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Odelmo Leão
Prefeito Municipal de Uberlândia

Gladstone R. da Cunha Filho


Secretário Municipal de Saúde

Clauber Lourenço
Diretor Geral da SMS

Rubia Pereira Barra


Diretora de Redes Integral a Saúde

Cristina Angélica Gomes


Diretoria de Planejamento e Informação

Grupo de Trabalho
Karina Kelly de Oliveira
Coordenadora da Atenção Primária

Ana Rita de Faria


Colaboradora – SMS

Tania Berbert Ferreira Lima


Centro de Planejamento e Monitoramento

Poliana Castro de Resende Bonati


Coordenadora de Setor Sanitário

Maisa Marques Duarte


Apoio Técnico à Coordenação da Atenção Primária

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Esse documento foi elaborado por um Grupo de Trabalho formado por profissionais da
gestão e dos serviços de atenção primária. Contou também com a participação das
Comissões de Atenção Primária, Urgência e Emergência e com o Conselho Municipal de
Saúde que emitiram parecer conclusivo em matéria específica no campo de suas
atuações.
A versão aqui apresentada é uma versão conclusiva da “Carteira de Serviços” da Atenção
Primária do município, elaborada de acordo com o Art. 36º item V e VI do Regimento
Interno do CMSU, assim como à luz da Resolução, 453/2011/CNS, Lei Complementar
141/2012 e Lei Municipal 8.836/2004.
As recomendações sugeridas e alterações que surgirem ao longo da elaboração desse
documento,serão apresentadas ao Conselho Municipal de Saúde.

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1. Introdução............................................................................................................................. 7
2. A Atenção Básica no Município De Uberlândia .................................................................... 8
A Organização Territorial .................................................................................................. 8

Características dos Serviços de Atenção Primária à Saúde ............................................. 9

Tipos de estabelecimentos da Atenção Primária à Saúde: ........................................... 9

Tipos de equipes da Atenção Primária à Saúde: .......................................................... 9

3. Organização do Serviço e Processo de Trabalho na Atenção Básica .................................10


Características do Processo de Trabalho das Equipes de Atenção Básica .....................10

Organização do Acesso e Acolhimento aos Serviços ......................................................11

Horário de Funcionamento das Unidades Básicas de Saúde ..........................................13

Composição das Equipes e Carga Horária de Trabalho dos Profissionais da APS .....13

4. Atribuições dos Profissionais que Compõe as Equipes de Atenção Primária à Saúde .......15
São atribuições comuns a todos os profissionais: ........................................................16

São atribuições específicas do Agente Comunitário de Saúde: ...................................17

São atribuições da Equipe NASF: ................................................................................18

São atribuições da eCR: ...............................................................................................19

5. A Estratégia do Sistema de Informação FASTMEDIC na Atenção Básica ..........................20


6. Atividades Assistenciais Oferecidas no Âmbito da Atenção Primária ..................................21
Atenção à Saúde da Criança ...........................................................................................21

Atenção à Saúde do Adolescente ....................................................................................23

Atenção à Saúde da Mulher .............................................................................................24

Atenção à Saúde do Idoso ...............................................................................................27

Atenção às Doenças Crônicas .........................................................................................29

Atenção aoTabagismo .....................................................................................................32

Atenção à SaúdeBucal.....................................................................................................33

Atenção à Saúde Mental ..................................................................................................40

Ações de Promoção da Saúde ........................................................................................44

Ações de Vigilância em Saúde ........................................................................................46

Práticas Integrativas e Complementares(PICs) ...............................................................50


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Procedimentos e Atendimentos Realizados em Unidades Básicas de Saúde...............52
Urgência e Emergência na Atenção Primária à Saúda...................................................54
Atenção Domiciliar...........................................................................................................57

Assistência Farmacêutica................................................................................................59

Programa Saúde Escolar................................................................................................61


Imunização.......................................................................................................................63

Calendário Nacional De Vacinação – 2018.....................................................................64

Anexos ............................................................................................................................67

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INTRODUÇÃO

A Carteira de Serviços da Atenção Primária à Saúde (APS) é um documento que visa


nortear as ações de saúde na atenção primária oferecidas à população no Município de
Uberlândia.
Todos os profissionais, gestores e população devem se apropriar dos serviços de saúde
oferecidos na APS. Por isso, está acontecendo um esforço coletivo de gestores do nível
central, das coordenações das redes de saúde, das áreas de planejamento e do Conselho
Municipal de Saúde para a elaboração da mesma.
Conforme descrito na Política Estadual de Atenção Primária à Saúde de Minas Gerais
(PEAPS/MG), a APS caracteriza-se por um conjunto de ações de saúde, no âmbito
individual e coletivo, que abrange a promoção e a proteção da saúde,a prevenção de
agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação, redução de danos e a manutenção da
saúde com o objetivo de desenvolver uma atenção integral que impacte na situação de
saúde e autonomia das pessoas e nos determinantes e condicionantes de saúde das
coletividades. É a porta de entrada do sistema de saúde do município e está inserida em
uma rede de atenção à saúde e tem por finalidade oferecer o primeiro contato às pessoas
quando procuram o serviço de saúde.
Para que a APS seja resolutiva, é necessário ser desenvolvida por meio do exercício de
práticas de cuidado e gestão, democráticas e participativas, sob forma de trabalho em
equipe, dirigidas a populações de territórios definidos, pelas quais assume a
responsabilidade sanitária, considerando a dinamicidade existente no território em que
vivem essas populações.
Utiliza tecnologias de cuidado complexas e variadas que devem auxiliar no manejo das
demandas e necessidades de saúde de maior frequência e relevância em seu território,
observando critérios de risco, vulnerabilidade, resiliência e o imperativo ético de que toda
demanda, necessidade de saúde ou sofrimento devem ser acolhidos.
É desenvolvida com o mais alto grau de descentralização e capilaridade, próxima da vida
das pessoas. Deve ser o contato preferencial dos usuários, a principal porta de entrada e
centro de comunicação da Rede de Atenção à Saúde.
Orienta-se pelos princípios da universalidade, da acessibilidade, do vínculo, da
continuidade do cuidado, da integralidade da atenção, da responsabilização, da
humanização, da equidade e da participação social. A Atenção Básica considera o sujeito
em sua singularidade e inserção sócio-cultural, buscando produzir a atenção integral.

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A ATENÇÃO BÁSICA NO MUNICÍPIO DE UBERLÂNDIA

A Organização Territorial

Uberlândia encontra-se localizada na Mesorregião do Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba,


Estado de Minas Gerais, Região Sudeste do Brasil.

Distribuição territorial do município com distribuição dos distritos

Fonte: DPI/SEPLAN - 2012

O cidade de Uberlândia possui cerca de 668 mil de habitantes distribuídos em cinco


setores municípios.

Tabela 1. População por Setor


Setor População
Oeste 196.396
Central Norte 173.044
Leste 122.249
Sul 164.908
Z. Rural 11.698
Total 668.295

Atualmente, Uberlândia apresenta cobertura de Estratégia Saúde da Família de 41 %,


considerando 74 equipes de saúde da família implantadas. A cobertura de Saúde Bucal é
equivalente a 16%, Os Núcleos de Apoio à Saúde da Família somam 10 equipes e uma
equipe de Consultório na Rua implantada, segundo os dadosdisponibilizados no Cadastro
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Nacional de Estabelecimentos de Saúde – CNES do Ministério da Saúde, em referência ao
mês de outubro do ano de 2017.

Características dos Serviços de Atenção Primária à Saúde

A Atenção Primária à Saúde é composta por estabelecimentos e equipes de saúde de


diferentes modalidades e tipologias, sendo a Saúde da Família uma estratégia prioritária.

Tipos de estabelecimentos da Atenção Primária à Saúde:

Centro de Saúde/Unidade Básica de Saúde: unidade para realização de


atendimentos de Atenção Primária à saúde a uma população, de forma integral
programada ou não.
Posto de Saúde: unidade destinada à prestação de assistência a uma determinada
população, de forma programada ou não.
Unidade Mista: unidade básica de saúde destinada à prestação de atendimento em
Atenção Primária à Saúde e integral à saúde, de forma programada ou não, nas
especialidades básicas. Pode dispor, caso não haja no município ponto de atenção
específico, serviço para atendimento de urgência/emergência 24 horas e Serviço de
Apoio de Diagnóstico e Terapia (SADT) básico ou de rotina.

Tipos de equipes da Atenção Primária à Saúde:

Estratégia Saúde da Família (ESF): composta por equipe multiprofissional da


Estratégia de Saúde da Família com, no mínimo, médico generalista ou especialista
em saúde da família ou médico de família e comunidade, enfermeiro generalista ou
especialista em saúde da família, auxiliar ou técnico de enfermagem e agentes
comunitários de saúde.
Equipes de Atenção Básica (EAB): apresenta composição multiprofissional e com
responsabilidade de articular e prestar atenção integral à saúde das pessoas,
devendo realizar suas atividades nas unidades básicas de saúde a que estiver
vinculada.

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Estratégia de Saúde Bucal (ESB): a equipe saúde bucal deve fazer parte da equipe
multiprofissional das equipes saúde da família. Devendo ser composta por cirurgião
dentista generalista ou especialista em saúde da família e profissionais auxiliares
em saúde bucal (auxiliar e/ou técnico em Saúde Bucal).
Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF): constituídos por equipes compostas
por profissionais de diferentes áreas de conhecimento, que devem atuar de maneira
integrada e apoiando os profissionais das Equipes de Saúde da Família, das
Equipes de Atenção Primária à Saúde para populações específicas e academia da
saúde, atuando diretamente no apoio matricial às equipes da (s) unidade (s) na (s)
qual o NASF está vinculado e no território destas equipes. Os NASF fazem parte da
Atenção Primária à Saúde, mas não se constituem como serviços com unidades
físicas independentes ou especiais, e não são de livre acesso para atendimento
individual ou coletivo (estes, quando necessários, devem ser regulados pelas
equipes de Atenção Primária à Saúde em parceria com a Junta Reguladora).
Equipes do Consultório na Rua (eCR): equipes da Atenção Primária à Saúde,
compostas por profissionais de saúde com responsabilidade exclusiva de articular e
prestar atenção integral à saúde das pessoas em situação de rua.

ORGANIZAÇÃO DO SERVIÇO E PROCESSO DE TRABALHO NA ATENÇÃO BÁSICA

Características do Processo de Trabalho das Equipes de Atenção Básica

Definir do território de atuação e de população sob responsabilidade das UBS e das


equipes, sendo essencial possuir mapas com desenho do território de abrangência;
Programação e implementação das atividades de atenção à saúde de acordo com
as necessidades de saúde da população, considerando critérios de frequência,
risco, vulnerabilidade e resiliência;
Desenvolver ações que priorizem os grupos de risco e os fatores de risco com a
finalidade de prevenir o aparecimento ou a persistência de doenças e danos
evitáveis;
Realizar o acolhimento com escuta qualificada, classificação de risco, avaliação de
necessidade de saúde e análise de vulnerabilidade, tendo em vista a
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responsabilidade da assistência resolutiva à demanda espontânea e o primeiro
atendimento às urgências;
Prover atenção integral, contínua e organizada à população adscrita;
Realizar atenção à saúde na Unidade Básica de Saúde, no domicílio, em locais do
território e em outros espaços que comportem a ação planejada;
Desenvolver ações educativas que possam interferir no desenvolvimento de
autonomia, individual e coletiva, e na busca por qualidade de vida pelos usuários;
Implementar diretrizes de qualificação dos modelos de atenção e gestão, tais como
a participação coletiva nos processos de gestão, a valorização, fomento à
autonomia e protagonismo dos diferentes sujeitos implicados na produção de saúde,
o compromisso com a ambiência e com as condições de trabalho e cuidado, a
constituição de vínculos solidários, a identificação das necessidades sociais e
organização do serviço em função delas, entre outras;
Participar do planejamento local de saúde, assim como do monitoramento e
avaliação das ações na sua equipe, unidade e município, visando à readequação do
processo de trabalho e do planejamento diante das necessidades, realidade,
dificuldades e possibilidades analisadas;
Desenvolver ações intersetoriais, integrando projetos e redes de apoio social
voltados para o desenvolvimento de uma atenção integral;
Realizar atenção domiciliar destinada a usuários que possuam problemas de saúde
controlados/compensados e com dificuldade ou impossibilidade física de locomoção
até uma unidade de saúde, que necessitam de cuidados com menor frequência e
menor necessidade de recursos de saúde, e realizar o cuidado compartilhado com
as equipes de atenção domiciliar nos demais casos;
Participar de ações de Educação Permanente organizadas pela gestão municipal,
gestão estadual, pela própria equipe ou UBS e por outras equipes ou unidades de
saúde;
Realização de relacionamentos das equipes atuantes na atenção básica com os
outros pontos da Rede de atenção à Saúde.

Organização do Acesso e Acolhimento aos Serviços

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Atualmente, uns dos desafios que são enfrentados na APS configuram-se na
acessibilidade e acolhimento dos usuários do SUS. A Regulação ao Sistema de Saúde
começa na Atenção Primária, sendo essencial que os técnicos apoiem as Equipes de
Saúde no encaminhamento dos usuários para os demais níveis de atenção. A Regulação
não deve ser uma atividade administrativa distanciada dos serviços assistenciais, apenas
recebendo solicitações e organizando agenda de consultas especializadas e exames de
apoio diagnóstico. A qualificação do processo de regulação do acesso exige que os
profissionais da Regulação participem do dia a dia da Atenção Primária, com objetivo de
compreender os processos de trabalho das equipes e contribuir para qualificação dos
encaminhamentos, buscando sempre dispositivos que possam melhorar a eficácia das
referências e contra referências.

Para isso o município desenvolveu um fluxo onde as consultas especializadas e/ou


exames especializados, o pedido é encaminhado pela unidade de saúde ao setor de
Regulação, e o agendamento é feito pela Central de Marcação de acordo com a prioridade
e disponibilidade da vaga, seguindo o “protocolo de encaminhamento”, onde o paciente já
sai da unidade classificado, entra na fila de espera e a vaga é liberada de acordo com a
prioridade (urgência) do paciente. O prazo depende da oferta de cada procedimento. O
objetivo desse protocolo é racionalizar os encaminhamentos às especialidades, permitindo
que casos mais graves, que precisam de atendimento rápido, não fiquem aguardando
muito tempo na fila de espera.

Tais ações articuladas efetivam a universalidade e equidade do acesso, a resolubilidade e


integralidade do cuidado, enfim, ações meio que ajudam a criar as condições para uma
atenção à saúde pautada pelas necessidades e direitos de usuários cidadãos.

A melhoria da comunicação entre o usuário e equipe deve ser considerada e uma


ferramenta importante seria a colocação de um mural do usuário nas unidades de saúde
com a relação de todos os serviços ofertados, horário de funcionamento e a disponibilidade
das informações contidas nessa carteira de serviços.
Entretanto, o desafio de organizar adequadamente o acolhimento em uma unidade de
saúde exige a agregação de novos sujeitos capazes de se envolver com a gestão do
cuidado. No trabalho em saúde, a produção e o desenvolvimento da gestão do cuidado
são aspectos indissociáveis e que demandam a integração de mais atores.

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Horário de Funcionamento das Unidades Básicas de Saúde

Para que a população tenha acesso de qualidade, o horário de funcionamento das UBS
deve ser avaliado e considerar critérios de acordo com as necessidades locais com a
tentativa de aprimorar e ampliar o acesso dos usuários nos serviços de saúde.
A disponibilidade e flexibilidade dos horários de atendimento das unidades de saúde
devem estar pautadas em um modelo organizado que garantam o funcionamento da UBS
com oferta de serviços adequadamente. Dessa maneira, cabe elencar horários que
atendam às necessidades da população, como por exemplo, horário estendidos (noturnos),
atendimentos no horário de almoço e aos finais de semana.
O horário de funcionamento das Unidades de Saúde é definido pela gestão, com base na
estrutura física e recursos humanos disponíveis, mas ressalta-se a importância da UBS
estar oferecendo serviços, no período mínimo, de (05) cinco dias por semana nos turnos
da manhã e tarde, garantindo 40 horas semanais. Dessa maneira, assim que definido o
horário de atendimento da UBS, o mesmo deverá ser disponibilizado para os usuários.

Tabela 2 Horário de funcionamentos da unidade de saúde

UNIDADES DE SAÚDE HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO


Unidades Básicas de Saúde da Família 07:00h às 17:00h
Unidades Básicas de Saúde 07:00h às 19:00h
Unidades Básicas de Saúde que possuem- horário 07:00h às 22:00h
trabalhador

Composição das Equipes e Carga Horária de Trabalho dos Profissionais da APS

Estratégia Saúde da Família (ESF): é composta por equipe multiprofissional que possui, no
mínimo, médico generalista ou especialista em saúde da família ou médico de família e
comunidade, enfermeiro generalista ou especialista em saúde da família, auxiliar ou
técnico de enfermagem e agentes comunitários de saúde (ACS). Pode-se acrescentar a
esta composição, como parte da equipe multiprofissional, os profissionais de saúde bucal
(ou equipe de Saúde Bucal-eSB): cirurgião-dentista generalista ou especialista em saúde
da família, auxiliar e/ou técnico em Saúde Bucal.
O número de ACS deve ser suficiente para cobrir 100% da população cadastrada, com um
máximo de 750 pessoas por agente e de 12 ACS por equipe de Saúde da Família, não
ultrapassando o limite máximo recomendado de pessoas por equipe.

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Cada equipe de Saúde da Família deve ser responsável por, no máximo, 4.000 pessoas de
uma determinada área, que passam a ter corresponsabilidade no cuidado com a saúde.
A carga horária é de 40 horas semanais para todos os profissionais de saúde cadastrados
na Estratégia Saúde da Família. A Estratégia de Agentes Comunitários de Saúde (EACS):
a implantação da EACS deve ser adotada como estratégia inicial para implantação da
Estratégia Saúde da Família, devendo ser substituída gradativamente. Para compor a
EACS é necessário a existência de 01(um) enfermeiro e de 04 (quatro) até 12 (doze) ACS
e cumprimento da carga horária de 40 (quarenta) horas semanais por todos os
profissionais.
Equipe de Saúde Bucal (eSB): pode ser planejada em duas modalidades de composição:
Equipe composta por cirurgião dentista generalista ou especialista em saúde da família e
auxiliar em saúde bucal (ASB) ou técnico em saúde bucal (TSB);
Modalidade 2: equipe composta por cirurgião dentista generalista ou especialista em saúde
da família, técnico em saúde bucal (TSB) e auxiliar em saúde bucal (ASB) ou outro técnico
em saúde bucal (TSB).
Deve ser cumprida a carga horária de 40 (quarenta) horas semanais para todos os
componentes da equipe.
Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF): a definição da composição do NASF é de
responsabilidade dos gestores municipais, de acordo com os critérios de prioridade
identificados a partir dos dados epidemiológicos, das necessidades locais e da demanda
das equipes de saúde que serão apoiadas, dessa maneira os profissionais que podem
fazer parte da equipe do NASF, são: assistente social, profissional/professor de educação
física, farmacêutico, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, médico acupunturista, médico geriatra,
médico ginecologista/obstetra, médico homeopata, médico internista (clínica médica),
médico pediatra, médico psiquiatra, médico do trabalho, médico veterinário, nutricionista,
profissional de saúde sanitarista, ou seja, profissional graduado na área de saúde pós-
graduação em saúde pública ou coletiva ou graduado diretamente em uma dessas áreas,
psicólogo, terapeuta ocupacional e educador social.
A carga horária semanal de trabalho de cada profissional que compõem a equipe será de
acordo com cada modalidade de NASF:
NASF 1: a soma das cargas horárias semanais dos membros da equipe deve acumular no
mínimo 200 (duzentas) horas semanais, assim nenhum profissional poderá ter carga
horária semanal menor que 20 (vinte) horas, e cada ocupação considerada isoladamente

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deve ter no mínimo 20 (vinte) horas e no máximo 80 (oitenta) horas de carga horária
semanal.
NASF 2: a soma das cargas horárias semanais dos membros da equipe deve acumular no
mínimo 120 (cento e vinte) horas semanais, assim nenhum profissional poderá ter carga
horária semanal menor que 20 (vinte) horas, e cada ocupação, considerada isoladamente,
deve ter no mínimo 20 (vinte) horas e no máximo 40 (quarenta) horas de carga horária
semanal.
NASF 3: a soma das cargas horárias semanais dos membros da equipe deve acumular no
mínimo 80 (oitenta) horas semanais, assim nenhum profissional poderá ter carga horária
semanal menor que 20 (vinte) horas, e cada ocupação, considerada isoladamente, deve
ter no mínimo 20 (vinte) horas e no máximo 40 (quarenta) horas de carga horária semanal.
Equipes de Consultório na Rua (eCR):
Modalidade 1: equipe formada, minimamente, por 4 (quatro) profissionais, dentre os quais
2 (dois) destes, obrigatoriamente, deverão ser: enfermeiro, psicólogo, assistente social ou
terapeuta ocupacional; sendo os outros 2 (dois) componentes da equipe os seguintes
profissionais: agente social, técnico ou auxiliar de enfermagem, técnico em saúde bucal,
cirurgião dentista, profissional/professor de educação física e profissional com formação
em arte e educação.
Modalidade 2: equipe formada, minimamente, por 6 (seis) profissionais, dentre os quais 3
(três) destes, obrigatoriamente, deverão ser: enfermeiro, psicólogo, assistente social ou
terapeuta ocupacional; sendo os outros 3 (três) componentes da equipe os seguintes
profissionais: agente social, técnico ou auxiliar de enfermagem, técnico em saúde bucal,
cirurgião dentista, profissional/professor de educação física e profissional com formação
em arte e educação.
Modalidade 3: equipe da Modalidade II acrescida de um profissional médico.
O cumprimento da carga horária mínima semanal é de 30 (trinta) horas, podendo ocorrer
em período diurno e/ou noturno e em qualquer dia da semana, conforme demanda das
pessoas em situação de rua.

ATRIBUIÇÕES DOS PROFISSIONAIS QUE COMPÕE AS EQUIPES DE ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE

As atribuições de cada um dos profissionais das equipes de atenção básica devem seguir
as referidas disposições legais que regulamentam o exercício de cada uma das profissões.

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São atribuições comuns a todos os profissionais:
Participar do processo de territorialização e mapeamento da área de atuação da
equipe, identificando grupos, famílias e indivíduos expostos a riscos e
vulnerabilidades;
Manter atualizado o cadastramento das famílias e dos indivíduos no sistema de
informação indicado pelo gestor municipal e utilizar, de forma sistemática, os dados
para a análise da situação de saúde considerando as características sociais,
econômicas, culturais, demográficas e epidemiológicas do território, priorizando as
situações a serem acompanhadas no planejamento local;
Realizar o cuidado da saúde da população adscrita, prioritariamente no âmbito da
unidade de saúde, e quando necessário no domicílio e nos demais espaços
comunitários (escolas, associações, entre outros);
Realizar ações de atenção à saúde conforme a necessidade de saúde da população
local, bem como as previstas nas prioridades e protocolos da gestão local;
Garantir da atenção à saúde buscando a integralidade por meio da realização de
ações de promoção, proteção e recuperação da saúde e prevenção de agravos; e
da garantia de atendimento da demanda espontânea, da realização das ações
programáticas, coletivas e de vigilância à saúde;
Participar do acolhimento dos usuários realizando a escuta qualificada das
necessidades de saúde, procedendo a primeira avaliação (classificação de risco,
avaliação de vulnerabilidade, coleta de informações e sinais clínicos) e identificação
das necessidades de intervenções de cuidado, proporcionando atendimento
humanizado, se responsabilizando pela continuidade da atenção e viabilizando o
estabelecimento do vínculo;
Realizar busca ativa e notificar doenças e agravos de notificação compulsória e de
outros agravos e situações de importância local;
Responsabilizar-se pela população adscrita, mantendo a coordenação do cuidado
mesmo quando esta necessita de atenção em outros pontos de atenção do sistema
de saúde;
Praticar cuidado familiar e dirigido a coletividades e grupos sociais que visa propor
intervenções que influenciem os processos de saúde doença dos indivíduos, das
famílias, coletividades e da própria comunidade;
Realizar reuniões de equipes a fim de discutir em conjunto o planejamento e
avaliação das ações da equipe, a partir da utilização dos dados disponíveis;
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Acompanhar e avaliar sistematicamente as ações implementadas, visando
adequação do processo de trabalho;
Garantir a qualidade do registro das atividades nos sistemas de informação na
Atenção Básica;
Realizar trabalho interdisciplinar e em equipe, integrando áreas técnicas e
profissionais de diferentes formações;
Realizar ações de educação em saúde a população adstrita, conforme planejamento
da equipe;
Participar das atividades de educação permanente;
Promover a mobilização e a participação da comunidade, buscando efetivar o
controle social;
Identificar parceiros e recursos na comunidade que possam potencializar ações
intersetoriais;
Realizar outras ações e atividades a serem definidas de acordo com as prioridades
locais.

São atribuições específicas do Agente Comunitário de Saúde:


Trabalhar com adscrição de famílias em base geográfica definida, a microárea;
Cadastrar todas as pessoas de sua microárea e manter os cadastros atualizados;
Orientar as famílias quanto à utilização dos serviços de saúde disponíveis;
Realizar atividades programadas e de atenção à demanda espontânea;
Acompanhar, por meio de visita domiciliar, todas as famílias e indivíduos sob sua
responsabilidade. As visitas deverão ser programadas em conjunto com a equipe,
considerando os critérios de risco e vulnerabilidade de modo que famílias com maior
necessidade sejam visitadas mais vezes, mantendo como referência a média de 1
(uma) visita/família/mês;
Desenvolver ações que busquem a integração entre a equipe de saúde e a
população adscrita à UBS, considerando as características e as finalidades do
trabalho de acompanhamento de indivíduos e grupos sociais ou coletividade;
Desenvolver atividades de promoção da saúde, de prevenção das doenças e
agravos e de vigilância à saúde, por meio de visitas domiciliares e de ações
educativas individuais e coletivas nos domicílios e na comunidade, mantendo a
equipe informada, principalmente a respeito das situações de risco;

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Estar em contato permanente com as famílias, desenvolvendo ações educativas,
visando à promoção da saúde, à prevenção das doenças, e ao acompanhamento
das pessoas com problemas de saúde, bem como ao acompanhamento das
condicionalidades do Programa Bolsa Família ou de qualquer outro programa similar
de transferência de renda e enfrentamento de vulnerabilidades implantado pelo
Governo Federal, estadual e municipal de acordo com o planejamento da equipe.

São atribuições da Equipe NASF:


O processo de trabalho dos profissionais do NASF deve ser desenvolvido por meio
do apoio matricial, através da criação de espaços de discussão e planejamento em
conjunto com as equipes que a ele se vinculam. Para isso, inúmeras atividades
podem ser desenvolvidas, abrangendo tanto a dimensão clínica e sanitária quanto a
pedagógica.
Podemos citar diversas atribuições comuns aos membros da equipe do NASF. No
entanto, é importante ressaltar que diferenças de atuação entre os profissionais da
equipe podem existir, pois há singularidades de competências específicas de cada
núcleo de conhecimento. São consideradas atribuições comuns:
Desenvolver ações clínicas em conjunto com as equipes apoiadas nos territórios de
sua responsabilidade, como atendimento compartilhado de casos clínicos, de
acordo com pactuação prévia com as equipes;
Elaborar projetos terapêuticos, por meio de discussões periódicas de casos clínicos,
que permitam a apropriação conjunta do cuidado dos usuários pelo NASF e pela
equipe, desenvolvendo a responsabilidade compartilhada;
Realizar intervenções específicas de cada categoria profissional dos membros da
equipe do NASF com os usuários e famílias, nas unidades básicas de saúde, em
domicílio ou em outros locais do território;
Desenvolver ações em grupo e coletivas no território e em outros espaços da
comunidade, podendo haver integração com outros setores, como educação,
esporte, cultura, trabalho, lazer;
Identificar, em conjunto com as equipes de SF e a comunidade, as atividades, ações
e práticas a serem adotadas nos territórios adstritos às equipes, e o público
prioritário para as ações, visando à prevenção e a promoção de saúde;

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Avaliar, em conjunto com as equipes apoiadas e os Conselhos de Saúde, o
desenvolvimento, a implementação e o impacto de suas ações sobre a situação de
saúde do território adstrito, por meio de indicadores previamente estabelecidos;
Elaborar materiais de apoio, protocolos e outras ações de educação permanente,
auxiliando na gestão do processo de trabalho das equipes vinculadas;
Desenvolver material educativo e informativo aos usuários.

São atribuições da eCR:


Definir o território de atuação e da população sob sua responsabilidade;
Programar e implementar as atividades de atenção à saúde de acordo com as
necessidades de saúde da população, com a priorização de intervenções clínicas e
sanitárias nos problemas de saúde segundo critérios de frequência, risco,
vulnerabilidade e resiliência;
Desenvolver ações que priorizem os grupos de risco e os fatores de risco clínico-
comportamentais, alimentares e/ou ambientais, com a finalidade de prevenir o
aparecimento ou a persistência de doenças e danos evitáveis;
Realizar o acolhimento com escuta qualificada, classificação de risco, avaliação de
necessidade de saúde e análise de vulnerabilidade tendo em vista a
responsabilidade da assistência resolutiva à demanda espontânea e o primeiro
atendimento às urgências;
Prover atenção integral, contínua e organizada à população adscrita;
Realizar atenção à saúde no espaço da rua, na UBS, em locais do território (salões
comunitários, escolas, creches, praças, etc.) e outros espaços que comportem a
ação planejada;
Articular com as equipes das UBS referentes ao território de abordagem para
encaminhamento e acompanhamento das demandas de saúde do usuário;
Desenvolver ações educativas que possam interferir no processo de saúde- doença
da população de rua, no desenvolvimento de autonomia, individual e coletiva, e na
busca por qualidade de vida pelos usuários;
Implementar a constituição de vínculos solidários e a identificação das necessidades
sociais, de forma a organizar o serviço em função delas;
Participar do planejamento local de saúde, assim como do monitoramento e
avaliação das ações na sua equipe, unidade e município, visando à readequação do

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processo de trabalho e do planejamento frente às necessidades, realidade,
dificuldades e possibilidades analisadas;
Desenvolver ações intersetoriais, integrando projetos e redes de apoio social,
voltados para o desenvolvimento de uma atenção integral;
Apoiar as estratégias de fortalecimento da gestão local e do controle social.

A ESTRATÉGIA DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO FASTMEDIC NA ATENÇÃO BÁSICA

Atualmente, com três módulos implantado, o Sistema de Informação integra as ações


desenvolvidas em todas as unidades da Rede Municipal de Saúde.
O módulo Prontuário Eletrônico estabelece um fluxo de processo otimizado, propiciando
melhor distribuição e aproveitamento das consultas além de proporcionar um atendimento
mais personalizado.
Sua utilização permite diminuir a repetição de solicitação de exames e encaminhamentos
através de validações parametrizadas e de acesso on-line a todo histórico do paciente
durante seu atendimento. Isso se traduz em economia para o município.
Durante o atendimento são identificados casos de pacientes que necessitam ações
preventivas e acompanhamento. Para cada especialidade identificada existe uma ação
programada específica. O sistema oferece um protocolo de atendimento para Hipertenso,
Diabético, Hanseníase, Mulher e Criança.
Utiliza a tecnologia de odontograma digital nos atendimentos à saúde bucal, permitindo o
registro do plano de cuidado programado e realizado para cada paciente.
Possibilita a organização dos processos de trabalho nas unidades de saúde, auxiliando no
planejamento da agenda dos profissionais, procedimentos e visitas. Torna possível o
controle da prescrição dispensação e estoque de medicamentos.
A partir do registro das informações contidas no sistema, automaticamente, envia os dados
para o SISAB e, também, emite o BPA para faturamento dos procedimentos ambulatoriais,
que por estarem de acordo com as regras do SIA, elimina a possibilidade de glosas nas
faturas apresentadas.
O módulo Central de Regulação contempla funcionalidades de agendamentos de
consultas e SADT (Serviços de Apoio, Diagnóstico e Terapias), sendo estes
agendamentos vinculados às solicitações provenientes da atenção básica e a
programação dos prestadores.

20
O módulo de Epidemiologia gera informações de incidência de agravos, sejam eles de
notificação obrigatório ou de interesse de controle local.
Contempla funcionalidades de criação de grupos de agravos a serem controlados,
parametrização de quantidade de casos limite para alarme e controle da distribuição
geográfica da ocorrência dos agravos.
É integrado ao prontuário, fazendo com que a informação quanto a ocorrência de agravos
seja registrada no momento do atendimento.
Possui uma funcionalidade de monitoramento constante, que permite ao gestor ter a
posição on-line quanto aos agravos ocorridos no município, alertando sobre uma provável
epidemia ou endemia.

ATIVIDADES ASSISTENCIAIS OFERECIDAS NO ÂMBITO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA

A seguir iremos pontuar as ações a serem realizadas na atenção primária, com base nas
propostas da PNAB (Política Nacional de Atenção Básica), Cadernos de Atenção Básica
do Ministério da Saúde, PMAQ (Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade
da Atenção Básica), entre outros, que contribuem para a oferta de uma atenção qualificada
na rede de atenção à saúde. Não se pretende esgotar todas as possibilidades de práticas
de saúde na atenção básica, mas sim ofertar um determinado conjunto de ações que são
consideradas estratégicas e potenciais produtoras de mudanças no cotidiano dos serviços.
Lembramos que o processo de qualificação é incremental e contínuo, construído a partir de
um trabalho conjunto envolvendo gestão, trabalhadores e usuários no planejamento das
ações a serem realizadas para que, de forma gradual, a qualificação da atenção e a
equidade em saúde sejam conquistadas.

Atenção à Saúde da Criança

Acolhimento:
 A captação do recém-nascido (ACS – primeiras 24horas);
 Visita domiciliar na primeira semana após o parto;
 A captação de lactentes e pré-escolares (todas as crianças da área de
abrangência cadastradas e incluídas no acompanhamento);
 Com avaliação de risco (demanda espontânea).

21
As ações do 5º dia:
 Acolhimento do binômio mãe-bebê de forma humanizada;
 Coleta do Teste do pezinho;
 Vacinas (caso não tenha sido realizada ainda na maternidade) e, orientações sobre
as próximas vacinas do calendário da criança;
 Aleitamento materno (avaliar a mamada; prevenir e ajudar nas dificuldades para o
estabelecimento da amamentação);
 Sinais de perigo (avaliar icterícia, perda de peso, desidratação, sinais de infecção do
coto umbilical);
 Agendar a primeira consulta (ou reforçar sobre a importância de não faltar à
consulta, já agendada na maternidade);
 Conferir os exames de triagem neonatal feitos na maternidade antes da alta (Teste
da Orelhinha, Teste do Olhinho, Teste do Coraçãozinho) ou agendar os que não
foram realizados.
 Reforçar importância da realização dos Testes de triagem neonatal (não faltar ao
Teste da Orelhinha, por ex.).

Acompanhamento:
 Consulta de puericultura - acompanhamento do crescimento (peso e estatura e
perímetro cefálico) e desenvolvimento (físico cognitivo e psicossocial) – realizado
por médico e enfermeira, conforme Cronograma de Consultas seguindo protocolo
municipal;
 Anamnese;
 Exame físico;
 Estratificação de risco e monitoramento da frequência às consultas – Aprazamento
Rotativo de Puericultura - (busca ativa em caso de faltosos);
 Promoção e apoio ao aleitamento materno exclusivo até os 6 meses e aleitamento
materno complementado continuado até 2 anos ou mais, orientação alimentar e
alimentação saudável;
 Saúde bucal e higiene oral;
 Imunização de rotina, participação nas campanhas e atualização da caderneta da
criança;
 Prevenção de acidentes.

22
Violência doméstica: prevenção
 Violência física;
 Violência sexual;
 Vitimização psicológica;
 Negligência;
 Síndrome de munchausen.

Realizar rastreamento e acompanhamento para as patologias mais decorrentes na


infância
 Desnutrição;
 Diarreia;
 Tosse e/ou dificuldade respiratória;
 Parasitose intestinal;
 Anemia ferropriva;
 Tuberculose;
 Triagem neonatal positiva;

Atenção à Saúde do Adolescente

Acolhimento ao adolescente :
aproveitar qualquer momento do adolescente na unidade de saúde para o acolhimento;
vínculo de confiança entre a equipe de saúde da família, o adolescente e sua família;
Se o adolescente procurar a Unidade Básica de Saúde sem o acompanhamento dos
pais, ele tem o direito de ser atendido sozinho. No entanto, a equipe poderá negociar
com ele a presença dos pais ou responsáveis se for o caso.
avaliação das situações de risco/ vulnerabilidade;

Consulta de puericultura do adolescente (10 a 19 anos):


Avaliação deaspectos da vida social, de escola/ trabalho, de uso de tecnologias; da
sexualidade, da situação psicoemocional e violência, entre outros (anamnese);
Acompanhamento do crescimento: avaliação de peso, altura, IMC/idade e altura/idade
– curvas e critérios da OMS (2007). Identificação e acompanhamento em risco nutricional
(baixo peso, sobrepeso e obesidade);
23
Acompanhamento da puberdade – critérios de Tanner (masculino e feminino):
Pesquisa de causas de retardo puberal em adolescentes que não iniciaram a puberdade
no sexo feminino até os 13 anos (broto mamário) e no sexo masculino até os 14 anos
(aumento de testículos) e, avaliação de ginecomastia.

Alerta para os sinais e sintomas de violências: violência/vitimização psicológica;


Violência física; Violência sexual; Negligência;
Rastreamento e acompanhamento para as seguintes doenças crônicas:
 Hipertensão Arterial Sistêmica;
 Diabetes Mellitus;
 Obesidade;
 Doença Renal Crônica(DRC);
 Doenças Crônicas Respiratórias.
Aconselhamento sobre estilo de vida e alimentação saudável;
Promoção da saúde e prevenção de agravos e acidentes;
Prevenção do uso de drogas, álcool e tabagismo; educação digital.
Prevenção da violência: acolhimento, atendimento, notificação e
acompanhamento dos casos suspeitos ou confirmados.
Atendimento aos agravos prevalentes na adolescência;
Realizar ações para o Programa Saúde na Escola;
Saúde bucal e higiene oral.
Atividades educativas individuais e coletivas;
Saúde Sexual e Reprodutiva:
 Informação e orientação sobre os direitos sexuais e reprodutivos;
 Prevenção, identificação e acompanhamento das IST/AIDS;
 Orientação individual e em grupos de métodos contraceptivos disponíveis;
 Investigação de infertilidade conjugal;
 Abordagem às disfunções sexuais;
 Atenção aos agravos do aparelho reprodutivo e geniturinário;
 Assistência ao pré-natal, parto e puerpério.
Saúde bucal e higiene oral.

Atenção à Saúde da Mulher

Pré-Natal
24
 Captação precoce;
 Ampliar o acesso e busca ativa das gestantes;
 Promover o incentivo ao pré-natal completo;
 Diagnóstico de gravidez – BHCG (Hormônio Beta Gonadotrofina Coriônica);
 A consulta da gestante será realizada pelo Médico(a) e enfermeiro(a) conforme
protocolo do Pré- Natal;
 Estratificação do risco gestacional;
 Solicitação e avaliação de exames laboratoriais de rotina e USG obstétrica;
 Solicitação de USG obstétrico morfológico para gestantes do Pré - Natal de Alto
Risco;
 Solicitação de exames complementares;
 Prescrição de medicamentos gerais;
 Prescrição de Ácido Fólico e Sulfato Ferroso;
 Prescrição de vacinação antitetânica (dupla adulto), gripe e coqueluche;
 Visita domiciliar;
 Registro de informações na caderneta da gestante e na ficha perinatal;
 Encaminhamentos para visita à maternidade;
 Encaminhamentos para a consulta odontológica;
 Encaminhamento, quando necessário, para o Pré- Natal de Alto Risco com
acompanhamento compartilhado pela APS;
 Incentivo ao parto normal;
 Orientações sobre o momento do parto (parto humanizado);
 Orientação quanto aos fatores de risco: tabagismo, alcoolismo e outras drogas;
 DHEG e diabetes gestacional;
 Grupos de atenção em saúde;
 Acompanhamento da gestante HIV positivo;
 Diagnóstico precoce: testes rápidos (Sífilis, HIV, Hepatites).
 Reestruturação e reativação do Programa Mãe Uberlândia

Puerpério
 Consultas e Orientações.
Amamentação
 Promoção do aleitamento materno;
 Benefícios do aleitamento materno.
25
 Orientação e acompanhamento:
 Orientação em caso de adoção de bebê.

Vigilância dos Óbitos Maternos


Prevenção do Câncer de Colo Uterino
 Realizar o rastreamento do câncer de colo uterino;
 Coletar o material para citologia oncótica;
 Solicitar exames de citologia oncótica diretamente no Sistema de Informações do
Câncer (SISCAN);
 Ofertar colposcopia e CAF (Cirurgia de Alta Frequência);
 Encaminhamento para outros níveis de atenção à saúde.

Prevenção do Câncer de Mama


 Realizar o rastreamento do câncer de mama com a disponibilização da mamografia
 Solicitar exames de mamografias diretamente no Sistema de Informações do
Câncer (SISCAN);
 Realizar o exame clínico das mamas;
 Orientar o auto-exame das mamas;
 Encaminhamento para outros níveis de atenção à saúde.

Outros
 Atenção à Mulher no Climatério e menopausa (orientação e tratamento);
 Assistência aos distúrbios do ciclo menstrual;
 Doenças sexualmente transmissíveis;
 Assistência aos Transtornos da Sexualidade;
 Planejamento familiar;
 Violência sexual e doméstica (prevenção, escuta,encaminhamento);
 Aborto Legal (escuta, orientação, encaminhamento);
 Orientação sobre alimentação do bebê e da criança;
 Saúde mental e gênero;
 Atenção à saúde das Mulheres Lésbicas, Negras, Indígenas, Residentes e
Trabalhadoras na Área Rural, em Situação de prisão, quilombolas, do campo, das
águas e da floresta, em situação de rua;
 Atenção às doenças Crônico-Degenerativa;
26
 Analisar e alimentar os sistemas de informação (SIAB, SIM, SINAN, SISPRENATAL,
SISCAN).

Atenção à Saúde do Idoso

A Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa - PNSPI, portaria nº 2.528 de 19 de outubro


de 2006, Ministério da Saúde, preconiza recuperar, manter e promover a autonomia e a
independência dos indivíduos idosos direcionando medidas coletivas e individuais de
saúde para garantir essa finalidade em consonância com os princípios e diretrizes do SUS.
Assim como, o Estatuto do Idoso e suas alterações – Lei nº10.741, de 1º outubro de 2003,
assegura a atenção integral, acesso universal e igualitário, em conjunto articulado das
ações e serviços, para a prevenção, promoção, proteção e recuperação da saúde.
Respaldado nas políticas voltadas para atenção à pessoa idosa, o Mapa Estratégico
da Secretaria Municipal de Saúde direciona as ações para a melhoria da autonomia a e da
independência da pessoa idosa com ênfase na qualidade de vida.
De acordo a Relação Nacional de Ações e Serviços de Saúde (RENASES),
publicada em 2012, o Caderno de Atenção Básica CAB nº 19 Envelhecimento e Saúde
publicados em 2010 pelo MS; outras legislações e linha guias afins: compete a Atenção
Primária à Saúde as seguintes ações para Atenção à Saúde da Pessoa Idosa:
- Cadastramento da população idosa em base territorial; manutenção cadastroatualizado.
- Estratificação de risco breve utilizando instrumento do Prontuário Eletrônico e Caderneta
de Saúde da Pessoa Idosa - CSPI.
- Registro no prontuário eletrônico da entrega da Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa –
CSPI com preenchimento da identificação e demais dados serem atualizados nos
atendimentos de saúde
- Atendimento prioritário a pessoas com 60 anos ou mais (prioridade com idade igual ou
maior de 80 anos) e outras prioridades; nos atendimentos de saúde que não são
considerados urgência e emergência ou que não são agendados com hora marcada.
- Conhecimento de hábitos de vida, valores culturais, éticos e religiosos das pessoas
idosas, de suas famílias e dacomunidade;
- Acolhimento a pessoas idosas de forma humanizada, na perspectiva de uma
abordagem integral e resolutiva, possibilitando a criação de vínculos com ética,
compromisso erespeito.
- Ações de prevenção, promoção, aconselhamento, educativas e terapêuticas.

27
- Utilizar a estratificação do risco para identificação das vulnerabilidades como forma de
detecção e tratamento precoce de problemas de saúde, direcionando ações conforme grau
de risco.
- Avaliação multidimensional para medir a capacidade funcional.
- Prevenção, identificação e acompanhamento da pessoa idosa em processo de
fragilização e frágeis.
- Alimentação e análise de dados dos Sistemas de Informação em Saúde para
planejamento, programação e avaliação das ações relativas à saúde da pessoa idosa.
- Atenção contínua às necessidades de saúde articulada com demais pontos de atenção,
com vistas ao cuidado longitudinal.
- Elaboração pela equipe de saúde do Plano de Cuidados das pessoas idosas.
- Acompanhamento de práticas de controle da saúde como o tratamento e auto cuidado.
- Prevenção de quedas, acompanhamento aos idosos que apresentam quedas frequentes
e aqueles que realizaram cirurgia de fratura do fêmur.
- Prevenção, identificação e acompanhamento de distúrbios nutricionais da pessoa idosa;
- Realização de avaliação da saúde bucal e tratamentos básicos necessários.
- Prevenção, identificação e acompanhamento de situações de todos os tipos de violência
como física, financeira, psicológica entre outras.
- Preenchimento obrigatório da ficha de notificação de violência, após enviar para
Vigilância Epidemiológica.
- Gestão de casos complexos e compartilhamento intersetorial, principalmente com o
CREAS Idoso/ Pessoa com Deficiência (SEDESTH).
- Acolhimento, orientação e ações educativas individuais ou em grupos de cuidadores de
idosos.
- Ações de imunização específicas para o grupo.
- Vista domiciliar ou institucional visando à qualificação do cuidado e proporcionando
atendimento integral, vínculo e responsabilização, incluindo pessoas que se encontram
institucionalizadas.
– Atendimento domiciliar da equipe da unidade de saúde, para a população idosa esteja
impossibilitada de se locomover, inclusive para idosos institucionalizados, principalmente
de Instituições de Longa Permanência para Idosos – ILPI filantrópicas.
- Encaminhamento ao Programa Melhor em Casa para atendimento domiciliar conforme
critério.

28
- Encaminhamento para exames e consultas especializadas, assim como pronto
atendimento, conforme necessidade.
-Participação da equipe em atividades de educação permanente referente ao
envelhecimento.
- Apoio matricial em gerontologia da Rede de Atenção á Saúde da Pessoa Idosa – RASPI.

Atenção às Doenças Crônicas

Diabetes Mellitus
 Realizar rastreamento para adultosassintomáticos:
 Excesso de peso (IMC >25 kg/m2) e um fator derisco;
 Idade ≥ 45anos;
 Risco cardiovascularmoderado.
 Realizar acompanhamento paraadultos:
 Consulta de enfermagem para avaliação inicial e orientação sobre estilo de
vida saudável;
 Consulta de enfermagem para acompanhamento de pessoas comDM;
 Consulta médica na avaliação inicial e acompanhamento da pessoa
comDM;
 Apoio matricial do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) quando
necessário;
 Exames complementares quando necessário;
 Tratamento não medicamentoso emedicamentoso;
 Manejo das complicações agudas e crônicas doDM;
 Consultaodontológica;
 Realizar encaminhamentos para atenção especializada conforme critérios
estabelecidos.

Hipertensão Arterial Sistêmica


 Realizar rastreamento para adultos maiores de 18anos:
 Aferir a pressão arterial (PA) a cada dois anos, se PA menor que
120/80mmHg;
 Aferir a PA a cada ano, se PA entre 120 – 139/80 – 89 mmHg nas pessoas
sem outros fatores de risco para doença cardiovascular(DCV);
29
 Aferir a PA em mais dois momentos em um intervalo de 1 – 2 semanas, se
PA maior ou igual a 140/90 mmHg ou PA entre 120 – 139/80 – 89 mmHg
na presença de outros fatores de risco para doença cardiovascular(DCV).

 Realizar rastreamento para crianças eadolescentes:


 Aferir a PA em toda avaliação clínica após os 3 anos de idade, pelo menos
anualmente.

 Realizar acompanhamento para adulto maiores de 18anos:


 Consulta de enfermagem para pessoas com pressão arteriallimítrofe;
 Consulta de enfermagem para acompanhamento da pessoa comHAS;
 Consulta médica na avaliação inicial e no acompanhamento da pessoacom
HAS;
 Apoio matricial do NASF quandonecessário;
 Exames complementares quando necessário;
 Tratamento não medicamentoso emedicamentoso;
 Manejo na crisehipertensiva;
 Encaminhamentos para atenção especializada conforme
critériosestabelecidos.
Obesidade
 Realizarrastreamento:
 Realizar vigilância alimentar enutricional.

 Realizaracompanhamento:
 Exames complementares quando necessário;
 Tratamento não medicamentoso emedicamentoso;
 Apoio matricial do NASF quandonecessário;
 Encaminhamentos para atenção especializada conforme
critériosestabelecidos;
 Identificar os casos de transtorno alimentar e encaminhar para tratamento
especializado;
 Acompanhar de forma compartilhada com a atenção especializada os
casos de pré e pós-operatório de cirurgiabariátrica;

30
 Consulta de enfermagem para acompanhamento de pessoas com
sobrepeso e obesidade;
 Consulta médica para acompanhamento da pessoa com sobrepeso
eobesidade.

Doença Renal Crônica (DRC)

 Realizarrastreamento:
 Identificar os indivíduos sob o risco de desenvolverDRC.

 Realizaracompanhamento:
 Exames complementares quandonecessário;
 Classificação de acordo com o estágio daDRC;
 Solicitar apoio matricial do NASF quandonecessário;
 Estratégias de prevenção para a DRC nos pacientes sob o risco de
desenvolver a doença;
 Estratégias de prevenção da progressão daDRC;
 Encaminhamentos para atenção especializada conforme estágio daDRC;
 Consulta de enfermagem para acompanhamento de pessoas comDRC;
 Consulta médica para acompanhamento da pessoa comDRC;
 Tratamento não medicamentoso emedicamentoso;
 Acompanhar os pacientes em tratamento na atenção especializada, de
forma compartilhada.

Doenças Cardiovasculares

 Realizar rastreamento paraadultos:


 Identificação de fatores de riscocardiovasculares;
 Classificação do risco cardiovascular segundo Escore deFramingham.

 Realizar acompanhamento paraadultos:


 Tratamento não medicamentoso emedicamentoso;
 Consulta de enfermagem para avaliação inicial, acompanhamento e
orientação sobre estilo de vidasaudável;
31
 Consulta médica na avaliação inicial e acompanhamento da pessoa com
doenças cardiovasculares;
 Apoio matricial do NASF quandonecessário;
 Exames complementares quando necessário;
 Realizar encaminhamentos para atenção especializada conforme critérios
estabelecidos.

Doenças Crônicas Respiratórias

 Realizar rastreamento para adultos eadolescentes:


 Presença de tosse associada ou não a outra alteração respiratória, por
algumas semanas.
 Realizar rastreamento paracrianças:
 Presença de tosse por três meses e/ou sibilância (uma semana/mês) e/ou
com radiografia de tórax com alteraçãopersistente.
 Realizaracompanhamento:
 Consulta de enfermagem para acompanhamento de pessoas com doenças
respiratórias crônicas;
 Consulta médica para confirmação diagnóstica, avaliação dos fatores de
risco e identificação de possíveis comorbidades das pessoas com doenças
respiratórias crônicas;
 Exames complementares quando necessário;
 Tratamento não medicamentoso emedicamentoso;
 Apoio matricial do NASF quandonecessário;
 Realizar encaminhamentos para atenção especializada conforme critérios
estabelecidos;
 Pacientes em tratamento de oxigenoterapiadomiciliar;
 Indicação e manejo de crises agudas debronco constrição;
 Prevenção e promoção à saúde no controle do tabagismo e na prática de
atividade física.

Atenção aoTabagismo
Identificação, abordagem e tratamento dostabagistas:
 Reconhecimento dotabagista;
32
 Avaliaçãoinicial;
 Abordagem Breve;
 Abordagem Intensiva:AbordagemCognitivo-Comportamentaleapoio medicamentoso
se grau elevado de dependência ànicotina.

Proteção ao fumante passivo;


 Prevenção da iniciação do tabagismo principalmente entre jovens
eadolescentes

Atenção à Saúde Bucal

As ações de saúde bucal estão incluídas noPrograma: A Qualificação das Equipes para
Coordenação das Redes de Atenção à Sáude - Qualifica SaUDI, que tem como objetivo o
fortalecimento da APS, para que as equipes de saúde possam assumir a coordenação do
cuidado nas redes de atenção à saúde, nas condições crônicas.
No tocante às ações de saúde bucal na Atenção Básica, diversos serviços devem estar
disponíveis aos usuários, de modo a favorecer a integralidade do cuidado. É essencial que
as equipes de saúde bucal da Atenção Básica estejam organizadas para disponibilizarem
aos usuários o acesso a estes serviços, de modo a promover um cuidado adequado às
necessidades de saúde bucal da população visando aumentar a resolutividade da equipe e
evitar encaminhamentos de usuários para outros níveis de atenção.
A seguir serão descritas ações da Equipe de Saúde Bucal na Atenção Primária:

Planejamento e trabalho dos profissionais de saúde bucal realizado de forma


multiprofissional, articulada e integrada com os demais profissionais da equipe
desaúde;
Investigação do perfil epidemiológico da população adscrita com utilização dos dados
no planejamento daatenção;
Construção de relações de vínculo com os usuários e co-responsabilização pela
atenção/resolução dos problemas de saúde bucal da populaçãoadscrita;
Utilização de dados do cadastro familiar (para identificação e acompanhamento de
indivíduos e/ou grupos prioritários, entre outros) e do mapa do território pela equipe,
mapeando-o adequadamente em conjunto com toda a equipe de saúde e
representando-o de formagráfica;
33
Ações de Promoção à SaúdeBucal:
 Desenvolvimento de ações intersetoriais que impactam a saúde bucal. Como
exemplo temos o apoio a ações e políticas que promovam desenvolvimento social
(educação, emprego, lazer, etc.), possibilitem o acesso a saneamento básico e
incentivem a fluoretação das águas de abastecimento, contribuam para o combate
ao fumo e uso de álcool e incentivem dietassaudáveis.
 Atividades de educação em saúde bucal individuais e coletivas. O conteúdo para as
ações educativas está ligado principalmente ao incentivo ao auto cuidado e deve,
em geral, abordar as principais doenças bucais, os principais sinais e sintomas –
como manchas, cavidades e mobilidade nos dentes, sangramento, secreção, lesões
de tecidos moles que não apresentem regressão espontânea ou com remoção de
possíveis fatores causais em no máximo três semanas, dor ou incômodo na boca,
perdas funcionais e impactos na qualidade de vida, entre outros -, os principais
fatores de risco - como falta de escovação com creme dental fluoretado, xerostomia,
diabete, próteses mal adaptadas, imunodepressão, exposição ocupacional à
radiação solar sem proteção, etilismo, tabagismo, uso inadequado do flúor,
respiração bucal, dietas inadequadas, hábitos que podem levar à má-oclusão e
traumatismo dentário, perdas dentárias incluindo extração prematura de dentes
decíduos, entre outros , e as principais formas de prevenção a importância do
autocuidado e da escovação com creme dental fluoretado, os cuidados a serem
tomados para prevenir a fluorose (como uso correto do creme dental fluoretado em
crianças e a não utilização de medicamentos contendo flúor em locais com água
fluoretada), a má-oclusão (como estímulo à amamentação, uso de bicos
ortodônticos em caso de utilização de mamadeira, manutenção de um padrão de
respiração nasal, orientação mastigatória buscando corrigir pequenos desvios de
posição, discussão sobre a importância da preservação dos dentes, estímulo à
alimentação adequada ao desenvolvimento da face e oclusão e orientação
emrelação à interposição lingual, mordedura de lábio, onicofagia, sucção digital ou
de chupeta de forma que esses hábitos não causem má oclusão) e os traumatismos
dentários (incentivo a medidas nas residências, áreas de trabalho, escolas, etc., que
evitem a predisposição aos acidentes, evitar o hábito do uso dos dentes como
ferramenta para prender, abrir ou cortar objetos, estímulo ao uso de instrumentos de
proteção contra acidentes como cintos de segurança, protetores bucais e faciais na
prática de esportes, capacetes, uso de assentos especiais para crianças pequenas),

34
as orientações gerais sobre dieta saudável sem consumo excessivo e frequente de
açúcar, a orientação para auto-exame da boca, os cuidados imediatos pós
traumatismo dentário, a prevenção à exposição ao sol sem proteção e ao uso de
álcool e fumo, devendo também incluir apoio aos usuários para a adoção de práticas
mais saudáveis de acordo com sua realidade de vida. O planejamento das ações
educativas deve ser feito em conjunto com a equipe de saúde, principalmente em
relação às ações propostas por ciclo de vida, condição de saúde e por fatores de
risco comum para várias doenças

Vigilância à Saúdebucal:
 Identificação de situações de risco individuais, familiares e do território pela equipe
de saúde e realização de encaminhamentos;
 Condições bucais a serem identificadas no Prontuário Eletrônico, com elaboração
de propostas de enfrentamento (tratamento e ações paraprevenção):
 Abscessodentoalveolar;
 Alterações em tecidosmoles;
 Dor dedente;
 Fendas ou fissuras labiopalatais (importante a detecção de fendas/fissuras
lábiopalatais no recém-nascido pela equipe de saúde e encaminhamento
para a equipe de saúdebucal);
 Fluorose dentária moderada ou severa (importante a avaliação de risco do
território em relação a fontes de água com teor inadequado deflúor);
 Traumatismodentoalveolar.

Ações Preventivas:
 Ações preventivas individuais (orientação de higiene bucal, aplicação de selante,
evidenciação de placa bacteriana, profilaxia/remoção de placa bacteriana e
aplicação tópica de flúor) e coletivas (ações coletivas de escovação dental
supervisionada e aplicação tópica deflúor);
 Ações coletivas e individuais de prevenção do câncer bucal, tais como orientação
para autoexame e sensibilização e realização de exame preventivo periodicamente
para grupos de risco (usuários que possuem mais de um dos seguintes fatores de
risco: sexo masculino, mais de 40 anos, tabagista, etilista, exposição ocupacional a
radiação solar sem proteção, portador de deficiência imunológica);
35
 Fornecimento de insumos de saúde bucal (como escova e creme dental fluoretado)
com vistas à universalização da escovação dental, com priorização de
gruposvulneráveis.

Atendimento à Demanda Espontânea: garantia de acesso facilitado ao atendimento da


demanda espontânea durante todo o horário de atendimento com utilização de
protocolos/critérios para orientação das condutas nos casos atendidos no acolhimento,
incluindo avaliação de risco e vulnerabilidade para identificação das prioridades de
atendimento. Nesse atendimento poderá ser realizado(Prontuário Eletrônico):
 Escuta Inicial/Orientação;
 Consulta nodia;
 Consultaagendada;
 Encaminhamento para outros pontos deatenção;
 Atendimento de urgência: principais procedimentos de urgência em saúde bucal a
serem oferecidos na atençãoprimária:
 Acesso à polpa dentária e medicação
 Capeamentopulpar
 Cimentação de prótesedentária
 Curativo de demora com ou sem preparobiomecânico
 Drenagem deabscesso
 Exodontia de dentedecíduo
 Exodontia de dentepermanente
 Pulpotomiadentária
 Restauração de dentedecíduo
 Restauração de dente permanenteanterior
 Restauração de dente permanenteposterior
 Selamento provisório de cavidadedentária
 Tratamento de alveolite
 Tratamento cirúrgico de hemorragiabuco-dental
 Sutura deferimento

Atendimento Agendado/Programado: realização da atenção programada em saúde


bucal com vistas ao tratamento integral, envolvendo atuação sobre os fatores de risco,
diagnóstico precoce, ações preventivas, tratamento e reabilitação das condições
36
bucais apresentadas e manutenção da saúde bucal. Na impossibilidade de se garantir
de forma imediata o atendimento programado a toda a população adscrita, se faz
necessária a definição de grupos prioritários para a atenção programada em saúde
bucal com base em critérios de risco e vulnerabilidade (como por exemplo famílias de
risco social, famílias priorizadas a partir da existência de condições bucais ou de risco
definidas como prioritárias, gestantes, diabéticos, pessoas com necessidades
especiais, crianças de 0 a 5 anos);
 Tipos de consultas (Prontuário Eletrônico):
 Primeira consulta odontológica programática - com vistas ao tratamento
completado (TC);
 Consulta de retorno em odontologia;
 Consulta de manutenção em odontologia.

 Agendamentos dentro da atenção primária:


 Para outros profissionais da atenção primária na unidade de saúde;
 Para grupos que estejam funcionando na unidade de saúde (gestantes,
diabéticos, entre outros);
 Para o Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF).

 Principais procedimentos individuais em saúde bucal (Prontuário Eletrônico):


 Acesso à polpa dentária e medicação
 Adaptação de prótese dentária
 Aplicação de cariostático (por dente)
 Aplicação de selante (por dente)
 Aplicação tópica de flúor (individual por sessão)
 Capeamento pulpar
 Curativo de demora com ou sem preparo biomecânico
 Drenagem de abscesso
 Evidenciação de placa bacteriana
 Exodontia de dente decíduo
 Exodontia de dente permanente
 Orientação de higiene bucal
 Profilaxia/remoção da placa bacteriana
 Pulpotomia dentária

37
 Radiografia periapical/interproximal
 Raspagem, alisamento e polimento supragengivais (por sextante)
 Raspagem, alisamento subgengivais (por sextante)
 Restauração de dente decíduo
 Restauração de dente permanente anterior
 Restauração de dente permanente posterior
 Retirada de pontos de cirurgias básicas (por paciente)
 Selamento provisório de cavidade dentária
 Tratamento de alveolite
 Ulotomia/ulectomia
 Tratamento Restaurador Atraumático

Tanto no atendimento à demanda espontânea como no atendimento agendado deve


haver priorização de procedimentos conservadores — entendidos como todos aqueles
executados para manutenção dos elementos dentários — invertendo a lógica que leva
à mutilação;
Reuniões para discussão de casos e projetos terapêuticos de forma multiprofissional;
Apoio matricial para as equipes de saúde bucal;
Abordagem familiar;
Cuidado domiciliar com realização de visita domiciliar e consulta/atendimento domiciliar
em especial para usuários com perdas funcionais e/ou dependência;
Cuidado longitudinal em relação aos ciclos de vida (criança, adolescente, gestante,
adulto e idoso) e às condições de saúde (hipertensos, diabéticos, pessoas com
necessidades especiais, entre outras);
Atuação junto à instituições e equipamentos sociais da área de abrangência e ao
Programa Saúde na Escola (desenvolvimento de ações de promoção à saúde e
prevenção em creches, pré-escolas, ensino fundamental e ensino médio em parceria
com as equipes de profissionais da educação, abordando a avaliação das condições
de saúde bucal dos educandos). No caso de educandos identificados com alterações
nas avaliações clínicas, é feito encaminhamento para UBS ou outro ponto de atenção
da rede);
Encaminhamentos para outros pontos de atenção da rede (serviços especializados em
nível ambulatorial e hospitalar), com a equipe de Saúde Bucal utilizando protocolos
que orientem o encaminhamento dos usuários para outros níveis de atenção, enviando
38
informações sobre o caso aos profissionais da atenção especializada, mantendo
registro das referências e contra referências realizadas, acompanhando e monitorando
a continuidade do cuidado e participando do acompanhamento do usuário pós-
tratamento especializado;
O Centro de Especialidades Odontológicas (CEO) é o modelo atual de referência para
as especialidades de Atendimento ambulatorial a pacientes com necessidades
especiais, Cirurgia oral, Endodontia, Estomatologia (biópsia) com ênfase na detecção
do câncer bucal, Periodontia.
Os encaminhamentos para o tratamento dos casos confirmados de câncer de boca são
realizados de acordo com a rede de Oncologia.
Em relação ao PMAQ e considerando a situação de saúde bucal atual, foi elencado um rol
de serviços e ações de saúde considerados importantes para serem ofertados na Atenção
Básica:
Ação coletiva de aplicação tópica de flúor gel;
Ação coletiva de escovação dental supervisionada;
Ação coletiva de exame bucal com finalidade epidemiológica;
Acesso à polpa dentaria e medicação (por dente);
Assistência domiciliar por equipe multiprofissional;
Atendimento a gestante;
Atendimento de urgência;
Avaliação dos itens de vigilância em saúde bucal;
Consulta agendada;
Consulta de conclusão do tratamento em odontologia;
Curativo de demora c/ ou s/ preparo biomecânico;
Exodontia de dente decíduo;
Exodontia de dente permanente;
Orientação de higiene bucal;
Primeira consulta odontológica programática;
Profilaxia/ remoção de placa bacteriana;
Pulpotomia dentária;
Raspagem alisamento e polimento supragengivais (por sextante);
Raspagem alisamento subgengivais (por sextante);
Restauração de dente decíduo;

39
Restauração de dente permanente anterior;
Restauração de dente permanente posterior;
Tratamento Restaurador Atraumático;
Selamento provisório de cavidade dentária;
Tratamento de alveolite;
Ulotomia/ulectomia.
Planejamento dos serviços de manutenção dos equipamentos odontológicos, sob a
ótica preventiva e corretiva, de forma regular e sistemática, para que a atenção em
saúde bucal possa acontecer de forma contínua e adequada:
 Disponibilização pela UBS dos medicamentos do Componente Básico da
Assistência Farmacêutica prescritos com maior frequência pelo cirurgião-dentista;
 Desenvolvimento de protocolos orientadores para a atenção em saúde bucal com
capacitação da equipe para utilização dos mesmos;
 Maximização da hora-clínica do CD para otimizar a assistência – 75% a 85% das
horas contratadas devem ser dedicadas à assistência. De 15% a 25% para outras
atividades (planejamento, educação permanente, atividades coletivas, entre outras).
As atividades educativas e preventivas, em nível coletivo, devem ser executadas
preferencialmente pelo pessoal auxiliar, com participação e responsabilidade do CD
no planejamento, supervisão e avaliação;

Atenção à Saúde Mental

A Atenção Primária à Saúde representa a porta de entrada das pessoas ao Sistema Único
de Saúde. Tal componente deve atender todas as pessoas que demandam cuidados em
Saúde Mental. Este cuidado deve-se dar de forma longitudinal, integrada e constante,
atendendo e respeitando a singularidade do sujeito.
Assim como em outras demandas, o cuidado ao paciente em Saúde Mental deve ocorrer
de forma multiprofissional, incluindo enfermeiros, médicos, técnicos de enfermagem,
agentes comunitários de saúde e demais profissionais das equipes de saúde e de NASF.
Na Atenção Primária, o desenvolvimento de intervenções em Saúde Mental é construído
no cotidiano dos encontros entre multiprofissionais e usuários, em que ambos identificam
estratégias para construírem juntos o cuidado em saúde.

40
As ações em Saúde Mental, no município de Uberlândia, estão orientadas pelas diretrizes
da Lei nº 10.216 de 06 de abril de 2001, que objetiva tanto a desinstitucionalização como a
reinserção do sujeito em espaços de cuidado e convívio. Desta forma, a atenção às
pessoas com sofrimento ou transtornos mentais e aquelas que fazem uso de álcool e
outras drogas passa a ter como objetivo o pleno exercício de sua cidadania, e não
somente o controle de sua sintomatologia. Isso implica na organização de serviços
abertos, com participação ativa dos usuários e formando redes com outras políticas
públicas.
Neste sentido,reafirma a importância do cuidado ofertado pela Atenção Primária,
fortalecendo os cuidados em saúde no território a fim de evitar a reagudização das
condições de saúde mental. Para tanto o cuidado ofertado em Saúde Mental na Atenção
Primária encontra-se alinhado as diretrizes da PNAB 2017, do Projeto Qualifica SaUDI e o
Modelo de Atenção às Condições Crônicas – MACC.
Na perspectiva tanto da Atenção Primária quanto da Saúde Mental, o acolhimento é um
dispositivo para a formação de vínculos e a prática do cuidado. Estes encontros
possibilitam ao profissional conhecer as demandas de saúde do paciente e da população
de seu território, bem como identificar recursos coletivos e individuais necessários ao
acompanhamento. Aos profissionais que acolhem o sujeito é importante: exercitar a
empatia, exercer boa comunicação, escutar o que o usuário precisa dizer e considerar
suas queixas emocionais como legítimas, proporcionar ao usuário um momento de
pensar/refletir e reconhecer os modelos de entendimento do usuário.

Seguem abaixo exemplos de ações/estratégias desenvolvidas pelas equipes de Atenção


Primária relacionadas à Saúde Mental:
Acolhimento e atendimentos regulares e periódicos;
Identificação de redes de cuidados compartilhados e partilhamento ações conjuntas;
Intervenções Psicossociais;
Visitas domiciliares;
Visitas institucionais;
Construção junto ao usuário e familiares de Projeto Terapêutico Singular (Plano de
Cuidados);
Intervenções Familiares;
Realização de Educação Permanente;
Realização de estratificação de risco periodicamente;
41
Grupos operativos e de acompanhamento de condições crônicas com a inserção de
pacientes com diagnóstico em saúde mental;
Ações de prevenção em promoção de saúde mental, tanto individualizadas quanto
coletivas.

São pontos da Rede de Atenção Psicossocial – RAPS na Atenção Primária em Saúde os


seguintes serviços:
Unidade Básica de Saúde: serviço de saúde composto por uma equipe
multiprofissional responsável por ações de saúde, de âmbito individual e coletivo, que
abrange a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o
tratamento, a reabilitação, a redução de danos e a manutenção da saúde visando
desenvolver a atenção integral impactando na situação de saúde e na autonomia das
pessoas e nos determinantes e condicionantes de saúde das coletividades. A Unidade
Básica de Saúde como ponto de atenção da RAPS é responsável por desenvolver
ações individuais e coletivas de promoção de saúde mental, prevenção e cuidado do
sofrimento mental, ações de cuidado para pessoas com necessidades decorrentes do
uso de álcool e outras drogas, em conjunto com os outros pontos da rede, bem como a
intermediação de ações intersetoriais, favorecendo assim o exercício da cidadania dos
usuários. Sob esse prisma, faz-se fundamental o exercício contínuo de conhecer a
população adscrita e de reconhecimento dos pacientes que apresentem perfil
epidemiológico em Saúde Mental, bem como o uso da estratificação de risco como
norteador do planejamento do cuidado. À equipe de Atenção Primária cabe conhecer
cada caso, levantando a condição que o paciente apresenta, a vulnerabilidade, apoio
familiar, a baixa ou alta contratualização, a vinculação ou não aos pontos da rede, a
adesão às proposições de cuidado acordados com os mesmos, as condições clínicas e
outros. Uma vez conhecendo o caso, a equipe de referência da Atenção Primária,
poderá acionar a equipe de NASF para discutir estratégias de acompanhamento e
realizar o cuidado compartilhado. Portanto, poderão ser realizadas após discussão:
visitas domiciliares, orientação familiar, assistência direta, discussão de casos clínicos,
orientações à equipe, dentre outras ações. Todas as intervenções devem se dar a
partir da realidade e do dia a dia de cada território, considerando as singularidades dos
pacientes e de suas comunidades.
Equipe de Consultório Na Rua: O Consultório na Rua foi instituído pela Política
Nacional de Atenção Básica, em 2011, e tem por objetivo ampliar o acesso da
42
população em situação de rua aos serviços de saúde, promovendo atenção integral a
esse grupo populacional que se encontra em condições de grande vulnerabilidade e
com seus vínculos familiares fragilizados ou interrompidos. São equipes
multiprofissionais que desenvolvem suas ações de forma itinerante, compartilham e
articulam o cuidado com diversos pontos de atenção da rede, sejam dispositivos de
saúde, sociais e/ou comunitários. Como componente da RAPS, a equipe de
Consultório na Rua (eCR) oferta cuidados com foco na atenção primária e na atenção
psicossocial, a partir da promoção da equidade e garantia de acesso. Dessa forma, a
atenção se estende às pessoas com sofrimento psíquico e/ou demandas associadas
ao uso prejudicial de álcool e outras drogas.Tal equipe poderá utilizar as instalações
das Unidades Básicas de Saúde, se necessário. Ressalta-se que a responsabilidade
pela atenção à saúde da população em situação de rua é de todo e qualquer
profissional do Sistema Único de Saúde, mesmo que não seja componente de uma
eCR.
Centro de Convivência: Os Centros de Convivência são estratégicos para a inclusão
social das pessoas com transtornos mentais e pessoas que fazem uso de álcool, crack
e outras drogas, por meio da construção de espaços de convívio e sustentação das
diferenças na comunidade e em variados espaços da cidade.
Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF): é uma equipe multiprofissional, que
atua de forma integrada, sendo um ponto de apoio para as Equipes de Saúde da
Família, atuando no apoio matricial e no cuidado compartilhado em conjunto com as
equipes da unidade a qual o NASF está vinculado. No manejo de casos relacionados
ao sofrimento mental e ao uso prejudicial de álcool e outras drogas, faz-se necessário
o acolhimento pela equipe mínima de forma qualificada que facilite a discussão dos
casos graves junto aos profissionais do NASF, como descrito no item “Unidade Básica
de Saúde”. São exemplos de ações de apoio desenvolvidas pelos profissionais dos
NASFs: discussão de casos, atendimento conjunto, interconsulta, construção conjunta
de projetos de cuidado, educação permanente, intervenções no território, ações
intersetoriais, ações de prevenção e promoção em Saúde mental, discussão do
processo de trabalho das equipes, etc.

Vale ressaltar que os pontos de atendimento na Atenção Primária em Saúde estão


articulados com os demais pontos da Rede de Atenção Psicossocial – RAPS. Desta forma,
a Atenção Primária deve corresponsabilizar-se pelo cuidado dos pacientes acompanhados
43
em Centros de Atenção Psicossocial, pontos de urgência/ emergência, leitos de internação
em Hospital Geral e outros.
.

Ações de Promoção da Saúde

A Promoção da Saúde constitui-se uma estratégia de articulação transversal na qual um


conjunto de intervenções, individuais, coletivas e ambientais, é responsável pela atuação
intersetorial sobre os determinantes sociais da saúde, com o objetivo de estabelecer
mecanismos para a redução da vulnerabilidade e das desigualdades e que vise o
empoderamento social como forma de fomentar indivíduos/comunidades ativos sobre a
produção de sua saúde.
A Política Estadual de Promoção da Saúde do Estado de Minas Gerais, objetiva promover
e incentivar o desenvolvimento de ações intrassetoriais e intersetoriais que favoreçam a
equidade, a melhoria das condições e modos de viver, que estimulem o empoderamento
dos indivíduos e comunidades de modo a ampliar a potencialidade da saúde individual,
coletiva e a participação social, buscando reduzir as desigualdades, vulnerabilidades e
riscos à saúde através da atuação sobre os determinantes sociais, econômicos, políticos,
culturais e ambientais.
São temas utilizados como referência para as ações em promoção da saúde, de acordo
com os princípios e valores do SUS:
Realizar, junto à comunidade, atividades coletivas de Educação em Saúde voltadas
para a Promoção daSaúde;
Realizar ações de atividades coletivas de educação em saúde, mobilização social,
dentre outras, junto à comunidade considerando as diretrizes da Política Estadual de
Promoção à Saúde, contemplando temas de promoção à saúde, tais como:
alimentação saudável, adequada e sustentável, práticas corporais e/ou atividades
física, promoção da saúde do trabalhador, e prevenção da violência e promoção da
cultura dapaz;

Realizar ações de práticas corporais e/ou atividades físicas para apopulação:


 Atividades físicas são consideradas fator de proteção à saúde e contribui para o
aumento da qualidade devida;

44
 As ações de atividade física podem ser realizadas fora da Unidade de Saúde, ao ar
livre, em locais comunitários, como praças, Academias ao Ar Livre, ginásios, salões
comunitários, dentre outros espaços que o município tiver disponível observando o
melhor acesso e acessibilidade de acordo com o público usuário;
 As ações de atividade física que envolva o exercício físico deverão ser realizadas
por profissionais de educação física na saúde ou porfisioterapeutas;
 As ações de práticas corporais podem ser realizadas por profissionais de educação
física na saúde, fisioterapeutas e outras categorias desde que tenham capacitação
para a temática e sem comprometimento da agenda de trabalho dos mesmos.
 Realizar periodicamente, avaliações físicas e funcionais nos usuários para controle
de peso e qualidade de vida;
 Capacitar profissionais da saúde e outras categorias para realizarem ações sob a
tutela dos profissionais de educação física na saúde;
 Realizar atendimentos individuais e em grupo para acompanhamento/controle da
população no que representa prática corporal e atividades físicas, além de
direcionar os usuários para os dispositivos oferecidos por órgãos públicos/privados
localizados nas região adstrita à unidade de saúde.

Estimular a adoção de hábitos alimentares saudáveis:


 Incentivar a amamentação e a alimentação complementarsaudável;
 Desenvolver ações de Educação Popular em Saúde seja por rodas de conversa,
oficinas, ou quaisquer metodologias capazes de despertar a criticidade e a
mobilização dos indivíduos sobre os seguintesaspectos:
 Estímulo ao consumo de alimentos naturais e diminuição do consumo de
alimentos processados eultra processados;
 Orientar sobre o processo de geração do alimento (plantio, distribuição,
armazenamento, comercialização, consumo, descarte) de forma a estimular
a responsabilização do sujeito na escolha de suacomida;
 Fortalecer a autonomia dos sujeitos na sua relação com o ato de se
alimentar, a fim de que, através do conhecimento, ele possa se posicionar
no que diz respeito às escolhas realizadas sobrealimentação;
 Estimular espaços de qualificação sobre os mecanismos de Vigilância
Alimentar eNutricional.

45
Realizar ações que visem a redução do consumo de álcool, tabaco e outras drogas:
 Promover, articular e mobilizar ações para redução do consumo de álcool, tabaco e
outras drogas, com corresponsabilização e autonomia da população incluindo ações
educativas, ambientais, culturais esociais.

Realizar ações de Promoção da Cultura da Paz e dos DireitosHumanos:


 Incentivar políticas de promoção da equidade em saúde, visando reduzir as
desigualdades,deformaaextirpartodasasformasdepreconceitoediscriminaçãoe
considerar as singularidades étnicas, raciais, culturais, de orientação sexual e
identidade de gênero e de modos de vida;
 Promover, articular e mobilizar ações que estimulem a convivência, a solidariedade,
o respeito à vida e o fortalecimento de vínculos para o desenvolvimento de
tecnologias sociais que favoreçam a mediação de conflitos, o respeito às
diversidades e diferenças de gênero, orientação sexual e identidade de gênero,
entre gerações, étnico-raciais, culturais, territoriais, de classe social e relacionada às
pessoas comdeficiências;
 Promover o desenvolvimento de ações intersetoriais de promoção à saúde que
envolvam a parceria entre a unidade de saúde e outras instituições que tenham
relação com a temática da promoção dasaúde;

Realizar ações de Promoção da Saúde doTrabalhador:


 Desenvolver estratégias para a redução da vulnerabilidade e dos riscos
relacionados à Saúde do Trabalhador.

Ações de Vigilância em Saúde

A vigilância em saúde deve estar cotidianamente inserida em todos os níveis de atenção


da saúde. A partir de suas específicas ferramentas as equipes de saúde da atenção
primária podem desenvolver habilidades de programação e planejamento, de maneira a
organizar os serviços e executar práticas de saúde adequadas ao enfrentamento dos
problemas existentes.

46
A Vigilância em Saúde engloba:

Proporciona o conhecimento, a detecção ou


VigilânciaEpidemiológica
prevenção de qualquer mudança nos fatores
determinantes e condicionantes da saúde individual
ou coletiva;
Coleta e processamento de dados; análise e
interpretação dos dados processados; investigação
epidemiológica de casos e surtos; recomendação e
promoção das medidas de controle adotadas,
impacto obtido, formas de prevenção de doenças,
dentre outras.
Monitoramento contínuo do
país/estado/região/município/equipes;
Estudo e análises que revelem o comportamento dos
principais indicadores de saúde.
Controle de bens de consumo que, direta ou
Vigilância Sanitária
indiretamente, se relacionem com a saúde,
compreendidas todas as etapas e processos, da
produção ao consumo;
Controle da prestação de serviços que se relaciona
direta ou indiretamente com a saúde".
Medidas de prevenção de agravos causados por
VigilânciaSaúde do
condições adversas de trabalho em todos os
Trabalhador
segmentos.
Desenvolver indicadores epidemiológicos da área,
que permitam estabelecer prioridades de ações de
intervenção nos ambientes de trabalho, como prevê
a legislação brasileira, estadual e municipal.
Fatores não-biológicos do meio ambiente que
VigilânciaAmbientalemSaúde
possam promover riscos à saúde humana;
Vigilância em Saúde Ambiental Relacionada à
Qualidade da Água para Consumo Humano;
Vigilância em Saúde Ambiental de Populações
Potencialmente Expostas a Solo Contaminado;
Vigilância em Saúde Ambiental Relacionada à
Qualidade do Ar.

No que tange à Vigilância em Saúde, são atribuições comuns aos profissionais da Atenção
Básica:
Garantir atenção integral e humanizada à população adscrita;
Realizar tratamento supervisionado, quando necessário;

47
Orientar o usuário/família quanto à necessidade de concluir o tratamento;
Acompanhar os usuários em tratamento;
Prestar atenção contínua, articulada com os demais níveis de atenção, visando o
cuidado longitudinal (ao longo do tempo);
Realizar o cuidado em saúde da população adscrita, no âmbito da unidade de
saúde, no domicílio e nos demais espaços comunitários;
Construir estratégias de atendimento e priorização de populações mais vulneráveis,
como exemplo: população de rua, ciganos, quilombolas e outras;
Realizar visita domiciliar a população adscrita, conforme planejamento assistencial;
Realizar busca ativa de novos casos e convocação dos faltosos;
Notificar casos suspeitos e confirmados preencher relatórios/ livros/ fichas
específicos de registro e acompanhamento dos agravos/ doenças, de acordo com a
rotina da UBS;
Alimentar e analisar dados dos Sistemas de Informação em Saúde – Sistema de
Informação em Saúde para a Atenção Básica (SISAB), Sistema de Informação de
Mortalidade (SIM), Sistema de Informação de Nascidos Vivos (SINASC), Sistema de
Informação de Agravos de Notificação (Sinan), Sistema de Informação do Programa
Nacional de Imunizações (SIPNI), Sistema de Informação de Vigilância
Epidemiológica de Eventos Adversos Pós-Vacinação (SI-EAPV), Sistema de
Vigilância Epidemiológica das Doenças Diarreicas Agudas (SIVEPDDA) e outros
para planejar, programar e avaliar as ações de vigilância em saúde;
Desenvolver ações educativas e de mobilização da comunidade relativas ao
controle das doenças/agravos em sua área de abrangência;
Orientar a comunidade quanto ao uso de medidas de proteção individual e familiar
para a prevenção de doenças/ agravos;
Orientar a comunidade quanto necessidade de se manter em dia a caderneta de
vacinas e realizar busca ativa e convocação dos faltosos;
Mobilizar a comunidade para desenvolver medidas simples de manejo ambiental
para o controle de doenças e de vetores;
Articular e viabilizar as medidas de controle vetorial e outras ações de proteção
coletiva;
Observar e comunicar a presença ou vestígios dos vetores de importância
epidemiológica (barbeiros hematófagos).

48
Verificar e comunicar a presença de carrapatos nas áreas de abrangência.
Identificar e comunicar animais doentes na área de abrangência
Identificar possíveis problemas e surtos relacionados à qualidade da água e dos
alimentos, em nível local como a situação das fontes de abastecimento e de
armazenamento da água e a variação na incidência de determinadas doenças que
podem estar associadas à qualidade da água;
Identificar a disposição inadequada de resíduos, industriais ou domiciliares, em
áreas habitadas; armazenagem inadequada de produtos químicos tóxicos.
(inclusive em postos de gasolina) e a variação na incidência de doenças
potencialmente relacionadas a intoxicação;
Identificar a poluição do ar derivada de indústrias, automóveis,queimadas, inclusive
nas situações intra-domiciliares (fumaça e poeira) e as variações na incidência de
doenças, principalmente as morbidades respiratórias e cardiovasculares, que podem
estar associadas à poluição doar;
Identificar estabelecimentos que necessitam controle sanitário;
Identificar pacientes que apresentam sintomas de doenças transmitidas por
alimentos – DTA;
Identificar pacientes que apresentam reações indesejáveis após uso de
medicamentos, remédios caseiros;
Identificar acumuladores;
Levantamento do Perfil Produtivo
Participar da atividade de campo, integrante da investigação epidemiológica, para
detectar e identificar os fatores de risco determinantes nos locais envolvidos com o
surto de doenças/ agravos.
“Na organização da atenção, o Agente Comunitário de Saúde (ACS) e o Agente de
Controle de Endemias (ACE) desempenham papéis fundamentais, pois se
constituem como elos entre a comunidade e os serviços de saúde. No processo de
trabalho, estes dois atores, ACS e ACE, devem ser corresponsáveis pelo controle
das endemias, integrando suas atividades de maneira a potencializar o trabalho e
evitar a duplicidade das ações que, embora distintas, se complementam.”

49
Práticas Integrativas e Complementares(PICs)

As práticas integrativas e complementares – PIC – são recomendadas pela Organização


Mundial de Saúde – OMS – desde o ano de 2002 e contemplam sistemas médicos
complexos e recursos terapêuticos. Tais sistemas e recursos envolvem abordagens que
buscam estimular os mecanismos naturais de prevenção de agravos e recuperação da
saúde por meio de tecnologias eficazes e seguras, com ênfase na escuta acolhedora, no
desenvolvimento do vínculo terapêutico e na integração do ser humano com o meio
ambiente e a sociedade.
No Brasil as PIC foram institucionalizadas no Sistema Único de Saúde (SUS) por meio da
Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC), aprovada pela
Portaria GM/MS nº 971, de 3 de maio de 2006.
Em maio de 2009 o governo Estadual de Minas Gerais aprovou a Política Estadual de
Práticas Integrativas e Complementares. No ano de 2013 um decreto municipal criou o
Programa Municipal de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde de Uberlândia-
MG – PMPICS e em março de 2016 foi inaugurado um Centro especializado em PIC -
CRPICS: Centro de Referência em Práticas Integrativas e complementares em Saúde.
Uberlândia oferece sete das vinte e nove terapias integrativas incorporadas ao SUS no
Centro de Referência. São elas acupuntura homeopatia, fitoterapia, antroposofia, Dança
Circular, Meditação, Reiki.
Embora as PIC sejam ações de cuidado transversais, podendo ser realizadas na atenção
básica, na média e alta complexidade, a partir do ano de 2017 optamos pela ampliação da
oferta de cuidados em PIC com descentralização das ações para a atenção primária,
através da capacitação dos profissionais lotados nas unidades básicas de saúde da família
– UBSF - Unidades Básicas de Saúde Tradicionais –UBS- e/ou NASF – Núcleo de Atenção
à Saúde da Família.
Em Uberlândia mais de 39 unidades de saúde oferecem atendimento em alguma prática
integrativa, entre elas UBSs tradicionais, equipes de PSF, UAIs, CAPS, Centro de
Convivência, CEREST, CER, Ambulatório de Moléstias Infecciosas, Programa Melhor em
casa, Centros de Atenção ao Idoso e Hospital Municipal.

Fluxo de Atendimento Em Pics

A porta de entrada para atendimento em PICS é a Atenção Primária. As consultas médicas


em Homeopatia, Antroposofia e as sessões de Acupuntura são agendadas via Central de
50
Marcação de Consultas (SISREG/FASTMEDIC), mediante encaminhamento médico ou do
enfermeiro. Para as demais práticas integrativas (auriculoterapia, reiki, meditação e danças
circulares) o paciente é atendido preferencialmente na própria unidade; no caso da
Unidade de referência não oferecer a PIC indicada o agendamento é realizado através de
email que a unidade de saúde envia para o CRPICS. O CRPICS ainda oferece
atendimento em grupo para gestantes e crianças referenciadas pela atenção primária.
Temos ainda um homeopata de referência para saúde mental na Unidade Básica de
Saúde no Bairro Patrimônio. Os técnicos em saúde mental entram em contato direto com a
UBS Patrimônio para agendamento de consultas com este profissional.

Estamos fazendo um levantamento dos profissionais da Rede com qualificação nas 29


PICS e em breve poderemos ampliar o número de terapias integrativas oferecidas.
As Práticas Integrativas e Complementares (PICs) contemplam sistemas e recursos
terapêuticos, com objetivo de ampliar a resolubilidade da atenção a partir de diferentes
abordagens e opções terapêuticas de cuidado.
Desta maneira, as PICs buscam estimular os mecanismos naturais de prevenção de
agravos e a recuperação da saúde por meio de tecnologias eficazes e seguras, com
ênfase numa escuta acolhedora, que contribui para uma maior interação
terapeuta/paciente, e na integração do ser humano com o meio e a sociedade. Também
51
contam com uma visão ampliada do processo saúde-doença e com a promoção global do
cuidado humano, inclusive o autocuidado.
Em março de 2017, a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares
(PNPIC) foi ampliada em 14 novas práticas a partir da publicação da Portaria GM/MS nº
849/2017: Arteterapia, Ayurveda, Biodança, Dança Circular, Meditação, Musicoterapia,
Naturopatia, Osteopatia, Quiropraxia, Reflexoterapia, Reiki, Shantala, Terapia Comunitária
Integrativa e Yoga.
Os objetivos da Política Estadual de Práticas Integrativas e Complementares de Minas
Gerais (PEPIC/MG), são:
Ampliar o acesso às Práticas Integrativas e Complementares (PIC) no Sistema Único
deSaúde;
Promover a oferta das PIC como terapia complementar ou primeiraescolha
Assumir a perspectiva holística apoiando o ser humano em suas múltiplas dimensões
(física, mental, espiritual eenergética);
Contribuir no cuidado, na promoção à saúde e na inserçãosocial;
Promover a utilização racional demedicamentos;
Aumentar a autoestima e melhoria da qualidade de vida dosusuários.

As PICs que compõem a Política Estadual de Práticas Integrativas e Complementares e a


Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares, são:
Acupuntura;
Arteterapia;
Auriculoterapia;
DançaCircular;
Homeopatia;
MedicinaAntroposófica;
Meditação;
PlantasMedicinais/Fitoterapia (em implantação)
Reiki;

PROCEDIMENTOS E ATENDIMENTOS REALIZADOS EM UNIDADES BÁSICAS DESAÚDE

É fundamental que os serviços de atenção primária no SUS se responsabilizem pela


realização de pequenos procedimentos clínicos e cirúrgicos, avaliando sempre o risco de

52
agravamento e a necessidade de atendimento imediato ou encaminhamento a outro
serviço de saúde.

De acordo com o Caderno de Atenção Básica número 30, Relação Nacional de Ações e
Serviços de Saúde (RENASES) e Manual Instrutivo do 3° Ciclo do PMAQ, são elencados
serviços e ações de saúde considerados importantes para serem ofertados na Atenção
Básica:

Acolhimento à DemandaEspontânea;
Atendimento individual emdomicílio;
Atendimento/Avaliação/ProcedimentoColetivo;
Atividade Coletiva/Educação em Saúde;
Atividade Educativa/orientação em grupo na atençãobásica;
Atendimento de Urgência na AtençãoBásica;
Consulta Médica em AtençãoBásica;
Coleta de material para exame citopatológico de colouterino;
Coleta de material para examelaboratorial;
Consulta dePré-Natal;
Exame do pédiabético;
GlicemiaCapilar;
Anamnese, exame físico, avaliação antropométrica, registro de marcadores do

consumo alimentar, avaliação da capacidade funcional do pacienteidoso;


Drenagem deabscesso;
Lavagem auricular (retirada decerume);
Lavagem gástrica subcutâneos, ocular, nasal, auditivo eretal;
Cateterismouretral;
Retirada de pontos decirurgias;
Curativossimples;
Tratamento demiíasefurunculóide;
Remoção decerume;
Aplicação e reposição de sondas vesicais;
Cuidados de estomas (digestivos, urinários etraqueais);
Tratamento de feridas superficiais (diagnóstico, tratamento, preparo da área

traumatizada, anestesia, limpeza de ferida, hemostasia, desbridamento, síntese,


53
profilaxia do tétano, avaliação dos riscos de resultados insatisfatórios, retirada de

pontos);
Tratamento de unhaencravada;
Otoscopia;
Exames de rastreamentos conforme protocolosvigentes;
Estesiometria (teste desensibilidade);
Prescrição, administração (oral, intramuscular, endovenosa, inalação/nebulização,

tópica, subcutânea) e dispensação de medicamentos, incluindoparenterais;


Administração de Penicilina para tratamento desífilis;
Terapia de reidrataçãooral;
Nebulização/Inalação;
Aferição de pressãoarterial;
Ordenhamamária;
Inserção de dispositivo intrauterino em UBS(DIU);
Imobilizações;

Diagnóstico e atendimento clínico de pacientes com tuberculose


e/ou hanseníase;
Abordagem sindrômica das doenças sexualmentetransmissíveis;
Avaliação dos pacientes com agravos relacionados ao trabalho.

São equipamentos, materiais e insumos considerados essenciais e mínimos para oferta


de ações e serviços na AtençãoBásica:

Espátula deAyres;
Fixador de lâmina (álcool/spray ougotas);
Escovinhaendocervical;
Lâmina de vidro com ladofosco;
Porta-lâmina ou Frasco plástico com tampa paralâmina

URGÊNCIA E EMERGÊNCIA NA ATENÇÃO PRIMÁRIA ÀSAÚDE

As situações de urgência e emergência chegam a qualquer ponto de atenção da rede de


atenção à saúde, por ocorrências no domicílio ou em vias públicas. Para que os
profissionais de saúde possam prestar assistência no tempo e local certos e com
54
recursos adequados a cada necessidade, é preciso saber como é organizada a rede de
atenção, bem como os fluxos que essas situações exigem. (MELO 2011)

A Atenção Básica em Saúde tem como objetivos a ampliação do acesso, o


fortalecimento do vínculo, a responsabilização e o primeiro atendimento às urgências e
emergências, em ambiente adequado, até a transferência/encaminhamento dos
pacientes a outros pontos de atenção, quando necessário, mediante implantação de
acolhimento com avaliação de riscos e vulnerabilidades.

No que se refere ao processo de trabalho das equipes com foco na


urgência/emergência, os profissionais devem realizar o acolhimento com escuta
qualificada, classificação de risco, avaliação de necessidade de saúde e análise de
vulnerabilidades, tendo em vista a responsabilidade da assistência resolutiva à demanda
espontânea e ao primeiro atendimento às urgências e emergências.

As ações consideradas fundamentais para atendimento aos usuários da UBS que


porventura necessitem de atendimento dessa natureza, são:

Suporte básico devida.


Reconhecimento do paciente gravementeenfermo.
Atendimento à paradacardiorrespiratória.

Queixas comuns no atendimento à demanda espontânea e urgências/emergências:


Anafilaxia;
Cefaleia;
Crise Epiléptica eEpilepsia;
Descompensação do Diabetes Mellitus: hipoglicemia ehiperglicemia;
Diarreia eVômito;
Dispneia;
Disúria;
Doenças depele;
Dorabdominal;
Dor deouvido;
Dor degarganta;
Dorlombar;
Dortorácica;

55
Hipertensão Arterial Sistêmica – Alterações agudas;
Mordeduras deanimais;
Queimaduras;
Rinossinusites/Síndromesgripais;
Sangramento genital anormal;
Tonturas eVertigens;
Urgênciasodontológicas;
Urgências oftalmológicas: “olhovermelho”;
Atenção em saúde mental no acolhimento à demandaespontânea;
Violência emaus-tratos;
ReanimaçãoCardiopulmonar(RCP): atendimento aos casos de

Parada Cardiorrespiratória na atençãobásica.

A seguir, será apresentada a classificação geral dos casos de demanda espontânea na


Atenção Básica:

Situação não aguda - condutas possíveis:


Classificação de risco segundo protocolo
Orientaçãoespecíficae/ousobreasofertasdeserviçosdaequipe/unidade.
Adiantamento de ações previstas em protocolos (ex.: teste de gravidez,
imunização).
Agendamento/programação deintervenções.

Vale salientar que o tempo para o agendamento deve levar em consideração a


classificação de risco.

Situação aguda ou crônica agudizada - condutas possíveis:

Classificar o risco
Atendimento imediato (alto risco de vida): necessita de intervenção daequipe
no mesmo momento, obrigatoriamente com a presença do médico. Ex.: Parada
cardiorrespiratória, dificuldade respiratória grave, convulsão, rebaixamento do
nível de consciência, dor severa.
Encaminhar para unidade de urgência /emergência após 1º atendimento

56
Atendimento no dia conforme risco classificar (risco baixo ou ausência de risco
com vulnerabilidade importante): situação que precisa ser manejada no mesmo
dia pela equipe levando em conta a estratificação de risco biológico e a
vulnerabilidade psicossocial. Ex.: disúria, tosse sem sinais de risco, dor lombar
leve, renovação de medicamento de uso contínuo, conflito familiar, usuário que
não conseguirá acessar o serviço em outro momento.

Atendimento prioritário (risco moderado): necessita de intervenção breve da equipe,


podendo ser ofertada inicialmente medidas de conforto pela enfermagem até a nova
avaliação do profissional mais indicado para o caso. Influencia na ordem de
atendimento. Ex.: Crise asmática leve e moderada, febre sem complicação, gestante
com dor abdominal, usuários com suspeita de doenças transmissíveis, pessoas com
ansiedade significativa, infecções orofaciais disseminadas, hemorragias bucais
espontâneas ou decorrentesde trauma, suspeita deviolência.

Atenção Domiciliar

A Atenção Domiciliar (AD) é indicada para pessoas que, estando em estabilidade clínica,
necessitam de atenção à saúde em situação de restrição ao leito ou ao lar de maneira
temporária ou definitiva ou em grau de vulnerabilidade na qual a atenção domiciliar é
considerada a oferta mais oportuna para tratamento, paliação, reabilitação e prevenção de
agravos, tendo em vista a ampliação de autonomia do usuário, família e cuidador.
A AD será organizada em três modalidades e a determinação da modalidade está atrelada
às necessidades de cuidado peculiares a cada caso, em relação à periodicidade indicada
das visitas, à intensidade do cuidado multiprofissional e ao uso de equipamentos e a
divisão em modalidades é importante para a compreensão do perfil de atendimento
prevalente, e, consequentemente, para adequado planejamento e gestão dos recursos
humanos, materiais necessários, e fluxos intra e intersetoriais.
Nas três modalidades de AD, as equipes responsáveis pela assistência têm como
atribuição:
Trabalhar em equipe multiprofissional integrada às Redes de Atenção àSaúde;

57
Identificar, orientar e capacitar o(s) cuidador(es) do usuário em atendimento,
envolvendo-o(s) na realização de cuidados, respeitando seus limites e potencialidades,
considerando-o(s) como sujeito(s) doprocesso;
Acolher demanda de dúvidas e queixas dos usuários, familiares oucuidadores;
Promover espaços de cuidado e de trocas de experiências para cuidadores e
familiares;
Utilizar linguagem acessível, considerando o contexto;
Pactuar fluxos para atestado de óbito, devendo ser preferencialmente emitido por
médico da EMAD ou da Equipe de Atenção Básica do respectivoterritório;
Articular, com os demais estabelecimentos da RAS, fluxos para admissão e alta dos
usuários em AD, por meio de ações como busca ativa e reuniõesperiódicas;
Participar dos processos de educação permanente e capacitaçõespertinentes.

A prestação da assistência à saúde na modalidade AD 1 é de responsabilidade das


equipes de atenção básica, por meio de acompanhamento regular em domicílio, de acordo
com as especificidades de cada caso e as equipes de atenção básica que executarem as
ações na modalidade AD 1 devem ser apoiadas pelos Núcleos de Apoio à Saúde da
Família, ambulatórios de especialidades e centros de reabilitação.
Considera-se elegível nas modalidades de Atenção Domiciliar no âmbito da Atenção
Primária o usuário que, tendo indicação de AD, e com o fim de abreviar ou evitar
hospitalização, apresente:
Afecções agudas ou crônicas agudizadas, com necessidade de cuidados intensificados
e sequenciais, como tratamentos parenterais oureabilitação;
Afecções crônico-degenerativas, considerando o grau de comprometimento causado
pela doença, que demande atendimento no mínimosemanal;
Necessidade de cuidados paliativos com acompanhamento clínico no mínimo semanal,
com o fim de controlar a dor e o sofrimento do usuário;ou
Prematuridade e baixo peso em bebês com necessidade de ganhoponderal.
Diante disso considerando a Portaria GM/MS N° 841 de 02 de Maio de 2012 que publica a
Relação Nacional de ações e serviços de saúde (RENASES) no âmbito do Sistema Único
de Saúde tem-se a carta de serviços da Atenção Domiciliar no âmbito da Atenção Primária
em caráter complementar ao já supracitado através da Portaria própria da Atenção
Domiciliar, a saber, Portaria GM/MS N° 825, de 25 de Abril de 2016, tem- se:

58
Atendimento contínuo e regular ao paciente, realizado por equipe multiprofissional no
domicílio. Inclui todas as ações inerentes ao atendimento, considerando as três
modalidades de Atenção Domiciliar;
Avaliação integral das necessidades desaúde;
Estabelecimento de plano decuidado;
Seguimento do tratamentoproposto;
Avaliação da evolução docaso;
Ações educativas com os familiares e cuidador;
Cuidadospaliativos;
Realização de procedimentos diagnósticos eterapêuticos;
Ações de vigilância em saúde; suporte ventilatório não invasivo (CPAP e BIPAP);
Terapianutricional;
Oxigenoterapia (concentrador deO2);
Diáliseperitoneal;
Parecentese;
Aspiração de vias aéreas para higienebrônquica;
Consultas;
Acompanhamento domiciliar empós-operatório;
Adaptação do paciente e /ou cuidador ao uso do dispositivo detraqueostomia;
Adaptação do paciente ao uso deórteses/próteses;
Adaptação de pacientes ao uso de sondas eostomias;
Reabilitação de pessoas com deficiência permanente ou transitória, que necessitem de
atendimento contínuo, até que apresentem condições de frequentar serviços
dereabilitação.

Assistência Farmacêutica

A Assistência Farmacêutica caracteriza-se como um conjunto de atividades destinadas


ao cuidado ao usuário e à promoção, proteção e recuperação da saúde. Envolve ações
que visam o acesso e o uso racional de medicamentos, nas atividades de seleção,

programação, aquisição, armazenamento, distribuição, prescrição e dispensação, assim


como o acompanhamento de utilização destes.

59
A política de Assistência Farmacêutica é uma prioridade na Saúde Pública. As
interações e relações interdisciplinares no processo de construção, implementação e
avaliação, são extremamente importantes para a compreensão da Assistência
Farmacêutica no contexto das políticas nas quais ela está introduzida, sendo elas,
Política Nacional de Saúde, Política Nacional de Medicamentos, Política Nacional de
Assistência Farmacêutica, dentre outras normas.

O cumprimento da integralidade e a efetivação das ações e serviços de saúde envolve o


estabelecimento de estratégias, parcerias e interfaces com outros setores, bem como a
participação de diferentes atores e segmentos envolvidos.

A Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME) compreende a seleção e a


padronização de todos os medicamentos indicados para o atendimento das doenças e
dos agravos no âmbito do SUS. Neste contexto, a RENAME apresenta o conjunto dos
medicamentos a serem disponibilizados e ofertados aos usuários no SUS, visando à
garantia da integralidade do tratamento medicamentoso.

A RENAME é considerada um instrumento racionalizador das ações de assistência à


saúde e de gestão para os profissionais, gestores e usuários do SUS, na perspectiva da
promoção do uso racional dos medicamentos.

O Ministério da Saúde (MS) considera como medicamentos básicos os produtos


necessários às ações e aos procedimentos compreendidos na atenção básica de saúde.

O Componente Básico da Assistência Farmacêutica (CBAF) destina-se à


disponibilização dos medicamentos e insumos da Assistência Farmacêutica no âmbito da
Atenção Básica à Saúde, incluindo-se aqueles relacionados a agravos e programas de
saúde específicos.

Os medicamentos que fazem parte do CBAF são adquiridos por meio de recurso
tripartite – federal, estadual e municipal. A aquisição é subsidiada pela Portaria GM/MS
nº 1.555, de 30 de julho de 2013, que aprova as normas de financiamento e execução do
Componente.
São disponibilizados pela Secretaria Municipal de Saúde de Uberlândia os
medicamentos do componente básico da RENAME vigente, conforme definido na
REMUME - Relação Municipal de Medicamentos Essenciais.

60
Programa Saúde Escolar - PSE

O Programa Saúde na Escola (PSE) visa à integração e articulação permanente da


educação e da saúde, proporcionando melhoria da qualidade de vida da população
brasileira.
Nesse sentido, o PSE vem contribuir para o fortalecimento de ações na perspectiva do
desenvolvimento integral e proporcionar à comunidade escolar a participação em
programas e projetos que articulem saúde e educação, para o enfrentamento das
vulnerabilidades que comprometem o pleno desenvolvimento de crianças, adolescentes e
jovens brasileiros. (BRASIL, 2011, p.6). Sendo importante o reconhecimento e o
acolhimento de ações integradas entre saúde e educação já existentes cujo impacto é
positivo.
O público beneficiário do PSE são os estudantes da educação básica, profissionais de
educação e saúde, comunidade escolar e, de forma mais amplificada, estudantes da Rede
Federal de Educação Profissional e Tecnológica e da Educação de Jovens e Adultos
(EJA). Destaca-se aqui a importância do apoio dos gestores tanto da área da educação e
saúde, bem como, o fato do ciclo 2017/2018 ter ampliado a adesão por escola, ficando a
cargo do município indicar as escolas de Educação Básica da rede pública que
participarão do programa.
As atividades de educação e saúde do PSE ocorrerão em articulação com os territórios
definidos segundo a área de abrangência da Estratégia Saúde da Família. Para tanto, no
momento da adesão ao ciclo 2017/2018, foi possível o vínculo de uma escola a mais de
uma equipe de Saúde da Família (eSF). Isso torna possível o exercício de criação de
núcleos e ligações entre os equipamentos públicos da saúde, da educação e outros
(escolas, centros de saúde, áreas de lazer como praças e ginásios esportivos, etc).
Exercício este já realizado pelas eSF.
Os componentes I, II e III com o ciclo 2017/2018 tornaram-se um conjunto de ações de
prevenção de doenças e promoção da saúde que deverão ser desenvolvidas mediante
planejamento intersetorial e gestão compartilhada entre a saúde e a educação. As ações a
serem executadas devem estar inseridas no projeto político pedagógico da escola,
respeitando-se a autonomia dos educadores e da equipe pedagógico-escolar, a
diversidade sociocultural, as demandas da escola e dos educandos e a competência
político executiva dos Estados e municípios. O planejamento destas ações considera: o
contexto escolar e social, o diagnóstico local em saúde do escolar e a capacidade
operativa em saúde do escolar.
61
A Escola é a área institucional privilegiada deste encontro da educação e da saúde:
espaço para a convivência social, para o estabelecimento de relações favoráveis à
promoção da saúde, prevenção de agravos à saúde e de doenças. Na esfera da saúde, as
práticas das eSF, incluem prevenção, promoção, recuperação e manutenção da saúde dos
indivíduos e coletivos humanos. Ressalta-se, portanto, a importância da articulação entre
escola e unidade de saúde.

De acordo com Brasil (2007), são objetivos do PSE:

I - promover a saúde e a cultura da paz, reforçando a prevenção de agravos à


saúde, bem como fortalecer a relação entre as redes públicas de saúde e de educação;
II - articular as ações do Sistema Único de Saúde - SUS às ações das redes de
educação básica pública, de forma a ampliar o alcance e o impacto de suas ações relativas
aos estudantes e suas famílias, otimizando a utilização dos espaços, equipamentos e
recursos disponíveis;
III - contribuir para a constituição de condições para a formação integral de
educandos;
IV - contribuir para a construção de sistema de atenção social, com foco na
promoção da cidadania e nos direitos humanos;
V - fortalecer o enfrentamento das vulnerabilidades, no campo da saúde, que
possam comprometer o pleno desenvolvimento escolar;
VI - promover a comunicação entre escolas e unidades de saúde, assegurando a
troca de informações sobre as condições de saúde dos estudantes; e
VII - fortalecer a participação comunitária nas políticas de educação básica e saúde,
nos três níveis de governo.

Ainda, são diretrizes para a implementação do PSE (Brasil, 2007):

I - descentralização e respeito à autonomia federativa;


II - integração e articulação das redes públicas de ensino e de saúde;
III - territorialidade;
IV - interdisciplinaridade e intersetorialidade;
V - integralidade;
VI - cuidado ao longo do tempo;

62
VII - controle social; e
VIII - monitoramento e avaliação permanentes.

Mais do que uma estratégia de integração das políticas setoriais, o PSE se propõe a
ser um novo desenho da política de educação e saúde já que:
(1) trata a saúde e educação integrais como parte de uma formação ampla para a
cidadania e o usufruto pleno dos direitos humanos;
(2) permite a progressiva ampliação das ações executadas pelos sistemas de saúde
e educação com vistas à atenção integral à saúde de crianças e adolescentes; e
(3) promove a articulação de saberes, a participação de estudantes, pais,
comunidade escolar e sociedade em geral na construção e controle social da política
pública.

Imunização

Ao longo dos seus 44 anos de existência, o Programa Nacional de Imunização (PNI)vem


contribuindo para a redução da morbimortalidade causada pelas doenças
imunopreveníveis, buscando a qualidade e a segurança dos produtos oferecidos para a
manutenção e a disponibilidade, em tempo oportuno, dos imunobiológicos preconizados
nos calendários e nas campanhas nacionais de vacinação para a população brasileira.

O PNI organiza toda a política nacional de vacinação da população brasileira e tem como
missão o controle, a erradicação e a eliminação de doenças imunopreveníveis.
Atualmente, é considerado uma das principais e mais relevantes intervenções em saúde
pública no Brasil.

Atualmente, são distribuídos entre 44 imunobiológicos para todo o território nacional,


incluindo vacinas, soros e imunoglobulinas. Os calendários de vacinação estão
regulamentados pela Portaria MS/GM nº 1.533, de 18 de agosto de 2016 no âmbito do
Programa Nacional de Imunizações (PNI), em todo o território nacional, sendo
atualizados sistematicamente por meio de informes e notas técnicas pela Coordenadoria
Geral do Programa Nacional de Imunizações – CGPNI.

As vacinas ofertadas na rotina dos serviços de saúde são definidas nos calendários de
vacinação, nos quais estão estabelecidos:

63
- Os tipos devacina;
- O número de doses do esquema básico e dosreforços;
- A idade para a administração de cada dose;e
- O intervalo entre uma dose e outra no caso do imunobiológico, cuja proteção exija
mais de umadose.

Considerando o risco, a vulnerabilidade e as especificidades sociais, o PNI define


calendários de vacinação com orientações específicas para crianças, adolescentes,
adultos, gestantes, idosos e indígenas. As vacinas recomendadas para as crianças têm
por objetivo proteger esse grupo o mais precocemente possível, garantindo o esquema
básico completo no primeiro ano de vida e os reforços e as demais vacinações nos anos
posteriores.

No contexto da atenção básica as ações de imunização geram resultados positivos na


diminuição de morbimortalidade no país. Portanto, as ESF devem realizar um trabalho
capaz de atender toda a população, principalmente no que tange à verificação da
caderneta e a situação vacinal, seja para iniciar ou completar o esquema vacinal,
conforme os calendários de vacinação.

64
No município de Uberlândia temos 70 salas de vacinas, distribuídas geograficamente em
todos os setores,de modo a facilitar o acesso , todas estão abertas das 8:00 as 17:00 e
ainda contamos com 9 unidades que atendem no horário do trabalhador. É realizada a
vacinação de BCG e Hepatite B em todas as maternidades do munícipio.
Utilizamos o sistema informatizado, de modo que é possível verificar todas as doses
administradas nominalmente em todo território nacional.

65
No município de Uberlândia temos 70 salas de vacinas, distribuídas geograficamente em
todos os setores,de modo a facilitar o acesso , todas estão abertas das 8:00 as 17:00 e
ainda contamos com 9 unidades que atendem no horário do trabalhador. É realizada a
vacinação de BCG e Hepatite B em todas as maternidades do munícipio.
Utilizamos o sistema informatizado, de modo que é possível verificar todas as doses
administradas nominalmente em todo território nacional.

66
ANEXO

Normatização da Estratificação de Risco e Parametrização das Consultas de Atenção à


Saúde: Diabetes Mellitus, Hipertensão Arterial, Criança e Gestante.

Capítulo 1 │Diabetes mellitus

Tabela 1: Estratificação de risco do paciente com diabetes mellitus associado ou não a

Classificação Critérios
do Risco
2 3
GJ (mg/dL) GPP (mg/dL) HbA1c (%) Sinais e Pressão LOA CCA
Sintomas de arterial e/ou ND
1
Hiperglicemia (mmHg)
4
Baixo Pré-diabetes PAS < 130 Ausente Ausente
e
GJ ≤ 130 GPP ≤ 180 HbA1c ≤ 7 Ausente PAD < 85
(ótimo ou
normal)
Médio 130 < GJ ≤ 150 180 < GPP ≤ 200 7 <HbA1c≤8 Ausente 130≤PAS<140 Ausente Ausente
e
85 ≤PAD<90
(limítrofe)

Alto 150 < GJ < 200 200 <GPP< 270 8 <HbA1c<9 Presente Hipertensão Presente Ausente
5
ou Estágio I ou II ou
Ausente Sem CCA Ausente
Muito Alto GJ ≥ 200 GPP ≥ 270 HbA1c ≥ 9 Presente Hipertensão Presente Presente
5
ou Estágio I ou II ou
Ausente Com CCA Ausente
hipertensão arterial.

Observação: considerar o maior critério de risco para estratificar o paciente.


1. Poliúria; polidipsia; perda ponderal não explicada; visão embaçada ou turva; fraqueza,
fadiga ou letargia; dor e/ou sensação de queimação em membros inferiores; infecções de
repetição de difícil resolução.
2. Hipertrofia ventricular esquerda; espessura médio-intimalcarotídea(mm):> 0,9 ou placa
de ateroma; índice tornozelo-braquial:< 0,9; taxa de filtração glomerular (mL/min/1,73m 2):
70-120 ou clearencede creatinina(ml/min): 30-60; microalbuminúriaem 24horas (mg/24hr):
30-300 ou relação albumina/creatinina: <0,2.
3.Doença cerebrovascular (ataque isquêmico transitório, acidente vascular cerebral
isquêmico ou hemorrágico, alteração cognitiva); doença aterosclerótica coronariana
(infarto, angina, revascularização miocárdica cirúrgica ou percutânea, miocardiopatia
isquêmica);doença renal (déficit importante de função com clearencede creatinina inferior
67
a 30ml/min ouproteinúria superior a300mg/24horas); retinopatia avançada (hemorragias
ou exsudatos, papiledema); doença arterial periférica (mal perfurante plantar, pé
diabético, claudicação de membros inferiores).
4. Glicemia de jejum (mg/dL): 100-125; teste oral de tolerância a glicose (mg/dL): 140-199;
HbA1c (%): 5,7-6,4.
5. Hipertensão estágio I: PAS(mmHg): 140-159 e PAD(mmHg) 90-99; estágio II:
PAS(mmHg): 160-179 e PAD(mmHg): 100-109.

Tabela 2:Diabetes mellitus. Periodicidade de avaliações na Atenção Primária à Saúde.


Classificação Periodicidade mínima de consultas/ano – APS
de Risco
Médico Enfermeiro Nutricionista Odontólogo Grupos Educativos
(Avaliação Pé (Equipe UAPS/NASF)
diabético)
Baixo Anual Anual Se necessário Anual Trimestral
Médio Semestral Anual Anual Anual Trimestral
Alto Semestral Semestral Semestral Anual Semestral
Muito alto Semestral Semestral Quadrimestral Anual Semestral

Tabela 3:Diabetes mellitus. Periodicidade de avaliações na Avaliação Especializada.


Classificação Periodicidade mínima de consultas/ano – AE
de Risco
Endocrinologista Cardiologista* Oftalmologista Nefrologista* Vascular Neurologista
Baixo NA NA Anual NA Se necessário Se necessário

Médio NA NA Anual NA Se necessário Se necessário

Alto Semestral Anual Semestral Anual Se necessário Se necessário

Muito alto Quadrimestral Semestral Semestral Semestral Se necessário Se necessário

*. Encaminhamentos obedecem aPeriodicidademínima de consultas/ano especificados na


estratificação de risco da condição hipertensão arterial e doença renal crônica em capítulo
à parte.

Capítulo 2│Hipertensão arterial

Tabela 1. Estratificação de risco do paciente com hipertensão arterial sem diabetes


mellitus
Classificação Critérios
de Risco HAS sob controle terapêutico ou HAS Estágio II** HAS Estágio III***
HAS Estágio I*
1
Baixo 1. Ausência de FR e; NA NA

68
2
2. Ausência de LOA e;
3
3. Ausência de CCA .
1 1
Médio 1. Presença de 01 ou 02 FR e; 1. Até 02 FR e; NA
2 2
2. Ausência de LOA e; 2. Ausência de LOA e;
3. 3
3. Ausência de CCA 3. Ausência de CCA .
1 1
Alto 1. Presença de 03 ou mais FR e; 1. Ausência de FR e;
2 2
2. Presença de LOA e; 2. Ausência de LOA e;
3 3
3. Ausência de CCA . 3. Ausência de CCA .
1 1
Muito Alto 1. Qualquer FR e/ou; 1. Presença de FR ou;
2 2
2. Qualquer LOA e; 2. Presença de LOA ou;
3 3
3. Presença de CCA . 3. Presença de CCA .
Observação: pacientes com diabetes mellitus deverão ser reclassificados para um estágio
de risco superior.
*.PAS = 140-159 e/ouPAD = 90-99.
**.PAS = 160-179 e/ou PAD = 100-109.
***.PAS > 180 e/ou PAD > 110.
1. Sexo masculino; idade (anos): >55 masculino e >65 feminino; índice de massa corpórea
(kg/m2): >30; circunferência abdominal (cm): >102 masculino e >88 feminino; TG
(mg/dL)>150 e/ou LDL-c (mg/dL)>100 e/ou HDL-c (mg/dL) < 40; GJ (mg/dL): 100-125;
TOTG (mg/dL): >200mg/dL; tabagismo; história familiar positiva de doença cardiovascular:
< 55anos masculino e <65anos feminino.
2. Hipertrofia ventricular esquerda; espessura médio-intimal carotídea (mm): > 0,9 ou placa
de ateroma; índice tornozelo-braquial: < 0,9; taxa de filtração glomerular (mL/min/1,73m 2):
70-120 ou clearencede creatinina (ml/min): 30-60; microalbuminúria em 24horas (mg/24hr):
30-300 ou relação albumina/creatinina: < 0,2.
3. Doença cerebrovascular (ataque isquêmico transitório, acidente vascular cerebral
isquêmico ou hemorrágico, alteração cognitiva); doença aterosclerótica coronariana
(infarto, angina, revascularização miocárdica cirúrgica ou percutânea, insuficiência
cardíaca); doença renal (déficit importante de função com clearencede creatinina inferior
a30ml/min ou proteinúria superior a 300mg/24horas); retinopatia avançada (hemorragias
ou exsudatos, papiledema); doença arterial periférica (mal perfurante plantar, pé
diabético, claudicação de membros inferiores).

Tabela 2. Hipertensão arterial sistêmica. Periodicidade de avaliações na Atenção Primária


à Saúde e Atenção Especializada.
Classificação Periodicidade mínima de consultas/ano – APS Periodicidade mínima de
de Risco consultas/ano – AE
Médico Enfermeiro Nutricionista Odontólogo Grupos Cardiologista Nefrologista
Operativos
Baixo Anual Anual Individualizar Anual Trimestral NA NA

Médio Anual Anual Anual Anual Trimestral NA NA


Alto 02 02 Semestral Semestral Semestral Anual Anual

69
consultas* consultas
Muito alto 02 01 consulta Bimestral Semestral Semestral Semestral Semestral
consultas*

*. Atuação em modalidade complementar aos centros de atenção especializada.

Capítulo 3 │ Atenção à criança

Quadro 1. Estratificação de risco da criança


Classificação de Risco Critérios (Consultar tabelas discriminadas abaixo)
Baixo Presença de todos os critérios Biológicos; Estilo de vida; Socioeconômico e Oferta
de serviços de saúde.
Médio 02 critérios Biológicos ou 01 critério Biológico mais 01 critério Estilo de vida mais 01
critério Socioeconômico ou 01 critério Oferta de serviços de saúde e;
Apgar 5°minuto ≥ 7 e ausência de malformação e idade gestacional ≥ 37s e < 38s
sem intercorrências peri-parto.
Alto 01 critério Biológico mais 01 critério Estilo de vida* ou 01 critério Socioeconômico*
ou;
Apgar 5°minuto <7 ou;
Apgar 5°minuto ≥7 e malformação ou;
Apgar 5°minuto ≥ 7 e ausência de malformação e idade gestacional ≥ 38 s com
intercorrência peri-parto.
*. Participam em caráter complementar determinando a prioridade do atendimento.

Quadro2. Critérios relacionados ao Baixo Risco


Critérios relacionados ao Baixo Risco
Biológicos
1. Pré Natal sem intercorrências;
2. Peso ao nascer ≥ 2,5 kg;
3. Apgar ≥ 8, no 5º min.;
4. Sem reconhecimento de patologia especifica.
Estilo de vida
1. Aleitamento materno exclusivo até 6 meses de idade.
Socioeconômico
2. Bom suporte familiar;
3. Mãe com mais de 8 anos de estudo.
Oferta de serviços de saúde
1. Vacina em dia;
2. RN com triagem neonatal realizada.

Quadro3. Critérios Relacionados do Médio Risco


Critérios relacionados ao Médio Risco
Biológicos
1. Prematuro limítrofe (37 semanas);
2. Mãe soropositiva para HIV, Toxoplasmose, Sífilis, Hepatite B, com criança negativa para estas patologias;
3. Filho de mãe deficiente mental, doença mental ou transtornos psiquiátricos leves;
4. Morte materna;
5. Filho de mãe com menos de 20 anos e mais de três partos.
Estilo de vida
1. História de óbitos de menores de 5 anos no núcleo familiar da criança;
2. Criança manifestamente indesejada;
3. Criança menor de 6 meses de idade que não se encontra em aleitamento materno exclusivo.
Socioeconômico
1. Mãe com escolaridade de 3 a 7 anos e 11 meses de estudo;
70
2. Filho de mãe com menos de 15 anos ou mais de 40 anos e ou solteira;
3. Filho de mãe sem suporte familiar;
4. Crianças que vivem em situação de risco e vulnerabilidade;
5. Chefe de família sem fonte de renda;
6. Filhos de mãe de etnia indígena.
Oferta de serviços de saúde
1. Vacina atrasada;
2. RN sem triagem neonatal.

Quadro 4. Critérios relacionados ao Alto Risco


Critérios relacionados ao Alto Risco
Biológicos
1. Prematuridade (abaixo de 37 s);
2. Má formação congênita;
3. Intercorrências importantes no período neonatal, notificadas na alta hospitalar - ASFIXIA GRAVE: Apgar<7 no
5°min de vida, crianças com prescrição de antibióticos, icterícia (com fototerapia), dentre outros;
4. Filho de mãe soropositiva para HIV, Toxoplasmose, Sífilis, Hepatite B, sem diagnóstico negativo ou ainda não
concluído;
5. RN com triagem neonatal positiva;
6. RN com deficiência estabelecida desde o nascimento; doenças genéticas ou neurológicas, malformações
múltiplas;
7. Filho de mãe com doença exantemática febril na gestação;
8. Crescimento e/ou desenvolvimento inadequados;
9. Desnutrição e obesidade grave;
10. Criança portadora de alergias alimentares;
11. Criança retida nas maternidades após a alta da mãe;
12. Criança egressa de unidades de cuidados intermediários;
13. RN com triagem neonatal positiva;
14. Mãe com transtornos psiquiátricos (moderado a severo). Exemplo: esquizofrenia, psicose, depressão.
Estilo de vida
1. Mãe portadora de deficiência ou com restrição que impossibilite o cuidado da criança;
2. Criança menores de 6 meses que não se encontra em aleitamento materno exclusivo;
3. Pais ou responsáveis dependentes de drogas lícitas ou ilícitas.
Socioeconômico
1. Filho de mães analfabetas.
Oferta de serviço de saúde
1. Não se aplica.

Quadro 5. Cronograma de consultas por profissional.

71
Capítulo 4│ Atenção à gestante

Quadro 1. Estratificação de risco da gestante


Classificação de Risco Critérios (Consultar tabelas discriminadas abaixo)
Baixo Presença de todos os critérios de baixo risco.
Médio 01 ou mais critérios de médio risco.
Alto 01 ou mais critérios de história reprodutiva anterior e/ou;
01 ou mais critérios de alto risco.

Quadro 2. Critérios relacionados ao Baixo Risco


Critérios relacionados ao Baixo Risco
1. Idade entre 15 e 34 anos;
2. Gravidez planejada ou desejada;
3. Intervalo interpartal maior que um ano;
4. Ausência de intercorrências clínicas e/ou obstétricas na gravidez anterior e/ou na atual.

Quadro 3. Critérios relacionados ao Médio Risco


Critérios relacionados ao Médio Risco
1. Idade menor que 15 e maior que 34 anos;
2. Ocupação: exposição a agentes físicos, químicos, biológicos nocivos, estresse;
3. Uso de drogas;
4. Desnutrição fetal;
5. Cirurgia uterina anterior menor que um ano;
6. Intervalo interpartal menor que um ano;
7. Infecção urinária (podendo ser conduzido na atenção primária;
8. Ocupação: esforço físico, carga horária, rotatividade de horário;
9. Situação conjugal insegura;
10. Baixa escolaridade (< 4 anos);
11. Tabagista;
12. Altura menor que 1,45 m;
13. Nuliparidade e multiparidade;
14. Gravidez não planejada ou indesejada.

Quadro 4. Critérios relacionados ao Alto Risco


Critérios relacionados ao Alto Risco
História reprodutiva anterior
1. Morte perinatal explicada e inexplicada;
2. Abortamento habitual;
3. Esterilidade/infertilidade;
4. Síndrome hemorrágica ou hipertensiva; com mau resultado obstétrico e perinatal;
5. Prematuridade;
6. Antecedentes de trombose venosa profunda ou embolia pulmonar.
Gravidez atual
1. Malformação fetal;
2. Desvio quanto ao crescimento uterino e ao volume de líquido amniótico;
3. Gestação múltipla;
4. Ganho ponderal inadequado;
5. Diabetes gestacional;
6. Pré- eclampsia;
7. Hemorragias da gestação;
8. Cardiopatias (reumáticas, congênitas, hipertensivas, arritmias, valvopatias, endocardites na gestação);
9. Pneumopatias (asma em uso de medicamentos contínuos, DPOC);
10. Nefropatias (insuficiência renal, rins policísticos, pielonefrite de repetição);
11. Endocrinopatias (diabetes, hipo e hipertireoidismo);
12. Hemopatias;
13. Epilepsia;
72
14. Doenças infecciosas (sífilis, toxoplasmose, rubéola, infecção pelo HIV);
15. Doenças autoimunes (lúpus eritematoso, artrite reumatóide etc.);
16. Ginecopatias (malformações uterinas, miomas intramurais com diâmetro >4 cm ou múltiplos e miomas
submucosos, útero bicorno);
17. Câncer: os de origem ginecológica, se invasores, que estejam em tratamento ou possam repercutir na gravidez;
18. Gestação resultante de estupro, em que a mulher optou por não interromper a gravidez ou não houve tempo
hábil para a sua interrupção legal;
19. Isoimunização;
20. Hipertensão arterial;
21. Infecção urinária de repetição;
22. Doenças neurológicas;
23. Doenças psiquiátricas que necessitem de acompanhamento (psicose, depressão grave etc.);
24. Trombose venosa profunda;
25. Anemia severa.

Quadro 5. Gestação. Cronograma de consultas.


Classificação do Risco Idade Gestacional (semana)
Até 28° Entre 28° e 34° Entre 34° e 38° Entre 38° e 40°
Baixo Mensal Mensal Quinzenal Semanal*
Médio Mensal Mensal Quinzenal Semanal*
Alto Mensal Quinzenal Semanal Semanal
*. Acompanhamento até o parto ou resolução da gravidez na 41° semana.

Quadro 6 - Acolhimento da Gestante


Profissional Especificação Prazo
Primeira consulta Calculo da DPP pela DUM
Enfermeiro Estratificação de risco
Avaliação do calendário vacinal
Solicitação de exames complementares
Cadastro no SISPreNatal
Preenchimento e entrega do cartão da
gestante Realizar após o cadastro
Vinculação a maternidade de referência
Orientá-la a procurar o serviço de urgência
obstétrica se necessário (UAI Martins), com
clareza
Agendamento do retorno
Dispensaçäo de acido fólico
Segunda consulta Avaliação clínico-obstetrica
Médico Confirmação da IG
Analise dos resultados dos exames
complementares (preenchimento correto do
cartão de gestante e do prontuário
eletrônico)
Um mês após a primeira consulta
Estratificação do risco gestacional
Avaliação do calendário vacinal
Definição do plano de cuidado
Preenchimento do cartão de gestante
Agendamento do retorno

Quadro 7 - Consulta Odontológica


Atenção odontológica
Consulta Avaliação clinica odontológica e Um mês após a primeira consulta
Odontológica plano terapêutico

73
FLUXOGRAMA 08 - ATENÇÃO ODONTOLÓGICA AO PORTADOR DE IST

USUÁRIO EM
USUÁRIO

ATENDIMENTO
COMPROMETIMENTO
SISTÊMICO

Sim Não
CIRURGIÃO DENTISTA
(ATENÇÃO PRIMÁRIA)

ENCAMINHAR
MANUTENÇÃO INDIVIDUAL
AO MÉDICO DE EXAME CLÍNICO
OU COLETIVA
REFERÊNCIA

LESÕES EM
TECIDOS
MOLES?

Sim Não

TRATAMENTO
REFERENCIAR
CURATIVO E
IST
PREVENTIVO
ESPECIALISTA
CIRURGIÃO

ENCAMINHAR PARA
TRATAMENTO E PROSERVAÇÃO ATENÇÃO PRIMÁRIA COM
PLANO DE CUIDADO

74
FLUXOGRAMA 11 – CIRURGIA ORAL MENOR, PERIODONTIA E ENDODONTIA
USUÁRIO

USUÁRIO EM ATENDIMENTO:
INDICAÇÃO PARA CIRURGIA
ORAL MENOR, PERIODONTIA
E ENDODONTIA?

Sim Não
CIRURGIÃO DENTISTA
(ATENÇÃO PRIMÁRIA)

TRATAMENTO
REFERENCIAR: MANUTENÇÃO INDIVIDUAL
CURATIVO E
CEO OU COLETIVA
PREVENTIVO
ESPECIALISTA
CIRURGIÃO

ENCAMINHAR PARA
TRATAMENTO E PROSERVAÇÃO ATENÇÃO PRIMÁRIA COM
PLANO DE CUIDADO

75
FLUXOGRAMA 06 – CONSULTA PROGRAMADA DE ODONTOLOGIA

76
FLUXOGRAMA 07 - ESTOMATOLOGIA
ALTERAÇÕES DE TECIDOS BUCAIS (MOLES E DUROS)

USUÁRIO EM
USUÁRIO

ATENDIMENTO:
INDICAÇÃO PARA
ESTOMATOLOGIA?

Sim Não
CIRURGIÃO DENTISTA

REFERENCIAR: TRATAMENTO
MANUTENÇÃO INDIVIDUAL
PROCEDE E CURATIVO E
OU COLETIVA
UDE- UFU PREVENTIVO
ESPECIALISTA
CIRURGIÃO

ENCAMINHAR PARA
TRATAMENTO E PROSERVAÇÃO ATENÇÃO PRIMÁRIA COM
PLANO DE CUIDADO

77
FLUXOGRAMA 09 - PACIENTES COM NECESSIDADES ESPECIAIS

USUÁRIO EM
USUÁRIO

ATENDIMENTO COM
NECESSIDADE ESPECIAL:
PERMITE ATENDIMENTO
AMBULATORIAL?

Não Sim
CIRURGIÃO DENTISTA
(ATENÇÃO PRIMÁRIA)

TRATAMENTO
REFERENCIAR: MANUTENÇÃO INDIVIDUAL
CURATIVO E
CEO/SEPAE OU COLETIVA
PREVENTIVO
ESPECIALISTA
CIRURGIÃO

ENCAMINHAR PARA
TRATAMENTO E PROSERVAÇÃO ATENÇÃO PRIMÁRIA COM
PLANO DE CUIDADO

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