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INSTITUTO TERCEIRA VISÃO

:: MASSAGEM PARA IDOSOS E PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS ::

ENSINO MULTIDISCIPLINAR EM TERAPIAS NATURAIS,

HOLÍSTICAS E COMPLEMENTARES
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INTRODUÇÃO

Desde a Antiguidade, o homem sempre procurou combater o envelhecimento e a morte.

O homem sempre perdeu essas batalhas, então surgiram outras teorias em relação à morte:

As primeiras são:

a) Egito antigo: morrer e depois reviver, como no caso das múmias. Eles acreditavam na
ressurreição.

b) Morrer e ir para o Paraíso (vida eterna): muçulmanos, árabes, índios americanos,


cristãos, etc.

c) Reencarnação: depois da morte, a alma entra novamente em outros corpos:


espiritismo, budismo.

d) Taoísmo: não admite nenhuma derrota. Acreditava-se que o treinamento constante do


corpo humano através da meditação manteria o corpo sempre jovem e imortal. Na
verdade, isso não ocorreu, mas provou-se que com esse treinamento prolonga a vida
ao máximo, pois vários mestres ultrapassaram 140 anos de idade, conforme os Escritos
Chineses.

Diante disso os cientistas fizeram várias pesquisas entre os mamíferos e provou-se que o
limite de vida é de 7 vezes o período de crescimento. Por exemplo, nos cães o período de
crescimento é de 2,5 anos, seu limite de vida é de 17,5 anos. Nos humanos o período de
crescimento é de 21 a 23 anos, seu limite de vida é, portanto, acima de 150 anos.

Por que a maioria das pessoas não atinge o Limite de Vida? Por que a maioria dos cães chega
ao Limite de Vida?

Obter um alto Limite de Vida depende do bom funcionamento do metabolismo, maus hábitos
prejudicam o mesmo (fumar, beber...) reduzindo o limite.

Fatores que contribuem para a redução do Limite de Vida:

− fumar - reduz 20 anos

− bebidas alcoólicas - reduz 20 anos

− drogas - reduz 80 anos

− obesidade - reduz 40 anos

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− sedentarismo - reduz 40 anos

− excesso sexual - reduz 20 anos

− desejo / tensão nervosa - reduz 20 anos

− sono insuficiente - reduz 20 anos

Crises previsíveis na 3ª Idade

1. O cérebro chega a pesar 10% menos (a perda se inicia ao redor dos 30 anos).

2. Diminuição da irrigação sanguínea, devido principalmente ao estreitamento das artérias,


dificultando a atividade cerebral. A perda da memória é uma consequência típica.

A memória é dividida em três componentes:

− Imediata: fatos recentes, próximos (horas/poucos dias);

− Intermediária: fatos ocorridos semanas ou meses; Remota: fatos antigos do passado.

Na 3ª idade há uma tendência a se ter dificuldade em reter fatos recentes com prejuízo das
memórias Imediata e Intermediária. Por outro lado, a recordação de fatos antigos permanece
intacta, considerada normal e própria da 3ª idade.

3. Dica para auxiliar a manutenção da memória: contínua atividade intelectual, como


leitura, jogos de memória, jogos de palavras cruzadas, jogos de xadrez, etc.

4. Encurtamento do tempo de sono. d. Uma certa mudança de humor.

5. Queda das atividades motoras e intelectuais.

6. Tremores, tiques e alterações na fala (afasia) também podem acorrer na 3ª idade.

O Acidente Vascular Encefálico ou “derrame”, as demências e o Mal de Parkinson são as


principais moléstias neurológicas que acometem a 3ª idade. Infecções (encefalites e
meningites) e tumores (câncer cerebral) também podem ocorrer na 3ª idade.

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Metabolismo

Metabolismo é a soma de todas as reações químicas que ocorrem na célula viva com a
finalidade de produzir energia e também formar os seus constituintes.

Anabolismo é a formação de novas moléculas.

Catabolismo é o processo de quebra de moléculas e de eliminação de substâncias


desnecessárias.

Na 3ª idade, o metabolismo como um todo se torna mais lento, principalmente quanto à


determinadas funções glandulares, como ocorre com os ovários, testículos e tireoide.

Há uma tendência ao acúmulo de Radicais Livres que são moléculas que surgem durante o
processo vital da respiração das células, provenientes diretamente do oxigênio ou do processo
de oxidação. Os Radicais Livres constituem uma ameaça para as células, pois em
determinadas quantidades podem alterar as estruturas das proteínas e / ou das gorduras,
favorecendo doenças como a arteriosclerose, a catarata e o efisema pulmonar, além de
acelerar o processo de envelhecimento.

Hoje é bem conhecido que o aumento na concentração de Radicais Livres compromete


seriamente o Sistema Imunológico, responsável pela defesa do organismo relacionado a vários
tipos de câncer.

As isquemias, ou a falta de irrigação sanguínea, promove o aumento de Radicais Livres, assim


como os processos inflamatórios, doenças hepáticas e renais, etc.

Para que o organismo possa combater os Radicais Livres são necessárias as Substâncias
Antioxidantes produzidas pelas próprias células, mas que algumas vezes são insuficientes.
Sabe-se que as vitaminas C e E auxiliam o processo de combate aos radicais livres.

Dicas para uma vida mais saudável: atividade física regular, dieta bem equilibrada e evitar o
estresse são as melhores armas contra a excessiva produção de radicais livres.

Na manutenção do metabolismo, durante a 3ª idade, destacam-se o equilíbrio acidobásico e a


quantidade de água do organismo, além da temperatura ambiente.

Acidose é a diminuição do pH do sangue e tem grande importância na 3ª idade. Causada por


problemas metabólicos, respiratórios ou descontrole do diabetes, que se manifesta através de
sonolência, e distúrbios circulatórios. Diarreias graves e insuficiência dos rins são outras
causas de acidose metabólica na 3ª idade.

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A temperatura ambiente tem grande importância na 3ª idade, quando o organismo diminui


sua capacidade de se adaptar a longos períodos de exposição ao frio ou ao calor. O excesso
de frio pode levar a Hipotermia (no nível de 35°C), pessoas acamadas ou com pouca
movimentação e ingestão precária de alimentos. Em geral a pessoa não sente frio, não treme
e não se queixa. Em geral ocorre durante o sono, o que pode ser extremamente perigoso.

O excesso de calor pode favorecer o Acidente Vascular Encefálico e também provocar a


sensação de fraqueza, sonolência e sudorese abundante.

O Diabetes Mellitus

Quando a dosagem de açúcar (glicemia) no sangue, em jejum, é superior a 140 mg/dl. Esta
doença é caracterizada por distúrbios no metabolismo dos açúcares, gorduras e proteínas.

A interação entre fatores hereditários e ambientais levam a falta de secreção de insulina,


aumento da glicose no sangue e comprometimento de vários órgãos, destacando-se os rins, a
retina e os sistemas nervoso e circulatório. A insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas
que tem a função de regular a quantidade de glicose existente no organismo. A glicose, nossa
principal fonte de energia, penetra nas células graças à ação da insulina. No diabetes há a
falta de insulina, portanto a glicose não penetra nas células permanecendo na circulação. No
jovem a doença é totalmente dependente de insulina e em geral é de difícil controle e
perspectivas mais graves. Nos idosos apesar do controle ser mais fácil (pois não se depende
exclusivamente de insulina) é comum a doença não ser diagnosticada ou seu tratamento ser
negligenciado.

Geralmente o diabetes, no idoso, é benigno sendo controlável com dieta pobre em


carboidratos e uso de medicamentos que diminuem o nível de açúcar no sangue. A dieta é
muito importante e está baseada na restrição de carboidratos, incluindo-se além do açúcar, a
batata, a beterraba, etc. O controle de peso é fundamental, pois obesidade pode desencadear
diabetes.

Resumindo

O tratamento do diabetes, na 3ª idade é feito, em geral, com:

Dieta, atividade física e, às vezes, uso de medicamentos que diminuem os níveis de glicose no
sangue.

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O diabetes pode ser acompanhado de doenças circulatórias (coronariopatia, acidente vascular


encefálico e gangrena), principalmente doenças renais e distúrbios da visão. Observa-se
também uma aceleração no processo de arteriosclerose.

Hormônios e Envelhecimento

Vários hormônios estão intimamente relacionados com o envelhecimento, devido à sua


diminuição. Destacam-se:

− DHEA - produzido pelas suprarrenais;

− CRESCIMENTO - produzido pela hipófise;

− MELATONINA – produzido pelo corpo pineal;

− ESTROGÊNIO e PROGESTERONA - produzidos pelas glândulas sexuais.

Menopausa é a interrupção definitiva da menstruação causada pelo envelhecimento dos


ovários, que deixam de produzir os hormônios femininos (estrógeno e progesterona).

Acontece ao redor dos 50 anos. Antes dessa parada definitiva da menstruação as mulheres
passam por uma fase onde a menstruação é irregular, denominada climatério.

As alterações que normalmente ocorrem são:

− Corporais: ondas de calor, suores noturnos, fadiga e palpitação;

− Emocionais: irritação, desânimo, instabilidade emocional;

− Sono: acorda frequentemente para urinar, tomar banho ou trocar roupas molhadas;

− Pele: ressecamento e aspecto desgastado da pele;

− Ossos: fragilidade (osteoporose), aumenta o risco de fraturas e desvios na coluna


vertebral;

− Vagina e sistema urinário: ressecamento e diminuição da elasticidade da vagina,


facilidade de contrair infecções vaginais, necessidade frequente de urinar;

− Problemas cardiovasculares: aumenta a incidência de infartos e derrames pela elevação


do nível LDL;

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− Colesterol, do tipo que facilita a formação de gordura nas artérias;

− Vida sexual: diminuição do desejo sexual (libido).

A diminuição da produção hormonal está relacionada com a diminuição na produção de


proteínas, de massa muscular, com a osteoporose e com o aumenta de gorduras.

A terapia de Reposição Hormonal Artificial (medicação ingerida diariamente ou


colocação de "adesivos" na pele, que liberam gradualmente o hormônio) é muito questionável,
pois se tem comprovado pelas pesquisas no passar dos anos, que a mesma pode induzir ao
câncer, sendo este um dos mais perigosos efeitos colaterais. Esse tratamento é iniciado logo
após a última menstruação ou quando a mulher já apresenta algum sintoma ou tem
irregularidade menstrual. Exercícios regulares e uma dieta alimentar específica também estão
indicados para minorar os sintomas.

Alimentos Naturais indicados:

− O inhame que tem alto poder depurativo do sangue e é um repositor hormonal natural
(vide site www.correcotia.com.br da jornalista Sônia Hirsh, autora do livro Inhame
Inhame).

Segundo ela é um dos alimentos medicinais mais eficientes que se conhece: faz muitas
impurezas do sangue saírem através da pele, rins e intestinos. No começo do século já se
usava Elixir de Inhame para tratar sífilis.

− A soja e seus derivados: contém as isoflavonas.

− Chá de Amoreira.

− Alimentos Integrais.

O idoso e a imagem corporal

Todo o indivíduo no decorrer de sua vida tem que trabalhar constantemente com os
sentimentos de perda. Um dos grandes desafios que todos têm que aceitar, são as mudanças
de sua imagem corporal. Nosso corpo sofre inúmeras alterações lentas, que continuam pela
vida afora.

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Durante a adolescência com suas alterações e transformações biológicas, o ser humano


precisa ir se adaptando e se aceitando para que seja aceito pelo grupo. O mesmo ocorre na
terceira idade, com alterações marcantes e irreversíveis, como por exemplo, o aparecimento
da barriga, falta de agilidade, aparecimento de rugas etc., os quais mostram claramente que
se deu início ao declínio da nossa vitalidade. Nesse momento quase todo o ser humano faz
uma ampla reestruturação de sua imagem corporal, aceitando suas limitações com um certo
conformismo, ao invés de vê-las como naturais dentro do processo do ciclo de vida.

É muito comum se ver idosos sofrerem acidentes sem nenhuma razão mais forte,
simplesmente pela sensação que tem de que como perderam o relacionamento sempre
prazeroso com seu trabalho, perderam também de certa forma o cuidado maior com seu
corpo.

Já foi pesquisado que um considerável número de pessoas morre cerca de alguns meses após
ter se aposentado ou ainda, cerca de 6 meses após a morte de seu companheiro.

A preocupação maior agora passa a ser com a morte, que embora esteja sempre muito bem
camuflada, aparece nas entrelinhas das manifestações da maioria dos aposentados. Embora
haja um quase acordo social de esquecê-la, negá-la, ou rejeitá-la, ela sempre aparece; todos,
direta ou indiretamente, falam sobre ela. Não somente com sentimentos de medo ou
desespero pela conscientização maior de sua proximidade, mas também alguns com enorme
sabedoria diante da irreversibilidade desse fato, e de que a vida é somente uma passagem.

Toda adaptação a uma nova vida sempre pressupõe uma crise, entretanto, tendo sempre em
mente que embora se esteja perdendo partes importantes da vida, outras podem ser ativadas
e ser tão gratificantes quanto as que se está perdendo. Deve-se estar em constante
movimento de busca e reconstrução nesse momento em que se tem tempo para tal.

Deve-se procurar afastar do idoso o medo e as crendices referentes à idade:

1) “Todos os velhos são iguais” - o que ocorre é exatamente o oposto, pois cada idoso se
sente como uma ilha sozinha e abandonada por todos.

2) “Velhice é sinônimo de doença” - como se essa fosse inevitável para todos os idosos.

3) “Velhos devem comer muito para manter a saúde” - ao contrário, podem e devem
cortar até algumas das calorias das refeições.

4) “Todo velho é desmemoriado” - ele só leva mais tempo para fixar as informações.

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5) “Os homens demoram mais do que as mulheres para mostrar a idade” - no homem, os
músculos são substituídos por gordura a partir dos 5 anos, enquanto nas mulheres isso
ocorre a partir dos 45 anos.

6) “A idade biológica é semelhante à cronológica” - depende do cuidado que se tem


durante toda a vida com seu corpo.

7) “Há diminuição do interesse sexual” - essa diminuição é decorrente mais das


dificuldades psicológicas resultantes das convenções sociais.

8) “Senilidade” - o mais cruel de todos os mitos, pois se acredita que com a idade há um
natural deterioração do cérebro. Uma teoria diz que na verdade há um desgaste e, que
o organismo como um todo, passa a funcionar mais lentamente.

9) “A velhice na mulher começa na menopausa” - só o que envelhece é o seu sistema


reprodutivo e ela não deixa de ser mulher por essa razão.

O Aposentado

As reações que mais se notam nos aposentados são decorrentes de:

− desamparo econômico e social;

− as alterações biológicas que ocorrem na terceira idade;

− a presença silenciosa e constante da morte.

A partir da solicitação da aposentadoria, o cidadão brasileiro começa a sofrer uma série de


mudanças em sua vida.

Inicialmente, a sensação de que, por não ser mais produtivo, estar sendo marginalizado e de
que tem que dar lugar a outros mais jovens que profissionalmente estão na curva ascendente
e não como ele próprio na curva descendente.

Essa marginalização tão normal na nossa sociedade, traz como consequência que o idoso se
recolha saudosamente no seu passado, ou que se isole do grupo dos mais jovens tendo uma
tendência de se desvalorizar como pessoa, sentindo-se obsoleto e ultrapassado. Normalmente,
uma pessoa na terceira idade tem sentimentos bastante ambivalentes com relação a si
mesmo, sentimentos esses que, por não serem nunca discutidos com ele fazem com que a
situação se agrave ainda mais. Ele necessita de ajuda para se adaptar a uma nova vida e,

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consequentemente, a um novo grupo para conviver de forma saudável. Primeiro deve-se


refletir sobre o normal sentimento de desvalorização que qualquer ser humano, vivência por
perder sua atividade, e, consequentemente sua identidade social de trabalhador. Por essa
razão, acredita que o grupo não mais o valoriza, nem o reconhece como uma pessoa com
necessidades normais. Muito pelo contrário, acredita que o grupo o está marginalizando, como
se pelo fato de ser considerado por esse grupo como ultrapassado, não tivesse mais nenhum
tipo de necessidade.

Com pequenos depoimentos desse sentimento têm pensado que porque o individuo é
aposentado, não precisa de mais ninguém... Por isso a maior parte fica assim, à toa... Em
segundo lugar, deve-se tomar em consideração a visão que cada pessoa tem dela própria. A
grande maioria julgava haver se realizado profissionalmente, fazendo grandes sacrifícios como
trabalhador, em nome do bem estar de todos. Após a aposentadoria, porém, não recebe o
agradecimento, nem reconhecimento de que se acha merecedor após tantos sacrifícios, sendo
que só lhe resta isolar-se, ou procurar apoio entre aqueles que vivem situação semelhante à
sua.

No entanto, esse movimento na verdade é mútuo: o aposentado se marginaliza, mas também


é marginalizado.

Na cultura oriental acontece o inverso: o idoso é respeitado e sempre consultado, pois sua
sabedoria e experiência muito ajudam na resolução dos problemas da família. Outro fator
importante que gera sentimentos de marginalização é a defasagem salarial que ocorre com a
aposentadoria. O aposentado em geral se sente injustiçado por ter contribuído por tantos anos
com o objetivo de ter uma velhice tranquila, e na realidade o que ocorre é que ele
normalmente recebe uma aposentadoria muito aquém da esperada, fazendo com que ele, ou
fique dependente novamente do auxilio da família, ou ainda, lute com enormes dificuldades
financeiras para sobreviver. Segundo pesquisas realizadas pelo DIEESE em 1982, o
aposentado sofre uma queda brutal em seu poder aquisitivo justamente numa época de vida
em que suas necessidades são maiores e mais prementes. Isso faz com que ele se revolte
contra o patrão que dele "abusou" quando ele ainda era jovem e produtivo e contra o governo
pela precariedade de suas instituições e o descaso pela situação do trabalhador.

Resumindo, o aposentado sente-se sinônimo de velho: sente-se mais fraco para efetuar
qualquer mudança em sua vida, se sujeita por essa razão a ser visto e tratado como um ser
ultrapassado, aceitando com isso a marginalização que lhe é imposta.

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O Idoso em Instituições

O idoso que vive em instituições tem pontos em comum com o que não vive, ambos tentam se
adaptar a uma nova realidade física, psicológica e social. Os que atualmente estão em
instituições, por terem passado a vida fora delas, tem no inicio uma difícil adaptação à nova
realidade: falta de comunicação entre os internados motivada por problemas físicos (surdez,
visão, fala), ou ainda psicológicos, pois se fecham totalmente ao contato com os outros não
querendo falar de outros assuntos que não os de seu próprio interesse (monólogo).

Nas instituições igualmente não se procura, até por falta de pessoal, facilitar essa adaptação,
fazendo com que o idoso se interesse por alguma atividade interna. Por isso existe uma
tendência muito grande do idoso em preocupar-se somente consigo mesmo. Se, além disso, o
idoso não se sentir tratado da forma como gostaria. Ficara inseguro e se sentirá mais fraco e
doente do que realmente está.

Outro fator importante que colabora para que o idoso se sinta deprimido, é o seu constante
convívio com a morte, testemunhando-a contentemente.

No tocante a alimentação, a ida para um asilo faz com que passem a pensar nos dois
extremos: ou se preocupam demais com a alimentação ou ainda rejeitam o alimento.

Do ponto de vista psíquico, o idoso que foi colocado por sua família em instituições, por causa
da solidão e abandono que sentem, desenvolve rapidamente a chamada “demência senil’’. Um
método que muito pode ajudar nesse aspecto é procurar interessá-lo pelo mundo, e a
participar de atividades sociais alegres. Já o que é retirado das ruas e colocado na instituição,
à aceita melhor. Essas duas reações opostas têm, entretanto, bastante lógica, pois para um
idoso, existe a perda do convívio com sua família e para o outro um ganho, pois saiu das ruas
e ganhou um lar”.

Outro grande problema nas instituições é a falta total de privacidade. O idoso desenvolve por
essa razão um grande sentimento de posse com os objetos de sua propriedade, além de se
sentir sempre inválido e incomodado.

No Brasil, enquanto as famílias têm condições econômicas, o idoso vive com elas.

Os principais motivos para a internação de um idoso no Brasil são as dificuldades financeiras


da família, bem como seus sérios problemas de saúde como, por exemplo, derrame, paralisias
e esclerose, tornando o idoso totalmente dependente de alguém ou às vezes inapto para viver
no grupo.

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No Brasil, os asilos e casas de repouso são em sua grande maioria sustentados por grupos
estrangeiros ou religiosos. Existem poucos totalmente subvencionados pelo governo.
Entretanto, enquanto para os familiares tudo parece estar bem, pois o idoso está abrigado
contando com assistência médica e é bem alimentado, para o idoso falta o contato afetivo
o lazere a ocupação, trazendo como consequência a falta de ânimo para continuar vivendo,
criando a mentalidade no idoso de que ele está ali só a espera da morte.

Em São Paulo em 1981, foi iniciado um movimento denominado PRÓ IDOSO, que com seus
programas presta assistência ao idoso em instituições bem como ao que vive no convívio com
a sociedade. Esse movimento conseguiu entre 1982 e 1983 atender a 16.000 idosos.

Algumas propostas já foram feitas pelo PRÓ- IDOSO:

1) A criação nas comunidades de bairros, de clubes e centros de convivência com o


objetivo de melhorar a socialização do idoso.

2) Escolas para idosos; onde seriam explicadas as alterações biológicas que ocorrem em
seu organismo, preparação para a aposentadoria, como a sociedade encara o idoso e
outros assuntos de seu interesse.

3) Voluntários que iriam à casa dos idosos para lhes prestar auxílio dos mais diversos
tipos, como fazer compras para eles, lhes ajudar nos trabalhos domésticos, etc.

4) Centros de tratamento, onde o idoso recebe assistência médica, sem, no entanto, ficar
internado.

A atitude que se tem para com o idoso, de “deixá-lo em paz” pois ele quer sossego, faz com
que sinta que pensamos ser perda de tempo e desgaste inútil de energia tentar
ensinar idosos, que tem suas limitações, ou ainda não querem aprender. Essa é uma
atitude de comodismo que muito se vê nas instituições.

O Idoso e a Visão Oriental de Saúde

Como tudo começa na cabeça, segundo a visão oriental, cada órgão tem um certo tempo para
envelhecer:

Cérebro - as células começam a morrer a partir dos 30 anos num processo irreversível. Aos 80
anos, o seu peso é 10% menor.

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Olhos - suas lentes se enrijecem ao longo da vida. Dificuldades de visão aparecem ao redor
dos 45 anos; a partir dos 60 anos se tem dificuldade de distinguir entre o azul e o verde.

Pele - com cerca de 25 anos a pele começa a perder água; depois dos 30 anos as fibras de
colágeno, e o tecido perdem a elasticidade: a partir dos 40 anos, afina, estendendo e depois
dos 50 anos fica bastante maior do que o corpo e pende. A hipoderme (camada mais interna
da pele) perde gordura e com isso sua capacidade de regular a temperatura do corpo.

Paladar - depois dos 50 anos perdem-se os receptores nervosos do paladar. De 245 por mm
de língua, caem para 80 por mm aos 70 anos.

Coluna Vertebral - a partir dos 40 anos perde cálcio propiciando a aproximação das vértebras
(encolhimento). Aos 50 anos a estrutura diminui 0,5 cm e aos 70 anos se é 2 cm mais baixo.

Pulmão - tem sua elasticidade diminuída, comprometendo a expiração desde os 40 anos. Aos
80 a capacidade respiratória cai pela metade.

Rins - já aos 30 anos perde células, começando a atrofiar-se, aos 50 anos já perderam 30%
de seu peso. Bexiga - diminui o tamanho do reservatório da urina. Aos 30 anos sua
capacidade é de 2 copos, e aos 70 anos é de somente 1 copo.

Coração - entre 30 e 35 anos as fibras do coração enrijecem, comprometendo os batimentos


cardíacos. Em esforço físico o coração de um jovem bate 200 vezes/minuto, aos 40 anos, l82
vezes; aos 50, 171 vezes e aos 60, 159 vezes.

Metabolismo - depois dos 35 anos as atividades do organismo ficam cada vez mais lentas por
deficiências glandulares, o que atinge a produção dos hormônios.

Músculos - aos 30 anos, quase 40% do corpo é massa muscular; gradativamente perde-se
essa massa muscular por morte de suas fibras.

Sistema Digestório- a partir dos 45/50 anos as mucosas que revestem o estômago e intestinos
se ressecam, produzindo menos sucos digestórios, fazendo com que a digestão seja mais
lenta.

Sistema Imunológico - declina a partir dos 30 anos. Num adulto, as células T, responsáveis
pela proteção contra as doenças representam somente 25% do total de células do corpo. O
timo, cuja função é a de combater infecções e doenças como, por exemplo, o câncer, já aos
50 anos inexiste.

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Nosso comportamento para com o Idoso

Para exemplificar o que o idoso sente em relação ao comportamento que adotamos frente a
ele, transcrevemos um poema de Donna Swanson, denominado “Recordações de Minnie”.

Deus,

Minhas mãos estão velhas.

Nunca disse isso em voz alta, mas estão.

Antes eu sentia orgulho delas,

Eram macias, como a maciez aveludada de pêssegos firmes e maduros.

Sua maciez agora é mais

Como a dos lençóis velhos ou das folhas murchas. Quando foi que mãos esguias e graciosas
como aquelas tornaram-se estas garras, encolhidas e recurvadas? Quando, Deus?

Aqui pousam elas em meu colo.

Lembranças cruas deste desgastado corpo que me serviu tão bem

Quanto tempo faz desde a última vez

Em que alguém me tocou?

Vinte anos?

Há vinte anos sou viúva, respeitada, Objeto de sorrisos, nunca porem tocada,

Nunca trazida para tão perto que a solidão se dissipasse. Lembro do modo como minha mãe
costumava me segurar, Deus,

Quando estava com minha carne ou meu espírito doendo,

Ela me puxava para muito perto de si, alisava meu cabelo sedoso.

E acariciava-me as costas, com o calor de suas mãos.

Oh Deus, estou tão só!

Lembro-me do primeiro rapaz que me beijou,

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Éramos os dois tão inexperientes! Sabor de beijos juvenis e pipoca, Sensação intima de
mistérios por virem.

Lembro-me de Hank e dos bebês,

De que outro jeito posso me lembrar deles, senão juntos?

Das desajeitadas e ávidas tentativas de amantes novos, brotaram bebês, E, conforme


cresciam, crescia nosso amor.

E, Deus, Hank parecia não se importar

Que meu corpo tivesse perdido um pouco de seu brilho e elasticidade, Ele ainda o amava e o
tocava,

E, não nos importávamos por não estarmos mais tão lindos, E as crianças abraçavam-me
tanto.

Oh, Deus, estou sozinha.

Deus, por que não criamos as crianças para serem tolas e afetuosas, Assim como dignas e
adequadas?

Sabem, elas fazem o que devem.

Dirigem seus belos carros, vem até meu quarto em sinal de respeito Sua conversa é animada,
recordam-se, mas não me tocam. Chamam-me Mamãe, Mãe ou Vovó,

Minnie jamais.

Minha mãe chamava-me Minnie, meus amigos também,

Hank me chamava também de Minnie.

Estes porem já se foram,

Como Minnie que se foi, só Vovó restou, Deus,

E como ela está só.

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TRABALHO COM IDOSOS E DEF. FÍSICOS

A cadeira de rodas

Depender de uma cadeira de rodas pode abater qualquer pessoa que passe por essa
experiência.

Muitas pessoas quando se sentem confinadas a uma cadeira de rodas, adquirem uma postura
afundada na cadeira e um aspecto cansado e deprimido, sem se preocupar com sua
capacidade de recuperação da mobilidade.

Em segundo lugar, essa postura afundada na cadeira, compromete a respiração que é


essencial na luta contra a imobilidade. Sem uma boa movimentação do diafragma, não
estamos energizando todo o nosso corpo para conseguirmos sucesso na atividade
regeneradora do movimento.

Essa má postura dificulta o movimento do diafragma, chegando mesmo a suprimi-lo. As costas


ficam curvadas, o cíngulo peitoral voltado para dentro, devido a acentuada rigidez muscular de
toda essa área e o tórax totalmente comprimido.

Para reverter esse quadro tão negativo, a primeira coisa a fazer é tentar com que o usuário da
cadeira de rodas se sente com as costas o mais ereto possível, podendo para isso utilizar-se
de outra pessoa que o ajude, posicionada na parte posterior da cadeira, que vagarosamente
lhe puxe o cíngulo peitoral contra o encosto da cadeira. Os glúteos devem também estar bem

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encostados na cadeira. Se for necessário, para dar melhor suporte à área lombar, apóie com
uma pequena almofada ou travesseiro.

A melhora do processo de respiração é gradativa e pode ser feita individualmente ou ainda


com ajudante. A pessoa na cadeira de rodas deve ser incentivada a respirar plenamente,
enchendo os pulmões de ar e expirando de forma lenta para que os músculos
intercostais recuperem gradualmente sua elasticidade, o que auxiliará no relaxamento do
plexo solar (proporcionando também, um relaxamento mental) e ajudando finalmente a
eliminar o ar viciado dos pulmões.

Para ilustrar esse processo, podemos ver a segunda figura:

O ajudante deverá se posicionar atrás da cadeira, e puxar suavemente o cíngulo peitoral para
trás na inspiração, e soltando-os igualmente de forma suave na expiração.

Durante a expiração, alguns movimentos de cabeça e pescoço podem ser feitos também com
o intuito de auxiliar no relaxamento dos músculos.

Vamos tentar uma sequência:

− Com os ombros eretos, inspire e no expirar, gire suavemente sua cabeça para a direita.

Volte a cabeça para a posição inicial. Inspire novamente e na expiração mova a cabeça
novamente para a direita. Repita essa sequência por 3 vezes, tentando a cada movimentação

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da cabeça, aumentar a rotação. Volte a posição inicial, inspire e na expiração vire a cabeça
para a esquerda. Repita o movimento por 3 vezes.

Agora, com a cabeça na posição normal, inspire e no expirar, deixe a cabeça cair para frente,
fazendo com que o queixo se encoste ao tórax. A cada movimento faça com que o queixo
encoste mais e mais no tórax, permitindo o alongamento da parte posterior do pescoço. Volte
a cabeça à posição normal; inspire e na expiração deixe a cabeça cair para trás na repetição
do movimento, com a boca fechada, deixe-a cair cada vez mais para trás. Volte a cabeça à
posição normal.

Esses movimentos certamente auxiliarão muito no processo de liberação de tensões das


pessoas que utilizam cadeira de rodas.

Respiração e Relaxamento

• Quando se está realmente relaxado, não há movimento no tórax, o sinal é um pequeno


movimento no abdome.

• Cada expiração é um relaxamento, e toda inspiração é uma tensão (trabalho de levar o


ar até os pulmões).

• Quanto mais relaxada a posição, menor o movimento do diafragma e mais baixo o nível
de energia.

O relaxamento na posição sentada, requer:

1) Costas eretas, na medida do possível (pode-se colocar uma almofada pequena na parte
baixa das costas);

2) As mãos devem pousar suavemente no colo;

3) Cabeça ereta;

4) Praticar de cinco a dez minutos.

Objetivo: alcançar um movimento leve e ritmado de subida e descida do abdome. O processo


é lento, mas vital; a expiração deve ser mais vagarosa do que a inspiração. Deve ser livre e
sem esforço, sem ser profunda. Sua velocidade fica entre seis e nove respirações por minuto.
A respiração deve ser autônoma, porém com observação consciente (consciência do
movimento abdominal sem movimentação do tórax).

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Respiração de energização

• Movimento positivo para cima e para baixo das costelas inferiores, sem inflar o abdome
e quase sem mover o tórax superior - movimento do diafragma de maneira profunda e
eficiente.

Objetivo: recuperar a respiração natural, movendo a área onde as costelas formam um “V”
invertido - a respiração passa a ser conscientemente desenvolvida.

Requer:

• Coluna ereta;

• No início, estimular com as duas mãos ao lado da caixa torácica, pressionando-as contra
a cintura durante a expiração - pressão das costelas em direção ao meio do corpo; a
inspiração, retirar ou deixar as mãos imóveis para estimular a inspiração profunda e o
movimento dos músculos intercostais.

Observações: este exercício não deverá ser feito por pessoa que tenha sofrido recentemente,
fratura de costelas; tanto a preocupação exagerada como a falta de interesse pela respiração
pode ser danosa.

Liberação diafragmática

Sentado em cadeira:

1) Antebraços ao lado das pernas e cabeça solta abaixo do joelho;

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2) Erguer os membros superiores para o alto, numa inspiração profunda;

3) Soltar os membros superiores e tronco (como num desmoronamento), na expiração. O


ar deve sair pela boca juntamente com um grande som de “Há”.

4) Repetir 12 vezes.

Observação: em caso de equilíbrio precário por parte do praticante, pode-se ajudar, apoiando-
o. Objetivo: alcançar uma respiração profunda, com o maior movimento possível do
diafragma, a fim de retirar o ar viciado dos pulmões e provocar o batimento cardíaco rápido.
Além disso, aumenta a atividade do tônus muscular.

Respiração nasal alternada

• Iguala todo o processo de respiração, estimula o sistema nervoso e cria uma sensação
de calma.

• Auxilia nos casos de enxaqueca e tensão nervosa. Passos:

1. Com a mão direita, o polegar direito fecha a narina direita após a expiração;

2. Inspira-se pela narina esquerda, e, em seguida, o terceiro dedo (anular) fecha a narina
esquerda e o ar fica retido por alguns segundos;

3. Tira-se o polegar e o ar sai vagarosamente pela narina direita;

4. Inspira-se rapidamente pela narina direita, fechando-a em seguida;

5. Após alguns segundos, retira-se o dedo da narina esquerda e se exala lentamente;

6. Inspira-se rapidamente pela narina esquerda e assim sucessivamente;

7. Repetir entre três e dez vezes.

Observação: manter o ar retido por cerca de quatro vezes mais que o tempo da inalação.

Prática dos movimentos

1. Respirando e alongando: - posição ereta;

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− Mãos na altura dos quadris, com as palmas para baixo;

− Após a expiração, erguer os membros superiores durante a inspiração até que fiquem
estendidos para cima, e encostando nas orelhas.

2. Alongamento lateral:

− Após a expiração, levantar os membros superiores para fora, na inspiração;

− Ao mesmo tempo, tentar separar os joelhos, levando-os para fora também: - em


seguida, movimentar ombros, pescoço e cabeça.

3. Alongamento montanha:

− Estender os membros superiores para o lado, levantando-os acima da cabeça - se


possível, atrás da linha do cíngulo peitoral - até tocarem as orelhas e estarem bem
retos, unir os polegares;

− Depois de alguns segundos, baixar os membros superiores vagarosamente, enquanto se


expira;

− O movimento deve coincidir com a respiração, para aumentar a capacidade pulmonar e


fortalecer tórax e braços.

4. Trabalhando as costas:

− Colocar as mãos nos braços da cadeira para ajudar o movimento;

− Ao inspirar, arquear as costas para frente, enquanto as escápulas vão para trás;

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− Ao expirar, o cíngulo peitoral vai para frente e a coluna vertebral curva-se para trás o
máximo possível.

− Deve-se sentir o movimento.

5. Curvatura lateral:

− Apoiar o antebraço direito no braço da cadeira;

− Expirar, e ao inspirar, estender o membro superior esquerdo para o alto, virando a


palma da mão em direção à cabeça e inclinando o braço até encostá-lo na orelha;

Erguer a escápula o mais possível e expirar, inclinando o corpo para a direita, sem tirar os
glúteos da cadeira:

− Permanecer na posição por várias respirações, colocando a menor pressão possível no


membro superior direito;

− Retornar ao ponto de partida;

− Inspirar, e ao expirar, alongar o membro superior esquerdo para baixo;

− Repetir o movimento do outro lado.

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6. Inclinação para frente:

− Colocar as pernas num pufe ou banco baixo, para que fiquem estendidas;

− Ao inspirar, elevar os membros superiores, erguer o tronco ao máximo e estender o


queixo para fora;

− Ao expirar, estender os membros superiores para frente e para baixo, alongando as


costas;

− Manter essa posição, segurando onde for mais confortável (pés, tornozelos ou dedos);

− Segurando com firmeza, puxar com as mãos, mantendo os membros inferiores retos.

7. Inclinação para trás:

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− Sentar-se firmemente, expirar e, ao inspirar, levar os braços para trás da cadeira até
que as mãos se toquem;

− Arquear as costas, deixando o cíngulo peitoral e a cabeça para trás;

− Voltar expirando;

− Repetir 3 vezes.

8. Torção da coluna vertebral:

− Cruzar os membros inferiores, se possível;

− Com o membro inferior direito sobre o esquerdo, levar o braço direito para trás da
cadeira, ou para a parte de cima da cadeira e apertar firme, de forma a girar a escápula
para a direita;

− Com os olhos fechados, manter a posição acima por um ou dois minutos;

− Repetir do outro lado.

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9. Pressão útil:

− Torção da coluna em uma cadeira;

− Colocar as mãos juntas atrás do joelho direito e, ao expirar, levantar o joelho até o
tórax, curvando o tronco para baixo e tentando encostar a cabeça no joelho. Inspirar
quando o tronco e a cabeça voltarem à posição original;

− Repetir com o outro membro inferior e depois com os dois juntos, tomando cuidado
para não perder o equilíbrio.

10. Trabalhando mãos, pés e olhos:

Mãos: trazer as mãos à altura do peito e então, fechar e abrir, esticando os dedos para fora.
Repetir várias vezes.

Olhos: vagarosamente, olhar para cima, para a direita, para baixo, para a esquerda e para
cima novamente. Repetir por três vezes. Olhar para a direita e para a esquerda,
vagarosamente, por três vezes. Olhar para cima, para extrema esquerda, para baixo e
extrema direita, também por três vezes. Colocar o dedo indicador cerca de 30 cm na frente e
no centro dos olhos; focalizar o olhar no dedo e repentinamente fixar o olhar na parede atrás
dele. Repetir a mudança de foco por algumas vezes. Em seguida, atritar as mãos e colocá-las
sobre os olhos abertos, por cerca de dois minutos.

Pés: apoiar os pés no chão, apontados para cima; trabalhar os dedos para frente e para trás,
tentando separá-los, fazer calmamente por um ou dois minutos. Trabalhar com o pé todo,
para frente e para trás. Em seguida, colocar um dos pés sobre a outra perna e girá-lo em
ambas as direções, segurando-o com a mão. Repetir com o outro pé.

Visualização

• Processo que auxilia o movimento e as funções do corpo.

• Deve ser praticada entre dez e vinte minutos.

Passos:

1. Sentar-se ereto na cadeira, colocar uma pequena almofada na região lombar;

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2. Realizar o movimento de erguer a parte superior do tronco e cíngulo peitoral (sem os


encolher), várias vezes;

3. Fazer rotação no cíngulo peitoral, para frente e para trás;

4. Movimentos leves com a cabeça: iniciando com a cabeça para frente, inspirar e, ao
expirar, virar vagarosamente para a direita, permanecendo na posição durante algumas
respirações: voltar a cabeça para frente, inspirar e ao expirar, virar para a esquerda.
Repetir.

5. Derrubar a cabeça até encostar o queixo no peito, com as mãos no colo, na expiração;
fechar os olhos e respirar devagar: postura ereta, tórax ereto e movimento suave do
abdome: na inspiração para dentro e na expiração para fora.

6. Prestar atenção na respiração, que deve estar livre e ritmada.

7. Ouvir a expiração;

8. Sentir o toque físico do ar, durante a inspiração forte, o ar externo é mais frio do que a
temperatura interna do corpo;

9. Observar a expiração, para sentir o fluxo quente do ar através das narinas;

10. União com a respiração: ao inspirar, nota-se uma sensação de energia inundando a
cabeça, enquanto na expiração a sensação espalha-se para o resto do corpo. Sensação
de controle e unidade, e aumento da sensação de energia;

Finalizar, devolvendo à mente a sensação do toque frio (inspiração) e do fluxo quente


(expiração). Ir tomando consciência do que se passa ao redor e alongar calmamente.

Massagem para idosos

E normal que com o envelhecer apareçam limitações provenientes do desgaste natural do


organismo, o que absolutamente não quer dizer que a qualidade de vida deva diminuir. Na
nossa sociedade que cultua o jovem, o idoso é sempre considerado supérfluo, ao invés de
dotado de experiência e sabedoria que poderiam ser compartilhadas com todos. Podemos
dizer que envelhecer é amadurecer e certamente, enquanto nosso exterior se enruga e perde
o tônus, nosso interior se aperfeiçoa ano após ano.

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É em nosso corpo que primeiro notamos os sinais de envelhecimento: enrugamos, ficamos


com a pele seca e sem elasticidade etc. O tato igualmente vai gradativamente se modificando,
pois com a natural perda de células e fibras, diminui a sensibilidade, principalmente das mãos.
Para os homens, que durante quase toda sua vida tem que viver obedecendo a certas regras
de comportamento (não abraçar e beijar outros homens, mesmo que esses sejam seu pai, avô
irmão ou tios), na velhice quando diminui sua capacidade sexual, a necessidade de contato
tátil é ainda maior, pois é a única sensação sensual que lhes resta.

Talvez a dificuldade que tenhamos em aceitar os idosos seja um reflexo de nosso próprio
medo de entender e aceitar que todos vamos entrar também na categoria de "velhos" e isso
nos desgoste muito.

A massagem é o meio ideal que se tem de manter a qualidade de vida dos idosos, ajudando e
aliviando- os dos problemas mais comuns que aparecem com a idade: artrite, reumatismo,
fadiga muscular, perda de elasticidade das cartilagens e discos invertebrais (30 a 40% menos
de tônus), digestão e intestinos que funcionam mais devagar, cansaço geral, ansiedade,
depressão, além do mau funcionamento dos órgãos internos, especialmente do coração.

Benefícios da Massagem

Além do benefício psíquico da comunicação através do toque, as vantagens no recebimento de


uma massagem regular são:

− Melhoria da circulação sanguínea;

− Maior flexibilidade muscular e articulatória - manutenção da saúde da pele;

− Auxilia na manutenção do nível hormonal, o que ajuda a estabilizar as emoções.

Principais pontos a serem observados quando se massageia um idoso

− Provavelmente o idoso não consiga ficar deitado no chão. Se for este o caso, deixe-o
sentado, recostado de forma confortável e massageie as áreas mais acessíveis, como
por exemplo, pés e mãos, utilizando a reflexologia, atingindo assim igualmente os
órgãos internos. O pescoço, ombros e costas não devem ser esquecidos;

− A sala deve estar aquecida;

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− Não tire as roupas do idoso (pudor, frio, etc.);

− Peça a ele que se deite numa maca, ou que se sente em uma cadeira, se possível;

− A pressão usada na massagem deve ser sempre leve e carinhosa;

− Deve se estar com disposição para ouvir o idoso e até incentivá-lo a falar;

− O tempo de duração da massagem deve ser curto = 20/ 30 minutos.

Precauções quando aplicar massagem em idosos

− Não massageie articulações que estejam inflamadas;

− Não faça alongamentos vigorosos;

− Antes de iniciar a massagem, verifique se o idoso tem algum problema cardíaco;

− Verifique se o idoso sofre de osteoporose ou varizes;

− Faça exercícios nas articulações sadias para melhorar áreas com problemas;

− Não exercite demasiadamente áreas afetadas.

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A MASSAGEM PROPRIAMENTE DITA

Mãos e Membros Superiores

Deslize por sobre toda a mão, deixando-a apoiada na maca ou no próprio colo do idoso. Faça
movimentos ascendentes com seu polegar pelo dorso da mão, vindos dos dedos em direção
ao pulso.

Com o polegar apoiado no dorso da mão e os outros dedos na palma da mão, faça
movimentos do meio da palma para as laterais, como que abrindo a mão.

Os dedos devem ser trabalhados com movimento circulares nas articulações (se for possível),
ou suavemente puxados de cima para baixo, fazendo-se leve pressão nos cantos das unhas,
onde estão localizados os pontos iniciais e terminais dos meridianos Yang. Os membros
superiores devem ser trabalhados do punho em direção ao cíngulo peitoral e voltando,
deslizando primeiro suavemente, aumentando gradativamente a pressão. O que é realmente
importante é que esse movimento seja contínuo. Portanto, se estivermos massageando o
membro superior esquerdo do idoso, assim que nossa mão direita tiver concluído o percurso
punho, cíngulo peitoral pela face interna do membro superior, a mão esquerda já começa o
mesmo movimento pelo lado externo do membro superior.

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Peito, Pescoço e Cíngulo Peitoral

− Coloque suas duas mãos sobre a parte superior da caixa torácica, com os polegares
tocando o pescoço. Lentamente deslize suas mãos lateralmente pela caixa torácica indo
a direções opostas, até abaixo do cíngulo peitoral e de volta ao pescoço (5 vezes);

− Deixando os polegares apoiados entre as costelas, mova os outros dedos lateralmente,


até o bico do peito. Cuidado quando massagear mulheres;

− Coloque as duas mãos por baixo da região cervical e faça leve amassamento no lado e
base do pescoço, primeiro de um lado e depois do outro;

− Massageie com pressão leve os ombros. Uma mão é colocada por baixo do cíngulo
peitoral para dar suporte, enquanto a outra massageia a parte frontal.

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Pés e Membros Inferiores

Os dedos de suas mãos estão colocados no meio da planta do pé e a base de sua mão
apoiada no dorso. Faça movimentos laterais, com os dedos como que abrindo o pé para os
lados.

Aperte toda a planta dos pés com seus dedos. Puxe levemente todos os dedos do pé. No
dorso do pé vindo dos dedos até os maléolos, com o polegar, massageie o espaço entre os
ossos. Não esqueça dos maléolos e do tendão calcâneo.

Dobre sua mão e com os dedos semiabertos faça deslizamento no dorso, lateral e planta dos
pés.

Nas pernas, faça contato, deslizando suas mãos do pé até o joelho pelo meio da perna,
voltando com uma mão pela parte interna e com a outra pela parte externa da perna, do
joelho até o pé. Repita esse movimento cerca de 20 vezes.

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Costas

Se o idoso estiver sobre a maca, ajude-o a se virar de lado o máximo que puder respeitando
sempre seu limite.

E nessa região que se encontram os problemas crônicos de tensão que são consequência de
má postura, provocando dores e rigidez da área.

A maneira mais prática de se massagear as costas de um idoso é sentá-lo numa cadeira,


colocar sobre seu colo 1 ou 2 travesseiros para dar apoio, e pedir que ele flexione o corpo
para frente.

Outra forma é pedir que ele se sente numa cadeira posicionada ao contrário onde o encosto
servirá de apoio para os membros superiores, e pedir para ele flexionar o corpo e ficar
relaxado.

Os movimentos são:

1. Deslize as duas mãos por todas as costas para fazer o contato inicial;

2. Coloque seus polegares na musculatura ao lado da coluna vertebral; deslize de baixo


para cima, até o pescoço;

3. Vá lentamente aumentando a pressão. Quando chegar ao pescoço passe para o cíngulo


peitoral, e vá descendo lenta e suavemente pela lateral do corpo.

Óleos Recomendados

Para Artrite e Reumatismo – benjoim (protege a pele), camomila (calmante), lavanda, limão,
cravo, canela e veliver. Massageie a área afetada. e a enrole numa toalha aquecida:

Para Ansiedade e Depressão – lavanda, tangerina (bergamota), rosa, jasmim, alecrim e


gerânio. Apresentam bom resultado se acompanhados de toque carinhoso,

Para Problemas Circulatórios e Fortalecimento do Músculo do Coração - usa-se lavanda, menta


(em pequenas quantidades), rosas, gerânio e YlangYlang;

Para Palpitações - lavanda, camomila, melissa, neroli e Ylang Ylang apresentam bom efeito.

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BIBLIOGRAFIA

Freitas, Elizabete Viana de –PY,Lígia Cançado, Flávio Aluízio Xavier- Gorzoni, Milton

Luiz –DO. Tratado de geriatria e gerontologia. Ed. Guanabara Koogan.

Neri, Anita Liberalesso. Cuidar de idosos no contexto da família.Ed.Alinea.

Blay, Sérgio L;Laks, Jerson; Bottino, Cássio M. C.Demência e transtornos cognitivos em idosos.
Ed. Guanabara Koogan.

A cura de todas as doenças está na natureza- Medicina Natural. Ed. Três

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