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O autor quis:
c) O uso simultâneo das linguagens verbal e não verbal colabora para o entendimento da tirinha.
d) A sequência cronológica dos fatos relatados nas imagens não influencia na compreensão da
tirinha.
a) À falta de coisa melhor para fazer, muita gente assiste à televisão sem sequer atentar para o que
está vendo.
b) Cabe à juventude de hoje dedicar-se à substituição dos apelos do mercado por impulsos que, em
sua verdade natural, façam jus à capacidade humana de sonhar.
c) Os sonhos não se adquirem à vista: custa tempo para se elaborar dentro de nós a matéria de que
são feitos, às vezes à revelia de nós mesmos.
d) Compreenda-se quem aspira à estabilidade de um emprego, mas prestem-se todas as
homenagens àquele que cultiva seus sonhos.
e) Quem acha que agracia à juventude de hoje com elogios ao seu pragmatismo não está à salvo de
ser o responsável pela frustração de toda uma geração.
RESPOSTA ALTERNATIVA E
A questão pede para escolhermos uma alternativa em que é necessário
suprimirmos um ou mais sinais de crase.
Letra A - “À falta de coisa melhor para fazer, muita gente assiste à televisão
sem sequer atentar para o que está vendo.” O primeiro sinal de crase não
pode ser suprimido pois faz parte de uma expressão do idioma “à falta de”,
não podendo, portanto, ser alterado. Quanto ao segundo, existe pelo fato
de o verbo exigir preposição “assistir a”, e pelo fato de a palavra seguinte
ser um substantivo feminino “televisão”, que admite o artigo “a”. Sendo
assim, a crase também é necessária.
Letra B - “Cabe à juventude de hoje dedicar-se à substituição dos apelos do
mercado por impulsos que, em sua verdade natural, façam jus à
capacidade humana de sonhar.” - O verbo caber, neste caso, é transitivo
direto e indireto, sendo regido pela preposição “a”. Como o complemento
(objeto indireto) é um substantivo feminino, ocorre a crase para mostrar a
junção entre preposição e artigo. Acontece o mesmo com o segundo caso: o
verbo dedicar-se pede uma preposição “a”, e o complemento “substituição”
admite um artigo “a”, sendo também necessário o sinal de crase.
Letra C - “Os sonhos não se adquirem à vista: custa tempo para se elaborar
dentro de nós a matéria de que são feitos, às vezes à revelia de nós
mesmos.” - Neste caso, são mostradas três expressões idiomáticas “À
vista”, “às vezes” e “à revelia”, e todas se utilizam do sinal grave, o qual
não pode ser retirado já que re trata de uma expressão idiomática que é
fossilizada.
Letra D - “Compreenda-se quem aspira à estabilidade de um emprego, mas
prestem-se todas as homenagens àquele que cultiva seus sonhos.” - No
primeiro caso, a crase ocorre porque o verbo aspirar é regido pela
preposição “a”, e está seguido de um substantivo feminino, que admite o
artigo “a”. No segundo caso, a crase ocorre porque o substantivo
“homenagem” pede um complemento nominal, e para isso se utiliza da
preposição “a” (prestar homenagem a), e seu complemento é iniciado pelo
pronome “aquele”, uma das palavras que pode se juntar à preposição “a”
através do fenômeno da crase.
Letra E - “Quem acha que agracia à juventude de hoje com elogios ao seu
pragmatismo não está à salvo de ser o responsável pela frustração de toda
uma geração.” - Na primeira ocorrência, o sinal grave não é exigido, uma
vez que o verbo “agraciar” é transitivo direto, e portanto não é seguido por
preposição. O “a” que se segue é apenas um artigo que acompanha o
substantivo “juventude”, não necessitando, portanto, a utilização do sinal
grave. No segundo caso, apesar de tratar-se de uma expressão idiomática,
a mesma não utiliza crase, o correto seria “a salvo”, assim como as outras
expressões “a nado”, “a pé”.