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PORTUGUÊS
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QUESTÕES COMENTADAS
18. INÉDITA
Assinale a opção inteiramente de acordo com a norma culta no que se refere à regência e ao
emprego do acento indicador de crase.
a) Fizemos inúmeros elogios a localização, infraestrutura e atendimento do
estabelecimento.
b) Pagamos os funcionários na data correta, cumprindo, assim, nossa promessa.
c) As mais monstruosas feras se iguala a mulher, ao saber que está sendo enganada pelas
melhores amigas.
d) Todas as decisões de investimento tomadas pela diretoria do fundo de pensão
implicaram em enormes perdas para os seus segurados.
e) Os direitos que todos nós, durante tanto tempo, lutamos e conquistamos para as
gerações atuais não podem ser abolidos.
RESOLUÇÃO:
Letra A – CERTA - Observe que foi atendido na frase o critério do paralelismo sintático. O que
isso significa? Significa que termos coordenados entre si (ligados por conjunção coordenativa)
devem ser construídos de forma similar.
Note que nem “localização”, nem “infraestrutura”, nem “atendimento” foram antecedidos de
artigo.
O que ocorre é a presença da preposição “a”, requerida pela regência de “elogios” (elogios a
algo/alguém). Essa preposição está explícita antes de “localização” e implícita antes de
“infraestrutura” e “atendimento”.
Fizemos inúmeros elogios a localização, (a) infraestrutura e (a) atendimento do estabelecimento.
Uma alternativa de redação seria dar artigo para todos os elementos coordenados. Fazendo-
se isso, haveria contração ou combinação da preposição “a” – requerida por “elogios” – com
cada um dos artigos requeridos.
Fizemos inúmeros elogios à localização, à infraestrutura e ao atendimento do estabelecimento.
Note, portanto, que, numa coordenação de termos, ou todos recebem artigo, ou ninguém
recebe.
Letra B – ERRADA – O verbo “pagar” pode pedir, em sua regência, tanto objeto direto como
indireto.
No entanto, impõe o verbo que seu objeto direto seja a “coisa” e o indireto, a pessoa. Além
disso, o objeto indireto deve ser introduzido pela preposição “a”.
Dessa forma, está errada a construção “Pagamos os funcionários...”. Deve-se corrigir para
“Pagamos aos funcionários...”.
Letra C – ERRADA – A primeira oração está fora de ordem. Colocando-a em ordem, temos
que o sujeito é “a mulher”; a forma verbal é “se iguala”; o objeto indireto é “às mais
monstruosas feras”.
Sendo assim, é necessário o emprego do acento indicador de crase, resultado da fusão da
preposição “a” – requerido pela regência do verbo “igualar-se”(igualar-se a algo/alguém) –
com o artigo definido “as” – requerido pelo substantivo “feras”.
A frase corrigida seria: “Às mais monstruosas feras se iguala a mulher, ao saber que está sendo
enganada pelas melhores amigas.”
Letra D – ERRADA – Muito cuidado! O verbo “implicar”, no sentido de “acarreta”, “resultar”, é
transitivo direto.
Dessa forma, a redação correta seria:
Todas as decisões de investimento tomadas pela diretoria do fundo de pensão implicaram
enormes perdas para os seus segurados.
Letra E – ERRADA – O verbo “lutar” pede preposição “por”; já o verbo “conquistar” não pede
preposição. Fica errado assim coordenar dois verbos de diferentes regências.
A sugestão de redação que tornaria a frase correta seria:
“Os direitos que todos nós conquistamos para as gerações atuais e por que, durante tanto tempo,
lutamos não podem ser abolidos.”
Resposta: A
19. INÉDITA
Assinale a opção em que é obrigatória a presença do acento indicador de crase.
a) Posso dizer que aquela equipe confiei esta missão e, por isso, sinto-me responsável
pela decisão tomada.
b) Preferimos carro a moto, devido aos perigos a que estão expostos os motociclistas.
c) Pedimos ajuda a sua família, por acreditar que a amizade de nossos pais superaria
nossas desavenças.
d) Não acreditamos que, daqui a décadas, estejamos aptos a clonar todo e qualquer ser
humano, tendo como objetivo a perpetuidade da existência humana.
e) Costumo dizer que é você quem faz o seu caminho. Não a droga.
RESOLUÇÃO:
Letra A – CERTA – É obrigatório o emprego do acento indicador de crase em “àquela”, haja
vista que ocorre a fusão da preposição “a” – requerida pela regência da forma verbal “confiar”
(quem confia confia algo a alguém) – com o pronome demonstrativo “aquela”.
Uma dificuldade de empregar esse acento se dá devido ao fato de a ordem dos termos estar
invertida. Observemos:
Posso dizer que aquela equipe confiei esta missão...
= Posso dizer que (eu) confiei esta missão àquela equipe ...
Letra B – ERRADA – No trecho “Preferimos carro a moto...”, é proibido o emprego do acento
indicador de crase, haja vista que não se tem artigo masculino para o substantivo “carro” nem
artigo feminino para o substantivo “moto”.
Trata-se do paralelismo sintático, que consiste na semelhança de construção entre termos em
enumeração ou em comparação. Dessa forma, ou se dá artigo para todos ou não se dá artigo
para ninguém.
Observemos:
Preferimos carro a moto...
>> sem artigo para “carro”; sem artigo para “moto”.
>> o “a” é apenas preposição, exigida pela regência de “preferir”.
Preferimos o carro à moto...
>> com artigo para “carro”; com artigo para “moto”.
>> o “à” é a fusão de preposição, exigida pela regência de “preferir”, com o artigo “a”, solicitado
por “moto”.
Também é proibido o emprego do acento indicador de crase em “perigos a que estão expostos”.
Na verdade, tem-se apenas a preposição “a”, requerida pela regência da forma verbal “estar
exposto” (quem está exposto está exposto a algo). Não ocorre artigo.
Letra C – ERRADA – No trecho “Pedimos ajuda a sua família...”, o emprego do acento
indicador de crase é facultativo. Isso ocorre porque é facultativa a presença de artigo antes de
pronome possessivo feminino e antes de nomes próprios femininos (nomes de mulher).
Já no trecho “... por acreditar que a amizade...”, a crase não é permitida, haja vista que, antes
do substantivo “amizade”, temos penas artigo definido feminino “a”. Não há preposição.
Letra D – ERRADA – No trecho “... daqui a décadas...”, não ocorre crase, pois “décadas” está
no plural, sendo incabível o emprego de crase singular antes de palavra plural. Também não é
possível o emprego da crase em “...aptos a clonar...”, pois não ocorre crase antes de verbo. Por
fim, no trecho “... tendo como objetivo a perpetuidade da existência humana.”, também não
ocorre crase, haja vista que o “a” antes de “perpetuidade” é apenas artigo. Não há preposição.
Letra E – ERRADA – Interessante essa redação. Dá-se margem a uma redação com emprego
da crase e outra sem emprego.
Como assim?
Observemos:
Costumo dizer que é você quem faz o seu caminho. (Diga) Não à droga.
>> Aqui a crase se faz presente, pois é possível, segundo essa interpretação, subentender a
forma verbal “Diga” antes de “Não à droga”.
Costumo dizer que é você quem faz o seu caminho. Não (é) a droga.
>> Aqui não é possível o emprego da crase, pois é possível, segundo essa interpretação,
subentender a forma verbal “é” antes de “a droga”.
Não podemos, assim, dizer que se trata de um emprego obrigatório da crase, haja vista que
tanto existe uma interpretação com acento grave, como existe uma interpretação sem.
Resposta: A
20. INÉDITA
Assinale a opção cuja redação obedece às regras previstas na gramática normativa quanto à
concordância, regência, colocação pronominal e ao emprego do acento indicador de crase.
a) As cenas de corrupção as quais assistimos nos motivaram a tomar uma drástica atitude,
hajam vistas as consequências adversas a que se submetem parcela expressiva da população.
b) Repercutiu muito negativamente no mercado, o que foi agravado pela cobertura
sensacionalista da mídia, todas as declarações dos ministros que contrapunham-se a
assinatura do acordo de negociação da dívida pública.
c) Sabe-se que é necessário, dentro obviamente de certos limites morais, a negociação
com partidos da base aliada no Congresso, visando o estabelecimento de uma governabilidade
razoável.
d) Não se cogita, nem mesmo diante da mais urgente situação fiscal, alterações que
impliquem aumentos substanciais de impostos.
e) Quando se analisa, de forma imparcial, a crise pela qual o país passa, constata-se que
grande parte dos problemas serão solucionados com a participação conjunta do empresariado
e da massa operária brasileiros.
RESOLUÇÃO:
Letra A – ERRADA – É preciso empregar a forma “às quais”, com acento indicador de crase,
tendo em vista que ocorre a fusão da preposição “a” – requerida pela regência do verbo
“assistir”, no sentido de “ver”, “presenciar” – com o pronome relativo “as quais”.
Além disso, está equivocado o emprego de “hajam vistas”. A expressão “haja vista” é invariável.
Dessa forma, a frase correta ficaria:
As cenas de corrupção às quais assistimos nos motivaram a tomar uma drástica atitude, haja
vista as consequências adversas a que se submetem parcela expressiva da população.
Letra B – ERRADA – Deve-se empregar a forma plural “Repercutiram”, para que haja
concordância com o sujeito “todas as declarações dos ministros”. Além disso, deve-se
empregar o pronome “se” antes da forma verbal “contrapunham”, pois o pronome relativo
“que” atua como fator de próclise (pronome antes do verbo). Por fim, deve-se empregar o
acento indicador de crase antes de “assinatura”, haja vista que ocorre a fusão da preposição
“a” – requerida pela regência do verbo “contrapor-se” (quem se contrapõe se contrapõe a
algo) – com o artigo feminino singular “a” – solicitado pelo substantivo “assinatura”.
Dessa forma, a frase correta ficaria:
Repercutiram muito negativamente no mercado, o que foi agravado pela cobertura
sensacionalista da mídia, todas as declarações dos ministros que se contrapunham à assinatura
do acordo de negociação da dívida pública.
Letra C – ERRADA – Deve-se empregar a forma “É necessária”, pois o substantivo “negociação”
está determinado pelo artigo “a”.
Sabe-se que as expressões é bom, é necessário, é proibido, é permitido são invariáveis,
exceto se o sujeito dessas expressões for determinado por artigos, pronomes, numerais, etc.
Além disso, está errado o emprego do verbo “visar”, pois este, no sentido de “ter como
objetivo”, solicita preposição “a”.
Dessa forma, a frase correta ficaria:
Sabe-se que é necessária, dentro obviamente de certos limites morais, a negociação com
partidos da base aliada no Congresso, visando ao estabelecimento de uma governabilidade
razoável.
ou
Sabe-se que é necessário, dentro obviamente de certos limites morais, negociação com partidos
da base aliada no Congresso, visando ao estabelecimento de uma governabilidade razoável.
Letra D – ERRADA – Deve-se empregar a forma plural “Não se cogitam”, para que haja
concordância com o sujeito paciente “alterações”.
Não se cogitam ... alterações ... = Não são cogitadas ... alterações.
Observe que o “se” é uma partícula apassivadora, ladeada de um verbo que solicita objeto
direto (quem cogita cogita algo).
Dessa forma, a frase correta ficaria:
Não se cogitam, nem mesmo diante da mais urgente situação fiscal, alterações que impliquem
aumentos substanciais de impostos.
Letra E – CERTA – Está correto o emprego da forma verbal “se analisa”, concordando com o
sujeito paciente “a crise” (Quando se analisa... a crise = Quando é analisada ... a crise). Também
é correto o emprego da forma “pela qual”, resultado da fusão da preposição “por” – requerida
pela regência do verbo “passar” (quem passa passa por algo) – com o pronome relativo “a qual”
– que substitui o termo antecedente “crise”.
Por fim, nota-se a concordância com sujeito formado por expressões partitivas, admitindo-se
duas construções igualmente corretas: “grande parte dos problemas serão solucionados...” ou
“grande parte dos problemas será solucionada...”.
Resposta: E
21. INÉDITA
Assinale a alternativa em que a regência do verbo NÃO esteja de acordo com o padrão culto.
a) A função à qual os candidatos aspiram é muito disputada.
b) Ele assistiu, durante dez anos, em Belém.
c) O combate à corrupção implica em medidas drásticas a serem tomadas pelo Poder
Judiciário.
d) As empresas pagaram aos funcionários na data acordada com o sindicato da categoria.
e) Não raro a população esquece o nome dos políticos por ela eleitos.
RESOLUÇÃO:
Letra A - CERTA - O verbo "aspirar", no sentido de "almejar", é transitivo indireto e é regido
pela preposição "a".
Essa preposição “a” deverá ser posicionada antes do pronome relativo “a qual”, que, por sua
vez, substitui o termo antecedente “função”.
A fusão da preposição “a” com o pronome relativo “a qual” resulta em “à qual”.
Letra B - CERTA - O verbo "assistir", no sentido de "morar", "residir", é intransitivo e é regido
pela preposição "em".
Letra C - ERRADA - O verbo "implicar", no sentido de "acarretar", é transitivo direto. Assim, o
correto seria "implica medidas drásticas".
Letra D - CERTA - O verbo "pagar" é bitransitivo e solicita como objeto direto um nome de
coisa e como objeto indireto um nome de pessoa (pagar algo a alguém).
Letra E - CERTA - O verbo esquecer, quando não pronominal, é transitivo direto (Esquecer
algo). Quando pronominal, é transitivo indireto e é regido pela preposição "de" (Esquecer-se
de algo). Resposta: C
22. INÉDITA
....... inovadoras teorias, durante todo seu ano sabático, Stephen Hawking dedicou horas de
estudo e reflexão equivalentes .... que Einstein despendeu na época em que formulou a famosa
Teoria da Relatividade sob .... desconfiança da comunidade científica mundial.
Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada:
a) Àquelas - à – a
b) Aquelas - as – à
c) Aquelas - às – à
d) Àquelas - às – a
e) Aquelas - às – a
RESPOSTA:
A primeira lacuna deve ser preenchida com a forma "Àquelas" - com crase -, haja vista que
ocorre a contração da preposição "a" - solicitada pela regência do verbo "dedicou” (dedicou
algo a alguém/algo)" - com o pronome demonstrativo "aquelas", modificador do substantivo
“teorias”.
Observação:
Uma maneira prática de descobrir se ocorre a crase nas formas pronominais “àquele(s)”,
“àquela(a)” e “àquilo” é substituir os demonstrativos “aquele(s)”, “aquela(s)” e “aquilo” pelos
também demonstrativos “este(s)”, “esta(s)” e “isto”.
Se, nessa alteração proposta, aparecerem as formas “a este(s)”, “a esta(s)” e “a isto”, está
provado que ocorre a fusão da preposição “a” com o demonstrativo.
Veja um exemplo:
O professor perguntou àquele aluno se restava alguma dúvida.
Trocando o demonstrativo “aquele” por “este”, tem-se:
O professor perguntou a este aluno se restava alguma dúvida.
Viu? Como apareceu na troca a forma “a este”, é sinal de que ocorre a fusão da preposição “a”
com o demonstrativo “aquele”, resultando em “àquele”.
Reconstruindo o início do texto da questão, tem-se:
Stephen Hawking dedicou horas de estudo e reflexão ... àquelas inovadoras teorias...
= Stephen Hawking dedicou horas de estudo e reflexão ... a estas inovadoras teorias...
A segunda lacuna deve ser preenchida com a forma "às" - com crase -, haja vista que ocorre a
contração da preposição "a" - solicitada pela regência do nome "equivalentes" (equivalentes a
algo) - com o pronome demonstrativo "as" – que pode ser substituído por “aquelas".
Observação:
Fique atento à parceria do “o(s)”, “a(s)” com o “que”. Trata-se corriqueiramente do encontro
de um pronome demonstrativo – o(s) = aquele(s), aquilo; a(s) = aquela(s) – com o pronome
relativo “que”. Fiz o que pude
= Fiz aquilo que pude.
Comentei o que era necessário.
= Comentei aquilo que era necessário. Esta camisa é igual à que vesti ontem.
= Esta camisa é igual àquela que vesti ontem.
Este tênis é igual ao que você calçou ontem.
= Este tênis é igual àquele que você calçou ontem.
Por fim, a terceira lacuna deve ser preenchida com o artigo definido "a", solicitado pelo
substantivo feminino "desconfiança". Fica bem evidente a necessidade do artigo, se fizermos
uma substituição por um substantivo masculino: se empregarmos "descrédito"
em vez de "desconfiança", teremos a construção "sob o descrédito", o que
prova a necessidade de um artigo após a preposição "sob".
Resposta: D
23.INÉDITA
Está correto o emprego de ambos os elementos sublinhados na frase:
a) Os motivos nos quais se valeu o deputado baseavam-se numa equivocada comparação
em cuja pretendia iludir seus fiéis eleitores.
b) As profissões para cujo desempenho são exigidas muita concentração e paciência não
são indicadas a quem não dispõe de equilíbrio emocional.
c) Muitos eleitores preferem uma candidatura baseada em mentiras agradáveis do que
uma apoiada em verdades desagradáveis onde nem todos querem acreditar.
d) O mau juízo de que se imputa aos sindicatos é semelhante àquele em que se atribui
aos partidos políticos.
e) A confiança de cuja não se afastam milhares de brasileiros é a de que a política possa
ser exercida segundo à natureza do interesse público.
RESOLUÇÃO
Letra A - ERRADA - Em lugar de "nos quais", deve-se empregar "dos quais", uma vez que a
forma verbal "se valer" solicita a regência da preposição "de" (quem se vale, se vale de algo).
Além disso, não faz sentido o emprego do pronome relativo "cuja", uma vez que não temos
uma relação de posse.
O correto, então, seria: "Os motivos dos quais se valeu o deputado baseavam-se numa
equivocada comparação que pretendia iludir seus fiéis eleitores.".
Letra B - CERTA - O uso da preposição "para", antes do pronome relativo "cujo", é necessidade
requerida pela forma verbal "são exigidas" (são exigidas para algo). Além disso, a preposição
"a" antes de "quem" é necessidade da regência da forma verbal "são indicadas"(são indicadas
a alguém).
Letra C - ERRADA - O uso de "do que" está equivocado, uma vez que a regência do verbo
"preferir" é dada pela preposição "a". É equivocado também o uso do pronome relativo "onde",
uma vez que este não indica lugar.
Assim, o correto seria: "Muitos eleitores preferem uma candidatura baseada em mentiras
agradáveis a uma apoiada em verdades desagradáveis em que nem todos querem acreditar.".
Letra D - ERRADA - O uso da preposição "de", entes do primeiro pronome relativo "que", é
equivocado, uma vez que a forma verbal "se imputa" não a solicita (se imputa algo a alguém
= se imputa mau juízo aos sindicatos).
Da mesma forma, o uso da preposição "em", antes do segundo pronome relativo "que", é
equivocado, uma vez que a forma verbal "se atribui" não a solicita (se atribui algo a alguém =
se atribui juízo aos partidos políticos).
Assim, o correto seria: "O mau juízo que se imputa aos sindicatos é semelhante àquele que se
atribui aos partidos políticos.”.
Letra E - ERRADA - O uso do pronome relativo "cujo" é inadequado, uma vez que não existe
uma relação de posse. É equivocado também o emprego da crase em "à", uma vez que é
solicitado apenas o artigo definido "a".
Assim, o correto seria: “A confiança de que não se afastam milhares de brasileiros é a de que a
política possa ser exercida segundo a natureza do interesse público.”
Resposta: B
24. INÉDITA
O sinal indicativo de crase pode ser corretamente suprimido, sem prejuízo para a
correção e o sentido original do texto, em:
a) Vários fanáticos religiosos se entregaram à opressão e ao obscurantismo em suas
pregações.
b) Seus escritos e ensinamentos foram, sem sombra de dúvida, o mais belo legado do
velho filósofo à atualidade.
c) Suas ações governamentais não só não geraram uma justa distribuição de riqueza,
como deram continuidade à miséria galopante.
d) Não aceitamos que ninguém se submetesse à sua vontade.
e) As crises econômicas impõem à sociedade um rebaixamento de padrão de consumo.
RESOLUÇÃO:
Letra A – ERRADA – No trecho “se entregaram à opressão e ao obscurantismo em suas
pregações”, é obrigatório o emprego do sinal indicativo de crase, haja vista que se trata da
fusão da preposição “a” – requerida pela regência da forma verbal “se entregaram” (se
entregaram a algo) – com o artigo “a” – solicitado pelo substantivo feminino “opressão”. A
presença do artigo se faz necessária, haja vista que todos os elementos da enumeração
requerem o artigo definido – é o caso de “opressão” e “obscurantismo”.
Letra B – ERRADA - É obrigatório o emprego da crase, haja vista que ocorre a fusão da
preposição “a” – requerida pela regência do substantivo “legado” (legado a algo) – com o
artigo “a” – solicitado pelo substantivo “atualidade”.
Letra C – ERRADA - É obrigatório o emprego da crase, haja vista que ocorre a fusão da
preposição “a” – requerida pela regência do substantivo “continuidade” (continuidade a algo)
– com o artigo “a” – solicitado pelo substantivo “miséria”.
Letra D – CERTA – É facultativo o emprego da crase no trecho. A preposição “a” é garantida
pela regência da forma verbal “submeter-se” (submeter-se a algo). Já a presença do artigo “a”
é facultativa antes do pronome possessivo feminino “sua”. Dessa forma, é possível dispensar
o acento grave, sem qualquer prejuízo à correção gramatical.
Letra E – ERRADA - É obrigatório o emprego da crase, haja vista que ocorre a fusão da
preposição “a” – requerida pela regência do “impor” (impor algo a alguém) – com o artigo “a”
– solicitado pelo substantivo “sociedade”.
Resposta: D
25.INÉDITA
O resultado prático das ações voltadas ...... um desenvolvimento sustentável depende, em larga
escala, da atuação firme e forte da comunidade internacional. São várias as ações que devem
ser tratadas com prioridade, entre as quais estão o estímulo ...... novas fontes de energia menos
poluentes e o respeito ...... causas ambientais.
Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada:
a) a − à – as
b) a − a – às
c) à − a – as
d) a − à – às
e) à − à – as
RESOLUÇÃO
A primeira lacuna deve ser preenchida com a preposição "a", solicitada pela regência do nome
"voltadas" (voltadas a algo). Não é possível a crase, haja vista que estamos diante de palavra
masculina - no caso, "desenvolvimento". E já há um artigo posto, que é o indefinido "um".
A segunda lacuna deve ser preenchida com a forma "a" ou "às". No primeiro caso, trata-se da
preposição "a", exigida pela regência do nome "estímulo" (estímulo a algo). Já no segundo
caso, trata-se da contração da preposição "a" com o artigo "as", que pode ser solicitado pelo
substantivo feminino "fontes".
Portanto, as duas redações atenderiam as prescrições da norma culta: "... estímulo a novas
fontes de energia ..." ou "... estímulo às novas fontes de energia...".
Por fim, a terceira lacuna deve ser preenchida com a forma "a" ou "às". No primeiro caso, trata-
se da preposição "a", exigida pela regência do nome "respeito" (respeito a algo). Já no segundo
caso, trata-se da contração da preposição "a" com o artigo "as", que pode ser solicitado pelo
substantivo feminino "causas".
Portanto, as duas redações atenderiam as prescrições da norma culta: "... respeito a causas
ambientais ..." ou "... respeito às causas ambientais...".
Dessa forma, é a letra B que traz a combinação adequada a essas necessidades.
Resposta: B
GABARITO
01 B 02 C 03 A 04 A 05 C/E
06 B 07 C 08 E 09 A 10 D
11 E 12 C 13 C 14 B 15 A
16 D 17 E 18 A 19 A 20 E
21 C 22 D 23 B 24 D 25 B