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ALEGRE-ES
2019
2
ALEGRE-ES
2019
3
Aprovado em de de
COMISSÃO EXAMINADORA
______________________________________
Prof. Dr. Felipe Berbari Neto
Universidade Federal do Espírito Santo
Orientador
_______________________________________
Dr. Ítalo Câmara de Almeida
Universidade Federal do Espírito Santo
Co-Orientador
_______________________________________
Prof. Dr. Dirlei Molinari Donatele
Universidade Federal do Espírito Santo
4
AGRADECIMENTOS
Primeiramente a Deus, por iluminar meu caminho e me dar forças para superar todos
os imprevistos.
Agradeço minha mãe e meu pai, que sempre confiaram em mim e são minha rocha,
meu porto seguro, mesmo longe vocês me impulsionam a continuar, a seguir meus
sonhos, vocês são a minha razão para continuar.
Quero agradecer a minha família, minhas irmãs, que me ajudam de vários modos,
obrigada!
Agradeço a meu melhor amigo, meu irmão de outra mãe, que mesmo longe me ajuda
a continuar, a você Lucas, sou grata.
Quero agradecer meu namorado, por estar comigo nos piores momentos que a
faculdade me proporcionou, que esteve comigo nos meus choros e nas minhas
conquistas e que me ajudou de formas que nem imagina, a você Pedro, sou grata.
Quero agradecer as amigas que a UFES me deu, a vocês Daiana e Rebeca, sou grata.
Meu filho de quatro patas, Chorão, que chegou em um momento inesperado e veio
para ficar em nossas vidas, para dar amor incondicional, obrigada por vir até nós!
Agradeço a todas as pessoas que me ajudaram de alguma forma, até aqui.
6
RESUMO
ABSTRACT
SUMÁRIO
Página
1- INTRODUÇÃO .............................................................................. 9
2- REVISÃO DE LITERATURA.......................................................... 11
2.1- Mastite.......................................................................................... 11
2.1.2-Micro-organismos causadores................................................... 13
2.2- Fitoterápicos................................................................................. 15
2.2.1.1- Taninos................................................................................... 17
3- Artigo.............................................................................................. 19
4- Referencias.................................................................................... 27
7-ANEXO ......................................................................................... 33
9
1 1. INTRODUÇÃO
33 al., (2007). Não possui atividade genotóxica, concluindo que a utilização parece ser
34 segura e com potencial farmacológico (FERREIRA et al., 2013).
35 Diante disto o presente trabalho tem como objetivo avaliar o efeito do
36 Stryphnodendron adstringens em diferentes concentrações contra o Streptococcus
37 agalactiae, a bactéria associada a casos mastite subclínica, em busca de um método
38 alternativo para o tratamento dessa enfermidade.
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65
11
66 2. REVISÃO DE LITERATURA
67
68
69 2.1 Mastite
70
90
91
92
93
94
12
96
97 Os resultados da mastite na produção de leite estão diretamente relacionados
98 ao grau de lesão do tecido mamário, levando a uma elevação contagem de células
99 somáticas (CCS) e resultando em elevadas alterações nos constituintes do leite. A
100 queda na produção leiteira se deve a lesão de células epiteliais secretoras da glândula
101 mamária infectada. O que pesa de fato, no caso das mastites subclínicas são os
102 prejuízos pela diminuição da produção ao nível de propriedade e do rendimento da
103 produção na indústria de laticínios (LANGONI, 2013).
104 O grande impacto que a mastite causa sobre a qualidade do leite é de
105 conhecimento mundial e os programas para o seu controle precisam ser vistos como
106 suporte para os programas nacionais de qualidade do leite que necessitam ser
107 listados em medidas preventivas no reconhecimento e no tratamento adequados de
108 animais infectados, sendo este um fator restritivo e que apresenta maior impedimento
109 para ser alcançado, dada a complexa etiologia das mastites, o momento em que se
110 diagnostica cada caso e os aspectos de resistência microbiana (BARKEMA et al.,
111 2006).
112 A mastite é uma doença responsável por grande parte dos descartes em um
113 plantel. Problemas com mastite comprometem a longevidade dos animais, causando
114 muitas vezes o descarte de animais de grande potencial, elevando os custos e
115 acarretando acelerada taxa de reposição do plantel (DEMEU et al., 2011).
116 As medidas de prevenção têm um custo menos oneroso quando comparada a
117 tratamentos curativos, tendo excelente relação custo/benefício, no entanto os
118 proprietários veem tais medidas como trabalhosas e desnecessárias. Os gastos com
119 o tratamento preventivo mostraram, no máximo 9,2% do impacto econômico, o que
120 evidencia vantagem em se investir nessa prática, pois ela irá colaborar
121 substancialmente para uma atenuação da contagem de células somáticas no tanque
122 e, em consequência, reduz o impacto econômico da mastite (DEMEU et al., 2011).
123
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13
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129 Os micro-organismos que causam mastite podem ser divididos em dois grupos,
130 baseando-se na sua origem: patógenos contagiosos e patógenos ambientais. Os
131 patógenos contagiosos são aqueles adaptados à sobrevivência no interior da glândula
132 mamária. Em contraste, os patógenos ambientais são mais bem descritos como
133 invasores oportunistas do úbere, não adaptados a sobreviver no seu interior (WATTS,
134 1988).
135 O S. agalactiae é um dos agentes mais frequentemente isolados em amostras
136 de leite de bovinos com mastite, sendo sua transmissão ocorrendo fundamentalmente
137 nos períodos de ordenha. É considerado um importante patógeno causador de mastite
138 pelo forte efeito na qualidade do leite, com aumento de CCS e por diminuição dos
139 níveis de produção (KEEFE, 2012).
140 A maioria dos casos de mastite por este agente é subclínica, alternando com
141 casos esporádicos de mastite clínica, com alterações macroscópicas do leite, como
142 flocos de pus e leite com aspecto mais aquoso, seguido de queda de produção. Em
143 casos de mastite subclínica há diminuição de 25,2% ao se comparar com a
144 produção de leite de teto homólogo negativo no mesmo animal (DOMINGUES et al.
145 1998).
146 Streptococcus agalactiae é um coco Gram positivo do grupo B, geralmente
147 causa um tipo persistente de infecção de baixo grau e não tem alta taxa de autocura.
148 Quando não identificado funciona como reservatório de infecção, pois esses animais
149 não são selecionados para tratamento, isolamento ou abate. Para um patógeno
150 intramamário como o S. agalactiae, o úbere bovino é reconhecido como um meio de
151 crescimento razoável para o seu crescimento (KEEFE, 2012).
152 Quando se deu o entendimento da importância da higiene e antes que as drogas
153 antibacterianas eficientes estivessem disponíveis, a bactéria Streptococcus agalactiae
154 era o patógeno mais importante para glândula mamária de vacas. A resistência à
155 mastite causada por este agente está sujeita a grande variação individual (PRESTES;
156 LANDIM-ALVARENGA, 2006).
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15
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193 Nas últimas décadas os consumidores têm se preocupado cada vez mais com
194 a saúde, e por consequência com a qualidade e inocuidade dos produtos de origem
195 animal, gerando um aumento significativo das propriedades rurais de produção
196 orgânica, método de produção que busca a auto sustentabilidade, preservando os
197 recursos ambientais. O leite e derivados estão dentre os principais produtos de
198 interesse comercial neste setor. No Brasil a agricultura orgânica apresenta taxas de
199 crescimento de até 30% (WILLER; YUSSEFI, 2007).
200 As propriedades orgânicas devem gerar alimentos de maior qualidade, livre de
201 resíduos de produtos químicos nocivos para humanos, incluindo o uso de
202 antimicrobianos, anti-parasitários, transgênicos, ou qualquer outro fármaco que
203 possua resíduos nocivos à saúde humana, incluindo produtos de uso agropecuário
204 destinados à animais de exploração leiteira (FIGUEIREDO; SOARES, 2012).
205 Devido a tendência de crescimento do setor de produção orgânica, têm-se
206 escolhido em várias situações pelo uso de medicamentos fitoterápicos para o
207 tratamento das mastites (HOLMES et al., 2005).
208 A fitoterapia é uma alternativa importante, e as suas características
209 terapêuticas começam a ganhar cada vez mais espaço no tratamento veterinário,
210 entretanto apesar de relatos de profissionais que apreciam a fitoterapia revelarem alta
211 regularidade de sucessos em tratamentos de mastites, a literatura científica específica
212 sobre o assunto é bastante escassa. Os medicamentos fitoterápicos apresentam um
213 custo baixo e baixa toxicidade, facilidade de administração, onde o medicamento é
214 diluído com a ração ou água, e atuam de forma sistêmica, não contribuindo para a
215 ocorrência de resistência microbiana (MANGIERI et al., 2015).
216
217
219
220 Uma planta medicinal é toda planta que administrada ao homem ou animal,
221 independente da via deve exercer alguma ação terapêutica, possuir substâncias
16
222 ativas que promovam reações no organismo que podem variar da cura ao
223 abrandamento da doença (LOPES et al., 2005).
224 O uso de plantas medicinais na medicina popular tem mostrado que caule, raízes,
225 folhas, sementes e frutos de plantas têm eficiência na cura de várias doenças,
226 despertando assim grande interesse no estudo científico das mesmas (JUNIOR et al.,
227 2005).
228 O tratamento a partir de plantas medicinais é denominado de fitoterapia, e os
229 fitoterápicos são os medicamentos produzidos a partir dessas plantas. Assim sendo,
230 a fitoterapia é caracterizada pelo tratamento com a utilização de plantas medicinais
231 com as diferentes formas farmacêuticas, sem o uso de princípios ativos isolados
232 (SIMÕES; SCHENKEL, 2002).
233 O emprego de fitoterápicos apresenta-se como uma destas formas no combate a
234 mastite, por não apresentar efeito maléfico quanto à presença de resíduos, devido a
235 sua característica de ser biodegradável e pela boa atuação sobre micro-organismos
236 (PEREIRA et al., 2009).
237 Tem sido uma alternativa de baixo custo e de ótimos resultados in vitro contra
238 agentes patogênicos de várias doenças (PEREIRA et al., 2009).
239 Nos últimos anos a procura por produtos orgânicos vem se intensificando, e sua
240 utilização na medicina sendo cada vez mais estimulada pela Organização Mundial da
241 Saúde (SOUZA C. M. et al., 2013).
242 Neste contesto, o Streptococcus agalactiae apresentou crescimento parcialmente
243 reduzidos em testes in vitro com extrato bruto de folhas Cydonia oblonga, revelando
244 um possível efeito inibidor deste extrato (SILVA; OLIVEIRA, 2013).
245
246
248
262
263
265
285 lesões. Esse fenômeno é regulado por genes, fatores de crescimento, integrinas e
286 enzimas do tipo metaloproteinases de matriz (MMPs) (HERNANDES et al., 2010).
287 Além dos taninos, há presença de proantocianidinas, encontradas no extrato
288 bruto de S. adstringens. São compostos polifenólicos que também atuam na
289 regeneração tecidual, favorecendo a formação de uma matriz extracelular mais
290 organizada; a estimulação da formação de fibras colágenas, além de fatores de
291 crescimento e re-epitelização, o uso desse vegetal se expande para a área veterinária
292 com sucesso, tratando feridas em animais de forma satisfatória (PINTO et al., 2015).
293
294
296
297 O potencial antibacteriano do Stryphnodendron adstringens foi avaliada frente
298 a diversas bactérias e por diferentes autores, em estudo identificou-se o potencial de
299 ação antimicrobiológico através da formação de halo de inibição sensível de
300 Stryphnodendron adstringens frente a isolados de Streptococcus pyogenes, Proteus
301 mirabilis, Shigella flexneri, Staphylococcus aureus, Staphylococcus spp. coagulase
302 negativa (IFI), e Staphylococcus epidermidis (ATCC) (GOLÇALVES, 2007).
303 Em uma avaliação de extratos hidroalcólicos obtidos através de folhas de
304 diversas plantas, dentre eles o Stryphnodendron adstringens sobre Escherichia coli e
305 Staphylococcus aureus, esse extrato de folhas do barbatimão demonstrou potencial
306 para inibir o crescimento de Staphylococcus aureus (PINHO et al., 2012).
307 A casca de Stryphnodendron adstringens sobre bactérias causadoras de
308 infecções no trato urinário apresentou ação contra maior número de bactérias, sendo
309 sensíveis ao extrato: Proteus mirabilis, Staphylococcus epidermidis, Enterobacter sp.,
310 Staphylococcus saprophyticus, Staphylococcus aureus, Staphylococcus sp.,
311 Escherichia coli, BGN-NF (bacilo Gram-negativo não fermentador) , Citrobacter sp.,
312 Enterobacter aggomerans, Pseudomonas aeroginosa, Klebsiella oxytoca (THOMAZI;
313 BERTOLIN; PINTO, 2010).
314
315
19
316 3. ARTIGO
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324
325
326
327
328
329 O presente material será submetido à Revista
330 “Arquivos do Instituto Biológico”
331 (Normas em Anexo)
332
333
334
335
336
337
338
339
340
341
342
20
Resumo
Abstract
Mastitis is the inflammatory process of the mammary gland, leading to changes in breast tissue
and milk. It is a multifactorial disease, one of the causes is Streptococcus agalactiae, associated
with subclinical mastitis. Several antimicrobials are commercially available, but the resistance
21
Introdução
Mastite, ou inflamação da glândula mamária, é uma doença comum e a mais onerosa aos
criadores de gado leiteiro em todo o mundo. O estresse e ferimentos físicos também causam a
inflamação da glândula mamária, entretanto a infecção por bactérias invasivas são os principais
agentes causadores da mastite bovina (TOZZETTI et al., 2008).
O S. agalactiae é um dos agentes mais frequentemente isolados em amostras de leite de
bovinos com mastite, sendo sua transmissão ocorrendo fundamentalmente nos períodos de
ordenha. É considerado um importante patógeno causador de mastite pelo forte efeito na
qualidade do leite, com aumento de CCS e por diminuição dos níveis de produção (KEEFE,
2012).
Streptococcus agalactiae é um coco Gram positivo do grupo B, geralmente causa um tipo
persistente de infecção de baixo grau e não tem alta taxa de autocura. Quando não identificado
funciona como reservatório de infecção, pois esses animais não são selecionados para
tratamento, isolamento ou abate. Para um patógeno intramamário como o S. agalactiae, o úbere
22
bovino é reconhecido como um meio de crescimento razoável para o seu crescimento (KEEFE,
2012).
O tratamento da mastite contra S. agalactiae, é feito com a administração de antibióticos, porem
frequentemente é empregado de maneira indiscriminada. Isto, leva a seleção da resistência
antibacteriana contra diversos agentes utilizados no mercado: Eritromicina (19,5%), tetraciclina
(35,6%), gentamicina (9,3%), clindamicina (20,3%), penicilina (3,4%), amicacina (38,1%)
(CASTRO, 2018).
Devido ao alto custo do tratamento padrão, além de despesas com diagnóstico, identificação do
agente, medicamento e com o descarte do leite com resíduos, vem se buscando novas
alternativas para a prevenção e tratamento da mastite (JUNIOR et al, 2007).
Os medicamentos fitoterápicos têm sido utilizados como forma alternativa para tratamento de
mastite, porém nem todas essas opções apresentam respaldo científico acerca da eficácia de
ação contra os agentes causadores da enfermidade (CRISAN et al., 1995).
O emprego de fitoterápicos apresenta-se como uma destas formas no combate a mastite, por
não apresentar efeito maléfico quanto à presença de resíduos, devido a sua característica de ser
biodegradável e pela boa atuação sobre micro-organismos (PEREIRA et al., 2009).
Os medicamentos fitoterápicos apresentam custo baixo e baixa toxicidade, facilidade de
administração, onde o medicamento é diluído com a ração ou água, e atuam de forma sistêmica,
não contribuindo para a ocorrência de resistência microbiana (MANGIERI et al. 2015).
Stryphnodendron adstringens, conhecido como barbatimão é uma espécie nativa do Cerrado e
possui diversas propriedades medicinais, como: atividade antibacteriana, contra
Staphylococcus aureus, Streptococcus pyogenes por exemplo (GOLÇALVES, 2007).
O extrato de Stryphnodendron adstringens é rico em taninos condensados que tem ação
farmacológica geralmente usada na cicatrização de úlceras e ferimentos, assim como está
relacionada a processos de regeneração de tecidos da pele. Entretanto, além da atividade
cicatrizante, seu extrato possui atividade anti-inflamatória, antimicrobiana, antiulcerogênica e
antioxidante. Esta espécie está descrita na Farmacopeia Brasileira e a mesma preconiza o
controle de qualidade com dosagem mínima de taninos e polifenóis na ordem de 20%, a sua
atividade anti-inflamatória foi confirmada em modelos experimentais de inflamação subaguda
e crônica (HERNANDES et al., 2010; ARDISSON et al., 2002).
O potencial antibacteriano do Stryphnodendron adstringens foi avaliada frente a diversas
bactérias e por diferentes autores, em estudo identificou-se o potencial de ação
antimicrobiológico através da formação de halo de inibição sensível de Stryphnodendron
adstringens frente a isolados de Streptococcus pyogenes, Proteus mirabilis, Shigella flexneri,
23
Material e Métodos
A sensibilidade da amostra foi considerada para medidas: Sensível (S), para os poços
que apresentaram ≥ 12mm, Intermediários (I) para resultados parciais entre 8mm e 11mm e
Resistente (R) no qual o raio dos discos apresentava halo menor que 8mm, de acordo com as
diferentes concentrações de extrato a qual foram submetidas (BEZERRA et al, 2009).
Resultados e Discussão
Não houve halo inibitório de crescimento em nenhum dos poços testados com as respectivas
concentrações de S. adstringens, assim sendo o S. agalactiae foi resistente a todas as
concentrações testadas, semelhante ao encontrado por CARVALHO-CASTRO, et al. (2018), que
não observaram ação de inibição do extrato das plantas Lentinula edodes e Euphorbia tirucalli,
frente o S. agalactiae, por meio do método de microdiluição em caldo. Ambos os estudos
usaram concentrações baixas de extrato, podendo esse fato ter levado ao insucesso dos testes.
Ao testarem extrato bruto de folhas de Cydinua oblonga frente à S. agalactiae, SILVA;
OLIVEIRA (2013) encontraram crescimento parcialmente reduzidos em concentrações de 400,
200 e 100 mg/mL, revelando um possível efeito inibidor deste extrato, pelo método de difusão
em ágar com discos de papel filtro embebidos por extrato. Podendo assim a metodologia
empregada e as concentrações do S. adstringens do presente estudo não terem sido suficientes
para inibir o crescimento do S. agalactiae.
O extrato hidroalcoólico da casca do S. adstringens não apresentou eficácia antibiótica
contra a bactéria S. agalactiae, diferente de PINHO et al. (2012), que testaram o extrato
hidroalcoólico da folha do S. adstringens frente o Staphylococcus aureus, pelo método de
difusão em ágar com discos de papel filtro embebidos por extrato em concentração de 50%,
onde está bactéria foi sensível ao extrato testado, e como GONÇALVES et al. (2007), que
encontraram sensibilidade semelhante usando a casca do S. adstringens. Características
intrínsecas do Streptococcus agalactiae, o uso de outra metodologia e partes da planta podem
justificar a não ação antibiótica neste trabalho.
Acredita-se que através dos solventes álcool 70%, possivelmente não se extraíram as
maiores concentrações de taninos pois ARDISSON et al. (2002) testaram propilenoglicol 70%
na formulação do extrato e obtiveram 30,5% de taninos, onde a concentração mínima de taninos
para o uso medicinal é 8%, podendo o extrato hidroalcoólico não ser tão efetivo quando o
glicólico.
25
Novos estudos com cepas de campo, outras partes da planta, outras formas de extração de
metabólitos, outras concentrações e metodologias diferentes devem ser realizados para tentativa
de obtenção de resultados diferentes.
Conclusão
Agradecimentos
Referências
CRISAN, I.; ZAHARIA, C.N.; POPOVICI, F.; JUCU, V.; BELU, O.; DASCALU, C.;
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JUNIOR, V.F. V, PINTO, A.C. Plantas medicinais: Cura segura? Química Nova, v. 28, n. 3,
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PEREIRA, A.V. et al. Perfil de sensibilidade antimicrobiana in vitro de jurema preta e neem
sobre amostras de Staphylococcus sp. Isoladas de mastite em búfalas. Arquivo do Instituto
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2
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12 de Pesquisa Agropecuária Centro Nacional de Pesquisa de Gado de Corte,
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17 em mastite subclínica bovina no estado de Pernambuco. Revista Brasileira de
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21 BARKEMA H.W., SCHUKKEN Y.H., ZADOKS R.N. Invited review: The role of cow,
22 pathogen, and treatment regimen in the therapeutic success of bovine
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25
26 BEZERRA, D.A.C ; PEREIRA, A.V; LÔBO,K.M.S; RODRIGUES, O.G; ATHAYDE,
27 A.C.R; MOTA, R.A; MEDEIROS, E.S ; RODRIGUES, S.C: Atividade biológica da
28 jurema-preta (Mimosa tenuiflora (Wild) Poir.) sobre Staphylococcus aureus isolado
29 de casos de mastite bovina). Revista Brasileira de Farmacognosia. Braz. J.
30 Pharmacogn. 19(4): out./dez. 2009.
31
32
33 BRADLEY, A. J. Bovine mastitis: an evolving disease. The Veterinary Journal, v.
34 164, n. 2, p. 116-128, 2002.
35
36
37 CASTRO, Glei dos Anjos de Carvalho. Avaliação da eficiência antibacteriana de
38 extrato de Lentinula edodes e da solução aquosa do latex de Euphorbia tirucalli
39 frente à bacteria Streptococcus agalactiae: Estudos preliminaries. Revista da
40 Universidade Vale do Rio Verde, v. 16, nº.3, p. 1, 2018.
41
28
42
43 CRISAN, I.; ZAHARIA, C.N.; POPOVICI, F.; JUCU, V.; BELU, O.; DASCALU, C.;
44 MUTIU, A.; PETRESCU, A. Natural propolis extract Nivcrisol in the treatment of
45 acute and chronic rhinopharyngitis in children. Romanian Journal of Virology, v.46,
46 p.115-133, 1995.
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49 CORAZZA, Sônia. Aromacologia uma ciência de muitos cheiros, P.182. Disponível
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55 DEMEU, F. A. et al. Influência do descarte involuntário de matrizes no impacto
56 econômico da mastite em rebanhos leiteiros. Ciência e agrotecnologia, Lavras, v.
57 35, n. 1, p. 195-202, Jan./fev., 2011
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60 FEDORKA-CRAY, P. J.; ENGLEN, M. D.; GRAY, J.; HUDSON, C.; HEADRICK, M. L.
61 Programs for monitoring antimicrobial resistance. Animal Biotechnology, New York,
62 v. 13, n. 1, p. 43-55, 2002.
63
64
65 FERREIRA, E. C.; SILVA, J. L. L.; SOUZA, R. F. As propriedades medicinais e
66 bioquímicas da planta Stryphnodendron adstringens “barbatimão”. Perspectivas
67 online: Biológicas & Saúde, v.11, n.3, p. 14-32, 2013.
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70 FIGUEIREDO E.A.P., SOARES J.P.G. Sistemas orgânicos de produção
71 animal: dimensões técnicas e econômicas. Anais 49ª Reunião Anual da
72 Sociedade Brasileira de Zootecnia, Brasília, DF, 2012.
73
74
75 GONÇALVES, A. L. Estudo da atividade antimicrobiana de algumas árvores
76 medicinais nativas com potencial de conservação/recuperação de florestas
77 tropicais. 209 f. Tese (Doutorado em Microbiologia aplicada) – Instituto de
78 Biociências do Campus de Rio Claro, Universidade Estadual Paulista, Rio Claro,
79 2007.
80
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82 HERNANDES, L., et. al. Wound-healing evaluation of ointment from
83 Stryphnodendron adstringens (barbatimão) in rat skin. Brazil Journal of
84 Pharmaceutical Sciences, v.46, n.3, p. 431-436, 2010.
85 HERZOG-SOARES J. D. et al. Atividade tripanocida in vivo de Stryphnodendron
86 adstringens (barbatimão verdadeiro) e Caryocar brasiliensis (pequi). Revista
87 Brasileira de Farmacognosia, v. 12, supl., p. 01-02, 2002.
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89 HOLMES M.A. et al. Controlled clinical trial of the effect of a homoeopathic nosode
90 on the somatic cell counts in the milk of clinically normal dairy cows. Vet. Rec.
91 156(18):565-567, 2005.
92
93
94 ISHIDA, Kelly et al. Activity of tannins from Stryphnodendron
95 adstringens on Cryptococcus neoformans: effects on growth, capsule size and
96 pigmentation. In: Clinical Microbiology and Antimicrobials, 29, 2009, Annals of
97 Clinical Microbiology and Antimicrobials. BioMed Central, 2009.
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100 JUNIOR, R. M. et al. Avaliação De Tratamento Homeopático Na Mastite Bovina
101 Subclínica. Revista de Veterinária e Zootecnia, v.14, n.1, jun., p. 91-99, 2007.
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104 JUNIOR, V.F. V, PINTO, A.C. Plantas medicinais: Cura segura? Química Nova, v.
105 28, n. 3, 519-528, 2005.
106
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108 KEEFE. G. Update on control of Staphylococcus aureus and Streptococcus
109 agalactiae for management of mastitis. Veterinary Clinics of North America: Food
110 Animal Practice. v. 28. n. 2. p. 203-216. 2012.
111
112
113 LANGONI H. Qualidade do leite: utopia sem um programa sério de monitoramento
114 da ocorrência de mastite bovina. Pesquisa Veterinária Brasileira, 33: 620-626,
115 2013.
116
117
118 LOPES, C.R. et al. Folhas de chá: Plantas Medicinais na Terapêutica Humana. 1
119 ed. Viçosa: UFV, 2005.
120
30
121
122 MAGALHÃES. Influência de fatores de ambiente sobre a contagem de células
123 somáticas e sua relação com perdas na produção de leite de vacas da raça
124 Holandesa. Revista Brasileira de Zootecnia. v.35, n.2, p.415-421, 2006.
125
126
127 MANGIERI J. R., BENITES N.R., MELVILLE P.A. Avaliação de tratamento
128 homeopático na mastite ovina subclínica Revista de Veterinária e Zootecnia. v. 22,
129 n. 3, p.455-464, 2015.
130
131
132 MARQUES, D.C. Criação de Bovinos. 7° ed. rev., atual e ampliado, Belo Horizonte,
133 CVP Consultoria Veterinária e publicações, p. 435 a 450, 2006.
134
135
136 NADER FILHO, A. et al. Sensibilidade antimicrobiana dos Staphylococcus aureus
137 isolados no leite de vacas com mastite. Arquivo do Instituto Biológico, São Paulo,
138 v.74, n.1, p.1-4, jan./mar., 2007.
139
140
141 PEREIRA, A.V. et al. Perfil de sensibilidade antimicrobiana in vitro de jurema preta e
142 neem sobre amostras de Staphylococcus sp. Isoladas de mastite em búfalas. .
143 Arquivo do Instituto Biológico, São Paulo, v.76, n.3, p.341-346, jul./set., 2009.
144
145
146 PINHO, Lucinéia de. et al. Atividade antimicrobiana de extratos hidroalcoolicos das
147 folhas de alecrim pimenta, aroeira, barbatimão, erva baleeira e do farelo da casca de
148 pequi. Ciência Rural, Santa Maria, v. 42, n. 2, p. 326-331, 2012.
149
150
151 PINTO, S. C. et. al. Stryphnodendron adstringens: Clarifying Wound Healing in
152 Streptozotocin-Induced Diabetic Rats. Planta médica, v.81, n.12, p. 1090-1096,
153 2015.
154
155
156 PRESTES, N. C. e LANDIM-ALVARENGA, F. C. Obstetrícia veterinária. Rio de
157 Janeiro: Guanabara koogan, pág. 25-35, 2006.
158
159
31
200
201
202 THOMAZI, G. O. C; BERTOLIN, A. O.; PINTO, M. D. S. Atividade antimicrobiana
203 in vitro do barbatimão e da mangabeira contra bactérias relacionadas às
204 infecções do trato urinário. In: I Seminário internacional de ciências do ambiente e
205 sustentabilidade na Amazônia, 8, 2010, Manaus. Anais do: I Seminário internacional
206 de ciências do ambiente e sustentabilidade na Amazônia. Manaus: UFAM, 2010.
207
208
209 TOZZETTI, D.S.; BATAIER, M.B.N.; ALMEIDA, L.R. de. Prevenção, controle e
210 tratamento das mastites bovinas – Revisão de Literatura. Revista Científica
211 Eletrônica de Medicina Veterinária, Ano VI, n. 10, 2008.
212
213
214 WATTS, J. L. Etiological agents of bovine mastitis. Veterinary Microbiology, v.16,
215 p. 41-66, 1988.
216
217
218 WILLER H.; YUSSEFI M. The world of organics agriculture: statistics and
219 emerging trends, 2007.
220
221
222
223
224
225
226
227
228
229
230
231
232
233 ANEXO
235
33
236 Apresentação: os trabalhos deverão ser elaborados em Word (.doc ou .docx), página A4, com
237 margens de 2,5 cm, fonte Times New Roman, tamanho 12, espaço duplo e páginas
238 numeradas em sequência.
239 As linhas deverão ser numeradas de forma contínua, utilizando a ferramenta Layout em
240 Configurar Página.
241 O máximo de páginas será 25 para artigos de revisão, 20 para artigos científicos e 10 para
242 comunicação científica, incluindo tabelas e figuras.
243 Idioma: o trabalho poderá ser redigido em português, inglês ou espanhol. Quando escrito em
244 português, o resumo deverá ter uma versão em inglês. No caso de artigo escrito em inglês ou
245 espanhol deverá ter um resumo em inglês ou espanhol e outro em português.
246 Título: embora breve, deverá indicar com precisão o assunto tratado no artigo, focando a sua
247 finalidade principal.
248 Nome(s) e Endereço(s) do(s) autor(es): Não deve constar do corpo do manuscrito, pois
249 Arquivos do Instituto Biológico segue revisão por pares duplos cega. Essas informações
250 devem ser inseridas no campo específico do sistema online de submissão.
253 Palavras-chave: abaixo do resumo e separado por um espaço, citar no máximo cinco
254 palavras-chave, separadas por vírgula. Não utilizar termos que apareçam no título.
255 Abstract: apresentar uma tradução para o inglês do título do trabalho e do resumo. A seguir,
256 relacionar também em inglês (ou espanhol) as mesmas palavras-chave (keywords, palabras-
257 clave) já citadas. Não ultrapassar 250 palavras.
258 Introdução: descrever a natureza e o objetivo do trabalho, sua relação com outras pesquisas
259 no contexto do conhecimento existente e a justificativa da pesquisa feita.
260 Material e Métodos: apresentar descrição breve, porém, suficiente para permitir uma
261 repetição do trabalho. Técnicas e processos já publicados, exceto quando modificados,
262 deverão ser apenas citados. Nomes científicos de espécies, bem como drogas, deverão ser
263 citados de acordo com regras e padrões internacionais.
268 Tabelas e Figuras: incluir título claro e conciso que possibilite o seu entendimento sem
269 consultas ao texto. As tabelas não deverão conter linhas verticais. No texto, use a palavra
270 abreviada (ex.: Fig. 3). As figuras devem estar no formato jpg (fotos) ou gif (gráficos e
271 esquemas) e com tamanho inferior a 500 Kb. As figuras originais ou com maior resolução
272 poderão ser solicitadas após o aceite. Devem ser enviadas em arquivos individuais e
273 nomeadas de acordo com o número da figura. Exemplos: Fig1.gif, Fig2.jpg.
274 Conclusões: serão citadas em ordem de importância. Poderão constituir um item à parte ou
275 serem incluídas na discussão.
278 Referências e citações no texto: Citar apenas as referências estritamente necessárias para
279 a compreensão do trabalho. Recomenda-se em torno de 25 referências para artigos e
280 comunicações científicas. Citações no texto e referências estão diretamente vinculadas.
281 Todos os autores citados devem figurar nas referências. A referência no texto deve seguir o
282 sistema sobrenome do autor e ano de publicação e deverá estar em caixa alta reduzida ou
283 versalete, tal como: 1 autor - Allan (1979) ou (Allan, 1979); 2 autores – Lopes; Macedo (1982)
284 ou (Lopes; Macedo, 1982); mais de 2 autores - Besse et al. (1990) ou (Besse et al., 1990);
285 coincidências de autoria e ano de publicação - (Curi, 1998a), (Curi, 1998b) ou (Curi, 1998a,
286 1998b). As referências deverão ser baseadas na NBR 6023/2002, da Associação Brasileira
287 de Normas Técnicas (ABNT), e estar em ordem alfabética de primeiro autor. A exatidão dos
288 dados nas referências é de responsabilidade dos autores.
289 Seguem exemplos que servirão de diretriz para a formatação e apresentação das
290 referências:
304 SIMONI, I.C. Utilização de diferentes linhagens celulares para propagação do vírus da doença
305 infecciosa da bursa. 2001. 77f. Tese (Doutorado em Genética e Biologia Molecular - Área de
306 Microbiologia) - Instituto de Biologia, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2001.
307 Obs.: A primeira data nas dissertações e teses corresponde ao ano de depósito e a segunda
308 ao ano da defesa.
315 BECKMANN, N. (Ed.). Carbon-13 NMR spectroscopy of biological systems. San Diego:
316 Academic Press, 1995. 334p.
318 Capítulo ou parte sem autoria específica – autor da parte é o mesmo autor da obra
319 ALBERTS, B.; BRAY, D.; LEWIS, J.; RAFF, M.; ROBERTS, K.; WATSON, J.D. Cell junctions,
320 cell adhesion, and the extracellular matrix. In: ______. Molecular biology of the cell. 3th.ed.
321 New York: Garland Publications, 1994. 1294p. Chap. 19.
323 BANIJAMALI, A. Thyroid function and thyroid drugs. In: FOYE, W.O.; LEMKE, T.L.;
324 WILLIAMS, D.A. (Eds). Principles of medicinal chemistry. 4th. Ed. Philadelphia: Lippincot
325 Williams & Wilkins, 1995. chap.30, p.688-704.