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Guerras Cambiais

Resumo
Em fevereiro de 2013, os ministros das finanças do G-20 se reuniram em Moscou, Rússia,
para discutir as crescentes ansiedades sobre uma potencial guerra cambial internacional.
Especulou-se que certos países estavam desvalorizando propositalmente suas moedas a
fim de melhorar sua competitividade nos mercados globais. Os mercados emergentes
argumentaram que as políticas monetárias expansionistas dos principais bancos centrais,
como o Federal Reserve dos EUA, o Banco Central Europeu e o Banco da Inglaterra,
estavam causando efeitos colaterais significativos e prejudiciais, como valorização da
moeda, declínio das exportações e aumento da inflação , em economias menos
desenvolvidas. Por outro lado, os principais bancos centrais insistiram que tais políticas
eram necessárias para reviver o crescimento econômico tanto doméstica quanto
internacionalmente. Essas políticas criariam com sucesso um ressurgimento do
crescimento? As políticas monetárias expansionistas podem ser consideradas ações do
tipo "empobreça o vizinho" pelos mercados emergentes? Como as nações em
desenvolvimento devem responder?
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Questão 1
A estratégia da China para se inserir na globalização foi a mesma utilizada por outros
países asiáticos: dentro da divisão internacional do trabalho, foi uma nação que optou por
produção local e salários menores para atrair capital, visando assim saldo positivo na
balança comercial. O que acontece agora é que as economias desenvolvidas não
consideram como aceitável esse tipo de abordagem. Existe uma derrubada indireta dos
salários dos trabalhadores em países desenvolvidos por causa dessa atitude chinesa. O
que acontece é que, quando os EUA ameaçam a China com uma guerra comercial, a
mensagem é sempre na linha de "ou é feito um aumento nos salários dos trabalhadores
apreciando o câmbio, ou haverá imposição tarifaria das importações". Sendo assim, a
China terá que mudar a orientação do crescimento obtido, ou seja, uma mudança da
economia baseada em exportação para uma economia baseada no consumo.

Baseando-se no estudo de caso Guerras Cambiais (Laura Alfaro – Hillary White),


conteúdos da disciplina Negócios internacionais e pesquisas realizadas, disserte sobre tais
acontecimentos e o que isso representaria para o mundo, bem como os reflexos para o
Brasil.
A desvalorização do yuan poderia ser entendida como um sinal de Pequim de que vai
enfrentar de forma mais aguerrida as posturas dos EUA no comércio internacional. Neste
contexto considerando a baixa margem de manobra da China avalie os reflexos da
desacerelação de sua economia.

Questão 2
Esta questão busca avaliar o conhecimento através de análise da política Internacional.
Para responder a questão abaixo, você deve redigir um texto, contextualizando tal cenário:
- Supondo uma guerra cambial, onde cada país derrube os juros simultaneamente, o que
poderia ocorrer com a liquidez global. Diante este acontecimento o que seria necessário
avaliar e contrapor?

Questão 3
O economista Paul Krugman, autor de renomados livros na área, leciona Relações
Internacionais na Universidade Princeton nos Estados Unidos.. Revolucionou a teoria do
comércio internacional que vigorava na década de 1970 a qual determinava os efeitos do
livre mercado e da globalização, assim como as forças dominantes por trás da urbanização
mundial. Tal teoria vigorava sobre o comércio entre os países e baseada na hipótese de
que os mercados funcionavam bem sozinhos, seguindo a linha de pensamento de que os
mercados se autorregulam e que defende a mínima intervenção por parte dos agentes
governamentais. Não só isso, mas também a visão clássica de Bertil Gotthard Ohlin,
conhecida como "Teoria das Vantagens Comparativas".

Baseado na visão de Paul Krugman e Bertil Gotthard Ohlin, discorra o por que o comércio
internacional é dominado pelos países desenvolvidos.
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O comércio internacional é bom para todos os países? Avalie.

Questão 4
Basta abrir os portais de notícia, assistir à televisão ou ouvir o rádio para perceber que o
momento é bastante agitado para a economia e política brasileira. O atual governo
(Bolsonaro) se encaminha para o final do primeiro ano e, durante esse período, muita coisa
aconteceu. Apesar de todos os ocorridos, o momento de crise na economia e política não
se limita ao Brasil. Diferentes acontecimentos em diversos países fazem com que o
momento global esteja conturbado. Além das situações internas de cada uma dessas
nações, o relacionamento entre elas acaba impactando no cenário internacional.

Atualmente, diversas reformas sociais, políticas e econômicas estão sendo discutidas.


Entre elas estão a reforma trabalhista e a privatização de entidades governamentais. Além
disso, o aumento das queimadas na Amazônia e o posicionamento pró-EUA do presidente
Jair Bolsonaro afetou o relacionamento do Brasil com outros países.

Porém, as crises que enfrentamos hoje são reflexos de diversas ações e estratégias de
diferentes governos brasileiros. Empresários, investidores e empreendedores passam por
uma fase de muitas incertezas diante desse cenário. Com tantas tomadas de decisões e
novos acontecimentos permeando as relações com outros países, é preciso compreender
como tudo isso afeta os negócios brasileiros.

A forma como a economia se molda está diretamente relacionada aos acontecimentos


políticos nacionais e internacionais. Para compreender o momento atual do Brasil no que
se refere à situação político-econômica, é necessário voltar alguns anos e entender a
trajetória que nos trouxe até os dias de hoje.

Por meio da contextualização política e econômica, como tais crises mundiais impactam as
empresas em nosso país?

Questão 5
O poder de barganha oscila entre governo e firma ao longo do tempo.
No início da negociação, o governo pode ter maior influência e poder, principalmente sobre
questões de regulação e em face do número de concorrentes no segmento de mercado.
Entretanto, essa influência pode migrar para a firma uma vez que as operações se iniciem.
Esse fluxo de poder pode ocorrer da forma inversa, quando a firma barganha para se
estabelecer em um país e, depois de instalada, o governo retira os incentivos fiscais e se
torna mais rígido com relação à política tributária “barganha obsolescente”.
O fato é que os Estados estão perdendo o poder para implementar políticas independentes
e agora precisam dominar o jogo da barganha triangular.
A habilidade de gerenciar múltiplas agendas simultaneamente é essencial tanto para
governos quanto para empresas.
Por outro lado, a experiência indica que estratégias brilhantementes concebidas, mas não
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implementadas eficazmente, podem resultar em perdas para os acionistas. Assegurar a


concepção e a execução de estratégias é talvez o mais importante fator para o sucesso
organizacional.
Portanto, o risco de separar essas agendas é muito alto para ambos.
Diante tais fatos, comente qual seria o comportamento político e estratégico das
multinacionais e sob que condições as estratégias governamentais afetam as estratégias
de negócios das firmas.

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