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MULTICULTURALIDADE NA EDUCAÇÃO
Para tal, o professor presente na sala de aula, que representa uma disciplina – neste
caso, a de língua inglesa – deve ter a noção e o mínimo de conhecimento de outras
culturas. Isto porque os alunos, vêm de diferentes lugares, diferentes histórias e com
diferentes backgrounds culturais. O que isto nos diz é que, os docentes têm um contacto
maior com outras culturas, na ação da sua profissão. Ora, o conhecimento prévio de
leituras, um estágio profissional ou um curso superior não bastam; na medida em que
não se tornou prático o seu verdadeiro conhecimento da cultura alheia à sua; porque é
no campo de batalha que se conhece então o verdadeiro problema. Ou seja, é no
cruzamento direto com outras culturas que o professor deverá estar já preparado para
lidar com diferentes alunos (Candace Schlein).
Dito isto, as escolas portuguesas têm sido recetoras de alunos de outras nacionalidades,
desde 2007. Consoante os anos passam, mais pessoas de outros países tem recorrido a
Portugal, como um país impulsionador aos estudos – sendo o Brasil, o país que mais
adere a esta causa (Census 2020/2021).
Quanto à ideia de plurilinguismo, o Quadro Comum Europeu afirma que este conceito
se baseia no conhecimento de várias línguas por parte de um indivíduo – onde o
indivíduo é capaz de se comunicar com a sociedade em outras línguas. Um indivíduo
que seja capaz de aprender várias línguas – seja na escola, com estrangeiros ou por
vontade própria – e de compreender a sua cultura, é uma pessoa que vai desenvolver
uma competência comunicativa, onde a experiência e convivência da língua ajudam a
formar essa habilidade. Esta competência, acaba por ajudar o ser humano a se expressar
melhor, em diferentes níveis e para diferentes propósitos, para uma melhor
compreensão de certo assunto (Quadro Comum Europeu).
Segundo (Gonçalves e Andrade), esta competência implica que o ser humano seja
uma pessoa aberta ao outro, já que implica que tenha conhecimento sobre a cultura e
sobre a língua em questão, através do contacto que obteve. No entanto, para que isto
aconteça, a pessoa em questão é capaz de mostrar habilidades linguísticas, no sentido
em que é uma pessoa estudada quanto à língua que irá usar para comunicação, além da
escola.
Como já referido acima, a escola já não procura só pelo aluno ideal, que sabe falar três
línguas sem a ajuda de um professor, mas sim aquando há uma evolução no seu
desenvolvimento cultural e linguístico – que provoca o respeito e empatia pela cultura
alheia (Quadro Comum Europeu).
Vamos agora partir da ideia de Lisette Weissmann, onde nos apresenta um caso de
desconexão interpretativa. É-nos apresentado um caso de um menino, de nome Carlos,
que veio de Cuba para se instalar no Uruguai. O problema surge na escola, onde todos
os meninos decidem jogar à bola, mas isso não acontece com Carlos. Diagnosticam o
problema sendo Carlos o culpado pela incompreensão das regras do jogo de futebol.
Mas após uma conversa com os pais, percebe-se que Carlos têm uma visão do futebol,
diferentes dos colegas uruguaios. O que houve aqui foi uma leitura errônea da situação e
do aluno em questão. A interculturalidade, que não foi praticada devidamente, criou
uma bola de neve de especulações, quando havia apenas uma visão diversificada, por
parte do aluno em questão (Lisette Weissmann). Dito isto, a conclusão a que chegámos
é que, a interculturalidade tem uma função crucial na escola. Se o Carlos, não tivesse a
sua cultura ligada a ele, o problema não existiria. Porque é a forma única de Carlos ver
o mundo e de o entender. A sua mente, as suas ações, a sua língua é também então
influenciada pelo seu background. A maneira como aprendemos diz muito sobre uma
pessoa.
Mas como é possível tornar a escola, num lugar em que se realmente pratica o valor da
interculturalidade? E como podemos fazer com que o diálogo, se torne claro entre
indivíduos de culturas diferentes?
É inevitável corrermos o risco da incompreensão por parte de alguém que não tem as
mesmas ideias ou costumes que nós. Daí, o diálogo pode tanto ser mal interpretado,
como pode ser entendido perfeitamente. Uma simples conversa, acaba por tornar-se
num paradoxo. No caso de Carlos, houve uma falha na comunicação e no entendimento
do mundo pelos seus olhos (e pela visão dos colegas e professora). Arjun Appadurai
afirmou uma vez
"Para que seja um diálogo eficaz terá de se basear, até certo ponto, em terreno
comum, concordância selectiva e consenso conjuntural.”
Ou seja, ambas as partes precisam de sentir que partilham ali uma conexão: seja de
valores, ideias, costumes, para sentirem que estão em terreno comum. Por isso mesmo, a
concordância torna-se seletiva: porque vai escolher onde e com o que concordar, mesmo
que haja muitas divergências em outros aspetos (este consenso pode ser ou não
temporário, dependendo do contexto e da situação em questão) (Arjun Appadurai).
Em algum momento do nosso percurso escolar, nos foi perguntado se havia alguma
relação entre língua e cultura. Apesar de haver sempre uma dúvida iminente, mesmo
que a receio, a turma responderia que sim. E hoje, a minha resposta – que traz consigo
mais certeza – é sim. A língua não nasceu sozinha. Isto é, se a língua portuguesa segue
uma estrutura, um alfabeto, expressões que são unicamente portuguesas e o calão, é
porque algo aconteceu para que ela se tornasse assim. Tal como o exemplo da palavra
“Saudade” que não tem uma tradução direta. Em inglês diríamos “I miss you” e em
francês “Tu me manques”, por exemplo.
Continuando a ideia acima, se tivéssemos nascido num outro país, será que a nossa
mente não pensaria de outra forma? É possível que o que fosse normal para um
português, fosse algo estranho para um estrangeiro? A maneira como agimos em casa e
nos expressamos, seria a mesma? Será que teríamos uma perceção das línguas e de
outras culturas diferente da que temos agora? E é essa questão que nos devemos fazer
quanto à relação entre cultura e língua. Cultura é então definida por várias coisas, nas
quais umas mantém-se as mesmas, tais como um sistema de ações e práticas, que é
continuado por gerações, rituais, crenças e outras tantas que definem cultura. (Nasir &
Hand). E tal como dito acima, a cultura é tão relativa aos olhos de quem a vê – o nosso
certo, pode ser um errado na visão de uma pessoa com outra cultura.
Poderíamos também achar, superficialmente, que a língua é apenas um meio de
comunicação. Mas é bem mais do que isso, principalmente quando nos damos conta que
a nossa língua está enraizada em nós – acabando por ser usada inerentemente, por
natureza. Então, a língua que usamos, num certo contexto ou ocasião, é já ela,
influenciada por toda a nossa cultura, pela maneira que vemos e percebemos (Murdan
kavaki). Já que a língua que usamos está interligada à nossa cultura, poderíamos dizer
que língua não é “apenas como um modo de pensamento, mas, sobretudo, como
prática cultural, isto é, como forma de ação que pressupõe e, ao mesmo tempo, cria
formas de estar no mundo" (Duranti). Sendo assim, a língua é inerente a uma pessoa
porque a sua cultura assim a limita – no sentido em que observa e reage a situações,
baseando-se no que viveu e aprendeu, ao longo dos anos. Apesar disso, deveríamos
reconhecer que a nossa cultura não foi inventada assim: ela sofreu alterações,
adaptações e mudanças, ao longo de vários anos.
Além disso, os nossos gestos, o que fazemos quando entramos na casa de alguém,
cumprimentar alguém, podem dizer muito sobre a cultura de uma pessoa. Por exemplo,
na cultura portuguesa, é normal as pessoas se cumprimentarem com um aperto de mão
ou dois beijos na cara. Já na cultura coreana, os coreanos curvam-se – e o ângulo da sua
curvatura pode-nos dizer se estamos perante alguém de uma alta importância, ou perto
de amigos. Já na cultura japonesa, os japoneses têm por hábito tirar os sapatos (não só
por uma questão de higiene, mas também por respeito aos habitantes da casa). Ora, estes
exemplos dizem-nos muito sobre a cultura de outros e do quão diferente podem ser.
Por outras palavras, isto quer dizer que as influências culturais, na comunicação,
podem ser um grande desafio para não nativos da respetiva língua. Estas diferenças
culturais (que também se refletem na linguagem) tornam-se então, um desafio para
quem está a aprender uma nova língua. No entanto, o contexto cultural pode nos ajudar,
aquando ganhamos esta perceção, porque podemos adaptar a língua e a linguagem
corporal a uma situação, com que não estamos familiarizados (Meryem kalif).
Mas a que se deve toda esta diversidade? Talvez, a uma globalização e outras tantas
medidas que contribuíram para esta troca de informação. Não só a globalização nos
permitiu ver e saber o que acontece nos outros lugares, como permitiu às pessoas de se
aventurarem para outros lugares que não os das suas casas. Um exemplo disso é a
escravidão. Onde muitos povos foram escravizados e colonizados, com o intuito dos
colonizadores se sentirem mais poderosos. Mas foi por causa destes acontecimentos que
se iniciou uma luta então pela igualdade entre nações.
E onde entra o espaço escolar aqui? Pois bem, como foi dito acima, a escola é um
lugar onde as crianças aprendem a conviver. Porque a escola tem a peculiaridade de
concentrar várias crianças, num só espaço pedagógico. Então, deve-se considerar que o
outro, não é apenas alguém diferente, mas alguém que temos que respeitar (Alexandre
C. Gonçalves1 ; Karyna R. de Carvalho2 ; Andressa de S. Gonçalves).
Quando a escola não reflete sobre as diferenças individuais do aluno, acaba por
assumir (mesmo que indiretamente) uma postura homogénea, onde tudo que é igual,
será aceite. Ora, uma escola que feche os olhos para a sua diversidade cultural ou para a
essência de cada aluno, podemos considerar como uma escola fechada ao mundo real –
porque não segue as normas de uma sociedade em ascensão cultural. A escola, como
lugar de troca de culturas e ideias – e constituída por professores que levam consigo
uma formação de diversidade cultural prévia – deve incutir aos alunos essa ideia; do
quão fundamental é a cultura e a aceitação de outras culturas, para uma vida comum na
sociedade.
Isto significa que, esta aceitação da cultura, não é feita apenas por uma nação – mas sim
por várias. Isto leva-nos a crer que, ou se quer uma só cultura dominante, ou quer-se que
todas as diferenças sejam notáveis e que definam alguém? Enquanto que uns gostam de
ver a sua cultura representada no seu meio social – porque se sentem mais confortáveis
– outros preferem ver as diferenças celebradas (o que não anula a individualidade de
cada um). Esta coexistência no instituto escolar, pode conduzir a um equilíbrio na
aprendizagem de outra língua estrangeira (já que há aqui uma compreensão por parte do
aluno, em querer aprender sobre o outro). Todavia, há quem acredite que a globalização
da língua inglesa se está a tornar um universalismo – o que levaria ao fim de outras
línguas e das histórias agregadas a elas. Porque não faz sentido, defender-se a ideia da
diferença, a aceitação do outro, quando há uma língua em expansão e que é tratada
como uma língua global. Não obstante, se formos mais críticos na questão do uso do
inglês, percebemos que usar uma língua como meio de comunicação internacional,
negócios, isso não implica obrigatoriamente a que todas as outras línguas acabem. Desta
forma, não havia sentido neste movimento de aceitação do estrangeiro, do
desconhecido, da outra pessoa que tem uma cultura diferente da nossa.
Como isto acontece, é então evidente que Portugal não se pode focar numa só cultura –
tem que aceitar e respeitar o outro. Porque no fundo, está-se a formar crianças (que
estão num processo de desenvolvimento humano) que devem sentir que as suas crenças,
valores ou atitudes também são compreendidas. O ser humano não é, por si só cultura,
nem só geneticamente biologia. Porque o homem, além dos seus instintos animalescos e
da sua razão, traz consigo uma parte simbólica, sendo ela interpretada pela cultura. E
nenhuma das partes pode ser separada – podendo ser considerado homem por ter essas
facetas. (Silas Guerreiro)
O que quero dizer é que, o ser humano vai jogar com estas duas vertentes numa só
ação; e por vezes utilizar uma ou outra – dependendo do caso. É a nossa cultura que nos
indica como nos devemos comportar ou agir perante as situações a que somos expostos.
Ora, aquando do nascimento do ser humano, que lhe é impingido uma série de
informação relativa à cultura que lhe foi atribuída (Silas Guerreiro).
Podemos seguir como exemplo, o famoso livro de Tarzan. Uma criança órfã, que foi
criado por gorilas, numa floresta. Tarzan então, é criado com uma influência
animalesca, que nos leva a perceber que há uma grande falha na exposição cultural.
Quando obtém pela primeira vez contacto com seres humanos, Tarzan estranha ao ver
pessoas iguais a ele – mas o facto de não ter feito parte de uma sociedade (estar ligado a
uma cultura) e não ter uma escolaridade mínima, mostra que ele não entende as normas
culturais humanas. Ele tem então, uma compreensão limitada do mundo, o que causou
conflito na comunicação e interação com o outro. A falta de conhecimento do mundo –
do que é um governo, uma escola, uma loja, leva-nos a refletir o quanto somos afetados
pelo país em que nascemos. Porque é na falta dela que se vê que Tarzan não estava
completamente ligado a uma cultura, mas como também não pertencia ao mundo animal
(mesmo que tivesse sido criado por gorilas).
Por isso, podemos concluir que o homem é mesmo uma pessoa completa quando tem
uma cultura ligada a ele. E isso só acontece, porque a cultura limita o homem, fazendo-o
corrigir ou adaptar os seus comportamentos, que não sejam convencionais,
considerando as regras da sociedade e da sua cultura (Silas Guerreiro).
E, por essa mesma razão, não faz sentido o ser humano se tornar uma pessoa que
repugna outras culturas e que as tenta diminuir em prol da sua. Temos o exemplo da
colonização africana, por parte de alguns países europeus: Portugal, sendo uma das
potências, tentou impor a sua cultura nos países africanos. Esta imposição levou a uma
grande perda de identidade cultural por parte de todos aqueles que foram colonizados.
Outras consequências mais específicas, tais como a imposição da língua portuguesa, a
total desvalorização e perda do respeito pela cultura africana; a mudança de território,
desintegração de povos e (mais uma vez) a perda da identidade por parte dos nativos
africanos. Todas estas coisas, acabaram por influenciar drasticamente, a evolução das
culturas e línguas africanas – já que foram obrigadas a construir de novo os seus
territórios e a guardar intrinsecamente, a cultura dentro de si.
Se o ser humano for um pouco além da sua compreensão física, e enveredar por um
caminho intrapessoal, acaba por perceber que é feito de várias culturas, que sofreram
mudanças ao longo dos anos. Concede a si mesmo, o poder de olhar para dentro de si e
de ver os outros – que são feitos de pedaços da sua cultura (Silas Guerreiro).
O homem, além dos seus instintos animalescos e da sua razão, traz consigo uma parte
simbólica, sendo ela interpretada pela cultura. E nenhuma das partes pode ser separada
– podendo ser caracterizado como homem, por ter essas duas facetas.
Portugal apresenta-nos uma diversidade cultural nas escolas. Sendo um país aberto à
diversidade e ao outro, é percetível que as escolas portuguesas acabam por acolher
alunos estrangeiros. Então em 2000, foi criado pela OCDE, um programa no qual se
compararia o sucesso dos alunos portugueses em relação aos alunos de outros países.
Esse programa foi apelidado de PISA (Programme for International Student
Assessment), incluindo os sistemas educativos que frequentam e o que leva a essa
diferença de valores entre os alunos nativos e os não nativos, com 15 anos. Os alunos
que participam do programa, são avaliados em três programas: Leitura, Matemática e
Ciências. Os alunos são avaliados, não consoante o que consta no currículo escolar, mas
sim em como aplicam o que aprenderam, no dia a dia.
Em 2003, foi feito um estudo onde os alunos imigrantes apresentavam níveis mais
baixos nos domínios, do que os alunos portugueses. No ano de 2015, havia se notado
uma acentuada redução dos resultados entre imigrantes e nativos – tendo os nativos
obtido resultados melhores. No entanto, em 2018, os resultados dos alunos não
imigrantes voltaram a ser superiores aos dos alunos não nativos, tendo sido uma
diferença notória (45 pontos em matemática, por exemplo).
Mas o que determina o sucesso destes alunos? Como o PISA procura saber este tipo de
estatísticas a nível escolar, seria compreensível quererem saber o porquê destes
resultados, mesmo que positivos ou negativos para os alunos estrangeiros. Verificou-se
então, que dentro de toda a política do aluno estrangeiro estar a viver em Portugal, há o
tempo em que estiveram em Portugal – sendo ele desafiador (por exemplo, por causa da
cultura e da língua).
Há também uma distinção entre alunos que eles denominam como alunos de 1ª geração
e de 2ª geração. Os alunos de 1ª geração, os pais são estrangeiros, incluindo o estudante,
que só se encontra em Portugal para estudar; os alunos de 2ª geração, em que os pais
nasceram num país estrangeiro, mas o estudante já cresceu em Portugal. Ora, os alunos
de 1ª geração apresentaram sempre resultados inferiores aos de 2ª geração – o que acaba
por ser compreensível, já que no primeiro caso, os alunos nunca tiveram qualquer
contacto com a cultura portuguesa numa fase inicial do seu desenvolvimento humano. O
estatuto socioeconómico (onde muitos acabam por pedir uma bolsa de estudos para
ajuda nas despesas) e acabam por enfrentar outras dificuldades de adaptação que os
alunos portugueses.
Apesar de tudo que foi referido acima, como um obstáculo ao sucesso escolar, os
alunos estrangeiros conseguiam, na mesma, apresentar resultados bons. A
adaptabilidade, a superação nos resultados académicos, foram então componentes tanto
positivas como negativas. Estes foram todos fatores que acabavam por influenciar estes
alunos não portugueses, nos seus resultados.
No entanto, o fator que mais contribuiu para esta diferença no desempenho, foi a
segregação destes alunos, nas próprias instituições de ensino. Também ainda em 2018,
Portugal foi um dos países com um índice alto, em que os alunos imigrantes frequentam
escolas que os alunos portugueses não frequentam tanto (com 0,48% - 0 representa a
ausência de segregação e 1 uma segregação completa) (Boletim estatístico OM).
1.7
1.6 DIVERSIDADE LINGUÍSTICA E CULTURAL NA SALA DE
AULA
1.7 EXPERIÊNCIA DE APRENDIZAGEM DE INGLÊS POR
ALUNOS PORTUGUESES
1.8 EXPERIÊNCIA DE APRENDIZAGEM DE INGLÊS POR
ALUNOS ESTRANGEIROS
1.9 ABORDAGENS MULTICULTURAIS
2.0 TEORIAS DA AQUISIÇÃO DA SEGUNDA LÍNGUA
2.1 PEDAGOGIA INTERCULTURAL E ABORDAGENS
MULTICULTURAIS
Ora, o que fui capaz de apurar foi, que os alunos de nacionalidade portuguesa
apresentam, em alguns casos, níveis inferiores quanto ao exercício do conhecimento
de uma língua, que não a materna. Esta questão – dos diferentes níveis de aquisição
da língua inglesa, por parte de diferentes alunos – foi o que mais me gerou interesse,
devido ao background e à cultura que cada aluno traz consigo.
Introdução: O estudo em questão que irei apresentar, foi desenvolvido no âmbito do
Mestrado em Ensino de Inglês no 1º Ciclo do Ensino Básico. Como complemento
obrigatório (e que contribuiu para o levantamento desta questão) realizei um estágio,
num agrupamento de escolas – onde estive presente nas três escolas que o
constituíam. Voltando então, à problemática deste trabalho, foi a minha convicção de
que todos os alunos devem praticar a empatia, mais o acompanhamento de uma
turma multicultural, que me fez perguntar imensas vezes esta mesma questão:
Porque existem níveis de sucesso tão distintos, quando o professor é o mesmo?
E eu, que já tinha tido outras tantas experiências com crianças do 1º ciclo, questionava
já há algum tempo porque, sendo eu uma pessoa conseguia chegar a alguns alunos e a
outros não. Foi então aí que percebi que