Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Projecto de Instalações
FEVEREIRO 2007
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
ALUNOS
Bruno Oliveira___________________________
nº 000504090
+351 91653994
bmoliv@hotmail.com
Francisco Craveiro_______________________
nº 970504058
+351 965027120
fpcraveiro@gmail.com
ORIENTAÇÃO
Prof. Eduardo Oliveira Fernandes___________
Professor Catedrático FEUP
eof@fe.up.pt
APOIO
Rosa Silva______________________________
Secretária da SFC-FEUP
+351 225081763
LOCAL
FEUP__________________________________
Rua Dr. Roberto Frias
SFC - DEMEGI
ONLINE Website________________________________
www.fe.up.pt/~em97058
1
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
2
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
3
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
4
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
AGRADECIMENTOS
Queremos agradecer ao Sr. Prof. Eduardo Oliveira Fernandes, orientador do presente projecto, pela
oportunidade que nos deu de realizarmos este trabalho.
Ao Sr. Eng.º Vítor Leal por toda a orientação, apoio e incentivo indispensáveis ao bom seguimento das
metodologias.
À D. Rosa Silva pela paciência, amizade e ajuda de secretariado.
A todas as Bibliotecas Municipais envolvidas, pelo esforço desenvolvido que permitiu a obtenção dos dados e
informações relevantes.
5
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
6
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
RESUMO
O presente relatório é o resultado de um estudo realizado entre Abril e Dezembro de 2006 centrado no tema
Eficiência Energética de Edifícios, assimilado pela cadeira de Projecto de Instalações do 5º ano da
Licenciatura em Engenharia Mecânica, opção de fluidos e calor, da Faculdade de Engenharia da
Universidade do Porto.
Com a possibilidade de integração de resultados no Plano Regional do Oeste e Vale do Tejo (PROT-OVT) o
projecto visa avaliar a influência, em termos de dinâmica energética, da envolvente de edifícios das
bibliotecas públicas ligadas à rede do Instituto Português do Livro e das Bibliotecas (IPLB) [1] naquela região,
bem como a caracterização das necessidades e dos consumos energéticos destes tipos de equipamentos
edificados para consequente planeamento do seu uso racional e inteligente.
Para tal foi feito um levantamento das características construtivas, arquitectónicas e de equipamentos do
parque de bibliotecas da região em estudo. Da compilação dos dados procurou encontrar-se um edifício tipo
representativo do espólio. No entanto, devido à própria configuração destes edifícios, já por si subdivididos
em 3 classes estipuladas pelo IPLB (BM1, BM2, BM3), a simulação do comportamento de apenas um edifício
revelar-se-ia deficitária quer face à heterogeneidade de tipologias quer face à diversidade de perfis de
utilização inerentes às três classes referidas. Deste processo nasceram dois modelos de edifícios base. Um
representativo da tipologia BM1, de características robustas, grossas paredes de pedra calcária e dois pisos
de funcionamento. Já o edifício representativo da classe BM2 apresenta-se como um edifício mais leve
embora de maior área de implantação. A sua construção estende-se por um piso só e utiliza materiais de
construção mais recentes, substituindo as grossas paredes de pedra calcária por paredes comuns de
alvenaria. A terceira classe (BM3) foi deixada de parte uma vez constatada a sua residual representação
(apenas uma das 30 bibliotecas apresentam esta tipologia).
Definidos os dois casos base foram modelados os seus comportamentos utilizando para tal um software de
simulação térmica de edifícios desenvolvido em Glasgow pela Universidade de Strathclyde, o ESP-r, Energy
Simulation Program [2]. Este software é conforme a norma ASHRAE 140 e distribuído gratuitamente através
de uma licença Open Source.
A modelação e simulação dos seus comportamentos energéticos passa primeiro pela construção virtual dos
edifícios, definindo as suas geometrias, as suas envolventes, os materiais de construção que os sustentam,
caracterizando os seus perfis de utilização bem como o clima do local onde estes são implantados.
Depois da simulação dos dois casos base e análise dos seus comportamentos energéticos foi realizado um
estudo paramétrico de sensibilidade com o objectivo de avaliar a reacção do edifício à alteração ou
implementação de medidas, quer activas quer passivas, que melhorem o seu desempenho energético. Os
resultados médios revelam um potencial de melhoria de desempenho muito significativa, da ordem dos 70%
de energia útil e de 40% de energia primária no cenário mais elaborado.
7
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
8
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
ABSTRACT
TITLE: A study on the energy use in libraries of the West and Tejo valley region in Portugal
Public buildings should have a leading role in the desired movement towards energy efficiency, working as
examples. Yet, this approach requires attitude and knowledge at the local management level.
This work presents an evaluation of the energy performance of buildings whose construction and operation are
closely managed by the local authorities: Municipal libraries at the West and Tejo Valley region in Portugal.
This exercise is part of the development of an energy component to the new Regional Territory Management
Plan.
The first part of the work comprises the characterization of the existing buildings, most of which were built or
significantly refurbished in the last 10 years. This characterization covered issues such as the geometry and
areas, occupancy loads, envelope constructions, glazing and shading devices, acclimatization devices and
control patterns, etc.
From the analysis of the characterization, two virtual libraries were modeled for energetic analysis with ESP-r,
one representing a typical small library and another representing a typical medium-size library. Sensitivity
studies were performed to parameters such as the insulation level of the envelope, the thermal mass, the
glazing area and orientation, the use type of shading devices, temperature set-points, etc.
This work had two aims: to issue recommendations for the design and retrofitting of libraries in that region and,
to call the attention of local authorities to the need for including energy performance criteria when promoting
the construction of public buildings.
The results achieved indicate that the new buildings do not always perform better than the old ones, especially
because they have large and unshaded windows. It was also concluded that many measures can be taken to
make this kind of buildings more efficient, such as a concern about glazing and passive solar shading as well
as implementation of simple systems of heat recovery in Winter time and nightcooling in the Summer.
The simulation of all those solutions in an integrated way, indicates that a value of 40% in primary energy
economy can be achieved.
9
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
10
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
TABELA DE CONTEÚDOS
AGRADECIMENTOS 5
RESUMO 7
ABSTRACT 9
CAPITULO I . 21
OBJECTIVOS 23
METODOLOGIA 24
O PANORAMA 25
A NECESSIDADE 26
OS EDIFÍCIOS E SOLUÇÕES CONSTRUTIVAS 27
FACTORES DE CONDICIONAMENTO DE SOLUÇÕES CONSTRUTIVAS 27
EXPOSIÇÃO SOLAR 27
ENVOLVENTE 28
ENVIDRAÇADOS 28
VENTILAÇÃO 28
GANHOS INTERNOS DE CALOR 29
Ocupação 29
Iluminação 29
Equipamento 29
SISTEMAS DE CLIMATIZAÇÃO 29
PRODUÇÃO LOCAL DE ENERGIA 29
O CONTEXTO ENERGÉTICO 30
EVOLUÇÃO DO CONSUMO 31
CAPITULO II . 33
11
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
12
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
CAPITULO III . 49
.1 CASOS BASE 51
MODELAÇÃO NO ESP 51
Definições de geometria 52
Infiltrações e/ou ventilação 52
Definição de superfícies opacas 52
Definição de superfícies transparentes 53
Ganhos internos 54
Critérios de controlo ambiental 54
.1.1 CASO BASE EV – BM1 56
.1.1.1 Aspectos geométricos 56
.1.1.2 Comportamento espacial interno 57
.1.1.3 Características de funcionamento geral 58
1.1.4. Descrição construtiva para efeitos de simulação 60
.1.2 SIMULAÇÃO EV – BM1 62
.1.2.1 Simulação do edifício em free-float 62
.1.2.2 Simulação do edifício climatizado 64
Análise mensal de consumos de energia útil de aquecimento e arrefecimento 64
Avaliação do consumo de energia do edifício 66
.1.2 CASO BASE EV - BM2 67
.1.2.1 Aspectos geométricos 67
.1.2.2 Funcionalidades dos espaços 68
.1.2.3 Características de funcionamento geral 69
.1.2.4. Descrição construtiva para efeitos de simulação 71
.1.2 SIMULAÇÃO EV – BM2 73
.1.2.1. Simulação do edifício em free-float 73
.1.2.2. Simulação do edifício climatizado 75
.2 ESTUDOS PARAMÉTRICOS 78
.2.1 RESULTADOS DOS ESTUDOS PARAMÉTRICOS 82
i. vidros duplos 82
ii. alteração de solução construtiva de fachadas 83
iii. arrefecimento nocturno 84
iv. alteração da área de envidraçados em 20% 85
v. redução de 50% nos envidraçados a Este e Oeste 86
vi. implementação de sistema de sombreamento exterior 87
vii. regulação de setpoints para 18-28 ºC 88
viii. regulação de setpoints para 18-25 ºC 89
ix. freecooling da sala de informática 90
x. recuperação calor da sala de informática 91
xi. restrição aos perfis de iluminação 92
xii. combinação de sombreamento exterior e interior 93
xiii. Sistema de climatização mais eficiente: COP +1 94
xiv. sistema de climatização menos eficiente: COP -1 95
.3 POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA – RESUMO DE RESULTADOS 96
.3.1 POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA ÚTIL 96
.3.2 POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA FINAL E PRIMÁRIA 97
.4 CONJUGAÇÃO DAS MELHORES MEDIDAS 98
.4.1 POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA 100
.4.2 ANÁLISE DA SIMULAÇÃO OPTIMIZADA EM FREE FLOAT 101
.4.2.1 Edifício BM1 101
.4.2.2 Edifício BM2 103
13
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
14
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
CAPITULO IV . 105
CONCLUSÕES 105
REFERÊNCIAS 109
ANEXOS 111
15
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
16
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
LISTA DE FIGURAS
17
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
18
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
LISTA DE TABELAS
19
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
20
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
CAPITULO I .
Apresentação / Enquadramento
21
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
22
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
Objectivos
Tendo como objectivo principal a quantificação do potencial de economia energética dos edifícios das
bibliotecas por implementação de medidas viáveis que melhorem o seu desempenho a este nível, o presente
trabalho conta ainda com diversos objectivos intermédios que, uma vez alcançados vão contribuindo, quer
isoladamente quer englobados no processo, para a obtenção de valores indicadores daquele potencial.
Figura 1 - Objectivos
23
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
Metodologia
- dados logísticos
- dados de construção
- dados energéticos
- dados de climatização
- dados de conforto térmico e ambiental
24
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
O panorama
25
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
A necessidade
Energia. O tema começa a ser consciencializado por muitos como de uma importância cernal na actual
conjuntura das sociedades modernas. No entanto e, na maior parte dos casos, por um motivo de economia. O
motivo não deixa de ser de peso pois a crescente escassez e consecutivo aumento do preço do petróleo leva,
sintomaticamente, à busca de novas soluções. Porém, outros devem ser tidos em conta. As emissões de CO2
e a qualidade do ar, a preocupação ambiental e o cumprimento do protocolo de Quioto, a racionalização e o
uso inteligente de fontes de energia deveriam ser os principais argumentos de um processo crescente e
impulsionador de políticas energéticas realmente consequentes. Políticas não só de legislação mas também
de criação de sinergias e de sensibilização da sociedade não deixando nunca de parte a promoção de
incentivos. Em duas palavras: políticas de vontade.
Assim, urge o estudo dos diversos casos. A primeira tentação seria, ou é, a abordagem pelo lado da oferta.
Isto é, investigar, desenvolver e implementar novas tecnologias de produção de energia ditas alternativas,
investir na já madura eólica, ou mesmo enveredar pela solução polémica do nuclear abrindo caminho à
exploração de tecnologias de ponta, mas também à especulação de empresários ávidos de oportunidades de
negócio financeiramente avolumadas.
Antes disso, parece-nos existir ainda todo um caminho a percorrer. Que tal lançar primeiro um olhar sobre a
procura? Quem procura, onde, como, quando e porquê, são questões incontornáveis. Tomemos como
exemplo o nosso automóvel. Serão poucos os que não sabem responder quantos litros consome a cada 100
km e quanto lhes custa o abastecimento de cada depósito.
Transpondo o caso para o âmbito deste trabalho: saberemos quanto gasta o edifício onde habitamos ou
trabalhamos? Não – é a resposta pronta na esmagadora maioria das respostas. Mas esse «não» é ainda
mais estrondoso no caso de edifícios públicos.
Na Europa, 40% da energia consumida é-o em edifícios, restando apenas 60% para a indústria e transportes.
Já no caso de Portugal, de toda a energia eléctrica produzida no nosso país, 70% é gasta nos edifícios. Uma
vez que passamos cerca de 90% do nosso tempo no seu interior, talvez haja formas mais do que ao nosso
alcance de a utilizar melhor.
Ora, a constatação deste facto tem de levar de uma maneira ou de outra ao despertar de mentes. Para quê
investir em novos recursos quando estamos, em grande parte dos casos a desperdiçar os que já temos e a
usá-los de uma forma pouco ou nada eficiente? É premente uma nova forma comportamental: a poupança. E
quando aqui falamos de economizar, falamos no uso inteligente da energia, falamos em gastar melhor o que
consumimos, falamos em reduzir ao mínimo as perdas e gastos supérfluos.
Foi partindo destas premissas que encarámos este trabalho. Com a consciência que através dele
chegaríamos a conclusões que alterariam a nossa visão sobre a utilização de energia nos equipamentos
edificados.
26
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
A eficiência energética dos edifícios está intimamente ligada com a solução construtiva base adoptada bem
como os materiais nela empregues. Desta forma, um bom conhecimento dos factores que mais influem na
dinâmica energética deve ser a primeira etapa de qualquer projecto de equipamentos edificados. A integração
de medidas com o objectivo de redução do seu consumo de energia é sinónimo de uma planificação
inteligente e preocupação de futuro.
Os edifícios contribuem em grande parte para o desenvolvimento das sociedades. Eles são promotores de
qualidade de vida das pessoas e ajudam na sua produtividade. Dentro deles devemos sentir-nos bem,
confortáveis. Num edifico não deve contar apenas o seu aspecto estético ou a sua aparência. A maneira
como ele interage com o ambiente é fundamental, quer nos aspectos visíveis (volumetria, qualidade de
materiais...) quer nos invisíveis (qualidade do ar interior, eficiente sistema, quantidade de energia útil vs.
desperdiçada...).
Exposição solar
Os edifícios são um dos casos mais elementares de sistemas solares passivos, eles podem e devem ser
construídos de forma a que o seu conforto térmico seja mantido com um custo tão reduzido quanto possível.
Para tal, o recurso a fontes de energias ditas tradicionais (electricidade ou gás) deve ser minimizado para dar
lugar a soluções passivas, desde as mais elementares como o bom isolamento da envolvente e uma
orientação e exposição solar adaptada ao clima onde o edifício se insere, às mais complexas que se prendem
com a concepção do próprio edifício. Em grande parte dos casos o sobrecusto relativo a uma construção sem
preocupações energéticas é insignificante e, nos casos em que este possa ter algum peso, o «payback» é
francamente compensatório.
Um sistema solar passivo tem como objectivo o uso inteligente da luz e da expressão térmica da radiação
solar. A finalidade é deixar entrar a luz solar, o calor, e as correntes de ar no edifício de forma controlada e
distribui-los de maneira a que estejam disponíveis onde e quando necessários. É claro que este tipo de
sistema é mais indicado para edifícios novos ou em grandes remodelações, uma vez que os seus
componentes têm de ser integrados de raiz, pese embora, em muitos outros casos de edifícios já mais
antigos a sua implementação seja relativamente fácil e de baixo custo.
27
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
Envolvente
As pontes térmicas são, provavelmente o ponto mais fraco da envolvente de edifícios. Normalmente
provocadas pelo não isolamento térmico de talões de lajes ou pilares, as pontes térmicas são responsáveis
por parte significativa das trocas de calor não controladas entre o interior e o exterior. São ainda os grandes
responsáveis pelo aparecimento de condensações no interior do edifício.
Envidraçados
No sentido de proporcionar um bom índice de luminosidade natural no interior dos edifícios, as áreas de
envidraçados devem ser devidamente projectadas. Por outro lado os espaços envidraçados devem ser
protegidos, tanto quanto possível, da radiação solar no Verão de forma a impedir a entrada de ganhos
térmicos desnecessários mas permitir a penetração desta no Inverno.
Ventilação
As infiltrações de ar em edifícios estão sempre presentes em maior ou menor quantidade e são responsáveis
por uma parte da quantidade de entrada de ar novo no ambiente pelo que, devem ser controladas tanto
quanto possível para que não atinjam valores excessivos. A forma mais habitual de promoção de renovação
de ar é a ventilação natural através de mecanismos criados pelo vento e pelo efeito de chaminé, para tal,
deve dotar-se o edifício de aberturas controláveis pelos seus ocupantes. No entanto, o recurso a este
processo em certos edifícios torna difícil de garantir um caudal máximo ou mínimo de renovação e acarreta
outros inconvenientes tais como o ruído exterior, a entrada de ar poluído e pode gerar correntes de ar
desconfortáveis. Assim a ventilação mecânica é uma alternativa viável em muitos casos, sobretudo em
edifícios do sector terciário.
28
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
Ocupação
Para diferentes actividades o corpo humano responde com uma actividade metabólica diferente e, muitas
vezes estes ganhos, quer sensível quer latente, constituem grande parte da fracção dos ganhos internos de
calor em edifícios. Mesmo para ocupações de pouca duração o calor extra introduzido pelas pessoas no
ambiente é significativo.
Iluminação
A iluminação artificial dever ser apenas a necessária face à utilização dos espaços. Também o tipo de
iluminação escolhido é preponderante: lâmpadas incandescentes consomem mais e libertam mais calor face
às fluorescentes, para a mesma quantidade de luz emitida.
Equipamento
O conhecimento do modus operandi destes três factores contribui para um eficaz controlo dos ganhos
internos, minimizando-os ou expelindo-os nos meses mais quentes e recirculando-os internamente nos meses
mais frios, sempre que possível e viável.
Sistemas de climatização
O Regulamento dos Sistemas Energéticos de Climatização em Edifícios (RSECE) foi aprovado pelo Decreto-
Lei n.o 79/2006, de 4 de Abril e visa regulamentar a instalação de sistemas de climatização em edifícios,
fixando limites à potência máxima dos sistemas a instalar de modo a evitar o seu sobredimensionamento. De
facto, a crescente procura de sistemas de climatização, não só por parte do sector residencial mas também
por parte de edifícios de maior porte, principalmente do sector terciário, tem de levar também a um melhor
uso da energia empregue nestes sistemas, já para não falar na monitorização e controlo da qualidade do ar
também previstos pelo RSECE [3].
Assim, a escolha e projecto de um adequado e eficiente sistema de climatização, optimizará quer o conforto
do edifício quer a sua factura energética.
Diversas são as formas possíveis de produção de energia nos edifícios: o solar fotovoltaico, o solar térmico,
ou mesmo o geotérmico e, a melhor forma de ter a certeza de que as pessoas os vão utilizar é a sua
integração de raiz no edifício assim como são os sistemas de combate a incêndio, bombas e cisternas de
água, elevadores, caldeiras, etc.
29
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
O contexto energético
Em Portugal de toda a energia utilizada apenas 15% tem origem primária em território nacional todo o resto é
importado do exterior.1
Num contexto com uma dependência externa tão expressiva, a racionalidade no uso de energia é crucial no
panorama económico. A implementação de medidas reguladoras e fiscalizadoras começa agora a tomar
alguma forma com a aplicação do RSECE e RCCTE [4], no entanto são também necessários esforços no
sentido de sensibilização da sociedade quer no domínio habitacional quer no industrial e serviços. É
necessário um combate aos sistemas energívoros em todas as frentes. Nos estados membros da UE a 25 a
procura de electricidade aumentou em média 1.7% entre 2003 e 2004 sendo que Portugal foi o país em que o
aumento foi mais elevado apresentando um valor de 5.9% para aquele período.
Também na dependência de energia primária para produção de electricidade Portugal se assume como um
dos mais dependentes da Europa com um valor de 64.2%. Já a Suécia e Finlândia lideram a lista com apenas
27.5% e 27.9% respectivamente de dependência de energia primária.
1
Fonte: EDP - http://www.edp.pt/NR/rdonlyres/047AB2F3-CD7C-4F92-9A87-BDE01F6BFFF9/0/GUIA_Eficiencia.pdf
30
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
Suécia 27,5
Finlândia 27,9
Reino Unido 34,6
França 35,3
Holanda 38,1
Alemanha 38,3
Bélgica 41,1
Áustria 42,8
Dinamarca 44,1
Itália 50,3
52,7
Espanha
Grécia 56,2
Irlanda 57
Portugal 64.2
Luxemburgo 64,8
0 10 20 30 40 50 60 70
Figura 3 - dependência no consumo de energia primária [6]
Evolução do consumo
31
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
Portugal 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
Hidráulica 10.702 8.454 14.857 13.175 13.054 7.631 11.715 14.375 8.257 16.054 10.147 5.118
Serviço Público 10.362 8.125 14.363 12.652 12.574 7.149 11.133 13.749 7.644 15.254 9.614 4.827
Autoprodutores 340 329 494 523 480 482 582 626 613 800 533 291
Térmica 20.628 24.751 19.592 20.942 25.782 35.452 31.800 31.772 37.390 30.209 34.055 39.610
Serviço Público 17.881 21.455 16.169 16.936 21.565 30.327 26.614 26.801 32.000 24.771 28.416 33.488
Autoprodutores 2.747 3.296 3.423 4.006 4.217 5.125 5.186 4.971 5.390 5.438 5.639 6.122
Eólica 17 16 21 38 89 123 168 256 362 496 816 1.770
Geotérmica 33 42 49 51 58 80 80 105 96 90 84 84
Fotovoltaica 1 1 1 1 1 1 1 1 2 3 3 3
Total 31.381 33.264 34.520 34.207 38.984 43.287 43.764 46.509 46.107 46.852 45.105 46.575
Importação 2.257 2.655 4.116 5.376 3.974 3.628 4.698 3.741 5.329 5.898 8.612 9.626
Exportação 1.369 1.741 3.005 2.477 3.700 4.488 3.767 3.502 3.430 3.104 2.131 2.802
Saldo Importador 888 914 1.111 2.899 274 -860 931 239 1.899 2.794 6.481 6.824
Produção líquida +
31.017 32.621 34.159 35.656 37.652 40.401 42.588 44.598 45.619 47.684 49.555 51.240
saldo importador
Perdas de transporte
3.266 3.384 3.365 3.217 3.240 3.660 3.649 4.057 3.502 3.881 4.057 4.212
e distribuição
Total 27.751 29.237 30.794 32.439 34.412 36.741 38.939 40.541 42.117 43.803 45.498 47.028
Fonte: DGGE - DIVISÃO DE ESTATÍSTICA [7]
32
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
CAPITULO II .
Caracterização
33
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
34
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
3 NUTS III
33 concelhos
805 633 habitantes
8 792 Km2
30 bibliotecas do IPLB
A Região do Oeste e Vale do Tejo apresenta fortes potencialidades de desenvolvimento pela sua posição
geo-estratégica, pela diversidade e riqueza do património natural, ambiental, histórico, paisagístico e rural.
Oferece uma estrutura produtiva diversificada e é altamente dotada de recursos energéticos endógenos
significativos como o sol, o vento, as ondas e a biomassa. Não obstante, a região apresenta elevada
dependência de combustíveis ou electricidade baseada em combustíveis fósseis. A sensibilidade para esta
problemática, tal como na generalidade das restantes zonas do país, está ainda a dar os primeiros passos e é
urgente contrariar a inércia de arranque.
35
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
36
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
Temperatura média
Insolação
Figura 8 - insolação
37
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
38
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
39
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
A recolha de dados foi feita com base em inquéritos remetidos às bibliotecas. Nele constavam campos
relativos à logística de funcionamento do edifício, tais como horários de abertura, número de funcionários
permanentes, número médio mensal de visitantes; campos relativos à envolvente do edifício onde eram
pedidos valores de áreas de envidraçados e fachadas bem como a sua exposição e isolamento térmico
utilizado e ainda o tipo de sombreamento solar; os campos de climatização e conforto interior também foram
considerados (ver anexo A).
Desta abordagem obtivemos um total de 43% de respostas, no entanto, nem todas elucidativas,
complementámos então as lacunas através de entrevista telefónica, na maior parte dos casos com o próprio
bibliotecário responsável.
Para uma melhor compreensão da dinâmica deste tipo de edifício foi feita uma breve visita a algumas das
bibliotecas da rede do IPLB na região, onde pudemos observar in loco determinados pormenores que não
eram sensíveis no inquérito.
Deste modo conseguimos elevar a amostra de estudo para 60% de bibliotecas do parque existente.
Os resultados dos inquéritos poderão ser consultados no anexo B.
- Médio Tejo
- Oeste
- Lezíria do Tejo.
40
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
Esta classificação é estipulada pelo IPLB e caracteriza as bibliotecas por número de habitantes que ela serve.
Assim, uma BM1 será implantada numa região com um número de habitantes inferior a 20 000. Uma BM2 de
20 000 a 50 000 habitantes e uma BM3 para zonas população superior a 50 000. O parque avaliado na região
do Oeste e Vale do Tejo apresenta a seguinte distribuição.
3%
43%
Existem 3 concelhos da Lezíria do Tejo, equipados com bibliotecas BM1 que, pelos critérios do IPLB,
mereceriam bibliotecas do tipo BM2: claramente o concelho de Benavente com 25 837 habitantes, Azambuja
com 21 508 habitantes e ainda, embora não tão expressivo, o concelho de Salvaterra de Magos com 20 908
habitantes.
Já no Oeste acontece o mesmo, mas desta vez para bibliotecas BM2 que servem populações de ordem de
grandeza superior ao estipulado pelo IPLB. São o caso das Caldas da Rainha que apresenta 51 403
habitantes, Alcobaça com 55 269 habitantes e, surpreendentemente, Torres Vedras com uma população que
atinge os 75 494 habitantes, sendo o concelho do Oeste e Vale do Tejo com maior número de habitantes,
superando Santarém (64 124 habitantes).
41
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
42
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
São três os grandes tipos construtivos que se salientam. Classificámos então cada edifício pelas três classes
apresentadas.
É notória uma grande tendência para a adaptação de edifícios históricos para funcionamento de bibliotecas
do tipo BM1, enquanto que a tendência para as BM2 é a construção de edifícios de raiz.
BM2
BM1
23%
25%
50%
54%
23%
25%
construção de raiz recente adaptado histórico adaptado
43
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
.2.2.4 Climatização
Dos edifícios analisados 25% não são munidos de qualquer tipo de climatização, obrigando ao recurso a
aquecedores no Inverno, normalmente termo ventiladores ou a óleo, colocados junto aos postos de trabalho e
ventoinhas no Verão.
25%
75%
Os edifícios climatizados usam normalmente UTA’s para o efeito, sendo no entanto recorrente o uso a split’s
quer como sistema único quer como de apoio às UTA’s. Os split’s são tipicamente do tipo mural ou de
cassete e muito utilizados nas zonas restritas aos visitantes, como os gabinetes de trabalho e salas de
reuniões.
Os controladores estão, de uma forma geral, acessíveis em quadros técnicos sendo os períodos de
funcionamento definidos pelos funcionários (normalmente é ligado o AC à hora de abertura e desligado à hora
de encerramento). No entanto, a gestão de Set-points é feita de uma forma automática entre os valores de 20
e 23ºC. Actuando o aquecimento para valores abaixo de 20ºC e arrefecendo para valores acima de 23ºC.
0
em projecto
em construção
1988
1989
1990
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
44
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
Bibliotecas BM1
Neste tipo de construção a tendência é claramente para o uso de edifícios históricos reabilitados para o efeito.
Portanto, predomina a arquitectura clássica de grossas paredes de pedra calcária típica da região e poucos
envidraçados que lhes conferem um ar robusto. Dois pisos e cobertura em duas águas de telha portuguesa
são uma norma geral. A exposição destes edifícios é por norma Sul – Norte, de fachadas principais orientada
a Sul, não se encontrando em nenhum caso a utilização de sombreamento solar exterior. O sombreamento é
então feito com recurso a estores internos de rolo ou com as portadas de madeira originais que caracterizam
aquele tipo de edifícios.
Da avaliação do parque constata-se que as bibliotecas de Óbidos, Chamusca, Entroncamento e Vila Nova da
Barquinha, funcionam em instalações bastante pequenas relativamente às restantes da região.
Não existe nenhuma construção de raiz exceptuando a biblioteca da Chamusca que funciona num edifício
pré-fabricado com claro défice de condições para o efeito, mas que transitará dentro de meses para um
edifício novo que está de momento em fase de conclusão de obra.
O pé direito destes edifícios ronda normalmente os 3 metros de altura. O espaço da biblioteca é quase todo
climatizado por sistema de split’s e a renovação de ar é feita recorrendo a sistemas de ventilação mecânica.
A iluminação natural é complementada com 4 W/m2 de iluminação artificial com grande uso de lâmpadas
fluorescentes em luminárias de tecto, sendo pouco recorrente o uso de iluminação por pontos. Apesar deste
facto, e pela observação in loco, a iluminação é suficiente em termos de conforto visual.
Este tipo de bibliotecas funciona normalmente com 6 funcionários permanentes e são visitadas, em média,
por 240 pessoas por mês e estão dotadas de equipamentos informáticos e audiovisuais.
45
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
área de cobertura
área de fachada
% envidraçado
pé direito
Salvaterra de Magos 856 699 3 91 91 540 7 4
Arruda dos Vinhos 1 130 420 3.3 100 100 1 080 7 0
Vila Nova da Barquinha 320 320 2.8 0 0 212.5 25 47
Chamusca 84 84 2.8 100 100 114 8 17
Óbidos 60 60 2.8 0 0 37 22 0
Alpiarça 800 600 5 15 15 - - -
Alcanena 927 524 3 57 57 525 20 -
Benavente 800 400 3.5 0 0 480 15 6
Sobral de Monte Agraço 1 008 504 3.5 100 100 681 28 8
Entroncamento 150 110 2.5 73 73 124 12 23
Cartaxo 700 700 3 0 0 900 2 12
Golegã 1 000 500 3.5 100 100 700 12 20
Nota: os valores a negrito são relativos às respostas obtidas pelos inquéritos, todos os outros foram estimados durante as visitas às
bibliotecas.
46
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
Bibliotecas BM2
Nesta tipologia existe uma tendência para a arquitectura do edifício ser de apenas 1 andar térreo ou, em
alguns casos, para o uso de pé direito duplo numa zona do edifício. Grande parte destes edifícios foram
projectados e construídos de raiz para o funcionamento da biblioteca. A solução construtiva de fachadas mais
adoptada é a parede dupla de alvenaria com caixa de ar e isolamento térmico.
As fachadas envidraçadas são uma constante, principalmente a Sul, sem qualquer tipo de sombreamento
solar implementado de raiz. É então usado, em quase todos os casos, sombreamento interno com recurso a
estores de rolo ou de lâminas o que, por vezes, tem um efeito perverso: a redução de iluminação natural. Esta
perda é então colmatada por 10 W/m2 de iluminação artificial, mas, e ao contrário das BM1, existe um elevado
recurso às lâmpadas incandescentes e/ou de halogéneo em paralelo com as fluorescentes.
É nesta tipologia que os envidraçados assumem um papel destacado, andando o valor médio da sua área
pelos 50% de fachada total, sendo que, esta fracção assume o valor médio de 60% na fachada voltada a Sul.
São, em média, 16 o número de funcionários permanentes atendendo uma média mensal de 7400 visitantes.
Tal como nas BM1, estes edifícios também estão dotados de equipamentos informáticos e audiovisuais,
embora, por razões logísticas, em maior número.
47
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
área de cobertura
área de fachada
% envidraçado
pé direito
Nota: os valores a negrito são relativos às respostas obtidas pelos inquéritos, todos os outros foram estimados durante as visitas às
bibliotecas.
48
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
CAPITULO III .
Modelação em ESP-r e Casos base
49
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
50
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
.1 Casos base
A modelação é então feita recorrendo ao ESP-r [2]. Este software apresenta-se como uma ferramenta de
simulação térmica e de avaliação energética associada a todos os sistemas de equipamentos edificados.
Desenhado para correr em Linux, mas recentemente adaptado para plataformas Windows, o ESP-r é um
software disponível gratuitamente através de uma licença Open Source equipado de métodos que o permitem
modelar comportamentos de calor, movimentação de ar, humidade e correntes de energia eléctrica.
Como qualquer edifício, a zona de implantação influencia o seu comportamento pelo que, uma abordagem à
situação climática da região onde este se insere é indispensável para o seu devido dimensionamento. São
então introduzidos no software de simulação todos os dados de clima relevantes (temperatura de bolbo seco,
humidade relativa, radiação solar directa e difusa, velocidade e direcção do vento). Não existindo, até à data,
suficientes dados de clima da região, foi feita uma aproximação usando para tal os dados de comportamento
climático da cidade de Lisboa, disponibilizados pelo INETI [9]. Face à diversidade do clima na região (I1-I2 e
V1-V3), o clima de Lisboa aproxima-se, por assim dizer, de um comportamento de “clima médio”.
Modelação no ESP
SIMULAÇÃO
Figura 22 - processo de modelação
51
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
Definições de geometria
Apesar da heterogeneidade geométrica dos edifícios das bibliotecas avaliadas é possível traçar uma planta
para a construção do modelo base virtual, uma vez que, não só o IPLB estipula zonas distintas para
diferentes actividades, como também, e por razões que serão descritas oportunamente, as diversas divisões
podem ser agrupadas por zonas de dinâmicas de funcionamento semelhantes. Assim, para o caso base BM1,
foi adoptado um modelo de dois pisos enquanto que para o caso base de tipologia BM2 um modelo de um
piso só é o que mais fielmente caracteriza a realidade.
Nos edifícios simulados foi considerada uma taxa de infiltrações de 0.5 renovações por hora (rph). Esta é a
taxa de ar exterior que penetra no edifício de forma natural através de frinchas ou outras aberturas por força
das diferenças de pressão que se estabelecem entre o interior e exterior. Este valor foi utilizado como base
para as distintas zonas sempre que deixadas em free float.
Por razões inerentes ao funcionamento do software de simulação, o ESP-r “vê” todas as renovações de ar
como se de infiltrações se tratassem, assim, para os períodos horários de funcionamento da biblioteca foi
introduzido um valor de 1 rph devido à ventilação mecânica. Este valor verifica-se para todas as zonas à
excepção do auditório, sala de informática e desvão.
No auditório, é deixada uma taxa de 0.5 rph até que este seja ocupado, aí a taxa de renovação passará a ser
de 0.5227 m3/s (7 rph no caso da BM1 e 3.8 rph para a BM2) dando assim cumprimento ao estipulado pelo
anexo vi do RSECE.
Na sala de informática, uma vez que se encontra em permanente climatização a taxa usada foi de 1 rph para
todo o ano e não apenas em períodos de funcionamento.
No desvão, tratando-se de uma zona não ocupada, a taxa de infiltrações foi deixada permanentemente a 0.5
rph.
As soluções construtivas dos modelos simulados integram materiais usualmente utilizados em Portugal e
serão descriminados mais à frente, a par das suas propriedades mais relevantes, para cada um dos casos.
A definição destas superfícies é feita usando a metodologia inerente ao software de simulação. Cada
superfície é normalmente composta por “layers” que vão sendo caracterizadas, do exterior para o interior, de
forma a formarem a solução construtiva que compõem.
52
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
Para ambos os casos base foram utilizados vãos envidraçados de vidro simples com sombreamento interior.
As propriedades ópticas foram adaptadas a esta solução construtiva.
53
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
Ganhos internos
Analisando os resultados dos inquéritos, consultando a opinião dos funcionários das bibliotecas e ainda com
base nos padrões de referência de utilização dos edifícios referidos no anexo XV do RSECE, foi traçado um
perfil de ocupação para cada um dos edifícios a simular.
Da avaliação dos inquéritos e ainda das visitas realizadas às bibliotecas em estudo foi também traçado um
perfil de iluminação e de equipamento.
O perfil destes três factores relativos a cada zona pode ser consultado no anexo C.
A fim de serem introduzidos nos cálculos de simulação determinados dados comportamentais, tais como a
climatização ou sombreamentos, o ESP-r usa leis para o seu controlo que, um vez definidas serão activadas
ou desactivadas conforme se satisfaçam ou não determinadas condições previamente estabelecidas.
Um tipo de controlo utilizado foi o referente ao comportamento do sombreamento interno. Desta forma foram
definidas propriedades ópticas para as superfícies transparentes como não possuindo qualquer tipo de
sombreamento excepto nas horas de não funcionamento da biblioteca e ainda se se verificar uma radiação
solar incidente na normal à superfície de 400W/m2.
A tabela seguinte ilustra as leis de controlo programadas no ESP-r que administram o ajustamento de
temperatura no espaço climatizado, para as diferentes zonas em estudo.
A última lei de controlo descrita, que rege o átrio do edifício (não climatizado), prende-se com a existência de
equipamentos de aquecimento, normalmente radiadores a óleo ou termo ventiladores instalados junto aos
postos de trabalho. Este tipo de aquecimento impede, regra geral, que a temperatura ambiente desça dos
14ºC para aquela zona. Assim, para efeitos de simulação foi feita uma climatização “virtual” na zona que não
desprezasse esse efeito.
54
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
SÁBADOS
0h às 9h Climatização desligada
9h às 13h Climatização activa
13h às 24h Climatização desligada
DOMINGOS
0h às 24h Climatização desligada
Sala de informática
TODOS OS DIAS
0h às 24h Climatização activa
Auditório
Dias úteis
0h às 24h Climatização desligada
SÁBADOS
0h às 9h Climatização desligada
10h às 12h Climatização activa
12h às 24h Climatização desligada
DOMINGOS
0h às 24h Climatização desligada
Átrio
DIAS ÚTEIS
0h às 24h Climatização desligada
9h às 19h Climatização semi-activa
19h às 24h Climatização desligada
SÁBADOS
0h às 24h Climatização desligada
DOMINGOS
0h às 24h Climatização desligada
55
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
Existe um zonamento estipulado pelo IPLB para cada tipologia, no entanto, verificaram-se desvios face à
realidade, muitas vezes devidos ao próprio processo de adaptação de edifícios existentes. Assim, e para
efeitos de simulação, foi adoptado um zonamento simplificado, aglomerando zonas de comportamento
térmico semelhante.
átrio 60 m2
secção de adultos 240 m2
secção infantil 170 m2 Z1 átrio 64 m2
sala polivalente 60 m2 Z2 sala polivalente 88 m2
arrumos 10 m2 Z3 sala de reuniões + gabinetes de trabalho 90 m2
inst. sanitárias públicas 35 m2 Z4 inst. sanitárias + arrumos + manutenção 77 m2
gabinetes de trabalho 70 m2 Z5 depósito de documentos 76 m2
sala de reuniões 15 m2 Z6 sala de informática 12 m2
manutenção 20 m2 Z7 secção de adultos 225 m2
depósito de documentos 40 m2 Z8 secção infantil 150 m2
inst. sanitárias pessoal 12 m2
sala de informática 10 m2 Z9 desvão (área não utilizável)
arrumos 10 m2
752 m2 782 m2
56
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
Z1 átrio Zona não climatizada onde permanecem uma ou duas pessoas em trabalho de
secretariado e recepção. O espaço é equipado com um computador pessoal e
respectivo monitor. Normalmente existe uma porta de vidro que separa a zona
de entrada do átrio limitando os fluxos de ar novo essencialmente aos
momentos de entrada e saída de utilizadores.
Z2 sala polivalente Neste edifício esta zona é utilizada apenas esporadicamente com uma
capacidade máxima média de 90 pessoas.
Z3 sala de reuniões + Nos gabinetes estão normalmente duas pessoas com actividade metabólica
gabinetes de trabalho correspondente a trabalho de escritório. A zona é equipada com 2
computadores, 2 monitores, 2 impressoras e 1 fotocopiadora.
Z4 instalações sanitárias + Zona sem padrão de utilização mas sem ocupação relevante.
arrumos + manutenção
Z7 secção de adultos Zona de ocupação permanente por adultos em consulta de livros ou estudo. É
equipada com 8 computadores, 8 monitores, 2 televisores e 1 leitor de
vídeo/dvd.
Z8 secção infantil Zona de ocupação não permanente utilizada por crianças em actividades
didácticas. A sala é equipada com 2 computadores, 2 monitores, 1 televisor e 1
leitor de vídeo/dvd.
57
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
DADOS ARQUITECTÓNICOS
comprimento fachada principal [m] 25
comprimento fachada lateral [m] 15
altura fachada [m] 7
área total [m2] 750
número de pisos 2
pé direito por piso [m] 3
número de zonas interiores 8
SISTEMAS DE AVAC
ventilação mecânica
aquecimento por AC de split
arrefecimento por AC de split
SET-POINTS
aquecimento 20 ºC
arrefecimento 23 º C
58
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
OCUPAÇÃO CARACTERÍSTICA
nº funcionários permanentes 6
nº médio mensal de visitantes 242
funcionamento semanal seg. a sex.
funcionamento diário 9h às 19h
Tabela 16 - ganhos internos (BM1)
INFILTRAÇÕES
0.5 rph
VENTILAÇÃO
1 rph
59
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
Paredes exteriores
Argamassa tradicional 25
Pedra calcaria dura 250
Pedra calcaria dura 300 1.46
Pedra calcaria dura 250
Argamassa tradicional 25
Paredes interiores
Argamassa tradicional 25
Tijolo 90 3.19
Argamassa tradicional 25
Laje superior
EPS 30
Cimento 250
0.74
Argamassa tradicional 25
Estuque tradicional 5
Telhado
Telha 25
2.92
Cimento 250
Janelas
Lâmina de vidro 4 5.69
A utilização de 3 camadas consecutivas do mesmo material como foi o caso da pedra calcária e da terra
comum, deve-se a um processo de modelação de correcção da inércia térmica. O ESP-r usa uma base de
dados de materiais onde as suas propriedades são guardadas da qual para este caso apenas foram usados
dois tipos de materiais nelas constantes, o “EPS”, a terra comum e a lâmina de vidro tendo sido introduzidos
novos materiais cujos valores das suas propriedades relevantes se tabelam que se segue.
60
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
61
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
Antes de passarmos à simulação do edifício tal como foi descrito, passaremos a uma breve análise do seu
comportamento para a situação de free float, isto é, sem qualquer intervenção ao nível de climatização ou
protecção solar, mantendo todas as restantes características construtivas, de funcionamento e de ocupação.
Esta análise dar-nos-á uma visão do comportamento térmico do edifício quando deixado a evoluir não
controladamente ao longo do tempo.
São apresentados então de seguida resultados de simulação para esta condição centrados num histograma
de temperaturas para as diversas zonas em estudo, tendo apenas em conta o período de funcionamento da
biblioteca. Foram excluídos da análise de resultados todas as ocorrências em períodos não laborais do
edifício para, deste modo, ser facilmente visível o seu campo útil de funcionamento térmico.
16.0%
ocorrências [%]
14.0%
12.0%
10.0%
8.0%
6.0%
4.0%
2.0%
0.0%
13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33
átrio secção de adultos secção infantil temperatura [ºC]
Figura 27 - histograma de temperaturas
62
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
14.0%
ocorrências [%]
12.0%
10.0%
8.0%
6.0%
4.0%
2.0%
0.0%
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28
gabinetes trabalho depósito documentos wc e arrumosl auditório temperatura [ºC]
Figura 28 - histograma de temperaturas
14.0%
ocorrências [%]
12.0%
10.0%
8.0%
6.0%
4.0%
2.0%
0.0%
5
7
9
11
13
15
17
19
21
23
25
27
29
31
33
35
37
39
41
43
45
47
49
63
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
De facto, sem qualquer intervenção no domínio da climatização observa-se que, em média, apenas em cerca
de 60% do tempo de funcionamento (das 9h às 19h) as temperaturas se registam na zona do espectro mais
convencional de conforto térmico (18-25ºC), justificando desta forma o recurso a sistemas de
condicionamento do ar interior.
Nota-se também um grande alongamento do histograma ditando uma amplitude térmica elevada, havendo
mesmo zonas em que os valores de temperatura variam na ordem dos 20ºC consoante as condições
climatéricas exteriores.
Particularmente saliente é também a da sala de informática que, com um ganho interno bastante elevado
quando comparado com o restante espaço e, visto ser uma zona com um perfil de ocupação residual, sugere
a ideia de implementação de um sistema de recuperação de calor libertado pelo equipamento nela instalado,
jogando assim em duas frentes: quer na redução de necessidade de aquecimento de uma outra zona, quer
na redução também da necessidade de arrefecimento da própria sala de informática.
Com base na caracterização do edifício já supra-referida foi feita a sua simulação em ESP-r para, desta
forma, estimar os valores de consumos de energia e gastos a ele associados. Os resultados analisados
centram-se não tanto em valores térmicos mas mais em valores de gastos associados ao consumo de
energia uma vez que o mote do presente trabalho é precisamente o consumo de energia.
Tendo em conta os diferentes perfis de ocupação e funcionamento das diversas zonas que compõem os
edifício apresentam-se nos dois gráficos abaixo ilustrados as participações de cada zona no consumo em
aquecimento, arrefecimento, iluminação e energia eléctrica por parte dos equipamentos nelas instalados.
3500
[kWh]
3000
2500
2000
1500
1000
500
0
Jan Feb Mar Apr May Jun Jul Aug Sep Oct Nov Dec
aquecimento arrefecimento
Figura 30 - aquecimento e arrefecimento
64
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
Nos dois gráficos seguintes é possível constatar a contribuição de cada zona na factura de cada um dos
factores energéticos (aquecimento, arrefecimento, iluminação, equipamento).
35%
30%
25%
20%
15%
10%
5%
0%
Auditorio Atrio Gabs. depósito informatica wc+arrumos adultos infantil
Trabalho documentos
aquecimento arrefecimento
50%
40%
30%
20%
10%
0%
Auditorio Atrio Gabs. depósito informatica wc+arrumos adultos infantil
Trabalho documentos
iluminação equipamento
65
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
9%
18%
39%
34%
ENERGIA FINAL
ENERGIA PRIMÁRIA
66
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
Aqui, tal como no EV1, e também pela observação de desvios entre os edifícios existentes e o zonamento
estipulado pelo IPLB, foi utilizado um zonamento simplificado, agregando zonas de comportamento térmico
semelhante numa só zona.
zonamento tipo do IPLB para uma BM2 zonamento simplificado para o EV2
átrio 120 m2
secção de adultos 430 m2
secção infantil 290 m2 Z1 átrio 110 m2
sala polivalente 115 m2 Z2 sala polivalente 140 m2
arrumos 10 m2 Z3 sala de reuniões + gabinetes de trabalho 160 m2
inst. sanitárias públicas 50 m2 Z4 inst. sanitárias + arrumos + manutenção 120 m2
gabinetes de trabalho 130 m2 Z5 depósito de documentos 84 m2
sala de reuniões 20 m2 Z6 sala de informática 12 m2
manutenção 30 m2 Z7 secção de adultos 425 m2
depósito de documentos 110 m2 Z8 secção infantil 298 m2
inst. sanitárias pessoal 15 m2
sala de informática 10 m2
arrumos 15 m2
1345 m2 1349 m2
67
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
Z2 sala polivalente Sala climatizada com utilização de uma vez por semana com capacidade
máxima média de 115 pessoas.
Z3 sala de reuniões + Zona climatizada e ocupada por 7 pessoas em trabalho de escritório. Equipada
gabinetes de trabalho com 3 computadores, 3 monitores, 3 impressoras e 2 fotocopiadoras.
Z4 instalações sanitárias + Zona sem padrão de utilização mas sem ocupação relevante.
arrumos + manutenção
Z7 secção de adultos Zona climatizada de ocupação permanente por adultos em consulta de livros ou
estudo. É equipada com 13 computadores, 13 monitores, 3 televisores e 3
leitores de vídeo/dvd. Existem em permanência 4 funcionários em trabalho de
escritório e assistência de utilizadores.
Z8 secção infantil Zona climatizada ocupada por duas pessoas em trabalho de escritório equipada
com 6 computadores, 6 monitores, 3 televisores e 3 leitores de vídeo/dvd. A
sala é também ocupada por crianças em actividades didácticas.
68
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
DADOS ARQUITECTÓNICOS
comprimento fachada principal [m] 45
comprimento fachada lateral [m] 30
altura fachada [m] 4
área total [m2] 1 350
número de pisos 1
pé direito por piso [m] 4
número de zonas interiores 8
SISTEMAS DE AVAC
ventilação mecânica
aquecimento por UTA por processo de bomba de calor
arrefecimento por UTA alimentada por chiller
SET-POINTS
aquecimento 20 ºC
arrefecimento 23 ºC
69
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
Tabela 27 - iluminação
Tabela 28 - ocupação
OCUPAÇÃO CARACTERÍSTICA
nº funcionários permanentes 16
nº médio mensal de visitantes 7400
funcionamento semanal seg. a sex.
funcionamento diário 9h às 19h
INFILTRAÇÕES
0.5 rph
VENTILAÇÃO
1 rph
70
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
Paredes exteriores
Argamassa 25
Tijolo (14cm) 140
Ar 20 0.65
EPS 30
Argamassa tradicional 25
Paredes interiores
Argamassa tradicional 25
Tijolo (9cm) 90 3.19
Argamassa tradicional 25
Laje de cobertura
EPS 30
Cimento 250
0.74
Ar 250
Pladour 10
Telhado
Telha 25
2.92
Cimento 250
Janelas
Vidro simples 4 5.69
71
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
72
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
Neste ponto, e tal como na BM1, foi feita uma análise do comportamento deste edifício quando deixado sem
qualquer tipo de climatização. Pretende-se observar a evolução natural das condições de temperatura no seu
interior.
9.0%
ocorrências [%]
8.0%
7.0%
6.0%
5.0%
4.0%
3.0%
2.0%
1.0%
0.0%
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36
átrio secção de adultos secção infantil temperatura [ºC]
Figura 36 - histograma de temperaturas
73
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
14.0%
ocorrências [%]
12.0%
10.0%
8.0%
6.0%
4.0%
2.0%
0.0%
10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40
gabinetes trabalho depósito documentos wc e arrumosl auditório temperatura [ºC]
Figura 37 - histograma de temperaturas
14.0%
ocorrências [%]
12.0%
10.0%
8.0%
6.0%
4.0%
2.0%
0.0%
30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50
sala informática temperatura [ºC]
74
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
Em analogia ao comportamento do edifício BM1, este também se apresenta com um elevado alongamento de
histograma de temperaturas, apenas abrangendo o espectro tradicional de conforto térmico (18-25ºC) numa
média de 37% do tempo de funcionamento.
Também neste caso a sala de informática se destaca pela presença de elevadas cargas térmicas face às
restantes zonas do edifício.
10000
[kWh]
9000
8000
7000
6000
5000
4000
3000
2000
1000
0
Jan Feb Mar Apr May Jun Jul Aug Sep Oct Nov Dec
aquecimento arrefecimento
Neste caso de tipologia BM2 as necessidades energéticas de arrefecimento começam a tomar valores mais
significativos, comparativamente à BM1, a partir de Abril, No entanto, e como para esse mês, ainda se
verificam requisitos de aquecimento a estação convencional de arrefecimento mantém-se no período de Maio
a Outubro.
75
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
45%
40%
35%
30%
25%
20%
15%
10%
5%
0%
Auditorio Atrio Gabs. depósito informatica wc+arrumos adultos infantil
Trabalho documentos
aquecimento arrefecimento
Figura 40 - contribuição de cada zona nas necessidades energéticas
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
Auditorio Atrio Gabs. depósito informatica wc+arrumos adultos infantil
Trabalho documentos
iluminação equipamento
Figura 41 - contribuição de cada zona no consumo de electricidade
76
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
49%
26%
20% 5%
ENERGIA FINAL
ENERGIA PRIMÁRIA
77
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
.2 Estudos paramétricos
Depois de caracterizados os dois tipos de edifícios e avaliação das suas necessidades energéticas foi feito
um estudo de sensibilidade, alterando ou implementando medidas passivas e activas, com o objectivo de
minimização da sua factura energética, em particular no aquecimento e arrefecimento. Abaixo se
caracterizam cada uma das medidas implementadas no estudo de sensibilidade paramétrica. Estas medidas
foram, numa primeira fase, implementadas separadamente (i.e., apenas uma de cada vez) sobre o caso base
(figuras 43 e 44).
Vidro duplo
Os vãos envidraçados deixam entrar a luz natural nos edifícios e, neste ponto, podem ter uma contribuição
muito positiva. Porém, são também responsáveis pela entrada de calor no Verão e saída no Inverno, assim, o
seu bom dimensionamento é essencial no que toca a eficiência energética.
O primeiro passo deste estudo foi portanto a substituição do uso de vidro simples (U = 5.7 W/m2ºC ) para
vidro duplo (U= 2.8 W/m2ºC) com o intuito que este, apresentando um coeficiente de transmissão térmica
inferior reduzisse as trocas de calor indesejadas entre o edifício e o seu exterior.
Da comparação da área de vãos envidraçados nos dois edifícios em estudo constata-se uma discrepância
notória, observando-se para o de tipologia BM2 uma área francamente superior. Assim, foi também simulado
um edifício com as mesmas características, mas reduzindo em 20% a área dos seus envidraçados. Um outro
cenário equacionado neste ponto foi a redução de 50% da área de vãos envidraçados nas fachadas Este e
Oeste.
Na linha de actuação da primeira parametrização, as fachadas, responsáveis por grande parte de trocas de
calor nos edifícios, foram também analisadas, sendo substituídas ou complementadas de forma a
constituírem uma barreira mais eficiente aos fluxos de energia térmica. No caso do edifício de tipologia BM1
(fachadas de pedra calcária, U = 1.46 W/m2ºC) foi adicionado um isolamento interior de EPS e ainda uma
camada de parede de tijolo, também pelo interior (U= 0.56 W/m2ºC). No edifício do tipo BM2 a parede dupla
de tijolo com isolamento (U = 0.65 W/m2ºC) foi substituída por outra também dupla com isolamento mas agora
em construção betonada (U= 0.59 W/m2ºC).
Arrefecimento nocturno
Da constatação de estes edifícios apenas serem ocupados em cerca de 40% do dia e estando fechados
também ao fim de semana, período para o qual não estão sujeitos a cargas térmicas internas relevantes,
surge a ideia de implementação de um sistema de arrefecimento natural nocturno no período de verão.
Assim, através de ventilação mecânica foram aumentadas as taxas de renovação de ar entre a meia noite e
as 6 horas para 20 rph, valor exagerado de forma a garantir, em simulação, que ar novo a uma temperatura
inferior à registada no interior possa penetrar no edifício arrefecendo-o.
78
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
Os edifícios base simulados apresentam um setpoint de climatização de 20-23ºC. No entanto, é sabido que o
espectro de temperaturas do conforto térmico é mais alargado e depende dos níveis de actividade metabólica
e do vestuário que usamos como protecção. Assim, os setpoints foram alargados sendo o edifício aquecido
para temperaturas iguais ou inferiores a 18ºC e arrefecido para temperaturas iguais ou superiores a 28ºC,
valores compatíveis com chamada “teoria do conforto adaptativo”.
Embora os valores de 18-28ºC não saiam do intervalo de conforto para estes edifícios e níveis metabólicos
normalmente desenvolvidos em actividades no seu interior, o seu estreitamento para 18-25ºC conduz a uma
situação mais compatível com os padrões habituais do ar condicionado.
Na tipologia BM2, onde se verifica uma taxa de iluminação bastante elevada, foi feito um estudo de
sensibilidade com base na alteração do perfil de iluminação, restringindo o seu valor máximo a 50% do actual.
Constatando que a sala de informática, devido à sua elevada carga térmica, se encontra em arrefecimento
permanente durante todo o ano, foi simulada uma implementação de arrefecimento natural nessa zona,
usando para tal um sistema de renovação de ar com taxas bastante elevadas, permitindo assim ao ar
exterior, a uma temperatura mais baixa, efectuar trocas de calor com o ar interior, retirando desta forma
esforço ao sistema de climatização implementado.
Melhor que apenas expelirmos para o exterior todo o calor dissipado no interior da sala de informática é a sua
recuperação para outros espaços com necessidades de aquecimento, como sejam os gabinetes de trabalho
ou mesmo a secção de adultos. Assim, através de um sistema de ventilação foi simulado o comportamento
para esta nova situação de recuperação de calor.
Sombreamento exterior
A implementação de sistemas passivos de sombreamento solar em muito contribui para o índice de eficiência
energética, no entanto, este tipo de solução deve ser alvo de um estudo cuidado. Para avaliar esse impacto,
nesta parametrização foi simulado o comportamento dos edifícios perante um sombreamento exterior fixo
permanente, isto é, sem optimização do ganho solar. Assim, os vãos envidraçados encontram-se, nesta
situação, permanentemente sombreados, quer no Verão quer no Inverno. Neste caso a performance térmica
do edifício no Inverno será afectada pela falta de radiação solar incidente levando a um maior consumo para
aquecimento, situação indesejada mas simulada de modo a dar uma quantificação do seu impacto.
79
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
Para o caso base foram usados valores de COP médio de 4 e 3 para aquecimento e arrefecimento
respectivamente, no entanto é sabido que por motivos específicos dos equipamentos, instalação e/ou
manutenção estes valores podem facilmente baixar uma unidade. Assim foi também analisado esse caso.
Por outro lado, a implementação de um sistema de climatização mais eficiente pode levar ao aumento do
COP, pelo que um cenário com uma variação de COP (aumentando e diminuindo uma unidade) também foi
considerado.
80
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
81
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
Recorda-se que a base de comparação para estes resultados são os casos base cujos resultados se
apresentam nas páginas 52 (BM1) e 63 (BM2). Na secção .3.1 será apresentado um resumo dos resultados.
i. vidros duplos
aquecimento 8022 kWh 10.26 kWh/m2 aquecimento 13515 kWh 10.02 kWh/m2
arrefecimento 11467 kWh 14.66 kWh/m2 arrefecimento 33917 kWh 25.14 kWh/m2
aquecimento 2005 kWh 2.56 kWh/m2 aquecimento 3378 kWh 2.50 kWh/m2
arrefecimento 3822 kWh 4.89 kWh/m2 arrefecimento 11305 kWh 8.38 kWh/m2
iluminação 7580 kWh 9.69 kWh/m2 iluminação 32618 kWh 24.18 kWh/m2
equipamento 8845 kWh 11.31 kWh/m2 equipamento 17112 kWh 12.69 kWh/m2
total 22254 kWh 28.46 kWh/m2 total 64415 kWh 47.75 kWh/m2
aquecimento 581 kgep 0.74 kgep/m2 aquecimento 979 kgep 0.73 kgep/m2
arrefecimento 1108 kgep 1.42 kgep/m2 arrefecimento 3278 kgep 2.43 kgep/m2
iluminação 2198 kgep 2.81 kgep/m2 iluminação 9459 kgep 7.01 kgep/m2
equipamento 2565 kgep 3.28 kgep/m2 equipamento 4962 kgep 3.68 kgep/m2
total 6453 kgep 8.25 kgep/m2 total 18680 kgep 13.85 kgep/m2
6.45 Tep 18.68 Tep
82
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
Para o edifício de tipologia BM1, as paredes estruturais de pedra calcária (U=1.46 W/m2ºC) características do
edifício base foram complementadas com isolamento interior (EPS) seguido de construção de parede de tijolo
(U= 0.56 W/m2ºC). Já para o edifício BM2, uma vez que o caso base já inclui isolamento térmico, foi alterada
a solução de alvenaria (U= 0.65 W/m2ºC) para uma fachada de betão (U= 0.60W/m2ºC), mantendo as outras
características (parede dupla com caixa de ar e isolamento).
aquecimento 7009 kWh 8.96 kWh/m2 aquecimento 14365 kWh 10.65 kWh/m2
arrefecimento 11795 kWh 15.08 kWh/m2 arrefecimento 40690 kWh 30.16 kWh/m2
aquecimento 1752 kWh 2.24 kWh/m2 aquecimento 3591 kWh 2.66 kWh/m2
arrefecimento 3931 kWh 5.03 kWh/m2 arrefecimento 13563 kWh 10.05 kWh/m2
iluminação 7580 kWh 9.69 kWh/m2 iluminação 32618 kWh 24.18 kWh/m2
equipamento 8845 kWh 11.31 kWh/m2 equipamento 17112 kWh 12.69 kWh/m2
total 22110 kWh 28.27 kWh/m2 total 66885 kWh 49.58 kWh/m2
aquecimento 508 kgep 0.65 kgep/m2 aquecimento 1041 kgep 0.77 kgep/m2
arrefecimento 1140 kgep 1.46 kgep/m2 arrefecimento 3933 kgep 2.92 kgep/m2
iluminação 2198 kgep 2.81 kgep/m2 iluminação 9459 kgep 7.01 kgep/m2
equipamento 2565 kgep 3.28 kgep/m2 equipamento 4962 kgep 3.68 kgep/m2
total 6412 kgep 8.20 kgep/m2 total 19396 kgep 14.38 kgep/m2
6.41 Tep 19.40 Tep
83
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
Com o intuito de tirar partido das horas em que o edifício é deixado sem ocupação interna significativa e
enquanto as temperaturas exteriores se mantêm em valores mais baixos que as registadas dentro da
biblioteca, foi implementado um sistema de arrefecimento nocturno. Este sistema assenta no principio do
conceito de freecooling. No Verão, entre as 0h e as 6h, quando a temperatura exterior desce a níveis
inferiores é ligado um sistema de ventilação que renova o ar interior, naturalmente mais quente devido às
cargas térmicas produzidas durante todo o tempo de funcionamento e que ainda não tiveram tempo suficiente
para se dissiparem por infiltrações ou por condução através das fachadas, proporcionando desta forma um
arrefecimento do ar interior
aquecimento 8544 kWh 10.93 kWh/m2 aquecimento 14694 kWh 10.89 kWh/m2
arrefecimento 8852 kWh 11.32 kWh/m2 arrefecimento 36554 kWh 27.10 kWh/m2
aquecimento 2136 kWh 2.73 kWh/m2 aquecimento 3673 kWh 2.72 kWh/m2
arrefecimento 2950 kWh 3.77 kWh/m2 arrefecimento 12184 kWh 9.03 kWh/m2
iluminação 7580 kWh 9.69 kWh/m2 iluminação 32618 kWh 24.18 kWh/m2
equipamento 8845 kWh 11.31 kWh/m2 equipamento 17112 kWh 12.69 kWh/m2
total 21513 kWh 27.51 kWh/m2 total 65589 kWh 48.62 kWh/m2
aquecimento 619 kgep 0.79 kgep/m2 aquecimento 1065 kgep 0.79 Kgep/m2
arrefecimento 855 kgep 1.09 kgep/m2 arrefecimento 3533 kgep 2.62 Kgep/m2
iluminação 2198 kgep 2.81 kgep/m2 iluminação 9459 kgep 7.01 Kgep/m2
equipamento 2565 kgep 3.28 kgep/m2 equipamento 4962 kgep 3.68 Kgep/m2
total 6238 kgep 7.98 kgep/m2 total 19020 kgep 14.10 Kgep/m2
6.24 Tep 19.02 Tep
84
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
Foi feita uma simulação para quantificar o impacto de um aumento de 20% na área deste tipo de superfícies.
O procedimento inverso foi feito para a biblioteca BM2. Foi simulado o seu comportamento para uma redução
de 20% de vãos envidraçados.
aquecimento 13972 kWh 17.87 kWh/m2 aquecimento 15096 kWh 11.19 kWh/m2
arrefecimento 13491 kWh 17.25 kWh/m2 arrefecimento 34224 kWh 25.37 kWh/m2
aquecimento 3493 kWh 4.47 kWh/m2 aquecimento 3774 kWh 2.80 kWh/m2
arrefecimento 4497 kWh 5.75 kWh/m2 arrefecimento 11408 kWh 8.46 kWh/m2
iluminação 7892 kWh 10.09 kWh/m2 iluminação 32618 kWh 24.18 kWh/m2
equipamento 8845 kWh 11.31 kWh/m2 equipamento 17112 kWh 12.69 kWh/m2
total 24728 kWh 31.62 kWh/m2 total 64912 kWh 48.12 kWh/m2
aquecimento 1013 kgep 1.30 kgep/m2 aquecimento 1094 kgep 0.81 kgep/m2
arrefecimento 1304 kgep 1.67 kgep/m2 arrefecimento 3308 kgep 2.45 kgep/m2
iluminação 2288 kgep 2.93 kgep/m2 iluminação 9459 kgep 7.01 kgep/m2
equipamento 2565 kgep 3.28 kgep/m2 equipamento 4962 kgep 3.68 kgep/m2
total 7171 kgep 9.17 kgep/m2 total 1882 kgep 13.95 kgep/m2
7.17 Tep 18.82 Tep
85
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
Para complementar a parametrização de redução de 20% de envidraçados feita para a BM2 simulou-se a
dinâmica energética para a redução de 50% da área de envidraçados a Este e Oeste.
Tabela 38 - consumo de energia - parametrização redução de 50% nos envidraçados a Este e Oeste
BM2
ENERGIA ÚTIL
ENERGIA FINAL
ENERGIA PRIMÁRIA
86
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
aquecimento 9486 kWh 12.13 kWh/m2 aquecimento 19261 kWh 14.28 kWh/m2
arrefecimento 10974 kWh 14.03 kWh/m2 arrefecimento 31445 kWh 23.31 kWh/m2
aquecimento 2371 kWh 3.03 kWh/m2 aquecimento 4815 kWh 3.57 kWh/m2
arrefecimento 3658 kWh 4.68 kWh/m2 arrefecimento 10481 kWh 7.77 kWh/m2
iluminação 7580 kWh 9.69 kWh/m2 iluminação 32618 kWh 24.18 kWh/m2
equipamento 8845 kWh 11.31 kWh/m2 equipamento 17112 kWh 12.69 kWh/m2
total 22456 kWh 28.72 kWh/m2 total 65027 kWh 48.20 kWh/m2
aquecimento 687 kgep 0.88 kgep/m2 aquecimento 1396 kgep 1.04 kgep/m2
arrefecimento 1060 kgep 1.36 kgep/m2 arrefecimento 3039 kgep 2.25 kgep/m2
iluminação 2198 kgep 2.81 kgep/m2 iluminação 9459 kgep 7.01 kgep/m2
equipamento 2565 kgep 3.28 kgep/m2 equipamento 4962 kgep 3.68 kgep/m2
total 6512 kgep 8.33 kgep/m2 total 18858 kgep 13.98 kgep/m2
6.51 Tep 18.86 Tep
87
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
aquecimento 4227 kWh 5.41 kWh/m2 aquecimento 7017 kWh 5.20 kWh/m2
arrefecimento 2946 kWh 3.77 kWh/m2 arrefecimento 15324 kWh 11.36 kWh/m2
aquecimento 1056 kWh 1.35 kWh/m2 aquecimento 1754 kWh 1.30 kWh/m2
arrefecimento 982 kWh 1.26 kWh/m2 arrefecimento 5108 kWh 3.79 kWh/m2
iluminação 7580 kWh 9.69 kWh/m2 iluminação 32618 kWh 24.18 kWh/m2
equipamento 8845 kWh 11.31 kWh/m2 equipamento 17112 kWh 12.69 kWh/m2
total 18465 kWh 23.61 kWh/m2 total 56593 kWh 41.95 kWh/m2
aquecimento 306 kgep 0.39 kgep/m2 aquecimento 508 kgep 0.38 kgep/m2
arrefecimento 284 kgep 0.36 kgep/m2 arrefecimento 1481 kgep 1.10 kgep/m2
iluminação 2198 kgep 2.81 kgep/m2 iluminação 9459 kgep 7.01 kgep/m2
equipamento 2565 kgep 3.28 kgep/m2 equipamento 4962 kgep 3.68 kgep/m2
total 5355 kgep 6.85 kgep/m2 total 16412 kgep 12.17 kgep/m2
5.35 Tep 16.41 Tep
88
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
Levando a parametrização de alargamento do intervalo de set-points para uma situação um pouco mais
comum nas práticas do ar-condicionado, optou-se por uma análise comportamental à situação de 18ºC –
25ºC para aquele intervalo.
aquecimento 4232 kWh 5.41 kWh/m2 aquecimento 7040 kWh 5.22 kWh/m2
arrefecimento 7421 kWh 9.49 kWh/m2 arrefecimento 29166 kWh 21.62 kWh/m2
aquecimento 1058 kWh 1.35 kWh/m2 aquecimento 1760 kWh 1.30 kWh/m2
arrefecimento 2473 kWh 3.16 kWh/m2 arrefecimento 9722 kWh 7.21 kWh/m2
iluminação 7580 kWh 9.69 kWh/m2 iluminação 32618 kWh 24.18 kWh/m2
equipamento 8845 kWh 11.31 kWh/m2 equipamento 17112 kWh 12.69 kWh/m2
total 19958 kWh 25.52 kWh/m2 total 61212 kWh 45.38 kWh/m2
aquecimento 306 kgep 0.39 kgep/m2 aquecimento 510 kgep 0.38 kgep/m2
arrefecimento 717 kgep 0.92 kgep/m2 arrefecimento 2819 kgep 2.09 kgep/m2
iluminação 2198 kgep 2.81 kgep/m2 iluminação 9459 kgep 7.01 kgep/m2
equipamento 2565 kgep 3.28 kgep/m2 equipamento 4962 kgep 3.68 kgep/m2
total 5787 kgep 7.40 kgep/m2 total 17751 kgep 13.16 kgep/m2
5.79 Tep 17.75 Tep
89
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
Sendo a sala de informática uma das zonas que mais contribui para as necessidades energéticas de
arrefecimento, foi feita uma simulação tendo em conta que, sempre que possível, o calor libertado naquela
zona seria dissipado, através de um mecanismo de ventilação mecânica, ou natural, para o exterior,
reduzindo assim a carga a vencer pelo sistema de climatização.
aquecimento 8544 kWh 10.93 kWh/m2 aquecimento 14284 kWh 10.59 kWh/m2
arrefecimento 10911 kWh 13.95 kWh/m2 arrefecimento 38885 kWh 28.83 kWh/m2
aquecimento 2136 kWh 2.73 kWh/m2 aquecimento 3571 kWh 2.65 kWh/m2
arrefecimento 3637 kWh 4.65 kWh/m2 arrefecimento 12961 kWh 9.61 kWh/m2
iluminação 7580 kWh 9.69 kWh/m2 iluminação 32618 kWh 24.18 kWh/m2
equipamento 8845 kWh 11.31 kWh/m2 equipamento 17112 kWh 12.69 kWh/m2
total 22199 kWh 28.39 kWh/m2 total 66263 kWh 49.12 kWh/m2
aquecimento 619 kgep 0.79 kgep/m2 aquecimento 1035 kgep 0.77 kgep/m2
arrefecimento 1054 kgep 1.35 kgep/m2 arrefecimento 3758 kgep 2.79 kgep/m2
iluminação 2198 kgep 2.81 kgep/m2 iluminação 9459 kgep 7.01 kgep/m2
equipamento 2565 kgep 3.28 kgep/m2 equipamento 4962 kgep 3.68 kgep/m2
total 6437 kgep 8.23 kgep/m2 total 19216 kgep 14.25 kgep/m2
6.44 Tep 19.22 Tep
90
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
Tendo como base os resultados da parametrização anterior, foi simulado o comportamento para uma
recuperação do calor libertado nesta zona em vez de simplesmente o dissipar para o exterior. Este processo
pode ser conseguido através da implementação de um sistema de ventilação mecânica dirigido para outras
zonas do edifício.
aquecimento 8283 kWh 10.59 kWh/m2 aquecimento 13788 kWh 10.22 kWh/m2
arrefecimento 10114 kWh 12.93 kWh/m2 arrefecimento 36256 kWh 26.88 kWh/m2
aquecimento 2070 kWh 2.65 kWh/m2 aquecimento 3447 kWh 2.56 kWh/m2
arrefecimento 3371 kWh 4.31 kWh/m2 arrefecimento 12085 kWh 8.96 kWh/m2
iluminação 7580 kWh 9.69 kWh/m2 iluminação 32618 kWh 24.18 kWh/m2
equipamento 8845 kWh 11.31 kWh/m2 equipamento 17112 kWh 12.69 kWh/m2
total 21868 kWh 27.97 kWh/m2 total 65263 kWh 48.38 kWh/m2
aquecimento 600 kgep 0.77 kgep/m2 aquecimento 999 kgep 0.74 kgep/m2
arrefecimento 977 kgep 1.25 kgep/m2 arrefecimento 3504 kgep 2.60 kgep/m2
iluminação 2198 kgep 2.81 kgep/m2 iluminação 9459 kgep 7.01 kgep/m2
equipamento 2565 kgep 3.28 kgep/m2 equipamento 4962 kgep 3.68 kgep/m2
total 6341 kgep 8.11 kgep/m2 total 18926 kgep 14.03 kgep/m2
6.34 Tep 18.93 Tep
91
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
Nesta parametrização, o perfil de iluminação foi limitado isto é, nas zonas onde se verificavam utilizações do
equipamento de iluminação superiores a 50% considerou-se uma restrição a este majorante. Apesar do
comportamento ter sido simulado para os dois edifícios, no caso da BM1 não é muito viável este
comportamento uma vez que esta apresenta uma taxa de iluminação de 4 W/m2,que é já de si bastante
contida. Já no caso da BM2 este cenário faz sentido uma vez que aquela taxa se apresenta na ordem dos 10
W/m2.
aquecimento 9292 kWh 11.88 kWh/m2 aquecimento 16365 kWh 12.13 kWh/m2
arrefecimento 11120 kWh 14.22 kWh/m2 arrefecimento 38062 kWh 28.22 kWh/m2
aquecimento 2323 kWh 2.97 kWh/m2 aquecimento 4091 kWh 3.03 kWh/m2
arrefecimento 3706 kWh 4.74 kWh/m2 arrefecimento 12687 kWh 9.41 kWh/m2
iluminação 4530 kWh 5.79 kWh/m2 iluminação 19056 kWh 14.13 kWh/m2
equipamento 8845 kWh 11.31 kWh/m2 equipamento 17112 kWh 12.69 kWh/m2
total 19405 kWh 24.82 kWh/m2 total 52948 kWh 39.25 kWh/m2
aquecimento 673 kgep 0.86 kgep/m2 aquecimento 1186 kgep 0.88 kgep/m2
arrefecimento 1075 kgep 1.37 kgep/m2 arrefecimento 3679 kgep 2.73 kgep/m2
iluminação 1313 kgep 1.68 kgep/m2 iluminação 5526 kgep 4.10 kgep/m2
equipamento 2565 kgep 3.28 kgep/m2 equipamento 4962 kgep 3.68 kgep/m2
total 5627 kgep 7.20 kgep/m2 total 15354 Kgep 11.38 Kgep/m2
5.63 Tep 15.35 Tep
92
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
aquecimento 8630 kWh 11.04 kWh/m2 aquecimento 14514 kWh 10.76 kWh/m2
arrefecimento 11109 kWh 14.21 kWh/m2 arrefecimento 32751 kWh 24.28 kWh/m2
aquecimento 2157 kWh 2.76 kWh/m2 aquecimento 3628 kWh 2.69 kWh/m2
arrefecimento 3703 kWh 4.74 kWh/m2 arrefecimento 10917 kWh 8.09 kWh/m2
iluminação 7580 kWh 9.69 kWh/m2 iluminação 32618 kWh 24.18 kWh/m2
equipamento 8845 kWh 11.31 kWh/m2 equipamento 17112 kWh 12.69 kWh/m2
total 22286 kWh 28.50 kWh/m2 total 64276 kWh 47.65 kWh/m2
aquecimento 625 kgep 0.80 kgep/m2 aquecimento 1052 kgep 0.78 kgep/m2
arrefecimento 1073 kgep 1.37 kgep/m2 arrefecimento 3165 kgep 2.35 kgep/m2
iluminação 2198 kgep 2.81 kgep/m2 iluminação 9459 kgep 7.01 kgep/m2
equipamento 2565 kgep 3.28 kgep/m2 equipamento 4962 kgep 3.68 kgep/m2
total 6463 kgep 8.26 kgep/m2 total 18640 kgep 13.82 kgep/m2
6.46 Tep 18.64 Tep
93
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
Tabela 46 - consumo de energia - parametrização sistema de climatização mais eficiente (COP +1)
BM1 BM2
ENERGIA ÚTIL ENERGIA ÚTIL
aquecimento 8544 kWh 10.93 kWh/m2 aquecimento 14284 kWh 10.59 kWh/m2
arrefecimento 11960 kWh 15.29 kWh/m2 arrefecimento 41172 kWh 30.52 kWh/m2
aquecimento 1708 kWh 2.19 kWh/m2 aquecimento 2856 kWh 2.12 kWh/m2
arrefecimento 2990 kWh 3.82 kWh/m2 arrefecimento 10293 kWh 7.63 kWh/m2
iluminação 7580 kWh 9.69 kWh/m2 iluminação 32618 kWh 24.18 kWh/m2
equipamento 8845 kWh 11.31 kWh/m2 equipamento 17112 kWh 12.69 kWh/m2
total 21125 kWh 27.01 kWh/m2 total 62880 kWh 46.61 kWh/m2
aquecimento 495 kgep 0.63 kgep/m2 aquecimento 828 kgep 0.61 kgep/m2
arrefecimento 867 kgep 1.11 kgep/m2 arrefecimento 2985 kgep 2.21 kgep/m2
iluminação 2198 kgep 2.81 kgep/m2 iluminação 9459 kgep 7.01 kgep/m2
equipamento 2565 kgep 3.28 kgep/m2 equipamento 4962 kgep 3.68 kgep/m2
total 6126 kgep 7.83 kgep/m2 total 18235 kgep 13.52 kgep/m2
6.13 Tep 18.24 Tep
94
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
Constatando que em muitas situações, o valor do COP do sistema de climatização se situa abaixo do
esperado, quer por instalação deficiente do próprio sistema ou simplesmente por descuidos com a sua
manutenção, este cenário também foi simulado.
Tabela 47 - consumo de energia - parametrização sistema de climatização menos eficiente (COP -1)
BM1 BM2
ENERGIA ÚTIL ENERGIA ÚTIL
aquecimento 8544 kWh 10.93 kWh/m2 aquecimento 14284 kWh 10.59 kWh/m2
arrefecimento 11960 kWh 15.29 kWh/m2 arrefecimento 41172 kWh 30.52 kWh/m2
aquecimento 2848 kWh 3.64 kWh/m2 aquecimento 4761 kWh 3.53 kWh/m2
arrefecimento 5980 kWh 7.65 kWh/m2 arrefecimento 20586 kWh 15.26 kWh/m2
iluminação 7580 kWh 9.69 kWh/m2 iluminação 32618 kWh 24.18 kWh/m2
equipamento 8845 kWh 11.31 kWh/m2 equipamento 17112 kWh 12.69 kWh/m2
total 25254 kWh 32.30 kWh/m2 total 75078 kWh 55.66 kWh/m2
aquecimento 825 kgep 1.06 kgep/m2 aquecimento 1380 kgep 1.02 kgep/m2
arrefecimento 1734 kgep 2.22 kgep/m2 arrefecimento 5970 kgep 4.43 kgep/m2
iluminação 2198 kgep 2.81 kgep/m2 iluminação 9459 kgep 7.01 kgep/m2
equipamento 2565 kgep 3.28 kgep/m2 equipamento 4962 kgep 3.68 kgep/m2
total 7323 kgep 9.37 kgep/m2 total 21772 kgep 16.14 kgep/m2
7.32 Tep 21.77 Tep
95
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
96
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
caso base BM1 2.73 0.79 5.10 1.48 9.69 2.81 11.31 3.28 28.83 8.36 -
vidros duplos 2.56 0.74 4.89 1.42 9.69 2.81 11.31 3.28 28.45 8.25 1%
alteração de fachadas 2.24 0.65 5.03 1.46 9.69 2.81 11.31 3.28 28.27 8.20 2%
nightcooling 2.73 0.79 3.77 1.09 9.69 2.81 11.31 3.28 27.50 7.97 5%
envidraçado +20% 4.47 1.30 5.75 1.67 9.69 2.81 11.31 3.28 31.22 9.06 -8 %
sombreamento exterior 3.03 0.88 4.68 1.36 9.69 2.81 11.31 3.28 28.71 8.33 0.5 %
setpoints 18-28ºC 1.35 0.39 1.26 0.36 9.69 2.81 11.31 3.28 23.61 6.84 18 %
setpoints 18-25ºC 1.35 0.39 3.16 0.92 9.69 2.81 11.31 3.28 25.51 7.40 12 %
freecooling informatica 2.73 0.79 4.65 1.35 9.69 2.81 11.31 3.28 28.38 8.23 2%
Recup. calor informatica 2.65 0.77 4.31 1.25 9.69 2.81 11.31 3.28 27.96 8.11 3%
iluminação max 50% 2.97 0.86 4.74 1.37 5.79 1.68 11.31 3.28 24.81 7.19 14 %
sombr. Ext + int 2.76 0.80 4.74 1.37 9.69 2.81 11.31 3.28 28.50 8.26 1%
cop +1 2.19 0.63 3.82 1.11 9.69 2.81 11.31 3.28 27.01 7.83 6%
cop -1 3.64 1.06 7.65 2.22 9.69 2.81 11.31 3.28 32.29 9.37 -12 %
caso base BM2 2.65 0.77 10.17 2.95 24.18 7.01 12.69 3.68 49.69 14.41 -
vidros duplos 2.50 0.73 8.38 2.43 24.18 7.01 12.69 3.68 47.75 13.85 4%
alteração e fachadas 2.66 0.77 10.05 2.92 24.18 7.01 12.69 3.68 49.58 14.38 0%
nightcooling 2.72 0.79 9.03 2.62 24.18 7.01 12.69 3.68 48.62 14.10 2%
envidraçado -20% 2.80 0.81 8.46 2.45 24.18 7.01 12.69 3.68 48.13 13.95 3%
sombreamento exterior 3.57 1.04 7.77 2.25 24.18 7.01 12.69 3.68 48.21 13.98 3%
setpoits 18-28ºC 1.30 0.38 3.79 1.10 24.18 7.01 12.69 3.68 41.96 12.17 16 %
setpoits 18-25ºC 1.30 0.38 7.21 2.09 24.18 7.01 12.69 3.68 45.38 13.16 9%
freecooling informatica 2.65 0.77 9.61 2.79 24.18 7.01 12.69 3.68 49.13 14.25 1%
Recup. calor informatica 2.56 0.74 8.96 2.60 24.18 7.01 12.69 3.68 48.39 14.03 3%
iluminação max 50% 3.03 0.88 9.41 2.73 14.13 4.10 12.69 3.68 39.26 11.39 21 %
redução 50% envidr. E e W 2.32 0.67 9.05 2.62 24.18 7.01 12.69 3.68 48.24 13.98 3%
sombr. Ext + int 2.69 0.78 8.09 2.35 24.18 7.01 12.69 3.68 47.65 13.82 4%
cop +1 2.12 0.61 7.63 2.21 24.18 7.01 12.69 3.68 46.62 13.51 6%
cop -1 3.53 1.02 15.26 4.43 24.18 7.01 12.69 3.68 55.66 16.14 -12 %
97
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
Da conjugação de todas as medidas que tiveram, per si, um impacto positivo na economia de energia resultou
uma poupança bastante significativa no que toca a necessidades energéticas de aquecimento e
arrefecimento.
A selecção foi feita com base nas parametrizações que ofereciam um potencial de economia de energia útil
igual ou superior a 5%, verificando-se que o caso BM2 é mais susceptível a um maior numero de medidas.
BM1
Vidros duplos
Alteração de solução construtiva de fachadas
Arrefecimento nocturno
Regulação de set-poits para 18-25ºC
Recuperação de calor da sala de informática
Conjugação de sombreamento interior e exterior
BM2
Vidros duplos
Arrefecimento nocturno
Redução de envidraçados (20%)
Regulação de set-poits para 18-25ºC
Recuperação de calor da sala de informática
Restrição aos perfis de iluminação
Redução de envidraçados a Este e Oeste (50%)
Conjugação de sombreamento interior e exterior
98
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
aquecimento 2813 kWh 3.60 kWh/m2 aquecimento 6538 kWh 4.85 kWh/m2
arrefecimento 2166 kWh 2.77 kWh/m2 arrefecimento 9069 kWh 6.72 kWh/m2
aquecimento 703 kWh 0.90 kWh/m2 aquecimento 1634 kWh 1.21 kWh/m2
arrefecimento 722 kWh 0.92 kWh/m2 arrefecimento 3023 kWh 2.24 kWh/m2
iluminação 4530 kWh 5.79 kWh/m2 iluminação 19056 kWh 14.13 kWh/m2
equipamento 8845 kWh 11.31 kWh/m2 equipamento 17112 kWh 12.69 kWh/m2
total 14801 kWh 18.93 kWh/m2 total 40826 kWh 30.26 kWh/m2
aquecimento 203 kgep 0.26 kgep/m2 aquecimento 474 kgep 0.35 kgep/m2
arrefecimento 209 kgep 0.27 kgep/m2 arrefecimento 876 kgep 0.65 kgep/m2
iluminação 1313 kgep 1.68 kgep/m2 iluminação 5526 kgep 4.10 kgep/m2
equipamento 2565 kgep 3.28 kgep/m2 equipamento 4962 kgep 3.68 kgep/m2
total 4292 kgep 5.49 kgep/m2 total 11839 kgep 8.78 kgep/m2
4.29 Tep 11.84 Tep
99
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
Da combinação de soluções referidas no ponto anterior resultam economias energéticas surpreendentes nos
dois casos.
Equipamento 0% 0%
100
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
25,0%
ocorrências [%]
20,0%
15,0%
10,0%
5,0%
0,0%
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33
átrio secção de adultos secção infantil temperatura [ºC]
20.0%
ocorrências [%]
18.0%
16.0%
14.0%
12.0%
10.0%
8.0%
6.0%
4.0%
2.0%
0.0%
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28
gabinetes trabalho depósito documentos wc e arrumosl auditório temperatura [ºC]
101
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
16,0%
ocorrências [%]
14,0%
12,0%
10,0%
8,0%
6,0%
4,0%
2,0%
0,0%
5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41
sala informática temperatura [ºC]
De facto, depois de uma intervenção nos domínios apresentados, o edifício, quando deixado a evoluir
naturalmente apresenta um histograma de temperaturas mais compacto para as horas de funcionamento da
biblioteca em relação ao que acontece no caso base (págs. 62-63). O corte é mais notório para as
temperaturas mais elevadas.
Na sala de informática o impacto é dramático, eliminando o uso de climatização naquela zona durante todo o
Inverno e estações moderadas.
102
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
12.0%
ocorrências [%]
10.0%
8.0%
6.0%
4.0%
2.0%
0.0%
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36
átrio secção de adultos secção infantil temperatura [ºC]
12,0%
10,0%
8,0%
6,0%
4,0%
2,0%
0,0%
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36
gabinetes trabalho depósito documentos wc e arrumosl auditório temperatura [ºC]
Figura 51 - histograma de temperaturas do edifício optimizado
103
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
12.0%
ocorrências [%]
10.0%
8.0%
6.0%
4.0%
2.0%
0.0%
5
7
9
11
13
15
17
19
21
23
25
27
29
31
33
35
37
39
41
43
45
47
49
sala informática temperatura [ºC]
Figura 52 - histograma de temperaturas do edifício optimizado
Os resultados obtidos no edifício BM2 quando simulado em free float apresentam, em termos relativos, as
mesmas características que para o edifício BM1.
104
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
CAPITULO IV .
Conclusões
105
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
106
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
Comparando a envolvente das duas tipologias em estudo é saliente um aspecto que, após devida simulação,
se revelou justificativo de maiores consumos relativos, para arrefecimento, da tipologia BM2. Tal característica
toma forma na área de vãos envidraçados. Na ordem dos 60% de fachada, este valor demostra-se
demasiado permissivo à penetração de radiação solar e, ainda mais crítico, uma vez constatada a não
existência de preocupações de sombreamento solar exterior. Assim, a tentativa de implementação de
sistemas passivos de sombreamento em edifícios já existentes e, a preocupação de integração deste tipo de
solução em projectos a decorrer ou em fase inicial é de vital importância quando os objectivos visam a
redução de consumo energético.
Avaliando em simultâneo o período de ocupação destes edifícios e o seu histograma de temperaturas, surge
a ideia de implementação de um sistema de arrefecimento nocturno através de um simples processo de
ventilação que renove o ar no interior da biblioteca quando a temperatura exterior é inferior à observada no
seu interior. Tal mecanismo proporcionará, no Verão, um decréscimo acentuado da temperatura no seu
interior sem, para tal, recorrer a sistemas de ar condicionado.
Focalizando atenções nas necessidades de energia útil para climatização deste tipo de edifícios é notório o
seu comportamento mais energívoro quando em arrefecimento do que em aquecimento, verificando-se uma
necessidade de arrefecimento mesmo nas estações moderadas. Tal comportamento é devido às grandes
cargas térmicas internas dos espaços sendo de importante relevância a sala de informática onde são
libertadas grandes quantidades de calor provenientes dos equipamentos nela instalados. Nesta zona o
procedimento é o mesmo em todas as bibliotecas analisadas: o sistema de climatização implementado
simplesmente insufla ar novo na sala a temperatura mais baixa de modo a garantir o regular funcionamento
dos equipamentos. Situação claramente sub-aproveitada, como se pôde constatar no decorrer do presente
estudo. Uma das soluções viáveis para o decréscimo da factura energética será a implemetação de um
sistema de recuperação de calor da sala de informática, através de, por exemplo, condutas de ventilação que
transportem calor para onde este é mais necessário, reduzindo também desta forma a necessidade de
aquecimento “pago” de outros espaços.
Pese embora a preocupação cernal do presente trabalho não passasse pela análise da fracção de consumo
relativo à iluminação artificial, os valores observados não podem deixar que não se faça aqui uma referência.
Assim, constata-se que, e como já foi exposto, mesmo com mais cerca de 40% de áreas envidraçadas, uma
vez mais a tipologia BM2 se mostra menos eficiente, recorrendo a 10 W/m2 de iluminação artificial contra os 4
W/m2 utilizados na tipologia BM1. Tal valor não só influi directamente a factura de energia como
indirectamente, criando cargas térmicas internas que depois se revelarão prejudiciais quando se trata de
arrefecimento do espaço.
Os edifícos do tipo BM2 são mais sensíveis a alterações que visem o seu melhor comportamento energético e
produzem resultados de economia superiores quando comparados com os resultados de implementação das
mesmas medidas nos edifícios do tipo BM1. De salientar também, e como descrito no inicio do trabalho, a
tipologia BM1 é representativa de edifícios seculares. Por seu turno, a tipologia BM2 representa edifícios
recentes, de nova arquitectura e de materiais de construção actualmente utilizados. É portanto preocupante
constatar a clara menor eficiência energética dos segundos.
107
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
A parte mais relevante do presente estudo foi sem dúvida a análise de sensibilidade paramétrica que, de uma
forma consistente, conseguiu evidenciar quais os parâmetros construtivos da envolvente que mais influem no
comportamento energético dos edifícios em questão. Dos cenários traçados evidenciam-se 4 medidas:
A conjugação destas intervenções pode levar a poupanças de energia significativas sendo que os melhores
valores obtidos por simulação representam economias de 70% em energia útil, reflectindo-se isso numa
economia de 40% em energia primária.
108
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
Referências
109
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
110
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
Anexos
111
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
112
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
Anexo A
modelo do inquérito
113
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
114
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
Inquérito às Bibliotecas
DADOS LOGíSTICOS
Nome da Biblioteca
Nome do Bibliotecário Responsável
Contacto telefónico
Data de inauguração / /
Tipologia BM1 BM2 BM3
Horário de funcionamento seg. a sex. das : às :
sábado das : às :
domingo das : às :
Número de funcionários permanentes
Número médio mensal de utilizadores
DADOS DE CONSTRUÇÃO
Área útil de construção m2
Área da cobertura m2
c/ arrefecimento m2
DADOS ENERGÉTICOS
caso não tenha dados anuais por favor indique o período considerado
fotovoltaica kWh/ano
115
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
Inquérito às Bibliotecas
DADOS DE CLIMATIZAÇÃO
normalmente ligado
Ventilação mecânica sim não
Arrefecimento sim não
Aquecimento sim não
Em que meses é normalmente mais utilizado? aquecimento
arrefecimento
Número de portas ou janelas normalmente abertas para o exterior
Onde se encontram os controladores de climatização exterior interior
Fácil acesso sim não
A climatização é feita por zonas? sim não
Tipo de gestão manual automático
DADOS DE CONFORTO TÉRMICO E AMBIENTAL
Comentários frequentes de utentes frio sim não
calor sim não
ruido sim não
correntes de ar sim não
pouca luminosidade sim não
contraste excessivo de luz solar sim não
Outros comentários frequentes:
Comentários adicionais
Tais como envidraçados, sombreamento, climatização, ventilação, luminosidade, etc.
Se achar relevante a descrição de outros dados por favor utilize o verso desta página. Em caso de dúvida contacte por favor 96 502 71 20 (Francisco Craveiro)
116
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
Anexo B
resultados dos inquéritos
117
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
118
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
nº funcionários permanentes 5
nº médio mensal de utilizadores 200
área útil de construção [m2] 856
pé direito [m] 3
área de cobertura [m] 699
área com aquecimento [m] 780
área com arrefecimento [m] 780
nº lugares sentados n.r.
capacidade auditório [pax] 40
frequência de utilização Muita
nº computadores n.r.
nº lâmpadas fluorescentes 404
nº lâmpadas incandescentes n.r.
119
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
nº computadores 15
nº lâmpadas fluorescentes n.r.
nº lâmpadas incandescentes n.r.
120
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
nº funcionários permanentes 2
nº médio mensal de utilizadores 300
área útil de construção [m2] 320
pé direito [m] 2.8
área de cobertura [m] n.r.
área com aquecimento [m] Não tem
área com arrefecimento [m] Não tem
nº lugares sentados 30
capacidade auditório [pax] 144
frequência de utilização 1 a 2 vezes por mês
nº computadores 8
nº lâmpadas fluorescentes 88
nº lâmpadas incandescentes 2
121
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
nº computadores 3
nº lâmpadas fluorescentes n.r.
nº lâmpadas incandescentes n.r.
122
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
nº funcionários permanentes 4
nº médio mensal de utilizadores 100
área útil de construção [m2] 60
pé direito [m] 2.8
área de cobertura [m] n.r.
área com aquecimento [m] Não tem
área com arrefecimento [m] Não tem
nº lugares sentados 12
capacidade auditório [pax] Não tem
frequência de utilização Não se aplica
nº computadores 8
nº lâmpadas fluorescentes 18
nº lâmpadas incandescentes 6
123
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
nº computadores 9
nº lâmpadas fluorescentes 36
nº lâmpadas incandescentes 27
124
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
nº funcionários permanentes 12
nº médio mensal de utilizadores 150
área útil de construção [m2] 927
pé direito [m] 3
área de cobertura [m] 524
área com aquecimento [m] 524
área com arrefecimento [m] 524
nº lugares sentados 84
capacidade auditório [pax] Não tem
frequência de utilização Não se aplica
nº computadores 24
nº lâmpadas fluorescentes 81
nº lâmpadas incandescentes 13
125
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
nº funcionários permanentes 6
nº médio mensal de utilizadores 500
área útil de construção [m2] 800
pé direito [m] 3.5
área de cobertura [m] 400
área com aquecimento [m] Não tem
área com arrefecimento [m] Não tem
nº lugares sentados 40
capacidade auditório [pax] Não tem
frequência de utilização Não se aplica
nº computadores 4
nº lâmpadas fluorescentes 40
nº lâmpadas incandescentes 6
126
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
nº computadores 24
nº lâmpadas fluorescentes 120
nº lâmpadas incandescentes 24(halogeneo)
127
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
nº funcionários permanentes 3
nº médio mensal de utilizadores n.r.
área útil de construção [m2] 150
pé direito [m] 2.5
área de cobertura [m] 110
área com aquecimento [m] 110
área com arrefecimento [m] 110
nº lugares sentados 20
capacidade auditório [pax] Não tem
frequência de utilização n.r.
nº computadores 1
nº lâmpadas fluorescentes 48
nº lâmpadas incandescentes 2
comentários frequentes
128
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
nº funcionários permanentes 3
nº médio mensal de utilizadores n.r.
área útil de construção [m2] 700
pé direito [m] 3
área de cobertura [m] 700
área com aquecimento [m] Não tem
área com arrefecimento [m] Não tem
nº lugares sentados 30
capacidade auditório [pax] Não tem
frequência de utilização Não se aplica
nº computadores 1
nº lâmpadas fluorescentes 100
nº lâmpadas incandescentes 4
comentários frequentes
129
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
nº funcionários permanentes 4
nº médio mensal de utilizadores 2 392
área útil de construção [m2] 1 000
pé direito [m] 3.5
área de cobertura [m] 500
área com aquecimento [m] 1 000
área com arrefecimento [m] 1 000
nº lugares sentados 40
capacidade auditório [pax] n.r.
frequência de utilização n.r.
nº computadores 20
nº lâmpadas fluorescentes 160
nº lâmpadas incandescentes 6
130
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
nº funcionários permanentes 19
nº médio mensal de utilizadores 10 000
área útil de construção [m2] 2 200
pé direito [m] 4
área de cobertura [m] 2 000
área com aquecimento [m] 1 102
área com arrefecimento [m] 904
nº lugares sentados 234
capacidade auditório [pax] 180
frequência de utilização Semanal
nº computadores 22
nº lâmpadas fluorescentes 200
nº lâmpadas incandescentes 336
131
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
nº funcionários permanentes 19
nº médio mensal de utilizadores 11 000
área útil de construção [m2] 1 200
pé direito [m] 3.5
área de cobertura [m] 1 200
área com aquecimento [m] 1 200
área com arrefecimento [m] 1 200
nº lugares sentados 389
capacidade auditório [pax] 76
frequência de utilização Semanal
nº computadores 31
nº lâmpadas fluorescentes 330
nº lâmpadas incandescentes 220
132
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
nº funcionários permanentes 11
nº médio mensal de utilizadores 500
área útil de construção [m2] 1 315
pé direito [m] 5
área de cobertura [m] 1 315
área com aquecimento [m] 500
área com arrefecimento [m] 500
nº lugares sentados n.r.
capacidade auditório [pax] 100
frequência de utilização n.r.
nº computadores 16
nº lâmpadas fluorescentes 280
nº lâmpadas incandescentes 30
133
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
nº funcionários permanentes 16
nº médio mensal de utilizadores 8 000
área útil de construção [m2] 1 067
pé direito [m] 3
área de cobertura [m] 1 067
área com aquecimento [m] Não tem
área com arrefecimento [m] Não tem
nº lugares sentados 171
capacidade auditório [pax] 100
frequência de utilização 2 vezes por semana
nº computadores 23
nº lâmpadas fluorescentes 209
nº lâmpadas incandescentes n.r.
134
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
nº funcionários permanentes 8
nº médio mensal de utilizadores n.r.
área útil de construção [m2] 2 000
pé direito [m] 3
área de cobertura [m] 2 000
área com aquecimento [m] 2 000
área com arrefecimento [m] 2 000
nº lugares sentados n.r.
capacidade auditório [pax] n.r.
frequência de utilização n.r.
nº computadores 10
nº lâmpadas fluorescentes 300
nº lâmpadas incandescentes 6
comentários frequentes -
135
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
136
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
Anexo C
perfis de utilização dos edifícios modelados
137
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
138
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
140
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
141
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
142
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
143
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
144
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
146
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
147
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
148
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
149
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
150
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
Anexo D
Energia na região do OVT
151
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
152
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
Portugal Continental 5 726 342 4 822 914 171 075 152 377 579 935
Oeste e Vale do Tejo 492 411 403 914 24 772 13 990 49 732
Oeste 214 601 178 571 6 301 6 655 23 074
Alcobaça 34 851 27 956 1 806 1 622 3 467
Alenquer 22 152 18 806 335 544 2 467
Arruda dos Vinhos 6 006 5 014 133 115 744
Bombarral 8 168 6 664 248 317 939
Cadaval 8 589 7 157 306 194 932
Caldas da Rainha 30 800 25 648 678 1 054 3 420
Lourinhã 15 249 12 754 558 384 1 553
Nazaré 12 176 10 362 150 271 1 393
Óbidos 7 381 6 144 238 364 635
Peniche 20 009 17 147 465 441 1 956
Sobral de Monte Agraço 5 125 4 176 115 137 697
Torres Vedras 44 095 36 743 1 269 1 212 4 871
Médio Tejo 138 745 114 947 7 000 3 719 13 077
Abrantes 25 749 21 328 1 681 573 2 166
Alcanena 8 132 6 661 124 468 879
Constância 2 180 1 768 99 99 214
Entroncamento 10 831 9 436 104 190 1 100
Ferreira do Zêzere 7 490 5 971 910 138 471
Ourém 29 153 24 151 906 903 3 193
Sardoal 2 938 2 408 209 110 211
Tomar 27 388 22 414 1 848 613 2 513
Torres Novas 20 787 17 352 944 508 1 983
Vila Nova da Barquinha 4 097 3 458 175 117 347
Lezíria do Tejo 139 065 110 396 11 471 3 616 13 581
Almeirim 12 713 9 659 1 481 255 1 318
Alpiarça 4 501 3 198 848 113 342
Azambuja 11 299 9 379 557 227 1 136
Benavente 14 707 11 545 1 236 442 1 484
Cartaxo 13 444 10 917 810 374 1 343
Chamusca 6 571 4 602 1 222 144 603
Coruche 11 798 9 501 950 203 1 143
Golegã 3 885 2 645 848 73 319
Rio Maior 12 013 9 594 673 404 1 342
Salvaterra de Magos 11 652 8 889 1 618 252 893
Fonte: DGGE, Direcção Geral de Geologia e Energia. Notas: Os valores apresentados para o consumo e número de consumidores
de energia eléctrica dizem respeito ao universo das empresas de produção/distribuição do país (e não apenas aos fornecimentos da
EDP) e incluem o autoconsumo e a cogeneração. Na categoria "Indústria" está incluída a bombagem de água para usos municipais
e, em termos de actividades produtivas, os ramos da Indústria e da Construção.
153
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS DA REGIÃO DO OESTE E VALE DO TEJO AS BIBLIOTECAS
154