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Caiu no golpe do Pix? Dinheiro


pode ser recuperado, mas há
condições

Tilt: como recuperar dinheiro perdido e…

Simone Machado
Colaboração para Tilt, em São José do Rio
Preto (SP)
30/05/2023 04h00
Atualizada em 31/05/2023 09h26

Ouvir artigo 9 minutos

O Pix agilizou as transferências rápidas,


mas facilitou também a vida de quem
vive aplicando golpes. Através do
sistema de pagamento, os
estelionatários conseguem colocar as
mãos no dinheiro muito mais rápido,
seja sacando ou fazendo
movimentações financeiras. Isso impede
a vítima de perceber a cilada e pedir o
cancelamento da operação.

O que muita gente pergunta ao ser


vítima é: "Dá para ter o dinheiro de
volta?". Segundo a Febraban
(Federação Brasileira de Bancos), a
resposta é: depende. Já advogados
especialistas em direito digital
consultados por Tilt dão outra visão: é
possível, mas considerando certas
condições.

Para a associação de instituições


financeiras, cada banco "tem sua própria
política de análise e devolução, baseada
em análises individuais, considerando
as evidências apresentadas pelos
clientes e informações das transações
realizadas".

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horas'

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minha conta'

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um novo

Segundo a Febraban, os bancos


investem até R$ 3 bilhões por ano em
sistemas de tecnologia da informação
voltados para segurança.

Caí no golpe e passei dinheiro


pelo Pix; o que devo fazer?

Já advogados consultados pela


reportagem orientam vítimas a seguir a
seguinte lista de orientações:

Comunicar o banco para o qual o


dinheiro foi enviado e pedir o
bloqueio da quantia;

Avisar o banco no qual é correntista


e solicitar o congelamento dos
fundos;

Fazer um boletim de ocorrência;

Entregar o B.O. aos bancos e pedir


pelo procedimento de ressarcimento.

Antes de efetivar uma transferência via


Pix, o sistema mostra:

nome completo;

banco;

alguns dos números do CPF ou


CNPJ do destinatário -- em alguns
casos, a chave Pix é o próprio CPF.

Essas informações ficam salvas no


comprovante virtual da transação e são
essenciais na hora de fazer a denúncia
e tentar reaver o dinheiro.

O primeiro e segundo passos precisam


ser executados rapidamente e podem
ser por telefone. Se a vítima entrar em
contato com o banco para onde o
dinheiro foi, a instituição pode bloquear
a movimentação e impedir outras
vítimas de caírem no golpe. Caso o
dinheiro ainda esteja na conta, fica mais
fácil recuperar o valor transferido.
Depois disso, é preciso procurar a
Polícia Civil e registrar um boletim de
ocorrência.

"Esse procedimento é importante


para que a polícia seja alertada de que
há criminosos aplicando golpes e haja
uma investigação
Bruna Thalita, advogado especialista em Direito
Digital

Com o B.O., a vítima deve entrar em


contato com o seu banco e verificar qual
o procedimento para tentar reaver seu
dinheiro.

As duas instituições farão uma


investigação interna para tentar
cessar a fraude, impedindo que novas
pessoas sejam vítimas
Ricardo Vieira de Souza, advogado especialista
em direito digital

Esse procedimento varia segundo a


instituição bancária. Geralmente, é
necessário que a vítima vá até a
agência em que tem conta e preencha
um documento informando ter sido
vítima de um golpe e entregue uma
cópia do B.O.

Após análise interna, o banco informará


se fará ou não a restituição. Caso a
resposta seja negativa, a vítima pode
ainda ingressar com uma ação judicial
para tentar recuperar o dinheiro perdido.

Veja os tipos de golpes mais


comuns:

Empréstimo falso

Golpistas oferecem empréstimos


falsos para conseguir obter dinheiro
das vítimas. Nesse caso, as vítimas
são pessoas de baixa renda ou com
pouca experiência com tecnologia, que
acham os sites falsos na internet. Pouco
depois de a pessoa em busca do
empréstimo informar nome, telefone, e-
mail e quantia desejada num formulário
online, os bandidos entram em contato
via WhatsApp. Funciona assim:

Golpistas usam identidades de


pessoas e fingem atuar em nome de
empresas reais;

Oferecem empréstimos "sem


burocracias" entre R$ 5 mil e R$ 500
mil;

Sugerem garantias como hipoteca


da casa e carro para negócios que
valem até para pessoas com nome
sujo;

No processo, pedem transferências


antecipadas de até R$ 550 via Pix,
com a justificativa de que precisam
pagar taxas de segurança e restituir
tributos.

Invasão da rede social

A técnica consiste em induzir as


vítimas (por mensagens de texto ou
e-mail, por exemplo) a clicar em
links maliciosos
maliciosos. A partir disso, os
criminosos podem roubar dados
pessoais, perfis em redes sociais.
Funciona assim:

O criminoso invade a rede social de


uma pessoa;

A partir daí, começa a anunciar a


venda de produtos;

Ele ganha dinheiro com o Pix feito


pela vendas de produtos
inexistentes.

Invasão do WhatsApp

Esse é um dos golpes mais antigos


e conhecidos
conhecidos, mas mesmo assim
ainda faz vítimas. Nessa modalidade:

Golpistas invadem uma conta de


WhatsApp (após a vítima clicar em
links maliciosos ou transferir o
código para trocar o app de celular);

Passam a enviar mensagens aos


contatos da vítima pedindo dinheiro;

Para isso, inventam situações


urgentes pela qual a vítima poderia
estar passando.

Falso funcionário do banco

Golpistas ligam para as pessoas e


dizem que a conta delas foi
invadida, mas vão solucionar o
problema
problema. Dizendo ter informações
sobre o extrato dos clientes, simulam
estar na central de atendimento dos
bancos, são bem articulados e usam até
uma música similar à usada pela
instituição financeira. Isso ganha a
confiança dos clientes:

O falso funcionário do banco liga


para a vítima dizendo que a conta foi
acessada por criminosos;

O criminoso cita movimentações


bancárias recentes da vítima;

Ele ainda afirma que alguém fez


transações para uma conta.

Diz que, caso a vítima não as


reconheça, faça um pagamento pelo
aplicativo com o mesmo valor para a
mesma conta (a do golpista), de
forma que o banco reconheça a
duplicação e cancele a operação.

Falso encontro amoroso

Essa, com certeza, é a modalidade mais


grave de golpes envolvendo o Pix. Isso
porque, ela extrapola o ambiente virtual
e bandidos sequestram a vítima até que
ela faça diversas transferências via Pix.
É assim:

Golpistas usam aplicativos de


relacionamento para atrair suas
vítimas

Após marcar encontro amorosos,


eles rendem e sequestram a vítima

Em um cativeiro ou até mesmo no


carro, a vítima é obrigada a fazer
diversas transações via Pix para os
criminosos

Após roubarem todo o dinheiro das


contas bancárias, os bandidos
liberam a vítima

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