Você está na página 1de 2

Universidade de Évora

Escola de Ciências Sociais


Licenciatura em Relações Internacionais

Metodologia das Relações Internacionais


2023/2024
Aluna:
Bruna Staidel de Souza
l58443@alunos.uevora.pt
20/12/2023
2ª Frequência
I
“Toda a teoria é sempre para alguém e para algum propósito “: comente a afirmação
de Robert Cox com base nos pressupostos epistemológicos da Teoria Crítica na
disciplina das Relações Internacionais.
A afirmação de Robert Cox “Toda teoria é sempre para alguém e para algum
propósito”, consiste com a forma que a Teoria Crítica encara as Relações
Internacionais. Isto por que a Teoria Crítica “defende a idéia de que toda teoria é
relativa ao seu tempo e lugar e, portanto, não pode ser transformada em um modelo
absoluto, aplicável universalmente, como se não estivesse associada a certo
contexto histórico e político”( João Pontes Nogueira, J.P.N., & Nizar Messari, N.M..A
Teoria Crítica, Capítulo 5, Página 139. Teoria das Relações Internacionais Correntes
e Debates, Elsevier, Editora Campus.). Ou seja, todas as teorias advêm de uma
determinada perspetiva, que deriva de uma posição em tempo e espaço.
Por outras palavras, a teoria crítica reconhece que as teorias das relações
internacionais não são simplesmente observações frias da realidade, mas são
moldadas pelas perspectivas, valores e interesses das pessoas que as criam. Esta
abordagem crítica visa não só compreender o mundo, mas também mudá-lo,
desafiando estruturas de poder injustas e dando voz aos grupos marginalizados.
Portanto, a ideia de que “toda teoria sempre funciona para alguém” destaca a
importância de considerar que diferentes teorias podem beneficiar ou prejudicar.
Além disso, a ênfase de que “toda a teoria serve sempre um propósito” significa que
a teoria crítica não está apenas interessada na teoria abstracta, mas também em
pôr o conhecimento a funcionar e em promover uma compreensão mais justa e
equitativa das relações internacionais.
II
A Comunidade Internacional: realidade ou mito? Responda à questão, refletindo
sobre as possibilidades e as limitações encontradas na política internacional na
prossecução de um destes objetivos (a paz, a proteção dos direitos humanos, a
justiça ambiental), dando exemplos concretos.
A existência de uma comunidade global é uma pergunta complexa que pode ser
defendida pelos dois lados. Alguns consideram a Comunidade Internacional um
mito, argumentando que muitas vezes os interesses nacionais de cada país
prevalecem perante os objetivos globais. Como exemplo, ainda existem conflitos
persistentes em muitas partes do mundo, e a capacidade da comunidade
internacional para resolver estes conflitos é muitas vezes dificultada por rivalidades
nacionais, interesses geopolíticos e falta de consenso, e o caso do conflito
Israel-Palestina.Outros consideram a Comunidade Internacional uma realidade pois
é comum que os Estados convoquem a Comunidade Internacional em casos
relacionados a paz, a proteção dos direitos humanos e a justiça ambiental. Fazendo
da Comunidade Internacional uma realidade que desempenha um papel importante
no governo global. Como por exemplo, a Declaração Universal dos Direitos
Humanos é um marco nos esforços para estabelecer padrões globais para a
proteção dos direitos humanos. Organizações como a Amnistia Internacional e a
Human Rights Watch estão a trabalhar para responsabilizar os países que violam
esses direitos.

Você também pode gostar