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GUIA DAS DOENÇAS

NEFROLOGIA/UROLOGIA

Demetrius L. Sampaio, MB, MPhil editor chefe


Arlete Bulhões de Oliveira
Gabrielle Nunes Oliveira Santos
Igor de Holanda Argollo Cerqueira
Maria Eduarda Santos Cedraz
Nivya Maria Souza Moraes

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NEFROLOGIA/UROLOGIA

Infecção do trato urinário (ITU)


Nefrolitíase
Doença renal crônica (DRC)
Injúria renal aguda (IRA)
Doenças glomerulares

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Néfron cortical Néfron justamedular

Córtex
Cápsula de Córtex
Glomérulo Túbulo
Bowman
Medula contorcido
Túbulo
distal
contorcido
proximal

Cálice

Segmento espesso Medula externa


do ramo ascendente
Pelve renal
da alça de Henle

Ramo
descendente da
alça de Henle
Segmento delgado
do ramo ascendente
Ureter da alça de Henle

Cápsula renal

Tubo coletor

Medula interna
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ITU
INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO FATORES DE RISCO
Prof. Demetrius Sampaio, MB, MPhil

CONCEITO SEXO FEMININO


FISIOPATOLOGIA ● uretra mais curta e próxima ao ânus
● modificações anatômicas em gestantes
Presença de um microorganismo patogênico na urina e
nas estruturas que compõem o aparelho urinário Colonização da muscosa intestinal e região Ascenção destes organismos para
perianal por microorganismos uropatogênicos bexiga, rins e vias urinárias OBSTRUÇÃO DO TRATO URINÁRIO
● causas obstrutiva que geram estase urinária, como
(enterobactérias) littíase, tumor, estenose uretral, hipertrofia prostática

BEXIGA NEUROGÊNICA
● geralmente pessoas com diabetes mellitus, lesão da
medula espinal e esclerose múltipla apresentam
uma disfunção motora da bexiga na qual gera
estanse urinária

FATORES DE RISCO RELACIONADOS À ITU COMPLICADA E NÃO COMPLICADA

ITU NÃO COMPLICADA ITU COMPLICADA


ETIOLOGIA
Maioria bactérias gram negativas Sexo feminino Sexo masculino
Ocorre principalmente devido à atvidade sexual, uso de contraceptivos com
espermicida e alteração do pH vaginal (uso de antibióticos, hipoestrogenismo) Ausência de cateteres urinários Alteraçoes anatômicas e
ITU ADQUIRIDA NA COMUNIDADE funcionais do trato urinário
● Escherichia coli (bexiga neurogênica, refluzo
mais comum, 70 - 80% dos casos vesico-ureteral, estenose,
● Staphylococcus saraprophyticus Sem alterações da imunidade
● Outros ASCENÇÃO DETERMINADA POR: cistos)
Proteus ssp, Klebsiella ssp, Enterococcus faecalis

ITU NOSOCOMIAL (multirresistentes)


VIRULÊNCIA DO AGENTE INFECCIOSO Ausência de alterações Obstrução urinária (HPB, litíase
● aderência anatômicas e funcionais do renal)
● Enterobactérias (maior parte) ● invasão
E. coli, Proteus ssp, Klebsiella ssp, Pseudomonas aeruginosa, trato urinário
● inflamação
Acinetobacter baumanni, Enterobacter ssp, Enterococcus faecalis
● Fungos
Antecedente de infecção prévia
Candida ssp Infecção comunitária
INTEGRIDADE DOS MECANISMOS DE
DEFESA DO INDIVÍDUO Presença de insuficiência renal

Patógenos multirresistentes

Imunossupressão, DM

Presença de cateteres urinários

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PRbpm
CLASSIFICAÇÃO QUADRO CLÍNICO DIAGNÓSTICO TRATAMENTO

70
2
%SpO
90
De acordo com a LOCALIZAÇÃO:
CLÍNICO: ITU baixa + adquirida na comunidade+ mulheres jovens
● disúria imunocompetentes + sem fatores de risco para complicações CISTITE PIELONEFRITE
● polaciúria
● urgência miccional EXAMES:
CISTITE (ITU BAIXA) ● Urina de rotina:
● dor em região suprapúbica
● hematúria, urina turva piúria (>= 10.000 leucócitos/mL ou >= 10 leucócitos/campo), hematúria e
● Trato urinário baixo acometido ● alteração do nível de consciência e/ou bacteriúria
comportamento (atípico, mais comum em idosos) fita positiva para leucócito esterase e/ou nitrito Nitrofurantoína 100mg, VO,
Ciprofloxacino 400mg IV ou
● Urocultura (padrão-ouro): 12/12h por 5 dias (1ª escolha)
550 mg, VO, 12/12h por 7 dias
Sulfametoxazol + trimetoprima
urina colhida em jato médio de maneira asséptica, avaliação do (SMX-TMP) 160-800mg, VO,
Ceftriaxona 1-2g, IM ou IV, 1x/
patógeno, ocntagem bacteriana > 100.000 UFC/mL dia
12/12h por 3 dias
PIELONEFRITE (ITU ALTA) ● sinais e sintomas sistêmicos ● Hemograma Fosfomicina 3g, VO, dose única
Amicacina 15 mg/kg IM ou IV
● prostração, mal-estar, hiporexia, mialgia, astenia ● PCR
● Trato urinário superior acometido ● febre ● Ureia
● vômitos e náuseas ● Creatinina
● sinal de giordano positivo ● Exames de imagem: ASSOCIADO AO CATETER
● dor lombar uni ou bilateral USG, TC e RM do aparelho urinário para afastar complicações
Indicações: neonatos, crianças (2 eps em meninas e 1 ep em meninos),
De acordo com a PRESENÇA DE COMPLICAÇÕES: homem, doença renal prévia, infeccção persistente, mulheres com
infecções de repetição
● Hemocultura:
NÃO COMPLICADA ITU alta complicada, quando positiva tem maior risco de sepse Recomenda-se retirada da sonda vesicual e avaliação da
persistência da bacteriúria por 48 horas
● Quando envolve o trato urinário normal Persistência presente: inicia tratamento por 10 - 14 dias e
medicação de acordo com a urocultura
Quando é indicado realizar urocultura? ● Ceftriaxona 2g/dia, 8/8 horas
COMPLICADA ● Ciprofloxacin 400 mg, EV, 10/10 horas
Febre ● Ceftazidima 2g, 8/8 horas (suspeita de Pseudomonas)
● Presença de alterações estruturais ou funcionais Sintomas > 7 dias ● Vancomicina 1g, 12/12 horas (suspeita de Enterococos)
● Repercussões sistêmicas Sintomas sugestivos de vaginite
● Risco de falha terapêutica e complicações graves Dor abdominal, náuseas e vômitos
Hematúria franca em pacientes > 50 anos
De acordo com a ORIGEM: Imunossupressão
DM, gestação
Alterações urológicas, DRC, litíase renal
COMUNITÁRIA Internação hospitalar há 2 semanas
Tratamento para ITU há 2 semanas
● Adquirida na comunidade ou início dos sintomas < 48
horas ITU sintomática recente
PROFILAXIA
NOSOCOMIAL
PACIENTES COM ITU RECORRENTE
● Início dos sintomas < 48 horas de internação
● Relacionada ao uso de dispositivos invasivos (sonda Ingestão oral de flúidos com frequência
vesical de demora), imunossupressão e etc Aumentar a frequência de miccções (2 a 3 horas)
OBSERVAÇÃO: Evitar o uso de espermicidas
Medicamentoso:
ASSOCIADA AO CATETER ● SMZ-TMP 40 mg/ 200 mg 1x/dia
● Nitrofurantoína 50mg/dia
Quando presença de sonda vesical ou uso nas últimas ● Cefalexina 250mg/dia
48 horas, pode ser chamada no nome acima
febre

Medicamentoso em gestantes:
desconforto no flanco ou suprapúbico
● ● Nitrofurantoína 50-100 mg/dia
sensibilidade no ângulo costovertebral
● ● Cefalexina 250-500 mg/dia
obstrução do cateter
● ● Se tiver fator de risco para pielonefrite deve ser
BACTERIÚRIA ASSINTOMATICA PACIENTES COM REMOÇÃO RECENTE DO CATETER: realizada a profilaxia desde a 1ITU da gestação
● disúria Retirada precoce de sondas vesicais
● Duas culturas de urina positivas, colhidas em ● urgência miccional Evitar cauterização vesical
mais de 24 horas de diferença, com a presença ● aumento da frequência urinária Uso de creme vaginal com estrógeno para mulheres na
de 100.000 uropatógenos/mL da mesma cepa e menopausa com ITU recorrente
PACIENTES COM LESÃO MEDULAR:
ausência de sintomas de ITU ● sintomas inespecíficos e atípicos
● Mais comum em idosos, mulheres, diabéticos e ● espaicidade
gestantes ● mal-estar
● letargia
De acordo com a FREQUÊNCIA:

RECORRENTE

● 3 vezes ao ano ou 2 episódios em 6 meses


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DIRETRIZES/
CONSENSOS
Diretriz Brasileira de

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DRC
DOENÇA RENAL CRÔNICA FATORES DE RISCO
Prof. Demetrius Sampaio, MB, MPhil

Hipertensão
CONCEITO
FISIOPATOLOGIA
Diminuição do ritmo de filtração glomerular abaixo de Diabetes
60 ml/min/1,73m² e/ou presença de anormalidades na
estrutura renal, com duração > 3 meses
Idosos

MARCADORES DE ANORMALIDADE
Doença cardiovascular
MECANISMOS ESPECÍFICOS CONJUNTO DE MECANISMOS
ALBUMINÚRIA > 30 mg/dia
HIPERFILTRAÇÃO E
Histórico familiar de DRC
ANORMALIDADE GENÉTICA
SEDIMENTO URINÁRIO ALTERADO DO DESENVOLVIMENTO OU HIPERTROIA DOS NÉFRONS
DA INTEGRIDADE RENAL
REDUÇÃO DA MASSA
DISTÚRBIO ELETROLÍTICO DEPOSIÇÃO DE RENAL COM POSTERIOR Uso de medicações nefrotíxicas
IMUNOCOMPLEXOS E FUNCIONALIDADE ANORMAL
HISTOLOGIA ALTERADA INFLAMAÇÃO DECLÍNIO PROGRESSIVO

EXPOSIÇÃO À TOXINAS ESCLEROSE E DESTRUÇÃO


ALTERAÇÃO DE IMAGEM DOS NÉFRONS

Cortex

HIPERFILTRAÇÃO
CAUSAS DE DRC AUMENTO DA PRESSÃO
AUMENTO DO FLUXO
Nefropatia diabética AUMENTO DA AIVIDADE DO SRA
Outer
PROTEINÚRIA
Nefroesclerose hipertensiva Inner stripe medulla
HIPERTROFIA ADAPTATIVA
Doenças glomerulares
Outer stripe FIBROSE RENAL
ESCLEROSE
Nefrite lúpica

Uropatia obstrutiva

Ateroembolismo Inner medulla

Mieloma múltiplo

Nefropatia isquêmica SÍNDRME URÊMICA

Nefropatia do HIV

Necrose tubular aguda com lesão permanente


ACÚMULO DE TOXINAS QUE ANTES
Anomalias congênitas renais
ERAM EXCRETADAS PELOS RINS
Síndrome de Alport
ANORMALIDADES DEVIDO À PERDA
Câncer renal DA HOMEOSTASE HIDRELETRLÍTCA
E REGULAÇÃO HORMONAL
Granulomatose de Wegner
INFLAMAÇÃO SISTÊMICA
PROGRESSIVA COM
CONSEQUÊNCIAS VASCULARES E
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PRbpm
CLASSIFICAÇÃO QUADRO CLÍNICO DIAGNÓSTICO TRATAMENTO

70
2
%SpO
90
TAXA DE FILTRAÇÃO GLOMERULAR: TRATAMENTO DAS COMPLICAÇÕES
De acordo com a GFR ml/min/1,73m²: ● Melhor medida do funcionamento renal
Geralmente insidiosa e oligoassintomática
● Equação de Cockcroft-Gault: DIETA
Hipertensão
○ Filtração glomerular (mL/min)= 140 - idade (em anos) x peso ● Hipossódica (até 2g de sódio ou 5g de NaCl)
Edema
G1 NORMAL OU ALTO > = 90 (kg) / 72 x Creatinina sérica (x 0,85 se mulher) ● Hipopotassêmica
Acidose metabólica
● Equação abreviada do estudo Modification of Diet in Renal Dise- ase ● Hipofosfatêmica
Alteração do nível de consciência
Anemia (MDRD) ● Hipoprotéica
G2 DIMINUIÇÃO LIGEIRA 60-89 ○ Filtração glomerular (mL/min/1,73m2) = 186 x (Creatinina
Osteopenia
sérica)-1,154 x (idade)-0,203 X (0,742 se mulher) X 1,210 se negro HEMODIÁLISE
DIMINUIÇÃO ● mais usada para tratamento, controle e manutenção vital
G3a MODERADA
45-59
SUMÁRIO DE URINA ● DRC TGF < 10-15 faz em 90% dos casos
GERAL DERMATOLÓGICO
● Hematúria ● remove s slutos urêmicos acumulados de forma anormal
DIMINUIÇÃO POUCO 30-44 ● Leucocitúria de água
G3b SEVERA fadiga, cansaço palidez (sindrome urêmica)
● auxilia no equilíbrio eletrolítico e ácido-básico
pele seca e atrófica MARCADORES DE LESÃO RENAL
perda de apetite
G4 ● Proteinúria DIÁLISE PERITONEAL
DIMINUIÇÃO GRAVE 15-29
● Albuminúria ● maior chance de falha , peritonite e esclerose do peritônio
edema equimoses

G5 FALÊNCIA RENAL < 15 USG DE RIM E VIAS URINÁRIAS TRANSPLANTE RENAL


sinais de desnutrição prurido
● melhor sobrevida e qualidade de vida
BIÓPSIA RENAL ● tratamento ideal

De acordo com os NÍVEIS DE ALBUMINÚRIA:


CARDIOVASCULAR PULMONAR
NORMAL PARA < 30 mg/g
A1 LIGEIRO AUMENTO <3 mg/mmol pericardite pleurite

30-300 mg/g miocardiopatia edema agudo de pulmão


A2 AUMENTO MODERADO
3-30 mg/mmol
tamponamento pericárdico pneumonite
> 300 mg/g
A3 AUMENTO GRAVE
> 30 mg/mmol aterosclerose respiração de kusmall

GASTROINTESTINAL ENDÓCRINO
ESTADIAMENTO
náuseas e vômitos hiperparatireoidismo

UREIA E hemorragia alt. metabolismo ósseo


ESTÁGIO CARACTERÍSTICA TGF
CRETAININA
ascite dislipidemia
0 FUNÇÃO RENAL NORMAIS > = 90
NORMAL SEM LESÃO
pancreatite, gastrite alterações hormonais

LESÃO C/ FUNÇÃO
1 RENAL NORMAL
NORMAIS > = 90 HEMATOLÓGICO NEUROLÓGICO

INSUFICIÊNCIA anemia (def. eritropoetina) sonolência


2 RENAL FUNCIONAL NORMAIS 60-89
LEVE disfunção plaquetária alterações cognitivas

INSUFICIÊNCIA infecções, neoplasias (FR) confusão mental


3 RENAL MODERADA
ELEVADAS 30-59
alteração neutrofílica alteração de memória
INSUFICIÊNCIA MUITO
4 RENAL GRAVE ELEVADAS 15-29 convulsão

coma
INSUFICIÊNCIA MUITO
5 RENAL TERMINAL ELEVADAS
< 15 neuropatia

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IRA
INJÚRIA RENAL AGUDA FATORES DE RISCO
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● Hipovolemia, choque
● ICC
CONCEITO ● Cirrose, ascite
ETIOLOGIAS ● Necrose tubular
Perda significativa da função renal (TGF) de forma abrupta ● Tumores e hipertrofia prostática
(dias ou horas) ● Idosos
● A TGF representa o volume de sangue (mL) que os
● DM
glomérulos filtram a cada minuto e, consequentemente, ● HAS
alterações hidroeletrolíticas, distúrbios ácido-base e ● Politrauma
acúmulo de escórias nitrogenadas, como a ureia e a ● Medicamnrtos:
creatina - antidepressivos, antiarrítmicos,
PRÉ-RENAL RENAL (INTRÍNSECA) PÓS-RENAL anticolinérgicos, antipsicótivos
● Azotemia: elevação desses metabólitos ● Lesão vascular ● Obstrução de vasos, vasculites ● Cálculos, coágulo, prostatite,
● Reduçaõ do DC ● Dano direto ao tubúlo do néfron HPB
● Depleção absoluta de flúidos ou interstício ● Bexiga neurogênica
corporais, hipovolemia ● Infamação ou degeneração do ● Medicamentos
● Vasoconstrição renal glomérulo
● Autorregulação alterada

FISIOPATOLOGIA

Redução da perfusão sangúinea Lesão do parêquima renal Obstrução do sistema urinário


renal Lesão do córtex renal coletor
Integridade do parêquima renal Dano estrutural

Injúria das céulas tubulares

Comprometimento da função
renal e da taxa de filtração
glomerular

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CLASSIFICAÇÃO DIAGNÓSTICO TRATAMENTO

PRbpm
QUADRO CLÍNICO

70
2
%SpO
90
CLÍNICA:
TRÍADE CLÁSSICA: ● História de curta duração TRATAMENTO DAS COMPLICAÇÕES
De acordo com a DIURESE:
● Presença de fatores de risco
● Sintomas TRATAMENTO DE SUPORTE
Hiperpoliúrica HIPERTENSÃO EDEMA UREMIA SUSPEITA DIAGNÓSTICA:
● Redução do debito urinário < 400 ml/dia TRATAR A ACUSA PATOLOGICA
> 4000 ml/dia
● Creatinina > 1,2 md/dL
CLEARANCE DE CREATININA 24h MEDIDAS GERAIS
Poliúrica
EXAMES COMPLEMENTARES
1201 - 4000 ml/dia ● Ureia,cratinina e ácido úrico elevados DIÁLISE INDICAÇÕES:
● pHmetria: acidose metabólica ● HIPERVOLEMIA GRAVE:
● Eletrólitos ○ Edema agudo de pulmão
Não-oligúrica ○ Hipertensão refratária a anti-hipertensivo
○ sódio
401 - 1200 ml/dia ○ poássio (hipercalemia)
● Hemograma ● HIPERCALEMIA GRAVE
Oligúrica ● EAS ○ K > 5,5 e ECG alterado
○ sódio urinário ○ K > 6,5
101 - 400 ml/dia Outros sintomas: ○ osmolalidade ○ Uremia
● Hiporexia, náuseas, vômitos ○ cilíndros epiteliais ○ Acidose metabólca grave (pH < 7,2)
Anúrica ● Dispneia, arritmia, ICC, EAP, pericardite
● Sonolência, convulsão, tremores, agitação USG DE RIM E VIAS URINÁRIAS
< 100 ml/dia ● Prurido DOPPLER RENAL
● Sangramento, anemia BIÓPSIA RENAL
● Depressão imunológica
De acordo com a CREATININA E DÉBITO URINÁRIO:
PARÂMETROS PRÉ-RENAL

ESTÁGIO CREATININA mg/dl DÉBITO URINÁRIO ml/kg/h RELAÇÃO UREIA/CREATININA > 40:1

URINA CONCENTRADA
1 Aumento 1,5 a 2x < 0,5 em 6h

ASPECTO QUÍMICO DA URINA SEM ALTERAÇÕES

2 Aumento 2 a 3x < 0,5 (6 a 12h) SEDIMENTOS AUSENTES OU CILINDROS HIALINOS

FRAÇÃO DE EXCREÇÃO DE SÓDIO < 1%


3 Aumento > 3x < 0,3 (24h)
FRAÇÃO DE EXCREÇÃO DE UREIA < 35%

PARÂMETROS INRÍNSECA

RELAÇÃO UREIA/CREATININA < 15:1

URINA DILUÍDA

HEMATÚRIA, PIÚRIA, PROTEINÚRIA E GLICOSÚRIA

CÉLULAS EPITELIAIS, CILINDROS E LEUCÓCITOS

FRAÇÃO DE EXCREÇÃO DE SÓDIO > 2%

FRAÇÃO DE EXCREÇÃO DE UREIA > 50 %

PARÂMETROS PÓS-RENAL

RELAÇÃO UREIA/CREATININA > 15:1

URINA LEVEMENTE CONCENTRADA

HEMATÚRIA, PIÚRIA
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SEDIMENTOS AUSENTES

ALTERAÇÕES NA USG
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ALTERAÇÕES NA TC
NEFROLITÍASE
FATORES DE RISCO
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● Sexo masculino
● 20-40 anos
CONCEITO ● Ingesta hídrica
FISIOPATOLOGIA ● Excesso de carne e sal na dieta
Concentração de cristais no trato urinário, formando cálculos
● Sedentarismo
ao antigir determinado tamanho e gerando sintoma.
● Alterações anatômicas do TU
● Distúrbios metabólicos
● Imobilização longa
● Doenças que alteram metabolismo do cálcio
● Drogas litogênicas
EXCESSO DE SOLUTOS BAIXA INGESTA HÍDRICA INIBIÇÃO DA CRISTALIZAÇÃO
● Supersaturação da urina ● Redução do débito urinário ● Citrato de potássio
● Maior permanência dos critais

HIPEROXALÚRIA no sistema urinário HIPERCALCIÚRIA


● Diluição comprometida gerando
cristalização
URINA COM EXCESSO DE ALTO pH URINÁRIO
ÁCIDO ÚRICO
ACÚMULO DE UREIA

Supersaturação da urina

Formação de critais Aumento do tamanho Cálculos

SUPERSATURAÇÃO

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CLASSIFICAÇÃO DIAGNÓSTICO TRATAMENTO

PRbpm
QUADRO CLÍNICO

70
2
%SpO
90
HISTÓRIA CLÍNICA E EXAME FÍSICO:
Cólica renal ● História TRATAMENTO CLÍNICO EXPECTANTE É O MAIS INDICADO,
De acordo com a LOCALIZAÇÃO:
devido à osbtrução ureteral: ● Presença de fatores de risco POIS A MAIORIA DOS PACIENTES O CÁLCULO É < 5m
● dor em cólica ● Sintomas
Caliciais ● ínico úbito MEDIDAS GERAIS
cálice renal
● região lombar URINA TIPO I
● pode ter irradiação para testículos, uretra ou região vaginal ● Pesquisa de hematúria
ANTI-INFLAMATÓRIO
Piélico ● diclofenaco de sódio
Naúseas e vômitos RX DE ABDOME
pelve renal ● Calcificações no trajeto do ureter ● ibuprofeno
Hematúria ● Apenas calcificações > 2-3mm ● principalmente para cólica renal, cuidado com
Coraliforme pacientes com redução da função (contraindicado)
Disúria USG DE ABDOME
pelve e cálices ● Avaliação intra-renal, vesical e ureter distal HÁBITOS DE VIDA
Polaciúria
Ureteral ESPASMÓTICOS
Urgência miccional
UROGRAFIA EXCRETORA
ureter: proximal, médio e distal CIRURGIA
● Avaliação de todo trato urinário alto
Associação com ITU
● Avaliação indireta da função renal
Vesical .
TOMOGRAFIA COMUTADORIZADA
bexiga
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA ASSINTOMÁTICOS
Uretral
uretra TRATAMENTO DE SUPORTE
● alimentação
De acordo com a COMPOSIÇÃO:
● hidratação
● medicamentos conforme distúrbio
OXALATO DE CÁLCIO PURO
radiopaco, pH normal SINTOMÁTICOS

OXALATO DE CÁLCIO E FOSFATO AINES

radiopaco, pH alcalino ALFABLOQUEADORES

FOSFATO DE CÁLCIO PURO INTERVENÇÃO CIRÚRGICA


● geralmente em cálculos > 10 mm
radiopaco, pH alcalino ● cistoureteroscopia cm ureteroscopia
● litotripsia com ondas de choque extracorpórea (LOCE)
● nefrolitotomia
ESTRUVITA

moderada radiopacidade, pH muito alcalino

ÁCIDO ÚRICO

radiotransparente, pH ácido

CISTINA

leve radiopacidade, pH ácido

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DOENÇAS GLOMERULARES
FATORES DE RISCO
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● Diabetes
● Infecções
CONCEITO ○ Endocardite bacteriana
○ Sífilis
TIPOS ○ Hepatite B
Doença em que o glomérulo, estrutura que faz parte do néfron, ○ Malária
é acometido. ● Doenças autoimunes
○ LES
● Doenças malignas
○ Linfomas
SÍNDROME NEFRÓTICA ○ CA de mama
SÍNDROME NEFRÍTICA Lesão na barreia de filtração glomerular e ○ Leucemia
Inflamação glomerular com perda abrupta perda da seletividade de filtração ● Nefropatias
da filtração ● Uso de substâncias
○ AINES
○ Ouro
FISIOPATOLOGIA ○ Heroína
○ Pamidronato

Inflamação Passagem de substâncias sendo


Obliteração dos capilares eliminadas pela urina
Citocinas
Permeabilidade à
Diminução da taxa de excreção macromoléculas
dos solutos
Edema, hipertensão Retenção de sódio e água

Aumento da permeabilidade Hipoalbuminemia


= proteinúria
Extravassamento de flúido
Ruptura da alça glomerular
= hematúria
Edema

INFLAMAÇÃO ALBUMINÚRIA

OLIGÚRIA HIPOALBUMINEMIA

CONGESTÃO EDEMA

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PRbpm
CLASSIFICAÇÃO QUADRO CLÍNICO DIAGNÓSTICO TRATAMENTO

70
2
%SpO
90
De acordo com o TIPO:
CLÍNICO+ COMPLEMENTAR TRATAR CAUSA PRIMÁRIA
● avaliar doença e suas peculiaridades
SÍNDROME NEFRÓTICA EXAMES:
● Urina de rotina CORTICÓIDES
Edema generalizado ● Ciclofosfamida
DOENÇA POR LESÃO MÍNIMA ● Hemograma ● Metilprednisolona
● Mais comum em homens e crianças Hiperlipidemia e lipidúria
● Não há consumo do complemento ● PCR CORREÇÃO DO DISTÚRBIO HIDROELETROLÍTICO
● Perde muita albumina = edema Proteinúria> = 3,5
● Ureia DIURÉTICOS DE ALÇA
GLOMERULONECROSE FOCAL E SEGMENTAR Hipoalbuminemia < 3 g/dL
(GESF) ● Creatinina ANTIBIOTICOTERAPIA A DEPENDER DA CAUSA
● Mais comum em ADULTOS ● Penicilina
● Fibrose dos glomerulos ● Biópsia renal ● Macrolídeos
● Hiperfluxo de filtração= esclerose
● Imunoflurorescência IECA/BRA
GLOMERULONEFRITE
MEMBRANOPROLIFERATIVA VASODILATADORES
● Única causa primária ● Se pressão arterial elevada
● Cursa com complemento baixo
ESTATINAS
GLOMERULOPATIA MEMBRANOSA ● Se presença de hiperlipidemia

● 30-50 anos Hipertensão


● Associada com trombose da veia renal
● Autoanticorpos contra a fosfolipase A2 do tipo M Hematúria (hemácias e clindros hemáticos
na urina)
AMILOIDOSE
Azotemia
● Deposição de prteína amilóide à nível renal
Proteinúria com ou sem edema
SÍNDROME NEFRÍTICA

GLOMERULONEFRÍTE PÓS-ESTREPTOCÓCICA
● Causa mais comum de síndrome nefrítica
● Nefrite ocorre 1 a 3 semanas após a infecção faríngea
SINTOMA/SINAL NEFRÍTICA NEFRÓTICA
● 5-15 anos

GLOMERULONEFRÍTE PÓS-INFECCIOSA
INSTALAÇÃO ABRUPTA INSIDIOSA
● Associada à infecções bacterianas, virais e
parasitárias
● Manifestações mais leves
EDEMA ++ ++++
GLOMERULONEFRÍTE RAPIDAMENTE
PROGRESSIVA (GNRP)
PRESSÃO
Redução subaguda da TFG > 50% ALTA NORMAL
● ARTERIAL
● Associada a imunocomplexos (LES), anticorpos
anticitoplasma neutrofílico e anticorpos antimembrana
PROTEINÚRIA + OU ++ ++++
DOENÇA DE BERGER
● Depósitos de IgA no mesângio
● Mais comum em jovens 10 - 35 anos HEMATÚRIA +++ -- ou+

NEFRITE LÚPICA ALBUMINA SÉRICA NORMAL BAIXA


● Depósito de imunocmplexos circulantes
● Consumo de C3 e C4
● Associada ao Lúpus Eritematoso Sistêmico

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