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DESAFIOS E PERSPECTIVAS
DA DISPOSIÇÃO DE REJEITOS
DA MINERAÇÃO
DESAFIOS E PERSPECTIVAS
DA DISPOSIÇÃO DE REJEITOS
DA MINERAÇÃO
Organizadora:
Luana Andrade
Belo Horizonte
2023
Escola da Engenharia
Nenhuma alteração poderá ser feita neste documento sem a permis-
são expressa por escrito da Effyía – Escola da Engenharia.
Qualquer referência a este documento, no todo ou em parte, em
qualquer documento ou página da web deverá fornecer a citação
completa da fonte, autor do artigo citado e um link de volta ao docu-
mento original em sua totalidade.
CRÉDITOS
Autores:
André Coelho
Bruno Delgado
Fábio Perlatti
Ian Paes
Juliana Fabre
Leonardo Machado
Luana Andrade
Mariana Pimenta
Tadeu Torquato
Thiago Oliveira
Wilfred Brandt
Revisores:
Eduardo Marques, Caroline Coldebella e
Guilherme D. Quintilhano
Designers:
Paula Coelho e Jordana Pimentel
AGRADECIMENTOS
Nada nos move mais do que o propósito de comparti-
lhar conhecimento e ver os profissionais e as áreas em
que atuamos evoluírem e crescerem. Nada nos alegra
mais do que encontrar empresas e profissionais que
compartilham com a gente deste propósito!
Boa leitura!
PARTE I – ASPECTOS GERAIS RELACIONADOS
À DESTINAÇÃO DE REJEITOS DA MINERAÇÃO
01
LEGISLAÇÕES FEDERAIS,
NORMAS E GUIAS APLICADOS
À BARRAGENS E PILHAS
DE MINERAÇÃO
Por: Juliana Fabre ¹
Panorama Geral
O Brasil é um país reconhecido mundialmente pelas
grandes obras de barragens, com muitos casos de su-
cesso em barragens dos segmentos de acumulação de
água e hidrelétricas. Devido à necessidade de se prezar
pelas seguranças dessas estruturas, associada a um au-
mento do apelo popular, em 2003 começou a ser elabo-
rada uma lei federal especifica para segurança de barra-
gens. Mais tarde, em 2010, finalmente foi publicada a Lei
nº 12.3342 , que estabeleceu a Política Nacional de Segu-
rança de Barragens (PNSB).
4 ANM. Agência Nacional de Mineração. Ministério de Minas e Energia. Resolução nº 95, de 07 de feve-
reiro de 2022. Consolida os atos normativos que dispõem sobre segurança de barragens de mineração.
Diário Oficial da União nº33, p. 49, Brasília, DF, 16 jan. 2022.
5 ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13029: Elaboração e apresentação
de projeto de disposição de estéril em pilha. Rio de Janeiro, 2017.
02
Desafios e Perspectivas da Disposição de Rejeitos da Mineração
Fonte: Autor.
6 BRASIL. Lei nº 14.066, de 30 de setembro de 2020. Altera a Lei nº 12.334, de 20 de setembro de 2010,
que estabelece a Política Nacional de Segurança de Barragens (PNSB), a Lei nº 7.797, de 10 de julho de
1989, que cria o Fundo Nacional do Meio Ambiente (FNMA), a Lei nº 9.433, de 8 de janeiro de 1997, que
institui a Política Nacional de Recursos Hídricos, e o Decreto-Lei nº 227, de 28 de fevereiro de 1967 (Códi-
go de Mineração). Diário Oficial da União nº189, p. 3, Brasília, DF, 1 out. 2020.
7 Projeto de Lei nº 550/2019. Altera a Política Nacional de Barragens para definir de forma mais clara os
responsáveis pela fiscalização e pela maior rigidez das obrigações dos empreendedores, nos aspectos
preventivos e nas medidas de atuação em situações de emergência; institui obrigação de contratar
seguro ou apresentar garantia financeira; institui sanção penal de indivíduos nos casos em que ficar
comprovado que as suas ações contribuíram para o desastre. 20 mar. 2019.
04
Desafios e Perspectivas da Disposição de Rejeitos da Mineração
Fonte: Autor.
06
Desafios e Perspectivas da Disposição de Rejeitos da Mineração
C. Inspeções Regulares
- O empreendedor é obrigado a realizar inspeções em campo,
com frequência mínima quinzenal, em todas as suas estruturas
que não estejam com nenhum nível de emergência acionado.
D. Inspeções Especiais
- O empreendedor é obrigado a realizar inspeções em campo diá-
rias em todas as suas estruturas que estejam com algum nível de
emergência acionado.
E. Níveis de Emergência
- A ANM definiu Níveis de Emergência para classificar as estrutu-
ras perante sua criticidade.
07
Desafios e Perspectivas da Disposição de Rejeitos da Mineração
Normas aplicáveis
Todas as Normas Brasileiras publicadas pela Associação Brasileira de
Normas Técnicas (ABNT), apesar de não serem documentos legislati-
vos, passam a possuir força de lei quando referenciadas por uma de-
terminada legislação.
Considerações
finais
Observa-se que o arcabouço de legislações vigentes para barragens
e, especificamente, para barragens de mineração, é muito extenso no
Brasil. Muito ainda se tem a construir para a regulamentação das
pilhas de estéril e rejeito e é só uma questão de tempo para que
novas leis e normas surjam.
09
Desafios e Perspectivas da Disposição de Rejeitos da Mineração
02
ASPECTOS RELACIONADOS À
REGULARIZAÇÃO AMBIENTAL
DE PROJETOS DA MINERAÇÃO –
CONTEXTO DE MINAS GERAIS
Por: Mariana Pimenta
Contexto Geral do
Licenciamento Ambiental
O licenciamento ambiental é um processo administrati-
vo, que estabelece critérios e medidas de controle am-
biental a serem seguidas pelo empreendedor, visando à
adequação ambiental das atividades ou empreendi-
mentos e que se dá por meio da Avaliação de Impacto
Ambiental (AIA). Tanto o licenciamento ambiental
quanto a AIA são instrumentos da Lei 6.938/811, que
dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente.
1
Localização prevista em Unidade de Conservação de
Uso Sustentável, exceto APA
1
Localização prevista em Reserva da Biofera, excluídas
as áreas urbanas
01
11
Desafios e Perspectivas da Disposição de Rejeitos da Mineração
12
Desafios e Perspectivas da Disposição de Rejeitos da Mineração
Licenciamento de projetos
de mineração
No que diz respeito ao licenciamento de projetos de mineração,
de acordo com a Deliberação Normativa COPAM n. 217/20174,
tem-se que:
14
Desafios e Perspectivas da Disposição de Rejeitos da Mineração
5 MINAS GERAIS. Lei nº 23.291, de 26 de fevereiro de 2019. Esta lei aplica-se a barragens destinadas à
acumulação ou à disposição final ou temporária de rejeitos e resíduos industriais ou de mineração e
a barragens de água ou líquidos associados a processos industriais ou de mineração. Assembleia
Legislativa do Estado de Minas Gerais, 2019.
15
Desafios e Perspectivas da Disposição de Rejeitos da Mineração
6 BRASIL. Lei Federal nº12.651, de 25 de maio de 2012. Dispõe sobre a proteção da vegetação nativa;
altera as Leis nºs 6.938, de 31 de agosto de 1981, 9.393, de 19 de dezembro de 1996, e 11.428, de 22 de
dezembro de 2006; revoga as Leis nºs 4.771, de 15 de setembro de 1965, e 7.754, de 14 de abril de 1989,
e a Medida Provisória nº 2.166-67, de 24 de agosto de 2001; e dá outras providências. Diário Oficial da
União. Brasília/DF: DOU, 28 mai. 2012.
7 BRASIL. Lei Federal 11.428, de 22 de dezembro de 2006. Dispõe sobre a utilização e proteção da
vegetação nativa do Bioma Mata Atlântica, e dá outras providências. Diário Oficial da União.
Brasília/DF: DOU, 26 dez. 2006.
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12651.htm
16
Desafios e Perspectivas da Disposição de Rejeitos da Mineração
8 BRASIL. Decreto Federal nº 10.935 de 12 de janeiro de 2022. Dispõe sobre a proteção das cavidades
naturais subterrâneas existentes no território nacional. Brasília, DF: Diário Oficial da União, 2022.
9 Instrução de Serviço Sisema 08/2017. Procedimentos para análise dos processos de licenciamento
ambiental de empreendimentos e de atividades efetiva ou potencialmente causadoras de impactos
sobre cavidades naturais subterrâneas.
17
Desafios e Perspectivas da Disposição de Rejeitos da Mineração
18
Desafios e Perspectivas da Disposição de Rejeitos da Mineração
Licenciamento de projetos
de disposição de rejeitos
da mineração
19
Desafios e Perspectivas da Disposição de Rejeitos da Mineração
CÓDIGO
ESPECÍFICO Disposição em cava
Fonte: Autor
20
Desafios e Perspectivas da Disposição de Rejeitos da Mineração
Considerações
finais
Aqui fica um alerta de algo que é preciso entrar no radar das empre-
sas: o mais importante para qualquer projeto de mineração é a licen-
ça social. Então, mais do que nunca, é preciso se investir em equipes
multidisciplinares, bons estudos, buscar as melhores alternativas
tecnológicas e locacionais para os projetos e um bom relacionamen-
to e comunicação com a sociedade e comunidades tradicionais.
21
Desafios e Perspectivas da Disposição de Rejeitos da Mineração
03
ESTUDO DE ALTERNATIVAS
TECNOLÓGICAS PARA
DESTINAÇÃO DOS REJEITOS
DA MINERAÇÃO
Por: Wilfred Brandt e Luana Andrade
De forma geral, alguns fatores são mais capazes de gerar uma dis-
rupção tecnológica, tais como: demandas de sustentabilidade,
redução de custos, geração de riscos e acidentes. E a tecnologia
mais adequada dependerá de fatores técnicos, econômicos, de
mercado e legais de um dado momento.
2 BRASIL. Casa Civil. Lei nº 12.305, de 02 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos
Sólidos; altera a Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências. Brasília, DF, 02 ago.
2010.
23
Desafios e Perspectivas da Disposição de Rejeitos da Mineração
24
Desafios e Perspectivas da Disposição de Rejeitos da Mineração
Considerações
finais
Conforme apresentado, quando avaliamos a fundo o estudo de
alternativas tecnológicas, a disposição final, seja em barragens,
pilha ou cavas, se torna a última opção para os resíduos da
mineração. Algumas alternativas já vêm sendo avaliadas e estudas,
tais como:
Aplicação na construção civil em obras locais – estudos de
materiais cerâmicos e casas construídas com os rejeitos da
mineração (UFMG4 e UFOP5);
Aplicação em obras de pavimentação6;
Criação de “tecnossolos, ou solos saudáveis a partir de
rejeitos e estéreis da mineração7.
Neste contexto, observa-se que o estudo de alternativas abre um
grande leque e possibilidades de soluções para um problema
complexo que é a destinação dos resíduos da mineração. Por isso, é
preciso ter sempre em mente: o estudo de alternativas não é um
castigo imposto pela Resolução CONAMA 01/861 e pelos órgãos
reguladores, e sim uma grande oportunidade de se executar a boa
Engenharia.
4 ANDRADE, Luana, CARVALHO, José M., FONTES, Wanna C., PEIXOTO, Ricardo, SEGADÃES, Ana M.
Assessment of the use potential of iron ore tailings in the manufacture of ceramic tiles: from tailin-
gs-dams to “brown porcelain”. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii-
/S0950061819303472. Acesso em: 25 set. 2023.
5 MACHADO, Nivia. UFOP constrói casas com rejeitos de mineração e siderurgia. Disponível em:
https://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2023/07/10/interna_gerais,1518517/ufop-constroi-casas-com-
rejeitos-de-mineracao-e-siderurgia.shtml Acesso em: 25 set. 2023.
6 VALE, Relacionamento Com A Imprensa -. Vale lança programa de infraestrutura viária com
doação de areia proveniente da mineração de ferro. Disponível em: https://www.vale.com/pt/w/
vale--lanca-programa-de-infraestrutura-viaria-com-doacao-de-areia-proveniente-da-mineracao-de-
ferro. Acesso em: 25 set. 2023.
7 NUNES, Aline et al. Criação de solos saudáveis a partir de rejeitos e estéreis da mineração: um possível
legado da mineração. Revista Brasil Mineral, São Paulo, v. 426, n. 2, p. 102-113, 01 fev. 2023. Mensal.
Dispo-nível em: https://www.brasilmineral.com.br/revista/426/?p=102. Acesso em: 25 set. 2023. |
Ruiz, F., Safanelli, J.L., Perlatti, F. et al. Constructing soils for climate-smart mining. Commun Earth
Environ 4, 219 (2023). https://doi.org/10.1038/s43247-023-00862-x
25
Desafios e Perspectivas da Disposição de Rejeitos da Mineração
04
ALTERNATIVAS LOCACIONAIS
PARA PROJETOS DE DISPOSIÇÃO
DE REJEITOS
26
contenção de sedimentos e reservação de água – Requisitos. Rio de Janeiro, 14 de
nov. 2017.
Desafios e Perspectivas da Disposição de Rejeitos da Mineração
Fonte: Autor
27
Desafios e Perspectivas da Disposição de Rejeitos da Mineração
Momento da mineração;
Motivadores: legislação e boas práticas;
Definição estratégica e rota tecnológica;
Condições de contorno;
Ciclo de vida completo do projeto; e
Análises de alternativas.
Tais pilares não são exatamente uma regra, podem variar caso a caso.
Entretanto, de uma maneira geral, contemplam o que minimamente
deve ser considerado quando da elaboração de um estudo locacional
de alternativas. A seguir falaremos um pouco mais sobre cada pilar.
Momento da Mineração:
Sustentabilidade
Podemos afirmar que, atualmente, a palavra que define o momento
da mineração é: sustentabilidade. Alguns conceitos e aspectos têm
guiado o mercado neste sentido, tais como: economia circular, práti-
cas ESG (Environmental, Social and Governance) e os Objetivos do
Desenvolvimento Sustentável – ONU, descritos com um pouco mais
de detalhe a seguir.
28
Desafios e Perspectivas da Disposição de Rejeitos da Mineração
Práticas de Concentração
Disposição (Teor de Sólidos)
de Rejeitos
3 BOGER, David V. Rheology and the resource industries. Chemical Engineering Science, [S.L.], v. 64, n.
22, p. 4525-4536, nov. 2009. Elsevier BV. http://dx.doi.org/10.1016/j.ces.2009.03.007.
30
Desafios e Perspectivas da Disposição de Rejeitos da Mineração
Motivadores: legislação
e boas práticas
Além da legislação atual vigente, já bastante difundida, que por si só
já é um grande motivador para realização dos estudos de alternativas
locacionais, desde 2020 a mineração conta com o Padrão Global da
Indústria para a Gestão de Rejeitos (GISTM, em inglês)4. O GISTM tem
como objetivo evitar qualquer dano às pessoas e ao meio ambiente
(zero dano), com tolerância zero para fatalidades humanas. Além
disso, exige que os empreendedores assumam a responsabilidade e
priorizem a segurança de suas estruturas de contenção de rejeitos em
todas as fases de sua vida útil.
Requisito 3.2³
4 GLOBAL TAILINGS REVIEW (GTR). Padrão global da indústria para a gestão de rejeitos: minuta
final. International Council on Mining and Metals (ICMM), United Nations Environment Program
(UNEP), Principles for Responsible Investment (PRI), 2020, 42 p. Disponível em: https://globaltailingsre-
view.org/wp-content/uploads/2020/08/global-tailings standard_spreads_PT.pdf. Acesso em:
09/10/2023.
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Desafios e Perspectivas da Disposição de Rejeitos da Mineração
Requisito 5.1³
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Desafios e Perspectivas da Disposição de Rejeitos da Mineração
Análises de alternativas
Com base em todos os pilares anteriores, a execução das análises
comparativas entre as áreas previamente identificadas como poten-
ciais alternativas locacionais serão avaliadas perfazendo aspectos
multidisciplinares que são essenciais para escolha da melhor alterna-
tiva ou identificação de falhas fatais. Para este tipo de análise, este
autor sugere fluxo apresentado na Figura 4.
33
Desafios e Perspectivas da Disposição de Rejeitos da Mineração
Fonte - Autor
Considerações
finais
Qualquer estudo de alternativas locacionais deve ser realizado sob a
luz de uma visão mais holística, abrangendo todo negócio mineiro, ex-
pectativas da empresa, tendências da indústria, legislações vigentes,
boas práticas de engenharia, aspectos socioambientais, bem como a
avaliação de seu entorno através de variáveis diretas ou indiretas. Por
isso, é importantíssimo buscar ter um mínimo de conhecimento ou
visão de toda a cadeia minerária em que seu estudo está inserido,
mapear o máximo de condições de contorno possíveis, envolver uma
equipe multidisciplinar e não somente pensar na estrutura de disposi-
ção em si.
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Desafios e Perspectivas da Disposição de Rejeitos da Mineração
35
Desafios e Perspectivas da Disposição de Rejeitos da Mineração
05
ESTUDO DE ALTERNATIVAS
TECNOLÓGICAS E LOCACIONAIS
PARA DISPOSIÇÃO DE REJEITOS
DA MINERAÇÃO
Por: Thiago Oliveira e André Coelho¹
CONCEITUAÇÃO GERAL
5 ótimo
Fator de escala
4 muito boa
3 boa
2 regular
1 ruim
Fonte: Autores.
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Desafios e Perspectivas da Disposição de Rejeitos da Mineração
Exemplo Hipotético
Para que a metodologia fique mais clara, considere o exemplo de
um estudo de alternativas técnico-locacional, considerando a
implantação das seguintes estruturas e áreas (Figura 2):
Figura 2 - Exemplo hipotético de um estudo
de alternativas técnico-locacional
Legenda:
Alternativas
A1 – Pilha de Rejeito
A2 – Pilha de Rejeito
A3 – Barragem de Rejeito
Fonte: Autor.
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Desafios e Perspectivas da Disposição de Rejeitos da Mineração
Limite de Propriedade
Impactos Comunidades
Modos de Falha
Menor DMT
Características Geométricas
Compliance Legal
Áreas de APP
Áreas de Interesse Cultural
Forma de Disposição
Viabilidade Fechamento
Custos Implantação (CAPEX)
Custos Operacionais (OPEX)
Viabilidade Construtiva
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Desafios e Perspectivas da Disposição de Rejeitos da Mineração
Fonte: Autor.
40
Desafios e Perspectivas da Disposição de Rejeitos da Mineração
Fonte: Autor.
41
Desafios e Perspectivas da Disposição de Rejeitos da Mineração
Fonte: Autor.
Considerações
finais
Uma das primeiras etapas de um projeto de disposição de rejeitos é
o estudo para seleção das técnicas e locais para sua implantação.
Esta é uma etapa crítica que precisa ser realizada da forma mais
estratégica, abrangente e detalhada, pois pode ter um grande
impacto em etapas sucessivas do projeto e, consequentemente, no
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Desafios e Perspectivas da Disposição de Rejeitos da Mineração
43
Desafios e Perspectivas da Disposição de Rejeitos da Mineração
06
PARTICULARIDADES GEOTÉCNICAS
DOS REJEITOS DA MINERAÇÃO:
EMBASAMENTO PARA PROJETOS
DE EMPILHAMENTO
Por: Bruno Delgado
Rejeitos Finos
Fundação
Fonte: Autor
Rejeito
Fundação
Fonte: Autor
1 ANM. Agência Nacional de Mineração. Ministério de Minas e Energia. Resolução nº 13, de 08 de agosto
de 2019. Estabelece medidas regulatórias objetivando assegurar a estabilidade de barragens de minera-
ção, notadamente aquelas construídas ou alteadas pelo método denominado "a montante" ou por
método declarado como desconhecido e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 12
ago. 2019.
45
Desafios e Perspectivas da Disposição de Rejeitos da Mineração
a) Morfologia/Mineralogia
Os solos naturais são normalmente constituídos por grãos sólidos
mais arredondados, quer pelo intemperismo quer pelos agentes
transportadores naturais, comparativamente aos rejeitos, que foram
gerados em uma planta industrial de beneficiamento em intervalos
de tempo, que podem ser considerados instantâneos em compara-
ção aos períodos geológicos conducentes a formação dos solos
46
Desafios e Perspectivas da Disposição de Rejeitos da Mineração
naturais. Por isso, os rejeitos têm uma tendência a terem grãos ligeira-
mente mais angulares do que os de um solo natural (ainda que com a
mesma curva granulométrica). A isso, acrescenta-se o fato, de que
diferentes rejeitos podem gerar diferentes morfologias de partículas a
depender da sua mineralogia.
b) Fábrica
Outra peculiaridade dos rejeitos (principalmente quando lançados por
disposição hidráulica) é a maneira como suas partículas se arranjam,
que tende a ser bastante distinta das verificadas em um depósito de
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Desafios e Perspectivas da Disposição de Rejeitos da Mineração
Mesmo estado
Rejeito Solo
Arranjos diferentes.
Fonte: Autor
48
Desafios e Perspectivas da Disposição de Rejeitos da Mineração
Influência da Morfologia,
Mineralogia e Fábrica no
Comportamento dos Rejeitos
Os aspectos microestruturais de morfologia/mineralogia e a fábrica,
podem influenciar o comportamento dos rejeitos em macroescala, ou
seja, no comportamento de um maciço de rejeitos como um todo.
Neste contexto, cabe salientar as seguintes particularidades:
3 FONSECA, António Viana da; CORDEIRO, Diana; MOLINA-GÓMEZ, Fausto. Recommended Procedures to
Assess Critical State Locus from Triaxial Tests in Cohesionless Remoulded Samples. Geotechnics, [S.L.], v. 1,
n. 1, p. 95-127, 29 jul. 2021. MDPI AG. http://dx.doi.org/10.3390/geotechnics1010006.
4 FARIA, André de Oliveira. Avaliação comparativa de modelos constitutivos para um rejeito de minério
de ferro do Quadrilátero Ferrífero. 2022. 129 f. Dissertação (Mestrado em Geotecnia) - Escola de Minas,
Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2022.
49
Desafios e Perspectivas da Disposição de Rejeitos da Mineração
Considerações
finais
A mineralogia, com reflexo na morfologia, e o arranjo das partículas
são, portanto, particularidades que necessitam de bastante atenção
em relação aos rejeitos de mineração, pois são aspectos que podem os
distinguir, em termos de comportamento mecânico esperado, com-
parativamente a um solo natural.
5 COOP, Matthew. Limitations of a Critical State Framework Applied to the Behaviour of Natural and “Tran-
sitional” Soils. Advances In Soil Mechanics And Geotechnical Engineering, [S.L.], v. 6, n. , p. 115-155, 2015.
IOS Press. http://dx.doi.org/10.3233/978-1-61499-601-9-115.
6 VELTEN, Rodrigo Zorzal; CONSOLI, Nilo Cesar; SCHEUERMANN FILHO, Hugo Carlos; WAGNER, Alexia
Cindy; SCHNAID, Fernando; COSTA, João Paulo Rodrigues da. Influence of grading and fabric arising from
the initial compaction on the geomechanical characterisation of compacted copper tailings. Géotechni-
que, [S.L.], p. 1-12, 25 out. 2022. Thomas Telford Ltd.. http://dx.doi.org/10.1680/jgeot.22.00087.
50
Desafios e Perspectivas da Disposição de Rejeitos da Mineração
Isto não significa que todo o aparato conceitual da Mecânica dos Solos
não se aplica aos rejeitos. Entretanto, é preciso ter em mente que exis-
tem nuances a nível microestrutural, que precisam ser levadas em
consideração. Os conceitos da Mecânica dos Solos dos Estados Críti-
cos permanecem válidos, mas o padrão de comportamento dos mate-
riais precisa ser rigorosamente investigado, caso a caso, consoante os
tipos de rejeitos gerados.
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Desafios e Perspectivas da Disposição de Rejeitos da Mineração
- Instrumentação inter-
na (instalada no terço
médio dos CPs): Reduz
os efeitos de influência
de topo e base (particu-
larmente no domínio
das pequenas deforma-
ções);
- Congelamento ao final
do ensaio: Aumenta a
precisão na determina-
ção do volume dos CPs
após os ensaios.
54
Desafios e Perspectivas da Disposição de Rejeitos da Mineração
- Necessidade de definir
condições de contorno as
mais realistas possíveis:
zonas saturadas, recarga,
hidrogeologia, etc…;
- Necessidade de calibra-
ção por meio de instru-
mentação e ensaios de
campo e no caso de estru-
turas projetadas como as
pilhas de rejeitos filtrados
por meio de modelos
físicos com compensação
do fator escala em centrí-
fugas geotécnicas.
55
Desafios e Perspectivas da Disposição de Rejeitos da Mineração
07
DESAFIOS E SOLUÇÕES EM ANÁLISES
GEOTÉCNICAS NO CONTEXTO DO
PROJETO DE PILHAS DE REJEITOS
Por: Ian Paes
56
Desafios e Perspectivas da Disposição de Rejeitos da Mineração
58
Desafios e Perspectivas da Disposição de Rejeitos da Mineração
Fonte: Autor
59
Desafios e Perspectivas da Disposição de Rejeitos da Mineração
Fonte: Autor
É óbvio que esta análise vai ser tão mais precisa quanto mais precisa
for a previsão de construção da pilha. Entretanto, este resultado nos
mostra que se as pilhas forem operadas de uma forma racional e pla-
nejada, evitando-se as anomalias de infiltração, é possível ter resulta-
dos de pilhas que não são saturadas. Isso coloca uma grande respon-
sabilidade na operação da pilha, pois sabemos que, se a operação for
bem executada, muitos problemas de estabilidade advindos da infil-
tração da água, deixarão de existir. Por isso, é bastante recomendado
que se analise o processo de infiltração de água no momento do pro-
jeto destas estruturas.
Fonte: Autor
61
Desafios e Perspectivas da Disposição de Rejeitos da Mineração
2 CRUZ, Ângelo. Análises de Tensão X Deformação – Modelagem 3D. Roteiro de Estudos – Unidade 1.
Effyía – Escola da Engenharia. < https://effyia.com.br/produto/analises-de-tensao-x-deformacao-
-modelagem-3d/>
3 Rutledge, S. Jefferies M, Been K | Soil liquefaction: a cristal state approach, 2nd edition. Environ Earth Sci
75, 1014 (2016). https://doi.org/10.1007/s12665-016-5600-y.
62
Desafios e Perspectivas da Disposição de Rejeitos da Mineração
Considerações
finais
Diante dos desafios e soluções apresentadas, cabe destacar, para que
permaneça no radar de todos aqueles que realizam e acompanham os
projetos de empilhamento de rejeitos:
63
Desafios e Perspectivas da Disposição de Rejeitos da Mineração
08
SOLUÇÕES OPERACIONAIS DA
DISPOSIÇÃO DOS REJEITOS EM
EMPILHAMENTOS FILTRADOS
Por: Leonardo Machado e Tadeu Torquato
Etapa de pré-disposição
Filtragem do rejeito
Etapa de pré-disposição
Filtragem do rejeito
Conforme apresentado por Carvalho (2017)1, o termo dry stacking é
utilizado para a indicação de empilhamentos de rejeitos a seco filtra-
dos. Porém, ao contrário do que o termo induz ao entendimento,
este material não se encontra totalmente seco, contendo alguma
umidade.
Estes filtros prensas são compostos por tecidos, que recebem uma
pressurização, processo em que é reduzida a umidade do material.
Na Figura 1 é possível ver exatamente o filtro com as mangueiras por
onde ocorre a saída da umidade e o momento em que as placas se
abrem, liberando o rejeito filtrado. Na sequência, o material filtrado
cai em uma correia e é levado para os pátios de secagem ou direto
para as pilhas de rejeitos.
Figura 1 - Filtro Prensa
Fonte: Autor
1 CARVALHO, Wesley Durval Soares de. Sistema de disposição compartilhada de estéreis e rejeitos
desaguados da mina de Fernandinho. 2017. 163 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Mestrado em
Geotec-nia - Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2017. Disponível em:
http://www.repositorio.ufop.br/jspui/handle/123456789/9803. Acesso em: 11 out. 2023.
65
Desafios e Perspectivas da Disposição de Rejeitos da Mineração
Etapa de Construção
da Pilha de Rejeitos
Supressão da vegetação e Limpeza superficial
Fonte: Autor
Tratamento da fundação -
Escavação do sole mole
Após a primeira limpeza da área, dá-se início ao processo de trata-
mento da fundação da pilha, demonstrado na Figura 3.
Fonte: Autor
Etapa de pré-disposição
Com o terreno nivelado e estabilizado, o próximo passo é a implanta-
ção dos drenos de fundo. Estes drenos, que podem ser observados
na Figura 4, têm como principal finalidade dar direcionamento às
nascentes que existem na região e proporcionar drenabilidade ao
rejeito, que estará logo acima desse dreno de fundo.
3 LEÃO, Márcio. Aspectos Geológicos Conceituais de Projetos de Pilhas – Roteiro de Estudos| Unidade 1.
Effyía – Escola da Engenharia. 2021. < https://effyia.com.br/produto/aspectos-geologicos-conceituais-
-de-projetos-de-pilhas/> Acesso em: 11 de out. 2023.
67
Desafios e Perspectivas da Disposição de Rejeitos da Mineração
Figura 4 - Os drenos
Fonte: Autor.
4 Manta geotêxtil que atua como elemento filtrante em sistemas de drenagem, permitindo que a água
acesse os drenos, mas filtrando as partículas.
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Desafios e Perspectivas da Disposição de Rejeitos da Mineração
Fonte: Autor.
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Desafios e Perspectivas da Disposição de Rejeitos da Mineração
Fonte: Autor.
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Desafios e Perspectivas da Disposição de Rejeitos da Mineração
Fonte: Autor.
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Desafios e Perspectivas da Disposição de Rejeitos da Mineração
Fonte: Autor.
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Desafios e Perspectivas da Disposição de Rejeitos da Mineração
Fonte: Autor.
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Desafios e Perspectivas da Disposição de Rejeitos da Mineração
Fonte: Autor.
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Desafios e Perspectivas da Disposição de Rejeitos da Mineração
Fonte: Autor.
Controle Tecnológico
Ao longo de todo o processo de disposição existe um controle tecno-
lógico rigoroso. Nesta fase, é realizada a divisão de toda a área da
pilha em setores, para facilitar o controle. Define-se, portanto, qual o
volume será lançado em cada uma desses setores, procedendo-se a
um controle diário sobre a quantidade e a umidade do material, pre-
viamente tratado.
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Desafios e Perspectivas da Disposição de Rejeitos da Mineração
Fonte: Autor.
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Desafios e Perspectivas da Disposição de Rejeitos da Mineração
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Desafios e Perspectivas da Disposição de Rejeitos da Mineração
Fonte: Autor. 78
Desafios e Perspectivas da Disposição de Rejeitos da Mineração
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Desafios e Perspectivas da Disposição de Rejeitos da Mineração
09
PERSPECTIVAS DA DISPOSIÇÃO
DE REJEITOS EM EMPILHAMENTOS
FILTRADOS NA VISÃO DO ÓRGÃO
FISCALIZADOR
Por: Fábio Perlatti
80
Desafios e Perspectivas da Disposição de Rejeitos da Mineração
1 Instituto De Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA. DIAGNÓSTICO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS DA ATIVIDA-
DE DE MINERAÇÃO DE SUBSTÂNCIAS NÃO ENERGÉTICAS. Brasília: Instituto de Pesquisa Econômica Apli-
cada (Ipea), 2012. Disponível em: https://repositorio.ipea.gov.br/handle/11058/7702. Acesso em: 02 out. 2023.
81
Desafios e Perspectivas da Disposição de Rejeitos da Mineração
Panorama da disposição de
rejeitos em pilhas no Brasil
De acordo com dados atuais do Sistema Integrado de Gestão de Bar-
ragens de Mineração (SIGBM) existem hoje mais de 4,3 bilhões de
metros cúbicos de rejeitos armazenados em barragem. E a perspecti-
va é a de geração de mais 4,4 bilhões de metros cúbicos de rejeito
82
Desafios e Perspectivas da Disposição de Rejeitos da Mineração
rejeito para o período de 2024 a 2030. Isto quer dizer que a quantidade
de rejeitos a se armazenar ou destinar irá dobrar até 2030 e a forma de
destinação ou disposição final desse rejeito é uma grande incógnita,
que se tem tentado delinear.
Concluímos, então, que pilha não é uma coisa tão nova como se
pensa, é, na verdade, uma forma de disposição bastante antiga e já
84
Desafios e Perspectivas da Disposição de Rejeitos da Mineração
Então, mais uma vez, levanta-se a questão: por que não se pensar em
alternativas? De fato, se pensar em outras formas de destinação dos
rejeitos parece ser o melhor caminho, como apresentado no artigo de
alternativas tecnológicas.
4 Norma Reguladora de Mineração (NRM) – 19: Disposição de Estéril, Rejeitos e Produtos, 2001.
Disponível em: https://www.dnpm-pe.gov.br/Legisla/nrm_00.php
5 MME - Ministério De Minas e Energia e DNPM – Departamento Nacional de Produção Mineral. Portaria
nº 237, de 18 de outubro de 2001. Aprova as Normas Reguladoras de Mineração - NRM, de que trata o Art.
97 do Decreto-Lei nº 227, de 28 de fevereiro de 1967.
85
Desafios e Perspectivas da Disposição de Rejeitos da Mineração
Considerações
finais
Obviamente, é preciso avançar no conhecimento técnico em relação
às pilhas, pois como foi apresentado, existem muitas pilhas em nosso
país e pouquíssimos dados sobre elas. Precisamos de todo tipo de
base para conhecer o universo das pilhas no Brasil e trabalhar para
que se possa ter um panorama e uma fiscalização efetivos. Mas, sem
dúvidas, é preciso incentivar formas alternativas e mais sustentáveis
para destinação dos rejeitos, investindo-se em pesquisa e desenvolvi-
mento.
Por fim, fica aqui uma mensagem que é muito usada na questão do
fechamento de mina: é preciso começar com um fim em mente! A mi-
neração como um todo precisa ser pensada de forma holística, con-
templando-se todo o seu ciclo de vida e a etapa de destinação dos
rejeitos, não pode ser diferente.
86
CONHEÇA
OS AUTORES
ANDRÉ COELHO
Eng. Geotécnico, Mestre em Geotecnia
Atua como geotécnico master na elaboração
de projetos geotécnicos como os de barra-
gens, pilhas de estéril e de rejeitos, audito-
rias, revisões periódicas de segurança, planos
de segurança, acompanhamento técnico de
obras, dentre outros.
BRUNO DELGADO
Eng. Civil, Doutor em Engenharia Civil (Geotecnia)
IAN PAES
Eng. Civil, Mestre em Geotecnia
JULIANA FABRE
Eng. Civil, Mestre em Geotecnia
Atua como engenheira geotécnica na área de pro-
jetos de geotecnia aplicados à mineração, bem
como monitoramento de barragens de rejeito e
sedimentos. Participou de grupo de pesquisa rela-
cionado à caracterização física e geomecânica de
rejeitos de minério de ferro do quadrilátero ferrífe-
ro de Minas Gerais (COPPE/2018 – 2020) e à resis-
tência ao cisalhamento de solos residuais e análise
de estabilidade de encostas (UFJF/2014 – 2016).
LEONARDO MACHADO
Eng. Civil, Mestre em Engenharia Geotécnica
LUANA ANDRADE
Eng. Civil e Eng. Ambiental, Doutora em
Engenharia Civil
Atuou como consultora e liderou equipes de En-
genharia em projetos na área de meio ambiente,
mineração e disposição de resíduos sólidos. Foi
bolsista BTDI pela FAPEMIG, em parceria com a
VALE S.A., UFV, UFOP e CEFET/MG, para desenvol-
vimento de alternativas para o reaproveitamento
de rejeitos da mineração de ferro.
MARIANA PIMENTA
Bióloga e Eng. Ambiental, Mestre em
Sustentabilidade
Bióloga e Engenheira Ambiental, Especialista em
Tecnologia Ambiental e Mestre em Sustentabilida-
de. Experiência como analista de impacto ambien-
tal em processos prioritários.
TADEU TORQUATO
Eng. Civil, Mestre em Geotecnia e Esp. em
Gerenciamento de Projetos
Engenheiro civil, doutorando e mestre em geotec-
nia, com especialização MBA em Gerenciamentos
de Projetos. Atuação em gerenciamento de proje-
tos segundo o guia PMBOK, com sólida aplicação
em projetos de infraestrutura em mineração,
gestão de barragens de rejeito e geração de ener-
gia renovável, com atuação em usinas hidroelétri-
cas, parques eólicos, solares, barragens e pilhas de
rejeitos, inclusive na integração entre as áreas dos
projetos.
THIAGO OLIVEIRA
Eng. Civil, Especialista em Barragens
Possui mais de 10 anos de experiência na geotec-
nia e mais de 8 anos de experiência com projetos
de disposição de rejeitos. Na área de mineração,
desenvolveu e coordenou projetos de estruturas
de disposição de rejeitos no que tange a altea-
mentos, descaracterização/descomissionamento,
pilhas de co-disposição, novas estruturas, audito-
rias, revisões periódicas, cross-check, estudos de
ruptura hipotética, plano de ações emergenciais e
acompanhamento técnico de obras. Para depósi-
tos de estéril, desenvolveu e coordenou projetos
de novas estruturas.
WILFRED BRANDT
Eng. de Minas, Especialista em Fechamento
de Mina
Profissional com mais de 40 anos de experiência
na área de mineração e meio ambiente. Foi con-
sultor na área de mineração e meio ambiente da
UNESCO, PNUD e PNUMA e desenvolveu projetos
de Banco Mundial e BID, tanto no Brasil quanto
em países da América Latina. Fundador e diretor,
por 33 anos, da Brandt Meio Ambiente, onde é atu-
almente Conselheiro.
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para que você continue se aprimorando nesse as-
sunto e faça parte de um dos setores mais pro-
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