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Fiocruz PE
2023
© 2023. Ministério da Saúde. Fundação Oswaldo Cruz & Instituto Aggeu Magalhães – Fiocruz-PE.
CDU 614.39
Conteudistas
Fabíola Sulpino Vieira
Islândia Maria Carvalho de Sousa
Adriana Falangola Benjamin Bezerra
Rogério Fabiano Gonçalves
EAD Fiocruz PE | Economia da Saúde para Todos
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO 9
CAPÍTULO 1
DIREITO À SAÚDE, SUS E A SEGURIDADE SOCIAL 11
O contexto no qual o SUS foi implantado . . . . . . . . . . . 12
Princípios e Diretrizes. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
CAPÍTULO 2
FINANCIAMENTO DA SAÚDE 19
Modelos de financiamento da saúde . . . . . . . . . . . . . 20
Princípios gerais do financiamento para o SUS. . . . . . . 25
Aplicação mínima em saúde ou piso da saúde. . . . . . . 26
Despesas que podem ser incluídas na apuração da
aplicação mínima no SUS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
CAPÍTULO 3
PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO PÚBLICO E O
CONTROLE SOCIAL 35
Créditos Iniciais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
Créditos Adicionais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
Execução orçamentária e financeira. . . . . . . . . . . . . . 39
Gestão financeira na saúde: os fundos de saúde . . . . . . 41
Controle e fiscalização do orçamento público e dos
recursos do SUS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
Controle externo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
Controle interno . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
Controle social . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
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CAPÍTULO 4
A ECONOMIA POLÍTICA DA SAÚDE E OS GASTOS COM
SAÚDE NO BRASIL 46
Gasto com saúde no Brasil. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48
Gasto público e privado com saúde no Brasil . . . . . . . . 51
Comparação do gasto com saúde do Brasil ao de outros
países . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55
REFERÊNCIAS 65
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LISTA DE ILUSTRAÇÕES
entes da Federação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
SUS.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50
selecionados (2016). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56
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LISTA DE TABELAS
(2010 - 2019).. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54
América (EUA).. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60
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Apresentação
A ideia de construirmos um conteúdo sobre o tema Economia da Saúde
de modo contextualizado no cotidiano teve como objetivo estimular a reflexão
de que saúde e economia são temas integrados, visto que as escolhas de prio-
rização de um ou outro tipo de serviço ou cuidado em saúde também implicam
escolhas sobre a destinação dos recursos financeiros.
É importante lembrar que tudo que o SUS oferta não é de graça. O dinhei-
ro sai do bolso de cada cidadão e cidadã brasileira. São nossos recursos que
custeiam o SUS. Ele é um patrimônio público, do povo para o povo e, portanto,
também pago pelo povo. Assim, é importante para nós conhecermos o finan-
ciamento do SUS, suas regras e formas de operar. E para isso vamos conversar
sobre o assunto contando histórias baseadas na vida real. Abordaremos quatro
temas importantes: a) Direito à saúde; b) Seguridade Social; c) Financiamento
do SUS; e d) Economia da Saúde.
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eles, por sua vez, estão direta ou indiretamente relacionados ao modelo de de-
senvolvimento econômico implantado no país e no mundo. Talvez essa pequena
noção sobre esses temas o estimule a compreender como os recursos financei-
ros são empregados e estar atento e atenta aos requisitos necessários à garan-
tia do Direito à saúde para todos e todas.
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Capítulo 1
O SUS nasceu após grande mobilização popular por mais saúde, tendo as
mulheres um papel muito importante nesta conquista. Desde 1978 os movimen-
tos populares nascidos nas periferias se organizaram para lutar por melhores
condições na atenção à saúde. Nesse período nasceram os Conselhos Popula-
res que passam a buscar participação nas Políticas de Saúde. Mas, nessa época,
a saúde não era um direito, só tinha acesso aos serviços de saúde quem pagava,
ou seja, quem era trabalhador com carteira assinada que realizava contribuição.
Deste modo, você pode perguntar: e quem não tinha carteira assinada?
Bom, quem não era um trabalhador com carteira assinada recebia os cui-
dados das campanhas sanitárias, entidades filantrópicas e de cuidadores iden-
tificados como leigos, mas eram vistos como indigentes, principalmente, nos
serviços de saúde. Quem os atendiam eram as Casas de Misericórdia. Naquela
época ter acesso à saúde não era direito, era esmola, era favor para quem não
tinha emprego formal!
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Mas, não podemos esquecer que é dever do Estado, mas também de todos
os cidadãos. Gestores, profissionais e usuários, todos são responsáveis pela ga-
rantia da saúde. Uma das características fundamentais de um sistema público é
que ele é financiado por meio de Contribuições Sociais e impostos, assim, todos
contribuem para o SUS. A ideia é que quem tem mais contribua com mais. É por
isso que atualmente o SUS é considerado um dos sistemas que mais efetiva a
justiça social, tendo também como um dos seus princípios a equidade em saú-
de. O SUS é tido como o projeto social mais solidário entre aqueles de países em
desenvolvimento.
Porém, quando essas Leis foram regulamentadas, o Brasil vivia grande cri-
se política e financeira, e o SUS como uma pequena criança que acabava de
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O SUS nasceu com caráter de patrimônio público, formado por uma rede
regionalizada, hierarquizada e descentralizada, com direção única em cada esfe-
ra de governo, e sob controle da sociedade. Os serviços privados, conveniados e
contratados, passam a ser complementares e subordinados às diretrizes do SUS.
O SUS vem ao longo dos anos superando vários desafios, mesmo com inúme-
ras dificuldades na implantação dos seus princípios e de suas diretrizes. Avançou
no que se refere à construção de um sistema público de saúde pública solidário, tor-
nando-se atualmente um modelo de política pública que vem servindo de exemplo
para a implementação de outras políticas, como a de educação e de assistência so-
cial. Porém, é sabido que as suas diretrizes ainda encontram dificuldades de serem
implantadas em sua plenitude. E quais são seus princípios e diretrizes?
Princípios e Diretrizes
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O que foi programado é que as pessoas possam ter acesso ao SUS por
meio da atenção primária à saúde, neste caso a estratégia saúde da família,
que deve estar qualificada para atender e resolver os principais problemas que
demandam os serviços de saúde. Os problemas que não forem resolvidos na
atenção primária deverão ser referenciados para os serviços de maior comple-
xidade tecnológica. Outra porta de entrada para o SUS são as emergências, mas
ela lida com uma demanda que não é planejada, pois não podemos prever quan-
do e como alguém sofrerá um acidente, por exemplo. Muitas vezes este setor do
SUS entra em colapso, pois lida exatamente com situações de crises (urgência
e emergência). Daí a necessidade de a população evitar buscar estes serviços
quando não estiver em uma situação grave de saúde. Este também é um dos
setores mais utilizados pela mídia para falar dos problemas do SUS.
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Seguridade Social
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Você sabia?
Uma crítica que se costuma fazer a este mecanismo é que as receitas desvin-
culadas acabam sendo utilizadas para pagar juros da dívida pública e dei-
xam de ser utilizadas no financiamento de políticas que são fundamentais
para a garantia de direitos sociais no Brasil (RIBEIRO E SALVADOR, 2018).
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Capítulo 2
FINANCIAMENTO
DA SAÚDE
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Financiamento da saúde
» Modelo 2 - seguro social de saúde: neste caso, uma parcela da população ou toda
a população, as empresas e o governo são obrigados a contribuir com um fundo de
saúde. Os recursos desse fundo são utilizados para pagar as despesas com saúde
das pessoas que contribuem com ele e os serviços geralmente são prestados por
instituições privadas de saúde;
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» 100% das pessoas são cobertas pelo SUS, porque ele é um sistema universal, con-
forme determina a Constituição Federal de 1988 (BRASIL, 1988). O seu financiamen-
to é feito conforme modelo 1;
» Parte das pessoas acaba pagando diretamente do bolso por algum serviço ou pro-
duto de saúde, que é o modelo 4 de financiamento da saúde. Não se tem números
exatos sobre o percentual da população que acaba tendo este tipo de gasto. O que
se sabe é que ele pesa mais na renda das famílias mais pobres e que é predominan-
te no acesso a medicamentos em nosso país (BOING et al, 2014).
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Você sabia?
Que todas as pessoas no Brasil, mesmo as que têm plano de saúde, também
utilizam o SUS? Além de o SUS oferecer para a população serviços de saúde
nos três níveis de complexidade da assistência à saúde, desde a consulta
médica na atenção básica até a realização de cirurgias muito complexas,
como o transplante de órgãos, o sistema também oferece medicamentos,
vacinas, ações e serviços de vigilância sanitária e epidemiológica, entre ou-
tros. Monitora a qualidade da água que bebemos; fiscaliza o comércio e a
fabricação de produtos de interesse para a saúde; monitora, implementa e
recomenda ações de controle de doenças, como o distanciamento social,
que foi instituído em várias localidades no Brasil em virtude da pandemia
pelo coronavírus.
Como vimos até aqui, o SUS é muito importante e é financiado por impos-
tos e contribuições que são pagos pela população. Mas, como essa arrecadação
é feita e como os recursos arrecadados são destinados para financiar as des-
pesas com a manutenção das unidades básicas de saúde (UBS), unidades de
pronto-atendimento (UPA), hospitais e outras unidades de saúde, além de todos
os outros serviços e ações de saúde?
Antes de explicar qual é a origem dos recursos do SUS, é preciso dizer que
todos os entes da Federação são responsáveis pelo financiamento do sistema,
conforme estabelece a Constituição Federal (BRASIL, 1988). Mas, quais são os
entes da Federação?
Entes da Federação
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Observe que, para a União, há uma fonte de recursos que agrega várias
contribuições sociais para financiamento da chamada Seguridade Social. Quan-
do da elaboração da Constituição Federal de 1988, os parlamentares quiseram
garantir fontes específicas de recursos para financiar a Seguridade Social. Essas
fontes são contribuições sociais. As principais estão descritas na tabela 1.
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Impostos gerais
Estados Governos Estaduais Imposto sobre a Transmissão “Causa Mortis” e Doação de Bens e Direitos - ITCMD
Transferências do Estado
Imposto sobre a Transmissão “Inter Vivos” de Bens Imóveis e de Direitos Reais sobre
Imóveis - ITBI
Transferências da União
Transferências do Estado
Distrito Federal Governo do Distrito Imposto sobre a Transmissão “Causa Mortis” e Doação - ITCMD
Federal Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços de Transporte Individual e Intermu-
nicipal e de Comunicação - ICMS
Transferências da União
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Ilustração 1 - Regras de cálculo para a aplicação mínima no SUS pelos entes da Federação.
UNIÃO ESTADOS
Em 2017, 15% da receita corrente líqui- 12% das receitas diretamente arrecada-
da (RCL). De 2018 até 2036, o valor das e das transferências constituciona-
correspondente à aplicação mínima do is e legais recebidas da União (regra da
ano anterior corrigido pelo IPCA (regra EC 29) - consulte as fontes de financia-
da EC 95). mento na tabela 1.
DISTRITO FEDERAL
12% das receitas diretamente arrecada-
MUNICÍPIOS
das e das transferências constitucionais 15% das receitas diretamente arrecada-
e legais recebidas da União que são de das e das transferências constituciona-
base estadual e 15% das receitas direta- is e legais recebidas da União e dos
mente arrecadadas e das transferências estados (regra da EC 29) - consulte as
constitucionais e legais recebidas da fontes de financiamento na tabela 1.
União que são base municipal (regra da
EC 29) - consulte as fontes de financia-
mento na tabela 1.
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Tabela 2 (continuação).
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(Despesa Total com Saúde – Transferências recebidas para o SUS) x 100 (numerador)
Sendo:
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em termos reais, ou seja, em princípio, não há perdas do valor aplicado por causa
da inflação. Para os demais entes da Federação, a aplicação mínima varia con-
forme variam as receitas. Neste ponto, você deve estar se perguntando: bem, se
a aplicação mínima flutua conforme flutuam as receitas arrecadadas que são da
base de cálculo para a saúde, isso significa que o gasto com o SUS desses entes
pode diminuir quando há queda da arrecadação?
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Você sabia?
Daí você pode pensar: bem, mas a arrecadação da União caiu durante a cri-
se econômica entre 2014 e 2016 e, nesta situação, a EC 95 poderia ser vantajo-
sa. Sim. Mas, sempre é preciso lembrar que ninguém espera que o país enfrente
uma crise econômica por 20 anos (prazo do Teto de Gastos). A economia brasi-
leira voltou a crescer já em 2017, mesmo que em percentual baixo. Em contexto
de crescimento econômico, a arrecadação cresce. Com a EC 95, os ganhos reais
(já descontado o efeito da inflação) gerados com a expansão da economia, em
termos de recursos financeiros, não poderão ser destinados às políticas públi-
cas, incluindo a de saúde. Isso porque o Congresso Nacional e o Poder Executivo
proibiram por meio da EC 95 qualquer gasto acima da despesa primária congela-
da. A perda de recursos para o SUS em 2019 por causa da mudança de regra foi
estimada em 13,2 bilhões de reais apenas em 2019 (FUNCIA, 2020).
Bem, vamos falar na próxima seção sobre as despesas que são considera-
das no cálculo da aplicação mínima no SUS, que são as despesas com ações e
serviços públicos de saúde (ASPS).
Para garantir que recursos mínimos sejam destinados ao SUS, sem a in-
clusão de despesas outras, alheias ao campo da saúde, o Congresso Nacional
estabeleceu princípios e diretrizes para as despesas com ASPS por meio da Lei
Complementar nº 141 (BRASIL, 2012). De acordo com esta lei, as despesas com
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Além de definir princípios e diretrizes para as despesas que podem ser con-
sideradas com ASPS, o Congresso também listou na Lei Complementar nº 141,
quais despesas são consideradas com ASPS e quais despesas não são conside-
radas com ASPS. Consulte as duas listas na ilustração 3.
Ilustração 3 - Despesas que podem ser consideradas com ASPS e que não são com ASPS.
Você pode estar pensando que esse grau de detalhamento das despesas
é um exagero por parte dos parlamentares. Mas, infelizmente não é. Antes da
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Você deve estar pensando que podem ser muitos cálculos e isto é muito
difícil, mas de fato hoje temos um sistema de informações para acompanhar a
transferência de recursos próprios pelo Governo Estadual e Municipal: é o Siste-
ma de Informações sobre Orçamentos Públicos em Saúde (SIOPS). No SIOPS é
possível verificar se os entes federados estão cumprindo ou não as regras esta-
belecidas na Lei Complementar nº 141.
Agora que você sabe o que é a aplicação mínima no SUS, como esta aplica-
ção é calculada e quais despesas podem ser computadas para fins de apuração
da aplicação mínima, vamos falar sobre o planejamento e o orçamento público.
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Capítulo 3
PLANEJAMENTO,
ORÇAMENTO PÚBLICO
E O CONTROLE SOCIAL
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Créditos Iniciais
Créditos Adicionais
» Suplementar - por meio de um decreto, o poder executivo aumenta o valor dos re-
cursos alocados em uma dotação (previsão de despesa) já existente no orçamento;
» Especial - por meio de uma lei são alocados recursos em uma dotação que ainda
não existia; e
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Depois de aprovado o PPA é feito o detalhamento das ações que serão re-
alizadas. Para orientar a execução dessas ações a cada ano, o Poder Executivo
elabora o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias, que é analisado e aprovado
pelo Poder Legislativo. Após a sanção pelo Presidente da República, é publicada
a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). A LDO define as metas e prioridades
para o ano seguinte, assim como estabelece regras sobre as despesas nos três
Poderes, sobre transferências de recursos entre os entes da Federação e entre
estes e instituições privadas, sobre o equilíbrio entre receitas e despesas, entre
outras regras (BRASIL, 2020b).
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Quando o ano inicia, os órgãos que fazem parte de cada ente da Federação
(como a Secretaria de Saúde nos estados e municípios ou o Ministério da Saúde
na União) iniciam o processo de execução das despesas. A execução orçamen-
tária se refere às fases que envolvem o empenho e a liquidação das despesas.
Para o pagamento dessas despesas é preciso ter disponibilidade de caixa, ou
seja, de recursos (receitas), que são obtidos a partir da arrecadação dos tributos
ou de empréstimos pela administração pública. A execução financeira ocorre
quando o pagamento da despesa é realizado.
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Bem, e como ficam as despesas que são empenhadas em um ano, mas que
não são pagas até o final deste ano? Despesas empenhadas no ano que não fo-
ram canceladas ou pagas até 31 de dezembro são transferidas para pagamento
no próximo ano e passam a ser chamadas de restos a pagar. Dizemos que os
restos a pagar foram inscritos neste novo ano. No geral, os restos a pagar po-
dem ser reinscritos nos anos subsequentes, mas o prazo máximo para isso é de
5 anos. Eles podem ser um problema para a execução de despesas do ano em
que foram inscritos porque concorrem pelos recursos disponíveis no ano, pois
nem sempre há disponibilidade de caixa (de recursos) para honrar o pagamento
deles no momento em que foram inscritos. Ou seja, além de pagar as despesas
empenhadas no ano, há restos a pagar de anos anteriores para serem pagos.
A ilustração 6 apresenta os dois tipos de restos a pagar. Se ao final do ano as
despesas já tiverem sido liquidadas, os restos a pagar são chamados de restos a
pagar processados. Mas, se apenas tiverem sido empenhadas, os restos a pagar
são chamados de não processados.
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RESTO A
DESPESA DESPESA
PAGAR
EMPENHADA LIQUIDADA
PROCESSADO
RESTO A
DESPESA
PAGAR NAO
EMPENHADA
PROCESSADDO
Para saber mais sobre o orçamento público, acesse uma série de animações
elaboradas pelo Senado Federal e que estão disponíveis em: <https://www12.
senado.leg.br/orcamentofacil>
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Você sabia?
Controle externo
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Para saber mais sobre o trabalho dos tribunais de contas, assista ao vídeo
a seguir: <https://www.youtube.com/watch?v=g1uAtdSFhuw>
Controle interno
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Para obter relatórios de auditorias que tenham sido realizadas em seu mu-
nicípio pelo SNA, acesse o sistema “Consulta Auditorias”:
<https://consultaauditoria.saude.gov.br/visao/pages/principal.html?3>
Na esfera federal, além do Denasus, que tem atuação restrita ao SUS, existe
a Controladoria-Geral da União (CGU), que exerce as atividades de órgão central
do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal. A CGU realiza as
seguintes atividades, entre outras: avalia a execução de programas de governo;
comprova a legalidade e avalia os resultados da gestão dos administradores
públicos federais; e exerce atividades de apoio ao controle externo (CGU, 2020a).
Controle social
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Capítulo 4
A ECONOMIA
POLÍTICA DA SAÚDE
E OS GASTOS COM
SAÚDE NO BRASIL
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Neste curso, a opção que fizemos foi para a Economia Política da Saúde
por compreendermos que falar em gastos e investimentos em Saúde envolve
também muitos interesses sociais, políticos e econômicos.
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Aqui, vamos discutir o gasto com saúde; mostrar como se verifica o cum-
primento da aplicação mínima no SUS pelos entes da Federação; e apresentar
informações sobre a evolução das despesas com saúde nos últimos anos. Para
começar, vamos tratar do gasto com o SUS.
Ilustração 7 - Verificação se o gasto com o SUS do ente da Federação no ano cumpriu o que de-
termina a Constituição Federal de 1988.
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arrecadadas pelo Distrito Federal, que são típicas dos municípios, qual o valor
correspondente; suponhamos que seja 1,5 bilhão de reais. Depois, calculamos o
valor correspondente a 12% das receitas que são típicas dos estados e que fo-
ram arrecadadas pelo Distrito Federal; suponhamos que seja 2,5 bilhões de reais.
A soma desses dois valores é igual a 4 bilhões de reais e corresponde à aplica-
ção mínima. Assim, se a despesa do Distrito Federal no ano for igual ou maior
que 4 bilhões de reais, o ente cumpriu a Constituição. Se for menor, não cumpriu.
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90%
25% 25% 26% 27% 27% 28%
29% 28% 29% 29% 31% 31% 31% 31% 31%
32%
80%
70%
40%
30%
50% 49% 48% 47% 46% 47% 45% 45% 45%
43% 43% 42% 43% 43% 43% 43%
20%
10%
0%
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Fontes:
Fonte: Senado Federal/Siga
Senado Brasil e Ministério
Federal/Siga Brasil edaMinistério
Saúde/Sistemada
de Informações sobre Orçamentos
Saúde/Sistema Públicos em Saúde
de Informações (Siops).
sobre Orça-
Despesa empenhada, corrigida pelo IPCA para valores de 2018.
mentos Públicos em Saúde (Siops). Despesa empenhada, corrigida pelo IPCA para valores de
2018.
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Você sabia?
Bem, agora já sabemos como evoluiu o gasto com o SUS até 2018, o que
você deve estar se perguntando é: e quanto ao gasto privado?
A mensuração do gasto público e privado com saúde é feita pelo IBGE, com
o apoio de outras instituições que compõem o Grupo Executivo de Contas de
Saúde do Brasil. Fazem parte deste grupo além do IBGE, o Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada (Ipea), o Ministério da Saúde, a Fundação Oswaldo Cruz
(Fiocruz) e a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
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Você sabia?
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Ilustração 9 - Participação das despesas de consumo final no Produto Interno Bruto (2000 - 2019).
Note que a participação do gasto público com saúde no PIB foi de 3,8% em
2019, enquanto a do gasto privado foi de 5,8% no mesmo ano. Ou seja, a maior
parte do gasto com saúde no Brasil é privada, mesmo o país tendo um sistema
universal de saúde, o SUS. Se considerarmos que cerca de 25% das pessoas têm
planos privados de saúde, temos uma ideia da disparidade do gasto entre os
setores público e privado. O SUS conta com menos recursos que o setor privado
e atende de forma exclusiva aos cerca de 75% da população que não têm planos
de saúde. Só lembrando mais uma vez que, mesmo as pessoas com planos de
saúde, utilizam o SUS para ações e serviços de vigilância sanitária e epidemio-
lógica, e até mesmo para serviços de assistência à saúde, que são muito caros,
assim como para o acesso a medicamentos, geralmente não cobertos pelos pla-
nos. Este é um importante indicador e o que ele nos mostra é que o montante de
recursos alocados ao SUS é muito baixo, quando comparado ao montante que
financia o setor privado de saúde no Brasil.
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Em bilhões R$ de 2021
Privado (famílias e
Ano Público (governo) Total (Brasil)
ISFL)
2010 317,6 261,4 579,0
2011 331,9 267,8 599,7
2012 359,4 274,8 634,2
2013 385,6 296,9 682,5
2014 421,7 317,6 739,3
2015 425,4 312,9 738,4
2016 416,2 309,0 725,2
2017 426,2 305,0 731,2
2018 464,6 306,5 771,1
2019 478,2 317,0 795,2
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Contas Nacionais. Valores corrigidos para
preços de 2018 pelo IPCA. Elaboração própria.
Você sabia?
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Observe, na ilustração 10, que o gasto público por pessoa (per capita)
no Brasil é um dos mais baixos entre os gastos de países selecionados. Que é
menor até do que o de países da América do Sul, Chile e Colômbia, sendo que
no Chile não se reconhece a saúde como um direito da população e um dever do
Estado como ocorre aqui no Brasil.
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Ilustração 10 - Gasto público per capita com saúde de países selecionados (2016).
9.000
8.371
8.000
7.000
6.000
Dólares PPC correntes
5.000 4.675
4.024
4.000 3.792
3.291
3.132 3.047
3.000
2.436
2.208
2.000 1.769
1.110 965
1.000 808 691 551 460 399
Outra observação é sobre o gasto público dos Estados Unidos. Vejam como
é muito mais elevado e lá também não existe um sistema universal de saúde. En-
tre onze países desenvolvidos, os Estados Unidos apresentam o pior desempe-
nho quanto às condições de saúde de sua população (SCHNEIDER et al, 2017).
Agora, observe o gasto do Reino Unido, que possui um dos melhores siste-
mas públicos de saúde do mundo, inclusive em termos de eficiência no uso dos
recursos (SCHNEIDER et al, 2017). Quando comparamos o gasto do Brasil (551
dólares internacionais por pessoa) com o do Reino Unido (3.047 dólares inter-
nacionais por pessoa) vemos, de fato, que contamos com poucos recursos para
dar conta da oferta de medicamentos, exames, consultas, cirurgias, entre outros
bens, ações e serviços de saúde, a toda população. O gasto público per capita
do Reino Unido é quase seis vezes maior do que o do Brasil.
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Esses três países estão entre os vinte mais populosos do mundo: os EUA
ocupam a terceira posição do ranking populacional em 2020; o Brasil, a sexta
e a Alemanha, a décima nona. Os EUA e o Brasil são países de dimensões conti-
nentais, sendo, respectivamente, o quarto e o quinto países com maior extensão
territorial. A Tabela 5 mostra a população e a extensão territorial desses países,
além do Produto Interno Bruto (PIB), total e per capita, e o valor do salário-mí-
nimo.
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Tabela 5 - População, Extensão territorial, Produto Interno Bruto (PIB), Índice de Gini e Salário-Mí-
nimo na Alemanha, no Brasil e nos Estados Unidos da América (EUA).
Nota: Os valores obtidos estavam registrados em dólar americano, sendo atualizados a partir da
cotação do dólar em 18/05/2020 (US$ 1 igual a R$ 5,85) Fonte dos dados:
https://www.worldometers.info/world-population/population-by-country/
https://www.britannica.com/topic/list-of-the-total-areas-of-the-worlds-countries-dependencies-
-and-territories-2130540
https://data.worldbank.org/indicator/NY.GDP.MKTP.CD?name_desc=false&view=map
https://data.worldbank.org/indicator/NY.GDP.PCAP.CD
https://pt.knoema.com/atlas
https://countryeconomy.com/national-minimum-wage
Você sabia?
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https://www.ibge.gov.br/explica/pib.php
https://youtu.be/lVjPv33T0hk
Você sabia?
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Índice de Gini
https://www.youtube.com/watch?v=HLgtFmVj_9E
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é de 81,3 anos em 2019, o que significa que, em média, o alemão vive 5,4 anos a
mais que o brasileiro e 2,4 a mais que o americano. Outra informação importan-
te é a proporção de idosos, que é de 21,6% na Alemanha e, no Brasil, representa
menos de 10%. Além disso, com exceção da taxa de mortalidade geral, a morta-
lidade infantil e materna no Brasil também é pior do que nos demais países. Tais
indicadores revelam que o desenvolvimento social é diferente entre os países e,
possivelmente, o acesso e a qualidade da assistência à saúde são fatores que
interferem nesses resultados. Assim, compreende-se que o financiamento em
saúde tem um papel fundamental para redução das desigualdades referidas.
Tabela 7 - Indicadores dos recursos financeiros gastos em Saúde, segundo origem e valores per
capita.
País Gasto Governa- Gasto priva- Gasto por Gasto per Gasto per
mental em Saúde do em Saúde desembol- capita total capita total
(2017)¹ (2017)² so direto com Saúde com Saúde
(2017)³ (2017)4 (2017)5
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siderar que o país optou por um sistema de saúde universal, baseado em uma
política de proteção social como dever do Estado, sendo assegurada pelo direito
constitucional à saúde. Assim, ao ofertar ações e serviços para toda a popula-
ção, era de se esperar que o financiamento público estivesse à frente dos per-
centuais da Alemanha e dos EUA, que possuem outras configurações quanto
ao modelo de atenção à saúde. Como consequência da baixa participação do
Estado no financiamento em saúde, o país tem uma elevada proporção de gasto
por desembolso direto, 27,5%, referente ao gasto que a população realiza como
alternativa para suprir suas necessidades de saúde, nem sempre atendidas no
serviço público.
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Considerações para
refletir
Agora que você se aproximou da discussão da Economia Política da Saúde
apresentada neste e-book. Você compreende que uma importante causa para
as filas de espera, para a superlotação de unidades de saúde e para a falta de
medicamentos no SUS é o financiamento insuficiente do sistema?
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Referências
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