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ANDRÉ FELIPE PEREIRA VALE

A UTILIZAÇÃO DA FINASTERIDA NO TRATAMENTO DA


ALOPÉCIA ANDROGÉNETICA MASCULINA

São Luís
2018
ANDRÉ FELIPE PEREIRA VALE

A UTILIZAÇÃO DA FINASTERIDA NO TRATAMENTO DA


ALOPÉCIA ANDROGÉNETICA MASCULINA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à


FACULDADE PITAGORAS, como requisito
parcial para a obtenção do título de graduado
em Farmácia.

Orientador: Ana Wollmersheiser

São Luís
2018
ANDRÉ FELIPE PEREIRA VALE

A UTILIZAÇÃO DA FINASTERIDA NO TRATAMENTO DA ALOPÉCIA


ANDROGÉNETICA MASCULINA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à


FACULDADE PITÁGORAS, como requisito
parcial para a obtenção do título de graduado
em Farmácia.

BANCA EXAMINADORA

Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)

Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)

Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)

São Luís, 10 de outubro de 2018


Dedico este trabalho a Deus, que sempre
foi o autor da minha vida e do meu
destino. Dedico-o, também a minha filha
Maria Júlia, que deu um sentido especial
a minha vida.
AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus por me possibilitar chegar até aqui é concluir


mais uma etapa na minha vida.
Agradeço a minha mãe Maria Eleni por ser minha fortaleza, minha força por
todas as palavras de carinho e amor, sua força foi muito importante. Essa vitória é
toda nossa. Amo você!
Agradeço ao meu Pai José Ribamar, por me possibilitar realizar meu sonho e por
acreditar em meu potencial.
Agradeço também a minha filha que foi minha força para aguentar tudo durante
esses 5 anos, tudo foi por você é sempre será. Amo você, Maria Júlia.
Agradeço a minha avó Antônia Deusemar (in memoriam) por todo amor
incondicional eterno, e por me ter ensinado a ser nobre, na essência da palavra. Que
falta você me faz! Vô José Ribamar pela garra, perseverança e otimismo contagiante.
Agradeço a Kálita Vieira, pessoa com quem аmо partilhar а vida. Cоm você, tenho
mе sentido mais vivo dе verdade, obrigado por sua capacidade dе me trazer paz na
correria dе cada semestre.
Agradecer também a minha tia Edna, por toda força durante esses 5 anos,
obrigada por tudo tia.
VALE, André Felipe Pereira. A utilização da finasterida no tratamento da alopecia
androgenética: 2018. 33p. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação Farmácia)
– Faculdade Pitágoras, São Luís, 2018.

RESUMO

A alopecia androgenética é uma das principais causas de queda de cabelo em ambos


os sexos, porém afeta significamente o público masculino. A finasterida é o único
tratamento aprovado pela FDA, mas o mesmo possui efeitos adversos que afetam
consideravelmente a qualidade de vida do paciente. Diante disso, o objetivo geral
dessa revisão de literatura foi analisar o levantamento bibliográfico sobre o uso da
finasterida no tratamento da alopecia androgenética. Para tanto foi necessário:
descrever a fisiopatologia da alopecia androgenética; estudar os tipos de tratamentos
da alopecia androgenética e; descrever a ação da finasterida no tratamento da
alopecia. Desenvolveu-se mediante a buscas nas bases de dados Google Acadêmico,
Scientific Electronic Library Online (Scielo) e Sociedade Brasileira de Dermatologia
(SBD), entre os anos de 2009 a 2018, através dos principais descritores: “calvície”,
“alopecia androgenética”, “hormônios”, “finasterida”. Diversos estudos mostram que a
alopecia androgenética é induzida por andrógenos, em indivíduos geneticamente
predispostos caracterizada pela perda contínua dos folículos localizado no couro
cabeludo. A mesma, retrata uma calvície com níveis elevados de androgénios e uma
herança autossômica dominante, existindo diversos tratamentos como alternativos,
cirúrgicos, fitoterápicos. Entretanto, a finasterida é o medicamento de primeira escolha
para esse tratamento. Dessa forma, entender a alopecia androgenética é o seu
tratamento, com o intuito de esclarecer os usuários da finasterida sobre seus efeitos
adversos, colaboram para que o mesmo tenha uma boa adesão ao tratamento,
melhorando assim a sua qualidade de vida.

Palavras-chave: Calvície; Alopecia androgenética; Finasterida; Tratamento.


VALE, André Felipe Pereira. the utilization of finasteride in the treatment of
androgenetic alopecia: 2018. 33p. Completion of course work (Pharmacy
Graduation) – Pitagoras College, São Luís, 2018

ABSTRACT

Androgenetic alopecia is one of the leading causes of hair loss in both sexes, but it
significantly affects the male audience, finasteride is the only treatment approved by
the FDA, but it has adverse effects that considerably affect the patient's quality of life.
Therefore, the general objective of this literature review was to analyze the literature
review on the use of finasteride in the treatment of androgenetic alopecia. It was
necessary to: describe the pathophysiology of androgenetic alopecia; study the types
of treatments of androgenetic alopecia and; describe the action of finasteride in the
treatment of alopecia. It was developed through searches in the databases Google
academic, Scientific Electronic Library Online (Scielo) and Brazilian Society of
Dermatology (SBD), between the years 2009 to 2018, through the main descriptors:
"baldness", "alopecia androgenetica", "Hormones", "finasteride". Several studies show
that androgenetic alopecia is induced by androgens in genetically predisposed
individuals characterized by the continuous loss of follicles located in the scalp, it
depicts a baldness with high levels of androgens and an autosomal dominant
inheritance, there being several treatments as alternative, surgical, phytotherapics, as
well as finasteride the first choice drug for treatment. In this way, androgenetic alopecia
is understood as its treatment, in order to clarify the users of its action on its opponents,
to collaborate so that it has a good relationship with the treatment, as well as its quality
of life.

Key-words: Baldness; Androgenetic alopecia; Finasteride; Treatment.


.
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AAG Alopecia Androgenética


DHT Dihidrotestosterona
FDA Food And Drug Administration
FUE Extração de Unidade Folicular
FUT Transplante de Unidade Folicular
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................10
2. CICLO CAPILAR E ALOPECIA ...........................................................................12
2.1 ALOPECIA ..........................................................................................................13
2.2 TIPOS DE ALOPECIAS......................................................................................14
2.3 FISIOPATOLOGIA DA ALOPECIAANDROGENÉTICA......................................16
3. TRATAMENTOS PROPOSTO PARA A ALOPECIA ANDROGENETICA...........18
3.1 TRATAMENTO TOPICOS...................................................................................18
3.2 TRATAMENTOS ALTERNATIVOS......................................................................19
3.3 TRATAMENTOS CIRUGICOS.............................................................................19
3.4 TRATAMENTOS SISTEMICOS ..........................................................................21
3.5 TRATAMENTOS GENETICOS............................................................................22
4. AÇÃO DA FINASTERIDA NA ALOPECIA............................................................24
4.1 MECANISMO DE AÇÃO......................................................................................24
4.2 EFEITOS COLATERAIS......................................................................................26
4.3 ASPECTOS PSICOLOGICOS RELACIONADOS AO USO DA FINASTERIDA..27
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................29
REFERÊNCIAS..........................................................................................................30
10

1. INTRODUÇÃO

O pelo possui a função de barreira na regulação das trocas térmicas e hídricas,


na proteção mecânica contra radiações ultravioletas e nas percepções táteis. Embora
o cabelo não tenha função vital, é uma das características físicas dos seres humanos
que mais reflete diretamente na sua personalidade, ou seja, mudança significativa
acaba afetando o físico e o emocional do indivíduo.
Conforme a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD, 2016), a queda
demasiada de cabelo tem um grande impacto na aparência física dos seres humanos,
sendo um motivo de grande preocupação entre homens e mulheres. Sabe-se que a
alopecia androgenética pode se desenvolver em ambos os sexos, sendo mais
frequente no público masculino. Caracterizada por um processo andrógeno
dependente, ocorrendo alteração no ciclo do cabelo e uma miniaturização dos fios,
tornando os fios finos e curtos, esse problema afeta o folículo piloso, devido conjunção
de fatores genéticos e ambientais.
Diante disso, mesmo não causando danos à saúde a alopecia androgenética
causa sérios danos a autoestima. A cada dia mais estão surgindo novos tratamentos
para a mesma no intuito de trazer melhorias físicas aos usuários. Dentre os
tratamentos o mais utilizado é a finasterida, que tem como principal ação inibir a 5-
alfaredutase, enzima que converte testosterona em di-hidrotestosterona.
Portanto, indaga-se quais fatores realmente contribuem para o
desenvolvimento da alopecia androgenética, e como a finasterida age para melhoria
dessa patologia?
Dessa forma, o objetivo geral da presente pesquisa é analisar o levantamento
bibliográfico sobre o uso da finasterida no tratamento da alopecia androgenética.
Portanto, foram delineados os seguintes objetivos específicos: Descrever a
fisiopatologia da alopecia androgenética, estudar os tipos de tratamentos da alopecia
androgenética e descrever a ação e os efeitos adversos da finasterida.
Trata-se de um trabalho de caráter bibliográfico, por revisão da literatura acerca
do tema proposto. Para obtenção de tais informações, foram utilizadas como fontes
artigos, livros, revistas da área da saúde e sites de banco de dados como: Google
acadêmico, Scientific Electronic Library Online (Scielo) e Sociedade Brasileira de
Dermatologia (SBD). Estabeleceram-se como critérios de inclusão: materiais que
abordam acerca do tema proposto, publicados entre os anos de 2009 a 2018. Foram
11

excluídas publicações que não abordavam a temática do estudo. Os descritores


utilizados foram: calvície, alopecia androgenética, hormônios, finasterida.
12

2. CICLO CAPILAR E ALOPECIA

A pele é o maior órgão do corpo humano, correspondente a aproximadamente


20% do peso corporal, e tem como funções vitais proteger, regular a temperatura do
corpo, funções neuro-hormonais, homeostasia, possuindo como anexos unhas, pelos,
glândulas sebáceas e sudoríparas (NICASTRI, 2012). Na pele temos o nascimento de
pelos em uma região denominada de folículos pilosos, que ganham cor a partir do
pigmento chamado melanina, sendo composto também por proteínas, como a
queratina epidérmica, mesmo os folículos pilosos possuindo diversas cores, tamanho
e forma, a sua estrutura básica é semelhante (CORRÊA, 2012).
A partir daí os folículos pilosos são formados na vida embrionária com uma
proeminência de queratinócitos modificados que são chamados de tricócitos para
dentro da derme, isso se dá por influência de células mesenquimais, posteriormente,
constituem a papila folicular que se localiza na sua porção mais inferior, o folículo e
sua papila estabelecem uma relação bem íntima e interdependente (HAN, SUNG-
HYUB, et.al. 2012; AZULAY, 2015)
Além disso, existem 5 tipos de unidade pilossebácea: sebáceos,
apopilossebáceos, terminais, velos e lanuginosos. O folículo sebáceo tem como
principal característica pelos finos e curtos, e está localizado principalmente na face.
Os folículos apopilossebáceos são encontrados na região inguinal e principalmente
nas axilas. Já os folículos terminais se encontram com maior frequência no couro
cabeludo e barba. Os folículos velus se localizam em todo o corpo, apresentando
pelos e poros foliculares muito reduzidos. O lanugo aparece no embrião, sendo
substituído por pelo velus depois do nascimento (AZULAY, 2015; CORRÊA 2012).
O pelo é constituindo por três partes principais sendo elas: haste, raiz e bulbo.
A haste, é a parte visível dos cabelos, ela é dividida em três camadas que só são
visíveis ao microscópio. São elas: cutícula que é a camada externa e a mais resistente
o córtex é formado por células queratinizadas; camada mediana; a medula é a camada
central (CORRÊA, 2012). Desse modo a raiz fica na parte interna do cabelo, pela qual
a raiz do fio é localizada dentro da derme. O bulbo, é a extremidade mais profunda
sendo responsável pela produção das células germinativas e pelo o crescimento
capilar. No córtex e na medula encontramos melanócitos, que são células portadoras
de pigmentos coloridos que são os chamados de melanina, feomelanina e
13

tricosiderina, onde a presença e a quantidade desses pigmentos irão depender da cor


do cabelo (CORRÊA, 2012).
Os pelos não crescem continuamente. Seu ciclo ocorre várias vezes para
manter todos os pelos presentes na sua maioria, na superfície corporal e couro
cabeludo, sua evolução passa por fases de crescimento, involução e repouso, sendo
elas a anágena, catágena e a telógena (AZULAY,2015).
A fase anágena dura de dois a cinco anos e é caracterizada por uma atividade
mitótica da matriz na qual o pelo está na sua máxima estrutural. A fase catágena há
uma regressão dos folículos de suas dimensões anteriores, sendo essa regressão de
1/3, a melanogênese é interrompida na matriz e a multiplicação celular diminui até
acabar, essa fase dura de três a quatro semanas, a extremidade do pelo nessa fase
assume a forma de clava (AZULAY, 2015). Logo após, temos a fase telógena a
mesma dura cerca de três meses, é a fase de desprendimento do pelo, os folículos
mostram-se completamente descansado, reduzidos à metade ou menos do tamanho
normal e há uma separação completa entre a papila dérmica e o pelo em eliminação
(CORRÊA, 2012).
Dessa forma, quando o couro cabeludo é analisado, encontramos proporções
de cada uma das fases, encontramos 85% de fase anágena, 14% da telógena e
apenas 1% da fase catágena (AZULAY, 2015).
Portanto, para cada folículo do couro cabeludo faz de 10 a 20 vezes o ciclo
capilar durante toda sua vida, no decorrer desse processo, há uma queda diária de 70
a 100 fios o que é considerada normal, portanto qualquer queda fora do normal deve
ser estudada, pois há diversos fatores que podem ocasionar a mesma, entre eles, a
alopecia (SIMPLICIO, 2013).

2.1 ALOPECIA

A alopecia é caracterizada pela perda ou ausência de cabelos, causada por


uma inflamação crônica que acomete os folículos pilosos. Esse distúrbio vem
acompanhado de alteração, tais como: diminuição do número de pelos de uma
determinada área, mudança no tamanho e na duração do tempo do crescimento
capilar (OLIVEIRA; MACHADO, 2017).
Os dados epidemiológicos da incidência de alopecia dependem muito da etnia,
a população caucasiana lidera o ranking estimando-se que cerca de 50% a 80% das
14

pessoas dessa raça desenvolvam a alopecia, sendo quatro vezes maior que a
população africana. Já na população asiática a prevalecia é bem menor, as pesquisas
mostram que os asiáticos só começam a desenvolver alopecias cerca de dez anos
depois dos caucasianos (SILVA, RENAN. 2011).
Entretanto, a causa da alopecia ainda não é bem esclarecida, abrangendo
assim vários fatores, como genéticos, fisiológicos, estresse, doenças autoimunes,
cancro, infeção bacterianas. A mesma é frequente em ambos os sexos, porém é mais
prevalente no sexo masculino (OLIVEIRA; MACHADO, 2017). As alopecias são
divididas em: alopecia cicatriciais e Alopecia Não-Cicatricial. Há subdivisão entre as
alopecias que seria a alopecia areata, androgenética, eflúvio telógeno, traumáticas
(por ação de produtos químicos entre outras) (NOGUEIRA, et al. 2018).

2.2 TIPOS DE ALOPECIAS

Alopecia Cicatricial: É caracterizada por uma queda definitiva, existe uma


inflamação a nível da raiz do cabelo, pela qual ocorre a destruição na região do istmo
ou do infundíbulo, é uma queda irreversível. Assim sendo dividida em primária e
secundária (BORGES, et al 2016).
Dessa forma, as causas da alopecia cicatricial podem variar, na primária é
determinada por processos autoimunes, processos congênitos, inflamatórios ou
mesmo infecciosos. Já a secundaria é marcada por infecções fúngicas (querion,
favus), bacterianas (piogênicas, tuberculose) viróticas (herpes simples, varicela,
zoster) treponêmicas (sífilis tardia), agentes químicos ou físicos, queimaduras e
traumas, algumas neoplasias como (linfoma, carcinoma e metástase) (WEIDE,
MILÃO, 2009).
Alopecia Não-Cicatricial: O real fundamento da causa da mesma ainda é um
pouco hermético, por haver três mecanismos principais, onde ocorre uma redução de
folículos pilosos, comumente chamada de queda normal, logo após, há perda de
cabelo, eflúvio telógeno, que nela podemos observar uma entrada imatura de fólicos
da fase telogenica, por consequência sucede a queda excessiva de cabelo
telogénicos, e anagênico, ocorrendo assim o encurtamento ou encerramento total da
fase anágena, devido à interrupção de processos metabólica que regulam o
crescimento dos folículos nesta fase, como resultado, o cabelo torna-se mais curto,
fino e despigmentado (OLIVEIRA; MACHADO, 2017).
15

Alopecia Não-Cicatricial é diferente das demais por ser tratar de uma alopecia
reversível, não existindo a destruição do folículo piloso. Vale ressaltar ainda, que
existem vários tipos de alopecia não-cicatricial, sendo as principais a tricotilomania, o
eflúvio telógeno, alopecia areata e alopecia androgenética (OLIVEIRA; MACHADO,
2017).
Tricotilomania: É definida por uma compulsão de arrancar os cabelos, sendo
que grande parte dos casos é arrancado o os folículos de regiões parietais e vértex.
Relatos clínicos apontam que o indivíduo tem sensação de tensão antes do ato, e um
sentimento de alívio, prazer ao finalizar a ação. Em suma, essa patologia pode causar
lesões no local em que o cabelo foi arrancado, irritações cutâneas e infecções, a
predominância é maior em crianças e adolescentes do sexo feminino (FISCHER, et
al. 2018).
Eflúvio Telógeno: É definido por uma modificação no ciclo capilar, mais
precisamente na fase telogênica, caracterizada por uma perda de cabelo excessiva,
visto que pode ser provocada por uma doença sistêmica, perda de peso, deficiência
de vitaminas D, estresse emocional, deficiência de ferro, doenças inflamatórias no
couro cabeludo, e contraceptivos orais. Dessa forma, dependendo da duração dessa
queda o mesmo pode ser classificado em agudo ou crônico, tendo prevalência maior
em mulheres (OLIVEIRA; MACHADO, 2017).
Alopecia Areata: É caracterizada por uma queda dos fios onde ocorre a
paralização da sua síntese, sem destruir ou atrofiar os folículos, a sua etiologia ainda
não é bem delineada, assim para um melhor esclarecimento da mesma tem sido
realizado vários estudos ao longo dos anos. Pode estar relacionada como a
combinação de fatores, entre eles os componentes autoimunes, relacionando
principalmente a imunidade celular por intermédio dos linfócitos CD8 atuando sobre
antígenos foliculares, como também é relatado causa genética (BORGES, et al 2016).
Contudo, sua lesão tem como característica principal uma placa lisa de
colocação de pele normal, alcançando o couro cabeludo e outras áreas pilosas do
corpo. Existem cinco formas bastante conhecidas da alopecia areata que são elas:
• Areata unifocal: que é caracterizada por uma placa de formato ovalar e lisa.
• Areata multifocal: que é caracterizada por múltiplas placas no couro cabeludo.
• Areata ofiásica: é caracterizada por a perda de cabelos ocorrer na região da linha
implantação capilar temporo-occipital.
16

• Areata total: há uma perda total de cabelos do couro cabeludo, sem ocorrer
perda de pelos das demais áreas pilosas do corpo, podendo comprometer as unhas.
• Areata universal: essa alopecia há a perda total de pelos de todo o corpo,
comprometendo axilas, barbas, genitálias, bigodes, cílios e claro todo o couro
cabeludo, nela também podemos observar que a também a comprometimento das
unhas (BORGES, et al 2016).

2.3 Fisiopatologia da alopecia androgenética

Alopecia androgenética é uma das causas mais comum de perda de cabelos,


induzida por andrógenos em indivíduos geneticamente predispostos, caracterizada
pela perda continua dos folículos localizado no couro cabeludo, a mesma retrata uma
calvície com níveis elevados de androgénios e uma herança autossômica dominante
(BEIGE, 2018; FILHO, 2011).
Além disso, a alopecia androgenética, é mais suscetível ao sexo masculino,
em cerca de 50 % dos homens acima de 50 anos, e em 70 % de homens com idade
bem mais avançada, a incidência dessa alopecia se desenvolver em pessoas do sexo
feminino é pequena chegando a ser só de 20 a 30 % (SILVA, 2011).
A alopecia é caracterizada pela miniaturização do tamanho dos folículos por
causa dos androgênios, processo esse que se determina pelo fato dos folículos
terminais se modificarem em folículos do tamanho de velus. Nos homens ela é
causada pelo androgênio dependente e geneticamente, já nas mulheres ainda a
debates sobre sua causa, se é androgênio dependente ou hereditária (SILVA, 2011;
FERREIRA, AMARAL, 2018).
Desse modo, sua fisiopatologia precisar de vários fatores para se desenvolver
como a predisposição genética, presença de andrógenos, de coativadores dos
receptores androgênio, e receptores genéticos (FERREIRA, AMARAL, 2018). Em
algumas literaturas podemos encontrar autores que defendam que se trata de um
desajuste de herança autossômica dominante com penetrância variável, outros
sugerem que seja uma herança de poligênica. Apesar da herança genética da
alopecia androgenética ser bastante estudada, ainda não há total esclarecimento
sobre o mesmo (SILVA, 2011; AZULAY, 2015; FERREIRA, AMARAL, 2018).
Na alopecia androgenética ocorre a redução gradativamente da duração da
fase anágena em cada ciclo folicular, isso tudo ocorre devido a ação hormonal da di-
17

hidrotestosterona (DHT) (SILVA, 2011). Há regressão dos folículos pilosos na região


do escalpe por causa da ação dos hormônios andrógenos, como a testosterona que
sofre ação da enzima redutora, 5-alfaredutase que os converte em di-
hidrotestosterona, que transforma os folículos terminais em folículos diminuídos, e em
consequência de tal ocorre a miniaturização capilar (BORGES, et al 2016).
Os receptores androgénios são essenciais para o desenvolvimento dos
caracteres masculinos e funcionamento dos órgãos masculinos durante a vida adulta
como os testículos, fígado, músculos, sistema imune, sistema nervoso e pele, o
receptor de andrógeno exerce um papel para o desenvolvimento de várias doenças e
traços hereditários como câncer de próstata (BEIGE, 2018).
Portanto, entender a fisiopatologia da alopecia androgenética é crucial para a
compreensão do diagnostico que é baseado em exame clínico e exame de tricograma,
e em alguns casos, pode até ser necessário uma biopsia (BEIGE, 2018). Além disso,
entender o tratamento tanto farmacológico como tópico e cirúrgico da mesma, é de
suma importancia para a melhoria de vida dos indivíduos que a possuem (SILVA,
2011).
18

3. TRATAMENTOS PROPOSTO PARA A ALOPECIA ANDROGENETICA

Como o próprio nome indica a alopecia androgenética é determinada por seu


fator genético, desse modo o tratamento tem o objetivo de melhorar a qualidade de
vida do paciente portador de alopecia androgenética, já que esta traz consigo um
abalo significante na aparência física (REBELO, 2015).
Desse modo, após diagnóstico a alopecia androgenética, precisa-se de um
tratamento adequado para prevenir a evolução da alopecia e estabilizar o processo
de miniaturização, aumentando densidade capilar. Sabendo que existem diversos
tipos de tratamentos a escolha do tratamento ideal vai depender de vários fatores, tais
como, eficácia, custo e riscos (REBELO, 2015). O estudo para o desenvolvimento de
novos tratamentos para a alopecia androgenética vem crescendo a cada dia (SILVA,
2011).
Vale ressaltar, como dito anteriormente por se tratar de uma patologia que
não tem cura só melhorias na qualidade de vida, o paciente ao começar o tratamento
deve ser informado sobre as consequências que possam vir com o uso de alguns
medicamentos, como também deixá-lo ciente que se trata de um tratamento que
requer muita paciência e perseverança (SILVA, 2011).

3.1 TRATAMENTOS TÓPICOS

Minoxidil: Foi um medicamento criado para o tratamento da hipertensão arterial,


porém mostrou bastante eficaz no tratamento da alopecia, que é ultilizada em forma
tópica. Vários estudos comprovam que o uso tópico do mesmo aumenta a produção
de queratinocitos, devido ao agrupamento de cisteína e glicina no folículo piloso e na
papila dérmica (REBELLO, 2015; KALIYADAN, et al, 2018).
O uso de minoxidil no tratamento da AAG já é feito a bastante tempo, o
mecanismo de ação dele ainda não é bem esclarecido, mas à comprovação cientifica
que a fase telogénica acaba se tornando mais curta, levando assim o aumento do
diâmetro do cabelo em geral aqueles que estão sofrendo o processo de miniaturização
(KALIYADAN, et al, 2018). Assim, se o tratamento for rompido todos os fios que foram
estimulados pelo minoxidil tendem a cair rapidamente, por isso a sua utilização tem
que ser crônica, a solução tópica que tem eficácia comprovada é a utilização tópica
19

de 1ml sobre o couro cabeludo seco, estudos comprovam que a solução de 5% tem
se mostrando mais eficaz que as demais (REBELO, 2015).
Cetoconazol: Outro medicamento que não tem a finalidade exclusiva para AAG,
mas estudos preliminares comprovam a eficácia do shampoo a base de cetoconazol
associada ao minoxidil 2% tem propriedades que atuam na inibição da 5alfaredutase
(OLIVEIRA; MACHADO, 2017). Entretanto, o mesmo possui ação antiandrogénica
capaz de tratar de forma eficaz a pitiríase, havendo a hipótese de que o cetoconazol
previne a perda de fios ao reduzir a inflamação causada pelo fungo, sendo assim,
ainda é necessário um estudo mais detalhado, para haver adequação de dose, e a
comprovação total na eficácia do uso para o tratamento da alopecia (CARVALHO, et
al, 2016).

3.2 TRATAMENTOS ALTERNATIVOS

Os únicos tratamentos aprovados pela FDA para o tratamento da alopecia


androgenética são o minoxidil e a finasterida, mas, já há vários estudos sobre
tratamentos alternativos, como por exemplo fitoterápicos, técnicas com laser e
mesoterapia (ANTONIO, et al.2017).
Mesoterapia: É uma terapia que vem sendo bastante estudada, e consiste na
adição de ativos diretamente no couro cabeludo, como finasterida, minoxidil,
dutasterida, vitaminas, biotina e silício orgânico ainda está em estudo e ainda não foi
aprovada pela FDA (FILHO, et al, 2017).
Laser de baixa intensidade: No tratamento da alopecia o laser é usado como
uma terapia alternativa para prevenir a queda, e estimular o crescimento capilar. O
modo como o laser age na AAG ainda não é bem esclarecido, mas possivelmente há
uma ativação dos fios telógenos que estão em repouso (SILVA, SANTOS, 2018).

3.3 TRATAMENTOS CIRUGICOS

A cirurgia de transplante de cabelo ainda é o único tratamento que poderá


aumentar consideravelmente o número de fios, é um processo invasivo, mas, bastante
eficaz, visando melhorar a estética do paciente com a alopecia, cada vez mais estão
desenvolvendo novas técnicas cirúrgicas menos invasivas (REBELO, 2015).
20

O transplante capilar ou implante vem se mostrado muito eficaz por sua técnica
ser baseada na retirada de folículos da própria pessoa, da parte posterior da cabeça
onde não se tem o gene da calvície, e são transferidos para a área escassa de fios
(RUSTON, et al. 2014).
A técnica original tinha um método que consistia no implante de muitos fios,
devido a isso o resultado final era artificial, tendo aparência semelhante a “cabelo de
boneca”, onde o paciente não tinha o resultado final desejado, por isso foi de grande
importância o aprimoramento da técnica, como o FUT e FUE que são duas técnicas
que estão trazendo grandes avanços para a estética de portadores de AAG (COEN,
NEUMANN. 2015; NIRMAL, et al. 2013).
FUT (Transplantes de Unidades Foliculares): Eetirada de uma região com
bastante cabelo, para implantar no local afetado pela calvície, normalmente é utilizada
a parte de posterior da cabeça chamada de occipital como doadora, pois nesse local
costumeiramente não é afetado pela perda de cabelos, por não possui o gene da
calvície (RUSTON, et al. 2014). Desse modo, os folículos transplantados ficam em
repouso por 3 a 4 meses, depois desse tempo os folículos crescer normalmente, com
uma única diferença eles não sofre ação do hormônio dihidrotestosterona, desse
modo o cabelo que foi transplantado não será atingido pela calvície (NIRMAL, et al.
2013).
Por tanto, por ser uma técnica que precisa de uma grande quantidade de
cabelos, a área doadora é mais explorada, dessa forma a cicatriz é mais visível,
fazendo com que o paciente procure outros métodos (NIRMAL, et al. 2013).
FUE (Extração de Unidade Folicular): Uma técnica nova criada em 2002, que
consiste no método de enxerto colheita em que se usa um bisturi redondo, a região
doadora é a occipitotemporal para a coleta das unidades foliculares, a região doadora
fica com menos fios, mas não é perceptível, essa técnica é um aprimoramento de um
método bem antigo de 1950 (ACOSTA, RODRIGUEZ. 2017). O FUE é uma técnica
que vem sendo bastante usada, por seu fator revolucionário de permitir extrair folículo
por folículo, assim produz cicatrizes pouco perceptíveis, as cicatrizes são mais visíveis
quando o paciente usa os cabelos muito curto ou raspado, em alguns casos depois
da extração o paciente não faz mais uso de inibidores da 5alfaredutase (RUSTON, et
al. 2014).
Desse modo, a mesma vem sendo bastante indicada por cirurgiões plásticos,
dependendo do estado do couro cabeludo, por seus resultados serem bastante eficaz
21

e satisfatório, causando cicatrizes mínimas, assim não comprometendo a estética do


paciente (RUSTON, et al. 2014; ACOSTA, RODRIGUEZ. 2017).

3.4 TRATAMENTOS SISTEMICOS

Outro tratamento bastante eficaz é o farmacológico, nesse contexto os mais


utilizados no tratamento da AAG são os inibidores sintéticos da 5alfaredutase, como
dutasterida que inibe a 5alfaredutase I e II, enquanto a finasterida só inibe a
5alfaredutase II (MACHADO, VIEIRA, SANTAMARIA, 2018). Dessa forma, temos a
dutasterida e a finasterida, sendo a finasterida a única aprovada pela FDA para o
tratamento da alopecia androgenética, entretanto os inibidores da 5alfaredutase
trazem bastantes efeitos adversos que influencia diretamente na sexualidade
masculina entre eles, podemos observar a diminuição da libido, disfunção erétil,
problemas de ejaculação (LOLLI, et al. 2017).
Nesse contexto, outro grupo de substância só que naturais vem sendo
estudada e já mostram efeitos na inibição da 5alfaredutase, uma delas é o extrato
lipídico de Serenoa repens que está se mostrando bem seguro e com pouco efeitos
negativos na libido masculina (OLIVEIRA; MACHADO, 2017).
O mecanismo de ação do mesmo ainda não é bem elucidado, havendo ação
terapêutica antiandrogénica, anti-inflamatório, pró-apoptótica e antiproliferativo
mediado através da inibição de fatores de crescimento. Na alopecia androgenética ela
vem se mostrando bastante eficaz, sendo um inibidor 3 vezes mais eficaz que a
finasterida um dos principais medicamentos para o tratamento da a AAG
(WESSAGOWIT, et al 2015; OLIVEIRA; MACHADO, 2017).
Estudos comprovam que a Serenoa repens é bem mais potente do que a do
medicamento referência na AAG finasterida, extrato é três vezes mais potente que a
finasterida de 5mg, uma vez que a dose recomendada para o tratamento da AAG é
mais baixa de 1mg. Sendo observado que o extrato apresenta também efeitos anti-
inflamatório e antiedematosos e tem menos reações adversas (ZHU, H.-L 2018;
WESSAGOWIT, et al 2015).
Aminoácidos, vitaminas e minerais: Os aminoácidos são responsáveis por
formar a queratina, precisa-se de 21 aminoácidos para a formação da queratina,
proteína essa responsável por garantir elasticidade, força e resistência na fibra,
22

observando-se que alguns aminoácidos como a taurina mostrou influência em um


fator de crescimento envolvido com a AAG. (REBELO, et al.2015).
Já as vitaminas B, C E também são usadas para a formação da queratina,
sendo essenciais para a saúde capilar e o couro cabeludo fazendo com o que os fios
tenham resistência, para que haja trocas metabólicas, ajuda no crescimento, e nos
processos de cicatrização, como também reduzem o envelhecimento precoce,
promove a meia vida das células assim mantendo sua função (GUPTA, et al.2013).
Além disso, temos os minerais, o mais usado é o sulfato de zinco com comprovação
científica na inibição da produção de DHT, mas não pela inibição da 5alfaredutase e
sim, por limitar cofator Nicotinamida-Adenina-Dinucleótido-Fosfato (NADPH), esse
cofator é indispensável para a ação da 5alfaredutase (REBELO, et al.2015).
Dutasterida: Foi um medicamento primeiramente pensando e aprovado para o
tratamento da hiperplasia prostática benigna, mas foi observada ação também no
tratamento da AAG, além disso ela diminui a oleosidade do couro cabeludo, com três
meses de uso já se é possível ver resultado, mas o tratamento é feito durante seis
meses (GUPTA, et al.2014).
É um inibidor da 5alfaredutase de segunda geração que inibe as isoenzimas da
5alfaredutase tanto a I como a II, reduz os níveis séricos em 90 % em comparação a
finasterida que reduz apenas 70 %. A isoezima tipo I é encontrada em grandes
quantidades no fígado, pele e glândulas sebáceas, mas pode ser encontrada também
na próstata (DIAS, 2016; REBELO, et al.2015).
Sendo a tipo II mais abundante no fígado, porém pode ser encontrada em
pequenas quantidades na pele (GUPTA, et al.2014). Ela é um fármaco três vezes mais
potente que finasterida, mas por não ser ainda aprovado pela a FDA, a dutasterida é
prescrito off-label numa dosagem de 0,5 mg (DIAS, 2016). A dutasterida apresenta
reações adversas bem comum em inibidores da 5alfaredutase, como falta de libido,
dificuldade de ereção, e alterações de ejaculação (GUPTA, et al.2014).

3.5 TRATAMENTO GENÉTICO

Os tratamentos da alopecia androgenética, tem basicamente uma única ação


inibir a 5alfaredutase, o que resulta no tratamento sem cura uma taxa de sucesso
pequena. O tratamento genético vem como uma inovação para o tratamento da AAG
(GUPTA, et al.2014; REBELO, 2015).
23

Dessa forma, o tratamento genético tem como base identificar os genes que
estão envolvidos na AAG afim de entende-los de nível molecular e celular. Entender
a sequência genética envolvida na AAG, será uma grande inovação, trazendo grandes
benefícios para os portadores de alopecia androgenética, já que entendendo os genes
pode haver a possibilidade do surgimento de um novo tratamento, mais seguro e
eficaz (REBELO, 2015).
24

4. AÇÃO DA FINASTERIDA NA ALOPECIA

A finasterida é uma droga com potencial de aplicação em uma profusão de


desordens orgânicas. Seu uso é mais conhecido no tratamento da hiperplasia
prostática benigna (HPB), uma desordem comum resultante do aumento da próstata
(SILVA,2011). Desenvolvida para tratamento da hiperplasia benigna da próstata,
entretanto foi observado a ação dela também em pacientes calvos, tendo uma maior
eficácia em pacientes com alopecia androgenética (MACHADO; VIEIRA;
SANTAMARIA, 2018).
A mesma é um inibidor da 5alfaredutase tipo II que impede a conversão de
testosterona em dihidrotestosterona, diminuindo assim a ação androgenética que
afeta diretamente nos folículos em indivíduos do sexo masculino, a dose indicada 1
mg, sendo ela a única aprovada pelo FDA para o tratamento da alopecia
androgenética (VIEIRA, et al. 2018; LAIGNIER, et al. 2017).
A finasterida tem algumas indicações terapêuticas dependo da sua dosagem,
entre as mais estudadas temos na dosagem de 5 mg que é usada para hiperplasia
benigna da próstata, é a de 1 mg que é usada para alopecia androgenética que é
bastante eficiente, usada em pacientes do sexo masculino entre os 18 e os 41 anos,
entretanto se houver interrupção do tratamento os folículos que foram estimulados
pela finasterida, começam a cair (ALMEIDA, et al.2010; LAIGNIER, et al. 2017).
Sendo sintetizada a partir da progesterona um composto sintético 4 aza-
esteroide, sua nomenclatura química N- (1,1-Dimetiletil) -3-oxo-4-aza-5αandrost-1-
eno-17β-carboxamida, sendo sua formula molecular C23H36N2O2, possuindo massa
molar de 372.6 g/mol, é um ponto de fusão 252-254 (ALMEIDA, et al.2010, REBELO
2015). A finasterida é quase insolúvel em água e bastante solúvel em etanol e
clorofórmio, de acordo com o sistema de classificação biofarmacêutica, a finasterida
é pertence à classe 2, que é a classe de fármacos pouco solúveis e fortemente
permeável. A sua hidrofobicidade é referida pelo seu LogP (octanol/água) cujo valor é
igual a 3,03 (ALMEIDA, et al.2010).

4.1 MECANISMO DE AÇÃO

A finasterida é um análogo sintético da testosterona, que tem como principal


mecanismo de ação é inibir a 5-alfa-redutase isoezima do tipo II que é presente dos
25

folículos pilosos, próstata, vesículas seminais, epidídimo e fígado. Ela reduz em até
dois terços a conversão de testosterona em dihidrotestosterona, a finasterida não
reprimi a ação fisiológica da testosterona, ela apenas diminui a ação das
concentrações de dihidrotestosterona (CAVALCANTI, 2015; REBELO, 2015).
Desse modo, a finasterida diminui as concentrações de dihidrotestosterona em
órgãos como a próstata e couro cabeludo, sem influenciar os níveis de testosterona.
Na alopecia androgenética onde a dihidrotestosterona é a principal responsável pela
miniaturização dos folículos pilosos, a inibição de sua produção pela finasterida, leva
a diminuição da queda de cabelo (CAVALCANTI, 2015).
A finasterida é um fármaco inibidor competitivo tipo II da 5alfaredutase, uma
enzima intracelular, que converte a testosterona em dihidrotestosterona (DIAS, 2016).
A isoenzima tipo I como a tipo II 5α-redutase são encontradas nos seres humanos,
mas cada uma destas isoenzimas é expressada diferencialmente em diversos tecidos
(AHMED, TAREK, 2018). Assim, a tipo I é encontrada em grandes quantidades nas
glândulas sebáceas da maior parte das regiões de pele, incluindo o couro cabeludo,
fígado, e é responsável por aproximadamente um terço da di-hidrotestosterona
circulante (LEE, WON, et al. 2018).
Enquanto, a isoenzima do tipo II é localizada principalmente na próstata,
vesículas seminais, epidídimo, folículos de cabelo, bem como o fígado, ela é
responsável por dois terços de dihidrotestosterona circulante (CAVALCANTI, CARLA
2015). Desse modo a finasterida é 100 vezes mais seletiva para a isoenzima tipo II
5alfaredutase do que para a do tipo I (LEE, WON, et al. 2018).
A administração da finasterida é feito por via oral, tendo metabolismo hepático,
biodisponibilidade da finasterida oral é próximo de 80% seu pico de concentração
plasmático acontece entre 2 a 6 horas depois da administração oral, suas
concentrações plasmáticas máximas são alcançadas 2 horas após a ingestão, e a
absorção completa acontece após mais ou menos 6 a 8 horas, a mesma não tem sua
biodisponibilidade prejudicada por alimentos (SILVA,2011; REBELLO, 2015;
DIAS,2016).
Desse modo, a ligação a proteínas plasmáticas é de aproximadamente 93%, é
o volume da distribuição da mesma é de aproximadamente 76 litros, após a dose diária
de 1 mg por dia da finasterida a concentração plasmática máxima atinge em média
9,2 Mg/ml alcançada de 1 a 2 horas após a ingestão da dose (DIAS,2016). A mesma
é metabolizada principalmente pela subfamília 3 A4 do sistema enzimático do
26

citocromo P450, a excreção ocorre cerca de 39% na urina na forma de metabolitos, e


cerca de 57% nas fezes. A meia-vida média é de aproximadamente de 5 a 6 horas em
homens de 18 a 60 anos de idade, e de 8 horas em homens com mais de 70 (LEE,
WON, et al. 2018).
A finasterida é contraindicada em crianças, mulheres, pessoas que tenham
hipersensibilidade a algum componente da fórmula, como também em mulheres
grávidas justamente por inibir a conversão de testosterona em di-hidrotestosterona, a
finasterida pode causar anomalias nos órgãos genitais externos do feto do sexo
masculino (DIAS, 2016; LEE, WON, et al. 2018). A finasterida 1 mg é metabolizada
pelo sistema citocromo P450, porém não o afeta. O risco da finasterida afetar a
farmacocinética de outros fármacos é pequeno, mas é provável que os inibidores e
indutores do citocromo P450 3A4 afetem a sua concentração plasmática. Além disso,
de acordo com as margens de segurança estabelecidas, qualquer aumento provocado
pelo uso simultâneo desses inibidores é improvável que tenha significado clínico
(SILVA,2011; REBELO,2015).

4.2 EFEITOS COLATERAIS

Por ser um medicamento de uso continuo há muitos relatos de reações


adversas por causa do uso da finasterida 1 mg, que mesmo ainda tendo controvérsias,
os principais relatos são de ansiedade, depressão, perda de libido, disfunção erétil e
redução de fertilidade (DIAS,2016). Por haver relação do sistema límbico sobre a
libido e o comportamento sexual, pode ser possível que haja possibilidade de que
além de possui efeitos negativos no humor nos indivíduos predispostos (LAIGNIER,
et al. 2017).
Essas reações podem ser explicadas devido a insuficiência nos níveis
esteroides negativos (GUPTA, et al. 2016). Mesmo após o uso, os sintomas como a
depressão ainda persistem. Foram observados a diminuição dos níveis de
tetraidroprogesterona, isopregnenolona e de dihidrotestosterona no liquido
cefalorraquidiano, dessa forma ficou comprovado que a deficiência dos níveis de
esteroides neuroativos (LAIGNIER, et al. 2017). Sintomas como a depressão são
presentes em pacientes com alopecia androgenética tratados com finasterida em
baixa dose, apesar da descontinuação do tratamento. Esses efeitos persistentes
27

foram reconhecidos como uma possível “síndrome pós-finasterida” (GUPTA, et al.


2016).
Além disso, há uma possível disfunção sexual pelo o uso da finasterida 1mg,
mas a causa especifica de como ocorre ainda não é bem esclarecida, mas alguns
estudos relatam que os androgênios são os responsáveis para manter inatingibilidade
fundamental da dorsal peniana e nervos cavernosos. (GUPTA, et al.2016).
Dessa forma, o efeito do androgênio causada pela inibição da 5alfaredutase
contribui para a disfunção erétil. Entretendo, um estudo novo relatou que os efeitos
adversos da finasterida, podem ser persistentes por vários meses ou até mesmo anos
após descontinuação do medicamento (DIAS,2016). Muito se fala que a finasterida 1
mg também afeta a fertilidade masculina, mas um estudo conclui que a
espermatogênese não é afetada pela droga. De acordo com Steiner, Marcon (2010,
p.24).

Existem poucas evidências de que a finasterida possua um efeito negativo


no número ou morfologia dos espermatozoides. Um amplo estudo duplo-cego
e placebo controlado, envolvendo 181 homens com diagnóstico de AA,
randomizados para receber finasterida 1 mg ou placebo por 48 semanas, não
encontrou efeitos significativos na concentração de espermatozoides,
número total de espermatozoides por ejaculação, mobilidade ou morfologia
dos espermatozoides.

Alguns relatos relacionados a parâmetros seminais mostraram redução na


contagem de espermatozoides no início do tratamento com normalização desse
parâmetro depois de 52 semanas (MARY et al., 2013). Isso indica que a testosterona
por si só, pode ser suficiente para manter a espermatogênese (LAIGNIER, et al. 2017).
Estudos em homens que faziam o uso da finasterida há cinco anos, foi observado
alterações na morfologia dos espermatozoides, compatível a necrose (STEINER,
MARCON. 2010)

4.3 ASPECTOS PSICOLOGICOS RELACIONADOS AO USO DA


FINASTERIDA

O cabelo tem grande importância na vida humana desde dos primórdios do


tempo, sendo considerado por muitos excelentes adornos para o rosto, antigamente
28

era considerado como símbolo de força para homens e sedução para as mulheres.
Nos dias atuais, a vaidade em torno dos cabelos aumentou significativamente tanto
em pessoas do sexo feminino, quanto do masculino (REBELO, 2015; DIAS,2016).
A vaidade masculina é algo que vem crescendo a cada dia mais, portanto a
alopecia androgenética traz consigo sérios danos à saúde mental dos homens que
são afetados pela mesma (DIAS,2016). A AAG afeta de forma considerável a
autoestima e o psicológico de pessoas que possuem a patologia, dessa forma acabam
desencadeando crises ansiedade e depressão que são fatores que levam a
descontinuidade do tratamento (GANZER, et al., 2014).
É cada vez mais crescentes estudos em torno de tratamentos para melhorar
a qualidade de vida de pacientes com alopecia. Por ser o único medicamento
aprovado pela FDA a finasterida 1 mg é quase sempre a primeira escolha para
tratamento da alopecia androgenética, mas é de suma importância avaliar o custo
benefício do tratamento (DIAS,2016).
Desse modo, os pacientes tendem a levar os efeitos da alopecia
androgenética mais a sério que os próprios dermatologistas, é de grande importância
compreender todos os efeitos advindos da alopecia androgenética e do uso da
finasterida, para que os pacientes tenham um tratamento efetivo e saiba lidar com
efeitos adversos, sendo assim, é essencial que este paciente tenha um
acompanhamento farmacoterapêutico (GANZER, et al., 2014; REBELO, 2015).
29

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao longo dessa revisão bibliográfica, pude observar como a alopecia


androgenética é uma patologia frequente em pessoas do sexo masculino, é muito vem
sendo estudado sobre a mesma, devido ao crescimento da vaidade masculina. A
fisiopatologia da alopecia não é bem esclarecida, precisando de vários fatores para
se desenvolver como a predisposição genética, sendo considerada um desajuste de
herança autossômica dominante com penetrância variável, outros sugerem uma
herança de poligênica.
Desse modo, vários estudos estão surgindo para o tratamento da alopecia
androgenética com a finalidade de estabilizar o processo de miniaturização e
aumentar a densidade capilar, existe diversos tipos de tratamentos, como tópicos,
fitoterápicos, alternativos e cirúrgicos, dentre os mais usados existe o minoxidil que
possui uma efetividade considerável.
O medicamento de primeira escolha para o tratamento da alopecia
androgenética é a finasterida, o único aprovado pela FDA, ela age na inibição da
enzima 5alfaredutase tipo II, impedido assim a conversão de testosterona em
dihidrotestosterona, a finasterida possui duas apresentações a de 5 mg, é a de 1 mg
que é a usada no tratamento da alopecia androgenética. A finasterida possui alguns
efeitos colaterais que afetam significativamente a vida do paciente.
Enfim, é de grande importância entender a alopecia androgenética, por se tratar
de uma patologia que acomete diretamente a aparência física e muitas vezes o
psicológico do indivíduo portador da patologia, como também estudar a finasterida
que além dos seus benefícios, traz consigo uns efeitos colaterais que em alguns casos
permanecem mesmo com a descontinuação do tratamento.
30

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