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APOSTILA PREPARATÓRIA PARA SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - PMERJ

APOSTILA PREPARATÓRIA PARA SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - PMERJ

SUMÁRIO

TÓPICO 1 - LEITURA E ANÁLISE DE TEXTOS ............................................... 7


1.1. Estratégias de leitura e compreensão de textos................................................................7

1.2. Identificação de elementos estruturais do texto ...............................................................8

1.3. Identificação do tema e da ideia central do texto .............................................................8

1.4. Reconhecimento de diferentes gêneros textuais ..............................................................8

TÓPICO 2 - COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS ................... 9


2.1. Pressuposições e inferências .............................................................................................9

2.2. Implícitos e subentendidos................................................................................................9

2.3. Variedades de texto e adequação de linguagem .............................................................10

2.4. Identificação de argumentos e estratégias de persuasão ...............................................10

TÓPICO 3 - ESTRUTURAÇÃO DO TEXTO E DOS PARÁGRAFOS .............. 11


3.1. Articulação do texto: pronomes e expressões referenciais, nexos, operadores
sequenciais. ............................................................................................................................11

3.2. Significação contextual de palavras e expressões ...........................................................11

3.3. Equivalência e transformação de estruturas ...................................................................11

3.4. Discurso direto e indireto ................................................................................................12

3.5. Sintaxe da oração e do período .......................................................................................12

3.6. Emprego de tempos e modos verbais .............................................................................12

3.7. Pontuação .......................................................................................................................12

3.8. Ortografia em vigor .........................................................................................................13

TÓPICO 4 - INTERPRETAÇÃO: PRESSUPOSIÇÕES E INFERÊNCIAS; ...... 13


IMPLÍCITOS E SUBENTENDIDOS ................................................................. 13
4.1. Pressuposições e inferências ...........................................................................................13

4.2. Implícitos e subentendidos..............................................................................................14

4.3. Contextualização e inferência de significados .................................................................15

TÓPICO 5 - VARIEDADES DE TEXTO E ADEQUAÇÃO DE LINGUAGEM .... 15


5.1. Variedades de texto ........................................................................................................15

5.2. Adequação de linguagem ................................................................................................16


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5.3. Níveis de linguagem ........................................................................................................16

5.4. Linguagem clara e objetiva ..............................................................................................17

TÓPICO 6 - EQUIVALÊNCIA E TRANSFORMAÇÃO DE ESTRUTURAS ...... 18


6.1. Equivalência de estruturas ..............................................................................................18

6.2. Transformação de estruturas ..........................................................................................18

TÓPICO 7 - DISCURSO DIRETO E INDIRETO .............................................. 19


7.1. Discurso direto ................................................................................................................20

7.2. Discurso indireto .............................................................................................................20

7.3. Mudanças na estrutura das frases...................................................................................20

TÓPICO 8 - SINTAXE DA ORAÇÃO E DO PERÍODO .................................... 21


8.1. Oração .............................................................................................................................22

8.2. Período ............................................................................................................................22

8.3. Análise sintática...............................................................................................................22

8.4. Pontuação .......................................................................................................................23

TÓPICO 9 - EMPREGO DE TEMPOS E MODOS VERBAIS .......................... 23


9.1. Tempos verbais ...............................................................................................................24

9.2. Modos verbais .................................................................................................................24

9.3. Concordância verbal ........................................................................................................25

9.4. Regência verbal ...............................................................................................................25

9.5 Classe de Palavras: ...........................................................................................................26

TÓPICO 10 - FLEXÃO NOMINAL E VERBAL ................................................. 29


TÓPICO 11 - PRONOMES ............................................................................. 32
TÓPICO 12 - CONCORDÂNCIA NOMINAL E VERBAL .................................. 34
TÓPICO 13 - REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL ............................................ 35
TÓPICO 14 - CRASE ...................................................................................... 36
TÓPICO 15 - ORTOGRAFIA EM VIGOR ........................................................ 38
REDAÇÃO ...................................................................................................... 40
TÓPICO 1 - PLANEJAMENTO E ORGANIZAÇÃO .......................................................................41

TÓPICO 2 - DEFINA O PÚBLICO-ALVO .....................................................................................43

TÓPICO 3 - COMO CRIAR UM ESBOÇO PARA UMA REDAÇÃO EFICAZ ....................................44


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MATEMÁTICA ................................................................................................ 46
TÓPICO 1 - NOÇÕES DE CONJUNTOS E DE RACIOCÍNIO LÓGICO ............................................46

TÓPICO 2 - CONJUNTO DOS NÚMEROS ..................................................................................48

TÓPICO 3 - FUNÇÕES ..............................................................................................................50

TÓPICO 4 - FUNÇÃO LINEAR, FUNÇÃO AFIM E FUNÇÃO QUADRÁTICA ..................................53

TÓPICO 5 - FUNÇÃO MODULAR .............................................................................................56

TÓPICO 6 - FUNÇÃO EXPONENCIAL ........................................................................................57

TÓPICO 7 - FUNÇÃO LOGARÍTMICA ........................................................................................58

TÓPICO 8 - TRIGONOMETRIA .................................................................................................59

TÓPICO 9 - CONTAGEM E ANÁLISE COMBINATÓRIA ..............................................................63

TÓPICO 10 - PROBABILIDADE .................................................................................................65

TÓPICO 11 - MATRIZES, DETERMINANTES E SISTEMAS LINEARES ..........................................67

TÓPICO 12 - SEQUÊNCIAS NUMÉRICAS E PROGRESSÕES .......................................................70

TÓPICO 13 - GEOMETRIA ESPACIAL DE POSIÇÃO ...................................................................71

TÓPICO 14 - GEOMETRIA ESPACIAL MÉTRICA ........................................................................73

TÓPICO 15 - GEOMETRIA ANALÍTICA PLANA ..........................................................................76

TÓPICO 16 - GEOMETRIA PLANA ............................................................................................79

TÓPICO 17 - POLINÔMIOS ......................................................................................................85

TÓPICO 18 - EQUAÇÕES POLINOMIAIS ...................................................................................89

TÓPICO 19 - CONJUNTO DOS NÚMEROS COMPLEXOS ...........................................................91

TÓPICO 20 - BINÔMIO DE NEWTON .......................................................................................94

NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO .................................................... 96


TÓPICO 1 - INTRODUÇÃO AO DIREITO ADMINISTRATIVO ......................................................96

TÓPICO 1.1 - RELAÇÃO DO DIREITO ADMINISTRATIVO ..........................................................99

COM OUTRAS ÁREAS DO DIREITO ..........................................................................................99

TÓPICO 1.2 - FONTES DO DIREITO ADMINISTRATIVO...........................................................101

TÓPICO 2 - PRINCÍPIOS DO DIREITO ADMINISTRATIVO ........................................................104

TÓPICO 3 - ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA ......................................................................106

TÓPICO 4 - PODERES ADMINISTRATIVOS .............................................................................112

TÓPICO 5 - SERVIÇOS PÚBLICOS ...........................................................................................114


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TÓPICO 6 - ATOS ADMINISTRATIVOS ...................................................................................116

TÓPICO 7 - LICITAÇÕES E CONTRATOS ADMINISTRATIVOS ..................................................119

TÓPICO 8 - AGENTES PÚBLICOS ............................................................................................120

TÓPICO 9 - CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA .........................................................123

TÓPICO 10 - RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO .............................................................125

NOÇÕES DE DIREITOS HUMANOS .............................................................127


TÓPICO 1 - INTRODUÇÃO AOS DIREITOS HUMANOS ...........................................................127

TÓPICO 2 - DIREITOS CIVIS E POLÍTICOS ...............................................................................130

TÓPICO 3 - DIREITOS ECONÔMICOS, SOCIAIS E CULTURAIS .................................................133

TÓPICO 4 - DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE .......................................................137

TÓPICO 5 - DIREITOS DAS MULHERES ..................................................................................139

TÓPICO 6 - DIREITOS DA POPULAÇÃO LGBT+ .......................................................................140

TÓPICO 7 - DIREITOS DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA ........................................................142

TÓPICO 8 - RESUMÃO DE DIREITOS ......................................................................................143

NOÇÕES DE DIREITO PENAL......................................................................145


TÓPICO 1 - CONCEITOS BÁSICOS ..........................................................................................145

TÓPICO 2 - PRINCÍPIO DA LEGALIDADE ................................................................................145

TÓPICO 3 - ANTERIORIDADE DA LEI PENAL ..........................................................................148

TÓPICO 4 - INSIGNIFICÂNCIA ................................................................................................150

TÓPICO 5 - CONCEITO DE CRIME ..........................................................................................152

TÓPICO 7 - EXCLUDENTES DE ILICITUDE ...............................................................................158

TÓPICO 8 - AUTORIA E PARTICIPAÇÃO .................................................................................160

TÓPICO 9 - ESPÉCIES DE PENAS ............................................................................................162

TÓPICO 10 - CIRCUNSTÂNCIAS AGRAVANTES E ATENUANTES .............................................164

TÓPICO 11 - HOMICÍDIO .......................................................................................................168

TÓPICO 13 - ESTUPRO ..........................................................................................................172

TÓPICO 14 - TRÁFICO DE DROGAS........................................................................................174

TÓPICO 15 - FURTO ..............................................................................................................176

TÓPICO 16 - LEI DE EXECUÇÃO PENAL ..................................................................................178

TÓPICO 17 - LEI MARIA DA PENHA .......................................................................................182


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TÓPICO 18 - ESTATUTO DO DESARMAMENTO .....................................................................184

NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL PENAL ............................................187


TÓPICO 1 - CONCEITOS BÁSICOS ..........................................................................................187

TÓPICO 2 - DISPOSITIVOS LEGAIS (INQUÉRITOS) ..................................................................187

TÓPICO 3 - PRISÃO EM FLAGRANTE .....................................................................................190

TÓPICO 4 - PRISÃO EM FLAGRANTE .....................................................................................192

TÓPICO 5 - LIBERDADE PROVISÓRIA .....................................................................................194

TÓPICO 6 - HABEAS CORPUS ................................................................................................196

TÓPICO 7 - TRIBUNAL DO JÚRI .............................................................................................198

TÓPICO 8 - AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO ......................................................200

TÓPICO 10 - SENTENÇA ........................................................................................................202

TÓPICO 11 - RESUMÃO DIREITOS PROCESSUAL CIVIL ..........................................................203

LEGISLAÇÃO APLICADA À PMERJ .............................................................204


TÓPICO 1 - CONSTITUIÇÃO FEDERAL ....................................................................................204

TÓPICO 2 - CÓDIGO PENAL ...................................................................................................206

TÓPICO 3 - CÓDIGO DE PROCESSO PENAL ............................................................................208

TÓPICO 4 - LEI DA EXECUÇÃO PENAL ...................................................................................210

TÓPICO 5 - LEI DE ABUSO DE AUTORIDADE ..........................................................................212

TÓPICO 6 - ESTATUTO DOS MILITARES .................................................................................214

QUESTÕES ...................................................................................................216
GABARITO ....................................................................................................248
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LÍNGUA PORTUGUESA

TÓPICO 1 - LEITURA E ANÁLISE DE TEXTOS

O primeiro tópico que sugerimos para a apostila de Língua Portuguesa do

concurso de Soldados da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro - PMERJ

é a "Leitura e análise de textos". Abaixo, desenvolvemos de forma didática e

completa as principais informações que podem ser abordadas nesse tema.

Leitura e análise de textos

1.1. Estratégias de leitura e compreensão de textos

A primeira habilidade que deve ser desenvolvida em relação à leitura e análise

de textos é a capacidade de identificar o tipo de texto que está sendo lido. É

importante saber reconhecer as características de cada gênero textual, como

notícia, artigo de opinião, poema, carta, entre outros, para que se possa

compreender melhor o que está sendo dito.

Outra estratégia importante é a leitura ativa, que envolve a identificação dos

elementos estruturais do texto. É importante identificar a introdução, o

desenvolvimento e a conclusão, bem como as ideias principais e secundárias

do texto, para que se possa compreender a mensagem como um todo.

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1.2. Identificação de elementos estruturais do texto

Além da leitura ativa, é importante saber identificar os elementos estruturais do

texto, como título, subtítulo, parágrafos e pontuação. Esses elementos ajudam

a dar sentido e organização ao texto, e sua compreensão é fundamental para a

interpretação correta da mensagem.

1.3. Identificação do tema e da ideia central do texto

Outra habilidade importante é a capacidade de identificar o tema e a ideia

central do texto. O tema é o assunto geral abordado pelo texto, enquanto a

ideia central é a informação mais importante que o autor quer transmitir ao

leitor. Saber identificar esses elementos é fundamental para a compreensão do

texto como um todo.

1.4. Reconhecimento de diferentes gêneros textuais

Por fim, é importante saber reconhecer os diferentes gêneros textuais, como

notícias, artigos de opinião, poemas, cartas, entre outros. Cada tipo de texto

apresenta características próprias em relação à linguagem, estrutura e objetivo,

e saber identificá-los ajuda a compreender melhor a mensagem que o autor

quer transmitir.

Em resumo, para a leitura e análise de textos, é importante desenvolver a

capacidade de identificar o tipo de texto, os elementos estruturais, o tema e a

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ideia central, além de saber reconhecer os diferentes gêneros textuais. Com

essas habilidades, é possível compreender melhor a mensagem transmitida e

responder corretamente às questões que envolvam esse tipo de habilidade no

concurso de Soldado da Polícia Militar do Rio de Janeiro.

TÓPICO 2 - COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS

Compreensão e interpretação de textos

2.1. Pressuposições e inferências

A compreensão de um texto não se limita ao que está escrito de forma

explícita. É importante também identificar as pressuposições e inferências que

o autor faz ao longo do texto. Pressuposições são ideias que o autor assume

como conhecimento comum entre ele e o leitor, enquanto inferências são

conclusões que se pode tirar a partir do que está escrito, mesmo que não seja

explícito.

2.2. Implícitos e subentendidos

Além das pressuposições e inferências, é importante estar atento aos implícitos

e subentendidos presentes no texto. Implícitos são informações que não estão

explícitas no texto, mas que podem ser inferidas a partir do contexto ou da

interpretação do leitor. Já os subentendidos são informações que o autor não

diz diretamente, mas que o leitor pode deduzir a partir do que é dito.

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2.3. Variedades de texto e adequação de linguagem

A compreensão e interpretação de textos também depende do reconhecimento

das diferentes variedades de texto e da adequação da linguagem utilizada.

Cada tipo de texto possui uma linguagem específica, que deve ser reconhecida

para a compreensão correta da mensagem. Além disso, é importante estar

atento à adequação da linguagem ao contexto em que o texto é produzido,

levando em consideração fatores como a audiência e o propósito comunicativo.

2.4. Identificação de argumentos e estratégias de persuasão

Por fim, é importante saber identificar os argumentos e estratégias de

persuasão utilizados pelo autor do texto. Isso inclui a identificação de

afirmações e contra-argumentos, bem como de técnicas de persuasão, como a

utilização de exemplos, comparações, metáforas, entre outras.

Em resumo, para a compreensão e interpretação de textos, é importante estar

atento às pressuposições e inferências, aos implícitos e subentendidos, às

variedades de texto e à adequação da linguagem, bem como à identificação de

argumentos e estratégias de persuasão. Com essas habilidades, é possível

compreender corretamente a mensagem transmitida pelo texto e responder às

questões que envolvam esse tipo de habilidade no concurso de Soldados da

Polícia Militar.

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TÓPICO 3 - ESTRUTURAÇÃO DO TEXTO E DOS PARÁGRAFOS

Estruturação do texto e dos parágrafos

3.1. Articulação do texto: pronomes e expressões referenciais, nexos,

operadores sequenciais.

A articulação do texto se refere à conexão entre as diferentes partes do texto.

Para que um texto seja coeso e coerente, é importante utilizar pronomes e

expressões referenciais para fazer referência a elementos já mencionados no

texto, utilizar nexos para conectar as ideias entre si e utilizar operadores

sequenciais para indicar a ordem em que as ideias são apresentadas.

3.2. Significação contextual de palavras e expressões

Para a correta interpretação do texto, é importante compreender a significação

contextual das palavras e expressões utilizadas. Isso significa que a

interpretação das palavras e expressões deve ser feita levando em

consideração o contexto em que elas são utilizadas.

3.3. Equivalência e transformação de estruturas

É importante saber transformar e reorganizar as estruturas do texto para torná-

lo mais claro e eficiente. Isso inclui a utilização de sinônimos e antônimos, a

reorganização da ordem das palavras e a mudança na estrutura das frases.

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3.4. Discurso direto e indireto

O discurso direto e indireto se refere à maneira como as falas dos personagens

ou citações são apresentadas no texto. É importante saber utilizar

corretamente o discurso direto e o discurso indireto, levando em consideração

a pontuação, os tempos verbais e os pronomes utilizados.

3.5. Sintaxe da oração e do período

A sintaxe da oração e do período se refere à organização das palavras em uma

frase ou em um conjunto de frases. É importante saber utilizar corretamente a

pontuação, os tempos verbais, os pronomes e as conjunções para garantir a

clareza e a coesão do texto.

3.6. Emprego de tempos e modos verbais

O emprego correto dos tempos e modos verbais é fundamental para a clareza

e coerência do texto. É importante saber utilizar os diferentes tempos verbais e

os diferentes modos verbais para indicar diferentes ações, fatos e ideias.

3.7. Pontuação

A pontuação é fundamental para a clareza e a coerência do texto. É importante

saber utilizar corretamente os sinais de pontuação, como vírgulas, pontos,

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pontos e vírgulas e ponto final, para indicar a pausa, a entonação e a relação

entre as diferentes partes do texto.

3.8. Ortografia em vigor

Por fim, é importante utilizar a ortografia correta de acordo com as regras da

língua portuguesa em vigor. Isso inclui a correta escrita das palavras, o uso

correto dos acentos e a utilização correta das letras maiúsculas e minúsculas.

Em resumo, para a estruturação correta do texto e dos parágrafos, é

importante estar atento à articulação do texto, à significação contextual das

palavras e expressões, à equivalência e transformação

TÓPICO 4 - INTERPRETAÇÃO: PRESSUPOSIÇÕES E INFERÊNCIAS;

IMPLÍCITOS E SUBENTENDIDOS

Interpretação: pressuposições e inferências; implícitos e subentendidos

4.1. Pressuposições e inferências

Pressuposições são informações implícitas em uma mensagem que o emissor

considera como conhecimento prévio do receptor. Por exemplo, em uma

conversa entre amigos, se um deles diz "Eu não posso ir à festa, tenho que

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estudar", a pressuposição é que o outro amigo saiba qual festa está sendo

mencionada.

As inferências, por sua vez, são conclusões que o receptor tira a partir do que

está sendo dito ou escrito. Por exemplo, se alguém diz "Está chovendo muito",

podemos inferir que essa pessoa não está feliz com a chuva.

No contexto do concurso da Polícia Militar, é importante ter habilidades de

interpretação que permitam identificar as pressuposições e inferências em

textos de diferentes gêneros, como notícias, relatórios, ofícios, entre outros.

4.2. Implícitos e subentendidos

Os implícitos e subentendidos se referem às informações que não são ditas

explicitamente, mas que podem ser inferidas pelo contexto, pelas palavras

escolhidas ou pelas circunstâncias. Por exemplo, em uma conversa entre

colegas de trabalho, se um deles diz "Eu já disse que não sou da área de

vendas", o subentendido é que ele não está interessado em ajudar a vender

um produto ou serviço.

Para identificar os implícitos e subentendidos em um texto, é necessário

analisar o contexto em que as palavras são utilizadas, o tom utilizado pelo

emissor e as relações de causa e efeito entre as informações apresentadas.

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4.3. Contextualização e inferência de significados

Por fim, é importante destacar que a interpretação de textos exige a

capacidade de contextualização e inferência de significados. Isso significa que

o leitor deve ser capaz de relacionar o texto com o contexto em que ele foi

produzido, considerando as informações disponíveis e as características dos

interlocutores.

Além disso, é preciso saber identificar as palavras-chave e as expressões que

indicam as ideias centrais do texto, para então fazer inferências e tirar

conclusões a partir delas.

Em resumo, a habilidade de interpretação de textos envolve a identificação de

pressuposições e inferências, a compreensão de implícitos e subentendidos e

a capacidade de contextualização e inferência de significados. Essas

habilidades são fundamentais para a compreensão de textos de diferentes

gêneros e para o sucesso no concurso da Polícia Militar.

TÓPICO 5 - VARIEDADES DE TEXTO E ADEQUAÇÃO DE LINGUAGEM

Variedades de texto e adequação de linguagem

5.1. Variedades de texto

Os textos podem variar de acordo com o gênero textual, que é determinado

pela finalidade comunicativa, pelo contexto em que é produzido e pelas

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características do interlocutor. Alguns exemplos de gêneros textuais são:

notícia, reportagem, artigo de opinião, carta argumentativa, e-mail, entre outros.

Cada gênero textual possui características próprias, como a estrutura, a

linguagem utilizada e a forma como as informações são apresentadas. É

importante reconhecer as diferentes variedades de texto para saber qual a

melhor forma de se comunicar em cada situação.

5.2. Adequação de linguagem

A adequação de linguagem é fundamental para que a comunicação seja

efetiva. Ela se refere à escolha das palavras, expressões e estruturas

gramaticais mais adequadas para cada situação de comunicação.

No contexto do concurso da Polícia Militar, é importante ter habilidades de

adequação de linguagem para se comunicar de forma clara e objetiva,

utilizando a linguagem adequada ao gênero textual e ao interlocutor.

5.3. Níveis de linguagem

Os níveis de linguagem podem variar de acordo com o contexto em que a

comunicação é realizada. Existem três níveis de linguagem:

Formal: utilizado em situações mais formais, como em documentos oficiais,

relatórios, discursos e palestras.

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Informal: utilizado em situações informais, como em conversas entre amigos, e-

mails entre colegas de trabalho e mensagens de texto.

Coloquial: utilizado em situações mais informais, mas que não chegam a ser

consideradas totalmente informais, como em programas de televisão e rádio,

entrevistas informais e debates.

No contexto do concurso da Polícia Militar, é importante ter habilidades de

adequação de linguagem para utilizar o nível de linguagem adequado a cada

situação de comunicação.

5.4. Linguagem clara e objetiva

Por fim, é importante destacar a importância da linguagem clara e objetiva. A

clareza na comunicação evita mal-entendidos e confusões, enquanto a

objetividade permite que a informação seja transmitida de forma direta e

concisa.

No contexto do concurso da Polícia Militar, é fundamental ter habilidades de

comunicação clara e objetiva, utilizando a linguagem adequada ao gênero

textual e ao interlocutor, para que a informação seja transmitida de forma

efetiva e compreendida pelo receptor.

Em resumo, a habilidade de reconhecer as variedades de texto, utilizar a

adequação de linguagem, escolher o nível de linguagem adequado e utilizar

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uma linguagem clara e objetiva são fundamentais para a comunicação efetiva e

para o sucesso no concurso da Polícia Militar.

TÓPICO 6 - EQUIVALÊNCIA E TRANSFORMAÇÃO DE ESTRUTURAS

Equivalência e transformação de estruturas

6.1. Equivalência de estruturas

A equivalência de estruturas se refere à possibilidade de uma frase ou

expressão ter um sentido semelhante a outra, mesmo que as palavras

utilizadas sejam diferentes. Isso ocorre por meio da troca de uma palavra por

outra, por sinônimos, por exemplo, ou por meio da mudança da ordem das

palavras na frase.

Algumas expressões que possuem equivalência são os provérbios e ditados

populares, que podem ser apresentados de formas diferentes, mas com o

mesmo sentido. Por exemplo, "quem tem boca vai a Roma" e "quem quer faz,

quem não quer manda".

6.2. Transformação de estruturas

A transformação de estruturas se refere à possibilidade de se alterar a

estrutura de uma frase ou expressão sem alterar seu sentido original. Isso pode

ser feito por meio da mudança na ordem das palavras, da substituição de

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palavras, da transformação de voz ativa para voz passiva ou vice-versa, entre

outras possibilidades.

Um exemplo de transformação de estrutura é a alteração de uma frase da voz

ativa para a voz passiva. Por exemplo, a frase "o bombeiro salvou a vida da

pessoa" pode ser transformada em "a vida da pessoa foi salva pelo bombeiro".

No contexto do concurso da Polícia Militar, é importante ter habilidades de

equivalência e transformação de estruturas para compreender textos mais

complexos e também para se expressar de forma adequada em diferentes

gêneros textuais.

Em resumo, a habilidade de reconhecer a equivalência de estruturas e

transformar estruturas sem alterar o sentido original são importantes para a

compreensão de textos e para a habilidade de se expressar de forma

adequada em diferentes situações de comunicação.

TÓPICO 7 - DISCURSO DIRETO E INDIRETO

O discurso direto é quando uma pessoa reproduz as palavras exatas de outra

pessoa. Já o discurso indireto é quando uma pessoa relata as palavras de

outra pessoa, mas de uma forma que não é exatamente a mesma que a

original.

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7.1. Discurso direto

O discurso direto é utilizado quando se quer reproduzir as palavras exatas de

uma pessoa. Normalmente, as falas são colocadas entre aspas, indicando que

se trata de uma citação. Por exemplo:

O bombeiro disse: "O incêndio já está controlado."

7.2. Discurso indireto

No discurso indireto, a pessoa que relata as palavras de outra pessoa faz uma

reformulação da fala original. Nesse caso, não são utilizadas as aspas. Por

exemplo:

O bombeiro disse que o incêndio já estava controlado.

Nesse caso, a frase foi reformulada, mas o sentido permaneceu o mesmo.

7.3. Mudanças na estrutura das frases

Ao passar do discurso direto para o indireto, algumas mudanças na estrutura

das frases podem ocorrer. Algumas delas são:

Mudança de tempo verbal: o verbo no discurso direto é conjugado no presente,

enquanto no discurso indireto ele pode mudar de tempo, dependendo da

situação.

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Mudança de pronomes: em alguns casos, pode ser necessário trocar os

pronomes de primeira ou segunda pessoa para terceira pessoa, dependendo

da forma como as frases são formuladas.

Mudança de advérbios e expressões de tempo e lugar: em alguns casos, essas

expressões também podem sofrer alterações ao passar do discurso direto para

o indireto.

No contexto do concurso da Polícia Militar, é importante ter habilidades de

discurso direto e indireto para compreender textos mais complexos e também

para se expressar de forma adequada em diferentes gêneros textuais, como

reportagens e notícias.

Em resumo, a habilidade de compreender e utilizar o discurso direto e indireto

é importante para a compreensão de textos e para a habilidade de se

expressar de forma adequada em diferentes situações de comunicação.

TÓPICO 8 - SINTAXE DA ORAÇÃO E DO PERÍODO

Sintaxe é a parte da gramática que estuda as relações entre as palavras e as

suas funções dentro de uma frase. A sintaxe da oração e do período está

relacionada com a forma como as palavras e as frases são organizadas para

formar um sentido completo.

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8.1. Oração

A oração é uma estrutura gramatical que pode ser composta por um ou mais

termos. Ela é formada por um verbo e pode ou não ter sujeito. Por exemplo:

O bombeiro apagou o fogo.

Nessa oração, o verbo é "apagou" e o sujeito é "o bombeiro".

8.2. Período

O período é uma estrutura gramatical que é formada por uma ou mais orações.

Por exemplo: O bombeiro apagou o fogo, mas precisou de ajuda.

Nesse período, temos duas orações: "O bombeiro apagou o fogo" e "precisou

de ajuda". Essas orações estão ligadas pelo conectivo "mas".

8.3. Análise sintática

A análise sintática é a análise das orações e dos períodos para identificar as

funções sintáticas das palavras e a relação entre elas. A análise sintática pode

ser dividida em duas partes:

Análise sintática da oração: consiste em identificar os termos da oração

(sujeito, verbo, complementos, etc.) e as relações sintáticas entre eles.

Análise sintática do período: consiste em analisar as orações que compõem o

período e identificar as relações sintáticas entre elas.

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8.4. Pontuação

A pontuação é fundamental para a sintaxe da oração e do período, pois ela

ajuda a organizar as ideias e a dar sentido às frases. Alguns sinais de

pontuação são usados para indicar a organização das ideias em uma oração

ou período, como os pontos, vírgulas e ponto e vírgula.

No contexto do concurso da Polícia Militar, é importante ter habilidades de

sintaxe da oração e do período para compreender textos mais complexos e

também para se expressar de forma adequada em diferentes gêneros textuais,

como relatórios e documentos técnicos.

Em resumo, a habilidade de compreender e utilizar a sintaxe da oração e do

período é importante para a compreensão de textos e para a habilidade de se

expressar de forma adequada em diferentes situações de comunicação.

TÓPICO 9 - EMPREGO DE TEMPOS E MODOS VERBAIS

Os tempos verbais indicam o momento em que a ação ocorre (passado,

presente ou futuro), enquanto os modos verbais indicam a atitude do falante

em relação ao que está sendo dito (indicativo, subjuntivo ou imperativo). É

importante entender o emprego adequado dos tempos e modos verbais para

que as ideias sejam transmitidas de maneira clara e coerente.

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9.1. Tempos verbais

Os tempos verbais podem ser divididos em três categorias:

Presente: indica uma ação que acontece no momento em que se fala.

Passado: indica uma ação que ocorreu antes do momento em que se fala.

Futuro: indica uma ação que ainda vai acontecer após o momento em que se

fala.

Os tempos verbais ainda possuem formas simples e compostas. As formas

simples são aquelas que são compostas apenas pelo verbo, enquanto as

formas compostas são aquelas que utilizam um verbo auxiliar e um verbo

principal.

Por exemplo:

Presente simples: O bombeiro apaga o fogo.

Presente composto: O bombeiro tem apagado o fogo.

Passado simples: O bombeiro apagou o fogo.

Passado composto: O bombeiro havia apagado o fogo.

Futuro simples: O bombeiro apagará o fogo.

Futuro composto: O bombeiro terá apagado o fogo.

9.2. Modos verbais

Os modos verbais indicam a atitude do falante em relação ao que está sendo

dito e podem ser divididos em três categorias:

Indicativo: é usado para indicar uma ação real ou possível.

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Subjuntivo: é usado para expressar dúvida, possibilidade, desejo, etc.

Imperativo: é usado para dar ordens, fazer pedidos, etc.

Por exemplo:

Indicativo: O bombeiro apaga o fogo.

Subjuntivo: Tomara que o bombeiro apague o fogo.

Imperativo: Apague o fogo, bombeiro!

9.3. Concordância verbal

A concordância verbal se refere à adequação do verbo em relação ao sujeito.

O verbo deve concordar em número e pessoa com o sujeito da oração.

Por exemplo:

O bombeiro apaga o fogo. (verbo concorda com o sujeito "o bombeiro", que

está no singular).

Os bombeiros apagam o fogo. (verbo concorda com o sujeito "os bombeiros",

que está no plural).

9.4. Regência verbal

A regência verbal se refere à relação de dependência que existe entre o verbo

e seus complementos. Alguns verbos exigem complementos específicos para

que a frase tenha sentido.

Por exemplo:

O bombeiro aspira o ar. (o verbo "aspira" exige o complemento "o ar").

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O bombeiro assiste ao filme. (o verbo "assistir" exige o complemento "ao

filme").

9.5 Classe de Palavras:

Classe de Palavras é um assunto importante no estudo da língua portuguesa e

está presente em muitos concursos públicos, incluindo o dos bombeiros. A

seguir, apresentamos uma descrição das principais classes de palavras que

podem ser abordadas na apostila:

Substantivo: palavra que nomeia um ser, objeto, ideia, sentimento, entre

outros. Pode ser classificado em comum (quando se refere a seres da mesma

espécie, como "cachorro" ou "pessoa") ou próprio (quando se refere a um ser

específico, como "Luna" ou "Rio de Janeiro"). Também pode ser contável

(quando se refere a algo que pode ser contado, como "livro" ou "cadeira") ou

incontável (quando se refere a algo que não pode ser contado, como "água" ou

"areia").

Adjetivo: palavra que qualifica um substantivo, atribuindo-lhe uma característica

ou propriedade. Pode ser classificado em simples (quando é formado por

apenas um radical, como "azul" ou "pequeno") ou composto (quando é formado

por mais de um radical, como "verde-escuro" ou "amarelo-limão"). Também

pode ser flexionado em gênero (masculino ou feminino) e número (singular ou

plural), concordando com o substantivo ao qual se refere.

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Artigo: palavra que precede o substantivo, indicando se ele está sendo

mencionado de forma definida (o, a, os, as) ou indefinida (um, uma, uns,

umas). O artigo também pode indicar se o substantivo está sendo usado de

forma geral (artigo definido singular "o", como em "o ser humano é mortal") ou

específica (artigo definido plural "os", como em "os seres humanos são

mortais").

Pronome: palavra que substitui o substantivo, evitando a repetição de palavras

na frase. Pode ser classificado em pessoal (eu, tu, ele, ela, nós, vós, eles,

elas), demonstrativo (este, esse, aquele), possessivo (meu, teu, seu, nosso,

vosso, seu), indefinido (algum, nenhum, todo, outro) ou relativo (que, quem,

cujo).

Verbo: palavra que expressa ação, estado ou fenômeno. É a classe de

palavras que mais se flexiona na língua portuguesa, variando em tempo

(presente, pretérito perfeito, pretérito imperfeito, futuro do presente, futuro do

pretérito), modo (indicativo, subjuntivo, imperativo, infinitivo, gerúndio,

particípio), pessoa (eu, tu, ele/ela, nós, vós, eles/elas) e número (singular ou

plural).

Advérbio: palavra que modifica o verbo, o adjetivo ou outro advérbio, indicando

circunstância de tempo, modo, lugar, intensidade, entre outras. Pode ser

classificado em tempo (hoje, ontem, sempre), modo (bem, mal, assim), lugar

(aqui, ali, lá), intensidade (muito, pouco, demasiado) ou afirmação/negação

(sim, não).

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O estudo das classes de palavras é fundamental para a compreensão e análise

de textos. As classes de palavras são as seguintes:

Preposições: palavras que estabelecem uma relação entre dois termos,

indicando a posição ou a direção de um em relação ao outro. Exemplos: de,

para, em, com, entre outros.

Conjunções: palavras que estabelecem uma relação entre duas orações,

indicando a coordenação ou subordinação entre elas. Exemplos: e, mas,

porque, embora, entre outros.

Interjeições: palavras que exprimem emoção, sentimento ou estado de espírito,

podendo ser exclamações ou apóstrofes. Exemplos: ah, oh, ufa, ai, entre

outros.

Flexão Nominal e Verbal:

A flexão é um processo de variação que as palavras sofrem para indicar

gênero, número, pessoa, tempo, modo, entre outras características.

A flexão nominal ocorre nos substantivos, adjetivos, artigos e pronomes, e

pode ser de gênero (masculino e feminino) e número (singular e plural).

A flexão verbal ocorre nos verbos, e pode ser de pessoa (1ª, 2ª e 3ª pessoa),

número (singular e plural), tempo (presente, passado e futuro) e modo

(indicativo, subjuntivo e imperativo).

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TÓPICO 10 - FLEXÃO NOMINAL E VERBAL

A flexão é um fenômeno linguístico que consiste na alteração de uma palavra

de acordo com suas funções gramaticais dentro da frase. Na língua

portuguesa, existem dois tipos principais de flexão: a flexão nominal e a flexão

verbal.

A flexão nominal se refere às alterações que as palavras sofrem em relação ao

gênero, número e grau. Já a flexão verbal se refere às alterações que os

verbos sofrem em relação ao tempo, modo, aspecto e voz.

Flexão nominal: A flexão nominal se divide em três tipos principais: flexão de

gênero, número e grau.

Flexão de gênero: O gênero é a característica gramatical que diferencia as

palavras em masculino e feminino. Algumas palavras têm gênero natural, como

"menino" e "menina", enquanto outras têm gênero gramatical, como "caneta" e

"caderno". Em geral, os substantivos possuem flexão de gênero, mas há

também a flexão de gênero dos adjetivos e pronomes. Para flexionar o gênero

de uma palavra, é necessário mudar a terminação. Por exemplo: "menino"

(masculino) e "menina" (feminino).

Flexão de número: A flexão de número se refere à quantidade de elementos

referidos na frase, podendo ser singular ou plural. Para flexionar o número de

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uma palavra, é necessário mudar a terminação ou acrescentar um sufixo. Por

exemplo: "menino" (singular) e "meninos" (plural).

Flexão de grau: A flexão de grau se refere à intensidade ou qualidade da

palavra, podendo ser diminutivo ou aumentativo. Para flexionar o grau de uma

palavra, é necessário acrescentar um sufixo. Por exemplo: "menininho"

(diminutivo de "menino") e "meninão" (aumentativo de "menino").

Flexão verbal: A flexão verbal se divide em quatro tipos principais: flexão de

tempo, modo, aspecto e voz.

Flexão de tempo: A flexão de tempo se refere ao momento em que a ação

ocorre, podendo ser passado, presente ou futuro. Para flexionar o tempo de um

verbo, é necessário alterar sua raiz ou acrescentar um sufixo. Por exemplo:

"andei" (passado), "ando" (presente) e "andarei" (futuro).

Flexão de modo: A flexão de modo se refere à forma como a ação é expressa,

podendo ser indicativo, subjuntivo, imperativo ou infinitivo. Para flexionar o

modo de um verbo, é necessário alterar sua terminação. Por exemplo: "eu

ando" (modo indicativo), "se eu andasse" (modo subjuntivo) e "ande!" (modo

imperativo).

Flexão de aspecto: A flexão de aspecto se refere ao ponto de vista em relação

à duração ou conclusão da ação, podendo ser perfeito, imperfeito ou

progressivo. Para flexionar o aspecto de um verbo, é necessário alterar sua

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raiz ou acrescentar um sufixo. Por exemplo: "andei" (aspecto perfeito),

"andava" (aspecto imperfeito) e "estou andando" (aspecto progressivo).

O aspecto e a voz são duas dimensões importantes da flexão verbal, que

afetam a forma como a ação expressa pelo verbo é vista pelo falante.

O aspecto verbal indica como o falante percebe a ação em relação ao tempo e

à sua estrutura interna. Existem dois aspectos principais em português: o

aspecto perfeito e o aspecto imperfeito.

O aspecto perfeito indica uma ação concluída, finalizada ou pontual no

passado. Ele é expresso por meio dos tempos verbais pretérito perfeito e mais-

que-perfeito, por exemplo: "Eu terminei o trabalho ontem" (pretérito perfeito) ou

"Eu tinha terminado o trabalho quando você chegou" (mais-que-perfeito).

Já o aspecto imperfeito indica uma ação em andamento, inacabada ou habitual

no passado. Ele é expresso pelos tempos verbais pretérito imperfeito e

presente do indicativo, por exemplo: "Eu estudava muito quando era criança"

(pretérito imperfeito) ou "Eu sempre bebo café pela manhã" (presente do

indicativo).

A voz verbal, por sua vez, indica a relação entre o sujeito da frase e a ação

expressa pelo verbo. Existem duas vozes principais em português: a voz ativa

e a voz passiva.

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Na voz ativa, o sujeito da frase é o agente da ação expressa pelo verbo. Por

exemplo, na frase "O cachorro comeu a comida", o cachorro é o sujeito agente

da ação de comer.

Já na voz passiva, o sujeito da frase é o paciente ou receptor da ação expressa

pelo verbo, enquanto o agente fica em segundo plano ou nem é mencionado.

Por exemplo, na frase "A comida foi comida pelo cachorro", a comida é o

sujeito paciente da ação de comer e o cachorro é o agente da ação, que é

expresso pelo verbo no particípio passado. A voz passiva pode ser formada

com os tempos verbais no presente, pretérito perfeito, futuro do presente e

pretérito imperfeito, seguidos do verbo "ser" ou "estar" e do particípio passado

do verbo principal.

TÓPICO 11 - PRONOMES

Os pronomes são palavras que substituem ou acompanham um nome, sendo

essenciais na construção de uma frase clara e objetiva. No contexto da Língua

Portuguesa, existem diferentes tipos de pronomes que possuem funções

específicas na comunicação.

Os pronomes pessoais indicam as pessoas do discurso, podendo ser do caso

reto (eu, tu, ele/ela, nós, vós, eles/elas) ou do caso oblíquo (me, te, se, o/a, lhe,

nos, vos, os/as, lhes). É importante utilizar corretamente esses pronomes para

evitar ambiguidades e erros de concordância.

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Os pronomes possessivos indicam a posse de algo, podendo ser do caso

tônico (meu/minha, teu/tua, seu/sua, nosso/nossa, vosso/vossa, seu/sua) ou do

caso átono (meu/minha, teu/tua, seu/sua, nosso/nossa, vosso/vossa, seu/sua).

Por exemplo: "O meu carro é vermelho" ou "Eu perdi a minha carteira".

Os pronomes demonstrativos indicam a localização no tempo e espaço,

podendo ser próximos (este/esta/isto, esse/essa/isso, aquele/aquela/aquilo) ou

distantes (aquele/aquela/aquilo). Por exemplo: "Este livro é interessante" ou

"Aquele é o meu professor".

Os pronomes relativos são usados para retomar ou substituir um termo

anteriormente mencionado na frase, podendo ser quem, que, onde, cujo/a(s) e

quanto/a(s). Por exemplo: "O filme que eu assisti ontem foi muito bom" ou "O

livro cujo autor é meu amigo foi lançado na semana passada".

Os pronomes indefinidos referem-se a algo ou alguém de forma imprecisa,

podendo ser alguém, nada, algo, qualquer, cada, nenhum, todo, outro, algum,

muito, vários, poucos, etc. Por exemplo: "Alguma coisa está errada" ou

"Alguém ligou para você".

Quanto às formas de tratamento, é importante utilizá-las de acordo com a

situação e o grau de formalidade da comunicação. Algumas formas de

tratamento comuns na língua portuguesa são: "você", "senhor/senhora",

"doutor/doutora", "excelência", "senador/senadora", entre outras.

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Em resumo, o uso adequado dos pronomes pessoais, possessivos,

demonstrativos, relativos e indefinidos, bem como das formas de tratamento, é

fundamental para a clareza e a correção gramatical da comunicação em língua

portuguesa.

TÓPICO 12 - CONCORDÂNCIA NOMINAL E VERBAL

A concordância é uma relação de harmonia gramatical entre as palavras que

compõem a frase. Na língua portuguesa, a concordância nominal se refere à

concordância de gênero e número entre o substantivo e o adjetivo, enquanto a

concordância verbal diz respeito à concordância de número e pessoa entre o

sujeito e o verbo.

A concordância nominal se dá quando o adjetivo concorda em gênero e

número com o substantivo que ele qualifica. Por exemplo: "os livros novos

estão na estante". O adjetivo "novos" concorda em gênero e número com o

substantivo "livros" que é masculino plural.

Já a concordância verbal ocorre quando o verbo concorda em número e

pessoa com o sujeito da oração. Por exemplo: "O candidato e seu amigo foram

aprovados no concurso". O verbo "foram" concorda em número e pessoa com

o sujeito "O candidato e seu amigo", que está no plural e na terceira pessoa do

singular.

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Além disso, é importante ficar atento à concordância do verbo ser quando ele

estiver no sentido de "haver" ou "existir". Nesse caso, o verbo deve concordar

com o número do predicativo do sujeito, e não com o sujeito. Por exemplo: "Há

muitas pessoas na fila" (e não "Hão muitas pessoas na fila").

Por fim, é fundamental também observar a concordância dos verbos

impessoais, que não possuem sujeito, como "faz" e "há". Esses verbos devem

permanecer sempre na terceira pessoa do singular. Por exemplo: "Faz anos

que não o vejo" ou "Há muito tempo que estudo para este concurso".

O uso adequado dos pronomes também é essencial para a construção correta

da frase.

TÓPICO 13 - REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL

A regência verbal e nominal se refere ao modo como os verbos e as

preposições são utilizados na construção de uma frase, determinando a

relação de dependência que uma palavra tem com a outra.

A regência verbal é a relação que ocorre entre o verbo e seus complementos

(objeto direto, objeto indireto, complemento nominal, agente da passiva),

indicando como eles devem ser usados na frase. Algumas preposições exigem

a regência de determinado verbo, como, por exemplo, o verbo "gostar", que

exige a preposição "de", como em "Eu gosto de estudar". Já o verbo "assistir",

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pode ser transitivo direto ou indireto, dependendo do contexto, como em "Eu

assisti ao filme" (transitivo indireto) ou "Eu assisti o filme" (transitivo direto).

A regência nominal, por sua vez, ocorre entre o substantivo e as palavras que o

complementam (adjetivo, artigo, pronome, numeral), indicando como essas

palavras devem concordar em gênero e número com o substantivo. Por

exemplo, em "a beleza da paisagem", a preposição "de" exige o substantivo

"beleza" no feminino e o adjetivo "paisagem" no masculino singular.

Em resumo, a regência nominal e verbal é uma importante parte da gramática

da língua portuguesa e é essencial para a compreensão e produção correta de

textos. É importante estudar e praticar a utilização adequada dos verbos e

preposições, bem como a concordância entre substantivos e palavras que os

complementam.

TÓPICO 14 - CRASE

O uso adequado do sinal indicativo de crase é um tema bastante importante da

língua portuguesa e, por isso, costuma ser abordado em concursos e

vestibulares. A crase é a junção da preposição "a" com o artigo feminino "a" ou

com os pronomes demonstrativos "aquela(s)", "aquele(s)" e "aquilo". Em outras

palavras, a crase é a fusão da vogal "a" de duas palavras.

Para utilizar corretamente a crase, é necessário seguir algumas regras:

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A crase é obrigatória antes de palavras femininas que exigem a preposição "a",

como "à", "pela" e "na".

Exemplo: Vou à praia neste fim de semana.

A crase não deve ser usada antes de palavras masculinas ou antes de verbos.

Exemplo: Ela foi a pé até a escola.

A crase é opcional antes de nomes próprios femininos e de pronomes

possessivos femininos.

Exemplo: Vou visitar a Ana / à Ana amanhã.

A crase é obrigatória antes de pronomes relativos femininos, como "a qual" e

"às quais".

Exemplo: A casa à qual me referi foi vendida.

A crase não deve ser utilizada antes de verbos no infinitivo ou gerúndio, a

menos que haja um termo feminino que a exija.

Exemplo: Ela começou a estudar / a trabalhar.

A crase é obrigatória antes de horas femininas, desde que sejam precedidas

por uma preposição.

Exemplo: Ele chegará às 9 horas.

É importante lembrar que o uso indevido da crase pode alterar o sentido da

frase e gerar confusão na comunicação escrita. Portanto, é fundamental

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conhecer as regras e praticar a aplicação da crase para obter uma boa

performance na prova de língua portuguesa.

TÓPICO 15 - ORTOGRAFIA EM VIGOR

Ortografia é a parte da gramática que trata da forma correta de escrever as

palavras, ou seja, as regras que determinam como se escrevem as palavras de

acordo com a norma padrão da língua portuguesa. O conhecimento das regras

ortográficas é fundamental para a escrita correta e eficiente.

A seguir, estão algumas das principais regras ortográficas que devem ser

observadas:

Acentuação gráfica: é importante saber quais palavras são acentuadas e como

são acentuadas, de acordo com as regras da língua portuguesa. Por exemplo:

acento agudo (á, é, í, ó, ú), acento circunflexo (â, ê, ô), acento grave (à, àquele,

àquela, àquilo).

Emprego do hífen: o uso do hífen deve ser observado em palavras compostas

e em algumas outras situações específicas, como em palavras que começam

com "h" e em palavras com prefixos.

Uso das letras maiúsculas e minúsculas: é importante conhecer as regras de

quando usar letras maiúsculas ou minúsculas em diferentes situações, como

nomes próprios, início de frases, títulos de obras, etc.

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Uso de letras e fonemas: algumas palavras podem ser escritas de diferentes

formas, mas apenas uma delas é considerada correta. Por exemplo: "xampu"

ou "shampoo", "asa" ou "aza".

Uso do "s" e do "z": saber quando usar "s" ou "z" em palavras é fundamental

para evitar erros de ortografia. Por exemplo: "casa" (com "s") e "cozinha" (com

"z").

Uso do "c" e do "ç": assim como o "s" e o "z", é importante saber quando usar

"c" ou "ç" em palavras. Por exemplo: "aço" (com "ç") e "casa" (com "c").

Uso do "j" e do "g": é importante saber quando usar "j" ou "g" em palavras. Por

exemplo: "jogar" (com "j") e "gelo" (com "g").

Essas são apenas algumas das regras ortográficas que devem ser observadas

ao escrever em português. É importante estudar e praticar a ortografia para

evitar erros e escrever de forma correta e eficiente.

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REDAÇÃO

Aqui estão algumas orientações para criar um guia prático e didático de uma

Redação eficaz.

Defina seu público-alvo: é importante saber para quem você está escrevendo

e quais são suas necessidades específicas. Se você está escrevendo para

estudantes, por exemplo, pode incluir dicas sobre como planejar sua redação,

como organizar seus pensamentos e como evitar erros comuns de gramática e

ortografia. Se você está escrevendo para profissionais, pode focar em técnicas

para argumentar de forma eficaz e persuasiva.

Faça uma lista de tópicos: considere os principais elementos que os leitores

precisam saber para escrever uma redação eficaz em apenas 10 minutos.

Alguns tópicos a serem considerados podem incluir: planejamento e

organização, escolha de palavras-chave, estrutura de parágrafos, estratégias

de argumentação e revisão e edição.

Crie um esboço: organize seus tópicos em uma estrutura lógica e clara, de

modo que seu leitor possa seguir facilmente. Inclua exemplos e dicas práticas

para cada seção.

Use exemplos reais: inclua exemplos reais de redações que foram bem-

sucedidas e explique o que torna essas redações eficazes. Você pode incluir

exemplos de redações de alunos, profissionais ou de outras fontes.

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Simplifique a linguagem: use uma linguagem clara e simples para que seus

leitores possam entender facilmente. Evite jargões e termos técnicos que

possam confundir seus leitores.

Adicione exercícios práticos: inclua exercícios práticos para que seus leitores

possam praticar e aprimorar suas habilidades de redação.

Revise e edite: revise e edite cuidadosamente seu guia para garantir que

esteja claro, conciso e fácil de seguir

TÓPICO 1 - PLANEJAMENTO E ORGANIZAÇÃO

"planejamento e organização" com alguns exemplos para ajudar a ilustrar como

escrever uma redação impecável para consegue a tão sonhada vaga.

Defina o tema da redação: o primeiro passo é entender o que está sendo

solicitado e o que se espera que seja abordado na redação. Por exemplo, se a

redação for sobre a importância da educação, você deve ter uma compreensão

clara do que significa educação e quais são as questões relevantes a serem

discutidas.

Escreva uma tese clara: depois de entender o tema da redação, você deve

desenvolver uma tese clara e concisa que apresente o seu ponto de vista sobre

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o assunto. Por exemplo, se você acredita que a educação é fundamental para

o desenvolvimento pessoal e profissional, sua tese poderia ser algo como: "A

educação é um fator essencial para o sucesso pessoal e profissional, pois

oferece as habilidades e conhecimentos necessários para enfrentar os desafios

da vida".

Crie um esboço: um esboço pode ajudá-lo a organizar seus pensamentos e

garantir que sua redação tenha uma estrutura clara e lógica. O esboço deve

incluir uma introdução, corpo de redação e conclusão. Por exemplo:

Introdução: apresente o tema da redação e sua tese.

Corpo de redação: desenvolva seus argumentos e exemplos em um ou mais

parágrafos. Por exemplo, você pode discutir as habilidades que a educação

oferece e como elas podem ser aplicadas em diferentes áreas da vida.

Conclusão: reafirme sua tese e resuma seus argumentos de forma clara e

concisa.

Use palavras-chave: identifique palavras-chave relevantes para o seu tema e

use-as ao longo da redação. Isso pode ajudar a manter o foco e garantir que

sua redação seja coerente e relevante. Por exemplo, algumas palavras-chave

para uma redação sobre a importância da educação podem incluir:

conhecimento, habilidades, aprendizado, desenvolvimento pessoal,

desenvolvimento profissional.

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TÓPICO 2 - DEFINA O PÚBLICO-ALVO

Seguem abaixo alguns exemplos práticos de como definir seu público-alvo ao

escrever uma redação:

Imagine que você esteja escrevendo uma redação para um público composto

por estudantes universitários. Nesse caso, você poderia usar exemplos

específicos que sejam relevantes para a vida universitária, como a importância

de escrever uma boa redação para conseguir boas notas, como se preparar

para escrever redações em exames e concursos ou como apresentar um

trabalho acadêmico com qualidade. Você também poderia incluir dicas sobre

como fazer uma pesquisa eficaz e como usar corretamente as referências

bibliográficas.

Se o seu público-alvo são os profissionais, você pode usar exemplos

relacionados a situações do cotidiano no ambiente de trabalho, como a

redação de um e-mail formal para um cliente ou um relatório para o seu chefe.

Você poderia fornecer dicas para apresentar argumentos fortes e convincentes,

como usar dados e fatos relevantes para sustentar suas afirmações e como

evitar a linguagem técnica excessiva que possa confundir o leitor.

Se o seu público-alvo for composto por pessoas que têm pouco conhecimento

sobre o assunto abordado na redação, é importante explicar os conceitos

básicos e fornecer exemplos simples para ilustrar suas ideias. Por exemplo, se

você estiver escrevendo sobre a importância da educação financeira, poderia

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APOSTILA PREPARATÓRIA PARA SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - PMERJ

explicar o que é orçamento pessoal, como fazer um planejamento financeiro e

como economizar dinheiro no dia a dia.

Definir o público-alvo é essencial para garantir que sua redação seja relevante

e adequada ao seu público. É importante ter em mente que diferentes públicos

têm diferentes necessidades e interesses, e sua redação deve ser adaptada de

acordo com essas diferenças para alcançar o sucesso desejado.

TÓPICO 3 - COMO CRIAR UM ESBOÇO PARA UMA REDAÇÃO EFICAZ

Seguem alguns exemplos práticos de como criar um esboço para uma redação

eficaz:

Introdução: para criar uma introdução clara e eficaz, você pode começar com

uma declaração ou pergunta que desperte o interesse do leitor. Em seguida,

apresente o tema da sua redação e sua tese principal. Por exemplo: "Você já

pensou em como a educação pode ser uma ferramenta poderosa para

transformar sua vida? Nesta redação, discutiremos as habilidades que a

educação oferece e como elas podem ser aplicadas em diferentes áreas da

vida."

Corpo de redação: o corpo da redação é onde você apresenta seus

argumentos e exemplos de forma clara e lógica. Você pode dividir o corpo da

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redação em vários parágrafos, cada um com um ponto de argumentação

diferente. Por exemplo, se você estiver escrevendo sobre as habilidades que a

educação oferece, poderia dividir o corpo da redação em parágrafos que

abordam habilidades como a capacidade de pensar criticamente, a

comunicação eficaz, a resolução de problemas e a criatividade. Certifique-se

de usar exemplos e evidências para apoiar seus argumentos.

Conclusão: a conclusão é onde você reafirma sua tese principal e resume

seus argumentos de forma clara e concisa. Você também pode incluir uma

declaração final que incentive o leitor a refletir sobre o tema da redação ou a

tomar alguma ação. Por exemplo: "Em suma, a educação pode oferecer

habilidades valiosas que podem ser aplicadas em muitas áreas da vida. Espero

que esta redação tenha inspirado você a considerar como a educação pode ser

uma ferramenta poderosa para transformar sua vida."

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MATEMÁTICA

TÓPICO 1 - NOÇÕES DE CONJUNTOS E DE RACIOCÍNIO LÓGICO

a) Representação de conjuntos, subconjuntos, operações: união, interseção,

diferença e complementar. Conjunto universo e conjunto vazio.

Conjuntos são coleções de objetos que compartilham características em

comum. Eles são representados por uma letra maiúscula, geralmente A, B, C

etc., e seus elementos são colocados entre chaves {}. Por exemplo, o conjunto

A = {1, 2, 3, 4} é composto pelos elementos 1, 2, 3 e 4.

Subconjuntos são conjuntos que possuem elementos em comum com outro

conjunto, mas não necessariamente possuem todos os elementos deste. Por

exemplo, o conjunto B = {1, 2} é subconjunto de A, pois todos os elementos de

B (1 e 2) também estão presentes em A.

As operações de união, interseção, diferença e complementar são realizadas

entre dois conjuntos A e B.

• União: é a junção de todos os elementos presentes em A e em B, sem

repetições. É representada por A ∪ B. Por exemplo, se A = {1, 2, 3} e B

= {3, 4, 5}, então A ∪ B = {1, 2, 3, 4, 5}.

• Interseção: é a seleção dos elementos que estão presentes em ambos

os conjuntos A e B. É representada por A ∩ B. Por exemplo, se A = {1,

2, 3} e B = {3, 4, 5}, então A ∩ B = {3}.

• Diferença: é a seleção dos elementos que estão presentes em A, mas

não em B. É representada por A - B. Por exemplo, se A = {1, 2, 3} e B =

{3, 4, 5}, então A - B = {1, 2}.

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• Complementar: é o conjunto de elementos que não estão presentes em

A. É representado por A'. Por exemplo, se A = {1, 2, 3} e o conjunto

universo é U = {1, 2, 3, 4, 5}, então A' = {4, 5}.

O conjunto universo é o conjunto que contém todos os elementos em

consideração. No exemplo acima, U é o conjunto universo dos elementos 1, 2,

3, 4 e 5. O conjunto vazio é o conjunto que não possui elementos e é

representado por ∅.

b) Conjunto dos números naturais e inteiros: operações fundamentais, números

primos, fatoração, número de divisores, máximo divisor comum e mínimo

múltiplo comum.

O conjunto dos números naturais é representado por N = {0, 1, 2, 3, ...}. Já o

conjunto dos números inteiros é representado por Z = {..., -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3,

...}.

As operações fundamentais nos números naturais e inteiros são a adição, a

subtração, a multiplicação e a divisão. É importante ressaltar que a divisão não

é sempre exata nos números inteiros, ou seja, podem existir restos.

Um número primo é um número natural que possui somente dois divisores: o

número 1 e ele mesmo. Por exemplo, o número 7 é primo, pois só pode ser

dividido por 1 e por 7. Já o número 6 não é primo, pois pode ser dividido por 1,

2, 3 e 6.

A fatoração de um número consiste em decompor este número em fatores.

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TÓPICO 2 - CONJUNTO DOS NÚMEROS

a) Conjunto dos Números Naturais: O conjunto dos números naturais é

formado pelos números positivos inteiros (1, 2, 3, 4, 5, ...). Esse conjunto é

representado pela letra N. É importante destacar que alguns autores incluem o

zero no conjunto dos números naturais, enquanto outros o excluem.

Exemplo: O conjunto dos números de alunos em uma turma pode ser

representado pelo conjunto dos números naturais: N = {1, 2, 3, 4, ...}

b) Conjunto dos Números Inteiros: O conjunto dos números inteiros é formado

pelos números naturais, seus opostos e o zero (..., -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, ...).

Esse conjunto é representado pela letra Z. Os números inteiros podem ser

representados na reta numérica, onde o zero é o ponto central e os números

negativos ficam à esquerda e os positivos à direita. O módulo de um número

inteiro é o seu valor absoluto, ou seja, o número sem o sinal. O oposto de um

número inteiro é o número que, somado com ele, resulta em zero.

Exemplo: O conjunto dos anos de fundação das cidades de São Paulo e Rio de

Janeiro pode ser representado pelo conjunto dos números inteiros: Z = {..., -3, -

2, -1, 0, 1, 2, ...}

c) Conjunto dos números racionais: O conjunto dos números racionais é

formado por números que podem ser representados na forma de fração, ou

seja, números que podem ser escritos na forma a/b, onde a e b são números

inteiros e b é diferente de zero. Esse conjunto é representado pela letra Q. As

operações fundamentais com números racionais são a adição, subtração,

multiplicação e divisão.

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Exemplo: A medida de uma distância percorrida por um carro pode ser

representada por um número racional, como 3/5 km ou 1/4 km.

d) Razões e proporções, grandezas diretamente e indiretamente proporcionais:

Razão é a relação entre dois números ou grandezas. Por exemplo, a razão

entre o número de alunos de uma turma e o número de meninas dessa turma é

uma fração, representada por a/b. Proporção é a igualdade entre duas razões.

Por exemplo, se a/b = c/d, então temos uma proporção.

Grandezas diretamente proporcionais são aquelas que variam na mesma

proporção. Por exemplo, se o preço de uma fruta é proporcional à quantidade

comprada, quanto mais frutas são compradas, maior será o preço. Já

grandezas inversamente proporcionais são aquelas que variam na proporção

inversa. Por exemplo, quanto mais tempo uma pessoa demora para fazer um

trabalho, menor é a sua produção.

Exemplo: Se o preço de uma fruta é de R$2,00 por unidade, a razão entre o

preço e a quantidade é de 2/1. Se o preço cair para R$1,00, a nova razão será

de 1/1. Logo, temos uma proporção: 2/1 = 1/1. Além disso, podemos dizer que

o preço e a quantidade são grandezas inversamente proporcionais, pois

quando uma aumenta, a outra diminui de forma proporcional.

Outro exemplo de grandezas inversamente proporcionais é a velocidade e o

tempo. Se percorremos uma distância de 100 km a uma velocidade de 50

km/h, levaremos 2 horas para chegar ao destino. Porém, se aumentarmos a

velocidade para 100 km/h, chegaremos em apenas 1 hora. Neste caso, a

velocidade e o tempo são grandezas inversamente proporcionais, pois quanto

maior a velocidade, menor o tempo necessário para percorrer a mesma

distância.

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Já as grandezas diretamente proporcionais são aquelas em que, ao aumentar

uma delas, a outra também aumenta de forma proporcional. Um exemplo é o

salário de um trabalhador em relação à quantidade de horas trabalhadas. Se

um trabalhador ganha R$10,00 por hora trabalhada, ele receberá R$100,00 por

10 horas trabalhadas e R$200,00 por 20 horas trabalhadas. Neste caso, o

salário e a quantidade de horas trabalhadas são grandezas diretamente

proporcionais, pois ao aumentar a quantidade de horas trabalhadas, o salário

também aumenta de forma proporcional.

É importante destacar que as grandezas diretamente proporcionais possuem

uma constante de proporcionalidade, que é o valor que multiplica uma das

grandezas para obter a outra. Por exemplo, no caso do salário e da quantidade

de horas trabalhadas, a constante de proporcionalidade é R$10,00/hora. Ou

seja, para saber o salário de um trabalhador que trabalhou x horas, basta

multiplicar x por R$10,00.

TÓPICO 3 - FUNÇÕES

a) Conceito de relação: Uma relação é uma correspondência entre dois

conjuntos, onde cada elemento do primeiro conjunto está associado a um ou

mais elementos do segundo conjunto. Por exemplo, podemos ter uma relação

entre os conjuntos A = {1, 2, 3} e B = {a, b, c}, onde 1 está associado a a, 2

está associado a b e 3 está associado a c.

b) Conceito de Função, domínio, contradomínio e imagem de uma função: Uma

função é uma relação entre dois conjuntos A e B, onde cada elemento do

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conjunto A está associado a um único elemento do conjunto B. O conjunto A é

chamado de domínio da função, enquanto que o conjunto B é chamado de

contradomínio. A imagem de uma função é o conjunto de todos os elementos

do contradomínio que estão associados a pelo menos um elemento do

domínio.

Exemplo: Considere a função f: A → B definida por f(x) = x², onde A = {-2, -1, 0,

1, 2} e B = {0, 1, 4}. O domínio da função é A, o contradomínio é B e a imagem

é {0, 1, 4}.

c) Funções injetoras, sobrejetora, bijetora e funções pares e ímpares, funções

periódicas e funções compostas:

• Função injetora: é aquela em que cada elemento do domínio está

associado a um único elemento do contradomínio. Ou seja, não existem

dois elementos distintos no domínio que estão associados ao mesmo

elemento no contradomínio.

• Função sobrejetora: é aquela em que cada elemento do contradomínio

está associado a pelo menos um elemento do domínio. Ou seja, não

existe nenhum elemento no contradomínio que não esteja associado a

pelo menos um elemento do domínio.

• Função bijetora: é aquela que é injetora e sobrejetora ao mesmo tempo.

Ou seja, cada elemento do domínio está associado a um único elemento

do contradomínio e cada elemento do contradomínio está associado a

um único elemento do domínio.

• Função par: é aquela que é simétrica em relação ao eixo y. Ou seja, f(x)

= f(-x) para todo x no domínio da função.

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• Função ímpar: é aquela que é simétrica em relação à origem. Ou seja,

f(-x) = -f(x) para todo x no domínio da função.

• Função periódica: é aquela em que a função se repete em intervalos

regulares. Ou seja, existe um número positivo p, chamado período da

função, tal que f(x) = f(x + p) para todo x no domínio da função.

• Função composta: é aquela em que a saída de uma função é usada

como entrada para outra função.

d) Zeros ou Raiz de uma função: Os zeros ou raízes de uma função são os

valores de x no domínio da função que fazem com que a função seja igual a

zero. Em outras palavras, são os valores de x que fazem com que f(x) = 0. Por

exemplo, os zeros da função f(x) = x² - 4 são x = -2 e x = 2, pois quando

substituímos esses valores na função, obtemos f(-2) = (-2)² - 4 = 0 e f(2) = 2² - 4

= 0.

Função constante, função crescente, função decrescente: Uma função é

constante quando o valor da imagem é o mesmo para qualquer valor de x no

domínio. Por exemplo, a função f(x) = 3 é uma função constante, pois para

qualquer valor de x que escolhermos, o valor da imagem será sempre 3.

Uma função é crescente quando, à medida que x aumenta, o valor da imagem

também aumenta. Por exemplo, a função f(x) = x é uma função crescente, pois

quando x aumenta, o valor da imagem também aumenta.

Uma função é decrescente quando, à medida que x aumenta, o valor da

imagem diminui. Por exemplo, a função f(x) = -x é uma função decrescente,

pois quando x aumenta, o valor da imagem diminui.

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Função definida por mais de uma sentença: Uma função pode ser definida por

mais de uma sentença, dependendo do valor de x. Por exemplo, a função f(x) =

|x| é definida por duas sentenças: f(x) = x quando x ≥ 0 e f(x) = -x quando x < 0.

Função inversa: A função inversa de uma função f(x) é aquela que reverte a

relação de x e y. Em outras palavras, se (x,y) é um ponto na função f(x), então

(y,x) é um ponto na função inversa. Para que uma função tenha uma inversa,

ela deve ser injetora, ou seja, cada valor de x deve ter apenas um valor

correspondente de y. A função inversa é representada por f⁻¹(x). Por exemplo,

a função f(x) = 2x é injetora e sua função inversa é f⁻¹(x) = x/2.

Gráfico de funções: O gráfico de uma função é uma representação visual da

relação entre x e y. Ele é traçado em um sistema de coordenadas cartesianas,

com o eixo x representando o domínio da função e o eixo y representando a

imagem da função. O gráfico de uma função pode ajudar a visualizar o

comportamento da função, seus zeros, seus pontos de máximo e mínimo, suas

assíntotas, entre outras características. Por exemplo, o gráfico da função f(x) =

x² é uma parábola, enquanto o gráfico da função f(x) = sen(x) é uma curva

sinusoidal.

TÓPICO 4 - FUNÇÃO LINEAR, FUNÇÃO AFIM E FUNÇÃO QUADRÁTICA

Uma função linear é uma função do tipo f(x) = ax + b, onde a e b são

constantes reais. A representação gráfica de uma função linear é uma reta, que

pode ser crescente ou decrescente, dependendo do valor de a. O domínio é o

conjunto dos números reais e a imagem é o conjunto formado por todos os

valores que a função pode assumir.

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Exemplo: f(x) = 2x - 1. Neste caso, a = 2 e b = -1. O gráfico é uma reta com

inclinação positiva de 2. O domínio é o conjunto dos números reais e a imagem

é também o conjunto dos números reais.

Função Afim: Uma função afim é uma função do tipo f(x) = ax + b, onde a e b

são constantes reais. A principal diferença entre a função afim e a função linear

é que a função afim pode assumir qualquer valor real, enquanto a função linear

só pode assumir valores a partir do ponto em que a reta intercepta o eixo y. O

gráfico de uma função afim é uma reta, assim como na função linear.

Exemplo: f(x) = 2x + 1. Neste caso, a = 2 e b = 1. O gráfico é uma reta com

inclinação positiva de 2. O domínio é o conjunto dos números reais e a imagem

é também o conjunto dos números reais.

Função Quadrática: Uma função quadrática é uma função do tipo f(x) = ax² +

bx + c, onde a, b e c são constantes reais e a ≠ 0. O gráfico de uma função

quadrática é uma parábola. A concavidade da parábola é determinada pelo

valor de a: se a > 0, a parábola é voltada para cima e se a < 0, a parábola é

voltada para baixo.

Exemplo: f(x) = x² + 2x + 1. Neste caso, a = 1, b = 2 e c = 1. O gráfico é uma

parábola voltada para cima. O domínio é o conjunto dos números reais e a

imagem é o conjunto dos números reais maiores ou iguais a 1.

Variações de sinal: A variação de sinal de uma função é determinada pelos

pontos em que a função cruza o eixo x. Se a função cruza o eixo x em um

ponto, então ela muda de sinal. Se ela cruza o eixo x em dois pontos, então ela

mantém o sinal entre esses pontos e muda o sinal fora deles.

Máximos e mínimos: O ponto em que a função atinge o maior valor é chamado

de máximo e o ponto em que a função atinge o menor valor é chamado de

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mínimo. Esses pontos são encontrados na análise do gráfico da função. Na

função quadrática, o vértice da parábola representa o máximo ou o mínimo da

função.

Inequação produto e inequação quociente: Uma inequação produto é uma

inequação do tipo f(x)g(x) > 0 ou f(x)g(x) < 0, onde f(x) e g(x) são funções reais.

Já uma inequação quociente é uma inequação do tipo f(x)/g (x) > 0 ou f(x)/g(x)

< 0, onde f(x) e g(x) são funções reais e g(x) ≠ 0. Para resolver inequações

produto e inequações quociente, devemos encontrar os valores de x que fazem

a expressão ser maior que zero ou menor que zero. Podemos utilizar a análise

de sinais para encontrar esses valores.

Por exemplo, para resolver a inequação produto (x-2)(x+3) > 0, devemos

analisar o sinal da expressão (x-2)(x+3) para determinados valores de x.

Podemos fazer isso utilizando uma tabela de sinais, como a seguir:

x | x-2 | x+3 | (x-2)(x+3) -3 | -5 | 0 | 0 -2 | -4 | 1 | -4 0 | -2 | 3 | 6 2 | 0 | 5 | 0 3 | 1 |

6|7

Observando a tabela, vemos que a expressão (x-2)(x+3) é positiva para x < -3

e para x > 2. Então, a solução da inequação é x < -3 ou x > 2.

Já para resolver a inequação quociente (x-1)/(x+2) > 0, devemos analisar o

sinal da expressão (x-1)/(x+2) para determinados valores de x. Podemos fazer

isso utilizando uma tabela de sinais, como a seguir:

x | x-1 | x+2 | (x-1)/(x+2) -3 | -4 | -1 | 3/2 -2 | -3 | 0 | -1 -1 | -2 | 1 | -1/3 0 | -1 | 2 | -

1/2 1 | 0 | 3 | 1/5 2 | 1 | 4 | 1/3

Observando a tabela, vemos que a expressão (x-1)/(x+2) é positiva para x < -2

e para x > 1. Então, a solução da inequação é x < -2 ou x > 1.

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TÓPICO 5 - FUNÇÃO MODULAR

A função modular é uma função que envolve a operação módulo, indicada pelo

símbolo "|" ou "||". Ela é definida da seguinte forma:

f(x) = |x|

Isso significa que, para qualquer valor de x, o resultado de f(x) será o valor

absoluto de x. O valor absoluto é a distância entre x e 0, ou seja, é sempre

positivo.

O gráfico da função modular é um "V" invertido, que corta o eixo x no ponto

(0,0). O domínio da função é todo o conjunto dos números reais e a imagem é

o conjunto dos números reais não negativos.

As equações modulares são equações que envolvem a função modular. Elas

podem ser resolvidas de forma algébrica ou gráfica. Por exemplo, a equação |x|

= 2 tem como solução x = 2 ou x = -2.

As inequações modulares são inequações que envolvem a função modular.

Elas podem ser resolvidas de forma gráfica, utilizando o gráfico da função

modular. Por exemplo, a inequação |x| > 2 tem como solução x < -2 ou x > 2.

É importante lembrar que, em uma inequação modular, o sinal de desigualdade

deve ser mantido na solução. Por exemplo, se a inequação é |x| < 3, a solução

é -3 < x < 3, mantendo o sinal "<" em ambos os lados.

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TÓPICO 6 - FUNÇÃO EXPONENCIAL

A função exponencial é uma função do tipo f(x) = a^x, onde a é um número

positivo diferente de 1 e x é um número real. Essa função apresenta algumas

características importantes, como:

• Domínio: todos os números reais;

• Imagem: todos os números reais positivos;

• Gráfico: é uma curva que cresce rapidamente conforme x aumenta, e se

aproxima do eixo x, mas nunca o toca;

• Logaritmos decimais: para entender melhor a função exponencial, é

importante conhecer também os logaritmos decimais, que são a base do

sistema de logaritmos utilizado na matemática. O logaritmo decimal de

um número é o expoente a que se deve elevar 10 para obter esse

número. Por exemplo, o logaritmo decimal de 100 é 2, pois 10 elevado a

2 é igual a 100.

As equações exponenciais são aquelas que têm a incógnita (geralmente

representada por x) no expoente. Por exemplo, a equação 2^x = 8 é uma

equação exponencial, cuja solução é x = 3, pois 2 elevado a 3 é igual a 8. Já as

inequações exponenciais são aquelas em que a incógnita aparece no

expoente, e envolvem sinais de desigualdade (maior que, menor que, maior ou

igual a, menor ou igual a). Por exemplo, a inequação 3^(x-1) < 9 tem como

solução x < 2, pois 3 elevado a 1 é igual a 3, e 3 elevado a 2 é igual a 9.

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TÓPICO 7 - FUNÇÃO LOGARÍTMICA

A função logarítmica é definida pela relação inversa da função exponencial.

Seja a > 0, a ≠ 1 e x > 0, o logaritmo de x na base a, denotado por log a x, é o

expoente y que satisfaz a equação a^y = x. Ou seja, log a x = y se e somente

se a^y = x.

a) Propriedades operatórias dos logaritmos:

• log a (xy) = log a x + log a y

• log a (x/y) = log a x - log a y

• log a (x^r) = r*log a x, onde r é um número real qualquer

• log a a = 1

• log a 1 = 0

• log a (1/x) = -log a x, para x > 0

b) Gráfico, domínio e imagem da função logarítmica: O gráfico da função

logarítmica y = log a x é uma curva crescente que se aproxima do eixo x à

medida que x se aproxima de zero. O domínio da função é o conjunto dos

números reais positivos, ou seja, x > 0. A imagem da função é o conjunto dos

números reais, ou seja, y ∈ ℝ.

c) Equações e inequações logarítmicas: Para resolver uma equação

logarítmica do tipo log a x = b, basta aplicar a definição de logaritmo e obter a

solução x = a^b. Por exemplo, para resolver a equação log 2 x = 3, temos x =

2^3 = 8.

Já para resolver uma inequação logarítmica do tipo log a x < b, é preciso

aplicar as propriedades dos logaritmos e resolver a inequação resultante. Por

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exemplo, para resolver a inequação log 2 x < 3, temos 2^3 > x, ou seja, x < 8.

Portanto, a solução da inequação é o intervalo aberto (0, 8).

TÓPICO 8 - TRIGONOMETRIA

a) Arcos notáveis: Os arcos notáveis são aqueles que possuem medidas

específicas e facilmente reconhecíveis na trigonometria. Os principais arcos

notáveis são:

• 0°: Correspondente ao ponto de partida no círculo trigonométrico, onde o

seno é zero e o cosseno é um.

• 30°, 45° e 60°: São ângulos frequentemente encontrados em problemas

de trigonometria. Suas razões trigonométricas podem ser encontradas

por meio da tabela trigonométrica ou pelo círculo trigonométrico.

• 90°: Também conhecido como ângulo reto, é encontrado em triângulos

retângulos e possui seno e cosseno iguais a um.

b) Trigonometria no triângulo: Na trigonometria no triângulo, estudamos as

relações entre os lados e ângulos dos triângulos. A trigonometria no triângulo

retângulo é especialmente importante, pois nesse tipo de triângulo é possível

estabelecer relações entre os lados e ângulos por meio das razões

trigonométricas seno, cosseno e tangente. Já na trigonometria no triângulo

qualquer, utilizamos a lei dos senos e a lei dos cossenos para encontrar as

relações entre os lados e ângulos do triângulo.

c) Lei dos senos e Lei dos cossenos: A Lei dos senos estabelece que em

qualquer triângulo, a razão entre o comprimento de um lado e o seno do ângulo

oposto a ele é igual para todos os lados. Em termos matemáticos, temos:

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a/sen(A) = b/sen(B) = c/sen(C)

Já a Lei dos cossenos estabelece que em qualquer triângulo, o quadrado do

comprimento de um lado é igual à soma dos quadrados dos comprimentos dos

outros dois lados, menos o dobro do produto desses comprimentos pelo

cosseno do ângulo entre eles. Em termos matemáticos, temos:

a² = b² + c² - 2bc.cos(A)

d) Unidades de medidas de arcos e ângulos: o grau e o radiano: O grau é a

unidade mais comum de medida de ângulos, sendo que um círculo completo

possui 360 graus. Já o radiano é a unidade de medida de ângulos no sistema

internacional de unidades (SI), sendo que um círculo completo possui 2π

radianos. Para converter entre graus e radianos, utilizamos a fórmula:

ângulo em radianos = (ângulo em graus * π) / 180

e) Círculo Trigonométrico, Razões Trigonométricas e Redução ao 1º

Quadrante:

O círculo trigonométrico é um círculo de raio unitário, centrado na origem de

um plano cartesiano, utilizado para representar as medidas angulares e as

razões trigonométricas. As medidas angulares são representadas pelo arco

que se estende no sentido anti-horário a partir do ponto inicial (1,0) até o ponto

final correspondente ao ângulo medido. As razões trigonométricas são os

valores das funções trigonométricas seno, cosseno e tangente, calculados a

partir das coordenadas do ponto final do arco.

Para facilitar os cálculos das razões trigonométricas, é comum reduzir os

ângulos a um dos quadrantes principais, geralmente o primeiro quadrante (0° a

90°), utilizando as relações de simetria dos ângulos em relação aos eixos x e y.

Por exemplo, o seno de um ângulo de 210° é o mesmo que o seno de um

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ângulo de 30° (180° + 30°), pois ambos os ângulos têm o mesmo valor

absoluto do seno, mas sinais opostos.

f) Trigonométricas, Transformações, Identidades Trigonométricas

Fundamentais, Equações e Inequações Trigonométricas no Conjunto dos

Números Reais:

As funções trigonométricas são funções que relacionam as medidas dos

ângulos com as razões entre os lados dos triângulos retângulos. As principais

funções trigonométricas são o seno, o cosseno e a tangente, mas também

existem as funções trigonométricas inversas, como o arco-seno, o arco-

cosseno e o arco-tangente.

As transformações trigonométricas permitem obter novas funções a partir das

funções trigonométricas básicas, aplicando operações como soma, subtração,

multiplicação e divisão. As identidades trigonométricas fundamentais são

equações que relacionam as funções trigonométricas entre si, e são utilizadas

para simplificar as expressões trigonométricas e resolver equações e

inequações trigonométricas.

g) Fórmulas de Adição de Arcos, Arcos Duplos, Arco Metade e Transformação

em Produto:

As fórmulas de adição de arcos permitem calcular as funções trigonométricas

de uma soma ou diferença de dois arcos, em termos das funções

trigonométricas dos arcos individuais. As fórmulas de arcos duplos e arcos

metade permitem calcular as funções trigonométricas de um arco duplo ou

metade, em termos das funções trigonométricas do arco original. A

transformação em produto permite reescrever uma soma de funções

trigonométricas como um produto de funções trigonométricas.

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h) Sistemas de Equações e Inequações Trigonométricas e Resolução de

Triângulos: Os sistemas de equações e inequações trigonométricas são

conjuntos de equações ou inequações que envolvem funções trigonométricas.

Para resolvê-los, geralmente são usadas as propriedades das funções

trigonométricas, identidades trigonométricas e as equações e inequações

trigonométricas já estudadas anteriormente.

A resolução de triângulos envolve a determinação dos lados e ângulos de um

triângulo a partir de algumas informações conhecidas. Existem diferentes

métodos para resolução de triângulos, como a Lei dos Senos e a Lei dos

Cossenos, já mencionadas anteriormente.

Por exemplo, suponha que se conheça dois ângulos de um triângulo e um dos

lados. Utilizando as fórmulas trigonométricas, pode-se determinar os outros

lados e ângulos do triângulo. Já para resolver um sistema de equações ou

inequações trigonométricas, deve-se utilizar as propriedades das funções

trigonométricas e resolver o sistema por substituição ou eliminação.

Em resumo, a trigonometria é um ramo da matemática que estuda as relações

entre os lados e ângulos de um triângulo, bem como as funções

trigonométricas, suas propriedades e aplicações em problemas matemáticos e

em outras áreas do conhecimento. A compreensão dos conceitos e técnicas

básicas da trigonometria é fundamental para o estudo de outras áreas da

matemática, como a geometria analítica, cálculo e física.

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TÓPICO 9 - CONTAGEM E ANÁLISE COMBINATÓRIA

a) Fatorial, definição e operações: O fatorial é uma operação matemática

utilizada na análise combinatória para determinar o número de maneiras que

um conjunto pode ser organizado. O fatorial de um número natural n é

representado por n!, e é calculado multiplicando todos os números inteiros

positivos menores ou iguais a n. Por exemplo, 5! = 5 x 4 x 3 x 2 x 1 = 120.

b) Princípios multiplicativo e aditivo da contagem: O princípio multiplicativo da

contagem é utilizado para calcular o número total de possibilidades quando

duas ou mais tarefas independentes são realizadas em sequência. Se uma

tarefa pode ser realizada de m maneiras diferentes e uma segunda tarefa pode

ser realizada de n maneiras diferentes, então o número total de maneiras que

ambas as tarefas podem ser realizadas é dado por m x n. Por exemplo, se um

jogador de futebol tem 4 camisas diferentes e 3 calças diferentes, ele tem 4 x 3

= 12 combinações diferentes de roupas.

Já o princípio aditivo da contagem é utilizado quando se deseja calcular o

número total de possibilidades para tarefas mutuamente exclusivas. Se uma

tarefa pode ser realizada de m maneiras diferentes ou outra tarefa pode ser

realizada de n maneiras diferentes, então o número total de maneiras que uma

ou outra tarefa pode ser realizada é dado por m + n. Por exemplo, se um aluno

pode escolher entre estudar matemática ou estudar física, ele tem 1 + 1 = 2

opções diferentes.

c) Arranjos, combinações e permutações: Arranjos são os agrupamentos que

podem ser feitos com um conjunto de elementos, levando em consideração a

ordem em que eles aparecem. O número de arranjos de n elementos tomados

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p a p é dado por A(n,p) = n!/(n-p)!. Por exemplo, se há 4 pessoas A, B, C e D, e

queremos saber quantos grupos de 2 pessoas podemos formar, levando em

consideração a ordem, temos A, B; A, C; A, D; B, A; B, C; B, D; C, A; C, B; C,

D; D, A; D, B; D, C. Logo, temos 12 arranjos possíveis.

Combinações são os agrupamentos que podem ser feitos com um conjunto de

elementos, sem levar em consideração a ordem em que eles aparecem. O

número de combinações de n elementos tomados p a p é dado por C(n,p) =

n!/p!(n-p)!. Por exemplo, se há 4 pessoas A, B, C e D, e queremos saber

quantos grupos de 2 pessoas podemos formar, sem levar em consideração a

ordem, temos A, B; A, C; A, D; B, C; B, D; C, D. Logo, temos 6 combinações

possíveis.

Permutações são os agrupamentos que podem ser feitos com um conjunto de

elementos, levando em consideração a ordem em que eles aparecem e sem

repetição de elementos. O número de permutações de n elementos é dado por

P(n) = n!. Por exemplo, se há 4 letras A, B, C e D, as permutações de 3

elementos que podem ser formadas sem repetição são:

ABC, ABD, ACB, ACD, ADB, ADC, BAC, BAD, BCA, BCD, BDA, BDC, CAB,

CAD, CBA, CBD, CDA, CDB, DAB, DAC, DBA, DBC, DCA, DCB.

Portanto, o número de permutações de 4 elementos tomados 3 a 3 é P(4,3) =

4!/(4-3)! = 4x3x2 = 24.

Vale destacar que, em casos em que há elementos repetidos, a fórmula para o

número de permutações é dada por P(n1, n2, ..., nk) = n!/(n1! x n2! x ... x nk!),

onde n1, n2, ..., nk são as quantidades de elementos repetidos.

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Por fim, é importante lembrar que as fórmulas para arranjos, combinações e

permutações podem ser usadas em conjunto com os princípios multiplicativo e

aditivo da contagem, dependendo da complexidade do problema.

TÓPICO 10 - PROBABILIDADE

a) Experimento aleatório, experimento amostral, espaço amostral e evento:

Na teoria das probabilidades, um experimento aleatório é aquele que pode ser

repetido várias vezes sob as mesmas condições, mas cujo resultado não pode

ser previsto com certeza. O conjunto de todos os resultados possíveis de um

experimento aleatório é chamado de espaço amostral, denotado por Ω. Cada

elemento do espaço amostral é chamado de ponto amostral ou resultado.

Um evento é um subconjunto do espaço amostral, que pode ou não ocorrer no

decorrer do experimento. Um evento que contém apenas um ponto amostral é

chamado de evento elementar. A probabilidade de um evento é um número

entre 0 e 1 que mede a chance de o evento ocorrer.

b) Probabilidade em espaços amostrais equiprováveis:

Quando um experimento aleatório tem resultados igualmente prováveis, o

espaço amostral é chamado de espaço amostral equiprovável. Nesse caso, a

probabilidade de um evento E é dada por:

P(E) = número de casos favoráveis a E / número de casos possíveis

c) Probabilidade da união de dois eventos:

A probabilidade da união de dois eventos A e B é dada por:

P(A ∪ B) = P(A) + P(B) - P(A ∩ B)

d) Probabilidade condicional:

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A probabilidade condicional de um evento A, dado que ocorreu um evento B, é

dada por:

P(A|B) = P(A ∩ B) / P(B)

e) Propriedade das probabilidades:

As probabilidades têm algumas propriedades importantes, como a propriedade

da complementaridade, que diz que a probabilidade do evento complementar

de A é 1-P(A), e a propriedade da aditividade, que diz que a probabilidade da

união de dois eventos é igual à soma das probabilidades dos eventos menos a

probabilidade da interseção.

f) Probabilidade de dois eventos sucessivos e experimentos binomiais:

A probabilidade de dois eventos sucessivos é dada pelo produto das

probabilidades dos eventos. Por exemplo, se a probabilidade de um evento A

ocorrer é P(A) e a probabilidade de um evento B ocorrer, dado que o evento A

ocorreu, é P(B|A), então a probabilidade de A e B ocorrerem é P(A) x P(B|A).

Um experimento binomial é um experimento aleatório que pode ter apenas dois

resultados possíveis: sucesso ou fracasso. Exemplos de experimentos

binomiais incluem jogar uma moeda ou lançar um dado. A probabilidade de um

experimento binomial pode ser calculada usando a fórmula:

P(X = k) = C(n, k) x p^k x (1-p)^(n-k)

Onde:

• C(n, k) é o número de combinações de n objetos tomados k de cada vez

• p é a probabilidade de sucesso

• 1-p é a probabilidade de fracasso

• n é o número de tentativas

• k é o número de sucessos.

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TÓPICO 11 - MATRIZES, DETERMINANTES E SISTEMAS LINEARES

a) Operações com Matrizes: Uma matriz é uma tabela de números dispostos

em linhas e colunas. As operações com matrizes incluem adição, multiplicação

por escalar, transposição e produto. A adição e a subtração de matrizes são

realizadas somando ou subtraindo cada elemento correspondente das

matrizes. A multiplicação por escalar é realizada multiplicando cada elemento

da matriz por um número real. A transposição de uma matriz é obtida trocando

as linhas pelas colunas. A multiplicação de matrizes é realizada multiplicando

cada linha da primeira matriz pelos elementos correspondentes da coluna da

segunda matriz e somando os produtos.

Exemplo:

Sejam as matrizes A e B: A = [ 1 2 ] B = [ 3 4 ] [ 5 6 ] [ 7 8 ]

A adição de A e B é dada por: A + B = [ 1+3 2+4 ] [ 4 6 ] [ 5+7 6+8 ] = [12 14]

A multiplicação de A por um escalar 2 é dada por: 2A = [ 2 4 ] [10 12 ]

A transposição de A é dada por: A^T = [ 1 5 ] [ 2 6 ]

A multiplicação de A por B é dada por: AB = [ 13+27 14+28 ] [17 20 ] [ 53+67

54+68 ] = [47 56]

b) Matriz Inversa: A matriz inversa é uma matriz que, multiplicada pela matriz

original, resulta na matriz identidade. A matriz identidade é uma matriz

quadrada com 1's na diagonal principal e 0's em todos os outros lugares. Nem

todas as matrizes possuem inversa. Uma matriz A é invertível se e somente se

o seu determinante é diferente de zero. A matriz inversa é dada por:

A^-1 = 1/det(A) * adj(A)

Onde det(A) é o determinante de A e adj(A) é a matriz adjunta de A.

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Exemplo:

Seja a matriz A: A = [ 2 1 ] [ 4 3 ]

O determinante de A é dado por: det(A) = 23 - 14 = 2

A matriz adjunta de A é dada por: adj(A) = [ 3 -1 ] [-4 2 ]

Portanto, a matriz inversa de A é dada por: A^-1 = 1/2 * [ 3 -1 ] = [ 3/2 -1/2 ] [-4

2 ] [-2 1 ]

Verificando a multiplicação de A por A^-1, obtemos a matriz identidade: AA^-1

= [ 2 1 ] [ 3/2 -1/2 ] = [ 1 0 ] [ 4 3 ] [-2 1 ] [ 0 1 ]

c) Determinante de uma matriz: O determinante de uma matriz é um número

que pode ser calculado de diversas formas. A mais comum é a regra de Sarrus,

que é utilizada apenas para matrizes 3x3, e pode ser descrita da seguinte

forma:

Dada uma matriz A 3x3:

Para calcular seu determinante, basta escrever duas colunas adicionais à

direita da matriz, replicando as duas primeiras colunas da matriz. Então, basta

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multiplicar os elementos ao longo das diagonais principais e subtrair os

produtos ao longo das diagonais secundárias, conforme indicado abaixo:

D = (a11 * a22 * a33) + (a12 * a23 * a31) + (a13 * a21 * a32) - (a31 * a22 * a13)

- (a32 * a23 * a11) - (a33 * a21 * a12)

Para matrizes maiores, pode ser utilizada a regra de Laplace, que consiste em

expandir o determinante em relação a uma linha ou coluna da matriz,

multiplicando cada elemento dessa linha ou coluna pelo determinante de uma

submatriz, e alternando os sinais.

d) Sistemas de equações lineares: Um sistema de equações lineares é

composto por um conjunto de equações lineares, que relacionam variáveis de

primeiro grau com coeficientes constantes. Por exemplo, um sistema linear

com duas equações e duas variáveis pode ser representado da seguinte forma:

A solução desse sistema é um par ordenado (x, y) que satisfaz ambas as

equações simultaneamente. A forma mais comum de resolver sistemas

lineares é por meio do método da eliminação de Gauss, que consiste em

transformar o sistema original em um sistema equivalente, mas mais simples,

por meio de operações elementares em suas equações. O resultado é um

sistema triangular, cuja solução pode ser encontrada por substituição

regressiva. Outro método comum é o método da matriz inversa, que consiste

em multiplicar a matriz dos coeficientes pelo vetor das incógnitas e igualá-lo ao

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vetor dos termos independentes, e então resolver para o vetor das incógnitas

utilizando a matriz inversa.

TÓPICO 12 - SEQUÊNCIAS NUMÉRICAS E PROGRESSÕES

a) Sequências Numéricas: Sequência numérica é uma lista ordenada de

números. Essa lista pode ser infinita ou finita. Por exemplo, 2, 4, 6, 8, 10 é uma

sequência numérica finita, enquanto 1, 2, 3, 4, 5, ... é uma sequência numérica

infinita.

b) Progressões Aritméticas: Uma progressão aritmética (PA) é uma sequência

numérica em que cada termo, a partir do segundo, é a soma do termo anterior

com uma constante d, chamada de razão da PA. O termo geral de uma PA é

dado por an = a1 + (n-1)d, onde a1 é o primeiro termo, n é o número do termo

e d é a razão.

A soma dos n termos de uma PA é dada por Sn = (a1 + an) * n / 2. Algumas

propriedades importantes das PAs são:

• Os termos equidistantes dos extremos são iguais.

• A soma de dois termos equidistantes dos extremos é igual à soma dos

próprios extremos.

• A soma de dois termos consecutivos é igual à soma do termo central

com ele mesmo.

Exemplo: A sequência 5, 8, 11, 14, ... é uma progressão aritmética com a1 = 5

e d = 3. O sexto termo é dado por a6 = a1 + 5d = 5 + 5 * 3 = 20. A soma dos

cinco primeiros termos é dada por S5 = (5 + 20) * 5 / 2 = 62,5.

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c) Progressões Geométricas: Uma progressão geométrica (PG) é uma

sequência numérica em que cada termo, a partir do segundo, é o produto do

termo anterior por uma constante q, chamada de razão da PG. O termo geral

de uma PG é dado por an = a1 * q^(n-1), onde a1 é o primeiro termo, n é o

número do termo e q é a razão.

A soma dos n termos de uma PG finita é dada por Sn = a1 * (q^n - 1) / (q - 1).

Algumas propriedades importantes das PGs são:

• Os termos equidistantes do primeiro são iguais.

• A soma de dois termos equidistantes do primeiro é igual ao produto dos

próprios termos.

• A soma de dois termos consecutivos é igual ao dobro do termo central.

Exemplo: A sequência 2, 6, 18, 54, ... é uma progressão geométrica com a1 =

2 e q = 3. O quinto termo é dado por a5 = a1 * 3^(5-1) = 162. A soma dos

quatro primeiros termos é dada por S4 = 2 * (3^4 - 1) / (3 - 1) = 242.

TÓPICO 13 - GEOMETRIA ESPACIAL DE POSIÇÃO

a) Posições Relativas entre Duas Retas: Duas retas no espaço podem ter três

tipos de posições relativas: serem paralelas, se cruzarem em um ponto ou se

coincidirem (ou seja, serem a mesma reta). Para determinar a posição relativa

entre duas retas, podemos utilizar a equação vetorial de cada reta e realizar

operações vetoriais, como o produto vetorial, para determinar se elas são

paralelas ou se cruzam em um ponto.

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b) Posições Relativas entre Dois Planos: Dois planos no espaço podem ser

paralelos, se cruzarem em uma reta ou se coincidirem (ou seja, serem o

mesmo plano). Para determinar a posição relativa entre dois planos, podemos

utilizar a equação geral de cada plano e realizar operações algébricas, como a

resolução de um sistema de equações lineares, para determinar se eles são

paralelos, se cruzam em uma reta ou se coincidem.

c) Posições Relativas entre Reta e Plano: Uma reta e um plano podem ter três

tipos de posições relativas: a reta pode ser paralela ao plano, pode cruzá-lo em

um ponto ou pode estar contida no plano. Para determinar a posição relativa

entre reta e plano, podemos utilizar a equação vetorial da reta e a equação

geral do plano, e realizar operações algébricas para determinar se a reta é

paralela ao plano, se ela cruza o plano em um ponto ou se ela está contida no

plano.

d) Perpendicularidade entre Duas Retas, entre Dois Planos e entre Reta e

Plano: Duas retas são perpendiculares se e somente se seus vetores diretores

são perpendiculares, ou seja, se o produto escalar entre eles for zero. Dois

planos são perpendiculares se e somente se suas retas normais são

perpendiculares. Uma reta e um plano são perpendiculares se e somente se a

reta for perpendicular à reta normal do plano.

e) Projeção Ortogonal: A projeção ortogonal é a projeção de um ponto, reta ou

objeto em um plano ou em uma reta, de forma que a projeção seja

perpendicular ao plano ou à reta. A projeção ortogonal é útil em geometria para

determinar a sombra de um objeto em um plano, ou para encontrar a distância

de um ponto a uma reta ou a um plano. Para encontrar a projeção ortogonal,

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podemos utilizar conceitos de vetores e cálculo, ou utilizar fórmulas específicas

para cada tipo de projeção.

TÓPICO 14 - GEOMETRIA ESPACIAL MÉTRICA

a) Prismas: os prismas são sólidos geométricos formados por duas bases

paralelas iguais e retângulos ou paralelogramos, chamados faces laterais, que

os ligam. O número de arestas laterais é igual ao número de lados das bases.

Podem ser classificados de acordo com o formato das bases, como o prisma

triangular, o prisma retangular, o prisma hexagonal, entre outros. As áreas das

faces e volumes são calculadas com as seguintes fórmulas:

• Área lateral: A_l = P * h, onde P é o perímetro da base e h é a altura do

prisma;

• Área total: A_t = 2A_b + A_l, onde A_b é a área da base;

• Volume: V = A_b * h.

Tronco de prisma: é a parte do prisma que fica entre duas seções paralelas da

base. O volume é calculado pela diferença dos volumes dos prismas formados

pelas seções.

b) Pirâmide: é um sólido geométrico formado por uma base poligonal e

triângulos que partem de seus vértices, chamados faces laterais, que se

encontram em um ponto, chamado vértice da pirâmide. Podem ser

classificadas de acordo com o formato da base, como a pirâmide triangular, a

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pirâmide quadrangular, a pirâmide pentagonal, entre outras. As áreas das faces

e volumes são calculados com as seguintes fórmulas:

• Área lateral: A_l = (P * g)/2, onde P é o perímetro da base e g é a

geratriz da pirâmide;

• Área total: A_t = A_b + A_l, onde A_b é a área da base;

• Volume: V = (A_b * h)/3.

Tronco de pirâmide: é a parte da pirâmide que fica entre duas seções paralelas

da base. O volume é calculado pela diferença dos volumes das pirâmides

formadas pelas seções.

c) Cilindro: é um sólido geométrico formado por duas bases circulares

congruentes e um retângulo, chamado de superfície lateral, que as liga. As

áreas das faces e volumes são calculados com as seguintes fórmulas:

• Área lateral: A_l = 2πr * h, onde r é o raio da base e h é a altura do

cilindro;

• Área total: A_t = 2πr(r + h), onde r é o raio da base;

• Volume: V = πr²h, onde r é o raio da base.

Tronco de cilindro: é a parte do cilindro que fica entre duas seções paralelas

das bases. O volume é calculado pela diferença dos volumes dos cilindros

formados pelas seções.

d) Cone: é um sólido geométrico formado por uma base circular e um triângulo,

chamado de superfície lateral, que as liga em um ponto, chamado vértice do

cone. As áreas das faces e volumes são calculados com as seguintes fórmulas:

• Área lateral: A_l = πr * g, onde r é o raio da base e g é a geratriz do

cone;

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• Área total: A_t = πr(r + g), onde r é o raio da base e g é a geratriz do

cone; Volume: V = 1/3 * πr^2h, onde r é o raio da base e h é a altura do

cone.

Exemplo: Um cone possui raio de 3cm e altura de 4cm. Calcule sua área

lateral, área total e volume.

Solução: Primeiro, precisamos encontrar a geratriz do cone. Usando o teorema

de Pitágoras, temos:

g^2 = r^2 + h^2 g^2 = 3^2 + 4^2 g^2 = 9 + 16 g^2 = 25 g = 5

Agora podemos calcular as áreas e volumes:

Área lateral: A_l = πr * g = π3 * 5 = 15π cm² Área total: A_t = πr(r + g) = π3(3 +

5) = 24π cm² Volume: V = 1/3 * πr^2h = 1/3 * π3^2 * 4 = 12π cm³

Portanto, a área lateral do cone é 15π cm², a área total é 24π cm² e o volume é

12π cm³.

e) Esfera: é um sólido geométrico formado por todos os pontos de um espaço

que estão a uma mesma distância r de um ponto fixo, chamado centro da

esfera. As áreas das faces e volumes são calculados com as seguintes

fórmulas:

Área da esfera: A = 4πr², onde r é o raio da esfera; Volume da esfera: V = 4/3 *

πr³, onde r é o raio da esfera.

Exemplo: Uma esfera tem raio de 5cm. Calcule sua área e seu volume.

Solução: Área da esfera: A = 4πr² = 4π5² = 100π cm² Volume da esfera: V =

4/3 * πr³ = 4/3 * π5³ = 523,6 cm³

Portanto, a área da esfera é 100π cm² e o volume é 523,6 cm³.

f) Inscrição e circunscrição de sólidos: inscrever um sólido em outro significa

colocá-lo dentro do outro de forma que toque todas as suas faces.

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Circunscrever um sólido em outro significa colocá-lo fora do outro de forma que

toque todas as suas faces.

Por exemplo, podemos inscrever um cubo dentro de uma esfera ou

circunscrever uma pirâmide dentro de um cilindro. As relações entre as

medidas dos sólidos podem ser usadas para calcular o tamanho de um sólido

com base no tamanho do outro.

TÓPICO 15 - GEOMETRIA ANALÍTICA PLANA

a) Ponto: é uma posição no espaço que pode ser representada no plano

cartesiano através de suas coordenadas (x,y). A distância entre dois pontos

pode ser calculada utilizando o Teorema de Pitágoras, que é dado por:

d = √[(x2 - x1)² + (y2 - y1)²]

O ponto médio de um segmento é dado pela média aritmética das coordenadas

dos extremos, ou seja:

[(x1 + x2)/2 , (y1 + y2)/2]

Três pontos estão alinhados quando a inclinação entre o primeiro e o segundo

ponto é a mesma que a inclinação entre o segundo e o terceiro ponto.

b) Reta: é um conjunto de pontos que estão em uma mesma direção. A

equação geral da reta é dada por:

ax + by + c = 0

A equação reduzida da reta é dada por:

y = mx + n

onde m é a inclinação da reta e n é o intercepto no eixo y.

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A interseção de duas retas pode ser obtida resolvendo o sistema formado pelas

equações das duas retas. Duas retas são paralelas quando possuem a mesma

inclinação e nunca se encontram. Duas retas são perpendiculares quando

possuem inclinações opostas e o produto das inclinações é igual a -1.

A distância entre um ponto e uma reta é dada por:

d = |ax0 + by0 + c|/√(a² + b²)

A distância entre duas retas paralelas é a distância entre um ponto de uma reta

e a outra reta. A distância entre duas retas que não são paralelas é a distância

entre um ponto de uma reta e a outra reta perpendicular a ela.

A área de um triângulo pode ser calculada pela fórmula:

A = |(x1y2 + x2y3 + x3y1) - (x1y3 + x2y1 + x3y2)|/2

c) Circunferência: é um conjunto de pontos que estão à mesma distância de um

ponto fixo, chamado centro. A equação geral da circunferência é dada por:

(x-a)² + (y-b)² = r²

onde (a,b) é o centro da circunferência e r é o raio.

Um ponto está sobre a circunferência se a sua distância ao centro é igual ao

raio. Uma reta é tangente à circunferência se possui apenas um ponto em

comum com a circunferência. A equação da reta tangente à circunferência em

um ponto (x0,y0) é dada por:

(x - x0)(x0 - a) + (y - y0)(y0 - b) = r²

d) Elipse: é um conjunto de pontos cuja soma das distâncias a dois pontos

fixos, chamados focos, é constante. A equação geral da elipse é dada por:

[(x - a)²/b²] + [(y - b)²/a²] = 1

onde (a,b) é o centro da elipse.

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Um ponto está sobre a elipse se a sua distância a cada foco somada é

constante. Uma reta é tangente à elipse se possui apenas um ponto de

interseção com a elipse. As posições relativas entre ponto e elipse são

determinadas pela verificação da equação da elipse para o ponto em questão.

Se a equação é satisfeita, o ponto pertence à elipse, caso contrário, o ponto

está fora da elipse.

As posições relativas entre uma reta e uma elipse podem ser determinadas

pela resolução de um sistema de equações, sendo uma delas a equação geral

da elipse e a outra a equação da reta. A interseção entre a reta e a elipse pode

ser nula, formando dois pontos, ou pode ser um ponto de tangência, quando a

reta é tangente à elipse, ou ainda pode ser um conjunto vazio, quando a reta

não intersecta a elipse.

Exemplo: Determine as posições relativas entre a reta r: y = 3x - 2 e a elipse E:

[(x - 2)²/4] + [(y - 1)²/9] = 1.

Primeiramente, podemos escrever a equação da reta na forma geral: 3x - y + 2

= 0. Substituindo essa equação na equação geral da elipse, obtemos:

[(x - 2)²/4] + [((3x - 2) - 1)²/9] = 1 [(x - 2)²/4] + [(3x - 3)²/9] = 1 9(x - 2)² + 4(3x -

3)² = 36

Simplificando essa equação, temos:

13x² - 52x + 37 = 0

Essa equação é uma equação quadrática que pode ser resolvida usando a

fórmula geral das equações quadráticas:

x = [52 ± sqrt(52² - 4(13)(37))]/(2*13) x = [52 ± 6]/26

Assim, obtemos as coordenadas dos pontos de interseção da reta r com a

elipse E:

78
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P1 = (4, 5/3) P2 = (8/13, 10/39)

Portanto, a reta r intersecta a elipse E em dois pontos distintos.

TÓPICO 16 - GEOMETRIA PLANA

a) Ângulo: é a região do plano limitada por duas semirretas com origem em um

mesmo ponto. Os elementos de um ângulo são o vértice, as duas semirretas

(lados) e a medida do ângulo, que é dada em graus ou radianos. Algumas

propriedades dos ângulos são:

• Dois ângulos são complementares se a soma de suas medidas é igual a

90 graus.

• Dois ângulos são suplementares se a soma de suas medidas é igual a

180 graus.

• Dois ângulos são congruentes se têm a mesma medida.

b) Ângulos na circunferência: um ângulo na circunferência é formado por dois

arcos, sendo a medida do ângulo igual à metade da medida do arco que ele

intercepta. Algumas propriedades dos ângulos na circunferência são:

• Um ângulo inscrito em uma circunferência é metade do arco que ele

intercepta.

• Um ângulo cujos lados são tangentes a uma circunferência é igual ao

ângulo formado pelo raio da circunferência e a reta tangente.

c) Paralelismo e perpendicularidade: duas retas são paralelas se não têm

pontos em comum e nunca se encontram. Duas retas são perpendiculares se

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formam um ângulo reto (90 graus). Algumas propriedades de paralelismo e

perpendicularidade são:

• A soma dos ângulos internos de um triângulo é sempre igual a 180

graus.

• Uma reta que é perpendicular a uma reta paralela a outra reta é

perpendicular a ambas as retas paralelas.

d) Semelhança de triângulos: dois triângulos são semelhantes se têm seus

ângulos correspondentes congruentes e seus lados correspondentes

proporcionais. A razão de semelhança entre dois triângulos é dada pela razão

entre os comprimentos de lados correspondentes. Algumas propriedades da

semelhança de triângulos são:

• A altura relativa a um dos lados de um triângulo divide o triângulo em

dois triângulos semelhantes ao triângulo original.

• As medidas dos ângulos internos de um triângulo são proporcionais aos

comprimentos dos lados opostos.

e) Pontos notáveis do triângulo: o incentro é o ponto de encontro das

bissetrizes internas do triângulo, o baricentro é o ponto de encontro das

medianas do triângulo, o circuncentro é o ponto de encontro das bissetrizes

externas do triângulo e o ortocentro é o ponto de encontro das alturas do

triângulo.

f) Relações métricas nos triângulos (retângulos e quaisquer): no triângulo

retângulo, o Teorema de Pitágoras afirma que o quadrado da hipotenusa é

igual à soma dos quadrados dos catetos. No triângulo qualquer, algumas

relações métricas são:

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• Lei dos cossenos: a² = b² + c² - 2bc cos(A), onde a é o lado oposto ao

ângulo A, e b e c são os outros dois lados do triângulo. Lei dos senos:

a/sin(A) = b/sin(B) = c/sin(C), onde a, b e c são os lados do triângulo e A,

B e C são os ângulos opostos a eles, respectivamente.

• g) Triângulos retângulos, Teorema de Pitágoras: o teorema de Pitágoras

estabelece que em um triângulo retângulo, o quadrado da hipotenusa (o

lado oposto ao ângulo reto) é igual à soma dos quadrados dos catetos

(os dois lados que formam o ângulo reto). Matematicamente, podemos

escrever:

• a² = b² + c²

• onde a é a hipotenusa e b e c são os catetos.

• Por exemplo, considere um triângulo retângulo com catetos de

comprimento 3 e 4 unidades. Podemos calcular o comprimento da

hipotenusa utilizando o teorema de Pitágoras:

• a² = 3² + 4² a² = 9 + 16 a² = 25 a = 5

• Portanto, a hipotenusa desse triângulo retângulo tem comprimento 5

unidades.

• h) Congruência de figuras planas: duas figuras planas são congruentes

se possuem a mesma forma e tamanho. Dois triângulos são

congruentes se possuem os três lados iguais (LAL - lado, ângulo, lado),

dois lados e o ângulo formado por eles iguais (LLL - lado, lado, lado),

dois ângulos e o lado entre eles iguais (ALA - ângulo, lado, ângulo), ou

dois ângulos e o lado oposto a um deles iguais (AAL - ângulo, ângulo,

lado).

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• i) Feixe de retas paralelas e transversais, Teorema de Tales: um feixe de

retas paralelas é um conjunto de retas que são paralelas duas a duas.

Uma transversal é uma reta que intersecta esse feixe de retas paralelas.

O teorema de Tales estabelece que se duas retas transversais cortam

um feixe de retas paralelas, os segmentos interceptados na transversal

são proporcionais.

• Por exemplo, considere o feixe de retas paralelas a, b e c e as retas

transversais t e u, como na figura abaixo:

Se a transversal t intercepta os segmentos AB, BC e CD, e a transversal u

intercepta os segmentos AE, EF e FG, então temos:

AB/AE = BC/EF = CD/FG

j) Teorema das bissetrizes internas e externas de um triângulo: as bissetrizes

internas de um triângulo são as retas que dividem cada um dos ângulos

internos do triângulo ao meio. As bissetrizes externas de um triângulo são as

retas que dividem os ângulos externos do triângulo ao meio. O teorema das

bissetrizes internas afirma que as bissetrizes internas de um triângulo se

encontram em um único ponto, chamado incentro, que é o centro da

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circunferência inscrita no triângulo. Já o teorema das bissetrizes externas

afirma que as bissetrizes externas de um triângulo se encontram em um único

ponto, chamado excentro, que é o centro da circunferência ex-inscrita no

triângulo.

l) Quadriláteros notáveis: dentre os quadriláteros notáveis, temos o trapézio, o

paralelogramo, o retângulo, o losango e o quadrado. O trapézio é um

quadrilátero que possui pelo menos um par de lados paralelos. O

paralelogramo é um quadrilátero que possui dois pares de lados paralelos. O

retângulo é um paralelogramo que possui ângulos internos retos. O losango é

um paralelogramo cujos lados possuem a mesma medida. O quadrado é um

retângulo que também é um losango.

m) Perímetro e área de polígonos, polígonos regulares, circunferências,

círculos e seus elementos: o perímetro de um polígono é a soma das medidas

de seus lados. A área de um polígono pode ser calculada através de diversas

fórmulas específicas para cada tipo de polígono. A área de uma circunferência

é dada por πr², onde r é o raio da circunferência. A área de um círculo é a

mesma que a área da circunferência que o circunscreve. O comprimento da

circunferência é dado por 2πr.

n) Fórmula de Heron: a fórmula de Heron é uma fórmula para o cálculo da área

de um triângulo qualquer, dado o comprimento de seus lados. A fórmula é dada

por:

A = √(s(s-a)(s-b)(s-c))

onde A é a área do triângulo, a, b e c são os comprimentos dos lados e s é o

semiperímetro, dado por:

s = (a+b+c)/2

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o) Razão entre áreas: a razão entre as áreas de dois polígonos é dada pelo

quociente entre as suas áreas. Por exemplo, se A e B são as áreas de dois

polígonos, a razão entre as áreas é A/B ou B/A, dependendo de qual polígono

está sendo considerado como referência.

p) Inscrição e circunscrição: um polígono está inscrito em uma circunferência

quando todos os seus vértices estão sobre a circunferência. Um polígono está

circunscrito a uma circunferência quando todos os seus lados são tangentes à

circunferência. A circunferência inscrita em um triângulo é chamada de

circunferência inscrita, e a circunferência circunscrita é chamada de

circunferência circunscrita. A circunferência circunscrita de um triângulo é o

centro do circuncírculo, que é o círculo que passa pelos três vértices do

triângulo. Já a circunferência inscrita é o centro do incírculo, que é o círculo que

é tangente aos três lados do triângulo.

A circunferência circunscrita é importante, por exemplo, para encontrar o centro

do triângulo, que é a interseção das bissetrizes dos ângulos. Já a

circunferência inscrita é importante para determinar a incenter, que é o ponto

de encontro das bissetrizes dos ângulos internos.

Para calcular o raio da circunferência circunscrita, pode-se usar a fórmula:

R = a/(2 sen(A)) = b/(2 sen(B)) = c/(2 sen(C))

Onde R é o raio da circunferência, a, b e c são os lados do triângulo e A, B e C

são os ângulos opostos a esses lados. Já para calcular o raio da circunferência

inscrita, pode-se usar a fórmula:

r = A/p

Onde r é o raio da circunferência, A é a área do triângulo e p é o

semiperímetro, dado por p = (a+b+c)/2.

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TÓPICO 17 - POLINÔMIOS

a) Função polinomial, polinômio identicamente nulo, grau de um polinômio,

identidade de um polinômio, raiz de um polinômio, operações com polinômios e

valor numérico de um polinômio:

Uma função polinomial é uma função f(x) da forma:

f(x) = a_n x^n + a_{n-1} x^{n-1} + ... + a_2 x^2 + a_1 x + a_0

em que a_n, a_{n-1}, ..., a_0 são constantes reais chamadas coeficientes e n é

um número natural chamado grau da função. O coeficiente a_n é chamado

coeficiente líder e x^n é chamado termo líder.

Um polinômio é identicamente nulo se todos os seus coeficientes forem iguais

a zero. O grau de um polinômio não nulo é o maior grau de seus termos não

nulos.

Uma identidade de polinômio é uma igualdade que é verdadeira para todos os

valores de x. Por exemplo, (x + y)^2 = x^2 + 2xy + y^2 é uma identidade de

polinômio.

Uma raiz de um polinômio f(x) é um número real ou complexo r tal que f(r) = 0.

As raízes de um polinômio são também chamadas de zeros ou soluções da

equação polinomial f(x) = 0.

As operações com polinômios incluem adição, subtração, multiplicação, divisão

e composição. O valor numérico de um polinômio f(x) para um valor específico

de x é simplesmente f(x).

b) Divisão de polinômios, Teorema do resto, Teorema de D'Alembert e

dispositivo de Briot-Ruffini:

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A divisão de polinômios é semelhante à divisão de números. Para dividir o

polinômio f(x) pelo polinômio g(x), escrevemos a divisão como f(x) = q(x)g(x) +

r(x), em que q(x) é o quociente, r(x) é o resto e o grau de r(x) é menor que o

grau de g(x).

O Teorema do resto afirma que o resto da divisão de f(x) por x - a é igual a f(a).

Ou seja, se dividirmos f(x) por x - a e obtermos um resto r(x), então r(a) = f(a).

O Teorema de D'Alembert afirma que se f(x) é um polinômio e r é uma raiz de

f(x), então f(x) é divisível por x - r. Em outras palavras, se f(r) = 0, então (x - r) é

um fator de f(x).

O dispositivo de Briot-Ruffini é uma técnica para fazer a divisão de polinômios

por x - a de forma simplificada. Para usar o dispositivo, escrevemos os

coeficientes do polinômio f(x) em uma tabela, colocando o coeficiente líder na

primeira linha. Em seguida, colocamos o valor a na parte superior da tabela e

realizamos as operações necessárias para encontrar o quociente e o resto.

c) Relação entre coeficientes e ra ízes: Uma das relações importantes entre os

coeficientes e as raízes de um polinômio é o Teorema de Viète. Seja um

polinômio de grau n com coeficientes reais ou complexos:

P(x) = a_n x^n + a_{n-1} x^{n-1} + ... + a_1 x + a_0

Então, as raízes desse polinômio podem ser denotadas por r_1, r_2, ..., r_n. O

teorema de Viète estabelece que:

• A soma das raízes é dada por: r_1 + r_2 + ... + r_n = - a_{n-1}/a_n

• O produto das raízes é dado por: r_1 * r_2 * ... * r_n = (-1)^n * a_0/a_n

• A soma dos produtos de duas a duas é dada por: r_1r_2 + r_1r_3 + ... +

r_{n-1}r_n = a_{n-2}/a_n

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• A soma dos produtos de três a três é dada por: r_1r_2r_3 + r_1r_2r_4 +

... + r_{n-2}r_{n-1}r_n = -a_{n-3}/a_n

• E assim por diante, a soma dos produtos de k a k é dada por:

∑r_{i_1}r_{i_2}...r_{i_k} = (-1)^k * a_{n-k}/a_n, onde a soma é feita sobre

todas as combinações de k raízes do polinômio.

Além disso, a fatoração de um polinômio em termos de suas raízes é dada por:

P(x) = a_n (x - r_1)(x - r_2) ... (x - r_n)

onde r_1, r_2, ..., r_n são as raízes do polinômio.

A multiplicidade de uma raiz r_i de um polinômio é a quantidade de vezes que

essa raiz aparece na fatoração do polinômio. Por exemplo, se o polinômio (x -

2)^3 (x + 1)^2 é dado, então a raiz 2 tem multiplicidade 3 e a raiz -1 tem

multiplicidade 2.

Os produtos notáveis são expressões que surgem frequentemente na

simplificação de expressões polinomiais. Alguns exemplos de produtos

notáveis são:

• (a + b)^2 = a^2 + 2ab + b^2

• (a - b)^2 = a^2 - 2ab + b^2

• (a + b)(a - b) = a^2 - b^2

• (a + b)^3 = a^3 + 3a^2b + 3ab^2 + b^3

• (a - b)^3 = a^3 - 3a^2b + 3ab^2 - b^3

• a^2 - b^2 = (a + b)(a - b)

O máximo divisor comum (MDC) de dois polinômios é o maior polinômio que

divide ambos sem resto. Isso pode ser encontrado através do algoritmo de

Euclides para polinômios, que é um processo iterativo de divisões sucessivas.

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Para encontrar o MDC de dois polinômios, dividimos o primeiro pelo segundo e

encontramos o resto. Em seguida, dividimos o segundo pelo resto e

encontramos outro resto. Esse processo é repetido até que o resto seja zero. O

último divisor não nulo é o MDC.

Por exemplo, vamos encontrar o MDC de f(x) = x^3 + 2x^2 - x - 2 e g(x) = x^2 +

x - 2:

1. Dividimos f(x) por g(x) e encontramos o resto:

x-3

x^2 + x - 2 | x^3 + 2x^2 - x - 2 x^3 + x^2 - 2x -------------- x^2 - x - 2

2. Dividimos g(x) por x^2 - x - 2 e encontramos o resto:

x^2 - x - 2 | x^2 + x - 2 x^2 - x - 2 ---------- 2x

3. Dividimos x^2 - x - 2 por 2x e encontramos o resto:

2x | x^2 - x - 2 x^2 - x ------- -2

Como o último resto é zero, o MDC de f(x) e g(x) é o último divisor não nulo,

que é 2x.

Já a fatoração de polinômios pode ser utilizada para simplificar expressões

algébricas e encontrar suas raízes. Existem diversos métodos para fatorar

polinômios, como a identificação de raízes racionais e o uso de fórmulas

especiais. Alguns produtos notáveis também podem ser úteis para fatorar

polinômios, como:

(a + b)^2 = a^2 + 2ab + b^2

(a - b)^2 = a^2 - 2ab + b^2

(a + b)(a - b) = a^2 - b^2

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(a + b)^3 = a^3 + 3a^2b + 3ab^2 + b^3

(a - b)^3 = a^3 - 3a^2b + 3ab^2 - b^3

Esses produtos notáveis podem ser utilizados para fatorar polinômios como:

x^2 - 4 = (x + 2)(x - 2)

x^3 + 8 = (x + 2)(x^2 - 2x + 4)

x^4 - 16 = (x^2 + 4)(x + 2)(x - 2)

Além disso, é importante lembrar que as raízes de um polinômio são os valores

de x que tornam o polinômio igual a zero. A relação entre as raízes e os

coeficientes de um polinômio pode ser encontrada através do teorema de

Viète, que afirma que a soma das raízes de um polinômio é igual ao coeficiente

do termo de grau n-1 dividido pelo coeficiente do termo de grau n, e o produto

das raízes é igual ao coeficiente do termo constante dividido pelo coeficiente do

termo de grau n.

TÓPICO 18 - EQUAÇÕES POLINOMIAIS

As equações polinomiais são equações matemáticas que envolvem uma ou

mais variáveis elevadas a potências inteiras. A forma geral de uma equação

polinomial é dada por:

a_n x^n + a_{n-1} x^{n-1} + ... + a_1 x + a_0 = 0

Onde a_n, a_{n-1}, ..., a_1, a_0 são coeficientes reais ou complexos, x é a

variável desconhecida e n é o grau da equação polinomial.

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O teorema fundamental da álgebra afirma que toda equação polinomial de grau

n com coeficientes complexos possui n raízes complexas. Isso significa que

podemos sempre fatorar uma equação polinomial como:

a_n (x - r_1)(x - r_2)...(x - r_n) = 0

Onde r_1, r_2, ..., r_n são as raízes complexas da equação polinomial.

O teorema da decomposição nos diz que é possível fatorar qualquer equação

polinomial com coeficientes reais em fatores lineares ou quadráticos

irreduzíveis com coeficientes reais. Isso significa que podemos escrever uma

equação polinomial como um produto de fatores como:

a_n (x - r_1)^{m_1}(x^2 + bx + c)^{m_2}... = 0

Onde r_1, r_2, ..., r_k são as raízes reais ou complexas, b e c são coeficientes

reais e m_1, m_2, ..., m_k são as multiplicidades das raízes.

As raízes imaginárias de uma equação polinomial são raízes complexas da

forma a + bi, onde i é a unidade imaginária. Essas raízes surgem quando a

equação polinomial tem coeficientes reais e o discriminante da equação

quadrática associada é negativo.

As raízes racionais de uma equação polinomial são raízes que podem ser

escritas como frações com numerador e denominador inteiros. O teorema das

raízes racionais afirma que, se uma equação polinomial tem coeficientes

inteiros, então todas as suas raízes racionais serão frações cujos

denominadores são divisores do coeficiente líder e cujos numeradores são

divisores do termo constante.

As relações de Girard são relações entre as raízes de uma equação polinomial.

Essas relações afirmam que a soma das raízes de uma equação polinomial é

igual ao coeficiente do termo de grau n-1 dividido pelo coeficiente do termo

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líder. A soma dos produtos dois a dois das raízes é igual ao coeficiente do

termo de grau n-2 dividido pelo coeficiente do termo líder, e assim por diante.

O teorema de Bolzano afirma que, se uma função contínua f(x) assume valores

de sinais opostos em dois pontos diferentes a e b, então existe pelo menos um

ponto c entre a e b onde f(c) = 0. Isso pode ser utilizado para encontrar as

raízes reais de uma equação polinomial.

TÓPICO 19 - CONJUNTO DOS NÚMEROS COMPLEXOS

O conjunto dos números complexos é uma extensão do conjunto dos números

reais, que inclui números imaginários, representados pela unidade imaginária

"i". Um número complexo pode ser representado na forma algébrica a + bi,

onde a e b são números reais e i é a unidade imaginária. As operações básicas

com números complexos são semelhantes às operações com números reais,

exceto pela presença da unidade imaginária.

Algumas propriedades dos números complexos são o módulo, o conjugado e

as representações algébrica e trigonométrica. O módulo de um número

complexo z = a + bi é definido como a raiz quadrada da soma dos quadrados

das partes reais e imaginárias de z, ou seja, |z| = √(a² + b²). O conjugado de z é

definido como z̅ = a - bi, ou seja, trocando o sinal da parte imaginária de z.

A representação algébrica de um número complexo é na forma a + bi,

enquanto a representação trigonométrica é na forma r(cosθ + i senθ), onde r é

o módulo do número complexo e θ é o argumento do número complexo (ou

seja, o ângulo formado entre o número complexo e o eixo real). A

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representação trigonométrica é especialmente útil para operações como

potencialização e radiciação de números complexos.

A representação no plano de Argand-Gauss é uma maneira gráfica de

representar números complexos. No plano de Argand-Gauss, o eixo x

representa a parte real do número complexo e o eixo y representa a parte

imaginária. Um número complexo pode ser representado por um ponto no

plano de Argand-Gauss, com suas coordenadas (a, b) correspondendo à sua

representação algébrica a + bi.

Para potencializar um número complexo, basta elevar seu módulo à potência

desejada e multiplicar o argumento do número complexo pelo expoente

desejado. Por exemplo, (1 + i)² = 2i, pois o módulo de 1 + i é √2 e o argumento

é π/4, então o módulo de (1 + i)² é (√2)² = 2 e o argumento é 2(π/4) = π/2, o

que corresponde ao número complexo 2i.

Para extrair uma raiz n-ésima de um número complexo, é possível usar a

fórmula de Moivre, que afirma que (cosθ + i senθ)ⁿ = cos(nθ) + i sen(nθ). Para

extrair a raiz n-ésima de um número complexo, basta calcular o módulo da raiz

como a n-ésima raiz do módulo do número complexo original e o argumento da

raiz como o argumento do número complexo original dividido por n.

O teorema fundamental da álgebra afirma que todo polinômio com coeficientes

complexos de grau n tem n raízes complexas, contando multiplicidades. O

teorema da decomposição diz que todo número complexo pode ser escrito

como uma soma de um número real e um número imaginário puro. As raízes

imaginárias são raízes quadr áticas de números negativos, e são expressas

como números complexos da forma a + bi, onde a é zero e b é diferente de

zero.

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As raízes racionais de um polinômio são os números racionais que são solução

da equação. As relações de Girard são fórmulas que relacionam as raízes de

um polinômio com seus coeficientes. O teorema de Bolzano afirma que se uma

função contínua mudar de sinal em um intervalo, então ela tem pelo menos

uma raiz nesse intervalo.

As operações com números complexos incluem soma, subtração, multiplicação

e divisão. O módulo de um número complexo z = a + bi é a distância do ponto

(a, b) ao ponto (0, 0) no plano de Argand-Gauss, e é dado pela fórmula |z| =

sqrt(a^2 + b^2). O conjugado de um número complexo z = a + bi é o número

complexo z* = a - bi.

A representação algébrica de um número complexo é na forma a + bi, onde a e

b são números reais. A representação trigonométrica de um número complexo

é na forma r(cos θ + i sen θ), onde r é o módulo de z e θ é o argumento de z,

ou seja, o ângulo que o vetor que liga a origem a z forma com o eixo real

positivo.

A potenciação e radiciação de números complexos podem ser realizadas

utilizando a fórmula de Moivre, que afirma que (cos θ + i sen θ)^n = cos(nθ) + i

sen(nθ).

A extração de raízes pode ser realizada utilizando a fórmula de De Moivre, que

afirma que a n-ésima raiz de um número complexo z na forma trigonométrica

r(cos θ + i sen θ) é dada por r^(1/n) [cos((θ + 2kπ)/n) + i sen((θ + 2kπ)/n)], onde

k é um inteiro que varia de 0 a n-1.

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TÓPICO 20 - BINÔMIO DE NEWTON

O binômio de Newton é uma fórmula utilizada para expandir expressões

binomiais na forma de (a+b)^n, onde n é um número natural e a e b são

números quaisquer.

a) Para expandir essa expressão, utilizamos os coeficientes binomiais e o

termo geral. Os coeficientes binomiais são dados pela fórmula:

C(n,k) = n! / (k!(n-k)!)

onde n é o expoente da expressão binomial e k é o índice do termo. Por

exemplo, se n = 3, os coeficientes binomiais são C(3,0) = 1, C(3,1) = 3, C(3,2)

= 3, e C(3,3) = 1.

O termo geral é dado pela fórmula:

(a+b)^n = C(n,0) * a^n * b^0 + C(n,1) * a^(n-1) * b^1 + ... + C(n,n) * a^0 * b^n

Por exemplo, para expandir (x+y)^4, temos:

(x+y)^4 = C(4,0) * x^4 * y^0 + C(4,1) * x^3 * y^1 + C(4,2) * x^2 * y^2 + C(4,3) *

x^1 * y^3 + C(4,4) * x^0 * y^4

(x+y)^4 = 1 * x^4 * y^0 + 4 * x^3 * y^1 + 6 * x^2 * y^2 + 4 * x^1 * y^3 + 1 * x^0 *

y^4

(x+y)^4 = x^4 + 4x^3y + 6x^2y^2 + 4xy^3 + y^4

b) As equações binomiais e trinomiais são equações que envolvem potências

de binômios. Para resolvê-las, podemos utilizar o binômio de Newton e a

fórmula de Bhaskara.

Por exemplo, para resolver a equação x^2 - 6x + 9 = 16, podemos reescrevê-la

como:

(x-3)^2 = 16

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Podemos então aplicar a fórmula de Bhaskara para obter as soluções:

x-3 = ±√16

x-3 = ±4

x1 = 3+4 = 7

x2 = 3-4 = -1

Para resolver a equação x^3 + 3x^2 + 3x + 1 = 0, podemos observar que ela é

uma equação trinomial que pode ser reescrita como:

(x+1)^3 = 0

Aplicando a fórmula de Bhaskara, obtemos:

x+1 = 0

x = -1

Portanto, a solução da equação é x=-1, com multiplicidade 3.

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NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO

TÓPICO 1 - INTRODUÇÃO AO DIREITO ADMINISTRATIVO

O Direito Administrativo é o ramo do Direito que regula a organização,

funcionamento e controle da Administração Pública, bem como as relações

entre os particulares e a Administração Pública. Em outras palavras, é o

conjunto de normas jurídicas que regem a atuação do Estado na gestão

pública.

Algumas leis importantes que regem o Direito Administrativo no Brasil são a

Constituição Federal de 1988, a Lei de Licitações e Contratos Administrativos

(Lei nº 8.666/1993) e a Lei de Improbidade Administrativa (Lei nº 8.429/1992).

O Direito Administrativo está presente em várias áreas da Administração

Pública, como saúde, educação, segurança pública, meio ambiente, entre

outras. Por exemplo, se um cidadão precisa de atendimento médico em um

hospital público, ele está lidando com questões reguladas pelo Direito

Administrativo, já que a gestão do hospital é feita pela Administração Pública.

Princípios do Direito Administrativo

Os princípios são a base do Direito Administrativo. Eles orientam a atuação da

Administração Pública e são fundamentais para garantir a legalidade, a

transparência e a eficiência na gestão pública. A seguir, veremos alguns dos

principais princípios do Direito Administrativo:

• Princípio da Legalidade: o princípio da legalidade determina que a

Administração Pública só pode fazer o que está previsto em lei. Em

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outras palavras, a Administração Pública só pode agir dentro dos limites

estabelecidos pela legislação.

Exemplo: um agente público só pode autorizar a construção de uma obra se

ela estiver de acordo com as normas previstas em lei.

• Princípio da Impessoalidade: o princípio da impessoalidade determina

que a Administração Pública deve agir de forma objetiva, sem privilegiar

ou discriminar pessoas ou empresas.

Exemplo: em uma licitação, a Administração Pública não pode favorecer uma

empresa em detrimento de outra. A escolha deve ser baseada em critérios

objetivos previstos em lei.

• Princípio da Moralidade: o princípio da moralidade determina que a

Administração Pública deve agir de forma ética e em conformidade com

os valores sociais.

Exemplo: um agente público não pode receber propina para favorecer uma

empresa em uma licitação, já que isso fere o princípio da moralidade.

• Princípio da Publicidade: o princípio da publicidade determina que a

Administração Pública deve divulgar suas ações e decisões de forma

clara e transparente.

Exemplo: a Administração Pública deve publicar em diário oficial todas as suas

decisões e atos administrativos, para que a população possa acompanhar e

fiscalizar suas ações.

• Princípio da Eficiência: o princípio da eficiência determina que a

Administração Pública deve agir de forma rápida, econômica e com

qualidade, visando a atender às necessidades da sociedade.

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Exemplo: Uma reforma em uma escola pública deve ser realizada de forma

eficiente, ou seja, com qualidade e rapidez, para que os alunos possam voltar a

estudar o mais rápido possível e em um ambiente adequado.

Atos Administrativos

Os atos administrativos são ações praticadas pela Administração Pública no

exercício de suas funções. Eles podem ser divididos em vários tipos, como os

atos normativos, os atos ordinatórios e os atos punitivos. Vamos ver alguns

exemplos:

• Atos normativos: são os atos que têm por objetivo estabelecer normas e

regulamentos para a Administração Pública. Exemplos: portarias,

decretos, resoluções.

• Atos ordinatórios: são os atos que têm por objetivo disciplinar e

organizar a Administração Pública. Exemplos: circulares, instruções

normativas, ordens de serviço.

• Atos punitivos: são os atos que têm por objetivo punir as infrações

cometidas por particulares ou por agentes públicos. Exemplos: multas,

demissões, cassação de licenças.

Contratos Administrativos

Os contratos administrativos são acordos firmados entre a Administração

Pública e particulares, com o objetivo de realizar obras, prestar serviços ou

adquirir bens. Esses contratos são regidos pela Lei de Licitações e Contratos

Administrativos (Lei nº 8.666/1993).

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Os contratos administrativos possuem algumas características específicas,

como a formalidade, a obrigatoriedade e a unilateralidade. Em outras palavras,

os contratos administrativos devem seguir uma série de formalidades previstas

em lei, são obrigatórios para ambas as partes e podem ser rescindidos

unilateralmente pela Administração Pública em caso de descumprimento das

obrigações.

Conclusão

O Direito Administrativo é um ramo do Direito extremamente importante para

garantir a legalidade, a transparência e a eficiência na gestão pública. Nesta

disciplina de Introdução ao Direito Administrativo, vimos alguns dos principais

princípios, atos administrativos e contratos administrativos que regem a

atuação da Administração Pública no Brasil. É importante destacar que essa é

uma área do Direito em constante evolução, e que é fundamental que os

profissionais da área estejam sempre atualizados e preparados para lidar com

as questões que surgem no dia a dia da gestão pública.

TÓPICO 1.1 - RELAÇÃO DO DIREITO ADMINISTRATIVO

COM OUTRAS ÁREAS DO DIREITO

O Direito Administrativo é um ramo do Direito que possui relação direta com

outras áreas do Direito, como o Direito Constitucional, o Direito Tributário e o

Direito Penal. Nesta disciplina, veremos de forma didática como se dá essa

relação e alguns exemplos práticos.

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Relação do Direito Administrativo com o Direito Constitucional

O Direito Constitucional é a área do Direito que estuda a Constituição Federal e

suas normas. O Direito Administrativo, por sua vez, é o ramo do Direito que

regula a atuação da Administração Pública. Como a Constituição Federal é a

norma máxima do ordenamento jurídico brasileiro, é natural que exista uma

relação direta entre essas duas áreas do Direito.

O Direito Administrativo, assim como qualquer outro ramo do Direito, deve

respeitar as normas constitucionais, e é justamente o Direito Constitucional que

estabelece as regras para a atuação da Administração Pública. Por exemplo, a

Constituição Federal estabelece os princípios que devem orientar a

Administração Pública, como o princípio da legalidade, da impessoalidade, da

moralidade, da publicidade e da eficiência.

Relação do Direito Administrativo com o Direito Tributário

O Direito Tributário é a área do Direito que estuda as normas relativas à

arrecadação de impostos, taxas e contribuições. O Direito Administrativo, por

sua vez, regula a atuação da Administração Pública, inclusive em relação à

arrecadação de tributos.

A relação entre essas duas áreas do Direito é muito importante, pois a

Administração Pública é responsável por fiscalizar e cobrar os tributos devidos

pelos contribuintes. Além disso, o Direito Tributário também estabelece as

regras para a concessão de benefícios fiscais, como isenções e incentivos

fiscais, que são concedidos pela Administração Pública.

Relação do Direito Administrativo com o Direito Penal

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O Direito Penal é a área do Direito que estuda as normas relativas aos crimes e

suas punições. O Direito Administrativo, por sua vez, também possui relação

com o Direito Penal, uma vez que a Administração Pública pode cometer

crimes no exercício de suas funções.

Por exemplo, um agente público que utiliza recursos públicos em benefício

próprio pode estar cometendo um crime de peculato. Além disso, a

Administração Pública também é responsável por fiscalizar o cumprimento das

normas penais, como a fiscalização do tráfico de drogas e do contrabando.

Conclusão

Como vimos, o Direito Administrativo possui relação direta com outras áreas do

Direito, como o Direito Constitucional, o Direito Tributário e o Direito Penal. É

importante destacar que essa relação é fundamental para garantir a legalidade,

a transparência e a eficiência na gestão pública. Além disso, é importante que

os profissionais que atuam nessa área estejam familiarizados com essas outras

áreas do Direito para melhor desempenhar suas funções.

TÓPICO 1.2 - FONTES DO DIREITO ADMINISTRATIVO

A disciplina Fontes do Direito Administrativo é fundamental para entender as

origens das normas jurídicas que regem a Administração Pública. Nesta

disciplina, veremos de forma didática as principais fontes do Direito

Administrativo e alguns exemplos práticos.

Leis e normas constitucionais

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A Constituição Federal é a principal fonte do Direito Administrativo. Ela

estabelece os princípios que devem orientar a Administração Pública, bem

como as competências dos órgãos públicos e as garantias fundamentais dos

cidadãos. Além da Constituição, outras leis federais, estaduais e municipais

também regulam a atuação da Administração Pública.

Regulamentos e decretos

Os regulamentos são normas elaboradas pelo Poder Executivo para detalhar a

aplicação das leis. Eles são editados por autoridade competente e têm força de

lei. Já os decretos são atos do Poder Executivo que regulamentam as leis ou

tratam de assuntos de sua competência exclusiva.

Exemplo: o decreto que regulamenta a licitação de obras públicas.

Jurisprudência

A jurisprudência é a interpretação que os tribunais dão às normas jurídicas em

casos concretos. Ela é formada a partir de decisões reiteradas dos tribunais e

possui caráter vinculante. A jurisprudência pode ser usada como fonte do

Direito Administrativo para esclarecer dúvidas sobre a interpretação das

normas.

Exemplo: a jurisprudência que estabelece os requisitos para a anulação de um

ato administrativo.

Costumes

Os costumes são práticas reiteradas e aceitas pela sociedade que se tornam

normas jurídicas. No Direito Administrativo, os costumes podem ser usados

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como fonte do Direito quando não há uma lei ou regulamento que regule

determinada situação.

Exemplo: a prática da Administração Pública de realizar aquisições por meio de

licitação pública.

Doutrina

A doutrina é o conjunto de estudos e opiniões de especialistas em Direito

Administrativo. Ela pode ser usada como fonte do Direito para esclarecer

dúvidas sobre a interpretação das normas ou para sugerir mudanças na

legislação.

Exemplo: um livro de um especialista em Direito Administrativo que apresenta

uma nova teoria sobre a aplicação do princípio da eficiência na Administração

Pública.

Conclusão

Como vimos, o Direito Administrativo possui diversas fontes que regulam a

atuação da Administração Pública. É importante destacar que todas essas

fontes têm caráter vinculante e devem ser observadas pelos órgãos públicos.

Além disso, é importante que os profissionais que atuam nessa área estejam

familiarizados com as fontes do Direito Administrativo para melhor

desempenhar suas funções.

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TÓPICO 2 - PRINCÍPIOS DO DIREITO ADMINISTRATIVO

A disciplina Princípios do Direito Administrativo é fundamental para entender a

base de todas as normas jurídicas que regem a Administração Pública. Nesta

disciplina, veremos de forma didática os principais princípios do Direito

Administrativo e alguns exemplos práticos.

Princípio da legalidade

O princípio da legalidade é um dos princípios fundamentais do Direito

Administrativo. Ele estabelece que a Administração Pública só pode fazer o

que a lei permite. Ou seja, todas as ações da Administração devem ter uma

base legal.

Exemplo: a construção de um prédio público só pode ser feita se houver uma

lei que autorize a obra.

Princípio da impessoalidade

O princípio da impessoalidade determina que a Administração Pública deve

tratar todos os cidadãos de forma igual, sem qualquer tipo de discriminação. As

decisões da Administração devem ser baseadas em critérios objetivos, e não

em preferências pessoais.

Exemplo: a seleção de um fornecedor para uma licitação deve ser feita com

base em critérios objetivos, como o menor preço, e não em preferências

pessoais.

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Princípio da moralidade

O princípio da moralidade exige que a Administração Pública atue de forma

ética e honesta. A Administração deve agir de acordo com os valores da

sociedade e respeitar os princípios da honestidade, imparcialidade e

transparência.

Exemplo: a contratação de um parente do gestor público para um cargo

comissionado pode ferir o princípio da moralidade.

Princípio da publicidade

O princípio da publicidade exige que as ações da Administração Pública sejam

transparentes e acessíveis a todos os cidadãos. A Administração deve divulgar

informações sobre suas atividades e decisões, garantindo a participação dos

cidadãos no controle da gestão pública.

Exemplo: a publicação de um edital de licitação em um jornal de grande

circulação para garantir a ampla divulgação do processo licitatório.

Princípio da eficiência

O princípio da eficiência exige que a Administração Pública atue de forma

rápida, econômica e com qualidade na prestação dos serviços públicos. A

Administração deve buscar sempre a melhor relação custo-benefício na

realização de suas atividades.

Exemplo: a adoção de processos automatizados para agilizar a prestação de

serviços públicos.

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Conclusão

Como vimos, os princípios do Direito Administrativo são fundamentais para a

atuação da Administração Pública de forma ética, transparente e eficiente. É

importante que os profissionais que atuam na área estejam familiarizados com

esses princípios para melhor desempenhar suas funções e garantir a

efetivação do interesse público.

TÓPICO 3 - ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA

A disciplina de Organização Administrativa é fundamental para entender como

a Administração Pública está organizada e estruturada. Nesta disciplina,

veremos de forma didática os principais conceitos relacionados à organização

administrativa, bem como alguns exemplos práticos.

Órgãos públicos

Os órgãos públicos são unidades que compõem a estrutura da Administração

Pública, responsáveis pela execução das atividades de cada área. Eles são

criados por lei e possuem funções específicas, não possuindo personalidade

jurídica própria.

Exemplo: um órgão público pode ser uma secretaria municipal de saúde ou um

departamento estadual de transporte.

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Entidades públicas

As entidades públicas são pessoas jurídicas criadas pelo Estado para executar

atividades específicas de interesse público. Elas possuem personalidade

jurídica própria, podendo celebrar contratos, processar e serem processadas

judicialmente.

Exemplo: uma empresa pública ou uma autarquia.

Descentralização

A descentralização é a transferência de competências e atribuições da

Administração Central para órgãos e entidades de outras esferas do Estado,

como estados, municípios e entidades da administração indireta.

Exemplo: a criação de secretarias de educação municipais, responsáveis pela

gestão da educação básica em nível local.

Desconcentração

A desconcentração é a distribuição interna de competências e atribuições

dentro de uma mesma esfera de poder. É a criação de unidades

administrativas dentro de um mesmo órgão ou entidade, com o objetivo de

facilitar a gestão de atividades e serviços.

Exemplo: a criação de delegacias especializadas dentro de uma mesma

polícia, como a delegacia de crimes ambientais dentro da Polícia Civil.

Conclusão

Como vimos, a disciplina de Organização Administrativa é importante para

entender a estrutura da Administração Pública e como ela se organiza para

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prestar serviços públicos. É importante que os profissionais que atuam na área

estejam familiarizados com esses conceitos para melhor desempenhar suas

funções e garantir a efetivação do interesse público.

Administração Direta

A Administração Direta é formada pelos órgãos e entidades integrantes da

estrutura básica do Estado, que possuem personalidade jurídica própria. Ela é

responsável pela prestação direta dos serviços públicos, sem a intermediação

de outras entidades. Os órgãos da Administração Direta são aqueles que têm

funções específicas dentro de cada poder, como os ministérios, secretarias,

autarquias e fundações públicas.

Exemplo: o Ministério da Saúde, que é responsável pela formulação e

implementação das políticas nacionais de saúde no país.

Administração Indireta

A Administração Indireta é composta por entidades criadas pelo Estado para

prestar serviços públicos de forma descentralizada e desconcentrada. Essas

entidades possuem personalidade jurídica própria e são dotadas de autonomia

administrativa e financeira, ou seja, possuem liberdade para gerir seus

recursos e atividades.

As principais entidades que compõem a Administração Indireta são as

empresas públicas, as sociedades de economia mista, as autarquias e as

fundações públicas.

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Exemplo: a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo

(Sabesp), que é uma empresa pública responsável pelo saneamento básico em

todo o estado.

Diferenças entre Administração Direta e Indireta

Uma das principais diferenças entre a Administração Direta e Indireta é a forma

de atuação. Enquanto a Administração Direta presta serviços públicos

diretamente à população, a Administração Indireta os presta de forma

descentralizada e desconcentrada.

Outra diferença importante é a natureza jurídica das entidades que compõem

cada uma das formas de organização da Administração Pública. Enquanto os

órgãos da Administração Direta são partes integrantes da estrutura básica do

Estado e possuem personalidade jurídica própria, as entidades da

Administração Indireta possuem personalidade jurídica própria e são criadas

com a finalidade específica de prestar serviços públicos.

Conclusão

Como vimos, a disciplina de Administração Direta e Indireta é importante para

entender a forma como a Administração Pública se organiza para prestar

serviços públicos à população. É fundamental que os profissionais que atuam

na área estejam familiarizados com esses conceitos para melhor desempenhar

suas funções e garantir a efetivação do interesse público.

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Autarquias

As autarquias são entidades que possuem personalidade jurídica própria,

criadas por lei específica, com o objetivo de executar atividades típicas da

Administração Pública que exijam maior autonomia técnica e financeira. Elas

são criadas para atender a necessidades específicas da sociedade, como

saúde, educação, transporte, entre outros.

Exemplo: a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), que é uma autarquia

federal responsável por regular e fiscalizar a aviação civil no país.

Fundações Públicas

As fundações públicas são entidades criadas por lei específica, com

personalidade jurídica própria, sem fins lucrativos e com patrimônio próprio.

Elas são criadas com o objetivo de executar atividades de interesse público,

como pesquisa, ensino, cultura e assistência social.

Exemplo: a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que é uma fundação pública

federal responsável por desenvolver pesquisas em saúde pública e produzir

vacinas, soros e medicamentos.

Empresas Públicas

As empresas públicas são entidades com personalidade jurídica de direito

privado, criadas por lei específica, com patrimônio próprio e capital

exclusivamente público. Elas são criadas para executar atividades econômicas

de interesse público, como transporte, comunicação, energia, entre outros.

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Exemplo: a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), que é uma

empresa pública federal responsável pela prestação de serviços postais em

todo o país.

Sociedades de Economia Mista

As sociedades de economia mista são entidades com personalidade jurídica de

direito privado, criadas por lei específica, com patrimônio próprio e capital

majoritariamente público, mas com a possibilidade de participação do setor

privado. Elas são criadas para executar atividades econômicas de interesse

público, como transporte, comunicação, energia, entre outros.

Exemplo: a Petrobras, que é uma sociedade de economia mista criada para

atuar no setor de exploração, produção, refino, transporte e distribuição de

petróleo e seus derivados.

Conclusão

A disciplina de Autarquias, Fundações Públicas, Empresas Públicas e

Sociedades de Economia Mista é importante para entender as diferentes

formas de entidades que compõem a Administração Indireta e suas finalidades. É

fundamental que os gestores públicos conheçam essas entidades para saber como

utilizá-las de forma adequada e eficiente, visando sempre o interesse público.

Além disso, é importante destacar que essas entidades possuem algumas

diferenças em relação à sua gestão, orçamento e controle. Por exemplo, as

autarquias possuem maior autonomia em relação à gestão de seu orçamento e

ao controle de suas atividades, enquanto as empresas públicas e sociedades

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de economia mista são mais voltadas para a gestão empresarial e podem ter

uma gestão mais flexível em relação aos seus quadros de pessoal.

Por fim, é importante destacar que todas essas entidades devem obedecer aos

princípios constitucionais da Administração Pública, como a legalidade,

impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. Esses princípios devem

ser aplicados em todas as atividades desenvolvidas pelas entidades da

Administração Indireta, visando sempre a prestação de um serviço de

qualidade à sociedade.

TÓPICO 4 - PODERES ADMINISTRATIVOS

Os poderes administrativos são instrumentos que a Administração Pública

possui para cumprir suas atribuições e garantir a efetividade do serviço público.

Eles são previstos na Constituição Federal e na legislação infraconstitucional, e

se dividem em cinco tipos: poder hierárquico, poder disciplinar, poder

regulamentar, poder de polícia e poder de requisição.

• Poder Hierárquico: é o poder que permite à Administração organizar

sua estrutura de forma hierarquizada, distribuir competências, delegar

atribuições e supervisionar a atuação dos servidores. Esse poder é

importante para garantir a eficiência e efetividade do serviço público,

além de facilitar a coordenação das atividades entre as diversas áreas

da Administração. Exemplo: um chefe de departamento que distribui

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tarefas entre seus subordinados e fiscaliza o cumprimento das metas

estabelecidas.

• Poder Disciplinar: é o poder que permite à Administração aplicar

penalidades aos servidores que cometem infrações funcionais, de

acordo com o previsto em lei. As penalidades podem variar desde

advertências até a demissão do servidor. Esse poder é importante para

garantir a disciplina e a regularidade do serviço público, além de coibir

condutas ilegais ou prejudiciais à administração. Exemplo: um servidor

que comete uma infração disciplinar e é punido com uma advertência

escrita.

• Poder Regulamentar: é o poder que permite à Administração criar

normas e regulamentos para disciplinar o funcionamento dos serviços

públicos e a conduta dos servidores. Essas normas têm caráter geral e

abstrato, e devem estar em consonância com a Constituição e as leis

vigentes. Esse poder é importante para garantir a segurança jurídica e a

regularidade das atividades da Administração. Exemplo: um órgão

regulador que edita uma norma para disciplinar o funcionamento de um

serviço público.

• Poder de Polícia: é o poder que permite à Administração fiscalizar e

regulamentar a atividade particular em prol do interesse público, para

garantir a segurança, saúde, ordem pública e moralidade. Esse poder

pode ser exercido de forma preventiva ou repressiva, e pode resultar na

aplicação de sanções administrativas. Exemplo: um órgão de

fiscalização sanitária que interdita um estabelecimento que não está de

acordo com as normas de higiene.

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• Poder de Requisição: é o poder que permite à Administração requisitar

bens e serviços particulares em casos de emergência ou para atender a

necessidades públicas imediatas. Essa requisição deve ser feita

mediante indenização posterior, salvo nos casos de perigo iminente à

segurança pública. Esse poder é importante para garantir a pronta

resposta da Administração em situações de crise. Exemplo: o poder

público requisita veículos para transporte de pessoas em casos de

emergência, como enchentes ou desabamentos.

Em resumo, os poderes administrativos são instrumentos fundamentais para a

Administração Pública cumprir suas atribuições e garantir a efetividade do

serviço público. É importante que os gestores públicos conheçam esses

poderes e os utilizem de forma adequada e proporcional, sempre visando

TÓPICO 5 - SERVIÇOS PÚBLICOS

A disciplina de Serviços Públicos é fundamental para entender como a

Administração Pública presta serviços essenciais à sociedade. Nessa

disciplina, aborda-se o conceito de serviço público, sua classificação, formas de

prestação, além de estudar a concessão e permissão de serviços públicos.

O serviço público pode ser definido como toda atividade de interesse coletivo,

prestada pelo Estado ou por particulares por delegação do Estado, que tem por

objetivo atender às necessidades da população. Dentre os serviços públicos,

podemos citar os serviços de saúde, educação, transporte, segurança, entre

outros.

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Os serviços públicos podem ser classificados em serviços públicos próprios e

impróprios. Os serviços próprios são aqueles que só podem ser prestados pelo

Estado, como a segurança pública. Já os serviços impróprios podem ser

prestados tanto pelo Estado quanto por particulares, como o transporte

coletivo.

Quanto às formas de prestação dos serviços públicos, existem três: direta,

indireta e delegada. A prestação direta é aquela realizada pelo próprio Estado,

por meio de seus órgãos e agentes. A prestação indireta ocorre por meio de

entidades da Administração Indireta, como autarquias, empresas públicas,

fundações e sociedades de economia mista. Já a prestação delegada ocorre

por meio da concessão ou permissão do serviço público a particulares.

A concessão de serviços públicos é uma forma de transferir a titularidade e a

responsabilidade pela prestação de um serviço público a um particular, por um

prazo determinado e mediante licitação. Um exemplo de concessão é a

concessão de rodovias ou de aeroportos à iniciativa privada.

A permissão, por sua vez, é uma forma de delegação de serviço público a um

particular por prazo determinado e sem licitação, em casos específicos

previstos em lei. Um exemplo de permissão é a autorização para que um táxi

circule em determinada cidade.

Em resumo, a disciplina de Serviços Públicos é importante para entender como

o Estado presta serviços essenciais à sociedade, e como essa prestação pode

ser realizada de forma direta, indireta ou delegada. Além disso, é fundamental

compreender os conceitos de concessão e permissão, que são formas de

delegação de serviço público a particulares.

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TÓPICO 6 - ATOS ADMINISTRATIVOS

Os atos administrativos são uma das principais ferramentas do Direito

Administrativo. Eles são utilizados pela Administração Pública para manifestar

a sua vontade em relação a determinada situação, sendo uma espécie de

instrumento para a realização de seus fins. Por isso, é fundamental que os

estudantes e profissionais do Direito conheçam os conceitos, elementos e

classificações dos atos administrativos, além de entenderem os casos em que

podem ser invalidados.

Conceito de Ato Administrativo

O ato administrativo pode ser definido como uma manifestação de vontade da

Administração Pública, expressa de forma unilateral e concreta, que tem por

objetivo produzir efeitos jurídicos. É importante destacar que os atos

administrativos são regidos pelo Direito Administrativo, ou seja, pelas normas

que regulamentam a atuação do Estado na sociedade.

Elementos do Ato Administrativo

Os atos administrativos são compostos por três elementos essenciais: o

elemento competência, o elemento forma e o elemento objeto.

O elemento competência diz respeito à autoridade ou órgão que tem

competência para a prática do ato. É importante ressaltar que, se o ato for

praticado por uma autoridade ou órgão que não tenha competência para tal, ele

será considerado inválido.

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O elemento forma se refere à maneira pela qual o ato é produzido. Os atos

administrativos devem ser produzidos em conformidade com as normas legais

e regulamentares, sob pena de serem considerados inválidos.

Já o elemento objeto diz respeito ao conteúdo do ato. Este deve ser lícito,

possível e determinado, sob pena de ser considerado inválido.

Classificação dos Atos Administrativos

Os atos administrativos podem ser classificados de diversas formas, de acordo

com diferentes critérios. Dentre as classificações mais comuns, destacam-se:

• Quanto ao objeto: atos gerais ou normativos, que têm por objetivo

disciplinar a conduta de um grupo indeterminado de pessoas, e atos

individuais ou concretos, que têm por objetivo disciplinar a conduta de

uma pessoa ou grupo determinado de pessoas.

• Quanto ao destinatário: atos gerais, que têm por objetivo disciplinar a

conduta de um grupo indeterminado de pessoas, e atos individuais, que

têm por objetivo disciplinar a conduta de uma pessoa ou grupo

determinado de pessoas.

• Quanto à formação: atos simples, que são praticados por uma única

autoridade ou órgão, e atos complexos, que são praticados por mais de

uma autoridade ou órgão.

Invalidação dos Atos Administrativos

Os atos administrativos podem ser invalidados, ou seja, considerados nulos ou

anuláveis, em algumas situações específicas. Dentre as principais causas de

invalidação dos atos administrativos, destacam-se:

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• Vício de competência: quando o ato é praticado por uma autoridade ou

órgão que não tem competência para tal.

• Vício de forma: quando o ato é produzido de forma irregular, em

desacordo com as normas legais e regulamentares.

• Vício de objeto: quando o ato tem objeto ilícito, impossível ou

indeterminado.

• Desvio de finalidade: quando a Administração Pública pratica o ato com

finalidade diversa daquela prevista em lei ou de interesse público. Por exemplo,

um prefeito que contrata uma empresa de seu amigo para realizar uma obra

pública sem licitação, com o objetivo de beneficiar seu amigo em vez de buscar

a melhor opção para o interesse público.

• Outro exemplo de desvio de finalidade é a utilização de recursos

públicos para a promoção pessoal de agentes políticos, como a inserção

de fotos ou nomes em obras públicas sem a devida necessidade ou

justificativa.

• Por fim, é importante destacar que a invalidação do ato administrativo

por desvio de finalidade é um instrumento importante de controle da

legalidade e da moralidade na Administração Pública, assegurando a

observância dos princípios constitucionais que regem a atuação do

Estado.

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TÓPICO 7 - LICITAÇÕES E CONTRATOS ADMINISTRATIVOS

A disciplina de Licitações e Contratos Administrativos é essencial para

entender a forma como a Administração Pública realiza suas compras e

contratações, assegurando a observância dos princípios da legalidade,

impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.

A Licitação pode ser definida como o procedimento administrativo em que a

Administração Pública convoca interessados em participar de uma disputa para

a escolha da proposta mais vantajosa para a contratação de serviços ou

aquisição de bens. A licitação é obrigatória para todas as contratações

realizadas pela Administração Pública, salvo exceções previstas em lei.

As modalidades de licitação são definidas em lei e se dividem em cinco tipos:

Concorrência, Tomada de Preços, Convite, Concurso e Leilão. Cada uma

dessas modalidades é aplicável a um tipo de contratação específica, variando

conforme o valor da contratação e o objeto licitado.

Os Contratos Administrativos são instrumentos jurídicos que formalizam a

relação entre a Administração Pública e seus contratados, estabelecendo as

obrigações e responsabilidades de cada uma das partes. Esses contratos

possuem cláusulas exorbitantes, que conferem à Administração Pública

poderes especiais, como a possibilidade de modificar unilateralmente o

contrato em caso de necessidade de interesse público, a possibilidade de

rescindir o contrato em caso de inadimplência ou descumprimento de

obrigações, entre outras.

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É importante destacar que a Administração Pública deve observar os princípios

da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência em todas

as fases da licitação e do contrato administrativo. Qualquer desvio desses

princípios pode resultar na anulação do procedimento licitatório ou na rescisão

do contrato, além de sanções administrativas e penais para os responsáveis.

Por fim, é fundamental que os servidores públicos e contratados da

Administração Pública tenham conhecimento das normas que regem as

licitações e os contratos administrativos, a fim de garantir a transparência, a

eficiência e a legalidade nos processos de contratação e aquisição de bens e

serviços.

TÓPICO 8 - AGENTES PÚBLICOS

Os agentes públicos são pessoas que exercem funções públicas em nome do

Estado, seja por vínculo estatutário ou contratual, e podem ser servidores

efetivos, temporários, comissionados, políticos, entre outros. Nessa disciplina,

serão abordados conceitos básicos, espécies de agentes públicos, regime

jurídico e responsabilidades.

Conceito de Agente Público: Agente público é toda pessoa que exerce, ainda

que transitoriamente ou sem remuneração, função pública, seja em cargo

efetivo ou em comissão. Incluem-se nessa definição os servidores públicos em

geral, como também aqueles que exercem função pública por meio de

contratos temporários, cargos políticos, estagiários, entre outros.

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APOSTILA PREPARATÓRIA PARA SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - PMERJ

Espécies de Agentes Públicos: Os agentes públicos podem ser divididos em

cinco espécies: servidores públicos, empregados públicos, militares,

particulares em colaboração com o poder público e agentes políticos.

• Servidores Públicos: são aqueles que exercem cargos efetivos ou em

comissão na Administração Pública direta e indireta, regidos pelo regime

estatutário ou celetista.

• Empregados Públicos: são contratados pela Administração Pública

direta e indireta mediante concurso público ou processo seletivo

simplificado, regidos pela CLT.

• Militares: são aqueles que integram as Forças Armadas (Exército,

Marinha e Aeronáutica) e as Polícias Militares, regidos por legislação

própria.

• Particulares em colaboração com o poder público: são pessoas físicas

ou jurídicas que colaboram com a Administração Pública na prestação

de serviços públicos ou na execução de obras e serviços de interesse

público, mediante contratos ou convênios.

• Agentes políticos: são aqueles que ocupam cargos eletivos ou de livre

nomeação e exoneração, como presidente, governador, prefeito,

ministro, secretário, entre outros.

Regime Jurídico dos Servidores Públicos: O regime jurídico dos servidores

públicos varia de acordo com a espécie do agente público. Os servidores

públicos efetivos, por exemplo, são regidos por estatutos próprios, enquanto os

empregados públicos são regidos pela CLT. No entanto, é comum que esses

regimes prevejam algumas garantias comuns, como a estabilidade (para os

121
APOSTILA PREPARATÓRIA PARA SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - PMERJ

servidores efetivos), a progressão funcional, a jornada de trabalho e o direito à

greve (para algumas categorias).

Responsabilidade dos Agentes Públicos: Os agentes públicos podem

responder civil, penal e administrativamente pelos atos praticados no exercício

de suas funções públicas. A responsabilidade civil ocorre quando o agente

público causa dano a terceiros, e a responsabilidade penal ocorre quando o

agente público comete crime. Já a responsabilidade administrativa ocorre

quando o agente público descumpre deveres funcionais, como por exemplo,

quando comete uma infração disciplinar.

Conclusão: Em síntese, a disciplina de Agentes Públicos é fundamental para

que se compreenda quem são as pessoas que exercem funções públicas em

nome do Estado e como elas são reguladas pela legislação. Além disso, é

importante entender a diferença entre os diversos tipos de agentes públicos, como os

servidores públicos, os agentes políticos e os particulares em colaboração com a

administração.

O regime jurídico dos servidores públicos é um tema de grande importância no

Direito Administrativo. Ele define as regras e direitos dos servidores públicos,

incluindo as formas de ingresso, as garantias e deveres, a remuneração, a

progressão na carreira, entre outros aspectos. Essas regras variam de acordo

com o tipo de servidor, podendo haver diferenças entre servidores estatutários,

celetistas ou temporários, por exemplo.

Já a responsabilidade dos agentes públicos se refere à possibilidade de serem

responsabilizados por atos praticados no exercício de suas funções. Essa

122
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responsabilidade pode ser de natureza civil, administrativa ou penal,

dependendo da gravidade do ato e do dano causado. É importante destacar

que a responsabilidade do agente público pode ser pessoal ou institucional, ou

seja, a responsabilidade pode ser imputada tanto ao agente quanto à própria

administração pública.

Alguns exemplos de agentes públicos são os servidores públicos em geral,

como professores, policiais, médicos, entre outros; os agentes políticos, como

prefeitos, governadores e ministros; e os particulares em colaboração com a

administração, como empresas que prestam serviços terceirizados para o

Estado. Cada tipo de agente possui um regime jurídico específico, que deve

ser observado pela administração pública.

TÓPICO 9 - CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

O controle da Administração Pública é um tema essencial do Direito

Administrativo, pois visa garantir a legalidade, a eficiência, a moralidade e a

transparência nos atos e nas políticas públicas. Existem diversos mecanismos

de controle que podem ser utilizados, tanto internamente pela própria

Administração Pública, quanto externamente por órgãos e instituições

independentes.

Um dos mecanismos de controle interno é o controle hierárquico, que permite

que um superior hierárquico revise as decisões tomadas pelos seus

subordinados. Esse controle é fundamental para garantir a conformidade das

123
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decisões e atos administrativos com as políticas públicas definidas pelo órgão

ou entidade.

Além disso, a Administração Pública também conta com mecanismos de

controle externo, que são exercidos por órgãos e instituições independentes do

Poder Executivo. Entre os principais órgãos de controle externo no Brasil estão

o Tribunal de Contas da União (TCU), o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e

o Ministério Público.

O controle parlamentar é outro mecanismo importante, exercido pelo Poder

Legislativo. Nesse caso, os parlamentares têm o poder de fiscalizar a

Administração Pública e responsabilizar os agentes públicos por eventuais

desvios ou irregularidades. Essa fiscalização pode ser realizada por meio de

comissões parlamentares de inquérito (CPIs), audiências públicas, entre

outros.

Por fim, o controle jurisdicional é exercido pelo Poder Judiciário, que tem a

função de garantir a observância das leis e da Constituição. Os cidadãos e as

empresas podem recorrer ao Judiciário para contestar atos da Administração

Pública que considerem ilegais ou abusivos.

Em relação aos meios de controle da Administração Pública, é importante

destacar que existem diversas formas de ação que podem ser adotadas pelos

órgãos de controle, tais como auditorias, inspeções, fiscalizações,

investigações, entre outras. Essas ações podem resultar em recomendações,

sanções administrativas ou até mesmo ações judiciais.

Em resumo, o controle da Administração Pública é fundamental para garantir a

transparência e a legalidade dos atos e políticas públicas. A utilização

adequada dos mecanismos de controle internos e externos pode ajudar a

124
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prevenir e corrigir eventuais desvios e irregularidades por parte dos agentes

públicos, contribuindo para a efetividade e a legitimidade da Administração

Pública.

TÓPICO 10 - RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO

A responsabilidade civil do Estado é um tema importante do Direito

Administrativo que trata da obrigação do Estado em reparar os danos causados

a terceiros em decorrência de sua atuação, ou seja, quando a Administração

Pública causa prejuízos a particulares.

O conceito de responsabilidade civil do Estado se baseia na ideia de que o

Estado deve garantir a proteção e segurança dos cidadãos, e, quando falha

nessa obrigação, deve indenizar os danos causados.

Existem diversas teorias sobre a responsabilidade civil do Estado, dentre elas,

destacam-se a teoria da culpa administrativa, a teoria do risco administrativo e

a teoria do risco integral.

A teoria da culpa administrativa, também conhecida como teoria da culpa do

serviço, considera que o Estado só será responsabilizado civilmente se houver

comprovação de culpa ou dolo por parte dos agentes públicos. Nessa teoria, o

particular deve demonstrar que a Administração Pública agiu com negligência,

imprudência ou imperícia.

A teoria do risco administrativo, por sua vez, dispensa a comprovação de culpa

por parte da Administração Pública, bastando que haja o nexo de causalidade

entre a conduta da Administração e o dano causado ao particular. Essa teoria é

125
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adotada pela legislação brasileira, conforme o artigo 37, §6º, da Constituição

Federal.

Por fim, a teoria do risco integral prevê a responsabilidade civil do Estado

independentemente da existência de culpa, desde que haja o dano e o nexo

causal entre a conduta estatal e o prejuízo sofrido pelo particular.

As hipóteses de responsabilidade civil do Estado são variadas, podendo

ocorrer em diversas áreas de atuação da Administração Pública, como saúde,

transporte, segurança, meio ambiente, entre outras. Algumas das principais

hipóteses são:

• Atos ilícitos praticados por agentes públicos: quando um agente público

age com abuso de poder, excesso de autoridade, negligência,

imprudência ou imperícia, causando danos a terceiros;

• Serviços públicos defeituosos: quando a Administração Pública presta

um serviço público de forma inadequada, com falhas ou defeitos que

causem prejuízos a terceiros;

• Omissão do Estado: quando o Estado deixa de agir de forma adequada

para evitar danos a terceiros, como no caso de falta de manutenção em

vias públicas que causam acidentes;

• Atos legislativos inconstitucionais: quando uma lei é editada de forma

inconstitucional e causa prejuízos a terceiros.

Quando um particular sofre prejuízos decorrentes da atuação da Administração

Pública, ele pode ingressar com uma ação de indenização contra o Estado. É

importante destacar que a indenização deve ser proporcional ao dano sofrido, e

que o valor a ser pago pelo Estado pode ser limitado pela legislação, como

ocorre, por exemplo, nos casos de danos ambientais.

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NOÇÕES DE DIREITOS HUMANOS

TÓPICO 1 - INTRODUÇÃO AOS DIREITOS HUMANOS

A disciplina "Introdução aos Direitos Humanos" é fundamental para

compreendermos a importância dos direitos humanos na sociedade e no

Estado de Direito. Nesta disciplina, serão abordados tópicos como o conceito

de direitos humanos, a Declaração Universal dos Direitos Humanos, a

Constituição Federal e a relação entre direitos humanos e a Polícia Militar.

O que são Direitos Humanos?

Os direitos humanos são direitos fundamentais que todas as pessoas possuem

pelo simples fato de serem seres humanos. São considerados direitos

universais, inalienáveis, interdependentes e indivisíveis. Isso significa que são

direitos que devem ser garantidos a todas as pessoas, não podem ser retirados

ou transferidos, são interdependentes, ou seja, um direito não pode ser

exercido sem o outro, e são indivisíveis, ou seja, não podem ser separados ou

hierarquizados.

Exemplos de direitos humanos incluem o direito à vida, à liberdade, à

igualdade, à dignidade, à privacidade, à alimentação, à saúde, à educação,

entre outros.

A Declaração Universal dos Direitos Humanos

A Declaração Universal dos Direitos Humanos foi adotada em 1948 pela

Assembleia Geral das Nações Unidas e estabelece os direitos humanos

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fundamentais que devem ser respeitados em todo o mundo. É um documento

histórico que representa um marco importante na luta pelos direitos humanos.

A Constituição Federal e os Direitos Humanos

A Constituição Federal de 1988 é a lei fundamental do Brasil e reconhece os

direitos humanos como um dos seus princípios fundamentais. Dentre os

direitos garantidos pela Constituição, destacam-se: o direito à vida, à liberdade,

à igualdade, à propriedade, à segurança, à educação, à saúde, à moradia,

entre outros.

Além disso, a Constituição prevê a possibilidade de garantia de direitos através

de ações judiciais, a defesa dos direitos humanos pela sociedade civil e a

proteção dos direitos humanos pelas instituições públicas, incluindo a Polícia

Militar.

A relação entre direitos humanos e a Polícia Militar

A Polícia Militar tem a responsabilidade de proteger a sociedade e garantir a

ordem pública, mas essa responsabilidade deve ser exercida de forma

respeitosa aos direitos humanos. Os policiais devem atuar com ética e respeito

aos direitos humanos, garantindo a integridade física e moral das pessoas

envolvidas.

Os policiais militares devem ser capacitados para reconhecer situações que

envolvam a ameaça ou violação dos direitos humanos e saber como agir para

protegê-los. Para isso, a formação em direitos humanos deve fazer parte da

formação dos policiais e ser uma prática constante no cotidiano da instituição.

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APOSTILA PREPARATÓRIA PARA SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - PMERJ

Conclusão

A disciplina "Introdução aos Direitos Humanos" é de extrema importância para

compreendermos a relevância dos direitos humanos na sociedade e a relação

entre os direitos humanos e a Polícia Militar. É fundamental que todos os

profissionais, incluindo os policiais, reconheçam a importância dos direitos

humanos e saibam como aplicá-los em sua atuação profissional. A defesa dos direitos

humanos é essencial para a construção de uma sociedade mais justa, livre e

igualitária.

Portanto, é imprescindível que a disciplina "Introdução aos Direitos Humanos"

seja abordada de forma didática e com exemplos práticos para que os alunos

possam compreender a importância desses direitos e como aplicá-los na

prática.

Dentre os exemplos práticos que podem ser abordados na disciplina, estão os

casos de violação dos direitos humanos, como a tortura, a violência policial, a

discriminação racial, de gênero e de orientação sexual, entre outros. Também é

importante apresentar casos de sucesso na defesa dos direitos humanos,

como a luta por igualdade de gênero, a garantia do direito à educação para

todos, entre outros.

Além disso, é necessário destacar a importância da participação da sociedade

civil na defesa dos direitos humanos e na denúncia de violações desses

direitos. É fundamental que a sociedade esteja engajada na proteção e

promoção dos direitos humanos, em especial no que se refere à atuação da

Polícia Militar.

Em resumo, a disciplina "Introdução aos Direitos Humanos" é de extrema

importância para a formação de profissionais conscientes da importância dos

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APOSTILA PREPARATÓRIA PARA SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - PMERJ

direitos humanos e capazes de aplicá-los em sua atuação profissional, em

especial na atuação da Polícia Militar. É necessário que essa disciplina seja

abordada de forma didática e com exemplos práticos para que os alunos

possam compreender a importância desses direitos e como aplicá-los na

prática

TÓPICO 2 - DIREITOS CIVIS E POLÍTICOS

A disciplina "Direitos Civis e Políticos" é essencial para a formação de

profissionais que atuam na garantia e proteção dos direitos humanos,

especialmente na Polícia Militar. Esses direitos são essenciais para a

construção de uma sociedade democrática e justa, e devem ser respeitados e

garantidos pelo Estado.

A seguir, serão apresentados os principais temas que devem ser abordados na

disciplina, de forma didática e com exemplos práticos.

1. Liberdade de expressão (Art. 5º, IV e IX da CF)

A liberdade de expressão é um direito fundamental previsto na Constituição

Federal e garante a todos o direito de se expressar livremente, sem censura ou

impedimentos. É importante destacar que a liberdade de expressão não é

absoluta e deve ser exercida com responsabilidade, respeitando os demais

direitos e garantias constitucionais.

Como exemplo prático, podemos citar a atuação da imprensa, que tem o direito

de informar e criticar as autoridades e os poderes públicos, sem sofrer censura

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APOSTILA PREPARATÓRIA PARA SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - PMERJ

ou represálias. No entanto, é importante destacar que a imprensa também tem

o dever de apurar corretamente os fatos e de respeitar a privacidade das

pessoas.

2. Direito à privacidade (Art. 5º, X da CF)

O direito à privacidade garante a todos o direito de ter sua vida privada

respeitada, sem interferências indevidas. Esse direito é fundamental para

garantir a dignidade humana e a autonomia das pessoas.

Como exemplo prático, podemos citar a atuação da polícia na investigação de

crimes. É importante que a polícia respeite o direito à privacidade das pessoas,

sem invadir suas casas ou suas comunicações de forma ilegal. A quebra de

sigilo telefônico, por exemplo, só pode ser realizada com autorização judicial,

sob pena de ser considerada ilegal.

3. Direito de manifestação (Art. 5º, XVI da CF)

O direito de manifestação garante a todos o direito de se reunir pacificamente

para expressar suas opiniões e reivindicações. É um direito fundamental para a

democracia e a participação política da sociedade.

Como exemplo prático, podemos citar as manifestações populares, que têm o

direito de se manifestar pacificamente em locais públicos, sem sofrer repressão

ou violência policial. No entanto, é importante destacar que esse direito deve

ser exercido de forma pacífica e respeitando os demais direitos e garantias

constitucionais.

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APOSTILA PREPARATÓRIA PARA SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - PMERJ

4. Direito de reunião (Art. 5º, XVI da CF)

O direito de reunião garante a todos o direito de se reunir pacificamente, sem

armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização

prévia. É um direito fundamental para a liberdade de associação e a

participação política da sociedade.

Como exemplo prático, podemos citar as reuniões de associações e sindicatos,

que têm o direito de se reunir pacificamente em locais públicos, sem precisar

de autorização prévia. No entanto, é importante destacar que esse direito deve

ser exercido de forma pacífica e respeitando os demais direitos e garantias

constitucionais.

5. Direitos Econômicos, Sociais e Culturais

Os direitos econômicos, sociais e culturais são fundamentais para garantir a

dignidade humana e a igualdade social. Eles incluem o direito à moradia, à

saúde, à educação, à cultura, entre outros.

Como exemplo prático, podemos citar o direito à educação, que é garantido

pela Constituição Federal e é essencial para o desenvolvimento humano e

social. É importante que a polícia reconheça a importância da educação na

prevenção da violência e na construção de uma sociedade mais justa e

igualitária.

6. Direito à educação (Art. 6º e 205 da CF)

O direito à educação é um direito fundamental previsto na Constituição Federal

e garante a todos o acesso à educação de qualidade, em todos os níveis. É

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APOSTILA PREPARATÓRIA PARA SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - PMERJ

essencial para o desenvolvimento humano e social, e para a construção de

uma sociedade mais justa e igualitária.

Como exemplo prático, podemos citar a atuação da polícia na promoção da

educação para crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social. É

importante que a polícia reconheça a importância da educação na prevenção

da violência e na construção de uma sociedade mais justa e igualitária, e que

promova políticas públicas voltadas para a garantia desse direito.

Em resumo, a disciplina "Direitos Civis e Políticos" aborda temas fundamentais

para a proteção e garantia dos direitos humanos, incluindo a liberdade de

expressão, o direito à privacidade, o direito de manifestação, o direito de

reunião, os direitos econômicos, sociais e culturais, e o direito à educação. É

importante que todos os profissionais, incluindo os policiais, reconheçam a

importância desses direitos e garantias, e atuem de forma ética e respeitando

os valores democráticos e constitucionais.

TÓPICO 3 - DIREITOS ECONÔMICOS, SOCIAIS E CULTURAIS

Os direitos econômicos, sociais e culturais (DESC) são um conjunto de direitos

humanos fundamentais que visam garantir a dignidade humana e a igualdade

social. Eles estão previstos em diversas normas internacionais, como o Pacto

Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais, e na Constituição

Federal brasileira.

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APOSTILA PREPARATÓRIA PARA SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - PMERJ

Esses direitos abrangem diversas áreas, como educação, saúde, trabalho,

moradia, cultura, alimentação, meio ambiente e outros. Eles são considerados

direitos fundamentais de segunda geração, ou seja, são direitos que se

desenvolveram a partir da luta pela igualdade social e econômica.

Os direitos econômicos englobam a garantia de trabalho justo, salário mínimo,

proteção contra desemprego, assistência social, acesso a crédito e outros. Já

os direitos sociais são aqueles relacionados à saúde, educação, segurança

social, cultura e lazer. Por fim, os direitos culturais dizem respeito à liberdade

de criação artística, ao acesso à cultura e ao patrimônio cultural.

A implementação desses direitos é essencial para a promoção da igualdade

social e para o combate à pobreza e à exclusão social. Além disso, eles são

importantes para a realização de outros direitos humanos, como a liberdade de

expressão, a igualdade de gênero e a proteção dos direitos das crianças.

No entanto, apesar de sua importância, a garantia dos direitos econômicos,

sociais e culturais ainda é um desafio em muitos países, incluindo o Brasil. A

luta pela realização desses direitos é uma tarefa coletiva, que envolve não

apenas o Estado, mas também a sociedade civil e os setores privados.

1. Direito à educação (Art. 6º e 205 da CF)

O direito à educação é um direito fundamental previsto na Constituição Federal

e garante a todos o acesso à educação de qualidade, em todos os níveis. O

objetivo desse direito é assegurar o pleno desenvolvimento da pessoa,

promovendo sua formação integral, e preparando-a para o exercício da cidadania e

para o mercado de trabalho. A educação deve ser gratuita e disponível para todos,

independente de condição social, raça, gênero, orientação sexual, entre outros.

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APOSTILA PREPARATÓRIA PARA SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - PMERJ

Exemplo prático: Um exemplo de atuação da polícia na promoção do direito à

educação é o Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência

(PROERD), que tem como objetivo educar crianças e adolescentes sobre os

riscos das drogas e da violência, contribuindo para a prevenção desses

problemas. Além disso, a polícia pode promover iniciativas de inclusão escolar

para crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social.

2. Direito à saúde (Art. 6º e 196 da CF)

O direito à saúde é um direito fundamental previsto na Constituição Federal e

garante a todos o acesso à saúde de qualidade. O objetivo desse direito é

assegurar o bem-estar físico, mental e social das pessoas, promovendo a

prevenção de doenças e o tratamento de enfermidades.

Exemplo prático: Um exemplo de atuação da polícia na promoção do direito à

saúde é a atuação dos policiais como primeiros socorristas em casos de

emergência médica. Além disso, a polícia pode promover campanhas de

conscientização sobre a importância da prevenção de doenças e da adoção de

hábitos saudáveis.

3. Direito ao trabalho (Art. 6º e 7º da CF)

O direito ao trabalho é um direito fundamental previsto na Constituição Federal

e garante a todos o acesso a empregos dignos e remunerados, que ofereçam

condições justas e igualitárias de trabalho. O objetivo desse direito é promover

a inserção social e a melhoria das condições de vida das pessoas.

Exemplo prático: Um exemplo de atuação da polícia na promoção do direito ao

trabalho é a atuação em conjunto com órgãos de proteção ao trabalhador,

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APOSTILA PREPARATÓRIA PARA SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - PMERJ

fiscalizando empresas para garantir que as leis trabalhistas sejam cumpridas.

Além disso, a polícia pode promover ações de inclusão social e profissional

para pessoas em situação de vulnerabilidade social.

4. Direito à moradia (Art. 6º da CF)

O direito à moradia é um direito fundamental previsto na Constituição Federal e

garante a todos o acesso a moradias dignas e adequadas, que ofereçam

condições básicas de higiene e segurança. O objetivo desse direito é promover

a melhoria das condições de vida das pessoas e a inclusão social.

Exemplo prático: Um exemplo de atuação da polícia na promoção do direito à

moradia é a atuação em casos de remoção forçada de pessoas de suas casas,

garantindo que essas pessoas sejam realocadas em moradias dignas e

adequadas. Além disso, a polícia pode promover ações de inclusão social e

habitacional para pessoas em situação de vulnerabilidade social.

Em resumo, a disciplina "Direitos Econômicos, Sociais e Culturais" aborda

temas fundamentais para a promoção da dignidade humana e a igualdade

social, incluindo o direito à educação, à saúde, ao trabalho e à moradia. Esses

direitos econômicos, sociais e culturais estão previstos na Constituição Federal

brasileira, no artigo 6º.

O direito à educação, por exemplo, é garantido a todos os brasileiros e

estrangeiros residentes no país, independentemente de sua condição social,

econômica ou cultural. Esse direito abrange desde a educação infantil até a

educação superior, e deve ser oferecido em condições de igualdade e

qualidade para todos.

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APOSTILA PREPARATÓRIA PARA SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - PMERJ

O direito à saúde, por sua vez, garante a todos os indivíduos o acesso a

serviços de saúde, bem como ações preventivas e curativas. Isso inclui

consultas médicas, exames, internações hospitalares, medicamentos e

vacinas, entre outros serviços.

Já o direito ao trabalho garante que todo cidadão tenha acesso a um trabalho

digno, com remuneração justa e condições adequadas de trabalho. A

Constituição prevê uma série de direitos trabalhistas, como o salário mínimo, a

jornada de trabalho de até 8 horas diárias, o décimo terceiro salário e férias

remuneradas.

Por fim, o direito à moradia garante a todos o acesso a uma moradia adequada

e digna. Isso inclui não apenas a casa em si, mas também serviços públicos

essenciais como saneamento básico, água, energia elétrica, transporte e

acesso a serviços de saúde e educação.

É importante lembrar que todos esses direitos estão interconectados e devem

ser garantidos em conjunto para assegurar a dignidade humana e a igualdade

social.

TÓPICO 4 - DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

A disciplina "Direitos da Criança e do Adolescente" aborda a proteção integral

desses grupos etários, destacando o Estatuto da Criança e do Adolescente

(ECA), que é a lei nº 8.069/90.

O ECA é uma lei que garante a proteção integral dos direitos das crianças e

dos adolescentes, considerando-os como sujeitos de direitos e pessoas em

137
APOSTILA PREPARATÓRIA PARA SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - PMERJ

processo de desenvolvimento. Ele estabelece um conjunto de normas que

visam garantir o pleno desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social

dessas pessoas.

O princípio da proteção integral da criança e do adolescente significa que eles

devem ser protegidos de todas as formas de violência, discriminação,

exploração e negligência. Esse princípio garante que os direitos das crianças e

dos adolescentes sejam respeitados e protegidos em todas as situações, sejam

elas em casa, na escola, na rua ou em qualquer outro lugar.

Um dos aspectos mais importantes do ECA é a proibição da violência,

exploração e abuso sexual contra crianças e adolescentes. Essas formas de

violência são consideradas crimes hediondos e devem ser combatidas de

forma rigorosa pela sociedade e pelas autoridades.

O ECA também estabelece normas para a proteção de crianças e adolescentes

em situação de risco, como aqueles em situação de rua, vítimas de violência

doméstica, de trabalho infantil ou de outras formas de exploração. Ele prevê

ações de assistência social, de saúde, de educação, de proteção jurídica, entre

outras, para garantir a proteção integral dessas pessoas.

Alguns exemplos de medidas protetivas previstas pelo ECA incluem a criação

de programas de proteção à criança e ao adolescente, o acolhimento

institucional em casos de risco iminente, a adoção de crianças e adolescentes

em situação de abandono, a garantia do direito à educação e à saúde, e o

acesso à justiça em casos de violação dos direitos.

Em resumo, a disciplina "Direitos da Criança e do Adolescente" tem como

objetivo garantir a proteção integral dos direitos das crianças e dos

adolescentes, promovendo um ambiente seguro e saudável para o seu

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APOSTILA PREPARATÓRIA PARA SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - PMERJ

desenvolvimento pleno e saudável. O ECA é um instrumento importante para

alcançar essa proteção, combatendo a violência, a exploração e a negligência

contra esses grupos vulneráveis.

TÓPICO 5 - DIREITOS DAS MULHERES

A disciplina "Direitos das Mulheres" é essencial para o entendimento e a

promoção da igualdade de gênero e o combate à violência contra a mulher.

Nessa disciplina, abordaremos a Lei Maria da Penha, que é uma importante

legislação de proteção à mulher.

A Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/06) foi criada em 2006 com o objetivo de

proteger as mulheres contra a violência doméstica e familiar. Essa lei é

resultado da luta de uma mulher, Maria da Penha Maia Fernandes, que sofreu

duas tentativas de homicídio por parte de seu marido e ficou paraplégica em

decorrência desses episódios. A Lei Maria da Penha é uma das legislações

mais avançadas do mundo no que diz respeito à proteção à mulher e inspirou

outras leis em diversos países.

O objetivo principal da Lei Maria da Penha é prevenir e combater a violência

contra a mulher, seja ela física, psicológica, sexual, patrimonial ou moral, no

âmbito doméstico e familiar. A lei estabelece medidas protetivas para as

mulheres em situação de violência, como a proibição do agressor de se

aproximar da vítima, a determinação de que o agressor saia de casa, a prisão

preventiva do agressor, entre outras medidas.

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APOSTILA PREPARATÓRIA PARA SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - PMERJ

Além disso, a Lei Maria da Penha também prevê a criação de Juizados de

Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher em todo o país, com o objetivo

de garantir uma atenção especializada às mulheres em situação de violência.

Esses juizados têm uma equipe multidisciplinar, formada por psicólogos,

assistentes sociais e outros profissionais, que prestam assistência às vítimas.

É importante destacar que a violência contra a mulher é um problema grave e

presente em todo o mundo. No Brasil, a cada 7 minutos, uma mulher é vítima

de violência física, segundo dados do Ministério da Saúde. A Lei Maria da

Penha é um importante instrumento de proteção às mulheres, mas é

necessário que haja um esforço conjunto da sociedade, do poder público e dos

órgãos de segurança para combater esse problema e promover a igualdade de

gênero.

TÓPICO 6 - DIREITOS DA POPULAÇÃO LGBT+

A disciplina "Direitos da População LGBT+" é essencial para a formação de

profissionais que atuam em áreas como segurança pública e direitos humanos.

Os direitos da população LGBT+ são direitos humanos e devem ser

respeitados e protegidos por todos.

O Art. 5º, XLI da Constituição Federal garante a livre orientação sexual, ou

seja, toda pessoa tem o direito de escolher e expressar sua orientação sexual

sem sofrer discriminação ou preconceito. No entanto, sabemos que muitas

140
APOSTILA PREPARATÓRIA PARA SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - PMERJ

vezes a população LGBT+ é vítima de discriminação, violência e exclusão

social.

Para garantir a proteção desses direitos, foi aprovada a Lei de Identidade de

Gênero (Lei nº 13.716/18), que garante a pessoas transgênero e travestis o

direito de serem tratadas de acordo com sua identidade de gênero. Isso

significa que essas pessoas podem alterar seu nome e gênero em documentos

pessoais sem a necessidade de cirurgia ou laudo médico.

Além disso, a população LGBT+ também é protegida contra a discriminação

por orientação sexual e identidade de gênero. Isso significa que nenhuma

pessoa pode ser excluída, humilhada, ofendida ou tratada de forma diferente

por causa de sua orientação sexual ou identidade de gênero. A discriminação

pode ocorrer no ambiente de trabalho, no acesso a serviços públicos e na

convivência social em geral.

É importante destacar que a luta pelos direitos da população LGBT+ não se

resume apenas a garantir proteção contra a discriminação e a violência. Essa

população também tem direito à saúde, educação, cultura e lazer, assim como

todas as outras pessoas. É dever do Estado garantir o acesso a esses direitos

de forma igualitária para todos.

Como exemplo, podemos citar o caso de uma pessoa transgênero que deseja

alterar seu nome e gênero em documentos pessoais para que possa se

identificar e ser identificada socialmente de acordo com sua identidade de

gênero. Com a Lei de Identidade de Gênero, essa pessoa pode fazer a

alteração sem precisar passar por um processo invasivo ou apresentar um

laudo médico. Isso garante que a pessoa tenha sua identidade respeitada e

reconhecida legalmente, o que é fundamental para sua integração social.

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TÓPICO 7 - DIREITOS DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

A Lei Brasileira de Inclusão, também conhecida como Estatuto da Pessoa com

Deficiência, foi criada em 2015 com o objetivo de promover a inclusão social e

garantir os direitos das pessoas com deficiência em todas as áreas da vida.

Um dos principais temas abordados pela Lei é a acessibilidade, que é a

garantia de que as pessoas com deficiência possam ter acesso a todos os

espaços, serviços e informações que são disponibilizados para a sociedade em

geral. Isso inclui, por exemplo, a acessibilidade física, como rampas e

elevadores, a acessibilidade comunicacional, como intérpretes de libras e

legendas em vídeos, e a acessibilidade digital, como a adaptação de sites e

aplicativos para pessoas com deficiência visual.

Além disso, a Lei Brasileira de Inclusão também estabelece direitos e garantias

em diversas áreas da vida das pessoas com deficiência, como educação,

saúde, trabalho, transporte, cultura e lazer. Algumas das medidas previstas

pela Lei são:

• Garantia de vagas em escolas regulares e o direito à educação

inclusiva;

• Acesso gratuito a medicamentos, órteses e próteses;

• Cotas em empresas para a contratação de pessoas com deficiência;

• Garantia de acessibilidade em transporte público e privado;

• Prioridade no atendimento em serviços públicos e privados;

• Promoção de atividades culturais e de lazer acessíveis.

A Lei Brasileira de Inclusão é muito importante para a garantia dos direitos das

pessoas com deficiência e para a promoção da inclusão social. É essencial que

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todos os profissionais, incluindo os policiais, estejam familiarizados com a Lei e

trabalhem para garantir que as pessoas com deficiência tenham acesso aos

seus direitos e às oportunidades que merecem.

TÓPICO 8 - RESUMÃO DE DIREITOS

Exemplos:

• Um exemplo de violação do direito à privacidade pode ser a

interceptação ilegal de comunicações telefônicas ou de e-mails por parte

das autoridades policiais.

• O direito à livre manifestação pode ser exercido por meio de protestos

pacíficos e reuniões públicas. No entanto, é importante que essas

manifestações sejam realizadas de forma ordenada e respeitando os

direitos dos demais cidadãos.

• A Lei Maria da Penha foi criada para proteger as mulheres contra a

violência doméstica e familiar. Ela prevê medidas como a prisão

preventiva do agressor, a concessão de medidas protetivas e a criação

de juizados especializados.

• A Lei de Identidade de Gênero permite que pessoas trans possam

alterar seu nome e sexo nos documentos oficiais, de forma a garantir o

respeito à sua identidade de gênero.

• A Lei Brasileira de Inclusão prevê medidas para garantir a acessibilidade

e a inclusão social das pessoas com deficiência, como a oferta de

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transporte adaptado e a promoção de políticas de emprego e educação

inclusivas.

Esses são apenas alguns exemplos de como os direitos humanos se

manifestam na sociedade e como a legislação os protege. No entanto, é

importante lembrar que o respeito aos direitos humanos deve ser uma prática

cotidiana, e não apenas algo que está escrito na lei.

Para os candidatos que desejam prestar o concurso da Polícia Militar do Rio de

Janeiro, é essencial ter conhecimento sobre os direitos humanos e como eles

se aplicam na prática policial. É importante entender que a Polícia Militar tem

como objetivo proteger a sociedade e garantir a ordem pública, mas isso deve

ser feito de forma respeitosa e dentro dos limites legais.

Além disso, a Polícia Militar deve estar preparada para lidar com situações em

que os direitos humanos possam ser ameaçados ou violados. É fundamental

que os policiais saibam como identificar essas situações e como agir de forma

a proteger os direitos das pessoas envolvidas.

Por fim, é importante destacar que a proteção dos direitos humanos não é

apenas uma responsabilidade do Estado ou da Polícia Militar, mas sim de toda

a sociedade. Todos nós temos a responsabilidade de respeitar e proteger os

direitos humanos, e essa é uma tarefa que deve ser realizada de forma

conjunta e colaborativa.

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NOÇÕES DE DIREITO PENAL

TÓPICO 1 - CONCEITOS BÁSICOS

O Direito Penal é uma área do direito que estabelece as normas e os princípios

que regulam a conduta humana, visando proteger bens jurídicos fundamentais

e punir comportamentos considerados criminosos. No contexto do concurso da

Polícia Militar do Rio de Janeiro, é fundamental ter conhecimentos básicos

sobre o Direito Penal, suas leis e conceitos fundamentais. Nesta apostila,

iremos abordar os principais temas relacionados ao Direito Penal, de forma

didática e com exemplos, para auxiliá-lo nos estudos.

TÓPICO 2 - PRINCÍPIO DA LEGALIDADE

Princípio da Legalidade:

• Lei nº 7.209/1984 - Código Penal: Artigos 1º ao 3º.

• Exemplo: Ninguém pode ser punido por um fato que não esteja

previamente descrito em lei como crime.

O princípio da legalidade é um dos pilares fundamentais do Direito Penal. Ele

estabelece que ninguém pode ser punido por um fato que não esteja

previamente descrito em lei como crime. Esse princípio assegura a segurança

jurídica e a proteção dos cidadãos, pois impede que as pessoas sejam

submetidas a punições arbitrárias, baseadas em interpretações subjetivas ou

criadas após a ocorrência do fato.

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Lei nº 7.209/1984 - Código Penal: Artigos 1º ao 3º

Vamos analisar cada um dos artigos mencionados para compreender melhor o

princípio da legalidade.

Artigo 1º: "Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia

cominação legal."

Esse artigo reforça o princípio da legalidade, afirmando que a existência de um

crime depende da existência de uma lei anterior que o defina de forma clara e

precisa. Isso significa que nenhum ato pode ser considerado crime se não

estiver expressamente previsto em lei. Além disso, também é ressaltado que a

aplicação de uma pena só é possível se essa pena estiver previamente

estabelecida em lei.

Artigo 2º: "Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de

considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da

sentença condenatória."

O artigo 2º reforça a importância da existência de uma lei anterior que defina

um fato como crime. Ele estabelece que se uma lei posterior deixa de

considerar um determinado fato como crime, todos os efeitos penais

decorrentes da sentença condenatória relacionada a esse fato devem ser

cessados. Isso significa que, se uma lei for modificada ou revogada, as

consequências penais de uma condenação devem ser ajustadas de acordo

com a nova legislação.

Artigo 3º: "A lei excepcional ou temporária, que autorize a infração penal, não

pode ser aplicada a fatos anteriores, salvo se favorable ao réu."

O artigo 3º aborda a questão das leis excepcionais ou temporárias. Essas leis

são criadas para lidar com situações específicas, como estados de

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emergência, guerras ou calamidades públicas. Esse artigo estabelece que

essas leis não podem ser aplicadas retroativamente, ou seja, não podem ser

utilizadas para punir fatos ocorridos antes de sua vigência, a menos que sejam

favoráveis ao réu. Isso significa que o réu não pode ser prejudicado pela

aplicação retroativa de uma lei excepcional ou temporária.

Exemplo didático:

Vamos utilizar um exemplo para ilustrar o princípio da legalidade. Imagine que

uma pessoa tenha sido acusada de cometer um crime, mas esse crime não

está previsto em nenhuma lei existente. Nesse caso, de acordo com o princípio

da legalidade, essa pessoa não pode ser punida, pois não houve uma lei

anterior que defina a conduta como criminosa. A ausência de uma previsão

legal específica impede a ausência de uma previsão legal específica impede a

configuração do crime e, consequentemente, a imposição de uma pena. É

necessário que exista uma norma legal que descreva de forma clara e precisa

o comportamento como crime, para que a pessoa possa ser responsabilizada

por seus atos.

Por exemplo, suponha que seja criada uma lei que criminalize o ato de soltar

balões. Antes dessa lei entrar em vigor, soltar balões não era considerado um

crime. Se uma pessoa tiver soltado balões antes da criação dessa lei, ela não

poderá ser punida retroativamente, pois na época em que o ato foi praticado,

não existia uma lei que o considerasse ilícito.

No entanto, é importante ressaltar que essa pessoa poderá ser

responsabilizada caso volte a cometer o mesmo ato após a vigência da nova

lei, pois a partir desse momento, a conduta passa a estar prevista como crime.

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O princípio da legalidade visa garantir a segurança jurídica, evitando a

arbitrariedade e a imposição de penas sem uma base legal sólida. Ele

assegura que todos os cidadãos sejam tratados de forma igual perante a lei,

tendo suas condutas avaliadas de acordo com as normas previamente

estabelecidas.

Portanto, o princípio da legalidade é fundamental no Direito Penal, pois garante

que as pessoas só possam ser punidas por fatos que estejam previamente

descritos como crimes em lei, protegendo seus direitos e garantindo um

sistema penal justo e equitativo

TÓPICO 3 - ANTERIORIDADE DA LEI PENAL

Princípio da Anterioridade da Lei Penal:

• Lei nº 7.209/1984 - Código Penal: Artigo 1º.

• Exemplo: Uma pessoa não pode ser punida por uma conduta que, à

época, não era considerada crime pela lei.

O princípio da anterioridade da lei penal é um importante conceito no Direito

Penal. Ele estabelece que ninguém pode ser punido por uma conduta que, à

época em que foi praticada, não era considerada crime pela lei. Esse princípio

visa garantir a segurança jurídica, prevenindo a retroatividade da lei penal e

protegendo os indivíduos de punições injustas.

Lei nº 7.209/1984 - Código Penal: Artigo 1º

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Vamos analisar o artigo 1º mencionado para compreender melhor o princípio

da anterioridade da lei penal.

Artigo 1º: "Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia

cominação legal."

Esse artigo reforça o princípio da anterioridade da lei penal. Ele estabelece que

a existência de um crime depende da existência de uma lei anterior que defina

de forma clara e precisa a conduta como criminosa. Além disso, também

ressalta que a aplicação de uma pena só pode ocorrer se essa pena estiver

previamente estabelecida em lei.

Exemplo didático:

Vamos utilizar um exemplo para ilustrar o princípio da anterioridade da lei

penal. Suponha que, em um determinado ano, seja promulgada uma nova lei

que criminaliza a posse de determinada substância. Antes dessa lei entrar em

vigor, a posse dessa substância não era considerada crime.

Se uma pessoa tiver a posse dessa substância antes da nova lei entrar em

vigor, ela não poderá ser punida retroativamente, pois à época em que a

conduta foi praticada, não existia uma lei que a considerasse ilícita. O princípio

da anterioridade da lei penal impede que a pessoa seja penalizada por uma

conduta que, no momento em que ocorreu, não era proibida.

No entanto, é importante destacar que essa pessoa poderá ser

responsabilizada caso seja flagrada com a substância após a entrada em vigor

da nova lei, uma vez que a partir desse momento a conduta passa a ser

considerada criminosa.

O princípio da anterioridade da lei penal busca assegurar que os indivíduos

tenham conhecimento prévio das condutas que são consideradas crime. Dessa

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forma, eles podem pautar suas ações de acordo com as normas em vigor,

evitando condutas ilícitas e se resguardando de penalidades injustas.

Esse princípio é essencial para garantir a segurança jurídica e a estabilidade

das relações sociais, uma vez que impede a criação retroativa de crimes e a

aplicação de penas sem base legal sólida.

Portanto, o princípio da anterioridade da lei penal estabelece que ninguém

pode ser punido por uma conduta que, no momento em que foi praticada, não

era considerada crime pela lei. Ele protege os direitos dos indivíduos,

assegurando que sejam responsabilizados apenas por condutas que estejam

previamente estabelecidas como criminosas em lei.

TÓPICO 4 - INSIGNIFICÂNCIA

Princípio da Insignificância:

• Jurisprudência.

• Exemplo: Pequenos furtos sem valor expressivo podem ser

considerados insignificantes e não configurarem crime.

O princípio da insignificância, também conhecido como princípio bagatelar ou

princípio da mínima ofensividade, é um importante conceito no Direito Penal.

Ele estabelece que condutas que causem danos mínimos ou de valor

insignificante não devem ser consideradas crimes, sendo excluídas da

aplicação da lei penal. Esse princípio busca evitar que o sistema penal seja

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sobrecarregado com casos de pouca relevância e direcionar a atuação do

Estado para crimes de maior gravidade.

Jurisprudência

O princípio da insignificância é amplamente reconhecido pela jurisprudência, ou

seja, pelas decisões dos tribunais, que interpretam e aplicam a lei de acordo

com as circunstâncias específicas de cada caso. As decisões judiciais têm

considerado que, em certas situações, condutas de baixo potencial lesivo ou de

mínima ofensividade não justificam a intervenção penal, sendo aplicado o

princípio da insignificância.

Exemplo didático:

Vamos utilizar um exemplo para ilustrar o princípio da insignificância. Suponha

que uma pessoa tenha furtado um objeto de valor muito baixo, como uma

balinha em uma loja. O valor desse objeto é tão insignificante que não causa

um prejuízo relevante para o estabelecimento comercial.

Nesse caso, a jurisprudência tem reconhecido que esse tipo de conduta pode

ser considerado insignificante, não configurando um crime passível de punição.

Isso ocorre porque o princípio da insignificância leva em consideração a

proporcionalidade entre a conduta e a resposta penal, evitando que sejam

aplicadas sanções desproporcionais a delitos de baixa gravidade.

Esse exemplo ilustra como o princípio da insignificância é aplicado para filtrar

casos que não justificam a intervenção penal, priorizando a atuação do sistema

de justiça em relação a crimes mais graves. Dessa forma, ele contribui para

direcionar os recursos e esforços do sistema penal para a repressão e punição

de delitos de maior impacto social.

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APOSTILA PREPARATÓRIA PARA SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - PMERJ

É importante ressaltar que a aplicação do princípio da insignificância depende

da análise das circunstâncias do caso concreto, levando em consideração

aspectos como o valor do bem, a ausência de violência ou grave ameaça, a

inexpressividade do dano causado e a ausência de prejuízos relevantes para a

vítima.

Cabe aos tribunais, com base em sua jurisprudência consolidada, avaliar cada

situação individualmente e decidir se a conduta em questão se enquadra nos

critérios para a aplicação do princípio da insignificância.

Portanto, o princípio da insignificância tem por objetivo evitar a criminalização

de condutas que causem danos mínimos ou de valor insignificante, buscando

uma atuação mais eficiente e proporcional do sistema penal.

TÓPICO 5 - CONCEITO DE CRIME

Conceito de Crime:

• Lei nº 7.209/1984 - Código Penal: Artigo 1º.

• Exemplo: Crime é a conduta que está descrita na lei penal como ilícita,

punível com uma pena.

O conceito de crime é fundamental no Direito Penal, pois define as condutas

que são consideradas ilícitas e puníveis pela lei. Compreender o que é crime é

essencial para entender as bases do sistema jurídico penal.

Lei nº 7.209/1984 - Código Penal: Artigo 1º

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Vamos analisar o artigo 1º mencionado para compreender melhor o conceito

de crime.

Artigo 1º: "Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia

cominação legal."

Esse artigo estabelece os dois pilares fundamentais para que uma conduta

seja considerada crime. Primeiramente, para que uma conduta seja

caracterizada como crime, é necessário que exista uma lei anterior que a

defina como tal. Isso significa que não basta apenas a opinião pessoal ou o

senso comum para determinar se algo é um crime. É imprescindível que exista

uma norma legal que descreva de forma clara e precisa a conduta como ilícita.

Além disso, o artigo ressalta que uma pena só pode ser aplicada se estiver

previamente estabelecida em lei. Ou seja, não é permitido impor uma punição

arbitrária ou desproporcional, sendo necessário que a legislação penal

estabeleça a pena correspondente para determinado crime.

Exemplo didático:

Para ilustrar o conceito de crime, vamos considerar um exemplo comum: o

homicídio. O homicídio é a conduta de causar a morte de uma pessoa. No

entanto, para que essa conduta seja considerada crime, é necessário que haja

uma lei penal que defina o homicídio como ilícito.

No Código Penal brasileiro, por exemplo, o homicídio é tipificado no artigo 121.

Esse artigo descreve as circunstâncias em que a conduta de causar a morte de

alguém configura um crime, estabelecendo as penas correspondentes para

cada modalidade.

Dessa forma, o homicídio só será considerado crime se a conduta se enquadra

nas disposições previstas na lei, como, por exemplo, quando é praticado com

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APOSTILA PREPARATÓRIA PARA SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - PMERJ

intenção de matar (homicídio doloso). Caso contrário, se a conduta não se

enquadrar nos elementos descritos na lei, não será considerada crime, mas

poderá ser analisada sob outras perspectivas jurídicas, como a

responsabilidade civil ou administrativa.

Portanto, o conceito de crime envolve a existência de uma lei anterior que

defina a conduta como ilícita, além da previsão de uma pena específica. Essa

definição legal é essencial para garantir a segurança jurídica, determinar as

responsabilidades individuais e assegurar a justa aplicação da lei penal.

TÓPICO 6 - ELEMENTOS DO CRIME

Elementos do Crime:

• Lei nº 7.209/1984 - Código Penal: Artigo 13.

• Exemplo: Para a configuração de um crime, é necessário a presença de

conduta, resultado, nexo de causalidade, dolo ou culpa, e tipicidade.

Para compreender o funcionamento do sistema jurídico penal, é essencial

entender os elementos do crime. São esses elementos que compõem a

estrutura básica de uma infração penal e determinam sua configuração. Vamos

explorar cada um dos elementos do crime de forma didática, com base no

artigo 13 do Código Penal brasileiro (Lei nº 7.209/1984).

Lei nº 7.209/1984 - Código Penal: Artigo 13

O artigo 13 do Código Penal estabelece os elementos do crime. Vamos

analisar cada um deles:

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Artigo 13: "O resultado, de que depende a existência do crime, somente é

imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem

a qual o resultado não teria ocorrido."

1. Conduta: A conduta é a ação humana realizada com a finalidade de

praticar ou omitir algo. É o comportamento que caracteriza o agir do

sujeito. A conduta pode ser ativa (ação) ou passiva (omissão), ou seja,

pode consistir tanto em fazer algo como em deixar de fazer algo quando

há o dever de agir.

Exemplo: Um indivíduo que furta um objeto de uma loja comete uma conduta

ativa, pois realiza uma ação proibida pela lei.

2. Resultado: O resultado é a modificação do mundo exterior causada pela

conduta. É a consequência do ato praticado pelo agente. Nem todo

crime exige um resultado, mas quando ele é necessário, é preciso que

esteja previsto em lei.

Exemplo: No crime de homicídio, o resultado é a morte de uma pessoa

causada pela ação do agente.

3. Nexo de causalidade: O nexo de causalidade é o vínculo que relaciona a

conduta do agente ao resultado produzido. É necessário que haja uma

relação de causa e efeito entre a conduta e o resultado.

Exemplo: Se um motorista embriagado atropela e mata um pedestre, há um

nexo de causalidade entre a condução sob efeito de álcool e a morte do

pedestre.

4. Dolo ou culpa: O dolo e a culpa são formas de se analisar a intenção do

agente ao praticar a conduta. O dolo refere-se à vontade consciente de

155
APOSTILA PREPARATÓRIA PARA SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - PMERJ

cometer o crime, enquanto a culpa envolve a falta de cuidado ou

diligência necessária, resultando em um resultado indesejado.

Exemplo: Se uma pessoa planeja e executa um assalto, com a intenção de

roubar, age com dolo. Já se alguém causa um acidente de trânsito devido a

imprudência, negligência ou imperícia, age com culpa.

5. Tipicidade: A tipicidade é a adequação da conduta ao tipo penal previsto

na lei. Significa que a ação ou omissão do agente deve se encaixar

exatamente na descrição legal do crime.

Exemplo: Se um indivíduo subtrai, de forma não autorizada, um bem móvel

alheio para si, sem violência ou grave ameaça, estará cometendo o crime de

furto, pois sua conduta se enquadra nos elementos descritos no tipo penal

correspondente.

Portanto, para a configuração de um crime, é necessário a presença dos

seguintes elementos:

1. Conduta: É a ação ou omissão realizada pelo agente, seja ela ativa ou

passiva.

2. Resultado: É a modificação no mundo exterior decorrente da conduta,

quando exigido pela lei.

3. Nexo de causalidade: É a relação de causa e efeito entre a conduta do

agente e o resultado produzido.

4. Dolo ou culpa: Refere-se à intenção consciente de cometer o crime

(dolo) ou à falta de cuidado ou diligência na conduta (culpa).

5. Tipicidade: A conduta do agente deve se enquadrar no tipo penal

descrito na lei, ou seja, ser compatível com a descrição legal do crime.

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Esses elementos são fundamentais para a caracterização de um crime. Todos

eles devem estar presentes para que uma conduta seja considerada criminosa

e punível.

Exemplo didático:

Suponhamos o caso de um indivíduo que, de forma intencional (dolo), causa

lesões corporais em outra pessoa durante uma briga. Analisando os elementos

do crime:

• Conduta: A agressão física praticada pelo indivíduo.

• Resultado: As lesões corporais causadas à vítima.

• Nexo de causalidade: A relação de causa e efeito entre a agressão do

agente e as lesões sofridas pela vítima.

• Dolo: A intenção consciente do agente em causar as lesões corporais.

• Tipicidade: A conduta do agente se enquadra no tipo penal de lesão

corporal, que é previsto na legislação.

Nesse exemplo, todos os elementos do crime estão presentes, configurando a

prática do crime de lesão corporal.

Portanto, o conhecimento dos elementos do crime é fundamental para

compreender a estrutura de uma infração penal. Esses elementos são

analisados em conjunto para determinar a existência do crime e embasar o

processo de investigação, julgamento e aplicação da pena.

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TÓPICO 7 - EXCLUDENTES DE ILICITUDE

Excludentes de Ilicitude:

• Lei nº 7.209/1984 - Código Penal: Artigos 23 a 25.

• Exemplo: Legítima defesa, estado de necessidade e estrito cumprimento

do dever legal são exemplos de excludentes de ilicitude.

No Direito Penal, existem situações em que uma conduta, mesmo que se

enquadre na descrição legal de um crime, pode ser considerada lícita, ou seja,

não configura um ato ilícito. Essas situações são chamadas de excludentes de

ilicitude, pois excluem a responsabilidade penal do agente. Vamos abordar as

principais excludentes de ilicitude de forma didática, com base nos artigos 23 a

25 do Código Penal brasileiro (Lei nº 7.209/1984).

Lei nº 7.209/1984 - Código Penal: Artigos 23 a 25

Esses artigos tratam das excludentes de ilicitude no Código Penal brasileiro.

Vamos explorar as principais excludentes:

1. Legítima defesa (artigo 25): A legítima defesa é uma das excludentes

mais conhecidas e se aplica quando uma pessoa age em defesa própria

ou de terceiros, utilizando meios necessários e proporcionais para repelir

uma agressão injusta e atual. O agente age para proteger-se de um

perigo iminente.

Exemplo: Uma pessoa é abordada por um assaltante armado que tenta agredi-

la. Para se defender, a pessoa utiliza um meio de defesa necessário e

proporcional, como uma técnica de autodefesa ou uma arma de fogo,

resultando na neutralização do agressor.

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2. Estado de necessidade (artigo 24): O estado de necessidade ocorre

quando uma pessoa pratica um ato ilícito para salvar um bem jurídico

seu ou de terceiro, diante de uma situação em que não há outra

alternativa razoável para evitar um mal maior. O agente age para evitar

um dano mais grave.

Exemplo: Em uma situação de inundação, uma pessoa que está prestes a se

afogar invade uma propriedade particular para buscar abrigo em um local

elevado e seguro, sem a devida autorização do proprietário.

3. Estrito cumprimento do dever legal (artigo 23): O estrito cumprimento do

dever legal se aplica aos agentes públicos que, no exercício de sua

função, praticam atos que poderiam ser considerados ilícitos em outras

circunstâncias, mas são permitidos devido à sua obrigação legal. É

necessário que a conduta esteja dentro dos limites legais e seja

praticada em estrito cumprimento do dever.

Exemplo: Um policial, no exercício de suas funções, utiliza a força necessária

para conter um indivíduo que está resistindo à prisão de forma violenta e

colocando em risco a segurança pública.

Esses são apenas alguns exemplos das excludentes de ilicitude previstas no

Código Penal brasileiro. É importante ressaltar que, para a aplicação de uma

excludente, é necessário que os requisitos legais estejam presentes, como a

proporcionalidade, a atualidade do perigo e a ausência de alternativas viáveis.

As excludentes de ilicitude têm como objetivo proteger valores fundamentais,

como a vida, a integridade física, a liberdade e o patrimônio, permitindo que o

agente aja de forma justificada diante de determinadas circunstâncias.

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TÓPICO 8 - AUTORIA E PARTICIPAÇÃO

Autoria e Participação:

• Lei nº 7.209/1984 - Código Penal: Artigos 29 a 31.

• Exemplo: Há autoria quando alguém pratica diretamente o crime, e

participação quando alguém contribui para a prática do crime, sem

executá-lo diretamente.

No Direito Penal, é importante distinguir entre autoria e participação na prática

de um crime. Enquanto a autoria refere-se àquele que executa diretamente o

crime, a participação envolve a contribuição de outras pessoas para a sua

realização, mesmo sem executá-lo diretamente. Vamos abordar esses

conceitos de forma didática, com base nos artigos 29 a 31 do Código Penal

brasileiro (Lei nº 7.209/1984).

Lei nº 7.209/1984 - Código Penal: Artigos 29 a 31

Esses artigos tratam da autoria e da participação no Código Penal brasileiro.

Vamos entender melhor cada um desses conceitos:

1. Autoria (artigo 29): A autoria está relacionada àquele que realiza

diretamente a conduta descrita como crime. É o agente que executa, por

si só, todos os elementos do tipo penal, ou seja, realiza todos os atos

necessários para a prática criminosa.

Exemplo: Um indivíduo que, de forma consciente e voluntária, furta um objeto

de um estabelecimento comercial. Ele é considerado autor do crime de furto,

pois executou diretamente a conduta proibida pela lei.

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2. Participação (artigos 30 e 31): A participação ocorre quando alguém

contribui para a prática do crime, mesmo sem executá-lo diretamente. O

participante auxilia, instiga ou induz o autor na realização da conduta

criminosa.

Existem diferentes formas de participação, que são classificadas da seguinte

maneira:

• Coautoria: Quando duas ou mais pessoas atuam conjuntamente na

execução do crime, dividindo a realização dos atos necessários para a

sua consumação.

Exemplo: Dois indivíduos agem em conjunto para arrombar um cofre e furtar

dinheiro de um banco. Ambos são considerados coautores do crime de furto

qualificado.

• Instigação: Quando alguém estimula, incentiva ou provoca o autor a

praticar o crime. A instigação pode ser realizada por meio de palavras,

gestos ou qualquer outra forma de comunicação.

Exemplo: Uma pessoa convence outra a cometer um homicídio, fornecendo

informações sobre o alvo e incentivando a ação. Aquele que instigou é

considerado partícipe do crime de homicídio.

• Cumplicidade: Quando alguém colabora de alguma forma para a

realização do crime, sem executá-lo diretamente, mas desempenhando

um papel secundário na sua consecução.

Exemplo: Uma pessoa fornece informações sobre o esquema de segurança de

uma empresa para que outra pessoa possa realizar um roubo. O informante é

considerado partícipe do crime de roubo.

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É importante ressaltar que tanto a autoria quanto a participação estão sujeitas

à responsabilidade penal. Ou seja, tanto o autor como os participantes podem

ser responsabilizados pelo crime cometido, de acordo com a sua contribuição

para a prática delituosa.

Portanto, a distinção entre autoria e participação é essencial para determinar a

responsabilidade de cada pessoa envolvida na prática de um crime. A

compreensão desses conceitos é fundamental para a aplicação correta da lei

penal.

TÓPICO 9 - ESPÉCIES DE PENAS

Espécies de Penas:

• Lei nº 7.209/1984 - Código Penal: Artigos 32 a 77.

• Exemplo: Pena privativa de liberdade, pena restritiva de direitos, pena

de multa são algumas das espécies de penas previstas na legislação.

No sistema jurídico penal, as penas são as consequências impostas aos

infratores de crimes, visando à retribuição, prevenção e ressocialização.

Existem diversas espécies de penas previstas na legislação, cada uma com

características e finalidades específicas. Vamos abordar essas espécies de

penas de forma didática, com base nos artigos 32 a 77 do Código Penal

brasileiro (Lei nº 7.209/1984).

Lei nº 7.209/1984 - Código Penal: Artigos 32 a 77

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Esses artigos tratam das espécies de penas no Código Penal brasileiro. Vamos

explorar as principais:

1. Pena privativa de liberdade: A pena privativa de liberdade é a mais

conhecida e consiste na restrição da liberdade do condenado, com a

privação do direito de ir e vir. Ela pode ser aplicada em diferentes

regimes de cumprimento (fechado, semiaberto ou aberto), de acordo

com a gravidade do crime e as circunstâncias do condenado.

Exemplo: Um indivíduo é condenado por roubo e recebe a pena privativa de

liberdade de 5 anos, a ser cumprida em regime fechado.

2. Pena restritiva de direitos: A pena restritiva de direitos é uma alternativa

à pena privativa de liberdade, que consiste na imposição de restrições

aos direitos do condenado. Ela busca evitar a prisão, permitindo que o

condenado continue exercendo suas atividades sociais, mas com

limitações.

Exemplo: Um indivíduo é condenado por crime de trânsito e recebe a pena

restritiva de direitos de prestação de serviços à comunidade, devendo cumprir

determinadas horas de trabalho voluntário em instituição de caráter social.

3. Pena de multa: A pena de multa consiste no pagamento de uma quantia

em dinheiro como sanção pelo cometimento do crime. O valor da multa

é fixado pelo juiz e leva em consideração a situação econômica do

condenado.

Exemplo: Um indivíduo é condenado por crime de estelionato e recebe a pena

de multa no valor de cinco vezes o salário mínimo vigente.

Além dessas espécies de penas, existem outras previstas na legislação, como

a pena de perda de bens e valores, a pena de prestação pecuniária, a pena de

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interdição temporária de direitos, entre outras. Cada uma delas possui suas

características específicas e é aplicada de acordo com as circunstâncias do

crime e do condenado.

É importante ressaltar que as penas têm como objetivo principal a

ressocialização do condenado, ou seja, sua reintegração à sociedade de forma

consciente e responsável. Portanto, a escolha da espécie de pena adequada é

fundamental para alcançar os objetivos do sistema penal.

Nesse contexto, o juiz deve considerar a gravidade do crime, a culpabilidade do

infrator, as circunstâncias do delito e as condições pessoais do condenado, a

fim de aplicar a pena de forma justa e proporcional.

TÓPICO 10 - CIRCUNSTÂNCIAS AGRAVANTES E ATENUANTES

Circunstâncias Agravantes e Atenuantes

• Lei nº 7.209/1984 - Código Penal: Artigos 61 a 67.

• Exemplo: As circunstâncias agravantes podem aumentar a pena imposta

ao condenado, enquanto as circunstâncias atenuantes podem diminuir a

pena. Alguns exemplos de circunstâncias agravantes são o motivo fútil,

o emprego de tortura, o abuso de poder, entre outros. Já as

circunstâncias atenuantes podem ser a confissão espontânea, a

menoridade do agente, o arrependimento posterior, entre outros.

No Direito Penal, as circunstâncias agravantes e atenuantes são elementos

que podem influenciar na aplicação da pena, tornando-a mais severa

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(agravantes) ou mais branda (atenuantes). Essas circunstâncias são

consideradas pelo juiz no momento de fixar a pena, levando em conta as

peculiaridades do caso concreto. Vamos abordar essas circunstâncias de

forma didática, com base nos artigos 61 a 67 do Código Penal brasileiro (Lei nº

7.209/1984).

Lei nº 7.209/1984 - Código Penal: Artigos 61 a 67

Esses artigos tratam das circunstâncias agravantes e atenuantes no Código

Penal brasileiro. Vamos entender melhor cada uma delas:

1. Circunstâncias Agravantes (artigos 61 a 64): As circunstâncias

agravantes são fatores que aumentam a culpabilidade do agente e

tornam o crime mais grave, justificando uma pena mais severa. São

exemplos de circunstâncias agravantes:

• Motivo fútil: Quando o crime é cometido por uma razão insignificante,

banal, desproporcional à gravidade do delito.

Exemplo: Um indivíduo agride violentamente outra pessoa apenas porque não

gostou de um comentário feito por ela.

• Recurso que dificulta a defesa do ofendido: Quando o agente utiliza

meios que tornam difícil ou impossível a defesa da vítima.

Exemplo: Um assaltante utiliza uma arma de fogo para intimidar e ameaçar a

vítima, dificultando sua reação.

• Violência contra pessoa ou coisa: Quando o agente comete o crime de

forma violenta, causando danos físicos ou materiais à vítima.

Exemplo: Um indivíduo, ao roubar um estabelecimento comercial, agride

fisicamente os funcionários presentes no local.

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2. Circunstâncias Atenuantes (artigos 65 a 67): As circunstâncias

atenuantes são fatores que diminuem a culpabilidade do agente e

podem resultar em uma pena mais branda. São exemplos de

circunstâncias atenuantes:

• Menoridade relativa: Quando o agente, na época do crime, era menor de

21 anos.

Exemplo: Um jovem com 18 anos de idade comete um furto simples.

• Confissão espontânea: Quando o agente confessa voluntariamente a

autoria do crime, demonstrando arrependimento.

Exemplo: Após ser detido, o suspeito confessa ter cometido o crime de forma

espontânea, sem qualquer pressão policial.

• Arrependimento posterior: Quando o agente, após o crime, repara ou

diminui o dano causado à vítima.

Exemplo: Após cometer um furto, o autor devolve os bens furtados à vítima e

demonstra arrependimento pelas suas ações.

É importante ressaltar que tanto as circunstâncias agravantes quanto as

atenuantes devem ser analisadas pelo juiz de acordo com as provas e os fatos

apresentados no processo penal. Cada uma dessas circunstâncias possui um

peso específico e pode influenciar na dosimetria da pena. O juiz, ao aplicar a

pena, deve levar em consideração todas as circunstâncias presentes no caso

concreto.

É importante ressaltar que as circunstâncias agravantes não podem ser

aplicadas de forma automática ou mecânica, mas sim após uma análise

cuidadosa do contexto e das características do crime. Da mesma forma, as

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circunstâncias atenuantes devem ser devidamente comprovadas e

consideradas na fixação da pena.

Além das circunstâncias agravantes e atenuantes previstas expressamente na

lei, o juiz também pode considerar outras circunstâncias relevantes para a

dosimetria da pena, desde que estejam fundamentadas e relacionadas ao caso

concreto.

Portanto, as circunstâncias agravantes e atenuantes têm o objetivo de

individualizar a pena, levando em conta a conduta do agente, sua

culpabilidade, a gravidade do delito e as consequências causadas. Esses

elementos auxiliam na busca por uma justiça proporcional e adequada,

considerando as particularidades de cada caso.

No âmbito do concurso da Polícia Militar do Rio de Janeiro, é essencial

compreender as circunstâncias agravantes e atenuantes, pois elas podem ser

aplicadas na análise de situações reais e na correta interpretação dos casos de

infrações penais. Portanto, é fundamental estudar e compreender as

disposições legais, bem como consultar doutrinas específicas e jurisprudência

atualizada para uma formação sólida e embasada no tema das circunstâncias

agravantes e atenuantes.

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TÓPICO 11 - HOMICÍDIO

Homicídio:

• Lei nº 7.209/1984 - Código Penal: Artigos 121 a 128.

• Exemplo: O homicídio é o ato de matar alguém, podendo ser

classificado como homicídio simples, homicídio qualificado, homicídio

privilegiado, entre outras modalidades previstas na legislação.

O homicídio é um crime que consiste em tirar a vida de outra pessoa de forma

intencional. No Código Penal brasileiro, o homicídio é tratado nos artigos 121 a

128 da Lei nº 7.209/1984. Vamos entender melhor essa temática de forma

didática, com exemplos:

Lei nº 7.209/1984 - Código Penal: Artigos 121 a 128

1. Homicídio simples (artigo 121): O homicídio simples é a forma básica

desse crime, caracterizado pela conduta de matar alguém sem a

ocorrência de circunstâncias especiais que o qualifiquem. É importante

ressaltar que, mesmo sendo a forma básica, o homicídio simples é um

crime grave e sujeito a penas severas.

Exemplo: Um indivíduo, após uma discussão acalorada, desfere golpes de faca

em outra pessoa, resultando em sua morte.

2. Homicídio qualificado (artigo 121, § 2º): O homicídio qualificado ocorre

quando há a presença de circunstâncias especiais que agravam a

conduta do agente. Essas circunstâncias estão previstas no Código

Penal e podem variar, como motivo fútil, meio cruel, recurso que dificulte

a defesa da vítima, entre outras.

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Exemplo: Um indivíduo planeja e executa o assassinato de outra pessoa por

motivo de vingança, utilizando tortura como meio para causar sofrimento.

3. Homicídio privilegiado (artigo 121, § 1º): O homicídio privilegiado ocorre

quando o agente, por motivo de relevante valor social ou moral, comete

o crime em condições que o tornam mais brando, reduzindo a pena

prevista para o homicídio simples.

Exemplo: Uma mãe, ao presenciar seu filho sendo constantemente vítima de

agressões físicas por parte de outra pessoa, decide matar o agressor para

proteger seu filho.

Além dessas modalidades, o Código Penal brasileiro prevê outras formas de

homicídio, como o homicídio culposo (quando não há intenção de matar, mas

ocorre devido à negligência, imprudência ou imperícia do agente) e o

infanticídio (quando a mãe, em estado puerperal, mata o próprio filho durante

ou logo após o parto).

É importante ressaltar que o estudo aprofundado do homicídio engloba não

apenas a análise dos tipos penais, mas também a compreensão das

circunstâncias agravantes e atenuantes, bem como as consequências jurídicas

e penais relacionadas a cada modalidade de crime.

No contexto do concurso da Polícia Militar do Rio de Janeiro, é fundamental

conhecer os tipos de homicídio previstos na legislação, bem como as

especificidades de cada modalidade. Além disso, é relevante estar atualizado

com a jurisprudência e a doutrina sobre o tema, a fim de entender a correta

aplicação da lei em situações práticas.

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TÓPICO 12 - ROUBO

Roubo:

• Lei nº 7.209/1984 - Código Penal: Artigos 157 a 160.

• Exemplo: O roubo é a subtração de coisa alheia móvel, para si ou para

outrem, mediante o emprego de violência ou grave ameaça.

O roubo é um crime contra o patrimônio previsto nos artigos 157 a 160 do

Código Penal brasileiro, regido pela Lei nº 7.209/1984. Ele ocorre quando

alguém, mediante o emprego de violência ou grave ameaça, subtrai coisa

móvel pertencente a outra pessoa, com o objetivo de apossar-se dessa coisa

para si ou para outrem. Vamos compreender melhor esse tema de forma

didática, com exemplos:

Lei nº 7.209/1984 - Código Penal: Artigos 157 a 160

1. Conceito de roubo (artigo 157): O roubo é caracterizado pela subtração

de coisa alheia móvel, mediante o emprego de violência ou grave

ameaça. Esse crime envolve a coexistência da subtração da coisa (ato

de tirar a propriedade de outra pessoa) com o uso da força ou ameaça

para realizar essa subtração.

Exemplo: Um indivíduo aborda uma pessoa na rua, ameaçando-a com uma

arma de fogo, e exige que entregue sua bolsa com dinheiro e pertences

pessoais.

2. Elementos do roubo: O roubo possui elementos essenciais que precisam

estar presentes para sua configuração:

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• Subtração de coisa alheia móvel: É a retirada ou a apreensão da coisa

pertencente a outra pessoa, sem o seu consentimento.

• Emprego de violência ou grave ameaça: O agente utiliza força física,

violência moral ou ameaças sérias para obter a coisa desejada.

3. Formas qualificadas do roubo (artigos 157, § 1º, e 157, § 2º): O roubo

pode apresentar formas qualificadas quando ocorrem circunstâncias

especiais que agravam a sua gravidade. Entre as formas qualificadas

estão:

• Roubo com emprego de arma de fogo: Quando o agente utiliza uma

arma de fogo para realizar o roubo.

• Roubo com concurso de duas ou mais pessoas: Quando o roubo é

cometido por um grupo de indivíduos.

Exemplo: Um grupo de assaltantes invade uma residência, rende os moradores

e subtrai diversos objetos de valor.

É importante ressaltar que o roubo é um crime grave e está sujeito a penas

severas. Além disso, o contexto específico do roubo pode variar, envolvendo

situações como roubo a residências, roubo a estabelecimentos comerciais,

roubo de veículos, entre outros.

No âmbito do concurso da Polícia Militar do Rio de Janeiro, é fundamental

compreender as disposições legais relacionadas ao roubo, assim como os

elementos que caracterizam esse crime. É essencial estar atualizado com a

legislação, a jurisprudência e a doutrina pertinente ao tema, a fim de identificar

corretamente as situações de roubo e atuar de forma adequada no combate a

esse tipo de infração penal.

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TÓPICO 13 - ESTUPRO

Estupro:

• Lei nº 12.015/2009 - Código Penal: Artigos 213 a 217-A.

• Exemplo: O estupro consiste em constranger alguém, mediante violência

ou grave ameaça, a praticar ou permitir que se pratique ato sexual.

O estupro é um crime de natureza sexual previsto nos artigos 213 a 217-A da

Lei nº 12.015/2009, que alterou o Código Penal brasileiro. Ele ocorre quando

alguém constrange outra pessoa, mediante violência ou grave ameaça, a

praticar ou permitir que se pratique ato sexual. Vamos compreender melhor

esse tema de forma didática, com exemplos:

Lei nº 12.015/2009 - Código Penal: Artigos 213 a 217-A

1. Conceito de estupro (artigo 213): O estupro é caracterizado pela prática

de ato sexual não consensual, mediante constrangimento da vítima.

Esse crime envolve a ausência de consentimento da pessoa envolvida e

o uso de violência ou grave ameaça para forçar a prática do ato sexual.

Exemplo: Um indivíduo, usando a força física, constrange uma pessoa a

manter relações sexuais contra sua vontade.

2. Elementos do estupro: O estupro possui elementos essenciais que

precisam estar presentes para sua configuração:

• Constrangimento: É a imposição de uma vontade sobre a vítima, por

meio de força física, violência moral, ameaças graves ou qualquer outra

forma de coerção.

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• Atos sexuais não consensuais: Envolve qualquer ato de natureza sexual

que ocorra sem o consentimento da vítima, seja a penetração vaginal,

anal ou oral, ou outras práticas sexuais forçadas.

3. Formas qualificadas do estupro (artigos 213, § 1º, e 213, § 2º): O

estupro pode apresentar formas qualificadas quando ocorrem

circunstâncias especiais que agravam a sua gravidade. Entre as formas

qualificadas estão:

• Estupro de vulnerável: Quando o crime é cometido contra pessoa menor

de 14 anos, com deficiência mental ou sem discernimento para a prática

do ato sexual.

• Estupro coletivo: Quando o estupro é cometido por duas ou mais

pessoas em concurso de agentes.

Exemplo: Um grupo de indivíduos, mediante violência, constrange uma pessoa

a participar de um ato sexual não consensual.

É importante ressaltar que o estupro é um crime hediondo e de extrema

gravidade. Além disso, é fundamental compreender que a falta de

consentimento é um elemento central para a configuração desse crime.

Qualquer relação sexual sem o consentimento expresso e livre da vítima é

considerada estupro.

No âmbito do concurso da Polícia Militar do Rio de Janeiro, é fundamental

conhecer as disposições legais relacionadas ao estupro, assim como os

elementos que caracterizam esse crime. É essencial estar atualizado com a

legislação, a jurisprudência e a doutrina pertinente ao tema, a fim de identificar

corretamente as situações de estupro e atuar de forma adequada no combate a

esse tipo de infração penal. Além disso, é necessário desenvolver sensibilidade

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e empatia para lidar com as vítimas desse crime de forma respeitosa e garantir

que seus direitos sejam preservados.

TÓPICO 14 - TRÁFICO DE DROGAS

Tráfico de Drogas:

• Lei nº 11.343/2006 - Lei de Drogas: Artigos 33 a 37.

• Exemplo: O tráfico de drogas envolve diversas condutas relacionadas à

produção, venda, transporte ou fornecimento de substâncias

entorpecentes.

O tráfico de drogas é um crime previsto na Lei nº 11.343/2006, conhecida como

Lei de Drogas, nos artigos 33 a 37. Esse crime envolve diversas condutas

relacionadas à produção, venda, transporte ou fornecimento de substâncias

entorpecentes. Vamos compreender melhor esse tema de forma didática, com

exemplos:

Lei nº 11.343/2006 - Lei de Drogas: Artigos 33 a 37

1. Conceito de tráfico de drogas (artigo 33): O tráfico de drogas consiste

em produzir, fabricar, transportar, importar, exportar, vender, distribuir ou

fornecer substâncias entorpecentes, ou seja, aquelas que possuem a

capacidade de causar dependência física ou psíquica.

Exemplo: Uma pessoa vende cocaína para um consumidor em troca de

dinheiro.

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2. Elementos do tráfico de drogas: O tráfico de drogas possui elementos

essenciais que precisam estar presentes para sua configuração:

• Condutas relacionadas às drogas: Engloba diversas ações, como

produzir, fabricar, transportar, importar, exportar, vender, distribuir ou

fornecer substâncias entorpecentes.

• Substâncias entorpecentes: São aquelas que causam dependência

física ou psíquica, podendo ser classificadas em diferentes categorias,

como maconha, cocaína, crack, ecstasy, entre outras.

3. Penas e agravantes (artigos 33, § 1º, e 40): O tráfico de drogas é um

crime de grande relevância e possui penas severas. Além disso, o

envolvimento com certas circunstâncias agravantes pode aumentar a

pena do criminoso. Entre as agravantes estão:

• Tráfico de drogas em grande quantidade: Quando o agente é

responsável pela venda, transporte ou fornecimento de uma quantidade

significativa de drogas.

• Tráfico de drogas realizado por organização criminosa: Quando o crime

é cometido por um grupo organizado, visando ao lucro e à expansão do

tráfico.

Exemplo: Um indivíduo é preso transportando uma grande quantidade de

heroína, que seria destinada para a venda no mercado ilegal.

É importante ressaltar que o combate ao tráfico de drogas é uma preocupação

constante das forças de segurança, incluindo a Polícia Militar. Além disso, é

fundamental compreender a legislação pertinente ao tema, bem como as

estratégias de investigação e prevenção adotadas para combater essa prática

criminosa.

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APOSTILA PREPARATÓRIA PARA SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - PMERJ

No contexto do concurso da Polícia Militar do Rio de Janeiro, é essencial

conhecer a Lei de Drogas, seus artigos relacionados ao tráfico, as penas

aplicáveis e as agravantes que podem incidir nesse tipo de crime. Além disso,

é necessário estar atualizado com a jurisprudência e a doutrina relacionadas ao

tráfico de drogas, a fim de atuar de maneira eficiente no combate e repressão a

essa atividade ilegal, garantindo a segurança da população.

TÓPICO 15 - FURTO

Furto:

• Lei nº 7.209/1984 - Código Penal: Artigos 155 a 157.

• Exemplo: O furto consiste em subtrair, para si ou para outrem, coisa

alheia móvel, sem o consentimento do proprietário.

O furto é um crime previsto nos artigos 155 a 157 do Código Penal brasileiro,

regulamentado pela Lei nº 7.209/1984. Esse crime ocorre quando alguém

subtrai, para si ou para outrem, coisa alheia móvel, sem o consentimento do

proprietário. Vamos compreender melhor esse tema de forma didática, com

exemplos:

Lei nº 7.209/1984 - Código Penal: Artigos 155 a 157

1. Conceito de furto (artigo 155): O furto é caracterizado pela subtração de

algo que pertence a outra pessoa, sem o seu consentimento. Essa ação

envolve tomar posse de uma coisa alheia móvel, ou seja, um bem

móvel, como um objeto, sem o devido direito.

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Exemplo: Uma pessoa entra em uma loja, pega um relógio de valor e o coloca

em seu bolso, saindo do estabelecimento sem pagar.

2. Elementos do furto: O furto possui elementos essenciais que precisam

estar presentes para sua configuração:

• Subtração: É a ação de tirar ou tomar posse de algo que pertence a

outra pessoa, sem o consentimento dela.

• Coisa alheia móvel: Refere-se a um bem que pertence a outra pessoa e

pode ser movido de um lugar para outro.

• Ausência de consentimento: O furto ocorre quando a subtração da coisa

ocorre sem o consentimento do proprietário ou daquele que tem a posse

legítima do bem.

3. Formas qualificadas do furto (artigos 155, § 4º, e 157): O furto pode

apresentar formas qualificadas quando ocorrem circunstâncias especiais

que agravam a sua gravidade. Entre as formas qualificadas estão:

• Furto qualificado: Quando o furto é praticado com o emprego de

violência contra a pessoa ou com a destruição ou rompimento de

obstáculo para a subtração do bem.

• Furto privilegiado: Quando o agente pratica o furto de coisa de pequeno

valor, demonstrando baixa periculosidade social.

Exemplo: Um indivíduo, utilizando-se de uma chave falsa, entra em um veículo

e subtrai objetos de dentro dele.

No âmbito do concurso da Polícia Militar do Rio de Janeiro, é fundamental

conhecer as disposições legais relacionadas ao furto, assim como os

elementos que caracterizam esse crime. É importante estar atualizado com a

legislação, a jurisprudência e a doutrina pertinentes ao tema, a fim de identificar

177
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corretamente as situações de furto e atuar de forma adequada no combate a

esse tipo de infração penal. Além disso, é necessário desenvolver habilidades

investigativas e de prevenção para combater e reprimir efetivamente os casos

de furto, garantindo a segurança e a tranquilidade da população.

TÓPICO 16 - LEI DE EXECUÇÃO PENAL

Lei de Execução Penal:

• Lei nº 7.210/1984 - Lei de Execução Penal.

• Exemplo: A Lei de Execução Penal regulamenta a execução das penas

e das medidas de segurança, estabelecendo direitos e deveres dos

condenados.

A Lei de Execução Penal é regulamentada pela Lei nº 7.210/1984 e tem como

objetivo estabelecer as regras e diretrizes para a execução das penas e

medidas de segurança. Essa lei define os direitos e deveres dos condenados,

assim como as normas que visam garantir a ressocialização e a humanização

do sistema prisional. Vamos compreender melhor esse tema de forma didática,

com exemplos:

Lei nº 7.210/1984 - Lei de Execução Penal

1. Objetivos da Lei de Execução Penal: A Lei de Execução Penal busca

alcançar diversos objetivos, incluindo:

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APOSTILA PREPARATÓRIA PARA SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - PMERJ

• Ressocialização: Visa à reintegração do condenado à sociedade, por

meio de programas de educação, trabalho e assistência social, visando

a sua reinserção e a redução da reincidência criminal.

• Humanização do sistema prisional: Estabelece direitos mínimos aos

presos, como alimentação adequada, assistência médica, assistência

jurídica, higiene e condições dignas de alojamento.

• Segurança e disciplina: Estabelece normas para garantir a segurança

dos estabelecimentos prisionais, bem como a disciplina entre os

detentos.

2. Direitos dos condenados: A Lei de Execução Penal assegura direitos

aos condenados, respeitando sua dignidade como ser humano. Alguns

exemplos desses direitos são:

• Direito à integridade física e moral: Os condenados têm o direito de

serem tratados com respeito e dignidade, estando protegidos contra

qualquer forma de violência, tortura ou tratamento cruel.

• Direito à saúde: Os presos têm o direito de receber assistência médica e

odontológica adequada, bem como tratamentos necessários para sua

saúde física e mental.

• Direito à educação e ao trabalho: Os condenados têm o direito de ter

acesso à educação, cursos profissionalizantes e trabalho dentro do

estabelecimento penal, visando ao seu desenvolvimento pessoal e à sua

preparação para o retorno à sociedade.

3. Deveres dos condenados: A Lei de Execução Penal também estabelece

deveres aos condenados, visando à convivência harmoniosa e à

disciplina no ambiente prisional. Alguns exemplos desses deveres são:

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• Cumprimento das regras do estabelecimento prisional: Os condenados

devem obedecer às normas estabelecidas pela administração do

presídio, respeitando horários, rotinas e diretrizes de segurança.

• Participação em programas de ressocialização: Os condenados têm o

dever de participar de programas de educação, trabalho e assistência

social oferecidos no presídio, visando à sua reintegração na sociedade.

• Indenização por danos causados: Em caso de danos materiais causados

durante o cumprimento da pena, o condenado deve arcar com a

indenização correspondente.

É fundamental que os profissionais da Polícia Militar do Rio de Janeiro tenham

conhecimento da Lei de Execução Penal, pois lidam diretamente com a

execução das penas e com a custódia dos condenados. Compreender essa

legislação é essencial para garantir o cumprimento adequado das penas, a

segurança nos estabelecimentos prisionais e o respeito aos direitos

fundamentais dos condenados. Além disso, é importante ressaltar que a Lei de

Execução Penal também influencia na ressocialização dos presos, visando sua

reinserção na sociedade de forma mais positiva.

4. Medidas de Execução Penal: A Lei de Execução Penal prevê uma série

de medidas e procedimentos para a execução das penas e medidas de

segurança. Alguns exemplos dessas medidas são:

• Regime de cumprimento de pena: Estabelece os diferentes regimes

prisionais, como o regime fechado, o regime semiaberto e o regime

aberto, de acordo com a gravidade do crime e o tempo de pena a ser

cumprido.

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• Progressão de regime: Regulamenta as condições para a progressão do

regime prisional, ou seja, a passagem do cumprimento da pena em um

regime mais rigoroso para um regime mais brando, de acordo com

critérios estabelecidos na lei.

• Livramento condicional: Define as condições e requisitos para que um

condenado seja colocado em liberdade antes do término da pena,

mediante o cumprimento de determinados requisitos e o

acompanhamento de medidas de reintegração social.

• Saída temporária: Estabelece a possibilidade de concessão de saída

temporária aos condenados, mediante autorização judicial, para que

possam passar determinados períodos fora do estabelecimento

prisional, geralmente com o objetivo de fortalecer vínculos familiares.

• Remição de pena: Regulamenta a possibilidade de redução da pena por

meio do trabalho, do estudo ou da participação em atividades

educativas, respeitando os critérios estabelecidos na lei.

No âmbito do concurso da Polícia Militar do Rio de Janeiro, é fundamental

compreender a Lei de Execução Penal, uma vez que os profissionais podem

estar envolvidos na custódia de condenados e na aplicação das normas

relacionadas ao cumprimento das penas. É importante conhecer os direitos e

deveres dos condenados, bem como as medidas de execução penal, a fim de

garantir a segurança, a ordem e o respeito aos princípios legais durante a

execução das penas e medidas de segurança.

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TÓPICO 17 - LEI MARIA DA PENHA

Lei Maria da Penha:

• Lei nº 11.340/2006 - Lei Maria da Penha.

• Exemplo: A Lei Maria da Penha visa proteger e combater a violência

doméstica e familiar contra a mulher, estabelecendo medidas de

prevenção, assistência e punição aos agressores.

A Lei Maria da Penha, regulamentada pela Lei nº 11.340/2006, é uma

importante legislação brasileira que visa combater e prevenir a violência

doméstica e familiar contra a mulher. Essa lei foi criada com o objetivo de

garantir a proteção das mulheres, oferecer assistência às vítimas e punir os

agressores. Vamos explorar essa disciplina de forma didática, com exemplos:

Lei nº 11.340/2006 - Lei Maria da Penha

1. Objetivos da Lei Maria da Penha: A Lei Maria da Penha busca alcançar

diversos objetivos, entre eles:

• Prevenção da violência doméstica: Visa conscientizar a sociedade sobre

a gravidade da violência contra a mulher, estimulando a prevenção e a

erradicação desse tipo de crime.

• Proteção às vítimas: Busca assegurar a integridade física, psicológica,

moral e patrimonial das mulheres vítimas de violência doméstica e

familiar.

• Punição aos agressores: Estabelece medidas eficazes para coibir e

responsabilizar os agressores, promovendo a cultura de não violência e

o respeito aos direitos das mulheres.

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2. Formas de violência protegidas pela Lei Maria da Penha: A Lei Maria da

Penha abrange diversas formas de violência doméstica e familiar contra

a mulher, tais como:

• Violência física: Qualquer conduta que ofenda a integridade ou saúde

corporal da mulher, causando-lhe dor, lesão, sofrimento físico ou

doença.

• Violência psicológica: Ações que causem dano emocional, diminuição da

autoestima, interferência na liberdade de pensar, sentir ou agir da

mulher, podendo envolver ameaças, humilhações, constrangimentos e

manipulações psicológicas.

• Violência sexual: Qualquer conduta que constranja a mulher a

presenciar, a manter ou a participar de relação sexual não desejada,

mediante força, ameaça, coação ou qualquer outro meio que a impeça

de manifestar sua vontade.

• Violência patrimonial: Ações que visem a retenção, subtração,

destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho,

documentos pessoais, bens, valores e direitos patrimoniais.

• Violência moral: Condutas que configurem calúnia, difamação ou injúria,

afetando a reputação e a dignidade da mulher.

3. Medidas protetivas: A Lei Maria da Penha estabelece a possibilidade de

aplicação de medidas protetivas para garantir a segurança e a

integridade das mulheres vítimas de violência doméstica. Essas medidas

podem incluir:

• Afastamento do agressor do lar, local de convivência ou de trabalho da

mulher agredida.

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• Proibição de aproximação do agressor em relação à vítima, familiares ou

testemunhas.

• Determinação de monitoramento eletrônico do agressor, por meio de

tornozeleira eletrônica, por exemplo.

• Restrição ou suspensão da posse ou porte de armas pelo agressor.

• Encaminhamento da vítima para programas de proteção

TÓPICO 18 - ESTATUTO DO DESARMAMENTO

Estatuto do Desarmamento:

• Lei nº 10.826/2003 - Estatuto do Desarmamento.

• Exemplo: O Estatuto do Desarmamento regulamenta o porte, posse e

comércio de armas de fogo, buscando controlar o acesso a armamentos

e garantir a segurança da sociedade.

O Estatuto do Desarmamento, estabelecido pela Lei nº 10.826/2003, é uma

legislação brasileira que regulamenta o porte, a posse e o comércio de armas

de fogo e munições. Essa lei foi criada com o objetivo de controlar o acesso às

armas de fogo e garantir a segurança da sociedade. Vamos explorar essa

disciplina de forma didática, com exemplos:

Lei nº 10.826/2003 - Estatuto do Desarmamento

1. Objetivos do Estatuto do Desarmamento: O Estatuto do Desarmamento

busca atingir diversos objetivos, entre eles:

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• Redução da violência armada: Visa controlar a circulação de armas de

fogo na sociedade, a fim de reduzir os índices de violência e

criminalidade relacionados ao uso indiscriminado de armamentos.

• Segurança pública: Busca garantir a segurança da população,

estabelecendo regras e restrições para o porte e a posse de armas de

fogo, a fim de evitar seu uso indevido e prevenir a prática de crimes.

• Combate ao tráfico de armas: Estabelece medidas para coibir o

comércio ilegal de armas de fogo e munições, combatendo o tráfico de

armamentos e seu uso por organizações criminosas.

2. Principais pontos do Estatuto do Desarmamento:

• Porte de arma: Regula as condições para obtenção do porte de arma de

fogo, estabelecendo critérios rigorosos, como a comprovação da efetiva

necessidade, a avaliação psicológica e a capacidade técnica para

manuseio seguro da arma.

• Posse de arma: Estabelece requisitos e restrições para a posse de arma

de fogo, como a idade mínima, a comprovação de idoneidade, a

realização de exame de aptidão técnica, entre outros.

• Comércio de armas: Regulamenta o comércio de armas de fogo e

munições, estabelecendo requisitos e fiscalização para a venda,

compra, transporte e importação de armamentos.

• Registro de armas: Determina a obrigatoriedade do registro de todas as

armas de fogo, com a devida identificação do proprietário, garantindo um

controle efetivo sobre a circulação desses objetos.

3. Exemplo de aplicação do Estatuto do Desarmamento: Um exemplo

prático da aplicação do Estatuto do Desarmamento é o processo de

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obtenção do porte de arma de fogo por um cidadão. Para conseguir o

porte, ele precisa cumprir requisitos como:

• Comprovação da efetiva necessidade do porte, demonstrando uma

justificativa plausível e fundamentada para ter uma arma de fogo em

posse.

• Realização de exame de aptidão técnica, que avalia a capacidade do

indivíduo para manusear a arma de forma segura.

• Avaliação psicológica, que verifica a aptidão emocional e mental do

solicitante para portar uma arma de fogo.

• Idoneidade, que avalia se o indivíduo possui antecedentes criminais ou

está envolvido em atividades ilegais.

Lembrando que esta apostila é uma introdução aos temas do Direito Penal e
não substitui a necessidade de estudos complementares, leitura da legislação e
consulta a doutrinas específicas. Recomenda-se sempre a utilização de
materiais atualizados e aprofundados para o estudo adequado da matéria.
Além das leis mencionadas, é importante que o candidato também esteja
familiarizado com a Constituição Federal de 1988, especialmente em relação
aos direitos fundamentais e garantias individuais, que têm relevância no âmbito
do Direito Penal.
Recomenda-se a consulta a livros, manuais, apostilas especializadas,
jurisprudências e doutrinas específicas sobre Direito Penal, de autores
renomados e atualizados, para aprofundar os conhecimentos e obter uma
compreensão mais ampla da matéria.

186
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NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL PENAL

TÓPICO 1 - CONCEITOS BÁSICOS

Antes de adentrarmos nos dispositivos legais, é importante entendermos

alguns conceitos básicos do Direito Processual Penal. O processo penal é o

conjunto de atos que têm por finalidade a apuração da existência de um crime

e a eventual responsabilidade do acusado. O processo é composto por

diversas fases, tais como a fase investigatória, a fase processual propriamente

dita e a fase recursal.

Dentre os princípios que regem o processo penal, destacam-se: o princípio da

presunção de inocência, o princípio do contraditório, o princípio da ampla

defesa, o princípio do juiz natural e o princípio do devido processo legal.

TÓPICO 2 - DISPOSITIVOS LEGAIS (INQUÉRITOS)

1. Inquérito Policial (Lei nº 12.830/2013)

O inquérito policial é uma fase pré-processual do Direito Processual Penal que

tem como objetivo a apuração dos fatos e das circunstâncias que envolvem a

prática de um crime. Ele é conduzido pela polícia judiciária e tem como

finalidade subsidiar a ação penal que será movida pelo Ministério Público.

De acordo com a Lei nº 12.830/2013, o inquérito policial é um procedimento

administrativo, de caráter inquisitorial, que tem como finalidade a apuração da

materialidade e autoria de uma infração penal. Ele é conduzido pela autoridade

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policial, que pode ser um delegado de polícia ou um investigador, e deve ser

concluído em um prazo máximo de 30 dias, prorrogável por mais 30 dias, se

houver necessidade.

O inquérito policial é regido pelo Código de Processo Penal e pela Lei nº

12.830/2013, que estabelece as regras para a condução do procedimento e

garante aos investigados o direito ao contraditório e à ampla defesa.

2. Fases do Inquérito Policial

O inquérito policial é composto por diversas fases, que têm como objetivo a

apuração dos fatos e das circunstâncias que envolvem a prática de um crime.

As principais fases do inquérito policial são:

• Instauração: é a fase em que é aberto o inquérito policial, por meio de

portaria ou auto de prisão em flagrante. Nessa fase, a autoridade policial

verifica a existência de indícios de autoria e materialidade da infração

penal e determina as diligências que serão realizadas.

• Investigação: é a fase em que são realizadas as diligências para apurar

os fatos e as circunstâncias do crime. Nessa fase, a autoridade policial

pode realizar interrogatórios, ouvir testemunhas, requisitar perícias e

exames, e tomar outras medidas necessárias para a elucidação do caso.

• Conclusão: é a fase em que o inquérito policial é concluído, e a

autoridade policial decide se há indícios suficientes de autoria e

materialidade da infração penal. Nessa fase, a autoridade policial pode

propor o arquivamento do inquérito ou encaminhá-lo ao Ministério

Público para ajuizamento da ação penal.

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3. Garantias aos Investigados

A Lei nº 12.830/2013 estabelece diversas garantias aos investigados durante o

inquérito policial. Algumas dessas garantias são:

• Direito ao advogado: o investigado tem o direito de ser assistido por um

advogado durante todo o inquérito policial. Caso não possua recursos

para contratar um advogado, poderá ser assistido pela Defensoria

Pública.

• Direito ao silêncio: o investigado não é obrigado a produzir provas contra

si mesmo, e tem o direito de permanecer em silêncio durante o

interrogatório.

• Direito à ampla defesa: o investigado tem o direito de apresentar defesa

durante o inquérito policial, por meio de seu advogado ou por ele próprio, e

apresentar provas em seu favor.

• Direito ao acesso aos autos: o investigado tem o direito de ter acesso

aos autos do inquérito policial, para acompanhar o andamento das

investigações e preparar sua defesa.

• Direito à preservação da imagem e da honra: a Lei nº 12.830/2013

estabelece que a autoridade policial deve preservar a imagem e a honra

do investigado durante o inquérito policial, evitando a exposição

desnecessária do investigado.

4. Exemplo de Inquérito Policial

Um exemplo prático de inquérito policial seria o caso de um furto

ocorrido em uma loja de departamento. Após o registro do boletim de

ocorrência, a autoridade policial responsável pelo caso instaura o

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inquérito policial, reunindo todas as informações e evidências

disponíveis para apurar a autoria e a materialidade do crime.

Na fase de investigação, a autoridade policial pode realizar

interrogatórios com as testemunhas e com o suspeito, requisitar perícias

e exames, e analisar as imagens de segurança da loja. Com base nas

informações coletadas, a autoridade policial conclui o inquérito policial e

decide se há indícios suficientes de autoria e materialidade do crime.

Caso haja indícios suficientes, o inquérito policial é encaminhado ao

Ministério Público, que decide se irá ajuizar a ação penal. Nessa fase, o

suspeito tem o direito de apresentar sua defesa por meio de seu

advogado, ter acesso aos autos do inquérito policial e apresentar provas

em seu favor, garantindo seus direitos constitucionais durante todo o

processo.

TÓPICO 3 - PRISÃO EM FLAGRANTE

1. Prisão em flagrante - conceito

A prisão em flagrante é uma medida de cautela que permite a detenção

imediata do autor de um crime que está sendo cometido ou acabou de ser

cometido, ou ainda, quando há indícios suficientes de autoria e materialidade

do crime. O artigo 301 do Código de Processo Penal (CPP) define a prisão em

flagrante da seguinte forma:

"Art. 301. Qualquer do povo poderá e as autoridades policiais e seus agentes

deverão prender quem quer que seja encontrado em flagrante delito."

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2. Requisitos da prisão em flagrante

Para que ocorra a prisão em flagrante, devem ser observados os seguintes

requisitos:

• A prática de um crime deve estar ocorrendo, ter acabado de ocorrer ou

ter indícios suficientes de sua autoria e materialidade;

• A prisão deve ser realizada imediatamente após a prática do crime ou a

identificação da autoria do mesmo;

• A prisão deve ser realizada por qualquer pessoa do povo ou por

autoridades policiais e seus agentes;

• A prisão deve ser comunicada imediatamente ao juiz competente e ao

Ministério Público.

3. Exemplo de prisão em flagrante

Um exemplo prático de prisão em flagrante seria o caso de um roubo a mão

armada em uma loja de conveniência. Quando a polícia é acionada, chega ao

local e encontra o suspeito ainda dentro da loja, com uma arma e com dinheiro

do caixa em sua posse. Nesse caso, há a presença dos requisitos da prisão em

flagrante, pois o crime acabou de ocorrer, há indícios suficientes de autoria e

materialidade, a prisão foi realizada imediatamente e comunicada às

autoridades competentes.

O suspeito é conduzido à delegacia para prestar depoimento e terá seus

direitos assegurados, como o direito à presença de um advogado, o direito de

permanecer calado e o direito de ser informado dos motivos da prisão. A partir

daí, o juiz competente irá avaliar os elementos do flagrante para decidir se

manterá a prisão ou se concederá a liberdade provisória ao acusado.

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TÓPICO 4 - PRISÃO EM FLAGRANTE

1. Prisão preventiva - conceito

A prisão preventiva é uma medida cautelar que tem como objetivo

garantir a ordem pública, a instrução criminal e a aplicação da lei penal.

Ela consiste na prisão provisória do acusado, antes do julgamento, e

deve ser decretada pelo juiz quando presentes os requisitos legais. O

artigo 312 do Código de Processo Penal (CPP) define a prisão

preventiva da seguinte forma:

"Art. 312. A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da

ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução

criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver

prova da existência do crime e indício suficiente de autoria."

2. Requisitos da prisão preventiva

Para que ocorra a prisão preventiva, devem ser observados os

seguintes requisitos:

• Prova da existência do crime;

• Indício suficiente de autoria;

• Conveniência da instrução criminal;

• Garantia da ordem pública;

• Garantia da ordem econômica;

• Assegurar a aplicação da lei penal.

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Além disso, a prisão preventiva deve ser necessária e proporcional, ou

seja, não pode ser decretada de forma arbitrária ou desnecessária,

devendo ser a última opção a ser adotada pelo juiz.

3. Exemplo de prisão preventiva

Um exemplo prático de prisão preventiva seria o caso de um suspeito de

homicídio que tem antecedentes criminais e é considerado um indivíduo

perigoso. Após a realização de investigações pela polícia, é possível

encontrar indícios suficientes de autoria e prova da existência do crime,

além de haver risco de fuga do acusado ou risco à ordem pública caso

ele seja liberado. Nesse caso, o Ministério Público pode requerer a

prisão preventiva do acusado e o juiz pode decretá-la, visando garantir a

ordem pública e a aplicação da lei penal.

O acusado será conduzido ao sistema prisional, onde permanecerá até

o julgamento, salvo se conseguir a liberdade provisória mediante

pagamento de fiança ou outra medida alternativa, que deve ser

devidamente justificada pelo juiz. A prisão preventiva, no entanto, não

significa que o acusado é considerado culpado antes do julgamento,

mas sim uma medida cautelar para garantir a efetividade do processo

penal.

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APOSTILA PREPARATÓRIA PARA SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - PMERJ

TÓPICO 5 - LIBERDADE PROVISÓRIA

1. Liberdade Provisória - conceito

A liberdade provisória é uma medida processual prevista no artigo 310

do Código de Processo Penal (CPP) que permite ao acusado responder

ao processo em liberdade, desde que sejam cumpridas determinadas

condições impostas pelo juiz. Essa medida pode ser concedida em

diferentes fases do processo penal, a depender das circunstâncias.

2. Tipos de liberdade provisória

Existem dois tipos de liberdade provisória: simples e com fiança.

• Liberdade provisória simples: é concedida pelo juiz quando não há

necessidade de impor qualquer medida cautelar ao acusado. Nesse

caso, o acusado responde ao processo em liberdade, sem ter que

cumprir quaisquer condições.

• Liberdade provisória com fiança: é concedida pelo juiz quando há a

necessidade de impor medidas cautelares ao acusado, que serão

fixadas em conjunto com o pagamento de uma quantia em dinheiro ou

outro bem que possa ser convertido em dinheiro. O objetivo da fiança é

garantir a presença do acusado no processo penal e o pagamento de

eventuais multas ou indenizações.

3. Requisitos para a concessão da liberdade provisória

Para que seja concedida a liberdade provisória, devem ser observados

os seguintes requisitos:

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• Ausência de hipótese de prisão preventiva;

• Não estar o acusado em flagrante delito;

• Não ter sido decretada a prisão preventiva;

• Não haver motivos para a sua decretação;

• Não ser o caso de prisão temporária.

Além disso, o juiz deve avaliar as condições pessoais do acusado, tais

como antecedentes criminais, residência fixa, emprego, grau de

instrução, entre outras.

4. Exemplo de liberdade provisória

Um exemplo prático de liberdade provisória com fiança seria o caso de

um suspeito de roubo que foi preso em flagrante pela polícia e teve a

prisão preventiva decretada pelo juiz, tendo em vista a gravidade do

crime e a periculosidade do acusado. Após alguns dias de prisão, o

advogado do acusado impetra um pedido de liberdade provisória com

fiança, alegando que o acusado tem residência fixa, emprego e bons

antecedentes criminais, e que está disposto a colaborar com o processo

penal.

O juiz avalia os requisitos para a concessão da liberdade provisória e as

condições pessoais do acusado e decide conceder a liberdade

provisória mediante o pagamento de uma quantia em dinheiro como

fiança, além de outras medidas cautelares, tais como comparecimento

periódico em juízo e proibição de se ausentar da cidade sem autorização

judicial. O acusado, então, é liberado da prisão e passa a responder ao

195
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processo em liberdade, devendo cumprir as condições impostas pelo

juiz.

TÓPICO 6 - HABEAS CORPUS

1. Habeas Corpus - conceito

Habeas Corpus é um remédio constitucional previsto no artigo 5º, inciso

LXVIII, da Constituição Federal, e no artigo 647 do Código de Processo

Penal (CPP), que tem por objetivo garantir o direito à liberdade de

locomoção. O habeas corpus é uma ação judicial que pode ser

impetrada por qualquer pessoa, seja ela vítima, acusado ou terceiro

interessado, com o objetivo de proteger a liberdade de alguém que está

sendo injustamente privado dela.

2. Situações em que é cabível o Habeas Corpus

O habeas corpus é cabível em diversas situações, tais como:

• Prisão ilegal ou arbitrária;

• Excesso de prazo na prisão preventiva ou na conclusão do processo;

• Constrangimento ilegal;

• Ameaça ou violação à liberdade de locomoção;

• Ameaça à integridade física do preso;

• Nulidade processual que afete a liberdade do acusado.

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3. Procedimento para impetração do Habeas Corpus

O procedimento para impetração do habeas corpus é relativamente

simples, podendo ser feito por qualquer pessoa ou seu representante

legal. O habeas corpus pode ser impetrado diretamente no tribunal

competente ou na primeira instância, e deve ser acompanhado de

documentação que comprove a situação que gerou a privação da

liberdade.

4. Exemplo de Habeas Corpus

Um exemplo prático de habeas corpus seria o caso de uma pessoa que

foi presa sem motivo aparente pela polícia e teve sua liberdade de

locomoção cerceada. Nessa situação, o advogado do preso poderia

impetrar um habeas corpus alegando que a prisão foi ilegal e que o

acusado não cometeu nenhum crime.

O juiz avalia o pedido de habeas corpus e determina a realização de

uma audiência de custódia, em que será avaliada a legalidade da prisão

e a necessidade de manter o acusado preso. Se ficar comprovado que a

prisão foi ilegal, o juiz pode determinar a soltura imediata do acusado.

Caso contrário, o juiz pode manter o acusado preso ou determinar a

prisão preventiva, desde que haja fundamentos legais para isso.

Cabe destacar que o habeas corpus é um instrumento importante para a

garantia da liberdade de locomoção e deve ser utilizado sempre que

houver uma privação de liberdade injusta ou ilegal.

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TÓPICO 7 - TRIBUNAL DO JÚRI

1. Tribunal do Júri - conceito

O Tribunal do Júri é um órgão do Poder Judiciário brasileiro responsável

pelo julgamento de crimes dolosos contra a vida, ou seja, aqueles em

que há a intenção de matar. O júri é formado por um juiz de direito, que

é o presidente, e um grupo de cidadãos, denominados jurados, que são

sorteados dentre os eleitores da região onde ocorreu o crime.

2. Funcionamento do Tribunal do Júri

O processo no Tribunal do Júri tem uma dinâmica diferente do processo

comum. Nele, o Ministério Público é o responsável por acusar o réu, e a

defesa tem a oportunidade de apresentar seus argumentos e provas em

defesa do acusado. Os jurados, por sua vez, são os responsáveis por

decidir se o réu é culpado ou inocente, baseando-se nas provas e nos

argumentos apresentados durante o julgamento.

Ao final do julgamento, os jurados votam em cédulas, em uma sala

secreta, e o resultado é levado ao juiz-presidente, que proclama a

sentença. Caso o réu seja condenado, a pena é definida pelo próprio

juiz, que leva em conta a gravidade do crime e as circunstâncias em que

ele foi cometido.

3. Lei nº 11.689/2008

A Lei nº 11.689/2008 trouxe algumas alterações importantes no

processo do Tribunal do Júri, como a ampliação do rol de crimes que

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podem ser julgados pelo júri, a possibilidade de realização do

julgamento com apenas cinco jurados e a dispensa de testemunhas que

já tenham prestado depoimento anteriormente em juízo.

4. Exemplo de caso julgado pelo Tribunal do Júri

Um exemplo de caso julgado pelo Tribunal do Júri seria o de um

acusado de ter assassinado sua ex-companheira por ciúmes. Durante o

julgamento, o Ministério Público apresenta provas de que o réu foi o

responsável pelo crime, como depoimentos de testemunhas e provas

periciais.

A defesa, por sua vez, apresenta argumentos de que o acusado agiu

sob forte emoção e que não teve a intenção de matar a vítima. Os

jurados, então, analisam as provas apresentadas pelas partes e

decidem, por maioria de votos, se o réu é culpado ou inocente.

Caso o réu seja condenado, o juiz-presidente determina a pena a ser

cumprida, levando em conta a gravidade do crime e as circunstâncias

em que ele foi cometido. Já se o réu for absolvido, ele é imediatamente

libertado e não poderá ser julgado novamente pelo mesmo fato.

199
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TÓPICO 8 - AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO

1. Audiência de Instrução e Julgamento - conceito

A audiência de instrução e julgamento é uma das fases do processo

penal e tem como objetivo a produção de provas que irão esclarecer os

fatos do processo. Nessa audiência, são ouvidas as testemunhas de

acusação e defesa, bem como o réu e as partes envolvidas no processo.

2. Funcionamento da Audiência de Instrução e Julgamento

Durante a audiência de instrução e julgamento, o juiz-presidente é o

responsável por conduzir o processo e garantir que todas as provas

sejam produzidas de forma justa e imparcial. As partes envolvidas no

processo, como o Ministério Público e a defesa, apresentam suas

testemunhas e fazem perguntas para elas, buscando esclarecer os fatos

do processo.

O réu também é ouvido, tendo a oportunidade de apresentar sua versão

dos fatos e responder a perguntas da acusação e da defesa. É

importante destacar que o réu tem o direito de permanecer em silêncio,

sem que isso possa ser interpretado como confissão.

Ao final da audiência de instrução e julgamento, as partes apresentam

suas alegações finais, onde resumem os fatos e provas do processo e

apresentam seus argumentos de defesa ou acusação. O juiz-presidente,

então, analisa todas as provas e argumentos apresentados e proferi a

sentença, absolvendo ou condenando o réu.

200
APOSTILA PREPARATÓRIA PARA SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - PMERJ

3. Art. 400 do CPP

O artigo 400 do CPP estabelece que, na audiência de instrução e

julgamento, o juiz deverá, em primeiro lugar, tentar conciliar as partes.

Caso a conciliação não seja possível, serão ouvidas as testemunhas de

acusação e defesa, bem como o réu e as partes envolvidas no processo.

O juiz também pode determinar a realização de perícias ou outras

diligências que considerar necessárias para o esclarecimento dos fatos.

Ao final da audiência, o juiz dá a palavra às partes para que apresentem

suas alegações finais, e em seguida, proferi a sentença.

4. Exemplo de audiência de instrução e julgamento

Um exemplo de audiência de instrução e julgamento seria o de um

processo criminal em que um indivíduo é acusado de roubo. Durante a

audiência, o Ministério Público apresenta suas testemunhas, como a

vítima e possíveis testemunhas oculares, para relatarem o ocorrido.

A defesa, por sua vez, apresenta suas testemunhas para contestar os

fatos apresentados pelo Ministério Público. O réu é ouvido, tendo a

oportunidade de apresentar sua versão dos fatos e responder a

perguntas da acusação e da defesa.

Caso seja necessário, o juiz pode determinar a realização de perícias ou

outras diligências para esclarecer os fatos. Ao final da audiência, as

partes apresentam suas alegações finais e o juiz proferi a sentença,

absolvendo ou condenando o réu.

201
APOSTILA PREPARATÓRIA PARA SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - PMERJ

TÓPICO 10 - SENTENÇA

A sentença é o ato final do processo penal, onde o juiz decide se o

acusado é culpado ou inocente e aplica a pena correspondente ou

absolve o réu. A sentença pode ser condenatória ou absolutória.

A sentença condenatória é aquela em que o juiz considera que o

acusado é culpado do crime que lhe foi imputado. Nessa sentença, o juiz

determina a pena que o réu deverá cumprir, levando em consideração

os aspectos previstos em lei, como a natureza e a gravidade do crime,

as circunstâncias em que foi praticado e a personalidade do condenado.

Já a sentença absolutória é aquela em que o juiz considera que não há

provas suficientes para condenar o réu, ou que este não praticou o

crime. Nessa sentença, o juiz determina a absolvição do acusado e o

seu imediato restabelecimento da liberdade, caso esteja preso.

É importante destacar que a sentença deve ser bem fundamentada, ou

seja, o juiz deve explicar de forma clara e objetiva os motivos que o

levaram a decidir pela condenação ou absolvição do réu. Além disso, a

sentença deve seguir o devido processo legal e observar os direitos e

garantias fundamentais do acusado.

Exemplo: Após o término da audiência de instrução e julgamento, o juiz

analisou as provas e decidiu que o réu é culpado pelo crime de roubo.

Na sentença condenatória, o juiz determinou que o réu deverá cumprir 5

anos de prisão em regime fechado, levando em consideração a

gravidade do crime e a personalidade do acusado. A sentença foi

fundamentada e respeitou os direitos e garantias fundamentais do réu.

202
APOSTILA PREPARATÓRIA PARA SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - PMERJ

TÓPICO 11 - RESUMÃO DIREITOS PROCESSUAL CIVIL

EXEMPLOS PRÁTICOS

Para que os conceitos e dispositivos legais fiquem mais claros, apresentamos a seguir

alguns exemplos práticos:

• Um indivíduo é preso em flagrante após ser flagrado roubando uma loja. Ele é

levado para a delegacia e, após a realização do inquérito policial, é denunciado

pelo Ministério Público. Durante o processo penal, o juiz decreta a prisão

preventiva do acusado, por entender que ele representa um risco para a ordem

pública.

• Em outro caso, um indivíduo é preso em flagrante por tráfico de drogas. Ele

não possui antecedentes criminais e é réu primário. Durante a audiência de

custódia, o juiz concede a liberdade provisória ao acusado, mediante o

pagamento de fiança.

• Em um terceiro caso, um indivíduo é preso e mantido em custódia por mais de

24 horas sem a decretação da prisão em flagrante. Nesse caso, é possível

impetrar um habeas corpus para garantir a liberdade do acusado.

CONCLUSÃO

Com esta apostila, procuramos apresentar noções de Direito Processual Penal que

podem ser úteis para aqueles que estão se preparando para o concurso da Polícia

Militar do Rio de Janeiro. É importante destacar que o estudo do Direito é fundamental

para o desempenho das atividades policiais, uma vez que os policiais têm a

responsabilidade de zelar pelo cumprimento da lei e pela proteção dos cidadãos.

203
APOSTILA PREPARATÓRIA PARA SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - PMERJ

LEGISLAÇÃO APLICADA À PMERJ

A Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ) é uma das principais


forças de segurança pública do país e tem como principal missão garantir a
segurança e a ordem pública no estado. Para cumprir esse papel, os policiais
militares precisam estar sempre atualizados com a legislação que rege suas
atividades. Neste material, serão abordadas as principais leis que
regulamentam o trabalho da PMERJ.

TÓPICO 1 - CONSTITUIÇÃO FEDERAL

A Constituição Federal é a lei máxima do país e estabelece as bases do

sistema jurídico brasileiro. Ela é fundamental para a organização e

funcionamento da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ),

pois estabelece, entre outras coisas, as competências da União, dos

estados e dos municípios em relação à segurança pública.

A Constituição Federal é composta por diversos artigos que tratam de

temas importantes para a organização do Estado brasileiro. Dentre

esses temas, alguns são particularmente relevantes para a atuação da

PMERJ:

• Segurança pública: A Constituição Federal define a segurança pública

como uma responsabilidade compartilhada entre a União, os estados e

204
APOSTILA PREPARATÓRIA PARA SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - PMERJ

os municípios. Ela estabelece que a segurança pública deve ser

exercida pelas polícias militares e civis e pelos corpos de bombeiros

militares. Além disso, a Constituição também garante o direito à

segurança pública como um direito fundamental do cidadão.

• Competências dos estados: A Constituição Federal estabelece que os

estados têm competência para organizar e manter as polícias militares e

os corpos de bombeiros militares. Além disso, os estados têm

competência para legislar sobre questões relacionadas à segurança

pública, como a organização e o funcionamento das polícias.

• Direitos fundamentais: A Constituição Federal garante uma série de

direitos fundamentais que devem ser respeitados pela PMERJ em suas

atividades. Alguns exemplos desses direitos são: o direito à vida, à

liberdade, à igualdade, à segurança, à privacidade, à intimidade, entre

outros.

• Controle externo: A Constituição Federal estabelece que a segurança

pública deve ser exercida com respeito aos direitos humanos e às

garantias fundamentais. Para garantir que essa exigência seja cumprida,

a Constituição prevê o controle externo das atividades policiais, que

pode ser exercido por órgãos como o Ministério Público e as

corregedorias.

• Estado de defesa e estado de sítio: A Constituição Federal estabelece

que, em caso de grave perturbação da ordem pública ou de ameaça à

democracia, o presidente da República pode decretar o estado de

defesa ou o estado de sítio. Essas medidas excepcionais têm como

objetivo garantir a segurança pública e a estabilidade do Estado.

205
APOSTILA PREPARATÓRIA PARA SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - PMERJ

A Constituição Federal é uma lei extensa e complexa, mas é

fundamental que os policiais militares conheçam bem seus princípios e

disposições para exercerem suas funções de forma adequada e dentro

da legalidade. É importante destacar que a Constituição Federal é uma

lei dinâmica, que pode ser alterada por meio de emendas

constitucionais. Por isso, é importante que os policiais militares estejam

sempre atualizados quanto às mudanças na legislação.

TÓPICO 2 - CÓDIGO PENAL

O Código Penal é uma das leis mais importantes do sistema jurídico

brasileiro e estabelece as penas para diversos tipos de crimes. O

conhecimento do Código Penal é fundamental para a atuação da Polícia

Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ), pois permite que os

policiais identifiquem condutas criminosas e atuem de forma adequada

para prevenir ou reprimir esses crimes.

O Código Penal é composto por diversos artigos que definem as

condutas criminosas e estabelecem as penas correspondentes. Dentre

as condutas criminosas previstas no Código Penal, algumas são

particularmente relevantes para a atuação da PMERJ:

• Homicídio: O homicídio é definido como a conduta de matar alguém.

Existem diversas formas de homicídio previstas no Código Penal, como

206
APOSTILA PREPARATÓRIA PARA SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - PMERJ

o homicídio doloso (quando há a intenção de matar), o homicídio

culposo (quando não há a intenção de matar, mas a conduta do agente

causa a morte da vítima) e o feminicídio (quando o homicídio é praticado

em razão do gênero da vítima).

• Roubo: O roubo é definido como a subtração de coisa alheia móvel

mediante violência ou grave ameaça. Ele é considerado um crime grave

e pode resultar em penas severas. É importante que os policiais

militares saibam identificar as situações de roubo e atuem de forma

adequada para prevenir ou reprimir esses crimes.

• Tráfico de drogas: O tráfico de drogas é um crime previsto no Código

Penal e pode resultar em penas bastante severas. Ele envolve a

produção, o transporte, a venda ou a distribuição de drogas ilícitas. É

importante que os policiais militares estejam preparados para lidar com

situações envolvendo o tráfico de drogas e atuem de forma adequada

para prevenir ou reprimir esses crimes.

• Estupro: O estupro é definido como a conduta de constranger alguém,

mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a

praticar ou permitir que com ela se pratique outro ato libidinoso. É um

crime grave e pode resultar em penas severas.

• Lesão corporal: A lesão corporal é definida como a ofensa à integridade

corporal ou à saúde de alguém. Existem diversas formas de lesão

corporal previstas no Código Penal, como a lesão corporal dolosa

(quando há a intenção de causar a lesão) e a lesão corporal culposa

(quando não há a intenção de causar a lesão, mas a conduta do agente

resulta em lesão).

207
APOSTILA PREPARATÓRIA PARA SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - PMERJ

É importante destacar que a atuação da PMERJ em relação às condutas

criminosas deve ser feita dentro dos limites da lei e com respeito aos

direitos fundamentais dos cidadãos. Além disso, os policiais militares

devem atuar de forma adequada para garantir a segurança pública e a

integridade das pessoas. Para isso, é fundamental que eles conheçam

bem o Código Penal e as demais leis que regulamentam suas

atividades.

TÓPICO 3 - CÓDIGO DE PROCESSO PENAL

O Código de Processo Penal é uma lei que estabelece as regras e os

procedimentos a serem seguidos no âmbito do processo penal. Essas

regras visam garantir que os processos criminais sejam conduzidos de

forma justa e eficiente, com respeito aos direitos fundamentais dos

acusados e das vítimas.

O conhecimento do Código de Processo Penal é fundamental para a

atuação da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ), pois

permite que os policiais atuem de forma adequada no âmbito do

processo penal, seja como testemunhas, vítimas ou agentes da lei.

Algumas das principais regras estabelecidas pelo Código de Processo

Penal incluem:

208
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• Prisão em flagrante: O Código de Processo Penal estabelece as regras

para a prisão em flagrante, que é aquela realizada quando o suspeito é

surpreendido em ato criminoso ou logo após a sua prática. O flagrante

pode ser convertido em prisão preventiva, que é aquela decretada pelo

juiz antes do julgamento do processo.

• Investigação preliminar: Antes do início do processo penal, é realizada

uma investigação preliminar para apurar os fatos e identificar os

suspeitos. Essa investigação pode ser realizada pela Polícia Civil, pela

Polícia Militar ou pelo Ministério Público.

• Audiência de custódia: A audiência de custódia é uma audiência

realizada logo após a prisão em flagrante, na qual o juiz avalia a

legalidade da prisão e a necessidade de mantê-la ou decretar sua

revogação.

• Procedimento do júri: O procedimento do júri é utilizado nos casos de

crimes dolosos contra a vida. Nele, a decisão é tomada por um júri

popular, composto por cidadãos comuns que são selecionados por

sorteio.

• Provas: O Código de Processo Penal estabelece as regras para a

produção de provas no processo penal. As provas podem ser

testemunhais, periciais, documentais, entre outras.

• Sentença: A sentença é a decisão final do processo penal, na qual o juiz

avalia as provas apresentadas e decide se o acusado é culpado ou

inocente. Caso seja considerado culpado, o acusado pode ser

condenado a uma pena privativa de liberdade ou a outra pena prevista

em lei.

209
APOSTILA PREPARATÓRIA PARA SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - PMERJ

É importante destacar que o Código de Processo Penal é uma lei

bastante complexa e que sua aplicação varia de acordo com as

circunstâncias de cada caso. Por isso, é fundamental que os policiais

militares estejam capacitados para atuar adequadamente no âmbito do

processo penal, sempre respeitando os direitos fundamentais dos

envolvidos e as regras estabelecidas pelo Código de Processo Penal.

TÓPICO 4 - LEI DA EXECUÇÃO PENAL

A Lei de Execução Penal é uma lei federal que estabelece as regras e

os procedimentos a serem seguidos no âmbito da execução penal, ou

seja, durante o cumprimento da pena privativa de liberdade ou da

medida de segurança imposta aos condenados. Essas regras visam

garantir que a execução da pena seja realizada de forma justa e

eficiente, com respeito aos direitos fundamentais dos condenados.

O conhecimento da Lei de Execução Penal é fundamental para a

atuação da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ), pois

permite que os policiais atuem de forma adequada no âmbito da

execução penal, seja na escolta de presos, na fiscalização do

cumprimento de penas ou na garantia da segurança nos

estabelecimentos penais.

210
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Algumas das principais regras estabelecidas pela Lei de Execução

Penal incluem:

• Regimes de cumprimento de pena: A Lei de Execução Penal estabelece

os regimes de cumprimento de pena: fechado, semiaberto e aberto. O

regime fechado é destinado aos condenados a penas mais graves,

enquanto os regimes semiaberto e aberto são destinados aos

condenados a penas mais leves e aos que já cumpriram parte da pena

em regime fechado.

• Progressão de regime: A progressão de regime é o processo pelo qual o

condenado pode passar de um regime mais gravoso para um menos

gravoso, desde que cumpra determinados requisitos estabelecidos pela

lei.

• Saída temporária: A saída temporária é a autorização concedida pela

Justiça para que o condenado deixe o estabelecimento penal por um

determinado período, geralmente em datas comemorativas.

• Remição de pena: A remição de pena é a redução da pena do

condenado em função do trabalho realizado durante o cumprimento da

pena.

• Livramento condicional: O livramento condicional é a liberdade

concedida ao condenado que já cumpriu parte da pena e que apresenta

bom comportamento e perspectivas de ressocialização.

• Assistência ao preso: A Lei de Execução Penal estabelece a obrigação

do Estado de prestar assistência material, à saúde, jurídica, educacional,

social e religiosa aos condenados.

211
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• Fiscalização do cumprimento da pena: A fiscalização do cumprimento da

pena é realizada pelo juiz da execução penal, pelo Ministério Público e

pela Polícia Militar, que podem adotar medidas para garantir a

segurança e a ordem nos estabelecimentos penais.

É importante destacar que a Lei de Execução Penal é uma lei bastante

complexa e que sua aplicação varia de acordo com as circunstâncias de

cada caso. Por isso, é fundamental que os policiais militares estejam

capacitados para atuar adequadamente no âmbito da execução penal,

sempre respeitando os direitos fundamentais dos condenados e as

regras estabelecidas pela Lei de Execução Penal.

TÓPICO 5 - LEI DE ABUSO DE AUTORIDADE

A Lei de Abuso de Autoridade é uma lei federal que estabelece as condutas

que configuram abuso de autoridade por parte de agentes públicos, incluindo

policiais militares, e as punições aplicáveis a essas condutas. O objetivo da lei

é coibir excessos por parte dos agentes públicos e garantir o respeito aos

direitos fundamentais dos cidadãos.

Algumas das condutas consideradas abuso de autoridade pela lei incluem:

• Ordenar ou executar a prisão fora das hipóteses legais;

• Submeter o preso a interrogatório ou procedimento sem que esteja

assistido por advogado;

212
APOSTILA PREPARATÓRIA PARA SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - PMERJ

• Constranger o preso ou o detento, mediante violência, grave ameaça ou

redução de sua capacidade de resistência;

• Deixar de comunicar a prisão em flagrante ao Ministério Público;

• Realizar busca pessoal ou domiciliar de forma vexatória;

• Deixar de conceder liberdade provisória quando a lei permitir;

• Recusar-se a fornecer informações sobre a prisão, o andamento do

processo ou a identidade do preso;

• Deixar de tomar providências para garantir a integridade física e moral

do preso ou do detento.

As punições previstas pela Lei de Abuso de Autoridade incluem advertência,

multa, perda do cargo, suspensão e até mesmo prisão. Além disso, a lei

estabelece que as vítimas do abuso de autoridade têm o direito de serem

indenizadas pelos danos morais e materiais que sofreram.

É importante destacar que a Lei de Abuso de Autoridade não busca impedir

que os policiais militares exerçam sua atividade com eficiência e eficácia, mas

sim garantir que essa atividade seja realizada dentro dos limites legais e com

respeito aos direitos fundamentais dos cidadãos. Por isso, é fundamental que

os policiais militares conheçam a Lei de Abuso de Autoridade e atuem sempre

com ética e responsabilidade, evitando condutas que possam configurar abuso

de autoridade.

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TÓPICO 6 - ESTATUTO DOS MILITARES

O Estatuto dos Militares é uma lei federal que estabelece as normas gerais

para a organização, o funcionamento e a conduta dos militares das Forças

Armadas e das forças auxiliares, incluindo a Polícia Militar. O objetivo da lei é

garantir a disciplina, a hierarquia e a eficiência das instituições militares, bem

como regular as relações entre os militares e o Estado.

Algumas das principais normas estabelecidas pelo Estatuto dos Militares

incluem:

• A hierarquia e a disciplina são a base institucional das instituições

militares e devem ser mantidas em todas as circunstâncias;

• O militar deve obedecer às ordens superiores, salvo se forem

manifestamente ilegais;

• O militar não pode se manifestar publicamente sobre assuntos políticos

ou partidários;

• O militar não pode participar de atividades sindicais ou greves;

• O militar deve respeitar os direitos fundamentais dos cidadãos, tais

como o direito à vida, à integridade física e moral, à liberdade de

expressão e à privacidade.

O Estatuto dos Militares prevê diversas punições para as condutas

consideradas transgressões disciplinares, que podem ser aplicadas de forma

gradativa, dependendo da gravidade da infração. Algumas das punições

previstas incluem advertência, repreensão, detenção, exclusão do serviço

militar e perda da patente.

214
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Para exemplificar a aplicação do Estatuto dos Militares na atividade policial,

podemos citar a importância da hierarquia e da disciplina para a efetividade das

operações policiais. Os policiais militares devem obedecer às ordens

superiores e manter a hierarquia mesmo em situações de grande pressão,

como em operações de grande risco. Além disso, a proibição de manifestações

públicas sobre assuntos políticos ou partidários visa garantir a imparcialidade e

a neutralidade da Polícia Militar em relação aos interesses políticos.

CONCLUSÃO

A legislação aplicada à PMERJ é bastante extensa e complexa, mas é

fundamental que os policiais militares conheçam bem as leis que

regulamentam suas atividades para exercerem suas funções de forma

adequada e dentro da legalidade. Além das leis mencionadas acima, existem

outras normas que são importantes para o trabalho da PMERJ, como a Lei de

Segurança Nacional, o Código de Trânsito Brasileiro, a Lei Maria da Penha,

entre outras.

É importante destacar que o conhecimento da legislação não é suficiente para

garantir uma atuação adequada da polícia militar. É preciso que os policiais

militares também tenham uma formação adequada, treinamento constante e

atuem com respeito aos direitos humanos e à dignidade das pessoas. A polícia

militar tem o papel de proteger a sociedade, mas essa proteção deve ser feita

dentro dos limites da lei e com respeito aos direitos fundamentais dos

cidadãos.

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QUESTÕES esperança”. (SÁBATO, Ernesto. Lo mejor


de Ernesto Sábato. Editora Seix Barral:
Língua Portuguesa Barcelona, 2011)
(A) Sujeito composto, objeto direto,
Questão 1- Após leitura atenta do trecho: conjunção coordenativa explicativa, objeto
“Depois chegou a idade em que subir para direto.
a casa de campo com os pais começou a (B) Sujeito simples, predicativo do sujeito,
ser um esforço, um sofrimento, pois era conjunção coordenativa adversativa, núcleo
impossível deixar a turma aqui na praia do sujeito.
e os primeiros namorados.”, assinale a (C) Sujeito simples, objeto direto,
alternativa que justifica o devido emprego conjunção subordinativa condicional, objeto
de vírgula no fragmento destacado: indireto.
(D) Sujeito composto, predicativo do
(A) utiliza-se facultativamente a vírgula sujeito, conjunção coordenativa conclusiva,
antes da conjunção ‘pois’ por ter valor predicativo do sujeito.
explicativo. (E) Sujeito simples, predicativo do objeto,
(B) utiliza-se facultativamente a vírgula conjunção coordenativa condicional, núcleo
antes da conjunção ‘pois’ por ter valor do sujeito.
conclusivo.
(C) utiliza-se a vírgula antes da conjunção Questão 5 - Semântica é o estudo dos
‘pois’ por ter valor explicativo, mas falta significados das palavras, das frases, dos
empregar uma outra vírgula após a sinais, dos símbolos e das relações entre
conjunção. estes significados. Sobre semântica,
(D) utiliza-se a vírgula facultativamente assinale a alternativa em que tanto as
antes ou depois da conjunção ‘pois’ por ter informações quanto os exemplos
valor conclusivo. apresentados estão corretos e condizentes
(E) utiliza-se vírgula obrigatoriamente antes entre si:
da conjunção ‘pois’ por ter valor explicativo. (A) polissemia é a relação entre duas ou
mais palavras cujos sons são similares. Por
exemplo: insolente e indolente.
Questão 2 - Assinale a alternativa (B) antonímia é a relação entre duas ou
contendo vocábulos acentuados pela mais palavras cujos significados são
mesma regra: semelhantes. Por exemplo: altivo e nefasto
(A) exílio/ divórcio/ gírias. (C) homonímia é a relação entre duas ou
(B) pôsteres/ exílio/ país. mais palavras cujos significados possuem
(C) órfãos/ há/ princípio. estruturas fonológicas semelhantes. Por
(D) mênstruo/ pôsteres/ há. exemplo: malvado e terrível.
(E) exílio/ país/ órfãos. (D) sinonímia é a relação entre duas ou
mais palavras cujos significados são iguais
Questão 3 - Em ”Um dia se assentam ou semelhantes. Por exemplo: diligente e
perto de você no terraço e dizem uma frase célere.
de tal maturidade que você sente que não (E) paronímia é a relação entre duas ou
pode mais trocar as fraldas daquela mais palavras cujos significados são
criatura.”, o vocábulo destacado é formado similares ou idênticos, mas com diferentes
por qual processo formador de palavras? estruturas fonológicas. Por exemplo:
(A) Derivação sufixal manga (de camisa) e manga (fruta).
(B) Derivação prefixal
(C) Derivação prefixal e sufixal Questão 6 - O Texto 1 é literário; e o
(D) Composição por aglutinação Texto 2 é não literário, este é um
(E) Composição por justaposição verbete, aquele, uma canção. Como
mecanismo de coesão textual, o emprego
Questão 4 - Assinale a alternativa que de pronomes demonstrativos indica que:
indica corretamente as funções sintáticas (A) o pronome “este”, de segunda pessoa,
dos termos sublinhados das frases a faz menção ao Texto 1, mais próximo.
seguir: “Creio que a verdade é perfeita para (B) o pronome “aquele”, de primeira
a matemática, a química, a filosofia, mas pessoa, faz referência ao Texto 1, mais
não para a vida. Na vida contam mais a próximo.
ilusão, a imaginação, o desejo, a © o pronome “este”, de primeira pessoa,
faz menção ao Texto 2, mais próximo.

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(D) os pronomes “este” e “aquele”, de (A) “Te amei mais que a mim, bem mais
primeira pessoa e de segunda pessoa, que a mim.”
respectivamente, fazem menção aos (B) “Deixe-me sozinho porque assim eu
Textos 1 e 2 nessa mesma ordem. viverei em paz.”
(E) os pronomes “aquele” e “esse”, de (C) “Me liga, me manda um telegrama.”
terceira pessoa e de segunda pessoa, (D) “Molha eu, seca eu, deixa que eu seja o
respectivamente, fazem menção aos céu.”
Textos 1 e 2 nessa mesma ordem. (E) “Aonde está você? Me chama, me
chama, me chama.”
Questão 7 - O Texto 1 é literário; e o
Texto 2 é não literário, este é um Questão 11 - Assinale a alternativa em que
verbete, aquele, uma canção. os vocábulos sejam acentuados pelas
Assinale a alternativa que descreve o mesmas regras presentes em,
emprego da vírgula no fragmento a seguir: respectivamente, “você”, “súbita” e
“... aquele, uma canção.” “desperdício”:
(A) a vírgula é facultativa porque separa o (A) café, rápido, índio.
pronome do verbo ‘é’, que está oculto no (B) tô, vêm, lá.
trecho. (C) língua, está, convém.
(B) a vírgula está incorreta porque separa o (D) açúcar, tórax, cajú.
pronome do verbo ‘é’, que está oculto no (E) álbum, tá, tênis.
trecho.
(C) a vírgula está correta porque separa o Questão 12 - Assinale a alternativa que
pronome do verbo ‘é’, que está oculto no descreve o uso de vírgula em “Pode tentar,
trecho. mas acho meio difícil”:
(D) a vírgula é facultativa, pois o pronome (A) o uso está correto porque a conjunção
demonstrativo de terceira pessoa não é mas se associa à virgulação ao expressar
termo que exija virgulação em norma- explicação.
padrão. (B) o uso é facultativo porque a conjunção
(E) a vírgula está correta porque representa mas pode ou não ser antecedida de
a omissão do emprego do verbo ‘é’ por vírgula.
meio de uma figura de linguagem. (C) o uso está correto, pois a conjunção
mas (tendo valor adversativo no contexto
Questão 8 - Após leitura do exemplo: exposto) exige virgulação anteposta.
“Partilhar é dividir em muitas partes.”, (D) o uso está incorreto, pois a conjunção
marque a resposta adequada no que se mas (tendo valor aditivo no contexto
refere à classificação do verbo destacado: exposto) exige virgulação anteposta e
(A) verbo transitivo direto. posposta.
(B) verbo transitivo indireto. (E) o uso está incorreto, pois a conjunção
(C) verbo transitivo direto e indireto. mas (tendo valor conclusivo no contexto
(D) verbo de ligação. exposto) exige virgulação posposta.
(E) verbo transitivo indireto e direto.
Questão 13 - A partir do trecho: “aspirar ao
Questão 9 - No verso “Se for preciso, eu amor do outro só depois de se amar
pego um barco, eu remo”, o conectivo antes.”, assinale a troca do complemento
destacado representa valor semântico de: destacado que resultaria em uso correto de
(A) condição. acento grave indicativo de crase:
(B) concessão. (A) “a qualquer emoção”
(C) adversidade. (B) “a tudo”
(D) causa. (C) “a emoção”
(E) consequência. (D) “a emoções”
(E) “a dores”
Questão 10 - Tratando-se de uma canção,
o gênero textual exibe desvios quanto ao Questão 14 - “Só precisa de cuidado e
emprego de língua portuguesa no tocante à paciência”, o verbo destacado é
norma-padrão, por exemplo, em: “Por classificado segundo os estudos de
favor, me dá uma chance de viver”, regência verbal como:
assinale a alternativa correta quanto ao (A) intransitivo.
emprego de pronome: (B) transitivo direto e indireto.
(C) transitivo direto.

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(D) transitivo indireto. (A) real.


(E) verbo de ligação. (B) denotativo.
(C) real e conotativo.
Questão 15 - Assinale a alternativa que (D) figurativo.
represente utilização do verbo haver em (E) formal.
norma-padrão sobre teoria de concordância
verbal: Questão 19 - A inversão das palavras
(A) Haviam promessas que não foram destacadas implica também mudança de
cumpridas. classe gramatical em:
(B) Devem haver o compromisso de I- o mais tranquilo sorriso/ o sorriso mais
fidelidade e de lealdade um para com o tranquilo
outro no par. II- impossíveis tradutores de sonho/
(C) Hás tristezas a superar após o término. tradutores de sonhos impossíveis
(D) Deve haver concessões entre os III- Os autores africanos/ Os africanos
participantes de uma relação autores.
(E) Houveram sentimentos complexos e Está correta a alternativa:
ambíguos entre os casais. (A) I, II e III.
(B) II e III.
Questão 16 - A forma destacada em: “Há (C) somente em I.
uma piadinha sendo compartilhada na (D) somente em II.
internet que resume bem o conceito de (E) somente em III.
empatia e reciprocidade no
relacionamento.” classifica-se Questão 20 - “Os autores africanos que
morfologicamente como: não escrevem em inglês (e em especial os
(A) um verbo com valor negativo, que escrevem em língua portuguesa)
depreciativo. moram na periferia da periferia, lá onde a
(B) um substantivo com valor aumentativo. palavra tem de lutar para não ser silêncio.”
(C) um substantivo com valor diminutivo Os parênteses foram usados para:
indicando afetividade. (A) a retificação de uma ambiguidade.
(D) uma conjunção com semântica de (B) a explicação de um termo anterior.
deboche, sarcasmo e ironia. (C) a particularização de um significado
(E) um advérbio expressando circunstância (D) a inclusão de uma ideia não explícita.
de dúvida, incerteza, hipótese. (E) a ratificação de uma ideia anterior.

Questão 17 - Leia atentamente o trecho a Questão 21 - “Num congresso que celebra


seguir: “esse termo vem se popularizando. o valor da palavra, o tema da minha
Ele é recorrente também em textos e intervenção é o modo como critérios hoje
vídeos e está relacionado ao modo como dominantes desvalorizam palavra e
nossas palavras, ações e omissões afetam pensamento em nome do lucro fácil
as pessoas.” e assinale a alternativa que imediato.” A concordância está correta em:
apresente substituta para o vocábulo (A) palavra e pensamento desvalorizadas.
destacado sem prejudicar o entendimento (B) palavra e pensamento desvalorizados.
do texto: (C) palavra e pensamento desvalorizada.
(A) habitual. (D) pensamento e palavra desvalorizado.
(B) inusual. (E) desvalorizado palavra e pensamento.
(C) esporádico.
(D) parco. Questão 22 - “(...) não existem nas línguas
(E) excepcional. europeias expressões que traduzam
valores e categorias das culturas
Questão 18 - “Essa é uma situação de moçambicanas” Só é correto afirmar que:
colapso da responsabilidade afetiva, a de (A) “expressões” é objeto direto.
se colocar em um número maior de (B) “que”é sujeito.
relações do que você pode conduzir. (C) “nas línguas europeias” é adjunto
Inevitavelmente, alguém vai se machucar adnominal.
nessa história”, (D) “das culturas moçambicanas” é objeto
No trecho destacado da fala de Christian indireto.
Dunker “... Inevitavelmente, alguém vai (E) “valores e categorias” é sujeito.
se machucar nessa história”, expressa-
se uso de linguagem em sentido:

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Questão 23 - “Muitas vezes não há processos sintáticos universais: a


palavras nas línguas locais para exprimir coordenação e a subordinação.
esses conceitos.” Em relação ao verbo Analise as quatro orações:
destacado é correto afirmar que: (1) O Brasil é um país de grandes riquezas,
(A) é pessoal e transitivo direto. mas o padrão de vida de seu povo é um
(B) é impessoal e transitivo direto. dos mais baixos do mundo.
(C) é impessoal e intransitivo. (2) Embora o Brasil seja um país de
(D) é pessoal e intransitivo. grandes riquezas, o padrão de vida de seu
(E) é pessoal e transitivo indireto. povo é um dos mais baixos do mundo.
(3) O São Francisco é o rio da unidade
Questão 24 - “Uma língua que não exista. nacional; ele banha vários estados do
Que eu preciso tanto de não compreender Brasil e depois deságua no Atlântico.
nada!” A função sintática do termo (4)O São Francisco, que é o rio da unidade
destacado se repete em: nacional, banha vários estados do Brasil e
(A) “uma mulher, em fase terminal de depois deságua no Atlântico.
doença, pede ao marido que lhe conte uma A alternativa que define a sequência
história...” correta é:
(B) “Eu quero que me fale numa língua (A) (1) coordenação. (2) coordenação. (3)
desconhecida.” coordenação. (4) subordinação
(C) “Na nossa infância, todos nós (B) (1) subordinação. (2) subordinação. (3)
experimentamos este primeiro idioma,...” coordenação. (4) subordinação.
(D) “Existe algo que escapa à norma e aos (C) (1) coordenação. (2) subordinação. (3)
códigos.” subordinação. (4) subordinação.
(E) “... todos nós somos impossíveis (D) (1) coordenação. (2) subordinação. (3)
tradutores de sonhos.” coordenação. (4) subordinação.
(E) (1) coordenação. (2) subordinação. (3)
Questão 25 - Os sinais de pontuação coordenação. (4) coordenação.
representam os recursos atribuídos à
escrita. Dentre suas muitas finalidades, Questão 27 - São várias as funções que as
está a de reproduzir pausas e entonações orações subordinadas exercem em outra.
da fala. As três famílias de orações subordinadas
A vírgula tem as seguintes finalidades: são:
(1) Separar termos que possuem a mesma (A) substantivas; adjetivas; e adverbiais.
função sintática na oração. (B) monocromáticas; adjetivas; e
(2) Isolar o vocativo. adverbiais.
(3) Isolar o aposto. (C) substantivas; musicais; e adverbiais.
(4) Isolar termos antecipados, como (D) substantivas; adjetivas; e recíprocas.
complemento ou adjunto. (E) recíprocas; musicais; e adverbiais.
Analise as frases:
( ) Então, minha cara, não há mais o que se Questão 28 - A linguagem ideal seria
dizer! aquela em que cada palavra (significante)
( ) O menino berrou, chorou, esperneou e, designasse ou apontasse apenas uma
enfim, dormiu. coisa, correspondesse a uma só ideia ou
( ) Uma vontade indescritível de beber conceito, tivesse um só sentido
água, eu senti quando olhei para aquele (significado). Como isso não ocorre em
copo suado! nenhuma língua conhecida, as palavras
( ) O João, ex-integrante da comissão, veio são, por natureza, enganosas, porque são:
assistir à reunião. (A) hiperativas.
A alternativa que apresenta a sequência (B) polissêmicas.
correta é: (C) monossilábicas.
(A) (1) (2) (3) (4). (D) ácidas.
(B) (2) (4) (3) (1). (E) biunívocas.
(C) (4) (1) (3) (2).
(D) (2) (4) (1) (3). Questão 29 - Quanto à colocação da
(E) (2) (1) (4) (3). vírgula, todas as opções estão corretas,
EXCETO em:
Questão 26 - Num período composto, as (A) vestiu-se, pegou a bolsa marrom, saiu
orações se interligam mediante dois sem fazer barulho.

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(B) Roberto disse que não iria à festa, inquietação dessa pessoa começar a
porém nada posso garantir. aumentar ao ponto de, por exemplo, ela
(C) os valores mais altos da ética, sempre bater a cabeça na parede ou ter a intenção
esbarram na ignorância da truculência. de se machucar, é fundamental levá-la
(D) vendia alegria a todos, porém seu olhar para um pronto-socorro, nem que seja à
revelava a sua verdade íntima. força. Qualquer PS público ou privado está
(E) não, disse o pastor, agora não é hora capacitado para atender uma pessoa
para assuntos pagãos. assim. O Samu também está. Se o surto
acontecer durante uma viagem de avião, os
comissários de bordo estão orientados a
Texto perguntar se existe um médico entre os
para as questões de 30 a 31. passageiros. Os voos internacionais, cujas
O que fazer quando alguém “surta”? viagens são longas, carregam um kit
Para a medicina, surtar é entrar em um médico, que, entre outros remédios, tem
quadro psicótico agudo. Esse quadro aqueles voltados para quadros
antigamente era chamado de loucura, mas psiquiátricos. Geralmente são drogas da
eu não gosto dessa expressão Arthur classe dos calmantes, que vão ajudar a
Guerra - 25 de outubro de 2022 Antes de tranquilizar quem está agitado, permitindo
mais nada, vamos diferenciar o termo que a viagem siga sossegada até o pouso,
médico surto do popular “surto”. Para a quando esse passageiro deverá ser
medicina, surtar é entrar em um quadro encaminhado a um hospital ou médico.
psicótico agudo. Esse quadro antigamente Dr. Arthur Guerra é professor da Faculdade
era chamado de “loucura”, mas eu não de Medicina da USP, da Faculdade de
gosto dessa expressão. Medicina do ABC e cofundador da
O que vamos tratar aqui é do vocábulo Caliandra Saúde Mental. GUERRA, Arthur.
popular, que pode ser aplicado para uma O que fazer quando alguém “surta”?
série de situações, como descontrole Forbes Brasil, 25 de outubro de 2022.
emocional, ataque de pânico, desajuste de Colunas. Disponível em:
comportamento. https://forbes.com.br/forbessaude/2022/10/
Fiquei com vontade de falar sobre isso arthur-guerra-o-que-fazerquando- alguem-
porque recentemente viralizou um vídeo surta/
gravado dentro de um avião em que, por
algum motivo, um passageiro se Questão 30 (1) - De acordo com o texto,
descontrolava, se debatia muito, (A) a palavra surto é utilizada de modo
superagitado, e todos na cabine estavam errado pela população, devendo haver
sem saber o que fazer. Será que é preciso somente o uso médico desse termo.
segurar essa pessoa? Controlá-la? Levá-la (B) as pessoas que manifestam quadros
para o hospital tão logo quando possível? psicóticos agudos são atualmente
O que fazer se alguém perto de nós entrar diagnosticadas como loucas.
em um quadro parecido com o desse (C) aeronaves geralmente têm médicos e
passageiro? Uma curiosidade. Casos como remédios calmantes disponíveis para
o desse homem não são tão raros. Nos eventuais casos de surto dentro do avião.
Estados Unidos, por exemplo, existe uma (D) é preciso atendimento hospitalar
expressão para descrever pessoas que quando a inquietação de um indivíduo
ficam violentas, indisciplinadas e inquietas tende a atos mais violentos contra si
no voo: raiva aérea. Só em 2021, auge da próprio.
pandemia, foram mais de 5.000 casos, (E) a raiva aérea é quase sempre causada
sendo a maioria causados pelo uso de pelo uso de bebida alcoólica misturada com
máscara. Bebida e, especialmente, bebida remédios psiquiátricos.
misturada com remédios também podem
eventualmente fazer alguém surtar. Questão 31 - Ao fazer uso de “PS” para se
Em primeiro lugar, tenha muita calma e, se referir a “pronto-socorro” (6º parágrafo), o
vocês estiverem em um ambiente fechado, autor se vale do processo de formação de
procure retirar objetos que possam, sem palavras que cria:
querer, quebrar ou ferir a pessoa que está (A) palavras derivadas.
excitada. Procure conter essa pessoa, (B) palavras compostas.
abraçando-a fortemente. Isso é importante (C) palavras híbridas.
para que ela, na sua agitação, não se (D) onomatopeias.
machuque. Agora, se porventura a (E) siglas.

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Questão 32 - Planeta, 25 de outubro de 2022. Disponível


em:https://www.revistaplaneta.com.br/zoolo
gico-tenta-entender-comouma-de-suas-
leoas-ganhou-juba/.

Questão 33 - A expressão, No entanto,


presente no início do segundo parágrafo
desse excerto, pode ser substituída, sem
prejuízo de sentido ao enunciado em que
ela ocorre, por:
(A) “ademais”.
(B) “contudo”.
(C) “além disso”.
(D) “outrossim”.
(E) “destarte”.

Texto

“A escritora Annie Ernaux foi a escolhida para


receber o Prêmio Nobel de Literatura de 2022
por sua “coragem e acuidade clínica para
(A) os profissionais de cibersegurança não descortinar as raízes, os estranhamentos e os
são respeitados pelas empresas em que constrangimentos coletivos da memória
trabalham. pessoal” e por refletir sobre “uma vida marcada
(B) há uma disputa entre empresas e por grandes disparidades de gênero, linguagem
profissionais de cibersegurança no quesito
e classe”, segundo comunicado da Real
fama profissional.
Academia de Ciências da Suécia. Professora
(C) as empresas não se preocupam em ter
profissionais de cibersegurança em seu universitária aposentada de literatura, a
quadro de funcionários. francesa é a 17ª mulher e a primeira de seus
(D) os profissionais de cibersegurança são país a conquistar o reconhecimento. Escreveu
pessoas famosas que provocam filas para cerca de 20 livros. Quatro deles foram
autógrafos. publicados no Brasil pela Fósforo Editora.
(E) não há profissionais de cibersegurança Recentemente, a autora teve sua participação
suficientes para cobrir as demandas das confirmada na 20ª edição da Festa Literária
empresas. Internacional de Paraty, a Flip, que este ano
acontece entre os dias 23 e 27 de novembro.
[...]”
Texto QUEIROZ, Christina. Nobel de Literatura premia francesa
Annie Ernaux. Pesquisa Fapesp, 6 de outubro de 2022.
“A juba de um leão é uma característica Disponível em:https://revistapesquisa.fapesp.br/nobel-de-
literatura-premia-francesaannie-ernaux/.
marcante: quanto maiores e mais escuras
essas mechas, mais atraentes os reis da
selva são para as leoas. Este exemplo Questão 34 - Qual das alternativas abaixo
clássico de dimofismo sexual é exibido identifica corretamente o tipo de sujeito da
principalmente pelos machos da espécie. oração em destaque nesse trecho?
No entanto, os zeladores do Topeka Zoo (A) Sujeito simples.
and Conservation Center, no Kansas (B) Sujeito composto.
(EUA), relataram que no final do outono de (C) Sujeito oculto ou elíptico.
2020, uma de suas leoas, Zuri, (D) Sujeito indeterminado.
desenvolveu uma minijuba própria. ‘É (E) Sujeito inexistente.
extremamente raro. Nós nunca ouvimos
sobre isso acontecer até vermos Zuri’, Texto
disse Shanna Simpson, cuidadora de Observe, no fragmento a seguir, a oração
animais do Topeka Zoo. [...]” ZOOLÓGICO sublinhada.
tenta entender como uma de suas leoas
ganhou juba.

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“O café é uma bebida popular que, ao entrar (E) As peças de roupa foram enviadas para
na boca, inevitavelmente entra em contato a loja do centro.
com os dentes. É um líquido ácido - o pH dele
está em torno de 5, em uma escala que vai de 1 Questão 38 - No fragmento “O metaverso
a 14 - e contém taninos, que promovem já é um termo popular entre os gamers
manchas nos dentes.” brasileiros. Uma pesquisa da Bayz,
LLAMBÍAS, Felipe. É melhor escovar os dentes antes ou plataforma especializada em criptogames,
depois de tomar café? Como evitar manchas. BBC Brasil, 24 mostra que aproximadamente 9 em cada
de outubro de 2022. 10 jogadores revelam conhecer, em algum
nível, o ecossistema de tecnologias
Questão 35 - A oração grifada pode adquirir, no imersivas.” (Forbes Brasil, 25/10/22).
contexto em que ela foi empregada, uma ideia O primeiro par de vírgulas foi empregado
de: para:
(A) comparação. (A) isolar uma estrutura de aposto
(B) finalidade. explicativo.
(C) tempo. (B) separar termos de uma enumeração.
(D) consequência. (C) isolar um adjunto adverbial de grande
extensão deslocado.
(E) concessão.
(D) suprimir um verbo já utilizado no
enunciado.
Questão 36 -
(E) isolar uma estrutura de vocativo.

Questão 39 - A opção que pode substituir


a conjunção destacada em: “Pego,
ENTRETANTO, o meu celular: tiro uma foto
de mim mesmo na torre Eiffel.”, sem
alteração de sentido, é:
(A) por conseguinte.
(B) no entanto.
(C) por isso.
(D) logo.
(E) portanto.

Questão 40 - No trecho: “Ou seja, é como


Nesse meme, há o uso da palavra se aquilo que vivemos de fato - uma estada
“doguinho” no lugar de “cachorrinho”. Ao
em Paris, o jantar num restaurante - não
radical dog (“cão”, em inglês), foi
acrescentado um afixo de diminutivo da pudesse ser vivido e sentido como aquilo
língua portuguesa, dando origem a um que é.”, as vírgulas foram empregadas,
empréstimo linguístico derivado por: respectivamente, para separar:
(A) prefixação. (A) orações coordenadas - itens de uma
(B) sufixação. enumeração.
(C) prefixação e sufixação.
(B) o elemento explicativo - termos de
(D) parassíntese.
(E) regressão. mesma função sintática.
(C) uma citação-termos de mesma função
Questão 37 - Indique a frase em que a sintática.
inserção do acento indicativo de crase se (D) o vocativo - o adjunto adverbial
faz necessária em alguma expressão. antecipado.
(A) A Missa do Galo acontece na época do
Natal.
(E) o adjunto adverbial antecipado -
(B) Choveu em todas as manhãs em que elementos repetidos.
fui para a praia.
(C) A professora entregou a redação aos
alunos. BOA PROVA
(D) A meia-noite, todos os sinos param de
badalar.

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Matemática Questão 5 - Acantina da escola oferece


seis tipos de refrigerantes diferentes. Um
Questão 1 - Dois faxineiros realizam, aluno comprará três refrigerantes. De
juntos um trabalho em 12 min. O mais quantas maneiras essa compra pode ser
habilidoso realiza o mesmo trabalho, feita?
sozinho, em 20 minutos. Se o trabalho A) 120
fosse realizado somente pelo outro B) 56
faxineiro, ele realizaria em quantos C) 60
minutos? D) 28
A) 25 E) 20
B) 30
C) 35 Questão 6 - Sabendo-se que a
D) 40 probabilidade de um determinado doce
E) 45 artesanal apresentar um defeito de
fabricação é de 5%, qual o valor
Questão 2 - aproximado da probabilidade de que na
produção de cinco produtos ocorram
defeitos em, exatamente, três deles?
A) 0,0113%
B) 0,125%
C) 0,113%
D) 1,250%
E) 12,5%

Questão 7 - O décimo termo de uma


progressão aritmética, cuja soma dos n
primeiros termos é S = 2.n + n, é:
A) 47.
B) 45.
C) 43.
D) 41.
E) 39

Questão 3 -
Questão 8 - A equação da reta suporte da
mediatriz do segmento com extremidades
A = (-2, 5) e B = (8, -1), é definida por:
A) x + y – 7 = 0.
B) 9.x – 10.y + 39 = 0.
C) 5.x - 3.y + 9 = 0.
D) 5.x – 3.y – 9 = 0.
E) 3.x – 5.y – 9 = 0.
A) 26.
B) 27.
C) 28. Questão 9 -
D) 29.
E) 30.

Questão 4 -

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Questão 10 - Questão 14 - Os ângulos internos de um


quadrilátero encontram-se na razão 2:3:4:6.
A média aritmética do maior e do menor
desses ângulos é:
A) 72º.
B) 84º.
C) 96º.
D) 100º.
E) 144º.

Questão 15 -

Questão 11 -

Questão 12 - Um professor investiu um


Questão 16 - Determine o menor ângulo
capital C a uma taxa anual de 25% durante
formado pelos ponteiros, que marcam a
n anos. O número mínimo de anos para
hora e os que marcam os minutos, de um
que o montante seja igual a 10 vezes o
relógio analógico quando ele marca
capital inicial investido, será: Adote: log 2 =
exatamente 14he30min:
0,30 e log 3 = 0,48
A) 95°
A) 25.
B) 100º
B) 20.
C) 105°
C) 16.
D) 110º
D) 12.
E) 115°
E) 10.

Questão 17- Sabendo que 30 metalúrgicos


Questão 13 - O número de frutas vendidas
fazem 3/7 de determinada operação em 15
na barraca de André triplicou a cada dia
dias, em uma jornada de 8 horas por dia,
nos últimos seis dias do ano, ou seja,
em quantos dias, aproximadamente, a
vendeu x dúzias no 1º dia e a partir do 2º
operação estará terminada, considerando
dia, o número de frutas vendidas foi o triplo
que foram integrados à equipe 5
do dia anterior. Se o total de frutas
metalúrgicos, porém o regime de trabalho
vendidas, nos seis dias, foi 8.736 frutas, a
foi reduzido em 1 hora por dia?
quantidade de dúzias vendidas porAndré,
A) 5
no 1º dia, foi:
B) 10
A) 1.
C) 15
B) 2.
D) 20
C) 3.
E) 25
D) 4.
E) 5.

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Questão 18 - Questão 21 -

Questão 22 -

Questão 19 -

Questão 20 -

Questão 23 -

Questão 24 -

225
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Questão 25 - Questão 28 -

Questão 26 -

Questão 29 -

Questão 27-

226
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Questão 30 - Questão 34 -

Questão 35 -

Questão 31 -

Questão 32 -
Questão 36 -

Questão 33 -

Questão 37 -

227
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Questão 38 - Direito Administrativo

Questão 1 -

Questão 39 -

Questão 40 -

Questão 2 –

BOA PROVA

228
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Questão 3 - Questão 7 -

Questão 4 -
Questão 8 -

Questão 5 - Questão 9 -

Questão 10 -
Questão 6 -

229
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Questão 11 - Questão 14 -

Questão 15 -

Questão 12 -

Questão 16 - As fontes do Direito também


são aplicadas no Direito Administrativo,
sendo elas primárias ou secundárias.
Sobre o tema, é correto dizer que:
Questão 13 -
A) São fontes primárias e a lei e os
costumes
B) São fontes primárias a lei e a
jurisprudência
C) São fontes primárias a lei e a doutrina
D) São fontes secundárias as medidas
provisórias e a jurisprudência
E) São fontes secundárias os costumes e a
doutrina

230
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Questão 17 - Questão 19 -

Questão 20 -

Questão 18 -

BOA PROVA

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Direitos Penal Questão 3 -

Questão 1 -

Questão 4 -

Questão 2 -

Questão 5 -

232
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Questão 6 - Questão 8 -

Questão 9 -

Questão 7 -

Questão 10-

233
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Questão 11 - Questão 14 -

Questão 12 -

Questão 15-

Questão 13 -

Questão 16 -

234
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Questão 17 - Questão 20 –

BOA PROVA

Direito Processual Penal

Questão 1 -

Questão 18 -

Questão 19 -

235
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Questão 2 - Questão 5 -

Questão 6 -

Questão 3 -

Questão 7 –
Questão 4 -

236
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Questão 8 - Questão 11 -

Questão 12 -

Questão 9 - Questão 13 -

Questão 10 -

Questão 14 -

237
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Questão 15 - Questão 19 -

Questão 20 - No que concerne à legislação


que dispõe sobre os Juizados Especiais
Questão 16 -
Cíveis e Criminais (Lei n° 9.099/1995),
pode-se afirmar que:
A) a composição dos danos civis será
reduzida a escrito e, homologada pelo Juiz
mediante sentença irrecorrível, não pode
ser executado no juízo civil competente.
B) a autoridade policial que tomar
conhecimento da ocorrência lavrará termo
circunstanciado e o encaminhará em até 24
(vinte e quatro) horas ao Juizado, com o
autor do fato e a vítima, providenciando-se
as requisições dos exames periciais
necessários.
C) ao autor do fato que, após a lavratura do
termo circunstanciado, for imediatamente
encaminhado ao juizado ou assumir o
compromisso de a ele comparecer, não se
Questão 17 - imporá prisão em flagrante, podendo-se
exigir fiança a critério da autoridade policial.
D) consideram-se infrações penais de
menor potencial ofensivo, para os efeitos
desta Lei, as contravenções penais e os
crimes a que a lei comine pena máxima
não superior a 1 (um) ano, cumulada ou
não com multa.
E) havendo representação ou tratando-se
de crime de ação penal pública
incondicionada, não sendo caso de
arquivamento, o Ministério Público poderá
propor a aplicação imediata de pena
restritiva de direitos ou multas, a ser
especificada na proposta.
Questão 18 –
BOA PROVA

Direitos Humanos

Questão 1 - Os direitos humanos de


primeira dimensão/geração marcam a
passagem de um Estado autoritário para

238
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um Estado de Direito e, nesse contexto, o D) Pessoas processadas serão sempre


respeito às liberdades individuais, em uma separadas das pessoas condenadas,
verdadeira perspectiva de absenteísmo recebendo tratamento distinto, condizente
estatal. Alguns documentos históricos são
marcantes para a configuração e com sua condição de pessoa não
emergência desses referidos direitos condenada.
(séculos XVII, XVIII e XIX), destacando-se E) A vedação da pessoa se submeter a
os seguintes documentos, EXCETO: experiências médicas ou científicas, ainda
A) Paz de Westfália. que com seu livre consentimento.
B) Habeas Corpus Act.
C) Constituição de Weimar, da Alemanha. Questão 5 - Conforme o artigo 6º da Lei nº
D) Magna Carta, do Rei João Sem Terra.
E) Bill of Rights. 12.986, de 02/06/2014, que transforma o
Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa
Questão 2 - Os tratados e convenções Humana em Conselho Nacional dos
internacionais sobre direitos humanos que Direitos Humanos - CNDH, assinale a
forem aprovados, em cada Casa do alternativa CORRETA. Constitui sanção a
Congresso Nacional, em dois turnos, por ser aplicada pelo CNDH:
três quintos dos votos dos respectivos A) Demissão direta do funcionário público
membros, serão equivalentes às: quando, indevidamente, este retarda ou
A) Emendas Constitucionais. deixa de praticar ato de ofício, ou pratica-o
B) Resoluções do Congresso Nacional. contra disposição legal expressa, visando
C) Leis Ordinárias. satisfazer interesse pessoal.
D) Leis Complementares. B) Afastamento do cargo quando este
E) Medidas Provisórias. realizar operação financeira sem
observância das normas legais e
Questão 3 - Aceitar petições apresentadas regulamentares ou aceitar garantia
por qualquer pessoa ou grupo de pessoas, insuficiente ou inidônea.
que contenham denúncias ou queixas de C) recomendação de afastamento de cargo,
violação do Pacto de São José da Costa Rica função ou emprego na administração
por um Estado-Parte, é competência pública direta, indireta ou fundacional da
específica da(dos): União, Estados, Distrito Federal, Territórios
A) Corte do Pacto de São José da Costa e Municípios do responsável por conduta
Rica. ou situações contrárias aos direitos
B) Corte Interamericana de Direitos humanos.
Humanos. D) censura privada.
C) Assembléia de magistrados adhoc. E) suspensão do funcionário público
D) Juizes competentes para julgar casos de quando este receber vantagem econômica
violação de direitos humanos. de qualquer natureza, direta ou indireta.
E) Comissão Interamericana de Direitos
Humanos. Questão 6 - Conforme a Declaração
Universal dos Direitos Humanos,
Questão 4 - É direito previsto no Pacto proclamada pela Resolução nº 217ª (III) da
Internacional sobre Direitos Civis e Assembleia Geral das Nações Unidas, de 10
Políticos: de dezembro de 1948, assinale a
A) A vedação da prisão para quem não alternativa CORRETA.
puder cumprir uma obrigação contratual. A) Ninguém pode ser arbitrariamente
B) Jovens e adultos presos podem ser preso, detido ou exilado (Art. 9º)
agrupados, ao passo que os idosos ficarão B) Toda a pessoa acusada de um ato
separados, devendo ser julgados o mais delituoso presume-se culpado até que se
breve possível. prove o contrário (Art. 11º §1)
C) A proibição da pena de morte.

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C) Ninguém pode ser arbitrariamente B) Ser protegida contra qualquer forma de


privado da sua propriedade, exceto por prisão ilegal.
conflitos civis (Art. 17º §2) C) Ter direito à presença médica, em
D) Todos deverão fazer parte de uma período diurno, para esclarecer a
associação (Art. 20º §2) necessidade ou não de sua hospitalização
E) Todos têm direito a salário diferente por voluntária.
trabalho igual, devido a condições D) Ter acesso ao melhor tratamento do
peculiares do indivíduo (Art. 23º §2). sistema de saúde, consentâneo às suas
necessidades.
Questão 7 - Conforme a Lei nº 10.216, de E) Ter atendimento preferencial nos
06/04/2001, que dispõe sobre a proteção e serviços públicos.
os direitos das pessoas portadoras de
transtornos mentais e direciona o modelo Questão 9 - Suponha que, em razão da
assistencial em saúde mental, assinale a função que exerce, Esferosvaldo,
alternativa CORRETA. funcionário público municipal, receba
A) A internação voluntária é determinada, diretamente de Ladrosveio, foragido da
de acordo com a legislação vigente, pelo Justiça, determinada quantia em dinheiro
juiz competente, que levará em conta as para que não o procure, deixando assim de
condições de segurança do cumprir o mandado de prisão expedido em
estabelecimento, quanto à salvaguarda do seu desfavor. Nessa hipótese, é correto
paciente, dos demais internados e afirmar que Esferosvaldo comete crime
funcionários (Art. 9º). contra a (o):
B) Internação compulsória é aquela que se A) Administração Pública.
dá com o consentimento do usuário (Art. B) Patrimônio.
6º, inciso III). C) Fé Pública.
C) Somente a internação compulsória D) Família.
deverá ser autorizada por médico E) Vida.
devidamente registrado no Conselho
Regional de Medicina - CRM do Estado Questão 10 - Conforme a Lei nº 12.986, de
onde se localize o estabelecimento (Art. 02/06/2014, que transforma o Conselho de
8º). Defesa dos Direitos da Pessoa Humana em
D) A internação, em qualquer de suas Conselho Nacional dos Direitos Humanos -
modalidades, só será indicada quando os CNDH, assinale a alternativa CORRETA.
recursos extra-hospitalares se mostrarem A) O exercício da função de conselheiro do
insuficientes (Art. 4º). CNDH deverá ser remunerado pelo Poder
E) A pessoa que solicita compulsoriamente Público, constituindo serviço de relevante
sua internação deve assinar, no momento interesse público (Art. 13)
da admissão, uma declaração de que optou B) O CNDH tem por finalidade a promoção
por esse regime de tratamento (Art. 7º). e a defesa dos direitos humanos, mediante
ações preventivas, protetivas, reparadoras
Questão 8 - Conforme o artigo 2º da Lei nº e sancionadoras das condutas e situações
10.216, de 06/04/2001, que dispõe sobre a de ameaça ou violação desses direitos (Art.
proteção e os direitos das pessoas 2º)
portadoras de transtornos mentais e C) O Conselho Nacional dos Direitos
direciona o modelo assistencial em saúde Humanos - CNDH é integrado por 01 (uma)
mental, assinale a alternativa CORRETA. É pessoa jurídica de abrangência nacional e
direito da pessoa portadora de transtorno com relevantes atividades relacionadas à
mental: defesa dos direitos humanos (Art. 3º)
A) Ter ampla divulgação nas informações
prestadas.

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APOSTILA PREPARATÓRIA PARA SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - PMERJ

D) A defesa dos direitos humanos pelo A) Todo ser humano acusado de um ato
CNDH depende de provocação das pessoas delituoso será presumidamente culpado
ou das coletividades ofendidas (Art. 2º §2º) até que a sua inocência tenha sido provada
E. A recomendação de pena penal constitui de acordo com a lei, em julgamento
sanção a ser aplicada pelo CNDH (Art. 6º). público no qual lhe tenham sido
asseguradas todas as garantias necessárias
Questão 11 - Conforme a Lei nº 10.216, de à sua defesa (Artigo 11)
06/04/2001, que dispõe sobre a proteção e B) Todo ser humano poderá ser obrigado a
os direitos das pessoas portadoras de fazer parte de uma associação (Artigo 20)
transtornos mentais e direciona o modelo C) Ninguém será arbitrariamente preso,
assistencial em saúde mental, assinale a detido ou exilado (Artigo 9)
alternativa CORRETA. D) Somente os cidadãos capazes têm o
A) As informações prestadas não poderão direito de ser, em todos os lugares,
ser sigilosas, devido o princípio da reconhecido como pessoa perante a lei
publicidade (Art. 2º, § único, inciso IV) (Artigo 6)
B) Internação involuntária é aquela que se E) Todo ser humano estará sujeito à
dá com o consentimento do usuário (Art. interferências do Poder Público em sua
6º, inciso II) vida privada, em sua família, em seu lar ou
C) É obrigatória a internação de pacientes em sua correspondência (Artigo 12)
portadores de transtornos mentais em
instituições com características asilares Questão 13 - Leia as assertivas a seguir.
(Art. 4º §3º) I. Constituição Brasileira elaborou um
D) Os direitos e a proteção das pessoas catálogo fechado (rol taxativo) de direitos
acometidas de transtorno mental, de que fundamentais com eficácia imediata que
trata esta Lei, poderão ter diferenciação a contempla inúmeras garantias processuais.
depender da raça, cor, sexo, orientação II. Apresenta-se como direito fundamental
sexual, religião, opção política, o de recorrer da condenação e da pena, o
nacionalidade, idade, família, recursos chamado duplo grau de jurisdição (art. 8.°,
econômicos e ao grau de gravidade ou item 2, h, da Convenção Americana sobre
tempo de evolução de seu transtorno, ou Direitos Humanos - Pacto de São José da
qualquer outra (Art. 1º) Costa Rica de 1969 e art. 14, item 5 do
E) É responsabilidade do Estado o Pacto Internacional de Direitos Civis e
desenvolvimento da política de saúde Políticos de 1966).
mental, a assistência e a promoção de III. A audiência de custódia tem natureza
ações de saúde aos portadores de jurídica de direito fundamental do
transtornos mentais, com a devida preso, ex vi, art. 5.°, §2.° da CF/1988 c/c
participação da sociedade e da família, a art. 7.°, 5 do Pacto de São José da Costa
qual será prestada em estabelecimento de Rica e art. 9.°, 3 do Pacto Internacional de
saúde mental, assim entendidas as Direitos Civis e Políticos, tendo o STF
instituições ou unidades que ofereçam reconhecido o instituto ao julgar a ADI
assistência em saúde aos portadores de 5240 afirmando como direito fundamental
transtornos mentais (Art. 3º) do preso ser levado sem demora à
autoridade judicial.
Questão 12 - Conforme a Declaração IV. O preso tem que ser levado sem
Universal dos Direitos Humanos, demora à autoridade prevista em lei, ainda
proclamada pela Resolução nº 217ª (III) da que esta não tenha o poder sobre a
Assembleia Geral das Nações Unidas, de 10 liberdade e prisão do apresentado.
de dezembro de 1948, assinale a Estão corretas apenas as assertivas:
alternativa CORRETA. A) l e IV.
B) II e III.

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APOSTILA PREPARATÓRIA PARA SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - PMERJ

C) I e II. B) Discriminação.
D) I e III. C) Escravidão.
E) lI e IV. D) Tortura.
E) Exílio.
Questão 14 - Sobre os direitos humanos,
assinale a alternativa correta. Questão 17 - Como preconizam os
A) Quanto ao processo de introdução dos Princípios Orientadores de Riad - Princípios
Tratados Internacionais de Direitos Orientadores das Nações Unidas para a
Humanos no Brasil, o decreto legislativo Prevenção da Delinquência Juvenil, uma
editado não obriga o país a observar o prevenção bem-sucedida da delinquência
Tratado, seja no plano internacional, seja juvenil requer esforços por parte de toda a
no plano interno de acordo com o STF. sociedade para assegurar o
B) Após a Emenda Constitucional n° desenvolvimento harmonioso dos
45/2004, os tratados internacionais de adolescentes, com respeito e promoção de
direitos humanos têm status sua personalidade, desde a mais tenra
supraconstitucional, conforme idade. Assim, podemos dizer que os
entendimento do STF. seguintes atores podem contribuir para a
C) Os tratados e convenções internacionais prevenção da delinquência juvenil:
de direitos humanos se incorporam à A) Família e Escola.
ordem jurídica como leis ordinárias. B) Traficantes de drogas e Escola.
D) Pode-se afirmar que a súmula C) Código Penal Brasileiro e Escola.
vinculante n° 11 (uso de algemas), editada D) Comunidade e Poder Moderador.
pelo STF, não tem por base o Pacto de San E) Família e Organizações criminosas.
José da Costa Rica.
E) Os tratados genéricos - não relacionados Questão 18 - De acordo com as Regras das
a direitos humanos - possuem, em regra, Nações Unidas para a Proteção dos
hierarquia constitucional. Menores Privados de Liberdade, o porte e
uso de armas pelo pessoal deve ser:
Questão 15 - Com relação à propriedade, a
Declaração Universal dos Direitos do A) incentivado em qualquer
Homem de 1948 expressamente prevê estabelecimento onde estejam detidos
que: menores.
A) O imposto sobre a propriedade predial e B) Proibido em qualquer estabelecimento
territorial urbana (IPTU) será instituído onde estejam detidos menores.
pela União. C) Permitido para estabelecimentos com
B) não será instituído imposto sobre a mais de 100 (cem) menores.
propriedade territorial rural. D) Permitido para estabelecimentos com
C) a propriedade atenderá a sua função mais de 500 (quinhentos) menores.
social. E) Permitido para estabelecimentos com
D) ninguém será arbitrariamente privado mais de 2.000 (dois mil) menores.
de sua propriedade.
E) a pequena propriedade rural, desde que Questão 19 - Segundo as Regras das
trabalhada pela família, não será objeto de Nações Unidas para a Proteção dos
penhora para pagamento de débitos Menores Privados de Liberdade, a privação
decorrentes de sua atividade produtiva. de liberdade de um menor deve ser:
A) a regra.
Questão 16 - A Declaração Universal dos B) abolida.
Direitos do Homem de 1948 busca garantir C) medida de último recurso.
a todos, dentre outros, o direito de: D) decretada pelo período mínimo de 4
A) Nacionalidade. quatro) anos.

242
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E) limitada a adolescentes infratores entre na Polícia Militar e obedece à sequência de


17 e 19 anos de idade. graus hierárquicos.

Questão 3 - Quanto ao Comando e


Questão 20 - Sobre a teoria das Subordinação, previsto no Estatuto dos
gerações/dimensões dos direitos humanos, Policiais Militares do Estado do Rio de
lançada pelo jurista Karel Vasak, no ano de Janeiro, pode-se afirmar:
1979, é correto dizer que o direito à A) O Praça é preparado, ao longo da
educação é um direito de: carreira, para o exercício de funções de
Comando, de Chefia e de Direção.
A) 1ª dimensão.
B) A subordinação, embora afete a
B) 2ª dimensão. dignidade pessoal do policial militar,
C) 3ª dimensão. decorre , exclusivamente, da estrutura
D) 4ª dimensão. hierarquizada da Polícia Militar.
E) 5ª dimensão. C) Os Cabos e Soldados são,
essencialmente, os elementos de
execução.
BOA PROVA D) Os Tenentes e Sargentos auxiliam e
complementam as atividades dos Oficiais,
quer no adestramento e no emprego dos
Legislação Aplicada a PMERJ meios, quer na instrução e na
administração; deverão ser empregados na
e Lei Maria da Penha execução de atividades de policiamento
ostensivo peculiares à Polícia Militar.
E) Subordinação é a soma de autoridade,
Questão 1 - O conjunto de medidas, deveres e responsabilidades de que o
incluindo instrução, adestramento e policial-militar é investido legalmente,
preparo logístico, para tornar uma quando conduz homens ou dirige uma
organização policial-militar pronta para organização policial-militar.
emprego imediato pertence ao conceito de:
A) Aprestamento. Questão 4 - De acordo com a aplicação da
B) Agregação. lei penal militar, prevista no Código Penal
C) Adestramento. Militar, assinale a assertiva correta.
D) Controle. A) Considera-se praticado o crime no
E) Dotação momento da ação ou omissão, desde que
seja o mesmo do resultado.
Questão 2 - No que tange às Disposições B) Considera-se praticado o fato, no lugar
Preliminares do Estatuto dos Policiais em que se desenvolveu a atividade
Militares do Rio de Janeiro, assinale a criminosa, no todo ou em parte, exceto se
assertiva correta. sob forma de participação, bem como onde
A) É privativa de brasileiro nato e se produziu ou deveria produzir-se o
naturalizado a carreira de Oficial da Polícia resultado. Nos crimes omissivos, o fato
Militar. considera-se praticado no lugar em que
B) O serviço policial-militar consiste no deveria realizar-se a ação omitida.
exercício de atividades inerentes à Polícia C) Para se reconhecer qual a mais
Militar e compreende todos os encargos favorável, a lei posterior e a anterior devem
previstos na legislação específica, ser consideradas conjuntamente.
relacionados com a atividade investigativa. D) Ao crime praticado a bordo de
C) A Polícia Militar do Estado do Rio de aeronaves ou navios estrangeiros, desde
Janeiro, é uma instituição temporária, que em lugar sujeito à administração
organizada com base na hierarquia e na militar, aplica-se a lei penal comum.
disciplina, destinada à manutenção da E) Aplica-se a lei penal militar, sem prejuízo
ordem pública no Estado do Rio de Janeiro. de convenções, tratados e regras de direito
D) Os integrantes da Polícia Militar, em internacional, ao crime cometido, no todo
razão de sua destinação constitucional, ou em parte no território nacional, ou fora
formam uma categoria de servidores do dele, ainda que, neste caso, o agente
Estado e são denominados policiais-civis. esteja sendo processado ou tenha sido
E) A carreira policial-militar é privativa do julgado pela justiça estrangeira.
pessoal da ativa; inicia-se com o ingresso

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Questão 5 - Com relação ao previsto na A) O início da ação penal depende de


Constituição do Estado do Rio de Janeiro, representação da vítima, que terá o prazo
aos servidores militares ficam assegurados de seis meses da descoberta da autoria
alguns direitos. Das alternativas a seguir,
assinale a correta em relação ao previsto para adotar as medidas cabíveis.
na citada constituição. B) No caso de condenação, em razão de ser
A) Duração do trabalho normal não Marlon primário e de bons antecedentes,
superior a seis horas diárias e trinta e seis poderá a pena privativa de liberdade ser
horas semanais, facultada a compensação substituída por restritiva de direitos.
de horários. C) Em razão de o agressor e a vítima não
B) Proibição da incidência da gratificação
adicional por tempo de serviço sobre o estarem mais namorando quando ocorreu
valor dos vencimentos. o fato, não será aplicada a Lei n. 11.340/06,
C) Remuneração do serviço extraordinário mas, ainda assim, não será possível a
superior, no mínimo, em quinze por cento à transação penal ou a suspensão
do normal. condicional do processo.
D) Remuneração do trabalho noturno igual D) No caso de condenação, por ser Marlon
à do diurno.
E) Salário família para os seus primário e de bons antecedentes, mostra-
dependentes. se possível a aplicação do sursis da pena.

Questão 6 - Noeli compareceu à delegacia Questão 8 - Bruna compareceu à


de polícia para registrar boletim de Delegacia e narrou que foi vítima de um
ocorrência contra seu companheiro Erson crime de ameaça, delito este de ação penal
pelo crime de ameaça. Após chegar em pública condicionada à representação, que
casa, Noeli ouve pedido de desculpa de
seu companheiro e apelos para que desista teria sido praticado por seu marido Rui, em
da representação. Considerando o disposto situação de violência doméstica e familiar
na legislação aplicável, quanto à contra a mulher. Disse, ainda, ter interesse
possibilidade de retratação da que seu marido fosse responsabilizado
representação apresentada, Noeli: criminalmente por seu comportamento. O
A) não poderá desistir da representação,
procedimento foi encaminhado ao
por tratar-se de ação pública.
B) poderá se retratar perante a autoridade Ministério Público, que ofereceu denúncia
policial até o oferecimento da denúncia. em face de Rui pela prática do crime de
C) poderá se retratar perante o juiz, em ameaça (art. 147 do Código Penal, nos
audiência especial, até o recebimento da termos da Lei n. 11.340/06). Bruna, porém,
denúncia. comparece à Delegacia, antes do
D) poderá se retratar perante o juiz ou a
recebimento da denúncia, e afirma não
autoridade policial até a sentença.
E) não poderá se retratar após o mais ter interesse na responsabilização
oferecimento da denúncia, ainda que na penal de seu marido, com quem continua
presença do juiz e acompanhada de convivendo. Posteriormente, Bruna e Rui
advogado procuram o advogado da família e
informam sobre o novo comparecimento
Questão 7 - Cátia procura você, na de Bruna à Delegacia.
condição de advogado(a), para que A) A retratação de Bruna, perante a
esclareça as consequências jurídicas que autoridade policial, até o momento, é
poderão advir do comportamento de seu irrelevante e não poderá ser buscada
filho, Marlon, pessoa primária e de bons proposta de suspensão condicional do
antecedentes, que agrediu a ex-namorada processo.
ao encontrá-la em um restaurante com um B) A retratação de Bruna, perante a
colega de trabalho, causando-lhe lesão autoridade policial, até o momento, é
corporal de natureza leve. Na válida e suficiente para impedir o
oportunidade, você, como advogado(a), recebimento da denúncia.
deve esclarecer que:

244
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C) Não cabe retratação do direito de para viver sem violência, preservar sua
representação após o oferecimento da saúde física e mental e seu
denúncia; logo, a retratação foi inválida. aperfeiçoamento moral, intelectual e
D) Não cabe retratação do direito de social.
representação nos crimes praticados no B) A violência doméstica e familiar contra a
âmbito de violência doméstica e familiar mulher constitui uma das formas de
contra a mulher, e nem poderá ser buscada violação dos direitos humanos.
proposta de transação penal. C) É possível a aplicação, nos casos de
violência doméstica e familiar contra a
Questão 9 - A Lei Maria da Penha objetiva mulher, de penas de cesta básica.
proteger a mulher da violência doméstica e D) É direito da mulher em situação de
familiar que lhe cause morte, lesão, violência doméstica e familiar o
sofrimento físico, sexual ou psicológico, e atendimento policial e pericial
dano moral ou patrimonial, desde que o especializado, ininterrupto e prestado por
crime seja cometido no âmbito da unidade servidores preferencialmente do sexo
doméstica, da família ou em qualquer feminino previamente capacitados.
relação íntima de afeto. Diante deste E) A ofendida deverá ser notificada dos
quadro, após agredir sua antiga atos processuais relativos ao agressor,
companheira, porque ela não quis retomar especialmente dos pertinentes ao ingresso
o relacionamento encerrado, causando-lhe e à saída da prisão, sem prejuízo da
lesões leves, Jorge o(a) procura para saber intimação do advogado constituído ou do
se sua conduta fará incidir as regras da Lei defensor público.
n. 11.340/06.
A) O crime em tese praticado ostenta a Questão 11- A Lei Maria da Penha, Lei
natureza de infração de menor potencial 11.340/2006, em seu artigo 7º, define as
ofensivo. formas de violência doméstica e familiar
B) A violência doméstica de que trata a Lei contra a mulher. O impedimento de usar
Maria da Penha abrange qualquer relação contraceptivos está associado à:
íntima de afeto, sendo indispensável a A) violência psicológica.
coabitação. B) violência sexual.
C) A agressão do companheiro contra a C) violência patrimonial.
companheira, mesmo cessado o D) violência moral.
relacionamento, mas que ocorra em E) violência física.
decorrência dele, caracteriza a violência
doméstica e autoriza a incidência da Lei n. Questão 12 - A lei Maria da Penha, Lei
11.340/06. 11.340/06, em seu art. 7º, define, entre as
D) Ao contrário da transação penal, em formas de violência doméstica e familiar
tese se mostra possível a suspensão contra a mulher, a destruição de seus
condicional do processo na hipótese de pertences, como rasgar carteira
delito sujeito ao rito da Lei Maria da Penha. profissional. Essa forma de violência está
classificada como:
Questão 10 - Em relação à Lei n. 11.340/06 A) violência física.
(Lei Maria da Penha), assinale a alternativa B) violência psicológica.
INCORRETA. C) violência patrimonial.
A) Toda mulher, independentemente de D) violência moral.
classe, raça, etnia, orientação sexual, E) violência sexual.
renda, cultura, nível educacional, idade e
religião, goza dos direitos fundamentais Questão 13 - Segundo disciplina a Lei n.
inerentes à pessoa humana, sendo-lhe 11.340/2006 (Lei Maria da Penha), o juiz
asseguradas as oportunidades e facilidades assegurará à mulher em situação de

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violência doméstica e familiar, para matricular seus dependentes em


preservar sua integridade física e instituição de educação básica mais
psicológica, a manutenção do vínculo próxima de seu domicílio, ou transferi-los
trabalhista, quando necessário o para essa instituição, independentemente
afastamento do local de trabalho, por: da apresentação de qualquer documento
A) até 6 meses. ou formalidade extra.
B) no máximo 3 meses. C) é possibilitada a aplicação, nos casos de
C) até 1 ano. violência doméstica e familiar contra a
D) no máximo 1 mês. mulher, de penas de cesta básica ou outras
E) prazo indeterminado, enquanto de prestação pecuniária, bem como a
perdurar o risco. substituição de pena que implique o
pagamento isolado de multa.
Questão 14- De acordo com a Lei n. D) os dispositivos de segurança destinados
11.340/2006 (Lei Maria da Penha), no ao uso em caso de perigo iminente e
atendimento à mulher em situação de disponibilizados para o monitoramento das
violência doméstica e familiar, a vítimas de violência doméstica ou familiar
autoridade policial deverá, entre outras amparadas por medidas protetivas terão
providências: seus custos ressarcidos pelo agressor.
A) encaminhar pedido de proteção policial
Questão 16 - Considerando-se a Lei n.
ao Ministério Público e proceder a efetiva
11.340/2006 - Lei Maria da Penha, no
proteção assim que autorizado pelo Poder
atendimento à mulher em situação de
Judiciário.
violência doméstica e familiar, a
B) fornecer transporte para a ofendida e
autoridade policial deverá, entre outras
seus dependentes para o Distrito policial
providências:
mais próximo, onde deverão permanecer
I – Garantir proteção policial, quando
até deliberação do Judiciário, como medida
necessário, comunicando de imediato ao
de segurança.
Poder Legislativo.
C) expedir intimação determinando que o
II – Encaminhar a ofendida ao hospital ou
ofensor entregue os pertences pessoais da
posto de saúde e ao Instituto Médico Legal.
ofendida para a autoridade policial.
III – Fornecer transporte para a ofendida e
D) prender provisoriamente o ofensor pelo
seus dependentes para abrigo ou local
prazo de 30 dias, comunicando de imediato
seguro, quando houver risco de vida.
o Ministério Público e a autoridade
Está(ão) CORRETO(S):
judiciária.
A) somente o item I.
E) encaminhar a ofendida ao hospital ou
B) somente o item II.
posto de saúde e ao Instituto Médico Legal.
C) somente os itens I e II.
D) somente os itens I e III.
Questão 15 - A Lei Maria da Penha traz
E) somente os itens II e III
garantias procedimentais destinadas à
proteção da mulher sujeita a violência Questão 17 - Assinale a opção que
doméstica. Quanto ao disposto na apresenta medida protetiva de urgência a
mencionada lei, é correto afirmar que: ser aplicada ao agressor no caso de
A) é direito da mulher em situação de constatação da prática de violência
violência doméstica e familiar o doméstica contra a mulher, conforme o
atendimento policial e pericial disposto na Lei Maria da Penha - Lei n.
especializado, ininterrupto e prestado por 11.340/2006:
servidores exclusivamente do sexo A) transferência para outra comarca.
feminino e previamente capacitados. B) prestação de serviços em creches e
B) a mulher em situação de violência asilos.
doméstica e familiar tem prioridade para

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C) proibição de aproximação ou contato especialmente designada com tal


com familiares da ofendida. finalidade, antes do recebimento da
D) pagamento de multa. denúncia e ouvido o Ministério Público:
E) pagamento de cestas básicas. A) nos crimes cometidos sem violência ou
grave ameaça à pessoa.
Questão 18 - Considerando a Lei Maria da
B) em qualquer crime.
Penha e o entendimento dos tribunais
C) apenas no crime de lesão corporal leve.
superiores acerca de crimes contra a
D) nos crimes de lesão corporal leve e de
mulher, assinale a opção correta.
ameaça.
A) A Lei Maria da Penha não estabelece
E) no crime de ameaça.
medidas próprias para o descumprimento
de medidas protetivas, devendo-se, nesse
BOA PROVA
caso, responsabilizar o agente pelo crime
de desobediência.
B) Em caso de violência contra mulher,
para que se aplique a Lei Maria da Penha,
deverá ser demonstrada a situação de
vulnerabilidade ou hipossuficiência da
vítima, sob a perspectiva de gênero.
C) As medidas protetivas de urgência têm
natureza cautelar e temporária, sendo
vinculadas à existência, presente ou
potencial, de processo-crime ou ação
principal contra o agressor.
D) A agravante relativa à violência contra a
mulher prevista no Código Penal (CP) não
se aplica de modo conjunto com outras
disposições da Lei Maria da Penha, sob
pena de acarretar o bis in idem.
E) Ato de violência física contra mulher, em
ambiente doméstico, acarreta pena de
prisão simples ou de multa, admitindo-se
que o magistrado fixe apenas a pena
pecuniária.
Questão 19 - NÃO constitui medida
protetiva de urgência prevista na Lei n.
11.340/2006 − Lei Maria da Penha:
A) a prestação de alimentos provisórios.
B) a proibição de contato com a ofendida.
C) o afastamento dos familiares da
ofendida, com fixação de limite mínimo de
distância.
D) a suspensão de visitas aos dependentes
menores.
E) o afastamento de cargo ou função
pública.
Questão 20 - Nas ações penais abrangidas
pela chamada Lei Maria da Penha,
admissível a renúncia à representação da
ofendida perante o juiz, em audiência

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GABARITO

Língua Portuguesa Matemática


1 E 11 A 21 B 31 E 1 B 11 D 21 C 31 E
2 A 12 C 22 B 32 E 2 A 12 E 22 C 32 D
3 B 13 C 23 B 33 B 3 D 13 B 23 A 33 E
4 B 14 D 24 D 34 C 4 E 14 C 24 E 34 C
5 D 15 D 25 R 35 C 5 B 15 A 25 E 35 B
6 C 16 C 26 D 36 B 6 C 16 C 26 E 36 D
7 E 17 A 27 A 37 D 7 E 17 D 27 A 37 C
8 D 18 D 28 B 38 A 8 D 18 E 28 E 38 C
9 A 19 E 29 C 39 B 9 A 19 C 29 E 39 A
10 B 20 D 30 D 40 B 10 C 20 E 30 E 40 B

Direito Direitos
Administrativo Humanos Direito Penal
1 A 11 C 1 C 11 E 1 C 11 A
2 B 12 E 2 A 12 C 2 B 12 A
3 B 13 A 3 E 13 B 3 C 13 C
4 C 14 B 4 A 14 A 4 B 14 E
5 E 15 E 5 C 15 D 5 B 15 B
6 C 16 E 6 A 16 A 6 B 16 B
7 A 17 D 7 D 17 A 7 C 17 D
8 D 18 B 8 D 18 B 8 C 18 E
9 A 19 B 9 A 19 C 9 A 19 E
10 B 20 D 10 B 20 B 10 B 20 B

Direito Lei. Aplic. PMERJ e


Processual Penal Lei Maria da Penha
1 E 11 B 1 A 11 B
2 D 12 E 2 E 12 C
3 E 13 B 3 C 13 A
4 C 14 A 4 E 14 E
5 A 15 C 5 E 15 D
6 E 16 B 6 C 16 E
7 B 17 E 7 D 17 C
8 B 18 C 8 A 18 B
9 A 19 D 9 C 19 E
10 E 20 E 10 C 20 E

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Consagre ao Senhor tudo o que você faz, e os seus planos serão bem-
sucedidos. Provérbios 16.3

Boa Prova!

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