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O Pão

“A palavra de Deus é viva, eficaz e mais penetrante do que qualquer


espada de dois gumes; ela penetra até o ponto onde a alma e o espirito
se encontram, e até onde as juntas e medulas se tocam; ela sonda os
sentimentos e pensamentos mais íntimos. Não existe criatura que possa
esconder-se de Deus; tudo fica nu e descoberto aos olhos Dele; e a Ele
devemos prestar contas.” (Hebreus 4, 12-13)
Começo essa reflexão sobre a Palavra de Deus com esse trecho que nos
questiona sobre como eu olho e como eu vivo os ensinamentos
evangélicos e ainda, como eles podem me levar à felicidade.

O homem vive uma dualidade dentro de si, onde apresenta uma


tendência pecaminosa de se afastar de Deus e uma incrível atração pelo
Sagrado e essa busca pelo Deus Vivo se dá a todo momento. Só uma
experiência profunda do Amor de Deus e de sua Palavra pode quebrar
essa divisão interior do homem.

O autor do livro dos Hebreus mostra que só pelo conhecimento da


Bíblia conseguimos separar o certo e o errado. Ajuda a compreender
quem somos e quem é Deus.

Poderíamos falar da divisão da Bíblia e de todos seus livros, mas o que


adianta qualquer conhecimento intelectual se o que eu preciso é
conhecer o próprio Deus que se manifesta em minha existência.

Então a Bíblia tem que mexer em minha vida. Ela tem que fazer a
diferença em minhas atitudes, pois lendo a Palavra de Deus, estou
lendo o Próprio Deus.

Não podemos mais viver com um pé na Igreja e um pé no mundo!

Tenho que tomar uma atitude definitiva diante de Deus.

Tenho que viver conforme a vontade do Senhor.

Podemos ser curados pela palavra que Deus nos dá e que a Igreja nos
aponta, pois ela já nos dá um caminho de espiritualidade baseada na
Bíblia, oferecendo a cada dia leituras para vivenciarmos o Amor de
Deus e ainda nos orientar nas atitudes e caminhos para a felicidade.
Para terminar é importante saber que para toda dificuldade e até para
toda doença existe a cura: “Não foi erva nem unguento que os curou, e
sim tua palavra, Senhor, que cura todas as coisas.” (Sabedoria 16,12)
Em todos os tempos, mesmo nos mais remotos, foi o pão o principal
alimento dos hebreus. Trigo e cevada, ou em separado, ou juntamente
com outros grãos ou legumes, eram triturados ou pisados no pilão –
misturava-se depois a farinha, com água, podendo deitar-se lhe um
pouco de sal, e por fim era cozida. Mais tarde começou a usar-se o
fermento e substâncias aromáticas. Para fazer pão, amassava-se a
farinha em gamelas, com as mãos ou com os pés, como os árabes ainda
hoje fazem (Gn 18.6). A amassadura era, algumas vezes, feita numa
peça circular de couro, que facilmente podia ser levantada e levada de
terra em terra, como convinha a um povo nômade. Davam, às vezes, ao
pão a forma de um bolo muito delgado, outras vezes tinha a espessura
de um dedo. o processo de cozer o pão era rápido. Todas as manhãs
era moído o trigo, e até se fazer o pão decorriam vinte minutos. Este
era o pão asmo, que somente se usava em caso de necessidade (Gn
19.3), ou para fins cerimoniais. o pão fermentado requeria mais tempo,
por causa da fermentação. Um pouco de massa do dia anterior era
dissolvido em água, e com isto se misturava a farinha, sendo depois
tudo bem amassado. Esperava-se, então, que a massa estivesse
completamente levedada. o A.T. refere-se a três diferentes métodos de
cozer o pão. Em 1 Rs 19.6 lê-se: ‘olhou ele e viu, junto à cabeceira um
pão cozido sobre pedras em brasa.’ Este é, ainda hoje, o processo
seguido pelos árabes. Sobre lajes acendia-se o lume com palha, ramos
secos, e esterco de camelo. Quando a pedra estava bem quente, as
cinzas eram removidas, sendo depois os bolos da massa postos sobre as
pedras quentes, e as cinzas trazidas outra vez para o seu lugar.
Passados alguns minutos, eram as cinzas novamente retiradas, mas
simplesmente pelo tempo necessário para se voltar o pão. Nas cidades
havia padarias, havendo uma classe de padeiros profissionais. Mas
geralmente possuía cada casa o seu próprio forno, que era um grande
vaso de barro, no fundo do qual se acendia o lume. Quando estava
aquecido, os pães eram cozidos tanto na parte interior como na parte
exterior daquele fogão. Nas pequenas povoações fazia-se uma cova no
chão, revestindo-se o fundo e as paredes com uma camada de barro, a
qual, com o fogo, se tornava dura e macia – a parte mais baixa oferecia
boas condições de aquecimento para receber a massa para o pão. Em
geral eram as mulheres que se ocupavam neste trabalho, mas os
profissionais eram sempre homens. Em Jerusalém havia um bairro
onde se fabricava o pão (Jr 37.21). 

PÃO, Alimento assado, às vezes fermentado,


que tem como ingrediente básico farinha de trigo ou de milho. A
palavra hebraicaléhhem e a grega ártos são traduzidas “pão”. (1Sa
10:4; Mt 14:17) Os pães não raros eram redondos. (Jz 7:13; 1Sa 10:3;
Je 37:21) De fato, a palavra hebraica kikkár (pão redondo) literalmente
significa “algo redondo”. (1Sa 2:36) Naturalmente, os pães eram feitos
também em outros formatos. Um papiro egípcio menciona mais de 30
formatos de pão. O pão era o alimento básico dos judeus e de outros
povos da antiguidade, a arte da panificação sendo de conhecimento
geral entre os israelitas, os egípcios, os gregos, os romanos e outros.
Mesmo nos tempos modernos, em algumas partes do Oriente Médio, o
pão é de importância capital, e outros tipos de alimentos são de
importância secundária. Às vezes, a Bíblia parece usar o termo “pão”
para referir-se a alimento em geral, como em Gênesis 3:19, e na
oração-modelo, que inclui o pedido: “Dá-nos hoje o nosso pão para este
dia.” — Mt 6:11; compare isso com Ec 10:19 n.

Antigas amostras de terras bíblicas incluem bolos ou pães redondos,


ovais, triangulares e cuneiformes, relativamente finos, e pães grossos e
compridos. Contudo, parece que os pães grossos, como os do mundo
ocidental, não eram comuns no antigo Oriente Médio. Ainda hoje, o
pão oriental é assado fino, geralmente tendo 1 a 2,5 cm de espessura e
cerca de 18 cm de diâmetro.

Ao fabricarem pão, os hebreus, em geral, usavam farinha de trigo ou


de cevada. (2Rs 4:42; Jo 6:9; compare Êx 34:22 com Le 23:17.) O trigo
era mais caro, de modo que as pessoas não raras tinham de contentar-
se com pão de cevada. Faz-se referência ao pão de cevada em Juízes
7:13, 2 Reis 4:42 e João 6:9, 13. Algumas farinhas eram um tanto
granulosas, sendo preparadas mediante o uso do gral e do pilão. No
entanto, usava-se também “flor de farinha”. (Gên 18:6; Le 2:1; 1Rs
4:22) O maná que Deus forneceu aos israelitas durante sua jornada no
ermo era moído em moinhos manuais ou pilado num gral. — Núm
11:8.

Costumava-se moer o cereal e assar pão fresco diariamente, e, não


raro, o pão não continha fermento (hebr.: matstsáh). A farinha era
simplesmente misturada com água, e não se adicionava fermento antes
de se trabalhar a massa. Para a fabricação do pão fermentado, o
método usual era tomar um pouco da massa, reservada dum anterior
cozimento, e empregá-la como agente fermentativo, desmanchando-a
na água, antes de acrescentar a farinha. Tal mistura era amassada e se
deixava descansar até levedar. — Gál 5:9.

Certas ofertas feitas a Deus pelos israelitas consistiam de coisas


assadas. (Le 2:4-13) Não se permitia usar fermento em ofertas feitas
por fogo a Yehowah, embora determinadas ofertas não fossem
queimadas no altar e pudessem conter fermento. (Le 7:13; 23:17) Não
era permitido usar pão fermentado na Páscoa e na Festividade dos
Pães Não Fermentados associada com ela. — Êx 12:8, 15, 18.

A importância do pão na dieta diária nos tempos bíblicos é indicada


em repetidas referências a ele nas Escrituras. Por exemplo,
Melquisedeque “trouxe para fora pão e vinho” antes de abençoar a
Abraão. (Gên 14:18) Ao mandar Agar e Ismael embora, Abraão
“tomou pão e um odre de água, e deu-o a Agar”. (Gên 21:14) Quando
estava preso, Jeremias recebia uma ração diária de “um pão redondo”.
(Je 37:21) Em duas ocasiões, Jesus Cristo milagrosamente multiplicou
pães para alimentar grandes multidões. (Mt 14:14-21; 15:32-37) Jesus
ensinou seus seguidores a orar pedindo “pão para o dia, segundo as
exigências do dia”. (Lu 11:3) E o salmista apropriadamente identificou
a Deus como aquele que dá “pão que revigora o próprio coração do
homem mortal”. — Sal 104:15.

Uso Figurado: O termo “pão”, conforme usado na Bíblia, tem diversas


aplicações figuradas. Por exemplo, Josué e Calebe disseram aos
israelitas reunidos que os habitantes de Canaã “são para nós pão”,
pelo visto significando que eles podiam ser facilmente conquistados e
que essa experiência sustentaria e fortaleceria Israel. (Núm 14:9)
Grande pesar, que pode estar associado com o desfavor divino, parece
refletir-se no Salmo 80:5, onde se diz de Yehowah, o Pastor de Israel:
“Tu os fizeste comer o pão de lágrimas.” Fala-se também de Yehowah
que daria a seu povo “pão em forma de aflição e água em forma de
opressão”, evidentemente referindo-se a condições que o povo
enfrentaria quando estivesse sitiado e que lhe seriam tão comuns como
pão e água. — Is 30:20.

Ao falar sobre aqueles que são tão iníquos que “não dormem a menos
que façam alguma maldade”, o livro de Provérbios diz: “Alimentaram-
se do pão da iniquidade.” (Pr 4:14-17) Sim, eles parecem sustentar-se
de ações iníquas. Sobre alguém que talvez obtenha as provisões
materiais para a vida por meio de engano ou fraude, Provérbios 20:17
diz: “O pão ganho mediante falsidade é agradável ao homem, mas
depois a sua boca se encherá de cascalho.” Mas, sobre a boa e laboriosa
esposa, diz: “Não come o pão da preguiça.” — Pr 31:27.

A Bíblia também usa “pão” figuradamente em sentido favorável. Isaías


55:2 mostra que as provisões espirituais de Deus são muito mais
importantes do que as coisas materiais, dizendo: “Por que continuais a
pagar dinheiro por aquilo que não é pão e por que é a vossa labuta por
aquilo que não resulta em saciedade? Escutai-me atentamente e comei
o que é bom, e deleite-se a vossa alma com a própria gordura.” 

Ao instituir a nova refeição que celebraria sua morte (em 14 de nisã de


33 EC), “Jesus tomou um pão, e, depois de proferir uma bênção,
partiu-o, e, dando-o aos discípulos, disse: ‘Tomai, comei. Isto significa
meu corpo.’” (Mt 26:26) O pão significava o próprio corpo carnal de
Jesus “que há de ser dado em vosso benefício”. — Lu 22:19; 1Co 11:23,
24.

Visto que eram relativamente finos e, se não fermentados, quebradiços,


os pães eram partidos, em vez de cortados. Portanto, em si, não há
nada de especial em Jesus ‘partir’ o pão usado ao instituir a Refeição
Noturna do Senhor (Mt 26:26), sendo está a maneira costumeira de
partilhar o pão. — Mt 14:19; 15:36; Mr 6:41; 8:6; Lu 9:16; At 2:42, 46,
Int.

Cerca de um ano antes, Jesus Cristo contrastara “o pão que desce do


céu” com o maná consumido pelos israelitas no ermo e declarara
explicitamente: “Eu sou o pão da vida.” Ele mostrou que era “o pão
vivo que desceu do céu”, acrescentando: “Se alguém comer deste pão,
viverá para sempre; e, de fato, o pão que eu hei de dar é a minha carne
a favor da vida do mundo.” (Jo 6:48-51) Este ‘comer’ teria de ser feito
em sentido figurado, por se exercer fé no valor do sacrifício humano
perfeito de Jesus. (Jo 6:40) Jesus apresentou o mérito do seu sacrifício
resgatador a seu Pai, quando ascendeu ao céu. Por meio deste mérito,
Cristo pode dar vida a todos os obedientes da humanidade. Conforme
predito sob inspiração divina, Jesus nasceu em Belém, que significa
“Casa de Pão” (Miq 5:2; Lu 2:11), e por intermédio de Jesus Cristo
provê-se o “pão” que dá vida a toda a humanidade crente. — Jo 6:31-
35.

VINHO: FERMENTADO OU NÃO FERMENTADO?

Segue-se um exame da palavra bíblica mais comumente usada para vinho.


A palavra grega para "vinho", em Lc 7.33, é oinos. Oinos pode referir-se a
dois tipos bem diferentes de suco de uva:

(1) suco não fermentado, e (2) vinho fermentado ou embriagante. Esta


definição apóia-se nos dados abaixo.

(1) A palavra grega oinos era usada pelos autores seculares e religiosos,
antes da era cristã e nos tempos da igreja primitiva, em referência ao suco
fresco da uva (ver Aristóteles, Metereologica, 387.b.9-13).

(a) Anacreontes (c. de 500 a.C.) escreve: "Esprema a uva, deixe sair o
vinho [oinos]" (Ode 5).

(b) Nicandro (século II a.C.) escreve a respeito de espremer uvas e chama


de oinos o suco daí produzido (Georgica, fragmento 86).

(c) Papias (60-130 d.C.), um dos pais da igreja primitiva, menciona que
quando as uvas são espremidas produzem "jarros de vinho [oinos]" (citado
por Ireneu, Contra as Heresias, 5.33.3 - 4).

(d) Uma carta em grego escrita em papiro (P. Oxy.729; 137 d.C.), fala de
"vinho [oinos] fresco, do tanque de espremer" (ver Moulton e Milligan,
The Vocabulary of the Greek Testament, p. 10).

(e) Ateneu (200 d.C.) fala de um "vinho [oinos] doce", que "não deixa
pesada a cabeça" (Ateneu, Banquete, 1.54).
Noutro lugar, escreve a respeito de um homem que colhia uvas "acima e
abaixo, pegando vinho [oinos] no campo"(1.54).

Para considerações mais pormenorizadas sobre o uso de oinos pelos


escritores antigos, ver Robert P. Teachout: "0 Emprego da palavra 'Vinho'
no Antigo Testamento". (Dissertação de Th.D. no Seminário Teológico de
Dallas,1979).

(2) Os eruditos judeus que traduziram o AT do hebraico para o grego c. de


200 a.C. empregaram a palavra oinos para traduzir várias palavras
hebraicas que significam vinho.
Noutras palavras, os escritores do NT entendiam que oinos pode referir-se
ao suco de uva, com ou sem fermentação.

(3) Quanto a literatura grega secular e religiosa, um exame de trechos do


NT também revela que oinos pode significar vinho fermentado, ou não
fermentado.

Em Ef 5.18, o mandamento: "não vos embriagueis com vinho [oinos]"


refere-se ao vinho alcoólico.

Por outro lado, em Ap 19.15 Cristo é descrito pisando o lagar.


0 texto grego diz: "Ele pisa o lagar do vinho [oinos]" ; o oinos que sai do
lagar é suco de uva (ver Is 16.10 nota; Jr 48.32,33 nota).
Em Ap 6.6, oinos refere-se as uvas da videira como uma safra que não deve
ser destruída.
Logo, para os crentes dos tempos do NT, "vinho" (oinos) era uma palavra
genérica que podia ser usada para duas bebidas distintivamente diferentes,
extraídas da uva: o vinho fermentado e o não fermentado.

(4) Finalmente, os escritores romanos antigos explicam com detalhes vários


processos usados para tratar o suco de uva recém-espremido, especialmente
as maneiras de evitar sua fermentação.

(a) Columela (Da Agricultura, 12.29), sabendo que o suco de uva não
fermenta
quando mantido frio (abaixo de 10 graus C.) e livre de oxigênio, escreve da
seguinte maneira:
"Para que o suco de uva sempre permaneça tão doce como quando
produzido, siga estas instruções:
Depois de aplicar a prensa as uvas, separe o mosto mais novo [i.e., suco
fresco], coloque-o num vasilhame (amphora) novo, tampe-o bem e revista-
o muito cuidadosamente com piche para não deixar a mínima gota de água
entrar; em seguida, mergulhe-o numa cisterna ou tanque de água fria, e não
deixe nenhuma parte da ânfora ficar acima da superfície.
Tire a ânfora depois de quarenta dias. 0 suco permanecera doce durante um
ano" (ver também Columela: Agricultura e Arvores; Catão: Da
Agricultura).
0 escritor romano Plinio (século I d.C.) escreve: "Tão logo tiram o mosto
[suco de uva] do lagar, colocam-no em tonéis, deixam estes submersos na
água até passar a primeira metade do inverno, quando o tempo frio se
instala" (Plínio, Historia Natural, 14.11.83).
Este método deve ter funcionado bem na terra de Israel (ver Dt 8.7;
11.11,12; SI 65.9-13).

(b) Outro método de impedir a fermentação das uvas é ferve-las e fazer um


xarope (para mais detalhes, ver a parte 2 deste estudo.
Historiadores antigos chamavam esse produto de "vinho" (oinos).
0 Conego Farrar (Smith 's Bible Dictionary, p. 747) declara que "os vinhos
assemelhavam-se mais a xarope; muitos deles não eram embriagantes".
Ainda, 0 Novo Dicionário da Bíblia (p. 1665), observa que "sempre havia
meios de conservar doce o vinho durante o ano inteiro".

O USO DO VINHO NA CEIA DO SENHOR.

Jesus usou uma bebida fermentada ou não fermentada de uvas, ao instituir a


Ceia do Senhor (Mt 26.26-29; Mc 14.22-25; Lc 22.17-20; 1 Co 11.23-26)?
Os dados abaixo levam a conclusão de que Jesus e seus discípulos beberam
no dito ato suco de uva não fermentado.

(1) Nem Lucas nem qualquer outro escritor bíblico emprega a palavra
"vinho" (gr. oinos) no tocante a Ceia do Senhor.
Os escritores dos três primeiros Evangelhos empregam a expressão "fruto
da vide" (Mt 26.29; Mc 14.25; Lc 22.18).
0 vinho não fermentado é o único "fruto da vide" verdadeiramente natural,
contendo aproximadamente 20% de açúcar e nenhum álcool.
A fermentação destrói boa parte do açúcar e altera aquilo que a videira
produz.
O vinho fermentado não é produzido pela videira.

(2) Jesus instituiu a Ceia do Senhor quando Ele e seus discípulos estavam
celebrando a Páscoa.
A lei da Páscoa em Ex 12.14-20 proibia, durante a semana daquele evento,
a presença de seor (Ex 12.15), palavra hebraica para fermento ou qualquer
agente fermentador.
Seor, no mundo antigo, era frequentemente obtido da espuma espessa da
superfície do vinho quando em fermentação.
Além disso, todo o hametz (i.e., qualquer coisa fermentada) era proibido
(Ex 12.19; 13.7).
Deus dera essas leis porque a fermentação simbolizava a corrupção e o
pecado (cf. Mt 16.6,12; 1 Co S.7,8).
Jesus, o Filho de Deus, cumpriu a lei em todas as suas exigências (Mt
5.17).
Logo, teria cumprido a lei de Deus para a Páscoa, e não teria usado vinho
fermentado.

(3) Um intenso debate perpassa os séculos entre os rabinos e estudiosos


judaicos sobre a proibição ou não dos derivados fermentados da videira
durante a Páscoa.
Aqueles que sustentam urna interpretação mais rigorosa e literal das
Escrituras hebraicas, especialmente Ex 13.7, declaram que nenhum vinho
fermentado devia ser usado nessa ocasião.

(4) Certos documentos judaicos afirmam que o uso do vinho não


fermentado na Páscoa era comum nos tempos do NT.
Por exemplo: "Segundo os Evangelhos Sinóticos, parece que no entardecer
da quinta-feira da última semana de vida aqui, Jesus entrou com seus
discípulos em Jerusalém, para com eles comer a Páscoa na cidade santa;
neste caso, o pão e o vinho do culto de Santa Ceia instituído naquela
ocasião por Ele, como memorial, seria o pão asmo e o vinho não
fermentado do culto Seder" (ver "Jesus". The Jewish Encyclopedia, edição
de 1904. V.165).

(5) No AT, bebidas fermentadas nunca deviam ser usadas na casa de Deus,
e um sacerdote não podia chegar-se a Deus em adoração se tomasse bebida
embriagante (Lv 10.9 nota).
Jesus Cristo foi o Sumo Sacerdote de Deus do novo concerto, e chegou-se a
Deus em favor do seu povo (Hb 3.1; 5.1-10).

(6) 0 valor de um símbolo se determina pela sua capacidade de conceituar a


realidade espiritual.
Logo, assim como o pão representava o corpo puro de Cristo e tinha que
ser pão asmo (i.e., sem a corrupção da fermentação), o fruto da vide,
representando o sangue incorruptível de Cristo, seria melhor representado
por suco de uva não fermentado (cf. 1 Pe 1.18,19).
Uma vez que as Escrituras declaram explicitamente que o corpo e sangue
de Cristo não experimentaram corrupção (Sl 16.10; At 2.27; 13.37), esses
dois elementos são corretamente simbolizados por aquilo que não é
corrompido nem fermentado.

(7) Paulo determinou que os coríntios tirassem dentre eles o fermento


espiritual, i.e., o agente fermentador "da maldade e da malícia", porque
Cristo é a nossa Páscoa (1 Co 5.6-E).
Seria contraditório usar na Ceia do Senhor um símbolo da maldade.
i.e., algo contendo levedura ou fermento, se considerarmos os objetivos
dessa ordenança do Senhor.
Bem como as exigências bíblicas para dela participarmos.

Jo 2.11: "Jesus principiou assim os seus sinais em Cana da Galileia e


manifestou a sua glória, e os seus discípulos creram nele. "

O VINHO: MISTURADO OU INTEGRAL?

Os dados históricos sobre o preparo e uso do vinho pelos judeus e por


outras nações no mundo bíblico mostram que o vinho era:

(a) frequentemente não fermentado;

(b) em geral misturado com água.


0 capítulo anterior, aborda um dos processos usados para manter o suco da
uva fresco em estado doce e sem fermentação.
0 presente estudo menciona dois outros processos de preparação da uva
para posteriormente ser misturada com água.

(1) Um dos métodos era desidratar as uvas, borrifa-las com azeite para
mantê-las úmidas e guardá-las em jarras de cerâmica (Enciclopédia Bíblica
Ilustrada de Zondervan, V. 882; ver também Columella, Sobre a
Agricultura 12.44.1-8).
Em qualquer ocasião, podia-se fazer uma bebida muito doce de uvas assim
conservadas.
Punha-se lhes água e deixava-as de molho ou na fervura.
Polibio afirmou que as mulheres romanas podiam beber desse tipo de
refresco de uva, mas que eram proibidas de beber vinho fermentado (ver
Polibio, Fragmentos, 6.4; cf. Plínio, História Natural, 14.11.81).
(2) Outro método era ferver suco de uva fresco até se tornar em pasta ou
xarope grosso (mel de uvas); este processo deixava-o em condições de ser
armazenado, ficando isento de qualquer propriedade inebriante por causa
da alta concentração de açúcar, e conservava a sua doçura (ver Colurnella,
Sobre a Agricultura, 12.19.1-6; 20.1-8; Plínio, Historia Natural, 14.11.80).
Essa pasta ficava armazenada em jarras grandes ou odres.
Podia ser usada como geléia para passar no pão, ou dissolvida em água
para voltar ao estado de suco de uva (Enciclopédia Bíblica Ilustrada, de
Zondervan, V. 882-884).
É provável que a uva fosse muito cultivada para produção de açúcar.
0 suco extraído no lagar era engrossado pela fervura até tornar-se em
liquido conhecido como "mel de uvas" (Enciclopédia Geral Internacional
da Bíblia, V. 3050).
Referências ao mel na Bíblia frequentemente indicam o mel de uva
(chamado debash pelos judeus), em vez do mel de abelha.

(3) A água, portanto, pode ser adicionada a uvas desidratadas, ao xarope de


uvas e ao vinho fermentado.
Autores gregos e romanos citavam várias proporções de mistura adotadas.
Homero (Odisséia, IX 208ss.) menciona uma proporção de vinte partes de
água para uma parte de vinho.
Plutarco (Symposiacas, III.ix) declara: "Chamamos vinho diluído, embora
o maior componente seja a água".
Plínio (Historia Natural, XIV.6.54) menciona uma proporção de oito partes
de água para uma de vinho.

(4) Entre os judeus dos tempos bíblicos, os costumes sociais e religiosos


não permitiam o uso de vinho puro, fermentado ou não.
0 Talmude (uma obra judaica que trata das tradições do judaísmo entre 200
a.C. e 200 d.C.) fala, em vários trechos, da mistura de água com vinho
(e.g., Shabbath 77; Pesahim 1086).
Certos rabinos insistiam que, se o vinho fermentado não fosse misturado
com três partes de água, não podia ser abençoado e contaminaria quem o
bebesse.
Outros rabinos exigiam dez partes de água no vinho fermentado para poder
ser consumido.

(5) Um texto interessante temos no livro de Apocalipse, quando um anjo,


falando do "vinho da ira de Deus", declara que ele será "não misturado",
i.e., totalmente puro (Ap 14.10).
Foi assim expresso porque os leitores da época entendiam que as bebidas
derivadas de uvas eram misturadas com água (ver Jo 2.3 notas).
Em resumo, o tipo de vinho usado pelos judeus nos dias da Bíblia não era
idêntico ao de hoje.
Tratava-se de:

(a) suco de uva recém-espremido;

(b) suco de uva assim conservado;

(c) suco obtido de uva tipo passas;

(d) vinho de uva feito do seu xarope, misturado com água; e

(e) vinho velho, fermentado ou não, diluído em água, numa proporção de


até 20 para 1.

Se o vinho fermentado fosse servido não diluído, isso era considerado


indelicadeza, contaminação e não podia ser abençoado pelos rabinos.
A luz desses fatos, é ilícita a pratica corrente de ingestão de bebidas
alcoólicas com base no uso do "vinho" pelos judeus dos tempos bíblicos.
Além disso, os cristãos dos dias bíblicos eram mais cautelosos do que os
judeus quanto ao uso do vinho (ver Rm 14.21 nota; 1 Ts 5.6 nota; 1 Tm 3.3
nota; Tt 2.2 nota).

GLÓRIA DE JESUS MANIFESTA ATRAVÉS DO VINHO.

Em Jó 2, vemos que Jesus transformou água em "vinho" nas bodas de


Caná.
Que tipo de vinho era esse? Conforme já vimos, podia ser fermentado ou
não, concentrado ou diluído.
A resposta deve ser determinada pelos fatos contextuais e pela
probabilidade moral.
A posição desta Bíblia e Estudo é que Jesus fez vinho (oinos) suco de uva
integral e sem fermentação.
Os dados que se seguem apresentam fortes razoes para rejeição da opinião
de que Jesus fez vinho embriagante.

(1) 0 objetivo primordial desse milagre foi manifestar a sua gloria (2.11),
de modo a despertar fé pessoal e a confiança em Jesus como o Filho de
Deus, santo e justo, que veio salvar o seu povo do pecado (2.11; cf. Mt
1.21).
Sugerir que Cristo manifestou a sua divindade como o Filho Unigênito do
Pai (1.14), mediante a criação milagrosa de inúmeros litros de vinho
embriagante para uma festa de bebedeiras (2.10 nota; onde subentende-se
que os convidados já tinham bebido muito), e que tal milagre era
extremamente importante para sua missão messiânica, requer um grau de
desrespeito, e poucos se atreveriam a tanto.
Será, porém, um testemunho da honra de Deus, e da honra e glória de
Cristo, crer que Ele criou sobrenaturalmente o mesmo suco de uva que
Deus produz anualmente através da ordem natural criada (ver 2.3 nota).
Portanto, esse milagre destaca a soberania de Deus no mundo natural,
tornando-se um símbolo de Cristo para transformar espiritualmente
pecadores em filhos de Deus (3.1-15).
Devido a esse milagre, vemos a glória de Cristo "como a glória do
Unigênito do Pai" (1.14; cf. 2.11).

(2) Contraria a revelação bíblica quanto a perfeita obediência de Cristo a


seu Pai celestial (cf. 4.34; Fp 2.8,9) supor que Ele desobedeceu ao
mandamento moral do Pai: "Não olhes para o vinho, quando se mostra
vermelho... e se escoa suavemente", i.e., quando é fermentado (Pv 23.31).
Cristo por certo sancionou os textos bíblicos que condenam o vinho
embriagante como escarnecedor e alvoroçador (Pv 20.1), bem como as
palavras de Hc 2.15: "Ai daquele que dá de beber ao seu companheiro!... e
o embebedas" (cf. Lv 10.8-11; Pv 31.4-7; Is 25.7; Rm 14.21).

(3) Note, ainda, o seguinte testemunho da medicina moderna.


(a) Os maiores médicos especialistas atuais em defeitos congênitos citam
evidencias comprovadas de que o consumo moderado de álcool danifica o
sistema reprodutivo das mulheres jovens, provocando abortos e
nascimentos de bebes com defeitos mentais e físicos incuráveis.
Autoridades mundialmente conhecidas em embriologia precoce afirmam
que as mulheres que bebem até mesmo quantidades moderadas de álcool,
próximo ao tempo da concepção (c. 48 horas), podem lesar os
cromossomos de um óvulo em fase de liberação, e daí causar sérios
distúrbios no desenvolvimento mental e físico do bebê.
(b)Seria teologicamente absurdo afirmar que Jesus haja servido bebidas
alcoólicas, contribuindo para o seu uso.
Afirmar que Ele não sabia dos terríveis efeitos em potencial que as bebidas
inebriantes tem sobre os nascituros é questionar sua divindade, sabedoria e
discernimento entre o bem e o mal.
Afirmar que Ele sabia dos danos em potencial e dos resultados
deformadores do álcool, e que, mesmo assim, promoveu e fomentou seu
uso, é lançar dúvidas sobre a sua bondade, compaixão e seu amor.
A única conclusão racional, bíblica e teológica acertada é que o vinho que
Cristo fez nas bodas, a fim de manifestar a sua glória, foi o suco puro e
doce de uva, e não fermentado.

ÓLEOS E ESSÊNCIAS NA BÍBLIA – COMO USÁ-LOS?

Na verdade, a bíblia não usa a palavra “essência”, e sim “especiaria” ou


“especiarias”, para se referir aos unguentos, perfumes, óleos e incensos da
época. A palavra “especiaria(s)” é usada 19 vezes no AT e apenas 1 vez no
NT em Ap 18: 13.
Como base para o estudo, tomaremos o livro de Cânticos de Salomão, ou
Cantares, ou Cântico dos cânticos, que significa “O melhor dos cânticos”, e
expressa o desejo do coração do homem de se unir a Deus de maneira plena
e completa. A referência bíblica é Ct 4: 11-16. Da mesma forma que o
beijo e a lavagem dos pés, o ato de ungir com óleo era um ritual costumeiro
entre os judeus quando recebiam um visitante em suas casas [Jo 12: 3; Jo
11: 2; Jo 12: 1-3; Lc 7: 37-38; 44-46; Mt 26: 6-13 (Jo 12: 1-8; Mc 14: 3-
8)].
A unção é como um escudo que nos cobre por inteiro para que o maligno
não tenha poder de nos tocar. A palavra ‘ungido’ e o ato de ungir com
óleo (Mashach) referem-se ao costume de ungir com óleo para consagrar e
santificar as coisas ou as pessoas: Gn 28: 18; Êx 30: 22-33; 2 Sm 1: 21; Is
21: 5; Jz 9: 8; 2 Sm 2: 4; 1 Rs 1: 34; Êx 28: 41; 1 Rs 19: 16; 2 Rs 9: 1-3;
11-13. A pessoa ou coisa ungida se tornava santa (Êx 30: 22-33; 1 Sm 24:
6; 10). A unção era um ato de Deus (1 Sm 10: 1; Sl 89: 20; At 10: 38). A
unção era usada metaforicamente para significar a doação do favor divino
(Sl 23: 5; Sl 92: 10) ou a nomeação para uma função especial do propósito
de Deus (Sl 105: 15; Is 45: 1). Além disso, a unção simbolizava
capacitação para o serviço, e é associada ao derramamento do Espírito de
Deus (1 Sm 10: 1; 6; 9; 1 Sm 16: 13; Is 61: 1; Zc 4: 1-14 – a unção de Deus
sobre Josué e Zorobabel, o sacerdote e o governador de Judá na época da
reconstrução do 2º templo – Ag 2: 21).
Esse emprego é levado até o NT. O uso do azeite para ungir os enfermos
(Tg 5: 14) é entendido da mesma maneira, como algo que aponta para o
Espírito Santo, o doador da vida. No NT nós podemos ver o uso do óleo ou
o ato de ungir em relação a cinco situações:
1) Simbolizando o Espírito Santo trazendo a capacitação divina sobre a
alguém (Lc 4: 18; At 10: 38; 2 Co 1: 21; Hb 1: 9; 1 Jo 2: 20; 27).
2) Como um ungüento, usado de forma medicinal para curar feridas (Lc 10:
34 – a parábola do bom Samaritano; Ap 3: 18 – a igreja de Laodicéia).
3) Como um costume de ungir os mortos com perfumes e especiarias (Mc
14: 8 cf. Jo 19: 39-40; Lc 23: 56; Lc 24: 1; Mc 16: 1).
4) Como um sinal de hospitalidade, associado à lavagem dos pés e ao beijo
(Lc 7: 46; Jo 11: 2; Jo 12: 3).
5) Para com os enfermos (Mc 6: 13; Tg 5: 14).
O óleo da unção representa o Espírito Santo (Ruach haKodesh) ou o
Espírito de Deus (Ruach Elohim). Mashach dá origem
a Mashiach (mâshiyach, em hebraico, ou meshïhã, em aramaico), que quer
dizer ‘ungido’, como eram os reis, juízes, profetas e sacerdotes no AT.
Também passou a ser usada para Messias, ‫משיח‬, o
Ungido (grego: Cristo, Christòs, Χριστός), o esperado salvador ou
libertador de Israel, um homem descendente do rei Davi que irá reconstruir
a nação, trazendo a paz. ‘Ungido’ é encontrado no mínimo dezesseis vezes
no Antigo Testamento, sendo usadas as palavras mâshiyach ou meshiycho
[Lv 4: 3; Lv 4: 5; Lv 4: 16; Lv 6: 15; 1 Sm 2: 10; 1 Sm 24: 6 e 10; 2 Sm 1:
21; 2 Sm 22: 51; Sl 2: 2; Sl 18: 50; Is 45: 1; Ez 28: 14; Zc 4: 14; Dn 9: 25-
26 – quando um anjo anuncia ao profeta Daniel que o Messias surgiria e
seria morto 62 semanas proféticas após a reedificação de Jerusalém, antes
da cidade e do templo serem novamente destruídos (o que aconteceu em 70
DC pelos romanos). No Sl 105: 15 e em 1 Cr 16: 22 – “Não toqueis nos
meus ungidos, nem maltrateis os meus profetas” – a expressão ‘meus
ungidos’, em hebraico, é usada como equivalente a ‘meus profetas’]. No
NT a palavra grega Μεσσίας (Messias) está registrada também apenas duas
vezes: em João 1: 41 e João 4: 25. Christòs é o adjetivo, enquanto o verbo
é chriõ – ungir. Ruach, em hebraico, significa ‘espírito’, ‘vento’. ‘Santo’
(Hagios, gr.) significa: sagrado, puro, sem culpa, consagrado, separado,
digno de ser honrado, semelhante a Deus, ter a natureza mais íntima de
Deus, ser separado e reservado para Deus e para o seu serviço. Ele diz:
“Sede santos porque eu sou santo” (Lv 20: 26).
Ct 4: 11-16:
11 Os teus lábios, noiva minha, destilam mel. Mel e leite se acham debaixo
da tua língua, e a fragrância dos teus vestidos é como a do Líbano.
12 Jardim fechado és tu, minha irmã, noiva minha, manancial recluso, fonte
selada.
13 Os teus renovos são um pomar de romãs, com frutos excelentes: a hena
e o nardo;
14 o nardo e o açafrão, o cálamo e o cinamomo, com toda a sorte de
árvores de incenso, a mirra e o aloés, com todas as principais especiarias.
15 És fonte dos jardins, poço das águas vivas, torrentes que correm do
Líbano!
16 Levanta-te, vento norte, e vem tu, vento sul; assopra no meu jardim,
para que se derramem os seus aromas. Ah! Venha o meu amado para o seu
jardim e coma os seus frutos excelentes!

No versículo 11 o noivo diz que: “mel e


leite se acham debaixo da tua língua, e a fragrância dos teus vestidos é
como a do Líbano”. Mel fala de cura e de amor, doçura. Isso significa que
na nossa língua, na nossa boca, o Senhor espera palavra de cura e de amor
para reerguer aquele que está ferido e caído. O leite fala de alimento,
abundância. Da mesma forma, a palavra de Deus na nossa boca deve ser
alimento abundante para o faminto. Nossas vestes espirituais devem ter a
fragrância dos cedros e das especiarias do Líbano. Ele é famoso por causa
de sua coberta de densa floresta. Ao sul das montanhas há cultivo de
jardins, bosques de oliveiras, vinhedos e pomares de frutas (amoras, figos,
maçãs, damascos, nozes) e pequenos campos de trigo. A vegetação florestal
é de murtas, coníferas e enormes cedros, portanto, é símbolo de fertilidade
e de tirar gozo e proveito da vida e de uma plantação, tirar proveito dos
frutos. A fragrância dos vestidos da noiva apresenta-se ao noivo como o
cheiro das matas e das frutas dos pomares. Simbolicamente, nossas vestes
devem mostrar a alegria, o perfume de Jesus, e a prosperidade de Deus
aonde formos.

No versículo 13 o noivo [a figura de Jesus] fala que


nossos renovos, ou seja, o que brota em nossa vida deve ser como um
pomar de romãs. A romã é uma fruta muito conhecida e popular no oriente
e dela se faz xarope, suco e remédio adstringente. Isso significa que nossas
atitudes e nossas palavras devem servir de remédio para os corações
doentes.

A noiva também comparava o amado a um racimo de flores de hena nas


vinhas de En-Gedi. A hena tem os ramos cobertos de espinhos que
produzem cachos de flores esbranquiçadas e odoríferas nas
extremidades. En-Gedi (‘en-gedhï, fonte da cabra’) é uma fonte de água
fresca a oeste do Mar Morto, na terra de Judá. A fertilidade dessa área, em
meio a uma região tão estéril, tornava-a local ideal para os fora-da-lei, para
encontrar alimento (Ct 1: 14) e como lugar de esconderijo (Davi, por
exemplo). Dessa forma, a noiva dava tanto valor ao amor do marido como
uma fonte de água num lugar deserto e estéril ou como um cacho de flor
perfumada entre as vinhas plantadas em uma terra árida. A hena, é usada
como cosmético para tingir unhas e cabelos, portanto, nossas palavras e
nosso testemunho de vida devem embelezar a vida de todos.

O nardo significa: a presença de Deus conosco todos os dias, adoração ao


Senhor, fortalecimento. Assim, a Igreja tem Cristo como cabeça trazendo-
lhe o fortalecimento. Foi com nardo que Maria, irmã de Lázaro, ungiu
Jesus em Betânia (Jo 12: 1-8). Jesus deseja estar conosco todos os dias,
para que outros possam também conhecê-lO. O nardo se refere à planta
cujo nome científico é Nardostachys jatamansi, uma planta perene da
família da valeriana, mas dotada de raízes ainda mais perfumadas. É nativa
do norte da Índia, onde até hoje é usada para perfumar os cabelos. Nos
tempos bíblicos, o nardo era caríssimo e importado em receptáculos selados
de alabastro que só eram abertos em ocasiões especiais; talvez por isso a
indignação dos discípulos de Jesus pelo seu uso aparentemente indevido
(Jo 12: 1-8, Mt 26: 6-12 e Mc 14: 6-8).

O açafrão é terapêutico, além de tingir e colorir alimentos. Como


terapêutico é anti-espasmódico, ou seja, tira as cólicas e os espasmos. Os
egípcios usavam o açafrão para colorir as mortalhas das múmias. O que
isso significa para nós? Significa que a palavra de Deus na nossa boca vem
tirar as dores e colorir a vida dos que estão “cinzas” e sem motivo para
existir.

O cálamo (gr. Kalamos) significa: cana, caniço, junco. É uma raiz


conhecida como Cana Doce. Só exala perfume quando a raiz é quebrada.
Era de cálamo (junco) a cesta de Moisés, quando foi colocado, ainda bebê,
no rio Nilo. Representa o preço que Jesus pagou pela nossa redenção,
reverência ao Senhor, voltar às raízes, renovação de alianças, humildade.
Significa que devemos ser dependentes do Senhor como crianças que
necessitam crescer e ser ensinadas; que, de tempos em tempos, precisamos
renovar nossa aliança de fidelidade e compromisso com Ele. A unção do
cálamo também significa que precisamos ser “partidos” por Deus,
trabalhados por Ele no nosso interior para que Sua essência possa ser
exalada através de nós. Faz parte do óleo da santa unção dos sacerdotes.

   

O cinamomo é a casca de um tronco que se restaura a cada estação. É a


mesma família do louro, da cássia e da canela. Significa: temor de Deus,
resgate, restauração das coisas pessoais, não voltar a cometer os mesmos
erros do passado.

A canela é semelhante a um arbusto, oriunda do extremo Oriente. Como


ela é macerada (a casca e a sementes) até se tornar pó, é uma figura
profética da aceitação de Jesus Cristo em Sua morte e cruz. Representa
nossa aproximação de Jesus em humildade, despindo-nos da nossa carne,
tornando-nos mais como Ele é, assim como também pode significar paz e
amor no lar.
 

A cássia, junto com o aloés e a mirra (Sl 45: 7-8), compõe o óleo da


alegria. Neste versículo de Ct 4: 14, a bíblia está falando sobre outra planta
que não a ‘aloe vera’, uma das 500 espécies de aloés. A palavra hebraica é
'ahaliym (Strong #174; no feminino, ahalowth, esta sempre usada no
plural). É uma palavra de origem estrangeira e significa ‘aloeswood’, i.e.,
vara, vareta, galhos secos, se referindo à árvore linaloés (pertencente a
várias espécies Aquilaria, da família Thymelaceae), que tem uma madeira
aromática e é oriunda da China, Índia e Sudeste Asiático.
A linaloés (aloeswood ou lign-aloes) é também conhecida como agarwood
(‘madeira de Agar’). Trata-se de uma madeira de resina escura, densa e
perfumada, usada na fabricação de incenso, perfume e pequenas esculturas.
A resina é formada no interior das árvores das espécies Aquilaria infectadas
com o fungo ‘phialophora parasitica’ e é uma madeira muito valorizada na
cultura árabe-médio-oriental por sua fragrância. Existem 70 espécies de
Aquilaria. O aloés deve ter pelo menos trinta anos de idade para produzir
óleo e, para ser extraído, o seu tronco precisa ser machucado ou dilacerado.
Significa: ferir-se, assim como alegria e posição de glória. Portanto, para
conquistar a unção de alegria é preciso, primeiro, nos despir do “eu” e “ser
ferido” pelas mãos do Senhor para remover de nós o que não serve,
extraindo, então, Seu óleo precioso do nosso interior, ou seja, o que temos
de melhor. Cássia significa: potencial, nobreza.
   

A essência de cássia, que também faz parte do óleo da santa unção dos
sacerdotes, é preparada com a casca de uma árvore
chamada Cinnamomum cassia, da mesma família da canela. Cinnamomum
cassia é uma das espécies do gênero Cinnamomum, da família das
Lauraceae, uma pequena planta, semelhante a um arbusto e que atinge até
dez ou quinze metros de altura; tem folhas perenes de coloração
avermelhada quando jovens, com formato oblongo a lanceolado (formato
semelhante a uma lança), um tanto pontiagudo na extremidade e com mais
ou menos dez a quinze centímetros de comprimento. A casca é acinzentada
externamente, e de cor castanha no interior. Seu odor é semelhante ao da
canela que costumamos usar na culinária. As flores são brancas e pequenas.
Os frutos são pequenos, carnudos, com cerca de um centímetro de
comprimento, de coloração arroxeada quando maduros. No Brasil, há dois
nomes distintos para o gênero Cinnamomum, ou seja, a canela e a cássia.
Mas nos EUA e em certos países, os dois nomes (cássia e canela) são
usados sem distinção, ou em alguns países da Europa, ela pode receber
múltiplos nomes, confundindo-a com a canela. Cinnamomum cássia é
conhecida pelos nomes de canela-aromática, canela chinesa, cássia chinesa
ou, simplesmente, cássia. A espécie Cinnamomum cassia é originária do
sudeste da China e da Indochina, mas na atualidade é amplamente cultivada
no sudeste da Ásia (Índia, Indonésia, Laos, Malásia, Taiwan, Tailândia e
Vietnã). No hebraico antigo (língua dos mercadores semitas), era chamada
de qetsiiah (qesī `āh ou qtsiy`ah – ‫)קציעה‬. No grego antigo ela se chamava
kasia (κασία). Os mercadores semitas introduziram o produto no Médio
Oriente, trazendo-o da China. A cássia para mercadoria é a casca da árvore
(Ez 27: 19 fala dessa especiaria como parte do comércio de Tiro, onde está
escrito em Hebraico a palavra ‘qiddah’ – Strong #6916, significando, a
casca de cássia, como em rolos secos ou enrugados). A especiaria é obtida
a partir da remoção da casca da árvore, sendo que a casca interna é raspada,
seca e moída. Os botões também são usados como especiaria.
Da casca (que é chamada de Cassia lignea) era extraída a essência do óleo
da santa unção, mencionado em Êx 30: 24 (qiddah – Strong
#6916). Cassia lignea também é conhecida por outros nomes
como Cinnamomum cassiae cortex, Cassiae cortex. No Sl 45: 8, a palavra
‘cássia’, em hebraico, está escrita como qtsiy`ah – Strong #6916: Cassia
(como descascados), em referência à Cassia lignea, o córtex da
Cinnamomum cássia. A palavra ‘cássia’ aparece três vezes no AT (Êx 30:
24; Sl 45: 8; Ez 27: 19), ao contrário da palavra ‘acácia’ (Shittah – Strong
#7848), que aparece 28 vezes, na grande maioria delas, relacionada ao
Tabernáculo: Êx 25: 5; 10; 13; 23; 28; Êx 26: 15; 26; 32; 37; Êx 27: 1; 6;
Êx 30: 1; 5; Êx 35: 7; 24; Êx 36: 20; 31; 36; Êx 37: 1; 4; 10; 15; 25; 28; Êx
38: 1; 6; Dt 10: 3; Is 41: 19.

A mirra significa: libertação, cura, purificação, mudança de vida, assim


como também era usada pela realeza para ungir as vestes de casamento.
Também era usado como perfume sedutor. Foi usada para preparar Ester
por seis meses, após os quais vieram mais seis meses com outros ungüentos
e perfumarias para levá-la ao rei Assuero (Et 2: 12-13). A mirra é um
arbusto que cresce nas regiões desérticas, especialmente na África (nativa
da Somália e partes orientais da Etiópia) e no Oriente Médio. É também o
nome dado à resina oleosa de coloração marrom-avermelhada obtida da
seiva seca dessa árvore (Commiphora myrrha ou Balsamodendron
myrrha). A palavra origina-se do hebraico, maror ou murr, que significa
“amargo”, por isso é amarga e, muitas vezes, usada na bíblia como
sinônimo de fel. Tem poder de anestesiar e tirar as dores, por isso foi
oferecida a Jesus na cruz (Mt 27: 34 – ‘vinho com fel’; Mc 15: 23 – ‘vinho
com mirra’). Em Pv 31: 6-7 está escrito: “Dai bebida forte (shekhãr) aos
que perecem e vinho aos amargurados de espírito; para que bebam, e se
esqueçam da sua pobreza, e de suas fadigas não se lembrem mais”. A
bebida forte (shekhãr) a que se refere era o vinho de alto teor alcoólico
misturado com a mirra dado pelas mulheres judias aos condenados à cruz
para que pudessem suportar a punição e o sofrimento. No Sl 69: 21 (salmo
profético de Davi) há outra referência à mirra: “Por alimento me deram fel
(Mt 27: 34; Mc 15: 23) e na minha sede me deram a beber vinagre (Jo 19:
28-30)”. Quanto à mirra em relação aos presentes que Jesus recebeu dos
magos após Seu nascimento, nós podemos dizer que eles lhe trouxeram
presentes que confirmavam ser Ele o Messias; em outras palavras, Sua
natureza divina e Sua missão salvadora e redentora: o ouro, simbolizando
um tributo ao Rei dos reis, o precioso da humanidade dado ao Senhor.
Quanto ao incenso, vem confirmar a posição de Jesus como sumo sacerdote
e como nosso intercessor, já que, para nós, o incenso simboliza as orações
dos santos. Em terceiro lugar, os magos lhe deram a mirra, como um ato
profético do Seu sofrimento pela humanidade.

   

A mirra, o cálamo, a cássia, o cinamomo (ou canela) e o azeite de


oliva (= unção e provisão de Deus para um propósito), fazem parte do óleo
da santa unção, com o qual se ungia apenas os sacerdotes (Êx 30: 22-33).
Isso quer dizer que o Senhor nos ungiu com alegria, amor, nobreza,
propósito e humildade, temor e resgate, libertação e cura para que
possamos ser bálsamo e suavizar as dores dos aflitos e desesperançados e
elevá-los para um novo patamar.
O Bálsamo era um produto de Gileade exportado para o Egito (Gn 37: 25 e
43: 11) e para Tiro (Ez 27: 17). É conhecido pelas suas propriedades
curativas (Jr 46: 11; Jr 8: 22 e Jr 51: 8) e frequentemente usado como
cosmético, também empregado para simbolizar livramento de desastres
nacionais. Provavelmente, era uma goma ou especiaria aromática, mas o
sentido original da palavra não é claro e não pode ser atualmente
identificada com qualquer planta em Gileade, a despeito das reivindicações
feitas a favor do produto da zaqqii (Balanites aegyptiaca) e do mastich (Gn
37: 25), produto da Pistacia lenticus, empregada para propósitos curativos.
Em sentido geral, o bálsamo é símbolo de cura da alma, de fortalecimento,
frescor, alívio, calma, paz e equilíbrio. Gileade era a terra ocupada pela
tribo de Gade, Rúben e meia tribo de Manassés (Nm 32: 33-42; Dt 3: 12-
13). É uma região montanhosa, coberta de bosques. Ao sul há um platô
apropriado à criação do gado e rebanhos de ovelhas e cabras. Provia
refúgio para os fugitivos (Jacó e Davi). O significado de Gileade é
‘espinhoso’, talvez por ser região montanhosa, mas é um símbolo da
providência divina suprindo com refrigério, cura e alívio, algo que é gerado
numa situação “espinhosa”. Em outras palavras, junto com a tentação e o
sofrimento, Deus dá livramento e bálsamo (1 Co 10: 13). Como foi escrito
acima, o bálsamo de Gileade, provavelmente era uma goma ou resina,
como o própolis, com propriedades curativas sobre o aparelho digestivo
(vermífugo e contra icterícia) e como antibiótico, e ainda não se pode
provar a sua relação com as resinas da Pistácia lenticus ou da Balanites
Aegyptiaca (árvores comuns no Oriente Médio com propriedades
curativas).
Como você pôde perceber as essências bíblicas relatadas acima são apenas
símbolos físicos da verdadeira unção derramada sobre nós pelo Espírito
Santo, à medida que o nosso crescimento espiritual se processa. Em outras
palavras, os perfumes não devem ser vistos como um veículo para se
conquistar isso ou aquilo, mas um símbolo do que devemos pedir ao
Senhor como dons espirituais e do que Ele pode fazer fluir das nossas mãos
quando desejar nos usar para um determinado propósito. A palavra de Deus
é a força soberana.
A priori, a unção com óleo, como foi descrita no NT, parece se restringir ao
seu uso na cura dos enfermos e como um símbolo externo da unção que
Deus mesmo derramou sobre um filho Seu, separando-o para um ministério
(Mc 6: 13; Tg 5: 14; Lc 4: 18; At 10: 38; 2 Co 1: 21; Hb 1: 9; 1 Jo 2: 20;
27).
Quando não se tem certeza se o Senhor quer o óleo, é melhor não usar.
O incenso é mencionado em alguns trechos bíblicos do AT em relação ao
sacerdócio (Como no Tabernáculo), e provocava a ira de Deus quando era
oferecido a outros deuses:
• Êx 30: 1: 6-9: “Farás também um altar para queimares nele o incenso; de
madeira de acácia o farás... Porás o altar defronte do véu que está diante da
arca do Testemunho, diante do propiciatório que está sobre o Testemunho,
onde me avistarei contigo. Arão queimará sobre ele o incenso aromático;
cada manhã, quando preparar as lâmpadas, o queimará. Quando, ao
crepúsculo da tarde, acender as lâmpadas, o queimará; será incenso
contínuo perante o Senhor, pelas vossas gerações. Não oferecereis sobre ele
incenso estranho, nem holocausto, nem ofertas de manjares; tampouco
derramareis libações sobre ele”.
• Êx 30: 34-38: “Disse mais o Senhor a Moisés: Toma substâncias
odoríferas, estoraque, ônica e gálbano; estes arômatas com incenso puro,
cada um de igual peso; e disto farás incenso, perfume segundo a arte de
perfumista, temperado com sal puro e santo. Uma parte dele reduzirás a pó
e o porás diante do Testemunho na tenda da congregação, onde me
avistarei contigo; será para vós outros santíssimo. Porém o incenso que
fareis, segundo a composição deste, não o fareis para vós mesmos; santo
será para o Senhor. Quem fizer tal como este para o cheirar será eliminado
do seu povo”.
• Lv 10: 1-7: “Nadabe e Abiú, filhos de Arão, tomaram cada um o seu
incensário, e puseram neles fogo, e sobre este, incenso, e trouxeram fogo
estranho perante a face do Senhor, o que lhes não ordenara. Então, saiu
fogo de diante do Senhor e os consumiu; e morreram perante o Senhor. E
falou Moisés a Arão: Isto é o que o Senhor disse: Mostrarei a minha
santidade naqueles que se cheguem a mim e serei glorificado diante de todo
o povo. Porém Arão se calou. Então, Moisés chamou Misael e a Elzafã,
filhos de Uziel, tio de Arão, e disse-lhes: Chegai, tirai vossos irmãos de
diante do santuário, para fora do arraial. Chegaram-se, pois, e os levaram
nas suas túnicas para fora do arraial, como Moisés tinha dito. Moisés disse
a Arão e a seus filhos Eleazar e Itamar: Não desgrenheis os cabelos, nem
rasgueis as vossas vestes, para que não morrais, nem venha grande ira
sobre toda a congregação; mas vossos irmãos, toda a casa de Israel,
lamentem o incêndio que o Senhor suscitou. Não saireis da porta da tenda
da congregação, para que não morrais; porque está sobre vós o óleo da
unção do Senhor. E fizeram conforme a palavra de Moisés”.
• 2 Cr 29: 11: “Filhos meus [o rei Ezequias estava dizendo para os levitas
e para os sacerdotes, ao abrir novamente o templo que ficou fechado
durante o governo do seu pai Acaz por causa do jugo assírio], não sejais
negligentes, pois o Senhor vos escolheu para estardes diante dele para o
servirdes, para serdes seus ministros e queimarem incenso”.
• Sl 141: 2: “Suba à tua presença a minha oração, como incenso, e seja o
erguer de minhas mãos como oferenda vespertina”. 
• Is 65: 3: “povo que de contínuo me irrita abertamente, sacrificando em
jardins e queimando incenso sobre altares de tijolos”.
• Jr 44: 8: “Por que me irritais com as obras de vossas mãos, queimando
incenso a outros deuses na terra do Egito, aonde viestes para morar, para
que a vós mesmos vos elimineis e para que vos torneis objeto de desprezo e
de opróbrio entre todas as nações da terra?”
• Ap 5: 8: “E, quando tomou o livro, os quatro seres viventes e os vinte e
quatro anciãos prostraram-se diante do Cordeiro, tendo cada um deles uma
harpa e taças de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos”.
• Ap 8: 3-4: “Veio outro anjo e ficou de pé junto ao altar, com um
incensário de ouro, e foi-lhe dado muito incenso para oferecê-lo com as
orações de todos os santos sobre o altar de ouro que se acha diante do
trono; e da mão do anjo subiu à presença de Deus a fumaça do incenso,
com as orações dos santos” [santos: os que são perdoados e santificados
pelo sangue de Jesus por terem aceitado o sacrifício da cruz e se separaram
para Ele, casados ou solteiros].
Sabendo disso, ou seja, que para Deus, hoje, o incenso que Ele quer é a
oração dos Seus filhos, não precisamos mais queimar incenso em nossa
casa, como muitos fazem para “purificar o ambiente”. Não é o ato de
queimar incenso que nos purifica dos nossos pecados, e sim o sangue de
Jesus que é derramado sobre nós quando oramos arrependidos, pedindo Seu
perdão pelas nossas transgressões.
Autora: Pastora Tânia Cristina Giachetti

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