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MICHAEL VIRIATO
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25.ago.2019 às 2h30
(https://degraoemgrao.blogfolha.uol.com.br/2019/08/25/o-mundo-esta-entrando-em-recessao/)
Michael Viriato
A última recessão nos EUA ocorreu em 2008. Considerando os 223 anos desde 1785, na média, ocorreu um
período de queda econômica a cada cinco anos. O período mais longo entre retrações foi de dez anos e ocorreu na
década de 1990.
Estamos agora vivendo o período mais longo de crescimento e isto deixa muitos ansiosos sobre uma potencial
recessão apenas pelo prazo. Desta forma, investidores procuram qualquer sinal que tenha ocorrido no passado e
que possa de alguma forma antecipar. Dentre muitas variáveis econômicas, esta busca sempre é bem-sucedida
para qualquer cenário que se queira provar. E um foi encontrado…
Em agosto a taxa de juros dos títulos de dez anos ficou abaixo da dos de dois anos.
Este fenômeno é chamado: inversão da curva de juros. O nome se explica, pois normalmente investidores
demandam mais prêmio por investir em prazos maiores devido ao risco. Portanto, as taxas de juros tendem
naturalmente a serem ascendentes com a elevação do prazo de vencimento.
Segundo artigo publicado pelo FED de Chicago no ano passado, desde 1970, uma inversão da curva de juros
ocorreu antes de cada recessão. No entanto, os autores alertam que nem toda inversão pode ser vista como
preditor e ela pode apenas refletir condições de mercado e expectativas com relação aos próximos movimentos de
redução de juros da autoridade monetária.
Essa opinião é compartilhada em artigo neste mês pela economista, Tiffany Wilding e pelo estrategista Anmol
Sinha, da maior gestora de renda fixa (https://degraoemgrao.blogfolha.uol.com.br/2017/11/03/voce-sabe-quais-os-riscos-da-renda-fixa/) do mundo, a
Pimco.
A economista americana declara que não acredita que uma recessão seja iminente e que o FED está atento e
reduzirá as taxas de juros como forma de administrar a desaceleração.
No entanto, ambos concordam que os riscos de uma recessão estão maiores, pois várias economias como a
Alemanha apresentaram dados econômicos recentes desfavoráveis. E os EUA não estão imunes. Também
sofreriam com a redução do comércio internacional provocada pela disputa de tarifas comerciais entre o
Presidente Trump e a China.
Segundo o relatório da Pimco, os preços já refletem em parte esse risco de retração econômica.
As recentes quedas do principal índice americano de ações, S&P 500, trouxeram o índice para o patamar de preço
que reflete um múltiplo Preço/ Lucro de 17. Este múltiplo está em linha com sua média histórica.
Dois refúgios dos investidores em crises estão nas suas máximas dos últimos cinco anos: ouro e os títulos públicos
de renda fixa americanos.
O que fazer?
Segundo o relatório da Pimco, “ao contrário do que ocorreu em recessões passadas, os riscos de estabilidade
financeira se mostram moderados, os bancos estão com balanços fortes, o endividamento das famílias está
administrável e a poupança dos indivíduos se apresenta em taxa máxima”. Portanto, isto eliminaria um risco de
crise eminente.
Os nervos dos investidores internacionais estão sensíveis. Os próximos dados econômicos ditarão o andamento
do mercado. Entretanto, ao que tudo indica, o mundo está desacelerando o crescimento, mas não está entrando
em uma recessão.
Apresentação do presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos, demonstrando a retomada de crescimento no país. Fonte: Banco Central
do Brasil
Considerando que estamos vivenciando apenas uma desaceleração controlada, as quedas recentes se mostram
uma oportunidade para elevar a participação de ativos de risco no portfólio para aqueles que ainda não ajustaram
suas carteiras para a recente realidade de taxas de juros no Brasil.
Ressalto que qualquer alteração do portfólio deve considerar o perfil de risco do investidor.
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