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MAPA DE SAÚDE DA
I REGIÃO DE SAÚDE DE
PERNAMBUCO
RECIFE,
SETEMBRO,2021
2
Ficha Catalográfica
Pernambuco, I Gerência Regional de Saúde - Secretaria de Saúde.
Apresentação
Sumário
1. INDICADORES SOCIODEMOGRÁFICOS E ECONÔMICOS 7
1.1 CARACTERIZAÇÃO DA REGIÃO ..............................................................................................7
1.2 LIMITES, LOCALIZAÇÃO, DIVISÕES TERRITORIAIS DA REGIÃO ..........................................8
1.2.1 Principais Rodovias ...........................................................................................................8
1.3 MUNICÍPIOS QUE COMPÕEM A I REGIÃO DE SAÚDE ......................................................... 10
1.4 INDICADORES DEMOGRÁFICOS ..........................................................................................12
1.5 GÊNERO E FAIXA ETÁRIA DA POPULAÇÃO DA I REGIÃO DE SAÚDE ............................... 15
1.6 RAÇA E COR ........................................................................................................................... 17
1.7 EDUCAÇÃO NA I REGIÃO DE SAÚDE ...................................................................................20
1.7.1 Analfabetismo .................................................................................................................... 20
1.7.2 Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) .............................................. 21
1.8 RELIGIÃO ................................................................................................................................23
1.9 A ECONOMIA DA REGIÃO ..................................................................................................... 27
1.9.1 PIB..................................................................................................................................... 27
1.9.2 PIB Per capita ................................................................................................................... 29
1.9.3 Índice de Desenvolvimento Humano Municipal - IDHM................................................. 30
1.9.3 Índice de GINI ...................................................................................................................31
1.10 TRABALHO E RENDA .......................................................................................................... 32
1.10.1 Salário Médio Mensal dos Trabalhadores Formais ..................................................... 33
1.10.2 Taxa de Desemprego ..................................................................................................... 34
1.11 DÉFICIT HABITACIONAL ..................................................................................................... 35
1.12 SANEAMENTO ......................................................................................................................36
1.12.1 Abastecimento de Água ................................................................................................ 38
1.12.2 Esgotamento Sanitário .................................................................................................. 39
1.12.3 Destino do Lixo .............................................................................................................. 42
1.13 POPULAÇÃO QUILOMBOLA NA I REGIÃO DE SAÚDE ..................................................... 44
1.14 ASSENTAMENTOS RURAIS I REGIÃO DE SAÚDE ............................................................ 45
1.15 ATIVIDADES CULTURAIS E ESPAÇOS PÚBLICOS DE LAZER .........................................45
2. INDICADORES DE SAÚDE ........................................................................................................... 47
2.1 INDICADORES DE NASCIMENTO ..........................................................................................47
2.1.1 Taxa de Natalidade...........................................................................................................47
2.1.2 Proporção de Partos Normais .........................................................................................48
2.2 INDICADORES DE MORTALIDADE ........................................................................................ 50
2.2.1 Mortalidade Geral .............................................................................................................50
2.2.2 Mortalidade Infantil .......................................................................................................... 52
2.2.3 Mortalidade Materna ........................................................................................................ 58
2.2.4 Mortalidade Geral por Capítulo - CID – 10 .....................................................................60
2.3 INDICADORES DE MORBIDADE ............................................................................................67
5
INTRODUÇÃO
Fonte: Adaptado da Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco. Plano Diretor de Regionalização. 2011.
O segundo nível da divisão administrativa são as quatro Macrorregiões de Saúde, que são
organizações territoriais compostas por Regiões de Saúde com o objetivo de ofertar ações e serviços
de saúde de média e de alta complexidade, cujos procedimentos ou ações requerem maior
tecnologia e perpassam a capacidade de apenas uma região (PERNAMBUCO, 2011) (Figura 2).
8
Fonte: DNIT,2010
Fonte:IBGE, 2020.
12
Figura 04 - Microrregiões
icrorregiões de Saúde da I Região de Saúde.. Pernambuco, 2016.
Fonte:Secretaria
Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco, 2016
Indicador Informação
Região de Saúde I Região de Saúde
Estado Pernambuco
Área Territorial 3.721,17 Km2
População 4.259.679 habitantes
Densidade demográfica 1.144,72 hab/km2
Município Sede Recife
Macrorregional de Saúde I Macrorregião
Ainda na tabela 01 pode-se observar que os municípios que apresentaram maior taxa média
geométrica de incremento anual de habitantes, registrada em 2010,são: Ipojuca (3,12%), Ilha de
Itamaracá (3,27%), Igarassu (2,17%) e o Distrito Estadual de Fernando de Noronha (2,52%).
Tabela 01 – População por município e Microrregião de Saúde nos anos de 2010 e 2020, e
taxa média geométrica de incremento anual. I Região de Saúde, 2020.
Taxa média
População População geométrica de
MUNICÍPIO
2010 2020 incremento anual
(% aa)*
Microrregião I.I 2.456.954 2.677.074
Abreu e Lima 94.429 100.346 0,59
Araçoiaba 18.156 20.733 1,85
Fernando de Noronha 2.630 3.101 2,52
Igarassu 102.021 118.370 2,17
Itamaracá 21.884 26.672 3,27
Itapissuma 23.769 26.900 1,68
Olinda 377.779 393.115 0,27
Paulista 300.466 334.376 1,37
Recife 1.537.704 1.653.461 0,78
Microrregião I.II 462.941 505.831
Camaragibe 144.466 158.899 1,16
Chã de Alegria 12.404 13.556 1,12
Chã Grande 20.137 21.815 0,90
Glória de Goitá 29.019 30.751 0,52
Pombos 24.046 27.148 0,29
São Lourenço da Mata 102.895 114.079 1,30
Vitória de Santo Antão 129.974 139.583 1,00
Microrregião I.III 966.978 1.076.774
Cabo de Santo Agostinho 185.025 208.944 1,92
Ipojuca 80.637 97.669 3,12
Jaboatão dos Guararapes 644.620 706.867 1,03
Moreno 56.696 63.294 1,43
Densidade
Taxa de
MUNICÍPIO Demográfica
Urbanização2010(%)
2020 (hab/km²)
Microrregião I.I
Abreu e Lima 724,90 91,74
Araçoiaba 196,74 84,09
Fernando de Noronha 154,55 100,00
Igarassu 333,88 92,07
Itamaracá 328,18 77,65
Itapissuma 320,19 77,08
Olinda 9.068,36 98,03
Paulista 3.086,01 100,00
Recife 7.037,61 100,00
Microrregião I.II
Camaragibe 2.821,93 100,00
Chã de Alegria 255,98 77,11
Chã Grande 237,33 67,99
Glória de Goitá 125,17 53,19
Pombos 117,84 66,58
São Lourenço da Mata 392,49 94,05
Vitória de Santo Antão 349,58 87,27
Microrregião I.III
Cabo de Santo Agostinho 414,32 90,68
Ipojuca 151,39 74,06
Jaboatão dos Guararapes 2.493,06 97,82
Moreno 289,16 88,54
46,9
53,1
Masculino feminino
Feminino Masculino
90 e +
80 e 89
70 a 79
60 a 69
50 a 59
40 a 49
30 a 39
20 a 29
10 a 19
0a9
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística/ Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas/ I GERES.
6,8
8,6 0,8
1,1
Branca Preta
Branca Preta
Amarela Parda
Amarela Parda
Indígena Sem declaração Indígena Sem declaração
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 2010/ Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 2010/
Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas, 2010. Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas, 2010.
0,2 0,0
34,5
56,1
8,1
1,0
Branca Preta
Amarela Parda
Indígena Sem declaração
1.7.1 Analfabetismo
Na tabela 05 observa-se que a microrregião com maior taxa de analfabetismo na faixa etária
de 15 anos e mais é a MR I.II (23,29%). A MR I.I apresenta a menor taxa de analfabetismo de
11,95% aproximando-se da taxa nacional. Os municípios com o pior indicador de analfabetismo são
respectivamente Chã Grande (30,8%), Glória de Goitá (29,98%) e Pombos (28,73%).
Taxa de
analfabetismo da
MUNICÍPIO/ Microrregião
população de 15
anos+
Microrregião I.I 11,95
Abreu e Lima 10,15
Araçoiaba 24,04
Fernando de Noronha 5,01
Igarassu 14,2
Itamaracá 15,34
Itapissuma 18,53
Olinda 7,03
Paulista 6,18
Recife 7,13
Microrregião I.II 23,29
Camaragibe 11,13
Chã de Alegria 24,69
Chã Grande 30,8
Glória de Goitá 29,98
Pombos 28,73
São Lourenço da Mata 15,96
Vitória de Santo Antão 21,77
Microrregião I.III 14,9
Cabo de Santo Agostinho 13,01
Ipojuca 20,64
Jaboatão dos Guararapes 9,12
Moreno 16,83
No ano de 2019 as médias do IDEB dos Anos iniciais do Ensino Fundamental e Anos Finais
do Ensino Fundamental dos municípios da I Região de Saúde, foram respectivamente: 4,9 e 4,2,
todas as duas médias abaixo dos indicadores do Brasil (5,9 e 4,9) e do estado de Pernambuco (5,1 e
4,5). Em relação ao IDEB Anos Iniciais do Ensino Fundamental o Distrito Estadual de Fernando de
Noronha apresentou o maior indicador (6,2) da Região, seguido por Itapissuma (5,9) e Jaboatão dos
Guararapes. Os municípios com menores índices da Região foram: Chã Grande (4,1), Vitória de
Santo Antão (4,2) e Chã de Alegria (4,5) (Figuras10,11 e 12).
A análise do IDEB Anos Finais do Ensino Fundamental dos municípios da área de
abrangência da I Região de Saúde mostra que o município com o melhor índice em 2019, foi
Itapissuma (5,6), seguido por Recife (4,8), Camaragibe e Fernando de Noronha ambos com (4,7).Já
o pior índice foi encontrado no município de Pombos (3,2), seguido por Chã Grande (3,4), Chã de
Alegria e Vitória de Santo Antão, ambos com (3,7). Todos esses municípios com piores IDEB estão
localizados na MR I.II (Figuras 10,11 e 12).
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística/ Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas de Pernambuco, 2020.
23
3,7
Vitória de Santo Antão 4,2
4,3
São Lourenço da Mata 4,6
3,2
Pombos 5,0
4,2
Glória de Goitá 4,7
3,4
Chã Grande 4,1
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística/ Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas de Pernambuco, 2020
3,9
Moreno
4,6
4,5
Jaboatão dos Guararapes
5,3
3,9
Ipojuca
4,8
4,2
Cabo de Santo Agostinho
5,0
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística/ Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas de Pernambuco, 2020
1.8 RELIGIÃO
1%
15%
29%
0%
3%
51,5; 52%
Esses números mostram que majoritariamente essa população professa a religião cristã
(82,8%), sejam católicos, evangélicos ou espíritas.. Tal fato reflete a predominância do cristianismo
na construção sócio histórica no continente sul
sul-americano e conseqüentemente no Brasil (ORO e
URETA, 2007). Destaca-se
se que a Assistência em Saúde no Brasil esteve vinculada com às Santas
Casas e Hospitais Filantrópicos (CASSIA MARQUES, 2011), e ainda hoje possuem grande espaço
(CANABRAVA, 2007).
Além disso, o fato de a população desse ter
território se auto-declarar
declarar cristã influencia na forma
em que se relaciona com seu corpo e sua saúde – visto que o cristianismo possui forte influência nos
aspectos relacionados a Sexualidade e Direitos Reprodutivos, por exemplo, (RIOS E TERTO
JUNIOR, 2010).
Ao observar a distribuição por municípios agrupados pelas respectivas microrregiões
identificamos que o município com maior percentual de pessoas que se declararam da religião
25
católica foi Glória de Goitá (81,8%) da MR I.II. O maior percentual de evangélicos foi encontrado no
município de Abreu e Lima da MR I.I (41,1%). Olinda apresentou os maiores percentuais de pessoas
praticantes do espiritismo e religiões afro-brasileiras (4,2%) e (1,1%) respectivamente (Figuras 14, 15
e 16).
0,2 0,7
0,0 0,0
14,9 0,0 0,0 0,0 12,4 16,3 11,7
7,6 5,3 5,9
Camaragibe Chã de Alegria Chã Grande Glória de Pombos São Lourenço Vitória de
Goitá da Mata Santo Antão
0,2 0,0
0,3 0,1
21,7 21,9 16,1 16,6
São consideradas religiões afro-brasileiras, todas as religiões que foram trazidas para o Brasil
pelos negros africanos, na condição de escravos ou religiões que absorveram ou adotaram costumes
e rituais africanos. As principais vertentes são: Candomblé, Umbanda e Xangô - Em todos estados
do Brasil, mas especificamente o Xangô do Nordeste em Pernambuco.
A maioria das religiões afro-brasileiras é relacionada com a religião yoruba e outras religiões
tradicionais africanas. Antes da abolição da escravatura em 1888, os negros escravizados fugidos
das fazendas, reuniam-se em lugares afastados nas florestas em agrupamentos ou comunidades
chamadas quilombos, depois da libertação, os africanos libertos reuniam-se em comunidades nas
cidades que passaram a chamar de candomblé. Candomblé é o nome genérico que se dá para todas
as casas de candomblé independente da nação. A palavra candomblé a princípio era usada para
designar qualquer festa dos africanos.
Em Pernambuco existem várias práticas e representações que se desenvolveram em torno
das heranças culturais deixadas pela escravidão. Ivaldo França em “Maracatus-nação:
Ressignificando velhas histórias” discute sobre as ressignificações sofridas por essa herança: Não
podemos aceitar a ideia de que a religião e a cultura afrodescendente é resultado de uma mera
transposição da África para o Brasil, sobretudo se pensarmos que a herança dos povos africanos
que para aqui vieram foram submetidas às diversas situações e contextos, que proporcionaram o
clima para mudanças e releituras das tradições trazidas para o Brasil pelos escravos. (LIMA. Ivaldo,
2005: 91)
Logo, pode-se partir do pressuposto que tanto o maracatu, o Catimbó-Jurema e outras
27
representações culturais de origem afro, tiveram seus significados originais modificados pelo
contexto histórico e pelo contato com as tradições locais.
As tradições africanas também são facilmente identificáveis no carnaval da cidade do Recife.
Sagrado e profano se misturam durante os festejos de Momo, nos quais muitas 175 agremiações
carnavalescas sofreram influências diretas das religiões afro: o Maracatu de Baque Virado, por
exemplo, em suas apresentações se utiliza de algumas características reconhecidas nos Xangôs;
clubes tradicionais de frevo e o candomblé, Dona Santa – juremeira – dirigia o Maracatu Elefante.
Manuel Costa ressalta: 70% das agremiações carnavalescas dependeram e dependem ainda do
Candomblé e da sua magia. Ainda hoje muitas delas não têm coragem de sair às ruas sem antes
preparar seus participantes com limpeza de pintos e defumadores. [...] Em número bastante
razoáveis, quase todas as agremiações foram fundadas ou são dirigidas por Pai, Mãe ou Filhos de
Santo. [...] a troça Secreta era uma troça que foi fundada por membros de duas famílias africanas:
Pai Adão e Antônio Nepomuceno (Apari) [...] O Clube das Pás, tem como presidente perpétua, Maria
do Carmo Ferraz, juremeira e Mãe de Santo residente em Campo Grande. [...] o Clube Vassourinhas,
fundado pelo povo de Candomblé, ainda hoje traz em seus cordões 90% de filhos-de-santo. [...] o
Maracatu Elefante era comandado por Maria Júlia do Nascimento (Dona Santa), velha juremeira,
neta de africanos. [...] o bloco Madeira do Rosarinho é uma agremiação esperada com grande
ansiedade entre o povo de Candomblé, era o bloco, do qual João Romão era conselheiro,
juntamente com os irmãos e alguns amigos de infância (COSTA apud SANTOS, 2010).
É nesse contexto que se torna possível a inserção da tradição negra, sua cultura, sua religião
na sociedade através de manifestações artísticas como as que ocorrem nas festas de Momo. A
população segue nas ruas ao som da batida do maracatu sem preocupar-se com qual religião aquele
movimento está ligado, no qual muitas vezes não se tem consciência de um vetor religioso em tais
manifestações. (SANTOS, 2010).
A I Região de Saúde concentra suas atividades econômicas no setor de serviços exceto pelos
municípios de Igarassu, Itapissuma e Cabo de Santo Agostinho que tem como principal atividade a o
setor da indústria (PERNAMBUCO, 2012).
Constata-se desigualdade social e de renda prevalecente em Pernambuco na Região, que
reúne em seu espaço oito dos dez municípios que possuíam em 2010 o melhor Índice de
Desenvolvimento Humano (IDH) de todo o Estado. Ao mesmo tempo, nos municípios de Araçoiaba
(RM), Chã de Alegria (MN) e Glória de Goitá (MN) existem verdadeiros bolsões de miséria, onde a
população vive em situação de pobreza absoluta.
28
Segundo Hoffman (2009), o Rendimento Domiciliar Per Capita (RDPC) é definido como a
razão entre o rendimento domiciliar e o número de moradores, excluindo as pessoas cuja condição
no domicílio é pensionista, empregado doméstico ou parente de empregado doméstico. São
considerados apenas os domicílios particulares permanentes com declaração do rendimento
domiciliar.O Produto Interno Bruto (PIB) é composto pelos valores brutos adicionados dos três
grandes setores da economia do país, Agropecuária, Indústria e Serviços (SOUZA et al. 2015). Na
tabela 06 observa-se um crescimento do PIB em todos os municípios que compõem a I GERES
entres os anos 2010 e 2018.
Neste período, o Complexo Industrial Portuário Suape, localizado entre os municípios de
Ipojuca e Cabo de Santo Agostinho, onde concentra grandes investimentos, sendo responsável em
2015 por 23% do PIB de Pernambuco, conforme a Agência Condepe/ Fidem. Como exemplo destes
investimentos está a Refinaria Abreu e Lima, o Estaleiro Atlântico Sul, o Pólo Poliéster, dentre outros,
afetando o seu território e alterando a realidade sócio-cultural, visto que se tornou um centro de
grande contingente de força de trabalho oriunda de outros estados, dos quais se somaram e
impulsionaram o crescimento desordenado daquela região.
Em relação ao período de 2010 a 2018 a Microrregião que apresentou o maior aumento do
PIB foi a MR I.I (61%). Quanto ao município com maior PIB no ano de 2018 com exceção da Capital,
foi Jaboatão dos Guararapes. E oque apresentou maior aumento no período analisado foi o
município de Olinda (63%) (Tabela 06).
29
Tabela 06 – Distribuição do Produto Interno Bruto (PIB) dos municípios que compõem a I
Região de Saúde. Pernambuco, 2010 e 2018
122.169,48, esse valor é 17,8 vezes maior do que o PIB per capita do município de Araçoiaba R$
6.877,9 (Quadro 06).
1º Ipojuca 122.169,48
2º Itapissuma 59.212,96
3º Fernando de Noronha 53.410,33
Desenvolvimento Humano (IDH) em todo o Estado. Ao mesmo tempo, nos municípios de Araçoiaba,
Chã de Alegria e Glória de Goitá existem verdadeiros bolsões de miséria, onde a população vive em
situação de pobreza absoluta como pode ser visualizado no Quadro 07.
O Índice de Gini, criado pelo matemático italiano Conrado Gini, é um instrumento para medir o
grau de concentração de renda em determinado grupo.Ele aponta a diferença entre os rendimentos
dos mais pobres e dos mais ricos. Numericamente, varia de zero a um (alguns apresentam de zero a
cem). O valor zero representa a situação de igualdade, ou seja, todos têm a mesma renda. O valor
um (ou cem) está no extremo oposto, isto é, uma só pessoa detém toda a riqueza. Na prática, o
Índice de Gini costuma comparar os 20% mais pobres com os 20% mais ricos. Na tabela a seguir
que apresenta os anos de 1991, 2000 e de 2010, verifica-se que a maioria dos municípios
32
apresentaram uma piora do indíce no ano 2000, voltando a melhorar no ano de 2010. Esta situação é
bem clara quando observa-se a média dos municípios das 3 microrregiões. Analisando o ano de
2010 verifica-se que o município com maior concentração de renda é o Recife (0,68), e do de menor
Chã de Alegria (0,44). O Município de Chã Grande apresentou a maior variação positiva para o
período (0,57 a 0,45), diminuindo a desigualdade de renda nas 3 décadas apresentadas (Tabela 07).
em que as pessoas nascem, crescem, vivem, trabalham e envelhecem”, e que são “moldadas pela
distribuição de dinheiro, poder e recursos”. Portanto, sabemos do impacto exercido por condições
materiais de vida, incluindo emprego e renda, sobre a saúde das pessoas.
Tabela 08 – Distribuição do Salário Médio dos Trabalhadores Formais dos municípios que
compõem a I Região de Saúde. Pernambuco, 2019.
Microrregião I.II
Camaragibe 1,8
Chã de Alegria 1,8
Chã Grande 1,7
Glória de Goitá 2,0
Pombos 1,6
São Lourenço da Mata 2,0
Vitória de Santo Antão
2,0
Microrregião I.III
Cabo de Santo Agostinho 2,2
Ipojuca 3,2
Jaboatão dos Guararapes 2,0
Moreno 1,8
De acordo com o IBGE o desemprego, de forma simplificada, se refere às pessoas com idade
para trabalhar (acima de 14 anos) que não estão trabalhando, mas estão disponíveis e tentam
encontrar trabalho.E o que é a Taxa de Desemprego? Também de acordo com o IBGE, essa taxa é o
percentual de pessoas na força de trabalho que estão desempregadas.
De acordo com o site de notícias UOL a taxa média de desemprego no Brasil foi de 14,7% no
primeiro trimestre do ano, uma alta de 0,8 ponto percentual na comparação com o último trimestre de
2020 (13,9%). São 14,8 milhões na fila em busca de um trabalho em todo país. “Essas são a maior
taxa e o maior contingente de desocupados de todos os trimestres da série histórica do IBGE
(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), iniciada em 2012” (Desemprego é de 14,7% e atinge
14,8 milhões, maior número desde 2012. UOL, 2021).
Para o estado de Pernambuco,a taxa de desemprego foi a maior do País, e a maior da série
histórica, com 21,3% da população com idade de trabalhar desocupada. Esses dados preocupam o
setor da saúde,uma vez que, com perda do trabalho e renda, as famílias as famílias tendem a abrir
mão do seu plano de saúde privado, sobrecarregando o SUS e aumentando a demanda pelos
serviços de saúde ofertados.
Camaragibe 14,61
Chã de Alegria 18,45
Chã Grande 8,20
Glória de Goitá 6,89
Pombos 10,43
São Lourenço da Mata 16,89
Vitória de Santo Antão
12,51
Microrregião I.III 15,73
Cabo de Santo Agostinho 16,77
Ipojuca 14,56
Jaboatão dos Guararapes 13,48
Moreno 18,10
I Região de Saúde 14,13
1.11DÉFICIT HABITACIONAL
Tabela 10: Déficit Habitacional Relativo dos municípios da IRegião de Saúde. Pernambuco, 2010.
Igarassu 11%
Ilha de Itamaracá 15%
Itapissuma 15%
Olinda 14%
Paulista 12%
Recife 13%
Microrregião I.I 15%
Camaragibe 12%
Chã de Alegria 12%
Chã Grande 8%
Glória do Goitá 9%
Pombos 11%
São Lourenço da Mata 11%
Vitória de Santo Antão 12%
Microrregião I.II 11%
Cabo de Santo Agostinho 14%
Ipojuca 18%
Jaboatão dos Guararapes 12%
Moreno 11%
Microrregião I.III 14%
Total 13%
Fonte: IBGE, 2010.
1.12SANEAMENTO
determinantes sociais que afetam a saúde da população, e alerta aos sanitaristas e gestores para
planejar ações intersetoriais
iais no sentido de garantir qualidade de vida aos (às) cidadãos (ãs).
A figura 17 apresenta
enta a proporção de domicílios com sane
saneamento
to adequado dos municípios
pertencentes a I Região de Saúde. Observa-se, que em 2010 o Distrito Estadual de Fernando de
Noronha apresentava o maior percentual de domicílios com saneamento adequado (78,12%),
seguido pelo
elo município de Recife (59,18%) e Vitória de Santo Antão ((56,18%).
56,18%).O município que
apresentou maior proporção de domicílios com saneamento semi-adequado
adequado ou inadequado foi
Araçoiaba (93,45%),, seguido pelos municípios de Ilha de Itamaracá ((88,10%)
88,10%) e Chã de Alegria
(83,66%). Chama atenção que em 2010 metade dos municípios da I Região de Saúde estavam
abaixo da média da região em relação a proporção de municípios com saneamento adequado
(38,74%).
Araçoiaba 6,55
Ilha de Itamaracá 11,9
Chã de Alegria 16,34
Igarassu 16,58
Itapissuma 23,17
Glória do Goitá 31,17
São Lourenço da Mata 33,74
Camaragibe 34,03
Ipojuca 36,78
Jaboatão dos Guararapes 38,43
Chã Grande 40,62
Abreu e Lima 43,32
Moreno 43,92
Cabo de Santo Agostinho 46,41
Pombos 49,56
Olinda 53,97
Paulista 54,25
Vitória de Santo Antão 56,18
Recife 59,75
Fernando de Noronha 78,12
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
MR I.I
Recife
Paulista
Olinda
Itapissuma
Itamaracá
Igarassu
Fernando de Noronha
Araçoiaba
Abreu e Lima
0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 80,0 90,0 100,0
A MR I.II tem como destaque os municípios de Vitória de Santo Antão e Camaragibe com os
melhores percentuais de domicílios atendidos pela rede pública geral de água (74,7%) e (69,9%),
respectivamente. Já o município de Chã Grande tem como destaque o percentual elevado de
domicílios abastecidos por poço ou nascente (34,1%), sendo este também o maior percentual entre
os 20 municípios da região.
39
MR I.II
Vitória de Santo Antão
São Lourenço da Mata
Pombos
Glória de Goitá
Chã Grande
Chã de Alegria
Camaragibe
0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 80,0 90,0 100,0
MR I.III
Moreno
Ipojuca
0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 80,0 90,0 100,0
Quando o assunto é esgotamento sanitário chama a atenção que apenas 35,0% das
propriedades da I Região de Saúde, no ano de 2010, possuíam ligação à rede geral de esgoto ou
pluvial, com agravamento que 37,6% das propriedades apresentavam a fossa rudimentar como o tipo
de esgotamento sanitário. A medida que a análise avança para as microrregiões, verifica-se que a
MRI.III apresenta o pior percentual de propriedades ligadas à rede geral de esgoto ou pluvial, no
período analisado. Já a MR I.IIapresentou,aproximadamente,9% das propriedades que não
possuíam banheiro, ou sanitário.
Ao analisar os municípios da MR I.I temos como destaque o Arquipélago de Fernando de
Noronha com o maior percentual de propriedades ligadas à rede geral de esgoto ou pluvial (58,7%),
sendo também o maior percentual da I Região de Saúde. O município da Ilha de Itamaracá
apresenta uma situação inversa, aproximadamente 85% das propriedades possuem fossa
rudimentar, percentual bem próximo ao do município de Araçoiaba (84,2%), que ainda apresenta
10% das propriedades sem banheiro ou sanitário (Figura 21).
MR I.I
Recife
Paulista
Olinda
Itapissuma
Itamaracá
Igarassu
Fernando de Noronha
Araçoiaba
Abreu e Lima
0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 80,0 90,0 100,0
A MR I.II destaca-se com o município de Vitória de Santo Antão que apresenta o segundo
melhor percentual da Região, e o primeiro da microrregião, com 56,7% das propriedades com ligação
à rede geral de esgoto ou pluvial. A preocupação para esta MRI.IIfica por conta do elevado
41
percentual de propriedades sem banheiro, ou sanitário (8,7%), taxa influenciada pelos municípios de
Glória de Goitá (25,7%), Chã Grande (23,7%) e Pombos (23,4%) (Figura 22).
MR I.II
Vitória de Santo Antão
São Lourenço da Mata
Pombos
Glória de Goitá
Chã Grande
Chã de Alegria
Camaragibe
0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 80,0 90,0 100,0
A MR I.III destaca-se por ter todos os seus 4 municípios abaixo da média da I Região de
Saúde, quando se trata de percentual de propriedades ligadas à rede geral de escoto, ou pluvial.
Outro fator de destaque é que todos os municípios apresentaram um percentual acima de 40% das
propriedades com fossa rudimentarno ano de 2010 (Figura 23).
42
MR I. III
Moreno
Ipojuca
0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 80,0 90,0 100,0
1.12.3Destino do Lixo
MR.I.I
Recife
Paulista
Olinda
Itapissuma
Itamaracá
Igarassu
Fernando de Noronha
Araçoiaba
Abreu e Lima
0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 80,0 90,0 100,0
Coletado Queimado
Enterrado Jogado em terreno baldio e logradouro
Jogado em rio, lago ou mar Outro destino
A MRI.II destaca-se das outras duas microrregiões por ter um percentual maior de domicílios
que tem como destino do lixo a queimada (8,6%), apresentando-se, neste quesito, 3,1 vezes maior
que a MR I.I e 2,8 vezes maior que a MR I.III. Este indicador tem a influência dos dados de três
municípioscom mais de 25% de domicílios que queimam o lixo, quais sejam: Pombos (28,1%), Chã
Grande (25,8%) e Glória de Goitá (24,4%) (Figura 25).
Pombos
Chã Grande
Camaragibe
0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 80,0 90,0 100,0
Coletado Queimado
Enterrado Jogado em terreno baldio e logradouro
Jogado em rio, lago ou mar Outro destino
A MRI.III não apresenta grandes destaques em relação ao destino do lixo. O que pode ser
levado em consideração é o percentual de 8% dos municípios sem coleta pública de lixo, que no ano
de 2010 correspondia a23 mil domicílios nesta situação (Figura 26).
MRI.III
Moreno
Jaboatão dos Guararapes
Ipojuca
Cabo de Santo Agostinho
Coletado Queimado
Enterrado Jogado em terreno baldio e logradouro
Jogado em rio, lago ou mar Outro destino
essa população possui baixa cobertura da Estratégia Saúde da Família e dos serviços que são
ofertados por esta.
De uma forma geral, os Assentamentos Rurais podem ser entendidos como a alocação e
transferência de um determinado grupo de famílias para um imóvel rural com o objetivo de constituir
uma nova unidade produtiva. (LEITE, 2012).
Este termo no Brasil possui compreensões diferentes quando enunciado pelo Estado – que o
compreende como delimitação de um novo espaço, de forma localizada, por base na desapropriação
e indenização de terras ociosas, além de fornecimento de crédito fundiário, conforme o receituário do
Banco Mundial – e pelos Movimentos sociais – relacionada com a necessidade e efetivação do
amplo processo de Reforma Agrária. (STÉDILE, 2012).
No território que corresponde a I Região de Saúde, existem 59 Assentamentos Rurais com
5081 famílias em 13 dos 20 municípios da região.Esse número representa 15% de famílias
assentadas do estado. Pernambuco é o terceiro maior em números de famílias assentadas do
Nordeste e o sétimo no país.
As questões de saúde referentes ao uso da terra e aos assentados estão inseridas nas
diretrizes da Política Nacional de Saúde das Populações do Campo e da Floresta (BRASIL, 2013).
De acordo com essa política, as desigualdades decorrentes da estrutura fundiária de nosso país
constituem-se em aspectos que determinam a saúde dessa população, que se evidencia mais
precária que a da população urbana, além da grande dificuldade de acesso, alto índice de
mortalidade infantil, incidência de endemias, analfabetismo e acesso a bens e serviços.
A exposição a tais fatores desperta a necessidade de um olhar diferenciado e de uma
atenção à saúde equitativa para as pessoas residentes em assentamentos e no campo no âmbito da
I Região de Saúde.
2. INDICADORES DE SAÚDE
Os indicadores de saúde são importantes, pois refletem o quadro real das condições de
saúde de uma população. Sua utilização pode orientar os gestores de saúde da I Região de Saúde
no planejamento e controle das atividades locais. O Setor da Saúde não pode ficar de fora do
momento atual, onde várias áreas estão fazendo uso crescente de recursos e condições inéditas
para a produção e comunicação de conhecimento.
12,00
MR I.I
8,00 MR I.II
MR I.III
4,00
I Região
0,00
2016 2017 2018 2019 2020*
Fonte: Sinasc, I GERES/SES/PE (dados atualizados em 19/01/2021). População: Estimada, Censo 2010 (IBGE). Nota: *O ano 2020 está
sujeito a alterações em decorrência do prazo de digitação.
A Tabela 10 apresenta a TN por município no período de 2016 a 2020. Dos 20 municípios que
fazem parte da I Região de Saúde apenas o Distrito Estadual de Fernando de Noronha (46,3%) e
Ipojuca (9,4%) tiveram aumento na taxa de natalidade, quando comparamos o ano de 2016 com o
ano de 2020. Os municípios com maiores percentuais de diminuição da TN foram: Abreu e Lima
(20,62%), Olinda (19,04%) e Pombos (19,03%).
48
Tabela 10: Distribuição da Taxa de Natalidade por Municípios e Microrregião de Saúde - I Região de
Saúde. Pernambuco, 2016 a 2020.
Fonte: Sinasc, I GERES/SES/PE (dados atualizados em 19/01/2021). População: Estimada, Censo 2010 (IBGE). Nota: *O ano 2020 está
sujeito a alterações em decorrência do prazo de digitação.
Segundo a ANS, o parto normal favorece o vínculo do bebê com a mãe, fortalece o sistema
imunológico e melhora o ritmo cardíaco e o fluxo sanguíneo do bebê, além de favorecer o
aleitamento e promover uma recuperação pós-parto mais rápida e menos dolorosa para a mãe.
O indicador “proporção de partos normais” mede a ocorrência de partos cesáreos em relação
ao total de partos realizados em um determinado município no período considerado. São dados do
SINASC, portanto, estão somados tanto os partos pagos pelo SUS como os pagos pelos planos
privados de saúde ou pelo desembolso direto.O parto normal está relacionado a menores taxas de
complicações do parto e do recém-nascido.Permite avaliar a qualidade da assistência prestada, uma
vez que o aumento excessivo de partos cesáreos, acima do padrão de 15% definido pela
Organização Mundial de Saúde (OMS), o que pode refletir um acompanhamento inadequado do pré-
natal e/ou indicações equivocadas do parto cirúrgico em detrimento do parto normal. Em geral, entre
49
70 e 80% de todas as gestantes podem ser consideradas de baixo risco no início do trabalho de
parto (OMS, 1996).
No ano de 2020 a I Região de Saúde apresentou uma proporção de partos normais um pouco
acima dos 50%. Apenas a MR I.II que apresentou uma proporção de partos normais abaixo dos 50%
(46,73%) (Figura 28).
52,00
MR I.I
48,00 MR I.II
MR I.III
44,00
I Região
40,00
2016 2017 2018 2019 2020*
2020. A I Região teve um aumento de 14,35% em 2020 relação ao ano de 2016, correspondendo a
um número aproximado de mais 6 mil óbitos. O que chama atenção é que os dados de mortalidade
deste ano ainda não estão totalmente fechados, o que supõe que esse aumento pode ser ainda
maior. Pode-se inferir que o aumento desta taxa está interligada ao aumento dos óbitos por covid-
19? Essa é uma provocação que deve ser respondida com estudos mais profundo da dinâmica dos
óbitos na I Região.
8,00 MR I.I
MR I.II
4,00 MR I.III
I Região
0,00
2016 2017 2018 2019 2020*
Fonte: SIM - I GERES/SES/PE (dados atualizados em 19/01/2021). População: Censo 2010, IBGE.
Nota: *O ano 2020 está sujeito a alterações em decorrência do prazo de digitação.
Ao analisar o comportamento dos óbitos nos municípios faz-se destaque aos municípios de
Glória de Goitá, São Lourenço da Mata e Recife, com os maiores percentuais de aumento: 28,01%,
21,26% e 19,17%, respectivamente. Por outro lado,apenas um município teve diminuição dos óbitos
quando comparado os anos de 2020 em relação a 2016: Chã de Alegria (-0,67%).
52
Tabela12 - Distribuição da Taxa de Mortalidade Geral por 1.000 hab itantes da I Região de Saúde,
por Microrregião de Saúde. Pernambuco, 2016 a 2020.
Fonte: SIM - I GERES/SES/PE (dados atualizados em 19/01/2021). População: Censo 2010, IBGE.
Nota: *O ano 2020 está sujeito a alterações em decorrência do prazo de digitação.
Segundo Nunes, (2001) a taxa de mortalidade infantil (TMI) é usada internacionalmente como o
indicador que melhor retrata o estágio de desenvolvimento econômico e social de um país ou região, isso
porque possui uma relação direta com características socioeconômicas e, consequentemente, ser
sensível às suas variações.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a taxa de mortalidade infantil permite
analisar a disponibilidade, a utilização e a eficácia dos cuidados de saúde, em especial da atenção ao
pré-natal, ao parto, ao recém-nascido e à criança no primeiro ano de vida, sendo frequentemente utilizada
para definir políticas públicas direcionadas à saúde materno-infantil (Ripsa, 2012).
Ao observar a Figura 30 verifica-se uma redução da TMI na I Região de Saúde de Pernambuco no
ano de 2020 (10,94/ 1.000 nascidos vivos), em comparação com o ano de 2016 (12,32/ 1.000 nascidos
vivos), uma redução de 11,15% no período. A redução da TMI não foi maior devido o aumento deste
indicador na MR I.II, que no ano de 2016 apresentou uma TMI 11,04/ 1.000 NV, e no ano de 2020 a
53
12,00
MR I.I
8,00
MR I.II
4,00 MR I.III
0,00 I Região
2016 2017 2018 2019 2020*
Fonte: SIM/Sinasc, I GERES/SES/PE (dados atualizados em 19/01/2021).
Nota: *O ano 2020 está sujeito a alterações em decorrência do prazo de digitação.
MR I.I
4,00 MR I.II
MR I.III
I Região
0,00
2016 2017 2018 2019 2020*
MR I.I
MR I.II
MR I.III
0,00 I Região
2016 2017 2018 2019 2020*
Fonte: SIM/Sinasc, I GERES/SES/PE (dados atualizados em 19/01/2021). Nota: *O ano 2020 está sujeito a
alterações em decorrência do prazo de digitação
A tabela 15 aponta que os municípios com maiores coeficientes de mortalidade infantil
neonatal tardia no ano de 2020 foram: Araçoiaba (3,65), Chã Grande (3,52) e Glória de Goitá
(2,82). Detacam-se o Distrito de Fernando de Noronha, Ilha de Itamaracá, Itapissuma, Châ de
Alegria e Pombos, que não apresentaram óbitos neonatal tardia no ano de 2020.
16,00
12,00 MR I.I
MR I.II
8,00
MR I.III
4,00 I Região
0,00
2016 2017 2018 2019 2020*
Abortos inseguros.
As demais estão associadas a doenças como malária ou infecção pelo HIV durante a
gravidez.
Ao verificar a figura 34 chama a atenção a queda do coeficiente de mortalidade materna
no ano de 2019 em todas as microrregiões. O indicador voltou a subir no ano de 2020, no
entanto até a data de coleta de dados, não havia óbito materno registrado na MR I.III. A tabela
17 apresenta a grande variação do indicador entre os municípios da I Região de Saúde.
100,00
80,00 MR I.I
60,00 MR I.II
40,00 MR I.III
20,00 I Região
0,00
2016 2017 2018 2019 2020*
Tabela 18: Mortalidade Proporcional por Grupos de Causas (%), segundo capítulo do CID-
10, I Região de Saúde - 2016-2020.
Tabela 19:Coeficiente de mortalidade por Aids, por 100 mil habitantes, de acordo com
município de residência. I Região de Saúde, Pernambuco, 2017 a 2020.
Tabela 20: Taxa de mortalidade específica por neoplasia de mama (por 100 mil habitantes
do sexo feminino), por município de residência, I Região de Saúde, Pernambuco, 2017 a
2020.
Tabela 21: Taxa de mortalidade específica por neoplasia do colo do útero (por 100 mil
habitantes), por município de residência, I Região de Saúde, Pernambuco, 2016 a 2020.
Tabela 22:Taxa de mortalidade específica por infarto agudo do miocárdio - IAM (por 100 mil
habitantes), por município de residência, I Região de Saúde, Pernambuco, 2016 a 2020.
Tabela 23: Taxa de mortalidade de mulheres em idade fértil (por 100 mil habitantes), por município de
residência, I Região de Saúde, Pernambuco, 2016 a 2020.
MUNICÍPIO 2016 2017 2018 2019 2020*
Abreu e Lima 58,04 75,17 73,06 59,38 82,07
Araçoiaba 89,29 68,69 68,53 77,51 47,97
Cabo de Santo Agostinho 68,85 88,33 83,34 80,67 92,16
Camaragibe 81,62 81,03 56,34 51,09 77,32
Chã de Alegria 29,56 102,77 117,13 29,10 58,02
Chã Grande 46,33 92,12 36,76 63,99 81,83
Fernando de Noronha 0,00 130,38 65,15 0,00 0,00
Glória do Goitá 70,87 32,10 38,43 63,83 82,60
Igarassu 73,04 68,77 50,22 54,59 67,05
Ipojuca 74,50 92,11 62,69 67,88 97,25
Itamaracá 55,58 81,93 36,35 71,54 26,41
Itapissuma 108,50 99,75 61,23 60,66 90,17
Jaboatão dos Guararapes 68,63 66,79 59,28 64,83 63,34
Moreno 104,66 103,74 59,59 43,55 80,22
Olinda 75,35 71,89 59,35 58,31 80,93
Paulista 67,40 58,76 58,05 66,71 59,40
Pombos 66,13 36,65 80,44 65,68 58,25
Recife 65,01 60,60 55,34 60,15 73,35
São Lourenço da Mata 71,75 76,38 58,88 63,58 90,40
Vitória de Santo Antão 68,95 57,33 54,40 36,05 66,15
Total 68,81 67,12 58,64 61,06 72,87
Fonte: SIM, I GERES/SES/PE (dados atualizados em 19/01/2021). População: Estimada, Censo 2010 (IBGE) - pessoas do
sexo feminino.Nota: *O ano 2020 está sujeito a alterações em decorrência do prazo de digitação.
67
Tabela 24: Taxa de Incidência de Dengue (Por 100.000 Hab), segundo município de
residência, I Região de Saúde - Pernambuco, 2017 a 2020.
Tabela 25: Taxa de detecção de Hanseníase (Por 100.000 Hab), segundo município de
residência, I Região de Saúde - Pernambuco, 2017 a 2020.
Tabela27: Taxa de Incidência de Hepatite B, por 100 mil habitantes, segundo município de
residência, I Região de Saúde - Pernambuco, 2017 a 2020.
Tabela28: Taxa de Incidência de Hepatite C, por 100 mil habitantes, segundo município de
residência, I Região de Saúde - Pernambuco, 2017 a 2020.
Tabela 29: Taxa de incidência de Leishmaniose Visceral (por 100.000 hab), segundo
município de residência, I Região de Saúde - Pernambuco, 2017 a 2020.
Tabela 31: Taxa de incidência de Aids, por 100 milhabitantes, segundo município de
residência, I Região de Saúde - Pernambuco, 2017 a 2020.
Município Nº de Visitas
domiciliar
MR I.I 2.714.362
Abreu e Lima 39.046
Araçoiaba 33.858
Fernando de Noronha 9.896
Igarassu 254.720
Itamaracá 39.802
Itapissuma 56.881
Olinda 554.442
Paulista 961.973
Recife 763.744
MR I.II 894.296
Camaragibe 183.499
Chã de Alegria 56.863
Chã Grande 64.457
Glória de Goitá 86.430
Pombos 61.195
São Lourenço da Mata 118.926
Vitória de Santo Antão 322.926
MR I.III 947.492
Cabo 174.108
Ipojuca 294.644
Jaboatão dos Guararapes 352.183
Moreno 126.557
I REGIÃO 4.556.150
Fonte:SISAB, 2021
77
Tabela 34: Proporção de nascidos vivos em mães com sete ou mais consultas pré-natal nos
municípios da I Região de Saúde nos anos de 2016 a 2020. Pernambuco, 2021.
Fonte:SEPLAG-SESPE
79
Tabela 37: Cobertura populacional estimada de saúde bucal na Atenção Básica nos
municípios da I Região de Saúde. Pernambuco, 2021.
O ACS tem um papel importante na ESF. Ele é um membro da equipe que faz parte
da comunidade, o que permite a criação de vínculos, propiciando o contato direto com a
equipe de atenção primária.
A cobertura populacional de Agentes Comunitários de Saúde (ACS) na I Regional de
Saúde é de 68,3%. O número de ACS deve ser suficiente para cobrir 100% da população
cadastrada, porém apenas 30% dos nossos municípios atingem este percentual.
Este Indicador mede a cobertura do PACS e reflete a oferta de serviços prestados
pelo ACS. (DAB)
83
TABELA 39: Número de Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica (NASF-
AB) nos municípios da I Região de Saúde. Pernambuco, 2021.
MUNICÍPIOS MICRORREGIÃO Nº
I Equipes
Abreu e Lima -
Araçoiaba 01
Fernando de Noronha 01
Igarassu 02
Itamaracá -
Itapissuma 01
Olinda -
Paulista 03
Recife 20
MUNICÍPIOS MICRORREGIÃO
II
Camaragibe 05
Chã de Alegria 01
Chã Grande 01
Glória de Goitá 01
Pombos 01
São Lourenço da Mata 01
Vitória de Santo Antão 05
MUNICÍPIOS MICRORREGIÃO
III
Cabo 02
Ipojuca 02
Jaboatão dos Guararapes 08
Moreno 01
I REGIÃO 56
Fonte: DATASUS
85
Tabela 41:Razão de mamografias realizadas na faixa etária de 50-69 anos nos municípios
da I Região de Saúde nos anos de 2016 a 2020. Pernambuco, 2021.
tecnológicas que, integradas por meio de sistemas de apoio técnico, logístico e de gestão,
buscam garantir a integralidade do cuidado (MS, 2010). No entanto, a Organização
Panamericana da Saúde 2011 refere que as redes regionalizadas e integradas de atenção à
saúde oferecem condições estruturalmente mais adequadas para efetivação da
integralidade da atenção reduzindo, assim, os custos dos serviços por imprimir uma maior
racionalidade sistêmica na utilização dos recursos.
As RAS são estabelecidas, oficialmente, segundo o anexo da Portaria GM nº
4.279/2010 que as instituiu no SUS. Dentre os seus objetivos estão a melhoraria da
qualidade da atenção; a qualidade de vida das pessoas usuárias; os resultados sanitários do
sistema de atenção à saúde; a eficiência na utilização dos recursos e a equidade em saúde
(ROSEN e HAM, 2008).
Diante disso, observa-se que a expectativa dos gestores da Região de Saúde quanto
ao funcionamento das redes refere-se aos benefícios para racionalizar gastos, otimizar
recursos e promover uma atenção condizente com as necessidades dos usuários. O
principal desafio é construir uma rede com resolutividade, diante dos desafios existentes
relacionados à insuficiência de recursos decorrentes do baixo financiamento público, aos
processos de formação e educação e captação de recursos humanos na região e às
dificuldades da descentralização de ações e serviços de saúde.
As redes estão sendo vistas como propostas para administrar políticas e projetos em
que os recursos são escassos e os problemas complexos; onde há interação de agentes
públicos e privados; onde se manifesta uma crescente demanda por benefícios e por
participação dos cidadãos (FLEURY e OUVERNEY, 2007). Elas não são simplesmente um
arranjo poliárquico entre diferentes atores dotados de certa autonomia, mas um sistema que
busca, deliberadamente, no plano de sua institucionalidade, aprofundar e estabelecer
padrões estáveis de interrelações.
São vantagens apresentadas pelas Redes de Atenção a Saúde:
capacidade de aprendizagem, o funcionamento como canais de difusão de
conhecimentos e a utilização das informações existentes para produzir novos
conhecimentos;
legitimação e status, a criação de vínculos diversificados entre atores, e
organizações permite reduzir as incertezas nas políticas e nos programas;
benefícios econômicos porque relações de intercâmbio possibilitam ganhos
de escala, com redução de custos e melhoria da qualidade (PODOLNY e
PAGE, 1998).
Os Municípios que compõem a I Região de Saúde apresentam Redes de Atenção a
Saúde com estruturas diferenciadas a depender de sua capacidade.
88
3.6.1Rede Cegonha
A Rede Cegonha consiste numa rede de cuidados que visa assegurar à mulher o
direito ao planejamento reprodutivo, atenção humanizada à gravidez, ao parto e ao
puerpério e o direito à criança ao nascimento seguro, ao crescimento e ao desenvolvimento
saudáveis.
Figura 36: Maternidades da rede cegonha com produtividade a partir de 500 partos/ano na I
Região de Saúde. Pernambuco, 2021.
rede a fim de oferecer uma resposta adequada com garantia da equidade e da integralidade
do cuidado.
Assim, o Fluxo da Assistência Integral às Urgências obedece ao modelo
abaixo na lógica dos 4 (quatro) níveis de Atenção, segundo Resolução CIB/PE nº 1.797, de
19 de novembro de 2011, que define as competências e atribuições da gestão considerando
a abrangência territorial.
O trabalho em rede é uma condição essencial dessa nova abordagem, pois a base
real e o suporte da atenção integral à crise é a rede ampla de assistência e reabilitação que
sustentam os projetos terapêuticos de cada usuário em sua comunidade e território,
incluindo, principalmente, a atenção básica e os próprios recursos da comunidade (Zeferino
et al, 2015).
Nesse sentido, a RAPS foi idealizada para garantir o acesso da população aos
serviços de saúde mental, fomentando o fortalecimento progressivo do trabalho em rede,
90
4.2.1 EQUIPAMENTOS
Equipamento para
Eletroencefalógraf
Computadorizado
Eletrocardiógrafo
Odontológico
Hemodiálise
Ressonância
Mamógrafo
Tomógrafo
Magnética
Ultrassom
Completo
Equipo
Raio X
Município Total
o
Abreu e Lima 1 4 - - 6 20 4 - 35
Araçoiaba - 1 - - 2 5 1 - 9
Cabo de Santo Agostinho 2 20 2 1 31 54 21 3 57 191
Camaragibe 2 15 1 - 5 179 4 - 206
Chã de Alegria - - - - 1 6 - 1 - 8
Chã Grande 1 4 - - 1 9 3 - - 18
Fernando de Noronha - 3 - - 1 2 5 - - 11
Glória do Goitá - 1 - - 1 11 1 - - 14
Igarassu - 4 - - 7 33 9 - - 53
Ilha de Itamaracá - 3 - - - 12 1 - - 16
Ipojuca 1 12 1 1 15 28 19 1 - 78
Itapissuma - 1 - - - 14 1 - - 16
Jaboatão dos Guararapes 4 94 3 1 32 147 41 2 64 388
Moreno 2 9 - - 8 18 7 2 2 48
Olinda 1 16 1 1 12 50 31 1 45 158
Paulista 5 25 3 2 14 55 29 1 48 182
Pombos - 4 - - 3 12 2 - - 21
Recife 22 279 37 260 212 293 383 24 569 2.079
São Lourenço da Mata 2 4 - - 3 22 6 - - 37
Vitória de Santo Antão 4 17 4 2 8 46 10 - 6 97
Total 47 516 52 268 362 1.016 578 35 791 3.665
Fonte: Ministério da Saúde - Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde do Brasil - CNES
4.2.2 PROFISSIONAIS
Nos quadros abaixo se observa a distribuição de profissionais que atendem ao SUS na I Região de Saúde. É perceptível que os
profissionais se concentram na região metropolitana, onde se encontra o polo biomédico do estado.
Quadro 12: Distribuição de profissionais que atendem ao SUS da I Região de Saúde, Pernambuco, 2020.
Município
Assistente social
Gineco Obstetra
Cirurgião Geral
Fonoaudiólogo
Fisioterapeuta
Farmacêutico
Nutricionista
Enfermagem
Enfermagem
Clínico Geral
Radiologista
Anestesista
Enfermeiro
Auxiliar de
Sanitarista
Técnico de
Médico de
Psiquiatra
Psicólogo
Cirurgião
Pediatra
dentista
Família
Outros
Abreu e Lima 9 - 25 20 27 24 8 8 - 28 30 73 10 5 4 10 14 24 - 125
Araçoiaba - - 3 1 6 - 1 1 - 2 6 13 6 2 1 1 2 2 - 41
Cabo de Santo Agostinho 42 30 170 34 64 76 17 30 - 247 106 357 104 20 39 26 58 40 12 796
Camaragibe 11 1 54 25 48 32 11 12 - 25 88 151 18 7 10 5 33 30 22 236
Chã de Alegria - - 8 1 5 1 1 1 - 1 5 12 4 1 1 1 1 - - 30
Chã Grande 1 3 18 1 15 - 1 - - 2 12 22 4 1 3 2 5 4 - 45
Fernando de Noronha - - 9 1 1 1 1 1 - 1 2 15 2 1 1 1 2 3 - 13
Glória do Goitá - 1 19 2 9 3 3 2 - 3 14 28 3 2 3 - 2 4 - 58
Igarassu 3 2 95 11 31 36 8 6 - 51 44 126 19 6 9 11 11 25 1 238
Ilha de Itamaracá - - 21 - 9 1 10 - - 2 12 39 6 - 2 6 6 14 - 73
Ipojuca 11 2 141 26 22 27 9 16 - 61 74 134 22 9 9 12 16 17 - 376
Itapissuma - - 16 2 11 2 4 - - 4 15 28 8 3 5 4 2 9 - 65
Jaboatão dos Guararapes 79 40 455 120 150 268 17 57 1 511 240 648 130 53 53 61 88 83 - 1238
Moreno 12 1 17 2 14 2 2 4 - 64 26 52 21 4 6 4 5 6 1 120
Olinda 33 13 228 59 53 100 10 8 - 142 75 286 63 6 18 26 26 30 8 632
Paulista 33 37 183 11 46 42 5 36 - 212 87 335 70 12 39 34 32 35 3 729
Pombos 1 2 21 - 16 1 2 2 - 4 16 26 4 3 3 1 2 5 - 56
Recife 1668 821 2553 983 307 1550 228 689 11 6840 624 6411 1573 314 644 627 646 621 171 12358
São Lourenço da Mata 9 9 72 12 34 38 10 4 - 29 28 107 22 6 8 5 13 17 - 196
Vitória de Santo Antão 16 14 78 45 35 61 9 17 1 73 68 210 59 26 33 13 20 45 - 439
Total 1928 976 4186 1356 903 2265 357 894 13 8302 1572 9073 2148 481 891 850 984 1014 218 17864
Fonte: Ministério da Saúde - Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde do Brasil – CNES.
5. REGULAÇÃO EM SAÚDE NA I REGIÃO DE SAÚDE DE PERNAMBUCO
Este CREPE faz parte da Secretaria Executiva de Regulação (SERS) que tem como missão
propor, coordenar e desenvolver a Política de Regionalização, Monitoramento, Controle e Avaliação
da Gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) de Pernambuco em conjunto com as demais áreas da
SES e da Diretoria Geral de Fluxos Assistenciais (DGFA), a qual tem como atribuições reformular e
executar a Política Estadual de Regulação Assistencial, que busca articular com a rede de saúde as
melhorias necessárias para dar agilidade aos processos regulatórios; participar da organização e
qualificação da rede assistencial; definir os fluxos de acesso dos pacientes aos serviços do SUS e
assessorar tecnicamente os municípios na implantação e implementação das Centrais Municipais de
Regulação.
De modo geral, o fluxo da regulação ambulatorial inicia-se nas unidades básicas de saúde,
onde o médico avalia a necessidade de encaminhar o paciente a consulta especializada ou exames
complementares, preenchendo a ficha de solicitação de referência. A solicitação é encaminhada à
Secretaria Municipal de Saúde (SMS), que insere o pedido no sistema informatizado de regulação,
onde os profissionais reguladores de cada central analisam as solicitações inseridas, autorizam ou
não as mesmas, conforme protocolos vigentes e classificam a prioridade para marcação. Após
autorização, conforme a disponibilidade de agenda, a SMS marca o procedimento, levando em
consideração o grau de prioridade do paciente e tempo de espera no sistema, informando-o sobre o
agendamento (Figura 37).
98
Figura 37:Fluxo
Fluxo da regulação ambulatorial na I Região de Saúde,, Pernambuco, 2021.
A análise a respeito da utilização dos serviços de média e alta complexidade poderá subsidiar
a identificação de vazios assistenciais bem como demonstrar se há necessidade de
redimensionamento da oferta de serviços. O objetivo é contemplar, de maneira integral e equânime,
as necessidades da população ofertando o caminho mais oportuno na resposta da necessidade do
cidadão com ações e serviços de saúde integrados.
100
As demandas da Região para média complexidade são atendidas dentro da própria região,
principalmente nos municípios de Recife, Cabo de Santo Agostinho, Abreu e Lima , Paulista e Olinda.
5.3.1FLUXO DOS PROCEDIMENTOS AMBULATORIAIS DE MÉDIA COMPLEXIDADE
Quadro 13: Fluxo dos Procedimentos Ambulatoriais de Média Complexidade da I Região de Saúde. Pernambuco, 2020
260310 Cachoeirinha
260270 Buenos Aires
260050 Águas Belas
260345 Camaragibe
260170 Belo Jardim
260040 Água Preta
260120 Arcoverde
260105 Araçoiaba
260030 Agrestina
260110 Araripina
260140 Barreiros
260190 Bezerros
260100 Angelim
260090 Amaraji
260330 Calçado
260200 Bodocó
260070 Aliança
260320 Caetés
260240 Brejão
Abreu e Lima 20.586 0 0 0 0 0 0 0 0 0 7 0 0 0 0 0 0 0 0 0 16 0 0 0 19 0
Araçoiaba 17 0 0 0 0 0 0 0 3.918 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0
Fernando de Noronha 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Igarassu 146 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 16 0 1 0 3 0
I
Ilha de Itamaracá 107 0 0 0 0 0 0 0 46 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0
Olinda 155 2 0 0 0 0 0 0 0 0 6 0 2 0 30 2 0 0 0 0 63 0 0 0 9 0
Paulista 1.100 4 0 0 0 0 0 0 0 0 3 0 1 0 0 0 0 0 0 0 30 0 0 0 40 0
Recife 85 33 0 1 0 0 0 0 0 0 55 0 1 20 1 6 2 0 0 0 943 0 1 0 361 0
Camaragibe 39 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 35 0 0 0 59.999 0
Chã de Alegria 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 0
Chã Grande 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 0 0 0 0 0
II Glória do Goitá 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4 0 0 0 0 0
Pombos 5 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 9 0 0 0 0 0
São Lourenço da Mata 128 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 41 0 0 0 188 0
Vitória de Santo Antão 6 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 2 0 0 0 0 0 0 56 0 0 0 1 0
Cabo de Santo Agostinho 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 8 0 0 0 0 0 0 138.825 0 0 0 1 0
Ipojuca 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 10.800 0 0 0 0 0
III Itapissuma 223 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0
Jaboatão dos Guararapes 11 11 0 0 0 0 0 0 0 0 9 0 0 3 0 0 0 0 0 0 4.717 0 0 0 36 0
Moreno 6 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 45 0 0 0 1 0
TOTAL 22.618 51 0 1 0 2 0 0 3.964 0 84 0 4 34 31 9 2 0 0 0 155.608 0 2 0 60.659 0
Continua
102
260600 Garanhuns
Município de Residência
260590 Gameleira
260380 Capoeiras
260470 Correntes
260740 Itacuruba
Saúde
260550 Ferreiros
260415 Casinhas
260680 Igarassu
260570 Floresta
260410 Caruaru
260640 Gravatá
260490 Cumaru
260400 Carpina
260720 Ipojuca
260620 Goiana
260520 Escada
260480 Cortês
260750 Itaíba
260730 Ipubi
260700 Inajá
260650 Iati
Abreu e Lima 0 0 26 18 0 0 1 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 1 0 1 0 0 1.905 0 0 0 0 0
Araçoiaba 0 0 1.281 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 80 0 0 0 0 0
Fernando de Noronha 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1.580 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Igarassu 0 0 720 4 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 24.156 0 0 0 0 0
I
Ilha de Itamaracá 0 0 1 2 0 0 0 0 0 0 7 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 121 0 0 0 0 0
Olinda 0 0 15 90 0 0 6 0 0 0 3 0 0 0 0 1 0 4 0 3 4 0 114 0 0 1 0 0
Paulista 0 0 10 69 0 0 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 8 0 42 2 0 494 0 0 0 0 0
Recife 0 0 351 819 0 0 15 0 0 0 68 0 1 0 0 1 5 178 0 3 50 0 117 0 6 1 0 0
Camaragibe 0 0 33 1.130 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 11 0 0 0 0 0
Chã de Alegria 0 0 311 15 0 1.236 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 5 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Chã Grande 0 0 0 26 0 0 4.390 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 26 0 0 0 0 0 0 0
II Glória do Goitá 0 0 187 7 0 5 0 0 0 0 1 3 0 0 0 0 0 0 4.129 0 1 0 0 0 0 0 0 0
Pombos 0 0 0 16 0 0 7 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 6 0 0 0 0 0 0 0
São Lourenço da Mata 0 0 6.357 12 0 6 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 8 0 1 0 0 0 0 0
Vitória de Santo Antão 0 0 4 1.043 0 0 4 0 0 0 3 0 0 0 0 0 0 1 4 0 12 0 2 0 0 0 0 0
Cabo de Santo Agostinho 0 0 7 20 0 0 0 0 0 0 31 0 0 0 0 0 0 2 0 0 4 0 1 0 0 0 0 0
Ipojuca 0 0 1 25 0 0 1 0 0 0 8 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 22.871 0 0 0
III Itapissuma 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 166 0 0 0 0 0
Jaboatão dos Guararapes 0 0 212 111 0 0 5 0 0 0 12 0 0 0 0 0 1 22 0 3 16 0 26 0 0 0 0 0
Moreno 0 0 176 14 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0
TOTAL 0 0 9.692 3.422 0 1.247 4.432 0 0 0 136 4 1.581 0 0 2 7 223 4.138 52 132 0 27.195 0 22.877 2 0 0
Continua
103
260900 Macaparana
261030 Paranatama
261100 Petrolândia
Município de Residência
260775 Itapissuma
260760 Itamaracá
261090 Pesqueira
Saúde
261060 Paudalho
261000 Palmares
261110 Petrolina
260890 Limoeiro
260990 Ouricuri
260795 Jaqueira
261070 Paulista
260940 Moreno
260800 Jataúba
261050 Passira
260840 Jurema
260765 Itambé
260880 Lajedo
260960 Olinda
260825 Jucati
260830 Jupi
Abreu e Lima 0 0 0 15 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 15 0 861 0 0 0 0 0 2.394 0 0 1
Araçoiaba 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 6 8 68 0 0 0 0 7 220 0 0 0
Fernando de Noronha 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Igarassu 0 0 6 9 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 5 0 17 0 484 0 1 0 0 0 1.691 0 0 0
I Ilha de Itamaracá 4.611 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 492 0 2 0 0 0 286 0 0 0
Olinda 0 0 0 161 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 39 1 59 1 165.692 0 74 0 0 2 5.511 0 0 11
Paulista 0 0 8 128 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 11 0 32 1 10.770 0 42 0 0 10 171.297 0 0 2
24 32 12
Recife 0 0 6 8.285 2 0 0 6 0 0 0 0 0 0 0 5 1 297 5 2.170 9 2 0 0 2 1.201 0 2 41
Camaragibe 0 0 0 64 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 16 0 43 0 18 0 4 0 0 3 72 0 0 3
Chã de Alegria 0 0 0 6 0 0 0 0 0 0 0 0 5 0 0 6 0 8 0 0 0 0 0 0 53 3 0 0 0
Chã Grande 0 0 0 6 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 21 0 0 0 3 0 0 0 0 0 0 0
23
II Glória do Goitá 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 6 67 0 0 6 0 10 0 22 0 1 0 0 5 0 0 0 0
Pombos 0 0 0 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 7 0 16 0 0 0 1 0 0 0 2 0 0 0
12
São Lourenço da Mata 0 0 0 54 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 17 0 41 0 17 0 2 0 2 2 26 0 0 2
Vitória de Santo Antão 0 0 0 22 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 24 0 113 1 3 0 7 0 0 14 11 0 0 1
Cabo de Santo Agostinho 0 0 0 1.775 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 6 0 23 0 7 0 34 1 0 0 10 0 0 2
Ipojuca 0 0 0 827 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4 0 8 0 5 1 57 0 0 0 16 0 0 1
III Itapissuma 0 0 4.965 4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 14 0 0 0 0 2 336 0 0 1
15
Jaboatão dos Guararapes 0 0 3 345.769 0 0 0 7 0 0 0 0 0 0 0 53 0 580 0 127 1 8 0 0 8 95 0 1 8
Moreno 0 0 0 326 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 0 8.790 1 5 0 3 0 0 0 3 0 0 0
68 71 34
TOTAL
4.611 0 4.989 357.456 4 0 0 16 0 0 0 6 72 0 0 4 2 10.081 17 180.755 11 1 1 2 8 183.174 0 3 73
Continua
104
261485 Tamandaré
261210 Salgadinho
261140 Primavera
261420 Sirinhaém
261530 Timbaúba
261510 Terezinha
261620 Vertentes
261220 Salgueiro
261540 Toritama
261560 Trindade
261450 Surubim
261150 Quipapá
261630 Vicência
261320 São João
261410 Sertânia
261130 Pombos
261400 Serrita
261160 Recife
261120 Poção
261230 Saloá
Abreu e Lima 0 0 0 0 43.806 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 6 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Araçoiaba 0 0 0 0 4.962 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Fernando de Noronha 0 0 0 0 252 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Igarassu 0 0 0 0 41.233 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0
I
Ilha de Itamaracá 0 0 4 0 6.446 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Olinda 0 0 1 0 129.798 0 0 2 0 0 3 0 0 1 0 0 1 6 2 0 0 1 1 2 0 0 7 0 0 0 0 0
Paulista 0 0 0 0 111.056 0 0 0 0 0 1 1 0 0 0 0 0 8 3 2 0 0 0 0 0 0 7 0 0 0 0 0
Recife 0 0 15 0 1.962.420 10 4 33 0 0 20 1 0 1 0 0 17 91 14 16 0 3 2 22 5 0 53 0 0 0 0 0
Camaragibe 0 0 0 0 59.966 0 0 1 0 0 0 1 0 0 0 0 0 582 0 1 0 0 0 2 0 0 4 0 0 0 0 0
Chã de Alegria 0 0 0 0 3.703 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 5 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0
Chã Grande 0 19 1 0 3.603 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
II Glória do Goitá 0 1 0 0 4.529 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Pombos 0 2.649 15 0 5.822 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
São Lourenço da Mata 0 0 0 0 32.713 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 8.526 1 0 0 0 0 1 0 0 2 0 0 0 0 0
Vitória de Santo Antão 0 9 8 0 26.608 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0
Cabo de Santo
Agostinho 0 0 8 0 30.795 0 0 1 0 0 3 0 0 0 0 0 0 2 1 0 0 0 1 1 2 0 2 0 0 0 0 0
Ipojuca 0 0 7 0 16.469 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1 0 0 1 0 1 21 0 0 0 1 0 0 0 0 0
III Itapissuma 0 0 0 0 12.235 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Jaboatão dos
Guararapes 0 1 6 0 177.719 0 0 9 0 3 7 0 0 1 0 0 2 33 2 1 0 1 0 2 1 0 9 0 0 0 1 0
Moreno 0 1 0 0 14.725 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
TOTAL 0 2.680 65 0 2.688.860 10 4 49 1 3 35 4 0 3 0 0 22 9.263 23 22 0 10 25 32 8 0 87 0 0 0 1 0
Continua
105
261580 Tupanatinga
260780 Itaquitinga
260910 Machados
Microrregião de Saúde Município de Residência
260670 Ibirajuba
261480 Tacaratu
261240 Sanharó
261153 Quixabá
260020 Afrânio
260080 Altinho
261440 Solidão
260805 Jatobá
260560 Flores
261650 Xexéu
Abreu e Lima 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Araçoiaba 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Fernando de Noronha 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Igarassu 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
I
Ilha de Itamaracá 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0
Olinda 63 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Paulista 238 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Recife 202 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Camaragibe 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Chã de Alegria 1.394 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Chã Grande 2.566 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2
II Glória do Goitá 5.800 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Pombos 5.725 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
São Lourenço da Mata 48 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Vitória de Santo Antão 95.375 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 10 0 0
Cabo de Santo Agostinho 581 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Ipojuca 5 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
III Itapissuma 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Jaboatão dos Guararapes 624 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0
Moreno 9.051 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0
TOTAL 121.681 1 0 0 0 0 0 0 2 0 0 2 1 0 10 0 2
106
Microrre
Município de Cabo de Santo Jaboatão dos
gião de Caruaru Recife Paulista Petrolina Olinda
Residência Agostinho Guararapes
Saúde
Dessa forma é possível todo monitoramento dos procedimentos regulados, através da vvisualização
diária da utilização das cotas e agendas disponíveis, otimizando a execução dos procedimentos
ofertados e realizando a gestão das filas de espera.
por definição de linha de cuidado (Tabela 42), a Gerência de Regulação Ambulatorial regula, através
da Central Regional da I GERES, atualmente 18 Unidades Hospitalares da Rede Estadual, 01
Unidade Pernambucana de Atenção Especializada (UPAE) e 19 Unidades contratadas pela
Secretaria Estadual de Saúde para oferta de procedimentos de forma complementar ao SUS (Anexo
1).
Tabela 42. Quantitativo de Unidades de Saúde reguladas, por linha de cuidado, pela Central de
Regulação Ambulatorial de Pernambuco, I Região de Saúde, 2021.
01 Coordenador
02 Técnicos
03 Médicos Autorizadores
Central Regional
08:00 às 17:00
(Gerência Estadual)
02 Apoiadores Institucionais
01 Sanitarista
01 Gerente
01 Coordenador
I GERES
01 Coordenador de TI
20 Médicos Reguladores
Central Regional
(Gerência Município Sede - 12 Supervisores 07:00 às 22:00
Recife)
18 Videofonistas
02 Secretárias
15 Técnicos Administrativos
02 Recepcionistas
A Central de Regulação Hospitalar é responsável por definir o acesso do usuário do SUS para
serviço de referência de acordo com o caso informado pelo médico assistente e sua coerência com
os protocolos clínicos e de acesso de urgência/ emergência vigentes por linha de cuidado.
Concluída esta etapa, o médico regulador deverá gerar senha de acesso à urgência/
emergência mais próxima ao local onde se encontra o paciente e com especialista disponível para
avaliação do caso. A senha de acesso (senha de urgência) gera, portanto, expectativa de
atendimento e avaliação por médico especialista em unidade dotada de urgência/emergência médica
em regime de plantão 24 horas.
112
A Regulação do Acesso na atenção hospitalar, pela sua complexidade operacional, fica muito
facilitada quando em cada estabelecimento (solicitante e executante) é constituído um núcleo
específico para operacionalizá-la. No âmbito hospitalar, esses núcleos são identificados como: o
Núcleo Interno de Regulação (NIR), conforme Portaria GM/MS nº 3.390, de 30 de abril de 2013.
A proposta é facilitar o processo de otimização dos leitos com a busca ativa de casos, com o
objetivo de identificar o tempo médio de permanência, bem como a evolução dos casos, a
adequação dos internados de acordo com o grau de complexidade e propor a transferência entre as
unidades do complexo e hospitais de retaguarda.
113
Nos casos em que o recurso for de UTI e houver disponibilidade de vaga, o médico regulador
114
faz a reserva e aciona os enfermeiros assistentes de regulação, que realizam a teleconferência entre
unidade solicitante e executante. Caso o quadro clínico seja compatível com o leito preterido, a
unidade executante aceita o paciente na tela e a unidade solicitante transfere o paciente. Nos casos
que o recurso for de Enfermaria e ho
houver
uver disponibilidade de vaga, os enfermeiros reguladores
reservam as vagas, a unidade executante avalia o caso, aceita em tela e transfere o paciente. Nos
casos em que não haja vaga disponível de UTI ou Enfermaria, no Sistema Estadual de Regulação
Regulação-
SES/PE, no momento da regulação, o médico regulador inserirá o registro do paciente em fila de
espera, cujo quadro clínico será diariamente atualizado, até que surja o leito.
Caso exista a vaga de UTI disponível, o médico regulador faz a reserva da vaga e aciona os
enfermeiros assistentes de regulação, que realizam teleconferência entre unidade solicit
solicitante e
executante. Quando o quadro clínico for compatível com o leito preterido, a unidade executante
aceita o paciente na tela e a unidade solicitante transfere o paciente. Nos casos de vaga de
Enfermaria disponível, os enfermeiros reguladores reservam as vagas, a unidade executante avalia o
caso e aceita em tela. A unidade solicitante irá transferir o paciente. Nos casos em que não haja
vaga disponível de UTI ou Enfermaria, no Sistema Estadual de Regulação
Regulação-SES/PE,
SES/PE, no momento da
regulação, o médico regulador
or inserirá o registro do paciente em fila de espera, que será diariamente
atualizado o quadro clínico, até que surja o leito (Figura 39).
Figura 39:Fluxograma
luxograma da regulação dos leitos de retaguarda da Central de Regulação Hospitalar do
Estado de Pernambuco.
115
6. PLANEJAMENTO EM SAÚDE
O planejamento no Sistema Único de Saúde é uma função gestora que, além de requisito
legal, é um dos mecanismos relevantes para assegurar a unicidade e os princípios constitucionais do
SUS. Expressa as responsabilidades dos gestores de cada esfera de governo em relação à saúde
da população do território quanto à integração da organização sistêmica (BRASIL,2016).
O planejamento requer conhecimento técnico, que se expressa nos instrumentos e ferramentas
desenvolvidas em processos de trabalho. Esses instrumentos, denominados instrumentos de
planejamento do SUS, estão previstos na legislação desde o início da década de 1990 e referidos
em normas mais recentes. São eles: Plano de Saúde (PS), Programação Anual de Saúde (PAS) e
Relatório Anual de Gestão (RAG).
O PS é o instrumento central de planejamento para definição e implementação de todas as
iniciativas no âmbito da saúde de cada esfera da gestão do SUS para o período de 4 (quatro) anos.
A elaboração do PS implica em realização da análise de situação de saúde; definição de diretrizes,
objetivos, metas e indicadores e processo de monitoramento e avaliação,conforme artigo 96 da
Portaria de Consolidação nº1, de 28 de setembro de 2017.
A PAS é o instrumento que operacionaliza as intenções expressas no PS e tem por objetivo a
anualização das metas desse plano e previsão da alocação dos recursos orçamentários a serem
executados, de acordo com o artigo 97 da Portaria de Consolidação nº 1/ 2017. Tanto o PS como a
PAS deverão apresentar conformidade com os instrumentos de governo: Plano Plurianual (PPA), Lei
de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária Anual (LOA).
O RAG é o instrumento de gestão com elaboração anual que permite ao gestor apresentar os
resultados alcançados com a execução da PAS e orienta eventuais redirecionamentos que se
fizerem necessários no PS, segundo artigo 99 da Portaria de Consolidação nº1/2017.
O RDQA é um instrumento de monitoramentoe acompanhamento da execução da PAS. Deve
ser apresentado pelo gestor do SUS até o final dos meses de maio, setembro e fevereiro, em
audiência pública, na Casa Legislativa do respectivo ente da Federação.
A partir de 2018, o registro dos dados relativos aos instrumentos de planejamento por parte
dos estados, Distrito Federal e municípios passou a ser feito no DigiSUS Gestor– Módulo
Planejamento (DGMP). Regulamentado pela Portaria nº 750, de 29 de abril de 2019, o DGMP
possibilita: o registro das diretrizes, objetivos, metas e indicadores (DOMI) do PS; a anualização de
metas e registro da previsão orçamentária na PAS; e a prestação de contas das metas previstas na
PAS por meio do RAG. O DGMP, também possui campo específico para os gestores anexaram os
arquivos do PS e da PAS, bem como as resoluções do CS com os pareceres sobre os referidos
instrumentos.
Quanto aos RDQAs e RAGs, os gestores elaboram e encaminham para apreciação do CS no
116
próprio DGMP. O CS, por sua vez, aprecia o documento e insere no DGMP a resolução com o
resultado do parecer.
Visando ao monitoramento da situação de elaboração, entrega e apreciação dos instrumentos
de planejamento, este documento pretende apresentar a fotografia dos status para os municípios da
I Região de Saúde do mês de agosto, 2021.
6.2 RESULTADOS
0%
APROVADO
NÃO CONSTA
100%
10 19 4
14 15
5
8
0
PAS 2018 PAS 2019 PAS 2020 PAS 2021
Nos anos de 2018, 2019 e 2020 a maioria dos municípios apresentaram status “avaliado” ou
“em apreciação”. Verifica-se que 7 municípios ainda não submeteram o registro dos dados do 1
RDQA deste ano ao DigiSUS (Figura 42). Destaque para os municípios de Vitória de Santo Antão e
Chã Grande que apresentaram todos os 1º RDQAs com status “avaliado”no período analisado.
12
10
10
8
8 7 7
6 6 6 6
6 5 5 5
4
2 2
2 1
0 0
0
2018 2019 2020 2021
Ao observar o 2º RDQA dos anos de 2018, 2019 e 2020 apenas 6 municípios apresentaram
status “avaliado”, situação que chama atenção para a necessidade de alimentação do DIGISUS
(Figura 43).
8 7 7 7
7 6 6 6 6
6 5
5 4
4
3 2
2 1
1 0
0
2018 2019 2020
10
8
8 7 7
6 6 6
6 5 5
4
4
2
2 1
0
0
2018 2019 2020
Alguns municípios ainda não submeteram os RAG ao DigiSUS para apreciação no CS. Estão
como “Em Elaboração” ou “Não Consta” oito municípios no ano de 2018, sete municípios no ano de
2019 e dez municípios em 2020 (Figura 45). Destacam-se os municípios de Chã Grande, Ilha de
Itamaracá, Vitória de Santo Antão, Glória de Goitá e Itapissuma por apresentarem os RAG
aprovados de todos os anos analisados.
10
5 6
8
4
6
4
6 6 5
2
0
RAG 2018 RAG 2019 RAG 2020
A Figura 46apresenta que os anos de 2019 e 2020 tem a mesma distribuição de municípios em
relação ao status da Pactuação Interfederativa no sistema DIGISUS. Neste período um pouco mais
da metade dos municípios da I Região de Saúde tiveram suas Pactuações homologadas pela
Secretaria Estadual de Saúde. Em relação ao ano de 2021 verificamos que um total de apenas 7
municípios estão sem registro da pactuação no Digisus. Destacamos os municípios de Glória de
Goitá, Itapissuma, Chã Grande, Ilha de Itamaracá, Moreno e Vitória de Santo Antão que
apresentaram todas as Pactuações homologadas no período analisado.
121
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