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“Eu sou o pão da vida

Lucas 24: 28-30


Na bíblia são usados símbolos muito simples, para explicarem coisas muito profundas.
Em todos fatores isto é apresentado, como exemplo: temos o pão que nos representa a alimentação.
No Oriente-Médio, mesmo hoje, tudo continua tão simples e normal que pouco nos
importamos. O costume deste povo é misterioso, eles em especial, gostam muito de parábolas, as
crianças geralmente se intertem com bonitas histórias que lhes são contadas. No geral, o povo aprecia
os versos ditos. O nosso Jesus, pela Sua infinita sabedoria, usava deste meio para que Suas mensagens
ficassem gravadas nos ouvidos e mentes daqueles que lhe assistiam. Como por exemplo temos esta
Palavra de Jesus: “Na verdade, na verdade vos digo...”, isto era para gravar mais. Todos permaneciam
atentos à Palavra do mestre. Jamais algum deles se esqueciam disto. A fama do Senhor espalhava-se ao
redor, cobrindo até mesmo outras nações.
O pão oriental é simples. Nesta Obra, Jesus nos garante o alimento, pois o mundo tem
fome, ele jejua eternamente, porque falta-lhes o alimento. Usam eles de literaturas estragadas para
saciarem, porém tudo continua vazio.
Para o nosso Jesus poder dizer que ele era o Pão da Vida, custou-lhe um alto preço. Em
toda milenar história humana, nenhum outro homem poderia referir isto: que ele fosse o pão vivo que
desceu do céu. Só mesmo o divino Jesus, a palavra viva, tinha autoridade para dizer isto.
Como dissemos, o pão oriental possui sete formas seqüenciadas para a sua formação.
Este pão era produzido do trigo; para os orientais, uma pequena semente deste necessário cereal era
preciosa. Em Israel, devido a aridez do solo, era muito penoso plantar uma semente, cujo valor era
inestimável. Com muita razão eles davam um grande valor também a um pedaço de terra que lhes
pertencia. Quando uma semente era lançada na terra, todo o coração do semeador ia junto, pois ele
permanecia na dúvida, se aquela semente germinaria ou não, ele tirava-a, ela poderia ser sua
alimentação. Com toda esperança lançava ao solo para crescer.
Os processos são os seguintes:

1o - Semear

A semente quando lançada na terra já preparada deve morrer para que possa dar frutos.
Em João 12:24, diz que se o grão morre, dará muitos frutos, dando lugar a uma planta.

2o - Crescimento

O crescer exigia um grande fator. O tempo. O semeador tranqüilizava-se ao saber que o


sol, a chuva, enfim, o tempo incumbiria de ajudá-lo.

3o - Colher

Semente depois de madura, a espiga ia ser ceifada pelo semeador, que, com sua foice
saia ao trigal para colhê-lo. Era um grande fato, uma festa em Israel quando isto acontecia.
4o - Peneiração

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Depois de colhido, o trigo imediatamente é levado para a eira. Uma ampla e plana área
destinada para a secagem completa, eram apanhados alguns bois que passavam por cima de todo o
trigo, espalhando a eira. Neste processo, elas estavam sendo debulhadas. Normalmente uma aldeia
possuía uma só eira. Enquanto os animais trabalhavam, os ceifeiros ajuntados, ficavam a conversar
sobre vários assuntos do reino, e no mesmo tempo apreciavam a beleza do local lhes trazia.
Depois de cirandado, tudo era colocado em peneiras, para que pudesse fazer a separação
do trigo e da palha. Os peneirantes lançavam o trigo juntamente com a palha para cima e no ar, o vento
levava a palha, mas o trigo descia para a peneira. As crianças gostavam de brincar neste lugar bonito.
O nosso Jesus quando menino, também brincava ali.

5o - Moer

Depois do processo anterior, apanhava-se o trigo e levava-o para ser moído. Havia duas
pedras justapostas, com um orifício, onde era colocado o trigo. Interessante que nesta hora, este serviço
de moer competia às mulheres. Razão pela qual, Jesus disse que duas estarão moendo: uma será levada,
a outra ficará. As duas mulheres, para este serviço, ficavam assentadas no chão trabalhando naquelas
pedras. É um serviço muito alegre, por sinal. Enquanto as moedoras trabalhavam, as pedras faziam um
barulho característico, e elas aproveitavam para cantarem louvores a Deus. Toda a família aldeiante
possuía um moinho, onde o trigo era moído e saia fino.

6o - Amassar

Todo esse trigo fino e branco era apanhado e untado com azeite, água e outros
ingredientes de tempero, e sofria o processo de ser batido, ou amassado, para que a massa estivesse
pronta para ir ao forno.

7o - Assar

Depois, esta massa em vasilha própria, era colocada dentro de um forno para ser assado.
O forno continha algumas pedras que eram aquecidas, elas ficavam bastante quentes. A boca do forno
era fechada, e depois de certo tempo era novamente aberta e já poderia retirar o pão que se formara
daquela massa. O seu perfume exalava por toda a casa. A sua forma assemelhava a um disco, um
pouco achatado e redondo.
Finalizando, o pão para chegar ao seu estado natural, passava por um processo
trabalhoso. Para Jesus dizer “Eu sou o Pão da Vida”, também ocorreu este processo. Jesus não tinha
nada que vir aqui entre nós. Ele despojou-se do seu corpo de glória, para vestir-se deste corpo
corruptível, para nos salvar. Ele disse ao Pai: Eu quero sofrer como eles sofrem, ter medo, ter fome, ter
sede, sentir cansaço. Eu vou morrer por eles. Quero sentir a morte, solidão, quero passar o que eles
passam. Aleluia! E o valente do Senhor aqui veio. Ainda quando criança já era perseguido, e assim foi
perseguido do colo até a morte, até ao túmulo. O nosso Jesus.

1o - Semear

O grande semeador divino, Deus Pai, saiu a semear o Seu próprio filho. E a semente
saiu das mãos quentes do Pai. Ficou no chão frio e úmido da terra, morrendo nesta hora para si mesmo.
Por isto Jesus pregou que nós devemos renunciar a nós mesmos e seguirmos, pois naquele ato, Jesus
estava abandonando a Si mesmo para cumprir a função de amar os pecadores.
2o - Crescer
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Há muitos que não gostam de rotina. Contudo, a vida de Jesus era uma perfeita rotina.
Seu dia a dia era uma perfeita rotina, rotina que consistia em estar na sinagoga, a casa do Pai celestial,
na carpintaria, a casa do trabalho, em sua casa, que não era sua propriedade dita, e sim dos seus pais
terrenos. Jesus não tinha diversões. Ele estava crescendo. Diz a Palavra que ele crescia em graça,
sabedoria e estatura. Aí está o pé de trigo tomando forma. Este crescimento veio em função do tempo.
Com o sol, a tribulação, a chuva, as dificuldades, mas na hora certa ele amadurecia.

3o - Colher

Para o sacerdote, a idade de 30 anos era-lhe muito especial, pois com esta idade ele
estaria apto para começar o seu sacerdócio. Jesus cumprindo a lei, já maduro, iniciou o seu ministério
também com 30 anos.
Jesus é o sumo sacerdote de uma nova aliança, lembramos da pergunta de Isaque ao seu
pai: “Onde está o cordeiro para o holocausto?”. Esta pergunta veio rasgando os séculos, até chegar e
deter-se diante de João que, vendo Jesus aproximar-se exclama: “Es o Cordeiro de Deus que tira o
pecado do mundo”, respondendo àquela questionante pergunta. O nosso Jesus, não tinha pecado para
confessar, mas sobre Ele viria o Espírito Santo com a foice, que é a Palavra do Senhor que dizia: “eis o
meu filho amado, a ele ouvi”. Jesus foi colhido naquela hora, estava maduro.
Muitas vidas o Senhor não usou ainda, porque não estão totalmente maduras, porém no
devido tempo, o Senhor as usará.

4oPeneirar

Jesus foi levado até o deserto para sofrer o processo de provação. Ali Ele sofreu as
tentações, sendo provado por nós. Ele foi passado por uma peneira de crino fino. No deserto, sofreu
três tipos de provações, que são semelhantes as de Adão:

1 - O pão: Carne
2 - Adoração: Idolatria
3 - Poder do mundo: Soberba dos olhos.

Adão tinha tudo para não pecar e pecou. Jesus tinha tudo para pecar, mas não pecou.

5o - Moer

Jesus foi moído por/entre duas pedras. Foi no Getsêmani que Ele sofreu a prensa. Moído
pelas nossas iniqüidade, moído por nós, prensado. Diante de Deus no jardim Ele orou ao Pai. Faça-se a
Tua vontade. Fisicamente no corpo Ele teria não suportado, mas aprouve a Deus moê-lo fazendo-o
enfermar para curar-nos.

6o - Amassar

Era a hora da mistura, onde o azeite, o Sal e outros temperos estariam entrando em ação.
Jesus estava nas mãos dos homens e era Ele uma massa sem forma, sendo torturado e desfigurado nas
mãos dos pecadores. Ele sendo Deus se fez homem, todavia, nem homem era mais naquela hora, se
transformou em uma massa, um trapo humano. Cada um queria tirar uma casquinha de Jesus. Mas
Jesus na cruz fez a intercessão extraordinária. Pai perdoa-os. Ele disse isto dentro de sua vida.
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7o - Assar

Jesus depois de sofrer esta cruciante morte, foi colocado no forno, “o túmulo”. O forno
foi fechado. Uma grande “pedra” foi colocada no túmulo com o selo do império romano. Mas Deus
não dá satisfação ao homem, o Seu Santo não verá corrupção, a boca da caverna foi aberta, Jesus
“ressurgiu”.
Quando saiu dali, era já o pão saindo do forno, agora podemos comer deste pão, Jesus
passou por tudo isto para não permitir que nós morrêssemos nos nossos pecados. Daí a Palavra que
Ele veria o fruto do seu penoso trabalho, e ficará satisfeito. Nós somos o seu fruto. Jesus tem nos
mostrado o melhor do seu Reino. Pão vivo que desceu do céu.
Levítico 2:1-2 e 4-8.
João 6:48
Quando Jesus disse que ele era o Pão da vida, ele estava mostrando a necessidade que
todos nós temos de alimentar.
Antigamente, o culto levítico tinha oferta de manjares, e nela os homens apanhavam o
fruto que tiravam do seu esforço. Era o pão de movimento. Os seus ingredientes eram:
1o - A flor de farinha, era o símbolo daquilo que o homem pode dar.
2o - O azeite.
Tudo era juntado. Isto é a aplicação na nossa vida, nosso esforço, a flor de farinha, que
era o símbolo daquilo que o homem podia dar.
O azeite é o símbolo da unção, a farinha sozinha não faz o pão, falta o azeite. Somos nós
quem fabricamos o pão. Quando o homem encontra Jesus, Ele se manifesta através de nós.
A Igreja está dando o pão, o corpo partido de Jesus alimentando o mundo através de
nós, a Igreja. Ninguém fala de Jesus se não for na unção.
3o - Incenso, ele era usado para dar cheiro ao pão, para que quando assado, pudesse
sentir o cheiro do pão, que é diferente do pão velho - este não serve.
Jesus está sendo fabricado por nós, em nós, pois a Igreja é a maior evidência do pão da
vida. O incenso fazia com que o pão desse o bom cheiro.
Somente aquele que fabricou poderá dizer quanto vale o pão. Nesta Obra o pão velho
não serve, pão vivo é hoje, feito na hora. Só o padeiro espiritual sabe o preço deste pão e os
ingredientes ali aplicados. Os ingredientes são as lutas aplicadas, para se fazer o pão. As lutas que o
fabricante enfrenta.
O forno era no porão, no interior da casa. O forno é símbolo das aflições, o pão só pode
ser usado, ou seja, assado, no calor do Espírito.
A assadeira é o símbolo do exterior do homem.
Vidas que andam com o evangelho sem lutas no coração, não servem.
Jesus é fabricado em nós:
Ninguém pode falar de Jesus sem dar-lhe o melhor de sua vida, a flor de farinha..
Sem unção também não. O azeite.
E depois, glorificar ao Senhor sem ser uma vida de oração, também não serve, o
incenso.
O pão do movimento, hoje é o próprio movimento.

Maramata, o Senhor Jesus vem!

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