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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

SETOR DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS


MBA GESTÃO ESTRATÉGICA

Disciplina: Fundamentos da Economia Internacional Nota da atividade:


Professor: Marcos Wagner da Fonseca
Atividade: Modulo 2 – Unidade 1
Estudante: Raphael Adryano Araujo de Oliveira

ATIVIDADE 1.1 (10 pontos)

Leia o texto do capítulo I e desenvolva um resumo do


capítulo. (obs.: o texto deve apresentar entre 20 e 30
linhas)

O capítulo 1 é uma introdução à problemática das relações econômicas entre países. Traz
exemplos simplificados do que será estudado no decorrer do curso com o fim de explicar as
principais perguntas que regem a motivação deste estudo: Como, porque e quais dispositivos
existem para organizar e compreender as relações econômicas, tanto no mundo quanto no Brasil.
Antes de qualquer coisa, até como motivação ao estudo, o capítulo apresenta a crescente
demanda de relações internacionais e o salto exponencial aplicado à elas a partir da década de 1980.
Logo em seguida, na Tabela 1, apresenta-se a tendência de queda na exportação dos E.U.A, bem
como o grande aumento de participação dos chineses. Em um comentário à parte, não presente de
forma direta no texto, mas que pude observar pelo fato de eu haver estudado isso em meu curso de
graduação de Engenharia Mecânica, percebi também o grande avanço nas exportações atingido
pelos japoneses, entre as décadas de 1970 à 1990, onde atingiu seu ponto de maior sucesso devido
ao então inovador sistema Toyota de produção, focado em qualidade.
Retornando ao texto, pode-se observar a discreta e estável do Brasil, face ao cenário
mundial, bem como as perdas significativas na América do Sul, impulsionadas pela crise argentina.
Já na Figura 1, observa-se a relação da participação do comércio de bens e serviços no PIB
de cada país bem como o volume de exportações per capita, onde, pode-se verificar tanto a força da
América do norte, Europa e Japão, como o potencial a ser desenvolvido ainda pela China (pois
nesta relação, devido à sua grande população, a China apresenta um grande volume de exportações,
mas ainda pode atingir um patamar superior).
Frente à estes gráficos, tabelas e figuras, o texto tira 3 conclusões importantes: o primeiro,
voltado ao crescimento evidente de China e Índia. O segundo, incluindo à estes dois, o
desenvolvimento deles e suas relações com Brasil e Rússia, formando o BRICS (possível também
de ser verificado pelos Gráficos 2 e 3) e por fim, a escassez de recursos naturais.
Para ilustrar os dados apresentados e confirmar as informações passadas, o texto por fim,
apresenta a evolução de duas indústrias que influenciam de forma direta todo o mercado
internacional: a indústria automotiva no item 1.2 (mostrando a queda de influência dos tradicionais
países mais ricos do G7 e a sua causa: a participação dos países em desenvolvimento), bem como a
indústria de commodities e agronegócio, no item 1.3. Com esta base de exemplos, pretende-se
então, abordar e embasar as perguntas lançadas para compreender as relações econômicas
internacionais.
ATIVIDADE 1.2 (10 pontos)

Com base nos dados disponíveis sobre comércio internacional


apresentados no capítulo 1, responda a seguinte questão: quais as
mudanças mais relevantes temos observado no comércio
internacional nos últimos 50 anos, e quais as tendências para os
próximos 20 anos? Você pode explorar a questão da produção, da
especialização por parte dos países, dos preços internacionais, do
fluxo de comércio (incluindo o volume de recursos e as atividades
econômicas).

Você estará sendo avaliado a partir do argumento apresentado. Ou


seja, para tratar da questão histórica, procure se referenciar em
bases de dados confiáveis e para fazer as projeções de cenário,
apresente um argumento que seja conciso. Isto é, por que este
cenário se apresenta como uma tendência?

Em nosso texto base, temos uma ideia macro de como o mercado se comportou nos
últimos 50 anos, dos quais, todos temos uma visão ampla e teórica, como estudo e compreensão do
que nos trouxe até aqui. Neste período, houveram toda sorte de mudanças de filosofias e políticas de
governo, crises e retomadas econômicas de países, inovações tecnológicas e alterações de métodos
de produção. Precisamos desta compreensão, a qual, tanto um parágrafo quanto um livro inteiro de
estudo seriam igualmente injustos e pobres em conteúdo.
Para tanto, pretendo abaixo relacionar um pouco do que vi ocorrer nos últimos 10 anos, de
forma muito sucinta. Acredito que cada profissional tenha uma visão muito específica da área em
que atua. No meu caso, trabalhando já há 12 anos como engenheiro mecânico, sempre ligado à
Industria, e nos últimos 7 ligado diretamente à Industria de Óleo e Gás, posso abordar com certa
propriedade o que tenho percebido neste em alguns outros mercados (visto que este influencia e
regula muitos dos demais).
Dentro deste universo, pude presenciar 3 grandes crises que começaram no exterior e
chegaram ao Brasil. A primeira, em 2008. A crise imobiliária americana, a grande recessão e a
falência do banco de investimentos estadunidense Lehman Brothers trouxe um cenário que não se
via desde 1929. Aqui no Brasil, neste momento eu trabalhava em uma pequena indústria, que
devido ao avanço chinês no mercado brasileiro, havia reformado seu produto de extrusoras de
borracha para mini usinas de biodiesel. Não resistindo à perda de seu CEO por falecimento
repentino em um acidente, a empresa fechou no final de 2009.
Ao sair desta empresa, iniciei em 2010 em uma fábrica cujo foco do negócio eram tanques
de armazenamento de combustíveis. Este era o negócio do momento. A alta do Petróleo em 2010,
bem como os altos investimentos da Petrobrás faziam este mercado ser alavancado. Porém, da
mesma forma que este mercado foi impulsionado à um grande derrame de dinheiro, logo começou a
ruir por não ter a sustentabilidade que este mercado exige.
Logo entre 2011 e 2012, muito antes das delações premiadas e investigações da lava jato
de 2014, já tínhamos um cenário muito prejudicado no ramo do petróleo. Era perceptível que o
modelo de administração público da Petrobrás não estava funcionando. Como prestador de serviço,
vimos e chegamos ao limite da falência com nossa empresa, no que talvez tenha sido a maior crise
que a nossa empresa passou.
Estrategicamente, buscamos outros meios de garantir a subsistência da empresa, a qual
passou a seguir diversificando seus produtos (não só mais a parte de tanques como tubulações e
estruturas metálicas), mas também mudando o foco de mercado, explorando agora o agronegócio.
De lá para cá, temos procurado manter este equilíbrio delicado, de não perdermos o nosso
mercado “mãe”, que é a Indústria de Óleo e Gás, mas sem deixar de garantir nossa sobrevivência,
através do mercado que mais cresce no país: o Agronegócio.
Do ponto de vista de visão de futuro, também entendo que a pretensão de entender os
próximos 20 anos é tão imprecisa quanto de resumir os últimos 50 em um único parágrafo. Vejo,
nos meus próprios exemplos acima que a única coisa constante nos últimos 10 anos foi a mudança.
Uma verdadeira montanha russa de quedas e oportunidades. Ano a ano.
Como engenheiro, procuro entender isto como tendências, como na composição de uma
função de modulação elétrica, que inicialmente possui uma alta variação, mas logo vai se
estabilizando em um comportamento mais estável e compreensível. Quero crer que é isto que
passamos hoje, no mundo e consequentemente no Brasil.
Aquela dificuldade que havia nas influencias exteriores chegarem ao país, acabaram. Hoje,
um atleta que se machuca em Istambul está agendando on-line uma consulta para cirurgia nos
Estados Unidos no dia seguinte. Este é o mundo em que vivemos, ainda efervescente e curioso no
uso desta comunicação desenfreada. Mas isto vai passar, e vai passar como tudo tem ocorrido:
rápido.
Entendo que em pouco tempo: talvez 10 ou no máximo 15 anos, teremos um mundo com
obrigações éticas mais responsáveis, regulados justamente pelo mercado. Se pararmos para analisar:
é isto que ocorre no nosso país hoje: uma população consciente e inconformada com a situação do
país, mas justamente por poder se comparar com outros países, e por saber que, sem corrigir a
situação em casa, não seremos levados à sério pelo resto do mundo.
Isto ocorre com Brasil, Itália, China, Etiópia, Argentina, Coréia do Norte, tudo ao mesmo
tempo. Talvez, minha visão seja até otimista, mas vejo que a globalização trará este benefício à
humanidade. Primeiramente, regulando as administrações e corrigindo a ética nas conduções
governamentais. Posteriormente na sustentabilidade e coesão nas diversas nações. Para enfim,
podermos ter avanços humanitários e engajamento internacional.

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