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VARIABILIDADE ESPACIAL DA RESISTÊNCIA DO SOLO A PENETRAÇÃO

EM ÁREA CULTIVADA COM CANA-DE-AÇÚCAR

MARTIOS ECCO (1), LAÉRCIO ALVES DE CARVALHO (2)

RESUMO – O projeto teve como objetivo avaliar a variabilidade espacial da resistência


à penetração num solo de cerrado, no sistema de manejo de colheita mecanizado de
cana-de-açúcar em duas camadas de solo. O experimento foi realizado nas dependências
da Usina Eldorado localizado no município de Rio Brilhantede cana, imental no talhão
apresentou uma malha experimental com 144 pontos, com comprimento de 200 m e
uma largura de 200 m, perfazendo uma área total de 4,0 ha e 144 pontos, na qual foram
coletadas amostras de solo até de 0-0,40 m, respectivamente, para posterior
determinação de Resistência mecânica a penetração (RMP). Análises geoestatísticas
foram utilizadas como ferramenta de análise dos dados. Os resultados mostraram uma
dependência espacial para as duas camadas de solo, com alcance de 176 m e
respectivamente para as camadas de 0-0,20 e 0-0,40 m. Concluiu-se que houve
variabilidade espacial da resistência a penetração em ambas as camadas e que a RMP na
camada de 0-0,20 m apresentou mais zonas homogêneas do que a camada de 0,20-0,40
m.

Palavras-Chave: (qualidade do solo, física do solo, cana-de-açúcar).

ABSTRACT- The project aimed to assess the spatial variability of penetration


resistance of soil in a closed system, handling of mechanized harvesting of cane sugar in
two layers of soil. The experiment was conducted in the dependency of plant Eldorado,
a stand of cane, the system of mechanized harvesting in an Oxisol. The experimental
plot in the experimental plot had a mesh with 144 points. The mesh has a length of 200
m and a width of 200 m, making a total area of 4.0 ha and 144 points, in which the soil
samples were collected by two different layers, 0-0,20 and 0-0, 40 m, respectively, for
later determination of resistance to mechanical penetration (RMP). Geostatistical
analysis were used for data processing. The results showed a spatial dependence for the

________________________
1
Bolsista UEMS. Graduando em Agronomia, Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul. Rodovia Aquidauana |CERA -
Km 12, Unidade de Aquidauana - CEP: 79200-000. E-mail: eccoagronomia@hotmail.com
2Professor Dr. adjunto, Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, Rodovia Aquidauana - Km 12, Unidade de Aquidauana -
CEP: 79200-000. E-mail: lcarvalh@uems.br
two layers of soil, with range of 176 m 30 m, respectively for the layers of 0-0,20 and 0-
0,40 m. It was concluded that there was spatial variability of penetration resistance on
both layers and the RMP in the 0-0,20 m layer showed more homogeneous areas than
the layer from 0,20 to 0,40 m.

1. INTRODUÇÃO

A indústria da cana no Brasil mantém o maior sistema de produção de energia


comercial da biomassa, no mundo, através do etanol (substituindo cerca de 40% da
gasolina) e do uso quase total do bagaço (equivalente a 11 milhões t de óleo) como
combustível. A área ocupada para a produção de etanol corresponde a 0.8% da terra
própria para agricultura, no Brasil (MACEDO, 2001).
Nos últimos anos, observa-se na área plantada com cana no Brasil, a crescente
adoção da colheita sem queima prévia (colheita de cana verde), na qual os restos
vegetais são deixados na superfície do solo, como folhas inteiras caso seja realizada
manualmente, ou trituradas, se a colheita for mecânica (OLIVEIRA et al., 1999a;
TRIVELIN et al., 1997).
A aplicação de cargas dinâmicas por rodados e implementos agrícolas no solo
produz tensões na interface solo/pneu e solo/implemento em superfície e profundidade,
respectivamente. Essas tensões compactam as diferentes camadas do solo (HORN &
LEBERT, 1994) e, caso este carregamento dinâmico exceda a resistência interna do
solo, mudanças nas propriedades físicas das camadas mais profundas ocorrerão (HORN,
1998). De acordo com Ball et al. (1997), as densidades do solo é significativamente
elevada após o trafego de máquinas agrícolas, com redução na macroporosidade e
conseqüente diminuição da condutividade hidráulica.
Os indicadores físicos de qualidade do solo são parâmetros utilizados para avaliar
as possíveis mudanças ambientais no sistema solo-planta. Um desses indicadores é a
resistência do solo à penetração, que se caracteriza como uma das propriedades físicas
do solo diretamente relacionados com o crescimento das plantas (LETEY, 1985) e
modificados pelos sistemas de preparo do solo. Valores excessivos de resistência do
solo à penetração podem influenciar o crescimento das raízes em comprimento e
diâmetro (MEROTTO & MUNDSTOCK, 1999) e na direção preferencial do
crescimento radicular.
1.2 - OBJETIVO
O trabalho teve como primeiro objetivo avaliar a variabilidade espacial da
resistência à penetração num solo de cerrado, no sistema de manejo de colheita
mecanizado de cana-de-açúcar. O segundo objetivo foi utilizar técnicas geoestatísticas
com intuito de observar os diferentes locais de variabilidade espacial das variáveis
relacionadas ao sistema solo-planta.

2. REVISÃO DE LITERATURA

2.1. Aspectos da Cultura da Cana-de-açúcar

A cana-de-açúcar (Saccharum spp) é uma planta alógama, pertencente à


divisão Magnoliophyta, classe Liliopsida, sub-classe Commilinidae, ordem Cyperales,
família Poaceae, tribo Andropogonae e subtribo Saccharininae, Castro (2001). É
considerada originária do Sudeste Asiático, na grande região da Nova Guiné e Indonésia
(DANIELS; ROACH, 1987).
Segundo Segato et al (2006), a cana-de-açúcar se desenvolve em forma de
touceira. A parte aérea é formada por colmos (caule típico das gramíneas), folhas,
inflorescências (conjunto de flores arranjadas em uma haste) e frutos e a subterrânea,
raízes e rizomas (caules subterrâneos, espessos, ricos em reservas providos de nós e
entrenós e de crescimento horizontal).
Doorembos e Kassam (1979), a maior parte da cana-de-açúcar comercial é
produzida entre as latitudes 35ºN e 35ºS. A temperatura ótima para o brotamento das
mudas é de 32 a 38 ºC, para o ótimo crescimento o ambiente deve apresentar médias de
temperaturas diurnas entre 22 e 30 ºC, abaixo de 20 diminui a taxa de crescimento,
porém para a maturação e colheita, se faz necessário á redução da temperatura para 10 a
20 ºC com isso ocorrem diminuição na taxa de crescimento e maior acúmulo de
sacarose, produto mais nobre da cana e objetivo da indústria sucro-alcooleira.
Em condições de campo, a cana planta consome o máximo de 4,5 mm/dia de
água, o máximo de 2,3 mm/dia e o consumo médio de 3,3 mm/dia, ao passo que a soca
4,4; 2,2 e 3,2 mm/dia, respectivamente (SCARDUA, 1987).
Ao final do século XX, o Brasil tornou-se o maior produtor mundial de cana-de-
açúcar, de açúcar e álcool (BALDASI et al., 1996). Essa liderança foi atingida
principalmente em função da criação do Proálcool, em 1975, um programa governamental
de incentivo à produção de álcool combustível (LEITE, 1987).
Segundo Barbieri e Villa Nova (1977), o crescimento da cana-de-açúcar é
governado pelas potencialidades genéticas de origem hereditária e pelo meio ambiente.
Para a cana-de-açúcar, as condições de todas as estações de ano afetam o
desenvolvimento da planta e o sucesso da cultura, uma vez que se colhem colmos, e não
frutos ou sementes, todo o período vegetativo no decorrer do ciclo está dependente de
condições ambientais favoráveis para o seu pleno desenvolvimento.
Em seu estágio máximo de desenvolvimento a cultura apresenta uma área
foliar que corresponde aproximadamente a sete vezes à área de solo ocupada. Essa
característica confere à cultura grande capacidade fotossintética e grande capacidade de
troca de substâncias (água, gases e nutrientes) com a atmosfera e por ser uma espécie do
grupo C4, a cana está entre as espécies de maior eficiência fotossintética, cujo ponto de
saturação lumínica é um dos mais altos, assim, quanto maior for à intensidade luminosa,
maior será a fotossíntese e o crescimento, até os limites da cultura (FALCONNIER e
BASSERAU, 1975).
A colheita tradicional da cana inclui a retirada de palhada com fogo para
facilitar as operações de corte e carregamento durante a colheita manual. Esse manejo,
incluindo a queima, apresenta vantagens operativas e econômicas, porem, do ponto de
vista técnico, apresenta a limitação de eliminar um grande volume de material orgânico
que poderia ser deixado na superfície do solo, contribuindo para manter os teores de
matéria orgânica (DELGADO 1985).
A crescente preocupação da sociedade com a sobrevivência do homem no
planeta tem concretizados conceitos como produção sustentável, na qual se procura
adequar a atividade agrícola a uma ação que seja ambientalmente correta, socialmente
justa e economicamente viável (HANSEN, 1996). Nos últimos anos, observa-se na área
plantada com cana no Brasil, a crescente adoção da colheita sem queima prévia
(colheita de cana verde), na qual os restos vegetais são deixados na superfície do solo,
como folhas inteiras caso seja realizada manualmente, ou trituradas, se a colheita for
mecânica (OLIVEIRA et al., 1999a; TRIVELIN et al., 1997).
A colheita mecanizada, sem a queima prévia, pode impedir o crescimento de
várias espécies de plantas daninhas, contribuindo para o uso menor de herbicidas. Além
disso, em relação à física do solo, a maior quantidade de matéria orgânica no solo
contribui para uma menor perda de água do solo, aumenta a reciclagem de nutrientes e
eleva a quantidade de microorganismos existentes no solo (SEGATO et al., 2006).
No Brasil, pela grande extensão do seu território, encontram-se as mais
variadas condições climáticas para a lavoura canavieira. Possuindo duas estações
diferentes e distintas durante o ano, o Brasil é possivelmente o único país no mundo
com duas colheitas anuais: uma do Norte-Nordeste, que começa em setembro e continua
até abril, e a outra Região Centro-Sul que vai de junho a dezembro (BARBIERI e
VILLA NOVA, 1977).
A cultura da cana-de-açúcar possui função estratégica na economia de um país
devido à necessidade de substituição dos combustíveis fósseis por fontes de energia
renováveis como a produção de álcool, uma vez que a produção a partir do milho, em
volumes muito elevados, seria impraticável. Outro ponto importante na economia é a
produção de açúcar, devido o aumento das importações estimulado pelos países
asiáticos como a China, que estão aumentando paulatinamente o consumo, sendo
atualmente de 6 kg per capta, enquanto que países como o Japão o consumo per capta é
de 20 kg, assim pode-se contar com uma forte pressão nas importações, impulsionadas
pela China nos próximos anos (DARANA et al., 2005).
O cultivo da cultura da cana-de-açúcar no Brasil não se encontra limitado, na
maioria das áreas de cultivo, por deficiências nutricionais e hídricas severa. Os novos
cultivares obtidos pelos programas de melhoramento, a utilização de controle biológico
de pragas e doenças e outros tratamentos fitossanitários, a aplicação de herbicidas, o uso
de reguladores vegetais e maturadores, dentre outras práticas agronômicas, têm levado a
aumentos significativos na produtividade (SEGATO et al., 2006).
Ganhos de produtividade, eficiência de conversão e gerenciamento adequado
conduziram a indústria da cana, no Centro – Sul do Brasil, aos menores custos de
produção de açúcar no mundo (12). As avaliações mais recentes (10), 2001,
(atualizando dados e metodologia da FGV, 1997), referentes a usinas com bom
desempenho, na região Centro – Sul, em condições de produção sustentável em longo
prazo, indica um custo de US$ 0.18 / litro de etanol hidratado. Como referência, o custo
de produção de gasolina sem aditivos, com óleo a US$ 25. / barril, é de cerca de US$
0.21 / litro (11). A equivalência técnica hoje é dê 0,75 l gasolina / l etanol hidratado, ou
1.0 l gasolina / l etanol anidro, em mistura ( MACEDO, 2002).
A agroindústria do açúcar e do álcool gera para o Brasil, em produto final, dez
bilhões de dólares por ano, um milhão de empregos diretos e o seqüestro de 20% das
emissões de carbono que o setor de combustíveis fósseis emite no país (RODRIGUES,
2004). Com efeito, a cana-de-açúcar tem grande importância econômica, social e
ambiental, fazendo do país o maior produtor mundial, com cinco milhões de hectares
cultivados e uma produção que supera 340 milhões de toneladas de colmos. A região
Centro-Sul concentra 85% da produção, das quais mais de 70% são produzidas no
Estado de São Paulo (UNICA, 2004).

2.2. RESISTÊNCIA MECÂNICA DO SOLO A PENETRAÇÃO (RMP)

Há trabalhos desenvolvidos em áreas cultivadas com cana-de-açúcar, que usam,


geralmente, propriedades como a densidade do solo e resistência do solo à penetração,
as quais não possibilitam predizer a capacidade de suporte de carga (CSC) do solo de
forma que, em manejos futuros, os efeitos indesejáveis do tráfego e da mecanização
possam ser evitados. Em adição a tudo isso, verifica-se que dos poucos trabalhos
envolvendo modelagem da capacidade de suporte ainda há uma carência de informações
que correlacionem a resistência mecânica do solo, de forma preditiva, com dados de
produtividade
(SILVA et al, 200?).
Tendo em vista que o Brasil é um dos poucos países com capacidade de
expandir sua produção agropecuária, seja através do aumento da área plantada, seja pelo
incremento da produtividade, a mecanização pode desempenhar um papel fundamental
para que esse potencial se realize (NOGUEIRA, 2001). O uso intensivo de máquinas e
implementos na agricultura moderna pode modificar as propriedades do solo, em
relação aquelas do seu estado natural (MANTOVANI, 1987).
A aplicação de cargas dinâmicas por rodados e implementos agrícolas no solo
produz tensões na interface solo/pneu e solo/implemento em superfície e profundidade,
respectivamente. Essas tensões compactam as diferentes camadas do solo (HORN e
LEBERT, 1994) e, caso este carregamento dinâmico exceda a resistência interna do
solo, mudanças nas propriedades físicas das camadas mais profundas ocorrerão (HORN,
1998). De acordo com Lowey e Schuler (1994), Alakukku e Elonen (1995) e Ball et al.
(1997), as densidades do solo é significativamente elevada após o trafego de máquinas
agrícolas, com redução na macroporosidade e conseqüente diminuição da condutividade
hidráulica.
RUSANOV (1991) encontrou diferenças na produtividade de várias espécies
em vários experimentos na Rússia, devido ao tipo de rodado que equipava os tratores.
Segundo o autor, um trator equipado com rodado do tipo esteira, com massa de 6,5 Mg
e pressão de contato no solo de 0,05 MPa, causou redução de produtividade de diversas
culturas em torno de 11%, enquanto que os tratores equipados com pneus convencionais
com uma massa de 7,5 Mg e pressão de contato de 0,08 MPa e outro com massa de 11,8
Mg com pressão de contato de 0,18MPa, causaram uma redução de produtividade de
diversas culturas em torno de 20 a 25%.
A compactação do solo é caracterizada pela redução de volume do solo quando
uma pressão externa é aplicada (HORN e LEBERT, 1994; HAKANSSON e
VOORHEES, 1998). Esta quando presente em solos cultivados com cana-de-açúcar tem
sido considerado um fator que afeta a produtividade (YANG, 1977), sendo uma
conseqüência do elevado nível de mecanização dessa cultura. A subsolagem em áreas
de reforma dos canaviais tornou-se uma operação de rotina e, conseqüentemente, ocorre
o agravamento da compactação, além de aumentar o custo da produção.
A compactação do solo pelo uso de práticas inadequadas de manejo resulta
diretamente em aumento na densidade do solo (Ds) e, por conseqüência, em alterações
detrimetais em outras propriedades físicas, tais como: a porosidade do solo, a retenção
de água, a aeração e a resistência do solo á penetração das raízes ( LETEY, 1985). Hill
et al. (1985) mencionam que, mesmo com o aumento da Ds, os preparos com o mínimo
revolvimento podem proporcionar maior quantidade de água disponível as plantas
quando comparados ao preparo convencional, apesar de tais efeitos variarem com a
textura e com o teor de matéria orgânica dos solos. Outros autores argumentam que,
nestes sistemas, a compactação ocasionada pelo tráfego de máquinas resulta em maiores
valores de Ds e resistência do solo à penetração e em menores valores de
macroporosidade (MARIA et al., 1999; WATANABE et al., 2002), com impactos
negativos na produtividade das culturas.
A resistência mecânica do solo à penetração é uma propriedade física
relativamente fácil de ser obtida e, de certa forma, de ser correlacionada com a
densidade e com a macroporosidade. Para um mesmo solo, quanto maior for à
densidade do solo, maior será a resistência à penetração e menor será a
macroporosidade, que é o principal espaço para o crescimento das raízes. Deve ser
levado em conta, no entanto, que a resistência do solo é mais afetada pela variação nos
conteúdos de umidade do solo no momento da amostragem do que pela densidade do
solo. Para Klein et al. (1998), a resistência mecânica do solo à penetração é influenciada
por vários fatores, sendo a densidade e a umidade os principais. Os autores citam que,
em uma pesquisa de resistência mecânica do solo à penetração, é fundamental que se
faça o monitoramento dos dados de densidade e de umidade, uma vez que esses fatores
influenciam diretamente os valores da resistência mecânica do solo à penetração.
Torres & Saraiva (1999) descrevem que valores em torno de 2,5 MPa são
considerados baixos, ao passo que valores em torno de 3,5 a 6,5 MPa, aparentemente,
são considerados como valores capazes de causar problemas de impedimento mecânico
para o desenvolvimento radicular das plantas. Devem-se considerar as resistências em
torno de 3,5 MPa, como indicativo de baixa compactação, e de 6,5 MPa, como
indicativo de alta compactação.
A resistência do solo à penetração (RP) constitui uma das variáveis físicas
consideradas na avaliação da qualidade do solo em plantio direto, envolvendo
questionamentos quanto à compactação e a conveniência ou não do revolvimento
mecânico deste sistema de manejo para reduzí-la e propiciar menores restrições ao
desenvolvimento radicular das plantas. Os estudos de variabilidade espacial da RP têm
sido realizados em um único momento em áreas de sistema convencional (GREGO e
VIEIRA, 2005) ou no sistema plantio direto (ABREU et al., 2003; SILVA et al., 2004).
Portanto o monitoramento da compactação do solo se torna uma ferramenta
imprescindível ao planejamento das práticas de cultivo a serem adotadas, visando
maximizar a rentabilidade agrícola (TORRES e SARAIVA, 1999). A resistência do solo
à penetração e a densidade do solo são utilizadas principalmente para definir níveis a
partir dos quais o solo está compactado e requer medidas corretivas. Por ser a
resistência do solo à penetração dependente da umidade, textura, mineralogia e matéria
orgânica, a densidade do solo tem sido utilizada como propriedade de referência para
monitorar a compactação do solo (KIEHL, 1979).
Os penetrômetros de impacto são também chamados de penetrômetro dinâmico ou
bate-estaca: não tem dinamômetro; a haste penetra no solo através do impacto de um
peso que cai de uma altura constante, em queda livre. Conta-se o número de impactos
para que o aparelho penetre certa profundidade (de acordo com a profundidade
estudada). As zonas que necessitam de maior número de impactos (30 cm) são as de
maior resistência (STOLF 1990).
De acordo com Perumpral (1987) os penetrômetros vêm sendo empregados em
grande escala no meio agrícola, para diversas aplicações, por serem de utilização fácil,
rápida e barata, com fácil interpretação dos resultados, principalmente para a
determinação da resistência do solo à penetração de raízes e detecção de camadas de
solo compactadas. No entanto, esses equipamentos são acionados manualmente,
podendo causar imprecisões de leitura, como alertam Camargo e Alleoni (1997).

3. MATERIAIS E MÉTODOS

O experimento foi realizado nas dependências da Usina ETH Bioenergia S/A


unidade Eldorado, município de Rio Brilhante-MS, Rodovia MS 145, KM 47 - Rio
Brilhante – MS, com as coordenadas geográficas: 21º 51’ 32.70389 Lat. E 54º 01'
25.40887" Long. A Usina está inserida na Bacia do Rio Paraná, e sub-bacia do Rio
Ivinhema e dispõe de algo em torno de 1.846 talhões.
O clima do município de Rio Brilhante é tropical. Caracteriza-se por apresentar
um inverno seco. A estação seca ocorre entre os meses de abril e setembro, sendo julho
o mês mais seco. O projeto foi desenvolvido num talhão de cana, no sistema de colheita
mecanizado, num solo a ser caracterizado seguindo conforme metodologia da Embrapa
(1999).
A parcela experimental no talhão apresenta uma malha experimental com 144
pontos. A malha teve um comprimento de 200 m e uma largura de 200 m, perfazendo
uma área total de 4,0 ha e 144 pontos. A distribuição dos pontos foi feita na forma de
uma grade de doze colunas por doze linhas, com ponto distando de seu vizinho de 20 m
no eixo Y e 18,2 m no eixo X.
O teste de resistência à penetração (no campo) foi realizado no período de
janeiro a fevereiro de 2009, após a colheita mecanizada da cana, utilizando um
penetrômetro de impacto modelo IAA/Planalsucar, a qual foi calculada, conforme Stolf
(1991), como se segue:
RMP = (5,6 + 6,89 x ((N/(P-A) x 10)) x 0,0981 (1)
em que RPM é a resistência mecânica do solo à penetração (MPa), N é o número de
impactos efetuados com o martelo do penetrômetro para a obtenção da leitura, A e P
são, respectivamente, as leituras antes e depois da realização dos impactos (cm). A cada
5 marteladas foi anotado em uma planilha em que uma pessoa é responsável pela
anotação a profundidade em que o penetrômetro atingiu (cm), posteriormente estes
dados foram passados para uma planilha no exel, onde foram transformados para (MPa).
Para se obter uma melhor representatividade da área, esse teste foi realizado próximo ao
ponto amostral numa distância de 10 cm do ponto.
De posse dos valores de resistência a penetração em cada camada e no talhão de
cana, feitas ao longo do campo, foram aplicadas as técnicas geoestatitisticas para o
estudo da variabilidade espacial.
Antes da aplicação das ferramentas geoestatísticas, os dados foram analisados
inicialmente através dos procedimentos da análise estatística descritiva, para visualizar
o comportamento geral dos dados e identificar possíveis valores discrepantes
(SALVIANO, 1996).
As medidas estatísticas calculadas foram: média, mediana, desvio padrão, valor
máximo e mínimo, limite inferior e superior, amplitude total, amplitude interquartílica,
coeficiente de assimetria e de curtose, coeficiente de variação, variância, teste
paramétrico de normalidade de Shapiro-Wilk (W) e não-paramétrico de normalidade de
Kolmogorov-Smirnov (KS). Nos casos em que os atributos estudados apresentaram
valores discrepantes ("outliers"), esses foram descartados e, nessas situações, foram
aplicados novamente os procedimentos da análise descritiva sem os valores
discrepantes. Em seguida foi realizada análise exploratória dos dados, pois representa o
estágio inicial para verificar e descrever as medidas estatísticas e matemáticas dos dados
o que, melhora a eficiência da análise estatística (FARIAS, 1999) e para auxiliar na
decisão das hipóteses de estacionaridade que podem ser assumidas (HAMLETT;
HORTON; CRESSIE, 1986; FOLEGATTI, 1996).
Dentre os recursos gráficos utilizados na análise exploratória da variabilidade
espacial de um conjunto de dados e na identificação de valores discrepantes podemos
destacar: gráficos de caixa ("box-plot"), o dispositivo de ramos e folhas (HOAGLIN;
MOSTELLER; TYKEY, 1983; SOUZA, 1999), os gráficos por linhas e por colunas, os
quais podem auxiliar na interpretação dos dados obtidos e na tomada de decisões com
relação a retirada ou não de dados ou na remoção de tendências (SOUZA, 1999).
A dispersão dos dados pode ser observada pelos gráficos de caixa, através da
representação visual de um conjunto de cinco números: limites inferior e superior;
quartis inferior e superior e média ou mediana, podendo ainda apresentar valores
discrepantes.
Foram construídos semivariogramas para analisar o grau de dependência
espacial entre os 144 pontos por camada de solo no talhão, dentro da malha
experimental, para definir parâmetros necessários para a estimativa de valores para
locais não amostrados, através da técnica de krigagem (SALVIANO, 1996). O
escalonamento do semivariograma foi feito pela variância, com isso esperou-se que o
efeito pepita se torne automaticamente uma fração do patamar (VIEIRA; DECHEN;
MARIA, 1998), facilitando as interpretações e comparações entre semivariogramas, já
que assim se pode verificar se contam com o mesmo padrão de variabilidade espacial,
uma vez que assumem valores em uma escala padronizada.
Para se obter um maior detalhamento da área em estudo foi necessária a
aplicação de um método de interpolação, como a krigagem (SILVA JUNIOR, 2001).
Isso porque, pode existir futuramente interesse em um ou mais pontos específicos da
área. Com isso nesse trabalho obter-se-á uma malha de pontos interpolados que
permitirão visualizar o comportamento das variáveis na região através de um mapa de
isolinhas ou de superfície.

Resultados
Os valores de média, desvio-padrão, coeficiente de variação e curtose foram
calculados em relação a variável resistência mecânica do solo a penetração ,
procurando-se ajustar os dados às distribuição Normal ou Log-Normal, com nível de
significância inferior ou igual a 5%, escolhendo a distribuição de freqüência que melhor
se ajusta. Na Tabela 1 são apresentados os valores obtidos para as medidas estatísticas
descritivas das variáveis RMP (MPa) para todas as duas camadas do solo estudado.
Para verificar a normalidade da distribuição dos dados foi aplicado o teste de
Shapiro e Wilk (1965), o qual foi proposto para amostras n ≤ 50 (LAWLESS, 1962), e
que se aplicou muito bem ao conjunto de dados obtidos neste trabalho. Os valores do
teste de Shapiro-Wilk para as camadas de solo estudadas obtidos nos gráficos de
histogramas. Os valores para as duas camadas de solo apresentaram uma distribuição
normal a 5% de significância, visto que o valor de Prob<W, p foi menor que 0,05.

Discussão

Em relação aos valores da média e mediana observa-se na Tabela 1 que em todas as


profundidades, a razão média/mediana está acima 1. Se a mediana é o valor da abscissa
que divide o histograma de uma distribuição em duas partes iguais (VIEIRA, 1999) e
indica a simetria da distribuição dos dados, então pode-se dizer que dentre os valores
obtidos das duas camadas de solo, existem valores extremos que fazem com que a
média seja maior do que a mediana. Considerando que numa distribuição normal, a
razão média/mediana equivale a 1, então subtende-se que os dados obtidos não possuem
esse tipo de distribuição.
Ocorreram valores com certo distanciamento entre a média e a mediana para as
duas camadas de solos, o que pode ser um indicativo de distribuições de dados
assimétricos, em que as medidas de tendência central são dominadas por valores
atípicos. Esses resultados concordam com os obtidos por Araujo (2002) em Latossolo
Vermelho, na região de Jaboticabal cultivado também com cana-de-açúcar. Essa grande
amplitude de valores observados revela os problemas que podem ocorrer quando se usa
a média das variáveis para a realização do manejo do solo, ou seja, quando se usa a
análise de solo da maneira como é feita atualmente, usando-se a amostra composta, para
recomendar adubação, podendo haver aplicação excessiva em alguns locais, e
insuficiente em outros, causando prejuízos econômicos.
Nas duas camadas estudadas o modelo de semivariograma ajustado foi o esférico.

Conclusões

As propriedades do solo estudadas apresentaram dependência espacial de 176 m


e 30 m, respectivamente para as camadas de 0-0,20 e 0-0,40 m;
A RMP na camada de 0-0,20 m apresenta mais zonas homogêneas do que a
camada de 0-0,40 m.

Tabela 1. Resumo estatístico para a variável RMP (MPa) nas camadas de solo 0-0,20 e
0,20-0,40 m na área de estudo.

Medidas estatísticas 0 – 0,20 m 0,20 – 0,40 m

Média 4,04 5,09


Mediana 3,94 5,07
Máximo 8,59 7,61
Mínimo 2,23 2,74
Quartil superior 4,42 5,6
Quartil inferior 3,39 4,45
Variância 1,04 0,77
Desvio padrão 1,02 0,87
Coef. Variação (%) 25 17
Curtose 3,78 0,15
Figura 1. Semivariograma experimental e modelado para a variável RMP (MPa) nas
camadas de solo 0-0,20 e 0,20-0,40 m na área de estudo.

Figura 2. Distribuição espacial para a variável RMP (MPa) nas camadas de solo 0-0,20
e 0,20-0,40 m na área de estudo.

4. Referências Bibliográficas

ABREU, S.L. et al. Variabilidade espacial de propriedades físico-hídricas do solo, da


produtividade e da qualidade de grãos de trigo em Argissolo franco arenoso sob plantio
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