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DOSSIÊ DO PROFESSOR págin@s 12

TESTES DE AVALIAÇÃO

PROPOSTAS DE RESOLUÇÃO castelhanos e decidir quem será o próximo rei. A


consciência de grupo e o sentimento nacional são
representados através da personagem coletiva, quando
TESTE DE AVALIAÇÃO 2 se trata da multidão de Lisboa, que revela uma vontade
comum, que se organiza para defender a cidade
Grupo I (capítulo 115) e que sofre em conjunto num cerco
imposto (capítulo 148).
1. Ao longo da primeira estrofe, o sujeito poético
Em suma, um dos objetivos de Fernão Lopes foi
caracteriza-se como alguém que considera o ato de não
demonstrar o patriotismo dos portugueses e valorizar o
pensar como um dos seus traços principais (“Acho tão
papel do Mestre de Avis, na defesa da independência do
natural que não se pense”). O “eu” realça também que se
reino e na construção de um novo Portugal liderado por
sente distanciado da “gente que pensa” ao ponto de se
uma nova dinastia.
“rir … sozinho” desse absurdo.

2. Esta interrogação salienta a distância do sujeito poético Grupo II


face à hipótese de as coisas terem pensamento. Após a 1. (B)
negação dessa hipótese (“Nada pensa nada”), o “eu”
explicita a sua indiferença sobre a eventualidade de a 2. (A)
“terra” ter consciência e pensar. O verso “Que me
importa isso a mim?” constitui uma última interrogação 3. (C)
do sujeito que evidencia a recusa de colocar perguntas à
4. (D)
natureza.
5. (C)
3. Ao longo do poema, encontramos várias marcas de um
discurso oralizante característico de Alberto Caeiro. Na 6. Modalidade epistémica com valor de probabilidade.
verdade, o poema apresenta um vocabulário simples e
corrente (“pedras”, “plantas”), várias repetições (formas 7. Oração subordinante: “Começou”; oração subordinada
do verbo pensar), reticências, frases curtas e várias adverbial temporal: “antes que o próprio Pessoa
frases interrogativas, realçando o recurso a perguntas e começasse a refletir sobre ela”.
respostas. Em suma, podemos considerar que o discurso
poético assume um tom coloquial, com uma linguagem Grupo III
sem artifícios, coerente com a simplicidade das ideias Sugestão:
apresentadas.  A leitura dos clássicos nunca se esgota. Podemos ler
estas obras várias vezes, pois essa será sempre uma nova
4. a) 1.
leitura.
b) 3.
c) 2.  “Um clássico é um livro que nunca acabou de dizer o que
tem a dizer” (Italo Calvino).
5. Este monólogo de Telmo é marcado por um misto de
sentimentos contraditórios que passam pela angústia,  Os clássicos são sempre atuais.
pela perplexidade e pelo remorso. A perplexidade nasce
 Desconhecer os clássicos é desconhecer as nossas
dos sentimentos confusos provocados pela notícia de
origens culturais.
que D. João está vivo, pois Telmo descobre que, afinal,
não desejava que isso acontecesse e, portanto, enche-  A leitura exige concentração, por essa razão prepara-nos
se de sentimentos de culpa e de remorso. Ao pensar em para a vida.
Maria, percebe que é o amor a essa “outra filha” que
 Aparentemente, a leitura dos clássicos parece estar em
agora o domina e, angustiado, pede a Deus que salve a
contradição com o nossos ritmo de vida, porém prepara-
vida dela, oferecendo a sua em troca.
nos para os desafios do ritmo de vida atual.
6. Ao ouvir Telmo pedir a Deus que prolongue a vida do
“inocentinho” que criara e por quem tanto sofrera, o
Romeiro pensa que Telmo se refere a si próprio. Através
do seu comentário, o Romeiro demonstra que ele próprio
deseja a morte e não admite que, num gesto que
interpretou como de fidelidade e afeto do velho aio,
Telmo proponha a troca da sua vida pela dele.

7. A Crónica de D. João I é um texto da autoria de Fernão


Lopes, um dos mais fecundos cronistas medievais
portugueses.
Neste texto, encomendado pelo rei D. Duarte, emerge
um sentimento coletivo do povo português à volta de um
líder: o Mestre de Avis. O momento difícil que constitui a
crise de 1383-85 contribui para o fortalecimento da
comunidade nacional. Efetivamente, o povo ganha
consciência coletiva de que pode ter um papel mais ativo
nos desígnios políticos da nação e intervém para salvar o
Mestre, no capítulo 11, mobilizando-se para enfrentar os

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