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Curso Técnico/a de Turismo

Operações Técnicas em Empresas Turísticas

Módulo 8 – Sistemas Globais de Distribuição

Componente de Formação Técnica


Número de Horas: 36

2023/24
Curso Profissional: TÉCNICO DE TURISMO - NÍVEL 4
Ano: 2º Ano Letivo: 2023-2024
Disciplina: Operações Técnicas em Empresas Turísticas
Módulo 8: Sistemas Globais de Distribuição

ÍNDICE

Introdução 2
APAVT – Associação Portuguesa de Agentes de Viagem e Turismo 4
Iata …………………….………………………………………………………………………….…………..………..……………………………………….
IATA – Associação Internacional de Transporte Aéreo 4
GDS - Sistemas Globais de Distribuição 6
As Funções dos Sistemas Globais de Distribuição - GDS 8

As Vantagens dos Sistemas GDS 10

O GDS Galileo 14
O GDS - Amadeus 15
Normas e Tipologias dos meios de Transporte 16

Serviços oferecidos pelas Companhias Aéreas 22


Direitos de Tráfego Aéreo e de circulação 23
Liberdades de circulação no Espaço Aéreo 24
Contratos com os clientes de Transporte Aéreo 25

Atribuições do INAC – Instituto Nacional Aviação Civil 26


Os Direitos dos Passageiros quando Viajam 28

Procedimentos de Concessão de Passaportes e Vistos 33


Handling Aeroportuário 38

Lessons Plan Galileo 39


Bibliografia 58

Introdução

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Curso Profissional: TÉCNICO DE TURISMO - NÍVEL 4
Ano: 2º Ano Letivo: 2023-2024
Disciplina: Operações Técnicas em Empresas Turísticas
Módulo 8: Sistemas Globais de Distribuição

A Galileo é uma das maiores empresas mundiais na distribuição de serviços de turismo, tendo
como core business a ligação às agências através de um sistema de distribuição global (GDS),
disponibilizando ainda produtos de topo e soluções webbased inovadoras. A empresa, que
pertence ao universo Travelport, tem como objetivo apoiar fornecedores turísticos, agências
de viagem e empresas, expandindo a oferta turística através destas organizações. Refira-se
que em Portugal a Galileo é a empresa líder no que toca ao fornecimento de soluções
tecnológicas inovadoras na área do turismo, tendo implantado a maior rede de dados privada
ao serviço do setor turístico português.
A Travelport é um dos líderes mundiais no setor da distribuição de serviços de turismo. A
multinacional detém as marcas Galileo e Worldspan e providencia informações a agentes de
viagens para mais de 145 países. Além disso, fornece serviços para o setor de viagens e
turismo por intermédio da subsidiária Shepherd Systems, bem como soluções e software
para as principais companhias aéreas a nível mundial. A Travelport resulta da convergência
dos serviços tradicionais e on-line que servem as companhias aéreas, agentes de viagem, web
sites e demais empresas no fornecimento de informações por intermédio de uma plataforma
global. O sistema de distribuição global da Travelport (Global Distribution System) é um dos
maiores fornecedores de serviços a nível mundial na indústria de viagens. A Travelport é uma
companhia privada detida pelo The Blackstone Group e pela One Equity Partners of New York
and Technology Crossover Ventures of Palo Alto, na Califórnia (Estados Unidos da América).

O turismo é uma atividade promissora não apenas pelo potencial que alberga em si mas
também pelo efeito multiplicador que estimula na promoção do interesse regional, no crescimento
e emprego na região, no desenvolvimento da riqueza local, nas preocupações relacionadas com o
património cultural e natural, no ingresso de divisas na balança de pagamentos e nas receitas
para os cofres públicos; entre muitas outras razões.
Um destino turístico para ser considerado como tal não basta querer, é preciso ter a oferta que
corresponda ao que os turistas procuram. Esta procura consiste, essencialmente, num leque
variado de atividades e de experiências fora do habitat do visitante, que deve ser composto por
recursos (atrações) naturais e culturais singulares, oferta de alojamento, entretenimento e

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alimentação peculiar, acessos e transportes, ambiente, informação, cultura e, fundamentalmente,


acolhimento.
Ao mesmo tempo que as entidades reguladoras, agentes económicos e populações locais
pretendem receber mais e bons turistas na sua região, manifestam também uma preocupação
crescente em preservar a identidade, o meio ambiente e o património natural, histórico e cultural
dos riscos decorrentes de um turismo mal controlado.
Neste contexto, garantindo o desenvolvimento económico, a proteção do ambiente e a identidade
das populações residentes, o destino turístico está minimamente preparado para oferecer uma
experiência agradável e única ao visitante, assegurando a satisfação e a fidelização do visitante, e
indo ao encontro da legítima aspiração da população a um desenvolvimento local sustentável.
O fenómeno turístico deve ter em linha de conta dois aspetos muito importantes: o interesse dos
turistas na região e o interesse da região nos turistas. O primeiro procura, como já vimos, regiões
que atendam da melhor forma aos seus desejos e necessidades mais díspares. O segundo
pretende, para além de atrair um crescente número de turistas, criar condições (normas de
viagens) para uma boa receção, acolhimento e entretenimento do mesmo. O acolhimento turístico
é algo sobejamente simples se houver garantias de todas as partes envolvidas na receção ao
turista em cumprir as suas funções (Normas Internacionais de Viagens). Simples mas
incontornavelmente necessário, tendo em conta que o acolhimento turístico baseado numa
normalização é um fator diferenciador de elevada relevância.

APAVT – Associação Portuguesa de Agentes de Viagem e Turismo

É a única associação desta classe em Portugal e a mais antiga e representativa do Turismo


Nacional, reunindo:
Associados Efetivos: Agências de Viagens nacionais;
Associados Aliados: outras empresas relacionadas com o setor turístico tais como Agências de
Viagens estrangeiras, companhias de aviação, hotéis, restaurantes, rent-a-car, organismos
oficiais de turismo, parques de campismo e transportes rodoviários, entre outros.
A APAVT foi fundada em 30 de maio de 1950 por um conjunto de Agentes de Viagens que

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consideraram que, sob a forma de Associação, poderiam em conjunto defender melhor os


direitos e interesses do seu setor de atividade.
Ao longo dos últimos cinquenta anos a Associação tem tido um papel fundamental no
desenvolvimento do turismo nacional, promovendo o debate de ideias entre os seus
associados, apresentando propostas
a todos os níveis, antecipando as mudanças do mercado e preparando o setor para os
desafios que lhe são colocados. Atendendo ao posicionamento das agências de viagens, que
constituem o principal
elo de ligação entre a oferta turística e os consumidores, a ação da APAVT ultrapassa muitas
vezes o âmbito desta classe, contribuindo decisivamente para a atividade turística no seu todo.

IATA - International Air Transport Association

O Transporte Aéreo Internacional é uma das indústrias mundiais mais dinâmicas e cujo
mercado está em permanente mutação. Necessita por isso de ter ao seu dispor uma
associação universal responsável, com visão operando pelos mais altos padrões profissionais.
Esta associação é a IATA.
IATA – International Air Transport Association, foi fundada em Havana – Cuba, em abril de
1945. Aquando da sua fundação, tinha 57 membros de 31 países diferentes, na sua maioria
na Europa e América do Norte. Hoje agrupa aproximadamente 280 companhias aéreas,
incluindo, as maiores, representando mais de 95% do tráfego aéreo internacional.

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A IATA é uma associação voluntária, não exclusiva, apolítica e democrática. Se para as


Companhias de aviação, a IATA representa o meio de se encontrarem as soluções
conjuntas para os diversos problemas da indústria, para os governos, é o seu agente nas
negociações para o estabelecimento de
tarifas uniformes (onde não exista a liberalização) e a garantia de que é oferecido ao
público um
transporte aéreo em condições económicas e de segurança.
Para o público, é a certeza de um constante esforço no sentido de melhorar a indústria.

Objetivos da IATA
Tudo o que possa direta ou indiretamente relacionar-se com o transporte internacional é
objeto de estudo e apreciação da IATA, através dos seus órgãos especializados:
- segurança, regularidade e economia dos voos;
- a medicina preventiva em favor dos Passageiros e Tripulações;
- a segurança e orientação no condicionamento do transporte de mercadorias:
- a cobrança e transferência de divisas;
- a colaboração com outros órgãos especializados;

E para comodidade do passageiro, permite-lhe, obter num qualquer ponto de venda


(Agências de
Viagens IATA):
- reservar vários voos, para qualquer destino;
- pagar uma única tarifa, por mais complexa que seja a rota;
- emitir um único bilhete utilizável para todo o percurso.

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Os Sistemas Globais de Distribuição

O desenvolvimento das tecnologias de informação vieram permitir a criação de sistemas


operacionais que possibilitam, com rapidez, estabelecer uma vasta rede de informação entre
os vários intervenientes. Os sistemas computorizados permitem às empresas turísticas a
gestão da reserva dos seus serviços (lugares de avião, quartos de hotel, etc.) e permitem-
lhes criar produtos (pacotes) em grande escala. Temos os Sistemas de Reservas
Computadorizadas (CRS) e Sistemas Globais de Distribuição (GDS). Fundamentalmente
criaram uma estrutura que permite a colaboração efetiva entre os agentes principais com
vista à melhoria da satisfação da procura disponibilizando-lhe o fornecimento instantâneo de
produtos adaptados às suas necessidades.

CRS
É uma base de dados que permite a uma organização gerir o seu inventário e torná-lo
acessível aos parceiros do canal de distribuição. As suas principais funções consistem na
reserva de lugares ou de quartos e emissão de bilhetes pelos produtores turísticos tais como
transportadores e hoteleiros. Os principais sistemas têm como vantagens as de assegurar o
pagamento aos produtores, fornecer informações de gestão e possibilitar alterações de
última hora. Além disso, permitem aumentar a produtividade e a eficiência da distribuição
reduzindo os respetivos custos.

GDS
Os GDS começaram como CRS das companhias aéreas e converteram-se em
“supermercados de viagens”, permitindo-lhes disponibilizar aos seus clientes pontos de
venda globais onde é oferecida uma vasta gama de produtos turísticos. Até 1952 as
agências de viagens e as companhias aéreas efetuavam as suas reservas à mão: os lugares
de cada avião eram inscritos numa ficha no aeroporto de partida e quando o agente
efetuasse uma reserva noutro local enviava uma mensagem para o aeroporto. Até 1982 os
CRS eram usados apenas para reservar lugares de avião.

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A partir de 1982 os CRS passaram a desenvolver a sua atividade segundo dois eixos:
•Extensão da oferta disponível a várias entidades: hotéis, viaturas, cruzeiros, etc.
•Internacionalização da sua implantação.
Transformaram-se assim em sistemas mundiais de distribuição (GDS), mediante a
associação de um serviço turístico a uma competência tecnológica em tratamento e
transmissão da informação em tempo real. Enquanto os CRS se encontram mais próximos
da oferta, os GDS encontram-se mais próximos da procura e a sua função específica
consiste na distribuição telemática de produtos turísticos comercializáveis mediante o acesso
aos CRS dos hoteleiros, companhias aéreas, etc.

Os GDS têm como função:


• Informar os clientes sobre horários de vôos, disponibilidades de lugares e preços em tudo
o que se relacione com a viagem;
• Reservar através de um registo com o nome do passageiro todo o conjunto de prestações
da viagem de um cliente;
• Vender – emitem o bilhete;
• Acompanham após a venda – É possível alterar a reserva, prolongar a estada, etc.
Podemos definir um GDS como sendo um sistema informático de distribuição que permite a
visualização das disponibilidades, a reserva e a emissão de bilhetes por parte dos produtores
turísticos, à escala internacional.
Internet
Constitui uma fonte de informação e de conhecimentos à escala mundial que permite a
todos os utilizadores, sem necessidade de intermediários, aceder às informações e fazer
reservas.
Vantagens:
• Comodidade; Não fecha; Fornece informação com imagens a cores e que podem ser
vistas sempre que se quiser; Redução de custos.
Desvantagens:
• Eliminação das relações humanas; Sobrecarga de informação; Tempo de recolha da
informação; Ainda existe alguma desconfiança por parte dos utilizadores.

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As Funções dos Sistemas Globais de Distribuição

A primeira grande função começou por ser redes internas de controlo de disponibilidades
que depois se tornaram acessíveis aos intermediários. Estes sistemas têm a função principal
de informar horários de voos, disponibilidade de lugares e preços nas companhias aéreas,
bem como toda a informação relacionada com hotéis, aluguer de automóveis, entre outros
serviços vinculados a uma viagem.

É considerada segunda função do GDS a ação de reservar, através de um registo com o


nome do passageiro, um conjunto de serviços da viagem, mesmo o de outras companhias
de aviação.

A terceira função é a venda, uma vez que os GDS permitem a emissão de bilhetes, já que
dispõem de um sistema de impressão que entrega os bilhetes das diferentes companhias
bem como a apresentação de uma fatura global de todos os serviços prestados aos clientes.

A quarta função de um GDS está o acompanhamento pós-venda, por exemplo, quando é


necessário alterar uma reserva, prolongar uma estada ou qualquer outro tipo de serviço.

A gestão é a quinta função anexa ao GDS, pois estes sistemas facilitam a compatibilização e
o controlo de gestão de toda uma cadeia de distribuição (agente de viagens, operador
turístico, produtor turístico e mesmo o próprio cliente), quando conectados com o sistema
contabilístico e de gestão existente no destino. Através deste processo, passou a obter-se
informações sobre os fornecedores de produtos de forma rápida, eficaz e direta e a controlar
eles próprios o processo de reservas.
Permitem ainda:
•o controlo;
•a publicitação;
•a venda dos produtos em troca de comissões competitivas e de baixo custo;
•o aumento da capacidade do volume de reservas;

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•a existência de mais opções, quando comparadas com outras formas de distribuição.

Vieram possibilitar a redução dos custos de comunicação, a flexibilização de preços pela


facilidade de alteração, o tratamento de um maior volume de informação e o fornecimento
de informação estratégica. Revelaram-se, por isso, um importante contributo para a gestão
operacional e estratégica da indústria turística e ditaram a pronta adesão aos sistemas que
lhes sucederam.

Um GDS é um sistema global de distribuição, na medida em que:


• Sistema: o coração de GDS é composto por vários computadores, uma base de dados
centralizada, uma rede de telecomunicações que liga o sistema aos produtores e às agências
de viagens e terminais;

• Global: tem um sentido geográfico abrangente, porque está presente em todo o Mundo,
para responder às necessidades dos produtores, dos retalhistas e dos clientes, e um sentido
de prestação de serviços generalizado, uma vez que propõe uma gama muito variada de
produtos associados à viagem;

• Distribuição: é um conjunto de conhecimentos comerciais adaptados às necessidades das


agências de viagens e dos clientes, permitindo o seu acesso direto aos produtores.

Estes sistemas tornaram, desta forma, possível a ligação em rede de várias organizações
turísticas e dos seus intermediários a uma escala muito mais alargada. Eles despertaram e
permitiram a uniformização de um grande número de serviços, produtos e processos.
Contudo, são sistemas que exigem grande minúcia e perícia técnica e operativa. É
necessário o pleno domínio de processos de codificação e descodificação de informação, que
por vezes são complexos. Só quem dominar este universo de códigos poderá ter acesso à
informação que circula nestas redes e, por isso, o cliente não tem acesso a elas. Para além
disso, para fazer parte destes sistemas ou a eles aceder, é necessária uma licença paga e é,
também, indispensável a formação de pessoal operacional, o que acarreta alguns custos.

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AS VANTAGENS DOS SISTEMAS GDS - GLOBAL DISTRIBUTION SYSTEMS

As TIC têm vindo a ser implementadas no setor do turismo desde a adoção do Computer
Reservations System (CRS) nos anos 60 e a posterior migração para o Global Distribution
Systems (GDS) nos anos 80, com impactos visíveis ao nível da «interoperabilidade» e da
«intercomunicabilidade» do setor.
Os GDS tiveram a sua origem nos Estados Unidos da América. O primeiro a ser
criado foi o sistema Sabre, propriedade da companhia American Airlines, como referido
anteriormente. Este sistema começou a funcionar em 1964 e, nos dias de hoje, é o que se
encontra num nível de desenvolvimento mais avançado.

Atualmente, existem no mercado bastantes sistemas de âmbito regional e alguns de


âmbito mundial. Os que apresentam maior número de localizações e terminais são os
seguintes:

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O sistema GDS AMADEUS foi fundado em 1987, pelas companhias aéreas Ibéria, Air
France, Lufthansa e SAS, cada uma com 25% de quota. Possui a sua central de dados/sede
em Earling

(perto de Munique, no estado da Baviera, Alemanha) e o seu departamento de marketing


em Madrid.
O sistema Amadeus é líder mundial de GDS, com crescente expansão nos últimos anos, e
tem vindo a modemizar-se tecnologicamente. Estas companhias, antes da criação do
sistema Amadeus, tinham os seus próprios sistemas informáticos de reservas. A estes
proprietários fundadores foram-se unindo muitas companhias aéreas, caminhos de ferro,
operadores turísticos e agências de viagens, em todo o Mundo.

Existem outros sistemas como é o caso de:


Sistema Galileo apresenta-se como um sistema operativo muito similar ao Amadeus,
sendo um dos seus maiores concorrentes na Europa, também foi criado pelas companhias
KLM, British Airways, Alitalia, Swissair e Sabena. Oferece acesso a 400 companhias aéreas,
23 000 hotéis e 43 companhias de aluguer de automóveis, além de outros produtores de
serviços turísticos. Desde a sua criação tem estado interligado aos sistemas Apollo (da
companhia aérea United Airlines) e Géminis (da companhia Air Canada).

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Sistema Sabre que se apresenta como complemento aos serviços oferecidos pelos outros
sistemas. É um pacote de software local que inclui trata- mento de textos, folha de cálculo,
banco de dados e correio eletrónico, o que permite um maior aproveitamento do
computador.

Sistema Worldspan é um sistema que apareceu, em 1990, apresentado pelas


companhias Delta Airlines, Northwest Airlines e TWA, baseado no sistema Pars e Datas II.
Tem capacidade de gestão de reservas e tarifas aéreas bem como de informação
relativamente a outros tipos de serviços turísticos oferecidos em todo o Mundo (incluindo
associações e agências de viagens, linhas aéreas, hotéis, companhias de rent-a-car,
cruzeiros, serviços ferroviários, operadores turísticos, empresas de animação e seguros de
viagem).

Sistema Savia criado pela Iberia e Renfe conjuntamente, em 1985, permite às agências
de viagens espanholas a ligação com diversos produtores nacionais integrados no sistema.
Todos estes sistemas fornecem serviços muito idênticos e permitem que uma mesma
entidade se faça representar e opere, em paralelo, em vários deles.
Também permitem:
• automatização das comunicações;

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• desburocratização de procedimentos;
• ampliação da capacidade e volume de tratamento de informação;
• flexibilização de produtos;
• capacidade e rapidez de tratamento de informação.

O processo de reservas e o controlo de produtos disponíveis provocam, nomeadamente, a


diminuição de erros operacionais e o aumento da produtividade, devido à maior eficácia
nos procedimentos de controlo e de reservas. Paralelamente, aumentaram o grau de
competências, rigor, requisitos técnicos e formação necessários a alguns dos colaboradores
operacionais dos vários elementos do sistema turístico que utilizam este tipo de redes nos
seus processos produtivos. Por outro lado, estes sistemas também reduziram os custos de
informação, a necessidade de pessoal ao serviço no departamento de reservas e vieram
também afetar a atitude e produtividade dos colaboradores perante as suas tarefas.
Atualmente, cerca de 95% das agências de viagens em todo o Mundo encontram-se ligadas
a, pelo menos, um dos GDS principais mencionados anteriormente.

Na Europa funcionam especialmente os GDS: Amadeus e Galileo, operando também este


último na América do Norte, como Galileo Internacional. Ao GDS Amadeus estão ligadas
companhias aéreas como a Ibéria e a SATA (Serviços Açorianos de Transporte Aéreos); já
ao GDS Galileo estão associadas as companhias de aviação como a British Airways, Swiss
Air e TAP. Em Portugal, e segundo um estudo realizado por Inácio, em 2002, sobre o
impacto das novas tecnologias nos agentes de viagens em Portugal, o caso da Internet, o

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sistema de reservas mais utilizado é o Galileo (78%) e encontra-se, sobretudo,


presente nos agentes de emissores e nos emissores-recetores, enquanto os agentes de
incoming possuem sistemas de reservas específicos desenvolvidos expressamente para o
seu negócio. Existem alguns agentes que trabalham com dois sistemas; também nestes
casos o Galileo é quase sempre um deles.

O Amadeus é apenas utilizado por 8% dos agentes, mas somente 2% destes tem este
sistema. Os restantes 6% utilizam o Galileo e o Amadeus em simultâneo.

Quanto ao Worldspan, este aparece isolado; é utilizado em simultâneo com o Galileo (2%)
ou com um sistema específico de reservas desenvolvido para um agente em particular.
Para a utilização destes sistemas é pressuposta uma aprendizagem prévia do seu
funcionamento.

A maioria das empresas reconhece a extrema utilidade destes novos sistemas


informáticos enquanto ferramenta auxiliar de trabalho. Muitos manifestam mesmo
que a atividade que desempenham hoje só é possível devido à existência destes sistemas,
nomeadamente para aqueles que se dedicam à atividade de outgoing.

O GDS - GALILEO

O Sistema Central Galileo é um conjunto de diferentes produtos, especialmente, desenhados


e concebidos para satisfazerem as necessidades dos Agentes de Viagens em qualquer parte
do mundo, formando o 1º Sistema Global de informação e distribuição de produtos e
serviços de viagens, tais como reservas Aéreas, Hotéis, Rent-a-Car, Espetáculos, Cruzeiros,
Tours, Limusinas, entre outros. O Sistema Galileo é um CRS - Computer Reservation
System, também conhecido por GDS - Global Distribution System. Os CRS's surgem na

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década de 40 numa altura em que as viagens de avião começaram a tornar-se banais, tendo
algumas Companhias Aéreas começado a ter necessidade de gerir a capacidade de lugares
nos seus voos. O 1º CRS a surgir é o PANAMAC, da PAN AMERICAN, seguido logo por outros,
como o Sistema APOLLO da UNITED AIRLINES, do SABRE da AMERICAN AlRLINES e do PARS
da TRANS WORLD AIRLINES.
No início estes Sistemas serviam exclusivamente para a gestão e controle interno das
reservas de lugares das próprias Companhias Aéreas. Com o passar do tempo, e fruto do
avanço tecnológico surgem, também, bases de dados de tarifas e informações internas
variadas. Em 1949, 11 Companhias Aéreas fundam a SITA-Sociedade Internacional de
Telecomunicações Aeronáuticas, no intuito de rapidamente obterem uma solução económica
e segura para as suas necessidades de telecomunicações.
É através desta entidade que se processam a quase totalidade das telecomunicações entre
Companhias Aéreas. Na década de 70 os Sistemas de Reservas começaram a incluir a
distribuição de reservas de Hotéis e Carros. Estes Sistemas de reservas começaram a ser
utilizados nas Agências de Viagem, levando ao surgimento de outras necessidades como é o
caso da automatização do TIM (Travel Information Manual), a verificação automática de
Cartões de Crédito, entre outras. Até há pouco tempo os Sistemas de Reservas que existiam
nas Agências de Viagem eram pertença de uma Companhia Aérea em particular, e,
obviamente, visavam unicamente aumentar as vendas nessa Companhia Aérea. Em 1987
surge o Sistema Galileo, sendo este o primeiro Sistema de Reservas ou CRS especificamente
desenhado e desenvolvido para satisfazer as necessidades das Agências de Viagem. Em
1992, torna-se o primeiro CRS a ser Global (GDS), a nível Mundial, posição que detêm até à
atualidade. No mercado Português, Portugal Continental e ilhas da Madeira e Açores, o
Galileo detêm atualmente 97% de quota de mercado.

O GDS - AMADEUS

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Nas últimas duas décadas, o Amadeus tem concorrido para ser um dos líderes na
distribuição global de reservas aéreas. A tecnologia do Amadeus potencia um grande
número de negócios relacionados com a indústria das viagens a nível mundial. Em Portugal
somos um dos parceiros tecnológicos de referência para as agências de viagens, sejam
pequenas agências ou grandes grupos, sejam tradicionais ou on-line, independentemente do
tipo de clientes para os quais orientam o seu negócio. Um vasto conjunto de soluções
tecnológicas, desenhadas para melhorar os resultados das agências através do aumento da
produtividade e da otimização de custos, todas elas com o máximo nível de qualidade de
serviço. Através do sistema Amadeus procuram criar uma carteira de produtos para dar
resposta a todas as necessidades das agências de viagens, através da disponibilidade de
uma oferta mais ampla e fiável que outros provedores de viagens: ferramentas orientadas
para a otimização dos processos de venda através de todos os canais possíveis; soluções
desenhadas para melhorar a gestão interna das agências; equipamento informático e
comunicações para obter o máximo rendimento do sistema Amadeus.

NORMAS E TIPOLOGIAS DOS MEIOS DE TRANSPORTE

Os meios de transporte são um fator essencial nas


viagens. Apesar de não serem os meios de transporte
mais utilizados, as empresas de transporte aéreo e
ferroviário assumem um papel relevante no que toca a
distâncias mais longas.

O Transporte Aéreo

O transporte aéreo sofreu uma expansão relativamente grande comparativamente ao conjunto dos
transportes públicos. Até 1936 o transporte aéreo evoluiu lentamente e só passados 20 anos é que
se dá o grande salto qualitativo e quantitativo com a redução dos custos das tarifas aéreas e a

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nível da produção das aeronaves (entre outros fatores). Este progresso veio estimular a procura do
transporte aéreo, devido, sobretudo, à sua rapidez, comodidade e segurança.
Grande parte das companhias eram do Estado ou o Estado detinha a maioria do seu capital,
motivo pelo qual as políticas aplicadas foram de caráter protecionista. Este panorama mudou mas
as companhias de bandeira continuam a ser importantes prestadores destes serviços.

Quanto aos tipos de tráfego aéreos, podem caracterizar-se dois voos:


• voo regular;
• voo charter.

Os voos regulares acontecem em rotas específicas e em conformidade com horários publicados e


são obrigados a levá-los a cabo seja qual for o seu load fator (taxa de ocupação necessária para
conseguir cobrir os custos).
As companhias regulares operam com rotas definidas, por um tempo determinado,de forma
regular, com horários fixos e publicados, só podendo ser alterados com o consentimento das
autoridades aeronáuticas dos países envolvidos. Realizam voos quer domésticos, quer
internacionais, para as quais obtiveram autorização dos governos ou Estados envolvidos. Estes
serviços podem ainda ser do tipo público ou privado.

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Ao contrário dos voos regulares, os serviços charter podem ser cancelados se a procura for
insuficiente. São utilizados, principalmente, nos períodos de férias porque fazem parte de um
inclusive touro Os voos charter operam em curta, média e longa distâncias, mas a sua maior
concentração é em voos de pequena distância e por motivo de férias.
A partir de 1960 os serviços charter cresceram rapidamente; o seu apelo baseava-se
essencialmente nos preços baixos, estabelecendo um ponto crítico de load fator muito elevado (na
ordem dos 85% - 90%) e pela redução significativa das suas tarifas quando comparadas com as
praticadas com as das companhias de voo regular.

Em 1962 foram certificadas 13 companhias charter.

Em 1978 os voos não regulares representavam 38% do tráfego aéreo.

Foram os ingleses que desenvolveram os denominados Inclusive Tour Charter (ITC), sendo
posteriormente seguidos pelos nórdicos. O tráfego charter, ao nível intraeuropeu ultrapassou o
tráfego regular.

Os operadores turísticos socorrem-se do serviço aéreo charter para elaborar os "pacotes


turísticos". As companhias, por sua vez, fornecem um serviço menos elaborado (quer no ar, quer
na terra) e de menor qualidade. Mas, acima de tudo, apresentam uma grande vantagem em
relação aos voos regulares porque não são obrigados a operar segundo um horário ou calendário

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pré-estabelecidos. Podem transferir passageiros de um voo menos preenchido para outro voo seu
com menor taxa de ocupação ou de outras companhias charter.

7.Atualmente, existem cinco categorias fundamentais de companhias aéreas:

No 1.° grupo podem-se incluir-se as grandes companhias aéreas regulares - existem mais de 20
grandes companhias nacionais (que constituem a Associação das Companhias Aéreas Europeias -
Association of European Airlines - AEA).

O 2.° grupo é constituído por companhias aéreas subsidiárias das grandes companhias, que
se dedicam sobretudo às operações não regulares, mas igualmente importantes no campo das
operações domésticas e regionais.

O 3.° grupo envolve as companhias independentes que praticamente só operam serviços


charter - algumas destas companhias estão entre as maiores companhias europeias.

O 4.° grupo refere-se às companhias regionais, cujos serviços aéreos têm crescido
consideravelmente na Europa, nos últimos anos (como é o caso dos táxis aéreos).

O 5.° grupo diz respeito às companhias low cost que se caracterizam por comercializar os seus
produtos na Internet, a preços muito reduzidos. Podem ser companhias independentes,
subsidiárias das de voos regulares e das de voo charter.

Quando abordamos os transportes aéreos referimo-nos naturalmente à aviação civil. Esta consiste
em qualquer utilização não militar da aviação, seja ela comercial ou privada e divide-se
basicamente em duas categorias:

Transporte aéreo – abrange todas as operações de transporte comercial de passageiros e de


cargas;

Aviação geral – abrange todas as outras operações de voo, comerciais ou privadas. Nesta
categoria, estão incluídas a aviação agrícola, experimental, desportiva, executiva, táxi
aéreo, transporte de cargas externas, entre outras.

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Módulo 8: Sistemas Globais de Distribuição

A maioria dos países são membros da Organização de Aviação Civil Internacional (OACI ou
ICAO) e trabalham em conjunto para definir normas e práticas comuns aos membros, com o
propósito de desenvolver o transporte aéreo internacional com segurança e eficácia.

Em Portugal esta autoridade é designada por Instituto Nacional de Aviação Civil (INAC) e
exerce também as competências de Registo Aeronáutico Nacional. O INAC é um instituto público
dotado de personalidade jurídica e de autonomia administrativa e financeira, tutelado pelo
ministério responsável pelos transportes

Até 1944 a atividade aeronáutica civil em Portugal era regulada e tutelada pela Aeronáutica Militar.
Nesse ano as duas aeronáuticas foram separadas e foi criado um organismo tutelar para a
aeronáutica civil, denominado Secretariado da Aeronáutica Civil (SAC) antecessor do atual INAC.
Dois anos mais tarde, o SAC absorveu o Gabinete dos Aeródromos Civis e passou a denominar-se
Direção-Geral de Aeronáutica Civil (DGAC), dependente do então Ministério das Comunicações.
Posteriormente passou a Direção-Geral de Aviação Civil (DGAC) e, em 1998, adotou a atual
denominação de Instituto Nacional de Aviação Civil. Inicialmente o SAC/DGAC, além da função
reguladora de aeronáutica civil, exercia a administração direta das infraestruturas aeronáuticas, do
controlo da navegação aérea e mesmo de certas áreas dos transportes aéreos. Foi no seio do SAC
que nasceu a atual TAP, mais tarde transformada em empresa autónoma. Transportes Aéreos de
Portugal.

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Módulo 8: Sistemas Globais de Distribuição

A TAP é a companhia aérea portuguesa líder de mercado, que celebrou 60 anos a 14 de março de
2005, data em que passou também a integrar a Star Alliance, a maior aliança global de
companhias aéreas a nível mundial. Com Hub em Lisboa – plataforma privilegiada de acesso à
Europa, a companhia destaca-se como a transportadora europeia líder de operação para o Brasil.
A Empresa estabelece também as melhores parcerias, em terra e no ar, disponibilizando assim um
número alargado de destinos servidos em code-share com companhias suas congéneres, além de
um diversificado conjunto de vantagens e benefícios associados.

Posteriormente, estas áreas foram sendo privatizadas ou atribuídas a outras entidades públicas,
limitando as funções do atual INAC à de regulamentação e fiscalização.

A Convenção sobre Aviação Civil Internacional,


também conhecida como Convenção de Chicago,
assinada a 7 de dezembro de 1944, por 52 Estados,
estabeleceu a Organização de Aviação Civil
Internacional (OACI) e determinou algumas regras
acerca do espaço aéreo, registo de aeronaves e
segurança de voo, bem como detalha os direitos dos
signatários com respeito ao transporte aéreo. Este
tratado entrou em vigor a abril de 1947 e já foi revisto
por sete vezes.

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Módulo 8: Sistemas Globais de Distribuição

O transporte aéreo internacional é um dos setores mais dinâmicos e de rápida evolução do mundo
e por essa razão surge uma associação representativa internacional de companhias aéreas, pró-
ativa e neutra, designada de IATA (International Air Transport Association /Associação
Internacional de Transporte Aéreo), sediada em Montreal, no Canadá. Para cumprir plenamente a
missão de representar e servir o setor da aviação, a IATA atende a quatro grupos envolvidos na
operação equilibrada do sistema de transporte aéreo mundial:
✓ Público em geral;
✓ Governos;
✓ Terceiros, como agentes de viagem/operadores turísticos e carga;
✓ Fornecedores de equipamentos e sistemas.

SERVIÇOS OFERECIDOS PELAS COMPANHIAS AÉREAS

Serviços em terra:

• aceitação dos passageiros (check-in);

• faturação do equipamento e de bagagens;

• embarque;

• cartão que facilita diversos serviços;

• atenção especial a pessoas com problemas de mobilidade e crianças não acompanhadas;

• atenção especial a passageiros frequentes.

Serviços a bordo:

• informação de rota efetuada, altitude, distâncias percorrida e a percorrer, duração do voo,


condições do tempo, etc.;

• imprensa atualizada;

• serviço de alimentação e bebidas de acordo com a duração do voo;

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• projeção de filmes;

• acompanhamento de pessoas com necessidades especiais;

• atenção especial a menores não acompanhados;

• transporte de animais (mediante informação prévia e pagamento).

OS DIREITOS DE TRÁFEGO AÉREO E LIBERDADES DE CIRCULAÇÃO

Direitos de Tráfego: é o direito de uma transportadora aérea transportar passageiros, carga e/ou
correio num serviço aéreo entre dois aeroportos.

Serviço aéreo regular: uma série de voos que reúna todas as características seguintes: ser
realizada por meio de aeronaves destinadas ao transporte de passageiros, carga e/ou correio
mediante pagamento, de forma que em cada voo existam lugares disponíveis para aquisição
individual pelo público (diretamente na transportadora aérea ou através dos agentes autorizados) e
explorada de modo a assegurar o tráfego entre os mesmos dois ou mais aeroportos, quer de
acordo com um horário publicado, quer mediante voos que, pela sua regularidade ou frequência,
constituam, de forma patente, uma série sistemática.

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Serviço aéreo não regular: voo ou série de voos operados sem sujeição a normas
governamentais sobre regularidade, continuidade e frequência e destinados a satisfazer
necessidades específicas de transporte de passageiros e respetiva bagagem ou de carga em
aeronaves utilizadas por conta de um ou mais fretadores, mediante remuneração ou em execução
de um contrato de fretamento.

AS LIBERDADES DE CIRCULAÇÃO NO ESPAÇO AÉREO

Os direitos de tráfego estabelecem as liberdades de circulação no espaço aéreo e são obtidos


através da concessão dada pelos governos para uma ou mais companhias aéreas operarem para
um determinado país ou atravessarem o seu espaço aéreo assistindo-lhe o direito de transportar
carga e passageiros.

Uma companhia aérea portuguesa para operar para a Alemanha terá de obter autorização dos
governos português e alemão para levantar voo e aterrar mas também terá de obter autorização
para sobrevoar os respetivos espaços aéreos bem como os da Espanha, França e Suíça se tiver
de sobrevoar estes países.

Estes direitos, consignados na Convenção de Chicago de 1944, sob a forma de acordos


multilaterais, criaram as bases para um sistema coordenado do tráfego aéreo a nível internacional
e deram origem às chamadas liberdades aéreas que têm os seguintes princípios:

Primeira liberdade - Uma companhia aérea X de um país A que pretende voar para o país C
obtém autorização para sobrevoar o país B. Consiste, portanto, no privilégio de voar através do
território de outro país mas sem aterrar.

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Segunda liberdade - A companhia X do país A ao deslocar-se para o país C obtém autorização do


país B para aí poder aterrar por razões técnicas.

Terceira liberdade - Consiste no direito de uma companhia aérea de um país transportar


passageiros do seu país de origem para outro país. Mas não o contrário.

Quarta liberdade - Consiste no direito de transportar passageiros para o país da companhia


provenientes de outro país.

Quinta liberdade - É a mais completa e consiste no privilégio concedido a uma companhia do país
A com destino ao país C embarcar e desembarcar passageiros correio e carga no país B. Consiste
portanto no direito de transportar passageiros entre dois países por uma companhia de um terceiro
numa rota começando e terminando no seu país de origem.

Posteriormente à Convenção de Chicago foram estabelecidas mais três liberdades do


transporte aéreo:

Sexta liberdade - Consiste no privilégio de transportar passageiros, correio e carga entre dois
países B e C num avião que não é o da nacionalidade de nenhum destes países mas que opera via
país da nacionalidade do avião (A), ou seja, é o direito de tráfego entre dois países estrangeiros
por uma companhia aérea de um terceiro em duas rotas que os ligam com este. Exemplo: a TAP
transporta passageiros de Nova lorque para Lisboa, onde são transferidos para outro avião da TAP
no qual viajam para Roma. A TAP, que é portuguesa, transporta passageiros dos EUA para Itália.

Sétima liberdade - Consiste no privilégio de transportar passageiros, correio e carga entre dois
países numa linha aérea que não está associada com nenhum dos dois. Será o caso de uma
companhia aérea espanhola adquirir o direito de efetuar transportes entre Lisboa e Londres.

Oitava liberdade - É o privilégio de uma companhia aérea de um país transportar passageiros


dentro de outro país numa rota com origem ou destino no seu país de origem. Uma companhia
aérea inglesa que voa para Faro pode transportar passageiros de Lisboa ou do Porto para Faro.

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OS CONTRATOS COM OS CLIENTES DO TRANSPORTE AÉREO

O transporte aéreo está subordinado a um contrato realizado entre uma companhia aérea e um
passageiro. O referido contrato, vulgarmente designado por bilhete de avião, tem por objetivo
procurar o equilíbrio correto entre os interesses dos passageiros e das transportadoras aéreas.
Este contrato tem duas componentes: uma de preço/tarifa e outra de condições de aplicação da
tarifa.

1- Os contratos de venda de viagens organizadas deverão conter, de forma clara e precisa,


as seguintes menções:

a) nome, endereço e número do alvará da agência vendedora e da agência organizadora da


viagem;

b) identificação das entidades que garantem a responsabilidade da agência organizadora:

c) preço da viagem organizada, termos e prazos em que é legalmente admitida a sua alteração e
impostos ou taxas devidos em função da viagem, que não estejam incluídos no preço;

d) montante ou percentagem do preço a pagar, a título de princípio de pagamento, data de


liquidação do remanescente e consequências da falta de pagamento;

e) origem, itinerário e destino da viagem, períodos e datas de estada;

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f) número mínimo de participantes de que dependa a realização da viagem e data limite para a
notificação do cancelamento ao cliente, caso não se tenha atingido aquele número;

g) meios, categorias e características de transporte utilizados, datas, locais de partida e regresso e,


quando possível, as horas;

h) o grupo e classificação do alojamento utilizado, de acordo com a regulamentação do Estado de


acolhimento, sua localização, bem como o nível de conforto e demais características principais,
número e regime ou plano de refeições fornecidas;

i) montantes máximos exigíveis à agência;

j) termos a observar para reclamação do cliente pelo não cumprimento pontual dos serviços
acordados;

I) visitas, excursões ou outros serviços incluídos no preço;

m) serviços facultativamente pagos pelo cliente;

n) todas as exigências específicas que o cliente comunique à agência e esta aceite.

2 - Considera-se celebrado o contrato com a entrega ao cliente do programa de viagem e do


recibo, devendo a viagem ser identificada através da designação que constar do programa.

3 - Sempre que o cliente o solicite ou a agência o determine, o contrato constará de documento


autónomo, devendo a agência entregar ao cliente cópia integral do mesmo, assinado por ambas as
partes.

4 - O contrato deve conter a indicação de que o grupo e a classificação do alojamento utilizado são
determinados pela legislação do Estado de acolhimento.

5 - O contrato deve ser acompanhado de cópia da ou das apólices de seguro vendidas pela
agência de viagens no quadro desse contrato.

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Tipologias de Voos

• voos diretos, sem escala;

• voos diretos, com escala, mas sem mudar de avião;

• voos «online», isto é, com mudança de avião mas com a mesma companhia aérea;

• voos «interline», isto é, com mudança de avião e de companhia aérea.

ATRIBUIÇÕES DO ANAC – AUTORIDADE NACIONAL DE AVIAÇÃO CIVIL

Nos termos do artigo 24º - Defesa dos Utentes, do Decreto-Lei nº145/2007, de 27 de abril, incumbe
ao INAC:
a) Proceder à informação pública acerca de todos as aspetos que interessem aos utentes e impor a
mesma obrigação de informação aos operadores do setor;

b) Determinar a criação de mecanismos de apreciação das reclamações e queixas dos utentes por
parte dos operadores e fiscalizar o seu funcionamento;

c) Promover a arbitragem voluntária para a resolução de conflitos de natureza contratual entre as


organizações sujeitas à sua ação e os consumidores*;

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d) Garantir o cumprimento da regulamentação e legislação em matéria de proteção dos direitos dos


passageiros do transporte aéreo, nas matérias de exclusiva competência repartida em estreita
colaboração com as entidades governamentais nacionais de defesa do consumidor.

(*) Proposta em estudo.

OS DIREITOS DOS PASSAGEIROS QUANDO VIAJAM POR VIA AÉREA

A Comissão Europeia apresentou, os Direitos dos Passageiros que tem como objetivo informar os
cidadãos sobre os seus direitos enquanto passageiros e sobre os meios que dispõem para
assegurar o seu cumprimento.

✓ Pessoas com deficiências e pessoas com mobilidade reduzida

Ao abrigo da legislação comunitária as pessoas com deficiência e/ou mobilidade


reduzida estão protegidas contra a discriminação durante a reserva e embarque.
Também têm direito a receber assistência nos aeroportos (na partida, chegada e
deslocação) e a bordo dos aviões. De forma a facilitar o provimento da
assistência, recomenda-se que envie previamente notificação das suas
necessidades.

✓ Embarque recusado

Quando for recusado o embarque aos passageiros num voo, as companhias aéreas são obrigadas
a procurar primeiro voluntários que cedam as suas reservas a troco de benefícios. Além disso, a
transportadora aérea tem também de oferecer aos voluntários a opção entre o reembolso total e o
reencaminhamento. Poderá ter direito a uma indemnização entre 125 € e 600 € dependendo da
distância do voo e da duração dos atrasos antes de ser reencaminhado. Sempre que os voluntários
optem pelo reencaminhamento, a companhia aérea também tem de proporcionar assistência se

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necessário, por exemplo refeições, acesso a um telefone, estadia de uma ou mais noites se
necessário e transporte entre o aeroporto e o local do alojamento.

✓ Cancelamento

O passageiro tem direito a uma indemnização idêntica àquela que é oferecida quando lhe é
recusado o embarque, a menos que tenha sido informado do cancelamento pelo menos 14 dias
antes do voo, que tenha sido reencaminhado para um horário próximo do previsto ou se a
companhia aérea conseguir provar que o cancelamento foi causado por circunstâncias
extraordinárias. Além disto, a companhia aérea tem de oferecer a opção entre:

➢ reembolso do bilhete no prazo de sete dias;

➢ reencaminhamento para o destino final com condições semelhantes;

➢ e, se necessário, assistência (chamada telefónica, bebidas, comida, alojamento, transporte


para o alojamento).

✓ Atrasos consideráveis

Tem direito a receber assistência por parte da companhia aérea (chamada telefónica, bebidas,
refeição, alojamento, transporte para o local de alojamento) se o atraso for de:

➢ duas horas ou mais para voos de 1 500 km ou menos;

➢ três horas ou mais para voos mais longos dentro da União Europeia ou para voos entre 1 500
e 3 500 km;

➢ quatro horas ou mais para voos superiores a 3 500 km fora da União Europeia.

Se o atraso for superior a cinco horas e optar por não seguir viagem, também tem direito a receber
o reembolso do bilhete e a ser transportado de volta ao local de partida original.

Se chegar ao destino final com um atraso de três horas ou mais, pode ter direito a uma
indemnização idêntica àquela que é oferecida quando o voo é cancelado, a menos que a
companhia aérea consiga provar que o atraso tenha sido causado por circunstâncias

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extraordinárias. Adicionalmente, as companhias podem ser responsabilizadas por prejuízos


resultantes dos atrasos.

✓ Bagagem

Se a bagagem for perdida, danificada ou chegar com atraso, poderá ter direito a uma indemnização
limitada até cerca de €1 220. No entanto, as companhias aéreas não serão consideradas
responsáveis se tiverem tomado todas as medidas razoáveis para evitar prejuízos ou se lhes tiver
sido impossível tomar tais medidas. Pela bagagem danificada, tem de apresentar uma queixa
perante a companhia aérea no prazo de sete dias após a receção da bagagem. Pela receção
atrasada da bagagem, este período tem um máximo de 21 dias.

✓ Pacotes de férias
Os organizadores e retalhistas de pacotes de férias são obrigados a fornecer informações precisas
e completas sobre os pacotes de férias reservados. São obrigados a honrar os termos contratuais
e a proteger os passageiros em caso de insolvência. Os operadores de pacotes turísticos têm de
fornecer informações exatas sobre as férias reservadas, estar em conformidade com as obrigações
contratuais e proteger os passageiros em caso de insolvência do organizador.

✓ Transparência de preços

De acordo com a legislação da UE, quando adquirir passagens aéreas para voos com partida em
aeroportos da UE, as condições que se aplicam as condições que se aplicam devem ser
explicadas. O preço final a ser pago deve estar sempre indicado e deve incluir o custo da
passagem aérea aplicável, bem como os impostos, taxas, sobretaxas e encargos aplicáveis que
são inevitáveis e previsíveis no momento da publicação. Também devem ser especificados os
valores relativos ao custo da passagem, impostos, taxas aeroportuárias e, por fim, outras taxas,
sobretaxas e encargos.

O preço de suplementos opcionais deve ser comunicado de forma clara, transparente e não
ambígua, no início do processo de reserva e a aceitação destes suplementos deve ser efetuada
numa base de "optar por participar".

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✓ Cessão da posição contratual

1 - O cliente pode ceder a sua posição, fazendo-se substituir por outra pessoa que preencha todas
as condições requeridas para a viagem organizada, desde que informe a agência, por forma
escrita, até sete dias antes da data prevista para a partida.

2 - Quando se trate de cruzeiros e de viagens aéreas de longo curso, o prazo previsto no número
anterior é alargado para 15 dias.

3 - O cedente e o cessionário são solidariamente responsáveis pelo pagamento do preço e pelos


encargos adicionais originados pela cessão.

4 - A cessão vincula também os terceiros prestadores de serviços, devendo a agência comunicar-


lhes tal facto no prazo de 48 horas.

✓ Alteração do preço nas viagens organizadas

1- Nas viagens organizadas o preço não é suscetível de revisão, exceto o disposto no número
seguinte.
2 - A agência só pode alterar o preço até 20 dias antes da data prevista para a partida e se,
cumulativamente:
a) o contrato o previr expressamente e determinar as regras precisas de cálculo da alteração;
b) a alteração resultar unicamente de variações no custo dos transportes ou do combustível, dos
direitos, impostos ou taxas cobráveis ou de flutuações cambiais.
3 - A alteração do preço confere ao cliente o direito de rescindir o contrato.
4 - O cliente não é obrigado ao pagamento de acréscimos de preço determinados nos 20 dias que
precedem a data prevista para a partida.

✓ Rescisão ou cancelamento não imputável ao cliente

Se, por facto não imputável ao cliente, a agência cancelar a viagem organizada antes da data da
partida, tem aquele direito, sem prejuízo da responsabilidade civil da agência, a:

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a) ser imediatamente reembolsado de todas as quantias pagas, sem prejuízo do disposto no


número seguinte;

b) em alternativa, optar por participar numa outra viagem organizada, devendo ser reembolsada ao
cliente a eventual diferença de preço.

✓ Direito de rescisão pelo cliente


O cliente pode sempre rescindir o contrato a todo o tempo, devendo a agência reembolsá-lo do
montante antecipadamente pago, deduzindo os encargos a que, justificadamente, o início do
cumprimento do contrato e a rescisão tenham dado lugar e uma percentagem do preço do serviço
não superior a 15 por cento.

✓ Assistência a clientes

1-Quando, por razões que não lhe forem imputáveis, o cliente não possa terminar a viagem
organizada, a agência é obrigada a dar-lhe assistência até ao ponto de partida ou de chegada,
devendo efetuar todas as diligências necessárias.

2 - Em caso de reclamação dos clientes, cabe à agência ou ao seu representante local provar ter
atuado diligentemente no sentido de encontrar a solução adequada.

PROCEDIMENTOS PARA CONCESSÃO DE PASSAPORTES E VISTOS

Advanced Passenger Information System ou APIS

É um sistema adotado por vários países, que obriga à recolha por parte
das companhias aéreas, de informações específicas de cada
passageiro. Se no itinerário estiver incluído um ou mais desses países,
ser-lhe-á pedido o preenchimento de dados de identificação durante o
processo de check-in online e antes de poder imprimir o seu cartão de
embarque.

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Os dados incluem:

• nº do passaporte ou do bilhete de identidade, com o respetivo número,


data de validade e país emissor

• nomes próprios e apelido

• sexo

• data de nascimento

• nacionalidade.

Normas de concessão dos passaportes Decreto-Lei n.º 83/2000, de 11 de


maio

Artigo 1.º - Objeto, função e princípios gerais


O passaporte é um documento de viagem individual, que permite ao seu titular a entrada e saída
do território nacional, bem como do território de outros Estados que o reconheçam para esse efeito.
A concessão do passaporte observa o princípio da legalidade, da auten-ticidade, veracidade e
segurança dos dados neles contidos. O passaporte constitui proprie-dade do Estado Português,
sendo a sua violação e utilização indevida punidas nos termos da lei.
Artigo 2.º - Categorias de Passaportes
O passaporte pode revestir uma das seguintes categorias:
Comum; Diplomático; Especial; Para estrangeiros. O passaporte pode ser substituído, nas
condições previstas no presente diploma, por título de viagem única.

O PEP (Passaporte Eletrónico Português) mantém as características de reconhecimento do


titular, do anterior passaporte, integrando uma geração de dispositivos que vão desde o
reconhecimento facial, passando pela integração de um chip contactless, com a mesma informação
impressa na página do titular: (nome; altura; data de nascimento; sexo; local de nascimento; data
de emissão e expiração do passaporte; fotografia; assinatura digital).

Pedido de Vistos para entrada em território português

os cidadãos estrangeiros necessitam de:

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✓ Ser portadores de documento de viagem com validade superior, pelo menos em 3 meses à
duração da estada pretendida.

✓ Possuir um visto válido e adequado à finalidade da estada. Este visto deve ser sempre
solicitado numa missão diplomática ou posto consular de carreira português sedeado no
estrangeiro.

✓ Dispor de meios de subsistência suficientes para o período da estada.

✓ Não estarem inscritos no Sistema Integrado de Informação do SEF nem no Sistema de


Informação Schengen.

Para entrada por fronteira não sujeita a controlo deve ainda:

Os Estrangeiros que entrem em Portugal por uma fronteira não sujeita a controlo, são obrigados a
declarar esse facto no prazo de 3 dias úteis a contar da data de entrada, junto do Serviço de
Estrangeiros e Fronteiras, com exceção de cidadãos estrangeiros:

✓ Residentes ou autorizados a permanecer no País por período superior a 6 meses.

✓ Que beneficiem do regime comunitário ou equiparado.

✓ Que se instalem em estabelecimentos hoteleiros ou similares.

Para Estadias de Curta Duração (Vistos de Curta Duração)

O visto de curta duração destina-se a permitir a entrada em território português ao seu titular para
fins que, sendo aceites pelas autoridades competentes, não justifiquem a concessão de outro tipo
de visto, designadamente para fins de trânsito, de turismo e de visita ou acompanhamento de
familiares que sejam titulares de visto de estada temporária.

Para Estadias Temporárias (Vistos de Estada Temporária)

O visto de estada temporária destina-se a permitir a entrada em território português ao seu titular
para:

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- Tratamento médico em estabelecimentos de saúde oficiais ou oficialmente reconhecidos;

- Acompanhamento de familiar sujeito a tratamento médico titular de visto de estada temporária;

- Transferência de cidadãos nacionais de Estados Partes na Organização Mundial de Comércio, no


contexto da prestação de serviços ou da realização de formação profissional em território
português;

Para obtenção de Autorização de Residência (Vistos de Residência)

O visto de residência destina-se a permitir ao seu titular a entrada em território português a fim de
solicitar autorização de residência.

Visto de residência para exercício de atividade profissional subordinada

A concessão de visto para obtenção de autorização de residência para exercício de atividade


profissional subordinada depende da existência de oportunidades de emprego, não preenchidas
por nacionais portugueses, trabalhadores nacionais de Estados membros da União Europeia, do
Espaço Económico Europeu, de Estado terceiro com o qual a Comunidade Europeia tenha
celebrado um acordo de livre circulação de pessoas, bem como por trabalhadores nacionais de
Estados terceiros com residência legal em Portugal.

Código de Vistos Europeu

Regulamento (CE) n.º 810/2009 do Parlamento Europeu e


do Conselho, de 13 de julho de 2009, que estabelece o
Código Comunitário de Vistos (Código de Vistos).

O presente regulamento estabelece os procedimentos e


condições para a emissão de vistos para estadas de curta
duração e trânsito nos territórios dos Estados-Membros.
Enumera ainda os países terceiros cujos nacionais estão
sujeitos à obrigação de visto de escala aeroportuária quando passam nas zonas internacionais de
trânsito dos aeroportos dos Estados-Membros e estabelece os procedimentos e as condições para
a emissão desses vistos.

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Todos os viajantes ao abrigo do Programa de Isenção de Visto (VWP) têm


agora de obter uma autorização de viagem através do Sistema Eletrónico
para Autorização de Viagem (ESTA) antes de viajar para os Estados Unidos
ao abrigo do VWP ou ESTA (Sistema Eletrónico para Autorização de
Viagem) é um sistema automatizado utilizado para determinar a elegibilidade dos visitantes que
viajam para os Estados Unidos ao abrigo do VWP.

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Módulo 8: Sistemas Globais de Distribuição

Uma autorização eletrónica de viagem /Electronic Travel Authority (ETA) fornece autorização
para viajar e entrar na Austrália e é eletronicamente vinculado ao seu passaporte. É por curto prazo
permanece para atividades turísticas ou visitante de negócios.

HANDLING

AEROPORTUÁRIO

O Grupo ANA é um sólido grupo empresarial português


responsável pela gestão dos aeroportos em Portugal Continental
(Lisboa, Porto, Faro e terminal civil de Beja), na Região Autónoma
dos Açores (Ponta Delgada, Horta, Santa Maria e Flores) e na
Região Autónoma da Madeira (Madeira e Porto Santo).

O portfólio de negócios do Grupo ANA compreende as áreas de


negócios de Aviação e Não Aviação e inclui ainda a prestação de serviços de Handling, de
Segurança Aeroportuária e de Assistência a Passageiros com Mobilidade Reduzida (PMR).

Aviação - O negócio da aviação é maioritariamente regulado e consiste na gestão de


infraestruturas para o tráfego de aeronaves, passageiros e carga.

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Disciplina: Operações Técnicas em Empresas Turísticas
Módulo 8: Sistemas Globais de Distribuição

Não Aviação - O negócio da não Aviação, compreende a gestão das áreas de retalho nos
aeroportos (lojas, restaurantes e serviços), o investimento e desenvolvimento imobiliário, gestão e
aluguer de escritórios, gestão e exploração de parques de estacionamento, gestão do negócio de
rent-a-car, telecomunicações e dinamização dos meios e suportes publicitários.

Handling
O Handling consiste na prestação, em terra, de serviços
de apoio a aeronaves, passageiros, bagagem, carga e
correio.

Segurança Aeroportuária e Passageiros com Mobilidade Reduzida


As componentes Segurança Aeroportuária e Passageiros com Mobilidade Reduzida são objeto de
regulação autónoma e as taxas cobradas financiam, respetivamente, os serviços que protegem
pessoas e bens contra atos ilícitos e os serviços de assistência a pessoas com mobilidade reduzida
que viajem por via aérea.

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Disciplina: Operações Técnicas em Empresas Turísticas
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Para alternar entre os dois ambientes:


de Focalpoint para Viewpoint :

de Viewpoint para Focalpoint:


No
tra
po
sis
ne
a
re
pa
E
m
Assinar o Sistema (Sign On)
V

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iewpoint

No menu superior clicar em TOOLS e escolher a opção SIGN ON

Quando, ao assinar, o sistema o informar de que a Password expirou, selecionar no menu


TOOLS a opção Change Password.

Uma assinatura, que não seja utilizada por um período de 90 dias, é automaticamente

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apagada, pelo que será necessário criar uma nova se pretender voltar a utilizar o sistema.
Ao terminar o seu dia de trabalho ou quando interromper por um longo período (por
exemplo durante o almoço), deverá desassinar o seu terminal.
No menu Tools, selecionar a opção Sign Off, ou utilizar a entrada SOF em Focalpoint.

Alteração de password
A password tem de ser renovada de 90 em 90 dias. O sistema avisa automaticamente quando che
altura da renovação. Para renovar a password vai a:

Viewpoint

N
o

m
e
n

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Módulo 8: Sistemas Globais de Distribuição

u superior clicar em TOOLS e escolher a opção Change Password

Como saber a PCC (“Pseudo City Code”) da Agência

Todas as Agências de Viagens estão identificadas por uma Pseudo City Code que
pode ser composta por 3 ou 4 dígitos alfanuméricos.

Poderá saber qual a PCC da sua Agência, através da seguinte entrada:

QCA Na resposta do sistema a esta entrada a PCC encontra-se na primeira linha ao lado
da data:

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Função de “Scrolling”

Sempre que, no canto inferior esquerdo de qualquer “display”, exista um “fecha


parênteses” seguido de um “start of message” (SOM) a seguir apresentado )>,
significa que existe mais informação para além da visível naquela janela, à qual
poderá aceder fazendo:

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Codificar e Descodificar (Encode / Decode)


O sistema Galileo permite, sempre que necessário, descodificar ou codificar o
nome das Companhias de Aviação, Cidades, Tipo de Avião, Países e Regiões.
Os mais importantes são:

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Informações diversas
É possível encontrar no sistema, outras informações úteis, nomeadamente sobre diferenças
horárias (Local Time), Tempos mínimos de ligação (Minimum Connecting Time), informações
sobre Vistos e Vacinas (Timatic), etc.
Para tal aceder à barra do Custom Viewpoint:

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Timetable – Hórários / Frequência de voos

A consulta do Timetable pode ser particularmente útil, para verificar se existe voo
direto entre duas cidades, ou qual a frequência de voos, quando os voos não são diários.
O sistema apenas mostra os voos diretos entre duas cidades, não mostra voos de
ligação. A informação que aparece é com base na data indicada e 28 dias para a frente.

TT20SEPLISFRA

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Availability - Disponibilidade de Lugares/Voos

O sistema Galileo, na sua facilidade de Disponibilidade de Lugares, tem um alcance de ontem,


hoje e +330 dias. Não indicando preferência de horário, com a entrada abaixo indicada, o
sistema faz a busca entre as 00h00 e as 23h59 do dia indicado.
O quadro em baixo mostra um exemplo de uma disponibilidade de lugares neutral:

A12AUGLISPAR

Uma Disponibilidade de Lugares apresenta:


1ª linha:dia da semana, data pedida, cidade de origem e destino, a busca foi feita entre as
00h00 até às 23h59 do dia indicado e a informação de que se trata de um “display
Neutral”.
Colunas:
1 – Numeração das diferentes linhas do “display”
2 – Se existir o símbolo – entre o número da linha e a cidade de partida, significa
que há mudança de aeroporto
3 – Cidade de origem e destino
4 - Horas locais de partida e chegada
Se entre a hora de partida e de chegada existir um:
# o voo chega no dia seguinte à partida
* o voo chega 2 dias depois da partida
- o voo chega no dia anterior à partida
5 – Número de voo com respetivo código da companhia aérea, se for precedido de um @

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significa que se trata de um voo “code share” (operado por outra companhia)
6 – Diferentes classes e respetiva situação:

Se a seguir existir um # significa que existem mais classes, para ver e nesse caso fará:
A@#2

Availability - Disponibilidade de Voos Venda de lugares

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Utilizando o ambiente interativo Point and Click, poderá facilmente aceder a uma
disponibilidade de lugares/voos, para a ida e volta em simultâneo e com a possibilidade de
venda de lugares imediata.
:A12NOVLISPAR*TP+17NOV*TP

A entrada críptica precedida dos : (dois pontos), vai abrir uma janela adicional interativa.
As transações aqui realizadas podem ser recuperadas em Focalpoint, fazendo *R.

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Alterações/Cancelamentos ao nome

A alteração ao nome deve apenas ser feita, antes de obter um código de reserva.
Qualquer alteração feita após ter gravado a reserva, é assumida como “Change
Name” e poderá resultar no cancelamento da mesma, ou numa penalização
posterior (ADM) da companhia. Para cancelar um passageiro deverá primeiramente
fazer um Divide à reserva. Ver mais à frente no manual. As alterações aos dados
da criança e bebé (em “Name Remarks”) podem ser efetuadas em qualquer altura
(antes ou depois do fecho da reserva), visto ser um campo que não segue para a
companhia aérea.

Booking File – Campos Obrigatórios

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Ano: 2º Ano Letivo: 2023-2024
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Telefone/Contacto
A reserva pode ter varios contactos, desde que o 1º seja obrigatoriamente o da Agência.
Somente o 1º segue para as companhias áreas.
O código inicial designa a cidade e o tipo de contacto:
Alterações/Cancelamentos ao telefone
Pode alterar ou cancelar um telefone, sem qualquer restrição.

Informação sobre o bilhete


O sistema só aceita uma das seguintes possibilidades:

Alterações/Cancelamentos à informação sobre o bilhete

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Ano: 2º Ano Letivo: 2023-2024
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Booking File Fecho da Reserva End Transaction

Após a inserção de todos os campos obrigatórios, pode verificar a sua reserva fazendo:
*R
A reserva só ficará efetivamente finalizada após: END TRANSATION

Booking File - Campos Opcionais-OSI

Service Information OSI

Este tipo de entrada é usada sempre que seja necessário enviar à companhia ou
companhias aéreas reservadas uma mensagem de caráter informativo.
É geralmente usado para dar informação de contactos dos passageiros, para fazer
“cross reference” de reservas (TCP), etc.
Para determinar a sua aplicação, torna-se necessário saber que este tipo de
mensagem é enviada para o sistema da companhia aérea e regista-se no PNR

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Ano: 2º Ano Letivo: 2023-2024
Disciplina: Operações Técnicas em Empresas Turísticas
Módulo 8: Sistemas Globais de Distribuição

correspondente sem gerar nenhum alerta.


Por exemplo: Fez uma reserva para 2 clientes de uma empresa. Entretanto
chega um pedido para mais um passageiro que irá viajar com os 2 anteriormente
reservados. Este passageiro ficará numa reserva separada, mas podemos introduzir
uma informação, para que a companhia saiba que viajam juntos.
Se recebeu da companhia aérea um “Vendor Remark” solicitando a informação do
telefone do passageiro, porque a viagem tem início no fim de semana e a
companhia prevê haver alterações ao voo, deverá enviar a informação através deste
campo.

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Ano: 2º Ano Letivo: 2016-2017
Formador: Nuno Freitas
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Ano: 2º Ano Letivo: 2016-2017
Formador: Nuno Freitas
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APIS – Advance Passenger Information Support


No âmbito do programa Secure Flight, a TSA (Transport Security Administration)
obriga as companhias a coletar e transmitir os SFPD (Secure Flight Passenger
Data), que são previamente comparados com listas de observação do governo
para vôos domésticos e internacionais. Por isso, é exigido a todas as companhias
aéreas nacionais e internacionais que voam de ou para um destino nos EUA ou
que atravessam o espaço aéreo dos EUA, transmitam os SFPD
independentemente do canal de distribuição por meio do qual a reserva é
efetuada, até 72 horas antes da saída do vôo, ou imediatamente dentro das 72
horas anteriores ao embarque. Além disso, o programa é válido para todas as
companhias aéreas sediadas nos EUA, independentemente dos locais em todo o
mundo para onde elas voam.
Os dados a enviar ao TSA para cada passageiro, são: Nome completo, Data de
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Ano: 2º Ano Letivo: 2016-2017
Formador: Nuno Freitas
Disciplina: Operações Técnicas em Empresas Turísticas
Módulo 8: Sistemas Globais de Distribuição

nascimento, Género, e Número de "redress", se houver (é um número exclusivo


que o Departamento de Segurança Interna (DHS) dos EUA atribui atualmente às
pessoas que usam o Programa de Consulta de Compensação de Passageiros
(TRIP).

A partir de 1 de novembro de 2010, as reservas emitidas sem SFPD completos


estarão sujeitas a sanções por parte das companhias aéreas.
Para ajudar a garantir a observância por parte das companhias aéreas e
reduzir os inconvenientes para os passageiros, a Travelport recomenda
enfaticamente que as agências incluam as informações de SFPD exigidas em
cada PNR da Travelport, independentemente da transportadora. Isso ajudará a
reduzir o risco potencial de possíveis atrasos no aeroporto para seus clientes.
As Informações de Documentos de Solicitação de Serviço Especial (Special
Service Request Document Information, SSR DOCS) é o método padrão de
mercado usado nos PNRs da Travelport para ajudar as companhias aéreas a
cumprir as exigências do Programa Secure Flight.

Algumas companhias aéreas estão a estudar formas de garantir o


cumprimento, incluíndo datas antecipadas de implementação, cancelamento
de reservas de

passagens, emissão de notas de débito para agências e/ou inibição de


passagens caso os SFPD não constem no PNR. Incentivamos a
pesquisar que medidas específicas estão a ser tomadas pelas principais
companhias aéreas parceiras.

Desta forma, recomendamos a inserção dos dados dos APIS (Advance


Passenger Information Support) como até à data, utilizando o Gestor
de SSR APIS disponível na barra do Galileo Desktop ou através da entrada
manual como abaixo se demonstra. A última versão do Gestor de APIS está
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Ano: 2º Ano Letivo: 2016-2017
Formador: Nuno Freitas
Disciplina: Operações Técnicas em Empresas Turísticas
Módulo 8: Sistemas Globais de Distribuição

disponível para download no nosso site: www.galileo-portugal.pt (devem


encerrar o Galileo Desktop durante a atualização).
Exemplo:

Caso tente emitir, sem ter a informação inserida, o sistema rejeita.

BIBLIOGRAFIA

Abranja, N., Alcântara, A. A., Carneiro, I. Coelhoso, F., Ferreira, R. V.,


Marques, A. P., Pereira, A. C. & Teixeira, D. (Eds) (2012).
Abranja, N., Carneiro, I., Coelhoso, F. & Marques, A. (Eds) (2010).
Vieira, J. M. (1997). A Economia do turismo em Portugal. Lisboa: Publicações
Dom Quixote Alpoim Mafalda, Pereira Susana, Araújo Maria (2011). OTET -
Operações Técnicas em Empresas Turísticas (módulo 1,2,3 e 4). Porto Editora.
Galileo International 2011 Galileo for Travel Professional

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