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1º CHECK DO PAPER
TEMA: O CRIME DE ABORTO E O PRINCÍPIO DA DIGNIDADE HUMANA
Objetivo Geral:
Pretende-se demonstrar que, apesar de o nascituro ter determinados direitos atribuídos pela
legislação pátria no intuito de preservar a vida, não é possível atribuir dignidade da pessoa
humana ao feto, como está previsto no Estatuto do Nascituro (PL 478/2007), em especial nos
artigos 2º e 3º, pois há diversas dificuldades práticas, em especial às que se referem ao aborto
legal e aos direitos da mulher.
Objetivos Específicos:
O aborto é um tema que tem sido tratado de diversas formas de acordo com o contexto histórico-
social e conceitos vigentes em cada Estado. Na Antiguidade Clássica o aborto era permitido em
razão da vida do nascituro e da grávida serem tratados como objetos que o “proprietário”
poderia dispor da forma que desejasse. Na Idade Média, em razão dos fortes ideais cristãos, o
aborto foi proibido sem ressalvas; sendo punidas com a morte as pessoas que realizassem tal
ato. Com o advento da Modernidade e dos ideais humanistas, áreas de todos os aspectos da vida
humana se desenvolveram, ocasionando mudanças em diversos paradigmas até então vigentes.
Entre essas mudanças, está um novo olhar dado a mulher (mesmo que esta construção tenha
sido, e está sendo, paulatina), e um reconhecimento de que esta também merecia proteção de
sua dignidade, sendo então aceito o aborto em determinadas circunstâncias.
No Brasil, tal reconhecimento da dignidade da mulher é explícito e há casos, previstos no artigo
128 do Código Penal vigente, em que o aborto pode ser realizado legalmente em razão de
circunstâncias específicas em que obrigar a continuação da gravidez seria ferir gravemente a
dignidade da mulher. Porém, há dois principais segmentos que buscam modificar essa prática:
(I) movimentos feministas que pretendem que o aborto seja descriminalizado sob a alegação de
que a mulher pode dispor de seu corpo da forma que desejar; (II) movimentos religiosos
(principalmente os que se enquadram no “Cristianismo”) que buscam criminalizar todas as
formas de aborto sob alegação de defesa da vida do nascituro.
Nesse quadro é que surgem diversos debates acerca do Projeto de Lei 478/2007, o chamado
Estatuto do Nascituro, que busca atribuir diversos direitos ao feto, inclusive à dignidade da
pessoa humana e personalidade.
Assim, é de suma importância a análise do Estatuto supracitado e dos obstáculos ou
impossibilidades práticas de atribuição de dignidade humana ao nascituro. De modo que tal
tema é relevante tanto para o direito quanto para a sociedade e este foi o motivo de sua escolha.
Referencial Teórico: Muitas outras obras serão utilizadas até a conclusão do artigo.
Inicialmente, temos como base teórica:
Metodologia:
REFERÊNCIAS
BRANCO, Emerson Castelo. Direito Penal para concurso: parte geral e especial. 2. ed. São
Paulo: Método, 2011.
CASTILHO, Ricardo. Direitos Humanos. Coleção Sinopses Jurídicas. v. 30. São Paulo:
Saraiva, 2011.
GONÇALVES, Victor Eduardo Rios. Direito Penal Esquematizado: parte especial. São
Paulo: Saraiva, 2011.
______________. Dos Crimes Contra a Pessoa. 13. ed. reform. Coleção Sinopses Jurídicas.
v. 8. São Paulo: Saraiva, 2010.
NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de Direito Penal Parte Geral e Especial. Volume II:
introdução à teoria geral da parte especial: crimes contra pessoa. 6. ed. Niterói: Impetus, 2009.