obtendo melhores resultados na America do Sul em função de um cenário mais
liberal, possui uma moeda que se olharmos apenas para a cotação também não nos
mostra isso.
Tenho certeza que a falha está do meu lado, só gostaria de entender como fazer um
comparativo melhor do poder de compra da moeda e entender melhor esse conceito de
moeda forte.
1) Desconheço.
2) Essa é uma confusão bastante comum: o alto valor nominal das cédulas de uma
moeda diz muito sobre o seu passado, mas não sobre seu presente.
O alto valor nominal das cédulas do iene se deve a uma forte in ação ocorrida na
Segunda Guerra Mundial. A moeda do Chile apresenta a mesma característica, pois
vivenciou uma hiperin ação na década de 1970. Ambas não foram trocadas desde
então, ao contrário da moeda brasileira.
Uma das de nições de moeda forte é que sua unidade monetária valha cada vez
mais em termos das principais moedas do mundo (a outra de nição é que,
obviamente, seu poder de compra em território nacional seja relativamente
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 49/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
constante).
Dito isso, vale ressaltar que, de fato, a moeda chilena, embora um pouco mais
estável que a brasileira, está longe de ser invejável.
RESPONDER
2) Os juros ainda não subiram o bastante. Prova disso é que os juros reais
ainda estão abaixo do que estavam na era Meirelles
(http://economia.uol.com.br/noticias/bloomberg/2015/06/10/juro-real-
mostra-tombini-menos-hawkish-que-meirelles.htm).
RESPONDER
O dólar em baixa, o governo metendo crédito sem dó e todo mundo achando que o gigante tinha
acordado. O artigo tirou um grande ponto de interrogação da minha cabeça. Não fazia sentido
que todo esse período de vacas gordas teria sido apenas em função da China e da política
econômica meia boca do PT voltada apenas para o consumismo.
Muito bom!
RESPONDER
Mais um excelente artigo,o mito continua,Leandro qual seria o nível de juros ideal para o Brasil
neste momento?
os juros podem ser xados arbitrariamente ou mercado pode descobrir com mais e cácia com
qual o nível de juros ideal.
RESPONDER
Atualmente o ideal seria uma "pancada", uns 18%, ou ate mesmo mais.
RESPONDER
Excelente, Leandro!
Um artigo com tudo bem organizado, com dados, fatos, cronologia e lógica (muita lógica!).
O pior de tudo isso é o analfabetismo funcional da maioria dos brasileiros, que vai impedir o
aprendizado sobre esse período de farra. Vão achar que o problema só foi o mandato de Dilma, e
que se o Lula (ou outro populista) ascender ao poder tudo voltará ao normal. Triste escravidão
mental!
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 50/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
RESPONDER
E o ritmo alucinante da emissão de dívida pelo governo Lula? 1 trilhão, adicionais em dívida não
in uenciou esse boom ?!
RESPONDER
Dinheiro criado via empréstimos para o setor privado é um dinheiro que será
necessariamente utilizado ou para investimentos ou para consumo. Já o dinheiro criado
via empréstimos para o setor público é um dinheiro que será majoritariamente utilizado
para custear a burocracia.
RESPONDER
Nesse período Lula parece que a in ação cou comportada, não? Esta se acelerou
mais nos últimos 2 anos não ? Isto se deve manipulação do índice via controle dos
preços administrados ou essa relação aumento divida publica se dá mais no longo
prazo? Ou nenhum dos dois , rs
Hoje gastamos próximo a 50% do orçamento da União para nanciar nossa dívida.
Isto não limita a capacidade de poupança e investimento do governo ? ( pode
indicar algum artigo sobre o tema) Hoje por exemplo , falamos em criar a CPMF
para arrecadar 30 Bi enquanto gastamos 500 bi para custear nosso estoque de
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 51/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
dívida.
Abraços
RESPONDER
Aumento da dívida pelo governo gerar efeito positivo? Como? Cite um único c
meio de investimentos de modo que isso gere um efeito positivo na relação d
www.mises.org.br/Article.aspx?id=1378 (http://www.mises.org.br/Article.aspx
www.mises.org.br/Article.aspx?id=1391 (http://www.mises.org.br/Article.aspx
www.mises.org.br/Article.aspx?id=1025 (http://www.mises.org.br/Article.aspx
"E uma emissão eterna , ainda que constante , de dívida pública não seria ins
principal apenas os juros do montante de dívida."
Correto.
"Nesse período Lula parece que a in ação cou comportada, não? Esta se ace
manipulação do índice via controle dos preços administrados ou essa relação a
O presente artigo foi inteiramente sobre isso. Nos últimos dois anos o dólar v
qualquer efeito bené co da expansão do crédito, alem de ter intensi cado os
Aliás, o dólar parou de baratear em 2008. Por isso, a partir dali, o efeito in ac
2009, que foi ano de recessão.
Lamento, mas ele é mentiroso. E não precisa con ar em mim, não. Pode ir dir
www.tesouro.fazenda.gov.br/documents/10180/465603/CPU_DespesaUni%C3
4dfd-a447-063d8490db5a
(http://www.tesouro.fazenda.gov.br/documents/10180/465603/CPU_Despesa
9091-4dfd-a447-063d8490db5a)
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 52/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
Quem utiliza essa cifra está cometendo uma impostura, pois está incluindo o
amortização" e também na rubrica "gastos totais do governo". Isso é trapaça
com juros e nem com amortização, e também não pode ser contabilizada com
Abraços.
RESPONDER
www.portaltransparencia.gov.br/PortalComprasDiretasOEFavorecidoED
Ano=2014&CodigoOS=25000&CodigoOrgao=25101&CodigoUG=17060
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 53/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
Ali diz que o ministério da fazenda foi responsável pelo gasto de mais
para " Amortização e Juros da Dívida - Principal Corrigido da Dívida M
especi cando o quanto para Juros ou amortização.
De qualquer forma são números bastante distintos dos apresentados p
Essa dinheirama não saiu de fato dos cofres públicos , de fato não fora
fatura ? Por que não podemos inclui-los como gasto do governo com a
RESPONDER
Exatamente este assunto foi abordado nos três artigos linkados como
"Se sim, isto não aumentaria a oferta de moeda e com isso o consumo
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 54/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
www.gazetadopovo.com.br/economia/alta-recente-do-dolar-tera-im
(http://www.gazetadopovo.com.br/economia/alta-recente-do-dolar-t
www.dci.com.br/economia/repasse-cambial-deve-acelerar-precos-no
(http://www.dci.com.br/economia/repasse-cambial-deve-acelerar-pre
www1.folha.uol.com.br/mercado/2014/12/1561615-dolar-em-alta-vai
(http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2014/12/1561615-dolar-em-a
in acao.shtml)
"O aumento de gasolina e eletricidade este ano ,por exemplo, não foi
Também, mas não só. Explicado em todos os seus detalhes aqui (http:
www.auditoriacidada.org.br/e-por-direitos-auditoria-da-divida-ja-co
(http://www.auditoriacidada.org.br/e-por-direitos-auditoria-da-divid
"Ali diz que o ministério da fazenda foi responsável pelo gasto de mai
Juros da Dívida - Principal Corrigido da Dívida Mobiliária Re nanciado
Vou repetir:
www.tesouro.fazenda.gov.br/documents/10180/465603/CPU_Despesa
4dfd-a447-063d8490db5a
(http://www.tesouro.fazenda.gov.br/documents/10180/465603/CPU_
9091-4dfd-a447-063d8490db5a)
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 55/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
Quem utiliza essa cifra de R$ 614 bilhões está cometendo uma impost
rubrica "juros e amortização" e também na rubrica "gastos totais do g
representa gasto nem com juros e nem com amortização, e também n
RESPONDER
Abraços
RESPONDER
Artigo excepcional.
É uma explicação cirúrgica da diferença fundamental entre o que alguns chamam de crescimento
do tipo saudável x crescimento do tipo cancer.
O desavisado observa o crescimento rápido e se impressiona, sem analisar que os alicerces desse
crescimento podem ser altamente destrutivos no longo prazo. O Brasil viveu durante grande
parte da década de 2000 um crescimento muito mais do tipo cancer do que do tipo saudável.
Agora uma pergunta: considerando que o dólar é a moeda mais universalmente aceita e
responsável por grande parte do ocorrido, e considerando ainda que a taxa de juros dos EUA
continua arti cialmente baixa (governos parecem insistir no erro e ter um fetiche pela criação de
bolhas), o que podemos esperar, tanto lá quanto cá?
RESPONDER
"Tal cenário de bonança pode se repetir? Poder, pode. Caso o próximo presidente dos EUA seja
um belicista que en e o país em novas aventuras militares"
Acho que é inevitável que os EUA e a UE combatam o EI e derrubem o Assad na Síria. Mesmo
porque esse uxo migratório em massa é insustentável pra Europa, fora os terroristas in ltrados.
O Oriente Médio só chegou a esse ponto justamente por causa do babaca do Obama que
abandonou tudo e deixou pra lá. Querendo ou não, eles vão ter que consertar a cagada do
Obama, ainda mais com a vitória dos republicanos e principalmente se for o Bush. A Hillary tá
queimada e a outra opção é um velho comuna sem chance alguma. Os EUA vão ter que ser de
novo o xerife do mundo.
RESPONDER
Concordo plenamente. Diante da Europa vacilante, os EUA têm que assumir sua função
de xerife do mundo. Cabe a nós apoiá-los nesta ingrata e custosa tarefa.
RESPONDER
www.wnd.com/2014/06/o cials-u-s-trained-isis-at-secret-base-in-jordan/
(http://www.wnd.com/2014/06/o cials-u-s-trained-isis-at-secret-base-in-jordan/)
Sabia que o neocon John McCain também tem sua parte nessa bagunça toda?
shoebat.com/2014/08/02/isis-praises-john-mccain-helping-invade-iraq/
(http://shoebat.com/2014/08/02/isis-praises-john-mccain-helping-invade-iraq/)
E não podemos esquecer que a guerra no Iraque iniciada por Bush deu poderes para o ISIS
cometer os massacres e violência que está fazendo hoje.
RESPONDER
Penso que ninguém tem obrigação de intervir nos assuntos de outros países.
Questiono o contrário, se tem esse direito.
Mas vamos partir do pressuposto de que nas regiões da Síria em anarquia uma
intervenção ocidental seja desejada pelas pessoas. Quem "deveria" intervir? Creio
que os principais interessados na resolução da crise de refugiados, que são o Reino
Unido e a Alemanha. Até porque car tudo nas costas do contribuite americano é
muita sacanagem. E os europaus não estão ávidos por "um pouquinho mais de
in ação"?
O caso das forças armadas alemãs merecem uma atenção especial. Ainda vigoram
algumas restricoes desde a segunda guerra (!!), na verdade, desde o pós-primeira
guerra (!!!). Os alemaes agradecem, a relacao gastos militares versus PIB deles é
uma das menores dos países da OTAN.
RESPONDER
Marcos, gostei do seu comentário, muito bom mesmo. Mas você poderia ao menos
dar os devidos créditos a quem merece:
mises.org.br/Article.aspx?id=94#ac151130
Quando eu digo que este país não tem jeito, é exatamente isso o que eu quero
dizer. Alguém ainda duvida?
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 57/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
RESPONDER
Olá, gostaria de dizer que o artigo acabou por não mencionar medidas positivas do governo Lula
como o crescimento econômico gerado por:
Abraços.
RESPONDER
Prova disso é que todas elas continuam existindo até hoje, mas não apenas não geram
crescimento econômico, como, ao contrário, subtraem do crescimento econômico, pois
dependem da transferência de recursos escassos.
Prova disso é que o Bolsa Família continua existindo até hoje, mas, como mostrado nos
links do artigo, a renda real está em queda e o número de miseráveis voltou a subir
(http://oglobo.globo.com/economia/ipea-mostra-que-aumentou-numero-de-
miseraveis-no-pais-em-2013-14471753). Pela sua lógica não era para isso ter
acontecido.
Não há mágica: se o câmbio não ajuda, nenhuma medida de transferência de renda dura.
Esse programa é sem dúvida nenhuma ótimo para as construtoras bene ciadas por ele, as
quais utilizam dinheiro público para lucros privados. Eu mesmo conheço duas pessoas do
setor da construção civil que encheram os bolsos de dinheiro por causa dele.
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 58/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
Porém, como todos os outros programas de redistribuição de renda, seus efeitos só duram
em cenários de baixa in ação. Aliás, para este programa a coisa é ainda pior: ele dura
apenas enquanto o endividamento estiver baixo e as pessoas tiverem emprego e renda.
Isso é piada, né? Não há absolutamente nenhum índice que comprove que tais programas
melhoraram a inteligência e a produtividade da mão-de-obra brasileira. Foi um belo
desperdício de dinheiro público em benefício de universidades privadas, cujos
proprietários certamente adoraram.
Henrique,
Gostaria de dizer que seu comentário acabou por não mencionar medidas negativas do
governo Lula como o crescimento econômico gerado por:
3) quali cação da mão-de-obra proporcionada pelo PROUNI e FIES; dentre outros. - LÊ-
SE: Distribuição de bolsa-donos-de-faculdades, distribuição de "dipromas",
investimentos em cursos que não trazem aumento de produtividade ao país (a maioria,
cursos da áreas de Humanas).
RESPONDER
Henrique, todas as medidas que você citou foram possíveis por causa do que o artigo
fala. It's the economy, stupid
RESPONDER
O governo Bush foi um dos piores presidentes que já existiu para os americanos. Tão ruim que
levou os americanos ao desespero de escolher um Obama com o discurssinho barato de "yes, we
can".
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 59/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
Boa tarde,
Acho interessante a visão macro de que como vários elementos que in uenciaram a situação
econômica que vivemos no passado e que, por falta de conhecimento ou cretinisse mesmo, não
são abordados pelos "especialistas".
Vocês tem me ajudado bastante a entender economia de uma forma que nunca pensei que
entenderia.
A análise do que levou a utuação do dólar é mais importante que a própria utuação.
O entendimento e atuação dos agentes econômicos, pautado em parte no artigo, são mais
importantes que a mera utuação do dólar.
Dolar desvalorizado em uma região leva aplicações para outras partes do mundo, esse uxo de
moeda internacional e onde elas são aplicadas explicam o crescimento, in ação, crises, etc.
Não posso deixar de parabenizar o artigo. Nos põe a pensar... Nem todas as explicações estão
aqui, mas é uma importante análise econômica!
Gostaria de ter mais respostas a dar que perguntas a fazer, mas nesse ponto ainda me faltam
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 60/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
Inicialmente, agradeço ao Leandro por mais esta aula de economia brasileira, mais uma luz no
meio de tanta falácia e escuridão.
Agora, gostaria de contrapor parcialmente alguns comentários aqui mais pessimistas sobre nosso
futuro. Temos algumas grandes vantagens em relação a nossos vizinhos latino-americanos.
Nossa herança caudilhesca não é tão arraigada, fruto de nosso processo político de independência
e da Monarquia, única nas Américas. Recomendo a leitura da biogra a de Pedro II, de José Murilo
de Carvalho, que ilustra bem estas diferenças.
A Argentina tem um poder político extremamente centralizado, e os peronistas construíram uma
máquina de reprodução de poder apenas superada pelo Partido Revolucionário Institucional do
México (que também teve que ceder e se modernizar). Temos fortes núcleos alternativos de
poder, nos Estados e na oposição, além do contra-peso histórico do PMDB que impede vôos mais
ousados das forças de esquerda.
Nosso dinamismo econômico ainda é muito grande, e possuímos uma classe empresarial que
pode, diante de uma alternativa política consistente, aglutinar-se em torno de ideais mais
liberais e de livre mercado. É muito difícil, mas talvez este seja o momento mais propício na
história recente para isto. Além do mais, nossa elite empresarial, que deixou-se seduzir pelo
canto da sereia de Lula e do PT, amarga agora as consequências deste seu imobilismo ideológico:
percebe-se agora o real perigo do projeto de poder lulo-petista.
O povo sempre foi presa fácil dos discursos populistas, mas também pode ser adequadamente
levado a apoiar uma alternativa de centro, com o apoio da grande mídia, para tentar melhorar
sua crítica situação econômica. A população brasileira é ainda, em sua grande maioria,
conservadora.
Resumindo, restam esperanças. Mas vamos pagar um preço muito alto por toda esta
irresponsabilidade, política e econômica, dos governos do PT.
RESPONDER
Estou a falar de Portugal, e por acaso é triste ver o Brasil nesta situação, mas a culpa inicialmente
foi dos Brasileiros em terem votado no PT de Lula em 2002 (quando as votações ainda não eram
adulteradas pelas famosas máquinas electronicas), uma vez no poder os comunistas fazem tudo
o que for necessário para não sairem mais, é só ver a Venezuela.
Felizmente nem toda a América Latina está perdida, Colombia, Peru, Chile (vamos a ver se não
descarila para o Socialismo), e México estão a crescer e tem governos que defendem o
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 61/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
investimento privado.
É só comparar os resultados da aliança do paci co (Chile, Peru, Colombia e Mexico) com os
resultados do Mercosul (Argentina, Paraguai, Brasil, Venezuela)...
RESPONDER
Sim, o México tem a sorte de ter o vizinho do norte, uma in uência muito positiva que
não deixa o Méx descarrilar. ahxr2
RESPONDER
achei excelente o artigo, mas não valeria a pena incluir o boom demográ co no processo?
RESPONDER
cdn.tradingeconomics.com/charts/brazil-population.png?
s=bra+sp.pop.totl&v=201508042139h&lang=all&d1=19150101&d2=20151231
(http://cdn.tradingeconomics.com/charts/brazil-population.png?
s=bra+sp.pop.totl&v=201508042139h&lang=all&d1=19150101&d2=20151231)
A demogra a, aliás, ajuda a explicar a atual "baixa" taxa de desemprego. Com menos
crescimento demográ co, há menos gente entrando no mercado de trabalho e,
consequentemente, há menos gente procurando emprego.
Aquelas taxas de desemprego de dois dígitos no Brasil (13% em 2003) caram pra trás.
Agora, caso o desemprego medido pelo IBGE nas seis regiões metropolitanas do Brasil (ou
seja, o mensurador mais estreito e menos acurado) volte aos dois dígitos, então pode
saber que a situação é realmente calamitosa.
RESPONDER
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 62/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
justamente isso que estou dizendo o dólar não explica tudo sozinho, o bonus
demográ co que tivemos ajuda a explicar uma parte do crescimento e aumento de
salários.
Leandro,
Discutida aqui:
www.mises.org.br/Article.aspx?id=1430&comments=true#ac151886
(http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1430&comments=true#ac151886)
RESPONDER
Mas eu não sei se o efeito da China pode ser localizado assim nos setores de mineração e soja.. o
efeito se espalha não só pelos setores ligados a esses, mas sim a toda economia de forma um
pouco mais importante do que foi colocado.
Um cara desempregado no Brasil, por exemplo, que consegue um emprego devido a demanda de
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 63/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
minério da China, ganhará renda e irá consumir centenas de produtos e impulsionar vários
setores (como a indústria nacional) que nada tem a ver com minério.
RESPONDER
"Um cara desempregado no Brasil, por exemplo, que consegue um emprego devido a
demanda de minério da China, ganhará renda e irá consumir centenas de produtos e
impulsionar vários setores (como a indústria nacional) que nada tem a ver com minério."
De resto, os efeitos do boom do setor de minério e de soja foram abordados pelo artigo,
com cifras e dados. Este seu cenário de "cara desempregado arruma emprego por causa
da demanda de minério na China e com isso movimenta toda a economia brasileira" é,
sinceramente, muito forçado.
Tal cenário até teria algum sentido se "esse cara desempregado" fossem dezenas de
milhões de pessoas. Mas quantas são as pessoas ligadas ao setor de minério? Elas
explicam o PIB ir de 7,5% em 2010 para -3% em 2015?
Não tenho problema nenhum com essa teoria, mas ela tem de ter substância.
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 64/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
Obrigado. Abraços!
RESPONDER
Mas um excelente artigo! Tenho uma dúvida: eu sendo empresário, conhecedor dos ciclos EA,
vendo Q meus pares estão realizando investimentos e colhendo fruto momentaneo, eu sozinho
teria condições de escapar desse crédito barato, não fazer tanto investimento? Resumo, teria
fôlego su ciente para esperar a crise chegar e colher frutos ou morreria na praia face aos colegas
que aproveitaram o falso boom??
Não fale em investimentos em ouro ou outra comiddities, mas na
Minha própria empresa? Tem como fugir disso se a maioria investe é segrega sua clientela, me
considerando um
Médio empresário?
Obrigado
RESPONDER
"eu sendo empresário, conhecedor dos ciclos EA, vendo que meus pares estão realizando
investimentos e colhendo fruto momentâneo, eu sozinho teria condições de escapar desse
crédito barato, não fazer tanto investimento? Resumo, teria fôlego su ciente para esperar
a crise chegar e colher frutos ou morreria na praia face aos colegas que aproveitaram o
falso boom? [...] Tem como fugir disso se a maioria investe é segrega sua clientela, me
considerando um médio empresário?"
E essa é a tragédia dos ciclos econômicos gerados pela expansão do crédito. Eles obrigam
mesmo os empresários prudentes e cônscios a embarcarem no desvario. A nal, se você
não o zer, você simplesmente perderá fatia de mercado para os seus concorrentes. E
como não é possível saber exatamente qual será a duração do boom (pode durar apenas
alguns meses, como também pode durar vários anos), você não pode se dar ao luxo de
car de braços cruzados, vendo seus concorrentes abocanharem seu mercado.
A única coisa que você pode fazer é ir se protegendo ao mesmo tempo em que embarca
na loucura e tenta fazer frente aos seus concorrentes.
RESPONDER
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 65/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
O Hélio Brandão Filho comentou no seu primeiro Podcast, aqui mesmo no IMB,
que aprendeu com a EA a ler os sinais de redução de liquidez na bolsa para sair
antes do estouro da bolha.
Para o empresário, creio que isso se traduza de outra forma, quitar dívidas e frear
expansão das atividades aos sinais de que está chegando a fase de recessão.
Quais são esses sinais? Não faço a menor ideia... Kkkk...
Falando em proteção, como pessoa física, estou com um remorso grande por não
termcomprado ouro quando estava 119,50 reais por grama, em julho. Ontem vi
que está 144. Se eu fosse americano, remaria contra a maré e adquiriria ouro
agora. Mas tendo reais para converter em ouro, questiono-me seriamente se o
momento de migrar para o ouro já passou.
O Fernando Ulrich já tinha dado a dica: devemos ter um pouco de ouro, jm
poquinho de bitcoin e o restante em dólares.
RESPONDER
Pois é Leandro, triste, pq tendo consciência disso, acaba sendo forçado a embarcar
nessa canoa furada.....pena q conheci a EA um pouco tarde, mas vejo no comércio
que vc acaba cando realmente refém dessa armadilha ciclica, pois não se pode
dar o luxo de contar com o tempo....e acaba indo na correnteza...
Na vida aqui, percebo que cortar gastos públicos é a única solução que amenizará
essa recessão.
Em cidade pequena, onde prefeituras são os motores que move o comércio local, o
quadro será sangue, suor e lágrimas...
Próxima rodada de boom depois do burst, espero está mais preparado, embora hj
acho q vc consegue investir, só que tem que investir naquilo que o governo dá a
mão no nal das contas....triste realidade para aqueles que gostariam de viver num
país melhor......sob menos intervencionismo.......
Acho que daqui a pouco vao mandar um PND de grandes proporções....pois tem
muita gente que acha que será a salvação da lavoura.....
Leandro,
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 66/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
Qual seria a explicação para essa revalorização do dólar a partir de 2011? Crescimento americano,
certo? Esse crescimento não está intimamente ligado ao excesso de oferta de Petróleo e queda
nos preços, com Shale gás no EUA e OPEP/RÚSSIA ampliando a oferta? Com esse excesso de
oferta, fruto da desvalorização do dólar em 2003 como mencionado, o maior bene ciado neste
momento é o próprio EUA - maior consumidor - reduzindo custos no EUA.
O primeiro mandato de Obama foi pavoroso. Foi tão ruim quanto o segundo mandato de
Bush. E publicamos vários artigos sobre isso. Em agosto de 2011, o dólar chegou ao seu
menor valor no mercado mundial. Tão ruim era o governo Obama, que até mesmo o real
sob Dilma conseguiu a façanha de se fortalecer perante o dólar.
Não é à toa que, mesmo sendo venerado pela mídia americana e pela mídia mundial, e
mesmo tendo disputado a reeleição com um republicano que não contava com nenhuma
simpatia da sua base, Obama passou aperto para se reeleger, tão ruim estava a economia.
Mas aí aconteceu algo que este Instituto sempre defendeu como solução: o governo
federal americano, a partir de 2013, cou totalmente paralisado. Obama perdeu toda a
sua base de apoio na Câmara e no Senado. O governo federal entrou em gridlock.
Desde então, o que Obama fez? Nada. Absolutamente nada. Ele nunca mais conseguiu
aprovar nenhuma lei. Sua almejada reforma do sistema de saúde paralisou-se por
completo, e nenhuma outra medida intervencionista foi aprovada. O máximo que Obama
hoje consegue fazer é mudar nome de montanha
(http://epocanegocios.globo.com/Informacao/Acao/noticia/2015/08/obama-vai-mudar-
nome-de-montanha-mais-alta-dos-eua.html), conceder entrevistas a talk shows de
comediantes, e dizer se sentir frustrado por não conseguir impor leis mais rigorosas sobre
a venda de armas.
Só.
Em suma: desde que o governo americano cou travado, começando em 2013, a economia
automaticamente começou a melhorar. Sem o governo para atrapalhar, o dólar se
fortaleceu e a bolsa de valores americana (que sempre se dá bem quando o dólar está
forte) se valorizou.
O próprio Fed hoje possui em seu alto escalão pessoas mais sensatas que na época de
Bernanke, como é o caso de Stanley Fischer, vice-presidente do Fed, que abertamente faz
declarações em prol de um dólar forte. O atual secretário do Tesouro, Jack Lew, também
fala abertamente sobre as vantagens de se ter uma moeda forte.
E, como este site nunca se cansa de repetir, moeda forte e governo em retração é o
segredo para qualquer recuperação econômica. A economia americana é apenas mais um
exemplo prático disso.
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 67/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
Sendo assim, posso dizer apenas -- jocosamente, é claro -- que Obama nos leu. Faz 6
anos (desde nossa criação) que insistimos aqui que uma moeda forte é o segredo. Sem
moeda forte não há economia forte. A moeda forte pode não ser tudo, mas sem moeda
forte, tudo vira um nada.
E o que aconteceu com os EUA? Bastou o governo car travado, sem nenhuma chance de
inventar novas intervenções, que o dólar car forte. Consequentemente, a economia
americana se recuperou. Praticamente como mágica.
(Ah, sim: o fato de o mercado de trabalho nos EUA ser bem mais exível, também ajuda
bastante, principalmente nos índices de desemprego.)
Enquanto isso, aqui no Brasil, o real segue sua inexorável viagem rumo ao esgoto.
RESPONDER
Ok, tem muito sentido. Vejo a economia como uma grande modelo caótico - as
vezes uma pequena alteração em alguma variável relevante pode trazer grandes
consequências à frente. Dado que não podemos prever essa caoticidade,
diferentemente de modelos climáticos por exemplo - por conta da
imprevisibilidade da ações humanas, o melhor a fazer é quase sempre não fazer
nada mesmo, desde que os automatismos do capitalismo liberal estejam
funcionando. Ainda assim podemos tentar buscar alguma consequência de uma
dada ação, como aprendizado. Acredito que o preço internacional do petróleo tem
muito a ver com isso também passando de consequência à causa.
RESPONDER
Não é só o dólar não. O real foi pra privada em relação a todas as moedas
do mundo. Veja a evolução da libra esterlina, do franco suíço e do próprio
euro.
mises.org.br/Article.aspx?id=2018 (http://mises.org.br/Article.aspx?
id=2018)
RESPONDER
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 68/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
americana.
Uma coisa é um país como o Brasil dever, com baixa produtividade,
infraestrutura precária e com população com pensamento estatista.
Outra é os EUA: População empreendedora, destino de imigração milhares
de povos, incluindo ricos do mundo todo, país com infraestrutura, mão de
obra quali cada e com relativa liberdade econômica.
Não há o menor risco do dólar entrar em colapso. No momento que o
endividamento se tornar um problema há muito espaço para aumento de
impostos, inclusive impostos sobre renda e patrimônio (Que eu sou contra).
O patrimônio das famílias ricas americanas é estratosférico. Não vejo a
menor possibilidade do dólar entrar em colapso.
RESPONDER
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 69/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
Olá,
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 70/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
Excelente artigo.Desculpe perguntar Leandro, mas é um artigo seu "de punho" ou uma
compilação (ou ainda)uma tradução de texto?De qualquer forma,parabéns pela publicação.Não
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 71/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
Tenho uma pergunta: O que fazer para se ter uma moeda forte perante ao dólar sem depender de
mal momento dos EUA(vide a expansão de crédito lá, guerra do Iraque, etc). Teríamos que ser
mais produtivos e isso já bastaria para se ter um real forte perante ao dólar?
Abraços!
RESPONDER
"O que fazer para se ter uma moeda forte perante ao dólar"?
R. Uma moeda ancorada em uma commoditie como o ouro. Ou então uma criptomoeda.
Junte a isso leis que respeitem o direito de propriedade, liberalização das idas e vindas de
capitais, liberalização das idas e vindas de mão-de-obra, leis ordeiras (não esse
emaranhado espaguete de leis que não servem pra nada e o povo já nem pensa se está ou
não cumprindo) e uma exibilização geral do trabalho.
"Teríamos que ser mais produtivos e isso já bastaria para se ter um real forte perante ao
dólar?"
R. Com tudo isso que citei acima, a produtividade vem naturalmente com o acumulo de
capital e o desenvolvimento da criatividade humana que tal arranjo proporciona.
Abraços
RESPONDER
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 72/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
Obrigado Hugo
RESPONDER
Lamentável: o brasil só consegue ir para a frente graças à desgraça dos outros. O brasil é
ridículo.
RESPONDER
Pp 21/09/2015 21:11
Pode isso?
Havia duas bolhas, uma imobiliária e uma no mercado de ações. Ambas geraram o efeito
da "riqueza ilusória": as pessoas acreditavam que eram mais ricas do que realmente
eram. Tanto é que, tão logo as duas bolhas estouraram, as pessoas imediatamente
descobriram a real situação em que estavam.
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 73/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
Havia pujança, isso sim, nos períodos Reagan e Clinton, quando a moeda era forte e o
padrão de vida das pessoas realmente se elevou. Na era Bush, não houve melhoria
nenhuma. Houve apenas destruição. As pessoas apenas achavam que estavam ricas por
causa de valores ctícios dos imóveis e das ações (bolha essa gerada pela moeda fraca).
Tão logo ambas as bolhas estouraram, lá se foi a "pujança".
RESPONDER
Leandro, sei que política não é sua especialidade, mas o que você acha dessa
guinada à esquerda do Partido Democrata? Seria isso um risco à economia
americana?
RESPONDER
Isso é uma verdade mesmo. A New Left americana é mais radical do que a
esquerda moderada histórica dos EUA. O esquerdismo lá vem crescendo,
assim como a implantação da agenda progressista. A eleição e reeleição do
Bobama é o paroxismo dessa tragédia. Só que lá existe um movimento
conservador muito forte e ativo (não estou falando do idiota do trump), e a
luta será renhida.
RESPONDER
Olha, acredito que o impeachment seria uma solução instantânea para pelo menos acabar com
esse governo desastroso que, por sinal, nada tem feito para melhorar a economia, e já não tem
mais con ança nem dos investidores estrangeiros e nem dos eleitores. Agora sem o Presidente da
Câmara, do Senado e o vice como possíveis substitutos, não sei no que poderia dar.
Agora, Leandro, como você explicaria a política monetária dos Estados Unidos? O que o faz ter
um IPCA in nitamente menor que o brasileiro? O funcionamento do FED é equivalente aos
bancos brasileiros em questão de expansão monetária?
a única chance é a cassação do mandato por constatação de crime eleitoral pelo TSE, a
partir dessas delações todas.
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 74/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
A economia é mais aberta, a moeda mais forte (pois ela é mundialmente demandada) e
as expectativas in acionárias -- explicadas no artigo -- são mais ancoradas.
Uma dúvida, já que o mesmo foi citado: qual seria a análise da postura, até aqui, de Joaquim
Levy como Ministro da Fazenda?
RESPONDER
Postura? De quatro...
RESPONDER
Lula fez um bom governo, principalmente nas políticas sociais, só que o tempo de bonança
passou e não fez as reformas estruturais, na previdência e funcionalismo. Aliás nenhum
presidente o faria, porque é mexer num ninho de vespeiro. Fora os investimentos em
infraestrutura com os PACs.
RESPONDER
RESPONDER
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 75/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
"Para controlar a in ação, o governo não poderia aumentar o depósito compulsório em vez d
Poder, poderia. Mas o efeito seria inócuo, dado que a atual carestia não advém majoritariam
setor privado, mas sim da desvalorização cambial e dos dé cits do governo, que são in acion
"Além disso, aprovar alguma medida que zesse com que os juros sobre o depósito compuls
atual. Ao meu ver, isso limitaria o crédito e consequentemente a in ação sem aumentar os g
Creio que você quis dizer "juros sobre o depósito compulsório fossem maior que o atual". De
Aliás, há bons argumentos que mostram que o compulsório é um instrumento que, na prátic
inócuo. Tanto é que as principais economias do mundo ou já o aboliram ou o reduziram a va
na Nova Zelândia, no Canadá, no Reino Unido e na Suécia, ele foi abolido. Na zona do euro, e
de 2,50%. Veja a lista aqui (http://en.wikipedia.org/wiki/Reserve_requirement#Other_coun
Explicar por que o compulsório tornou-se inócuo exigiria um artigo à parte, mas é su ciente
anulados pela própria existência dos Bancos Centrais. A partir do momento em que existe um
uma taxa de juros e estando disposto a oferecer aos bancos a quantia necessária de reservas
subam, a quantidade de reservas compulsórias perde a importância. A nal, a função do com
restringir os bancos. Porém, tal restrição levaria ou a um aumento dos juros ou a um congela
nenhum BC quer isso. Na prática, portanto, os próprios BCs anulavam a efetividade do comp
1) O melhor caminho pro Brasil a longo prazo é diminuir a dependência do dólar ou dolarizar a
economia? (Ou nenhuma das opções)
2) Se a China ou qualquer outro país que mais rico que o EUA, o mundo trocará de moeda
principal? Em outras palavras, enquanto existirem países, quem dita a economia global é o país
mais rico?
RESPONDER
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 76/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
2. Não é tão simples assim. Não há uma relação que obrigue o maior PIB a ser moeda
mundial automaticamente. Há diversos fatores que contam para isso, alguns
objetivamente mensuráveis, outros não. A tradição do país no comércio, a
responsabilidade do seu banco central, o grau de con ança das suas instituições, o poder
militar, entre outros. A China pode se tornar o PIB número 1 eventualmente, mas carece
de muitas qualidades que os EUA possuem.
RESPONDER
Ato contínuo, tão logo o dólar começou a se desvalorizar, o Banco Central Europeu
também começou a desvalorizar o euro -- com menos intensidade, mas ainda assim
desvalorizou.
O Banco Central brasileiro, à época gerenciado por Meirelles, simplesmente teve o bom
senso de desvalorizar menos o real, medida essa muito elogiada por mim neste artigo
(http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2055).
RESPONDER
Agora vai explicar isso para quem não entende de economia... ao moleque que usa celular e deve
isso ao Lula, à senhora que mora com mais 1200 famílias em um condomínio do MCMV, ao
tiozinho que nunca teve um carro na vida (nem CNH) e nanciou "em suaves prestações" a
perder de vista, à menina que usa perfumes "importados", ao pobre usuário do site Aliexpress
que aproveitou o dolar "barato".
A maioria das pessoas só analisam o hoje, o momento atual. Não conseguem entender que o
presente é consequencia de ações do passado (planejadas ou desastrosas). Constantemente,
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 77/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
vemos pessoas criticando o governo atual, mas enchendo de elogios o anterior, como se fosse
"salvador da pátria". Mas esse analfabetos não conseguem entender que o governo anterior só
conseguiu essa "fama", devido a diversos fatores, internacionais e nacionais, dos quais ele não
teve sequer uma participação efetiva no sentido de colaborar. Muito pelo contrário
(http://www.jornali9.com/noticias/politica/lula-contra-o-plano-real-em-94-esse-plano-e-
um-estelionato-eleitoral). E para "ajudar", ainda falou aos quatro cantos
(http://https://www.youtube.com/watch?v=ymtxOyD-TQU).
Assim como o Barba surfou numa estabilidade monetária planejada por governos anteriores, a
partir de 93/94, a "chefa" herdou um país endividado, viciado no populismo, gastando dinheiro
com festas (Copa e Olimpíadas), com mordomias difíceis de serem suprimidas. E agora resta
saber como ela deixará o país ao seu sucessor.....
RESPONDER
Lendo esse excelente artigo do Leandro eu lembrei de um artigo que havia lido por esses dias e que
sentido:
"Muito se tem discutido nos últimos anos se existe ou não uma Bolha Imobiliária no Brasil. Você po
aqui no blog (Bolha Imobiliária no Brasil?, Ainda a Bolha Imobiliária no Brasil, a Bolha Imobiliária e a
preços/aluguel dos imóveis) que, apesar da elevação bastante signi cativa dos preços dos imóveis no
não poderíamos falar de uma bolha no sentido clássico, em que os preços sobem sem base em nenh
"estouro" da bolha é disruptivo para toda a atividade econômica. Agora que os preços dos imóveis c
estabilizar ou cair, a questão que se coloca é se a tal "bolha imobiliária" está nalmente estourando
imóveis simplesmente continuam seguindo os fundamentos da economia. Em outras palavras: será q
bolha imobiliária está causando a recessão brasileira, ou é a recessão que está causando a queda dos
Se for o primeiro caso, estaria con rmada a existência da "bolha imobiliária". Se for o segundo, nun
imobiliária."
...
RESPONDER
Gigante Leandro, mais um obrigado pelo elucidador artigo! Já repassei a teoria aos meus
consortes.
Desde o ano de 2010 eu enxerguei algo muito errado nesse crescimento forçado da economia,
justamente após o estouro de 2008. Foi justamente nesse ano que conheci o IMB, as ideias
libertárias e tudo o que a Escola Austríaca embasa sobre economia, direito etc.
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 78/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
"...A nal, se você não o zer, você simplesmente perderá fatia de mercado para os seus
concorrentes".
Mas nessa época eu z uma conta de padaria: se o endividamento tem um ciclo de no mínimo 36
a 60 meses, e todo esse crescimento está sendo promovido a força através de dinheiro Estatal
(na época nem sonhava com reservas fracionárias), uma hora isso vai para o espaço.
Me amedrontava também uma questão externa: a Grécia. Com toda aquela bagunça de GRexit na
época, eu coloquei isso na conta também e segurei o impulso.
No nal das contas, somente investi parte do meu lucro. Endividamento ZERO. Cresci beeeem
menos que meus concorrente aos longo desses cinco anos, porém em 2015 metade deles já
quebraram, e a outra metade está quebrando.
A demanda pelos meus produtos aumentou. A concorrência praticamente acabou. Aqueles que
por ventura queriam entrar para concorrer nos mercados em que atuam já não tem mais dinheiro
para isso, e aqueles que têm preferem não arriscar pois não sabem até onde vai essa crise.
Mesmo que a demanda no geral tenha diminuído, para quem é sólido e desalavancado como eu,
o que vier é lucro. Agora sim chegou o momento de investir, para mim claro, pois os preços de
maquinário desabaram. Mesmo que essa crise só acabe em 10 anos, o que eu compro, compro
com o fruto de poupança, portanto mais hora menos hora o valor se agrega.
RESPONDER
Caríssimo Henrique, muitos parabéns pela sua sobriedade e correta leitura do momento.
Essa, aliás, é a nossa humilde função aqui: mostrar às pessoas como o mercado funciona,
para que elas possam evitar sobressaltos futuros.
Esse seu depoimento foi extremamente motivador para nós. Se mais pessoas tivessem
essa sua mesma percepção, o sofrimento delas seria hoje bem menor.
Grande abraço!
RESPONDER
Henrique, acho que a chave é realmente o endividamento ZERO sob uma ilusão de falsa
demanda futura, somada a parcimônia nos investimentos. Só acho que você terá que ter
folego para isso, vai depender do mercado onde atua, e outras conjecturas.
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 79/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
Aqui sobrevivemos, mas acho que no ramo que tiver poucos concorrentes e o bomm
demore muito até a chegada do burst numa cidade pequena onde o comércio é aquecido
por prefeituras ae o bicho vai pegar.
Sou a favor integralmente da EA, acho q é o caminho da saída da servidão, mas enquanto
isso não chega, temos que nos alimentar enquanto isso.
Sou a favor do CB ou cesta de moedas ou livre conversabilidade, qq coisa que tire das
maos do governo a politica monetária discricionária que nunca deu certo porque poder
sem controle externo gera os piores resultados.
Não sou Anarco, sou minarquista de carteirinha.
Boa sorte na empreitada!
abs
RESPONDER
Esse câmbio utuante não está funcionando direito. Isso está gerando crises e instabilidade.
Concordo com a mudança proposta na política cambial. Dolarização já ! Essa guerra cambial é
nefasta. Os bancos centrais viraram malandros desvalorizadores de moeda. Não há FairPlay na
economia global. São malandros dando um jeito para se proteger, causando bloqueios e
travamentos na economia global.
RESPONDER
Excelente artigo, Leandro. É uma boa aula aos que congratulam o estado pelos "sucessos" da
última década.
RESPONDER
Esclareco que doravante estou assinando PedroF porque ha um outro Pedro e isso pode causar
confusao. Mas quero colocar um grano salis na discussao. Com a forte valorizacao do real em
relacao ao dolar, ocorrida de 2003 a 2012, o Brasil, prestigiosamente, ascendeu da oitava para a
sexta posicao no ranking dos PIB. Chegou a parecer que ia para a quinta posicao. Agora corre o
risco de ir para a decima posicao. Nao resta duvida que eh um efeito que, embora colataral,
causara um grande desprestigio internacional ao Pais.
RESPONDER
Leandro,
O que é melhor para os nossos grandes bancos: in ação de preços sob controle ou fora de
controle?
Abraço!
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 80/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
RESPONDER
Nunca entendi essa teoria de que hiperin ação seria bom para os bancos.
Imagine que você é um banqueiro. Você sabe que, em uma hiperin ação, os empréstimos
que você conceder serão quitados com um dinheiro sem nenhum poder de compra, e isso
destruiria o real valor de seus ativos e, consequentemente, seu patrimônio líquido.
Sendo assim, você tem de "chutar" um valor exorbitante para os juros cobrados em seus
empréstimos e torcer para que tal valor compense a hiperin ação do período.
Desnecessário dizer que, neste cenário, você só pode fazer empréstimos de curto prazo,
pois é impossível prever a in ação de longo prazo.
Pergunto: por que tal cenário seria melhor que um cenário de total estabilidade
econômica, muito mais previsível?
Os lucros dos bancos brasileiros são hoje muito maiores do que na época da hiperin ação.
Tanto é que, tão logo a economia se estabilizou, vários bancos foram à bancarrota, pois a
"riqueza" deles era falsa, totalmente mascarada pela hiperin ação.
RESPONDER
Fantástico artigo Leandro. Uma verdadeira aula, tornou muito mais claro o entendimento sobre
as conjunturas econômicas recentes do país. Muito obrigado.
RESPONDER
E a surpresa do dia
www.brasil247.com/pt/colunistas/leandroroque/197877/O-que-realmente-permitiu-o-grande-
crescimento-econ%C3%B4mico-brasileiro-da-%C3%BAltima-d%C3%A9cada.htm
RESPONDER
E esse impacto do dólar é muito maior do que muitos imaginam. Os preços dos remédios (85%
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 81/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
e o fato das importações em relação ao nosso PIB serem tão baixas quanto as exportações,
respectivamente, 14,3% e 11,5% (dados de 2014:
www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/pib/pib-vol-val_201502_8.shtm).
"De cada 10% de alta da moeda norte-americana, a in uência na in ação iria de 0,3
ponto porcentual no curto prazo a 0,8 ponto no longo prazo."
www.gazetadopovo.com.br/economia/alta-recente-do-dolar-tera-impacto-no-ipca-
ca19dqrja8028ltnqi46fuslq (http://www.gazetadopovo.com.br/economia/alta-recente-
do-dolar-tera-impacto-no-ipca-ca19dqrja8028ltnqi46fuslq)
www.dci.com.br/economia/repasse-cambial-deve-acelerar-precos-nos-proximos-
meses-id267023.html (http://www.dci.com.br/economia/repasse-cambial-deve-
acelerar-precos-nos-proximos-meses-id267023.html)
www1.folha.uol.com.br/mercado/2014/12/1561615-dolar-em-alta-vai-trazer-mais-
di culdade-para-bc-domar-a-in acao.shtml
(http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2014/12/1561615-dolar-em-alta-vai-trazer-
mais-di culdade-para-bc-domar-a-in acao.shtml)
É exatamente por isso que o artigo é cuidadoso em ressaltar que, mesmo com toda a
valorização cambial (o dólar foi de R$ 3,90 para R$ 1,60), isso não se traduziu em queda
de preços, mas sim em aumentos menores.
Caso a economia fosse mais aberta, tamanha valorização cambial geraria a bênção de
termos preços realmente em queda.
RESPONDER
Leandro,
E todos aqueles QE's? Se nao desvalorizaram o dólar por estarem depositados junto ao FED, ao
menos não realimentaram novas e gigantescas bolhas nos EUA?
É possível dar crédito à teoria de que o dólar irá colapsar? Qual, a nal, a consequência de
medidas como os QE's e a política de juros zero para a economia americana e o dólar?
RESPONDER
"E todos aqueles QE's? Se nao desvalorizaram o dólar por estarem depositados junto ao
FED, ao menos não realimentaram novas e gigantescas bolhas nos EUA?"
O grá co da expansão do crédito nos EUA não mostra crescimentos exponenciais. Pode
até estar havendo bolhas localizadas, mas não há nada que possa estar afetando toda a
economia.
"Qual, a nal, a consequência de medidas como os QE's e a política de juros zero para a
economia americana e o dólar?"
Como dito acima, a partir do momento em que o Fed surpreendeu a todos a adotou uma
política totalmente inédita de pagar juros sobre todo e qualquer depósito feito
voluntariamente pelos bancos, a política monetária chegou a um novo patamar.
Adquiri o The Real Crash, do Peter Schi , só vai dar para ler mes que vem.
Não há perigo do dólar derreter?
RESPONDER
Só quei com uma dúvida e não sei se poderiam me explicar, o porquê da commodity da soja
estar aumentando seu preço, mesmo com o dólar subindo cada vez mais, sendo essa, também,
preci cada em dólar?
Agradeço.
RESPONDER
www.nasdaq.com/markets/soybean.aspx?timeframe=3y
www.indexmundi.com/commodities/?commodity=soybeans&months=60
RESPONDER
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 83/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
Sim sim. O preço do buschel está caindo na CBOT, que faz referencia para o preço
nacional. Porém o preço no mercado interno está subindo. Alguma referência? Me
expressei mal.
Obrigado!
RESPONDER
Agora, quanto está custando a soja em uma cidade qualquer dos EUA, isso
aí vai depender de inúmeros fatores, como demanda local, concorrência,
regulamentações ambientais (o que encarece os custos de produção) etc.
RESPONDER
Pô, aí não, né? É claro que, em reais, a soja está encarecendo. Isso é
básico.
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 84/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
Baita texto.
Obrigado!
RESPONDER
Excepcional artigo.
Rico. Pomposo. Coeso.
Um nácar!
Leandro, no modelo de currency board, ele seria de nitivo ou temporário, se temporário qual
deveria ser o tempo? Seria o primeiro passo se acaso opte pela dolarização?
RESPONDER
De jeito nenhum. Currency Board tem de ser de nitivo desde a sua criação. Se você cria
um Currency Board dizendo que ele é temporário, todo mundo sabe que, quando ele for
abolido, a moeda nacional imediatamente se desvalorizará. Sendo assim, hoje mesmo sua
moeda já não terá aceitação nenhuma. Por que teria?
Criar um CB dizendo que ele será temporário é fazer um aborto antes do trabalho de
parto.
Outra coisa que você pode fazer é liberar moedas estrangeiras para circular paralelamente
à moeda nacional. Aí não tem problema nenhum.
RESPONDER
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 85/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
Ou você pode fazer como a Argentina, arrebentar o Currency Board do seu país e
levar uma economia saudável para a lama.
Mas já que estamos falando de Currency Board, uma dúvida. Pelo que eu entendi,
você adota um câmbio xo entre a moeda nacional e uma âncora. Logo, o
desempenho da sua economia no mercado internacional dependeria do valor desta
âncora, imaginemos que o Brasil tivesse adotado um corrency board atrelado ao
dólar. Durante o período em que o dólar se desvalorizou, a economia brasileira
também passaria por di culdades naquele momento?
Se sim, qual seria a melhor forma de evitar isso? Adotar o padrão ouro como
âncora?
RESPONDER
Um Currency Board atrelado ao dólar que depois muda a âncora para o ouro seria
tomado como incon ável pelos investidores?
RESPONDER
Ricardo
"Se sim, qual seria a melhor forma de evitar isso? Adotar o padrão ouro
como âncora?"
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 86/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
das moedas mais fortes), preserva seu valor no longo prazo. Em minha
opinião, é o arranjo mais e ciente para um currency board.
Enrico
"Um Currency Board atrelado ao dólar que depois muda a âncora para o
ouro seria tomado como incon ável pelos investidores?"
Teria que haver uma lei já prevendo que, depois de tal data, a âncora seria
alterada. Mas não vejo o porquê disso. O ideal é que seja feita uma lei com
um comportamento inalterável para o board. Com um currency board misto
você já pode ter, na prática, as duas moedas em circulação e em total
harmonia desde o curto prazo.
RESPONDER
Leandro,
Leandro,
Primeiro gostaria de parabenizá-lo pelo belíssimo, preciso e claro artigo. Não seu sua
disponibilidade, mas seria de muita valia disponibilizar o conteúdo deste artigo em um vídeo. A
verdade é que muita gente tem preguiça de ler um artigo deste tamanho e um vídeo é muito
mais fácil de conseguir penetração junto ao grande público que, creio eu, tenha sido sua intenção
ao escrevê-lo. Então se puder fazê-lo ou deixar alguém fazer, referenciando você claro, seria de
grande valia pra verdadeira divulgação de sua análise e modo de pensar. Pensemos mais nessa
plataforma. Vídeos são a tendência da internet se queremos alcance para a nossa mensagem.
Valeu!
RESPONDER
Já ouviu a expressão "a salvação da lavoura está na própria lavoura", signi ca que se uma safra
foi frustrada, a solução é trabalhar para que a próxima tenha sucesso. O mesmo acontece com o
Brasi. O modelo econômico adotado pelos governos PTistas estava baseado no consumo das
famílias fomentado pela abundante oferta de crédito, este modelo chegou ao seu limite, sendo
necessário para mantê-lo , melhorar a distribuição de renda , incluir na demanda as classes mais
reprimidas, fomentar o mercado interno e investir em melhorias da infraestrutura para um
próximo estágio de desenvolvimento.
É contraditório aumentar taxas de juros e impostos , estas medidas aprofundam a recessão, por
um lado aumentam os gastos do governo para pagamento de juros ao sistema nanceiro e por
outro reduzem a arrecadação devido a diminuição da atividade econômica.
Por certo que o dólar tem peso no equilíbrio macroeconômico, mas o mercado interno brasileiro é
muito forte, é só direcionar e gastar melhor, agregar valor à produção primária, industrializar
aqui.
O que não pode: é pregar ou se deixar levar pelo terrorismo da crise, que gera um círculo vicioso
que realimenta e aprofunda ainda mais a tal crise, fazendo cidadãos adiarem desejos de
consumo, por medo da tal crise, reduzindo as vendas do comércio e indústria, obrigando os
gestores desta empresas a reduzir custos e postos de trabalho, que então , sem renda , deixam de
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 88/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
Seja correto: independente de partido, evite a crise, incentive o consumo e a circulação da moeda,
o efeito multiplicador desta ação é a salvação da "lavoura".
Boa sore , sucesso!
RESPONDER
Incentivar o consumo? Me explica como eu posso fazer isso. Com uma in ação bem mais
alta que meu salário, preciso reduzir o consumo. É questão de matemática. Não sou o
governo, que pode simplesmente continuar gastando o mesmo que gastava antes da crise
e passando a conta para a população pagar.
RESPONDER
Isso apenas me lembra, no início do ano quando a crise estava despontando a presidente
vinha a público e dizia para as pessoas continuarem consumido.
Imagine só. O pobre coitado ignorante que seguiu os conselhos da presidente e das
pessoas que ele "admira" agora está endividado até a alma no cheque especial e cartão
de crédito.
É uma pena.
Quantas pessoas não estariam em situação nanceira melhor se tivessem diminuído seu
consumo, e pasmem, poupado!
Quanto sofrimento poderia ser evitado se os lideres tivessem apenas UM POUCO de
preocupação com a saúde nanceira das pessoas que votam neles.
RESPONDER
Leandro você mudou de ideia de 3 anos atrás com relação a medida menos custosa para o Brasil:
CB ou dolarização? Vão aí as passagens, numa no seu artigo de 2012 noutra respondendo um
leitor em 2015:
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 89/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
sido algo mais e caz, muito pouco custoso e, principalmente, mais propício à liberdade do
fatigado e espoliado povo brasileiro.''
Já a dolarização exigiria uma logística muito mais complexa e custosa. Como não há dólares
circulando entre a população para possibilitar isso, teria de haver uma operação conjunta com o
Fed para fazer remessas de cédulas de dólares para cá. ''
RESPONDER
Sim e não.
No dia em que o real foi criado, a quantidade de cédulas e moedas metálicas existentes
era de apenas R$ 3,63 bilhões.
Hoje, é de R$ 195,6 bilhões. (Veja na série temporal de número 1780 no site BACEN).
Ou seja, na época, tal logística seria relativamente fácil. Hoje, sem chance.
RESPONDER
Depois que o 'levyano' ministro da Fazenda, Joaquim Levy, proclamou com a maior seriedade,
que "aumento de imposto deve ser encarado como um investimento", eu joguei a toalha.
Leandro,
Att
Marcelo Boz
RESPONDER
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 90/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
Leandro,
Desnecessário dizer que mais uma vez você acertou e muito!! Parabéns sou seu fa sem nenhuma
demagogia ou hipocrizia. Vemos muita bobagem na mídia sobre o que deveria ser feito ou os
erros que foram cometidos, inclusive as vezes vejo alguns artigos nos jornais e vejo o Del m Neto
falando cada bobagem que me irrita. Ao seu ver, de medidas realizáveis, o que deveria ser feito
mais urgentemente? e no médio prazo em dois ou três se mantendo essa bagunca, como estará o
Brasil economicamente falando?
Abraco
PS. Desculpa a falta de acentuacao estou fora e o teclado nao está con gurado para portugues
RESPONDER
Como dito, basear-se em 2003 já seria um grande avanço. Mas não há clima político para
repetir aquelas medidas.
Se as pessoas já se estressam com uma SELIC a 14,25%, imagina com uma de 26,50%?
Criar um Currency Board para estancar a desvalorização da moeda também é crucial. Mas,
também, não há clima político para isso.
Liberar geral para os investidores estrangeiros virem para cá com seu tão necessitado
capital também é crucial, mas o governo não fará isso para não desagradar suas bases.
Leandro, vc citou que a partir de 2012 o dólar começou a ter uma valorização, o que pôs por água
abaixo o boom sem a in ação e carestia consequentes. No entanto, a dívida americana cresceu
no mesmo período, já foram feitos 3 QEs e há o crash chinês hj em andamento. Portanto,o que
especi camente levou a essa valorização? Eu penso que a exploração de xisto, levando o preço do
barril pra baixo pressionou um pouco dessa valorização, mas não creio que isso seja su ciente.
Tbm coloco como segundo fator as baixas taxas de juros na Europa e no Japão somado a
fragilidade econômica desses países, tornando o parco crescimento puxado pelo xisto e, em
menor escala, pelas startups americanas como um fator atrativo para o capital desses países
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 91/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
migrarem para os EUAs. Mas não sei se isso ainda é o su ciente ou o real motivo. O que vc vê
como real motivo de valorização? Algumas dessas hipótesés tem embasamento?
RESPONDER
O primeiro mandato de Obama foi pavoroso. Foi tão ruim quanto o segundo mandato de
Bush. E publicamos vários artigos sobre isso. Em agosto de 2011, o dólar chegou ao seu
menor valor no mercado mundial. Tão ruim era o governo Obama, que até mesmo o real
sob Dilma conseguiu a façanha de se fortalecer perante o dólar.
Não é à toa que, mesmo sendo venerado pela mídia americana e pela mídia mundial, e
mesmo tendo disputado a reeleição com um republicano que não contava com nenhuma
simpatia da sua base, Obama passou aperto para se reeleger, tão ruim estava a economia.
Mas aí aconteceu algo que este Instituto sempre defendeu como solução: o governo
federal americano, a partir de 2013, cou totalmente paralisado. Obama perdeu toda a
sua base de apoio na Câmara e no Senado. O governo federal entrou em gridlock.
Desde então, o que Obama fez? Nada. Absolutamente nada. Ele nunca mais conseguiu
aprovar nenhuma lei. Sua almejada reforma do sistema de saúde paralisou-se por
completo, e nenhuma outra medida intervencionista foi aprovada. O máximo que Obama
hoje consegue fazer é mudar nome de montanha, conceder entrevistas a talk shows de
comediantes, e dizer se sentir frustrado por não conseguir impor leis mais rigorosas sobre
a venda de armas.
Só.
Em suma: desde que o governo americano cou travado, começando em 2013, a economia
automaticamente começou a melhorar. Sem o governo para atrapalhar, o dólar se
fortaleceu e a bolsa de valores americana (que sempre se dá bem quando o dólar está
forte) se valorizou.
O próprio Fed hoje possui em seu alto escalão pessoas mais sensatas que na época de
Bernanke, como é o caso de Stanley Fischer, vice-presidente do Fed, que abertamente faz
declarações em prol de um dólar forte. O atual secretário do Tesouro, Jack Lew, também
fala abertamente sobre as vantagens de se ter uma moeda forte.
E, como este site nunca se cansa de repetir, moeda forte e governo em retração é o
segredo para qualquer recuperação econômica. A economia americana é apenas mais um
exemplo prático disso.
Sendo assim, posso dizer apenas -- jocosamente, é claro -- que Obama nos leu. Faz 6
anos (desde nossa criação) que insistimos aqui que uma moeda forte é o segredo. Sem
moeda forte não há economia forte. A moeda forte pode não ser tudo, mas sem moeda
forte, tudo vira um nada.
E o que aconteceu com os EUA? Bastou o governo car travado, sem nenhuma chance de
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 92/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
(Ah, sim: o fato de o mercado de trabalho nos EUA ser bem mais exível, também ajuda
bastante, principalmente nos índices de desemprego.)
Enquanto isso, aqui no Brasil, o real segue sua inexorável viagem rumo ao esgoto.
RESPONDER
Leandro,
Parabéns pelo artigo, por ser MUITO esclarecedor. Combinar história e fatos econômicos sempre
foi uma forma de esclarecer o que se passou (mesmo porque eu acreditava que a demanda de
commodities pela China era o que realmente tinha impulsionado o boom no Brasil, mas na
realidade foi o dólar mais fraco, que fez boa parte do negócio uir)...
> desde que o governo americano cou travado, começando em 2013, a economia
automaticamente começou a melhorar. Sem o governo para atrapalhar, o dólar se fortaleceu e a
bolsa de valores americana (que sempre se dá bem quando o dólar está forte) se valorizou.
Bem, estamos quase lá, em termos de (des)governo Dillma. Temos chance de algo do gênero
acontecer desta forma, por aqui (Brasil) ?
> como este site nunca se cansa de repetir, moeda forte e governo em retração é o segredo para
qualquer recuperação econômica.
Tendo sido explicado que se um governo (americano, por exemplo) se meter em outra guerra, o
dólar poderia desvalorizar novamente, em relação à outras moedas. Considerando a crise dos
refugiados que ocorre na Europa é um fato anormal e poderia 'embutir' jihadistas no meio de
tanta gente, seria forçar muito a imaginação para que algum con ito poderia estar se formando
na Europa, em futuro próximo ?
Outra pergunta, talvez provocante demais: Há alguém do Banco Central, BNDES e/ou alguma
intituição nanceira pública e/ou privada que lê (e, compreende) estes artigos ?
Abs
RESPONDER
"Temos chance de algo do gênero acontecer desta forma, por aqui (Brasil) ?"
Não. Aqui o governo travou no "modo ruim" (não consegue aprovar um corte de gastos),
o que está fazendo a dívida explodir.
"Considerando a crise dos refugiados que ocorre na Europa é um fato anormal e poderia
'embutir' jihadistas no meio de tanta gente, seria forçar muito a imaginação para que
algum con ito poderia estar se formando na Europa, em futuro próximo ?"
Não faço a mais mínima ideia. Geopolítica não é minha área, e eu só palpito sobre aquilo
que entendo.
"Há alguém do Banco Central, BNDES e/ou alguma intituição nanceira pública e/ou
privada que lê (e, compreende) estes artigos ?"
Nem ideia. Se algum "in ltrado" souber de algo, tenha a bondade de relatar. Pode ser
anonimamente.
Grande abraço!
RESPONDER
Espero que esse cenário atual mude me assusta pensar no desemprego e tudo que está ocorrendo
no mercado interno, tomará que consigamos dar a voltar por cima pois não está fácil essa
situação atual.
RESPONDER
Marta,
www.dcomercio.com.br/categoria/opiniao/a_crenca_dos_keynesianos
RESPONDER
Leandro,
Primeiro de tudo parabéns pelo artigo. Talvez um dos melhores, pois trata resumidamente do
trajeto econômico do país pós 2002, e ainda trás algo novo, que é essa relação das invasões
militares com a valorização do Real.
O Tombine a rmou que poderá usar as reservas para controlar a moeda !!!
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 94/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
-Quais os impactos disso? Será que isso não pode ser um tiro no pé, uma vez que o mercado
internacional vendo que o país está disposto a se desfazer de suas reservas para controlar a
moeda, isso pode mostrar que a situação está muito ruim, gerando mais descon ança?
-E se caso isso aconteça de fato, se as reservas baixarem, até que ponto poderia cair para não
car a baixo da base monetária?
-Isso poderia acarretar uma situação de instabilidade semelhante ao que ocorreu no início do
Real pós 99, com ataques especulativos e as reservas se esvaindo ??
Abraços e obrigado !
RESPONDER
"Quais os impactos disso? Será que isso não pode ser um tiro no pé, uma vez que o
mercado internacional vendo que o país está disposto a se desfazer de suas reservas para
controlar a moeda, isso pode mostrar que a situação está muito ruim, gerando mais
descon ança?"
Nenhum Banco Central consegue manter essas duas políticas ao mesmo tempo: ou ele faz
política monetária e esquece o câmbio ou ele faz política cambial e abre mão da
monetária.
Para este segundo arranjo, não se tem mais um Banco Central, mas sim um Currency
Board.
"E se caso isso aconteça de fato, se as reservas baixarem, até que ponto poderia cair para
não car a baixo da base monetária?"
Nesse quesito ainda há muito espaço. As reservas são de US$ 370 bilhões, e a base
monetária restrita é de R$ 230 bilhões.
"Isso poderia acarretar uma situação de instabilidade semelhante ao que ocorreu no início
do Real pós 99, com ataques especulativos e as reservas se esvaindo?"
Poder, pode. Mas ainda tá longe disso. Literalmente, há muita reserva para se queimar até
se chegar a esse ponto.
No entanto, é imbecilidade optar por um arranjo inerente instável. Muito melhor seria ir
direto para um Currency Board.
RESPONDER
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 95/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
Leandro,
Assim, uma hora ela vai explodir o dique e descer com toda força...
RESPONDER
Parabéns por mais um belíssimo artigo! Admirável sua capacidade de transformar um assunto tão
complexo em algo tão fácil de entender. Vou perguntar algo que não sei se tem resposta hoje: O
que fazer para blindar nosso patrimônio hoje? Tesouro direto? Ações? imóveis?
RESPONDER
RR 27/09/2015 15:02
O Brasil é um país tão grande, tão rico em recursos, que ele é capaz de crescer sozinho, pois o
que não falta aqui é demanda. Esse país era para estar gerando emprego a toda hora. Apesar de
sermos dependentes do capital estrangeiro - que leva dinheiro, mas traz toda uma infraestrutura
- para fomentar a economia, medidas para fortalecer o mercado interno deveriam ser tomadas,
mas não são. Agora eu pergunto, porque? A começar pela redução de impostos. Isso é uma das
coisas que eu também não compreendo! Seria para sustentar a verdadeira "elite brasileira"?
RESPONDER
Leandro,
economia.estadao.com.br/noticias/geral,a-gente-pode-ir-rapido-para-in acao-de-
20,1774000
Abraço!
RESPONDER
Com um câmbio utuante pode sim. Mas, ao menos por ora, não visualizo essa hipótese,
pois a recessão, o desemprego e a própria queda na renda podem ajudar a conter a
escalada da carestia.
RESPONDER
Leandro,
Sou fã do seu trabalho e gostaria de lhe fazer uma pergunta que não é necessariamente sobre o
texto e por desconhecer um canal mais apropriado, vou fazer por aqui mesmo:
protecionistas e pior, com nações que tem custo in nitamente menor como a China, que a mão
de obra é ridiculamente barata e tem moeda desvalorizada? Se o Brasil se abrisse para o mercado
externo, viraríamos uma grande fazenda, sem produção industrial"
Não há moeda fraca na China. O iuane ora se valoriza perante ante o dólar; ora cava
estável. Foi só nos últimos 6 meses que, pela primeira vez em 2 décadas, o iuane se
desvalorizou um pouco em relação ao dólar. Mas da década de 1990 até meados de 2014,
o iuane só se valorizou perante o dólar. Sempre.
www.tradingeconomics.com/charts/china-currency.png?
s=usdcny&d1=19960101&d2=20151231&type=line
(http://www.tradingeconomics.com/charts/china-currency.png?
s=usdcny&d1=19960101&d2=20151231&type=line)
O que essas pessoas estão defendendo, embora não tenham a coragem de vocalizar
abertamente, é que indústrias ine cientes e custosas devem ser protegidas dos
consumidores (que já demonstraram preferir outros produtos) pelo governo. Por que isso
seria ético e moral?
Outra coisa: se tais indústrias nacionais são de fato e cientes, mas estão sendo
prejudicadas pelas políticas do governo, então isso é algo que tem de ser resolvido junto
ao governo, e não tolhendo os consumidores. Se os custos de produção no Brasil estão
altos, então isso é problema do Ministério da Fazenda, do Ministério do Planejamento, da
Receita Federal e do Ministério do Trabalho. São eles que impõem tributos,
regulamentações, burocracias e protegem sindicatos.
Não faz sentido combater estas monstruosidades criando novas monstruosidades. Não faz
sentido nenhum dizer que os consumidores devem ser tolhidos ou que deve haver tarifas
de importação para se compensar a existência de impostos, de burocracia e de
regulamentações sobre as indústrias. Isso é querer apagar o fogo com gasolina
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 97/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
O Fed criou dinheiro e o repassou aos bancos, mas esse dinheiro nunca entrou na
economia. Ele cou parado nas "reservas em excesso" que os bancos voluntariamente
mantêm depositados junto ao Fed.
Porque o Fed, em uma medida totalmente sem precedentes (uma medida que nunca foi
abordada em nenhum manual de macroeconomia), passou a pagar juros sobre todo o
dinheiro que os bancos voluntariamente mantêm depositados no Fed.
Antes, o Fed pagava juros apenas sobre os depósitos compulsórios dos bancos. Agora, ele
paga juros sobre todo e qualquer dinheiro que os bancos voluntariamente depositam no
Fed.
É por isso que a base monetária -- mais especi camente, o componente "reservas em
excesso" -- explodiu, mas esse dinheiro não entrou na economia.
www.mises.org.br/Article.aspx?id=1661 (http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1661)
Vale ressaltar que, no atual arranjo nanceiro, o Fed (bem como o Banco Central
brasileiro) não injeta dinheiro diretamente na economia; ele injeta dinheiro apenas nos
bancos, e os bancos é que decidem se irão despejar este dinheiro na economia (por meio
da criação de crédito. Se os bancos não quiserem despejar este dinheiro na economia
americana, não haverá nenhum risco de in ação de preços.
research.stlouisfed.org/fred2/graph/?g=1Gu1 (http://research.stlouisfed.org/fred2/graph/?
g=1Gu1)
research.stlouisfed.org/fred2/graph/?g=1KPc (http://research.stlouisfed.org/fred2/graph/?
g=1KPc)
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 98/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
''Todas as commodities (de minério de ferro a petróleo) são preci cadas em dólar. Sendo assim,
sempre que o dólar está fraco, os preços das commodities estão em alta, e vice-versa. Sempre.''
Então por que houve uma ''...disparada nos preços da gasolina...'' com a Nova Matriz
Económica?
RESPONDER
Por causa de uma coisinha básica chamada "taxa de câmbio", da qual esse artigo trata
em profusão.
O dólar forte derruba a cotação do barril de petróleo em dólares. E, de fato, o barril caiu
de US$ 100 para US$ 45 em um ano, e o preço da gasolina dos EUA desabou.
Agora, ao mesmo tempo em que o dólar se fortaleceu, o real foi para as calendas. O preço
do dólar, em reais, foi de R$ 1,60 para quase R$ 4. Ou seja, o custo de importarmos
petróleo mais do que dobrou.
Como é que você queria que nos bene ciássemos se não temos moeda?
Outra coisa: no Brasil, o setor petrolífero é dominado por uma estatal que ama os pobres.
Consequentemente, o preço da gasolina e do óleo diesel -- totalmente sob o controle
dessa estatal -- só faz subir.
Nos EUA, o setor petrolífero é dominado por empresas privadas malvadas e gananciosas.
Consequentemente, o preço da gasolina caiu e voltou ao mesmo valor nominal de 2004
(dez anos atrás!).
RESPONDER
O petróleo estava custando mais de 100 dólares o barril até julho de 2014. Não
estava contemplando a valorizacao do dólar que já existia até então (mais
fortemente sentida pelo cambio com outras moedas e especialmente pelo ouro),
também não contemplando a alta oferta de petroleo. Em agosto, salvo engano, o
rei saudita surpreendeu o mundo ao se recusar a diminuir sua producao, entrando
em desacordo com a OPEP, mirando no Irã e no xale gas americano; o mercado
respondeu: queda avassaladora do preço do barril, para 60 dólares, com viés
baixista.
Enquanto isso, numa nação tropical isolada do mecado mundial, com petróleo
extraido e entregue às pessoas por uma estatal operando sob preços controlados, o
preço mantinha-se xo, "para proteger as pessoas das utuacoes dos preços dos
combustiveis". Até então, a Petrobrás vinha comprando cerca de 10% da gasolina
do exterior para suprir a demanda brasileira, e tomando prejuizo nessa operação,
pois o petroleo estava caro no mundo e aqui dentro o preço era controlado,
falando serio, porque era ano eleitoral. Mas a petrobras ainda tinha lucro em 90%
da venda de gasolina, e continuava tendo um saldo líquido positivo. Ocorria algo
semelhante no diesel, só que com um rombo maior (não tenho os numeros
exatos.) Lucros expremidos, queda do valor de mercado das acoes da empresa.
(Mas ela nao teve prejuízo!)
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 99/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
E agora, por que o petroleo está subindo? A desvalorizacao cambial está tão forte
que a petrobras está tomando prejuizo novamente na importacao da gasolina e do
diesel. E a eleicao já passou.
https://research.stlouisfed.org/fred2/graph/fredgraph.png?g=29C0
(http://https://research.stlouisfed.org/fred2/graph/fredgraph.png?g=29C0)
Mestre Leandro,
link quebrado.
O cartel da OPEP passou décadas controlando a producão de
petróleo, de modo a manter seus níveis altos. Aliás, em qualquer
ramo de mineracao se faz isso, ajusta-se a producao para um nivel
ótimo de lucro naquela mina, e reajusta-se se a profucao estiver tao
grande a ponto de afetar o preço no mercado. (meu pai é engenheiro
de minas)
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 100/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
www.defesanet.com.br/crise/noticia/17795/Arabia-Saudita--Por-
que--decidiu-nao-cortar-a-producao-de-petroleo/
RESPONDER
research.stlouisfed.org/fred2/graph/fredgraph.png?g=29C0
(http://research.stlouisfed.org/fred2/graph/fredgraph.png?g=29C0)
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 101/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
Pela sua lógica, deve ter havido entradas maciças no setor nas
décadas de 1980 e 1990, e saídas maciças na década de 2000.
Gostaria de fontes sobre isso.
Não sei do que você está falando, mas faço a pergunta: o barril
chegou a custar US$ 140 em julho de 2008, auge da fraqueza do
dólar. Você está me dizendo que um saudita, com um único gesto
caritativo, derrubou o barril de US$ 140 para U$S 45? Este homem,
então, merece o prêmio de cidadão mais abnegado do mundo.
É isso mesmo?
RESPONDER
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 102/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 103/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
Caro Leandro,
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 104/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
Continua errado.
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 105/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
comparação é essa?
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 106/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
research.stlouisfed.org/fred2/graph/fr
g=2arw
(http://research.stlouisfed.org/fred2/g
g=2arw)
RESPONDER
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 107/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
Sobre o grá co: é impressionante! (Não foi má-vontade, com smartphone é mais enrolado)
Atenção, em nenhum momento contestei a proporcionalidade inversa entre dólar e commodities.
Apenas quis por na discussão os outros elementos envolvidos.
1o excerto: admito que escrevi errado, falta de uma revisão antes de publicar. Leia-se "manter
seus níveis de producao baixos e precos altos". Conforme escreci direito mais à frente.
2o excerto: re ro-me especi camente ao período mais recente (5anos), à entrada do xale gas.
3o excerto: sobre a abstenção de saud de intervir, o preço já estava nos 110, 100 dólares, com viés
baixista, e só não já havia caído mais ainda, para o preço "certo" (não me odeie por esse termo,
hehehe) porque se esperava a intervenção da OPEP. Sua extracão é a mais barata, sua qualidade é
a melhor, dua exibilidade de producao é a maior. A queda foi súbita para uns 60 dólares. Aí
permaneceu até a casa dos 40, depois subiu.
4o ecxerto: de 2000 adiante a OPEP sempre domina de 40 a 50% da producao mundial total
(fonte:petrobras), antes do xale gas com viés de aumento, agora está em torno de 40%. Vejo o
conchavo da OPEP como uma má a tentando controlar o preço do petróleo à revelia do mercado,
do cambio com o dólar... Aquela incerteza estrutural que o estado sempre adiciona à formacao de
precos.
A gente sempre leu por aí que a crise do petróleo de 73 foi sim ação deliberada do oriente médio
contra o apoio ocidental a israel (posso soltar aqui umas 50 fontes). Da década de 80 para 2010,
não dou pitaco. De um ano e pouco para cá, a mudança de postura da OPEP foi um fator de
composicao do preco sim.
RESPONDER
Ok, I surrender.
mobile.reuters.com/article/idUSKCN0JA0O320141128
O preço do petróleo já estava caindo, foi só em novembro que Saud anunciou que não interviria,
isso for responsável por uma queda brusca bem menos signi cativa do que eu acreditava; já
estava abaixo de $80, caiu imediatamente para uns $71, e manteve e retornou à trajetória de
queda que já seguia.
Uma pergunta: não pode ter sido o contrário, a queda do petróleo contribuindo para a valorizacao
do dólar?
RESPONDER
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 108/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
Isso seria uma espetacular inversão da mais básica lógica econômica: em vez de dizer que
um produto cou mais barato porque a moeda se fortaleceu, você está dizendo que a
moeda se fortaleceu porque um único produto cou mais barato.
Faz sentido?
Seria o equivalente a dizer que o real se fortaleceu porque o tomate (e apenas o tomate)
barateou em decorrência de uma maior safra...
RESPONDER
Não faz?
Entendi.
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 110/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
De maneira nenhuma.
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 111/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
RESPONDER
Li o primeiro artigo.
Leandro, estive a ler alguns dos últimos artigos e posts do Steve Hanke, e percebi que em relação
á europa culpa em parte a crise desta com falta de intervenção monetária por parte do bce. Indica
que o m3 tem estado estável ou em declínio em alguns países, e que emboram sejam precisas
reformas estruturais também é necessário que o banco central intervenha.
Este argumento deixa na minha opinião muito a desejar. Por um lado, diversos países dentro do
euro têm tido taxas de crescimento aproximadas ás anteriores á crise económica, por outro lado,
os estados unidos que seguiram uma política monetária mais próxima do que ele defende não
têm tido um crescimento extraordinário estando a melhorar no segundo mandato do Obama
pelas razões que já tiveste oportunidade de referir. Mas acima de tudo, o principal motivo que me
faz discordar desta visão, prende-se com o crescimento da Irlanda. A irlanda saiu da crise e não é
só um dos países que mais cresce dentro da zona euro, como é dos países que mais cresce em
todo o mundo, senão for mesmo o n°1.
Ora, tal como aprendi com Mises, uma boa ideia é susceptível de ser implementada em qualquer
país. O que funciona na Irlanda ou em Singapura funciona no Brasil, em Portugal ou na Grécia.
Sendo assim, se a política monetária do BCE não afecta a Irlanda, devemos partir do principio que
o que afecta outros países do euro é aquilo que esses países têm de particular.
Além do mais, não existem evidências que o Q.E. Europeu tenha alterado o que quer que seja, da
mesma forma que não existem evidências que a de ação de preços prejudique de alguma forma
o crescimento. Os países do sul da Europa começaram a crescer ao mesmo tempo em que
entraram em de ação.
Não tenho dúvidas contudo da importancia de se ter uma moeda estável e de con ança.
RESPONDER
Por isso questionei o Leandro se não seria melhor o Brasil ter um Currency Board
ancorado no Euro, em vez de no Dólar.
RESPONDER
Thiago não quero fazer o papel do Leandro, mas perante a situação actual do Brasil um currency
board ancorado ao dólar, euro ou libra seria practicamente a mesma coisa. Seria como
perguntares a um pobre se pretende um Ferrari, Mercedes ou Porsche?
O Euro é uma moeda com alguma instabilidade política inerente. Se eu vivesse fora da Europa
escolheria o Dolar ao euro se me fosse dada essa opção.
Não tenho dúvida nenhuma que a estabilidade da moeda é muito importante mas a teoria
monetarista dá muita importância ao crédito e não me parece que a evidência esteja do lado
deles.
www.tradingeconomics.com/ireland/loans-to-private-sector
A Irlanda parece-me um daqueles casos que contraria todas as teorias económicas menos a
liberal/libertária. Seria interessante se o Leandro pudesse dar o ponto de vista dele
RESPONDER
Quis me referir mais à questão de o M3 estar congelado na Europa, e os EUA estarem sob
o QE4. Creio que seria melhor termos uma ancora menos in acionaria.
Mas sua consideração sobre estabilidade política tem todo o cabimento. É o que mais
importa no médio e longo prazo.
Sobre o seu comentário anterior, tomei a liberdade de utilizá-lo para responder a outro
leitor em outro artigo.
Há aqui no Mises Brasil um artigo que compara Irlanda e Islandia pós-2008. A Irlanda
permanece com o machado sobre a cabeça, já que não caloteou a dívida, mas está tendo
várias vantagens na comparação. Vantagens que, como você disse, só os austriacos
explicam.
É o que eu bato cabeça com colegas chicaguistas, a teoria deles é furada, muitas vezes
sequer tentam se embasar... Tem um colega de cursinho que fez IME, depois entrou pra
petrobrás, agora está na PUC -SP fazendo mestrado em economia. Ele me disse que não
tem teoria nenhuma, é só ferramentas matemáticas... Como diabos vou fazer uma
modelagem, se não paro para analisar primeiro quais são os itens que compoem a
estrutura daquela parametrizacao, e até que limites essa estrutura se mantém?
A escola austríaca merece virar mainstream. Isso ainda vai acontecer.
RESPONDER
A teoria monetarista é aquela que menos domino. A ideia que tenho é que o pai dessa escola de
pensamento é Milton Friedman, e a ideia que tenho de Friedman é que era um crânio do krl.
Tenho também ideia que os monetaristas são essencialmente liberais/libertários, mas falta-me
ler muita coisa para poder compreender o seu pensamento.
No entanto existem exemplos prácticos que colocam em causa certas teorias. Não me parece que
se possa atribuir a culpa do baixo crescimento europeu a outra coisa que não seja o excesso de
estado na vida dos Europeus. Eu dei o exemplo da Irlanda mas podia ter dado também o exemplo
dos países de leste.
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 114/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
Quanto ao facto de virar mainstream. A evolução dá-se sempre através da procura pelo lucro ou
pelo sucesso ou pela vitória. Da mesma forma que as melhores teorias sobre futebol sobrevivem
porque permite a quem as adopta ganhar, a melhor teoria sobre economia irá sobreviver e
tornar-se predominante porque permitirá aos investidores que a usarem sobreviver e enriquecer.
Vou te dar um exemplo: Um investidor que tivesse seguido este site durante os últimos anos não
teria investido no Brasil e sobreviveria procurando um porto seguro, uma Irlanda, uma Singapura.
Em Portugal houve muita empresa cheia de génios douturados em tudo o que é curso do bom e
do melhor, que decidiu investir em Angola, Brasil e até Venezuela. Pelo contrário uma outra
empresa decidiu avançar para o mercado Polaco e Colombiano. Não foi por acaso.
As empresas e os investidores que forem sobrevivendo vão fazer com que no futuro seja
impossível existirem políticas de esquerda. Vai acontecer como na Grécia que perante aquelas
varoufakices todas, ninguém queria ter dinheiro em bancos Gregos. É o chamado votar com os
pés ou com a carteira. A Europa já está a passar em parte por esse problema na minha opinião.
Países como a França, Itália, Grécia ou Portugal não são apetecíveis nem para investir nem para
trabalhar devido ao excesso de carga tributária e regulamentações. A estatização da economia
sempre foi uma péssima ideia, mas cada vez mais é uma ideia impraticável, porque grande parte
da riqueza desaparece antes dos socialistas lhes porem as patas em cima.
RESPONDER
Nesse sentido, um bom lugar para jogar as chas é a Suécia, que está se liberalizando.
Aqui na América do Sul, boto fé no Peru e na Colombia; o Chile já foi melhor, a Bachelet
tá estragando o país...
Como reserva, o velho ouro pode voltar a ser uma boa pedida (Leandro acha que sim,
Ulrich acha que não); e o Bitcoin também é interessante.
Tudo para fugir dessas moedas duciárias do capeta...
RESPONDER
www.brasildefato.com.br/node/33303
RESPONDER
O que acham do curso de ciências econômicas e dos economistas da Unicamp? É possível sair
um economista sensato de lá?
RESPONDER
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 115/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
Desculpe-me a minha ignorância, mas o dólar fraco não destrói a economia local por você ter
produtos importados entrando a preços de banana e a indústria local sofrendo para competir
porque não tem estrutura para deixar os preços competitivos? Ou seria apenas o dólar
arti cialmente fraco (como na era FHC que o câmbio não era utuante) que faz isso?
De certa forma, há inúmeras variáveis em jogo para meu conhecimento limitado, mas de forma
simplória, para proteger a economia deveria-se desvalorizar a moeda. Tudo bem que isso gera
in ação, mas se o dólar está forte e o preço das commodities despencam, os preços
naturalmente de matéria prima produzida aqui mas com cotação de dólar, se acomoda. Mesmo
as produzidas lá fora, você teria a queda do valor compensado pelo aumento do câmbio.
Exemplo: Petróleo, caiu 50% e o dólar subiu 50%. O preço que você para é o mesmo por ele.
Agora subir juros para controlar uma in ação que não é de demanda e sim de "soltura" de
preços administrados pelo governo e arti cialmente represados no passado não faz muito sentido
na minha limitação.
Acreditava que a balança comercial favorável (exportação forte pelo preço das commodities e
fácil crédito no exterior), superávit primário (aumentando con ança para entrada de recursos) e a
utilização de boa parte de nossa capacidade ociosa foram os fatores que contribuíram para esse
tempo de bonança na era Lula.
Concordo que o dinheiro dessa época foi utilizado erroneamente ao não investir em obras
estruturais ou trazer reformas que tanto precisamos como tributária, previdenciária e trabalhista.
En m, são muitas dúvidas pelas variáveis. Se pudesse me esclarecer esses pontos, eu agradeceria.
Muito obrigado,
RESPONDER
"Desculpe-me a minha ignorância, mas o dólar fraco não destrói a economia local por
você ter produtos importados entrando a preços de banana e a indústria local sofrendo
para competir porque não tem estrutura para deixar os preços competitivos?"
www.mises.org.br/Article.aspx?id=2175 (http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2175)
RESPONDER
Pessoal, na atual conjuntura, como faço para saber se compensa eu comprar libras esterlinas
valor de turismo? Leandro, compensa entesourar em casa libras esterlinas, visto que é uma
moeda forte?
Desculpem a ignorância. Obrigado!
RESPONDER
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 116/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
Leandro eu estava olhando esses grá cos de desempenho do ouro (tanto em reais quanto em
dólares) e gostaria de saber a sua opinião sobre o desempenho do metal nas 2 moedas. Será que
essa tendência de queda do ouro em dólares vai se manter,assim como a tendência de alta em
reais,ou há algum sinal de reversão dessas tendências?
RESPONDER
Já o Brasil está uma zona. Aqui, uma simples notícia d prisão de político faz o real perder
quase 2% em relação ao dólar, e faz todas as taxas de juros futuras darem um salto
exorbitante. Para completar, há um Banco Central que não sabe o que quer e nem
consegue se comunicar com um mínimo de clareza.
Leandro Roque, se você substituir as datas do texto para o período entre 01/01/1995 e
31/12/2000 os acontecimentos econômicos foram bastante semelhantes.
RESPONDER
Lula nao administrou nada , so teve a felicidade de ser eleito em 1 periodo q di cilmente
voltara.
Com Dilma , a realidade mostrou-se sombria e a mesma dobrou a aposta no q estava errado.
é bom Administrar qdo se tem dinheiro , qdo nao se tem , a culpa é dos outros.
Comunista é sempre igual : qdo as coisas saem errado , a culpa é dos outros.
RESPONDER
o que teria acontecido se no período 2003-2011, da desvalorização do dólar, o Brasil não tivesse
feito uma expansão do credito? Haveria uma recessão?
RESPONDER
Expansão do crédito sempre haverá. Se houver demanda por crédito, haverá expansão.
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 117/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
A questão é que, por causa da fraqueza do dólar, a expansão perdurou por muito mais
tempo do que perduraria em outras circunstâncias.
RESPONDER
Leandro,
Mas expansão de crédito sem lastro não é ruim para a economia?
RESPONDER
www.mises.org.br/Article.aspx?id=1943
(http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1943)
RESPONDER
***
RESPONDER
Leandro,
Nesses dias se discussão acirrada por causa dos acontecimentos, tenho enfrentado tudo quanto é
tipo de argumento anti-liberal. Um dos que me enviaram foi esse artigo referente ao Chile:
odeiocaviar.blogspot.com.br/2014/12/chile-o-inconveniente-ponto-fora-da.html
RESPONDER
Ué, não entendi. Ele quis criticar o liberalismo, mas utilizou como exemplos práticos
justamente aqueles setores da economia que são amplamente regulados pelo governo.
Isso é o exato oposto do liberalismo. Quer criticar o liberalismo? Então ao menos tenha
honestidade intelectual.
"Seis companhias dirigem as AFP [INSS do Chile] que controlam mais de cem bilhões de
dólares em fundos de seus a liados."
Esse é o principal problema. A partir do momento em que o estado garante uma clientela
cativa para as empresas que administram os fundos de pensão, as taxas de administração
serão altas.
www.mises.org.br/Article.aspx?id=1924 (http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1924)
Ora, então por que a população não recorre às importações para driblar os altos preços
desse cartel?
Pois é, porque o governo não deixa. Assim como no Brasil, a importação de remédios é
estritamente regulada e controlada pelo governo. Isso é liberalismo?
Aliás, se há três empresas cobrando altos preços por remédios, então a lógica econômica
sugere que esses altos preços atrairiam uma concorrência ávida por tomar uma fatia desse
mercado, o que reduziria sobremaneira os preços.
Isso aconteceu? Pelo visto não. Por que não aconteceu? Certamente porque a entrada
neste mercado especí co não é livre. O governo -- por se tratar de um setor relacionado
à saúde -- certamente deve fazer inúmeras exigências para os novos entrantes, o que
garante a permanência do cartel já estabelecido.
Não deixa de ser curioso ver pessoas culpando o liberalismo pelos problemas criados
exclusivamente pela intervenção estatal.
Esse é um argumento típico da Carta Capital. Pelo visto, até o número de jornais gera
desigualdade social. E a internet e seu jornalismo, não existem no Chile?
Ué, mas a crítica da esquerda ao Wal Mart sempre foi a de que a rede cobra preços baixos
demais (o que é uma bênção para os mais pobres)! Para o Chile isso não se aplica? A
política barateira do Wal Mart agora virou um problema para os pobres?
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 119/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
No mais, essa informação sobre supermercados, por si só, não diz nada.
"Uma só empresa telefônica – CTC – controla 75% da telefonia. Duas empresas, Endesa
e Colbún controlam 79% da geração de energia elétrica e estão impulsionando a
construção de mega-represas em Aysén, que põem em perigo o meio ambiente e
aumentaram o poder das elétricas sobre o conjunto da economia"
De novo, mais uma vez, critica-se um inexistente liberalismo pelos problemas gerados
pela intervenção estatal no mercado.
"A magnitude dos lucros das transnacionais mineiras é quase inimaginável. Entre 2006 e
2007 se aproximaram de 40 bilhões de dólares!"
Nossa! Mineradoras estão tendo lucros! Isso, sim, é a causa de toda a pobreza que ainda
existe no país.
Há várias coisas para se criticar no Chile -- começando pelo seu governo de esquerda que
está no poder desde 1990 (com um hiato entre 2010 e 2013) --, mas deve-se ter a
honestidade intelectual de saber o que se está criticando e, principalmente, quem são os
reais culpados pelo arranjo criticado.
A turma da esquerda está tão desesperada com o descalabro que zeram na economia
brasileira, que agora estão tentando doutrinar dizendo que os vizinhos "não estão lá
nenhuma maravilha"...
Grande abraço!
RESPONDER
Abraços.
RESPONDER
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 120/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
Não existe país 100% liberal, então veri que se o exemplo se relaciona com a
liberdade econômica ou com sua ausência.
***
RESPONDER
Podemos adicionar ao texto a política de pleno emprego. Mesmo havendo muita mentira quanto
aos índices de desemprego, Nada tinha relevância, a não ser a taxa de desemprego. Não
importava a corrosão do poder de compra e o endividamento.
Nós estamos em depressão econômica, mas poderíamos estar em recessão, se não fosse a
pilhagem feita pelos três porquinhos do governo.
Pelo menos existe a Lava Jato para expulsar esses psicopatas do governo.
RESPONDER
Quem fez a lei das reservas, tratou de deixá-las longe dos políticos.
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 121/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
Pelo que eu entendi, alguém pensou em deixar essas reservas sob o controle do BC, para
garantir a estabilidade da moeda nacional.
Mesmo tendo essas reservas, o governo deixou o real se desvalorizar mais do que deveria, e
além da alta do dólar em vários países.
RESPONDER
Utilizar as reservas geraria enorme descon ança e incerteza, o que faria disparar o
câmbio, piorando completamente o cenário da in ação de preços e, de quebra, levando os
juros para cima -- exatamente o efeito oposto do pretendido.
RESPONDER
Eu entendo que as reservas servem para evitar crises. Quando a economia quebra e
a moeda desvaloriza, é o momento que as reservas multiplicam de valor.
A dívida pública precisa ser reduzida de qualquer forma. Esse é o maior problema.
Por isso, seria melhor reduzir as dívidas e aproveitar a alta do dólar. Segurar essas
reservas pode reduzir o valor que elas possuem.
Qualquer pessoa que investiu em dólares, já deve estar pensando em vender tudo
nesse momento.
RESPONDER
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 122/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
Aliás muita gente se gaba dessas reservas, mas ninguém atentou a como
elas foram criadas: através de impostos. Logo, é o Estado nos escorchando
mais uma vez e fazendo poupança para ele mesmo. Irônico né?
RESPONDER
De toda forma, que tipo de governo teria coragem em peitar grupos sociais, sindicatos e
corporações, a ponto de adotar um Currency Board e abertura econômica e comercial para o
mundo inteiro?
RESPONDER
O IMB republica artigos com alguma frequência. Em geral é quando o assunto volta a ser
pertinente. Mas acho que ocasionalmente é por falta de material novo mesmo.
RESPONDER
Leandro, caso o governo não tivesse adotado as medidas abaixo, e colocado em pratica um
Regime Econômico, hoje estaríamos bem diferente?
O volume de crédito cresceu em termos reais em relação ao PIB de 2003/2015 em 114,57%, para
um crescimento do PIB corrente, no mesmo período, de apenas 37,80% (2,91% ao ano) e o PIB
PER CAPITA de medíocres 23,80% (1,83% ao ano). Esse criminoso desequilíbrio gerou uma ilusão
monetária de crescimento na economia (apenas ilusão, visto que na prática o crescimento de
apenas 37,80% e PER CAPITA de 23,80% foi pí o para o volume de crédito injetado na
economia), que ao atingir o esgotamento da capacidade de endividamento das famílias e das
empresas, e consequentemente aumentando à inadimplência, o falso milagre brasileiro
desmorona e a recessão e a in ação (estag ação) serão inevitáveis e durante longo período (em
torno de 10 anos).
Quanto ao parágrafo acima devemos ressaltar que essa montanha de crédito da ordem de R$ 3,2
trilhões apurado pelo Banco Central do Brasil em dezembro de 2015 está custando aos devedores
uma taxa de juros médio da ordem de 29,8% ao ano (média mundial 2,00% ao ano). Creio que
não há necessidade de ser doutor ou mestre em economia para prever que a explosão será
inevitável.
O mais grave é que nesse crescimento de crédito houve um aumento monstruoso da participação
do sistema bancário público, saindo de 38,12% em 2002 para 55,95% em 2015, crescimento de
46,77%, ultrapassando o volume do setor privado. O que prova o avanço da estatização bancária
no Brasil. Pavimentação para estatização total do Brasil.
RESPONDER
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 123/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
Para quem não sabe, o Governo aumentou a dívida interna para aumentar as reservas
internacionais. Usar essas reservas para diminuir o saldo da dívida seria apenas um retorno à
situação anterior.
RESPONDER
Pessoal,
O dólar enfraqueceu-se em relação a todas as moedas. Os agregados monetários brasileiros
dispararam e a in ação cou controlada.
Ok, o dólar foi o responsável.
Mas e lá nos EUA? Os agregados deles também dispararam no período e a moeda enfraqueceu-
se. Mas a in ação permaneceu controlada.
Bolhas aconteceram tanto lá quanto aqui, mas in ação mesmo cou controlada.
O que explica isso?
Abraços.
RESPONDER
"Controlada" é um eufemismo.
Adicionalmente, vale apontar também que tanto a in ação de preços dos imóveis e dos
materiais de construção quanto os salários de toda a mão-de-obra envolvida com o setor
imobiliário (do arquiteto ao peão, do engenheiro ao mestre de obras) dispararam. Mas
como tais itens não entram no cálculo do CPI (que é o IPCA deles), eles não aparecem nas
estatísticas o ciais.
No mais, convém também olhar como se comportou a in ação de preços nos países que
utilizam o dólar como moeda o cial, como Panamá e Equador, e também nos países que
mantêm uma taxa de câmbio xa em relação ao dólar, como Hong Kong, Kuwait e Arábia
Saudita.
Eis os resultados:
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 124/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
Isso não é exatamente uma "in ação controlada", mas sim uma carestia abrupta gerada
pela desvalorização da moeda -- desvalorização essa, aí sim, gerada pelas políticas do
governo americano, das quais a expansão dos agregados monetários representa apenas
uma parte do todo.
RESPONDER
Crescimento de agregados, por si só, não quer dizer nada. Você tem
também de levar em conta a demanda mundial por esses agregados.
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 125/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
Pois é.
Se você for olhar apenas agregados, sem qualquer consideração por coisas
como demanda e uso global, chegará à conclusão de que o guarani
paraguaio tem de ser uma das moedas mais fortes do mundo. A nal, a
oferta de guarani paraguaio no mercado mundial é ín ma em relação ao
dólar. Isso levaria a crer que o preço do guarani paraguaio deveria ser alto.
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 127/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 128/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
Grande abraço.
RESPONDER
Grande Pai Defensor da Patria Mãe Luis Inácio voltou para redimir os pobres, o Brasil sera a
potência do século
RESPONDER
Muito bom. Muito bom ver vocês libertários admitirem que basta alguém oferecer dinheiro que
vocês apoiam. Foi assim com Lula, e será assim de novo se ele assumir como ministro e prometer
estimular a economia.
https://putadaesquerdista.wordpress.com/2016/03/22/os-libertarios/
RESPONDER
"Veja nesse post do Mises (Principal instituto dos libertários) como eles até chegam a
admitir, de leve, que se enganaram com o período de crescimento do Brasil, pois acharam
que era um crescimento real proporcionado pelo governo Lula (a nal estavam enchendo o
bolso de dinheiro, e portanto, tudo estava bem!"
O gozado é que o presente artigo fala exatamente o contrário: ele fala que todo o
crescimento foi arti cial e sustentado em pilares extremamente frágeis. Há inclusive um
trecho que resume todo o artigo:
"No nal, toda a economia foi destruída pelo governo. É o preço do descalabro, o qual foi
possibilitado por uma conjuntura externa atípica e que foi erroneamente interpretada à
época. Confundiu-se moeda estrangeira fraca com prosperidade nacional eterna, e
concluiu-se que os bons resultados obtidos dispensavam o governo de obedecer às
irrevogáveis leis da economia. Gastos foram elevados e nenhuma reforma estrutural foi
feita."
Para utilizar o mesmo nível intelectual seu: parece que os anti-libertários são ou
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 129/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
analfabetos ou caluniadores. Não há terceira hipótese. Qual desses é você? Responda sem
tergiversar.
RESPONDER
de
"...acabou se estendendo por décadas e custando..."
para
"...acabou se estendendo por quase uma década e custando..."
RESPONDER
Uma duvida
Não era para o dólar desvalorizar mais ainda em relação ao real, apesar da Nova Matriz
econômica da dilma?
Att, Alexandre
RESPONDER
www.mises.org.br/Article.aspx?id=2213 (http://www.mises.org.br/Article.aspx?
id=2213)
RESPONDER
Eu não entendia coisa alguma de economia, mas esse artigo foi fabuloso. Deu até vontade de
estudar mais a respeito. Vou vasculhar o site.
RESPONDER
O governo na última década surfou na alto crescimento da demanda por commodities e do alto
preço desses insumos.
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 130/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
Infelizmente, não aproveitou esta janela de oportunidade para realizar as reformas estruturais.
É certo que conseguiu que grande montante da população tivesse acesso à bens e serviços. No
entanto, hoje, observamos que todas estas conquistas estão sendo revertidas pela ausência das
reformas que serão inevitáveis.
Obrigada
Isis Monteiro
RESPONDER
Então, mesmo se o dólar não tivesse in uenciado, se o governo tivesse mantido uma política de
superávits primários elevados, haveria crescimento econômico continuo ou com a expansão de
credito (via emissão monetária pelos bancos comerciais)a economia iria implodir mais a frente
como esta acontecendo agora ?
RESPONDER
Isso muda absolutamente tudo, como o artigo explicou em detalhes (este, aliás, é o cerne
do artigo).
Isso -- sob um cenário de dólar forte -- ajudaria a fazer com que o real se desvalorizasse
menos, contrabalançando um pouco o efeito da expansão do crédito.
"ou com a expansão de credito (via emissão monetária pelos bancos comerciais)a
economia iria implodir mais a frente como esta acontecendo agora ?"
O que irá variar é a intensidade da recessão: quanto mais tempo durar a expansão do
crédito, maiores serão os investimentos errôneos (para os quais não há demanda genuína)
e, consequentemente, mais intenso e doloroso será o processo de liquidação destes
investimentos.
RESPONDER
Se houvesse respeito pelos economistas brasileiros à Teoria Austríaca dos Ciclos Econômicos,
como deveria se comportar o grá co 11 (evolução do crédito) ?
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 131/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
www.mises.org.br/Article.aspx?id=1065&comments=true#ac167712
(http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1065&comments=true#ac167712)
RESPONDER
Leandro,
Leandro,
Muito se tem discutido por aqui sobre o mal que é para um país se fechar para o comércio
exterior ou impor barreiras na tentativa de desenvolver um mercado interno. Concordo e gosto
de ver os pontos de vista e explicações.
Mas semana passada o jornal O VALOR publicou a matéria do link abaixo onde mostra que
Maurício Macri estaria voltando a trás de sua decisão de abrir mão das restrições para
importações, impondo algumas restrições para determinados produtos.
www.valor.com.br/brasil/4494546/argentina-volta-restringir-importacoes-do-brasil
Essa decisão seria principalmente em decorrência do grande saldo de importações que chegou na
Argentina, colocando em risco as empresas locais, como a automobilística, voltando ao
protecionismo desta e de outras.
Pergunto:
Será que Macri deveria deixar as empresas nacionais quebrarem mesmo? Ou será que o
movimento que ele fez foi certo, mas errou na dosagem? Será que essa abertura deveria ser
gradual, ou após uma construção melhor do cenário interno?
Abraços.
RESPONDER
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 132/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
Esse tipo de pergunta é bastante frustrante porque todos os aspectos desse assunto --
sim, sem nenhum exagero: todos os aspectos desse assunto -- foram condensados nestes
quatro artigos.
www.mises.org.br/Article.aspx?id=1131 (http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1131)
www.mises.org.br/Article.aspx?id=2320 (http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2320)
www.mises.org.br/Article.aspx?id=2321 (http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2321)
www.mises.org.br/Article.aspx?id=2325 (http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2325)
Não há nada a acrescentar neles, e não há uma única pergunta que já não tenha sido
respondida por eles. A única coisa que posso fazer é car repetindo, ipsis litteris, tudo o
que já está escrito neles.
Especi camente no caso da Argentina, aí mesmo é que discurso protecionista não faz
sentido nenhum: de dezembro até hoje, após o governo liberar o câmbio, o peso já se
desvalorizou 17% em relação ao real. Repito: os importados, em reais, caram 17% mais
caros.
Ora, não é justamente isso o que querem os protecionistas, câmbio mais caro? O que mais
é necessário para proteger empresas que já estão protegidos pelo governo desde o início
do século XX?
Quando é que você ouviu dizer que as empresas argentinas forem submetidas à livre
concorrência internacional, com tarifas de importação zero e câmbio apreciado? Eu
desconheço tal situação. Por que, então, após séculos de protecionismo e de subsídios --
e ainda mais agora com um câmbio desvalorizado -- elas precisam de ainda mais
protecionismo? E por quanto tempo? Em quais setores? A que tarifas? Por quê?
www.ivancarrino.com/no-las-importaciones-no-generan-desempleo/
(http://www.ivancarrino.com/no-las-importaciones-no-generan-desempleo/)
RESPONDER
Ok Leandro,
Desses artigos citados, só havia lido o primeiro. Vou ler os demais. Obrigado.
Outra coisa ... só não imaginei que o peso argentino tivesse se desvalorizado
desde a entrada de Macri. Isso chamou minha atenção.
Abraços.
RESPONDER
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 133/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
Até então, havia duas taxas cambiais: a "taxa o cial" (que era controlada e
à qual poucos tinham acesso) e a taxa do mercado paralelo, que era a taxa
de livre mercado (chamada de "dollar blue"
(http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2219)). Atualmente, com a
abolição da taxa controlada, a taxa do paralelo se tornou a o cial. Daí a
desvalorização.
Se Macri não car esperto, a atual taxa de câmbio pode encurtar seu
governo.
RESPONDER
O governo Lula surfou na alta demanda por commodities em um estado que tinha as contas
públicas acertadas e in ação controlada.
Dentro deste cenário conseguiu investir em políticas públicas visando reduzir a desigualdade.
Caso o quadro mundial fosse outro, o governo Lula poderia ter sido interrompido em 2005 com
o estouro do mensalão.
RESPONDER
Realmente vivemos uma grande ilusão na última década. As conquistas sociais começão a se
desfazer neste início de 2016.
Pensavámos que estavamos decolando,mas na realidade estavamos indo de cabeça ao encontro
de um muro.
O Brasil cresceu não em função de aumento de produtividade. O Brasil cresceu carregado pela
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 134/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
Um dia a história há de resgatar o real valor de uma administração competente, uída, que se
alinhou a países como o Irã para apoiar os projetos pací cos nuncleares, esse povo que tomou da
água boa agora se vira contra o grande timoneiro do ABC, a história é injusta, escrita
principalmente pela mídia golpista.
RESPONDER
Leandro,
Perdoe-me minha ignorância, mas em relação aos manufaturados: neste grupo estão incluídos
commodities como minério de ferro? Ou algum tipo de commoditie?
Dei uma pesquisada rápida e me parece que fazem essa separação entre manufaturados e o
minério.
Gostaria de esclarecer esse pequeno detalhe, porque mesmo concordando totalmente com sua
análise, algumas pessoas ainda batem na tecla do minério de ferro, que a forte queda da venda
desta matéria prima causou um "efeito em cadeia" na economia brasileira.
Abraço.
RESPONDER
Ué, como assim? Se eu compro uma parte do espaço aéreo, a última coisa que iria querer
fazer seria permitir que apenas uma empresa aérea a utilizasse. Muito pelo contrário:
como estou em busca de lucro, iria fazer de tudo para que o máximo de empresas aéreas
utilizassem meu espaço. Quanto mais aviões sob o meu céu, mais dinheiro pro meu bolso.
Apenas quem odeia lucro e dinheiro iria querer monopolizar esse espaço.
Não entendi muito bem a colocação. A queda no preço do minério de ferro, que afetou
toda a cadeia de produção relacionada a ele, foi causada majoritariamente pelo
fortalecimento do dólar.
Repetindo pela quarta vez: o minério de ferro é uma commodity global preci cada em
dólar. Se o dólar se fortalece, o preço do minério cai. Se o dólar enfraquece, o preço do
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 135/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
minério sobe.
Porém, tão logo o dólar voltou a se fortalecer, o preço do minério desabou, e todo aquele
investimento na capacidade de produção acabou se revelando errôneo. Tais investimentos
levaram a um aumento da oferta em um momento em que os preços do minério já
estavam desabando.
Consequência: as mineradoras estão tendo de cortar custos, demitir e rever vários de seus
projetos expansivos.
Portanto, se há quem queira dizer que "a forte queda da venda desta matéria prima
causou um "efeito em cadeia" na economia brasileira", que o faça. Mas ao menos aponte
o dedo para a real causa desta "forte queda": o fortalecimento do dólar.
O mesmo dólar que, quando se enfraqueceu, foi o responsável pelo boom vivenciado pelo
setor.
Agora, se o cara quer reduzir toda a economia brasileira à venda de minério de ferro,
então é bom ele apresentar argumentos sólidos. Ele tem de mostrar que boa parte da
economia brasileira está centralizada em torno da produção de minério de ferro.
Não sei se você concorda, mas discutir economia ultimamente (ou desde sempre)
requer uma paciência de Jó. As pessoas acreditam que qualquer tipo de argumento
é válido, uma espécie de relativização das leis econômicas, ou algo do tipo.
Chegou ao ponto de, após apresentar seu texto a um colega, ele me respondeu
assim: "Pouco me importa, o que vale é que a economia cresceu no governo do
Lula."
Fica difícil...
RESPONDER
Gustavo, realmente está muito difícil discutir economia. Diria que mais
complicado ainda é discutir política. Alguma pessoas parecem que
perderam a lucidez e não conseguem ver o óbvio. Está muito difícil mesmo.
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 136/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
RESPONDER
O governo Lula teve um grande crescimento porque o mundo cresceu. O Brasil surfou na onda de
exportações de commodities com altos volumes e preços.
Este crescimento não foi devido à alguma ação ou reforma que o governo tenha feito.
Simplesmente acompanhamos o crescimento mundial.
RESPONDER
Meu Deus!
Em 2007 viviamos uma grande euforia. A economia bombando, teríamos copa do mundo em
2014 e olimpiadas em 2016. O Brasil parecia que deixaria para trás a promessa de "País do
Futuro" para se tornar "O País do Presente".
Que desilusão. Hoje em 2016, encontramos em uma situação pré-falimentar. O estado está
quebrado. Crescemos 0,1% em 2014, -3,7% em 2015 e a expectativa é repetir em 2016 os -3,7%.
RESPONDER
O Brasil se perdeu em 2.009 com a nova matriz economica que aumentou as distorções,
aumentou os problemas scais e foi a origem próxima da crise.
Aumentaram subsídios a certos setores, os preços da eletricidade e da gasolina foram congelados,
o governo adotou uma nova forma de cálculo do salário mínimo, aumentou a proteção a certas
indústrias.
A nova matriz economica passou a ignorar a disciplina scal.
Estes foram os pontos que nos levaram ao atual cenário de quebradeiras.
RESPONDER
Grato
RESPONDER
www.mises.org.br/Article.aspx?id=1984 (http://www.mises.org.br/Article.aspx?
id=1984)
www.mises.org.br/Article.aspx?id=2055 (http://www.mises.org.br/Article.aspx?
id=2055)
www.mises.org.br/Article.aspx?id=2304 (http://www.mises.org.br/Article.aspx?
id=2304)
RESPONDER
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 137/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
O Brasil precisa de uma reforma profunda. Precisamos reagir. Enquanto carmos apenas
observando o que nossos governantes fazem, estaremos perdidos. Reação é a palavra. Precisamos
ir para a rua. Precisamos encher a caixa postal de nossos representantes, precisamos apoiar
abaixo assinados. Reclamamos mais nos encontramos em uma passividade total. Somente agora
parece que estamos despertando. Enquanto não participarmos, viveremos no eterno descalabro.
RESPONDER
A nova matriz economica utilizada nos últimos anos fez com que nossa economia entrasse em
uma estagnação profunda. Esta política economica forjada no governo Lula e Dilma foi bastante
danosa ao crescimento do Brasil. Em 2014, crescemos 0,1%, ou seja, nada. Em 2015, decrescemos
3,7%. A previsão para 2016 vai de -3,8% a -6%. Em 2017, vários economistas apuram zero de
crescimento.
Durante um bom tempo tivemos uma grande ilusão: renda, redução da desigualdade, melhora na
educação, Bolsa família....
No nal veri camos que a conta será bastante salgada e que durante muito tempo teremos que
arcar com ela.
RESPONDER
Parabéns pelo artigo, Leandro! Foi muito esclarecedor. Acabei de conhecer esse site e pretendo
retornar mais vezes. O assunto é muito interessante e você conseguiu explicar de forma que até
leigos pudessem entender. Obrigado.
RESPONDER
Artigo lendário.
RESPONDER
Excelente artigo, tão bom que até inspirou o tema do meu TCC, hahaha.
RESPONDER
Leandro,
Consegue explicar melhor o por quê isso acontece... "Todas as commodities (de minério de ferro
a petróleo) são preci cadas em dólar. Sendo assim, sempre que o dólar está fraco, os preços das
commodities estão em alta, e vice-versa. Sempre"
Fiquei confuso
Obrigado
RESPONDER
Questão básica de economia: se uma moeda está fraca, você precisa de mais dessa moeda
para comprar o mesmo tanto de um bem. Se o dólar está fraco, você precisa de mais
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 138/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
dólares para comprar o mesmo tanto de antes. Se o dólar se fortalece, você precisa de
menos dólares para comprar o mesmo tanto de antes.
RESPONDER
Você não acha de que a moeda brasileira, por o Brasil ser uma
potência no quesito das commodities, e não apenas o dólar, tenha
uma in uência grande neste preço?
RESPONDER
"Há muita confusão a respeito do boom das commodities ocorrido na década passada. Sim, a
China in uenciou bastante, mas o papel do dólar foi decisivo. O boom das commodities está
intimamente ligado ao dólar fraco."
Leandro, eu resolvi fazer uma regressão linear simples entre o dólar comercial amplo (Trade
Weighted U.S. Dollar Index: Broad, no FRED St. Louis) e o petróleo brent (Crude Oil Prices: Brent
– Europe, no FRED St. Louis), desde exatos cinco anos atrás até hoje, o que contou com 1243
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 139/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
observações (dias). Na verdade, não cheguei a fazer outros testes (como autocorrelação,
heterocedasticidade, e por aí vai), mas só a conclusão do R2 ajustado foi impressionante, no valor
de 0,9572.
Considerando que o preço do brent é a variável dependente do modelo (que vem da simples
lógica e bom senso, dado que a própria cotação do petróleo é em dólar) e o índice do dólar amplo
é a variável independente, pode-se concluir que 95,72% do preço do brent é explicado pela
oscilação cambial do dólar em relação às outras moedas do mundo.
Ou seja, essa estória da demanda da China ou mesmo dos países emergentes que zeram
explodir o preço do petróleo possivelmente é uma mera consequência do dólar fraco. De fato, o
dólar fraco faz com que esses países tenham mais acesso à moeda internacional de trocas, o que
também ajuda a impulsionar a demanda pelas commodities.
Os outros 4,28% suponho que sejam explicados por fatores como leves utuações de oferta e
demanda que não estejam relacionadas à força do dólar em relação às outras moedas do mundo
(como foi o recente caso do acordo da OPEP com o Irã; como a mudança do gosto do consumidor
e por aí vai...). Interessante que são coisas que a mídia alerdeia, mas que do ponto de vista
técnico são desprezíveis.
Mas essa é uma das relações mais óbvias e explícitas da economia. Ela é tão óbvia que
pode ser observada até mesmo diariamente.
E não poderia ser diferente. É pura lógica econômica. Se uma moeda enfraquece
(fortalece), o preço de um produto globalmente transacionado nessa moeda encarece
(barateia).
Artigo do Leandro na página ultra esquerdista Brasil 247. Se me contassem eu não acreditava!
www.brasil247.com/pt/colunistas/leandroroque/197877/O-que-realmente-permitiu-o-grande-
crescimento-econ%C3%B4mico-brasileiro-da-%C3%BAltima-d%C3%A9cada.htm
RESPONDER
Isso queima minha imagem. Queima mais que a foto minha que escolheram.
RESPONDER
Queima o lme mesmo! KKK Será que eles tiveram um lampejo de lucidez?!
RESPONDER
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 140/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
me ajudou a ter um esclarecimento sobre a época e que uma grande parte da população brasileira
acha que foi o presidente da época, ele só estava no momento certo e na hora certa. tirou
proveito disso tudo.
att,
ademir jr.
RESPONDER
Eis um exemplo clássico de pesquisadores que miraram no que viram e acertaram no que não
viram.
www1.folha.uol.com.br/poder/2017/10/1925872-o-surpreendente-peso-de-duas-variaveis-
externas-sobre-o-seu-voto.shtml (http://www1.folha.uol.com.br/poder/2017/10/1925872-o-
surpreendente-peso-de-duas-variaveis-externas-sobre-o-seu-voto.shtml)
"O bom desempenho em eleições e em índices de aprovação popular dos governantes de pelo
menos dez países latino-americanos – entre eles Brasil, Venezuela, Bolívia, Equador e Argentina
–, decorreram de dois fatores externos que fogem ao controle dos presidentes: a taxa de juros
dos Estados Unidos e o preço das commodities (produtos primários, como alimentos, petróleo e
minério).
Usando análises estatísticas, os dois pesquisadores veri caram o impacto desses índices nos
resultados eleitorais e nas pesquisas de popularidade dos últimos 30 anos em 18 países da
América Latina (…).
De acordo com a pesquisa, o eleitor premia com reeleição os presidentes que têm a 'sorte' de
governar em períodos da 'bonança econômica' promovida pela queda na taxa de juros norte-
americana e pelo boom das commodities, e pune os governantes que cumprem o mandato em
período com indicadores externos menos favoráveis."
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 141/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
Acertaram ao dizer que a popularidade de presidentes latinos está relacionada ao preço das
commodities, mas se esqueceram do "pequeno" detalhe de que o que determina o preço das
commodities é o dólar.
Commodities são mundialmente preci cadas em dólar. Logo, dólar fraco, commodities caras.
Dólar forte, commodities baratas.
E nada tem a ver com os juros americanos. Durante Lula, os juros americanos chegaram a 5,25%,
e durante Dilma chegaram 0,25%. Por essa "lógica" dos pesquisadores, era para Dilma ter sido
campeã de aprovação.
O Molusco não pode voltar: "...E se não existir banco público, o Brasil vai car na mão de banco
privado e se car só banco privado eles não vão ter nenhum interesse de fazer política de
desenvolvimento que somente o Estado é que tem competência pra fazer".
RESPONDER
O "curioso" é que não há bancos estatais nos países mais desenvolvidos do mundo. Aliás,
nem nos escandinavos. Suécia e Dinamarca, por exemplo, não têm bancos estatais. Pela
lógica, devem ser países de quarto mundo.
RESPONDER
Há bancos estatais em quase qualquer país do mundo. O que não há nos países
escandinavos são bancos de desenvolvimento, como o BNDES.
Bancos estatais não são um problema tão sério, é uma das formas do governo
conseguir receitas oferecendo serviços junto a outros bancos. O verdadeiro
problema são os juros subsidiados oferecidos por alguns bancos (quase sempre
estatais). Isso distorce a economia e tira impostos dos pobres para dar para a
empresas ricas já com muitos recursos.
RESPONDER
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 142/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
P.S.: Nada irei comentar sobre a ingenuidade de acreditar ser possível haver
bancos estatais livres de interferência política.
RESPONDER
en.wikipedia.org/wiki/Swedbank
(http://en.wikipedia.org/wiki/Swedbank)
RESPONDER
Esse aqui:
pt.m.wikipedia.org/wiki/Sveriges_Riksbank
Não entendi sobre a soja. Ela é cotada a dólar, mas sua produção é interna, dessa maneira a
cotação do dólar não seria irrelevante para o produto?
RESPONDER
Pelo visto você se esqueceu do fator exportação. Com dólar barato (2004-2011), não é
tão interessante exportar. Daí aumenta a oferta de soja no mercado interno, e seus preços
cam mais contidos.
Já com o dólar caro, torna-se atrativo exportar, o que reduz a oferta de soja no mercado
interno, empurrando os preços para cima.
Veja aqui uma notícia de 2015, auge do dólar caro: exportação recorde para a China.
g1.globo.com/economia/agronegocios/noticia/2015/09/importacao-de-soja-do-brasil-
pela-china-sobe-275-em-agosto-20150921094006975551.html
(http://g1.globo.com/economia/agronegocios/noticia/2015/09/importacao-de-soja-do-
brasil-pela-china-sobe-275-em-agosto-20150921094006975551.html)
RESPONDER
Que os moderadores não se irritem se eu falar só mais uma vez.É que o cenário do artigo aí de
cima está de volta mesmo:istoe.com.br/ouro-sobe-com-dolar-mais-fraco-e-possibilidade-de-
guerra-comercial/.Vai lá Bolsonaro ganha a eleição e vira deus!
RESPONDER
Antes de mais nada, eu sou completamente leigo, mas sigo o site pois procuro conhecimento
relacionado a economia. Então por favor, caso eu diga alguma besteira muito grande tentem não
criar um ódio mortal por mim.
Como a matéria mostrou no início, ao que parece as escolhas que o Ex Presidente Lula e sua
equipe zeram foram acertadas no primeiro momento, o que surpreendeu o mercado de maneira
positiva gerando uma certa estabilidade econômica. Com isso veio o aumento do crédito, mas aí
que está. Até que ponto o aumento do crédito bancário é bene ciário? Pois na visão de alguém
leigo como eu ca parecendo que ele é bené co apenas no primeiro momento, pois conforme os
bancos emprestam e endividam a população, mais complicada ca a situação a médio e longo
prazo. Então como estabilizar a economia e gerar aumento de crédito ao mesmo tempo que se
controla a quantidade de dinheiro real e/ou virtual e endividamento? Tudo isso a médio e longo
prazo não acaba desvalorizando a moeda? Como se evita que isso ocorra para manter uma moeda
forte?
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 144/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
Nas próximas eleições eu não enxergo nenhum candidato apto o su ciente nem sequer pra
nomear uma equipe econômica que seja vista de forma positiva pelo mercado. E mesmo que o
faça e consiga uma certa estabilidade inicial, assim como Lula conseguiu nos primeiros meses,
eu, leigo que sou, não sei quais seriam os próximos passos que a equipe teria de tomar para que
o Brasil saia desse looping que parece ocorrer desde sempre.
Por favor, não me enxerguem como um Petista, não sou, sou apenas alguém que vê o cenário
atual e futuro de forma negativa buscando entender o que seria necessário acontecer para que eu
consiga enxergar o futuro do nosso país de forma mais positiva.
Poderiam me indicar algum artigo no site que julguem serem úteis para responder a minha
dúvida?
Muito obrigado.
RESPONDER
"Então como estabilizar a economia e gerar aumento de crédito ao mesmo tempo que se
controla a quantidade de dinheiro real e/ou virtual e endividamento? Tudo isso a médio e
longo prazo não acaba desvalorizando a moeda?"
Na verdade, esta estabilização já foi feita. E foi dolorosa. Leia todos os detalhes aqui:
www.mises.org.br/Article.aspx?id=2694 (http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2694)
RESPONDER
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 145/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
"Pois na visão de alguém leigo como eu ca parecendo que ele é bené co apenas
no primeiro momento, pois conforme os bancos emprestam e endividam a
população, mais complicada ca a situação a médio e longo prazo. Então como
estabilizar a economia e gerar aumento de crédito ao mesmo tempo que se
controla a quantidade de dinheiro real e/ou virtual e endividamento? Tudo isso a
médio e longo prazo não acaba desvalorizando a moeda? Como se evita que isso
ocorra para manter uma moeda forte?"
www.mises.org.br/Article.aspx?id=1222
www.mises.org.br/Article.aspx?id=487
RESPONDER
Com 200 milhões de habilitantes, o Brasil precisa ter um PIB de 15 trilhões de dólares, para ser
considerado um país
rico.
Ou seja, teríamos que crescer próximo à 10% por mais de 20 anos. Precisamos produzir 10 vezes
mais com a mesma população.
Quem vai fazer o nosso povo trabalhar para produzir 10 vezes mais ? Será que tem infraestrutura
para produzir 10 vezes mais ? Como é que iremos produzir 10 vezes mais sem poupança, sem
educação, sem infraestrutura e sem livre mercado ?
A questão é mais simples do que parece. Temos que produzir 10 vezes mais com a mesma
população, sem in ação e com uma população idosa crescendo a cada dia.
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 146/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
RESPONDER
Mesmo fazendo algumas reformas, eu ainda acho que teremos produzir 10 vezes
mais. Uma boa parte pode vir por melhoria de qualidade.
Para a população ser rica, a renda precisa ser acima de 5.000 dólares por mês.
Menos que isso não paga nem as contas do mês.
RESPONDER
Também concordo que isso deve ocorrer em etapas. Não vai ser com
canetadas que o PIB vai ser multiplicado por 6 do dia para noite.
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 147/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
Não tem como car rico sem trabalhar e sem tentar fazer as coisas
com perfeição.
Não necessariamente.
***
RESPONDER
Não há alternativa. Nada vai resolver o problema, a não ser o PIB do país chegando em 15 ou 20
trilhões de dólares.
A CLT é coisa de retardado. A CLT criou milhares de funcionários retardados, que só pensam em
mamar nas empresas.
Quando você escutar um professor, um jornalista, um político ou muitos intelectuais, saiba que
eles colocaram milhões de pessoas em estado de retardo mental.
RESPONDER
Qual a chance de o governo resolver o dé cit scal ? O que acontece se car tão alto por 1 ano
ou mais? Abraços
RESPONDER
www.mises.org.br/Article.aspx?id=2828 (http://www.mises.org.br/Article.aspx?
id=2828)
RESPONDER
Esse salafrário, Dilma e FHC destruíram as contas do governo portanto tem que ser punidos.
RESPONDER
Que nostalgia sinto por mais uma vez ver esse artigo.
Agradeço muito ao Leandro pelo seu exímio trabalho (e também por or sua paciência de Sísifo
com a economia brasileira).
RESPONDER
Veja bem, não quero impor a verdade - sendo que tal coisa nem existe pra loso a, que não é
ciência, o que não é demérito, muita coisa foi conquistada sem esse tipo de entendimento e toda
forma de conhecimento merece respeito. Espero não ter parecido arrogante.
Coloquei do modo mais cientí co que pude e tentei suprimir ao máximo meu modo de ver o
mundo. Espero que consega hahaha, ainda somos humanos. As ciências humanas são idiográ cas
(trabalham com tendências e lógica) enquanto as ciências exatas são nomotéticas (trabalham
com normas calculáveis e inquebrantáveis). Nesse sentido, não se pode esquecer o revisionismo
dentro das humanas, trabalhar com conceitos de maneira epistemológica, não cometer
anacronismos e sempre requerer aos fatos, quanto mais próximo o estudo for da realidade - sem
cair no positivismo lógico - mais verdadeiro poderá ser.
Vamos a questão da divisão da liberdade em duas que já vi alguns de vocês libertários fazerem -
Liberdade absoluta e liberdade do indivíduo. Não há a necessidade dessa analogia, que mais
pareceu método a m de criar uma escola de pensamento - ocorre bastante isso. Liberdade com
preposição e um regente ou só advérbio não faz diferença. Liberdade no conceito do Aurélio é:
Poder de agir, no seio de uma sociedade organizada, segundo a própria determinação dentro dos
limites impostos por normas de nidas. E a vocês, eu digo, que no direito, na sociologia, na
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 149/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
Do ponto da propriedade privada. Esse é o pulo do gato, caso se "assinar um contrato com um
tribunal que julga" então de modo algum pode existir propriedade privada sem estado-nação,
pois é um estado que com seu aparato de coerção social, o chamado, Monopólio da Violência
Legítima (MVL) realiza e mantem a propriedade privada. Vide John Locke e muitos outros pais do
pensamento liberal, sobre a ideia do contrato social, em que o estado serve para proteger a
propriedade privada e por isso ele protege as pessoas. Aliás, é sempre bom lembrar aos
defensores do capitalismo que o proprio Adam Smith diz:
"É injusto que toda a sociedade contribua para custear uma despesa cujo benefício vai a apenas
uma parte dessa sociedade". Ele NÃO estava falando sobre o Estado Democrático de Direito, mas
da velha aristocracia feudal detentora dos meios de produção.
Ele era um FORTE defensor do uso de impostos progressivos para custear programas sociais
como diz seu comentário: "Não é muito irracional que os ricos contribuam para a despesa
pública, não só na proporção de suas receitas, mas também em algo mais do que na proporção".
Assim como o acumulo muito grande de poder pela propriedade privada: "Onde há uma grande
propriedade, há uma grande desigualdade. Para um homem muito rico, deve haver pelo menos
quinhentos pobres, e a a uência dos poucos supõe a indigência dos muitos. A a uência dos ricos
excita a indignação dos pobres, que muitas vezes são conduzidos pela vontade e inciados a
invadir suas posses. ".
Ele era CONTRA o acumulo de propriedade por saber que isso leva a uma desigualdade social e
seus problemas: "Sempre que haja uma grande propriedade, há uma grande desigualdade"
E ele sabia que o empresario NÃO era capaz de servir ao bem publico EM NENHUMA SITUAÇÃO:
"O interesse dos empresários é sempre em alguns aspectos diferentes e mesmo opostos ao do
público ... A proposta de qualquer nova lei ou regulamentação do comércio que vem dessa ordem
... nunca deve ser adotada , até depois de ter sido longo e cuidadosamente examinado ... com a
atenção mais suspeita. Ela vem de uma ordem de homens ... que geralmente têm interesse em
enganar e até oprimir o público "
E ele era um critico ferrenho do materialismo: "O lho do pobre homem, que o céu tem em sua
ira, visitado com ambição, vai admirar os palácios para invejar. Ele trabalha toda sua vida para
superar seus concorrentes, apenas para encontrar o m de que os ricos não são mais felizes do
que os pobres nas coisas que realmente importam ".
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 150/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
Caso fosse aplicado, do ponto de vista sociológico. É necessário compreender que Anarquismo e
Marxismo estão muito próximos nas análises sociais e diferem muito nos pragmatismos e na
atuação, tendo o mesmo berço (A Queda da Bastilha). Ainda que tenham se enfrentando no
passado e os primeiros foram caçados por Stalin na URSS, bem como foram atacados pelos
marxistas na guerra civil espanhola, e pelos fascistas da frente de Franco. O que mostra as
muitas frentes ideológicas que existem e que esquerda e direita respectivamente atacaram os
anarquistas. Mas onde se diferem? O Marxismo é muito metódico ao dizer que os povos
passariam por estágios, sendo estes diferentes Modos de Produção (MPs); o Modo de Produção
Comunista Primitivo (de sociedades coletoras, caçadoras, pescadoras), o Modo de Produção
Asiático (de reis com súditos em que tudo era do rei, como na Babilônia, na China, no Egito, na
Europa Meridional, podendo ocorrer em outros lugares), o Modo de Produção Feudal (da Europa
setentrional no sistema de Suserano e Vassalagem), o Modo de Produção Capitalista (onde ocorre
a separação entre proletários e capitalistas), o Modo de Produção Socialista (onde haveria no pós
revolução operária ou entrega livre dos meios de produção uma crescente estatização destes, um
governo único e a constante extinção do mercado, bem como da propriedade privada) e o Modo
de Produção Comunista (aqui com tudo já estatizado e não havendo mais classes sociais não
haveria por quê manter um governo e logo se extinguiria esta instituição também).
Os anarquistas discordam nessa passagem para o Comunismo. Eles argumentavam que Marx
tinha uma visão errônea de que o Socialismo fosse um sistema que levaria os homens ao
horizonte utópico e que a única maneira de conseguir tal fato é o método Anarquista.
Os anarquistas que são críticos do pensamento marxista são: Proudhon, Bakunin (ele como o
maior nome a prevenir os absurdos da burocracia da URSS e sua capacidade opressiva) e Stirner.
Provavelmente existem muitos, mas não me lembro agora.
Até mais!?
RESPONDER
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 151/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
Óbvio: não pode existir o mesmo direito de arbitrar sobre algo exercido por mais de uma
pessoa ao mesmo tempo. Questão de LÓGICA.
Pô, "segundo a própria determinação" NÃO COMBINA COM "dentro dos limites
impostos" ...TRATA-SE de AMBIGUIDADE.
A nal, ALGUÉM estabeleceu e IMPÕE LIMITES que PODEM SER ARBITRÁRIOS. Digo,
nessas "normas de nidas" NÃO HÁ MENÇÃO a DIREITO NATURAL e por tal são NORMAS
IMPOSTAS por quem tem PODER de IMPÔ-LAS ARBITRÁRIAMENTE.
Ou seja, essa de nição, signi cado, É DE UMA IMBECILIDADE ATROZ: é uma de nição
CHEIA de AMBIGUIDADES e por óbvio ARBITRARIEDADES.
21 26/01/2018 13:04
Utopia, do grego "ou", "não" ou pre xo de negação e "topos", "lugar", tem, como
signi cado secundário, um lugar que não é no agora, mas que pode ser construído no
futuro. A palavra é atribuída a tentativas de construir modelos socioeconômicos que não
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 152/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
bao tarde,
Uma dúvida que não compreendi. O Governo fez essas medidas de austeridades atraindo
investidores para o país, então houve a expansão de crédito.
Mas minha dúvida é porque ela ocorreu ? o juros eram baixos? o governo estimulou isso? e se foi
ele então essas medidas de austeridades serviram apenas para atrair os investidores?
muito obrigado.
RESPONDER
Aquela recomendação liberal de comprar armas para nos proteger do governo, nunca esteve tão
atual e realista.
Os políticos, funcionários públicos e militares gastam dinheiro sem nenhuma satisfação ao povo.
A grande mídia está toda comprada pelo governo. Muitos empresários sustentam o sistema
corrupto, em troca de beneces e isenções.
Empresários e trabalhadores são roubados pelo governo, sem nenhuma satisfação do ministério
público.
Serviços públicos são pagos, sem nenhum retorno ou satisfação do governo.
Não se trata de briga ideológica. Se trata do povo pagando e não recebendo nada em troca. Com
o mínimo de sanidade, já seria possível concluir que estamos sendo asssaltados.
A posse de armas só nos garantiria uma contra-revolução. Do jeito que está, eles só não fazem
revolução socialista porque não querem. Não podemos fazer igual a venezuelanos que combatem
a revolução socialista com pedras.
Se o governo e os militares já fazem tudo isso, só falta eles começarem uma revolução socialista.
O povo precisa aprender com os judeus. Cansamos de tomar surra do governo. Uma hora nós
iremos revidar.
RESPONDER
Não fazem uma revolução socialista porque quase mais nenhum governo acredita no
socialismo marxista, o grande inimigo atual é a social-democracia e o corporativismo.
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 153/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
Os ancaps zeram isso muito bem. Até quem defende o estado mínimo foi
chamado de socialista.
Também existe um erro conceitual na teoria libertária. Não signi ca uma defesa
irrestrita da liberdade. Signi ca que as pessoas não acreditam no governo. Muitos
libertários são contra as drogas e aborto, mas não acreditam no controle do
governo. É muito diferente da teoria da esquerda,mque defende a liberdade de
usar drogas e matas bebês.
Eu ainda acredito que o país será pior sem existir justiça. Por mais que exista uma
farra nos gastos da justiça, a situação poderia ser muito pior sem essa justiça
capenga estatal. A própria justiça pode permitir no mínimo 8 recursos. É como se
as duas primeiras instâncias não tivesse legitimidade. Porém, é melhor 8 recursos
e 4 instâncias do que nada.
RESPONDER
Como avalia o cenário "hoje", estamos diante de uma desvalorização do dólar perante as
principais moedas (EUR, GBO E JPY) e as commodities indicando o inicio de uma tendencia de
alta.
Estamos na iminência de uma alta volta aos anos das vacas gordas considerando toda conjuntura
mundial (Trump, d[olar em queda, commodities em alta)
RESPONDER
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 154/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
Se alguém doar uma loja de material de construção para um socialista, a loja vira fumaça de
maconha.
Se doar para um comunista, a loja vira materiais espalhados que não servem para nada.
A maior sacanagem do governo foi baixar as taxas de juros via medida provisória. Aí o
empreendedor viu uma oportunidade onde o custo do dinheiro baixou, o quanto ele iria pagar de
juros era menor que a in ação, ou seja, estava ganhando dinheiro. Isso fez com que milhares de
projetos engavetados voltassem para a mesa. Os próprios bancos já sabiam que o calote viria em
breve. Não deu outra, a empresa demorou 1 ano para car pronta, mais um ano para comecar as
vendas e quando chegou no mercado não havia mais clientes.
RESPONDER
Tentar explicar o artigo aos seguidores do INRI-Lula não é nada fácil. Podem-se apresentar
textos, números econômicos, exemplos práticos em que a própria pessoa vive ou aqueles vividos
por outras pessoas (Cubanos, Norte Coreanos, Venezuelanos, Bolivianos, Chineses e
Soviéticos/Russos) e nada. A fé no socialista bonzinho, aquele conhecido por "pai dos pobres",
que deu carro, casa, passagens de avião, faculdade e boletos de nanciamento para 30 anos,
segue inabalável. Para quem não pode desistir (mudar de país), é desanimador.
RESPONDER
Mas isso acontece porque sao ideias di ceis de explicar. Têm que passar por muitos temas
para compreender os impactos desses governos do pt: dolar, selic, sistema bancario, alta
do petroleo , da energia e da agua( no governo Dilma), etc. Coisas que demandaria horas
de explicacao , Principalmente se a pessoa nao tiver um conhecimento básico.
RESPONDER
21 29/01/2018 11:25
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 155/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
g1.globo.com/economia/noticia/entenda-a-reforma-de-trump-que-levou-empresas-a-subir-
salarios-e-criar-vagas-nos-eua.ghtml
Economia Americana é uma bomba relógio com essa taxa de juros subindo.
RESPONDER
21 08/04/2018 21:01
Fiquei um pouco confuso na parte das commodities, " o enfraquecimento do dólar gera um
aumento nos preços do minério, e isso leva as mineradoras a expandirem seus investimentos."
por que o enfraquecimento do dólar gera um aumento nos preços, se ele são reajustados pelo
dólar, uma queda no dólar não iria diminuir seus preços?
RESPONDER
Não. Se uma moeda enfraquece, então você precisa de mais dessa moeda para continuar
comprando a mesma quantidade de bens.
Suponha que $1 compra uma banana. Logo, uma banana custa $1.
Agora, suponha essa moeda se desvalorize (porque foi in acionada ou por qualquer outro
motivo).
Logo, esse mesmo $1 não mais consegue comprar a mesma banana. Você vai precisar de
mais do que $ 1 para comprar essa mesma banana.
Se uma moeda enfraquece, todos os preços mensurados por ela sobem. Se a moeda está
fraca, então é necessário uma maior quantidade dela para adquirir o mesmo bem.
Se o dólar está forte, com 50 dólares você compra uma tonelada de minério de ferro. Se o
dólar está fraco, você precisa de 150 dólares para comprar esta mesma tonelada de
minério de ferro.
RESPONDER
Digamos que seja analisado um por um e seja eleito um melhor, quem vai garantir que
esse plano não será rasgado e feito algo completamente diferente após o indivíduo ser
eleito?
Já eu, proponho que o Mises se mantenha longe de todo e qualquer debate político,
como sempre o fez em sua história.
RESPONDER
O próprio artigo cita que Lula, no primeiro mandato, fez exatamente o contrário do prometido
em campanha - para sorte do país - quem garante que o próximo presidente não fará o mesmo,
só que desta vez para inviabilizar de vez o Brasil.
RESPONDER
Teoria furada.
Como é que hoje, em julho 2018, a Selic está em sua baixa histórica e não está havendo uma
explosão do crédito e consequentemente do IPCA ? E agora não tem dólar baixo não, já passou de
R$ 4 !
Algo muito errado nessa análise !
RESPONDER
"Como é que hoje, em julho 2018, a Selic está em sua baixa histórica e não está havendo
uma explosão do crédito"
Não está havendo uma explosão do crédito porque ninguém tem con ança para endividar
e nem para investir. Sem con ança para endividar e investir ninguém toma empréstimos.
E não há a con ança para se endividar e investir por causa do turbulento cenário político,
o qual está afetando inúmeras variáveis econômicas, algo detalhadamente explicado aqui
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 157/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
(http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2694) e aqui
(http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2581).
Ué, não está havendo explosão do IPCA exatamente porque o crédito está parado. Se
ninguém está tomando crédito, não está havendo aumento dos agregados monetários.
Exatamente por isso não há pressão in acionária.
Até agora, você apenas con rmou tudo o que foi dito no artigo.
Ué, exatamente como diz o artigo: dólar forte gera retração do crédito e dos agregados
monetários, impedindo o crescimento econômico.
Dólar fraco (era Lula) permite expansão econômica. Dólar forte (de Dilma pra cá) gera
retração do crédito e dos agregados monetários, impedindo o crescimento econômico.
Curiosamente, tudo o que você próprio disse simplesmente con rma exatamente o que
foi apresentado no artigo.
No popular, você deu um tiro no pé. Tentou criticar e acabou con rmando ainda mais o
que foi dito.
RESPONDER
Desculpe, sou iniciante, eu achei que a única variável que importava para
determinar a expansão ou retração do crédito fosse a taxa de juros. Então como vi
que a taxa de juros estava muito baixa, não consegui entender como não estava
havendo expansão. Você tem indicação de outras leituras a respeito dessa variável
"con ança" e outras ?
Obrigado
RESPONDER
Além dos dois artigos linkados em minha resposta acima (os quais você
deveria ler), tem também este:
www.mises.org.br/Article.aspx?id=1943
(http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1943)
RESPONDER
Sei que não é o assunto do artigo, mas entre Gustavo Franco (do João Amoêdo), Paulo
Guedes(Bolsonaro) e Pérsio Arida (Alckmin), qual destes é o ideal para o cenário brasileiro do ano
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 158/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
De todos, o melhor é Paulo Guedes. Gustavo Franco vem em segundo, muito perto de
Guedes. Já Pérsio Arida é, de longe, o pior dos três. Mas ainda assim muito melhor que os
economistas do PT e de Ciro Gomes.
RESPONDER
Entendi,obrigado mesmo.
RESPONDER
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 160/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
Lucas,
Paulo Henrique,
Ainda estou tentando entender o "gente que povo chato!" nos comentários. Se fosse aqueles
textos conservadores sobre moralidade eu teria dito a mesma coisa, mas usando meu nome
verdadeiro.
RESPONDER
Sem dúvidas um artigo muito bem escrito e uma tese muito bem explicada. Isso signi ca que ela
está correta? Não sei. Será que as premissas estão corretas? Se não estiverem, todo o "prédio"
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 162/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
desmorona.
Eu não acho economia um assunto complicado. Acho que quem torna ela complicada são os
economistas ortodoxos e toda a matemática que eles manipulam à vontade para provar o que
quiserem com base em premissas questionáveis.
Vejamos. Porque não atribuir à grande expansão econômica do país no período mencionado à alta
do poder de consumo graças ao investimento nos programas sociais? Porque não atribuir ao
acesso massivo das classes mais baixas às universidades e a quali cação do mercado? Porque não
atribuir ao pagamento da dívida externa com o FMI e a retomada da nossa independência?
Porque não atribuir à política de coalisão do Governo Lula, que conseguiu unir todas as classes
em um mesmo propósito, gerando ambiente político propício para retomada da con ança e dos
investimentos? Por que não atribuir à massiva expansão de crédito promovida por políticas
públicas BNDES? Por que não atribuir aos investimentos em infraestrutura no Nordeste?
Precisa mesmo dar toda essa volta intelectual para tirar o mérito das políticas estatais voltadas
para o investimento social, que fez o Brasil alçar a 7° maior economia do mundo, só pra defender
a tese liberal?
Talvez o fato de eu não ser economista me torne "incapacitado" nessa discussão, contudo, meu
bom senso anda está preservado no sentido de que se houve alguma coisa que fez o País crescer
no período mencionado, foi o investimento no ser humano e a inclusão do pobre no orçamento
público.
RESPONDER
"Porque não atribuir à grande expansão econômica do país no período mencionado à alta
do poder de consumo graças ao investimento nos programas sociais?"
Programas sociais retiram dinheiro de uns e repassam a outros. por de nição, isso não
pode elevar o consumo geral, mas apenas o consumo de alguns em detrimento de outros.
De resto, se políticas sociais fossem essa quimera, então nunca mais o país entraria em
recessão. E vale lembrar que o valor do bolsa-família só fez aumentar de lá para cá.
"Porque não atribuir ao acesso massivo das classes mais baixas às universidades e a
quali cação do mercado?"
Igualmente, se essa fosse a causa, não mais haveria recessão no país, pois hoje teríamos
uma mão-de-obra muito mais quali cada que a de dez anos atrás. No entanto, a
realidade é inversa: a qualidade da mão-de-obra piorou. Isso simplesmente aniquila seu
ponto.
A produtividade no Brasil é pior hoje do que era em 1994. Entenda por quê"
www.gazetadopovo.com.br/ideias/a-produtividade-no-brasil-e-pior-hoje-do-que-era-
em-1994-entenda-por-que-9tllryugr6e6esi5gu8huum2d
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 163/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
(http://www.gazetadopovo.com.br/ideias/a-produtividade-no-brasil-e-pior-hoje-do-
que-era-em-1994-entenda-por-que-9tllryugr6e6esi5gu8huum2d)
"Porque não atribuir ao pagamento da dívida externa com o FMI e a retomada da nossa
independência?"
A dívida com o FMI foi paga em 2006 e os juros dela eram ín mos. Já o resto da dívida
externa nunca foi quitado. O que houve, isso sim, é que o Banco Central de Henrique
Meirelles acumulou reservas internacionais em um volume maior do que a dívida externa.
Pesquise antes de car repetindo factóides.
De resto, se a quitação de uma dívida com o FMI impulsiona a economia, não era para ter
havido a brutal recessão de 2015-2016.
"Porque não atribuir à política de coalisão do Governo Lula, que conseguiu unir todas as
classes em um mesmo propósito, gerando ambiente político propício para retomada da
con ança e dos investimentos?"
Neste quesito, você está apenas repetindo o que disse o artigo: retomada da con ança e
dos investimentos foram tópicos extensamente abordados no texto.
"Por que não atribuir à massiva expansão de crédito promovida por políticas públicas
BNDES?"
Para começar, a expansão estatal do crédito também foi algo amplamente abordado no
artigo (está parecendo que você não leu). Em segundo lugar, tal expansão começou
realmente apenas em 2009 e foi até 2015. Já o crescimento econômico acabou em 2011.
www.mises.org.br/Article.aspx?id=2407 (http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2407)
Quais? Quase todas as obras foram interrompidas e não foram terminadas. E por que
investimentos localizados no nordeste fariam o Brasil crescer por quase 10 anos seguidos?
"Precisa mesmo dar toda essa volta intelectual para tirar o mérito das políticas estatais
voltadas para o investimento social, que fez o Brasil alçar a 7° maior economia do mundo,
só pra defender a tese liberal?"
Ah, tá, agora entendi o seu ponto. Você é apenas um ideólogo cegado pelo fanatismo
político-partidário. Para você, a economia não obedece a leis, mas sim a ditames emitidos
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 164/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
por um demiurgo no Palácio do Planalto. Para você, quem faz a economia crescer é um
político (desde que ele seja do seu partido de estimação, é claro), e não empreendedores e
investidores.
Sabe de uma coisa? Lula, de fato, teria tudo para ser o "Imperador do Brasil". Tudo o que
ele precisava fazer era manter a mesma política econômica ortodoxa que adotou no
período 2003-2007, e parar de car fazendo arranca-rabo de classes, com seus discursos
virulentos e raivosos (os quais, felizmente, ele próprio nunca colocou em prática). Se ele
mantivesse a política econômica ortodoxa de 2003-2007 e fosse um sujeito moderado
em seus discursos e provocações, estaria no poder até hoje. Não haveria oposição porque
simplesmente não haveria no que bater, nem à esquerda e nem à direita.
No entanto, ele cometeu o mesmo erro que você: cou inebriado com as conquistas de
Henrique Meirelles e começou a achar que tudo era mérito exclusivo dele (Lula) e que
todos os outros não prestavam. Felizmente, saiu de cena.
RESPONDER
Leandro, eu te perguntei um tempo atrás o que você acha do Alckmin e do Pérsio Arida e o que
eles poderiam acarretar para o futuro da economia brasileira, mas infelizmente eu perdi a minha
pergunta e não consigo encontrá-la. Você poderia me responder de novo por favor?
E sobre o João Amoêdo e o Gustavo? Por que o Gustavo Franco é contra o padrão-ouro?
RESPONDER
Se não me engano, eu havia dito que o Pérsio Arida melhorou bastante ao longo do
tempo. Era heterodoxo roxo e um dos principais defensores da esdrúxula tese da "in ação
inercial". Também foi a mente por trás do Plano Cruzado. Melhorou bastante de lá para
cá, mas ainda não perdeu alguns vícios marxistas e embromações keynesianas. Por
exemplo, quer tributar dividendos. E também namora a ideia de tributar a alta renda.
Entre ele e Gustavo Franco, Franco é melhor. Mas o Paulo Guedes é melhor que os dois.
Ele disse (se não estou enganado, pois só vi uma vez e sem replay) que as
privatizações gerariam algo entre R$ 700 bi e R$ 1 tri ao longo de 5 anos, o
que é perfeitamente factível. E, de fato, se for pra vender estatal, esse é
exatamente o destino correto do dinheiro: abater dívida.
RESPONDER
Por favor!
RESPONDER
Eu ouvi toda a entrevista. Foi boa, embora ele não seja austríaco. Por
que você acha ele melhor que o Gustavo, Leandro?
Você tinha dito de que, além disso do Pérsio (que era um pós-
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 166/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
02- Não estou conseguindo xar a desvalorização do dinheiro por pressão de demanda. Vamos
supor que eu more numa ilha que tenha 100 'dinheiros', nela eu vendo abacates a 1 dinheiro, se
a quantidade de moeda for para 200, logo meu abacate vai automaticamente para 2 dinheiros -
vamos supor que a quantidade de produção se manteve. O preço do abacate aqui vai aumentar
pela demanda ou pela desvalorização? Este é o paradoxo em que me encontro.
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 167/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
03- Porque os preços não conseguem voltar a valores de 2010 por exemplo? O povo ja se
encontra endividado então não tem demanda pelo novo dinheiro criado na economia , logo os
preços nao tinham que cair na mesma proporção?
04- Na cesta de produtos do IPCA tem muita coisa atrelada a dólar, então qual a lógica do Bacen
subir os juros se certos produtos que compõe o índice, tem sua cotação em dólar ?
05 - Porque alguns economistas dizem que in ação é bom para crescimento? Do que adianta
ganhar no nominal se no real é tudo perdido?
06-Para o povo brasileiro ter maior poder de compra é somente com a dolarização da nossa
economia?
Atenciosamente
RESPONDER
"01- Seria correto a rmar então que o aumento de preços é dado apenas pela pressão da
demanda - consequência devida a propensão das pessoas e empresas a pegarem
empréstimos?"
Mais dinheiro na economia gera mais demanda. Mais dinheiro perseguindo a mesma
quantidade de bens e serviços gera aumento de preços destes mesmos bens e serviços.
Passou a existir ainda mais dinheiro em relação a bens. O dinheiro se tornou menos
escasso em relação a estes bens. Logo, se o dinheiro se tornou menos escasso em relação
a outras coisas, ele se desvalorizou.
"02- O preço do abacate aqui vai aumentar pela demanda ou pela desvalorização? Este é
o paradoxo em que me encontro."
Uma coisa gera a outra. Mais dinheiro perseguindo a mesma quantidade de abacates
signi ca que a escassez do dinheiro se tornou menor em relação à escassez de abacates.
Logo, com mais dinheiro do que abacates, o dinheiro se desvalorizou em relação aos
abacates. O abacate se fez mais escasso que o dinheiro.
"03- Porque os preços não conseguem voltar a valores de 2010 por exemplo? O povo ja
se encontra endividado então não tem demanda pelo novo dinheiro criado na economia ,
logo os preços nao tinham que cair na mesma proporção?"
Não cai porque há rigidez nos salários (é proibido por lei haver redução salarial) e porque
os vendedores, por terem incorrido em altos custos (na época da bonança), não querem
vender abaixo destes custos. Logo, tem-se o seguinte fenômeno: as pessoas estão
gastando menos, mas recebem o mesmo salário e os preços também continuam os
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 168/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
www.mises.org.br/Article.aspx?id=2694 (http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2694)
"04- Na cesta de produtos do IPCA tem muita coisa atrelada a dólar, então qual a lógica
do Bacen subir os juros se certos produtos que compõe o índice, tem sua cotação em dólar
?"
Essa é a teoria.
"05 - Porque alguns economistas dizem que in ação é bom para crescimento? Do que
adianta ganhar no nominal se no real é tudo perdido?"
Porque não são economistas de verdade, mas sim meros ideólogos ou agitadores político-
partidários.
www.mises.org.br/Article.aspx?id=2310 (http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2310)
www.mises.org.br/Article.aspx?id=145 (http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=145)
www.mises.org.br/Article.aspx?id=2642 (http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2642)
(ver mitos #4 e #6)
"06-Para o povo brasileiro ter maior poder de compra é somente com a dolarização da
nossa economia?"
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 169/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
1- Vai crescendo com a expansão monetária. Você vai ao banco, pede um emp
banco cria o dinheiro para você. O fato de haver ou não lastro na caderneta de
sacada sem qualquer empecilho.
2- Se ao menos funcionasse como o previsto não seria ruim, pois aí sim estar
(funding) baseada num lastro genuíno: dado que as LIGs não têm liquidez diá
seria o capital utilizado pelo investidor/devedor. Nada de reservas fracionários
descompassada).
Já o atual crédito direcionado não funciona assim: ali é banco estatal, seguind
reservas fracionárias) para emprestar barato para amigos do regime e para set
www.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/busca?
q=PRINC%C3%8DPIO+DA+IRREDUTIBILIDADE+SALARIAL+ART.+7%C2%BA+,
chcadvocacia.adv.br/blog/irredutibilidade-salarial/
Aí, sim, tudo certo. Mas, por lei, não há nenhum empregado que manteve seu
receber menos. Isso seria ilegal.
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 170/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
Excelente!
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O que teria acontecido entre 2000 e 2011 se o Brasil estivesse sob um gold standard com
100% de reservas ?
E, o como estaria a situação nanceira e económica do Brasil, hoje, se estivesse sob este
"standard" ?
Obrigado,
Ruan.
RESPONDER
"O que teria acontecido entre 2000 e 2011 se o Brasil estivesse sob um gold standard com 1
É impossível auferir economia com precisão, mas acredito que estaríamos muito melhores, p
Situação bem hipotética, mas teríamos uma brutal valorização da moeda, façamos a seguint
moeda é determinada por uma quantidade xa de ouro (onça de ouro). Repare que, a onça d
$1895. Faça os cálculos, chegemos a uma desvalorização do dólar de 27% ao ano, ora bolas,
friamente que esta seria uma valorização perante ao mundo (pois estamos avaliando em our
de 2011.
Onça de ouro 2000-2011 (http://fred.stlouisfed.org/graph/fredgraph.pdf?
hires=1&type=application/pdf&bgcolor=%23e1e9f0&chart_type=line&drp=0&fo=open%20s
01-01&coed=2019-01-
01&line_color=%234572a7&link_values=false&line_style=solid&mark_type=none&mw=3&
06-01&line_index=1&transformation=lin&vintage_date=2019-01-30&revision_date=2019
Vale ressaltar que, neste período igualmente, apenas de haver uma política monetária deste
fazer lambança na moeda, forçaria o governo em ter uma boa conduta com as políticas sca
crescimento ainda mais forte e sustentável, concomitantemente com um tamanho do govern
monetária, implicaria em uma situação de de ação "bondosa" (parecida com a que houve em
taxa nominal real, porém sem haver qualquer tipo de ciclos econômicos e muito menos in a
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 171/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
Ela diz que os salários subiram em unidades monetárias de R$240 para R$510, de fato, aum
com as taxas reais (R).
Relação R$ (1+1.12)=(1+0.44)(1+R) ---> R = 47.22%
Relação U$ (1+2.74)=(1+0.44)(1+R) ---> R = 159.7%
Em relação ao ouro haveria de ação monetária (como dito anteriormente), porém utilizarei a
essa de ação, por motivos de comparação.
Ao ouro in ação 64% (1+5.74)=(1+0.64)(1+R) ---> R = 310%
Ao ouro in ação 0% (1+5.74)=(1+0)(1+R) ---> R = 574%
Isto é um cálculo bem a grosso modo.
"E, o como estaria a situação nanceira e económica do Brasil, hoje, se estivesse sob este "s
O governo seria bem menor do que o atual e seriamos país de primeiro mundo, muita coisa t
comunistas estariam desfrutando do bom e do velho capitalismo de mercado.
Um abraço a todos !!
RESPONDER
O Sr diz :
" E como o crescimento econômico seria maior do que a própria oferta monetária,
implicaria em uma situação de de ação 'bondosa' "
"Not only is monetary de ation virtually impossible under gold, but monetary
in ation is unlike to get out of hand.
[...]
One of the most important distinctions of a pure gold standard is that a monetary
de ation is virtually impossible. The world supply of gold and hard monetary
reserves is always increasing. It is, in fact inconceivable that a monetary collapse
could occur under 100 per reserves, as happened in 29-32. During the Great
Depression of the 1930s, the money stock fell by one third. Admittedly, this
monetary de ation occurred when the United States was on a gold standard, but it
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 172/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
Under a pure gold standard, banks would be required to maintain a 100 percent
reserve, which would calm the fears the public might have regarding the solvency
of banks. Why would panicky depositors want to withdraw their money when the
total amount owned is stored safely in the bank's vaults? And even if they did
withdraw their funds, the total amount of money would remain unchanged. Under
a fractional reserve system, converting deposits to cash can sharply curtail the
money supply, but under 100 percent backing, it can have no such e ect. Thus,
bank runs would have no impact of the supply of money. Moreover, the
government could not blunder in reducing the money supply because the
monetary stock would consist entirely of gold bullion and coins. "
RESPONDER
Porque se não fosse por ela, o Lula di cilmente teria sido eleito.
RESPONDER
Porque o regime cambial adotado era insustentável. Basicamente, o câmbio era atrelado
quando deveria ser xo.
www.mises.org.br/Article.aspx?id=1294 (http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1294)
www.mises.org.br/Article.aspx?id=2196 (http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2196)
RESPONDER
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 173/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
Leandro, quais medidas do governo Lula que foram boas e quais foram ruins pro crescimento
econômico brasileiro?
RESPONDER
E, até 2006, havia realmente um esforço para manter uma disciplina scal.
De 2008 em diante, os bancos estatais entraram em modo turbo, e, a partir daí, nada se
salva. A partir de 2011, com Dilma, tudo foi pro saco.
Erro amador de estratégia. Quiseram ser fominhas e, ao ganharem uma eleição, perderam
todo um projeto de poder. Sorte do Brasil.
RESPONDER
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2190 174/175
21/11/2019 Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
Comentário
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