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São Luís
2018
ANDRÉ FELIPE PEREIRA VALE
São Luís
2018
ANDRÉ FELIPE PEREIRA VALE
BANCA EXAMINADORA
RESUMO
ABSTRACT
Androgenetic alopecia is one of the leading causes of hair loss in both sexes, but it
significantly affects the male audience, finasteride is the only treatment approved by
the FDA, but it has adverse effects that considerably affect the patient's quality of life.
Therefore, the general objective of this literature review was to analyze the literature
review on the use of finasteride in the treatment of androgenetic alopecia. It was
necessary to: describe the pathophysiology of androgenetic alopecia; study the types
of treatments of androgenetic alopecia and; describe the action of finasteride in the
treatment of alopecia. It was developed through searches in the databases Google
academic, Scientific Electronic Library Online (Scielo) and Brazilian Society of
Dermatology (SBD), between the years 2009 to 2018, through the main descriptors:
"baldness", "alopecia androgenetica", "Hormones", "finasteride". Several studies show
that androgenetic alopecia is induced by androgens in genetically predisposed
individuals characterized by the continuous loss of follicles located in the scalp, it
depicts a baldness with high levels of androgens and an autosomal dominant
inheritance, there being several treatments as alternative, surgical, phytotherapics, as
well as finasteride the first choice drug for treatment. In this way, androgenetic alopecia
is understood as its treatment, in order to clarify the users of its action on its opponents,
to collaborate so that it has a good relationship with the treatment, as well as its quality
of life.
1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................10
2. CICLO CAPILAR E ALOPECIA ...........................................................................12
2.1 ALOPECIA ..........................................................................................................13
2.2 TIPOS DE ALOPECIAS......................................................................................14
2.3 FISIOPATOLOGIA DA ALOPECIAANDROGENÉTICA......................................16
3. TRATAMENTOS PROPOSTO PARA A ALOPECIA ANDROGENETICA...........18
3.1 TRATAMENTO TOPICOS...................................................................................18
3.2 TRATAMENTOS ALTERNATIVOS......................................................................19
3.3 TRATAMENTOS CIRUGICOS.............................................................................19
3.4 TRATAMENTOS SISTEMICOS ..........................................................................21
3.5 TRATAMENTOS GENETICOS............................................................................22
4. AÇÃO DA FINASTERIDA NA ALOPECIA............................................................24
4.1 MECANISMO DE AÇÃO......................................................................................24
4.2 EFEITOS COLATERAIS......................................................................................26
4.3 ASPECTOS PSICOLOGICOS RELACIONADOS AO USO DA FINASTERIDA..27
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................29
REFERÊNCIAS..........................................................................................................30
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1. INTRODUÇÃO
2.1 ALOPECIA
pessoas dessa raça desenvolvam a alopecia, sendo quatro vezes maior que a
população africana. Já na população asiática a prevalecia é bem menor, as pesquisas
mostram que os asiáticos só começam a desenvolver alopecias cerca de dez anos
depois dos caucasianos (SILVA, RENAN. 2011).
Entretanto, a causa da alopecia ainda não é bem esclarecida, abrangendo
assim vários fatores, como genéticos, fisiológicos, estresse, doenças autoimunes,
cancro, infeção bacterianas. A mesma é frequente em ambos os sexos, porém é mais
prevalente no sexo masculino (OLIVEIRA; MACHADO, 2017). As alopecias são
divididas em: alopecia cicatriciais e Alopecia Não-Cicatricial. Há subdivisão entre as
alopecias que seria a alopecia areata, androgenética, eflúvio telógeno, traumáticas
(por ação de produtos químicos entre outras) (NOGUEIRA, et al. 2018).
Alopecia Não-Cicatricial é diferente das demais por ser tratar de uma alopecia
reversível, não existindo a destruição do folículo piloso. Vale ressaltar ainda, que
existem vários tipos de alopecia não-cicatricial, sendo as principais a tricotilomania, o
eflúvio telógeno, alopecia areata e alopecia androgenética (OLIVEIRA; MACHADO,
2017).
Tricotilomania: É definida por uma compulsão de arrancar os cabelos, sendo
que grande parte dos casos é arrancado o os folículos de regiões parietais e vértex.
Relatos clínicos apontam que o indivíduo tem sensação de tensão antes do ato, e um
sentimento de alívio, prazer ao finalizar a ação. Em suma, essa patologia pode causar
lesões no local em que o cabelo foi arrancado, irritações cutâneas e infecções, a
predominância é maior em crianças e adolescentes do sexo feminino (FISCHER, et
al. 2018).
Eflúvio Telógeno: É definido por uma modificação no ciclo capilar, mais
precisamente na fase telogênica, caracterizada por uma perda de cabelo excessiva,
visto que pode ser provocada por uma doença sistêmica, perda de peso, deficiência
de vitaminas D, estresse emocional, deficiência de ferro, doenças inflamatórias no
couro cabeludo, e contraceptivos orais. Dessa forma, dependendo da duração dessa
queda o mesmo pode ser classificado em agudo ou crônico, tendo prevalência maior
em mulheres (OLIVEIRA; MACHADO, 2017).
Alopecia Areata: É caracterizada por uma queda dos fios onde ocorre a
paralização da sua síntese, sem destruir ou atrofiar os folículos, a sua etiologia ainda
não é bem delineada, assim para um melhor esclarecimento da mesma tem sido
realizado vários estudos ao longo dos anos. Pode estar relacionada como a
combinação de fatores, entre eles os componentes autoimunes, relacionando
principalmente a imunidade celular por intermédio dos linfócitos CD8 atuando sobre
antígenos foliculares, como também é relatado causa genética (BORGES, et al 2016).
Contudo, sua lesão tem como característica principal uma placa lisa de
colocação de pele normal, alcançando o couro cabeludo e outras áreas pilosas do
corpo. Existem cinco formas bastante conhecidas da alopecia areata que são elas:
• Areata unifocal: que é caracterizada por uma placa de formato ovalar e lisa.
• Areata multifocal: que é caracterizada por múltiplas placas no couro cabeludo.
• Areata ofiásica: é caracterizada por a perda de cabelos ocorrer na região da linha
implantação capilar temporo-occipital.
16
• Areata total: há uma perda total de cabelos do couro cabeludo, sem ocorrer
perda de pelos das demais áreas pilosas do corpo, podendo comprometer as unhas.
• Areata universal: essa alopecia há a perda total de pelos de todo o corpo,
comprometendo axilas, barbas, genitálias, bigodes, cílios e claro todo o couro
cabeludo, nela também podemos observar que a também a comprometimento das
unhas (BORGES, et al 2016).
de 1ml sobre o couro cabeludo seco, estudos comprovam que a solução de 5% tem
se mostrando mais eficaz que as demais (REBELO, 2015).
Cetoconazol: Outro medicamento que não tem a finalidade exclusiva para AAG,
mas estudos preliminares comprovam a eficácia do shampoo a base de cetoconazol
associada ao minoxidil 2% tem propriedades que atuam na inibição da 5alfaredutase
(OLIVEIRA; MACHADO, 2017). Entretanto, o mesmo possui ação antiandrogénica
capaz de tratar de forma eficaz a pitiríase, havendo a hipótese de que o cetoconazol
previne a perda de fios ao reduzir a inflamação causada pelo fungo, sendo assim,
ainda é necessário um estudo mais detalhado, para haver adequação de dose, e a
comprovação total na eficácia do uso para o tratamento da alopecia (CARVALHO, et
al, 2016).
O transplante capilar ou implante vem se mostrado muito eficaz por sua técnica
ser baseada na retirada de folículos da própria pessoa, da parte posterior da cabeça
onde não se tem o gene da calvície, e são transferidos para a área escassa de fios
(RUSTON, et al. 2014).
A técnica original tinha um método que consistia no implante de muitos fios,
devido a isso o resultado final era artificial, tendo aparência semelhante a “cabelo de
boneca”, onde o paciente não tinha o resultado final desejado, por isso foi de grande
importância o aprimoramento da técnica, como o FUT e FUE que são duas técnicas
que estão trazendo grandes avanços para a estética de portadores de AAG (COEN,
NEUMANN. 2015; NIRMAL, et al. 2013).
FUT (Transplantes de Unidades Foliculares): Eetirada de uma região com
bastante cabelo, para implantar no local afetado pela calvície, normalmente é utilizada
a parte de posterior da cabeça chamada de occipital como doadora, pois nesse local
costumeiramente não é afetado pela perda de cabelos, por não possui o gene da
calvície (RUSTON, et al. 2014). Desse modo, os folículos transplantados ficam em
repouso por 3 a 4 meses, depois desse tempo os folículos crescer normalmente, com
uma única diferença eles não sofre ação do hormônio dihidrotestosterona, desse
modo o cabelo que foi transplantado não será atingido pela calvície (NIRMAL, et al.
2013).
Por tanto, por ser uma técnica que precisa de uma grande quantidade de
cabelos, a área doadora é mais explorada, dessa forma a cicatriz é mais visível,
fazendo com que o paciente procure outros métodos (NIRMAL, et al. 2013).
FUE (Extração de Unidade Folicular): Uma técnica nova criada em 2002, que
consiste no método de enxerto colheita em que se usa um bisturi redondo, a região
doadora é a occipitotemporal para a coleta das unidades foliculares, a região doadora
fica com menos fios, mas não é perceptível, essa técnica é um aprimoramento de um
método bem antigo de 1950 (ACOSTA, RODRIGUEZ. 2017). O FUE é uma técnica
que vem sendo bastante usada, por seu fator revolucionário de permitir extrair folículo
por folículo, assim produz cicatrizes pouco perceptíveis, as cicatrizes são mais visíveis
quando o paciente usa os cabelos muito curto ou raspado, em alguns casos depois
da extração o paciente não faz mais uso de inibidores da 5alfaredutase (RUSTON, et
al. 2014).
Desse modo, a mesma vem sendo bastante indicada por cirurgiões plásticos,
dependendo do estado do couro cabeludo, por seus resultados serem bastante eficaz
21
Dessa forma, o tratamento genético tem como base identificar os genes que
estão envolvidos na AAG afim de entende-los de nível molecular e celular. Entender
a sequência genética envolvida na AAG, será uma grande inovação, trazendo grandes
benefícios para os portadores de alopecia androgenética, já que entendendo os genes
pode haver a possibilidade do surgimento de um novo tratamento, mais seguro e
eficaz (REBELO, 2015).
24
folículos pilosos, próstata, vesículas seminais, epidídimo e fígado. Ela reduz em até
dois terços a conversão de testosterona em dihidrotestosterona, a finasterida não
reprimi a ação fisiológica da testosterona, ela apenas diminui a ação das
concentrações de dihidrotestosterona (CAVALCANTI, 2015; REBELO, 2015).
Desse modo, a finasterida diminui as concentrações de dihidrotestosterona em
órgãos como a próstata e couro cabeludo, sem influenciar os níveis de testosterona.
Na alopecia androgenética onde a dihidrotestosterona é a principal responsável pela
miniaturização dos folículos pilosos, a inibição de sua produção pela finasterida, leva
a diminuição da queda de cabelo (CAVALCANTI, 2015).
A finasterida é um fármaco inibidor competitivo tipo II da 5alfaredutase, uma
enzima intracelular, que converte a testosterona em dihidrotestosterona (DIAS, 2016).
A isoenzima tipo I como a tipo II 5α-redutase são encontradas nos seres humanos,
mas cada uma destas isoenzimas é expressada diferencialmente em diversos tecidos
(AHMED, TAREK, 2018). Assim, a tipo I é encontrada em grandes quantidades nas
glândulas sebáceas da maior parte das regiões de pele, incluindo o couro cabeludo,
fígado, e é responsável por aproximadamente um terço da di-hidrotestosterona
circulante (LEE, WON, et al. 2018).
Enquanto, a isoenzima do tipo II é localizada principalmente na próstata,
vesículas seminais, epidídimo, folículos de cabelo, bem como o fígado, ela é
responsável por dois terços de dihidrotestosterona circulante (CAVALCANTI, CARLA
2015). Desse modo a finasterida é 100 vezes mais seletiva para a isoenzima tipo II
5alfaredutase do que para a do tipo I (LEE, WON, et al. 2018).
A administração da finasterida é feito por via oral, tendo metabolismo hepático,
biodisponibilidade da finasterida oral é próximo de 80% seu pico de concentração
plasmático acontece entre 2 a 6 horas depois da administração oral, suas
concentrações plasmáticas máximas são alcançadas 2 horas após a ingestão, e a
absorção completa acontece após mais ou menos 6 a 8 horas, a mesma não tem sua
biodisponibilidade prejudicada por alimentos (SILVA,2011; REBELLO, 2015;
DIAS,2016).
Desse modo, a ligação a proteínas plasmáticas é de aproximadamente 93%, é
o volume da distribuição da mesma é de aproximadamente 76 litros, após a dose diária
de 1 mg por dia da finasterida a concentração plasmática máxima atinge em média
9,2 Mg/ml alcançada de 1 a 2 horas após a ingestão da dose (DIAS,2016). A mesma
é metabolizada principalmente pela subfamília 3 A4 do sistema enzimático do
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era considerado como símbolo de força para homens e sedução para as mulheres.
Nos dias atuais, a vaidade em torno dos cabelos aumentou significativamente tanto
em pessoas do sexo feminino, quanto do masculino (REBELO, 2015; DIAS,2016).
A vaidade masculina é algo que vem crescendo a cada dia mais, portanto a
alopecia androgenética traz consigo sérios danos à saúde mental dos homens que
são afetados pela mesma (DIAS,2016). A AAG afeta de forma considerável a
autoestima e o psicológico de pessoas que possuem a patologia, dessa forma acabam
desencadeando crises ansiedade e depressão que são fatores que levam a
descontinuidade do tratamento (GANZER, et al., 2014).
É cada vez mais crescentes estudos em torno de tratamentos para melhorar
a qualidade de vida de pacientes com alopecia. Por ser o único medicamento
aprovado pela FDA a finasterida 1 mg é quase sempre a primeira escolha para
tratamento da alopecia androgenética, mas é de suma importância avaliar o custo
benefício do tratamento (DIAS,2016).
Desse modo, os pacientes tendem a levar os efeitos da alopecia
androgenética mais a sério que os próprios dermatologistas, é de grande importância
compreender todos os efeitos advindos da alopecia androgenética e do uso da
finasterida, para que os pacientes tenham um tratamento efetivo e saiba lidar com
efeitos adversos, sendo assim, é essencial que este paciente tenha um
acompanhamento farmacoterapêutico (GANZER, et al., 2014; REBELO, 2015).
29
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
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