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Utilização de Linux
Formação Inicial e
Continuada
+
IFMG
Leonardo de Souza Cimino
Belo Horizonte
Instituto Federal de Minas Gerais
2021
© 2021 by Instituto Federal de Minas Gerais
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Sobre o material
Formulário de
Sugestões
Bons estudos!
Leonardo de Souza Cimino.
Apresentação do curso
Este curso está dividido em duas semanas, cujos objetivos de cada uma são
apresentados, sucintamente, a seguir.
Os ícones são elementos gráficos para facilitar os estudos, fique atento quando
eles aparecem no texto. Veja aqui o seu significado:
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Semana 1 – Conceitos básicos e introdução ao Linux
Objetivos
O objetivo dessa semana é apresentar alguns conceitos
básicos para que o aluno entenda os componentes do
computador e as funções do sistema operacional. Também
abordamos tópicos como a história e distribuições Linux, além
de apresentar diferentes formas de como podemos começar a
utilizar esse sistema operacional.
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operável. E isso faz todo sentido pois ele não está interessado em saber como o SO irá
escalonar os processos e suas threads, como ocorrerá a comunicação entre processos ou
como gerenciar a memória do computador. Ele apenas deseja utilizar seus aplicativos, como
editor de texto e navegador de internet. Para que seja possível controlar todos os recursos
e desempenhar todas as suas tarefas, o SO funciona como uma ponte entre hardware e
software. A figura 1 ilustra como o sistema operacional funciona como uma camada entre os
componentes.
Figura 1 - Visão geral das camadas, onde o sistema operacional atua como uma ponte entre hardware e
software
Fonte: Próprio autor
Vendo as vantagens do Windows, parece difícil encontrar razões para utilizar o Linux.
Porém, existem vários motivos para utilizarmos o Linux ao invés do Windows. O Linux é um
sistema gratuito e, ao utilizá-lo, não estamos cometendo nenhum tipo de pirataria. Ele possui
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código-livre e permite que qualquer pessoa possa modificá-lo e distribuí-lo. Isso significa que
ele é customizável e qualquer pessoa pode criar sua própria distribuição Linux. Nós
falaremos, mais adiante, sobre as distribuições do Linux, mas existem inúmeras distribuições
do Linux para atender a todo tipo de usuário. O Linux pode ser alvo de ataques de vírus,
assim como o Windows. Contudo, o Linux tem se mostrado um SO muito mais seguro, o que
evita que você seja contaminado por pragas virtuais e coloque seus dados em risco. Existem
versões do Linux que rodam em hardwares básicos, permitindo que computadores
considerados perdidos possam ser utilizados. Além da segurança, o Linux é um sistema
muito estável e que não costuma apresentar falhas. Por esses e tantos outros motivos, o
Linux é o SO mais utilizado em servidores. Inclusive, a própria Microsoft utiliza Linux em
alguns de seus servidores. Ao pegarmos os 500 servidores mais poderosos do mundo, todos
eles utilizam alguma distribuição do Linux. Essa lista fica disponível no site top500.org.
Cada SO possui suas particularidades e sua própria lista de vantagens e
desvantagens. Portanto, a escolha de qual SO utilizar dependerá muito da necessidade do
usuário. Como esse curso é voltado para ensinar a utilização básica do Linux, iremos focar
apenas nesse sistema operacional durante o restante do conteúdo.
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instalar o Linux em uma escola. Você pode utilizar uma distribuição como a Skolelinux que
foi desenvolvida para ambientes acadêmicos e já possui diversos serviços e aplicações pré-
configurados. Esse foi apenas um exemplo, mas existem distribuições Linux para os mais
variados cenários. Um outro exemplo é o Kali Linux, uma distribuição muito utilizada por
profissionais de TI, que possui diversas ferramentas focadas em testes de invasão, para que
seja possível identificar falhas de segurança em sistemas e corrigi-las.
Nesse curso iremos utilizar a distribuição Ubuntu, uma das distribuições Linux de mais
fácil utilização, além de ser muito estável.
Iremos apresentar três maneiras para que você consiga utilizar o Linux. O objetivo é
que você consiga utilizar o Linux da maneira que for melhor para você.
A primeira possibilidade é utilizar algum serviço online que disponibiliza máquinas que
podem ser utilizadas gratuitamente. O site onworks.net permite a utilização de diversas
distribuições Linux, sendo necessário apenas um navegador de internet para acessá-las.
Essa é a maneira mais fácil de começar a utilizar o Linux, pois você não precisa instalar nada
em seu computador, além de um navegador de internet (o que provavelmente todos os
usuários finais já possuem). Alguns fatores ruins dessa solução é que estamos sujeitos à
disponibilidade do site e pode ser necessário esperar um tempo até que alguma sessão fique
disponível para você utilizar. O desempenho é outro aspecto negativo, pois existe um atraso
devido aos próprios recursos alocados para a máquina e devido à conexão de internet, uma
vez que estamos sujeitos à velocidade da internet por estarmos utilizando um recurso de
forma online. Isso irá afetar a experiência de utilização do sistema operacional.
A segunda opção para instalar Linux é através de máquinas virtuais. Com essa opção,
é necessário instalar um software de virtualização, como o VirtualBox. Uma vez instalado,
esse software permite instalar e executar sistemas operacionais distintos dentro do seu
próprio SO. É como se existisse um outro computador dentro do seu próprio computador.
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imagem da distribuição Linux. Para isso, acesse o site oficial da distribuição desejada e
procure a opção de Download. O site oficial do Ubuntu para fazer o download da imagem é
ubuntu.com.
Agora iremos instalar a máquina virtual. Para isso, primeiramente abrimos o software
VirtualBox. Será exibida uma tela semelhante à Figura 2. Dependendo da versão do
software, a tela poderá ser ligeiramente diferente. Após isso, clique na opção “Novo”.
Na próxima tela, iremos definir um nome para a máquina, local de instalação dos
arquivos e o tipo e versão do sistema operacional.
Na próxima tela, iremos definir o quanto de memória RAM será reservada para a
máquina virtual. Esse é um ponto importante e que irá refletir diretamente no desempenho
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da máquina virtual. Ao iniciar a máquina virtual, o computador irá alocar a quantidade
definida para executar a máquina virtual. Com isso, você perceberá que seu sistema
operacional nativo ficará mais lento. Dependendo da quantidade de memória alocada para
a máquina virtual, o desempenho da mesma poderá ficar ruim. No exemplo abaixo, alocamos
1GB (1024MB) para a máquina virtual, de um total de 8GB disponível na máquina. Você
precisará definir a quantidade de memória RAM alocada de acordo com o total disponível
em seu computador.
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Figura 5 – Selecionando a imagem do Linux para instalação
Fonte: Próprio autor
Após isso, clique em Ok para voltar à tela inicial do VirtualBox. Selecione a máquina
virtual e clique em Iniciar. Isso irá fazer com que a máquina seja ligada e a imagem
selecionada do Linux seja carregada para iniciar sua instalação. Aguarde até chegar na tela
indicada na Figura 6. Nessa tela você poderá selecionar o idioma de instalação. Após
selecionar o idioma desejado, clique na opção Instalar Ubuntu.
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Agora devemos selecionar o layout de teclado. Para facilitar, você pode clicar na
opção “Detectar o layout do teclado” e digitar as teclas conforme solicitado para que a
instalação identifique o layout do teclado. Na próxima tela, você poderá selecionar o tipo de
instalação e se deseja instalar atualizações durante a instalação. Sugiro que deixe
habilitadas essas opções da forma como aparece por padrão.
Em seguida, aparecerá a tela conforme a Figura 7 para que você defina como irá
particionar o seu disco. Como estamos instalando em uma máquina virtual, pode deixar
marcada a opção padrão para apagar todo o disco e instalar o Ubuntu. Como é uma máquina
virtual, não ocorrerá nenhuma alteração em seu disco rígido.
Após isso, você irá selecionar a sua localidade e os dados de usuário. Na tela indicada
na figura 8, você indicará o nome do usuário, o nome da máquina e definirá a senha desse
usuário para se autenticar no Ubuntu. Clique em continuar e aguarde o processo de
instalação do Linux. Quando solicitado, aperte a tecla Enter para finalizar a instalação.
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Figura 8 – Definindo o nome de usuário e senha
Fonte: Próprio autor
Agora o Linux já está instalado na máquina virtual. Porém, como nós definimos
anteriormente, para que a máquina utilizasse a imagem do Ubuntu, ela voltará para a tela
de instalação do Linux. É necessário desligar a máquina virtual e remover o disco virtual,
inserido na Figura 5, pelo mesmo caminho. Ao ligar a máquina virtual após esses passos,
você terá acesso ao Ubuntu.
A terceira opção para instalação do Linux é, efetivamente, criar uma partição no seu
HD e instalar o Linux. Em termos de desempenho, essa é a melhor opção. Contudo, é
necessário algum conhecimento de informática para criar partições e formatar o computador.
O processo é muito semelhante à instalação através de máquina virtual. Porém, no momento
de particionar o disco (indicado pela Figura 7) é necessário um conhecimento mais avançado
para criar ou deletar uma partição. Se você tentar fazer isso sem um conhecimento mais
avançado, você poderá acabar perdendo os dados do seu disco. Como esse é um curso
básico de utilização do Linux (e não de instalação propriamente dita), não iremos abordar
esse tópico em detalhes. Para quem não possui conhecimentos para formatar partições no
disco, sugerimos a utilização das alternativas apresentadas anteriormente, ou seja, através
do navegador ou do VirtualBox.
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Prós Contras
Utilização do onworks.net • Método mais • Sujeito à disponibilidade do
simples de site.
utilização, • Desempenho.
bastando
utilizar um
navegador de
internet.
Criação de máquina • Não é • Desempenho reduzido devido
virtual necessário ao compartilhamento de
formatar o recursos da máquina com o
computador. SO nativo.
• Requer conhecimento
mediano de utilização de
computadores para instalar o
programa e o Linux.
Instalação do Linux • Desempenho • Requer um conhecimento
diretamente no HD otimizado, pois avançado para formatar o
todos os computador e criar partições.
recursos
estarão
disponíveis
para o Linux.
Tabela 1 – Comparação entre as alternativas para utilização de Linux
Fonte: Próprio autor
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Semana 2 – Utilizando o Linux
Objetivos
O objetivo dessa semana é fazer com que o aluno tenha
contato com o Linux e comece a utilizá-lo na prática. Iremos
apresentar a interface gráfica do Linux, apresentar alguns
softwares livres, como instalar programas no Linux e
apresentar alguns comandos básicos no terminal.
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1. A parte central da tela é a área de trabalho do usuário. Nela podemos deixar arquivos
os quais costumamos acessar com maior frequência para ter um acesso mais rápido.
Ela é similar à área de trabalho do Windows.
2. A barra lateral do lado esquerdo exibe os programas favoritos e os programas em
execução. Ela é similar à barra de tarefas do Windows, a qual aparece por padrão na
parte inferior da tela.
3. A grade que se assemelha a um quadrado no canto inferior esquerdo da tela permite
a visualização dos programas instalados no Ubuntu. Podemos compará-la ao botão
“Iniciar” do Windows. Para adicionar um desses programas na barra de favoritos,
basta clicar com o botão direito e selecionar a opção correspondente.
4. A opção “Atividades” localizada na parte superior esquerda da tela permite pesquisar
aplicativo e arquivos, alternar entre áreas de trabalho e ter uma visão geral dos
programas que estão sendo executados.
5. No lado superior direito temos um menu que mostra alguns indicadores do sistema e
permite acessar as configurações do computador.
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Figura 10 – Ubuntu Software
Fonte: Próprio autor
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As distribuições Linux utilizam repositórios para baixar e instalar softwares.
Repositórios são servidores que hospedam uma lista de softwares para determinadas
distribuições Linux. Ao instalarmos o Ubuntu, o sistema operacional virá com a lista de
repositório padrão da distribuição. Portanto, pode existir algum programa específico que
você não encontrará ao buscar no Ubuntu Software. Existem duas maneiras para contornar
esse problema. A primeira maneira é adicionar o repositório na lista de repositórios da
instalação do Ubuntu. Como essa é uma alternativa mais avançada, iremos focar na
segunda maneira, que é através da instalação do pacote isolado. Essa alternativa é
semelhante a quando baixamos um arquivo .exe para instalar algum programa no Windows.
Contudo, no Ubuntu a instalação ocorre através de um arquivo .deb. Para instalar o software,
basta baixar o arquivo .deb da distribuição correspondente e abrir o arquivo para que a
instalação se inicie. Para exemplificar, vejamos um exemplo para instalar o software
VirtualBox. Ao abrir o site oficial, procuramos a opção de Download para Linux, conforme a
Figura 12.
Será exibida uma lista de downloads para várias distribuições Linux. É necessário
clicar na opção correspondente ao sistema operacional para que o programa possa ser
instalado corretamente. No caso, estamos utilizando o Ubuntu 20.04. Ao clicar, será
realizado o download do programa e você poderá instalá-lo através do arquivo baixado.
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Figura 13 – Escolhendo a distribuição correspondente para instalar o software
Fonte: Próprio autor
2.3.1 LibreOffice
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interface gráfica é parecida com versões mais antigas do pacote Office. Ele permite abrir
arquivos que foram criados através do Office. Porém, ao abrir esses arquivos pode ocorrer
problemas na formatação.
Figura 14 – LibreOffice
Fonte: Próprio autor
É uma segunda alternativa ao pacote Office que vem ganhando muita popularidade
ultimamente. Além de ter uma compatibilidade maior ao abrir arquivos criados no pacote
Office, ele possui uma interface muito parecida com o Office. Também fornece uma suíte
completa, com editor de texto, planilha e apresentações.
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Figura 15 – WPS Office
Fonte: Próprio autor
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2.3.4 GIMP
Figura 17 – GIMP
Fonte: Próprio autor
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Execução Permite que o programa Permite acessar a pasta, pesquisar e
(Execute) seja executado (ex: é executar programas a partir da pasta
possível permitir ou
bloquear que algum usuário
não possa abrir um
navegador de internet)
Tabela 2 – Tipos de permissões de arquivos e pastas
Fonte: Adaptado de NEGUS, 2018
O Linux, por padrão, vem instalado com um usuário chamado root, o qual pode fazer
qualquer alteração no sistema. Ele é denominado um superusuário e por poder modificar
qualquer coisa no sistema, não é recomendável que ele seja uilizado diretamente. Contudo,
nós o utilizamos indiretamente quando fazemos a instalação de programas. Lembra que ao
tentar instalar um programa, nos é solicitado para digitar a senha do usuário para confirmar
a instalação? No Linux, podemos configurar quais usuários possuem permissão para
executar um comando como se fossem o superusuário. Para que o usuário possa fazer isso,
basta ele estar em um grupo de permissões, os quais acabamos de ver (lembre-se do
exemplo do Almoxarifado). Por padrão, o primeiro usuário criado na máquina faz parte desse
grupo. Os demais usuários criados não fazem parte desse grupo e precisam ser inseridos
manualmente. Iremos explorar melhor esse tópico ao utilizarmos a linha de comando do
Linux.
2.5. Terminal
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Figura 18 – Primeiros comandos no terminal do Linux
Fonte: Próprio autor
O comando cd possui alguns atalhos para facilitar a navegação entre pastas. Você
pode digitar o comando cd .. para voltar para a pasta imediatamente anterior à pasta atual,
por exemplo. Utilize esse comando para voltar para a pasta anterior. Agora iremos criar
arquivos e pastas pela linha de comando. Digite o comando mkdir Downloads/curso-linux
para criar uma nova pasta. Perceba que no comando nós especificamos que a pasta curso-
linux será criada dentro da pasta Downloads. No Linux, a / indica um delimitador para indicar
um diretório. Ou seja, esse comando indica para criar uma pasta chamada curso-linux dentro
da pasta Downloads. Navegue até a pasta criada através do comando cd. Para criar um
arquivo através da linha de comando, podemos utilizar o comando touch. Crie um arquivo
chamado arquivo.txt, através do comando touch arquivo.txt. Esse comando criará um
arquivo em branco. Caso queira, você pode acessar as pastas e arquivos criados através do
navegador de arquivos da interface gráfica para conferir as pastas e arquivo criados.
É possível passar alguns parâmetros para passar algumas opções diferentes. Iremos
apresentar um exemplo dos parâmetros para criação de pastas. Vamos supor que você
precise criar uma pasta chamada semana01. Dentro dessa pasta, você deseja criar uma
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outra pasta chamada aula01. Para conseguir criar todo o caminho sem precisar criar uma
pasta por vez, podemos utilizar o parâmetro -p do comando mkdir para indicar que
desejamos criar toda a estrutura de pastas caso ela ainda não exista. Caso você tente criar
uma sequência de pastas sem utilizar o parâmetro -p onde todo o caminho ainda não exista,
você receberá uma mensagem de erro.
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queremos executar o comando como um superusuário. Portanto, para criar um novo usuário
no Linux, nós podemos utilizar o comando sudo adduser usuario2. Será solicitada a senha
do usuário e após isso o usuário será criado. Para criar o usuário, o Linux pedirá para você
fornecer algumas informações como a senha do usuário, nome completo e outros. Porém, a
única informação obrigatória é a senha. O restante você pode deixar em branco se desejar.
Iremos criar um arquivo e indicar que qualquer pessoa desse grupo recém-criado
pode acessá-lo. Primeiramente, vamos navegar até a pasta pessoal do usuário. Podemos
utilizar um outro atalho do comando cd, que é o ~. Portanto, basta usar o comando cd ~ para
navegar até a pasta pessoal do usuário.
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Com o parâmetro -l do comando ls, podemos verificar as permissões para cada
arquivo e pasta. Primeiramente, vamos navegar até a pasta pessoal do usuário. Vamos criar
um arquivo de forma diferente. Iremos utilizar o comando echo direcionando para um
arquivo. Podemos fazer isso através do comando echo “Conteúdo do arquivo” >
aulapratica.txt. Esse comando criará um novo arquivo chamado aulapratica.txt e dentro do
arquivo estará o texto que digitamos entre as aspas. Podemos utilizar o comando head para
ver as primeiras linhas do conteúdo do arquivo. Em seguida, utilizamos o comando chmod
770 aulapratica.txt. Esse comando indica que somente o dono do arquivo e quem estiver no
grupo proprietário conseguirão ter acesso ao arquivo. Lembre-se que ainda não alteramos
o grupo de permissão do arquivo.
Deixe esse terminal aberto e abra um novo terminal. Nesse novo terminal, iremos nos
autenticar com o usuário que criamos anteriormente. Podemos fazer isso através do
comando su usuario2. Será solicitada a senha do usuário2 e após digitá-la, tente visualizar
o conteúdo do arquivo novamente através do comando head.
Podemos ver que o usuário teve a permissão negada ao tentar acessar o arquivo,
pois ele não possui permissão de acesso. Agora vamos alterar o grupo de permissão do
arquivo. Volte para o outro terminal e digite o comando sudo chown :meugrupo
aulapratica.txt. Esse comando indicará para alterar o grupo proprietário do arquivo. Após
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executar o comando, volte para o outro terminal e tente acessar o conteúdo novamente
através do usuario2. Dessa vez, o usuário conseguirá visualizar o conteúdo do arquivo pois
agora ele faz parte do grupo de permissão do arquivo.
Nessa sessão abordamos alguns comandos do terminal do Linux. Tentamos não
entrar em muitos detalhes técnicos pois o objetivo do curso é fazer uma introdução e
apresentar aspectos mais práticos do dia a dia. A Tabela 3 apresenta o resumo de alguns
comandos para você explorar:
Comando Ação
ls Listagem de arquivos e pastas
cd PASTA Navega até a pasta desejada
mkdir PASTA Cria uma nova pasta
rm ARQUIVO Exclui um arquivo
rm –r PASTA Exclui uma pasta
pwd Apresenta o diretório atual
cp ORIGEM DESTINO Copia um arquivo da origem para o destino
mv ORIGEM DESTINO Move ou recorta um arquivo da origem para o destino
touch ARQUIVO Cria um arquivo em branco
head ARQUIVO Exibe as 10 primeiras linhas do arquivo
tail ARQUIVO Exibe as 10 últimas linhas do arquivo
whoami Apresenta o nome do usuário logado
top Lista os programas em execução e dados de uso de memória
date Exibe a data e hora
adduser NOMEUSUARIO Cria um novo usuário
Tabela 3 – Resumo de comandos no Ubuntu
Fonte: do autor
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Finalizamos aqui nosso curso de introdução ao Linux. Parabenizamos você pela
conclusão do curso. Esperamos que o conteúdo do curso tenha lhe despertado a vontade
de utilizar o Linux e atendido suas expectativas. Sugerimos que você continue utilizando o
Linux para praticar e dominar cada vez mais esse sistema operacional.
Além desse curso, existem várias outras oportunidades de cursos gratuitos na
Plataforma +IFMG. Convidamos você a conferir os demais cursos disponíveis na plataforma.
Existem grandes oportunidades de cursos que podem aprimorar suas habilidades
profissionais.
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Instituto Federal de Minas Gerais
Pró-Reitoria de Extensão
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Referências
COUTO, Sérgio Pereira. A incrível história da Bíblia. Universo dos Livros Editora, 2007.
MORIMOTO, Carlos E. Linux guia prático. Porto Alegre: Sul Editores, 2009.
MOTA FILHO, João Eriberto. Descobrindo o Linux. 3. ed. São Paulo: Novatec, 2012.
NEGUS, Christopher. Linux A Bíblia: O Mais Abrangente e Definitivo Guia Sobre Linux 8.ª
ed. Rio de Janeiro: Alta Books. 2018
OLIVEIRA, Rômulo S.; CARISSIMI, Alexandre S.; TOSCANI, Simão S. Sistemas
Operacionais-Vol. 11: Série Livros Didáticos Informática UFRGS. Bookman Editora, 2009.
SOARES, Walace; FERNANDES, Gabriel. Linux: Fundamentos. São Paulo: Érica, 2010.
TANENBAUM, Andrew S.; WOODHULL, Albert S. Sistemas Operacionais - Projeto e
Implementação, 3ª edição. 2000.
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Currículo do autor
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Glossário de códigos QR (Quick Response)
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Plataforma +IFMG
Formação Inicial e Continuada EaD