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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA

MARINA MACHADO DA SILVA

PLANO DE PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS FLORESTAIS: Proposta


para um pomar de oliveiras

São Gabriel
2023
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MARINA MACHADO DA SILVA

PLANO DE PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS FLORESTAIS: Proposta


para um pomar de oliveiras

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado ao Curso de Engenharia
Florestal da Universidade Federal do
Pampa, como requisito parcial para
obtenção do Título de Bacharel em
Engenheiro Florestal.

Orientador: Igor Poletto

São Gabriel
2023
3

Ficha catalográfica elaborada automaticamente com os dados fornecidos


pelo(a) autor(a) através do Módulo de Biblioteca do
Sistema GURI (Gestão Unificada de Recursos Institucionais).

S586p Silva, Marina Machado


Plano de prevenção e combate a incêndios florestais:
proposta para um pomar de oliveiras / Marina Machado Silva.
31 p.

Trabalho de Conclusão de Curso(Graduação)-- Universidade


Federal do Pampa, ENGENHARIA FLORESTAL, 2023.
"Orientação: Igor Poletto".

1. fogo. 2. aceiros. 3. danos. I. Título.


4

MARINA MACHADO DA SILVA

PLANO DE PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS FLORESTAIS: Proposta


para um pomar de oliveiras

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado ao Curso de Engenharia
Florestal da Universidade Federal do
Pampa, como requisito parcial para
obtenção do Título de Bacharel em
Engenheiro Florestal.

Trabalho de Conclusão de Curso defendido e aprovado em: dia, mês e ano.

Banca examinadora:

Prof. Dr. Igor Poletto


Orientador
UNIPAMPA

Prof. Dra. Aline Biasoli Trentin


UNIPAMPA

Prof. Dr. Gabriel Paes Marangon


UNIPAMPA
5

AGRADECIMENTO

Agradeço em primeiro lugar a Deus por ter me guiado, me dado forças


e sabedoria nesses anos de graduação.
Aos meus familiares, em especial meus pais Nilda e Darci por apoiar
todas as minhas decisões, inclusive de cursar a engenharia florestal, aos
meus irmãos Ticiane, Marcio e Ricardo e a minha cunhada Caroline pelos
conselhos e incentivo, aos meus sobrinhos Rafael e Júlia por todo amor
compartilhado comigo e a minha prima Érica por todo apoio, já que mesmo
que de outra cidade, a distância nunca impediu nossa proximidade.
Ao Prof. Igor Poletto pela orientação, ensinamentos e contribuições
que foramfundamentais para a elaboração deste trabalho, assim como na
minha vida profissional.
Aos demais professores na Unipampa que compartilharam suas
experiências e sabedoria durante os cinco anos de convivência.
Ao Laboratório de Controle Biológico e Proteção de Plantas e seus
colaboradores pelo conhecimento compartilhado comigo no segundo ano de
curso.
Aos meus colegas que de uma forma ou outra foram importantes na
minha vida acadêmica.
Aos meus amigos de anos e aos meus amigos que a faculdade
introduziu na minha vida, Fernanda, pelas conversas e parceria nos trabalhos.
Lorrayson, pela parceria de treino e a Raqueana, junto da Mel, pela
companhia no almoço e na vida. Obrigado por tornarem esses anos
descontraídos e alegres.
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RESUMO

No Brasil a problemática do fogo é preocupante, apenas no ano


de 2022 foram detectados 193.810 focos de incêndios. O incêndio,
diferentemente da queima controlada, é quando o fogo está descontrolado e
consome todo tipo de vegetação ecausa danos graves nas árvores, solo e na
fauna. Considerando os danos que são causados no meio ambiente e a falta
de trabalhos científicos que citam Planos de Prevenção e Combate aos
Incêndios Florestais voltados para áreas menores, este trabalho tem como
objetivo apresentar uma proposta de Plano de Prevenção e Combate a
Incêndios Florestais para um pomar comercial com cultivo de Olea europeia
(oliveira) com 13 hectares no município de São Gabriel - RS. A partir da
visitação in loco e do mapeamento aéreo, realizado pelo Laboratório de
Biometria, Inventário e Manejo Florestal da Unipampa, da obtenção do
histórico da área e de uma pesquisa bibliográfica aprofundada foi possível
criar um PPCIF de acordo com a realidade da área, com propostas como a
criação de aceiros, a definição de uma forma de monitoramento e detecção
de incêndios, orientação de funcionários e prestadores de serviço, as
ferramentas, equipamentos e maquinários necessários para prevenir e
combater o fogo e sistema de comunicação. Com as recomendações feitas,
espera-se prevenir a ocorrência de incêndios florestais e/ou minimizar os
danos caso eles ocorram.

Palavras-Chave: Fogo, aceiros, danos


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ABSTRACT

In Brazil, the fire problem is worrying, in 2022 alone, 193,810 outbreaks


off ire were detected. Fire, unlike controlled burning, is when the fire is out of
control and consumes all types of vegetation and causes serious damage
to trees, soil andfauna. Considering the damage caused to environment and
the lack of scientific workthat cite the Forest Fire Prevention and Combat Plan
aimed at small áreas, this final paper aims to presente a Forest Fire Prevention
and Combat Plan proposal for an Olea europeia commercial orchard with 13
hectares at São Gabriel-RS city. Based on in loco visitation and aerial
mapping, carried out by Biometrics, inventory and forest management
laboratory from Unipampa, obtaning the history of the área and in-depth
bibliographical research, it was possible toc reate a PPCIF in accordance with
the reality of the area, with proposals such as the creation of firebreaks, the
definition ofa way to monitor and detect fires, orientation of employees and
service providers, thetools, equipment and Machinery necessary to prevent
and combat fire and a communicatio system. With the recommendations
made, it is expected to prevent theoccurrence of forest fires and/or minimize
the damage if they occur.

Keywords: Fire, firebreaks, damage.


LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Mosaico de ortofotos representando a área com o pomar


delimitado.
Figura 2 – Mosaico de ortofotos representando a área com a localização dos
aceiros.
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LISTA DE SIGLAS

PPCIF – Plano de Prevenção e Combate a Incêndios


Florestais.
VANT – Veículos Aéreos Não Tripulados
VMR – Valor de Referência Municipal
SISNAMA – Sistema Nacional do Meio Ambiente

EMBRAPA – Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias

IBAMA – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveiss

LABIMAF – Laboratório de Biometria, Inventário e Manejo Florestal

INPE – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais


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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ..................................................................................... 11

2 REVISÃO DE LITERATURA ............................................................... 13

2.1 Legislação .......................................................................................... 13

2.2 Planos de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais ........... 14

3 MATERIAL E MÉTODOS .................................................................... 16

3.1 Descrição da área de estudo............................................................. 16

3.2 Mapeamento da área .......................................................................... 17

3.3 Visitação ao local de estudo ............................................................. 18

4 PLANO DE PREVENÇÃO E COMBATE AOS INCÊNDIOS


FLORESTAIS ...................................................................................... 20

4.1 Propagação e forma dos incêndios .................................................. 20

4.2 Ferramentas, equipamentos e maquinário ...................................... 21

4.3 Orientação aos funcionários e prestadores de serviço .................. 23

4.4 Aceiros ................................................................................................ 23

4.5 Monitoramento e Detecção ............................................................... 24

4.6 Sistema de comunicação .................................................................. 25

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................. 26

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................. 27

APÊNDICES ................................................................................................. 29

APÊNDICES ................................................................................................. 30
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1 INTRODUÇÃO

Incêndio florestal é quando o fogo está descontrolado e consome


qualquer tipo de vegetação, diferentemente da queima controlada, a qual é
realizada de forma planejada, com objetivos e área delimitada (SOARES;
BATISTA, 2007). No Brasil, a problemática do fogo é preocupante. Apenas
no ano de 2022, foram registrados 193.810 focos de incêndio pelo Programa
Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), situação
que coloca o Brasil em primeiro lugar na lista de países com a maior
quantidade de focos. Especificando ainda mais os dados, no Rio Grande do
Sul foram detectados um total de 678 focos no Bioma Pampa em 2022.
Para um melhor entendimento do processo que compreende o fogo,
alguns autores citam o chamado “triângulo do fogo”, o qual é composto por
oxigênio, calor e combustível, considerando a falta de algum desses
elementos, a combustão se torna impossível. Tendo esta informação em
mente é possível cogitar técnicas de prevenção e combate aos incêndios
visando a quebra do triângulo, sendo por resfriamento com água ou solo, por
abafamento ou pelo manejo do material combustível (SOARES; BATISTA,
2007).
Os incêndios, apesar de possuírem pontos positivos para a vegetação,
em alguns casos específicos, são a principal causa de danos para florestas
nativas e plantadas, além de ser um fator relevante na emissão de CO² e na
mudançaclimática global (WHITE et al., 2013). No caso de florestas plantadas
os danos podem significar perda total ou parcial das áreas de produção
devido às deformações nas árvores, danos no solo e perda da biodiversidade
do local, assim como mudança no planejamento e investimentos da empresa
na recuperação das áreas afetadas. Em virtude disso, o Plano de Prevenção
e Combate aos Incêndios Florestais (PPCIF) tem um papel de suma
importância pois este apresentará uma série de medidas para prevenir e
reduzir os possíveis danos causados pelo fogo, assim como métodos para
detecção e rápida ação de combate aos focos de incêndio.
O PPCIF é um documento técnico, elaborado a partir do estudo do
local de interesse, que apresenta medidas que podem ser adotadas para
prevenção e combate aos incêndios florestais. Este documento leva em
12

consideração características da área, como topografia, tamanho da área,


tipo de solo, vegetação, cobertura do solo, clima local, manejo utilizado e o
histórico de incêndios. Todas estas informações serão imprescindíveis para
que o plano tenha êxito.
O PPCIF não tem sua obrigação assegurada em lei, salvo no Código
Florestal Brasileiro, onde declara que se faz necessário um planejamento
sobre o emprego do fogo e o controle dos incêndios em áreas cuja utilização
do fogo é justificada. Na legislação municipal, é possível assegurar que não
há menção a planos de prevenção de incêndios florestais, no entanto, o artigo
96 do código de Posturas de São Gabriel, Lei complementar Nº08/2010,
declara a proibição do fogo na vegetação das áreas de domínio das estradas
e caminhos. Na esfera estadual, o Código Florestal do Estado do Rio Grande
do Sul, Lei Nº 9.519/92, determina que o fogo apenas pode ser utilizado como
forma de tratamento fitossanitário desde que não seja de forma contínua,
ainda esclarece que o órgão florestal responsável deve estabelecer critérios
e normas para a queima controlada, além de realizar campanha sobre
combate a incêndios. Paralelamente a isso, o Código Florestal Brasileiro, na
forma da Lei Nº 12.651/12, também prevê a proibição do uso do fogo e abre
exceções, porém cita a indispensabilidade de um planejamento específico
sobre o emprego do fogo e o controle dos incêndios.
A escassez de trabalhos técnico/científicos e bibliografia abordando o
PPCIF voltado para áreas rurais reforça a necessidade de desenvolver
estudos de caso voltados para pequenas e médias propriedades rurais, onde
a implementação de um plano para prevenir e combater os incêndios
florestais, com mudanças pequenas e de acordo com a realidade do local, vai
garantir a segurança das áreas de interesse, preservando os investimentos,
minimizando perdas econômicas e promovendo a sustentabilidade ambiental.
Diante da compreensão da importância dos incêndios, de sua
prevenção e de seu combate, o objetivo deste trabalho é desenvolver o
PPCIF para uma propriedade rural com cultivo comercial de 13 hectares de
Olea europeia (oliveira).
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2 REVISÃO DE LITERATURA

1.1 Legislação

Na legislação vigente do município de São Gabriel/RS não há


exigências de Planos de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais, no
entanto, no artigo 96 da Lei complementar municipal Nº08/2010 é decretado
a proibição de atear fogo na vegetação das áreas de domínio das estradas e
caminhos, sendo previsto pena de multa de 100 VRM`s (Valor de Referência
Municipal), sem prejuízo da aplicação de outras penalidades.
De acordo com a legislação estadual, no Artigo 28 da Lei Nº 9.519/92,
que institui o Código Florestal do Estado do Rio Grande do Sul, é determinado
a proibição do uso do fogo ou queimadas nas florestas e demais formas de
vegetação natural, com exceção no caso de controle e eliminação de pragas
e doenças e como prática de manejo controlado em pastagens nativas e
exóticas. Além deste, no Artigo 29 é declarado que em caso de dificuldade
em extinguir um incêndio florestal com os recursos ordinários, é dever da
autoridade pública requisitar auxílio de materiais e pessoas capacitadas.
Tendo em vista a legislação federal, o Artigo 38 do Código Florestal
Brasileiro - Lei 12.651/12, também declara que é proibido o uso de fogo na
vegetação, porém destaca em incisos as exceções:

I - em locais ou regiões que justifiquem o emprego do fogo em práticas


agropastoris ou florestais, mediante prévia aprovação do órgão estadual
ambiental competente do SISNAMA;

II - emprego da queima controlada em Unidades de Conservação, em


conformidade com o respectivo plano de manejo e mediante prévia aprovação
do órgão gestor da Unidade de Conservação

III - atividades de pesquisa científica vinculada a projeto de pesquisa


devidamente aprovado pelos órgãos competentes e realizada por instituição
de pesquisa reconhecida, mediante prévia aprovação do órgão ambiental
competente do SISNAMA.
14

No Artigo 39 desta mesma lei fica assegurado que

Os órgãos ambientais do SISNAMA (Sistema Nacional do Meio


Ambiente), bem como todo e qualquer órgão público ou privado
responsável pela gestão de áreas com vegetação nativa ou plantios
florestais, deverão elaborar, atualizar e implantar planos de
contingência para o combate aos incêndios florestais. (Lei nº
12.651/12)

1.2 Planos de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais

Segundo Soares (1988), as causas de incêndios podem ser


agrupadas em oito categorias: raios; incendiários; queima para limpeza;
fumantes; fogos de recreação; estradas de ferro; operações florestais; e
diversos. Com o estudo de caso e reconhecimento das prováveis causas de
incêndios é possível elaborar um plano de prevenção e combate aos
incêndios florestais adequado. De acordo com IBAMA (2009), o PPCIF deve
ser um documento de ordem prática, de fácil leitura e interpretação, com
orientações claras, específicas e exequíveis. Essas características são de
suma importância na comunicação com os trabalhadores pois vão garantir
que os mesmos entendam e aceitem o documento com mais facilidade. Ainda
no Roteiro Metodológico para a Elaboração de Plano Operativo de Prevenção
e Combate aos Incêndios Florestais criado pelo IBAMA (2009), é evidenciado
a necessidade de revisão e atualização do PPCIF quando houver alguma
mudança no fator de risco ou no quadro operacional do local.
Para Ribeiro (2004), o objetivo principal do plano de prevenção deve
focar emeliminar ou minimizar o risco de incêndios por meio de tecnologias e
procedimentos planejados para alcançar os resultados desejados, neste
contexto vale salientar a importância de escolher estes meios de prevenção
e até mesmo de combate a incêndios em concordância com a realidade do
local para que o PPCIF tenha um resultado satisfatório. Além disso, o mesmo
autor relata que a experiência mostra que os investimentos realizados com
as ações preventivas são compensadores em relação aos custos de combate,
os quais envolvem riscos de acidentes, desgaste e perda de ferramentas e
equipamentos, custos com transporte e apoio logístico, perdas econômicas
reais do objeto da proteção e perdas devido aos danos ambientais.
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Soares e Batista (2007) destacam que existem as informações básicas


para aelaboração de um plano de prevenção, classificadas como as causas,
épocas e locais de ocorrências, classes de combustível e zonas prioritárias,
as quais vão ser indispensáveis para obter um plano com medidas e ações
de prevenção, detecção,
combate e registro. Ainda completam apontando que o sistema de detecção,
técnicas de combate, equipamentos necessários e treinamento de pessoal
devem estar contemplados e prescritos no documento.
Para exemplificar a utilização do PPCIF em empresas, pode-se citar a
Empresa CMPC que possui 476.356 hectares sob seu manejo no Rio
Grande do Sul. No resumo público do plano de manejo 2022/2023,
disponibilizado no site da empresa, é possível analisar o plano de
monitoramento e controle de emergências onde são estabelecidos
procedimentos para situações de emergências que funcionam juntamente
com a estrutura de monitoramento, especialmente no caso de incêndios
florestais. A CMPC conta com vinte e oito torres de observação, das quais
onze são com videomonitoramento e dezessete são com vigias que
trabalham no período de maior probabilidade de ocorrência de incêndios;
doze caminhões pipa disponíveis em pontos estratégicos; quatro helicópteros
para auxiliar no transporte das brigadas e água sobre os focos de incêndio;
vinte e quatro equipes de Vigilância Florestal treinados para realizar o
primeiro combate, em caso de incêndio, rodando na área; cinco brigadas
específicas para o combate a incêndios, localizadas em regiões estratégicas
para o atendimento ser no menor tempo possível; e o software de verificação
de incêndios florestais por videomonitoramento com sistema de detecção de
fumaça. Além destas medidas, em 2021, foi intensificada a manutenção de
aceiros e a capacitação dos colaboradores para atuarem no combate a
incêndios florestais, provavelmente em decorrência dos incêndios
acontecidos neste mesmo ano no qual a CMPC teve uma grande área
prejudicada pelo fogo.
Desta forma, é notável a possibilidade e importância de elaborar um
plano de prevenção e combate a incêndios com estratégias que sejam
suficientes para a área destinada.
16

3 MATERIAL E MÉTODOS

3.1 Descrição da área de estudo

A área de estudo localiza-se em uma propriedade rural denominada


Itacolomy, no distrito Azevedo Sodré, em São Gabriel/RS. A área do olival é
de 13 hectares com plantio de cinco cultivares diferentes, Koroneiki,
Arbequina, Picual, Coratina e Frantoio, distribuídas em forma de linhas e de
espinha de peixe. O pomar de 7 anos encontra-se em uma área com
topografia acidentada e contém um tipo de solo bem drenado e arenoso
superficialmente, no entanto, apresenta uma boa retenção de umidade em
determinada profundidade o que resulta em um bom desenvolvimento
radicular da planta. No que se refere ao clima da região, segundo a
classificação de Köppen, é do tipo Cfa o qual caracteriza-se por apresentar
temperatura média do mês mais frio inferior a 18 ºC e temperatura média do
mês mais quente maior que 22 ºC e, quanto ao vento, foi registrado em 2012,

uma velocidade média anual de 3,9 m s-1 (EMBRAPA, 2012). A partir da


verificação em campo, é notável a incidência de vento do lado leste da
propriedade e, devido a isso,é utilizado um sistema natural de quebra-vento
com a utilização de linhas de eucalipto e, também, capim-elefante. Ainda de
acordo com a EMBRAPA (2012), o índice pluviométrico do estado, encontra-
se entre 1000 e 1900 mm.
O histórico da área, obtido a partir de entrevista com os proprietários,
detalhaa ocorrência de um incêndio causado pelo descarte inadequado de
bituca de cigarro,no ano de 2021, durante o período de colheita, em uma área
de floresta nativa da propriedade. A partir desta área, o fogo alastrou-se
rapidamente para o pomar com o auxílio do vento e da vegetação rasteira e
seca que cobria a área do pomar. O combate foi realizado pelos trabalhadores
da fazenda e pelo Corpo de Bombeiros Militar da cidade de São Gabriel, mas
não rápido o suficiente para impedir os prejuízos ambientais como a queima
da vegetação nativa, queima total ou parcial das oliveiras de uma área de 4
ha e a destruição da palha de cobertura e proteção de solo.
17

3.2 Mapeamento da área

De acordo com Soares (2015), o mapeamento aéreo com o uso de


Veículos Aéreos Não Tripulados (VANTs) proporciona a aquisição de
informações detalhadas por via remota. Associadamente, Lopes et al. (2020),
destaca a variedade de formas de aplicação do VANT e da ênfase na área
florestal onde essa tecnologia vem inovando na obtenção de dados, para
pequenas ou extensas áreas, até mesmo naquelas de difícil acesso, tendo
como produto final imagens de qualidade que auxiliam na identificação de
objetos de interesse. A partir do produto resultante do mapeamento aéreo, é
possível projetar e direcionar um manejo mais específico pois os dados
coletados vão permitir uma melhor espacialização da área.
Para a realização do voo foi utilizado o drone marca Mavic 2 zoom em
uma altitude média de 2004 metros pelo Laboratório de Biometria, Inventário
e Manejo Florestal (LABIMAF) da Unipampa. As imagens geradas pelo voo,

apresentaram resolução de 4.17 cm pix-1, sendo 171 imagens,


posteriormente processadas para representar a área total em forma de
mosaico de ortofotos e, com isso, tornou-se possível visualizar a área de
plantio (Figura 1).

Figura 1 – Mosaico de ortofotos representando a área com o pomar delimitado.


18

Também foi possível visualizar a melhor posição para a construção de


aceiros (Figura 2).

Figura 2 – Mosaico de ortofotos representando a área com a localização dos aceiros.

As imagens capturadas pelos VANTs podem ser utilizadas em


softwares que utilizam dados espaciais para analisar e manipular projetos
ambientais ou florestais, tal como o QGis. Para obtenção do arquivo visual,
foram necessárias as imagens aéreas capturadas pelo VANT e a realização
do processamento no Agisoft. Em seguida, para a criação de mapas foi
utilizado o programa QGIS, o qual possibilitou a realização de dois mapas
que representam a área delimitada do plantio e a localização correta dos
aceiros.

3.3 Visitação ao local de estudo

No mês de novembro de 2022, foi realizada uma visita in loco com o


objetivo de observar as características da área de estudo, coletar informações
com os funcionários e proprietários e realizar o mapeamento aéreo. Para
reduzir a presença de sombras nas imagens causadas pela posição do sol,
as imagens foram coletadasem horário próximo às 12 horas.
Após a inspeção da área durante a visitação, foi observado a presença
de diferentes tipos de combustíveis florestais o que evidenciou alguns pontos
19

críticos que podem facilitar a propagação do fogo e dificultar o combate ao


mesmo, especificamente a ausência de aceiros dentro e ao redor do pomar
para limitar o contato do plantio com as áreas lindeiras, principalmente à
estrada de acesso e à BR-158 (Apêndice A). O descarte equivocado dos
resíduos das podas (Apêndice B) e também a falta de meios de comunicação,
como sinal de operadora e sinal de internet são questões que devem ser
abordadas e solucionadas na elaboração do PPCIF. Durante a conversa com
o proprietário, gerente e um funcionário presente, foram relatados os
equipamentos disponíveis e o manejo da área, com destaque para a falta de
treinamento dos funcionários para situações de emergência. Na mesma
ocasião, foi possível averiguar o local atingido pelo incêndio em 2021, onde
ainda é possível observar os danos causados (Apêndice C, D e E) ea super
produção de frutos decorrente do alto nível de estresse sofrido pelas árvores,
chamado de “frutificação por estresse” (Apêndice F).
20

4 PLANO DE PREVENÇÃO E COMBATE AOS INCÊNDIOS FLORESTAIS

Conforme mencionado anteriormente, o planejamento do PPCIF


começa com a análise das características e histórico do local de interesse e
dos recursos para combate já disponíveis na área. Com base nas
observações feitas durante a visita presencial foi possível sugerir algumas
alterações significativas para a área abrangendo aspectos como a
disponibilidade de ferramentas, equipamentos e maquinário necessários, a
orientação dos funcionários e prestadores de serviço, a criação de aceiros no
pomar, o monitoramento e detecção de incêndios, bem como a melhoria do
sistema de comunicação.

4.1 Propagação e forma dos incêndios

Conforme Cianciulli (1981), a topografia, os ventos e o material


combustível determinam a forma dos incêndios. Durante a visita presencial,
foi observado que a área apresenta um relevo desnivelado, o que indica uma
tendência natural de propagação de formas triangulares em direção ao topo,
como ocorreu no incêndio de 2021, e também, uma predominância da
direção do vento do lado leste da propriedade. No que se refere ao vento, a
implementação de espécies como a casuarina ou a reposição de espécies já
utilizadas, como o eucalipto na forma de quebra-ventos e a criação de aceiros
são opções altamente recomendadas. Outra recomendação seria a retirada
do campim-elefante pois é uma espécie que, quando seca, pode queimar e
propagar facilmente o incêndio.
Quanto aos materiais combustíveis, eles podem ser classificados em
combustíveis perigosos, semi perigosos e combustíveis verdes, de acordo
com suas dimensões e grau de inflamabilidade (SOARES; BATISTA, 2007).
Na área foi constatado a existência de três tipos de combustíveis. Para
exemplificar o combustível perigoso, pode-se citar a cobertura de solo com
palhada seca das plantas de cobertura (adubação verde) da estação anterior,
que possui fácil e rápida combustão. Porém, como essa palhada é necessária
para a cobertura do solo, ela deverá permanecer como está, no entanto
demanda uma atenção extra por ser considerado uma área de risco.
Seguidamente, a acumulação de resíduos de podas na área entra como um
combustível semi perigoso, que dependendo do clima, pode secar e se tornar
21

facilmente um combustível perigoso de combustão rápida. Em relação aos


combustíveis verdes presentes na área, é possível mencionar toda a área de
floresta nativa da fazenda, onde o último incêndio teve início, as espécies
utilizadas como quebra-vento e todo o pomar de oliveiras.
Ainda segundo Soares e Batista (2007), a continuidade dos materiais
combustíveis pode controlar a direção e a velocidade do fogo. Isto é, a
presença contínua e conectada dos materiais combustíves por longas
extensões, pode facilitar a propagação rápida e intensa do fogo. Com isso, a
presença de aceiros na área de plantio vai acarretar na interrupção da
continuidade destes três diferentes tipos de materiais combustíveis
presentes.

4.2 Ferramentas, equipamentos e maquinário

De acordo com Schumacher et al. (2013), é indispensável realizar uma


manutenção abrangente em todos os equipamentos utilizados nas etapas de
prevenção e combate aos incêndios, a fim de garantir sua perfeita condição
antes deiniciar a temporada ou período de maior incidência de incêndios
florestais. Portanto, é recomendável o inventário das ferramentas e
maquinários disponíveis para atividades de prevenção e combate aos
incêndios (Quadro 1).
22

Quadro 1- Ferramentas, equipamentos e maquinário básico e suas


funções.

Ferramentas/Maquinários Funções

Raspar, cavar e soltar a terra;


Enxada capinar e cortar raízes.
Machado Cortar galhos.

Facão Abrir trilhas; cortar arbustos.

Soltar o solo e lançar terra para sufocar



o fogo.

Retirada de material combustível dos


Ancinho
aceiros.

Caixa de primeiros socorros Caso ocorra algum acidente

Caso algum equipamento necessite de


Caixa de ferramentas
manutenção.

Roçadeira Construção e manutenção de aceiros

Grade de disco Construção e manutenção de aceiros

Utilização dos implementos para


Trator
construção e manutenção de aceiros

No inventário destes itens citados na tabela acima é necessário


observar se os mesmos estão em perfeitas condições de uso. Caso não
estejam, eles deverão ser trocados ou consertados imediatamente (RIBEIRO,
2002). O armazenamento correto das ferramentas e equipamentos é crucial
para a conservação das mesmas, o local deve ser de fácil e rápido acesso.
Da mesma forma, o maquinário deve ser posicionado estrategicamente para
se deslocar facilmente.
23

4.3 Orientação aos funcionários e prestadores de serviço

Foi constatado que os funcionários contratados na época da colheita


no ano que ocorreu o incêndio não tiveram treinamento para prevenção e
combate aos incêndios florestais. Isto destaca a importância da
conscientização e capacitação desses colaboradores para a efetiva
eliminação ou redução dos riscos de incêndios, que constitui o principal
objetivo do PPCIF.
A fazenda conta com dois funcionários efetivos, no entanto, este
número aumenta para 15 a 20 na época da colheita (fevereiro e março), o que
gera um grande fluxo de pessoas no pomar que não possuem conhecimento
mais aprofundado sobre a prevenção e combate aos incêndios florestais.
Para reverter esta situação é preciso orientar os funcionários, de forma clara
e simples, sobre os riscos dos incêndios, formas de prevenção e ações que
precisam ser tomadas diariamente para evitar qualquer chance de incêndio.
Após a compreensão de todos os envolvidos, as atividades de prevenção se
tornarão parte da rotina de trabalho.No que diz respeito aos prestadores de
serviço, estes deverão receber orientações que precisam ser seguidas,
principalmente sobre as causas de incêndios.
Em áreas territoriais maiores a orientação pode ser feita através de
reuniões, folders e cartazes distribuídos pela área. Porém, nesse caso
específico, o número de trabalhadores é reduzido, logo, uma reunião com
todos os trabalhadores antes de darem início às atividades do dia pode ser o
suficiente. Essa orientação deve ser realizada pelo responsável técnico,
preferencialmente um engenheiro florestal.

4.4 Aceiros

O primeiro método de prevenção estabelecido é a construção de


aceiros. Segundo Soares (1985), aceiros são técnicas preventivas destinadas
a quebrar a continuidade do material combustível. Constituem-se
basicamente da retirada do material combustível em faixas para subdividir
os talhões de acordo com a necessidade de proteção. Conforme Soares,
Batista e Tetto (2017), as características do local deverão ser observadas
para o planejamento do aceiro, sendo considerado fatores como o tipo de
24

material inflamável, a situação da área quanto ao relevo e às condições


meteorológicas, bem como a disponibilidade financeira.
Após a verificação do tipo de solo na área do pomar (Neosolo
Quartzarênico),que é extremamente arenoso e pouco coeso, a possibilidade
de construir aceiros sem vegetação foi descartada, uma vez que poderia
acarretar em erosão, especialmente devido à área ser declivosa.
Considerando essas informações e quea cobertura de solo na área está em
condições ideais, foi estabelecido que os aceiros serão construídos apenas
com a roçada baixa da vegetação existente. A largura ideal do aceiro será de
4 metros para garantir um espaço suficiente entre as áreas vegetadas para
que, caso ocorra um incêndio, as chamas permaneçam isoladas e, para
manter o objetivo do aceiro, a roçada da área deverá ter manutenção
periódica e todo resíduo precisa ser retirado.
A localização dos aceiros foi definida após a análise do mapeamento
aéreo, permitindo isolar e subdividir os talhões. Segundo Scott et al. (2012),
para a criação dos mesmos, as estradas presentes deverão ser aproveitadas,
facilitando o acesso à área de plantio, bem como o tráfego de veículos que
auxiliam no processo de colheita, otimizando o tempo de percurso.

4.5 Monitoramento e Detecção

Segundo Torres et al. (2020), o monitoramento pode ser feito com


vigilância fixa, aérea ou móvel ou com ajuda de satélites. Levando em
consideração o tamanho da área de estudo e, que, com a implementação do
PPCIF os riscos de incêndios vão se tornar praticamente nulos, a construção
de uma torre de vigia, método de vigilância fixa, se torna desnecessário. Em
vista disso, o método mais adequado de monitoramento para a fazenda é o
de vigilância móvel, o qual consiste no patrulhamento realizado pelo
funcionário em toda a área em algum meio de transporte, sobretudo, em
épocas com mais risco de incêndios e maior fluxo de pessoas, além da
criação de um canal de comunicação com os lindeiros.
A comunicação com os vizinhos é de extrema importância neste
contexto, considerando a rápida propagação do fogo. Ao estabelecer um
canal de comunicação eficiente com os lindeiros, é possível detectar
25

imediatamente incêndiosque ocorrem nessas áreas e, assim, criar um alerta


de atenção para o pessoal presente na fazenda.
O monitoramento irá resultar na imediata detecção de focos de
incêndio eisso vai assegurar uma rápida e coordenada resposta para mitigar
os riscos de incêndio e os prejuízos que o fogo pode provocar.

4.6 Sistema de comunicação

Atualmente, o celular tem sido a ferramenta mais utilizada de


comunicação e possui variadas finalidades de uso, como entretenimento,
trabalho, utilização de diferentes aplicativos, pagamentos, etc. Contudo, o
celular pode tornar-se inutilizável se não houver sinal da operadora, caso
observado na visita in loco e, para resolver o referido problema, deve ser
instalada a internet via rádio ou diretamente do satélite, que vai garantir sinal
de Wi-fi sem interferências. Na hipótese desta opção não ser viável, por
quaisquer motivos, deve ser adquirido antenas amplificadoras de sinal
telefônico, quantas forem necessárias para a área, para tornar o contato entre
trabalhadores possível e rápido.
É relevante que seja pré-definida uma lista de contatos para situações
de emergência que deverá ficar dividida e sob responsabilidade dos
funcionários encarregados. Nessa lista deverá conter o contato de todos os
funcionários presentes, dos bombeiros e dos proprietários. É importante
realizar um treinamento com os funcionários de como proceder em situações
de emergência e como informar a localidade exata da fazenda para os
bombeiros, já que se trata de um lugar distante da cidade. Isto vai garantir
uma rápida resposta aos incêndios e poderá impedir maiores danos.
26

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Durante a pesquisa bibliográfica, foi notada a falta de trabalhos


científicos e de Planos de Prevenção e Combate contra Incêndios Florestais
para pequenas propriedades rurais e com menos recursos financeiros,
quando comparadas a áreas de grandes empresas. Diante disso, este
trabalho refere-se a um estudo de caso com a criação de um plano de
prevenção e combate aos incêndios florestais para uma área com essas
características e com plantio de uma cultura em expansão. A realização
desse trabalho deve servir como porta para novas discussões e novas formas
de manejo voltadas para a prevenção de incêndios florestais em áreas
menores, já que cada PPCIF deve levar em consideração as características
do local de interesse.
Em suma, este trabalho propôs um Plano de Prevenção e Combate
aos Incêndios Florestais para um pomar de oliveiras de 13 hectares, no
município de São Gabriel-RS, com recomendações dentro da realidade da
fazenda Itacolomy, porém cabe aos proprietários avaliar as condições para a
implementação do PPCIF.
27

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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vegetaçãonativa; altera as Leis nºs 6.938, de 31 de agosto de 1981, 9.393,
de 19 de dezembrode 1996, e 11.428, de 22 de dezembro de 2006; revoga
as Leis nºs 4.771, de 15 de setembro de 1965, e 7.754, de 14 de abril de
1989, e a Medida Provisória nº 2.166- 67, de 24 de agosto de 2001; e dá
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.
29

APÊNDICES

Apêndice A- ausência de aceiros


Apêndice B- descarte equivocado dos resíduos das podas.
30

APÊNDICES

E F

Apêndice C- danos causados pelo fogo.


Apêndice D- danos causados pelo fogo.
Apêndice E- danos causados pelo fogo.
Apêndice F- superprodução de frutos decorrente do alto nível de estresse.

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