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Operador de computador:

Utilização de Linux

Leonardo de Souza Cimino

Formação Inicial e
Continuada

+
IFMG
Leonardo de Souza Cimino

Operador de computador: utilização de Linux


1ª Edição

Belo Horizonte
Instituto Federal de Minas Gerais
2021
© 2021 by Instituto Federal de Minas Gerais
Todos os direitos autorais reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser
reproduzida ou transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrônico
ou mecânico. Incluindo fotocópia, gravação ou qualquer outro tipo de sistema de
armazenamento e transmissão de informação, sem prévia autorização por escrito do
Instituto Federal de Minas Gerais.

Pró-reitor de Extensão Carlos Bernardes Rosa Júnior


Diretor de Programas de Extensão Niltom Vieira Junior
Coordenação do curso Leonardo de Souza Cimino
Arte gráfica Ângela Bacon
Diagramação Eduardo dos Santos Oliveira

FICHA CATALOGRÁFICA
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

C573o Cimino, Leonardo de Souza.


Operador de computador: utilização do Linux [recurso eletrônico] /
Leonardo de Souza Cimino. – Belo Horizonte: Instituto Federal de
Minas Gerais, 2021.
52 p. : il. color.

E-book, no formato PDF.


Material didático para Formação Inicial e Continuada.
ISBN 978-65-5876-144-0

1. Linux (Sistema operacional de computador). 2. Formação


continuada. 3. Manuais de cursos microinformática. 4. Material
didático. I. Título.
CDU 004.45
Catalogação: Sandalo Salgado Ribeiro - CRB-6/2656

Índice para catálogo sistemático:


Sistema Operacional- 0004.45

2021
Direitos exclusivos cedidos à
Instituto Federal de Minas Gerais
Avenida Mário Werneck, 2590,
CEP: 30575-180, Buritis, Belo Horizonte – MG,
Telefone: (31) 2513-5157
Sobre o material

Este curso é autoexplicativo e não possui tutoria. O material didático,


incluindo suas videoaulas, foi projetado para que você consiga evoluir de forma
autônoma e suficiente.
Caso opte por imprimir este e-book, você não perderá a possiblidade de
acessar os materiais multimídia e complementares. Os links podem ser
acessados usando o seu celular, por meio do glossário de Códigos QR
disponível no fim deste livro.
Embora o material passe por revisão, somos gratos em receber suas
sugestões para possíveis correções (erros ortográficos, conceituais, links
inativos etc.). A sua participação é muito importante para a nossa constante
melhoria. Acesse, a qualquer momento, o Formulário “Sugestões para
Correção do Material Didático” clicando nesse link ou acessando o QR Code a
seguir:

Formulário de
Sugestões

Para saber mais sobre a Plataforma +IFMG acesse


https://mais.ifmg.edu.br/
Palavra do autor

Prezado estudante, seja bem-vindo ao curso de Formação Continuada


“Operação de computador: utilização de Linux”. O objetivo desse curso é fazer
uma introdução à operação do sistema operacional Linux. Nesse curso,
tentaremos abordar o Linux da forma mais prática possível, de forma que você,
efetivamente, termine o curso entendendo a interface gráfica e sabendo operar
um computador com Linux.
Por ser gratuito, estável e muito seguro, o Linux é um sistema operacional
que vem sendo cada dia mais utilizado, tanto por usuários finais quanto pela
indústria. Saber operar um computador é praticamente uma obrigação em
muitas áreas profissionais. Porém, o número de profissionais que sabem operar
um computador com o sistema operacional Linux ainda é relativamente
pequeno. Portanto, saber utilizar o Linux se torna um diferencial profissional
importante.

Bons estudos!
Leonardo de Souza Cimino.
Apresentação do curso

Este curso está dividido em duas semanas, cujos objetivos de cada uma são
apresentados, sucintamente, a seguir.

Nesta semana, você entenderá o que é um sistema


operacional, como o Linux surgiu e quais as suas
SEMANA 1
vantagens. Também aprenderá três maneiras diferentes
para utilizar o Linux em seu computador.
Nesta semana, você aprenderá a utilizar o Linux na prática.
Serão apresentados tópicos como softwares livres,
SEMANA 2
instalação de programas no Linux e comandos básicos no
terminal.

Carga horária: 20 horas.


Estudo proposto: 2h por dia em cinco dias por semana (10 horas semanais).
Apresentação dos Ícones

Os ícones são elementos gráficos para facilitar os estudos, fique atento quando
eles aparecem no texto. Veja aqui o seu significado:

Atenção: indica pontos de maior importância


no texto.

Dica do professor: novas informações ou


curiosidades relacionadas ao tema em estudo.

Atividade: sugestão de tarefas e atividades


para o desenvolvimento da aprendizagem.

Mídia digital: sugestão de recursos


audiovisuais para enriquecer a aprendizagem.
Sumário

Semana 1 – Conceitos básicos e introdução ao Linux .................................. 15


1.1. Conceitos básicos .............................................................................. 15
1.2. História do Linux ................................................................................ 17
1.3. Distribuições do Linux ........................................................................ 17
1.4. Alternativas para começar a utilização do Linux ................................. 18
Semana 2 – Utilizando o Linux ...................................................................... 25
2.1 Interface gráfica do Ubuntu ................................................................ 25
2.2 Instalação de programas .................................................................... 26
2.3 Software livre ..................................................................................... 29
2.3.1 LibreOffice .......................................................................................... 29
2.3.2 WPS Office ........................................................................................ 30
2.3.3 VLC Media Player .............................................................................. 31
2.3.4 GIMP .................................................................................................. 32
2.4 Permissões e segurança .................................................................... 32
2.5. Terminal ................................................................................................. 33
Referências ................................................................................................... 41
Currículo do autor.......................................................................................... 43
Glossário de códigos QR (Quick Response) ................................................. 45
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Pró-Reitoria de Extensão

1
Semana 1 – Conceitos básicos e introdução ao Linux

Objetivos
O objetivo dessa semana é apresentar alguns conceitos
básicos para que o aluno entenda os componentes do
computador e as funções do sistema operacional. Também
abordamos tópicos como a história e distribuições Linux, além
de apresentar diferentes formas de como podemos começar a
utilizar esse sistema operacional.

Mídia digital: Antes de iniciar os estudos, vá até a sala


virtual e assista ao vídeo “Apresentação do curso”.

1.1. Conceitos básicos

Antes de iniciarmos a apresentação do Linux, é necessário aprendermos alguns


conceitos básicos. Sabemos que o Linux (assim como o Windows) é um sistema operacional
(SO). Mas afinal, o que é um SO? Qual a sua função? Para respondermos a essas
perguntas, precisamos entender primeiro o que é hardware e software.
Os hardwares são todos os componentes físicos existentes no computador. Portanto,
é tudo aquilo que é possível pegar ou encostar. Alguns exemplos são: mouse, teclado,
impressora, placa de vídeo, processador, memória RAM e disco rígido (HD).
Os softwares são os programas que controlam e utilizam o hardware, os quais
utilizamos no dia a dia: navegadores de internet, editores de texto, reprodutores de vídeos,
jogos e navegador de arquivos. Dizemos que o software é tudo aquilo que não conseguimos
pegar ou encostar, pois são coisas abstratas e não possuem forma física. Esses programas
utilizam usam o hardware do computador a todo instante. Por exemplo, quando estamos
digitando um documento em um editor de texto, tudo o que é digitado no teclado (hardware)
é capturado pelo editor de texto (software). Ao abrir um navegador de internet (software), ele
primeiro será colocado na memória RAM (hardware) para que possa ser executado.
O software pode ser classificado em dois tipos: programa aplicativo e programa de
sistema (TANENBAUM, 2000). Os programas aplicativos são os responsáveis por executar
alguma tarefa desejada pelo usuário (ex.: editor de texto e navegador de internet). O SO é
um software do tipo programa de sistema. Ele é responsável por todas as tarefas de
gerenciamento de recursos tais como definir quais processos possuem prioridade para
serem executados, gerenciar o acesso aos hardwares, definir a estrutura do sistema de
arquivos e outros (OLIVEIRA, 2009) Além de gerenciar todos os recursos, ele define uma
base para que os softwares desenvolvidos possam ser executados naquele SO específico.
A maioria das tarefas desempenhadas pelo SO são transparentes ao usuário, ou seja,
ele nem percebe tudo que está ocorrendo simultaneamente para que o sistema seja

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operável. E isso faz todo sentido pois ele não está interessado em saber como o SO irá
escalonar os processos e suas threads, como ocorrerá a comunicação entre processos ou
como gerenciar a memória do computador. Ele apenas deseja utilizar seus aplicativos, como
editor de texto e navegador de internet. Para que seja possível controlar todos os recursos
e desempenhar todas as suas tarefas, o SO funciona como uma ponte entre hardware e
software. A figura 1 ilustra como o sistema operacional funciona como uma camada entre os
componentes.

Figura 1 - Visão geral das camadas, onde o sistema operacional atua como uma ponte entre hardware e
software
Fonte: Próprio autor

O sistema operacional para computador mais utilizado por usuários finais é o


Windows (além dos SOs para computador, existem os SOs para dispositivos móveis, sendo
o Android e iOS os mais populares). Durante muito tempo, o Windows era o sistema
operacional padrão, previamente instalado no computador. Por isso, a maioria dos usuários
já cresceu utilizando e se acostumando com o Windows. Porém, esse não é o único motivo
que o torna tão popular. O Windows é compatível com a maioria dos softwares existentes
no mercado. Sua interface é amigável, tornando-o um sistema fácil de operar. Quando
comparado ao sistema operacional do Mac, o Windows se torna uma opção bem mais
barata. Além disso, o Windows oferece suporte para os jogos mais populares para
computador.

Vendo as vantagens do Windows, parece difícil encontrar razões para utilizar o Linux.
Porém, existem vários motivos para utilizarmos o Linux ao invés do Windows. O Linux é um
sistema gratuito e, ao utilizá-lo, não estamos cometendo nenhum tipo de pirataria. Ele possui

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código-livre e permite que qualquer pessoa possa modificá-lo e distribuí-lo. Isso significa que
ele é customizável e qualquer pessoa pode criar sua própria distribuição Linux. Nós
falaremos, mais adiante, sobre as distribuições do Linux, mas existem inúmeras distribuições
do Linux para atender a todo tipo de usuário. O Linux pode ser alvo de ataques de vírus,
assim como o Windows. Contudo, o Linux tem se mostrado um SO muito mais seguro, o que
evita que você seja contaminado por pragas virtuais e coloque seus dados em risco. Existem
versões do Linux que rodam em hardwares básicos, permitindo que computadores
considerados perdidos possam ser utilizados. Além da segurança, o Linux é um sistema
muito estável e que não costuma apresentar falhas. Por esses e tantos outros motivos, o
Linux é o SO mais utilizado em servidores. Inclusive, a própria Microsoft utiliza Linux em
alguns de seus servidores. Ao pegarmos os 500 servidores mais poderosos do mundo, todos
eles utilizam alguma distribuição do Linux. Essa lista fica disponível no site top500.org.
Cada SO possui suas particularidades e sua própria lista de vantagens e
desvantagens. Portanto, a escolha de qual SO utilizar dependerá muito da necessidade do
usuário. Como esse curso é voltado para ensinar a utilização básica do Linux, iremos focar
apenas nesse sistema operacional durante o restante do conteúdo.

1.2. História do Linux

A origem do Linux teve início em 1969, quando desenvolvedores da Bell Labs


iniciaram um projeto para solucionar problemas de incompatibilidade de software. A partir
desse projeto, foi criado o sistema operacional UNIX. Porém, apesar do grande avanço
tecnológico proporcionado, o UNIX era inacessível para a maioria das pessoas pois o
hardware necessário para utilizá-lo era muito caro.
Em 1991, Linus Torvalds, aluno da Universidade de Helsinque, teve a ideia de
desenvolver um SO que não necessitasse de hardwares tão robustos para poder ser
executado. Ele utilizou como base para o desenvolvimento desse novo SO o UNIX citado
anteriormente. Dessa forma, ele desenvolveu o Linux e disponibilizou o código-fonte. Ao
tomar conhecimento, diversas pessoas passaram a colaborar com o desenvolvimento do
Linux (COUTO, 2007).
O Linux é distribuído pela licença GPL (General Public License). Isso significa que
qualquer pessoa pode utilizá-lo para qualquer propósito, alterar, aperfeiçoar e redistribuir o
Linux.

1.3. Distribuições do Linux

Como mencionamos anteriormente, qualquer pessoa pode modificar o Linux,


podendo criar uma nova versão e distribuí-la para o público. Uma distribuição Linux possui
um conjunto de ferramentas previamente instaladas, podendo ou não haver modificações na
base do Linux para atender determinado objetivo. Por exemplo, suponha que você queira

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instalar o Linux em uma escola. Você pode utilizar uma distribuição como a Skolelinux que
foi desenvolvida para ambientes acadêmicos e já possui diversos serviços e aplicações pré-
configurados. Esse foi apenas um exemplo, mas existem distribuições Linux para os mais
variados cenários. Um outro exemplo é o Kali Linux, uma distribuição muito utilizada por
profissionais de TI, que possui diversas ferramentas focadas em testes de invasão, para que
seja possível identificar falhas de segurança em sistemas e corrigi-las.
Nesse curso iremos utilizar a distribuição Ubuntu, uma das distribuições Linux de mais
fácil utilização, além de ser muito estável.

Atividade: Vá até a sala virtual e participe do Fórum


“Distribuições do Linux”. Pesquise sobre as distribuições
Linux existentes, selecione uma e faça uma descrição de
suas funcionalidades e para qual perfil de usuário ela é
recomendável.

1.4. Alternativas para começar a utilização do Linux

Iremos apresentar três maneiras para que você consiga utilizar o Linux. O objetivo é
que você consiga utilizar o Linux da maneira que for melhor para você.
A primeira possibilidade é utilizar algum serviço online que disponibiliza máquinas que
podem ser utilizadas gratuitamente. O site onworks.net permite a utilização de diversas
distribuições Linux, sendo necessário apenas um navegador de internet para acessá-las.
Essa é a maneira mais fácil de começar a utilizar o Linux, pois você não precisa instalar nada
em seu computador, além de um navegador de internet (o que provavelmente todos os
usuários finais já possuem). Alguns fatores ruins dessa solução é que estamos sujeitos à
disponibilidade do site e pode ser necessário esperar um tempo até que alguma sessão fique
disponível para você utilizar. O desempenho é outro aspecto negativo, pois existe um atraso
devido aos próprios recursos alocados para a máquina e devido à conexão de internet, uma
vez que estamos sujeitos à velocidade da internet por estarmos utilizando um recurso de
forma online. Isso irá afetar a experiência de utilização do sistema operacional.
A segunda opção para instalar Linux é através de máquinas virtuais. Com essa opção,
é necessário instalar um software de virtualização, como o VirtualBox. Uma vez instalado,
esse software permite instalar e executar sistemas operacionais distintos dentro do seu
próprio SO. É como se existisse um outro computador dentro do seu próprio computador.

Mídia digital: Vá até a sala virtual e assista ao vídeo


“Alternativas para utilização do Linux” para ver na prática
as soluções indicadas.

Para utilizar essa alternativa, primeiramente é necessário baixar e instalar o software


VirtualBox (virtualbox.org) em seu computador. Também é necessário fazer o download da

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imagem da distribuição Linux. Para isso, acesse o site oficial da distribuição desejada e
procure a opção de Download. O site oficial do Ubuntu para fazer o download da imagem é
ubuntu.com.
Agora iremos instalar a máquina virtual. Para isso, primeiramente abrimos o software
VirtualBox. Será exibida uma tela semelhante à Figura 2. Dependendo da versão do
software, a tela poderá ser ligeiramente diferente. Após isso, clique na opção “Novo”.

Figura 2 – Tela inicial do VirtualBox


Fonte: Próprio autor

Na próxima tela, iremos definir um nome para a máquina, local de instalação dos
arquivos e o tipo e versão do sistema operacional.

Figura 3 – Dados de instalação da máquina


Fonte: Próprio autor

Na próxima tela, iremos definir o quanto de memória RAM será reservada para a
máquina virtual. Esse é um ponto importante e que irá refletir diretamente no desempenho

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da máquina virtual. Ao iniciar a máquina virtual, o computador irá alocar a quantidade
definida para executar a máquina virtual. Com isso, você perceberá que seu sistema
operacional nativo ficará mais lento. Dependendo da quantidade de memória alocada para
a máquina virtual, o desempenho da mesma poderá ficar ruim. No exemplo abaixo, alocamos
1GB (1024MB) para a máquina virtual, de um total de 8GB disponível na máquina. Você
precisará definir a quantidade de memória RAM alocada de acordo com o total disponível
em seu computador.

Figura 4 – Definição de alocação de memória RAM


Fonte: Próprio autor

Em seguida, aparecerão as opções para criação do disco rígido virtual.


Primeiramente, selecione a opção “Criar um novo disco rígido virtual agora” e selecione o
tipo VDI na tela seguinte. Selecione a opção para criar um disco dinamicamente alocado na
próxima tela para que, caso necessário, o disco rígido virtual possa expandir seu tamanho
original. Na próxima tela, será perguntado qual o tamanho do disco rígido virtual que deseja
criar. Essa configuração novamente irá depender das configurações do seu computador.
Sugerimos que crie a máquina com ao menos 10GB de espaço. Após criar o disco rígido,
você retornará à tela inicial do VirtualBox e perceberá que foi criada uma máquina virtual
com o nome que você definiu anteriormente.
Agora que já criamos a máquina virtual, precisamos instalar um sistema operacional.
Conforme explicado anteriormente, uma máquina virtual se comporta como se fosse uma
máquina física. Ao realizarmos os passos anteriores, nós criamos uma nova máquina com
a memória RAM e tamanho do disco rígido definidos anteriormente. Ou seja, é como se
tivéssemos um computador novo. Porém, ele não possui nada instalado e agora devemos
instalar o sistema operacional.
Para isso, selecione a máquina virtual criada e clique em Configurações. Vá até a
opção Armazenamento e selecione as opções conforme destacado na Figura 5. Ao clicar na
opção “Escolher uma imagem de disco” você deverá localizar a imagem da distribuição Linux
a qual fez o download anteriormente. Certifique-se de habilitar a opção “Live CD/DVD”.

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Figura 5 – Selecionando a imagem do Linux para instalação
Fonte: Próprio autor

Após isso, clique em Ok para voltar à tela inicial do VirtualBox. Selecione a máquina
virtual e clique em Iniciar. Isso irá fazer com que a máquina seja ligada e a imagem
selecionada do Linux seja carregada para iniciar sua instalação. Aguarde até chegar na tela
indicada na Figura 6. Nessa tela você poderá selecionar o idioma de instalação. Após
selecionar o idioma desejado, clique na opção Instalar Ubuntu.

Figura 6 – Selecionando o idioma de instalação


Fonte: Próprio autor

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Agora devemos selecionar o layout de teclado. Para facilitar, você pode clicar na
opção “Detectar o layout do teclado” e digitar as teclas conforme solicitado para que a
instalação identifique o layout do teclado. Na próxima tela, você poderá selecionar o tipo de
instalação e se deseja instalar atualizações durante a instalação. Sugiro que deixe
habilitadas essas opções da forma como aparece por padrão.
Em seguida, aparecerá a tela conforme a Figura 7 para que você defina como irá
particionar o seu disco. Como estamos instalando em uma máquina virtual, pode deixar
marcada a opção padrão para apagar todo o disco e instalar o Ubuntu. Como é uma máquina
virtual, não ocorrerá nenhuma alteração em seu disco rígido.

Figura 7 – Selecionando a forma de instalação no disco


Fonte: Próprio autor

Após isso, você irá selecionar a sua localidade e os dados de usuário. Na tela indicada
na figura 8, você indicará o nome do usuário, o nome da máquina e definirá a senha desse
usuário para se autenticar no Ubuntu. Clique em continuar e aguarde o processo de
instalação do Linux. Quando solicitado, aperte a tecla Enter para finalizar a instalação.

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Figura 8 – Definindo o nome de usuário e senha
Fonte: Próprio autor

Agora o Linux já está instalado na máquina virtual. Porém, como nós definimos
anteriormente, para que a máquina utilizasse a imagem do Ubuntu, ela voltará para a tela
de instalação do Linux. É necessário desligar a máquina virtual e remover o disco virtual,
inserido na Figura 5, pelo mesmo caminho. Ao ligar a máquina virtual após esses passos,
você terá acesso ao Ubuntu.
A terceira opção para instalação do Linux é, efetivamente, criar uma partição no seu
HD e instalar o Linux. Em termos de desempenho, essa é a melhor opção. Contudo, é
necessário algum conhecimento de informática para criar partições e formatar o computador.
O processo é muito semelhante à instalação através de máquina virtual. Porém, no momento
de particionar o disco (indicado pela Figura 7) é necessário um conhecimento mais avançado
para criar ou deletar uma partição. Se você tentar fazer isso sem um conhecimento mais
avançado, você poderá acabar perdendo os dados do seu disco. Como esse é um curso
básico de utilização do Linux (e não de instalação propriamente dita), não iremos abordar
esse tópico em detalhes. Para quem não possui conhecimentos para formatar partições no
disco, sugerimos a utilização das alternativas apresentadas anteriormente, ou seja, através
do navegador ou do VirtualBox.

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Prós Contras
Utilização do onworks.net • Método mais • Sujeito à disponibilidade do
simples de site.
utilização, • Desempenho.
bastando
utilizar um
navegador de
internet.
Criação de máquina • Não é • Desempenho reduzido devido
virtual necessário ao compartilhamento de
formatar o recursos da máquina com o
computador. SO nativo.
• Requer conhecimento
mediano de utilização de
computadores para instalar o
programa e o Linux.
Instalação do Linux • Desempenho • Requer um conhecimento
diretamente no HD otimizado, pois avançado para formatar o
todos os computador e criar partições.
recursos
estarão
disponíveis
para o Linux.
Tabela 1 – Comparação entre as alternativas para utilização de Linux
Fonte: Próprio autor

Nesta semana fizemos uma introdução ao Linux apresentando alguns conceitos


básicos e indicando maneiras para que você possa começar a utilizar o Linux em seu
computador sem que seja necessário formatar o seu computador. Na próxima semana
iremos efetivamente utilizar o Linux, fazendo uma ambientação da interface gráfica,
demonstrando como instalar aplicativos e apresentando alguns comandos básicos do
terminal do Linux. Portanto, a parte mais legal do curso ainda está por vir.

Atividade: Para concluir os estudos dessa semana, vá


até a sala virtual e responda ao questionário “Avaliação
da Semana 1”.

Nos encontramos na próxima semana.


Bons estudos!

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Semana 2 – Utilizando o Linux

Objetivos
O objetivo dessa semana é fazer com que o aluno tenha
contato com o Linux e comece a utilizá-lo na prática. Iremos
apresentar a interface gráfica do Linux, apresentar alguns
softwares livres, como instalar programas no Linux e
apresentar alguns comandos básicos no terminal.

Mídia digital: Antes de iniciar os estudos da semana, vá


até a sala virtual e assista ao vídeo “Apresentação da
interface gráfica do Ubuntu”.

2.1 Interface gráfica do Ubuntu

Ao visualizarmos a interface gráfica do Ubuntu percebemos que ela parece ser


bastante diferente da interface do Windows, a qual a maioria dos usuários está acostumada.
Porém, veremos que podemos traçar algumas semelhanças entre elas. A Figura 9
demonstra a área de trabalho do Ubuntu.

Figura 9 – Interface gráfica do Ubuntu 20.04


Fonte: Próprio autor

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1. A parte central da tela é a área de trabalho do usuário. Nela podemos deixar arquivos
os quais costumamos acessar com maior frequência para ter um acesso mais rápido.
Ela é similar à área de trabalho do Windows.
2. A barra lateral do lado esquerdo exibe os programas favoritos e os programas em
execução. Ela é similar à barra de tarefas do Windows, a qual aparece por padrão na
parte inferior da tela.
3. A grade que se assemelha a um quadrado no canto inferior esquerdo da tela permite
a visualização dos programas instalados no Ubuntu. Podemos compará-la ao botão
“Iniciar” do Windows. Para adicionar um desses programas na barra de favoritos,
basta clicar com o botão direito e selecionar a opção correspondente.
4. A opção “Atividades” localizada na parte superior esquerda da tela permite pesquisar
aplicativo e arquivos, alternar entre áreas de trabalho e ter uma visão geral dos
programas que estão sendo executados.
5. No lado superior direito temos um menu que mostra alguns indicadores do sistema e
permite acessar as configurações do computador.

A estrutura de diretórios da pasta de usuários é similar à do Windows. Nela temos as


pastas Downloads, Documentos, Vídeos e outras. Nesse ponto, não existem muitas
diferenças para abordarmos, pois a estrutura é muito semelhante ao que os usuários do
Windows estão acostumados.

2.2 Instalação de programas

A maneira mais fácil de instalar softwares no Ubuntu é através do Ubuntu Software.


O Ubuntu Software traz uma lista de softwares que podem ser instalados em seu
computador. Ele é similar às lojas de aplicativos que existem para celular, como o Google
Play e App Store. A Figura 10 ilustra o Ubuntu Software. É possível selecionar algum
aplicativo da lista navegando pelas categorias ou pesquisar pelo aplicativo através da lupa.

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Figura 10 – Ubuntu Software
Fonte: Próprio autor

Após encontrar o programa desejado, selecione-o e clique no botão instalar. Será


solicitada a senha do usuário para que o programa seja instalado. Iremos abordar as
permissões do Linux posteriormente, mas para instalar o aplicativo basta digitar a senha do
seu usuário e a instalação irá iniciar.

Figura 11 – Instalando um software através do Ubuntu Software


Fonte: Próprio autor

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As distribuições Linux utilizam repositórios para baixar e instalar softwares.
Repositórios são servidores que hospedam uma lista de softwares para determinadas
distribuições Linux. Ao instalarmos o Ubuntu, o sistema operacional virá com a lista de
repositório padrão da distribuição. Portanto, pode existir algum programa específico que
você não encontrará ao buscar no Ubuntu Software. Existem duas maneiras para contornar
esse problema. A primeira maneira é adicionar o repositório na lista de repositórios da
instalação do Ubuntu. Como essa é uma alternativa mais avançada, iremos focar na
segunda maneira, que é através da instalação do pacote isolado. Essa alternativa é
semelhante a quando baixamos um arquivo .exe para instalar algum programa no Windows.
Contudo, no Ubuntu a instalação ocorre através de um arquivo .deb. Para instalar o software,
basta baixar o arquivo .deb da distribuição correspondente e abrir o arquivo para que a
instalação se inicie. Para exemplificar, vejamos um exemplo para instalar o software
VirtualBox. Ao abrir o site oficial, procuramos a opção de Download para Linux, conforme a
Figura 12.

Figura 12 – Download do VirtualBox


Fonte: Próprio autor

Será exibida uma lista de downloads para várias distribuições Linux. É necessário
clicar na opção correspondente ao sistema operacional para que o programa possa ser
instalado corretamente. No caso, estamos utilizando o Ubuntu 20.04. Ao clicar, será
realizado o download do programa e você poderá instalá-lo através do arquivo baixado.

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Figura 13 – Escolhendo a distribuição correspondente para instalar o software
Fonte: Próprio autor

2.3 Software livre

Ao começar a utilizar o Linux, o usuário precisa se adaptar em diversos sentidos. Uma


das adaptações necessárias é em relação aos softwares que ele utiliza costumeiramente.
Como mencionamos anteriormente, existem muitos softwares que não conseguimos
executar no Linux. Na grande maioria das vezes, estamos falando de softwares que são
pagos tais como o Office da Microsoft ou o Adobe Photoshop. Porém, felizmente, existem
softwares livres alternativos que cumprem a mesma função e que podemos utilizar para
substituir os softwares que não conseguimos utilizar no Linux. Iremos listar alguns dos
softwares livres mais comuns na utilização no cotidiano dos usuários. Alguns softwares livres
possuem uma interface bem similar aos softwares originalmente utilizados. Outros já
possuem uma interface e funcionalidades bem modificadas. Portanto, pode existir uma curva
de aprendizado onde será necessário algum tempo até que o usuário esteja totalmente
adaptado ao novo programa. Uma outra alternativa é utilizar a versão online do programa,
onde só é necessário um navegador de internet. Alguns programas oferecem essa
possibilidade como, por exemplo, o Office 365 Online que permite a utilização do pacote
Office através do navegador de internet.
Ressaltamos que os softwares listados aqui não são exclusivos para utilização no
Linux. Os softwares que iremos listar também podem ser instalados no próprio Windows.
Dessa forma, você pode praticar a utilização desses softwares no próprio Windows. Esses
softwares são totalmente gratuitos e você pode utilizá-los sem cometer qualquer tipo de
pirataria.

2.3.1 LibreOffice

É uma alternativa ao pacote Office da Microsoft. Ou seja, substitui programas como


o Word, Excel e PowerPoint. O LibreOffice jJá vem instalado por padrão no Ubuntu. Sua

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interface gráfica é parecida com versões mais antigas do pacote Office. Ele permite abrir
arquivos que foram criados através do Office. Porém, ao abrir esses arquivos pode ocorrer
problemas na formatação.

Figura 14 – LibreOffice
Fonte: Próprio autor

2.3.2 WPS Office

É uma segunda alternativa ao pacote Office que vem ganhando muita popularidade
ultimamente. Além de ter uma compatibilidade maior ao abrir arquivos criados no pacote
Office, ele possui uma interface muito parecida com o Office. Também fornece uma suíte
completa, com editor de texto, planilha e apresentações.

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Figura 15 – WPS Office
Fonte: Próprio autor

2.3.3 VLC Media Player

É uma alternativa ao Windows Media Player para reprodução de mídias. Muitos


usuários já utilizam o VLC ao invés do Windows Media Player no próprio Windows por ele já
possuir os codecs necessários para a visualização da maioria dos formatos de vídeos.

Figura 16 – VLC Media Player


Fonte: Próprio autor

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2.3.4 GIMP

É um editor de imagens gratuito. Alguns o consideram como uma alternativa ao


Photoshop. Contudo, existe uma grande discussão se ele pode, ou não, ser considerado um
substituto ao Photoshop.

Figura 17 – GIMP
Fonte: Próprio autor

2.4 Permissões e segurança

O Linux utiliza mecanismos de controle de acesso para identificar se um usuário


possui ou não permissão para acessar determinado arquivo ou pasta. Cada arquivo e cada
pasta existente no Linux possuem alguns atributos que identificam quem pode acessá-los.
Os tipos de acesso existentes são de leitura, escrita e execução. Caso mais de um usuário
deva possuir acesso a um arquivo ou pasta, pode-se utilizar um grupo. Suponha que exista
uma pasta no computador que somente funcionários do setor de Almoxarifado devam ter
acesso. Ao invés de liberar o acesso usuário por usuário, podemos criar um grupo chamado
Almoxarifado e incluir os funcionários nesse grupo. Isso facilita a administração das
permissões de acesso. A Tabela 2 apresenta um resumo das permissões do Linux
Arquivo Pasta
Leitura (Read) Permite visualizar o Permite a visualização de pastas e
conteúdo do arquivo subpastas
Escrita (Write) Permite a alteração do Permite adicionar e remover pastas e
conteúdo, assim como a arquivos na pasta
exclusão do arquivo

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Execução Permite que o programa Permite acessar a pasta, pesquisar e
(Execute) seja executado (ex: é executar programas a partir da pasta
possível permitir ou
bloquear que algum usuário
não possa abrir um
navegador de internet)
Tabela 2 – Tipos de permissões de arquivos e pastas
Fonte: Adaptado de NEGUS, 2018

O Linux, por padrão, vem instalado com um usuário chamado root, o qual pode fazer
qualquer alteração no sistema. Ele é denominado um superusuário e por poder modificar
qualquer coisa no sistema, não é recomendável que ele seja uilizado diretamente. Contudo,
nós o utilizamos indiretamente quando fazemos a instalação de programas. Lembra que ao
tentar instalar um programa, nos é solicitado para digitar a senha do usuário para confirmar
a instalação? No Linux, podemos configurar quais usuários possuem permissão para
executar um comando como se fossem o superusuário. Para que o usuário possa fazer isso,
basta ele estar em um grupo de permissões, os quais acabamos de ver (lembre-se do
exemplo do Almoxarifado). Por padrão, o primeiro usuário criado na máquina faz parte desse
grupo. Os demais usuários criados não fazem parte desse grupo e precisam ser inseridos
manualmente. Iremos explorar melhor esse tópico ao utilizarmos a linha de comando do
Linux.

2.5. Terminal

Nessa sessão iremos explorar alguns comandos básicos da linha de comandos do


Linux, denominada de terminal. O terminal do Linux permite termos acesso a ferramentas
poderosas de forma rápida e eficiente. Para abrir um terminal do Linux, você pode clicar em
Atividades e pesquisar por terminal ou então acessar diretamente através do atalho CTRL +
Alt + T.
No terminal nós conseguimos navegar pelas pastas do computador da mesma forma
que fazemos pela interface gráfica. A diferença é que fazemos isso através de comandos.
Quando abrimos um terminal, por padrão, ele é aberto na pasta pessoal do usuário. O
comando ls permite listar todas as pastas e arquivos. Digite ls no terminal e aperte ENTER
para ver o resultado.
Ao abrir um terminal, por padrão, você estará na pasta pessoal do seu usuário. Vamos
utilizar nosso primeiro comando na linha de comandos. Digite pwd e aperte ENTER. Você
verá algo parecido como /home/NOMEUSUARIO. É importante ressaltar que a linha de
comandos diferencia letras minúsculas e maiúsculas. Portanto, preste bastante atenção ao
digitar os comandos.
O comando ls lista as pastas e arquivos da pasta atual. Digite esse comando no
terminal e veja o resultado. O comando cd permite alterar a pasta atual. Experimente digitar
o comando cd Downloads para acessar a pasta Downloads pelo terminal e depois execute
novamente o comando pwd. A Figura 18 ilustra o passo a passo dos comandos executados:

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Figura 18 – Primeiros comandos no terminal do Linux
Fonte: Próprio autor

O comando cd possui alguns atalhos para facilitar a navegação entre pastas. Você
pode digitar o comando cd .. para voltar para a pasta imediatamente anterior à pasta atual,
por exemplo. Utilize esse comando para voltar para a pasta anterior. Agora iremos criar
arquivos e pastas pela linha de comando. Digite o comando mkdir Downloads/curso-linux
para criar uma nova pasta. Perceba que no comando nós especificamos que a pasta curso-
linux será criada dentro da pasta Downloads. No Linux, a / indica um delimitador para indicar
um diretório. Ou seja, esse comando indica para criar uma pasta chamada curso-linux dentro
da pasta Downloads. Navegue até a pasta criada através do comando cd. Para criar um
arquivo através da linha de comando, podemos utilizar o comando touch. Crie um arquivo
chamado arquivo.txt, através do comando touch arquivo.txt. Esse comando criará um
arquivo em branco. Caso queira, você pode acessar as pastas e arquivos criados através do
navegador de arquivos da interface gráfica para conferir as pastas e arquivo criados.

Figura 19 – Criando pastas e arquivos


Fonte: Próprio autor

É possível passar alguns parâmetros para passar algumas opções diferentes. Iremos
apresentar um exemplo dos parâmetros para criação de pastas. Vamos supor que você
precise criar uma pasta chamada semana01. Dentro dessa pasta, você deseja criar uma

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outra pasta chamada aula01. Para conseguir criar todo o caminho sem precisar criar uma
pasta por vez, podemos utilizar o parâmetro -p do comando mkdir para indicar que
desejamos criar toda a estrutura de pastas caso ela ainda não exista. Caso você tente criar
uma sequência de pastas sem utilizar o parâmetro -p onde todo o caminho ainda não exista,
você receberá uma mensagem de erro.

Figura 20 – Criando uma estrutura de pastas


Fonte: Próprio autor

Para copiar e recortar arquivos, utilizamos os comandos cp e mv, respectivamente.


Primeiramente indicamos o arquivo de origem e depois o destino. Vamos navegar até a
pasta cursolinux e copiar o arquivo que criamos anteriormente para a pasta aula01. Para
isso, digite o comando a seguir para efetuar a cópia: cp arquivo.txt semana01/aula01. Caso
você desejasse recortar o arquivo, basta substituir o comando cp por mv.

Figura 21 – Copiando arquivos entre pastas


Fonte: Próprio autor

Para criar um novo usuário no Ubuntu, através da linha de comando, utilizamos o


comando adduser seguido do nome do usuário a ser criado. Por questões de segurança,
determinadas ações só podem ser realizadas no Linux por superusuários. A criação de um
novo usuário, por exemplo, só pode ser realizada por um superusuário. Portanto, se
tentarmos utilizar esse comando receberemos uma mensagem de erro.
Nós mencionamos anteriormente que o primeiro usuário criado na máquina faz parte
de um grupo que pode efetuar ações de superusuário. Para executar um comando como
superusuário, precisamos adicionar o prefixo sudo antes do comando para indicar que

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queremos executar o comando como um superusuário. Portanto, para criar um novo usuário
no Linux, nós podemos utilizar o comando sudo adduser usuario2. Será solicitada a senha
do usuário e após isso o usuário será criado. Para criar o usuário, o Linux pedirá para você
fornecer algumas informações como a senha do usuário, nome completo e outros. Porém, a
única informação obrigatória é a senha. O restante você pode deixar em branco se desejar.

Figura 22 – Criando um usuário


Fonte: Próprio autor

Você se lembra dos grupos de permissões do Linux que comentamos anteriormente?


Agora iremos criar um grupo através do comando addgroup. Esse comando também precisa
ser criado por um superusuário, portanto, precisamos adicionar o sudo no início do comando.
Para criar um novo grupo, digite o comando sudo addgroup meugrupo. Agora vamos
adicionar alguns membros a esse grupo. Primeiramente vamos adicionar o usuário com o
qual estamos logados e o usuário que acabamos de criar. Caso não se lembre o nome de
seu usuário logado, digite o comando whoami. Para adicionar o usuário ao grupo, utilizamos
o comando usermod. A Figura 23 demonstra a inserção dos usuários no grupo criado.

Figura 23 – Adicionando usuários ao grupo


Fonte: Próprio autor

Iremos criar um arquivo e indicar que qualquer pessoa desse grupo recém-criado
pode acessá-lo. Primeiramente, vamos navegar até a pasta pessoal do usuário. Podemos
utilizar um outro atalho do comando cd, que é o ~. Portanto, basta usar o comando cd ~ para
navegar até a pasta pessoal do usuário.

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Com o parâmetro -l do comando ls, podemos verificar as permissões para cada
arquivo e pasta. Primeiramente, vamos navegar até a pasta pessoal do usuário. Vamos criar
um arquivo de forma diferente. Iremos utilizar o comando echo direcionando para um
arquivo. Podemos fazer isso através do comando echo “Conteúdo do arquivo” >
aulapratica.txt. Esse comando criará um novo arquivo chamado aulapratica.txt e dentro do
arquivo estará o texto que digitamos entre as aspas. Podemos utilizar o comando head para
ver as primeiras linhas do conteúdo do arquivo. Em seguida, utilizamos o comando chmod
770 aulapratica.txt. Esse comando indica que somente o dono do arquivo e quem estiver no
grupo proprietário conseguirão ter acesso ao arquivo. Lembre-se que ainda não alteramos
o grupo de permissão do arquivo.

Figura 24 – Criando um novo arquivo com conteúdo


Fonte: Próprio autor

Deixe esse terminal aberto e abra um novo terminal. Nesse novo terminal, iremos nos
autenticar com o usuário que criamos anteriormente. Podemos fazer isso através do
comando su usuario2. Será solicitada a senha do usuário2 e após digitá-la, tente visualizar
o conteúdo do arquivo novamente através do comando head.

Figura 25 – Permissão negada


Fonte: Próprio autor

Podemos ver que o usuário teve a permissão negada ao tentar acessar o arquivo,
pois ele não possui permissão de acesso. Agora vamos alterar o grupo de permissão do
arquivo. Volte para o outro terminal e digite o comando sudo chown :meugrupo
aulapratica.txt. Esse comando indicará para alterar o grupo proprietário do arquivo. Após

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executar o comando, volte para o outro terminal e tente acessar o conteúdo novamente
através do usuario2. Dessa vez, o usuário conseguirá visualizar o conteúdo do arquivo pois
agora ele faz parte do grupo de permissão do arquivo.
Nessa sessão abordamos alguns comandos do terminal do Linux. Tentamos não
entrar em muitos detalhes técnicos pois o objetivo do curso é fazer uma introdução e
apresentar aspectos mais práticos do dia a dia. A Tabela 3 apresenta o resumo de alguns
comandos para você explorar:

Comando Ação
ls Listagem de arquivos e pastas
cd PASTA Navega até a pasta desejada
mkdir PASTA Cria uma nova pasta
rm ARQUIVO Exclui um arquivo
rm –r PASTA Exclui uma pasta
pwd Apresenta o diretório atual
cp ORIGEM DESTINO Copia um arquivo da origem para o destino
mv ORIGEM DESTINO Move ou recorta um arquivo da origem para o destino
touch ARQUIVO Cria um arquivo em branco
head ARQUIVO Exibe as 10 primeiras linhas do arquivo
tail ARQUIVO Exibe as 10 últimas linhas do arquivo
whoami Apresenta o nome do usuário logado
top Lista os programas em execução e dados de uso de memória
date Exibe a data e hora
adduser NOMEUSUARIO Cria um novo usuário
Tabela 3 – Resumo de comandos no Ubuntu
Fonte: do autor

Mídia digital: Vá até a sala virtual e assista ao vídeo


“Demonstração de comandos no terminal do Linux”.

Atividade: Vá até a sala virtual e acesse o Fórum


“Praticando comandos no terminal do Linux”. Na
descrição da atividade, deixamos algumas sugestões de
comandos para que você pratique comandos no terminal
do Linux. Caso tenha alguma dúvida na execução dos
comandos, poste no fórum.

Atividade: Para concluir o curso e gerar o seu


certificado, vá até a sala virtual e responda ao
Questionário “Avaliação geral”.

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Finalizamos aqui nosso curso de introdução ao Linux. Parabenizamos você pela
conclusão do curso. Esperamos que o conteúdo do curso tenha lhe despertado a vontade
de utilizar o Linux e atendido suas expectativas. Sugerimos que você continue utilizando o
Linux para praticar e dominar cada vez mais esse sistema operacional.
Além desse curso, existem várias outras oportunidades de cursos gratuitos na
Plataforma +IFMG. Convidamos você a conferir os demais cursos disponíveis na plataforma.
Existem grandes oportunidades de cursos que podem aprimorar suas habilidades
profissionais.

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Referências

COUTO, Sérgio Pereira. A incrível história da Bíblia. Universo dos Livros Editora, 2007.
MORIMOTO, Carlos E. Linux guia prático. Porto Alegre: Sul Editores, 2009.
MOTA FILHO, João Eriberto. Descobrindo o Linux. 3. ed. São Paulo: Novatec, 2012.
NEGUS, Christopher. Linux A Bíblia: O Mais Abrangente e Definitivo Guia Sobre Linux 8.ª
ed. Rio de Janeiro: Alta Books. 2018
OLIVEIRA, Rômulo S.; CARISSIMI, Alexandre S.; TOSCANI, Simão S. Sistemas
Operacionais-Vol. 11: Série Livros Didáticos Informática UFRGS. Bookman Editora, 2009.
SOARES, Walace; FERNANDES, Gabriel. Linux: Fundamentos. São Paulo: Érica, 2010.
TANENBAUM, Andrew S.; WOODHULL, Albert S. Sistemas Operacionais - Projeto e
Implementação, 3ª edição. 2000.

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Currículo do autor

Leonardo de Souza Cimino: Possui mestrado em Ciência da


Computação pela Universidade Federal de Ouro Preto, especialização
em Banco de Dados pela Faculdade Integrada da grande Fortaleza,
graduação em Sistemas para Internet pelo Instituto Federal Sudeste de
Minas Gerais – Campus Barbacena. Desde 2012 é servidor efetivo do
Instituto Federal de Minas Gerais – Campus Congonhas atuando no
cargo de Analista de Tecnologia da Informação. No IFMG - campus
Congonhas, já ocupou o cargo de Coordenador de Sistemas de
Informação e foi o analista responsável pela implantação do sistema
educacional do ERP, além de ter criado outros sistemas internos. É um
entusiasta da utilização de softwares livres devido a flexibilidade,
liberdade e confiabilidade que esses softwares apresentam, além de
serem livres de pirataria e permitir que usuários de quaisquer condições
financeiras possam utilizá-los devido a sua gratuidade.

Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/5730913821239131

Feito por (professor-autor) Data Revisão de layout Data Versão

Viviane Lima Martins


Leonardo de Souza Cimino 20/11/2020 11/01/2021 1.0
Joice Stella de Melo Rocha

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Glossário de códigos QR (Quick Response)

Mídia digital Mídia digital


Apresentação do Alternativas para
curso utilização do Linux

Mídia digital Mídia digital


Apresentação da Demonstração de
interface gráfica do comandos no
Linux terminal do Linux

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Plataforma +IFMG
Formação Inicial e Continuada EaD

A Pró-Reitoria de Extensão (Proex), neste ano de


2020 concentrou seus esforços na criação do Programa
+IFMG. Esta iniciativa consiste em uma plataforma de cursos
online, cujo objetivo, além de multiplicar o conhecimento
institucional em Educação à Distância (EaD), é aumentar a
abrangência social do IFMG, incentivando a qualificação
profissional. Assim, o programa contribui para o IFMG cumprir
seu papel na oferta de uma educação pública, de qualidade e
cada vez mais acessível.
Para essa realização, a Proex constituiu uma equipe
multidisciplinar, contando com especialistas em educação,
web design, design instrucional, programação, revisão de
texto, locução, produção e edição de vídeos e muito mais.
Além disso, contamos com o apoio sinérgico de diversos
setores institucionais e também com a imprescindível
contribuição de muitos servidores (professores e técnico-
administrativos) que trabalharam como autores dos materiais
didáticos, compartilhando conhecimento em suas áreas de
atuação.
A fim de assegurar a mais alta qualidade na produção destes cursos, a Proex adquiriu
estúdios de EaD, equipados com câmeras de vídeo, microfones, sistemas de iluminação e
isolação acústica, para todos os 18 campi do IFMG.
Somando à nossa plataforma de cursos online, o Programa +IFMG disponibilizará
também, para toda a comunidade, uma Rádio Web Educativa, um aplicativo móvel para
Android e IOS, um canal no Youtube com a finalidade de promover a divulgação cultural e
científica e cursos preparatórios para nosso processo seletivo, bem como para o Enem,
considerando os saberes contemplados por todos os nossos cursos.
Parafraseando Freire, acreditamos que a educação muda as pessoas e estas, por
sua vez, transformam o mundo. Foi assim que o +IFMG foi criado.

O +IFMG significa um IFMG cada vez mais perto de você!

Professor Carlos Bernardes Rosa Jr.


Pró-Reitor de Extensão do IFMG
Características deste livro:
Formato: A4
Tipologia: Arial e Capriola.
E-book:
1ª. Edição
Formato digital

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