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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS DO MARANHÃO –


UNIFACEMA
CURSO BACHARELADO EM FISIOTERAPIA

ADOALDO LOPES VERNECK FILHO

BENEFÍCIOS DO MICROAGULHAMENTO NO TRATAMENTO DA ALOPECIA


ANDROGENÉTICA EM INDIVÍDUOS DO SEXO MASCULINO: UMA ABORDAGEM DO
PROCEDIMENTO PELOS PROFISSIONAIS ESPECIALIZADOS: revisão bibliográfica

CAXIAS – MA
2019
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ADOALDO LOPES VERNECK FILHO

BENEFÍCIOS DO MICROAGULHAMENTO NO TRATAMENTO DA ALOPECIA


ANDROGENÉTICA EM INDIVÍDUOS DO SEXO MASCULINO: UMA ABORDAGEM DO
PROCEDIMENTO PELOS PROFISSIONAIS ESPECIALIZADOS: revisão bibliográfica

Trabalho monográfico a ser apresentando como trabalho


de conclusão de curso -TCC, á coordenação do curso de
bacharelado em fisioterapia do centro universitário de
ciências e tecnologia do maranhão-UNIFACEMA-como
requisito parcial á obtenção do grau de bacharel de
fisioterapia.
Orientador: Prof.º Msc. Rodrigo Santos Cruz

CAXIAS – MA
2019
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ADOALDO LOPES VERNECK FILHO

BENEFÍCIOS DO MICROAGULHAMENTO NO TRATAMENTO DA ALOPECIA


ANDROGENÉTICA EM INDIVÍDUOS DO SEXO MASCULINO: UMA ABORDAGEM DO
PROCEDIMENTO PELOS PROFISSIONAIS ESPECIALIZADOS: revisão bibliográfica

Trabalho monográfico apresentado como Monografia de Final de Curso , á Coordenação do


Curso de Bacharelado em Fisioterapia do Centro Universitário de Ciencias e Tecnologia do
Maranhão-UNIFACEMA-,a ser submetido á banca examinadora, como requisito parcial á
obtenção do grau de Bacharel em Fisioterapia

DATA DE APROVAÇÃO:___________de__________________de__________

BANCA EXAMINADORA
_______________________________________________________________
Msc.Rodrigo Santos Cruz

_______________________________________________________________
Msc.Karla Rakel Gonçalves Luz

_______________________________________________________________
Msc.Carlos Antonio da Luz Filho
4

Dedico este trabalho, a Deus,


minha eterna fonte de alegria e
paz. À minha família que sempre
esteve do meu lado acreditando
nesse maravilhoso sonho.
5

“Porque dele e por ele, e


para ele, são todas as
coisas; glória, pois, a ele
eternamente. Amém.”
Romanos 11:36
6

AGRADECIMENTOS

Agradeço, primeiramente, a Deus pelo sua infinita


graça e misericórdia em minha vida e família e por permitir
chegar até aqui. À minha família que acreditou em meus sonhos,
e de toda a dedicação, paciência e colaboração diretamente
para esse sonho que hoje se torna realidade.
Há pessoas que Deus coloca em nossas vidas que
vêm para trazer alegria e paz que só Ele tem para dar.
Agradeço minha irmã que me ajudou muito nessa jornada e
minha mãe e pai que acreditaram nesse sonho mesmo tudo
parecendo difícil. A meu irmão e cunhada pela suas
orações e pastores que cuidaram de mim e da minha
família. Às pastoras Thania Damasceno, Vanessa Oliveira,
Maria José e pastores Adeildo Oliveira, Carlos Renan por
terem me ajudado e acreditado juntos nesse sonho vindo
direto do coração de Deus para minha vida.
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RESUMO

A Alopecia Androgenética (AAG) é uma patologia que se manifesta fisiologicamente


em indivíduos que apresentam predisposição. Possui influência dos androgênios,
que começam a aparecer durante as transformações hormonais ocorridas na
adolescência. Suas causas mais frequentes são hereditariedade e hormônios
masculinos, podendo também receber outras influências como má alimentação,
estresse, uso excessivo de produtos químicos, oleosidade em excesso, carência de
vitaminas, anemia, lúpus, menopausa, distúrbios da tireoide, assim como situações
relacionadas a cirurgias, parto, quimioterapia, que são causadores passageiros e
reversíveis. O cabelo é oriundo do folículo piloso. O corpo humano está repleto de
folículos pilosos, estando estes distribuídos em números razoavelmente uniformes
por quase todo o corpo. O folículo piloso sofre modificações durante o ciclo do pelo,
passando pelas fases anágena, catágena e telógena. O folículo piloso pode ser
acometido de distúrbios, como alopecia e hirsutismo. A alopecia é descrita como a
redução ou perda da espessura do cabelo de maneira anormal. A alopecia pode ser
diferenciada entre cicatricial ou não-cicatricial. A Alopecia Androgenética está
classificada como não-cicatricial. Dentre os tratamentos para Alopecia encontra-se o
minoxidil, finasteride, alfatradiol, cetaconazol, melatonina e microagulhamento.
Microagulhamento consiste na estimulação de colágeno através da produção de
feridas cutâneas. Sua finalidade é revitalizar os folículos que foram danificados. É
indicado para pacientes em estágio inicial. O método utilizado foi a pesquisa
bibliográfica, através do uso de materiais impressos e eletrônicos. De acordo com os
estudos realizados foi possível concluir que a técnica do microagulhamento
demonstra grande eficácia e benefícios em relação a outros tratamentos da Alopecia
Androgenética.

Palavras-chave: Alopecia Adrogenética, Folículo piloso, Microagulhamento,


Fisioterapia
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ABSTRACT

Androgenetic Alopecia (AGA) is a pathology that manifests itself physiologically in


individuals with predisposition. It has the influence of androgens, which begin to
appear during hormonal transformations that occurred in adolescence. Its most
common causes are heredity and male hormones and may also be influenced by
poor diet, stress, overuse of chemicals, excess oiliness, vitamin deficiency, anemia,
lupus, menopause, thyroid disorders, as well as conditions related to surgeries,
childbirth, chemotherapy, which are transient and reversible causes. The hair comes
from the hair follicle. The human body is full of hair follicles, which are distributed in
fairly uniform numbers throughout the body. The hair follicle changes during the hair
cycle, passing through the anagen, catagen and telogen phases. The hair follicle
may be Affected by disorders such as alopecia and hirsutism. Alopecia is described
as abnormally thinning or thinning hair. Alopecia can be distinguished between scar
and non-scar. Androgenetic Alopecia is classified as non-healing. Treatments for
Alopecia include minoxidil, finasteride, alfatradiol, ketaconazole, melatonin and
microneedling. Microagulching is the stimulation of collagen through the production of
skin wounds. Its purpose is to revitalize the follicles that have been damaged. It is
indicated for early stage patients. The method used was bibliographic research
through the use of printed and electronic materials. According to the studies it was
possible to conclude that the microneedling technique demonstrates great efficacy
and benefits in relation to other treatments of Androgenetic Alopecia.

Keywords: Adrogenetic Alopecia, Hair Follicle, Microagulching, Physiotherapy


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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO........................................................................................................11
2 REFERENCIAL TEÓRICO......................................................................................14
2.1 Anatomofisiologia do folículo
capilar...............................................................14
2.2 Distúrbios do folículo
piloso..............................................................................18
2.3 Alopecia...............................................................................................................19
2.4 Alopecia
Androgenética.....................................................................................25
2.4.1 Grau da calvície em
homens...........................................................................27
2.5 Tratamento para
Alopecia..................................................................................28
2.5.1 Minoxidil...........................................................................................................29
2.5.2
Finasteride........................................................................................................29
2.5.3 Alfatradiol.........................................................................................................30
2.5.4
Cetaconazol .....................................................................................................30
2.5.5 Melatonina .......................................................................................................30
2.5.6 Microagulhamento ..........................................................................................30
3
METODOLOGIA......................................................................................................31
4 RESULTADO E
DISCUSSÕES ..............................................................................33
4.1 Benefícios do Microagulhamento no tratamento da AAG em indivíduos
do sexo
masculino....................................................................................................33
4.1.1 Profissionais especializados..........................................................................37
CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................................40
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................42
10

LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Fases do Ciclo
Capilar ............................................................................17
Figura 2 - Escala de Hamilton-
Norwood.................................................................26
11

1 INTRODUÇÃO
Esta é uma pesquisa monográfica que representa como temática os
benefícios do microagulhamento no tratamento da Alopecia Androgenética em
indivíduos do sexo masculino: uma abordagem do procedimento pelos profissionais
especializados. A hipótese sugere que o microagulhamento é eficaz no tratamento
da alopecia androgenética masculina trazendo a indução de colágeno e de outras
fibras naturais na pele, bem como o espessamento da epiderme, pois a técnica é
minimamente invasiva e oferece resultados após uma sequência de aplicações em
intervalos regulares.
O objetivo geral proposto é analisar os benefícios do microagulhamento no
tratamento da calvície. Os objetivos específicos são: descrever a calvície; elencar e
descrever os principais fatores relacionados à calvície; apresentar as características
da técnica do microagulhamento, bem como os seus benefícios; identificar os casos
em que a técnica do microagulhamento pode ser recomendada em indivíduos do
sexo masculino calvos; listar os profissionais especializados que realizam o
procedimento do microagulhamento e descrever as diferenças na atuação de cada
um.
O cabelo é um órgão do corpo humano que possui importantes funções, que
ultrapassam o funcionamento fisiológico, alcançando questões sociais e culturais.
Fisiologicamente, atua com a função de proteger, regular, renovar e regenerar
tecido. Sendo assim, protege a cabeça de raios solares, funcionando como isolante
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térmico. Está ligado a sistemas do corpo tais como o circulatório, o imunológico e o


nervoso. Algumas doenças podem ser percebidas a partir de sintomas que se
manifestam no cabelo, demonstrando assim a importância da manutenção da saúde
desse órgão (COSTA,2016).
A formação do folículo piloso, pequeno órgão no qual se origina o cabelo, se
dá ainda durante a vida embrionária, entre a oitava e a décima segunda semana de
gestação. Assim, possui características relacionadas à hereditariedade e à etnia. De
um modo geral, cada ser humano possui aproximadamente cinco milhões de
folículos pilosos, estando distribuídos em uma quantidade que varia entre oitenta mil
a cento e cinquenta mil no couro cabeludo. O crescimento do cabelo obedece ao
ciclo de regeneração dos folículos, não ocorrendo portanto, de forma contínua.
Geralmente, os distúrbios relacionados ao crescimento do cabelo estão ligados a
alterações no comportamento do folículo capilar (REBELO, 2015).
Considerando o ciclo de vida do cabelo, pode-se afirmar que possui três
fases, a saber: crescimento, repouso e queda. O fio permanece em crescimento e
após um curto período de repouso, vem a cair em seguida, sendo substituído por um
novo fio que repetirá o ciclo. Sendo assim, é considerado normal um indivíduo
perder cerca de cinquenta a cem fios de cabelo por dia, sem que por isso venha a
desenvolver alopecia (CIRILLO, 2016).
A Alopecia Androgenética, de acordo com a Sociedade Brasileira de
Dermatologia (SANCHES, 2017), caracteriza-se pela perda capilar progressiva,
podendo afetar homens e mulheres. Essa patologia tem início com a chegada da
adolescência, tendo relação com o surgimento dos estímulos hormonais
característicos desta fase. Entretanto, de um modo geral, só torna-se evidente com o
decorrer do tempo, vindo a mostrar-se aparente por volta dos 40 a 50 anos. É
importante ressaltar, que apesar de o termo “andro” estar relacionado ao hormônio
masculino, quando efetuados exames de sangue, na maioria das vezes, os níveis
hormonais se mostram normais nesses casos.
Dentre os sintomas da alopecia androgenética, o mais frequente é o chamado
afinamento dos fios, no qual os cabelos tornam-se gradualmente ralos, o que,
consequentemente também gera o aparecimento do couro cabeludo. Nos homens
as áreas mais evidentes são a coroa e a região frontal, enquanto que nas mulheres,
é a região central (GARMONAL,1999).
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No que diz respeito às causas, pode-se dizer que são duas as mais
frequentes: hereditariedade e hormônios masculinos. Outros fatores podem
desencadear a queda progressiva dos cabelos, tais como má alimentação, estresse,
uso excessivo de produtos químicos, oleosidade em excesso, carência de vitaminas,
anemia, lúpus, menopausa, distúrbios da tireoide, assim como situações
relacionadas a cirurgias, parto, quimioterapia, que são causadores passageiros e
reversíveis (GARMONAL,1999).
A cura para alopecia é relativa, dependendo dos fatores que contribuíram
para seu desenvolvimento. Para que se possa realizar um tratamento, faz-se
necessário um diagnóstico. Existem alguns tratamentos que visam amenizar e/ou
solucionar a queda do cabelo, como por exemplo microagulhamento, terapia com
laser, transplante capilar, extração de unidades foliculares (FUE), transplante de
unidade folicular (FUT), aparelhos de uso doméstico, implantes capilares.
(SANCHES, 2017)
Faz-se também o uso de medicamentos específicos, com a finalidade de
reduzir as falhas já existentes causadas pela alopecia, bem como evitar o
surgimento de novas falhas, através do estímulo do crescimento capilar. Dentre
essas substâncias pode-se citar: acetato de ciproterona, alfaestradiol,
betametasona. Entre os mais populares estão: finasterida, Minoxidil, pantogar,
antralina, entre outros.
Dentre os profissionais habilitados para tratar esse distúrbio, pode-se
mencionar uma variedade, abrangendo tanto a área da saúde como da estética, tais
como: fisioterapeuta, dermatologista, biomédico, esteticista.
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2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Anatomofisiologia do folículo capilar
De acordo com Rebelo (2015), o corpo humano está repleto de folículos
pilosos, estando estes distribuídos em números razoavelmente uniformes por quase
todo o corpo. As áreas que apresentam a ausência desses pequenos órgãos são as
palmas das mãos e pés, bem como a região dos pequenos lábios nas mulheres e
glande peniana nos homens. Como já supracitado em capítulo anterior, a formação
do folículo ocorre ainda na fase embrionária, dando-se entre o segundo e o quinto
mês de vida do feto. Essa formação acontece dividida em três fases distintas, sendo
elas: indução, organogênese e citodiferenciação.
Na primeira fase denominada de indução, ocorre o espessamento das células
epiteliais. Na fase de organogênese, as células epiteliais induzem a multiplicação
das células dérmicas subjacentes, dando origem a um condensado dérmico. Na
citodiferenciação, por sua vez, o condensado dérmico é envolvido com células
epiteliais foliculares e gera-se assim a papila dérmica, ou folículo piloso primário. A
esse conjunto formado por folículo piloso, músculo piloeretor e glândula sebácea,
dá-se o nome de unidade pilossebácea.
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O primeiro cabelo a ser formado, quando o embrião ainda encontra-se no


interior do útero materno, é o Lanugo. Esse cabelo apresenta-se como um tipo de
cabelo fino, macio, sutilmente pigmentado, sem medula, sendo a medida do seu
diâmetro inferior a trinta micrômetros e comprimento maior do que dois centímetros
(REBELO,2015). Os Lanugos são descartados por volta da trigésima sexta semana
da gestação.
Após o nascimento do Lanugo, dá-se a formação do cabelo Velo, que possui
as mesmas características do anterior, porém mostra-se mais curto e não atinge a
camada subcutânea adiposa, alcançando apenas até a derme reticular. Nesta fase
já é possível existir entre sete a vinte e cinco por cento da totalidade do cabelo.
Após o nascimento da criança, tem-se o cabelo Intermédio, que cresce a
partir do couro cabeludo, caracterizado por uma cutícula áspera, pigmentação
dispersa e medula fragmentada ou ausente. No decorrer do amadurecimento, esse
folículo sofre modificações morfológicas, decorrentes também da presença dos
androgênios, surgindo assim o chamado cabelo Terminal, que demonstra
pigmentação, sendo maior e mais grosso. Seu diâmetro é superior a sessenta
micrômetros e seu folículo atinge a derme profunda.
O folículo piloso está localizado na derme, estando associado ao músculo
eretor. Ressalta-se que é um dos poucos tecidos humanos enriquecidos em células
germinativas (COSTA,1990). A parte localizada na extremidade inferior do pelo é a
papila dérmica, sendo esta um elemento fundamental para o cabelo, considerando
que o afluxo sanguíneo originado do organismo se faz através da mesma.
Ainda em se tratando do folículo piloso, de acordo com Brauer (2010), é
constituído por três partes: a porção inferior, a porção média e a porção superior. A
primeira abrange da base até a introdução do músculo eretor do pelo. É composta
por cinco porções essenciais: a papila pilosa dérmica, a matriz do pelo; o pelo,
composto por medula, córtex e cutícula; a bainha radicular interna, composta por
bainha radicular interna, camada de Huxley e camada de Henle; e por fim, a bainha
radicular externa.
A porção média, também denominada istmo, é bastante curta,
compreendendo a região que vai desde a introdução do músculo eretor do pelo até a
entrada do canal sebáceo. E por fim, a porção superior, também chamada de
infundíbulo, que percorre desde a entrada do canal sebáceo até o orifício folicular.
16

O folículo piloso sofre modificações durante o ciclo do pelo, como afirma


Brauer:
O aspecto histológico do folículo piloso modifica-se consideravelmente
durante o ciclo do pelo, mudando de pelo anágeno para pelo catágeno, a
seguir para pelo telógeno e, finalmente, para um novo pelo anágeno. No
couro cabeludo adulto, a fase anágena - fase de crescimento ativo – dura
pelo menos três anos, a catágena – fase de regressão – dura cerca de três
semanas e a telógena – período de repouso – cerca de três meses. Em um
momento qualquer, aproximadamente 84% dos pelos do couro cabeludo
estão no estado anágeno, 2% em catágeno e 14% em telógeno. Admitindo-
se que há 100 a 150 mil folículos no couro cabeludo, e considerando-se que
cerca de 10% deles estão em fase de respouso, por aproximadamente 100
dias, alguns autores consideram normal a eliminação média de até 100
cabelos por dia. (BRAUER, 2010, p.320).
De acordo com Rebelo (2015), esse ciclo supracitado pode ser percebido em
todos os pelos do corpo, embora haja diferenças no tocante à duração do ciclo e
quanto ao comprimento dos pelos, que apresenta variação conforme a região em
que estão localizados.
A fase chamada anágena, também definida como fase de crescimento, é
aquela em que o cabelo cresce ativamente em decorrência da grande atividade
celular. É a fase incial do ciclo, quando o pelo cresce, engrossa e pigmenta,
conforme Garmonal (1999), atingindo uma média de crescimento de trinta e cinco
milímetros por dia ou cerca de um centímetro em vinte e oito dias. A duração dessa
fase nos folículos do couro cabeludo está sujeita a fatores genéticos, tendo uma
média de duração de três anos, podendo variar num período que vai de dois a seis
anos. A taxa de crescimento diminui com o aumento da idade.
Em áreas como cílios e sobrancelhas essa fase tem menor duração,
alcançando o período de trinta dias, sendo a fase telógena sua fase mais longa,
razão pela qual os pelos mostram-se menos compridos.
A segunda fase é a denominada catágena, entendida como uma fase de
transição, na qual os pelos cessam o crescimento e iniciam o processo de
substituição. Trata-se de uma fase de curta duração, alcançando o período de duas
a três semanas. Uma pequena porcentagem do total da população pilosa encontra-
se nesse estágio, contando apenas com três por cento, enquanto na fase anágena
essa porcentagem alcança oitenta e cinco por cento dos folículos presentes no
couro cabeludo.
A fase final, que encerra o ciclo do pelo é a intitulada como telógena. Durante
essa fase, há a conclusão do processo mitótico de crescimento, caracterizando
assim o fim do ciclo do pelo. Essa fase tem duração de cerca de três meses. A
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porcentagem de pelos incluídos nessa fase varia de dez a quinze por cento. Após
esse estágio, o pelo é expelido para então ser substituído por um novo pelo.
Diferente do couro cabeludo, esta fase no que diz respeito aos pelos dos braços e
pernas, sobrancelhas e cílios é mais longa.

Pode-se observar o ciclo capilar na figura abaixo:


Figura 1- Fases do ciclo capilar

Fonte: SILVA, 2011, p.12.

Ressalta-se que o número de folículos pilosos possui número fixo, portanto,


não ocorrendo surgimento de novos folículos no indivíduo. Estima-se que haja
aproximadamente de cem mil a cento e cinquenta mil fios no couro cabeludo
(GARMONAL,1999), independente de fatores como sexo e etnia. E com o
envelhecimento, esses folículos sofrem diminuição em seu número.
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O crescimento do cabelo acontece numa velocidade de 0,3 milímetros por dia,


variando de acordo com a área de crescimento do couro cabeludo, podendo chegar
em algumas delas a dez centímetros por ano. De acordo com Nogueira (2018,
p.622), a queratina é a proteína encontrada com mais abundância no cabelo. Sua
estrutura está organizada segundo a divisão em três camadas, sendo elas medula,
córtex e cutícula.
A camada mais interna é a medula, estando o córtex localizado ao seu redor,
responsável pela cor e elasticidade dos fios, composto pela queratina. E as cutículas
são a parte mais externa, caracterizada pelas células sobrepostas, com aspecto de
escamas.
De acordo com Garmonal (1999), o padrão de crescimento piloso do ser
humano é chamado de mosaico, posto que ocorre que ao mesmo tempo em que os
fios crescem em determinada área, em outros estão caindo para serem substituídos.
Devido a essa dinâmica, esse processo torna-se imperceptível.
Existem alguns fatores que podem desencadear mudanças no ciclo piloso. A
gravidez, por exemplo, devido às mudanças hormonais que ocorrem, torna a fase
anágena mais duradoura e após o parto, dada a queda nas taxas de hormônios
como progesterona e estrógeno, conduz vários folículos para a fase catágena,
aumentando também a fase telógena, o que desencadeia a queda dos fios
denominada eflúvio telógeno. Fatores como medicamentos, distúrbios da tireoide,
hormônios adrenocorticais também influenciam no ciclo.
Brauer (2010, p.321) afirma ainda que os “fatores reguladores do ciclo piloso
são desconhecidos, admitindo-se a influência de condições intrínsecas ao folículo e
fatores sistêmicos, nutricionais, emocionais e especialmente hormonais, andrógenos
em particular”.

2.2 Distúrbios do folículo piloso


Ainda segundo Rebelo (2015), pode-se citar vários distúrbios relacionados ao
folículo piloso, apontando como principais o hirsutismo e a alopecia. O hirsutismo se
caracteriza pelo crescimento em excesso de pelos em mulheres adultas em áreas
tipicamente masculinas como queixo, lábio superior, costas, abdômen e seios. É
causado pelo aumento dos níveis de androgênio. Costuma ser uma patologia
19

acompanhada de resistência à insulina e infertilidade, provocando também


irregularidades no ciclo menstrual.
A alopecia é descrita como a redução ou perda da espessura do cabelo de
maneira anormal. Os fatores que podem desencadeá-la estão associados ao mau
funcionamento endógeno, bem como pré-disposição genética, doenças autoimunes,
cancro e infecções microbianas. Pode ocorrer a perda total ou parcial, prematura ou
senil, temporária ou definitiva, atingindo pelos ou cabelos. É indolor, embora possa
causar desconfortos como irritação da pele, e problemas como perda de cílios. Suas
consequências físicas estão mais relacionadas à estética, podendo desencadear
adversidades como altos níveis de ansiedade e depressão.
Pode-se mencionar também a foliculite, que se trata de uma infecção
bacteriana dos folículos pilosos. Suas causas são incertas, mas fatores como
transpiração, trauma, fricção e obliteração da pele podem maximizar a infecção. O
agente patogênico pode ser fúngico, viral ou parasítico. Caracteriza-se pelo
aparecimento de pústulas na superfície ou nódulos inflamatórios em torno do folículo
piloso. Seus sintomas são dor de intensidade leve, irritação e prurido. A acne é um
tipo de foliculite não infecciosa.

2.3 Alopecia
Como mencionado anteriormente, Alopecia, no conceito de Rebelo (2015,
p.9) “é uma doença dermatológica inflamatória crônica comum que afeta os folículos
pilosos”. Macedo (apud CIRILLO,2016 p.4) considera que a perda de cabelo
patológica é aquela que se caracteriza pela queda de pelo menos mais de cem fios
por dia. Borges (apud CIRILLO, 2016, p.4) afirma que qualquer perda de cabelo ou
pelos, seja definitiva ou temporária pode ser classificada como alopecia.
Conforme Borges (apud Nogueira, 2018, p.623), a palavra alopecia tem por
significado a diminuição dos pelos ou cabelo, seja essa de forma intensa ou leve.
Pode ser classificada quanto à sua origem e agressão aos folículos pilosos, em
cicatricial e não cicatricial.
Por sua vez, essa classificação está subdividida em cicatriciais e não-
cicatriciais. As alopecias cicatriciais estão subdivididas em congênitas, infecciosas,
neoplasias, agentes físicos e dermatoses de origem incerta e síndromes
(GARMONAL, 1999, p.122). Dentre as congênitas pode-se citar: aplasia cútis
20

congênita; cútis vértice girafa; ceratrose pilar decalvante; mucinose folicular; ictiose
ligada ao x; nevo epidérmico; incontinência pigmentar; doença de darier;
epidermólise bolhosa recessiva; displasia fibrosa poliostótica; síndrome de Conradi.
As infecciosas são: bactérias- foliculite decalvante; fungos tinha favosa, kerion
celsi; protozoários; vírus herpes. As neoplasias são: carcirnoma basocelular;
carcinoma espinocelular, metástases, linfomas, tumores de anexos. Os agentes
físicos são: trauma mecânico, queimaduras, radiação, cáusticos, dentre outros.
As dermatoses de origem incerta e síndromes podem ser: lúpus eritematoso;
líquen plano; sarcoidose; esclerodermia; líquen esclero-atrófico; necrobiose lipoídica;
penfigóide cicatricial; mucinose folicular; foliculite queloideana da nuca,
pseudopelada de Brocq, foliculite abscedante e supurativa, alopecia lipedematosa,
amiloidose. De acordo com Brauer (2010, p.323) Alopecia cicatricial “é um grupo de
desordens caracterizado por destruição permanente do folículo, com perda
irreversível do cabelo”.
A destruição do folículo pode se dar de formas primárias ou secundárias. A
primeiras são aquelas cujas causas são desconhecidas. Brauer (2010) considera um
grupo cujo conhecimento é menos aprofundado e cuja classificação se mostra
confusa. Encontra-se neste grupo: pseudopelada, foliculite queloidiana da nuca,
alopecia parvimacularis, liquen planopilar, síndrome da degeneração folicular e
foliculite decalvante.
O autor cita como causas da alopecia cicatricial secundária:
Algumas genodermatoses, como aplasia cútis, doença de
Darier,epidermolise bolhosa, incontinência pigmentar, ictioses, hemiatrofia
facial (Parry-Romberg), nervo epitelial e poroceratose de Mibelli;agentes
físicos como traumatismos, queimaduras e radiodermatites; infecções, entre
elas o herpes-zóster e a varicela, as piodermites, a tuberculose, a sífilis, a
leishmaniose e as micoses; e os tumores, como carcinomas baso e
espinocelular, tumores de anexos, tumores metastáticos e linfomas. A
alopecia cicatricial pode também ser observada com outras doenças, como
celulite eosinofílica, dermatomiosite, líquen escleroso e atrófico,alopecia
mucinosa, esclerodermia, lúpus eritematoso, mastocitose, pioderma
gangrenoso, sarcoidose, necrobiose lipoídica e penfigoide cicatricial.
(BRAUER, 2010, p.323)

Ainda de acordo com Brauer (2010), há diversas classificações de alopecia


cicatricial primária. Essas classificações responderam a quesitos de análise como
tempo de início da patologia, particularidades clínicas e patológicas, entre outros.
Em 2001, um grupo de estudiosos de cabelo, patologistas, e investigadores,
como o aval da Sociedade Norte-Americana de Pesquisa do Cabelo
(NAHRS), emitiu uma opinião de consenso na classificação de alopecias
cicatriciais primárias. A divisão está baseada no tipo de célula inflamatória
21

principal (linfocítica, neutrofílica) presente em espécimes de biópsia de


couro cabeludo, lesos clinicamente ativas. Desordens que não podem ser
categorizadas adequadamente são designadas como não específicas.
(BRAUER, 2010, p.324)

Essa classificação está organizada em Linfocitárias, neutrofílicas e não


específicas. Na primeira categoria estão: lúpus eritematoso cutâneo crônico; líquen
planopilar; alopecia frontal fibrosante; síndrome Graham-Littlea; pseudopelada de
Brocq; alopecia cicatricial central centrífuga; alopecia mucinosa.
Na categoria neutrofílicas encontram-se:foliculite decalvante; perifoliculite
capitis abscendens et suffodiens; associações neutrofílicas, acne queloidiana da
nuca; foliculite (acne) necrótica; dermatose pústuloerosiva do couro cabeludo.
O lúpus eritematoso discoide (LED) consiste de acordo com Brauer (2010) em
uma patologia bastante desconhecida, sendo caracterizada pela presença de fatores
desencadeadores que resultam da interação genética, ambiental a fatores
individuais. Atinge mais a população das mulheres do que de homens, não havendo
comprovação de que haja predisposição com base na etnia.
Essa patologia apresenta o aparecimento de uma pápula eritematosa ou uma
pequena placa eritematosa. De maneira geral, o couro cabeludo é o primeiro local a
ser acometido. As consequências são deformação cosmética, ulceração e
carcinoma espinocelular (BRAUER, 2010).
O líquen planopilar é apresentado como uma doença rara caracterizada pela
presença de líquen plano, pápulas foliculares espinhosas e acuminadas e alopecia
cicatricial que se assemelha à da pseudopelada de Broq (BRAUER, 2010)..
A pseudopelada de Broq possui origem desconhecida e é um distúrbio pouco
frequente. Geralmente seu começo apresenta focos múltiplos, que podem se
espalhar gradualmente ou perdurar localizados. Não demonstra ocorrência de
inflamação, as áreas de alopecia mostram-se lisas, brilhantes, atróficas e sem
contornos precisos. Ressalta-se que não existe tratamento eficaz para essa
patologia, embora possa acontecer cura espontânea (BRAUER, 2010)..
A dermatose pústuloerosiva do couro cabeludo se caracteriza pelo
aparecimento de lesões pústuloerosivas no couro cabeludo, afetando mulheres
brancas idosas. Trata-se de acometimento evolutivo de etiologia desconhecida,
podendo evoluir no decurso de meses ou anos. Há a presença de microorganismos
como cândida, staphylococcus. O tratamento acontece através do uso de
22

antibióticos, quimioterapias, corticoides, de acordo com o agente contaminante


(BRAUER, 2010)..
A foliculite decalvante também é descrita como um acometimento raro, que se
caracteriza pelo surgimento de inflamação folicular com área de alopecia cicatricial.
A diferença em relação à pseupelada é a existência de foliculite. Os exames
manifestam a presença de estafilococos e estreptococos, no entanto, esses
microorganismos aparecem como invasores secundários. A área afetada é
principalmente o couro cabeludo, notando-se a presença de pústulas nas bordas da
área lesionada. Frisa-se que essa inflamação causa destruição do folículo e alopecia
permanente. O tratamento, apesar de demonstrar pouca eficácia, é realizado através
de antibióticos e corticoides (BRAUER, 2010)..
A foliculite queloidiana da nuca é progressiva, demonstrando evolução por
anos. Apresenta lesões queloidiformes, afetando principalmente a região occipital.
Seu tratamento, pouco eficaz, é realizado com antibióticos, frequentemente havendo
necessidade de realização de cirurgia para remover a área afetada. Essa patologia
tem maior ocorrência em homens adultos negros (BRAUER, 2010)..
A alopecia parvimacularis também é uma patologia rara, tendo sua ocorrência
em surtos, seja em escolas ou na família dos pacientes. Caracteriza-se pela
presença de placas lineares ou irregulares de alopecia, de rápida instalação. Existe
a possibilidade de cura espontânea em alguns pacientes (BRAUER, 2010)..
As alopecias não cicatriciais estão associadas a anormalidades no ciclo
capilar, havendo portanto possibilidade de reversibilidade, já que permanece a
conservação do folículo piloso. Estão classificadas em: androgenética; areata,difusa,
eflúvio telógeno, eflúvio anágeno, sífilis, traumática, pressão, dermatofitoses, drogas,
tricotilomania, síndromes hereditárias com alopecia não cicatricial.
Gamonal (1999, p.123) afirma que:
Os defeitos da haste do pelo podem ser de origem hereditária ou
associados a doenças metabólicas. Os pelos são, geralmente frágeis e
suscetíveis a pequenos traumas, causando problemas estéticos. Quando
associadas à fragilidade capilar temos as alopecias difusas ou em placas,
porém se não houver fragilidade, clinicamente não se observa áreas
alopécicas.

Garmonal (1999) aponta como as possíveis causas da Alopecia: hemorragia


aguda, puerpério, dietas ou regimes descontrolados, uso de drogas, febres altas,
tireoidopatias, estresse físico ou psicológico, doenças sistêmicas, doenças
23

tegumentares, agentes quimioterápicos antineoplásicos, envenenamentos, terapias


radioativas, queimaduras, infecções fúngicas, bacterianas, virais, neoplasias,
carcinomas metastáticos, entre outros.
Seguindo a classificação dada por Garmonal (1999), a Alopecia atende ainda
a outros critérios de classificação, podendo ser divididas em localizadas e
generalizadas, de acordo com o acesso. Alopecias generalizadas ou difusas
apresentam um padrão uniforme, na maioria das vezes não apresentam cicatrizes,
ocorrendo com mais frequência no couro cabeludo.
Alopecia telogênica ou eflúvio telógeno se caracteriza pela interrupção do
crescimento do fio devido à entrada prematura na fase telógena. Não se trata de
doença no folículo, mas sim resposta a algum estímulo variado, como febres altas,
anemias, infecções, infestações, estresses físicos e emocionais severos,
hemorragias, dietas, tireoidopatias e medicamentos. Na maioria das vezes, esse
acometimento afeta até cinquenta por cento dos fios, mas não apresenta cicatrizes
ou inflamações.
Considerando que o tempo de permanência dos fios durante a fase telógena
no couro cabeludo é de aproximadamente cem dias, neste tipo de alopecia sua
queda costuma acontecer três meses após a ocorrência do evento que
desencadeou sua origem. Esse período de queda é temporário, observando-se seu
fim após trinta dias e decorrido o tempo de noventa dias o cabelo está restaurado.
A alopecia puerperal se dá devido a presença da progesterona, hormônio
sexual fundamental para o equilíbrio do ciclo ovariano e para a gravidez. A presença
desse hormônio durante o estado gestacional provoca a diminuição da quantidade
de folículos na fase telógena. Essa diminuição fica ainda mais intensa durante o
último trimestre da gravidez. A queda afeta principalmente a região fronto-temporal,
ocorrendo ainda de um a quatro meses após o parto. Quanto à recuperação, ocorre
de maneira espontânea, não se descartando no entanto a possibilidade do uso de
estimulantes, como xampus e loções, por exemplo (GARMONAL,1999).
Garmonal (1999) descreve a técnica denominada tricograma, na qual é
possível analisar a quantidade de cabelos em cada fase, presentes no couro
cabeludo. Essa técnica consiste em evitar previamente a lavagem do cabelo por um
período de cinco a sete dias que antecederem o exame, a fim de impedir a perda
24

dos fios da fase telógena. Extrai-se então cerca de cinquenta fios do escalpo,
usando para isto uma pinça homeostática.
Essa ação acontece grampeando-se a pinça a uma mecha que contenha
cinquenta fios, girando-a e arrancando rapidamente de uma só vez todos os fios,
portanto consistindo em um procedimento doloroso. É cortado o excesso, deixando-
se apenas o tamanho do talo, em um comprimento de um centímetro, com a
finalidade de ser averiguado entre duas lâminas com soro fisiológico através do
microscópio óptico comum, aumentado em dez vezes.
Pereira (2019), em artigo publicado nos Anais Brasileiros de Dermatologia
elucida sobre os diferentes tipos de tricogramas, ressaltando que algumas condições
fisiológicas precisam ser observados, tais como idade, sexo, comprimento dos
cabelos dos indivíduos.
O aumento da quantidade de anágenos ocorre em crianças antes da
puberdade, pacientes grávidas e adultos que possuem geneticamente
tempo prolongado de anágenos, propiciando cabelos muito longos.
Podemos também ter um aumento da quantidade de anágenos após uma
queda, quer telógeno, quer anágeno distrófico. E claro que após uma
queda, a reposição se faz através de anágenos, o tricograma logo revelará
um aumento de anágenos, sendo todos normais. (PEREIRA, 2010,p.1)
Segundo o autor, a análise se dá após a classificação dos diferentes tipos de
cabelo e a interpretação do tricograma deve estar associada à análise clínica, para
que não ocorra equívocos. Enfatiza a importância do exame no diagnóstico para o
tratamento de patologias como eflúvio telógeno, alopecia androgenética, alopecia
areata, quedas difusas, por exemplo.
Garmonal (1999) classifica ainda as alopecias localizadas, sendo elas:
alopecias androgenéticas e alopecia areata. Em se tratando da última, conceitua: “A
alopecia areata ou “pelada” é uma doença autolimitada, caracterizada pela presença
de alopécicas assintomáticas, não inflamatórias e não-cicatriciais” (p.132).
De acordo com o autor, esse distúrbio é de ocorrência frequente, com um
percentual de quatro por cento das doenças dermatológicas, podendo atingir as
unhas em mais de dez por cento dos casos, chegando até a atingir a margem de
sessenta e seis por cento. As alterações ungueais se caracterizam por sulcos
longitudinais e paralelos, bem como rugosidades e depressões, surgimento de
pequenos furos na superfície das unhas.
Essa patologia costuma se manifestar em qualquer idade, porém mais
frequentemente antes dos vinte anos. Afeta igualmente homens e mulheres. Pode
25

ocorrer alopecia total, ou seja, desnudamento completo do couro cabeludo ou até


mesmo alopecia universal, afetando todas as áreas pilosas (GARMONAL,1999).
O que ocorre em decorrência da alopecia areata é a mudança de fase dos
cabelos, da fase anágena para catágena e telógena. O autor elenca alguns fatores
que contribuem para o início dessa patologia. O primeiro deles são os fatores
genéticos, seguidos dos fatores infecciosos. Os fatores psicológicos, como estresse,
por sua vez estão relacionados com quatro fatores psicossomáticos, sendo eles:
doenças e hospitalizações múltiplas; personalidade; traumatismos agudos; perdas
afetivas, como mortes e divórcio (GARMONAL, 1999). Outro fator mencionado pelo
autor é a autoimunidade, no qual se observa presença de autoanticorpos em vinte a
vinte e cinco por cento dos casos.
O autor classifica as formas clínicas da alopecia areata (AA):
1- Alopecia Areata em placa única: o paciente apresenta somente uma
placa, geralmente no couro cabeludo.
2- Alopecia Areata em placas múltiplas: são várias placas que podem se
apresentar em locais diferentes ou originadas pela coalescência das
anteriores.
2.1 - Alopecia Areata Reticular: Existem várias placas, porém persistem
áreas com cabelos entre elas conferindo um aspecto reticulado.
2.2 – Alopecia Areata Ofiásica: Apresenta esse nome oriundo do latim e
significa serpente, porque a sua apresentação e crescimento é serpiginoso.
A Alopecia se inicia na linha de implantação dos pelos da região occipital e
avança pela região supra-auricular e converge na região frontal. É a forma
mais resistente ao tratamento e a que evolui mais frequentemente para
alopecia total.
2.3 – Alopecia Areta Total: ocorre perda total dos pelos do couro cabeludo.
2.4 – Alopecia Areata Universal: ocorre perda dos pelos do couro cabeludo,
corporal, axilares, pubianos, sobrancelhas e cílios.
3 – Alopecia Areata Difusa: é a de diagnóstico clínico mais difícil, já que se
confunde com a alopecia androgenética masculina ou feminina de grau
avançado. Porém a queda ocorre também na região occipital e não
somente na região fronto-parietal. GARMONAL, 1999, p.134)

Brauer (2010) afirma que a Alopecia Areata é


uma afecção frequente, de distribuição universal e afeta ambos os sexos,
embora alguns autores relatem certa predominância no sexo masculino,
encontrada em qualquer idade, com maior prevalência entre os 20 e os 50
anos de idade.(p.328)
Considera também que a etiologia da Alopecia Areata é incerta, podendo
haver em muitos casos, associação de fatores determinantes. Destaca os fatores
genéticos, os autoimunes, e o estresse emocional. Afirma ainda que não há
comprovações de que haja participação endócrina. Em relação aos fatores
genéticos, elucida acerca da possibilidade de casos familiares, bem como doenças
congênitas, tais como Síndrome de Down, por exemplo. E no tocante à
26

autoimunidade concorda que a Alopecia Areata possui como origem participação


imunológica, estando associada também a doenças autoimunes como lúpus
eritrematoso, vitiligo e tireoidopatias (BRAUER,2010).

2.4 Alopecia Androgenética


Dentre as alopecias não cicatriciais, destaca-se a Alopecia Androgenética,
objeto de análise desta pesquisa. De acordo com Brauer (2010) há vários sinônimos
para Alopecia Androgenética, podendo ser denominada de calvície, alopecia
dependente de andrógenos, alopecia familiar, alopecia prematura, alopecia
seborreica. Essa patologia foi descrita pela primeira vez por Orentreich, no ano de
1959, considerando a relação existente entre genes e hormônios no desencadear da
mesma.
Nesse distúrbio, a queda de cabelo é provocada pela associação de fatores
genéticos com níveis de androgênios. Havendo essa predisposição genética, ocorre,
através da ação hormonal, gradualmente, de maneira progressiva, o afinamento ou
miniaturização dos folículos terminais em áreas específicas do couro cabeludo. Pode
atingir homens e mulheres. Nestas, costuma afetar de maneira difusa o alto do couro
cabeludo enquanto naqueles atinge a região bitemporal anterior e médio.
Garmonal (1999) ressalta que apesar da Alopecia Androgenética estar
relacionada com a incidência hormonal, não existe associação entre a mesma e o
desempenho sexual ou a fertilidade, bem como a quantidade de pelos em áreas
como tronco e membros não se relaciona com a ocorrência da calvície.
De acordo com Garmonal (1999), a calvície ocorre devido a uma diminuição
da fase anágena, enquanto ocorre um significativo aumento na proporção da
presença de fios na fase telógena. Verifica-se também o afinamento dos cabelos e a
redução no crescimento regular dos cabelos mais finos.
Para o autor, a calvície no sexo masculino não consiste em uma patologia,
mas em um molde fisiológico oriundo de fatores genéticos e influenciados pelos
andrógenos que atinge aqueles indivíduos predispostos, aproximadamente oitenta
por cento dos homens.
Divide sua ocorrência em precoce e padrão. A precoce acontece por volta dos
dezoito aos vinte e dois anos e a padrão demonstra seu início após os vinte e seis
anos, apresentando queda lenta, entretanto constante.
27

Ressalta que no sexo masculino o andrógeno mais presente é a testosterona


e que os níveis normais deste hormônio são suficientes para desencadear a
alopecia androgenética em sujeitos predispostos.
A alopecia androgenética é decorrente da ação estimulante dos folículos
pilosos por hormônios masculinos como a testosterona, que têm o início de sua
produção durante a fase da adolescência. Ao alcançar o couro cabeludo de
pacientes predispostos geneticamente para a alopecia, a testosterona sofre a ação
de uma enzima, a 5-alfa-redutase, e é transformada em diidrotestosterona (DHT).
Esta vai agir sobre os folículos pilosos, resultando assim, na sua diminuição
progressiva a cada ciclo de crescimento dos cabelos, que sofrerão modificações,
ficando menores e mais finos. Frisa-se aqui a causa de a Alopecia Androgenética
mostrar-se mais frequente em indivíduos do sexo masculino.
Rebelo (2015) aponta que ocorre uma predominância na ocorrência da
Alopecia Androgenética em homens em relação às mulheres, atingindo trinta por
cento dos homens em faixa etária dos trinta anos, enquanto atinge apenas de três a
seis por cento das mulheres na mesma condição etária. Quando se trata de faixas
etárias maiores que setenta anos, atinge oitenta por cento dos homens para
quarenta e dois por cento das mulheres. Percebe-se também que o avanço da faixa
etária contribui para o aumento em número e grau da patologia. Ressalta-se também
que a população caucasiana é mais afetada que a população africana.
Já nas mulheres, a Alopecia Androgenética está associada aos níveis de
andrógenos circulantes (GARMONAL, 1999). Naquelas que não apresentam
predisposição genética, a alopecia só ocorrerá se houver aumento dos níveis séricos
dos andrógenos, ou seja, a quantidade destes no sangue. Há também os casos em
que mulheres com taxas de andrógenos alteradas em vez de apresentar alopecia
androgenética, apresentam indicativos de hirsutismo e características viris. Associa-
se as causas da Alopecia Androgenética em mulheres a outros fatores, como
menopausa, infertilidade, hipotireoidismo, entre outros.
Rebelo (2015) debate que as causas da Alopecia Androgenética no sexo
feminino ainda são objeto de controvérsia, uma vez que a seu ver, o fator
androgênico não se manifesta da mesma maneira quanto ao sexo masculino. Assim,
afirma que a comunidade científica tem preferido por caracterizar a Alopecia
Androgenética no sexo feminino apenas como alopecia de padrão feminino.
28

Cirillo (2016) observa que durante o acometimento da Alopecia Androgenética


os folículos cessam seu desenvolvimento, ou quando continuam se desenvolvendo,
o fazem com diminuição de tamanho, escasseando a quantidade e estreitando a
espessura, apresentando também modificações na coloração do pelo.

2.4.1 Grau da calvície em homens


Rocha (2016) expõe acerca da denominada Escala de Hamilton-Norwood,
criada pelo dr. James Hamilton no ano de 1951, na qual ele classificou o estado do
couro cabeludo nos seus diferentes graus de acometimento. De acordo com essa
escala, pode-se averiguar até sete graus de calvície, podendo ir do nível de perda
mínima até o mais grave, como se pode perceber na figura em seguida (Figura 1).
Na fase 1 observa-se que ainda não apresenta recessão da linha do cabelo,
não havendo necessidade de tratamento. Na fase 2 percebe-se a presença de áreas
triangulares simétricas e com recessão da área temporal frontal. Na fase 3 a autora
afirma que é considerado o menor grau de perda capilar para que se encaixe no
padrão de calvície. Apresenta recessão simétrica profunda, com adição da coroa. Na
fase 4 a recessão na área frontal é mais profunda do que a fase 3 e a coroa mostra-
se mais descoberta.
A partir da fase 5 até a 7 observa-se a formação da figura de uma ferradura,
quando se contempla de cima. Na fase 5 ainda há separação entre a perda de
cabelo da região do vértice com a região temporal frontal, embora muito menos
distinta. Na fase 6 ocorre a união entre as regiões temporal e vértice frontal, e a
perda de cabelo lateral é mais acentuada. Na fase 7 percebe-se que é o grau mais
grave da alopecia, restando cabelos apenas nas áreas laterais e traseiras.

Figura 2- Padrão para a alopecia androgénetica masculina;


Escala de Hamilton-Norwood.
29

Padrão
Vertex

Padrão
Normal

Padrão
Anterior

(FONTE: SILVA, 2011, p. 20. Apud COSTA)

2.5 Tratamento para Alopecia


Rebelo (2015) salienta a necessidade de realização de tratamento para a
Alopecia Androgenética, pois afirma que a progressividade do distúrbio atinge uma
faixa de cinco por cento de redução na quantidade de cabelos por ano. Os
procedimentos terapêuticos para tratar a afecção variam em suas formas e têm
como principal objetivo evitar o progresso da queda do cabelo, havendo
possibilidade em alguns casos, de reversibilidade do quadro.
Os fármacos minoxidil tópico e finasteride oral são apresentados como os
mais utilizados no tratamento da Alopecia Androgenética, demonstrando eficácia na
diminuição da queda dos cabelos, bem como no crescimento dos mesmos após um
período de uso contínuo, de no mínimo, três a seis meses de tratamento. É
importante que o tratamento seja constante, pois não possui caráter curativo.
2.5.1 Minoxidil
O uso desse medicamento inicialmente tinha finalidades no tratamento de
hipertensão, resultando no surgimento de hipertricose nos homens que estavam sob
tratamento. Era administrado por via oral, passando a ser desenvolvido para uso
30

tópico, dados os efeitos colaterais supracitados. Seu objetivo é cessar a perda do


cabelo e promover o seu crescimento.
A sua ação ocorre através da vasodilatação, estimulando o prolongamento da
fase anágena, o que resulta na redução da perda capilar. A fase telógena encurtada
promove o engrossamento dos fios. É importante ressaltar que, havendo pausa no
tratamento, há regressão dos resultados, voltando a ocorrer a queda dos cabelos.
A utilização do minoxidil deve ser realizada através da aplicação da solução a
5%, no couro cabeludo seco, uma quantidade de 1ml, duas vezes ao dia. Pode
ocorrer durante as primeiras semanas de uso, até o período de oito semanas, o
desencadeamento de eflúvio telógeno temporário, que é interrompido ao início da
fase anágena.
2.5.2 Finasteride
Esse medicamento tem como atuação a inibição da enzima 5-alfa-redutase,
consequentemente provocando a redução da transformação da testosterona em
diidrotestosterona (DHT). A dose recomendada é de 1mg por dia. Apresenta como
resultados crescimento e engrossamento dos fios. É necessário também o uso
contínuo, tal como o minoxidil. Embora raro, pode apresentar efeitos colaterais como
perda de libido e disfunção erétil.
Para mulheres, a dose recomendada é de 5mg por dia. Os possíveis efeitos
colaterais nesses casos se referem a mulheres em idade fértil, pois pode provocar
más formações congênitas em embriões.

2.5.3 Alfatradiol
Funciona também como inibidor da conversão da testosterona em
diidrotestosterona (DHT), conseguindo assim eficácia quanto ao crescimento do
cabelo tanto em quantidade como em diâmetro. Os resultados podem ser notados
após cerca de quatro a oito meses de uso.

2.5.4 Cetaconazol
Utilizado na forma de xampu de cetaconazol a 2%, possui propriedades
antiandrogenéticas e antifúngicas, sendo eficaz no combate à queda capilar em que
há presença de fungos, reduzindo a inflamação causada pelos mesmos. Observou-
31

se melhoria quanto à densidade do cabelo, tamanho e proporção de folículos


anagênicos, eficácia semelhante à observada com o uso de minoxidil.
2.5.5 Melatonina
O uso tópico produz eficácia no estágio inicial da Alopecia Androgenética,
agindo através da inibição da morte das células que produzem queratina. Por ser
responsável pela regulação de diversos processos fisiológicos, pode atuar na
redução do stress oxidativo que provoca a perda capilar. Sua eficácia demonstrou
intensificação do crescimento de fios na fase anágena.
2.5.6 Microagulhamento
Consiste em uma técnica advinda da Acupuntura, oriunda da Medicina
Oriental Chinesa, utilizada para estimular o couro cabeludo, indicada principalmente
para casos de alopecias não-cicatriciais. Sua finalidade é revitalizar os folículos que
foram danificados. É indicada para pacientes em estágio inicial.

3 METODOLOGIA
Para o desenvolvimento da pesquisa ora empreendida, buscou-se a pesquisa
bibliográfica, objetivando proporcionar maior familiaridade com o problema, com
vistas a torná-lo mais explícito. Além disso, esta também é uma pesquisa descritiva,
não-experimental.
Sobre a metodologia de estudo bibliográfico, Lakatos e Marconi (2011)
afirmam que esse tipo de pesquisa refere-se a um levantamento de bibliografia já
publicada, em forma de livros, revistas, publicações avulsas e imprensa escrita, com
a sua finalidade de fazer com que o pesquisador entre em contato direto com todo o
32

material escrito sobre um determinado assunto, auxiliando o cientista na análise de


suas pesquisas ou na manipulação de suas informações.
Tratando-se de uma pesquisa bibliográfica, buscou-se o seu desenvolvimento
por meio de material já elaborado, tendo por finalidade colocar o pesquisador em
contato com o que já se produziu a respeito do tema pesquisado, possibilitando o
diálogo com teóricos que oferecerão os subsídios necessários e imprescindíveis
para a ampliação do conhecimento acerca da problemática abordada.
Verifica-se neste trabalho o método de procedimento, o monográfico, com
uma análise sobre um tema específico ou particular de suficiente valor
representativo. Ressalta-se que não foi estipulado corte cronológico, tendo em vista
que o assunto em questão não oferece diversidade de abordagens quanto à área da
fisioterapia, fazendo-se necessário portanto, a exploração de outras áreas,
consistindo também uma pesquisa de caráter exploratório. Esta sugere uma
investigação que procura tornar uma temática mais conhecida, uma vez que há
pouca fontes disponíveis. Foram excluídos desta pesquisa os materiais em língua
inglesa e espanhola. 
As referências literárias pesquisadas, que servirão como embasamentos
teóricos neste estudo, podem ser encontradas em publicações impressas em livros,
revistas, textos e artigos, dissertações de mestrados, teses de doutorado. Para as
bibliografias advindas da internet, utilizou-se das seguintes plataformas SciELO,
PubMed, LILACS, SBD. Os descritores para a pesquisa foram: alopecia
androgenética masculina, tratamento em microagulhamento, fisioterapia.
O pré-projeto foi analisado conforme ordem cronológica do tema,
considerando o conceito de alopecia, bem como a classificação dos tipos de
alopecias e o principal foco que consiste no microagulhamento no tratamento da
calvície em indivíduos do sexo masculino. A formatação do estudo teve como
conforme o manual da unifacema catálogo da associação brasileira de normas
técnicas ABNT Lakatos (2011).
33

4 RESULTADO E DISCUSSÕES
O estudo da Alopecia Androgenética é assunto de relevância para a formação
de profissionais que atuam no tratamento da mesma, como os da área da
fisioterapia, considerando a incidência de pacientes acometidos por esta patologia e
o desenvolvimento de novas técnicas que visam a sanar ou amenizar esse distúrbio.
Ao longo da pesquisa buscou-se compreender acerca da composição do
cabelo, a partir da anatomofisiologia do folículo capilar, analisando seu ciclo e os
34

possíveis distúrbios relacionados ao mesmo, bem como seus agentes causadores.


Assim, pôde-se obter maiores esclarecimentos acerca do tema em questão.
Percebeu-se a existência de diferentes tipos de Alopecia, havendo portanto,
possibilidade de reversão ou não do quadro, de acordo com sua origem e agente
causador. Dentre os diversos tipos de tratamento para essa patologia, analisar-se-á
os benefícios do chamado microagulhamento.

4.1 Benefícios do Microagulhamento no tratamento da Alopecia Androgenética


em indivíduos do sexo masculino
Costa (2016) afirma que os primeiros indícios desse procedimento data da
década de 1960, surgidos na França, a partir de uma técnica denominada Nappage,
utilizada para rejuvenescimento facial, na qual consistia em realizar pequenas
incisões na pele para se administrar fármacos. Já em 1995 surgiu outra técnica,
conhecida por subcision (subincisão), defendida por Orentreich, na qual se realizava
agulhamento dérmico para cicatrizes e rugas na região perioral. No ano de 1997,
com o uso de uma “pistola para tatuagem”, Camirand e Doucet explanaram acerca
do uso de dermoabrasão no tratamento de cicatrizes. E em 2006, visando a melhoria
de cicatrizes e rugas finas, Fernandes elaborou a chamada terapia indução de
colágeno (TIC), na qual fazia uso de um rolo com agulhas de aço para tal.
De acordo com a autora, na década de 1990, na Alemanha, é que nasceu a
técnica de microagulhamento, conhecida pela marca Dermarroler™, sendo difundida
pelo restante do mundo apenas no ano de 2006.
É uma modalidade simples e relativamente de baixo custo que tem sido
usada frequentemente no tratamento de cicatrizes, especialmente as
cicatrizes de acnes, estrias, rugas, celulites, alopecias, flacidez, no pós-
lipoaspiração e para o rejuvenescimento facial. Também pode ser utilizada
para a administração transdérmica de fármacos (drug delivery), devido aos
canais que as microagulhas produzem na pele, permitindo a penetração de
ativos cosmetológicos na derme e epiderme, pode aumentar a penetração
de macromoléculas hidrofílicas. Sendo assim, é possível afirmar que a ação
combinada do migroagulhamento e de ativos cosméticos podem
potencializar os resultados (GARCIA, 2013; NAIR, ARORA, 2014; LIMA,
SOUZA, GRIGNOLI, 2015 apud COSTA,2016)
Trata-se de um equipamento de uso tanto estético como dermatológico, que
age através da indução à produção de colágeno via percutânea, provocando
micropunturas na pele, utilizando agulhas suficientemente longas, capazes de atingir
a derme e suscitando, através do sangramento, estímulo inflamatório local,
intensificando a proliferação celular, que resulta na síntese de colágeno, elastina e
35

outras substâncias presentes no tecido dérmico e epidérmico restaurando assim a


integridade da pele. Ressalta-se que a partir da técnica, novos vasos capilares são
formados, o que tem como resultado a redução de cicatrizes.
O instrumento utilizado para a realização da técnica do microagulhamento é o
sistema roller. Trata-se de um rolo feito de polietileno, com formato de tambor
pequeno recoberto por diversas agulhas finas, com 0,1mm de diâmetro. Seu
material é aço inoxidável cirúrgico ou liga de titânio, possuindo comprimentos
diferentes, que variam de 0,5 a 0,3 mm, colocado paralelamente em diversas fileiras,
concluindo em um total de 190 unidades, em média, podendo variar conforme o
fabricante. Deve ser pré-esterilizado através de irradiação gama e é para utilização
única.
A profundidade alcançada pelas agulhas alcança somente de 50 a 70% de
seu tamanho, sendo assim, uma agulha que mede 3mm de comprimento alcançaria
a profundidade de 1,5 a 2mm. Utiliza-se portanto, anestesia tópica, pelo menos
quarenta minutos à uma hora antes da realização do procedimento, devendo ser
removida com soro fisiológico antes de realizada assepsia da área a ser trabalhada.
De acordo com Costa (2016), os benefícios da realização da técnica de
microagulhamento são muitos, como por exemplo, o estímulo da produção de
colágeno sem a extração da epiderme. O período de cicatrização mostra-se mais
reduzido, diminuindo também as possibilidades de efeitos colaterais, em
comparação a outras técnicas de caráter ablativo, tais como peelings médios e
profundos. A sensibilidade da pele é diferenciada, tornando-se mais resistente e
estável, não apresentando propensão à hiperpigmentação pós-inflamatória,
cicatrizes hipertróficas, discromias, fotossensibilidade, eritema persistente.
Ressalta também que pode ser utilizada em todo tipo de pele e qualquer área
do corpo, inclusive regiões sensíveis, como as que possuem proximidade com os
olhos, em que não se pode fazer uso de lasers ou terapias mais invasivas. Frisa-se
também que possui baixo custo em comparação a outros tratamentos que fazem
exigência de tecnologias de alto padrão. Pode também ser utilizada em pessoas que
apresentam pele muito fina, pós-laser. E pode ser agregada a outras técnicas, a fim
de obter um maior benefício.
Para Katzer (apud CIRILLO,2016), a técnica do microagulhamento cutâneo no
tratamento da alopecia baseia-se na injeção de medicamentos e/ou produtos
36

específicos no couro cabeludo por meio do uso das microagulhas, provocando o


estímulo dos folículos capilares.
Somado ao procedimento de inserção de medicamentos, observa-se que a
técnica, ao produzir microperfurações na pele, acarreta a formação de micro lesões
no couro cabeludo, dando início a um processo de inflamação cutâneo, impondo um
processo de cicatrização, o que desencadeia assim o estímulo à recuperação celular
e à produção de colágeno, posto que os ferimentos e a coagulação sanguínea
promovem a cicatrização e, consequentemente, o crescimento capilar (KATZER
apud CIRILLO,2016).
Em se tratando do tratamento da Alopecia Androgenética, Costa (2016, p.),
afirma:
O microagulhamento é uma opção nova para tratar a AAG e induz o
crescimento do cabelo por alguns mecanismos. Ativação do sistema
plaquetário mediante as feridas cutâneas, estimulando a liberação dos
fatores de crescimento derivados das plaquetas e dos fatores de
crescimento epidérmicos. Células-tronco do bulbo capilar são ativadas nas
áreas com feridas provocadas pelo equipamento. Superexpressão dos
genes relacionados com o crescimento do cabelo, como o fator de
crescimento do endotélio vascular, beta catenina, vias Wnt3a e Wnt10b, de
acordo com estudos em animais. (CONTIN, 2016; DHURAT, MATHAPATI,
2015 apud COSTA, 2016).
Costa (2016) observa que o tratamento da Alopecia Androgenética através da
técnica do microagulhamento mostrou-se mais eficiente do que tratamentos com o
uso de minoxidil, entretanto, podendo-se fazer a associação dos dois procedimentos
para obter melhores resultados.
Cirillo (2016) cita como benefícios do uso do microagulhamento no tratamento
da Alopecia Androgenética o fato de que o uso das agulhas permite a aplicação de
medicação específica e em menor quantidade para a área afetada, bem como a
provocação de feridas, que resulta na regeneração natural do tecido trabalhado,
evitando também a possibilidade de efeitos colaterais considerados mais agressivos.
Grignoli (2015) também descreve a eficácia do uso da técnica do
microagulhamento no tratamento da Alopecia Androgenética, neste caso, fazendo-
se associação entre esta técnica e o tratamento fotoestético, que utiliza laser
infravermelho e led âmbar, maximizando assim os resultados e obtendo o
retardamento da queda do fio.
Pitt (2017) ratifica que o uso da técnica do microagulhamento mostra-se mais
eficaz na potencialização da permeabilidade dos ativos cosmetológicos através de
microcanais que promovem a maior absorção dos ativos, aumentando a eficácia da
37

infiltração de moléculas maiores em até oitenta por cento. Explica que o uso do
microagulhamento torna mais acessível o transportamento de macromolécula. No
tocante à Alopecia Androgenetica, afirma:
O Microagulhamento, recentemente, foi incluído no arsenal terapêutico da
alopecia por liberar fatores de crescimento derivados de plaquetas, fatores
de crescimento epidérmicos, por ativar regeneração através de feridas,
ativar células-tronco no bulbo e levar a super expressão de genes
relacionados ao crescimento de cabelos. (HASSAN, 2015 apud PITT, 2017)
Assim, esclarece que o microagulhamento promove a estimulação capilar,
pois provoca a ruptura e remoção do colágeno situado sob a epiderme que se
encontra prejudicado, o que possibilita a elevação dos níveis de microcirculação e
também que as fibras de colágeno e elastina sejam substituídas por novas.
Costa (2016) chama a atenção para fatores que devem ser observados ao se
optar pela realização do procedimento do microagulhamento no tratamento da
Alopecia Androgenética. Deve-se atentar para a quantidade de sessões a ser
efetuadas, bem como o período de intervalo entre as mesmas, o tratamento de
manutenção e a sustentabilidade a longo prazo. Contin (2016) explica que os
cuidados a serem tomados após a sessão consistem em higienização, através de
lavagem delicada com shampoo neutro transcorridas seis horas após o
procedimento e uso de analgésicos apenas nos casos em que apresentarem
ocorrência de dor no local da aplicação da técnica.
A duração da sessão costuma ser de vinte a vinte e cinco minutos e quanto à
frequência com que devem ser realizadas, pode variar, podendo ser feitas
semanalmente durante as quatro primeiras vezes e passando a ser realizadas
quinzenalmente após esse período (CONTIN, 2016; DHURAT, MATHAPATI, 2015
apud COSTA,2016).
Embora se esteja tratando do benefícios, é importante observar que Costa
(2016) apresenta como pontos negativos do microagulhamento o fato de a técnica
exigir capacitação profissional e treinamento específico. Cita também a necessidade
de uma tempo maior de recuperação quando a profundidade atingida pelas agulhas
for de moderada a intensa. Outro ponto negativo observado é em relação à dor
provocada pelo procedimento, bem como a possibilidade de causar dermatites
devido a alergias relacionadas ao material utilizado nas agulhas, que necessitam ser
de boa qualidade. E por fim, a exposição ao sangramento também é apontada como
desvantagem dessa técnica.
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Analisando os pontos negativos e positivos, percebe-se a ocorrência de mais


benefícios do que malefícios, ao se utilizar o microagulhamento no tratamento da
Alopecia Androgenética. Nota-se também a alusão a uma maior eficiência em
relação a outros tipos de tratamento, como uso de fármacos, por exemplo.

4.1.1 Profissionais especializados


Entre os profissionais habilitados para executar a técnica do
microagulhamento que se quer mencionar na presente pesquisa estão:
fisioterapeuta, dermatologista, biomédico, esteticista.
Em se tratando do profissional da área da Estética, Grignoli (2015) explica
que o objetivo desta técnica é o estímulo da produção de colágeno, através das
perfurações realizadas a partir das microagulhas, desencadeando um processo
inflamatório. Assim, os fatores de crescimento são disponibilizados, promovendo a
multiplicação das células, em particular os fibroblastos, e, posteriormente, a síntese
de proteínas de sustentação.
Esse procedimento está dividido em três fases, sendo elas: indução
percutânea de colágeno, cicatrização e maturação (LIMA e TAKANO, 2013 apud
GRIGNOLI 2015). A primeira fase se caracteriza pelo desaparecimento da chamada
barreira cutânea, visando a desanexação dos queratinócitos, o que viabiliza a
liberação de citocinas. Essas citocinas proporcionam uma vasodilatação dérmica,
como também a migração dos queratinócitos a fim de que aconteça a regeneração
do dano causado na epiderme.
Na segunda fase, que é a de cicatrização, transcorre a proliferação das
células. Tem uma média de duração de cinco dias após a primeira fase,
possibilitando o depósito de colágeno abaixo da camada básica da epiderme. E na
terceira fase, o que acontece é a maturação, em que há a permuta do colágeno tipo
III para colágeno tipo I, que tem maior durabilidade, podendo perdurar por até cinco
a sete anos, segundo Piatti (2013, apud GRIGNOLI 2015). Assim, após essa
regeneração tecidual, percebe-se a melhora no aspecto da pele.
De acordo com Grignoli (2015), o microagulhamento pode ser utilizado em
diversos tratamentos estéticos, como aqueles relacionados à Lipodistrofia Ginoide
(LDG), rejuvenescimento, estrias, cicatrizes de acne e de queimaduras, melasma,
alopecia.
39

De acordo com a autora como já supracitado, para o tratamento de Alopecia,


o microagulhamento pode ser somado ao tratamento fotoestético, utilizando laser
infravermelho e led âmbar, com a finalidade de potencializar o retardamento da
queda do fio. Frisa-se que esteticistas estão autorizados a utilizar agulhas de até
0,75 mm.
No que concerne à área da Biomedicina Estética, Pitt (2017) discorre sobre a
atual preocupação da sociedade com cuidados relativos à saúde e estética, frisando
o uso do microagulhamento para o tratamentos de problemas que acometem a pele,
como rugas, rejuvenescimento facial, acne, problemas de pigmentação, cicatrizes de
queimaduras. Enfatiza as vantagens dessa técnica, relacionadas ao efeitos
colaterais amenos, a rápida cicatrização e o baixo custo do orçamento para realizá-
la, além da facilitação ao acesso de áreas de difícil acesso. Discute acerca da
potencialização dos ativos cosmetológicos associados ao uso dessa técnica,
avaliando os tratamentos estéticos que concernem à acne, alopecia, queimaduras,
cicatrizes. Os biomédicos podem utilizar agulhas de até 2,0 mm.
Afirma que essa técnica promove uma melhor absorção dos produtos, porque
através do uso das agulhas, pode-se chegar o mais próximo possível da hipoderme,
a camada mais profunda da pele, chegando mesmo a potencializar a ação no tecido
adiposo, sendo portanto, bastante eficaz nos protocolos de tratamento de
lipodistrofia localizada (PITT, 2017).
No tratamento da Alopecia, afirma que o método mostra-se eficaz, pois libera
fatores de crescimento provenientes de plaquetas, fatores de crescimento na
epiderme, consequência da ativação da recuperação por meio das feridas, ativar
células-tronco no bulbo e conduzir a super expressão de genes associados ao
crescimento dos cabelos (HASSAN, 2015 apud PITT, 2017).
Em se tratando da área da Dermatologia, a Tricologia é a especialidade
médica que estuda os pelos, fios de cabelo e couro cabeludo. Contin (2016) realizou
estudo de caso, observando a reação e resultados da aplicação da técnica do
microagulhamento em pacientes que sofriam de Alopecia Androgenética. Em um
deles foi aplicada a técnica associada à aplicação de minoxidil, enquanto no outro foi
realizada a técnica sem nenhuma outra aplicação. O que se observou foi uma
eficácia mais produtiva do que o uso isolado de minoxidil e finasterida, pois os
primeiros resultados já foram obtidos após a segunda sessão, tanto em um caso
40

como no outro. De acordo com a autora, mostrou-se um procedimento eficiente, de


baixa complexidade, sendo uma alternativa a tratamentos de longa duração.
No tocante ao profissional da área da fisioterapia, Paulino (2018) considera o
procedimento do microagulhamento uma técnica revolucionária para os tratamentos
estéticos, ressaltando também o seu custo mais acessível, sua eficácia e segurança,
o que garantiu bastante aceitação entre os pacientes. Afirma que seu uso está
relacionado ao tratamento de rejuvenescimento da pele, estrias, cicatrizes faciais,
crescimento do cabelo. Enfatiza a necessidade de observar contraindicações do uso
da técnica, não de restrição absoluta, mas de carência de cuidados, em relação a
pacientes que apresentam câncer de pele, infecções fúngicas e bacterianas,
hemofilia, queimaduras de sol e verrugas. Afirma também que se trata de um
procedimento tão confiável que pode ser realizado em clínicas e consultórios.
Demonstra o uso de agulhas de até 1,5 mm.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
O principal objetivo deste trabalho foi apresentar os benefícios do
Microagulhamento no tratamento da Alopecia Androgenética em indivíduos do sexo
masculino, a partir de uma abordagem dos profissionais habilitados para o exercício
dessa prática. Para isso, fez-se necessário conhecer a anatomofisiologia do folículo
41

capilar, perscrutando sua formação, suas fases, os tipos de cabelo que se formam
no indivíduo e os distúrbios que acometem o folículo, do qual a Alopecia
Androgenética é um deles.
Assim, fez-se necessário também descrever a Alopecia, em suas diferentes
modalidades, bem como alguns dos tratamentos existentes disponíveis para sanar
ou amenizar essa patologia. Dentre esses procedimentos encontra-se a técnica em
questão, denominada microagulhamento.
Para compreender seus benefícios também fez-se mister descrever a técnica
do microagulhamento, discutindo seus pontos positivos e negativos. Por fim, buscou-
se observar o posicionamentos dos profissionais que fazem uso dessa técnica em
diversos tipos de tratamento.
O que se observou foi que a técnica do microagulhamento no tratamento da
Alopecia Androgenética oferece mais benefícios do que malefícios, pois de acordo
com material consultado, poucos foram os pontos negativos apresentados. Dentre
os maiores benefícios, pode-se citar a sua maior eficiência em relação a outros
tratamentos, considerando o tempo de obtenção de resultados, a melhor absorção
de produtos cosmetológicos utilizados, o baixo custo, os efeitos colaterais amenos,
dado ser um procedimento menos invasivo que outros.
Não se observou grandes divergências entre os profissionais que fazem uso
dessa técnica, estando estas relacionadas às especialidades de cada um, como o
tamanho das agulhas que podem utilizar. Percebeu-se também que trata-se de uma
área de pesquisa ainda pouco explorada, havendo portanto, possibilidade de novos
estudos.
A relevância desta pesquisa diz respeito à necessidade de desenvolvimento
de técnicas eficazes para o tratamento da Alopecia Androgenética, pois, apesar de
não apresentar maiores problemas à saúde física, considera-se um potencializador
de danos à saúde emocional, podendo gerar transtornos como ansiedade e
depressão, por exemplo. O estudo de técnicas que possibilitem a suavização da
perda capilar ou até mesmo a regressão desse processo mostra-se importante para
o profissional da fisioterapia, que tem a perspectiva de desenvolver a técnica em
questão.
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REFERÊNCIAS
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médicos: dermatologia. São Paulo: Editora Atheneu, 2010.
43

CIRILLO, Marilene Gomes da Silva; A terapia do microagulhamento no


tratamento da alopecia androgenética. Faculdade Faserra: Disponível em
http://www.vrmedical.com.br/nossosprodutos/derma-erase Acesso em 25/09/2019.
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microagulhamento isolado e associado a minoxidil injetável pela técnica de
microinfusão de medicamentos pela pele, 2016. Disponível em :
file:///C:/Users/Usuario/Downloads/v8-Alopecia-androgenetica-masculina-tratada-
com-microagulhamento-isolado-e-associado-a-minoxidil-injetavel-pela-tecnica-de-
microinfusao-de-medicamentos-pela-pele.pdf. Acesso em 26/09/2019.
COSTA, Aline Fransuely Ribeiro da. Microagulhamento para tratamento da
alopécia androgenética masculina. Instituto Nacional de Ensino Superior e
Pesquisa e Centro de Capacitação Educacional :Recife, 2016.
GARMONAL, Shirley; GARMONAL, Aloísio. Tricologia. Revista médica oficial do
hospital universitário da Universisade Federal de Juiz de Fora. Vol 25. Nº 2. 1999.
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de
metodologia científica. 6 ed. São Paulo: Atlas, 2007.
Lima EVA; Lima MA, Takano D. MICROAGULHAMENTO: ESTUDO
EXPERIMENTAL E CLASSIFICAÇÃO DA INJÚRIA PROVOCADA.SURG COSMET
DERMATOL, 2013.
PAULINO, Gabriela. Indução percutânea à produção de colágeno nas cicatrizes
de acne por meio do microagulhamento. Itapetininga: FSP – Faculdade Sudoeste
PaulistaI, 2018,
PITT, Priscylla Furtado de Figueiredo. Microagulhamento e suas diversas
indicações para tratamentos estéticos. Recife: Ed. Do autor, 2017.
REBELO, Ana Santos. Novas estratégias para o tratamento da alopecia.
Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias/Escola de Ciências e
Tecnologias da Saúde: Lisboa, 2015.
ROCHA, Juliana Justi. Aplicação de microagulhamento associado a terapia
capilar no tratamento de alopecia androgenética masculina. Universidade do Sul
de Santa Catarina – UNISUL, 2018.
SANCHES, José Antônio. Alopecia androgenética. Sociedade Brasileira de
Dermatologia: Rio de Janeiro, 2017. Disponível em:
http://www.sbd.org.br/dermatologia/cabelo/doencas-e-problemas/alopecia-androgen
etica/25/ acesso em: 31/10/2019
44

SOUTOR, Carol. Dermatologia clínica. Maria Hordinsky; tradução: Ademar


Valadares Fonseca: revisão técnica: Tania Ludmila de Assis. Porto Alegre: AMGH,
2015.

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