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Odelmo Leão
Prefeito Municipal de Uberlândia
Clauber Lourenço
Diretor Geral da SMS
Grupo de Trabalho
Karina Kelly de Oliveira
Coordenadora da Atenção Primária
3
Esse documento foi elaborado por um Grupo de Trabalho formado por profissionais da
gestão e dos serviços de atenção primária. Contou também com a participação das
Comissões de Atenção Primária, Urgência e Emergência e com o Conselho Municipal de
Saúde que emitiram parecer conclusivo em matéria específica no campo de suas
atuações.
A versão aqui apresentada é uma versão conclusiva da “Carteira de Serviços” da Atenção
Primária do município, elaborada de acordo com o Art. 36º item V e VI do Regimento
Interno do CMSU, assim como à luz da Resolução, 453/2011/CNS, Lei Complementar
141/2012 e Lei Municipal 8.836/2004.
As recomendações sugeridas e alterações que surgirem ao longo da elaboração desse
documento,serão apresentadas ao Conselho Municipal de Saúde.
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1. Introdução............................................................................................................................. 7
2. A Atenção Básica no Município De Uberlândia .................................................................... 8
A Organização Territorial .................................................................................................. 8
Composição das Equipes e Carga Horária de Trabalho dos Profissionais da APS .....13
4. Atribuições dos Profissionais que Compõe as Equipes de Atenção Primária à Saúde .......15
São atribuições comuns a todos os profissionais: ........................................................16
Atenção à SaúdeBucal.....................................................................................................33
Assistência Farmacêutica................................................................................................59
Anexos ............................................................................................................................67
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INTRODUÇÃO
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A ATENÇÃO BÁSICA NO MUNICÍPIO DE UBERLÂNDIA
A Organização Territorial
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Estratégia de Saúde Bucal (ESB): a equipe saúde bucal deve fazer parte da equipe
multiprofissional das equipes saúde da família. Devendo ser composta por cirurgião
dentista generalista ou especialista em saúde da família e profissionais auxiliares
em saúde bucal (auxiliar e/ou técnico em Saúde Bucal).
Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF): constituídos por equipes compostas
por profissionais de diferentes áreas de conhecimento, que devem atuar de maneira
integrada e apoiando os profissionais das Equipes de Saúde da Família, das
Equipes de Atenção Primária à Saúde para populações específicas e academia da
saúde, atuando diretamente no apoio matricial às equipes da (s) unidade (s) na (s)
qual o NASF está vinculado e no território destas equipes. Os NASF fazem parte da
Atenção Primária à Saúde, mas não se constituem como serviços com unidades
físicas independentes ou especiais, e não são de livre acesso para atendimento
individual ou coletivo (estes, quando necessários, devem ser regulados pelas
equipes de Atenção Primária à Saúde em parceria com a Junta Reguladora).
Equipes do Consultório na Rua (eCR): equipes da Atenção Primária à Saúde,
compostas por profissionais de saúde com responsabilidade exclusiva de articular e
prestar atenção integral à saúde das pessoas em situação de rua.
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Atualmente, uns dos desafios que são enfrentados na APS configuram-se na
acessibilidade e acolhimento dos usuários do SUS. A Regulação ao Sistema de Saúde
começa na Atenção Primária, sendo essencial que os técnicos apoiem as Equipes de
Saúde no encaminhamento dos usuários para os demais níveis de atenção. A Regulação
não deve ser uma atividade administrativa distanciada dos serviços assistenciais, apenas
recebendo solicitações e organizando agenda de consultas especializadas e exames de
apoio diagnóstico. A qualificação do processo de regulação do acesso exige que os
profissionais da Regulação participem do dia a dia da Atenção Primária, com objetivo de
compreender os processos de trabalho das equipes e contribuir para qualificação dos
encaminhamentos, buscando sempre dispositivos que possam melhorar a eficácia das
referências e contra referências.
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Horário de Funcionamento das Unidades Básicas de Saúde
Para que a população tenha acesso de qualidade, o horário de funcionamento das UBS
deve ser avaliado e considerar critérios de acordo com as necessidades locais com a
tentativa de aprimorar e ampliar o acesso dos usuários nos serviços de saúde.
A disponibilidade e flexibilidade dos horários de atendimento das unidades de saúde
devem estar pautadas em um modelo organizado que garantam o funcionamento da UBS
com oferta de serviços adequadamente. Dessa maneira, cabe elencar horários que
atendam às necessidades da população, como por exemplo, horário estendidos (noturnos),
atendimentos no horário de almoço e aos finais de semana.
O horário de funcionamento das Unidades de Saúde é definido pela gestão, com base na
estrutura física e recursos humanos disponíveis, mas ressalta-se a importância da UBS
estar oferecendo serviços, no período mínimo, de (05) cinco dias por semana nos turnos
da manhã e tarde, garantindo 40 horas semanais. Dessa maneira, assim que definido o
horário de atendimento da UBS, o mesmo deverá ser disponibilizado para os usuários.
Estratégia Saúde da Família (ESF): é composta por equipe multiprofissional que possui, no
mínimo, médico generalista ou especialista em saúde da família ou médico de família e
comunidade, enfermeiro generalista ou especialista em saúde da família, auxiliar ou
técnico de enfermagem e agentes comunitários de saúde (ACS). Pode-se acrescentar a
esta composição, como parte da equipe multiprofissional, os profissionais de saúde bucal
(ou equipe de Saúde Bucal-eSB): cirurgião-dentista generalista ou especialista em saúde
da família, auxiliar e/ou técnico em Saúde Bucal.
O número de ACS deve ser suficiente para cobrir 100% da população cadastrada, com um
máximo de 750 pessoas por agente e de 12 ACS por equipe de Saúde da Família, não
ultrapassando o limite máximo recomendado de pessoas por equipe.
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Cada equipe de Saúde da Família deve ser responsável por, no máximo, 4.000 pessoas de
uma determinada área, que passam a ter corresponsabilidade no cuidado com a saúde.
A carga horária é de 40 horas semanais para todos os profissionais de saúde cadastrados
na Estratégia Saúde da Família. A Estratégia de Agentes Comunitários de Saúde (EACS):
a implantação da EACS deve ser adotada como estratégia inicial para implantação da
Estratégia Saúde da Família, devendo ser substituída gradativamente. Para compor a
EACS é necessário a existência de 01(um) enfermeiro e de 04 (quatro) até 12 (doze) ACS
e cumprimento da carga horária de 40 (quarenta) horas semanais por todos os
profissionais.
Equipe de Saúde Bucal (eSB): pode ser planejada em duas modalidades de composição:
Equipe composta por cirurgião dentista generalista ou especialista em saúde da família e
auxiliar em saúde bucal (ASB) ou técnico em saúde bucal (TSB);
Modalidade 2: equipe composta por cirurgião dentista generalista ou especialista em saúde
da família, técnico em saúde bucal (TSB) e auxiliar em saúde bucal (ASB) ou outro técnico
em saúde bucal (TSB).
Deve ser cumprida a carga horária de 40 (quarenta) horas semanais para todos os
componentes da equipe.
Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF): a definição da composição do NASF é de
responsabilidade dos gestores municipais, de acordo com os critérios de prioridade
identificados a partir dos dados epidemiológicos, das necessidades locais e da demanda
das equipes de saúde que serão apoiadas, dessa maneira os profissionais que podem
fazer parte da equipe do NASF, são: assistente social, profissional/professor de educação
física, farmacêutico, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, médico acupunturista, médico geriatra,
médico ginecologista/obstetra, médico homeopata, médico internista (clínica médica),
médico pediatra, médico psiquiatra, médico do trabalho, médico veterinário, nutricionista,
profissional de saúde sanitarista, ou seja, profissional graduado na área de saúde pós-
graduação em saúde pública ou coletiva ou graduado diretamente em uma dessas áreas,
psicólogo, terapeuta ocupacional e educador social.
A carga horária semanal de trabalho de cada profissional que compõem a equipe será de
acordo com cada modalidade de NASF:
NASF 1: a soma das cargas horárias semanais dos membros da equipe deve acumular no
mínimo 200 (duzentas) horas semanais, assim nenhum profissional poderá ter carga
horária semanal menor que 20 (vinte) horas, e cada ocupação considerada isoladamente
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deve ter no mínimo 20 (vinte) horas e no máximo 80 (oitenta) horas de carga horária
semanal.
NASF 2: a soma das cargas horárias semanais dos membros da equipe deve acumular no
mínimo 120 (cento e vinte) horas semanais, assim nenhum profissional poderá ter carga
horária semanal menor que 20 (vinte) horas, e cada ocupação, considerada isoladamente,
deve ter no mínimo 20 (vinte) horas e no máximo 40 (quarenta) horas de carga horária
semanal.
NASF 3: a soma das cargas horárias semanais dos membros da equipe deve acumular no
mínimo 80 (oitenta) horas semanais, assim nenhum profissional poderá ter carga horária
semanal menor que 20 (vinte) horas, e cada ocupação, considerada isoladamente, deve
ter no mínimo 20 (vinte) horas e no máximo 40 (quarenta) horas de carga horária semanal.
Equipes de Consultório na Rua (eCR):
Modalidade 1: equipe formada, minimamente, por 4 (quatro) profissionais, dentre os quais
2 (dois) destes, obrigatoriamente, deverão ser: enfermeiro, psicólogo, assistente social ou
terapeuta ocupacional; sendo os outros 2 (dois) componentes da equipe os seguintes
profissionais: agente social, técnico ou auxiliar de enfermagem, técnico em saúde bucal,
cirurgião dentista, profissional/professor de educação física e profissional com formação
em arte e educação.
Modalidade 2: equipe formada, minimamente, por 6 (seis) profissionais, dentre os quais 3
(três) destes, obrigatoriamente, deverão ser: enfermeiro, psicólogo, assistente social ou
terapeuta ocupacional; sendo os outros 3 (três) componentes da equipe os seguintes
profissionais: agente social, técnico ou auxiliar de enfermagem, técnico em saúde bucal,
cirurgião dentista, profissional/professor de educação física e profissional com formação
em arte e educação.
Modalidade 3: equipe da Modalidade II acrescida de um profissional médico.
O cumprimento da carga horária mínima semanal é de 30 (trinta) horas, podendo ocorrer
em período diurno e/ou noturno e em qualquer dia da semana, conforme demanda das
pessoas em situação de rua.
As atribuições de cada um dos profissionais das equipes de atenção básica devem seguir
as referidas disposições legais que regulamentam o exercício de cada uma das profissões.
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São atribuições comuns a todos os profissionais:
Participar do processo de territorialização e mapeamento da área de atuação da
equipe, identificando grupos, famílias e indivíduos expostos a riscos e
vulnerabilidades;
Manter atualizado o cadastramento das famílias e dos indivíduos no sistema de
informação indicado pelo gestor municipal e utilizar, de forma sistemática, os dados
para a análise da situação de saúde considerando as características sociais,
econômicas, culturais, demográficas e epidemiológicas do território, priorizando as
situações a serem acompanhadas no planejamento local;
Realizar o cuidado da saúde da população adscrita, prioritariamente no âmbito da
unidade de saúde, e quando necessário no domicílio e nos demais espaços
comunitários (escolas, associações, entre outros);
Realizar ações de atenção à saúde conforme a necessidade de saúde da população
local, bem como as previstas nas prioridades e protocolos da gestão local;
Garantir da atenção à saúde buscando a integralidade por meio da realização de
ações de promoção, proteção e recuperação da saúde e prevenção de agravos; e
da garantia de atendimento da demanda espontânea, da realização das ações
programáticas, coletivas e de vigilância à saúde;
Participar do acolhimento dos usuários realizando a escuta qualificada das
necessidades de saúde, procedendo a primeira avaliação (classificação de risco,
avaliação de vulnerabilidade, coleta de informações e sinais clínicos) e identificação
das necessidades de intervenções de cuidado, proporcionando atendimento
humanizado, se responsabilizando pela continuidade da atenção e viabilizando o
estabelecimento do vínculo;
Realizar busca ativa e notificar doenças e agravos de notificação compulsória e de
outros agravos e situações de importância local;
Responsabilizar-se pela população adscrita, mantendo a coordenação do cuidado
mesmo quando esta necessita de atenção em outros pontos de atenção do sistema
de saúde;
Praticar cuidado familiar e dirigido a coletividades e grupos sociais que visa propor
intervenções que influenciem os processos de saúde doença dos indivíduos, das
famílias, coletividades e da própria comunidade;
Realizar reuniões de equipes a fim de discutir em conjunto o planejamento e
avaliação das ações da equipe, a partir da utilização dos dados disponíveis;
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Acompanhar e avaliar sistematicamente as ações implementadas, visando
adequação do processo de trabalho;
Garantir a qualidade do registro das atividades nos sistemas de informação na
Atenção Básica;
Realizar trabalho interdisciplinar e em equipe, integrando áreas técnicas e
profissionais de diferentes formações;
Realizar ações de educação em saúde a população adstrita, conforme planejamento
da equipe;
Participar das atividades de educação permanente;
Promover a mobilização e a participação da comunidade, buscando efetivar o
controle social;
Identificar parceiros e recursos na comunidade que possam potencializar ações
intersetoriais;
Realizar outras ações e atividades a serem definidas de acordo com as prioridades
locais.
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Estar em contato permanente com as famílias, desenvolvendo ações educativas,
visando à promoção da saúde, à prevenção das doenças, e ao acompanhamento
das pessoas com problemas de saúde, bem como ao acompanhamento das
condicionalidades do Programa Bolsa Família ou de qualquer outro programa similar
de transferência de renda e enfrentamento de vulnerabilidades implantado pelo
Governo Federal, estadual e municipal de acordo com o planejamento da equipe.
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Avaliar, em conjunto com as equipes apoiadas e os Conselhos de Saúde, o
desenvolvimento, a implementação e o impacto de suas ações sobre a situação de
saúde do território adstrito, por meio de indicadores previamente estabelecidos;
Elaborar materiais de apoio, protocolos e outras ações de educação permanente,
auxiliando na gestão do processo de trabalho das equipes vinculadas;
Desenvolver material educativo e informativo aos usuários.
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processo de trabalho e do planejamento frente às necessidades, realidade,
dificuldades e possibilidades analisadas;
Desenvolver ações intersetoriais, integrando projetos e redes de apoio social,
voltados para o desenvolvimento de uma atenção integral;
Apoiar as estratégias de fortalecimento da gestão local e do controle social.
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O módulo de Epidemiologia gera informações de incidência de agravos, sejam eles de
notificação obrigatório ou de interesse de controle local.
Contempla funcionalidades de criação de grupos de agravos a serem controlados,
parametrização de quantidade de casos limite para alarme e controle da distribuição
geográfica da ocorrência dos agravos.
É integrado ao prontuário, fazendo com que a informação quanto a ocorrência de agravos
seja registrada no momento do atendimento.
Possui uma funcionalidade de monitoramento constante, que permite ao gestor ter a
posição on-line quanto aos agravos ocorridos no município, alertando sobre uma provável
epidemia ou endemia.
A seguir iremos pontuar as ações a serem realizadas na atenção primária, com base nas
propostas da PNAB (Política Nacional de Atenção Básica), Cadernos de Atenção Básica
do Ministério da Saúde, PMAQ (Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade
da Atenção Básica), entre outros, que contribuem para a oferta de uma atenção qualificada
na rede de atenção à saúde. Não se pretende esgotar todas as possibilidades de práticas
de saúde na atenção básica, mas sim ofertar um determinado conjunto de ações que são
consideradas estratégicas e potenciais produtoras de mudanças no cotidiano dos serviços.
Lembramos que o processo de qualificação é incremental e contínuo, construído a partir de
um trabalho conjunto envolvendo gestão, trabalhadores e usuários no planejamento das
ações a serem realizadas para que, de forma gradual, a qualificação da atenção e a
equidade em saúde sejam conquistadas.
Acolhimento:
A captação do recém-nascido (ACS – primeiras 24horas);
Visita domiciliar na primeira semana após o parto;
A captação de lactentes e pré-escolares (todas as crianças da área de
abrangência cadastradas e incluídas no acompanhamento);
Com avaliação de risco (demanda espontânea).
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As ações do 5º dia:
Acolhimento do binômio mãe-bebê de forma humanizada;
Coleta do Teste do pezinho;
Vacinas (caso não tenha sido realizada ainda na maternidade) e, orientações sobre
as próximas vacinas do calendário da criança;
Aleitamento materno (avaliar a mamada; prevenir e ajudar nas dificuldades para o
estabelecimento da amamentação);
Sinais de perigo (avaliar icterícia, perda de peso, desidratação, sinais de infecção do
coto umbilical);
Agendar a primeira consulta (ou reforçar sobre a importância de não faltar à
consulta, já agendada na maternidade);
Conferir os exames de triagem neonatal feitos na maternidade antes da alta (Teste
da Orelhinha, Teste do Olhinho, Teste do Coraçãozinho) ou agendar os que não
foram realizados.
Reforçar importância da realização dos Testes de triagem neonatal (não faltar ao
Teste da Orelhinha, por ex.).
Acompanhamento:
Consulta de puericultura - acompanhamento do crescimento (peso e estatura e
perímetro cefálico) e desenvolvimento (físico cognitivo e psicossocial) – realizado
por médico e enfermeira, conforme Cronograma de Consultas seguindo protocolo
municipal;
Anamnese;
Exame físico;
Estratificação de risco e monitoramento da frequência às consultas – Aprazamento
Rotativo de Puericultura - (busca ativa em caso de faltosos);
Promoção e apoio ao aleitamento materno exclusivo até os 6 meses e aleitamento
materno complementado continuado até 2 anos ou mais, orientação alimentar e
alimentação saudável;
Saúde bucal e higiene oral;
Imunização de rotina, participação nas campanhas e atualização da caderneta da
criança;
Prevenção de acidentes.
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Violência doméstica: prevenção
Violência física;
Violência sexual;
Vitimização psicológica;
Negligência;
Síndrome de munchausen.
Acolhimento ao adolescente :
aproveitar qualquer momento do adolescente na unidade de saúde para o acolhimento;
vínculo de confiança entre a equipe de saúde da família, o adolescente e sua família;
Se o adolescente procurar a Unidade Básica de Saúde sem o acompanhamento dos
pais, ele tem o direito de ser atendido sozinho. No entanto, a equipe poderá negociar
com ele a presença dos pais ou responsáveis se for o caso.
avaliação das situações de risco/ vulnerabilidade;
Pré-Natal
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Captação precoce;
Ampliar o acesso e busca ativa das gestantes;
Promover o incentivo ao pré-natal completo;
Diagnóstico de gravidez – BHCG (Hormônio Beta Gonadotrofina Coriônica);
A consulta da gestante será realizada pelo Médico(a) e enfermeiro(a) conforme
protocolo do Pré- Natal;
Estratificação do risco gestacional;
Solicitação e avaliação de exames laboratoriais de rotina e USG obstétrica;
Solicitação de USG obstétrico morfológico para gestantes do Pré - Natal de Alto
Risco;
Solicitação de exames complementares;
Prescrição de medicamentos gerais;
Prescrição de Ácido Fólico e Sulfato Ferroso;
Prescrição de vacinação antitetânica (dupla adulto), gripe e coqueluche;
Visita domiciliar;
Registro de informações na caderneta da gestante e na ficha perinatal;
Encaminhamentos para visita à maternidade;
Encaminhamentos para a consulta odontológica;
Encaminhamento, quando necessário, para o Pré- Natal de Alto Risco com
acompanhamento compartilhado pela APS;
Incentivo ao parto normal;
Orientações sobre o momento do parto (parto humanizado);
Orientação quanto aos fatores de risco: tabagismo, alcoolismo e outras drogas;
DHEG e diabetes gestacional;
Grupos de atenção em saúde;
Acompanhamento da gestante HIV positivo;
Diagnóstico precoce: testes rápidos (Sífilis, HIV, Hepatites).
Reestruturação e reativação do Programa Mãe Uberlândia
Puerpério
Consultas e Orientações.
Amamentação
Promoção do aleitamento materno;
Benefícios do aleitamento materno.
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Orientação e acompanhamento:
Orientação em caso de adoção de bebê.
Outros
Atenção à Mulher no Climatério e menopausa (orientação e tratamento);
Assistência aos distúrbios do ciclo menstrual;
Doenças sexualmente transmissíveis;
Assistência aos Transtornos da Sexualidade;
Planejamento familiar;
Violência sexual e doméstica (prevenção, escuta,encaminhamento);
Aborto Legal (escuta, orientação, encaminhamento);
Orientação sobre alimentação do bebê e da criança;
Saúde mental e gênero;
Atenção à saúde das Mulheres Lésbicas, Negras, Indígenas, Residentes e
Trabalhadoras na Área Rural, em Situação de prisão, quilombolas, do campo, das
águas e da floresta, em situação de rua;
Atenção às doenças Crônico-Degenerativa;
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Analisar e alimentar os sistemas de informação (SIAB, SIM, SINAN, SISPRENATAL,
SISCAN).
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- Utilizar a estratificação do risco para identificação das vulnerabilidades como forma de
detecção e tratamento precoce de problemas de saúde, direcionando ações conforme grau
de risco.
- Avaliação multidimensional para medir a capacidade funcional.
- Prevenção, identificação e acompanhamento da pessoa idosa em processo de
fragilização e frágeis.
- Alimentação e análise de dados dos Sistemas de Informação em Saúde para
planejamento, programação e avaliação das ações relativas à saúde da pessoa idosa.
- Atenção contínua às necessidades de saúde articulada com demais pontos de atenção,
com vistas ao cuidado longitudinal.
- Elaboração pela equipe de saúde do Plano de Cuidados das pessoas idosas.
- Acompanhamento de práticas de controle da saúde como o tratamento e auto cuidado.
- Prevenção de quedas, acompanhamento aos idosos que apresentam quedas frequentes
e aqueles que realizaram cirurgia de fratura do fêmur.
- Prevenção, identificação e acompanhamento de distúrbios nutricionais da pessoa idosa;
- Realização de avaliação da saúde bucal e tratamentos básicos necessários.
- Prevenção, identificação e acompanhamento de situações de todos os tipos de violência
como física, financeira, psicológica entre outras.
- Preenchimento obrigatório da ficha de notificação de violência, após enviar para
Vigilância Epidemiológica.
- Gestão de casos complexos e compartilhamento intersetorial, principalmente com o
CREAS Idoso/ Pessoa com Deficiência (SEDESTH).
- Acolhimento, orientação e ações educativas individuais ou em grupos de cuidadores de
idosos.
- Ações de imunização específicas para o grupo.
- Vista domiciliar ou institucional visando à qualificação do cuidado e proporcionando
atendimento integral, vínculo e responsabilização, incluindo pessoas que se encontram
institucionalizadas.
– Atendimento domiciliar da equipe da unidade de saúde, para a população idosa esteja
impossibilitada de se locomover, inclusive para idosos institucionalizados, principalmente
de Instituições de Longa Permanência para Idosos – ILPI filantrópicas.
- Encaminhamento ao Programa Melhor em Casa para atendimento domiciliar conforme
critério.
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- Encaminhamento para exames e consultas especializadas, assim como pronto
atendimento, conforme necessidade.
-Participação da equipe em atividades de educação permanente referente ao
envelhecimento.
- Apoio matricial em gerontologia da Rede de Atenção á Saúde da Pessoa Idosa – RASPI.
Diabetes Mellitus
Realizar rastreamento para adultosassintomáticos:
Excesso de peso (IMC >25 kg/m2) e um fator derisco;
Idade ≥ 45anos;
Risco cardiovascularmoderado.
Realizar acompanhamento paraadultos:
Consulta de enfermagem para avaliação inicial e orientação sobre estilo de
vida saudável;
Consulta de enfermagem para acompanhamento de pessoas comDM;
Consulta médica na avaliação inicial e acompanhamento da pessoa
comDM;
Apoio matricial do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) quando
necessário;
Exames complementares quando necessário;
Tratamento não medicamentoso emedicamentoso;
Manejo das complicações agudas e crônicas doDM;
Consultaodontológica;
Realizar encaminhamentos para atenção especializada conforme critérios
estabelecidos.
Realizaracompanhamento:
Exames complementares quando necessário;
Tratamento não medicamentoso emedicamentoso;
Apoio matricial do NASF quandonecessário;
Encaminhamentos para atenção especializada conforme
critériosestabelecidos;
Identificar os casos de transtorno alimentar e encaminhar para tratamento
especializado;
Acompanhar de forma compartilhada com a atenção especializada os
casos de pré e pós-operatório de cirurgiabariátrica;
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Consulta de enfermagem para acompanhamento de pessoas com
sobrepeso e obesidade;
Consulta médica para acompanhamento da pessoa com sobrepeso
eobesidade.
Realizarrastreamento:
Identificar os indivíduos sob o risco de desenvolverDRC.
Realizaracompanhamento:
Exames complementares quandonecessário;
Classificação de acordo com o estágio daDRC;
Solicitar apoio matricial do NASF quandonecessário;
Estratégias de prevenção para a DRC nos pacientes sob o risco de
desenvolver a doença;
Estratégias de prevenção da progressão daDRC;
Encaminhamentos para atenção especializada conforme estágio daDRC;
Consulta de enfermagem para acompanhamento de pessoas comDRC;
Consulta médica para acompanhamento da pessoa comDRC;
Tratamento não medicamentoso emedicamentoso;
Acompanhar os pacientes em tratamento na atenção especializada, de
forma compartilhada.
Doenças Cardiovasculares
Atenção aoTabagismo
Identificação, abordagem e tratamento dostabagistas:
Reconhecimento dotabagista;
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Avaliaçãoinicial;
Abordagem Breve;
Abordagem Intensiva:AbordagemCognitivo-Comportamentaleapoio medicamentoso
se grau elevado de dependência ànicotina.
As ações de saúde bucal estão incluídas noPrograma: A Qualificação das Equipes para
Coordenação das Redes de Atenção à Sáude - Qualifica SaUDI, que tem como objetivo o
fortalecimento da APS, para que as equipes de saúde possam assumir a coordenação do
cuidado nas redes de atenção à saúde, nas condições crônicas.
No tocante às ações de saúde bucal na Atenção Básica, diversos serviços devem estar
disponíveis aos usuários, de modo a favorecer a integralidade do cuidado. É essencial que
as equipes de saúde bucal da Atenção Básica estejam organizadas para disponibilizarem
aos usuários o acesso a estes serviços, de modo a promover um cuidado adequado às
necessidades de saúde bucal da população visando aumentar a resolutividade da equipe e
evitar encaminhamentos de usuários para outros níveis de atenção.
A seguir serão descritas ações da Equipe de Saúde Bucal na Atenção Primária:
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as orientações gerais sobre dieta saudável sem consumo excessivo e frequente de
açúcar, a orientação para auto-exame da boca, os cuidados imediatos pós
traumatismo dentário, a prevenção à exposição ao sol sem proteção e ao uso de
álcool e fumo, devendo também incluir apoio aos usuários para a adoção de práticas
mais saudáveis de acordo com sua realidade de vida. O planejamento das ações
educativas deve ser feito em conjunto com a equipe de saúde, principalmente em
relação às ações propostas por ciclo de vida, condição de saúde e por fatores de
risco comum para várias doenças
Vigilância à Saúdebucal:
Identificação de situações de risco individuais, familiares e do território pela equipe
de saúde e realização de encaminhamentos;
Condições bucais a serem identificadas no Prontuário Eletrônico, com elaboração
de propostas de enfrentamento (tratamento e ações paraprevenção):
Abscessodentoalveolar;
Alterações em tecidosmoles;
Dor dedente;
Fendas ou fissuras labiopalatais (importante a detecção de fendas/fissuras
lábiopalatais no recém-nascido pela equipe de saúde e encaminhamento
para a equipe de saúdebucal);
Fluorose dentária moderada ou severa (importante a avaliação de risco do
território em relação a fontes de água com teor inadequado deflúor);
Traumatismodentoalveolar.
Ações Preventivas:
Ações preventivas individuais (orientação de higiene bucal, aplicação de selante,
evidenciação de placa bacteriana, profilaxia/remoção de placa bacteriana e
aplicação tópica de flúor) e coletivas (ações coletivas de escovação dental
supervisionada e aplicação tópica deflúor);
Ações coletivas e individuais de prevenção do câncer bucal, tais como orientação
para autoexame e sensibilização e realização de exame preventivo periodicamente
para grupos de risco (usuários que possuem mais de um dos seguintes fatores de
risco: sexo masculino, mais de 40 anos, tabagista, etilista, exposição ocupacional a
radiação solar sem proteção, portador de deficiência imunológica);
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Fornecimento de insumos de saúde bucal (como escova e creme dental fluoretado)
com vistas à universalização da escovação dental, com priorização de
gruposvulneráveis.
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Radiografia periapical/interproximal
Raspagem, alisamento e polimento supragengivais (por sextante)
Raspagem, alisamento subgengivais (por sextante)
Restauração de dente decíduo
Restauração de dente permanente anterior
Restauração de dente permanente posterior
Retirada de pontos de cirurgias básicas (por paciente)
Selamento provisório de cavidade dentária
Tratamento de alveolite
Ulotomia/ulectomia
Tratamento Restaurador Atraumático
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Restauração de dente permanente anterior;
Restauração de dente permanente posterior;
Tratamento Restaurador Atraumático;
Selamento provisório de cavidade dentária;
Tratamento de alveolite;
Ulotomia/ulectomia.
Planejamento dos serviços de manutenção dos equipamentos odontológicos, sob a
ótica preventiva e corretiva, de forma regular e sistemática, para que a atenção em
saúde bucal possa acontecer de forma contínua e adequada:
Disponibilização pela UBS dos medicamentos do Componente Básico da
Assistência Farmacêutica prescritos com maior frequência pelo cirurgião-dentista;
Desenvolvimento de protocolos orientadores para a atenção em saúde bucal com
capacitação da equipe para utilização dos mesmos;
Maximização da hora-clínica do CD para otimizar a assistência – 75% a 85% das
horas contratadas devem ser dedicadas à assistência. De 15% a 25% para outras
atividades (planejamento, educação permanente, atividades coletivas, entre outras).
As atividades educativas e preventivas, em nível coletivo, devem ser executadas
preferencialmente pelo pessoal auxiliar, com participação e responsabilidade do CD
no planejamento, supervisão e avaliação;
A Atenção Primária à Saúde representa a porta de entrada das pessoas ao Sistema Único
de Saúde. Tal componente deve atender todas as pessoas que demandam cuidados em
Saúde Mental. Este cuidado deve-se dar de forma longitudinal, integrada e constante,
atendendo e respeitando a singularidade do sujeito.
Assim como em outras demandas, o cuidado ao paciente em Saúde Mental deve ocorrer
de forma multiprofissional, incluindo enfermeiros, médicos, técnicos de enfermagem,
agentes comunitários de saúde e demais profissionais das equipes de saúde e de NASF.
Na Atenção Primária, o desenvolvimento de intervenções em Saúde Mental é construído
no cotidiano dos encontros entre multiprofissionais e usuários, em que ambos identificam
estratégias para construírem juntos o cuidado em saúde.
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As ações em Saúde Mental, no município de Uberlândia, estão orientadas pelas diretrizes
da Lei nº 10.216 de 06 de abril de 2001, que objetiva tanto a desinstitucionalização como a
reinserção do sujeito em espaços de cuidado e convívio. Desta forma, a atenção às
pessoas com sofrimento ou transtornos mentais e aquelas que fazem uso de álcool e
outras drogas passa a ter como objetivo o pleno exercício de sua cidadania, e não
somente o controle de sua sintomatologia. Isso implica na organização de serviços
abertos, com participação ativa dos usuários e formando redes com outras políticas
públicas.
Neste sentido,reafirma a importância do cuidado ofertado pela Atenção Primária,
fortalecendo os cuidados em saúde no território a fim de evitar a reagudização das
condições de saúde mental. Para tanto o cuidado ofertado em Saúde Mental na Atenção
Primária encontra-se alinhado as diretrizes da PNAB 2017, do Projeto Qualifica SaUDI e o
Modelo de Atenção às Condições Crônicas – MACC.
Na perspectiva tanto da Atenção Primária quanto da Saúde Mental, o acolhimento é um
dispositivo para a formação de vínculos e a prática do cuidado. Estes encontros
possibilitam ao profissional conhecer as demandas de saúde do paciente e da população
de seu território, bem como identificar recursos coletivos e individuais necessários ao
acompanhamento. Aos profissionais que acolhem o sujeito é importante: exercitar a
empatia, exercer boa comunicação, escutar o que o usuário precisa dizer e considerar
suas queixas emocionais como legítimas, proporcionar ao usuário um momento de
pensar/refletir e reconhecer os modelos de entendimento do usuário.
44
As ações de atividade física podem ser realizadas fora da Unidade de Saúde, ao ar
livre, em locais comunitários, como praças, Academias ao Ar Livre, ginásios, salões
comunitários, dentre outros espaços que o município tiver disponível observando o
melhor acesso e acessibilidade de acordo com o público usuário;
As ações de atividade física que envolva o exercício físico deverão ser realizadas
por profissionais de educação física na saúde ou porfisioterapeutas;
As ações de práticas corporais podem ser realizadas por profissionais de educação
física na saúde, fisioterapeutas e outras categorias desde que tenham capacitação
para a temática e sem comprometimento da agenda de trabalho dos mesmos.
Realizar periodicamente, avaliações físicas e funcionais nos usuários para controle
de peso e qualidade de vida;
Capacitar profissionais da saúde e outras categorias para realizarem ações sob a
tutela dos profissionais de educação física na saúde;
Realizar atendimentos individuais e em grupo para acompanhamento/controle da
população no que representa prática corporal e atividades físicas, além de
direcionar os usuários para os dispositivos oferecidos por órgãos públicos/privados
localizados nas região adstrita à unidade de saúde.
45
Realizar ações que visem a redução do consumo de álcool, tabaco e outras drogas:
Promover, articular e mobilizar ações para redução do consumo de álcool, tabaco e
outras drogas, com corresponsabilização e autonomia da população incluindo ações
educativas, ambientais, culturais esociais.
46
A Vigilância em Saúde engloba:
No que tange à Vigilância em Saúde, são atribuições comuns aos profissionais da Atenção
Básica:
Garantir atenção integral e humanizada à população adscrita;
Realizar tratamento supervisionado, quando necessário;
47
Orientar o usuário/família quanto à necessidade de concluir o tratamento;
Acompanhar os usuários em tratamento;
Prestar atenção contínua, articulada com os demais níveis de atenção, visando o
cuidado longitudinal (ao longo do tempo);
Realizar o cuidado em saúde da população adscrita, no âmbito da unidade de
saúde, no domicílio e nos demais espaços comunitários;
Construir estratégias de atendimento e priorização de populações mais vulneráveis,
como exemplo: população de rua, ciganos, quilombolas e outras;
Realizar visita domiciliar a população adscrita, conforme planejamento assistencial;
Realizar busca ativa de novos casos e convocação dos faltosos;
Notificar casos suspeitos e confirmados preencher relatórios/ livros/ fichas
específicos de registro e acompanhamento dos agravos/ doenças, de acordo com a
rotina da UBS;
Alimentar e analisar dados dos Sistemas de Informação em Saúde – Sistema de
Informação em Saúde para a Atenção Básica (SISAB), Sistema de Informação de
Mortalidade (SIM), Sistema de Informação de Nascidos Vivos (SINASC), Sistema de
Informação de Agravos de Notificação (Sinan), Sistema de Informação do Programa
Nacional de Imunizações (SIPNI), Sistema de Informação de Vigilância
Epidemiológica de Eventos Adversos Pós-Vacinação (SI-EAPV), Sistema de
Vigilância Epidemiológica das Doenças Diarreicas Agudas (SIVEPDDA) e outros
para planejar, programar e avaliar as ações de vigilância em saúde;
Desenvolver ações educativas e de mobilização da comunidade relativas ao
controle das doenças/agravos em sua área de abrangência;
Orientar a comunidade quanto ao uso de medidas de proteção individual e familiar
para a prevenção de doenças/ agravos;
Orientar a comunidade quanto necessidade de se manter em dia a caderneta de
vacinas e realizar busca ativa e convocação dos faltosos;
Mobilizar a comunidade para desenvolver medidas simples de manejo ambiental
para o controle de doenças e de vetores;
Articular e viabilizar as medidas de controle vetorial e outras ações de proteção
coletiva;
Observar e comunicar a presença ou vestígios dos vetores de importância
epidemiológica (barbeiros hematófagos).
48
Verificar e comunicar a presença de carrapatos nas áreas de abrangência.
Identificar e comunicar animais doentes na área de abrangência
Identificar possíveis problemas e surtos relacionados à qualidade da água e dos
alimentos, em nível local como a situação das fontes de abastecimento e de
armazenamento da água e a variação na incidência de determinadas doenças que
podem estar associadas à qualidade da água;
Identificar a disposição inadequada de resíduos, industriais ou domiciliares, em
áreas habitadas; armazenagem inadequada de produtos químicos tóxicos.
(inclusive em postos de gasolina) e a variação na incidência de doenças
potencialmente relacionadas a intoxicação;
Identificar a poluição do ar derivada de indústrias, automóveis,queimadas, inclusive
nas situações intra-domiciliares (fumaça e poeira) e as variações na incidência de
doenças, principalmente as morbidades respiratórias e cardiovasculares, que podem
estar associadas à poluição doar;
Identificar estabelecimentos que necessitam controle sanitário;
Identificar pacientes que apresentam sintomas de doenças transmitidas por
alimentos – DTA;
Identificar pacientes que apresentam reações indesejáveis após uso de
medicamentos, remédios caseiros;
Identificar acumuladores;
Levantamento do Perfil Produtivo
Participar da atividade de campo, integrante da investigação epidemiológica, para
detectar e identificar os fatores de risco determinantes nos locais envolvidos com o
surto de doenças/ agravos.
“Na organização da atenção, o Agente Comunitário de Saúde (ACS) e o Agente de
Controle de Endemias (ACE) desempenham papéis fundamentais, pois se
constituem como elos entre a comunidade e os serviços de saúde. No processo de
trabalho, estes dois atores, ACS e ACE, devem ser corresponsáveis pelo controle
das endemias, integrando suas atividades de maneira a potencializar o trabalho e
evitar a duplicidade das ações que, embora distintas, se complementam.”
49
Práticas Integrativas e Complementares(PICs)
52
agravamento e a necessidade de atendimento imediato ou encaminhamento a outro
serviço de saúde.
De acordo com o Caderno de Atenção Básica número 30, Relação Nacional de Ações e
Serviços de Saúde (RENASES) e Manual Instrutivo do 3° Ciclo do PMAQ, são elencados
serviços e ações de saúde considerados importantes para serem ofertados na Atenção
Básica:
Acolhimento à DemandaEspontânea;
Atendimento individual emdomicílio;
Atendimento/Avaliação/ProcedimentoColetivo;
Atividade Coletiva/Educação em Saúde;
Atividade Educativa/orientação em grupo na atençãobásica;
Atendimento de Urgência na AtençãoBásica;
Consulta Médica em AtençãoBásica;
Coleta de material para exame citopatológico de colouterino;
Coleta de material para examelaboratorial;
Consulta dePré-Natal;
Exame do pédiabético;
GlicemiaCapilar;
Anamnese, exame físico, avaliação antropométrica, registro de marcadores do
pontos);
Tratamento de unhaencravada;
Otoscopia;
Exames de rastreamentos conforme protocolosvigentes;
Estesiometria (teste desensibilidade);
Prescrição, administração (oral, intramuscular, endovenosa, inalação/nebulização,
Espátula deAyres;
Fixador de lâmina (álcool/spray ougotas);
Escovinhaendocervical;
Lâmina de vidro com ladofosco;
Porta-lâmina ou Frasco plástico com tampa paralâmina
55
Hipertensão Arterial Sistêmica – Alterações agudas;
Mordeduras deanimais;
Queimaduras;
Rinossinusites/Síndromesgripais;
Sangramento genital anormal;
Tonturas eVertigens;
Urgênciasodontológicas;
Urgências oftalmológicas: “olhovermelho”;
Atenção em saúde mental no acolhimento à demandaespontânea;
Violência emaus-tratos;
ReanimaçãoCardiopulmonar(RCP): atendimento aos casos de
Classificar o risco
Atendimento imediato (alto risco de vida): necessita de intervenção daequipe
no mesmo momento, obrigatoriamente com a presença do médico. Ex.: Parada
cardiorrespiratória, dificuldade respiratória grave, convulsão, rebaixamento do
nível de consciência, dor severa.
Encaminhar para unidade de urgência /emergência após 1º atendimento
56
Atendimento no dia conforme risco classificar (risco baixo ou ausência de risco
com vulnerabilidade importante): situação que precisa ser manejada no mesmo
dia pela equipe levando em conta a estratificação de risco biológico e a
vulnerabilidade psicossocial. Ex.: disúria, tosse sem sinais de risco, dor lombar
leve, renovação de medicamento de uso contínuo, conflito familiar, usuário que
não conseguirá acessar o serviço em outro momento.
Atenção Domiciliar
A Atenção Domiciliar (AD) é indicada para pessoas que, estando em estabilidade clínica,
necessitam de atenção à saúde em situação de restrição ao leito ou ao lar de maneira
temporária ou definitiva ou em grau de vulnerabilidade na qual a atenção domiciliar é
considerada a oferta mais oportuna para tratamento, paliação, reabilitação e prevenção de
agravos, tendo em vista a ampliação de autonomia do usuário, família e cuidador.
A AD será organizada em três modalidades e a determinação da modalidade está atrelada
às necessidades de cuidado peculiares a cada caso, em relação à periodicidade indicada
das visitas, à intensidade do cuidado multiprofissional e ao uso de equipamentos e a
divisão em modalidades é importante para a compreensão do perfil de atendimento
prevalente, e, consequentemente, para adequado planejamento e gestão dos recursos
humanos, materiais necessários, e fluxos intra e intersetoriais.
Nas três modalidades de AD, as equipes responsáveis pela assistência têm como
atribuição:
Trabalhar em equipe multiprofissional integrada às Redes de Atenção àSaúde;
57
Identificar, orientar e capacitar o(s) cuidador(es) do usuário em atendimento,
envolvendo-o(s) na realização de cuidados, respeitando seus limites e potencialidades,
considerando-o(s) como sujeito(s) doprocesso;
Acolher demanda de dúvidas e queixas dos usuários, familiares oucuidadores;
Promover espaços de cuidado e de trocas de experiências para cuidadores e
familiares;
Utilizar linguagem acessível, considerando o contexto;
Pactuar fluxos para atestado de óbito, devendo ser preferencialmente emitido por
médico da EMAD ou da Equipe de Atenção Básica do respectivoterritório;
Articular, com os demais estabelecimentos da RAS, fluxos para admissão e alta dos
usuários em AD, por meio de ações como busca ativa e reuniõesperiódicas;
Participar dos processos de educação permanente e capacitaçõespertinentes.
58
Atendimento contínuo e regular ao paciente, realizado por equipe multiprofissional no
domicílio. Inclui todas as ações inerentes ao atendimento, considerando as três
modalidades de Atenção Domiciliar;
Avaliação integral das necessidades desaúde;
Estabelecimento de plano decuidado;
Seguimento do tratamentoproposto;
Avaliação da evolução docaso;
Ações educativas com os familiares e cuidador;
Cuidadospaliativos;
Realização de procedimentos diagnósticos eterapêuticos;
Ações de vigilância em saúde; suporte ventilatório não invasivo (CPAP e BIPAP);
Terapianutricional;
Oxigenoterapia (concentrador deO2);
Diáliseperitoneal;
Parecentese;
Aspiração de vias aéreas para higienebrônquica;
Consultas;
Acompanhamento domiciliar empós-operatório;
Adaptação do paciente e /ou cuidador ao uso do dispositivo detraqueostomia;
Adaptação do paciente ao uso deórteses/próteses;
Adaptação de pacientes ao uso de sondas eostomias;
Reabilitação de pessoas com deficiência permanente ou transitória, que necessitem de
atendimento contínuo, até que apresentem condições de frequentar serviços
dereabilitação.
Assistência Farmacêutica
59
A política de Assistência Farmacêutica é uma prioridade na Saúde Pública. As
interações e relações interdisciplinares no processo de construção, implementação e
avaliação, são extremamente importantes para a compreensão da Assistência
Farmacêutica no contexto das políticas nas quais ela está introduzida, sendo elas,
Política Nacional de Saúde, Política Nacional de Medicamentos, Política Nacional de
Assistência Farmacêutica, dentre outras normas.
Os medicamentos que fazem parte do CBAF são adquiridos por meio de recurso
tripartite – federal, estadual e municipal. A aquisição é subsidiada pela Portaria GM/MS
nº 1.555, de 30 de julho de 2013, que aprova as normas de financiamento e execução do
Componente.
São disponibilizados pela Secretaria Municipal de Saúde de Uberlândia os
medicamentos do componente básico da RENAME vigente, conforme definido na
REMUME - Relação Municipal de Medicamentos Essenciais.
60
Programa Saúde Escolar - PSE
62
VII - controle social; e
VIII - monitoramento e avaliação permanentes.
Mais do que uma estratégia de integração das políticas setoriais, o PSE se propõe a
ser um novo desenho da política de educação e saúde já que:
(1) trata a saúde e educação integrais como parte de uma formação ampla para a
cidadania e o usufruto pleno dos direitos humanos;
(2) permite a progressiva ampliação das ações executadas pelos sistemas de saúde
e educação com vistas à atenção integral à saúde de crianças e adolescentes; e
(3) promove a articulação de saberes, a participação de estudantes, pais,
comunidade escolar e sociedade em geral na construção e controle social da política
pública.
Imunização
O PNI organiza toda a política nacional de vacinação da população brasileira e tem como
missão o controle, a erradicação e a eliminação de doenças imunopreveníveis.
Atualmente, é considerado uma das principais e mais relevantes intervenções em saúde
pública no Brasil.
As vacinas ofertadas na rotina dos serviços de saúde são definidas nos calendários de
vacinação, nos quais estão estabelecidos:
63
- Os tipos devacina;
- O número de doses do esquema básico e dosreforços;
- A idade para a administração de cada dose;e
- O intervalo entre uma dose e outra no caso do imunobiológico, cuja proteção exija
mais de umadose.
64
No município de Uberlândia temos 70 salas de vacinas, distribuídas geograficamente em
todos os setores,de modo a facilitar o acesso , todas estão abertas das 8:00 as 17:00 e
ainda contamos com 9 unidades que atendem no horário do trabalhador. É realizada a
vacinação de BCG e Hepatite B em todas as maternidades do munícipio.
Utilizamos o sistema informatizado, de modo que é possível verificar todas as doses
administradas nominalmente em todo território nacional.
65
No município de Uberlândia temos 70 salas de vacinas, distribuídas geograficamente em
todos os setores,de modo a facilitar o acesso , todas estão abertas das 8:00 as 17:00 e
ainda contamos com 9 unidades que atendem no horário do trabalhador. É realizada a
vacinação de BCG e Hepatite B em todas as maternidades do munícipio.
Utilizamos o sistema informatizado, de modo que é possível verificar todas as doses
administradas nominalmente em todo território nacional.
66
ANEXO
Classificação Critérios
do Risco
2 3
GJ (mg/dL) GPP (mg/dL) HbA1c (%) Sinais e Pressão LOA CCA
Sintomas de arterial e/ou ND
1
Hiperglicemia (mmHg)
4
Baixo Pré-diabetes PAS < 130 Ausente Ausente
e
GJ ≤ 130 GPP ≤ 180 HbA1c ≤ 7 Ausente PAD < 85
(ótimo ou
normal)
Médio 130 < GJ ≤ 150 180 < GPP ≤ 200 7 <HbA1c≤8 Ausente 130≤PAS<140 Ausente Ausente
e
85 ≤PAD<90
(limítrofe)
Alto 150 < GJ < 200 200 <GPP< 270 8 <HbA1c<9 Presente Hipertensão Presente Ausente
5
ou Estágio I ou II ou
Ausente Sem CCA Ausente
Muito Alto GJ ≥ 200 GPP ≥ 270 HbA1c ≥ 9 Presente Hipertensão Presente Presente
5
ou Estágio I ou II ou
Ausente Com CCA Ausente
hipertensão arterial.
68
2
2. Ausência de LOA e;
3
3. Ausência de CCA .
1 1
Médio 1. Presença de 01 ou 02 FR e; 1. Até 02 FR e; NA
2 2
2. Ausência de LOA e; 2. Ausência de LOA e;
3. 3
3. Ausência de CCA 3. Ausência de CCA .
1 1
Alto 1. Presença de 03 ou mais FR e; 1. Ausência de FR e;
2 2
2. Presença de LOA e; 2. Ausência de LOA e;
3 3
3. Ausência de CCA . 3. Ausência de CCA .
1 1
Muito Alto 1. Qualquer FR e/ou; 1. Presença de FR ou;
2 2
2. Qualquer LOA e; 2. Presença de LOA ou;
3 3
3. Presença de CCA . 3. Presença de CCA .
Observação: pacientes com diabetes mellitus deverão ser reclassificados para um estágio
de risco superior.
*.PAS = 140-159 e/ouPAD = 90-99.
**.PAS = 160-179 e/ou PAD = 100-109.
***.PAS > 180 e/ou PAD > 110.
1. Sexo masculino; idade (anos): >55 masculino e >65 feminino; índice de massa corpórea
(kg/m2): >30; circunferência abdominal (cm): >102 masculino e >88 feminino; TG
(mg/dL)>150 e/ou LDL-c (mg/dL)>100 e/ou HDL-c (mg/dL) < 40; GJ (mg/dL): 100-125;
TOTG (mg/dL): >200mg/dL; tabagismo; história familiar positiva de doença cardiovascular:
< 55anos masculino e <65anos feminino.
2. Hipertrofia ventricular esquerda; espessura médio-intimal carotídea (mm): > 0,9 ou placa
de ateroma; índice tornozelo-braquial: < 0,9; taxa de filtração glomerular (mL/min/1,73m 2):
70-120 ou clearencede creatinina (ml/min): 30-60; microalbuminúria em 24horas (mg/24hr):
30-300 ou relação albumina/creatinina: < 0,2.
3. Doença cerebrovascular (ataque isquêmico transitório, acidente vascular cerebral
isquêmico ou hemorrágico, alteração cognitiva); doença aterosclerótica coronariana
(infarto, angina, revascularização miocárdica cirúrgica ou percutânea, insuficiência
cardíaca); doença renal (déficit importante de função com clearencede creatinina inferior
a30ml/min ou proteinúria superior a 300mg/24horas); retinopatia avançada (hemorragias
ou exsudatos, papiledema); doença arterial periférica (mal perfurante plantar, pé
diabético, claudicação de membros inferiores).
69
consultas* consultas
Muito alto 02 01 consulta Bimestral Semestral Semestral Semestral Semestral
consultas*
71
Capítulo 4│ Atenção à gestante
73
FLUXOGRAMA 08 - ATENÇÃO ODONTOLÓGICA AO PORTADOR DE IST
USUÁRIO EM
USUÁRIO
ATENDIMENTO
COMPROMETIMENTO
SISTÊMICO
Sim Não
CIRURGIÃO DENTISTA
(ATENÇÃO PRIMÁRIA)
ENCAMINHAR
MANUTENÇÃO INDIVIDUAL
AO MÉDICO DE EXAME CLÍNICO
OU COLETIVA
REFERÊNCIA
LESÕES EM
TECIDOS
MOLES?
Sim Não
TRATAMENTO
REFERENCIAR
CURATIVO E
IST
PREVENTIVO
ESPECIALISTA
CIRURGIÃO
ENCAMINHAR PARA
TRATAMENTO E PROSERVAÇÃO ATENÇÃO PRIMÁRIA COM
PLANO DE CUIDADO
74
FLUXOGRAMA 11 – CIRURGIA ORAL MENOR, PERIODONTIA E ENDODONTIA
USUÁRIO
USUÁRIO EM ATENDIMENTO:
INDICAÇÃO PARA CIRURGIA
ORAL MENOR, PERIODONTIA
E ENDODONTIA?
Sim Não
CIRURGIÃO DENTISTA
(ATENÇÃO PRIMÁRIA)
TRATAMENTO
REFERENCIAR: MANUTENÇÃO INDIVIDUAL
CURATIVO E
CEO OU COLETIVA
PREVENTIVO
ESPECIALISTA
CIRURGIÃO
ENCAMINHAR PARA
TRATAMENTO E PROSERVAÇÃO ATENÇÃO PRIMÁRIA COM
PLANO DE CUIDADO
75
FLUXOGRAMA 06 – CONSULTA PROGRAMADA DE ODONTOLOGIA
76
FLUXOGRAMA 07 - ESTOMATOLOGIA
ALTERAÇÕES DE TECIDOS BUCAIS (MOLES E DUROS)
USUÁRIO EM
USUÁRIO
ATENDIMENTO:
INDICAÇÃO PARA
ESTOMATOLOGIA?
Sim Não
CIRURGIÃO DENTISTA
REFERENCIAR: TRATAMENTO
MANUTENÇÃO INDIVIDUAL
PROCEDE E CURATIVO E
OU COLETIVA
UDE- UFU PREVENTIVO
ESPECIALISTA
CIRURGIÃO
ENCAMINHAR PARA
TRATAMENTO E PROSERVAÇÃO ATENÇÃO PRIMÁRIA COM
PLANO DE CUIDADO
77
FLUXOGRAMA 09 - PACIENTES COM NECESSIDADES ESPECIAIS
USUÁRIO EM
USUÁRIO
ATENDIMENTO COM
NECESSIDADE ESPECIAL:
PERMITE ATENDIMENTO
AMBULATORIAL?
Não Sim
CIRURGIÃO DENTISTA
(ATENÇÃO PRIMÁRIA)
TRATAMENTO
REFERENCIAR: MANUTENÇÃO INDIVIDUAL
CURATIVO E
CEO/SEPAE OU COLETIVA
PREVENTIVO
ESPECIALISTA
CIRURGIÃO
ENCAMINHAR PARA
TRATAMENTO E PROSERVAÇÃO ATENÇÃO PRIMÁRIA COM
PLANO DE CUIDADO
78