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SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE SECRETARIA

EXECUTIVA DE GESTÃO ESTRATÉGICA E PARTICIPATIVA


DIRETORIA GERAL DE GESTÃO ESTRATÉGICA E
ARTICULAÇÃO INTERFEDERATIVA
DIRETORA GERAL DE GESTÃOREGIONAL EM SAÚDE
I GERÊNCIA REGIONAL DE SAÚDE

MAPA DE SAÚDE DA
I REGIÃO DE SAÚDE DE
PERNAMBUCO

RECIFE,
SETEMBRO,2021
2

SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE DE PERNAMBUCO


SECRETARIA EXECUTIVA DE GESTÃO ESTRATÉGICA E PARTICIPATIVA
DIRETORIAL GERAL DE GESTÃO ESTRATÉGICA E ARTICULAÇÃO INTERFEDERATIVA
DIRETORA GERAL DE GESTÃO REGIONAL EM SAÚDE
I GERÊNCIA REGIONAL DE SAÚDE

GOVERNADOR DO ESTADO DE PERNAMBUCO

Paulo Henrique Saraiva Câmara

SECRETÁRIO ESTADUAL DE SAÚDE

André Longo Araújo de Melo

SECRETÁRIO EXECUTIVO DE GESTÃO ESTRATÉGICA E PARTICIPATIVA

Humberto Maranhão Antunes

DIRETORA GERAL DE GESTÃO ESTRATÉGICAE ARTICULAÇÃO INTERFEDERATIVA

Inês Eugênia Ribeiro da Costa

DIRETORA GERAL DE GESTÃO REGIONAL EM SAÚDE

Luciana Garcia Figueirôa Ferreira

I GERÊNCIA REGIONAL DE SAÚDE

Polyanna Christine Bezerra Ribeiro

Ficha Catalográfica
Pernambuco, I Gerência Regional de Saúde - Secretaria de Saúde.

Mapa de Saúde da I Região de Saúde / I Gerência Regional de Saúde - 1ª Edição Secretaria de


Saúde Pernambuco. – 2021. 129 f. : il. color.

1. Gestão em Saúde. 2. Planejamento em Saúde. 3. Saúde Pública. 4. Regional de Saúde. 5. Mapa


da Saúde. I. Título. CDD 530.07
3

Apresentação

O Mapa da Saúde da I Gerência Regional de Saúde ( IGERES) do Estado de Pernambuco é


um documento que apresenta informações referentes às condições sócio-sanitárias, estrutura do
sistema de saúde, redes de atenção, fluxos de acesso, recursos financeiros e cobertura de ações e
serviços de saúde desta região. Sua elaboração estrutura o panorama da situação sanitária, e
subsidia o processo de planejamento das ações de saúde no Estado.
O território de Pernambuco está dividido em 12 Regionais de Saúde. Este Mapa refere-se à I
GERES, cuja abrangência engloba dezenove municípios localizados na Região Metropolitana do
Recife e Zona da Mata, além do Distrito Estadual de Fernando de Noronha, dos quais são
subdivididas em 3 microrregiões (MR).
Fazem parte da I Microrregião de Saúde os seguintes municípios: Abreu e Lima; Araçoiaba;
Fernando de Noronha; Igarassu; Itamaracá; Itapissuma; Olinda; Paulista e Recife. A II Microrregião
de Saúde é composta pelos municípios: Camaragibe; Chã Grande; Chã de Alegria; Glória do Goitá;
Pombos; São Lourenço da Mata e Vitória de Santo Antão. Os municípios que fazem parte da III
Microrregião de Saúde são: Cabo de Santo Agostinho; Ipojuca; Moreno e Jaboatão dos Guararapes.
Este documento está em consonância com o Decreto nº 7.508/2011, do Governo Federal, e
com os postulados do SUS, enfatizando a regionalização, a descentralização e a gestão por
resultados. Corroborando com esta proposta, a I GERES tem como missão a construção de “um
Estado mais justo na garantia de oportunidade para todos, pautada nas premissas de dialogo com a
sociedade, parceria com os municípios com um modelo integrado de gestão com foco em resultados,
transparência, responsabilidade e controle social”.
Espera-se que este seja um instrumento que sirva como base para reestruturação da atenção
à saúde regional, garantindo cuidado e dignidade aos residentes dos municípios integrantes,
utilizando-se da parceria e colaboração de todos os entes federados.
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Sumário
1. INDICADORES SOCIODEMOGRÁFICOS E ECONÔMICOS 7
1.1 CARACTERIZAÇÃO DA REGIÃO ..............................................................................................7
1.2 LIMITES, LOCALIZAÇÃO, DIVISÕES TERRITORIAIS DA REGIÃO ..........................................8
1.2.1 Principais Rodovias ...........................................................................................................8
1.3 MUNICÍPIOS QUE COMPÕEM A I REGIÃO DE SAÚDE ......................................................... 10
1.4 INDICADORES DEMOGRÁFICOS ..........................................................................................12
1.5 GÊNERO E FAIXA ETÁRIA DA POPULAÇÃO DA I REGIÃO DE SAÚDE ............................... 15
1.6 RAÇA E COR ........................................................................................................................... 17
1.7 EDUCAÇÃO NA I REGIÃO DE SAÚDE ...................................................................................20
1.7.1 Analfabetismo .................................................................................................................... 20
1.7.2 Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) .............................................. 21
1.8 RELIGIÃO ................................................................................................................................23
1.9 A ECONOMIA DA REGIÃO ..................................................................................................... 27
1.9.1 PIB..................................................................................................................................... 27
1.9.2 PIB Per capita ................................................................................................................... 29
1.9.3 Índice de Desenvolvimento Humano Municipal - IDHM................................................. 30
1.9.3 Índice de GINI ...................................................................................................................31
1.10 TRABALHO E RENDA .......................................................................................................... 32
1.10.1 Salário Médio Mensal dos Trabalhadores Formais ..................................................... 33
1.10.2 Taxa de Desemprego ..................................................................................................... 34
1.11 DÉFICIT HABITACIONAL ..................................................................................................... 35
1.12 SANEAMENTO ......................................................................................................................36
1.12.1 Abastecimento de Água ................................................................................................ 38
1.12.2 Esgotamento Sanitário .................................................................................................. 39
1.12.3 Destino do Lixo .............................................................................................................. 42
1.13 POPULAÇÃO QUILOMBOLA NA I REGIÃO DE SAÚDE ..................................................... 44
1.14 ASSENTAMENTOS RURAIS I REGIÃO DE SAÚDE ............................................................ 45
1.15 ATIVIDADES CULTURAIS E ESPAÇOS PÚBLICOS DE LAZER .........................................45
2. INDICADORES DE SAÚDE ........................................................................................................... 47
2.1 INDICADORES DE NASCIMENTO ..........................................................................................47
2.1.1 Taxa de Natalidade...........................................................................................................47
2.1.2 Proporção de Partos Normais .........................................................................................48
2.2 INDICADORES DE MORTALIDADE ........................................................................................ 50
2.2.1 Mortalidade Geral .............................................................................................................50
2.2.2 Mortalidade Infantil .......................................................................................................... 52
2.2.3 Mortalidade Materna ........................................................................................................ 58
2.2.4 Mortalidade Geral por Capítulo - CID – 10 .....................................................................60
2.3 INDICADORES DE MORBIDADE ............................................................................................67
5

2.3.1 Taxa de Incidência de Dengue ........................................................................................ 67


2.3.2 Taxa de Detecção de Hanseniáse ................................................................................... 68
2.3.4 Taxa de Incidência de Tuberculose ................................................................................ 69
2.3.5 Taxa de Incidência de Hepatite B....................................................................................70
2.3.6 Taxa de Incidência de Hepatite C....................................................................................71
2.3.7 Taxa de Incidência de Leishmaniose Visceral – LV....................................................... 72
2.3.8 Taxa de Incidência de Leishmaniose Tegumentar Americana – LTA........................... 73
2.3.9 Taxa de Incidência de Aids ............................................................................................. 74
3. INDICADORES ASSISTENCIAIS DE SAÚDE ............................................................................... 75
3.1 Razão de Exames Citopatológico do Colo do Útero ................................................................. 75
3.2 VISITAÇÃO DOMICILIAR DO ACS .......................................................................................... 76
3.3 PROPORÇÃO DE NASCIDOS VIVOS DE MÃES COM 7 OU MAIS CONSULTAS DE
PRÉNATAL .................................................................................................................................... 77
3.4 PROPORÇÃO DE INTERNAÇÕES POR CAUSAS SENSÍVEIS À ATENÇÃO BÁSICA–ICSAB
....................................................................................................................................................... 78
3.5 OFERTA E COBERTURA DE AÇÕES E SERVIÇOS DE SAÚDE ........................................... 79
3.5.1 Oferta de Centro de Testagem e Aconselhamento – CTA e SAE .................................79
3.5.2 Cobertura Populacional de Equipes de Saúde da Família ............................................ 80
3.6 REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE ............................................................................................... 86
4. ESTRUTURA DO SISTEMA DE SAÚDE ....................................................................................... 91
4.1 ESTABELECIMENTOS DE SAÚDE E SERVIÇOS...................................................................91
4.2 SERVIÇOS ............................................................................................................................... 93
5. REGULAÇÃO EM SAÚDE NA I REGIÃO DE SAÚDE DE PERNAMBUCO ................................... 95
5.1 REGULAÇÃO AMBULATORIAL ................................................................................................ 96
5.2 FLUXO DE REGULAÇÃO .......................................................................................................... 97
5.3 FLUXOS ASSISTENCIAIS .......................................................................................................... 99
5.4 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ................................................................................................. 108
5.5 PROCEDIMENTOS OFERTADOS ............................................................................................ 108
5.6 FLUXO DAS INTERNAÇÕES DE MÉDIA E ALTA COMPLEXIDADE ...................................... 111
5.7 PROCESSO REGULATÓRIO DE ACESSO .............................................................................. 113
5.8 FLUXO DE REGULAÇÃO ......................................................................................................... 113
6. PLANEJAMENTO EM SAÚDE ..................................................................................................... 115
6.2 RESULTADOS .......................................................................................................................... 117
6.2.1 Resultados relativos ao PMS ........................................................................................... 117
6.2.2 Resultados relativos à PAS .............................................................................................. 117
6.2.3 Resultados Relativos ao RDQA ....................................................................................... 118
6.2.4 Resultados relativos ao RAG ........................................................................................... 120
6.2.5 Resultados Relativos à Pactuação Interfederativa das Metas de Indicadores .................. 120
BIBLIOGRAFIA ................................................................................................................................ 121
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INTRODUÇÃO

O Mapa da Saúde descreve geograficamente como estão distribuídos os trabalhadores da


saúde, as ações e os serviços de saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) – inclusive os
existentes na iniciativa privada – considerando sua capacidade instalada existente, investimentos e
desempenho a partir dos indicadores de saúde (BRASIL, 2011).
Os Mapas de Saúde fazem parte do segundo momento de construção do Contrato
Organizativo da Ação Pública da Saúde - COAP e suas diretrizes foram pactuadas pela Comissão
Intergestora Tripartite (CIT), em 24 de novembro de 2011, em consonância com o previsto pelo
Decreto Presidencial nº 7.508, como regulamentação da Lei 8.080, de 1990, que contribui para o
processo de descentralização e regionalização da saúde.
Tendo em vista contribuir com o planejamento e dimensionar a cobertura realizada pelo
Sistema de Saúde, o Mapa de Saúde tem por finalidade identificar as carências e necessidades
assistenciais, direcionar os investimentos e orientar o planejamento integrado entre os entes
federativos. Também cabe a esse instrumento acompanhar a evolução do SUS nos territórios e o
acesso aos resultados produzidos (BRASIL, 2011).
O planejamento é um processo que consiste em definir proposições e construir a sua
viabilidade, solucionar problemas, atender necessidades individuais e coletivas. Na América Latina o
Planejamento em Saúde foi uma estratégia estruturada a partir da metade do século XX, visando
equacionar questões sociais decorrentes da ideologia desenvolvimentista. Autores como Mário Testa
e Carlos Matus contribuíram no aprimoramento do Planejamento em Saúde (TEIXEIRA, 2010). O
processo de planejamento e orçamento no SUS é de natureza ascendente, o que reitera sua
natureza de organização regionalizada e hierarquizada (BRASIL, 1988; 2011).
A temática da Descentralização e da Regionalização são desafios existentes desde a
conformação do SUS. Com a Constituição Federal de 1988, que o regulamentou, e, posteriormente,
com as Normas Operacionais Básicas da Saúde (NOBS) (BRASIL, 1993), junto com as Normas
Operacionais de Assistência à Saúde (NOAS) e o Pacto Pela Saúde, aumentaram-se os esforços
para os processos de Descentralização dos Serviços e a regionalização da assistência (BRASIL,
2002). O Decreto 7508/2011 vem reafirmar esse compromisso e institui dentre outras ferramentas o
Mapa da Saúde como possibilidade de efetivação nessa esfera.
7

1. INDICADORES SOCIODEMOGRÁFICOS E ECONÔMICOS

1.1 CARACTERIZAÇÃO DA REGIÃO

O Estado de Pernambuco apresenta dois níveis de divisões administrativas do território, cujo


objetivo é organizar as redes de atenção à saúde e ofertar os serviços de saúde aos
pernambucanos. O primeiro nível são as dozeRegiões de Saúde, que se constituem geograficamente
de municípios limítrofes com identidade cultural, econômica e social semelhantes, compartilhando
redes de comunicação e de transportes, cuja finalidade, é integrar a organização, o planejamento e a
execução de ações e serviços de saúde (Figura 01).

Figura 01 - Distribuição das Regiões em Saúde. Pernambuco, 2011.

Fonte: Adaptado da Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco. Plano Diretor de Regionalização. 2011.

O segundo nível da divisão administrativa são as quatro Macrorregiões de Saúde, que são
organizações territoriais compostas por Regiões de Saúde com o objetivo de ofertar ações e serviços
de saúde de média e de alta complexidade, cujos procedimentos ou ações requerem maior
tecnologia e perpassam a capacidade de apenas uma região (PERNAMBUCO, 2011) (Figura 2).
8

Figura 02 - Distribuição das macrorregiões de saúde. Pernambuco, 2021.

Fonte: Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco. Plano Diretor de Regionalização. 2011.

A I Região de Saúde configura-se como a mais populosa do Estado de Pernambuco. De


acordo com os dados do Caderno de Informação em Saúde de 2019, a I Região de Saúde tem uma
população de 4.234.546 habitantes o que corresponde a 44,3% da população geral, distribuídos em
3.721,3 Km2 de extensão territorial.

1.2 LIMITES, LOCALIZAÇÃO, DIVISÕES TERRITORIAIS DA REGIÃO

1.2.1 Principais Rodovias

O Quadros 01, 02 e 03 a seguir, são apresentadas,por microrregião, as principais rodovias


que cortam os dezenove municípios da I Região de Saúde.
9

Quadro 01–Principais rodovias dos municípios da Microrregião I. Pernambuco, 2021.

Município Limites / Acesso e Rodovias


Abreu e Lima Ao Norte com Igarassu; ao Sul com Paulista e Paudalho; ao Leste com Paulista e a Oeste com
Paudalho e Tracunhaém (II GERES). Acesso BR-101 Norte, PE-15 e BR-408.
Araçoiaba Ao Norte com Igarassu e Abreu e Lima; ao Sul com Paudalho e ao Oeste com Tracunhaém (II
GERES), acesso PE-041, PE-090 e PE- 027.
Igarassu Ao Norte com Goiana, Itaquitinga, (XII GERES); ao Sul com Paulista e Abreu e Lima; a Leste com
Itamaracá, Itapissuma e Oceano Atlântico e a Oeste com Araçoiaba acesso: BR-101, PE-15 e PE-
01.
Itamaracá Ao Norte com Goiana e Oceano Atlântico; ao Sul com Igarassu e Oceano Atlântico; a Leste com
Oceano Atlântico e a Oeste com Itapissuma. Acesso: PE-35, BR-101, PE-15 e PE-01.
Itapissuma Ao Norte com Goiana e Itamaracá; ao Sul com Igarassu; ao Leste com Itamaracá e a Oeste com
Igarassu. Acesso: BR-101, PE-35, PE-15 e PE-01.
Paulista Ao Norte com Igarassu e Abreu e Lima; ao Sul com Olinda e Recife; a Leste com o Oceano Atlântico
e a Oeste com Paudalho. Acesso: PE-125, PE-126 e BR-101 (via Palmares).
Recife Ao Sul e Oeste com Olinda, Jaboatão dos Guararapes, Camaragibe e Oceano Atlântico. Acesso BR-
101, BR-116, BR-232 e BR-316.
Olinda Ao Norte com Paulista; ao Sul e à Oeste com o Recife e ao Leste com o Oceano Atlântico

Quadro 02–Principais rodovias dos municípios da MicrorregiãoI.II. Pernambuco, 2021.

Município Limites / Acesso e Rodovias


Camaragibe Ao Norte com Paulista e Recife, ao Sul com Recife e a Oeste com São Lourenço da Mata. Acesso:
BR-408. Distância da capital 10 km.
São Lourenço da Mata Ao Norte com Paudalho, a Sul com Jaboatão dos Guararapes e Moreno, a Leste com Recife e
Camaragibe e a Oeste com Vitória de Santo Antão e Chã de Alegria. Acesso: pelas rodovias
pavimentadas BR 408 e PE 005.
Chã Grande Ao Norte com Gravatá, a Sul com Amaraji e Primavera, a Leste com pombos e a Oeste com
Gravatá. Acesso: rodovia pavimentada BR 232 e PE 071. Distância e tempo médio de deslocamento
da capital são respectivamente de 80 km e 53 min.
Chã da Alegria Ao Norte com Paudalho, a Sul com Vitória de Santo Antão, a Leste com São Lourenço da Mata, e a
Oeste com Glória do Goitá. Acesso: PE-005; BR-408, e PE-040.
Glória de Goitá Ao Sul com Primavera, a Leste com Vitória de Santo Antão, e a Oeste com Gravatá e Chã Grande.
Acesso: BR-232. Distância e tempo médio de deslocamento da capital são respectivamente de 69
km e 46 min.
Vitória de Santo Antão Ao Sul e Oeste com Olinda, Jaboatão dos Guararapes, Camaragibe e Oceano Atlântico. Acesso BR-
101, BR-116, BR-232 e BR-316 Ao Norte com Glória do Goitá e Chã de Alegria, a Sul com
Primavera e Escada, a Leste com Moreno, Cabo e São Lourenço da Mata e a Oeste com Pombos.
Acesso: BR-232.

Quadro 03–Principais rodovias dos municípios da Microrregião I.III. Pernambuco, 2021.

Município Limites / Acesso e Rodovias


Ipojuca Cabo de Santo Agostinho, Escada e Sirinhaém (III GERES) Acessos: BR-101 PE-60 (via Cabo de
Santo Agostinho) e PE-09; duplicadas até a entrada para Suape, e com pista simples e trechos
sinuosos até Porto de Galinhas.
Cabo de Santo Agostinho Ipojuca, Jaboatão dos Guararapes, Moreno, Vitória de St°. Antão, Escada(III GERES) o acesso mais
utilizado o rodoviário, pelas rodovias BR-101 Sul e PE-60, seguido da PE-28 (Rodovia Vicente
Pinzón) que dá acesso às praias do município. A distância e tempo médio de deslocamento da
capital é respectivamente de 37 km e 25 min.
Jaboatão dos Guararapes Cabo de Santo Agostinho, Recife, Moreno acesso: rodovias como as BR-101, BR-232 e a PE-007 e
conta com infraestrutura metroviária. A distância e tempo médio de deslocamento da capital é
respectivamente de 19 km e 15 min.
Moreno Ao Norte com São Lourenço da Mata, a Sul com o Cabo de Santo Agostinho, a Leste com Jaboatão
dos Guararapes e a Oeste com Vitória de Santo Antão; acesso: BR 232 (trecho duplicado com boa
estrutura de sinalização, acostamento e retornos) e a rodovia estadual PE 07 (estrada sinuosa com
10

problemas de sinalização, acostamento e retorno). A distância e tempo médio de deslocamento da


capital é respectivamente de 29 km e 19 min.
Figura 03 –Malha viária da I Região de Saúde. Pernambuco, 2021.

Fonte: DNIT,2010

1.3 MUNICÍPIOS QUE COMPÕEM A I REGIÃO DE SAÚDE

A I Região de Saúde do Estado de Pernambuco é composta por 19 municípios e o Distrito


Estadual de Fernando de Noronha. Os municípios estão distribuídos por microrregiões de saúde no
Quadro 04 e na Figura 04.No que concerne à distância dos municípios em relação à capital, o
arquipélago de Fernando de Noronha está localizado a 600 quilômetros de distância de Recife.
Olinda e Camaragibe são os municípios mais próximos, estando a 7 e 14 km de distância,
respectivamente.
11

Quadro 04 - Municípios da I Região de Saúde, agrupados por microrregião de saúde e


distância da Capital. Pernambuco, 2021.

MUNICÍPIO/ MICRORREGIÃO DISTÂNCIA PARA RECIFE (SEDE)


MICRORREGIÃO I.I
Abreu e Lima 19
Araçoiaba 44
Fernando de Noronha 600
Igarassu 29
Itamaracá 41
Itapissuma 37
Olinda 07
Paulista 15
Recife -
MICRORREGIÃO I.II
Camaragibe 14
Chã de Alegria 73
Chã Grande 80
Glória de Goitá 66
Pombos 69
São Lourenço da Mata 19
Vitória de Santo Antão 55
MICRORREGIÃO I.III
Cabo de Santo Agostinho 37
Ipojuca 52
Jaboatão dos Guararapes 19
Moreno 29

Fonte:IBGE, 2020.
12

Figura 04 - Microrregiões
icrorregiões de Saúde da I Região de Saúde.. Pernambuco, 2016.

Fonte:Secretaria
Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco, 2016

1.4 INDICADORES DEMOGRÁFICOS

Quando se analisa os aspectos demográficos da I Região de Saúde verifica-se sua


complexidade. A região ocupa apenas 3,8% do território do Estado,, no entanto concentra mais
ma de
44% da população pernambucana
pernambucana.

Quadro 05 – Informações Demográfica


Demográficas da I Região de Saúde,, Pernambuco, 2020.
20

Indicador Informação
Região de Saúde I Região de Saúde
Estado Pernambuco
Área Territorial 3.721,17 Km2
População 4.259.679 habitantes
Densidade demográfica 1.144,72 hab/km2
Município Sede Recife
Macrorregional de Saúde I Macrorregião

Fonte: Instituto Brasileiro


eiro de Geografia e Estatística. / Caderno de informações em Saúde. Secretaria da Saúde do
Estado de Pernambuco, 2019.
13

A I Região de Saúde apresentouum aumento expressivo e consistente da população entre os


anos 2010 e 2020, com base nas estimativas do IBGE (IBGE,2020). Os municípios de Recife,
Jaboatão dos Guararapes e Olinda possuem o maior quantitativo populacional. A Microrregião I.I é a
maior entre as Microrregiões em número de pessoas, apresenta 5,3 mais habitantes do que a
Microrregião I.II. Os municípios com mais habitantes em cada microrregião de saúde são,
respectivamente: Recife, Camaragibe e Jaboatão dos Guararapes (Tabela 01).

Ainda na tabela 01 pode-se observar que os municípios que apresentaram maior taxa média
geométrica de incremento anual de habitantes, registrada em 2010,são: Ipojuca (3,12%), Ilha de
Itamaracá (3,27%), Igarassu (2,17%) e o Distrito Estadual de Fernando de Noronha (2,52%).

Uma da hipótese para o crescimento expressivo da população de Ipojuca foi o aumento de


investimentos no Porto de Suape, que tem a sua localização entre Cabo de Santo Agostinho e
Ipojuca. Esses investimentos vieram acompanhado de um número elevado de trabalhadores de
outros estados e regiões, que passaram a viver nessas cidades com estrutura insuficiente,
ocasionado o aumento populacional. Já as cidades de Chã de Alegria (MR I.II), Araçoiaba (MR I.I) e
Chã Grande (MR I.II) apresentam o menor número de habitantes (Tabela 01).

Em contrapartida, Recife, Camaragibe, Fernando de Noronha e Paulista apresentam 100% de


urbanização dos seus respectivos territórios. Segundo Abramovay (2000), a cada publicação
censitária no Brasil, o resultado é o mesmo: prossegue o esvaziamento do meio rural. A ruralidade
não é uma etapa do desenvolvimento social a ser superada com o avanço do progresso e da
urbanização. Ela é e será cada vez mais um valor para as atividades econômicas setoriais.
14

Tabela 01 – População por município e Microrregião de Saúde nos anos de 2010 e 2020, e
taxa média geométrica de incremento anual. I Região de Saúde, 2020.

Taxa média
População População geométrica de
MUNICÍPIO
2010 2020 incremento anual
(% aa)*
Microrregião I.I 2.456.954 2.677.074
Abreu e Lima 94.429 100.346 0,59
Araçoiaba 18.156 20.733 1,85
Fernando de Noronha 2.630 3.101 2,52
Igarassu 102.021 118.370 2,17
Itamaracá 21.884 26.672 3,27
Itapissuma 23.769 26.900 1,68
Olinda 377.779 393.115 0,27
Paulista 300.466 334.376 1,37
Recife 1.537.704 1.653.461 0,78
Microrregião I.II 462.941 505.831
Camaragibe 144.466 158.899 1,16
Chã de Alegria 12.404 13.556 1,12
Chã Grande 20.137 21.815 0,90
Glória de Goitá 29.019 30.751 0,52
Pombos 24.046 27.148 0,29
São Lourenço da Mata 102.895 114.079 1,30
Vitória de Santo Antão 129.974 139.583 1,00
Microrregião I.III 966.978 1.076.774
Cabo de Santo Agostinho 185.025 208.944 1,92
Ipojuca 80.637 97.669 3,12
Jaboatão dos Guararapes 644.620 706.867 1,03
Moreno 56.696 63.294 1,43

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística/ Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas de


Pernambuco, 2020. *As taxas de crescimento da população apresentadas no ano de 2010, corresponde
ao período de 2000 a 2010

A densidade populacional ou densidade demográfica é uma medida expressa pela relação


entre a população e a extensão do território, expressa em habitantes por quilômetro quadrado
(CAMARGO, 2013). A partir dos dados descritos na Tabela 02, pode-se perceber que o município de
Olinda apresenta, em 2020, uma alta densidade demográfica (9.068,36hab/km²) em relação à
maioria dos municípios da I Região de Saúde. No entanto Recife também apresenta uma grande
concentração de habitantes por Km2, seguido por Paulista, Camaragibe e Jaboatão dos Guararapes.
15

Tabela 02 – Densidade Demográfica e Taxa de Urbanização (2010) por município. I Região


de Saúde, 2020.

Densidade
Taxa de
MUNICÍPIO Demográfica
Urbanização2010(%)
2020 (hab/km²)
Microrregião I.I
Abreu e Lima 724,90 91,74
Araçoiaba 196,74 84,09
Fernando de Noronha 154,55 100,00
Igarassu 333,88 92,07
Itamaracá 328,18 77,65
Itapissuma 320,19 77,08
Olinda 9.068,36 98,03
Paulista 3.086,01 100,00
Recife 7.037,61 100,00
Microrregião I.II
Camaragibe 2.821,93 100,00
Chã de Alegria 255,98 77,11
Chã Grande 237,33 67,99
Glória de Goitá 125,17 53,19
Pombos 117,84 66,58
São Lourenço da Mata 392,49 94,05
Vitória de Santo Antão 349,58 87,27
Microrregião I.III
Cabo de Santo Agostinho 414,32 90,68
Ipojuca 151,39 74,06
Jaboatão dos Guararapes 2.493,06 97,82
Moreno 289,16 88,54

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística/ Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas de


Pernambuco, 2020.

1.5 GÊNERO E FAIXA ETÁRIA DA POPULAÇÃO DA I REGIÃO DE SAÚDE

Na análise da distribuição da população da I Região de Saúde a partir do gênero declarado


observa-se que há um predomínio das pessoas do gênero feminino (53,1%), em comparação com os
declarados do gênero masculino (46,9%) (Figura05). Ao analisar esta distribuição nas três
Microrregiões de Saúde verifica-se que esse comportamento se repete, no entanto, a MR I.I
apresenta a maior diferença entre gêneros, tanto em números absolutos, quanto percentualmente,
interferindo no resultado da Região(Tabela 03).
16

Figura 05 - Percentual da população residente segundo


gênero. I Região de Saúde, 2010

46,9
53,1

Masculino feminino

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística/ Agência Estadual de Planejamento e Pesquisasde


Pernambuco, 2020/ I GERES.

Tabela 03 – Distribuição da população residente, segundo gênero e Microrregião de Saúde. I


Região de Saúde, 2010.

Região Masculino Feminino


Nº % Nº %
I Região de Saúde 1.832.635 46,9 2.071.943 53,1
Microrregião I.I 1.146.796 46,3 1.330.422 53,7
Microrregião I.II 224.938 48,6 237.806 51,4
Microrregião I.III 460.901 47,8 503.715 52,2
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística/ Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas/ I GERES.

A pirâmide etária da I Regional de Saúde indica que a população residente no território é


composta fundamentalmente por adultos, com estreitamento da base da pirâmide, indicando a fase
de transição para se tornar uma região predominantemente idosa (Gráfico 06).
Estamos passando por um processo contínuo de envelhecimento populacional, trazendo uma
série de implicações que afetam, direta ou indiretamente, diferentes esferas de sua organização
social, econômica e política (SAAD, 2016). O envelhecimento populacional é um dos maiores
desafios da saúde pública contemporânea. Este fenômeno ocorreu inicialmente em países
desenvolvidos, no entanto, mais recentemente é nos países em desenvolvimento que o
envelhecimento da população tem ocorrido de forma mais acentuada (LIMA-COSTA; VERAS, 2003).
Hoje no Brasil vivemos um momento de redução significativa de recursos destinados ao SUS
e isso pode levar a sérias consequências como ressaltam Miranda, Mendes e Silva, (2016):
17

Com o envelhecimento populacional e a carência de suporte


necessário, a sociedade deve estar consciente do preço que terá
de pagar e o Estado deve estar preparado para prover políticas
específicas que assegurem uma atenção integral, reconhecendo
as características do envelhecimento e consagrando
consagran a qualidade
de vida (MIRANDA, MENDES e SILVA, 2016 p 507).

Na saúde, devido ao crescimento e envelhecimento populacional, a prevalência de Doenças


Crônicas Não Transmissíveis (DCNT)
(DCNT), novas pandemias como a da COVID-19
19 e o número de mortes
têm expectativa
va de aumento substancial no futuro, em conjunto com as transições econômicas
(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2011).

Figura 06 - População residente por faixa etária e gênero. I Região de


Saúde, 2010

Feminino Masculino

90 e +

80 e 89

70 a 79

60 a 69

50 a 59

40 a 49

30 a 39

20 a 29

10 a 19

0a9

400.000 300.000 200.000 100.000 0 100.000 200.000 300.000 400.000

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística/ Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas/ I GERES.

1.6 RAÇAE COR

Os estudos voltados para a necessidade de inclusão da variável “Raça/Cor” e consideração


desses critérios apontam a importância desse quesito para a compreensão, o planejamento e a
execução das ações no âmbito da Saúde (ADORNO, 2004; WERNECK, 2016).
O Brasil é um paíss intimamente marcado pelo processo escravista, sendo o último país do
continente americano a decretar o processo de abolição (OLIVEIRA, 1987). As consequênciassociais
18

desse fato resultam em desigualdades e tornam o racismo e a discriminação como determinantes


associados ao adoecimento e à morte precoce de mulheres e homens negros (ADORNO, op. cit.;
BATISTA, 2005).
O racismo pode ser visto como um sistema, dada sua ampla e complexa atuação, ele atua em
diferentes níveis – internalizado, interpessoal e Institucional – que produzem efeitos sobre os
indivíduos e grupos, gerando sentimentos, pensamentos, condutas pessoais e interpessoais,
atuando também sobre processos e políticas institucionais. A naturalização das iniquidades
produzidas pelo racismo por vezes o torna sutil ou invisível (JONES, 2002 apud WERNECK, op. cit.).
Visando contribuir no combate a esses fatores a Política Nacional de Saúde Integral da
População Negra foi instituída no ano de 2009 e serve de referência para o balizamento das ações
em saúde. Essa política tem por objetivo promover a saúde integral da população negra, priorizando
a redução das desigualdades étnico-raciais, o combate ao racismo e à discriminação nas instituições
e serviços do SUS. (BRASIL, 2013)
Na região que corresponde a área de atuação da I GERES percebe-se que a maioria das
pessoasse autodeclara pertencente à populaçãoparda (53,3%), seguida das pessoas que se
consideram pertencentes à população branca (37,2%). Esta distribuição assemelha-se ao perfil da
população do estado de Pernambuco em relação ao quesito raça e cor. Estes perfis apresentam
diferença em relação distribuição da população brasileira, que tem mais pessoas que se
autodeclaramda raça branca (47,5%), seguido pelas pessoas que se percebem como pardas
(43,4%). (IBGE, 2010)
No Brasil, de uma forma geral, a Saúde da População Negra é agravada por fatores
geneticamente adquiridos, condições sociais desfavoráveis e acesso e tratamento dificultados.
Especificamente no estado de Pernambuco merecem atenção condições relacionadas ao
adoecimento devido a Violência Interpessoal, AIDS, Sífilis, Hanseníase; e condições relacionadas à
morte por causas externas, Homicídios e óbitos ocasionados por armas de fogo, além do alto número
que se refere aos Óbitos Maternos. (PERNAMBUCO, 2014)

Tabela 04 – Distribuição da população residente na I Região de Saúde, em Pernambuco e no


Brasil, de acordo com o quesito cor e raça. I Região de Saúde, 2010.
I Região de Saúde Pernambuco Brasil
Nº % Nº % Nº %
Parda 2.081.805 53,3 4.886.023 55,5 82.820.450 43,4
Branca 1.453.693 37,2 3.209.069 36,5 90.621.281 47,5
Preta 324.367 8,3 563.758 6,4 14.351.162 7,5
Amarela 40.620 1,0 83.579 1,0 2.105.353 1,1
Indígena 7.947 0,2 53.654 0,6 821.501 0,4
Sem Declaração 324 0,0 377 0,0 36.051 0,02
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 2010/ Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas, 2010.
19

Nas figuras07, 08 e 09 a seguir observa-se a distribuição da população residente na I Região


de Saúde, segundo o quesito cor, e microrregião. Observa-se que a MR I.I tem o maior percentual de
pessoas declaradas da cor branca (38,6%) das demais microrregiões. A MR I.III destaca-se por
apresentar o maior número de pessoas pretas e pardas somadas (64,2%).

Figura 07 - Distribuição da população Figura 08 - Distribuição da população


residente na Microrregião I.I, segundo o quesito residente na Microrregião I.II, segundo o
cor.I Região de Saúde, 2010. quesito cor.I Região de Saúde, 2010.

0,2 0,0 0,1 0,0


35,2
38,6
51,4 57,1

6,8
8,6 0,8
1,1
Branca Preta
Branca Preta
Amarela Parda
Amarela Parda
Indígena Sem declaração Indígena Sem declaração

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 2010/ Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 2010/
Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas, 2010. Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas, 2010.

Figura 09 - Distribuição da população


residente na Microrregião I.III, segundo o
quesito cor.I Região de Saúde, 2010.

0,2 0,0
34,5

56,1

8,1
1,0
Branca Preta
Amarela Parda
Indígena Sem declaração

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 2010/


Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas, 2010.
20

1.7EDUCAÇÃO NA I REGIÃO DE SAÚDE

1.7.1 Analfabetismo

Pode-se considerar o analfabetismo como um dos maiores temas nacional. Infelizmente


nosso país passou o século XX sem erradicar completamente tal mazela do seio de seu povo. Do
mesmo modo, a escolaridade da população brasileira apresenta profundas disparidades em relação
aos indicadores verificados em outros lugares do mundo (PAIXÃO, 2012).

As políticas de erradicação do analfabetismo no Brasil vêm avançando nas últimas décadas


de maneira lenta e frágil, evidenciando a magnitude da natureza do problema, que envolve não
apenas a precariedade do universo escolar, mas o peso das diferenças socioeconômicas e raciais,
historicamente presentes no país. São mais de 13 milhões de brasileiros e brasileiras acima de 14
anos que não sabem ler nem escrever e um enorme contingente de pessoas que, tendo passado
pela escola, não tem o domínio do letramento e não podem utilizá-lo para o desenvolvimento de suas
potencialidades em diferentes contextos ao longo de suas vidas (HADDAD; SIQUEIRA, 2016).

A taxa de analfabetismoda população de 15 anos ou mais na I Região de Saúde foi de


16,27% no ano de 2010, um pouco abaixo da taxa do estado de Pernambuco (18%) e 41% maior
que a taxa registrada para o Brasil (9,6%). (IBGE, Censo 2010).

Na tabela 05 observa-se que a microrregião com maior taxa de analfabetismo na faixa etária
de 15 anos e mais é a MR I.II (23,29%). A MR I.I apresenta a menor taxa de analfabetismo de
11,95% aproximando-se da taxa nacional. Os municípios com o pior indicador de analfabetismo são
respectivamente Chã Grande (30,8%), Glória de Goitá (29,98%) e Pombos (28,73%).

O Distrito Estadual de Fernando de Noronha apresenta a menor taxa de analfabetismo entre


todos os municípios da I Região de Saúde, seguido pelos municípios de Paulista (6,18%), Olinda
(7,03%) e Recife (7,13%).
21

Tabela 05 – Taxa de analfabetismo da população de 15 anos ou mais de idade, por município


e microrregião de saúde. I Região de Saúde - Pernambuco, 2010.

Taxa de
analfabetismo da
MUNICÍPIO/ Microrregião
população de 15
anos+
Microrregião I.I 11,95
Abreu e Lima 10,15
Araçoiaba 24,04
Fernando de Noronha 5,01
Igarassu 14,2
Itamaracá 15,34
Itapissuma 18,53
Olinda 7,03
Paulista 6,18
Recife 7,13
Microrregião I.II 23,29
Camaragibe 11,13
Chã de Alegria 24,69
Chã Grande 30,8
Glória de Goitá 29,98
Pombos 28,73
São Lourenço da Mata 15,96
Vitória de Santo Antão 21,77
Microrregião I.III 14,9
Cabo de Santo Agostinho 13,01
Ipojuca 20,64
Jaboatão dos Guararapes 9,12
Moreno 16,83

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística/ Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas de


Pernambuco, 2020.

1.7.2 Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB)

O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) foi criado em 2007 e reúne, em um


só indicador, os resultados de dois conceitos igualmente importantes para a qualidade da educação:
o fluxo escolar e as médias de desempenho nas avaliações. O IDEB é calculado a partir dos dados
sobre aprovação escolar, obtidos no Censo Escolar, e das médias de desempenho no Sistema de
Avaliação da Educação Básica (Saeb).O IDEB agrega ao enfoque pedagógico das avaliações em
larga escala a possibilidade de resultados sintéticos, facilmente assimiláveis, e que permitem traçar
metas de qualidade educacional para os sistemas. O índice varia de 0 a 10.
22

No ano de 2019 as médias do IDEB dos Anos iniciais do Ensino Fundamental e Anos Finais
do Ensino Fundamental dos municípios da I Região de Saúde, foram respectivamente: 4,9 e 4,2,
todas as duas médias abaixo dos indicadores do Brasil (5,9 e 4,9) e do estado de Pernambuco (5,1 e
4,5). Em relação ao IDEB Anos Iniciais do Ensino Fundamental o Distrito Estadual de Fernando de
Noronha apresentou o maior indicador (6,2) da Região, seguido por Itapissuma (5,9) e Jaboatão dos
Guararapes. Os municípios com menores índices da Região foram: Chã Grande (4,1), Vitória de
Santo Antão (4,2) e Chã de Alegria (4,5) (Figuras10,11 e 12).
A análise do IDEB Anos Finais do Ensino Fundamental dos municípios da área de
abrangência da I Região de Saúde mostra que o município com o melhor índice em 2019, foi
Itapissuma (5,6), seguido por Recife (4,8), Camaragibe e Fernando de Noronha ambos com (4,7).Já
o pior índice foi encontrado no município de Pombos (3,2), seguido por Chã Grande (3,4), Chã de
Alegria e Vitória de Santo Antão, ambos com (3,7). Todos esses municípios com piores IDEB estão
localizados na MR I.II (Figuras 10,11 e 12).

Figura 10 - IDEB Anos Iniciais e Anos Finais do Ensino Fundamental -


Rede Pública dos municípios da Microrregião I.I. 2019
4,8
Recife 5,2
Paulista 4,2
5,1
4,4
Olinda 5,0
5,6
Itapissuma 5,9
4,3
Itamaracá 4,7
Igarassu 4,6
5,1
4,7
Fernando de Noronha 6,2
Araçoiaba 4,2
4,9
4,2
Abreu e Lima 5,0

0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 6,0 7,0

IDEB – Anos finais do ensino fundamental (Rede pública) [2019]


IDEB – Anos iniciais do ensino fundamental (Rede pública) [2019]

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística/ Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas de Pernambuco, 2020.
23

Figura 11 - IDEB Anos Iniciais e Anos Finais do Ensino Fundamental -


Rede Pública dos municípios da Microrregião I.II. 2017

3,7
Vitória de Santo Antão 4,2
4,3
São Lourenço da Mata 4,6
3,2
Pombos 5,0
4,2
Glória de Goitá 4,7
3,4
Chã Grande 4,1

Chã de Alegria 3,7


4,5
4,7
Camaragibe 5,1

0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 6,0

IDEB – Anos finais do ensino fundamental (Rede pública) [2017]


IDEB – Anos iniciais do ensino fundamental (Rede pública) [2017]

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística/ Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas de Pernambuco, 2020

Figura 12 - IDEB Anos Iniciais e Anos Finais do Ensino Fundamental -


Rede Pública dos municípios da Microrregião I.III. 2017

3,9
Moreno
4,6

4,5
Jaboatão dos Guararapes
5,3

3,9
Ipojuca
4,8

4,2
Cabo de Santo Agostinho
5,0

0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 6,0

IDEB – Anos finais do ensino fundamental (Rede pública) [2017]


IDEB – Anos iniciais do ensino fundamental (Rede pública) [2017]

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística/ Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas de Pernambuco, 2020

1.8 RELIGIÃO

Durante muito tempo as políticas e os profissionais de saúde enfatizavam apenas aspectos


relacionados à morbidade e à mortalidade como relevantes nos cuidados em saúde. (FLECK, 2000).
24

Entretanto, nos últimos anos, têm


têm-se
se dado maior consideração a influência
influênc que a religião e a
espiritualidade possuem na saúde das pessoas, visto que as manifestações
anifestações religiosas estão
presentes entre grupos humanos desde os tempos mais remotos (MOREIRA
(MOREIRA-ALMEIDA, 2007).
Desse modo, planejar e executar ações em saúde requer atenç
atenção
ão a quesitos como religião e
espiritualidade.
No território de abrangência da I GERES temos uma prevalência de pessoas católicas
(51,5%),
%), seguidas das evangélicas (28
(28,7%) e um quantitativo (15,3%)
%) das pessoas que se
consideram sem religião. A religião esp
espírita contempla (2,6%)
%) da população,
população as religiões afro-
brasileiras representam 0,5% e as outras religiões são apresentadas por 1,4
,4% da população, como
ilustra a Figura 13.

Figura 13 - Distribuição percentual da população da I Região de Saúde, segundo


a religião. Pernambuco, 2010.

1%
15%
29%
0%

3%

51,5; 52%

SEM RELIGIÃO AFROBRASILEIRA CATÓLICA ESPÍRITA EVANGÉLICA OUTRAS

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 2010.

Esses números mostram que majoritariamente essa população professa a religião cristã
(82,8%), sejam católicos, evangélicos ou espíritas.. Tal fato reflete a predominância do cristianismo
na construção sócio histórica no continente sul
sul-americano e conseqüentemente no Brasil (ORO e
URETA, 2007). Destaca-se
se que a Assistência em Saúde no Brasil esteve vinculada com às Santas
Casas e Hospitais Filantrópicos (CASSIA MARQUES, 2011), e ainda hoje possuem grande espaço
(CANABRAVA, 2007).
Além disso, o fato de a população desse ter
território se auto-declarar
declarar cristã influencia na forma
em que se relaciona com seu corpo e sua saúde – visto que o cristianismo possui forte influência nos
aspectos relacionados a Sexualidade e Direitos Reprodutivos, por exemplo, (RIOS E TERTO
JUNIOR, 2010).
Ao observar a distribuição por municípios agrupados pelas respectivas microrregiões
identificamos que o município com maior percentual de pessoas que se declararam da religião
25

católica foi Glória de Goitá (81,8%) da MR I.II. O maior percentual de evangélicos foi encontrado no
município de Abreu e Lima da MR I.I (41,1%). Olinda apresentou os maiores percentuais de pessoas
praticantes do espiritismo e religiões afro-brasileiras (4,2%) e (1,1%) respectivamente (Figuras 14, 15
e 16).

Figura 14 - Distribuição percentual da população da MR I.I, segundo a


religião. Pernambuco, 2010.

0,8 1,6 0,6 0,7 0,9 0,9 1,5 1,7 1,6


27,9 23,5 30,9 25,5 25,3
41,1 37,7 36,0 30,9
1,1 4,2 3,6
0,1 0,2
0,6 3,2
1,2 3,7
49,1 56,5 44,3 52,3 54,5
41,3 49,7 49,1
45,5
0,1 0,3
0,7 0,4 1,1 0,6 0,5
21,2 0,4 0,4 17,6 23,3
14,9 12,1 12,8 15,4 14,5 14,6

Abreu e Araçoiaba Fernando Igarassu Itamaracá Itapissuma Olinda Paulista Recife


Lima de
Noronha

SEM RELIGIÃO AFROBRASILEIRA CATÓLICA ESPÍRITA EVANGÉLICA OUTRAS

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 2010.

Figura 15 - Distribuição percentual da população da MR I.II, segundo a


religião. Pernambuco, 2010.

0,9 0,1 0,2 0,4 0,2 0,7 0,7


16,6 14,1 11,9 18,2
0,6 0,1 23,3
32,1 0,1 0,0 31,1
0,8
1,3 1,5

75,5 79,7 81,8 69,2 63,4


50,6 49,7

0,2 0,7
0,0 0,0
14,9 0,0 0,0 0,0 12,4 16,3 11,7
7,6 5,3 5,9
Camaragibe Chã de Alegria Chã Grande Glória de Pombos São Lourenço Vitória de
Goitá da Mata Santo Antão

SEM RELIGIÃO AFROBRASILEIRA CATÓLICA ESPÍRITA EVANGÉLICA OUTRAS

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 2010.


26

Figura 16 - Distribuição percentual da população da MR I.III, segundo


a religião. Pernambuco, 2010.

1,5 0,4 1,6 0,7

38,4 36,1 32,0 37,2

0,3 2,3 0,4


0,5

37,7 41,3 47,6 45,0

0,2 0,0
0,3 0,1
21,7 21,9 16,1 16,6

Cabo de Santo Agostinho Ipojuca Jaboatão dos Guararapes Moreno

SEM RELIGIÃO AFROBRASILEIRA CATÓLICA ESPÍRITA EVANGÉLICA OUTRAS

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 2010.

São consideradas religiões afro-brasileiras, todas as religiões que foram trazidas para o Brasil
pelos negros africanos, na condição de escravos ou religiões que absorveram ou adotaram costumes
e rituais africanos. As principais vertentes são: Candomblé, Umbanda e Xangô - Em todos estados
do Brasil, mas especificamente o Xangô do Nordeste em Pernambuco.
A maioria das religiões afro-brasileiras é relacionada com a religião yoruba e outras religiões
tradicionais africanas. Antes da abolição da escravatura em 1888, os negros escravizados fugidos
das fazendas, reuniam-se em lugares afastados nas florestas em agrupamentos ou comunidades
chamadas quilombos, depois da libertação, os africanos libertos reuniam-se em comunidades nas
cidades que passaram a chamar de candomblé. Candomblé é o nome genérico que se dá para todas
as casas de candomblé independente da nação. A palavra candomblé a princípio era usada para
designar qualquer festa dos africanos.
Em Pernambuco existem várias práticas e representações que se desenvolveram em torno
das heranças culturais deixadas pela escravidão. Ivaldo França em “Maracatus-nação:
Ressignificando velhas histórias” discute sobre as ressignificações sofridas por essa herança: Não
podemos aceitar a ideia de que a religião e a cultura afrodescendente é resultado de uma mera
transposição da África para o Brasil, sobretudo se pensarmos que a herança dos povos africanos
que para aqui vieram foram submetidas às diversas situações e contextos, que proporcionaram o
clima para mudanças e releituras das tradições trazidas para o Brasil pelos escravos. (LIMA. Ivaldo,
2005: 91)
Logo, pode-se partir do pressuposto que tanto o maracatu, o Catimbó-Jurema e outras
27

representações culturais de origem afro, tiveram seus significados originais modificados pelo
contexto histórico e pelo contato com as tradições locais.
As tradições africanas também são facilmente identificáveis no carnaval da cidade do Recife.
Sagrado e profano se misturam durante os festejos de Momo, nos quais muitas 175 agremiações
carnavalescas sofreram influências diretas das religiões afro: o Maracatu de Baque Virado, por
exemplo, em suas apresentações se utiliza de algumas características reconhecidas nos Xangôs;
clubes tradicionais de frevo e o candomblé, Dona Santa – juremeira – dirigia o Maracatu Elefante.
Manuel Costa ressalta: 70% das agremiações carnavalescas dependeram e dependem ainda do
Candomblé e da sua magia. Ainda hoje muitas delas não têm coragem de sair às ruas sem antes
preparar seus participantes com limpeza de pintos e defumadores. [...] Em número bastante
razoáveis, quase todas as agremiações foram fundadas ou são dirigidas por Pai, Mãe ou Filhos de
Santo. [...] a troça Secreta era uma troça que foi fundada por membros de duas famílias africanas:
Pai Adão e Antônio Nepomuceno (Apari) [...] O Clube das Pás, tem como presidente perpétua, Maria
do Carmo Ferraz, juremeira e Mãe de Santo residente em Campo Grande. [...] o Clube Vassourinhas,
fundado pelo povo de Candomblé, ainda hoje traz em seus cordões 90% de filhos-de-santo. [...] o
Maracatu Elefante era comandado por Maria Júlia do Nascimento (Dona Santa), velha juremeira,
neta de africanos. [...] o bloco Madeira do Rosarinho é uma agremiação esperada com grande
ansiedade entre o povo de Candomblé, era o bloco, do qual João Romão era conselheiro,
juntamente com os irmãos e alguns amigos de infância (COSTA apud SANTOS, 2010).
É nesse contexto que se torna possível a inserção da tradição negra, sua cultura, sua religião
na sociedade através de manifestações artísticas como as que ocorrem nas festas de Momo. A
população segue nas ruas ao som da batida do maracatu sem preocupar-se com qual religião aquele
movimento está ligado, no qual muitas vezes não se tem consciência de um vetor religioso em tais
manifestações. (SANTOS, 2010).

1.9A ECONOMIA DA REGIÃO


1.9.1 PIB

A I Região de Saúde concentra suas atividades econômicas no setor de serviços exceto pelos
municípios de Igarassu, Itapissuma e Cabo de Santo Agostinho que tem como principal atividade a o
setor da indústria (PERNAMBUCO, 2012).
Constata-se desigualdade social e de renda prevalecente em Pernambuco na Região, que
reúne em seu espaço oito dos dez municípios que possuíam em 2010 o melhor Índice de
Desenvolvimento Humano (IDH) de todo o Estado. Ao mesmo tempo, nos municípios de Araçoiaba
(RM), Chã de Alegria (MN) e Glória de Goitá (MN) existem verdadeiros bolsões de miséria, onde a
população vive em situação de pobreza absoluta.
28

Segundo Hoffman (2009), o Rendimento Domiciliar Per Capita (RDPC) é definido como a
razão entre o rendimento domiciliar e o número de moradores, excluindo as pessoas cuja condição
no domicílio é pensionista, empregado doméstico ou parente de empregado doméstico. São
considerados apenas os domicílios particulares permanentes com declaração do rendimento
domiciliar.O Produto Interno Bruto (PIB) é composto pelos valores brutos adicionados dos três
grandes setores da economia do país, Agropecuária, Indústria e Serviços (SOUZA et al. 2015). Na
tabela 06 observa-se um crescimento do PIB em todos os municípios que compõem a I GERES
entres os anos 2010 e 2018.
Neste período, o Complexo Industrial Portuário Suape, localizado entre os municípios de
Ipojuca e Cabo de Santo Agostinho, onde concentra grandes investimentos, sendo responsável em
2015 por 23% do PIB de Pernambuco, conforme a Agência Condepe/ Fidem. Como exemplo destes
investimentos está a Refinaria Abreu e Lima, o Estaleiro Atlântico Sul, o Pólo Poliéster, dentre outros,
afetando o seu território e alterando a realidade sócio-cultural, visto que se tornou um centro de
grande contingente de força de trabalho oriunda de outros estados, dos quais se somaram e
impulsionaram o crescimento desordenado daquela região.
Em relação ao período de 2010 a 2018 a Microrregião que apresentou o maior aumento do
PIB foi a MR I.I (61%). Quanto ao município com maior PIB no ano de 2018 com exceção da Capital,
foi Jaboatão dos Guararapes. E oque apresentou maior aumento no período analisado foi o
município de Olinda (63%) (Tabela 06).
29

Tabela 06 – Distribuição do Produto Interno Bruto (PIB) dos municípios que compõem a I
Região de Saúde. Pernambuco, 2010 e 2018

MUNICÍPIO/ Microrregião 2010 (mil R$) 2018 (mil R$) variação %

Microrregião I.I 41.800.520 68.495.599 61


Abreu e Lima 1.725.530 49
853.291
Araçoiaba 139.704 48
67.748
Fernando de Noronha 57.331 161.353 36
Igarassu 2.531.067 49
1.244.019
Itamaracá 249.444 43
108.151
Itapissuma 1.563.045 30
464.780
Olinda 5.533.876 63
3.479.823
Paulista 4.190.093 51
2.155.696
Recife 33.369.681 52.401.487 64

Microrregião I.II 3.298.193 7.922.492 42

Camaragibe 816.857 1.850.648 44


Chã de Alegria 58.386 149.525 39
Chã Grande 122.339 199.848 61
Glória de Goitá 123.207 456.748 27
Pombos 161.601 365.774 44
São Lourenço da Mata 553.856 1.181.132 47
Vitória de Santo Antão 3.718.817 39
1.461.947
Microrregião I.III 17.756.489 35.346.349 50
Cabo de Santo Agostinho 4.422.989 9.758.237 45
Ipojuca 5.404.486 11.570.549 47
Jaboatão dos Guararapes 7.586.200 13.359.675 57
Moreno 342.814 657.888 52
I Região de Saúde 62.855.202 111.764.440 56

Fonte:Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas de Pernambuco, 2020.

1.9.2 PIB Per capita

A taxa de elevação do PIB é um referencial importante de desempenho econômico, mas não


servem para medir o nível de desenvolvimento do país. Embora o crescimento econômico seja a
base necessária à melhoria da qualidade de vida da população, não é condição suficiente. O
desenvolvimento está associado à forma como os frutos do crescimento são distribuídos socialmente
e aos impactos positivos que manifestam na sociedade e no ambiente. No entanto resolvemos
apresentar a classificação dos municípios da I Região de Saúde de acordo com o PIB per capita.
Verificamos que o município com maior PIB per capita no ano de 2018 foi Ipojuca com R$
30

122.169,48, esse valor é 17,8 vezes maior do que o PIB per capita do município de Araçoiaba R$
6.877,9 (Quadro 06).

Quadro 06 – Classificação dos municípios da I Região de Saúde de acordo com o valor do


PIB per capita. Pernambuco, 2018.
PIB per
Ranking Município capita (em
R$ 1,00)

1º Ipojuca 122.169,48
2º Itapissuma 59.212,96
3º Fernando de Noronha 53.410,33

4º Cabo de Santo Agostinho 47.575,16


5º Recife 31.994,38

6º Vitória de Santo Antão 26.964,56


7º Igarassu 21.887,47
8º Jaboatão dos Guararapes 19.149,92

9º Abreu e Lima 17.320,77


10º Glória de Goitá 14.973,38
11º Olinda 14.122,98
12º Pombos 13.530,65
13º Paulista 12.731,32
14º Camaragibe 11.807,42
15º Chã de Alegria 11.135,31
16º Moreno 10.566,28
17º São Lourenço da Mata 10.511,85
18º Itamaracá 9.654,89
19º Chã Grande 9.261,23

20º Araçoiaba 6.877,90

Fonte:Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas de Pernambuco, 2020.

1.9.3Índice de Desenvolvimento Humano Municipal - IDHM

O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal - IDHM brasileiro considera as mesmas três


dimensões do IDH Global – longevidade, educação e renda, mas vai além: adéqua a metodologia
global ao contexto brasileiro e à disponibilidade de indicadores nacionais. Embora meçam os
mesmos fenômenos, os indicadores levados em conta no IDHM são mais adequados para avaliar o
desenvolvimento dos municípios e regiões metropolitanas brasileiras. Dessa forma, o IDHM é um
número que varia entre 0 e 1. Quanto mais próximo de 1, maior o desenvolvimento humano de uma
unidade federativa, município, região metropolitana ou UDH.
Constata-se a desigualdade social e de renda prevalecente em Pernambuco, na Região que
reúne em seu espaço oito dos dez municípios que possuíam em 2010 o melhor Índice de
31

Desenvolvimento Humano (IDH) em todo o Estado. Ao mesmo tempo, nos municípios de Araçoiaba,
Chã de Alegria e Glória de Goitá existem verdadeiros bolsões de miséria, onde a população vive em
situação de pobreza absoluta como pode ser visualizado no Quadro 07.

Quadro 07 – Classificação dos municípios da I Região de Saúde de acordo com o IDHM.


Pernambuco, 2018.

ranking Município I Região de Saúde IDH

1º Fernando de Noronha 0,788


2º Recife 0,772
3º Olinda 0,735
4º Paulista 0,732
5º Jaboatão dos Guararapes 0,717
6º Camaragibe 0,692
7º Cabo de Santo Agostinho 0,686
8º Abreu e Lima 0,679
9º Igarassu 0,665
10º São Lourenço da Mata 0,653
11º Itamaracá 0,653
12º Moreno 0,652
13º Vitória de Santo Antão 0,640
14º Itapissuma 0,633
15º Ipojuca 0,619
16º Glória de Goitá 0,604
17º Chã de Alegria 0,604
18º Chã Grande 0,599
19º Pombos 0,598
20º Araçoiaba 0,592
Fonte: Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento/Instituto de Pesquisas Econômicas
Aplicada/Fundação João Pinheiro.

1.9.3 Índice de GINI

O Índice de Gini, criado pelo matemático italiano Conrado Gini, é um instrumento para medir o
grau de concentração de renda em determinado grupo.Ele aponta a diferença entre os rendimentos
dos mais pobres e dos mais ricos. Numericamente, varia de zero a um (alguns apresentam de zero a
cem). O valor zero representa a situação de igualdade, ou seja, todos têm a mesma renda. O valor
um (ou cem) está no extremo oposto, isto é, uma só pessoa detém toda a riqueza. Na prática, o
Índice de Gini costuma comparar os 20% mais pobres com os 20% mais ricos. Na tabela a seguir
que apresenta os anos de 1991, 2000 e de 2010, verifica-se que a maioria dos municípios
32

apresentaram uma piora do indíce no ano 2000, voltando a melhorar no ano de 2010. Esta situação é
bem clara quando observa-se a média dos municípios das 3 microrregiões. Analisando o ano de
2010 verifica-se que o município com maior concentração de renda é o Recife (0,68), e do de menor
Chã de Alegria (0,44). O Município de Chã Grande apresentou a maior variação positiva para o
período (0,57 a 0,45), diminuindo a desigualdade de renda nas 3 décadas apresentadas (Tabela 07).

Tabela 07 – Distribuição do Índice de Gini dos municípios que compõem a I Região de


Saúde. Pernambuco, 1991, 2000 e 2010

MUNICÍPIO/ Microrregião 1991 2000 2010

Microrregião I.I 0,51 0,55 0,52


Abreu e Lima 0,46 0,45
0,47
Araçoiaba 0,53 0,45
0,42
Fernando de Noronha 0,36 0,50 0,46
Igarassu 0,53 0,48
0,52
Itamaracá 0,59 0,60
0,54
Itapissuma 0,55 0,54
0,48
Olinda 0,59 0,55
0,60
Paulista 0,52 0,49
0,54
Recife 0,67 0,67 0,68

Microrregião I.II 0,54 0,54 0,51

Camaragibe 0,53 0,58 0,51


Chã de Alegria 0,45 0,55 0,44
Chã Grande 0,57 0,56 0,45
Glória de Goitá 0,51 0,52 0,52
Pombos 0,62 0,56 0,48
São Lourenço da Mata 0,51 0,54 0,50
Vitória de Santo Antão 0,54 0,54
0,56
Microrregião I.III 0,52 0,55 0,54
Cabo de Santo Agostinho 0,50 0,54 0,53
Ipojuca 0,46 0,53 0,50
Jaboatão dos Guararapes 0,61 0,63 0,58
Moreno 0,49 0,50 0,53
I Região de Saúde 0,52 0,54 0,52

Fonte:Pnud/Ipea/FJP.Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas de Pernambuco, 2021.

1.10 TRABALHO E RENDA

Na área da Saúde Coletiva os determinantes sociais da saúde compreendem “as condições


33

em que as pessoas nascem, crescem, vivem, trabalham e envelhecem”, e que são “moldadas pela
distribuição de dinheiro, poder e recursos”. Portanto, sabemos do impacto exercido por condições
materiais de vida, incluindo emprego e renda, sobre a saúde das pessoas.

1.10.1 Salário Médio Mensal dos Trabalhadores Formais


Verifica-se na tabela 08que a Microrregião I.I apresenta as cidades com maior e menor salário
médio (SM) dos trabalhadores formais. Recife apresenta um SM de 3,3 o maior entre os municípios
da I Região de Saúde, que corresponde a 2,2 vezes maior do que o SM recebido pelos trabalhadores
formais do município de Araçoiaba (1,5). Esse é um dos indicadores que apresenta claramente as
disparidades sócio-econômicas existentes na MR I.I e na I Região de Saúde.

Tabela 08 – Distribuição do Salário Médio dos Trabalhadores Formais dos municípios que
compõem a I Região de Saúde. Pernambuco, 2019.

Microrregião I.I Salário Médio


Abreu e Lima
2,0
Araçoiaba
1,5
Fernando de Noronha 2,0
Igarassu
2,1
Itamaracá
1,6
Itapissuma
3,0
Olinda
1,8
Paulista
1,8
Recife 3,3

Microrregião I.II

Camaragibe 1,8
Chã de Alegria 1,8
Chã Grande 1,7
Glória de Goitá 2,0
Pombos 1,6
São Lourenço da Mata 2,0
Vitória de Santo Antão
2,0
Microrregião I.III
Cabo de Santo Agostinho 2,2
Ipojuca 3,2
Jaboatão dos Guararapes 2,0
Moreno 1,8

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística


34

1.10.2 Taxa de Desemprego

De acordo com o IBGE o desemprego, de forma simplificada, se refere às pessoas com idade
para trabalhar (acima de 14 anos) que não estão trabalhando, mas estão disponíveis e tentam
encontrar trabalho.E o que é a Taxa de Desemprego? Também de acordo com o IBGE, essa taxa é o
percentual de pessoas na força de trabalho que estão desempregadas.

De acordo com o site de notícias UOL a taxa média de desemprego no Brasil foi de 14,7% no
primeiro trimestre do ano, uma alta de 0,8 ponto percentual na comparação com o último trimestre de
2020 (13,9%). São 14,8 milhões na fila em busca de um trabalho em todo país. “Essas são a maior
taxa e o maior contingente de desocupados de todos os trimestres da série histórica do IBGE
(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), iniciada em 2012” (Desemprego é de 14,7% e atinge
14,8 milhões, maior número desde 2012. UOL, 2021).

Para o estado de Pernambuco,a taxa de desemprego foi a maior do País, e a maior da série
histórica, com 21,3% da população com idade de trabalhar desocupada. Esses dados preocupam o
setor da saúde,uma vez que, com perda do trabalho e renda, as famílias as famílias tendem a abrir
mão do seu plano de saúde privado, sobrecarregando o SUS e aumentando a demanda pelos
serviços de saúde ofertados.

Costa (2020) apresenta como saídas para a recuperação da economia, e consequente, a


criação de ocupações, a retomada dos gastos com programas sociais e econômicos que reduziram
as desigualdades sociais no início deste século. A autora destaca as seguintes políticas/ programas
que contribuíram com a redução das desigualdades sociais: o Programa de Aceleração do
Crescimento em Favelas (PAC-Favelas); o Programa Minha Casa, Minha Vida; o Programa Bolsa
Família (PBF); e o Programa de Geração de Emprego e Renda (Proger) com recursos do Fundo de
Amparo ao Trabalhador (FAT).

No momento de construção deste documento estavam disponíveis dados municipais apenas


do censo de 2010. De acordo com a Tabela 09 é possível observar que o município de
Araçoiaba,Chã de Alegria e Moreno apresentaram os piores resultados. Verifica-se que a média da
taxa de desemprego da totalidade dos municípios da I Região em 2010 foi bem inferior ao que foi
registrado no 1º trimestre de 2021 para todo o estado de Pernambuco.
35

Tabela 09 – Distribuição da Taxa de Desemprego dos municípios que compõem a I Região


de Saúde. Pernambuco, 2010.

MUNICÍPIO/ Microrregião 2010

Microrregião I.I 14,10


Abreu e Lima
17,97
Araçoiaba
22,89
Fernando de Noronha 3,00
Igarassu
16,92
Itamaracá
14,12
Itapissuma
12,41
Olinda
13,01
Paulista
14,36
Recife 12,21

Microrregião I.II 12,57

Camaragibe 14,61
Chã de Alegria 18,45
Chã Grande 8,20
Glória de Goitá 6,89
Pombos 10,43
São Lourenço da Mata 16,89
Vitória de Santo Antão
12,51
Microrregião I.III 15,73
Cabo de Santo Agostinho 16,77
Ipojuca 14,56
Jaboatão dos Guararapes 13,48
Moreno 18,10
I Região de Saúde 14,13

Fonte:Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas de Pernambuco, 2020.

1.11DÉFICIT HABITACIONAL

O crescimento do déficit habitacional do Brasil tem fortes origens na decadência do sistema


de financiamento habitacional, por conta de desequilíbrios que se correlacionam diretamente com o
recrudescimento inflacionário, o aumento das taxas de juros reais e com os erros de intervenção
governamental (VASCONCELOS; JUNIOR, 1996).
Se subtrairmos o total de famílias do total de domicílios haverá um déficit habitacional,
quando o resultado for negativo, ou seja, quando o número de famílias for maior que o número de
domicílios; ou haverá um superávit habitacional quando o resultado for positivo, isto é, quando o
número de domicílios superar o de famílias (ALVES; CAVENAGHI, 2016).
36

Na Tabela 10 pode-se observar o déficit habitacional relativo dos municípios da I Região de


Saúde. O distrito Fernando de Noronha apresentou o maior déficit, podendo ser justificado pela área
limitada para construção de residências.

Tabela 10: Déficit Habitacional Relativo dos municípios da IRegião de Saúde. Pernambuco, 2010.

Município Déficit habitacional relativo


Abreu e Lima 11%
Araçoiaba 18%
Fernando de Noronha 26%

Igarassu 11%
Ilha de Itamaracá 15%
Itapissuma 15%
Olinda 14%
Paulista 12%
Recife 13%
Microrregião I.I 15%
Camaragibe 12%
Chã de Alegria 12%
Chã Grande 8%
Glória do Goitá 9%
Pombos 11%
São Lourenço da Mata 11%
Vitória de Santo Antão 12%
Microrregião I.II 11%
Cabo de Santo Agostinho 14%
Ipojuca 18%
Jaboatão dos Guararapes 12%
Moreno 11%
Microrregião I.III 14%
Total 13%
Fonte: IBGE, 2010.

1.12SANEAMENTO

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a principal finalidade do


saneamento básico é prevenir doenças que podem se proliferar devido à falta desse serviço. A
ausência ou a deficiência de água de qualidade, da deposição de dejetos, do destino inadequado do
lixo ea presença de ambientes poluídos são reflexos da falta de saneamento, além de serfonte de
proliferação de doenças. As doenças com maiores incidências devido a exposição a esses
ambientes são: Leptospirose, Disenteria Bacteriana, Esquistossomose, Febre Tifoide, Cólera,
Parasitoides, além do agravamento das epidemias tais como a Dengue. O saneamento é um dos
37

determinantes sociais que afetam a saúde da população, e alerta aos sanitaristas e gestores para
planejar ações intersetoriais
iais no sentido de garantir qualidade de vida aos (às) cidadãos (ãs).

A figura 17 apresenta
enta a proporção de domicílios com sane
saneamento
to adequado dos municípios
pertencentes a I Região de Saúde. Observa-se, que em 2010 o Distrito Estadual de Fernando de
Noronha apresentava o maior percentual de domicílios com saneamento adequado (78,12%),
seguido pelo
elo município de Recife (59,18%) e Vitória de Santo Antão ((56,18%).
56,18%).O município que
apresentou maior proporção de domicílios com saneamento semi-adequado
adequado ou inadequado foi
Araçoiaba (93,45%),, seguido pelos municípios de Ilha de Itamaracá ((88,10%)
88,10%) e Chã de Alegria
(83,66%). Chama atenção que em 2010 metade dos municípios da I Região de Saúde estavam
abaixo da média da região em relação a proporção de municípios com saneamento adequado
(38,74%).

Figura 17 - Proporção de domicílios particulares com saneamento


adequado, por município da I Região de Saúde. Pernambuco, 2010.

Araçoiaba 6,55
Ilha de Itamaracá 11,9
Chã de Alegria 16,34
Igarassu 16,58
Itapissuma 23,17
Glória do Goitá 31,17
São Lourenço da Mata 33,74
Camaragibe 34,03
Ipojuca 36,78
Jaboatão dos Guararapes 38,43
Chã Grande 40,62
Abreu e Lima 43,32
Moreno 43,92
Cabo de Santo Agostinho 46,41
Pombos 49,56
Olinda 53,97
Paulista 54,25
Vitória de Santo Antão 56,18
Recife 59,75
Fernando de Noronha 78,12

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90

Saneamento Adequado (%)

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Indicadores Sociais Municipais.


38

1.12.1 Abastecimento de Água

Quanto a forma de abastecimento de água dos municípios a I Região de Saúde apresenta


diferentes realidades entre as microrregiões, onde a MR I.I apresenta uma maior proporção de
municípios abastecidos pela rede pública geral (86,8%),seguido pela MR I.III (77,9%) e MR I.II
(65,8%) bem abaixo da média da I Região (83,6%).
A Figura 18 detalha a situação dos municípios da MR I.I de acordo com a forma de
abastecimento de água. Com destaque para o município de Itapissuma com 94,6% dos domicílios
atendidos pela rede pública geral, em contraste com a Ilha de Itamaracá e Igarassu, que
apresentaram respectivamente 26,4% e 26,0% de domicílios abastecidos por poço, nascente ou
otras formas (IBGE, 2000).

Figura 18 - Percentual das propriedades de acordo com a forma de


abastecimento de água, por municípios da MR I.I.
Pernambuco, 2000

MR I.I
Recife
Paulista
Olinda
Itapissuma
Itamaracá
Igarassu
Fernando de Noronha
Araçoiaba
Abreu e Lima

0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 80,0 90,0 100,0

Rede geral Poço ou nascente Outra forma

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Censo Demográfico 2000.

A MR I.II tem como destaque os municípios de Vitória de Santo Antão e Camaragibe com os
melhores percentuais de domicílios atendidos pela rede pública geral de água (74,7%) e (69,9%),
respectivamente. Já o município de Chã Grande tem como destaque o percentual elevado de
domicílios abastecidos por poço ou nascente (34,1%), sendo este também o maior percentual entre
os 20 municípios da região.
39

Figura 19 - Percentual das propriedades de acordo com a forma de


abastecimento de água, por municípios da MR I.II.
Pernambuco, 2000.

MR I.II
Vitória de Santo Antão
São Lourenço da Mata
Pombos
Glória de Goitá
Chã Grande
Chã de Alegria
Camaragibe

0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 80,0 90,0 100,0

Rede geral Poço ou nascente Outra forma

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Censo Demográfico 2000.

O destaque na MR I.III é o município de Ipojuca que apresenta o menor percentual de


domicílios ligados à rede pública geral de abastecimento de água da microrregião(52,4%)(Figura 20).

Figura 20 - Percentual das propriedades de acordo com a forma de


abastecimento de água, por municípios da MR I.III. Pernambuco, 2000

MR I.III

Moreno

Jaboatão dos Guararapes

Ipojuca

Cabo de Santo Agostinho

0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 80,0 90,0 100,0

Rede geral Poço ou nascente Outra forma

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Censo Demográfico 2000.


1.12.2Esgotamento Sanitário
40

Quando o assunto é esgotamento sanitário chama a atenção que apenas 35,0% das
propriedades da I Região de Saúde, no ano de 2010, possuíam ligação à rede geral de esgoto ou
pluvial, com agravamento que 37,6% das propriedades apresentavam a fossa rudimentar como o tipo
de esgotamento sanitário. A medida que a análise avança para as microrregiões, verifica-se que a
MRI.III apresenta o pior percentual de propriedades ligadas à rede geral de esgoto ou pluvial, no
período analisado. Já a MR I.IIapresentou,aproximadamente,9% das propriedades que não
possuíam banheiro, ou sanitário.
Ao analisar os municípios da MR I.I temos como destaque o Arquipélago de Fernando de
Noronha com o maior percentual de propriedades ligadas à rede geral de esgoto ou pluvial (58,7%),
sendo também o maior percentual da I Região de Saúde. O município da Ilha de Itamaracá
apresenta uma situação inversa, aproximadamente 85% das propriedades possuem fossa
rudimentar, percentual bem próximo ao do município de Araçoiaba (84,2%), que ainda apresenta
10% das propriedades sem banheiro ou sanitário (Figura 21).

Figura 21 - Distribuição percentual das propriedades de acordo com o tipo de


esgotamento sanitário, por municípios da MR I.I. Pernambuco, 2010

MR I.I
Recife
Paulista
Olinda
Itapissuma
Itamaracá
Igarassu
Fernando de Noronha
Araçoiaba
Abreu e Lima

0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 80,0 90,0 100,0

Rede geral de esgoto ou pluvial Fossa séptica Fossa rudimentar


Vala Rio, lago ou mar Outro escoadouro
Não tinham banheiro ou sanitário

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Censo Demográfico 2010.

A MR I.II destaca-se com o município de Vitória de Santo Antão que apresenta o segundo
melhor percentual da Região, e o primeiro da microrregião, com 56,7% das propriedades com ligação
à rede geral de esgoto ou pluvial. A preocupação para esta MRI.IIfica por conta do elevado
41

percentual de propriedades sem banheiro, ou sanitário (8,7%), taxa influenciada pelos municípios de
Glória de Goitá (25,7%), Chã Grande (23,7%) e Pombos (23,4%) (Figura 22).

Figura 22 - Distribuição percentual das propriedades de acordo com


o tipo de esgotamento sanitário, por municípios da MR I.II
Pernambuco, 2010

MR I.II
Vitória de Santo Antão
São Lourenço da Mata
Pombos
Glória de Goitá
Chã Grande
Chã de Alegria
Camaragibe

0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 80,0 90,0 100,0

Rede geral de esgoto ou pluvial Fossa séptica


Fossa rudimentar Vala
Rio, lago ou mar Outro escoadouro
Não tinham banheiro ou sanitário

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Censo Demográfico 2010.

A MR I.III destaca-se por ter todos os seus 4 municípios abaixo da média da I Região de
Saúde, quando se trata de percentual de propriedades ligadas à rede geral de escoto, ou pluvial.
Outro fator de destaque é que todos os municípios apresentaram um percentual acima de 40% das
propriedades com fossa rudimentarno ano de 2010 (Figura 23).
42

Figura 23 - Distribuição percentual das propriedades de acordo com o tipo


de esgotamento sanitário, por municípios da MR I.III. Pernambuco, 2010

MR I. III

Moreno

Jaboatão dos Guararapes

Ipojuca

Cabo de Santo Agostinho

0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 80,0 90,0 100,0

Rede geral de esgoto ou pluvial Fossa séptica


Fossa rudimentar Vala
Rio, lago ou mar Outro escoadouro
Não tinham banheiro ou sanitário

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Censo Demográfico 2010.

1.12.3Destino do Lixo

A coleta de lixo na I Região de Saúde apresenta um percentual elevado em relação aos


domicílios atendidos por este serviço público, chegando à 93,6%, no entanto em um universo de
1.175.508 (um milhão, cento e setenta e cinco mil e quinhentos e oito) domicílios, temos 75.000
(setenta e cinco mil) domicílios sem o serviço público de coleta de lixo. A MR I.I apresenta 95,7 dos
seus domicílios com coleta, seguido pela MR I.III (92,1%) e a MR I.II (84,9%).
Quando se aprofunda a análise para a MRI.I tem-se como destaques duas situações
dispares: enquanto o Arquipélago de Fernando de Noronha oferta coleta pública do lixo à totalidade
de seus domicílios, temos o município de Araçoiaba com mais de um quarto dos domicílios, que
jogam o lixo em terreno baldio ou na rua (26,5%). O distrito e o município foram destaques nesses
quesitos para toda I Região de Saúdeno ano de 2010. (Figura 24).
43

Figura 24 - Distribuição percentual das propriedades de acordo com


o destino dado ao lixo, por municípios da MR I.I. Pernambuco, 2010

MR.I.I
Recife
Paulista
Olinda
Itapissuma
Itamaracá
Igarassu
Fernando de Noronha
Araçoiaba
Abreu e Lima

0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 80,0 90,0 100,0

Coletado Queimado
Enterrado Jogado em terreno baldio e logradouro
Jogado em rio, lago ou mar Outro destino

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Censo Demográfico 2010.

A MRI.II destaca-se das outras duas microrregiões por ter um percentual maior de domicílios
que tem como destino do lixo a queimada (8,6%), apresentando-se, neste quesito, 3,1 vezes maior
que a MR I.I e 2,8 vezes maior que a MR I.III. Este indicador tem a influência dos dados de três
municípioscom mais de 25% de domicílios que queimam o lixo, quais sejam: Pombos (28,1%), Chã
Grande (25,8%) e Glória de Goitá (24,4%) (Figura 25).

Figura 25 - Distribuição percentual das propriedades de acordo


com o destino dado ao lixo, por municípios da MR I.II.
Pernambuco, 2010

Vitória de Santo Antão

Pombos

Chã Grande

Camaragibe

0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 80,0 90,0 100,0

Coletado Queimado
Enterrado Jogado em terreno baldio e logradouro
Jogado em rio, lago ou mar Outro destino

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Censo Demográfico 2010.


44

A MRI.III não apresenta grandes destaques em relação ao destino do lixo. O que pode ser
levado em consideração é o percentual de 8% dos municípios sem coleta pública de lixo, que no ano
de 2010 correspondia a23 mil domicílios nesta situação (Figura 26).

Figura 26 - Distribuição percentual das propriedades de


acordo com o destino dado ao lixo, por municípios da MR I.III.
Pernambuco, 2010

MRI.III
Moreno
Jaboatão dos Guararapes
Ipojuca
Cabo de Santo Agostinho

0,0 20,0 40,0 60,0 80,0 100,0

Coletado Queimado
Enterrado Jogado em terreno baldio e logradouro
Jogado em rio, lago ou mar Outro destino

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Censo Demográfico 2010.

1.13 POPULAÇÃO QUILOMBOLA NA I REGIÃO DE SAÚDE

A palavra Quilombo em áreas de língua Banto da África significa “Acampamento Guerreiro na


Floresta”, no Brasil esse nome virou referência da resistência do Povo Negro ao perverso processo
de escravização e das comunidades que foram fundadas com esse intuito. Os moradores desses
territórios foram denominados Quilombolas. Após o fim do sistema escravocrata, a Constituição
Federal retoma oficialmente o termo Quilombolas baseando-se no significado da resistência e
reparação de danos causados pela escravidão através da identificação e a delimitação desses
territórios pelo princípio da autoatribuição. (CARVALHO e LIMA, 2013).
O Quilombo brasileiro caracteriza-se pela organização do Povo Negro voltado a resistência à
opressão e aberto a todos os seguimentos oprimidos da sociedade (MULANGA, 1996).
Na I Região de Saúde existem quatro comunidades Quilombolas: Portão do Gelo, em Olinda,
Onze Negras e Engenho Trapiche no Cabo de Santo Agostinho e Ilha das Mercês em Ipojuca.
A condição de saúde da população Quilombola é agravada devido à desigualdade e ao
racismo (FREITAS et. al, 2011). A “Pesquisa de Avaliação da Situação de Segurança Alimentar e
Nutricional em Comunidades Quilombolas Tituladas” (BRASIL, 2013) elaborada pelo Ministério de
Desenvolvimento Social demonstrou a dificuldade de acesso dessa população a alimentos, a bens e
serviços públicos renda e educação. Especificamente ao que diz respeito aos serviços de saúde,
45

essa população possui baixa cobertura da Estratégia Saúde da Família e dos serviços que são
ofertados por esta.

1.14 ASSENTAMENTOS RURAIS I REGIÃO DE SAÚDE

De uma forma geral, os Assentamentos Rurais podem ser entendidos como a alocação e
transferência de um determinado grupo de famílias para um imóvel rural com o objetivo de constituir
uma nova unidade produtiva. (LEITE, 2012).
Este termo no Brasil possui compreensões diferentes quando enunciado pelo Estado – que o
compreende como delimitação de um novo espaço, de forma localizada, por base na desapropriação
e indenização de terras ociosas, além de fornecimento de crédito fundiário, conforme o receituário do
Banco Mundial – e pelos Movimentos sociais – relacionada com a necessidade e efetivação do
amplo processo de Reforma Agrária. (STÉDILE, 2012).
No território que corresponde a I Região de Saúde, existem 59 Assentamentos Rurais com
5081 famílias em 13 dos 20 municípios da região.Esse número representa 15% de famílias
assentadas do estado. Pernambuco é o terceiro maior em números de famílias assentadas do
Nordeste e o sétimo no país.
As questões de saúde referentes ao uso da terra e aos assentados estão inseridas nas
diretrizes da Política Nacional de Saúde das Populações do Campo e da Floresta (BRASIL, 2013).
De acordo com essa política, as desigualdades decorrentes da estrutura fundiária de nosso país
constituem-se em aspectos que determinam a saúde dessa população, que se evidencia mais
precária que a da população urbana, além da grande dificuldade de acesso, alto índice de
mortalidade infantil, incidência de endemias, analfabetismo e acesso a bens e serviços.
A exposição a tais fatores desperta a necessidade de um olhar diferenciado e de uma
atenção à saúde equitativa para as pessoas residentes em assentamentos e no campo no âmbito da
I Região de Saúde.

1.15 ATIVIDADES CULTURAIS E ESPAÇOS PÚBLICOS DE LAZER

Conforme Constituição da República Federativa do Brasil são direitos sociais a educação, a


saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à
maternidade e à infância, a assistência aos desamparados e é descrito que é de responsabilidade do
poder público incentivará o lazer, como forma de promoção social (BRASIL, 1988). Assim, reforçando
a ideia de que lazer é uma necessidade básica da população, Lima, Oliveira e Maia, (2007)
enfatizam que o lazer no espaço urbano é de fundamental importância para o encontro e o convívio
social, o que oportuniza uma vida melhor para todos.
46

A I Região de Saúde possui uma enorme quantidade de atividades culturais e espaços


públicos de lazer. Por localizar-se próximo ao litoral tem grande oferta de praias em boa parte dos
municípios e atrações turísticas de reconhecimento nacional e internacional como a Ilha de Fernando
de Noronha e a praia de Porto de Galinhas em Ipojuca.
Destacam- se enquanto atividades culturais na Zona da Mata Norte e Sul “o Maracatu de
Baque Virado” e o "Maracatu de Baque Solto" – oriundos da cultura africana e da cultura canavieira;
(PERNAMBUCO, 2016).
A Ilha de Itamaracá é conhecida por ser o berço de uma das danças mais conhecidas de
Pernambuco, a Ciranda. Uma das cirandeiras mais conhecidas é Lia de Itamaracá.
Um movimento que ganhou destaque na cultura pernambucana nos últimos anos foi o
Mangue beat, artistas de diversas áreas possuíamideias e proposições nos âmbitos musicais,
cinematográficos, literários que repercutiram na produção cultural e estética da região.
O Carnaval realizado nas cidades de Recife e Olinda é uma das principais características
dessas cidades, e, além da participação dos próprios moradores, atrai grande quantidade de turistas.
Outros eventos culturais merecem destaque no território que abrange a I Regional de Saúde,
tais como as Festa do Coco em Igarassu, Festa da Pitomba em Jaboatão e a Festa da Lavadeira no
Cabo de Santo Agostinho.
A I Região de Saúde também é contemplada por festas religiosas tradicionais que
representam uma gama de crenças, as mais conhecidas são as de padroeiros, originárias da fé cristã
católica, e, as de religiões de Matrizes Africanas: como o Candomblé e a Ubanda.
Outra informação que merece destaque é a titulação de Patrimônio Histórico e Cultural da
Humanidade recebida pela cidade de Olinda. Recife também é conhecido pela cultura literária e
grandes escritores ou pensadores nascidos ou erradicados na cidade como Joaquim Nabuco,
Gilberto Freyre,Paulo Freire, João Cabral de Melo Neto, Clarice Lispector , Nelson Rodrigues etc.
A região também possui museus, teatros, estádios de futebol, entre outras atrações públicas
e privadas.
47

2. INDICADORES DE SAÚDE

Os indicadores de saúde são importantes, pois refletem o quadro real das condições de
saúde de uma população. Sua utilização pode orientar os gestores de saúde da I Região de Saúde
no planejamento e controle das atividades locais. O Setor da Saúde não pode ficar de fora do
momento atual, onde várias áreas estão fazendo uso crescente de recursos e condições inéditas
para a produção e comunicação de conhecimento.

2.1 INDICADORES DE NASCIMENTO

2.1.1 Taxa de Natalidade

A Taxa de Natalidade (TN) na I Região de Saúde no ano de 2020 apresentou um diminuição


em relação aos anos anteriores analisados. Ao comparar a TN do ano 2020 com o ano de 2016
verifica-se que houve uma diminuição de 9,8%, sendo a MR I.I com a maior redução dentre as
microrregiões (11,3%) e a MR I.III com a menor redução (5,7%) (Figura 27).

Figura 27 - Distribuição da Taxa de Natalidade por


Microrregião de Saúde - I Região de Saúde.
Pernambuco, 2016 a 2020.
16,00

12,00
MR I.I
8,00 MR I.II
MR I.III
4,00
I Região

0,00
2016 2017 2018 2019 2020*

Fonte: Sinasc, I GERES/SES/PE (dados atualizados em 19/01/2021). População: Estimada, Censo 2010 (IBGE). Nota: *O ano 2020 está
sujeito a alterações em decorrência do prazo de digitação.

A Tabela 10 apresenta a TN por município no período de 2016 a 2020. Dos 20 municípios que
fazem parte da I Região de Saúde apenas o Distrito Estadual de Fernando de Noronha (46,3%) e
Ipojuca (9,4%) tiveram aumento na taxa de natalidade, quando comparamos o ano de 2016 com o
ano de 2020. Os municípios com maiores percentuais de diminuição da TN foram: Abreu e Lima
(20,62%), Olinda (19,04%) e Pombos (19,03%).
48

Tabela 10: Distribuição da Taxa de Natalidade por Municípios e Microrregião de Saúde - I Região de
Saúde. Pernambuco, 2016 a 2020.

Município 2016 2017 2018 2019 2020*

Abreu e Lima 15,09 15,29 14,95 13,52 12,51


Araçoiaba 14,42 14,75 14,38 15,01 13,22
Fernando de Noronha 6,39 7,29 6,63 9,47 9,35
Igarassu 13,72 13,38 14,09 13,42 12,63
Itamaracá 12,51 12,83 12,69 12,61 10,61
Itapissuma 14,08 12,3 14,24 13,66 13,01
Olinda 14,38 14,5 14,02 13,39 12,08
Paulista 12,21 12,55 12,57 11,84 11,42
Recife 13,14 13,95 13,55 12,83 11,7
MR I.I 13,31 13,85 13,57 12,86 11,80
Camaragibe 14,69 14,32 13,97 13,6 13,68
Chã de Alegria 15,86 16,8 14,6 17,98 14,02
Chã Grande 13,36 13,94 15,85 14,1 13,02
Glória do Goitá 11,77 14,59 13,57 11,89 11,54
Pombos 13,2 14,28 12,72 12,73 11,09
São Lourenço da Mata 15,26 14,27 13,9 13,88 13,13
Vitória de Santo Antão 14,39 15,08 14,92 13,71 12,58
MR I.II 14,45 14,58 14,22 13,68 12,96
Cabo de Santo Agostinho 14,91 15,1 15,25 14,26 13,41
Ipojuca 16,8 18,43 19,03 18,03 17,86
Jaboatão dos Guararapes 12,86 13,78 13,88 13,15 12,11
Moreno 11,87 12,17 12,66 12,1 10,35
MR I.III 13,55 14,36 14,53 13,74 12,78
I Região 13,51 14,07 13,89 13,18 12,19

Fonte: Sinasc, I GERES/SES/PE (dados atualizados em 19/01/2021). População: Estimada, Censo 2010 (IBGE). Nota: *O ano 2020 está
sujeito a alterações em decorrência do prazo de digitação.

2.1.2Proporção de Partos Normais

Segundo a ANS, o parto normal favorece o vínculo do bebê com a mãe, fortalece o sistema
imunológico e melhora o ritmo cardíaco e o fluxo sanguíneo do bebê, além de favorecer o
aleitamento e promover uma recuperação pós-parto mais rápida e menos dolorosa para a mãe.
O indicador “proporção de partos normais” mede a ocorrência de partos cesáreos em relação
ao total de partos realizados em um determinado município no período considerado. São dados do
SINASC, portanto, estão somados tanto os partos pagos pelo SUS como os pagos pelos planos
privados de saúde ou pelo desembolso direto.O parto normal está relacionado a menores taxas de
complicações do parto e do recém-nascido.Permite avaliar a qualidade da assistência prestada, uma
vez que o aumento excessivo de partos cesáreos, acima do padrão de 15% definido pela
Organização Mundial de Saúde (OMS), o que pode refletir um acompanhamento inadequado do pré-
natal e/ou indicações equivocadas do parto cirúrgico em detrimento do parto normal. Em geral, entre
49

70 e 80% de todas as gestantes podem ser consideradas de baixo risco no início do trabalho de
parto (OMS, 1996).
No ano de 2020 a I Região de Saúde apresentou uma proporção de partos normais um pouco
acima dos 50%. Apenas a MR I.II que apresentou uma proporção de partos normais abaixo dos 50%
(46,73%) (Figura 28).

Figura 28 - Distribuição da Proporção de Partos Normais por


Microrregião de Saúde - I Região de Saúde. Pernambuco, 2016 a
2020.
56,00

52,00
MR I.I
48,00 MR I.II
MR I.III
44,00
I Região

40,00
2016 2017 2018 2019 2020*

Fonte: Sinasc, I GERES/SES/PE (dados atualizados em 19/01/2021).


Nota: *O ano 2020 está sujeito a alterações em decorrência do prazo de digitação.

Ao analisar o período de 2016 a 2020 observa-se que os municípiosque mais evoluiram na


proporção de partos normais foram: o Distrito Estadual Fernando de Noronha, com aumento de
21,67%, Moreno com aumento de 10,34% e Paulista com aumento de 10,10% de partos normais.
Por outro lado alguns municípios apresentaram decréscimo na proporção de partos normais, com
destaque para Chã Grande (-28,53%), Glória de Goitá (-20,61%) e Igarassú (-8,49%).
50

Tabela11 - Distribuição da Proporção de Partos Normais por Municípios e Microrregião de Saúde. I


Região de Saúde, 2016 a 2020.

Município 2016 2017 2018 2019 2020*

Abreu e Lima 50,87 55,37 52,92 54,22 52,19


Araçoiaba 58,82 61,20 59,59 53,57 55,84
Fernando de Noronha 36,84 40,91 40,00 41,38 44,83
Igarassu 54,38 55,83 51,93 53,38 49,77
Itamaracá 60,57 63,44 64,94 56,19 57,24
Itapissuma 59,13 58,33 57,98 61,81 62,57
Olinda 51,02 55,10 55,96 55,06 54,84
Paulista 44,44 48,86 47,32 49,13 48,93
Recife 47,71 50,31 48,05 48,31 49,29
MR I.I 48,63 51,61 49,90 50,16 50,49
Camaragibe 51,58 53,86 51,12 50,23 49,79
Chã de Alegria 52,13 52,44 55,10 54,73 47,89
Chã Grande 54,20 51,33 48,25 46,08 38,73
Glória do Goitá 47,90 42,57 47,83 40,66 38,03
Pombos 41,41 43,38 43,90 45,22 43,52
São Lourenço da Mata 54,86 55,31 54,61 45,67 53,34
Vitória de Santo Antão 38,84 40,31 43,63 43,67 40,77
MR I.II 48,29 48,92 49,15 46,59 46,73
Cabo de Santo Agostinho 46,99 52,94 50,66 51,80 47,77
Ipojuca 55,83 57,00 53,55 54,12 55,79
Jaboatão dos Guararapes 49,23 51,16 50,21 50,29 51,47
Moreno 48,29 51,85 51,78 50,39 53,28
MR I.III 49,43 52,23 50,77 51,05 51,35
I Região 48,79 51,44 50,04 49,96 50,24

Fonte: Sinasc, I GERES/SES/PE (dados atualizados em 19/01/2021).


Nota: *O ano 2020 está sujeito a alterações em decorrência do prazo de digitação.

2.2 INDICADORES DE MORTALIDADE

Os indicadores de mortalidade representam o “peso” que os óbitos apresentam numa certa


população. Contribuem para análise da situação epidemiológica e para o planejamento de políticas
públicas de saúde.

2.2.1 Mortalidade Geral

Ao analisar a Figura 29 verifica-se que houve um aumento da mortalidade geral no ano de


51

2020. A I Região teve um aumento de 14,35% em 2020 relação ao ano de 2016, correspondendo a
um número aproximado de mais 6 mil óbitos. O que chama atenção é que os dados de mortalidade
deste ano ainda não estão totalmente fechados, o que supõe que esse aumento pode ser ainda
maior. Pode-se inferir que o aumento desta taxa está interligada ao aumento dos óbitos por covid-
19? Essa é uma provocação que deve ser respondida com estudos mais profundo da dinâmica dos
óbitos na I Região.

Figura 29 - Distribuição da Taxa de Mortalidade Geral por 1.000


hab itantes da I Região de Saúde, por Microrregião de Saúde.
Pernambuco, 2016 a 2020.
12,00

8,00 MR I.I
MR I.II
4,00 MR I.III
I Região

0,00
2016 2017 2018 2019 2020*

Fonte: SIM - I GERES/SES/PE (dados atualizados em 19/01/2021). População: Censo 2010, IBGE.
Nota: *O ano 2020 está sujeito a alterações em decorrência do prazo de digitação.

Ao analisar o comportamento dos óbitos nos municípios faz-se destaque aos municípios de
Glória de Goitá, São Lourenço da Mata e Recife, com os maiores percentuais de aumento: 28,01%,
21,26% e 19,17%, respectivamente. Por outro lado,apenas um município teve diminuição dos óbitos
quando comparado os anos de 2020 em relação a 2016: Chã de Alegria (-0,67%).
52

Tabela12 - Distribuição da Taxa de Mortalidade Geral por 1.000 hab itantes da I Região de Saúde,
por Microrregião de Saúde. Pernambuco, 2016 a 2020.

Município 2016 2017 2018 2019 2020*

Abreu e Lima 7,05 7,31 6,71 7,09 7,83


Araçoiaba 5,84 5,92 6,06 6,87 6,17
Fernando de Noronha 2,69 2,65 2,65 1,31 2,9
Igarassu 6,84 6,67 6,15 6,04 7,13
Itamaracá 4,34 5,43 4,22 4,23 4,65
Itapissuma 6,98 6,38 5,64 6,19 7,06
Olinda 8,28 7,83 7,55 7,8 8,96
Paulista 7 6,76 6,63 6,53 7,64
Recife 7,46 7,34 6,99 7,1 8,89
MR I.I 7,43 7,26 6,93 7,04 8,54
Camaragibe 7,56 7,38 6,78 7,44 8,61
Chã de Alegria 6,62 6,27 6,4 7,47 6,57
Chã Grande 6,91 6,74 6,81 7,37 8,12
Glória do Goitá 6,07 5,92 6 6,18 7,77
Pombos 6,43 6,49 6,1 6,9 7,59
São Lourenço da Mata 6,68 6,58 6,61 7,19 8,1
Vitória de Santo Antão 8,43 7,41 7,46 8,09 9,06
MR I.II 7,40 7,02 6,84 7,45 8,44
Cabo de Santo Agostinho 6,91 6,68 6,67 6,43 8,23
Ipojuca 5,83 6,43 5,4 5,61 6,15
Jaboatão dos Guararapes 6,56 6,11 5,98 6,3 7,42
Moreno 7,19 6,75 6,42 6,36 7,43
MR I.III 6,60 6,29 6,09 6,27 7,46
I Região 7,22 6,99 6,71 6,90 8,26

Fonte: SIM - I GERES/SES/PE (dados atualizados em 19/01/2021). População: Censo 2010, IBGE.
Nota: *O ano 2020 está sujeito a alterações em decorrência do prazo de digitação.

2.2.2 Mortalidade Infantil

Segundo Nunes, (2001) a taxa de mortalidade infantil (TMI) é usada internacionalmente como o
indicador que melhor retrata o estágio de desenvolvimento econômico e social de um país ou região, isso
porque possui uma relação direta com características socioeconômicas e, consequentemente, ser
sensível às suas variações.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a taxa de mortalidade infantil permite
analisar a disponibilidade, a utilização e a eficácia dos cuidados de saúde, em especial da atenção ao
pré-natal, ao parto, ao recém-nascido e à criança no primeiro ano de vida, sendo frequentemente utilizada
para definir políticas públicas direcionadas à saúde materno-infantil (Ripsa, 2012).
Ao observar a Figura 30 verifica-se uma redução da TMI na I Região de Saúde de Pernambuco no
ano de 2020 (10,94/ 1.000 nascidos vivos), em comparação com o ano de 2016 (12,32/ 1.000 nascidos
vivos), uma redução de 11,15% no período. A redução da TMI não foi maior devido o aumento deste
indicador na MR I.II, que no ano de 2016 apresentou uma TMI 11,04/ 1.000 NV, e no ano de 2020 a
53

TMIfoi de 12,35/ 1.000 NV – um aumento de 11,85%. A MR I.III apresentou umadiminuição da TMI de


17,85%, no período analisado.

Figura 30 - Distribuição da Taxa de Mortalidade Infantil por 1.000 nascidos


vivos da I Região de Saúde, por Microrregião de Saúde. Pernambuco, 2016
16,00 a 2020*.

12,00
MR I.I
8,00
MR I.II
4,00 MR I.III
0,00 I Região
2016 2017 2018 2019 2020*
Fonte: SIM/Sinasc, I GERES/SES/PE (dados atualizados em 19/01/2021).
Nota: *O ano 2020 está sujeito a alterações em decorrência do prazo de digitação.

Dos vinte municípios da I Região de Saúde doze apresentaram redução da TMI na


comparação dos anos 2016 e 2020.
Tabela13 - Distribuição da Taxa de Mortalidade Infantil por 1.000nascidos vivos da I Região de
Saúde, por Municípios e Microrregião de Saúde. Pernambuco, 2016 a 2020*.

Município 2016 2017 2018 2019 2020

Abreu e Lima 10,71 7,242 11,42 6,657 9,562


Araçoiaba 10,38 13,38 6,849 22,73 18,25
Fernando de Noronha 52,63 0 0 34,48 0
Igarassu 11,52 15,54 12,89 5,732 7,358
Itamaracá 12,62 9,063 15,24 3,021 14,13
Itapissuma 19,07 3,086 7,979 0 5,714
Olinda 11,23 10,23 10,92 10,27 10,74
Paulista 14,59 12,37 14,51 10,18 10,73
Recife 11,89 10,84 10,5 11,51 10,81
MR I.I 12,11 10,9 11,15 10,63 10,6
Camaragibe 10,09 14,74 10,05 14,91 11,5
Chã de Alegria 18,96 13,33 15,31 4,115 0
Chã Grande 6,993 10 8,772 19,61 7,042
Glória do Goitá 14,01 9,009 9,662 19,23 16,9
Pombos 2,817 18,18 14,53 5,797 23,26
São Lourenço da Mata 11,2 10,63 8,963 9,542 14,02
Vitória de Santo Antão 12,71 8,679 10,69 12,09 11,39
MR I.II 11,04 11,7 10,27 12,5 12,35
Cabo de Santo Agostinho 12,24 8,414 10,55 7,114 9,639
Ipojuca 12,16 12,06 11,65 6,916 5,734
Jaboatão dos Guararapes 14,29 10,63 12,08 11,59 12,03
Moreno 10,94 15,87 11,42 15,79 18,32
MR I.III 13,45 10,61 11,69 10,35 11,05
I Região 12,32 10,92 11,19 10,79 10,94
Fonte: SIM/Sinasc, I GERES/SES/PE (dados atualizados em 19/01/2021).
Nota: *O ano 2020 está sujeito a alterações em decorrência do prazo de digitação.
54

2.2.2.1 Mortalidade Infantil Neonatal Precoce

A mortalidade neonatal – que ocorre nos primeiros dias de vida - expressa a


complexa conjunção de fatores biológicos, socioeconômicos e assistenciais. Os fatores
assistenciais são relacionados à atenção à gestante e ao recém-nascido. De acordo com
Soares e Menezes (2010) na última década, no Brasil, observou-se uma redução dos óbitos
infantis, em todas as regiões do país, particularmente daqueles ocorridos no período pós-
neonatal. Dessa forma, os óbitos neonatais passaram a ser o principal componente da
mortalidade infantil, atualmente responsável por mais da metade dos óbitos no primeiro ano
de vida.
A figura 31 apresenta variações importantes da taxa de mortalidade infantil neonatal
precoce. Houve uma pequena queda do indicador na I Região de Saúde, no ano de 2020 ao
se comparar com o ano de 2016. Entre as Microrregiões a MR I.III mostrou a maior queda
(10,07%) e a MR I.II apresentou um aumento bem consistente no período analisado
(41,17%).

Figura 31 - Distribuição do Coeficiente de Mortalidade Infantil


Neonatal Precoce por 1.000 hab itantes da I Região de
Saúde, por Microrregião de Saúde. Pernambuco, 2016 a 2020.
8,00

MR I.I
4,00 MR I.II
MR I.III
I Região
0,00
2016 2017 2018 2019 2020*

Fonte: SIM/Sinasc, I GERES/SES/PE (dados atualizados em 19/01/2021).


Nota: *O ano 2020 está sujeito a alterações em decorrência do prazo de digitação.

A tabela 14 aponta que os municípios com maiores coeficientes de mortalidade


infantil neonatal precoce no ano de 2020 foram: Pombos (16,61), Araçoiaba (14,60) e
Moreno (12,21). Detacam-se o Distrito de Fernando de Noronha e Chã de Alegria que não
apresentaram óbitos neonatal precoce no ano de 2020.
55

Tabela 14 - Distribuição doCoeficiente de Mortalidade Infantil Neonatal Precoce por 1.000


nascidos vivos da I Região de Saúde, por Municípios e Microrregião de Saúde.
Pernambuco, 2016 a 2020*.

Município 2016 2017 2018 2019 2020*

Abreu e Lima 3,35 5,27 4,70 5,92 6,37


Araçoiaba 3,46 0,00 0,00 12,99 14,60
Fernando de Noronha 52,63 0,00 0,00 34,48 0,00
Igarassu 7,04 10,36 6,14 2,55 4,68
Itamaracá 6,31 9,06 9,15 3,02 10,60
Itapissuma 5,45 3,09 2,66 0,00 5,71
Olinda 5,17 5,47 5,46 5,52 5,27
Paulista 7,55 7,04 6,53 4,33 5,76
Recife 6,32 5,97 5,36 5,97 5,89
MR I.I 6,17 6,12 5,48 5,55 5,86
Camaragibe 4,82 7,15 5,03 8,39 6,90
Chã de Alegria 4,74 8,89 0,00 4,12 0,00
Chã Grande 3,50 6,67 2,92 6,54 3,52
Glória do Goitá 5,60 4,50 7,25 10,99 8,45
Pombos 0,00 5,19 8,72 0,00 16,61
São Lourenço da Mata 5,89 5,00 4,48 3,18 7,34
Vitória de Santo Antão 4,58 4,34 6,32 7,88 5,13
MR I.II 4,75 5,64 5,35 6,54 6,71
Cabo de Santo Agostinho 6,95 3,56 6,08 3,39 5,71
Ipojuca 7,68 6,89 6,66 3,46 2,29
Jaboatão dos Guararapes 7,20 5,63 6,50 6,06 7,01
Moreno 5,47 9,26 7,61 10,53 12,21
MR I.III 7,11 5,53 6,49 5,45 6,40
I Região 6,23 5,91 5,73 5,64 6,11
Fonte: SIM/Sinasc, I GERES/SES/PE (dados atualizados em 19/01/2021).
Nota: *O ano 2020 está sujeito a alterações em decorrência do prazo de digitação.

2.2.2.2 Mortalidade Infantil Neonatal Tardia

A figura 32 apresenta variações ainda mais visíveis da taxa de mortalidade infantil


neonatal tardia, ao compararmos com a de mortalidade infantil neonatal precoce. Houve uma
importante queda do indicador na I Região de Saúde, no ano de 2020 ao se comparar com o ano
de 2016. Entre as Microrregiões a MR I.II mostrou a maior queda (36,84%), seguida da MR I que
apresentou uma diminuição de (31,37%) no período analisado.
56

Figura 32 - Distribuição do Coeficiente de Mortalidade


Infantil Neonatal Tardia por 1.000 habitantes da I Região
de Saúde, por Microrregião de Saúde. Pernambuco, 2016
4,00
a 2020.

MR I.I
MR I.II
MR I.III
0,00 I Região
2016 2017 2018 2019 2020*

Fonte: SIM/Sinasc, I GERES/SES/PE (dados atualizados em 19/01/2021). Nota: *O ano 2020 está sujeito a
alterações em decorrência do prazo de digitação
A tabela 15 aponta que os municípios com maiores coeficientes de mortalidade infantil
neonatal tardia no ano de 2020 foram: Araçoiaba (3,65), Chã Grande (3,52) e Glória de Goitá
(2,82). Detacam-se o Distrito de Fernando de Noronha, Ilha de Itamaracá, Itapissuma, Châ de
Alegria e Pombos, que não apresentaram óbitos neonatal tardia no ano de 2020.

Tabela 15 - Distribuição doCoeficiente de Mortalidade Infantil Neonatal Tardia por 1.000


nascidos vivosna I Região de Saúde, por Municípios. Pernambuco, 2016 a 2020*.

Município 2016 2017 2018 2019 2020*

Abreu e Lima 0,67 1,32 0,67 0,00 1,59


Araçoiaba 3,46 3,34 3,42 0,00 3,65
Fernando de Noronha 0 0 0 0 0
Igarassu 3,20 1,94 1,84 1,91 0,67
Itamaracá 3,15 0,00 0,00 0,00 0,00
Itapissuma 2,72 0,00 0,00 0,00 0,00
Olinda 2,85 1,76 2,00 1,33 2,32
Paulista 3,02 2,67 2,18 1,78 1,57
Recife 2,57 1,89 2,43 2,13 1,86
MR I.I 2,63 1,91 2,20 1,81 1,80
Camaragibe 1,32 3,57 1,37 2,33 1,84
Chã de Alegria 4,74 0,00 0,00 0,00 0,00
Chã Grande 0,00 3,33 0,00 6,54 3,52
Glória do Goitá 5,60 0,00 0,00 5,49 2,82
Pombos 0,00 0,00 0,00 5,80 0,00
São Lourenço da Mata 2,36 1,88 1,28 1,91 1,34
Vitória de Santo Antão 4,58 0,96 1,94 2,10 1,71
MR I.II 2,66 1,93 1,27 2,62 1,68
Cabo de Santo Agostinho 1,99 2,59 1,92 2,03 1,07
Ipojuca 1,28 1,72 1,11 1,73 2,29
Jaboatão dos Guararapes 2,48 2,50 2,99 2,06 2,34
Moreno 1,37 1,32 1,27 1,32 1,53
MR I.III 2,18 2,37 2,47 1,98 2,04
I Região 2,52 2,03 2,16 1,95 1,85

Fonte: SIM/Sinasc, I GERES/SES/PE (dados atualizados em 19/01/2021).


Nota: *O ano 2020 está sujeito a alterações em decorrência do prazo de digitação
57

2.2.2.3 Mortalidade Perinatal

A mortalidade perinatal, que corresponde ao total de óbitos fetais e óbitos neonatais


precoces, é um indicador de saúde materno-infantil, e é utilizado nos estudos que desmonstram
tanto as condições de saúde reprodutiva, por sua vez ligadas a fatores sócio-econômicos,
quanto a qualidade da assistência perinatal - pré-natal, parto e neonatal.
Ao observar a ficura 33 chama a atenção a MR I.II como a única que apresentou
aumneto do coeficiente de mortalidade perinatal no período de 2016 a 2020. Já a MR I.I
apresentou a maior variação negativa do indicador para o período (8,37%), o que pode sugerir
melhoras nas condições sócio-econômicos, quanto na qualidade da assistência materno-infantil.

Figura 33 - Distribuição do Coeficiente de Mortalidade Perinatal


por 1.000 habitantes da I Região de Saúde, por Microrregião de
Saúde. Pernambuco, 2016 a 2020.
20,00

16,00

12,00 MR I.I
MR I.II
8,00
MR I.III
4,00 I Região
0,00
2016 2017 2018 2019 2020*

Fonte: SIM/Sinasc, I GERES/SES/PE (dados atualizados em 19/01/2021).


Nota: *O ano 2020 está sujeito a alterações em decorrência do prazo de digitação.

A tabela 16 aponta que os municípios com maiores coeficientes de mortalidade perinatal


no ano de 2020 foram: Pombos (28,94), Moreno (25,26) e Glória de Goitá (21,92). Detacam-se o
Distrito de Fernando de Noronha, Chã Grande e Itapissuma,que apresentaram os menores
coeficientes no ano de 2020.
58

Tabela 16 - Distribuição doCoeficiente de Mortalidade Perinatal por 1.000 nascidos vivos da


I Região de Saúde, por Municípios e Microrregião de Saúde. Pernambuco, 2016 a 2020*.

Município 2016 2017 2018 2019 2020*

Abreu e Lima 11,87 17,54 23,01 16,03 15,75


Araçoiaba 13,61 22,95 13,42 25,32 21,43
Fernando de Noronha 52,63 43,48 0,00 64,52 0,00
Igarassu 18,26 23,46 20,46 15,07 15,83
Itamaracá 15,53 23,95 15,11 6,01 20,83
Itapissuma 29,18 15,29 10,50 13,66 8,52
Olinda 13,71 12,37 15,23 15,93 16,76
Paulista 19,76 15,77 14,73 15,54 11,63
Recife 16,25 15,16 14,42 13,99 14,94
MR I.I 16,28 15,41 15,16 14,66 14,91
Camaragibe 13,44 15,79 17,06 19,67 18,95
Chã de Alegria 4,69 26,20 15,00 8,16 20,83
Chã Grande 17,24 9,90 11,56 12,82 3,51
Glória do Goitá 8,29 15,59 21,33 16,30 21,92
Pombos 16,76 10,26 19,83 19,89 28,94
São Lourenço da Mata 14,54 17,19 15,79 18,73 17,08
Vitória de Santo Antão 12,54 12,91 16,79 19,10 16,21
MR I.II 13,26 15,06 16,77 18,42 17,81
Cabo de Santo Agostinho 16,97 15,31 14,51 11,71 14,78
Ipojuca 16,97 14,75 14,25 11,38 11,34
Jaboatão dos Guararapes 18,02 15,29 16,36 15,03 17,77
Moreno 22,85 15,67 18,73 19,38 25,26
MR I.III 17,93 15,25 15,86 14,16 16,71
I Região 16,31 15,33 15,54 14,99 15,76
Fonte: SIM/Sinasc, I GERES/SES/PE (dados atualizados em 19/01/2021).
Nota: *O ano 2020 está sujeito a alterações em decorrência do prazo de digitação.

2.2.3 Mortalidade Materna

De acordo com a Organização Panamericana de Saúde (OPAS) cerca de 830 mulheres


morrem todos os dias por complicações relacionadas à gravidez ou ao parto em todo o mundo
(OPAS, 2021). A mortalidade materna é inaceitavelmente alta, pois quase todas essas mortes
ocorreram em ambientes com poucos recursos; a maioria delas poderia ter sido evitada.
Ainda segundo a OPAS (2021) as mulheres morrem como resultado de complicações
que ocorrem durante ou depois da gestação e do parto. “A maioria dessas complicações se
desenvolve durante a gravidez e a maior parte delas pode ser evitada e tratada” (OPAS, 2021).
Outros problemas de saúde podem acontecer antes da gestação, mas são agravados durante a
mesma, especialmente se não forem tratados como parte do cuidado da mulher. As principais
complicações, que representam quase 75% de todas as mortes maternas, são:
 Hipertensão (pré-eclâmpsia e eclâmpsia);
 Hemorragias graves (principalmente após o parto);
 Infecções (normalmente depois do parto);
 Complicações no parto;
59

 Abortos inseguros.
As demais estão associadas a doenças como malária ou infecção pelo HIV durante a
gravidez.
Ao verificar a figura 34 chama a atenção a queda do coeficiente de mortalidade materna
no ano de 2019 em todas as microrregiões. O indicador voltou a subir no ano de 2020, no
entanto até a data de coleta de dados, não havia óbito materno registrado na MR I.III. A tabela
17 apresenta a grande variação do indicador entre os municípios da I Região de Saúde.

Figura 34 - Distribuição do Coeficiente de Mortalidade Materna por


100.000 nascidos vivos, em residentes da I Região de Saúde, por
Microrregião de Saúde. Pernambuco, 2016 a 2020.
120,00

100,00

80,00 MR I.I
60,00 MR I.II
40,00 MR I.III

20,00 I Região

0,00
2016 2017 2018 2019 2020*

Fonte: SIM/Sinasc, I GERES/SES/PE (dados atualizados em 19/01/2021).


Nota: *O ano 2020 está sujeito a alterações em decorrência do prazo de digitação.
60

Tabela 17 - Distribuição da Razão de Mortalidade Materna por 100.000 nascidos vivos da I


Região de Saúde, por Municípios e Microrregião de Saúde. Pernambuco, 2016 a 2020*.
Município 2016 2017 2018 2019 2020*

Abreu e Lima 133,87 65,83 134,32 73,96 0,00


Araçoiaba 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Fernando de Noronha 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Igarassu 127,96 194,30 184,16 63,69 0,00
Itamaracá 0,00 0,00 304,88 0,00 0,00
Itapissuma 0,00 308,64 0,00 274,73 0,00
Olinda 71,28 52,93 72,82 38,05 105,31
Paulista 25,16 72,78 72,53 25,46 26,18
Recife 74,90 61,44 67,59 47,35 93,07
MR I.I 71,43 68,28 77,87 46,71 75,96
Camaragibe 43,86 133,99 137,05 46,60 92,04
Chã de Alegria 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Chã Grande 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Glória do Goitá 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Pombos 0,00 259,74 0,00 0,00 0,00
São Lourenço da Mata 117,86 125,00 192,06 63,61 66,76
Vitória de Santo Antão 50,84 0,00 48,59 0,00 0,00
MR I.II 55,92 82,57 98,52 29,07 45,75
Cabo de Santo Agostinho 33,09 0,00 63,96 33,88 0,00
Ipojuca 0,00 114,81 55,49 0,00 0,00
Jaboatão dos Guararapes 33,76 83,39 72,28 21,66 0,00
Moreno 0,00 529,10 126,90 0,00 0,00
MR I.III 28,17 92,22 71,42 20,43 0,00
I Região 58,56 76,19 78,68 37,62 52,01
Fonte: SIM/Sinasc, I GERES/SES/PE (dados atualizados em 19/01/2021).
Nota: *O ano 2020 está sujeito a alterações em decorrência do prazo de digitação.

2.2.4 Mortalidade Geral por Capítulo - CID – 10

2.2.4.1 Mortalidade proporcional por grupos de causas

Mede a participação relativa dos grupos de causas de mortalidade, em relação ao total


de óbitos informados entre os que tiveram a causa determinada. Proporções elevadas de óbitos,
por exemplo, doenças infecciosas e parasitárias, estão em geral associadas a precárias
condições socioeconômicas da população.
A tabela 18 apresenta dados surpreendentes da dinâmica da Razão de Mortalidade por
Grupos de Causas: O aumento de 402% das causas de óbitos incluidas no Capítulo I – Algumas
doenças infecciosas e parasitárias. Nos anos anteriores ao 2020 o Capítulo I ocupava o sexto
lugar em comparação aos principais causas (Capítulos: IX, II, X, XX e o conjunto das demais
causas). No ano 2020 os óbitos classificados como “Algumas doenças infecciosas e parasitárias”
configurou em primeiro lugar dentre as principais grupos de causa. Pode-s inferir que este
aumento está ligado a pandemia de Covid-19.
61

Tabela 18: Mortalidade Proporcional por Grupos de Causas (%), segundo capítulo do CID-
10, I Região de Saúde - 2016-2020.

Causa (Capítulo CID-10) 2016 2017 2018 2019 2020*


I. Algumas doenças infecciosas e parasitárias 5,58 5,03 5,05 4,87 22,43
II. Neoplasias (tumores) 15,03 15,53 16,73 17,14 12,85
IX. Doenças do aparelho circulatório 27,81 27,69 27,37 28,28 19,92
X. Doenças do aparelho respiratório 13,67 12,20 11,98 12,58 11,20
XVI. Algumas afecções originadas no período perinatal 2,96 2,91 3,11 2,73 2,35
XX. Causas externas de morbidade e mortalidade 13,20 14,90 13,42 12,33 11,07
Demais causas definidas 21,76 21,74 22,35 22,07 20,19
Total 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00
Fonte: SIM, I GERES/SES/PE (dados atualizados em 19/01/2021).
Nota: *O ano 2020 está sujeito a alterações em decorrência do prazo de digitação.

2.2.4.2 Coeficiente de mortalidade por Aids

No período de 2009 a 2019, verificou-se uma queda de 29,3% no coeficiente de


mortalidade padronizado para o Brasil, que passou de 5,8 para 4,1 óbitos por 100 mil
habitantes. A I Região de saúde apresenta o mesmo percentual de queda no período de
2017 a 2020, que passou de 9,57 para 6,76 óbitos por 100 mil habitantes (tabela 19).
62

Tabela 19:Coeficiente de mortalidade por Aids, por 100 mil habitantes, de acordo com
município de residência. I Região de Saúde, Pernambuco, 2017 a 2020.

Município 2017 2018 2019 2020


260005 Abreu e Lima 10,06 9,03 10,00 4,98
260105 Araçoiaba 0,00 0,00 0,00 9,65
260290 Cabo de Santo Agostinho 15,15 12,68 7,73 7,18
260345 Camaragibe 5,76 7,66 6,97 5,03
260440 Chã de Alegria 0,00 0,00 7,40 0,00
260450 Chã Grande 9,29 0,00 0,00 4,59
260545 Fernando de Noronha 0,00 0,00 0,00 0,00
260610 Glória do Goitá 3,29 3,28 0,00 6,50
260680 Igarassu 5,20 2,59 4,27 7,60
260720 Ipojuca 9,52 8,45 6,24 7,17
260760 Ilha de Itamaracá 11,63 7,74 7,62 0,00
260775 Itapissuma 0,00 7,58 7,50 14,87
260790 Jaboatão dos Guararapes 8,62 8,31 8,97 8,77
260940 Moreno 9,66 1,61 0,00 4,74
260960 Olinda 12,54 8,93 7,13 6,36
261070 Paulista 9,14 6,99 5,12 5,98
261130 Pombos 0,00 0,00 3,69 3,68
261160 Recife 10,59 9,34 9,24 6,65
261370 São Lourenço da Mata 4,46 2,67 9,71 4,38
261640 Vitória de Santo Antão 5,81 5,80 5,77 6,45
I Região de Saúde 9,57 8,17 7,86 6,76
Fontes: Sinan/ I Geres_14_02_21. População Estimada SES.
63

2.2.4.2 Coeficiente de Mortalidade por Neoplasia de Mama

Tabela 20: Taxa de mortalidade específica por neoplasia de mama (por 100 mil habitantes
do sexo feminino), por município de residência, I Região de Saúde, Pernambuco, 2017 a
2020.

MUNICÍPIO 2016 2017 2018 2019 2020*


Abreu e Lima 11,61 26,98 19,23 17,24 24,81
Araçoiaba 39,68 0,00 0,00 19,38 0,00
Cabo de Santo Agostinho 10,67 19,20 14,37 18,98 12,23
Camaragibe 12,37 19,64 12,25 14,60 14,50
Chã de Alegria 29,56 0,00 0,00 14,55 14,51
Chã Grande 0,00 18,42 27,57 27,42 9,09
Fernando de Noronha 0,00 0,00 65,15 0,00 0,00
Glória do Goitá 19,33 0,00 6,40 6,38 12,71
Igarassu 15,29 28,52 13,39 18,20 19,62
Ipojuca 2,13 2,09 14,63 6,17 8,10
Itamaracá 27,79 0,00 27,26 26,83 0,00
Itapissuma 23,25 30,69 7,65 0,00 0,00
Jaboatão dos Guararapes 16,47 16,90 19,31 18,37 19,06
Moreno 12,69 15,72 21,95 18,66 3,09
Olinda 21,94 24,28 23,27 25,12 25,08
Paulista 26,73 18,44 20,69 27,94 13,58
Pombos 7,35 0,00 14,63 21,89 14,56
Recife 26,28 21,49 25,86 21,56 24,38
São Lourenço da Mata 12,25 15,62 19,05 22,34 13,65
Vitória de Santo Antão 12,66 15,38 18,13 22,18 5,51
Total 20,64 19,52 21,40 20,74 19,46
Fonte: SIM, I GERES/SES/PE (dados atualizados em 19/01/2021). População: Estimada, Censo 2010 (IBGE) - pessoas do
sexo feminino.Nota: *O ano 2020 está sujeito a alterações em decorrência do prazo de digitação.
64

2.2.4.3 Coeficiente de Mortalidade por Neoplasia do Colo do Útero

Tabela 21: Taxa de mortalidade específica por neoplasia do colo do útero (por 100 mil
habitantes), por município de residência, I Região de Saúde, Pernambuco, 2016 a 2020.

MUNICÍPIO 2016 2017 2018 2019 2020*


Abreu e Lima 1,93 11,56 13,46 3,83 5,73
Araçoiaba 0,00 0,00 0,00 0,00 28,78
Cabo de Santo Agostinho 7,76 2,88 2,87 10,44 8,46
Camaragibe 3,71 9,82 2,45 6,08 2,42
Chã de Alegria 0,00 14,68 0,00 0,00 0,00
Chã Grande 0,00 0,00 0,00 27,42 9,09
Fernando de Noronha 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Glória do Goitá 6,44 0,00 6,40 6,38 6,35
Igarassu 10,19 3,35 5,02 4,96 1,64
Ipojuca 6,39 12,56 12,54 6,17 12,16
Itamaracá 18,53 0,00 0,00 8,94 0,00
Itapissuma 15,50 0,00 7,65 15,16 7,51
Jaboatão dos Guararapes 7,41 7,91 6,25 8,10 6,44
Moreno 3,17 9,43 15,68 6,22 0,00
Olinda 8,11 5,24 7,60 6,64 4,73
Paulista 4,07 5,76 6,90 6,84 4,53
Pombos 7,35 7,33 0,00 7,30 0,00
Recife 5,37 7,96 7,37 7,56 6,74
São Lourenço da Mata 5,25 6,94 6,93 12,03 8,53
Vitória de Santo Antão 1,41 9,79 6,97 11,09 9,65
Total 5,90 7,26 6,88 7,69 6,27
Fonte:SIM, I GERES/SES/PE (dados atualizados em 19/01/2021). População: Estimada, Censo 2010 (IBGE)
- pessoas do sexo feminino. Nota: *O ano 2020 está sujeito a alterações em decorrência do prazo de
digitação.
65

2.2.4.4 Coeficiente de Mortalidade por Infarto Agudo do Miocárdio (IAM)

Tabela 22:Taxa de mortalidade específica por infarto agudo do miocárdio - IAM (por 100 mil
habitantes), por município de residência, I Região de Saúde, Pernambuco, 2016 a 2020.

MUNICÍPIO 2016 2017 2018 2019 2020*


Abreu e Lima 61,62 60,38 52,20 71,01 25,91
Araçoiaba 44,89 64,14 29,54 68,21 9,65
Cabo de Santo Agostinho 55,76 52,28 58,02 57,96 29,19
Camaragibe 68,93 66,51 57,42 68,43 31,47
Chã de Alegria 52,62 59,72 81,91 29,59 36,88
Chã Grande 70,08 51,10 74,14 59,91 73,36
Fernando de Noronha 33,61 0,00 66,27 0,00 0,00
Glória do Goitá 65,95 65,74 59,00 35,94 45,53
Igarassu 56,16 47,66 56,21 47,00 20,28
Ipojuca 53,78 47,60 46,46 45,74 14,33
Itamaracá 23,67 23,27 46,44 15,23 11,25
Itapissuma 65,20 49,36 34,09 37,52 33,46
Jaboatão dos Guararapes 57,73 50,43 48,31 55,67 21,64
Moreno 71,45 57,95 51,39 52,56 33,18
Olinda 71,00 63,46 56,40 66,25 33,32
Paulista 58,97 56,04 54,39 52,14 33,50
Pombos 48,32 70,47 40,69 73,83 36,83
Recife 57,83 55,95 50,19 57,66 29,45
São Lourenço da Mata 74,64 57,09 55,18 58,29 30,68
Vitória de Santo Antão 84,85 67,60 65,98 64,14 65,19
Total 60,74 55,99 52,25 57,50 29,67
Fonte: SIM, I GERES/SES/PE (dados atualizados em 19/01/2021). População: Estimada, Censo 2010 (IBGE) - Nota: *O ano
2020 está sujeito a alterações em decorrência do prazo de digitação.
66

2.2.4.5Taxa de Mortalidade em Mulheres em Idade Fértil

Tabela 23: Taxa de mortalidade de mulheres em idade fértil (por 100 mil habitantes), por município de
residência, I Região de Saúde, Pernambuco, 2016 a 2020.
MUNICÍPIO 2016 2017 2018 2019 2020*
Abreu e Lima 58,04 75,17 73,06 59,38 82,07
Araçoiaba 89,29 68,69 68,53 77,51 47,97
Cabo de Santo Agostinho 68,85 88,33 83,34 80,67 92,16
Camaragibe 81,62 81,03 56,34 51,09 77,32
Chã de Alegria 29,56 102,77 117,13 29,10 58,02
Chã Grande 46,33 92,12 36,76 63,99 81,83
Fernando de Noronha 0,00 130,38 65,15 0,00 0,00
Glória do Goitá 70,87 32,10 38,43 63,83 82,60
Igarassu 73,04 68,77 50,22 54,59 67,05
Ipojuca 74,50 92,11 62,69 67,88 97,25
Itamaracá 55,58 81,93 36,35 71,54 26,41
Itapissuma 108,50 99,75 61,23 60,66 90,17
Jaboatão dos Guararapes 68,63 66,79 59,28 64,83 63,34
Moreno 104,66 103,74 59,59 43,55 80,22
Olinda 75,35 71,89 59,35 58,31 80,93
Paulista 67,40 58,76 58,05 66,71 59,40
Pombos 66,13 36,65 80,44 65,68 58,25
Recife 65,01 60,60 55,34 60,15 73,35
São Lourenço da Mata 71,75 76,38 58,88 63,58 90,40
Vitória de Santo Antão 68,95 57,33 54,40 36,05 66,15
Total 68,81 67,12 58,64 61,06 72,87
Fonte: SIM, I GERES/SES/PE (dados atualizados em 19/01/2021). População: Estimada, Censo 2010 (IBGE) - pessoas do
sexo feminino.Nota: *O ano 2020 está sujeito a alterações em decorrência do prazo de digitação.
67

2.3 INDICADORES DE MORBIDADE

2.3.1Taxa de Incidência de Dengue

Tabela 24: Taxa de Incidência de Dengue (Por 100.000 Hab), segundo município de
residência, I Região de Saúde - Pernambuco, 2017 a 2020.

Município 2017 2018 2019 2020


Abreu e Lima 1,06 5,3 40,2 1,1
Araçoiaba 0,00 0,0 5,5 0,0
Cabo de Santo Agostinho 335,09 551,8 1138,2 34,0
Camaragibe 78,22 172,4 274,1 41,5
Chã de Alegria 0,00 24,2 16,1 0,0
Chã Grande 64,56 59,6 437,0 59,6
Fernando de Noronha 0,00 304,2 1787,1 0,0
Glória do Goitá 0,00 3,4 0,0 0,0
Igarassu 18,62 70,6 987,1 484,2
Ipojuca 4,96 43,4 288,9 13,6
Itamaracá 13,71 0,0 310,7 0,0
Itapissuma 4,21 0,0 33,7 8,4
Jaboatão dos Guararapes 29,01 54,3 92,0 5,6
Moreno 5,29 225,8 49,4 31,7
Olinda 113,56 60,4 168,1 25,1
Paulista 15,98 58,2 175,7 15,0
Pombos 0,00 0,0 420,0 16,6
Recife 63,47 77,7 267,7 101,0
São Lourenço da Mata 7,77 52,5 580,2 225,5
Vitória de Santo Antão 6,16 246,2 41,5 4,6
I Região de Saúde 62,24 98,7 272,4 67,3
Fonte: SinanOnline/MS. Dados tabulados em 10/02/2021. Sujeitos à alteração
68

2.3.2 Taxa de Detecção de Hanseniáse

Tabela 25: Taxa de detecção de Hanseníase (Por 100.000 Hab), segundo município de
residência, I Região de Saúde - Pernambuco, 2017 a 2020.

MUNICÍPIO 2017 2018 2019 2020


Abreu e Lima 47,30 46,17 42,00 34,88
Araçoiaba 64,14 98,46 92,57 48,23
Cabo de Santo Agostinho 72,32 80,44 82,59 46,90
Camaragibe 43,49 50,40 37,38 23,29
Chã de Alegria 22,39 14,89 7,40 7,38
Chã Grande 9,29 18,53 9,22 9,17
Fernando de Noronha 0,00 132,54 65,34 0,00
Glória do Goitá 9,86 16,39 19,61 6,50
Igarassu 46,79 38,05 35,04 28,72
Ipojuca 53,95 40,12 23,91 13,31
Itamaracá 54,29 65,79 83,78 56,23
Itapissuma 94,92 83,34 123,82 29,74
Jaboatão dos Guararapes 39,08 33,11 44,14 21,08
Moreno 28,98 35,33 25,48 6,32
Olinda 47,09 43,90 40,51 20,60
Paulista 28,02 29,17 31,35 24,82
Pombos 51,93 66,58 25,84 22,10
Recife 36,60 36,45 51,53 26,19
São Lourenço da Mata 45,50 37,38 42,39 21,91
Vitória de Santo Antão 33,44 32,63 23,06 8,60
I Região de Saúde 40,56 39,65 45,93 24,60
Fonte: Sinan I Geres_14_02_21. Pop. Estimativa SES.
69

2.3.4 Taxa de Incidência de Tuberculose

Tabela 26: Taxa de incidência de Tuberculose(Por 100.000 Hab), segundo município de


residência, I Região de Saúde - Pernambuco, 2017 a 2020.

MUNICÍPIO 2017 2018 2019 2020


Abreu e Lima* 110,70 136,52 124,01 120,58
Araçoiaba 39,47 29,54 53,60 28,94
Cabo de Santo Agostinho 51,79 55,09 55,54 50,25
Camaragibe 61,40 72,73 64,63 64,19
Chã de Alegria 29,86 37,23 36,99 66,39
Chã Grande 41,81 32,44 41,48 32,10
Fernando de Noronha 0,00 33,13 65,34 0,00
Glória do Goitá 29,58 16,39 9,80 29,27
Igarassu 58,93 47,56 62,38 45,62
Ipojuca 43,37 63,35 51,97 36,86
Itamaracá* 395,52 410,23 453,20 337,41
Itapissuma* 432,83 329,57 480,28 360,62
Jaboatão dos Guararapes 57,91 63,07 64,64 63,80
Moreno 27,37 11,24 41,41 41,08
Olinda 74,72 81,41 83,32 72,50
Paulista 52,38 54,39 59,38 51,14
Pombos 14,84 25,89 33,22 29,47
Recife* 98,12 88,41 88,53 85,46
São Lourenço da Mata 72,26 94,34 83,02 56,98
Vitória de Santo Antão* 54,51 59,46 55,49 53,73
I Região de Saúde 78,93 78,00 79,87 73,48
Fonte: Sinan I Geres_14_02_21. Pop. Estimativa SES* Município com Unidade Prisional
70

2.3.5 Taxa de Incidência de Hepatite B

Tabela27: Taxa de Incidência de Hepatite B, por 100 mil habitantes, segundo município de
residência, I Região de Saúde - Pernambuco, 2017 a 2020.

Município 2017 2018 2019 2020


Abreu e Lima 4,03 5,02 8,00 2,99
Araçoiaba 14,80 4,92 9,74 0,00
Cabo de Santo Agostinho 2,44 0,49 3,86 1,91
Camaragibe 2,56 3,83 3,80 1,89
Chã de Alegria 0,00 0,00 0,00 0,00
Chã Grande 0,00 0,00 0,00 0,00
Fernando de Noronha 33,16 0,00 0,00 0,00
Glória do Goitá 0,00 0,00 3,27 6,50
Igarassu 6,07 4,32 6,84 2,53
Ipojuca 5,29 3,17 4,16 2,05
Ilha de Itamaracá 7,76 0,00 0,00 7,50
Itapissuma 0,00 7,58 3,75 0,00
Jaboatão dos Guararapes 3,16 4,30 5,98 2,69
Moreno 0,00 1,61 0,00 0,00
Olinda 3,84 3,32 6,88 3,05
Paulista 1,83 2,43 3,62 2,39
Pombos 0,00 0,00 0,00 0,00
Recife 2,63 5,25 6,56 2,96
São Lourenço da Mata 3,57 9,79 14,13 1,75
Vitória de Santo Antão 1,45 2,90 4,32 0,72
I Região de Saúde 2,93 4,18 5,88 2,58
Fonte: Sinan I Geres_14_02_21. Pop. Estimativa SES.
71

2.3.6Taxa de Incidência de Hepatite C

Tabela28: Taxa de Incidência de Hepatite C, por 100 mil habitantes, segundo município de
residência, I Região de Saúde - Pernambuco, 2017 a 2020.

Município 2017 2018 2019 2020


Abreu e Lima 6,04 1,00 4,00 2,99
Araçoiaba 0,00 0,00 0,00 0,00
Cabo de Santo Agostinho 2,93 0,98 4,83 0,48
Camaragibe 3,84 11,48 2,53 0,63
Chã de Alegria 0,00 7,45 0,00 0,00
Chã Grande 0,00 0,00 0,00 0,00
Fernando de Noronha 0,00 0,00 32,67 0,00
Glória do Goitá 6,57 0,00 0,00 0,00
Igarassu 1,73 4,32 2,56 1,69
Ipojuca 2,12 0,00 2,08 1,02
Ilha de Itamaracá 0,00 3,87 7,62 7,50
Itapissuma 7,59 3,79 0,00 0,00
Jaboatão dos Guararapes 3,30 4,30 4,27 3,11
Moreno 0,00 0,00 1,59 0,00
Olinda 3,84 3,06 3,82 2,04
Paulista 3,05 2,73 3,32 2,99
Pombos 0,00 0,00 7,38 0,00
Recife 4,16 4,46 5,47 2,72
São Lourenço da Mata 5,35 5,34 12,36 4,38
Vitória de Santo Antão 1,45 2,18 1,44 0,00
I Região de Saúde 3,57 3,85 4,51 2,35
Fontes: Sinan I Geres_14_02_21. Pop. Estimativa SES.
72

2.3.7Taxa de Incidência de Leishmaniose Visceral – LV

Tabela 29: Taxa de incidência de Leishmaniose Visceral (por 100.000 hab), segundo
município de residência, I Região de Saúde - Pernambuco, 2017 a 2020.

Município 2017 2018 2019 2020


Abreu e Lima 1,1 3,18 0,0 2,1
Araçoiaba 0,0 5,51 0,0 0,0
Cabo de Santo Agostinho 0,5 0,00 0,0 0,5
Camaragibe 0,7 0,00 0,7 0,0
Chã de Alegria 0,0 0,00 8,1 0,0
Igarassu 2,9 0,00 3,9 1,0
Ipojuca 3,7 0,00 1,2 1,2
Itamaracá 0,0 0,00 13,7 9,1
Itapissuma 12,6 4,21 4,2 4,2
Jaboatão dos Guararapes 0,2 0,47 0,0 0,6
Olinda 1,1 0,00 0,5 0,8
Paulista 0,3 0,67 2,0 1,7
Recife 0,3 0,46 0,3 0,1
São Lourenço da Mata 0,0 0,97 1,0 0,0
Vitória de Santo Antão 0,8 0,77 0,0 0,0
Total 0,6 0,49 0,6 0,6
Fonte: SinanNet/SES-PE/I GERES. Dados apurados em 08/02/2021. Sujeitos à alteração. Nota: Os municípios de Chã
Grande, Glória do Goitá, Fernando de Noronha, Moreno e Pombos não registraram casos no período de referência
73

2.3.8 Taxa de Incidência de Leishmaniose Tegumentar Americana – LTA

Tabela 30: Taxa de incidência de Leishmaniose Tegumentar, por 100.000 habitantes,


segundo município de residência, I Região de Saúde - Pernambuco, 2017 a 2020.

Município 2017 2018 2019 2020


Abreu e Lima 0,0 3,2 2,1 2,1
Araçoiaba 11,0 60,6 38,6 11,0
Cabo de Santo Agostinho 11,9 0,5 5,9 3,2
Camaragibe 2,8 2,1 2,1 1,4
Chã de Alegria 48,4 48,4 32,2 8,1
Chã Grande 0,0 5,0 5,0 0,0
Glória do Goitá 0,0 13,8 10,3 3,4
Igarassu 0,0 0,0 11,8 0,0
Ipojuca 12,4 8,7 26,0 14,9
Itamaracá 4,6 9,1 0,0 0,0
Itapissuma 0,0 8,4 8,4 4,2
Jaboatão dos Guararapes 0,2 0,3 0,2 0,9
Moreno 12,3 26,5 17,6 12,3
Olinda 0,0 0,0 0,3 0,3
Paulista 0,7 2,3 0,3 0,7
Pombos 8,3 12,5 0,0 0,0
Recife 0,1 0,3 1,0 0,3
São Lourenço da Mata 9,7 1,0 2,9 0,0
Vitória de Santo Antão 16,9 35,4 14,6 6,9
Total 2,3 3,0 3,0 1,5
Fonte: SinanNet/SES-PE/I GERES. Dados apurados em 08/02/2021. Sujeitos à alteração. Nota: O município de
Fernando de Noronha não registrou casos no período de referência.
74

2.3.9 Taxa de Incidência de Aids

Tabela 31: Taxa de incidência de Aids, por 100 milhabitantes, segundo município de
residência, I Região de Saúde - Pernambuco, 2017 a 2020.

Município 2017 2018 2019 2020


Abreu e Lima 16,10 13,05 10,00 6,98
Araçoiaba 14,80 19,69 4,87 14,47
Cabo de Santo Agostinho 15,15 15,60 10,63 6,70
Camaragibe 12,79 12,12 12,04 6,29
Chã de Alegria 14,93 7,45 14,80 0,00
Chã Grande 4,65 0,00 0,00 0,00
Fernando de Noronha 33,16 0,00 32,67 32,24
Glória do Goitá 0,00 3,28 0,00 0,00
Igarassu 7,80 7,78 7,69 8,45
Ipojuca 11,64 12,67 13,51 13,31
Ilha de Itamaracá 7,76 34,83 0,00 0,00
Itapissuma 11,39 18,94 11,26 7,44
Jaboatão dos Guararapes 14,80 14,33 15,66 9,48
Moreno 17,71 9,64 12,74 7,90
Olinda 23,03 23,22 18,60 6,61
Paulista 13,70 12,76 13,86 5,38
Pombos 0,00 0,00 3,69 3,68
Recife 28,22 24,00 18,23 10,46
São Lourenço da Mata 6,24 14,24 13,25 7,01
Vitória de Santo Antão 10,18 6,53 6,49 5,01
I Região de Saúde 19,77 18,10 15,16 8,57
Fonte: Sinan I Geres_14_02_21. Pop. Estimativa SES.
75

3. INDICADORES ASSISTENCIAIS DE SAÚDE

3.1 Razão de Exames Citopatológico do Colo do Útero

No Brasil, o rastreamento populacional do câncer do colo uterino é recomendado


prioritariamente para mulheres de 25 a 64 anos, através do exame de Papanicolau, com
periodicidade de três anos, após dois exames consecutivos normais, no intervalo de um ano.
Este indicador apresentado em série histórica (2016 à 2020), reflete déficit de cumprimento da
meta estadual(0,42) em alguns municípios, os fatores determinantes para o não cumprimento da
meta, permeia pela redução do quantitativo de coleta de material cérvico uterino/ dificuldades
organizacionais nos municípios. Destacamos ainda que em 2020 apenas um município atingiu a
meta estadual, o que pode ser justificado em decorrência da pandemia da COVID-19, que
produziu inúmeras transformações no processo de trabalho das equipes de saúde, afetando
inclusive o rastreamento e o tratamento do câncer.
Tabela 32: Razão de exames citopatológicos do colo do útero em mulheres de 25 a 64 anos
nos municípios da I Região de Saúde nos anos de 2016 a 2020. Pernambuco, 2021
MICRORREGIÃO I 2016 2017 2018 2019 2020
Abreu e Lima 0,50 0,32 0,44 0,38 0,15
Araçoiaba 0,51 0,29 0,62 0,37 0,02
Fernando de Noronha 0,35 0,26 0,39 0,11 0,02
Igarassu 0,53 0,27 0,39 0,10 0,02
Itamaracá 0,31 0,18 0,06 0,16 0,04
Itapissuma 0,59 0,43 0,69 0,16 0,12
Olinda 0,46 0,30 0,47 0,45 0,29
Paulista 0,12 0,10 0,17 0,25 0,17
Recife 0,50 0,26 0,39 0,39 0,18
MICRORREGIÃO II 2016 2017 2018 2019 2020
Camaragibe 0,47 0,19 0,44 0,36 0,20
Chã de Alegria 0,27 0,21 0,43 0,11 0,04
Chã Grande 0,39 0,1 0,21 0,38 0,08
Glória de Goitá 0,31 0,22 0,42 0,12 0,04
Pombos 0,48 0,22 0,55 0,42 0,09
São Lourenço da Mata 0,17 0,14 0,24 0,07 0,03
Vitória de Santo Antão 0,30 0,16 0,47 0,42 0,14
MICRORREGIÃO III 2016 2017 2018 2019 2020
Cabo 0,67 0,41 0,61 0,69 0,54
Ipojuca 0,62 0,33 2,83 0,20 0,06
Jaboatão dos Guararapes 0,20 0,15 0,21 0,28 0,17
Moreno 0,31 0,32 0,65 0,54 0,20
I REGIÃO 0,41 0,24 0,44 0,09 0,19
76

Fonte: SIA/ SUS - Datasus

3.2 VISITAÇÃO DOMICILIAR DO ACS

A média de visita domiciliar/ACS preconizada pelo Ministério da Saúde (MS) é de pelo


menos uma visita mensal. Nestas visitas são difundidos hábitos saudáveis de promoção a
saúde, reforçam-se os vínculos entre as famílias e as equipes de saúde identificando, assim, os
problemas referentes àquela família.
Observarmos na tabela abaixo os números de visitas realizadas pelas ACS no ano de 2020,
ano atípico devido a Pandemia da COVID 19, mas que se manteve as visitas seguindo todas as
orientações das autoridades sanitárias, garantindo a assistência população principalmente as
mais vulneráveis, como por exemplo os acamados.

Tabela 33: Número de visita domiciliar do ACS na I Região de Saúde, pormicrorregião e


municípios. Pernambuco, 2020.

Município Nº de Visitas
domiciliar
MR I.I 2.714.362
Abreu e Lima 39.046
Araçoiaba 33.858
Fernando de Noronha 9.896
Igarassu 254.720
Itamaracá 39.802
Itapissuma 56.881
Olinda 554.442
Paulista 961.973
Recife 763.744
MR I.II 894.296
Camaragibe 183.499
Chã de Alegria 56.863
Chã Grande 64.457
Glória de Goitá 86.430
Pombos 61.195
São Lourenço da Mata 118.926
Vitória de Santo Antão 322.926
MR I.III 947.492
Cabo 174.108
Ipojuca 294.644
Jaboatão dos Guararapes 352.183
Moreno 126.557
I REGIÃO 4.556.150

Fonte:SISAB, 2021
77

3.3 PROPORÇÃO DE NASCIDOS VIVOS DE MÃES COM 7 OU MAIS CONSULTAS DE


PRÉNATAL

Este indicador mede a cobertura do atendimento pré-natal de gestantes,


identificando situações de desigualdades e tendências que demandam ações e estudos
específicos.Contribui para análise das condições de acesso da assistência pré-natal e
qualidade em associação com outros indicadores, tais como taxa de mortalidade materna e
infantil, incidência de sífilis, entre outros.

Tabela 34: Proporção de nascidos vivos em mães com sete ou mais consultas pré-natal nos
municípios da I Região de Saúde nos anos de 2016 a 2020. Pernambuco, 2021.

MUNICÍPIOS MICRORREGIÃO 2016 2017 2018 2019 2020


I
Abreu e Lima 25,14 59,58 65,49 68,00 56,43
Araçoiaba 66,09 73,24 69,72 63,6 69,55
Fernando de Noronha 57,89 72,73 54,55 100 65,22
Igarassu 50,70 58,40 65,98 70,50 63,68
Itamaracá 53,31 50,15 59,49 50,0 53,42
Itapissuma 47,41 56,86 71,29 53,60 60,22
Olinda 49,96 55,33 56,09 63,1 55,56
Paulista 51,4 55,46 60,69 71,40 63,03
Recife 67,04 67,27 71,11 72,2 66,65
MUNICÍPIOS MICRORREGIÃO
II
Camaragibe 55,83 63,05 64,60 70,7 65,18
Chã de Alegria 72,04 69,33 76,0 76,9 77,56
Chã Grande 57,89 72,73 54,55 83,8 72,93
Glória de Goitá 67,70 62,20 51,50 66,70 69,34
Pombos 67,04 67,27 71,11 72,2 76,60
São Lourenço da Mata 56,10 60,75 64,66 66,0 61,67
Vitória de Santo Antão 59,07 66,39 68,05 70,9 69,22
MUNICÍPIOS MICRORREGIÃO
III
Cabo 57,68 63,40 62,69 71,3 58,99
Ipojuca 63,64 64,27 66,71 75,60 69,59
Jaboatão dos Guararapes 54,68 58,14 57,63 63,60 59,28
Moreno 49,96 55,33 56,09 63,1 66,54
I REGIÃO 45,46 46,60 45,33 46,82 66,43

Fonte: SINASC, 2021


78

3.4 PROPORÇÃO DE INTERNAÇÕES POR CAUSAS SENSÍVEIS À ATENÇÃO BÁSICA–


ICSAB
O ICSAB mede as internações por causas sensíveis à atenção básica em relação ao
total das internações em leitos clínicos cirúrgicos de residentes em determinado local e
período.Este indicador expressa o quanto de estes tipos de internações estão associadas à
deficiência na cobertura dos serviços e/ou a baixa resolutividade da atenção primária em
relação a determinados problemas de saúde.

Tabela 35: Proporção de internação por causas sensíveis à atenção básicamunicípios da


IRegião de Saúde nos anos de 2016 a 2020. Pernambuco, 2021.
MICRORREGIÃO I 2016 2017 2018 2019 2020
Abreu e Lima 5,7 6,2 4,8 6,6 9,0
Araçoiaba 7,0 5,9 2,0 3,4 4,4
Fernando de Noronha 0,0 3,3 3,3 6,5 6,5
Igarassu 6,16 6,82 7,50 8,2 3,6
Itamaracá 5,5 6,2 5,0 5,0 3,8
Itapissuma 6,5 6,1 4,5 8,3 5,3
Olinda 9,0 8,1 8,6 9,3 5,4
Paulista 5,7 5,8 5,5 5,6 4,6
Recife 7,8 7,9 6,9 7,9 5,1
MICRORREGIÃO II
Camaragibe 6,2 4,8 6,6 8,0 5,3
Chã de Alegria 4,5 7,5 3,0 10,4 3,0
Chã Grande 7,9 8,8 1,4 2,3 4,6
Glória de Goitá 28,54 25,90 27,76 25,88 27,26
Pombos 6,2 4,8 6,6 5,5 4,1
São Lourenço da Mata 7,17 7,0 6,9 8,0 3,4
Vitória de Santo Antão 15,1 16,4 12 15,6 4,8
MICRORREGIÃO III
Cabo 7,62 7,9 2,0 7,8 4,6
Ipojuca 6,2 4,8 6,6 7,9 3,0
Jaboatão dos Guararapes - 29,95 29,22 26,95 26,13
Moreno 6,2 4,8 6,6 4,0 3,3
I REGIÃO

Fonte:SEPLAG-SESPE
79

3.5 OFERTA E COBERTURA DE AÇÕES E SERVIÇOS DE SAÚDE

3.5.1 Oferta de Centro de Testagem e Aconselhamento – CTA e SAE

Em 11 de Agosto de 1992, através da portaria interministerial n° 865, devido a


epidemia da AIDS, se tornou obrigatória a oferta do teste HIV nos serviços de Pré Natal e se
fez necessário a implantação do COAS (Centro de Orientação e Aconselhamento
Sorológico).
O CTA (Centro de Testagem e Aconselhamento) foi instituído pela portaria SUS/MS
N° 344 de 12 de Maio de 1998 para atuar no diagnóstico e aconselhamento para ações de
prevenção e encaminhamento para tratamento do HIV/AIDS e demais IST’s.
Os municípios de Olinda e Recife foram os pioneiros com implantação do CTA, em
1995, seguidos do Cabo de Santo Agostinho (1998), Camaragibe/Jaboatão (2001), Paulista
(2002), Vitória de Santo Antão/Abreu e Lima/Igarassu (2008), Ipojuca (2010), São Lourenço
da Mata (2011), Moreno (2016) e em 2019 foi implantado um SAE, no CTA que já existia, na
Policlínica Gouveia de Barros.
Atualmente, exceto em Moreno, os CTAs funcionam em parceria com os SAE, a fim
de prestar uma assistência integrada.
O serviço de Assistência Especializada – SAE é responsável pela assistência e
acompanhamento de pessoas com HIV/AIDS e outras ISTs. Foi proposto na portaria n°
2.104 GM/MS de 18 de Novembro de 2002 e teve na portaria n° 204/GM/MS de 28 de
Janeiro de 2007, o financiamento regulamentado.
Em 1998 tivemos a formação dos dois primeiros SAEs na I GERES, em
Recife e Olinda, e paulatinamente foram sendo instalados nos grandes centros
populacionais como Jaboatão dos Guararapes (2006), Camaragibe (2009), Cabo e Paulista
(2011), São Lourenço da Mata e Vitória de Santo Antão (2012), Abreu e Lima, Igarassu e
Ipojuca (2014) e o 2º CTA/SAE em Recife (2019).
Atualmente os SAE fornecem a PEP ( medicações de profilaxia pós exposição ao
HIV ) e a PrEP (profilaxia pré exposição do HIV ).
80

Quadro08: Número de equipamentos com ofertas do Centro de Testagem e


Acompanhamento – CTA e Serviço de Assistencia Especializada - SAE dos municípios da I
Região de Saúde. Pernambuco, 2021.

MUNICÍPIO CTA CTA/SAE


MICRORREGIÃOI.I
AbreueLima - 1
Igarassu - 1
Olinda - 1
Paulista - 1
Recife - 1
MICRORREGIÃOI.II
Camaragibe - 1
SãoLourençodaMata - 1
VitóriadeSantoAntão - 1
MICRORREGIÃOI.III
CabodeSanto Agostinho 1 1*
Ipojuca - 1
JaboatãodosGuararapes 1 -
Moreno 1 -
Fonte: SISLOGLAB, 2021. Nota:*Apenas SAE.

3.5.2 Cobertura Populacional de Equipes de Saúdeda Família

A Estratégia Saúde da Família (ESF) está inserida no Sistema Único de Saúde


(SUS), com vistas à reorganização da Atenção Primária. A cobertura populacional estimada
pelas ESF tem como objetivo a utilização de mecanismos que propiciem a ampliação do
acesso da atenção básica garantindo assim o acesso da população a serviços de qualidade.
A cobertura pactuada em Pernambuco é de ≥79%, na I Região de Saúde, 35% dos
municípios atingiram esta meta em 2020. Quanto maior a cobertura, melhor o resultado dos
indicadores.
81

Tabela 36: Cobertura Populacional da Estratégia Saúde da Família da I Região de Saúde,


por município. Pernambuco 2016 a 2020.

MICRORREGIÃO I 2016 2017 2018 2019 2020


Abreu e Lima 53,1 82,2 78,3 87,12 92,71
Araçoiaba 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0
Fernando de Noronha 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0
Igarassu 50,98 55,89 85,71 57,89 49,41
Itamaracá 83,17 100 100 100 100
Itapissuma 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0
Olinda 45,3 38,4 44,08 44,2 50,1
Paulista 43,8 48,5 51,3 46,8 49,3
Recife 63,56 64,86 66,1 64,02 66,28
MICRORREGIÃO II
Camaragibe 100 100 100 100 100
Chã de Alegria 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0
Chã Grande 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0
Glória de Goitá 91,33 90,20 90,7 90,48 90,18
Pombos 100,0 100,0 76,78 100,0 100,0
São Lourenço da Mata 78,49 84,7 84,3 84,5 81,4
Vitória de Santo Antão 79,9 89 94, 94,41 96,1
MICRORREGIÃO III
Cabo 99,09 99,1 77,6 83,81 85,6
Ipojuca 53,1 82,2 78,3 82,86 75,9
Jaboatão dos Guararapes 59,11 57,65 58,40 62,25 63,3
Moreno 53,1 82,2 78,3 83,12 87,9
I REGIÃO
Fontes: MS/ E-Gestor -SEPLAG – SES/PE

3.5.3 Cobertura Populacional De Equipes De Saúde Bucal


A inserção das Equipes de Saúde Bucal (ESB) na Estratégia de Saúde da Família
(ESF) foi formalizada por meio da Portaria Ministerial no 1.444, de 28/12/2000,
estabelecendo o incentivo financeiro para a reorganização da atenção à saúde bucal
prestada nos municípios por meio do Programa de Saúde da Família (PSF).
Esta portaria criou critérios e estabeleceu incentivos financeiros específicos para a
inclusão de 01 ESB para cada 02 equipes de PSF, com vistas à reorganização da atenção
básica odontológica no âmbito do município, tanto em termos de promoção de saúde e
prevenção quanto na recuperação e manutenção da saúde bucal. Em 2003, com a Portaria
GM no 673/2003, o MS passou a financiar a ESB na proporção de 01 ESF: 01 ESB. A
pactuação do Estado é de uma cobertura ≥63,25%, na I Regional de Saúde 60’% dos
municípios atingiram esta meta em 2020. Quanto maior a cobertura, melhor o resultado dos
indicadores
82

Tabela 37: Cobertura populacional estimada de saúde bucal na Atenção Básica nos
municípios da I Região de Saúde. Pernambuco, 2021.

MUNICÍPIOS MICRORREGIÃO 2016 2017 2018 2019 2020


I
Abreu e Lima 57,96 72,28 68,23 59,78 63,01
Araçoiaba 52,23 51,63 51,07 68,68 67,97
Fernando de Noronha 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0
Igarassu 64,08 72,26 73,96 83,28 80,37
Itamaracá 79,56 100 100 100 100
Itapissuma 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0
Olinda 45,3 38,49 38,15 38,06 38,94
Paulista 31,47 27,32 29,74 27,39 28,21
Recife 36,99 38,08 39,19 38,75 37,72
MUNICÍPIOS MICRORREGIÃO
II
Camaragibe 34,96 35,56 39,72 39,93 32,5
Chã de Alegria 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0
Chã Grande 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0
Glória de Goitá 79,91 68,26 79,38 79,17 99,99
Pombos 100 100,0 100,0 100,0 100,0
São Lourenço da Mata 68,29 40,06 39,74 43,12 41,07
Vitória de Santo Antão 72,79 91,18 94,12 97,2 100
MUNICÍPIOS MICRORREGIÃO
III
Cabo 46,30 47,30 77,6 51,19 47,81
Ipojuca 56,66 69,06 72,99 72,85 71,72
Jaboatão dos Guararapes 43,26 44,17 46,83 47,88 46,78
Moreno 22,62 82,2 78,3 83,12 87,9
I REGIÃO 42,00 43,31 44,22 44,83 46,04
Fontes: MS/ E-Gestor -SEPLAG – SES/PE

3.5.4 Cobertura Populacional de Programa de Agentes Comunitários de Saúde – PACS

O ACS tem um papel importante na ESF. Ele é um membro da equipe que faz parte
da comunidade, o que permite a criação de vínculos, propiciando o contato direto com a
equipe de atenção primária.
A cobertura populacional de Agentes Comunitários de Saúde (ACS) na I Regional de
Saúde é de 68,3%. O número de ACS deve ser suficiente para cobrir 100% da população
cadastrada, porém apenas 30% dos nossos municípios atingem este percentual.
Este Indicador mede a cobertura do PACS e reflete a oferta de serviços prestados
pelo ACS. (DAB)
83

População cadastrada no SISAB (modelo de atenção PACS) no ano de referência x


100
População total em determinado local e período

Tabela 38: Cobertura Populacional do Programa de Agentes Comunitários de Saúde da I


Região de Saúde. Pernambuco, 2021.

MUNICÍPIOS MICRORREGIÃO 2016 2017 2018 2019 2020


I
Abreu e Lima 75,23 72,2 71,76 51,37 52,91
Araçoiaba 87,05 86,5 85,11 84,93 84,05
Fernando de Noronha 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0
Igarassu 100,0 100,0 100,0 97,95 94,34
Itamaracá 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0
Itapissuma 100,0 97,04 96,06 95,84 79,83
Olinda 56,39 55,71 56,50 56,35 50,06
Paulista 99,06 97,31 100,0 98,89 100,0
Recife 71,15 68,69 67,72 65,65 60,34
MUNICÍPIOS MICRORREGIÃO
II
Camaragibe 100,0 100,0 100,0 100,0 97,64
Chã de Alegria 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0
Chã Grande 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0
Glória de Goitá 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0
Pombos 96,40 96,18 95,98 93,59 84,90
São Lourenço da Mata 73,01 74,43 67,71 67,55 65,0
Vitória de Santo Antão 85,53 83,70 83,17 82,13 79,56
MUNICÍPIOS MICRORREGIÃO
III
Cabo 64,80 67,82 70,24 70,64 73,04
Ipojuca 65,47 64,73 62,25 67,93 57,38
Jaboatão dos Guararapes 67,13 68,55 67,58 66,27 65,66
Moreno 75,39 86,84 87,01 87,73 78,76
I REGIÃO 74,47 73,67 73,13 71,62 68,3
Fontes: MS/ E-Gestor

3.5.5 Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica (NASF-AB).

Em 2017 foi aprovado a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a


revisão de diretrizes para a organização da Atenção Básica, no âmbito do Sistema Único de
Saúde (SUS), através da portaria 2436 de setembro de 2017. Nessa organização da
Política Nacional de Atenção Básica, o NASF passou a ser Núcleo Ampliado de Saúde da
Família e Atenção Básica (NASF-AB). Também se ampliou o escopo de atuação do NASF
para além das eSF, incluindo também outras equipes de AB. O programa Previne Brasil,
84

lançado no final de 2019, trouxe mudanças significativas no modelo de financiamento da


Atenção Primária no SUS que impactam, também, sobre o NASF-AB.
Nesta nova forma de financiamento, o repasse dos recursos federais para os
municípios deixa de ser por número de equipes de Saúde da Família e NASF-AB
credenciadas e implantadas. Não existe mais valor fixo e regularmente repassado ao
município em função da existência de eSF e NASF-AB. As equipes NASF-AB deixam de
existir como requisito para repasse dos recursos. A composição de cada um dos NASF será
definida pelos gestores municipais, seguindo os critérios de prioridade identificados a partir
dos dados epidemiológicos e das necessidades locais e das equipes de saúde que serão
apoiadas.
Na I Região de Saúde18 municípios mantém suas equipes de NASF- AB deacordo
comdados do DATASUS de março de 2021, como verificamos na tabela abaixo:

TABELA 39: Número de Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica (NASF-
AB) nos municípios da I Região de Saúde. Pernambuco, 2021.

MUNICÍPIOS MICRORREGIÃO Nº
I Equipes
Abreu e Lima -
Araçoiaba 01
Fernando de Noronha 01
Igarassu 02
Itamaracá -
Itapissuma 01
Olinda -
Paulista 03
Recife 20
MUNICÍPIOS MICRORREGIÃO
II
Camaragibe 05
Chã de Alegria 01
Chã Grande 01
Glória de Goitá 01
Pombos 01
São Lourenço da Mata 01
Vitória de Santo Antão 05
MUNICÍPIOS MICRORREGIÃO
III
Cabo 02
Ipojuca 02
Jaboatão dos Guararapes 08
Moreno 01
I REGIÃO 56
Fonte: DATASUS
85

3.5.6 Cobertura de Centro de Especialidades Odontológicas – CEO


O Centro de Especialidades Odontológicas (CEO) são estabelecimentos de saúde,
participantes do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde - CNES, classificadas
como Clínica Especializada ou Ambulatório de Especialidade. Os Centros de Especialidades
Odontológicas estão preparados para oferecer à população, no mínimo, os seguintes
serviços:» Diagnóstico bucal, com ênfase no diagnóstico e detecção do câncer de boca.»
Periodontia especializada» Cirurgia oral menor dos tecidos moles e duros, » Endodontia. »
Atendimento a portadores de necessidades especiais
Os centros são uma das frentes de atuação do Brasil Sorridente. O tratamento
oferecido nos Centros de Especialidades Odontológicas é uma continuidade do trabalho
realizado pela rede de atenção básica e no caso dos municípios que estão na Estratégia
Saúde da Família, pelas equipes de saúde bucal.

Tabela 40:Número de centros de especialidades odontológicas nos municípios da I Região


de Saúde. Pernambuco, 2020.
MICRORREGIÃO I 2016 2017 2018 2019 2020
Nº Tipo Nº Tipo Nº Tipo Nº Tipo Nº Tipo
Abreu e Lima - - - - - - - - 01 II
Araçoiaba - - - - - - - - - -
Fernando de Noronha - - - - - - - - - -
Igarassu 1 I 1 I 1 I 1 I 1 I
Itamaracá - - - - - - - - - -
Itapissuma 1 I 1 I 1 I 1 I 1 I
Olinda 1 II 1 II 1 II 1 II 1 II
Paulista 1 II 1 II 1 II 1 II 1 II
Recife 4 II 4 II 4 II 4 II 4 II
1 III 1 III 1 III 1 III 1 III
MICRORREGIÃO II
Camaragibe 1 I 1 I 1 I 1 I 1 I
Chã de Alegria - - - - - - - - - -
Chã Grande - - - - - - - - - -
Glória de Goitá - - - - - - - - - -
Pombos - - - - 1 I 1 I 1 I
São Lourenço da Mata - - - - - - - - - -
Vitória de Santo Antão 2 II 2 II 2 II 2 II 2 II
MICRORREGIÃO III
Cabo 1 II 1 II 1 II 1 II 02 II
Ipojuca 1 II 1 II 1 II 1 II 1 II
Jaboatão dos 3 II 3 II 3 II 3 II 3 II
Guararapes
Moreno 1 I 1 I 1 I 1 I 1 I
I REGIÃO 16 16 16 16 18
Fonte: SISAB
86

3.5.7 Razão de Mamografias Realizadas na Faixa de 50 a 69 Anos na População Alvo

Este indicador apresentado em forma de série histórica retrata a razão de


mamografias de rastreamento na faixa etária de 50 69 anos. A baixa utilização dos exames
de mamografias de rastreamento ofertadas pela regulação da SES/I Região de Saúde, e o
momento da Pandemia da COVID 19 pode ter contribuído para que apenas um município
tenha cumprido a meta de 0,35 estabelecida em 2020.

Tabela 41:Razão de mamografias realizadas na faixa etária de 50-69 anos nos municípios
da I Região de Saúde nos anos de 2016 a 2020. Pernambuco, 2021.

MICRORREGIÃO I 2016 2017 2018 2019 2020


Abreu e Lima 0,46 0,29 0,24 0,23 0,07
Araçoiaba 0,63 0,29 0,16 0,14 0,03
Fernando de Noronha 0,03 0,18 0,14 0,007 0,01
Igarassu 0,52 0,34 0,37 0,98 0,02
Itamaracá 0,18 0,34 0,06 0,13 0,03
Itapissuma 1,08 0,09 0,49 0,37 0,16
Olinda 0,36 0,32 0,37 0,45 0,15
Paulista 0,33 0,23 0,32 0,42 0,13
Recife 0,35 0,24 0,37 0,43 0,10
MICRORREGIÃO II
Camaragibe 0,33 0,07 0,33 0,32 0,16
Chã de Alegria 0,17 0,21 0,59 0,27 0,04
Chã Grande 0,63 0,29 0,16 0,15 0,02
Glória de Goitá 0,24 0,50 0,32 0,51 0,04
Pombos 0,42 0,15 0,35 0,35 0,06
São Lourenço da Mata 0,11 0,07 0,18 0,46 0,03
Vitória de Santo Antão 0,29 0,17 0,41 0,41 0,08
MICRORREGIÃO III
Cabo 0,63 0,40 0,67 0,98 0,39
Ipojuca 0,46 0,15 1,7 1,66 0,07
Jaboatão dos Guararapes 0,35 0,26 0,37 0,48 0,13
Moreno 0,34 0,04 0,32 0,26 0,03
I REGIÃO 0,36 0,22 0,39 0,37 0,12
Fonte: SIA/SUS –SINAC

3.6 REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE

Segundo o Ministério da Saúde as Redes de Atenção à Saúde (RAS) são arranjos


organizativos de ações e serviços de saúde, nos quais envolve diferentes densidades
87

tecnológicas que, integradas por meio de sistemas de apoio técnico, logístico e de gestão,
buscam garantir a integralidade do cuidado (MS, 2010). No entanto, a Organização
Panamericana da Saúde 2011 refere que as redes regionalizadas e integradas de atenção à
saúde oferecem condições estruturalmente mais adequadas para efetivação da
integralidade da atenção reduzindo, assim, os custos dos serviços por imprimir uma maior
racionalidade sistêmica na utilização dos recursos.
As RAS são estabelecidas, oficialmente, segundo o anexo da Portaria GM nº
4.279/2010 que as instituiu no SUS. Dentre os seus objetivos estão a melhoraria da
qualidade da atenção; a qualidade de vida das pessoas usuárias; os resultados sanitários do
sistema de atenção à saúde; a eficiência na utilização dos recursos e a equidade em saúde
(ROSEN e HAM, 2008).
Diante disso, observa-se que a expectativa dos gestores da Região de Saúde quanto
ao funcionamento das redes refere-se aos benefícios para racionalizar gastos, otimizar
recursos e promover uma atenção condizente com as necessidades dos usuários. O
principal desafio é construir uma rede com resolutividade, diante dos desafios existentes
relacionados à insuficiência de recursos decorrentes do baixo financiamento público, aos
processos de formação e educação e captação de recursos humanos na região e às
dificuldades da descentralização de ações e serviços de saúde.
As redes estão sendo vistas como propostas para administrar políticas e projetos em
que os recursos são escassos e os problemas complexos; onde há interação de agentes
públicos e privados; onde se manifesta uma crescente demanda por benefícios e por
participação dos cidadãos (FLEURY e OUVERNEY, 2007). Elas não são simplesmente um
arranjo poliárquico entre diferentes atores dotados de certa autonomia, mas um sistema que
busca, deliberadamente, no plano de sua institucionalidade, aprofundar e estabelecer
padrões estáveis de interrelações.
São vantagens apresentadas pelas Redes de Atenção a Saúde:
 capacidade de aprendizagem, o funcionamento como canais de difusão de
conhecimentos e a utilização das informações existentes para produzir novos
conhecimentos;
 legitimação e status, a criação de vínculos diversificados entre atores, e
organizações permite reduzir as incertezas nas políticas e nos programas;
 benefícios econômicos porque relações de intercâmbio possibilitam ganhos
de escala, com redução de custos e melhoria da qualidade (PODOLNY e
PAGE, 1998).
Os Municípios que compõem a I Região de Saúde apresentam Redes de Atenção a
Saúde com estruturas diferenciadas a depender de sua capacidade.
88

3.6.1Rede Cegonha

A Rede Cegonha consiste numa rede de cuidados que visa assegurar à mulher o
direito ao planejamento reprodutivo, atenção humanizada à gravidez, ao parto e ao
puerpério e o direito à criança ao nascimento seguro, ao crescimento e ao desenvolvimento
saudáveis.

Figura 35: Atendimentos de Pré-natal de Alto Risco na I Região de Saúde, Pernambuco.

Fonte: SEPLAG – SES/PE

Figura 36: Maternidades da rede cegonha com produtividade a partir de 500 partos/ano na I
Região de Saúde. Pernambuco, 2021.

Fonte: SIH, 2019

3.6.2 Redede Urgência e Emergência


O fluxo assistencial das urgências está definido nas portarias ministeriais GM /MS Nº
1.600/2011 e Nº 2.395/2011, devendo estar organizada obedecendo às diretrizes de
regionalização, buscando a ampliação do acesso e acolhimento aos casos agudos
demandados aos serviços de saúde, garantindo a articulação e integração dos diversos
equipamentos desaúde através de uma regulação articulada entre todos os componentes da
89

rede a fim de oferecer uma resposta adequada com garantia da equidade e da integralidade
do cuidado.
Assim, o Fluxo da Assistência Integral às Urgências obedece ao modelo
abaixo na lógica dos 4 (quatro) níveis de Atenção, segundo Resolução CIB/PE nº 1.797, de
19 de novembro de 2011, que define as competências e atribuições da gestão considerando
a abrangência territorial.

1º Nível de Atenção 2º Nível de Atenção 3ºº Nível de Atenção

3.6.3Rede de Atenção Psicossocial

O trabalho em rede é uma condição essencial dessa nova abordagem, pois a base
real e o suporte da atenção integral à crise é a rede ampla de assistência e reabilitação que
sustentam os projetos terapêuticos de cada usuário em sua comunidade e território,
incluindo, principalmente, a atenção básica e os próprios recursos da comunidade (Zeferino
et al, 2015).
Nesse sentido, a RAPS foi idealizada para garantir o acesso da população aos
serviços de saúde mental, fomentando o fortalecimento progressivo do trabalho em rede,
90

que busca respeitar a dignidade humana proporcionando autonomia, liberdade e cidadania


aos indivíduos; anteriormente tão estigmatizados pelos padrões impostos pela sociedade
(Brasil, 2011b).
A Política Nacional de Saúde Mental busca consolidar um modelo de atenção aberto
e de base comunitária. A proposta é garantir a livre circulação das pessoas com problemas
mentais pelos serviços, pela comunidade e pela cidade.
Em 2011 o Ministério da Saúde institui a portaria GM nº3.008 que cria a Rede de
Atenção Psicossocial (RAPS) para pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com
necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, no âmbito do Sistema
Único de Saúde (SUS). Essa Rede é constituída pelos seguintes componentes: atenção
básica em saúde; atenção psicossocial especializada; atenção de urgência e
emergência; atenção residencial de caráter transitório; atenção hospitalar; estratégias de
desinstitucionalização; reabilitação psicossocial (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2011).
O Desenho da Remodelagem da RAPS regional foi aprovado em CIB.nº2.448 de 01
de novembro de 2013, garantindo ampliação da Rede Psicossocial, fortalecendo o cuidado
aos munícipes dessa regional.
Observando a tabela x, o único dispositivo que a I Região de Saúde não implantou
são os Centros de Convivência, o que segue a realidade das demais regionais. Na
Micorregião I temos 29 CAPS, na Microrregional II temos 07 CAPS e Microrregional III 08
CAPS. Observamos a concentração de CAPS na Microrregional I com destaque para os
CAPSi dos quais 67% encontram-se em Recife e a única Micro que tem CAPSIII, deixando
claro a necessidade de implantar o desenho pactuado. Em contrapartida a I Região de
Saúde se destaca a nível nacional na estratégia de desinstitucionalização, com um número
bastante significativo de Residências terapêuticas.

Centros de Atenção Psicossocial


Os Centros de Atenção Psicossocial /CAPS são serviços substitutivos, constituindo-
se em serviços ambulatoriais de atenção diária. Estes serviços têm a responsabilidade de
atender pessoas com transtornos mentais severos e persistentes, trabalhando segundo a
lógica da territorialidade. Deve garantir também que as relações entre trabalhadores e
usuários sejam centradas no acolhimento, no vínculo e na responsabilização de cada
membro da equipe.
Os CAPS são regulamentados pela Portaria GM nº336 que define e estabelece as
diretrizes para o funcionamento destes serviços. São categorizados de acordo com seu
porte e a clientela que atendem, recebendo as denominações de CAPSI (municípios com
população acima de 15 mil habitantes), CAPSII (em municípios com população acima de 70
mil habitantes), CAPSIIIe CAPS AD III ( municípios com população acima de 150 mil
91

habitantes), CAPSi (atendimentos a crianças e adolescentes, constituindo-se na referência


para uma população acima de 70 mil habitantes) e CAPSAD (atendimento de pacientes
com transtornos decorrentes do uso e dependência de substâncias psicoativas, atendimento
em municípios com população acima 70 mil habitantes) (Ministério da Saúde, 2006).

4. ESTRUTURA DO SISTEMA DE SAÚDE

4.1 ESTABELECIMENTOS DE SAÚDE E SERVIÇOS

4.1.1 TIPO DE ESTABELECIMENTO SUS (POR NATUREZA)

Quadro09 - Distribuição de Estabelecimentos SUS por Gestão da I Região de Saúde.


Pernambuco, 2020.
Estabelecimentos SUS Dupla Estadual Municipal Total geral
CENTRAL DE NOTIFICAÇÃO, CAPTAÇÃO E DISTRIB DE ÓRGÃOS
3 3
ESTADUAL
CENTRAL DE REGULACAO DO ACESSO 1 9 10
CENTRAL DE REGULACAO MEDICA DAS URGENCIAS 1 1
CENTRO DE ATENCAO PSICOSSOCIAL 49 49
CLINICA/CENTRO DE ESPECIALIDADE 3 95 98
HOSPITAL ESPECIALIZADO 1 4 6 11
HOSPITAL GERAL 2 16 31 49
HOSPITAL/DIA - ISOLADO 2 2
LABORATÓRIO DE SAÚDE PÚBLICA 2 2 4
POLICLINICA 42 42
PRONTO ATENDIMENTO 13 10 23
PRONTO SOCORRO ESPECIALIZADO 1 1
PRONTO SOCORRO GERAL 1 1
UNIDADE DE APOIO DIAGNOSE E TERAPIA (SADT ISOLADO) 1 20 21
UNIDADE MISTA 7 7
UNIDADE MOVEL DE NIVEL PRE-HOSPITALAR NA AREA DE URGENCIA 1 91 92
Total 3 45 366 414
Fonte: Ministério da Saúde - Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde do Brasil - CNES
92

4.1.2 DISTRIBUIÇÃO DE LEITOS DO SUS E NÃO SUS POR TIPO


Quadro 10 - Distribuição de Leitos Internamento SUS e não SUS por tipo da I Região de Saúde, Pernambuco, 2020.

Município OUTRAS SUPORTE


CIRÚRGICO CLÍNICO OBSTÉTRICO PEDIÁTRICO H. DIA COMPLEMENTAR UTI SRAG TOTAL
ESPECIALIDADES VENTILATÓRIO
NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO
SUS SUS SUS SUS SUS SUS SUS SUS SUS SUS
SUS SUS SUS SUS SUS SUS SUS SUS SUS SUS
Abreu e Lima 2 77 - 53 56 9 20 4 8 - 40 - - 22 - - - - 126 165
Araçoiaba - - 2 - - - - - 1 - - - - - - - - - 3 -
Cabo de Santo
70 48 204 95 19 17 28 17 - 7 - - 20 30 40 - - - 381 214
Agostinho
Camaragibe 2 - 1 - 26 - 2 - - 367 - 10 - 3 - - - - 31 380
Chã de Alegria - - 9 - 4 - 3 - - - - - - - - - - - 16 -
Chã Grande 8 - 22 2 6 - 12 - - - - - - 2 - - - - 48 4
Fernando de
- - 14 - - - 2 - 1 - - - - - - - - - 17 -
Noronha
Glória do Goitá - - 45 - 2 - 8 - - - - - - - - - - - 55 -
Igarassu 3 - 15 - - - - - 82 244 - - - - - - - - 100 244
Ilha de
- - 7 - 4 - 3 - - - - - - - - - - - 14 -
Itamaracá
Ipojuca 2 - 33 - 18 - - - - - - - - - - - - - 53 -
Itapissuma - - 6 - - - - - - - - - - - - - - - 6 -
Jaboatão dos
191 34 362 97 79 12 32 7 40 25 - 2 70 18 10 40 - 4 784 235
Guararapes
Moreno 93 - 42 - - - - - - - - - - 20 - - - - 135 20
Olinda 19 36 161 51 28 - 28 6 104 203 3 3 25 97 44 16 - - 412 412
Paulista 137 19 178 34 5 21 - - 77 - - - 60 28 - 28 - - 457 130
Pombos 4 - 24 - 5 - 3 - - - - - - - - - - 2 36 -
Recife 2.089 757 2.545 1.036 520 176 864 160 377 74 176 48 777 615 359 389 - 100 7.707 3.255
São Lourenço da
11 - 40 - 33 - 13 - - - - - 10 - - - - - 107 -
Mata
Vitória de Santo
24 106 111 28 41 5 39 2 52 - - - 20 - 10 10 - - 297 151
Antão
Total 2.655 1.077 3.821 1.396 846 240 1.057 196 742 920 219 63 982 835 463 483 - 106 10.785 5.210
Fonte: Ministério da Saúde - Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde do Brasil - CNES
4.2 SERVIÇOS

4.2.1 EQUIPAMENTOS

Na tabela abaixo se observa a quantidade de equipamentos disponíveis para o SUS por


categoria de equipamento. Percebe-se que o Recife é o município que detém a maioria dos
equipamentos e serviços de saúde, sendo, portanto, referência para os demais municípios.

Quadro 11 – Número de equipamentos por categoria da I Região de Saúde - Pernambuco 2020.

Equipamento para
Eletroencefalógraf
Computadorizado

Eletrocardiógrafo
Odontológico

Hemodiálise
Ressonância
Mamógrafo

Tomógrafo

Magnética

Ultrassom

Completo
Equipo
Raio X

Município Total

o
Abreu e Lima 1 4 - - 6 20 4 - 35
Araçoiaba - 1 - - 2 5 1 - 9
Cabo de Santo Agostinho 2 20 2 1 31 54 21 3 57 191
Camaragibe 2 15 1 - 5 179 4 - 206
Chã de Alegria - - - - 1 6 - 1 - 8
Chã Grande 1 4 - - 1 9 3 - - 18
Fernando de Noronha - 3 - - 1 2 5 - - 11
Glória do Goitá - 1 - - 1 11 1 - - 14
Igarassu - 4 - - 7 33 9 - - 53
Ilha de Itamaracá - 3 - - - 12 1 - - 16
Ipojuca 1 12 1 1 15 28 19 1 - 78
Itapissuma - 1 - - - 14 1 - - 16
Jaboatão dos Guararapes 4 94 3 1 32 147 41 2 64 388
Moreno 2 9 - - 8 18 7 2 2 48
Olinda 1 16 1 1 12 50 31 1 45 158
Paulista 5 25 3 2 14 55 29 1 48 182
Pombos - 4 - - 3 12 2 - - 21
Recife 22 279 37 260 212 293 383 24 569 2.079
São Lourenço da Mata 2 4 - - 3 22 6 - - 37
Vitória de Santo Antão 4 17 4 2 8 46 10 - 6 97
Total 47 516 52 268 362 1.016 578 35 791 3.665

Fonte: Ministério da Saúde - Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde do Brasil - CNES
4.2.2 PROFISSIONAIS
Nos quadros abaixo se observa a distribuição de profissionais que atendem ao SUS na I Região de Saúde. É perceptível que os
profissionais se concentram na região metropolitana, onde se encontra o polo biomédico do estado.

Quadro 12: Distribuição de profissionais que atendem ao SUS da I Região de Saúde, Pernambuco, 2020.

Município

Assistente social
Gineco Obstetra
Cirurgião Geral

Fonoaudiólogo
Fisioterapeuta

Farmacêutico
Nutricionista

Enfermagem

Enfermagem
Clínico Geral

Radiologista
Anestesista

Enfermeiro

Auxiliar de
Sanitarista

Técnico de
Médico de

Psiquiatra

Psicólogo
Cirurgião
Pediatra

dentista
Família

Outros
Abreu e Lima 9 - 25 20 27 24 8 8 - 28 30 73 10 5 4 10 14 24 - 125
Araçoiaba - - 3 1 6 - 1 1 - 2 6 13 6 2 1 1 2 2 - 41
Cabo de Santo Agostinho 42 30 170 34 64 76 17 30 - 247 106 357 104 20 39 26 58 40 12 796
Camaragibe 11 1 54 25 48 32 11 12 - 25 88 151 18 7 10 5 33 30 22 236
Chã de Alegria - - 8 1 5 1 1 1 - 1 5 12 4 1 1 1 1 - - 30
Chã Grande 1 3 18 1 15 - 1 - - 2 12 22 4 1 3 2 5 4 - 45
Fernando de Noronha - - 9 1 1 1 1 1 - 1 2 15 2 1 1 1 2 3 - 13
Glória do Goitá - 1 19 2 9 3 3 2 - 3 14 28 3 2 3 - 2 4 - 58
Igarassu 3 2 95 11 31 36 8 6 - 51 44 126 19 6 9 11 11 25 1 238
Ilha de Itamaracá - - 21 - 9 1 10 - - 2 12 39 6 - 2 6 6 14 - 73
Ipojuca 11 2 141 26 22 27 9 16 - 61 74 134 22 9 9 12 16 17 - 376
Itapissuma - - 16 2 11 2 4 - - 4 15 28 8 3 5 4 2 9 - 65
Jaboatão dos Guararapes 79 40 455 120 150 268 17 57 1 511 240 648 130 53 53 61 88 83 - 1238
Moreno 12 1 17 2 14 2 2 4 - 64 26 52 21 4 6 4 5 6 1 120
Olinda 33 13 228 59 53 100 10 8 - 142 75 286 63 6 18 26 26 30 8 632
Paulista 33 37 183 11 46 42 5 36 - 212 87 335 70 12 39 34 32 35 3 729
Pombos 1 2 21 - 16 1 2 2 - 4 16 26 4 3 3 1 2 5 - 56
Recife 1668 821 2553 983 307 1550 228 689 11 6840 624 6411 1573 314 644 627 646 621 171 12358
São Lourenço da Mata 9 9 72 12 34 38 10 4 - 29 28 107 22 6 8 5 13 17 - 196
Vitória de Santo Antão 16 14 78 45 35 61 9 17 1 73 68 210 59 26 33 13 20 45 - 439
Total 1928 976 4186 1356 903 2265 357 894 13 8302 1572 9073 2148 481 891 850 984 1014 218 17864
Fonte: Ministério da Saúde - Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde do Brasil – CNES.
5. REGULAÇÃO EM SAÚDE NA I REGIÃO DE SAÚDE DE PERNAMBUCO

O Complexo Regulador do Estado de Pernambuco (CREPE) foi criado a partir da Política


Estadual de Regulação, publicada em Diário Oficial em fevereiro de 2012, seguindo a divisão
territorial constante no Plano Diretor de Regionalização – PDR que dividiu o Estado em quatro
Macrorregiões e 12 Regiões de Saúde. Este Complexo envolve as Gerências de Regulação
Hospitalar, Regulação Ambulatorial e de Transplantes.

Este CREPE faz parte da Secretaria Executiva de Regulação (SERS) que tem como missão
propor, coordenar e desenvolver a Política de Regionalização, Monitoramento, Controle e Avaliação
da Gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) de Pernambuco em conjunto com as demais áreas da
SES e da Diretoria Geral de Fluxos Assistenciais (DGFA), a qual tem como atribuições reformular e
executar a Política Estadual de Regulação Assistencial, que busca articular com a rede de saúde as
melhorias necessárias para dar agilidade aos processos regulatórios; participar da organização e
qualificação da rede assistencial; definir os fluxos de acesso dos pacientes aos serviços do SUS e
assessorar tecnicamente os municípios na implantação e implementação das Centrais Municipais de
Regulação.

O Estado de Pernambuco possui quatros Centrais Macrorregionais, em Recife, sede da I


Macrorregião: a Central de Regulação Hospitalar, a Central de Regulação Ambulatorial e a Central
de Transplante; e em Juazeiro/ BA onde funciona a Central de Regulação Interestadual Pernambuco-
Bahia, que responde pela IV Macrorregião do Estado de Pernambuco e a Macro Norte da Bahia. As
Centrais Macrorregionais atuam na Regulação de leitos de internação, tanto enfermaria quanto UTI,
além de regulação de acesso a urgência e emergência inter-hospitalar.

A Central de Regulação Hospitalar tem como responsabilidade definir o acesso do usuário do


Sistema Único de Saúde (SUS) para um serviço de referência de acordo com a patologia informada,
onde o médico regulador formula perguntas objetivas e esclarecedoras e enquadra os casos com
base em protocolos, objetivando evitar consequentes encaminhamentos indevidos aos serviços e,
principalmente, comprometimento na agilidade da assistência que será prestada aos pacientes,
funcionam 24 horas por dia, em regime de plantão ininterrupto.

A Central Estadual de Transplantes é responsável por coordenar as atividades relacionadas a


transplantes no âmbito estadual, determinando as diretrizes nas diversas etapas do processo de
doação e transplante, incluindo as autorizações para pagamento dos procedimentos executados
pelas equipes de captação e transplante.
96

As Centrais de Regulação possuem um papel importante no direcionamento na demanda por


serviços, a partir do conhecimento da capacidade de produção instalada de cada local, como
também identificar os déficits e as falhas do sistema. Desenvolvem uma série de atividades de
acordo com o perfil epidemiológico, organização do modelo assistencial da região, natureza do que
regula e do território de sua abrangência. Como também, dispõe em tempo real de informações das
condições de oferta, haja vista, que a informação atualizada é um instrumento fundamental no
processo de regulação.

5.1 REGULAÇÃO AMBULATORIAL

A Central de Regulação Ambulatorial do Estado de Pernambuco é responsável por regular o


acesso dos usuários às ofertas de consultas especializadas, exames de média e alta complexidade,
procedimentos hospitalares eletivos, bem como, a Rede de Terapia Renal Substitutiva Ambulatorial,
seguindo os preceitos preconizados pelo SUS, organizando os fluxos e qualificando o acesso aos
serviços de saúde secundários e terciários na Rede de Saúde do Estado. Desta forma, atua com a
regulação do acesso através da Gerência de Regulação Ambulatorial (GRAMB), Nível Central e
Centrais Regionais de Regulação Descentralizadas, nas 12 (doze) Regiões de Saúde do Estado.

A Gerência de Regulação Ambulatorial é responsável pela gestão das ações desenvolvidas


em todas as Centrais Descentralizadas, realizando o monitoramento da oferta regulada nas
Regionais de Saúde e consolidando as informações ao nível central. É encarregada também pelo
processo regulatório das Unidades Terciárias da Rede, com a distribuição da oferta para as Centrais
Regionais de Regulação, respeitando sempre a oferta de acordo com a Região de Saúde mais
próxima do município de origem do paciente.

No ano de 2012 foram implantadas as Centrais Regionais de Regulação, responsáveis pela


regulação do acesso a Rede de Saúde de suas Regiões, oferecendo aos pacientes acessos aos
serviços de saúde regionalizados. Estas centrais estão descentralizadas nas 12 Regiões de Saúde,
com algumas instaladas nos Municípios Sede da Região e outras nas sedes das GERES (Figura 1).
Em conjunto com a GRAMB, as centrais respondem pelo acesso dos usuários às consultas e
exames de alta complexidade em todo o estado de Pernambuco.

Fortalecendo a Atenção Ambulatorial Especializada, o estado de Pernambuco vem


implantando desde 2013 Unidades Pernambucanas de Atenção Especializada (UPAE) de forma
regionalizada, favorecendo ampliação de acesso ao serviço de média complexidade e
descentralizando a oferta de consultas especializadas. As UPAE são centros de diagnósticos e
97

orientação terapêutica com atendimentos ambulatoriais em especialidades médicas e procedimentos


diagnósticos de média complexidade e possuem acesso exclusivamente de forma regulada pelas
centrais de regulação municipais, onde os usuários são referenciados a partir da Estratégia de Saúde
da Família. Estão presentes em 10 Regionais de Saúde e são responsáveis pela atenção secundária
ao paciente, ofertando consultas especializadas, exames diagnósticos e cirurgias eletivas (em
algumas unidades, dependendo do porte) de abrangência dos municípios de cada região de saúde.

No início da descentralização da regulação para as Centrais Regionais de Regulação, os


exames de alta complexidade (Tomografia, Ressonância e Densitometria Óssea), foram os primeiros
procedimentos a serem regulados pela contratação dos serviços complementares ao SUS de forma
regionalizada. Atualmente, existem unidades de referências para estes exames em todas as Regiões
de Saúde, o que otimiza o acesso do paciente aos serviços de saúde cada vez mais próximos aos
seus municípios de origem, garantindo o acesso descentralizado e regionalizado aos usuários do
SUS.

Cada Central de Regulação Regional é responsável em regular a oferta de consultas e


exames da sua Região, como a regulação dos Hospitais Regionais, UPAE, Exames de média e Alta
complexidade ofertados em prestadores da Regional de Saúde, e caso não haja a oferta dentro da
área de abrangência, para a Regional mais próxima.

5.2 FLUXO DE REGULAÇÃO

De modo geral, o fluxo da regulação ambulatorial inicia-se nas unidades básicas de saúde,
onde o médico avalia a necessidade de encaminhar o paciente a consulta especializada ou exames
complementares, preenchendo a ficha de solicitação de referência. A solicitação é encaminhada à
Secretaria Municipal de Saúde (SMS), que insere o pedido no sistema informatizado de regulação,
onde os profissionais reguladores de cada central analisam as solicitações inseridas, autorizam ou
não as mesmas, conforme protocolos vigentes e classificam a prioridade para marcação. Após
autorização, conforme a disponibilidade de agenda, a SMS marca o procedimento, levando em
consideração o grau de prioridade do paciente e tempo de espera no sistema, informando-o sobre o
agendamento (Figura 37).
98

Figura 37:Fluxo
Fluxo da regulação ambulatorial na I Região de Saúde,, Pernambuco, 2021.

Fonte: Coordenação de Planejamento e Regulação da I Geres/SES

Para melhor compreensão o agendamento de consultas especializadas é descrito conforme


texto abaixo:

1) O paciente atendido em uma Unidade da Atenção Básica, nos municípios de abrangência da


GERES, com encaminhamento para consulta especializada, deverá dirigir
dirigir-se à recepção do
serviço para que seja providenciado o envio da solicitação para a Secretaria Municipal de
Saúde (SMS);
2) A SMS recebe a solicitação e realiza o encaminhamento do paciente para consulta
especializada, de acordo com sua oferta (referências municipal ou estadual);
3) Caso a referência seja uma unidade Estadual, o paciente será cadastrado pelo Município, no
sistema informatizado de regulação e o médico regulador da Central Regional de Regulação,
visualiza e autoriza a consulta, de acordo com o protocolo de ac
acesso vigente de cada
Unidade;
4) A SMS agenda o procedimento, seja uma referência Municipal ou Estadual, encaminhado o
agendamento para Unidade de Saúde;
5) A Unidade de Saúde ciente do agendamento comunica ao usuário;
6) O paciente comparece no dia e horário agend
agendado
ado para a realização do procedimento;
7) A Unidade Especializada (Estadual) confirma a presença do paciente, via sistema, e realiza
atendimento;
8) A Central Regional de Regulação e a GERES, também via sistema, monitoram a utilização
das cotas das SMS solicitan
solicitantes e a execução do prestador.
99

Para o agendamento de exames de apoio diagnóstico, interconsultas, cirurgias e consultas


subsequentes adota-se o seguinte fluxo:

1) O paciente atendido na Unidade Especializada, com encaminhamento para algum exame de


apoio diagnóstico e/ou consulta subsequente, deverá dirigir-se à recepção, onde será
realizado o agendamento;
2) O paciente comparece no dia e horário agendado para a realização do procedimento;
3) A Unidade confirma a presença do paciente e realiza atendimento;
4) A Central Regional de Regulação e a GERES monitoram os agendamentos e a realização
destes procedimentos pelo prestador Estadual.

Em relação ao agendamento de procedimentos externos à unidade especializada o paciente


atendido nesta, com encaminhamento para algum procedimento a ser realizado fora da mesma,
deverá dirigir-se à Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de seu município para que seja realizado o
encaminhamento.

5.3 FLUXOS ASSISTENCIAIS

O fluxo de acesso operacionalizado tem sido direcionado à promoção dos princípios da


equidade e da integralidade do cuidado, seja por meio do controle sobre o fluxo da demanda por
assistência à saúde em todas as Unidades prestadoras de serviços ou pelo redimensionamento da
oferta, diminuição ou expansão, de acordo com as necessidades da população.

Para garantir a integralidade do acesso são necessárias operações de mudanças na produção


do cuidado a partir da rede básica, secundária, da atenção à urgência bem como na atenção hospitalar,
integrando todos os recursos disponíveis no Sistema de Saúde por meio de fluxos direcionados de
forma singular e guiados pelo projeto terapêutico do usuário, para serem capazes de garantir o acesso
seguro às tecnologias necessárias à sua assistência e ao restabelecimento de sua autonomia.
Portanto, além de contribuir na otimização dos recursos de saúde existentes, a regulação do acesso
busca a qualidade da ação por meio da resolubilidade, a resposta adequada aos problemas clínicos e a
satisfação do usuário.

A análise a respeito da utilização dos serviços de média e alta complexidade poderá subsidiar
a identificação de vazios assistenciais bem como demonstrar se há necessidade de
redimensionamento da oferta de serviços. O objetivo é contemplar, de maneira integral e equânime,
as necessidades da população ofertando o caminho mais oportuno na resposta da necessidade do
cidadão com ações e serviços de saúde integrados.
100

As demandas da Região para média complexidade são atendidas dentro da própria região,
principalmente nos municípios de Recife, Cabo de Santo Agostinho, Abreu e Lima , Paulista e Olinda.
5.3.1FLUXO DOS PROCEDIMENTOS AMBULATORIAIS DE MÉDIA COMPLEXIDADE

Quadro 13: Fluxo dos Procedimentos Ambulatoriais de Média Complexidade da I Região de Saúde. Pernambuco, 2020

260290 Cabo de Santo Agostinho


260010 Afogados da Ingazeira

260350 Camocim de São Félix


260130 Barra de Guabiraba
Microrregião de

260150 Belém de Maria


Município de Residência

260210 Bom Conselho


Saúde
260005 Abreu e Lima

260310 Cachoeirinha
260270 Buenos Aires
260050 Águas Belas

260345 Camaragibe
260170 Belo Jardim
260040 Água Preta

260120 Arcoverde
260105 Araçoiaba
260030 Agrestina

260110 Araripina

260140 Barreiros

260190 Bezerros
260100 Angelim
260090 Amaraji

260330 Calçado
260200 Bodocó
260070 Aliança

260320 Caetés
260240 Brejão
Abreu e Lima 20.586 0 0 0 0 0 0 0 0 0 7 0 0 0 0 0 0 0 0 0 16 0 0 0 19 0
Araçoiaba 17 0 0 0 0 0 0 0 3.918 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0
Fernando de Noronha 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Igarassu 146 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 16 0 1 0 3 0
I
Ilha de Itamaracá 107 0 0 0 0 0 0 0 46 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0
Olinda 155 2 0 0 0 0 0 0 0 0 6 0 2 0 30 2 0 0 0 0 63 0 0 0 9 0
Paulista 1.100 4 0 0 0 0 0 0 0 0 3 0 1 0 0 0 0 0 0 0 30 0 0 0 40 0
Recife 85 33 0 1 0 0 0 0 0 0 55 0 1 20 1 6 2 0 0 0 943 0 1 0 361 0
Camaragibe 39 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 35 0 0 0 59.999 0
Chã de Alegria 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 0
Chã Grande 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 0 0 0 0 0
II Glória do Goitá 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4 0 0 0 0 0
Pombos 5 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 9 0 0 0 0 0
São Lourenço da Mata 128 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 41 0 0 0 188 0
Vitória de Santo Antão 6 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 2 0 0 0 0 0 0 56 0 0 0 1 0
Cabo de Santo Agostinho 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 8 0 0 0 0 0 0 138.825 0 0 0 1 0
Ipojuca 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 10.800 0 0 0 0 0
III Itapissuma 223 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0
Jaboatão dos Guararapes 11 11 0 0 0 0 0 0 0 0 9 0 0 3 0 0 0 0 0 0 4.717 0 0 0 36 0
Moreno 6 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 45 0 0 0 1 0
TOTAL 22.618 51 0 1 0 2 0 0 3.964 0 84 0 4 34 31 9 2 0 0 0 155.608 0 2 0 60.659 0
Continua
102

260545 Fernando de Noronha

260580 Frei Miguelinho

260610 Glória do Goitá


260440 Chã de Alegria
Microrregião de

260450 Chã Grande


260370 Canhotinho

260600 Garanhuns
Município de Residência

260540 Feira Nova

260590 Gameleira
260380 Capoeiras

260470 Correntes

260740 Itacuruba
Saúde

260550 Ferreiros
260415 Casinhas

260680 Igarassu
260570 Floresta
260410 Caruaru

260640 Gravatá
260490 Cumaru
260400 Carpina

260720 Ipojuca
260620 Goiana
260520 Escada
260480 Cortês

260750 Itaíba
260730 Ipubi
260700 Inajá
260650 Iati
Abreu e Lima 0 0 26 18 0 0 1 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 1 0 1 0 0 1.905 0 0 0 0 0
Araçoiaba 0 0 1.281 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 80 0 0 0 0 0
Fernando de Noronha 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1.580 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Igarassu 0 0 720 4 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 24.156 0 0 0 0 0
I
Ilha de Itamaracá 0 0 1 2 0 0 0 0 0 0 7 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 121 0 0 0 0 0
Olinda 0 0 15 90 0 0 6 0 0 0 3 0 0 0 0 1 0 4 0 3 4 0 114 0 0 1 0 0
Paulista 0 0 10 69 0 0 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 8 0 42 2 0 494 0 0 0 0 0
Recife 0 0 351 819 0 0 15 0 0 0 68 0 1 0 0 1 5 178 0 3 50 0 117 0 6 1 0 0
Camaragibe 0 0 33 1.130 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 11 0 0 0 0 0
Chã de Alegria 0 0 311 15 0 1.236 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 5 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Chã Grande 0 0 0 26 0 0 4.390 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 26 0 0 0 0 0 0 0
II Glória do Goitá 0 0 187 7 0 5 0 0 0 0 1 3 0 0 0 0 0 0 4.129 0 1 0 0 0 0 0 0 0
Pombos 0 0 0 16 0 0 7 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 6 0 0 0 0 0 0 0
São Lourenço da Mata 0 0 6.357 12 0 6 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 8 0 1 0 0 0 0 0
Vitória de Santo Antão 0 0 4 1.043 0 0 4 0 0 0 3 0 0 0 0 0 0 1 4 0 12 0 2 0 0 0 0 0
Cabo de Santo Agostinho 0 0 7 20 0 0 0 0 0 0 31 0 0 0 0 0 0 2 0 0 4 0 1 0 0 0 0 0
Ipojuca 0 0 1 25 0 0 1 0 0 0 8 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 22.871 0 0 0
III Itapissuma 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 166 0 0 0 0 0
Jaboatão dos Guararapes 0 0 212 111 0 0 5 0 0 0 12 0 0 0 0 0 1 22 0 3 16 0 26 0 0 0 0 0
Moreno 0 0 176 14 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0
TOTAL 0 0 9.692 3.422 0 1.247 4.432 0 0 0 136 4 1.581 0 0 2 7 223 4.138 52 132 0 27.195 0 22.877 2 0 0
Continua
103

260790 Jaboatão dos Guararapes

260850 Lagoa do Itaenga


260820 Joaquim Nabuco

260870 Lagoa dos Gatos

260950 Nazaré da Mata


260845 Lagoa do Carro
Microrregião de

260810 João Alfredo

260900 Macaparana

261030 Paranatama

261100 Petrolândia
Município de Residência

260775 Itapissuma
260760 Itamaracá

261090 Pesqueira
Saúde

261060 Paudalho
261000 Palmares

261110 Petrolina
260890 Limoeiro

260990 Ouricuri
260795 Jaqueira

261070 Paulista
260940 Moreno
260800 Jataúba

261050 Passira
260840 Jurema
260765 Itambé

260880 Lajedo

260960 Olinda
260825 Jucati

260830 Jupi
Abreu e Lima 0 0 0 15 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 15 0 861 0 0 0 0 0 2.394 0 0 1
Araçoiaba 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 6 8 68 0 0 0 0 7 220 0 0 0
Fernando de Noronha 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Igarassu 0 0 6 9 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 5 0 17 0 484 0 1 0 0 0 1.691 0 0 0
I Ilha de Itamaracá 4.611 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 492 0 2 0 0 0 286 0 0 0
Olinda 0 0 0 161 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 39 1 59 1 165.692 0 74 0 0 2 5.511 0 0 11
Paulista 0 0 8 128 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 11 0 32 1 10.770 0 42 0 0 10 171.297 0 0 2
24 32 12
Recife 0 0 6 8.285 2 0 0 6 0 0 0 0 0 0 0 5 1 297 5 2.170 9 2 0 0 2 1.201 0 2 41
Camaragibe 0 0 0 64 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 16 0 43 0 18 0 4 0 0 3 72 0 0 3
Chã de Alegria 0 0 0 6 0 0 0 0 0 0 0 0 5 0 0 6 0 8 0 0 0 0 0 0 53 3 0 0 0
Chã Grande 0 0 0 6 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 21 0 0 0 3 0 0 0 0 0 0 0
23
II Glória do Goitá 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 6 67 0 0 6 0 10 0 22 0 1 0 0 5 0 0 0 0
Pombos 0 0 0 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 7 0 16 0 0 0 1 0 0 0 2 0 0 0
12
São Lourenço da Mata 0 0 0 54 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 17 0 41 0 17 0 2 0 2 2 26 0 0 2
Vitória de Santo Antão 0 0 0 22 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 24 0 113 1 3 0 7 0 0 14 11 0 0 1
Cabo de Santo Agostinho 0 0 0 1.775 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 6 0 23 0 7 0 34 1 0 0 10 0 0 2
Ipojuca 0 0 0 827 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4 0 8 0 5 1 57 0 0 0 16 0 0 1
III Itapissuma 0 0 4.965 4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 14 0 0 0 0 2 336 0 0 1
15
Jaboatão dos Guararapes 0 0 3 345.769 0 0 0 7 0 0 0 0 0 0 0 53 0 580 0 127 1 8 0 0 8 95 0 1 8
Moreno 0 0 0 326 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 0 8.790 1 5 0 3 0 0 0 3 0 0 0
68 71 34
TOTAL
4.611 0 4.989 357.456 4 0 0 16 0 0 0 6 72 0 0 4 2 10.081 17 180.755 11 1 1 2 8 183.174 0 3 73

Continua
104

261340 São José da Coroa Grande


261250 Santa Cruz do Capibaribe

261270 Santa Maria do Cambucá

261370 São Lourenço da Mata


261290 São Benedito do Sul

261380 São Vicente Ferrer

261618 Vertente do Lério


261170 Riacho das Almas

261300 São Bento do Una


Microrregião de Município de

261390 Serra Talhada


Saúde Residência

261190 Rio Formoso

261310 São Caitano

261485 Tamandaré
261210 Salgadinho
261140 Primavera

261420 Sirinhaém

261530 Timbaúba
261510 Terezinha

261620 Vertentes
261220 Salgueiro

261540 Toritama

261560 Trindade
261450 Surubim
261150 Quipapá

261630 Vicência
261320 São João

261410 Sertânia
261130 Pombos

261400 Serrita
261160 Recife
261120 Poção

261230 Saloá
Abreu e Lima 0 0 0 0 43.806 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 6 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Araçoiaba 0 0 0 0 4.962 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Fernando de Noronha 0 0 0 0 252 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Igarassu 0 0 0 0 41.233 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0
I
Ilha de Itamaracá 0 0 4 0 6.446 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Olinda 0 0 1 0 129.798 0 0 2 0 0 3 0 0 1 0 0 1 6 2 0 0 1 1 2 0 0 7 0 0 0 0 0
Paulista 0 0 0 0 111.056 0 0 0 0 0 1 1 0 0 0 0 0 8 3 2 0 0 0 0 0 0 7 0 0 0 0 0
Recife 0 0 15 0 1.962.420 10 4 33 0 0 20 1 0 1 0 0 17 91 14 16 0 3 2 22 5 0 53 0 0 0 0 0
Camaragibe 0 0 0 0 59.966 0 0 1 0 0 0 1 0 0 0 0 0 582 0 1 0 0 0 2 0 0 4 0 0 0 0 0
Chã de Alegria 0 0 0 0 3.703 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 5 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0
Chã Grande 0 19 1 0 3.603 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
II Glória do Goitá 0 1 0 0 4.529 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Pombos 0 2.649 15 0 5.822 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
São Lourenço da Mata 0 0 0 0 32.713 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 8.526 1 0 0 0 0 1 0 0 2 0 0 0 0 0
Vitória de Santo Antão 0 9 8 0 26.608 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0
Cabo de Santo
Agostinho 0 0 8 0 30.795 0 0 1 0 0 3 0 0 0 0 0 0 2 1 0 0 0 1 1 2 0 2 0 0 0 0 0
Ipojuca 0 0 7 0 16.469 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1 0 0 1 0 1 21 0 0 0 1 0 0 0 0 0
III Itapissuma 0 0 0 0 12.235 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Jaboatão dos
Guararapes 0 1 6 0 177.719 0 0 9 0 3 7 0 0 1 0 0 2 33 2 1 0 1 0 2 1 0 9 0 0 0 1 0
Moreno 0 1 0 0 14.725 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
TOTAL 0 2.680 65 0 2.688.860 10 4 49 1 3 35 4 0 3 0 0 22 9.263 23 22 0 10 25 32 8 0 87 0 0 0 1 0

Continua
105

261640 Vitória de Santo Antão

260860 Lagoa do Ouro

261580 Tupanatinga

260220 Bom Jardim


260515 Dormentes

260780 Itaquitinga
260910 Machados
Microrregião de Saúde Município de Residência

260670 Ibirajuba
261480 Tacaratu

261240 Sanharó
261153 Quixabá

260020 Afrânio
260080 Altinho

261440 Solidão
260805 Jatobá

260560 Flores
261650 Xexéu
Abreu e Lima 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Araçoiaba 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Fernando de Noronha 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Igarassu 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
I
Ilha de Itamaracá 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0
Olinda 63 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Paulista 238 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Recife 202 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Camaragibe 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Chã de Alegria 1.394 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Chã Grande 2.566 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2
II Glória do Goitá 5.800 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Pombos 5.725 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
São Lourenço da Mata 48 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Vitória de Santo Antão 95.375 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 10 0 0
Cabo de Santo Agostinho 581 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Ipojuca 5 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
III Itapissuma 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Jaboatão dos Guararapes 624 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0
Moreno 9.051 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0
TOTAL 121.681 1 0 0 0 0 0 0 2 0 0 2 1 0 10 0 2
106

5.3.2 FLUXO DOS PROCEDIMENTOS AMBULATORIAIS DE ALTA COMPLEXIDADE

Os Serviços de Alta Complexidade, como revelam as tabelas abaixo, concentram-se no


município de Recife. Isto acontece, porque Recife é o município que concentraas Unidades
Estaduais de Referência com maior aporte tecnológico para serviços de alta complexidade.
Quadro 14: Fluxo das Internações de Alta Complexidade da I Região de Saúde. Pernambuco, 2020

Microrre
Município de Cabo de Santo Jaboatão dos
gião de Caruaru Recife Paulista Petrolina Olinda
Residência Agostinho Guararapes
Saúde

Abreu e Lima 2 0 4 541 4 0 0


Araçoiaba 0 0 2 115 0 0 0
Fernando de Noronha 0 0 0 10 0 0 0
Igarassu 4 0 5 607 3 0 0
I
Ilha de Itamaracá 0 0 1 71 1 0 0
Olinda 5 0 16 2471 12 1 0
Paulista 1 0 15 2024 17 0 0
Recife 32 0 82 10273 5 1 0
Camaragibe 2 0 6 1034 1 0 0
Chã de Alegria 0 0 1 61 0 0 0
Chã Grande 0 1 1 103 0 0 0
II Glória do Goitá 0 0 4 142 0 0 0
Pombos 0 0 2 117 0 0 0
São Lourenço da Mata 0 0 10 536 0 0 0
Vitória de Santo Antão 3 0 7 689 0 0 0
Cabo de Santo
181 0 6 997 0 0 0
Agostinho
Ipojuca 60 0 11 388 0 0 0
III Itapissuma 1 0 0 99 1 0 0
Jaboatão dos
300 0 100 3478 0 0 0
Guararapes
Moreno 5 0 1 295 0 0 0
TOTAL 596 1 274 24.051 44 2 0
5.4 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

O Sistema CMCE é um sistema próprio do Estado de Pernambuco utilizado para regular os


procedimentos estaduais ofertados à população usuária do SUS. Foi implantado em 2013, com o
início da regulação de alguns exames de alta complexidade. Atualmente é utiliz
utilizado por todos os
municípios do Estado e pelos Hospitais da Rede (Figura X).

Figura 38:Exemplo da tela do solicitante do Sistema de Regulação – CMCE,


CMCE I Região de Saúde,
Pernambuco, 2021.

Através deste sistema é possível solicitar consultas/exames, inserindo todas as informações


necessárias para análise do médico regulador, que autoriza ou não as solicitações conforme
protocolos de regulação vigentes; realiza a classificação de riscos das solicitações; insere agendas
por especialidades,
des, procedimentos e profissionais médicos; distribui cotas para cada regional de
saúde; marca o procedimento emitindo a guia de agendamento com todas as informações
necessárias para o comparecimento do paciente (dados pessoais, dia e horário do agendament
agendamento,
profissional executante, unidade solicitante, unidade executante, preparo do procedimento e
documentos pessoais necessários para atendimento); e confirma o atendimento.

Dessa forma é possível todo monitoramento dos procedimentos regulados, através da vvisualização
diária da utilização das cotas e agendas disponíveis, otimizando a execução dos procedimentos
ofertados e realizando a gestão das filas de espera.

5.5 PROCEDIMENTOS OFERTADOS

Em consonância com o desenho da Rede de Atenção à Saúde do Estado de Pernambuco e


109

por definição de linha de cuidado (Tabela 42), a Gerência de Regulação Ambulatorial regula, através
da Central Regional da I GERES, atualmente 18 Unidades Hospitalares da Rede Estadual, 01
Unidade Pernambucana de Atenção Especializada (UPAE) e 19 Unidades contratadas pela
Secretaria Estadual de Saúde para oferta de procedimentos de forma complementar ao SUS (Anexo
1).

Tabela 42. Quantitativo de Unidades de Saúde reguladas, por linha de cuidado, pela Central de
Regulação Ambulatorial de Pernambuco, I Região de Saúde, 2021.

LINHAS DE CUIDADO Nº UNIDADES


REGULADAS
ANGIOLOGIA 4
ALERGOLOGIA 3
CARDIOLOGIA 20
CIRURGIAS ELETIVAS 15
CLÍNICA MÉDICA 5
DERMATOLOGIA 16
ENDOCRINOLOGIA 17
GASTROENTEROLOGIA 18
GINECOLOGIA/OBSTETRÍCIA 25
HEMATOLOGIA 5
HEPATOLOGIA 2
INFECTOLOGIA 3
MASTOLOGIA 24
NEFROLOGIA 8
NEUROLOGIA 18
OFTALMOLOGIA 19
ONCOLOGIA 11
ORTOPEDIA 12
OTORRINOLARINGOLOGIA 18
PEDIATRIA 5
PNEUMOLOGIA 8
PROCTOLOGIA 2
REUMATOLOGIA 11
UROLOGIA 19

Fonte: Coordenação de Planejamento e Regulação da I Geres/SES

Além da equipe composta pela Gerência de Regulação Ambulatorial do Estado, há


profissionais envolvidos no processo de trabalho da Regulação Ambulatorial na Central Regional na I
GERES, fortalecendo a oferta e monitoramento dos procedimentos regulados de forma
descentralizada (Quadro 16).
110

Quadro 15:Profissionais vinculados às Centrais Regionais de Saúde do estado de Pernambuco,


2021.

CENTRAL SUBDIVISÕES PROFISSIONAIS HORÁRIO


REGIONAL

01 Coordenador

02 Técnicos

03 Médicos Autorizadores
Central Regional
08:00 às 17:00
(Gerência Estadual)
02 Apoiadores Institucionais

01 Sanitarista

01 Gerente

01 Coordenador
I GERES
01 Coordenador de TI

20 Médicos Reguladores

Central Regional
(Gerência Município Sede - 12 Supervisores 07:00 às 22:00
Recife)
18 Videofonistas

02 Secretárias

15 Técnicos Administrativos

02 Recepcionistas

Fonte: Coordenação de Planejamento e Regulação da I Geres/SES

O Complexo Regulador desempenha um conjunto de estratégias e ações, que tem o


propósito de orientar a oferta e a produção dos serviços, de modo a atender as necessidades de
saúde da população. Tais estratégias sustentam os princípios fundamentais de universalidade,
integralidade e eqüidade do SUS.

As operacionalizações das ações de regulação trazem um ganho expressivo para o Sistema


Único de Saúde ao reforçar e qualificar as funções gestoras; otimizando os recursos de custeio da
assistência, qualificando o acesso e, consequentemente, proporcionando aos usuários a melhor
oferta das ações governamentais voltadas à saúde.

Neste contexto, o governo do Estado de Pernambuco, vem desenvolvendo ações que


assegurem o direito de acesso aos serviços de saúde, de forma integral, gratuita e equânime, ao
disponibilizar a regulação dos usuários considerando suas prioridades clínicas e legais,assim como,
111

no fomento de inovações através do aprimoramento da regulação por linha de cuidado, garantindo o


princípio da regionalização preconizado pelo Decreto nº 7.508/2011, e integração da regulação
hospitalar e ambulatorial com os níveis de atenção à saúde.

5.6 FLUXO DAS INTERNAÇÕES DE MÉDIA E ALTA COMPLEXIDADE

A Central de Regulação Hospitalar é responsável por definir o acesso do usuário do SUS para
serviço de referência de acordo com o caso informado pelo médico assistente e sua coerência com
os protocolos clínicos e de acesso de urgência/ emergência vigentes por linha de cuidado.

Através de critérios regulatórios específicos, o médico regulador fará a distribuição da


demanda de solicitações da forma mais equânime possível entre os serviços disponíveis,
possibilitando assistência especializada para os casos em questão.

O processo regulatório de acesso às urgências/ emergências do estado é realizado pela


Central de Regulação Hospitalar e inicia-se com a identificação, pelo médico regulador, da gravidade
do caso. Desta forma, cabe a este profissional fazer perguntas objetivas e pertinentes para o médico
solicitante (médico assistente). Após a descrição sumária do caso, deve-se ter, pelo menos, uma
hipótese diagnóstica formulada, além de definição de qual linha de cuidado é requerida para a sua
avaliação.

Antes de gerar a senha de acesso aos serviços de urgência/emergência, o médico regulador


fará as seguintes avaliações:

a. Avaliação espacial: acesso à urgência/emergência mais próxima ao local onde se encontra


o paciente;

b. Avaliação qualitativa: avaliação das condições dos serviços de urgência/ emergência na


ocasião da solicitação da senha de acesso. Estas condições incluem: especialista disponível para
avaliação do paciente, lotação ou situações excepcionais que existam no ato da regulação;

c. Avaliação quantitativa: avaliação do total de encaminhamentos realizados, distribuindo de


forma equânime a demanda médica entre as unidades referenciadas.

Concluída esta etapa, o médico regulador deverá gerar senha de acesso à urgência/
emergência mais próxima ao local onde se encontra o paciente e com especialista disponível para
avaliação do caso. A senha de acesso (senha de urgência) gera, portanto, expectativa de
atendimento e avaliação por médico especialista em unidade dotada de urgência/emergência médica
em regime de plantão 24 horas.
112

A demanda por atendimento médico especializado em caráter de urgência/


emergência pode ser maior do que a capacidade instalada das unidades referenciadas, porém
devido a sua gravidade, não há como a senha de acesso não ser gerada, cabendo ao médico
regulador distribuir a demanda da forma mais equânime possível, evitando, a superlotação de alguns
serviços em detrimento de outros.

A Regulação do Acesso na atenção hospitalar, pela sua complexidade operacional, fica muito
facilitada quando em cada estabelecimento (solicitante e executante) é constituído um núcleo
específico para operacionalizá-la. No âmbito hospitalar, esses núcleos são identificados como: o
Núcleo Interno de Regulação (NIR), conforme Portaria GM/MS nº 3.390, de 30 de abril de 2013.

A Política Nacional de Atenção Hospitalar (PNHOSP) instituída por meio da Portaria de


Consolidação n.º 2, de 28 de setembro de 2017, em seu art. 6º, inciso IV, define e recomenda a
criação do Núcleo Interno de Regulação (NIR) nos hospitais, que deverá realizar a interface com as
Centrais de Regulação.

O Núcleo Interno de Regulação é uma unidade técnico-administrativa que possibilita


monitoramento do paciente desde a sua chegada à instituição, durante o processo de internação e
sua movimentação interna e externa, até a alta hospitalar, com um papel definido e disseminado
dentro da instituição. Apresentam como objetivo a agilidade no processo regulatório, melhoraram a
utilização de leitos de enfermaria e UTI, monitoram os indicadores hospitalares, estimulam a criação
de protocolos clínicos, sendo portanto um dispositivo de suma importância como observatório da
rede.

A Central de Regulação Hospitalar do Estado de Pernambuco possui 10 NIR’s implantados e


em funcionamento nas Unidades Hospitalares: Hospital da Restauração, Hospital Getúlio Vargas,
Hospital Otávio de Freitas, Hospital Agamenon Magalhães, Centro Integrado de Saúde Amaury de
Medeiros (CISAM), Hospital Dom Helder Câmara, Hospital Pelópidas da Silveira, Hospital Miguel
Arraes, Hospital Barão de Lucena e Hospital Universitário Oswaldo Cruz, com perspectiva de
implantação de outros 3 novos NIR's até o último quadrimestre de 2020 (Pronto socorro Cardiológico
de Pernambuco- Procape, Hospital Mestre Vitalino e Hospital Regional do Agreste).

A proposta é facilitar o processo de otimização dos leitos com a busca ativa de casos, com o
objetivo de identificar o tempo médio de permanência, bem como a evolução dos casos, a
adequação dos internados de acordo com o grau de complexidade e propor a transferência entre as
unidades do complexo e hospitais de retaguarda.
113

5.7 PROCESSO REGULATÓRIO DE ACESSO

A Central de Regulação apresenta-se como o serviço responsável pela coordenação efetiva


de toda a oferta de leitos para internações disponíveis na rede do SUS (próprios, contratados ou
conveniados), realizando o monitoramento das internações autorizadas, das vagas disponíveis e do
fluxo de pacientes encaminhados e recebidos pelas unidades solicitantes e executantes.

Como organização local a regulação da internação de leitos está na Regulação Hospitalar e o


escopo foi configurado com os leitos das diversas clínicas, de UTI e de retaguarda aos prontos-
socorros. Com a regulação prévia das internações hospitalares, o médico regulador avalia a
capacidade resolutiva do hospital de origem e apenas decide pela transferência inter hospitalar ou
intermunicipal, caso os recursos locais sejam insuficientes para o atendimento qualificado ao usuário.

Também de maneira semelhante as demais Centrais de Regulação do estado de


Pernambuco e a fim de garantir e consolidar os princípios e diretrizes do SUS, as regulações de
internações hospitalares acontecem de maneira regionalizada, onde a unidade responsável pelo
cuidado à saúde dos pacientes é definida considerando seu local de residência e linhas de cuidado
da Rede de Atenção à Saúde.

5.8 FLUXO DE REGULAÇÃO

O processo regulatório de internação ocorre quando o médico da Unidade Solicitante aciona a


Central de Regulação Hospitalar (CRH) – SES/ PE, por meio de teleatendimento ou via website.No
primeiro caso, o fluxo inicia-se com o médico da unidade solicitante que, diante da necessidade,
ligará para o número de referência estadual (0800 281 3555), solicitando atendimento para
transferência inter-hospitalar para a unidade da rede de retaguarda às emergências que possua os
recursos necessários de suporte ao perfil assistencial do paciente (leitos de enfermaria ou UTI). O
teleatendente recepciona a ligação e confere os dados obrigatórios do médico e unidade solicitante,
caso haja alguma divergência no sistema, serão realizadas as devidas validações nos sites do
CREMEPE e CNES. Não havendo nenhuma divergência, o fluxo de atendimento prossegue com o
médico regulador, que a princípio valia as informações pré-cadastradas pelo teleatendente e
conversa com o médico solicitante com a finalidade de discutir o caso clínico e necessidade de
internação. Atestada esta necessidade, o processo de regulação se conclui com o fornecimento de
uma senha com número de registro de espera para encaminhamento de acesso aos hospitais da
rede de retaguarda contratada ou conveniada.

Nos casos em que o recurso for de UTI e houver disponibilidade de vaga, o médico regulador
114

faz a reserva e aciona os enfermeiros assistentes de regulação, que realizam a teleconferência entre
unidade solicitante e executante. Caso o quadro clínico seja compatível com o leito preterido, a
unidade executante aceita o paciente na tela e a unidade solicitante transfere o paciente. Nos casos
que o recurso for de Enfermaria e ho
houver
uver disponibilidade de vaga, os enfermeiros reguladores
reservam as vagas, a unidade executante avalia o caso, aceita em tela e transfere o paciente. Nos
casos em que não haja vaga disponível de UTI ou Enfermaria, no Sistema Estadual de Regulação
Regulação-
SES/PE, no momento da regulação, o médico regulador inserirá o registro do paciente em fila de
espera, cujo quadro clínico será diariamente atualizado, até que surja o leito.

Na solicitação via web site (regulação.saúde.pe.gov.br/regulador), o médico da unidade ssolicitante


realiza o pedido de leito de retaguarda às emergências, de acordo com o recurso necessário para o
perfil assistencial do paciente e os protocolos de solicitação de leito da Central de Regulação
Hospitalar - SES/PE, enviando o pedido para análise dos médicos reguladores que estiverem de
plantão na Central de Regulação, que irão analisar e autorizar o pedido se não houver nenhuma
pendência de informação. O médico regulador discute o caso clínico com o solicitante, definindo o
recurso necessário ao perfil assistencial do paciente, e gerando um código de registro no sistema.

Caso exista a vaga de UTI disponível, o médico regulador faz a reserva da vaga e aciona os
enfermeiros assistentes de regulação, que realizam teleconferência entre unidade solicit
solicitante e
executante. Quando o quadro clínico for compatível com o leito preterido, a unidade executante
aceita o paciente na tela e a unidade solicitante transfere o paciente. Nos casos de vaga de
Enfermaria disponível, os enfermeiros reguladores reservam as vagas, a unidade executante avalia o
caso e aceita em tela. A unidade solicitante irá transferir o paciente. Nos casos em que não haja
vaga disponível de UTI ou Enfermaria, no Sistema Estadual de Regulação
Regulação-SES/PE,
SES/PE, no momento da
regulação, o médico regulador
or inserirá o registro do paciente em fila de espera, que será diariamente
atualizado o quadro clínico, até que surja o leito (Figura 39).

Figura 39:Fluxograma
luxograma da regulação dos leitos de retaguarda da Central de Regulação Hospitalar do
Estado de Pernambuco.
115

6. PLANEJAMENTO EM SAÚDE

O planejamento no Sistema Único de Saúde é uma função gestora que, além de requisito
legal, é um dos mecanismos relevantes para assegurar a unicidade e os princípios constitucionais do
SUS. Expressa as responsabilidades dos gestores de cada esfera de governo em relação à saúde
da população do território quanto à integração da organização sistêmica (BRASIL,2016).
O planejamento requer conhecimento técnico, que se expressa nos instrumentos e ferramentas
desenvolvidas em processos de trabalho. Esses instrumentos, denominados instrumentos de
planejamento do SUS, estão previstos na legislação desde o início da década de 1990 e referidos
em normas mais recentes. São eles: Plano de Saúde (PS), Programação Anual de Saúde (PAS) e
Relatório Anual de Gestão (RAG).
O PS é o instrumento central de planejamento para definição e implementação de todas as
iniciativas no âmbito da saúde de cada esfera da gestão do SUS para o período de 4 (quatro) anos.
A elaboração do PS implica em realização da análise de situação de saúde; definição de diretrizes,
objetivos, metas e indicadores e processo de monitoramento e avaliação,conforme artigo 96 da
Portaria de Consolidação nº1, de 28 de setembro de 2017.
A PAS é o instrumento que operacionaliza as intenções expressas no PS e tem por objetivo a
anualização das metas desse plano e previsão da alocação dos recursos orçamentários a serem
executados, de acordo com o artigo 97 da Portaria de Consolidação nº 1/ 2017. Tanto o PS como a
PAS deverão apresentar conformidade com os instrumentos de governo: Plano Plurianual (PPA), Lei
de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária Anual (LOA).
O RAG é o instrumento de gestão com elaboração anual que permite ao gestor apresentar os
resultados alcançados com a execução da PAS e orienta eventuais redirecionamentos que se
fizerem necessários no PS, segundo artigo 99 da Portaria de Consolidação nº1/2017.
O RDQA é um instrumento de monitoramentoe acompanhamento da execução da PAS. Deve
ser apresentado pelo gestor do SUS até o final dos meses de maio, setembro e fevereiro, em
audiência pública, na Casa Legislativa do respectivo ente da Federação.
A partir de 2018, o registro dos dados relativos aos instrumentos de planejamento por parte
dos estados, Distrito Federal e municípios passou a ser feito no DigiSUS Gestor– Módulo
Planejamento (DGMP). Regulamentado pela Portaria nº 750, de 29 de abril de 2019, o DGMP
possibilita: o registro das diretrizes, objetivos, metas e indicadores (DOMI) do PS; a anualização de
metas e registro da previsão orçamentária na PAS; e a prestação de contas das metas previstas na
PAS por meio do RAG. O DGMP, também possui campo específico para os gestores anexaram os
arquivos do PS e da PAS, bem como as resoluções do CS com os pareceres sobre os referidos
instrumentos.
Quanto aos RDQAs e RAGs, os gestores elaboram e encaminham para apreciação do CS no
116

próprio DGMP. O CS, por sua vez, aprecia o documento e insere no DGMP a resolução com o
resultado do parecer.
Visando ao monitoramento da situação de elaboração, entrega e apreciação dos instrumentos
de planejamento, este documento pretende apresentar a fotografia dos status para os municípios da
I Região de Saúde do mês de agosto, 2021.

6.1 Sobreos status apresentados nos gráficos


Os status apresentados nos gráficos e tabelas referem-se às situações dos instrumentos
de planejamento quanto à sua elaboração, encaminhamento e apreciação nos respectivos CS.
Ressalta-se que o PS e a PAS não são elaborados e encaminhados para apreciação no CS pelo
DGMP. Os gestores registram no sistema dados relativos a estes instrumentos, pressupondo- se que
já foram elaborados e encaminhados aos CS anteriormente. Diferentemente, os relatórios
(RDQAeRAG) são elaborados e encaminhados ao CS pelo DGMP, e a resolução como resultado da
apreciação é inserida no sistema pelo CS.Assim, de acordo com o Manual do usuário do DGMP
(BRASIL, 2020), observam-se os seguintes status e respectivos significados:
STATUS PS PAS RAG RDQA
A gestão encaminhou o A gestão encaminhou o A gestão encaminhou o
respectivoinstrumento ao CS, que respectivoinstrumento ao CS, que respectivoinstrumento ao CS, que
semanifestou favorável semanifestou favorável semanifestou favorável pela
Aprovado(a)
pelaaprovação, sendo que pelaaprovação, sendo que aprovação, sendo que tais
taisinformaçõesforamregistradasp taisinformaçõesforamregistradasp informaçõesforamregistradaspela
elagestãonoDGMP. elagestãonoDGMP. gestãonoDGMP.
Encaminhado pela gestão ao
CS,que se manifestou favorável.
Paraesse instrumento, não
cabeaprovaçãoounãoaprovação.O
Avaliado Nãoseaplica Nãoseaplica Nãoseaplica CSavalia e faz recomendações, caso
julguenecessário.
As informações
devemestarregistradaspelagestã
onoDGMP.
O CS aprovou o O CS aprovou o O CS aprovou o
respectivoinstrumento, mas respectivoinstrumento, mas respectivoinstrumento, mas
Aprovado(a)c
alertou paraalgum aspecto, que alertou paraalgum aspecto, que alertou paraalgum aspecto, que Nãoseaplica
omressalvas
nãonecessariamente nãonecessariamente nãonecessariamente
determinaria determinaria determinaria
adevoluçãoaogestorparaajustes. adevoluçãoaogestorparaajustes. adevoluçãoaogestorparaajustes.
A gestão encaminhou o A gestão encaminhou o Agestãoencaminhouo
respectivoinstrumento ao CS, que respectivoinstrumento ao CS, que respectivoinstrumento ao CS, que
Nãoaprova semanifestou desfavorável a semanifestou desfavorável a semanifestou desfavorável a
Nãoseaplica
do(a) aprovação, sendo que aprovação, sendo que aprovação, sendo que
taisinformaçõesforamregistradasp taisinformaçõesforamregistradasp taisinformaçõesforamregistradasp
elagestãonoDGMP elagestãonoDGMP elagestãonoDGMP
A gestão encaminhou o A gestão encaminhou o Agestãoencaminhouorespectivoins Agestãoencaminhouorespectivoins
respectivoinstrumento para respectivoinstrumento para trumento para apreciação no trumento para apreciação no
Em análise
apreciação no CS,que, por sua vez, apreciação no CS,que, por sua vez, CS,que, por sua vez, ainda não CS,que, por sua vez, ainda não
noConselho
ainda não semanifestou quanto à ainda não semanifestou quanto à semanifestou quanto à semanifestou quanto à
deSaúde
apreciação,sendo que tais apreciação,sendo que tais apreciação,sendo que tais apreciação,sendo que tais
informações informações informações informações
foramregistradaspelagestãonoDG foramregistradaspelagestãono foramregistradaspelagestãonoDG foramregistradaspelagestãonoDG
MP DGMP MP MP
A gestão acessou o campo
A gestão acessou o campo
dorespectivo instrumento no
dorespectivo instrumento no AgestãofinalizouaPASrelativaaoR AgestãofinalizouaPASrelativaaoR
Emelaboração DGMPe anualizou pelo menos
DGMPe registrou pelo menos AG DQA
uma metaou registrou algum
umadiretriz
valor na parteorçamentária
Retorno A gestão já encaminhou A gestão já encaminhou A gestão já encaminhou A gestão já encaminhou
paraajustes oinstrumentoparaapreciaçãonoCS, oinstrumentoparaapreciaçãonoCS, oinstrumentoparaapreciaçãonoCS, oinstrumentoparaapreciaçãonoCS,
quejulgounecessáriosolicitarmaisin quejulgounecessáriosolicitarmaisin quejulgounecessáriosolicitarmaisin quejulgounecessáriosolicitarmaisin
formaçõesao gestor. formaçõesao gestor. formaçõesao gestor. formaçõesao gestor.
A gestão não anualizou pelo
Agestãonãoregistroupelomenosu menosuma meta ou não registro
AgestãonãofinalizouaPASrela AgestãonãofinalizouaPASrela
Nãoiniciado(a) ma diretriz no respectivo algum valorna parte orçamentáriano
tivaaoRAG tivaaoRAG
campodoinstrumentonoDGMP respectivocampo do instrumento
noDGMP
117

6.2 RESULTADOS

6.2.1 Resultados relativos ao PMS

Quanto ao Plano Municipal de Saúde do período de 2018 à 2021 todos os municípios


apresentam os PMS aprovados.

Figura 40 - Situação dos Planos Municipais de Saúde no Sistema


Digisus. I Região de Saúde - Pernambuco, 2021.

0%

APROVADO
NÃO CONSTA

100%

Fonte: DigiSUS, dados coletados em agosto de 2021.

O sistema Digisus Gestor disponibilizou a inserção do PMS do período de 2022 à 2025.


Apenas o município de Vitória de Santo Antão está com status de “em elaboração”. De acordo com
um levantamento realizado nos dias 24 e 25 de agosto, junto aos gestores de Planejamento
Municipais, indentificou-se que 80% (16) dos municípios já iniciaram a construção do referido plano.

6.2.2 Resultados relativos à PAS

Considerando-se os status que representam registro no DigiSUS (Aprovada e Em análise no


Conselho de Saúde), observa-se que no ano de 2018 todos os municípios tiveram a PAS aprovada.
O número de municípios com a PAS aprovada no ano de 2019 foi 14, e no ano de 2020 (15). Para o
ano de 2021 apenas 8 municípios apresentaram a PAS aprovada, conforme aFigura 41. Destacam-
se os municípios que aprovaram as PAS de todos os anos do período de 2018 a 2021, são os
seguintes: Chã Grande, Glória do Goitá, Ilha de Itamaracá, Ipojuca, Itapissuma, Moreno, Vitória de
Santo Antão e Camaragibe.
118

Figura 41 -Situação da Programação Anual de Saúde no


Sistema Digisus. I Região de Saúde - Pernambuco, 2018
a 2021
20
0 1 2
15 4 2 7

10 19 4
14 15
5
8
0
PAS 2018 PAS 2019 PAS 2020 PAS 2021

Aprovado Em apreciação Não consta


Fonte: DigiSUS, dados coletados em agosto de 2021.

6.2.3 Resultados Relativos ao RDQA

Nos anos de 2018, 2019 e 2020 a maioria dos municípios apresentaram status “avaliado” ou
“em apreciação”. Verifica-se que 7 municípios ainda não submeteram o registro dos dados do 1
RDQA deste ano ao DigiSUS (Figura 42). Destaque para os municípios de Vitória de Santo Antão e
Chã Grande que apresentaram todos os 1º RDQAs com status “avaliado”no período analisado.

Figura 42 – Situação da 1º RDQA 2018, 2019, 2020 e


2021. I Região de Saúde - Pernambuco. Agosto, 2021

12
10
10
8
8 7 7
6 6 6 6
6 5 5 5

4
2 2
2 1
0 0
0
2018 2019 2020 2021

Avaliado Em Apreciação Em Elaboração Não Consta

Fonte: DigiSUS, dados coletados em agosto de 2021.


119

Ao observar o 2º RDQA dos anos de 2018, 2019 e 2020 apenas 6 municípios apresentaram
status “avaliado”, situação que chama atenção para a necessidade de alimentação do DIGISUS
(Figura 43).

Figura 43 – Situação da 2º RDQA 2018, 2019 e 2020. I


Região de Saúde - Pernambuco. Agosto, 2021

8 7 7 7
7 6 6 6 6
6 5
5 4
4
3 2
2 1
1 0
0
2018 2019 2020

Avaliado Em Apreciação Em Elaboração Não Consta

Fonte: DigiSUS, dados coletados em agosto de 2021.

Para o 3º Relatório Detalhado do Quadrimestre Anterior a situação é um pouco pior que o 2º


RDQA, com metade dos municípios com os relatórios em elaboração, ou sem está submetido so
sistema Digisus (Figura 44).

Figura 44 – Situação da 3º RDQA 2018, 2019 e 2020. I


Região de Saúde - Pernambuco. Agosto, 2021

10
8
8 7 7
6 6 6
6 5 5
4
4
2
2 1
0
0
2018 2019 2020

Avaliado Em Apreciação Em Elaboração Não Consta

Fonte: DigiSUS, dados coletados em agosto de 2021.


120

6.2.4 Resultados relativos ao RAG

Alguns municípios ainda não submeteram os RAG ao DigiSUS para apreciação no CS. Estão
como “Em Elaboração” ou “Não Consta” oito municípios no ano de 2018, sete municípios no ano de
2019 e dez municípios em 2020 (Figura 45). Destacam-se os municípios de Chã Grande, Ilha de
Itamaracá, Vitória de Santo Antão, Glória de Goitá e Itapissuma por apresentarem os RAG
aprovados de todos os anos analisados.

Figura 45 – Situação do 3º RAG dos anos de 2018 a 2020. I Região de


Saúde - Pernambuco. Agosto, 2021
20
0 1
18 2
16
8 6
14
8
12

10
5 6
8
4
6

4
6 6 5
2

0
RAG 2018 RAG 2019 RAG 2020

Aprovado Em apreciação Em elaboração Não consta

Fonte: DigiSUS, dados coletados em agosto de 2021.

6.2.5 Resultados Relativos à Pactuação Interfederativa das Metas de Indicadores

A Figura 46apresenta que os anos de 2019 e 2020 tem a mesma distribuição de municípios em
relação ao status da Pactuação Interfederativa no sistema DIGISUS. Neste período um pouco mais
da metade dos municípios da I Região de Saúde tiveram suas Pactuações homologadas pela
Secretaria Estadual de Saúde. Em relação ao ano de 2021 verificamos que um total de apenas 7
municípios estão sem registro da pactuação no Digisus. Destacamos os municípios de Glória de
Goitá, Itapissuma, Chã Grande, Ilha de Itamaracá, Moreno e Vitória de Santo Antão que
apresentaram todas as Pactuações homologadas no período analisado.
121

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