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ARTIGO ORIGINAL
CoDAS
http://dx.doi.org/10.1590/S2317-17822014000100013
INTRODUÇÃO
Assim, elas têm sido investigadas por inúmeros autores há várias décadas( 1 ) e foram
objeto de revisões anteriores( 2 , 3 ). Esses estudos evoluíram para a noção de que o
ponto central das alterações de linguagem no espectro do autismo está relacionado
com seu uso funcional e passaram a contar com as contribuições das teorias
pragmáticas, que possibilitam a articulação da linguagem com os aspectos de
interação e cognição, ao longo do desenvolvimento, abrangendo exatamente a tríade
de domínios fundamentais para o diagnóstico dos Distúrbios do Espectro do
Autismo( 4 ).
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No que diz respeito aos aspectos de conceituação e diagnóstico, o conceito de
espectro do autismo( 5 ) inclui os eixos que compõem os sistemas de diagnóstico
propostos pela American Psychiatric Association para o Manual de Diagnóstico e
Estatística de Distúrbios Mentais( 6 ) e pela Organização Mundial da Saúde na
Classificação Internacional de Doenças( 7 ). Os critérios de diagnóstico sempre
envolvem a observação e a identificação de comportamentos, pois ainda não foi
identificado um marcador biológico para o autismo( 8 ).
A noção de que a maior contribuição que a Fonoaudiologia pode oferecer, tanto para
as pesquisas a respeito da etiologia do autismo quanto para os processos
diagnósticos, é a determinação de um fenótipo de linguagem cada vez mais nítido
norteou pesquisas a respeito dos melhores critérios para a descrição da linguagem
dessa população, a melhor forma de obtê-los, alternativas para eliciar o melhor
desempenho e a análise minuciosa dos dados obtidos.
O estudo foi aprovado pela Comissão de Ética e Pesquisa da instituição, sob número
228-11. Participaram do estudo 50 crianças entre 3 e 12 anos, que estavam em
atendimento sistemático semanal há pelo menos seis meses (sendo no mínimo três
meses com a mesma terapeuta) e tinham diagnóstico incluído no espectro do
autismo.
O material usado para o registro de dados foi: filmadoras digitais, mídia (mini-DVDs),
protocolos do Perfil Funcional da Comunicação (Anexo 1) e checklist de
Funcionalidade Comunicativa (Anexo 2).
Cada um dos sujeitos foi filmado entre abril e maio de 2012 a fim de que os dados
dessas filmagens fossem transcritos para o protocolo de Perfil Funcional da
Comunicação. Antes que as transcrições fossem feitas, as terapeutas
(fonoaudiólogas) foram solicitadas a responder ao checklist da Funcionalidade
Comunicativa. Depois de respondidos e entregues à pesquisadora, foram feitas as
transcrições dos dados das filmagens. Após a transcrição dos dados das filmagens
para o protocolo de Perfil Funcional da Comunicação, estes foram também
entregues à pesquisadora, a fim de compilar as informações em uma tabela para que
a comparação de dados pudesse ser realizada com a utilização de um método
estatístico.
RESULTADOS
Valor
de p
PI 0,027
PR <0,000
C 0,004
AR <0,000
PE 0,002
NF 0,010
J 0,001
NA 0,022
Valor
de p
EP 0,001
Valor
de p
Sujeito
0,003
2
Sujeito 3 0,002
Sujeito
0,025
10
Sujeito
0,033
12
Sujeito
0,045
28
Sujeito
0,018
30
Sujeito
0,048
40
Sujeito
0,002
43
Sujeito
0,033
48
DISCUSSÃO
Desde o início da sua descrição, o autismo bem como seu diagnóstico e o tipo de
funções comunicativas utilizadas pela criança autista são estudados a fim de
encontrar informações cada dia mais completas sobre o assunto e os indivíduos do
espectro. É amplamente registrado na literatura( 12 ) que a procura por métodos
alternativos de diagnósticos que sejam eficientes e utilizem dados fornecidos pelos
pais de crianças do espectro do autismo aumenta rapidamente.
O resultado também é sugestivo de que o checklist pode ser utilizado como uma
forma alternativa de avaliação, complementando o Perfil Funcional da Comunicação
a cada período de tempo.
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
1. Wetherby A, Prutting C. Profiles of communicative and cognitive-social abilities in
autistic children. J Speech Hear Res. 1984;27:364-77.
10. Filipek PA, Steinberg-Epstein R, Book TM. Intervention for Autism Spectrum Disorders.
Neuro RX. 2006;3:207-16.
11. Howlin P. Outcome in high-functioning adults with autism with and without early
language delays: implications for the differentiation between autism and Asperger
syndrome. J Autism Dev Disord. 2003;33(1):3-13.
12. Schendel DE, Diquiseppi C, Croen LA, Fallin MD, Reed PL, Schieve LA, et al. The Study
to Explore Early Development (SEED): a multisite epidemiologic study of autism by the
Centers for Autism and Developmental Disabilities Research and Epidemiology
(CADDRE) network. J Autism Dev Disord. 2012;42(10):2121-40.
13. Fernandes FDM, Amato CAH, Balestro JI, Molini-Avejonas DR. Orientação a mães de
crianças do espectro autístico a respeito da comunicação e linguagem. J Soc Bras
Fonoaudiol. 2011;23(1):1-7.