Você está na página 1de 356

~

..-------------.
r .®!1~ o DI~~_
.. ~ a
, I O'Irr~JdV~
-./

..J

.-J

1 - Conceito
A Contabilidade ê uma ciência de informação. Cassificada co
mo Ciência SOCiàl; a Contabilidade processa· o registro dos fa­
tos.que envolvem um Patrimônio e os tranforma em informaçPes •
atravêsde demonstrAções.que serão. usadas pelos usuários.

Aziendas são entidades ,constituídas' de bens direitos e obrigações


considerados juntamente com a pessoa natural ou jurídica. É a união de patrimônio,
administração e trabalho.
O conceito de azienda é mais amplo que o de empresa. A empresa tem a
finalidade de obter lucro. A azienda inclui além das empresas, as entidades cujo
objetivo não é o lucro (ex: entidades de assistência social, clubes, fundações, etc.)
Observe que estas entidades também utilizam a contabilidade.

Ciência que estuda e pratica as funções de orientação e controle relativos aos


atos, e feitos da administração econômica.
Podemos encontrar várias outras·definls;ões para Contabiiidadê;" no .~
entanto todas relacionam o Patrimônio como elemento cbave no es­
tudo da Ciência Contábil.
De uma maneira simplificada: Cóniabilidade 'é ai ciênci~ que registra
e controla o Patrimônio.' .. .' ..

2-0bjeto
É aquilo que uma ciência estuda ou pesquisa. No caso da contabilidade, é o
patrimônio, entendido como o conjunto de bens, direitos e obrigaÇões

3 - Campo de Aplicação
São as aziendas. Devido ao objeto da Contabilidade (o patrimônio) '0' campo de
aplicação toma-se muito amplo incluindo pessoas fisicàs ou jurídicas, públicas ou
privadas, de fins lucrativos ou não.

4 - Técnicas Contábeis
Para atingir seus objetivos, a contabilidade faz uso de técnicas contábeis que
pode ser conceituado como o conjunto de recursos utilizados para chégar a
conclusões sobre a situação da empresa.
São técnicas contábeis:
• Escrituração
• Análise de Balanços
• Auditoria'
• Demonstrações contábeis:

01
"--J
Balanço Patrimonial ( BP )
Demonstração do Resultado do Exercício (DRE )
Demonstração de Origem e Aplicação de Recursos (DOAR)
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido ( DMPL )
Demonstração de Lucros e Prejuízos Acumulados ( DLP A ) . ,
Notas explicativas (NE)

As companhias'abertas são obrigadas por lei a publicar o BP, a DRE e a DLPA.


Caso publique a DMPL não, é necessário publicai áTILPA já que a primeira contém
a segunda. A DOAR é obrigatória para companhias que tenham o patrimônio
líquido acima de R$' 1.000.000,00 (um milhão de reais)

5 - Patrimônio
É o conjunto de bens, direitos' e obrigações pertencente à uma, pessga fí­
sica'ou jurídica (empresas)

Composição do Patrimônio
ATIVO (A): Conjunto de bens e direitos. Também 'oonhecido como
Patrimônio Bruto.

PASSIVO EXIGÍVEL (P:E ou P): Obrigações com terceiros, Também


conhecido como capital de terceiros.

PATRIMÔNIO LíQUIDO (PL): É a difer~nça entre o Ativo e Passiv?


ExigíveL Representa o investimento .do~ proprietários. . E
também chamado de capital próprio, Passivo Não Exigível ou Situação
Líquida. O PL:corresponde 'a grandeza patrimonial.

NOTEQPE

Bens + Direitos - Obrigações = Situação Líquida ou PL


ou .
Ativo = Passivo Exigível + Patrimônio Líquido (A = PE + PL) que é a
equação fundamental da contabilidade. , ..

6 - Estados Patrimoniais

As sucessivas mutações do patrimônio levru:n:.ª9s


'.
seguintes
. estados patrimoniais:

• Quando o A = P, o PL é nulo, isto é,os bens e direitos da entidade são


suficientes para pagar suas obrigações.' Não há riqueza própria (pL O).
Podemos dizer que o Ativo não pertence à entidade, pois está comprometido
para saldar obrigações (Passivo). Esse estado é chamado de situação nula.

• . Quando o A > P significa que o PL > O.


Os bens e os direitos são maiores que as obrigações..

02
Parte dos bens e direitos são de propriedade da empresa e parte está
comprometida com obrigações. A situação é superavitária.

• Quando o A < P significa que o PL < O.


Os bens e direitos são insuficientes para pagar as obrigações. Essa situação é
chamada de Passivo a descoberto ou deficitária.

EXEMPLOS: Vamos supor aS seguintes situações patrimoniais:

EXEMPLO 1:

ATIVO PASSIVO
Caixa 1500 Passível Exigível
Bancos 1000 Fornecedores 2000
Clientes 1000 Salários à Pagar 1000
Veiculos 3500 Aluguéis .à Pagar 3000
Mercadorias 2000 6000
PL 3000
TOTAL
.
9000 TOTAL 9000

'. Note que A = P + PL (9000 = 6000 + 3000). A situação da empresa é favorável


ou superavitária. A demons~ação acima é chamada de BALANÇO '-~'

P.ATRIMONIAL. O Balanço:Patrimonial pode ser definido como a representação


dos elementos patrimoniais da empresa com seus respectivos valóres. . ..

Estruturalmente o balanço se divide em duas colunas: o da esquerda que contém


o Ativo (bens + direitos) e o da direita que contém o Passivo ,(o:QI:igaçõ~s) + PL
Passivo Exigível que representa as dívidas da empresa para com terceiros e;
Patrimônio Líquido ou Pa;;sivo não Exigível que representa a ,parte posi tiva
q~ue pertence aos socio§:.·..· De acordo cqm o Princípio da Entidade (que
veremos mais tarde com mais detalhes) o patrimônio do sócio não se confunde com
. o patrimônio da empresa.

NOTA
Ativo = Passivo (nes~e caso o Passivo é a soma do Passivo Exigível>
Ativo Passivo + PL C .PL maior do que'~ro)
De uma maneira geral, quando mencionarmos Passivo sempre estaremos nos
referindo ao Passivo Exigível.

EXEMPLO 2:

ATIVO, PASSIVO I
Bens 7000 Obrigações 9.000
I Direitos 2000
I TOTAL 9000 TOTAL 9000 I

Nestasituação, o PL = O.. O A = P (Ativo = Passivo Exigível)


.~

03
EXEMPLO 3
ATIVO PASSIVO

~~ Bens 7.000 Obrigações 12.000


Direitos 2.000
9.000
~- PASSIVO A
DESCOBERTO 3.000
TOTAL 12.000 TOTAL
L...,;­
12.000

Esta é uma situação de Passivo a Descoberto. O Ativo, no valor de 9000, é inferior


ao Passivo, 12.000.
;?itu.asã'o Líquida: .'Negativa, de $ 3.000 . l ' A expressão Passivo a Desco
berto corresponde á uma Situação Negativa ou Deficitária.
A + SL = PE 9.fioo -+ 3.0~O = 12.000.

7 - Capital
Já mencionamos anteriormente o capital próprio (p.L.) e ó capital de terceiros
(passivo3. Vamos definir outros aspectos do Capital .
.
'~

7.1- Capital Total à .Disposição da Empresa

É igual ao capital próprio + càpital de ''tercé.irQs, ou CTo == CPo + CTe.


7.2 - Capital Social, Nominal ou Subscrito

Representa a quantia (em dinheiro ou bens) em que os SOCIOS estão dispostos a


investir na empresa. No início da empresa, corresponde ao P.L. Poderá ser alterado
para mais através de investimentos adicionais ou poderá diminuir
(desinvestimentos). .

7.3 - Capital Integralizado ou Realizado

Representa a quantia (em dinheiro ou bens) que efetivamente foi transferida ao


patrimônio da entidade.

Capital a Realizar ou Integralizar: CQrresponde ao éompromisso assumido pelos


sócios, mas não tr:,a:o.sferido para' a, empresa.

NOTE QUE: Capital Subsc:ri:to= Capital Social - Capital a


Realizar

7.4 - Capital Autorizado

E o limite máximo que o Capital Social pode alcançar sem alteração do estatuto da ..'
companhia.

7.5 - Capital a Subscrever

É a diferença entre o Capital Autorizado e o capital Subscrito (social).

04

~-.
~

8 - Balanços Sucessivos
Apresenta a posição estática patrimonial da empresa em momentos distintos.

9-€ o ntas
Principais definições segundo diversos estudiosos:

• Conta é o registio de débitos e créditos da mesma natureza; identificados


por um título que qualifica um componente do patrimônio ou uma
variação patrimonial (Hilário Franco) .

• Conta é uma série de lançamentos referentes a determinado objeto, do


qual põe em evidência a grandeza inicial, as sucessivas mutações e a
grandeza final (Fábio Besta).

• Conta é a representação gráfl$a de um elemento patrimonial"


demonstrando a relação débito/crédito de um fato administrativo (Milton
A. Walter) '.

De uma maneira simplíficada, toda conta é representada por um T (razonete). Todo -'

elemento-patrimonial é representado por um RAZONETE.


Assim, temos as contas Càixa, Bancos, Mercadoriás, Fornecedores, Capital Social,
etc.

Quando debitamos em uma conta, lançamos valores do lado esquerdo do razonete e


quando creditamos, lançamos valores do lado direito.

Dizemos que a conta tem saldo devedor quando os valores debitados superam os
valores creditados. A conta tem Saldo credor quando os valores creditados superam
os debitados.R.epresentando graficamente:

NOME DA CONTA
DÉBITo
Lado esquerdo I Lado direito
_.t ,~
_ _ _r _ "

PARA MEMORIZAR: (Regra gerai) ~

As contas do Ativo aumentam de saldo quando debitadas e diminuem de saldo


quando creditadas.
As contas do Passivo e do P.L. aumentam de saldo quando creditadas e
diminuem de saldo quando debitadas.
As Receitas são creditadas.
As Despesas são debitadas ..

Graficamente teríamos:

--'

05 -j
CONTAS DO ATIVO CONTAS DO PASSIVO E PL
Aumentam de Diminuem de Diminuem de Aumentam de
saldo quando saldo quando saldo quando saldo quando
debitadas creditadas debitadas creditadas

DESPESAS RECEITAS
debitadas
+
Exemplo1: .
1 I creditadas
+'

. Suponha que a conta caixa registre as seguintes operações:


1 - Recebimento de clientes: 10.000
2 - Pagamento a fornecedores: 3.000
3 - Pagamento de despesas gerais: 5.000
Graficamente teríamos:
CAIXA .
(1) lQ.OOO I 3000 (2)
5000 (3)

2000
Observações:
../ A conta caixa é do ativo que aümenta de' saldo.quando debitada (entrada de
dinheiro) e diminui de saldo quando creditada (saída de dinheiro) .

./ O saldo final da conta caixa é de 2:000 devedor: Veja que a conta caixa não
poderia ter saldo credor. Se houvesse uma 43 operação de pagamento de um valor
superior a 2000, o caixa não poderia desembolsar.

Exemplo 2: Suponha que a contá fornecedores sofra as seguintes movimentações:


1 - Compra de mercadoria a prazo. Valor: 10.000 ( 10 duplicatas.no,valor de
R$ 1000 cada) . .
2 - Pagamento de duplicatas. Valor: 4000 ...
3 - Pagamento de duplicata's ·com juros - valor dos títuloS:- 5.000, Jmos
. Passivos: 10%
Graficamente:

Fornecedores

FORNECEDORES
(2) 4.000 I 10.000 (1)
(3) 5.000
.~
1.000

OBSERVAÇÕES:

../ . A conta Fornecedores é do Passivo que aumenta de saldo quando creditada e


diminui de saldo quando debitada.

06


./ o saldo final da conta Fornecedores é de 1000 credor. Os juros não são
registrados lia conta fornecedores, pois esta conta é movimentada pelo valor
nominal dos títulos .
./ Observe que a conta Fornecedores não pode ter saldo devedor já que o máximo
que a empresa poderia pagar é mais uma duplicata e não duas, pois não
existem duas duplicatas

As contas do Ativo têm natureza devedora


As contas do Passivo têm natureza credora

As exceções à regra acima serão vistas no momento oportuno.

10 - Método das Partidas Dobradas -'

O Método das Partidas dobradas preceitua que a todo débito corresponde um crédito
de igual valor. Se observarmos aparte correspondente aos balanços sucessivos
-notamos que a cada operação efetuada movimentamos no mínimó·dois elementos.
patrimoniais.

Podemos entender isso se observarmos a equação fundamental do patrimônio:


Ativo Pássivo + PL (A = P + PL)

Se há um aumento no total do ativo, para que o equilíbrio se mantenha, deve,


necessariamente, corresponder a um aumento do Passivo ou do P.L (ou dos dois)

11 - Lanç~mentos

O Lançamento é á descrição de um fato contábil.


De uma forma simplificada o lançamento é feito da" seguinte forma:

Conta Debitada, Aplicação


ou
a Conta Creditada .......... valor a Origem ........................ valor

Atenção:
Os elementos essenciais de um lançamento são:
Data
Conta Debitada
Conta Creditada
Histórico
Valor

As aplicações de recursos são debitadas e as origens, creditadas.

Para se fazer um lançamento, devemos seguir quatro etapas:


1a etapa - Identificar as contas envolvidas
28 etapa - Identificar: em que grupo serão classificadas as contas (Ativo,
Passivo, PL, Receitas ou Despesas)

07

J

3 8 etapa - Verificar o que .ocorre c.om o sald.o de cada conta (se aumentará ou
diminuirá)
"­ 4 a etapa<- Efetuar .o lànçamento: Conta Debitada
a Conta Creditada

Exemplo 1:
C.ontabilizar a seguinte operação: compra de mercad.oria à vista n.o valor de R$ 500
,- 1a Etapa: C.ontasenv.olvidas: Mercadoria e Caixa
2ft Etapa: Grup.os: Mercadoria (Ativ-õJ . "«_... ~_.,.-
Caixa (Ativo)
r 3ft Etapa: Mercad.oria: aumentará de saldo pois é conta do ativo. Logo será
/- debitada
r Caixa: diminuirá de saldo (conta do ativ.o ) . Logo será creditada.
4 a Etapa: Lançament.o: Mercad.oria
a Caixa ................ 500

r Exemplo 2:
/_.

C.ontabilizar a seguinte .operaçã.o: Pagamentb de duplicatas valor: R$ 400


10 - C.ontas env.olvidas : Forneced.ores e Banco
2° - Grup.os: Fornecedores (Passiv.o)
Banco (Ativo)
3 ~ F.ornecedores: diminui de sald.o, l.ogo será debitada (c.ontas d.o Passiv.o são
0

debitadas quando diminuem de saldo).


Banc.o: diminui de sald.o, log.o será creditada.«contas d.o Ativ.o: sã.o creditadas
("
quando diminuem de sald.o)
4° - Lançament.o: Forneced.ores
a Banc.o ....................... 400
r
12 - Contas Patrimoniais e Contas de Resultado
Contas patrimoniais: Sã.o aquelas que representam bens, direit.o.s e .obrigações de
~a~ti~&. .

r
Contas dé/ResuItado (ou reditnais): São aquelas que representam aument.os .ou
diminuiçã.o da situaçã.o líquida.

As contasderesultad.o sã.o as receitas (que aumentam .o P.L.) e as despesas e custos


(que diminuem oP.L.) ,
As c.ontas (leresultado nã.o aparecem n.o balanç.o patrim.onial e serão criadas sempre
que h.ouver variaçã.o n.o LIP Acumulad.o (exceções serã.o vistas n.o m.oment.o
.op.ortuno) <'...­
A diferença entre as receitas e despesas fornecerá o lucr.o .ou prejuíz.o d.o exercício
,~ que será transportado ao LIP Acumulad.o.
As contas de resultado são encerradas ao final do período e transportadas a.o ARE
(Apuração d.o Resultad.o), que nos fornecerá o LIP do Exercíci.o.

08
..../
13 - Conceito de Resultado Bruto e Resultado Líquido
Resultado Bruto (Lucro ou Prejuízo Bruto) é o resultado (lucro ou prejuízo) que a ...J

entidade obtém com o seu objeto.


~'

Exemplo:
Suponha que uma empresa quecomercializa material de escritório obtém, durante _./

um determinado período, um lucro de R$10.000 como seu objeto (compra e venda


de material de escritório). Durante o mesmo período a empresa compra e vende um
automóvel obtendo um lucro de R$ 2.000 com a venda.
Calcular o Lucro Bruto e o LUCfO Líquido.

Resolução:

o Lucro Bruto é o lucro com O objeto, isto é, R$ 10.000. ../.

o Lucro Líquido é o resultado"da conta ARE; isto é, são consideradas todas as


.......'
receitas e despesas independentemente do objeto. No caso, o Lucro Líquido é -de R$
12.000.
../'
,

Veremos com mais detalhes lucro bruto e lucro liquido quandQ explicarmos a DRE ,
-,'
ExeréÍcio
Contabilizar as operações abaixo de uma empresa que comercializa eletrodomésticos -.-/

1 - Integralização do Capital Social em dinheiro 10.000] ...J

:2 - Compra de mercadoria, a prazo 4000·


, ..
~.

3 - Pagamento de despesas gerã1s. 1000;


4 - Venda de mercadoria à vista. Preço de venda 3.000 !
CMV 1000
5 - Pagamento de despesas de limpeza 300 .../

6 - Venda de mercadoria à prazo Valor da venda 4000


CMV 2000
7 - Pagamento de parte das duplicatas 2000
8 - Recebimento de duplicatas Valor do título 2000
Desc. Concedido 500
9 - Pagamento de duplicatas com juros Valor do título 1000
Juros passivos 200
10 - Prestação de serviços'de consUltória 1000

._/

.../

~'

09
CONTAS
NATUREZA SALDO D/C I
ENVOLVIDAS
1 Capital Social PL Aumenta C
Caixa Ativo Aumenta D
2 Mercadoria Ativo Aumenta IJ
Fornecedores Passivo Aumenta C
3 Despesas gerais despesa Aumenta D i

Caixa . Ativo .... Diminui C


4 Caixa Ativo Aumenta D
Vendas Receita Aumenta C
CMV Custo Aumenta D
Mercadorias Ativo Diminui C
5 Despesa de limpeza Despesa Aumenta D
Caixa Ativo Diminui C
6 Clientes Ativo Aumenta D
Vendas' Receita ... Aumenta C
CMV custo Aumenta 'D
Mercadoria Ativo Diminui C
7 Fornecedores Passivo Diminui D
Caixa Ativo· Diminui C
8 Caixa Ativo Aumenta D
Desconto concedido Despesa Aumenta D
.Clientes Ativo Diminui C
9 Fornecedores Passivo Diminui D
Juros passivos Despesa Aumenta D
Caixa Ativo Diminui C
10 Caixa Ativo Aumenta D
Receita de serviços Receita Aumenta C

Lançamentos contábeis:
,,'

Caixa CMV
a Capital Social 10.000 (1) a Mercadoria 2000 (6.1)

Mercadoria Fornecedores
a Fornecedores 4000 (2) a Caixa 2000 (7)

Despesas Gerais Diversos


a Caixa 1000 (3) a Clientes 2000
Desc. Concedidos 500
Caixa caixa 1500 (8)
a Vendas 3000 (4)
Diversos
CMV a Caixa 1200
a Mercadoria 1000 (4.1) Fornecedores 10ÓO
Juros Passivos 200 (9)

10
?'
Despesas de Limpeza
a Caixa 300 (5) Caixa
a Receitas de Serviços 1.000 (10)
Clientes
a Vendas 4000 (6)
-/

.. /

Lançamentos de Encerramento (Apuração do Resultado):

Tran&ferência das Receitas para ARE:


Diversos ~

a ARE 8000
Vendas 7000
Receita de Serviços 1000 (11) ­

Transferência das Despesas para ARE :


, ARE ' 5000
a Diversos "

a despesa gerais 1000


a CMV 3000
a despesa de ,limpeza 300
a desconto· concedido 500
a juros passivos 200 (12)

Transferência do ARE pl LIP Acumulado


ARE
a< L. Ac. 3000 (13)
.J

OBSERVAçÕES:

../ Lançamento 11:0 8 é qonstituído de uma origem (clientes) e duas aplicações (caixa
e desconto concedido). "Diversos" significa que mais de uma conta 'está sendo
debitada (descontos concedidos e, caixa). Racioeínio se~elhante para o
.j

lançamento n !l 9 .
../ Observe que em todos os lançamentos em que houve alteração do PL (gerando
lucro ou prejuízo) foram abertas contas de resultado.

~.

<<.RAZONETES

CAIXA CAPlTAL SOCIAL MERCADORIA


(1 ) 10.000 1.000 ( 3 ) I10.000 (1) ( 2 ) 4000 j1.000( 4.1)
( 4 ) 3.000 300 ( 5 ) 2000 (6.1
( 8 ) 1.500 2.000 ( 7 ) 1000 .I
10 1000 1.200 9)
11.000

11

~
FORNECEDORES DESPESAS GERAIS VENDAS CMV
(7)2.000 I 4.000(2) (3)1.000 11.000(12) 3.000(4) (4.1)1.00
O
(9)1.000 4.000(6) (6.1)2.00
O
1.000 (11)7.000 I 7.000 3.00013.000(12)

DESPESAS DE LIMPEZA CLIENTES DESCONTO CONCEDIDO


(5) 30~! 300 (12) (6) 4000 I 2000 (8) (8) 500 I 500 (12)
2000

JUROS PASSIVOS RECEITA DE SERVIÇOS


(9) 200 I 200 (12) (l1) 1000 t 1000 (10)

Lucros ou Prejuízos
ARE Acumulados ~
(12) 5000 8000 (11) -----"---"'-= 'l
3000 (13)
(13)3000 3000
Saldo Devedor = Prejuízo
Saldo Credor = Lucro
BALANÇO PATRIMONIAL
.- ._~ ..

ATIVO PASSIVO
Caixa 11.000 Passivo Exigível
Mercadoria 1.000 F omecedores "1.000
Clientes . .­ 2.000 PL
/'

Capital Social 10.000
L I P (lQ.llÍlUlados 3".000
i TOTAL 14.000 TOTAL 14.000 I

o Lucro Líquido do exercicio é de R$ 3.000 que é o resultado do ARR


o Lucro Bruto é o lucro obtido somente com o objeto (compra e venda de
eletrodomésticos). RCM == Resultado com Mercadorias. Quando a Venda e
maior do que o Custo das Vendas, teremos Lucro Bruto ou RCM
No caso LB = V CMV = 7000 3000 4000

Despesas gerais e despesas de limpeza não têm relação com o objeto. O desconto
concedido foi dado em função do pagamento antecipado do título (não tem relação
com o objeto).

Os juros foram cobrados porque os títulos foram pagos com atraso.

A receita de serviços não entra na deter:rninação do lucro bruto porque a empresa


considerada não é prestadora de serviços.

12
14 - Balancete de Verificação

Relatório que descrimina as contas e seus respectivos saldos. ~'

No caso do exercício anterior o balancete ficaria:

SALDOS
Contas, devedores Credores
Caixa 11.000
Capo Social I 10.000
Mercadoria 1000
Fornecedores I 1000
Despesas Gérais 1000
Vendas I 7000
CMV 3000
Despesas de limpeza 300
'Clientes 2000
Descontos 500
Concedidos
Juros Passivos 200 -./

Receita de servi os 1000


TOTAL c 19.000 19.000

o balancete acima tem a finalidade de demonstrar o valor de cada conta e verificar a


igualdade entre os saldos.
O balancete patrimonial, em que não aparecem as contas. de resultado, ficaria:

SALDOS
Contas Devedores Credores
caixa 11.000
mercadoria 1.000
clientes 2.oõ6
F omecedores . 1.000 ./

Capo social 10.000


LIP Ac I 3.000 ~"

i TOTAL i 14.000 I 14.000 ~"

13
,/

,~

Contabilidade - Exercícios de Fixação 1


1) Se o ativo e o capital de uma empresa importam em R$30.000 e R$20.000
respectivamente, e ela não apresenta outro desdobramento do patrimônio líquido, a
expressão monetária do passivo é:
ê a) 50.000 d) 20.000
® 10.000 e) 6.000
c) 30.000
,/-
2) Se o ativo e o passivo de uma empresa importam em R$50.000 e R$20.000
respectivamente, a expressão monetária do patrimônio líquido é:

a) 70.000 @30~OOO .
b) 10.000 d) 20.000
r
3) Uma das maneiras·qe apresentar a equação fundamental do patrimônio é:

~ A.tivo + Passivo = Patrimônio líquido


('
(Q) Ativo = Passivo -+ Patrimônio liquidá
c) Ãtivo + Passivo líquido positivo = Passivo
f-­ d) Ativo + Patrimônio líquido = O

4} Uma entidade que possua bens e direitos, mas não responda por dívidas encontra-se na
ê
situação de ter:

-. ® Passivo nu10 e.patrimônio líquido Ativo


:=

b) Passivo nulo e patrimônio líquido menor que o ativo


c} Passivo nulo e patrimônio líquido maior que o ativo
d) Ativo nu10 e patrimônio líquido = Passivo
-
5) Uma empresa que possua equipamentos no valor dá25Q..OOO, um patrimônio liquido.,de
950.000 no qual estão c~ntidos 150.000 de. lucros acumulados: tem um capital de:

a} 1.100.000 e outros componentes do ativo somando 850.000


b) 950.000 e outros componentes do ativo somando 550.000
@ 80'0.000 e outros componentes do ativo somando 700.000
d) 700.000 e outros componentes do ativo somando 450.000

6) Se o capital subscrito de uma empresa é de 200.000, e o capital a integralizar de 60.000,


o capital integralizado e o capital nominal serão, respectivamente:
a) 140.000 e 60.000 c) 120.000 e 60.000
)€ 140.000 e 200.000 d) 120.000 e 40.000

7) Se o ativo de uma empresa é de 50.000 e o patrimônio líquido de 20.000, o valor do


passivo será:

,~

14
\ª>30.000 c) 50.000
b) 40.000 d) 60.000

8) Considere as seguintes contas:

Caixa 50.000
Mercadorias 20.000
Máquinas 30.000
Terrenos 20.000
Contas a pagar 20.000
Financiamentos 15.000 rf~.YJ I iJN.,(/J,;f:;.w
/'
Fornecedores 25;000
Lucro acumlJlado 20.000

Com base nas contas acima, o valor do capital social será:..

a) 10.000 c) 30.000
b) 20.000 ,@)40.000

9) Se uma empresa adquire a prazo 1.300 unidades de merbadorias por R$32.500 e vende à
vista 750 unidades dessa mesma ·mercadoria por R$26.500, o valor do saldo da cçnta
mercadorias será:

a) 12.000 c) 14.300 -"


@ 13.750 d) 15.000

10) Uma empresa que possua equipamentos no valor de R$800.000, dinheiro em cofre no
valor de R$50.000, bens de venda no valor de R$650.000 e tenha obrigações com
fornecedores que somam R$500.000, o valor do patrimônio líquido será:

.@ 1.000.000 c) 1.400.000
/" b) 1.200.000 d) 1.60Q.OOO

11) A empresa. Ypsilon adquiriu uma mesa por R$35.000, em p]ano de financiamento 1 +
4, ou seja, uma entrada em dinheiro mais quatro prestações mensais, todas as párcelas de
igual valor. Ao contabilizar essa compra, o patrimônio da empresa Ypsilon sofreu a
seguinte alteração:

!2 Diminuiu o'ativo em R$7.000


WAumentou o ativo em R$28.000
/' c) Aumentou o passivo em R$35.000
d) Aumentou o ativo em R$35.000
e) Aumentaram o ativo e 'o passivo em R$35.000

12) Aumentam os saldos das contas do Patrimônio líquido, ativo e passivo, os lançamentos
nelas efetuados que representem. pela ordem:

15

,.­
~ ,

~ crédito, débito, crédito. d) débito, crédito, débito. '


b) débito, débito, crédito. e) crédito, crédito, crédito.
c) crédito, crédito, débito.
-..I

13) Considere os dados a seguir: ~.

0l/02/04-Compra, à vista, de mercadorias no valor de R$120.000.


01l02/04-Pagámento, com 10% de desconto, de duplicata no valor de R$200.000, conforme
cheque emitido contra o Banco do Brasil.
01l02/04-Pagamento da folha do pessoal, de janeiro, no valor de R$80.000, em moeda
corrente. '
01l02/04-Vendas à vista no total de R$300.000
01102/04-Vendas a prazo no total de R$700.000
02l02/04-Saldo inici~I de R$200.000 .

O saldo inicial da conta caix~, em 01102/04, era dé'(R$):

a) zero d) 200.000
b) 20.000 e) 280.000
j!JIOO.OOO ~'

...... 14) Certa empresa adquiriu uma máquliul pai '40.000. Pagou em moeda corrente 50 % da
compra, com 5% de desconto e aceitou uma duplicata pela dívida dos, outros 50%. Com
esta operação pode-se afirmar que oATIVO da empresa: .

a) Aumentou em 40.000 d) Diminuiu em 21.000


b) Diminuiu em 19.000 JiJ Aumentou em 21.000
c) Aumentou em 19.000

15) Lançàmentos (so contas e valores):

I - Comissão sobre vendas


a Bancos conta Movimento..... .......... 500,00
Il - Bancos conta Movimento
a Duplicatas a receber ....................... 800,00
III - Bancos conta Movimento
a Receita de aluguéis de equipamentos..... 60,00
IV - Obrigações Fiscais
a Bancos conta Movimento........... . 200,00
V - Bancos conta Movimento
a Fundo de comércio adquirido ..... 5.000,00
-.-/'
Os lançamentos acima não se referem a estornos, retificações, transferências,
complementações ou vendas de direitos.
Assim sendo está ERRADO em função da natureza e finalidade, o registro contábil de
número: '

16
~~

a) I d) IV
b) II rjJV
c) I1I

16) Considerando todos os históricos corretos, observe os lançamentos e assinale aquele


. que está errado. .

~- Mercadorias
a Duplicatas a receber................................................. 10.000
VaJor referente~ de 100 unidades do bem X ao custo unitário de R$I00 com
aceite de duplicatas.
b - Duplicatas a pagar
a Caixa...................................................................... ·10.000
Para pagamento da duplicata 1345 vencimento na data.
c - Banco c/mov.
a Caixa......................................................................... l 0.000
Valor depositado n/conta n/data
d - Impostos e taxas
a Banco c/mov .................. ~..................................... 10.000
Valor referente ao imposto predial pg. na data
e - Caixa

a clientes .................................................................... 10.000
Valor referente ao recebimento de José Bento confonne ~cheque 137.945 para

quitação do seu d é b i t o . "

17) O pagamento de uma dívida, na data de seu vencimento, é uma operação que:

(;ff. DiminuI o Ativo e o Passivo.


/c) Diminui o Passivo e o Patrimônio Líquido.
d) Diminui o Passivo e o Patrimônio Líquido·.
e) Diminui o Ativo, o Passivo e aumenta o Patrimônio 'Líquido.

18) A riqueza líquida de uma empresa é medida pejo: .

,~' a) Ativo total. ~ Patrimônio Líquido


b) Bens e direitos. e) Ativo circulante menos Passivo Circulante.
c) Patrimônio global.

19) O que indica o correto funcionamento do mecanismo do "débito" e do "ct:édito", nas


contas do Patrimônio líquido é:

a) Tudo que "entra" debita e, tudo que "sai" credita.


b) As contas do Patrimônio líquido não podem ser debitadas.
c) Os prejuízos são registrados por créditos e os lucros por débitos.
~ Os aumentos são registrados por créditos e as diminuições por débitos.
e) Os aumentos são. registrados por débitos e as diminuições por crédito.

17
--'o

...-/,

20)

Opatrimõnio inicial de uma empresa era constituído da seguinte forma:

Ativo Caixa..................................... :....................... R$ 300.000


Passivo Contas a pagar, ............... ~ ............................. R$ 75.000
Patrimônio líquido - Capital inicial.. .............................. ~ .............. R$ 225.000
No decorrer do primeiro exercício de atividades, foram realizadas as seguintes ~.

operações:

a - compra de Equipamentos para uso, a prazo = R$ 30.000.


b - compra de Mercadorias, à vista = R$ 200.000.
c - venda de Mercadorias, a dinheiro = R$ 150.000, c/lucro de R$ 45.000".
d - pagamento de Fornecedores = R$ 25.000.
e'" pagamentos de despesas gerais, a dinheiro = R$ 25.000.

A nova situação do Balanço.patrimonial é: .


a) o Ativo diminuiu de R$ 265.000, o Passivo reduziu-se para R$ 70])00 e o Patrimônio
líquido aumentou para R$ 270.QOO.
b) o Ativo aumentou para R$ 580;000, o Passivo para.R$ 105.000 eo Patrimônio líquido
diminuiu para R$ 180.000. . . . .
~ o Ativo aument~u para R$ 325.000, o Passivo para R$ 80.000 e o Patrimônio líquido ~'

/ " para R$ 245.000. . '.


d) o Ativo diminuiu para R$ 250.000, o Passivo para R$ 25.000 e o Patrimônio líquido para
R$ 200.000.
e) nenhum dos valores indicados.
. . ... ./

21) A compra de um veículo por R$ 8.000,00 sendo 50% de entrada e o restante em 10


prestações, aumenta:

a) R$ 8.000,00 o Ativo e R$ 8.000,00 o Passivo.


~ R$ 4.000,00 o Ativo e R$ 4.000,00 o Passivo.- .-/

c) R$ 8.000,00 o Ativo e R$ 4.000,00 o Passivo.


d) R$ 4.000,00 o Ativo e R$ 8.000,00 o Passivo.
e) R$ 4.000,00 o Ativo.e R$ 12.000,00 o Passivo.

22) s;critura2ão, Atos Administrativos, Demonstrações Contábe~, Auditoria, ~nálise de


Balan~ Mecanismo de Débito e Crédito, equação fundamental de patrimônio, Princípíos
Contábeis.
Indique quantas técnicas contábeis constam nos itens acima:

a) uma (5i( quatro


b) duas ?;)cinco
c) três

18
I I

,~~~

CAPÍTuLon

CONTEUDO

• TEORIA DE-CONTAS /

• LIVROS DE ESCRITURAÇÃO

• FÓRMULAS DE LANÇAMENTOS/

• ERROS DE ESCRITURAÇÃO ETIPOS DE CORREÇÃO

• FATOSCONTÁBEIS.-(
/
• BALANÇO PATRIMONIAL

':~
.:'
.""
/-­
1

--.:
~'

,/

1- Teoria Das Contas


Podemos destacar as seguintes teorias:

• Personalista
• Materialista
• Patrimonialista

1.1- Teoria Personalista

Por esta teoría, as contas são representadas por pessoas que mantêm relações com a
entidade ou empresa.
De acordo com esta teoria, as contas classificam-se em :

• Contas dos proprietários


Contas representativas das relações entre a empresa e seus proprietários
(aCionista ou titular).
"fazem parte deste grupo as contas do P.L. e as responsáveis por sua variação
(receitas e despesas).

• Contas dos Agentes Consignatários


Contas representativas das relações entre a empresa e seus subordinados.
Geralmente são os bens da empresa.
EXEMPLO: Caixa, Mercadoria, e Utensílios, Terrenos, Imóveis, etc ..

• Contas dos Agentes correspondentes -;­


Representativas das relações entre a empresa e seus não subordinados.
Geralmente são os direitos e obrig~ções da entidade para com terceiros.
EXEMPLO: Clientes e Fornecedores.

1.2 - Teoria Materialista

Por esta teoria, as contas são representadas"por valores materiais. Classificam-se em:

• Contas integrais ou elementares


Representativas dos bens direitos e obrigações, isto é, Ativo e Passivo Exigível
(estão excluídas as contas do P.L.).

• Contas Diferenciais ou Derivadas


São as contas do P.L. e as responsáveis por sua variação, isto é , re~eitas e
despesas. ~'

1.3 - Teoria Patrimonialista

/ Separa as contas representativas do aspecto estático das contas representativas' do


aspecto dinâmico do patrimônio.
Por esta teoria, as contas classificam-se em:

~.

:/
.A • Contas Patrimoniais: Representativas do aspecto estático do patrimônio. São
as contas do Ativo, Passivo e P.L.

/­ CoJilas de Resultado: Representativas do aspecto dinâmico do patrimônio,


isto é, as receitas e despesas.

o
relatório contábil qu~ representa o aspecto estático do patrimônio é o
Balanço Patrimonial e o aspecto dinâmico é representado, por excelência, pela
Demonstração do Resultado do Exercício (i::)J~.E):-' .

2 - Livros de Escrituração
2.1 - Livro Diário

.Q DIÁRIO é um livro obrigatório, cronológ~ e fundam~I.1!a1. :roda a escrituração


(lançamentos) é feita no diário e devido a- sua importância deve obedecer
formalidades extrínsecas e inUinsecas. . .'
As formalidades extrínsecas .dizem respeito à apresentação material do livro e as
Q:>rmalidades .intrínsecas diz~~e~peito ao conteúdo (lançamentos).

2.1.1- Form~lidades{Extrinseca~ do Diário'


/' .

a) Ser encadernado .
b) Ter suas folhas numeradas mecanicamente / '
c) Ser registrado no órgão competente (junta comercial ou cartório de registro
civil).?' •
d) Conter termos de abertura e de encerramento devidamente preenchidos e
autenticados . . / '
-r­ ... e) Estar rubricado em todas as páginas por funcionários da junta comercial ou
cartório. / '

2.1.2 - Formalidades1!ntrínsecasldo Diário


/"~-

a) Utilização do idioma- e moeda corrente nacionais ,r­


b) Uso da linguagem merc,,:ntil /
c) Clareza nos lançamento v
d) Registros em ordem cronológica (dia, mês, ano) /
e) Ausência de espaços em branco, entrelinhas, borrões, rasuras~ emendas e
F transporte para as margens. / .

» 2.2 - Livro Razão


/
~ Obrigatório,
sistemático ~.ft!!?damen~J.
O livro razão representa os razonetes ou contas T. Não é necessário autentic~io.

É um livro auxiliar ao diário que nos permite visualizar facilmente os elementos


patrimonia,is, as. movimentações ocorridas em cada um dos elementos e o saldo de
cada conta. O diário não nos dá isso de imediato.

3
_/

o livro Razão é obrigatório para fins fiscais devido a Lei 8.218/91 (mas não é
obrigatório pelas leis comerciais)

Observações:

-/ Admite-se uso de códigos e/ou abreviaturas aos históricos dos lançamentos


desde que constem em elenco identificador no "Diário".

-/ A escrituração e emlssao das demonstrações contábeis são de ~<

responsabilidade exclusiva do contabilista.

-/ Balanço e demais demonstrações contábeis de encerramento de exercício


serão transcritos no "Diário".

-/ [O ".viário" e o "Razão" c~~tuem os registr~s perm~aneD:tesda entid~


-/ A escrituração do "Diáflo" pode ser feita por meio de partidas mensais ou
escrituração sintética desde que <haja escrituração analítica em registros
auxiliares.

-/ Livros sistemáticos são os que não <-consideram a ordçm cr-ºnológica dos


fatos. O livro razão considera os fatos coDIábelssepMados por conta.

2.3 -_Outros Livro.$

• Livro Caixa: Registra entrada e saída do caixa


• Livro Conta-Corrente: Registra direitos e obrigações da empresa com clientes e
fornecedores.
• Registro de Entradas: Caso a empresa emita duplicatas, é um livro obrigatório.
• Registro de Saídas
• Registro de Duplicatas
• Registro de Inventário '­
\l.r
~
• Etc .,,<'J't- /
2.4 - De acordo com ao artigo 100 da lei 6404/;;Companhialdeve tér, além dos livros
obrigatórios para qualquer comerciante, os seguintes, revestidos das mesmas
formalidades legais:
a) Registro de Ações Nominativas .,/
b) Registro de Transferência de Ações Nominativas--­
c) Registro de Partes Beneficiárias e Transferência de Partes Beneficiárias/'
d) Atas das Assembléias Gerais-­
e) Presença de acionistas--­
f) Atas de reuniões do Conselho da Administrªç.ão'---­
g) Atas das Reuniões da Diretoria -­
h) Atªs e Pareceres do Conselho Fiscal,,_-,.-'

4
3 - Fórmulas de Lançamento

Existem quatro fórmulas para registrar os fatos contábeis~

3.1 - r Fórmula
É o lançamento constituído de uma conta debitada e uma conta creditada.

Exemplo I:
. Compra de mercadoria à vista. Valor: R$ 1000·
Mercadoria
a Caixa. ................. 1000

Exemplo 2:
Compra de mercadoria a prazo. Valor: R$ 1000
Mercadoria .
a.Fornecedores ........ 1000

Exemplo 3:
Pagamento de duplicatas. Valor: R$ 1000
Fornecedores
. a Caixa ..................... 1000

3.2 - 2a Fórmula
É o lançamento constituído de uma conta debitada e mais de uma conta creditada.

Exemplo 1:
Compra de veículo 50% à vista e 50% à prazo. Valor: R$ 20.000

Veículo ................ . 20.000


/": a Bancos ............... . 10.000
a Duplicata a Pagar ........... 10.000
ou
Veículo 20.000
a Diversos ............... .
a Banços .............. . 10.000
a Duplicata a Pagar ........... . 10.000

o uso da notação "diversos" é facultativo.


Exemplo 2:
Recebimento de duplicatas com juros

Valor do título: 1000 - Juros: 20 %

Caixa 1200
.~
a Diversos
a Duplicatas a Receber 1000
a Juros Ativos 200 ..

s
Exemplo 3: ---:

Pagamento de duplicatas com desconto.


Valor do título: 1000 - desconto obtido: 10%

Duplicatas a Pagar 1000


a Diversos
a Caixa 900
a Desconto Obtido 100

3.3 - 38 Fórmula

É o lançamento constituído de mais de uma conta debitada e uma conta creditada.

Exemplo 1:
Compra de veículo (Valor: 10.000) e mercadoria (Valor: 2000) à vista.

Mercadoria 2.000 DiversoS"..


Veículos 10.000 a Caixa 12.000
a Caixa 12,000 Mercadoria 2.000
Veículo 10.000

Exemplo 2:
Pagamento de duplicatas com juros.
-"
Valor da duplicata: 2000 - juros passivos: 200

Diversos
a Banco cf Movimento 2.200
Duplicatas a Pagar 2.000
Juros Passivos 200

3.4 - 48 Fórmula

É o lançamento constitufd.o de mais de uma ·conta debitada e m~is de uma conta


creditada.

Exemplo 1: compra de móveis e utensílios (Valor: R$ 500,00) e terreno (Valor: R$


4.500,00) 50 % à vista e 50 % à prazo

Móveis e Utensílios ............ 500 Diver.sos


Terrenos ........... 4500 a Diversos
a Banco ........... 2500 Móveis e Utensílios 500
a Duplicatas a Pagar ........... 2500 Terrenos 4500
a Banco 2500
a Duplicatas a Pagar 2500

É comum encontrar um lançamento de 4 a fórmula em dois oumáis lançamentos de


18 , 2a ou 38 fórmula. .

6 './
-/
A venda de mercadoria a prazo (visto anteriormente) foi feito por dois lançamentos
de 1a fórmula .

. " Clientes e CMV


a Vendas a Mercadoria

Este lançamento pode ser feito por um (1) lançamento de 411 fórmula.

Diversos
a Diversos
. Clientes
CMV
a Vendas
a Mercadoria

4 - Erros de ~scrituração e Tipos de Correç~o

o livro diário, como vimos anteriormente, não pode conter nenhum tipo de rasura ou
erro, porém, errar é humano e os erros podem aparecer de várias formas.

Os principais tipos de erro são:


~~

1 - Valor lançado a maior


2 - Valor lançado a menor
3 - Omissão de lançamento
4 - Erro na conta debitada ou creditada
5 - Erro no histórico
6 - Lançamento em duplicidade,
Para se corrigir estes erros utilizamos as seguintes técnicas:
/'

1 Lançamento de Estorno
2- Complementação
3- Ressalva
"~.
4- Retificação de Lançamento

EXEMPLOS DE CORREÇÃO:

1- Compra de mercadoria à vista. Valor: 1000


.
Lançamento feito: Veículos
a Caixa .......... ,... 1000

ERRO: Conta debitada deveria ser mercadoria.


CORREÇÃO: Estorno e lançamento correto.

a) Caixa
a Veículos ...... .... 1000

7
b) Mercadoria
a Caixa .............. 1000

Observe que poderíamos fazer um lançamento retificativo:


Mercadorias
a Veículos...... .... 1000

2 - Compra de mercadoria a prazo. Valor: 2000

Lançamento feito: Fornecedores


a Mercadoria .......... 2000

ERRO: As contas estão invertidas.


CORREÇÃO: Estorno e lançamento correto .

. '!-) Merc!,-doria
a Fornecedores ......... :.. 2000
..
b) Mercadoria
a Fornecedores .......... 2000

Correção com lançamento retificativo: Mercadoria


a Fornecedores ............. 4000
j

3 - Pagamento a fornecedores. Valor: 2000

Lançamento feito Fornecedores


a Caixa .... :............ 2500

ERRO: Valor lançado m.'ãior que o devido


CORREÇÃO: Estorno da diferença

Caixa
a Fornecedores ....... :.;. 500 .../

4 - Recebimento de duplicatas. Valor: 5000


Lançamento feito : Caixa,
a Clientes .......... 4500

ERRO: Valor lançado menor que o devido


CORREÇÃO: Complementar o valor

Caixa
a Clientes ........... 500

5 - Caso o erro seja no histórico, utiliza-se a palavra digo ou outra semelhante.

8
v'
EX. : Compra de uma máquina à vista. Valor: 5000

Máquina
a Caixa .......... 5000

Histórico: Compra a prazo, digo, à vista de máquina de acordo com a nota fiscal
1001.

5 - Fatos Contábeis
Inicialmente não devemos confundir atos administrativos e fatos administrativos.
Os atos administrativos são aqueles que, ocorridos, não provocam alterações ( pelo
menos de imediato) nas contas patrimoniais ou resultado .

EXEMPLO:
.• Transferência de funcionário para outro setor.
• Contratação de mão de 01>1=8.
• Datilografar uma carta
• Despedir um funcionário
• Etc

Os atos administrativos não interessam à contabilidade.

Os Fatos Administrativos são aqueles que . provocam alteração nas contas


patrimoniais ou de resultado. São chamados d.e fatos.contábeis.:.

Os fatos contábeis podem ser:


• Permutativos·
• Modificativos
• Mistos ou ~ompostos

5.1 - Fatos Permutativos

São aqueles que permutam elementos do patrimônio sem alterar o total do


patrimônio líquido .

Vamos considerar o seguinte balanço:


~.~------

ATIVO· PASSIVO
,,-'
Caixa 10.000 Pasdvf>.~xigivel
Fornecedores 3000
I
f
I PL
Capital Social 5000

~'IOTAL 10.000
L. Acumulado
TOTAL
2000
10.000

9
-'

Operação: compra de mercadoria 50% à vista e 50 % à prazo . Valor: R$ 2000

o balanço ficaria:
ATIVO PASSIVO
Caixa ·9.000 Passivo Exigível
Mercadoria 2.000 Fornecedores 4.000
PL
Capital Social 5.000
L. Acumulado 2.000
!TOTAL 11.000 TOTAL 11.000 ,

Observe que o fato ocorreu e o Patrimônio Líquido continua o mesmo (7000). O fato
é permutativo.

Lançamento efetuado: Mercadoria ........................ 2000


a Caixà .. ......... ................ ..... 1000
a Fornecedores .... :.............. 1000

Operação: Aumento de Capital Social através da incorporaçãoáe R$ 1000 do


Lucro Acumulado.

ATIVO PASSIVO I

Caixa 9.000 Passivo Exigível


Mercadorias 2.000 Fornecedores 4.ÔOO
PL
Capital Social 6.000
L. Acumulado 1.000
I TOTAL 11.000 TOTAL' 11.000

Apesar de movimentarmos contas do Patrimônio Líquido, o total d<f P .L. continua o


mesmo (7000).

O fato é permutátivo. Lançamentó-efetuado: Lucro Acumulado,


a Capital Social ................ 1000

Outros exemplos de fatos permutativos: Pagamento a fornecedores:


Fornecedores
a Caixa

Recebimento de clientes:
Caixa
a Clientes
etc.......

..-/

_/

10 /
5.2 - Fatos Modificativos

São aqueles que, ocorridos, provocam alteração no valor total do Patrimônio Líquido
aumentando-o (Modificativo aumentativo) ou. diminuindo-o (Modificativo
~diminutivo ).

Os fatos modificativos geralmente (mas não sempre) são decorrentes de operações


que envolvam receitas (aumentando o PL) ou despesas (diminuindo o PL).

Partindo do último balanço vamos supor:

Operação: Pagamento de despesas de limpeza. Valor: R$ 200

I
ATIVO PASSIVO
Caixa 8.800 Passivo Exigível
Mercadoria 2.000 Fornecedores 4.000
. PL
Çápital Social 6.000
L: Acumulado 800 '
I TOTAL 10.800 TOTAL -­ 10.800 J
F
Observe que a Conta Pãtrimonial· Caixa .diminuiu· de valor e o PL também
(modificativo diminutivo). Lançamento efetuado:

Despesa de Limpeza
a Caixa .........................................200

A despesa foi transferida ao ARE e daí para a conta Lucro Acumulado.

OPERAÇÃO: Recebimento de receita de aluguel. Valor: R$ 500

Caixa
ATIVO
9.300
PASSIVO·
Passivo Exigível .. 1
--l
Mercadoria 2.000 -Fornecedores 4.000 I
I
I
,PL­
I
Capital Social
L. Acumulado
6.000
1.300 I
ITOTAL 11.300 lTOTAL 11.300 !
O Patrimônio Líquido aumentou (de 6800 para 7300). O fato é modificativo
aumentativo.

Lançamento efetuado:

Caixa
a Receita- de Aluguel ... ~ .................... 500

11_
'--'

IMPORTANTE: A mruona dos lançamentos constituídos para fatos


modificativos envolve uma conta patrimonial e uma conta de resultado
(receitas ou despesas). Chamamos atenção que existem alguns casos em
que o lançamento envolve somente contas patrimoniais e são fatos
modificativos.

EXEMPLO: aumento do Capital Social com recursos dos Sócios ou


constituição da provisão para pagamento de dividendos (que será visto
posteriormente ).

Os lançamentos são:

1° Caso 2° Caso
Cáixa Lucros Acumulados
a Capo Social ....... valor a Provisão para Pago de Dividendos .....
valor _

Operação Aumento do Capital Social em dinheiro . Valor: 2000

ATIVO PASSIVO
Caixa .. 11.300 Passivo Exigível
Mercadoria 2.000 Fornecedores 4.000··
PL
Capital Social 8.000 '
L. Acumulado ·1.300
TOTAL 13.300 ITOTAL 13.300

Observe que houve o aumento do P.L. sem movimentação de contas de resultado. O


fato é modificativo aumentativo.

5.3 - Fatos Mistos ou Compostos


i

O fato niisto é formado pelo somatório do fato permutativo e modificativo. Além de ~.

permutar elementos do patrimônio, aumentam (fato misto aumentativo) ou


diminuem (fato misto diminutivo) o patrimônio líquido.

Os lançamentos constitutivos de fatos mistos são compostos por, pelo menos, duas
contas patrimoniais e, pelo menos, uma conta de resultados.

Os principais casos mistos são:

• Venda de bens / direitos com lucro ou prejuízo.


• Pagamento de títulos com juros ou descontos.
• Recebimento de. títulos com juros ou çiescontos.

12
Partindo do último balanço, vamos supor:

Operação: Pagamento de duplicatas com juros


Valor do título: 2000
Juros passivos: 300

ATIVO PASSIVO
Caixa 9.000 . Passivo Exigível
Mercadoria 2.000 "Fornecedói'es· -, 2.000
PL
Capital Social 8.000
L. Acumulado 1.000
TOTAL 11.000 ITOTAL 11.000 I

Ao mesmo te~po em que houve permuta entre caixa e fornecedores (fato


permutativo), houve uma diminuição do patrimônio líquido (fato modificativQ).
Assim, 0xo.rreu um fato misto diminutivo.
" Lançamento efetuado: Diver'sos
a Caixa ..................... 2.300
Fornecedores .......... 2.000
Juros Passivos ;....... 300

Operação: Venda de mercadoria à vista


Preço de venda: 1000
CMV: 500

ATIVO PASSIVO
Caixa 10.000 Passivo Exigível
Mercadoria 1.500 Fornecedores 2.000 I
PL.
Capital -Social 8.000
L. Acumulado 1.500
TOTAL 11.500 I TOTAL 11.500 I

A venda de mercadoria com lucro é um fato misto aumentativo. Observe que se a


venda fosse sem lucro (ou prejuízo) o fato seria permutativo pois não teríamos
alteração do PL (teríamos permuta entre caixà e mercadoria).

13
--J'

6 - Balanço Patrimonial
De acordo com a Lei 6404/16, no seu artigo 178. a estrutura do balanço será:

ATIVO PASSIVO
• Circulante • Circulante •

• Realizável a Longo Prazo • Exigível a Longo prazo


Permanente : • Resultado do Exercício Futuro
• Investimentos PL ",

• Imobilizado • Capital
• Diferido • Reservas -
• Lucro ou Prejuízo Acumulado

As contas do Ativo serão dispbstas em ordem decrescente de liquidez. Liquidez


significa a facilidade com que um bem ou direito se transforma em dinheiro. Assim, --~

_o dólar tem alta liquidez (se transforma rápido em dinheiro nacional) e um edifício
tem baixa liquidez. .

Do exposto, a conta caixa seria a primeira a figurar no balanço, em seguida bancos,


mercadorias, duplicatas, etc.

6.1 - Ativo Circulante

De acordo com a 6404/16 serão classificadas "no ativo circulante; as ­


disponibilidades, os direitos realizáveis no curso do exercício social subsequente e .
as aplicaçõe$ de recursos em despesas do exercício seguinte" .

ATENÇÃO: o conceito de direito dado pela lei 6404/16 é


muito amplo incluindo estoques.

EXERCíCIO SOCIAL é o período de tempo findo o qual as


empresas apuram seus, resultadas e . elaboram as
demonstrações financeiras.

De acordo com o art. 175, ó exercício social terá duração de um ano e a data do
término será fixada no estatuto.

Nà constituição da companhia e nos casos de alteração estatutária o exercício social


poderá ter duração diversa. O exercício social das empresas 'em geral coincide com o
ano calendário. .

Observe que a ,lei já define o que é curto prazo - direitos realizáveis no curso do
exercício social subseqüente.

E o que significa "direitos realizáveis"?

14
Já tivemos contato com a palavra realizar. Realizar Capital Social significa
integraliza-lo com bens ou dinheiro. Realizar mercadoria significa, por exemplo,
vende-la realizar uma duplicata a receber, significa recebê-la.

Assim, serão classificados no Ativo Circulante os elementos patrimoniais de alta


liquidez, realizáveis a curto prazo.

EXEMPLO:
Caixa, Bancos, Mercadorias, Material de Escritório, Clientes (a curto prazo) etc.

6.2 - Ativo Realizável a Longo Prazo

Neste grupo serão classificados:

"os direitos realizáveis após o término do exerClClO seguinte, assim como. os


derivados de vendas, adiantamento ou empréstimos a sociedades coligadas óu
controladas, .diretores, acionistas ou participantes no lucro da companhia que não
constituírem negóCios usuais na exploração do objeto da companhia".

Assim, uma duplicata a receber com :vencimento antes do fmal do exercíCIO


seguinte, será classificada no ativo circulante. Se vencer depois do final do exercício
seguinte, será classificada no ativo realizável a longo prazo.

De acordo coma lei, no ativo realizável a longo prazo, não serão classificados
apenas os elementos patrimoniais vencÍveis após o ténÍlino do exercício seguinte,
mas também, empréstimos a diretores, á controladas e coligadas. independente do
prazo de realizaçAo (desde que o empréstimo não constitua negócio usual na
exploração do objeto da companhia).

:As~iD1, se um diretor pedir emprestado à elA uma determinadá quantia para ser. paga
dentro de três meses por exemplo, o empréstimo será c1assifica~o no ativo realizável
a longo prazo.

<~

6.3 - Ciclo Operacional

Ciclo operacional é o período de tempo decorrido entre a compra de uma mercadoria


F ou matéria prima (para empresas industriais)'até o momento do recebimento de sua
venda. A maior parte das empresas tem o ciclo operacional menor que um ano mas a.
maior parte delas tem adotado o exercício social como este período do tempo.

As empresas com ciclo operacional diferente do exerClClO social são poucas~


Exemplo: Empresas navais, construtoras (de prédios) , etc.

De acordo com a lei (6404/76), no artigo 179, "na companhia em que o ciclo
operacional da empresa tiver duração maior que o exercício social, a classificação
no circulante ou longo prazo terá por base o prazo deste ciclo".

lS
6.4 - Ativo Permanente

Neste grupo serão classificados os bens e direitos pertencentes à entidade e que esta
tem a intenção de mantê~los. Também serão classificadas (no Ativo Permanente) as
despesas quê contribuirão para a' formação de mais de um exercício social (Ativo
Permanente Diferido). Este grupo é dividido em três: Investimentos, Imobilizado e
Diferido.

6.5 - Ativo Permanente - Investimentos

Serão classificados em' investimentos "as participações permanentes em outras


sociedades e os direitos de qualquer natureza não classificáveis no ativo circulante e
que não se destinem à manutenção da atividade da compannia ou da empresa" .

Verifica ­ se· pelo exposto que se uma empresa adquire ações de outras empresas ... _/

com intenção de- permanecer çQm elas, estas serão classificadas em Investimentos.

Naturalmente se estas ações forem adquiridas com a intenção de reven.àa, serão


classificadas no ativo circulante. <ou realizável a longo praz.ç). .' '.

Dependendo da quantidade de ações que esta empresa possúi, pode haver coligação
ou controle da outracompaD.hia~ Este tipo de investimento pode ser avaliado pelo
método de custo ou pela Equivalência Patrimonial y assuntos que não serão tratados
aqUI.
.."
Os outros elementos patrimoniais classificados em investimentos, são os que não se
destinam à manutenção da atividade da companhia.

Assim, se uma empresa cujo objeto é a compra l! venda de computadores, adquirir


uma obra de' arte (um quadro ou uma estátua) esta será classificada em investimentos
já que não tem nenhuma relação com o objeto da empresa.

6.6 ­ Ativo Pe~anente - Imobilizado


,
Serão classificados no ativo imobilizado os direitos que tenham por objeto' bens
destinados à manutenção das atividades da comparlhia e da empresa, ou exercidos
com essa finalidade, inclusive os de propriedade
, industrial ou comercial.

Pela definição fica. subentendido que neste grupo de contas serão classificados os
bens com as seguintes características:

1 - A empresa tenha intenção de permanecer com eles (pela própria definição


de Ativo Permanente)'
2 Destinados ao funcionamento normal da sociedade.

Os bens classificados no imobilizado podem ser tangíveis ou intangíveis.

Os bens tangíveis são os que têm um corpo fisico.

16
EXEMPLOS: Móveis e Utensílios, veículos, terrenos, etc.

Os bens intangíveis são os bens que não tem um corpo físico. São os bens de
propriedade industrial ou comercial.
Exemplos: Marcas, Patentes, Direitos Autorais, etc.

Vamos supor que uma empresa tenha um edifício e as seguintes destinações para
este edifício.

1 - Utilizado pela administração da companhia.


O edifício será classificado no AP - Imobilizado já que se destina à manutenção
das atividades da companhia.

~ - Utilizado para renda (a empresa alugou o edifício).


Será classificado no A P - Investimentos, pois não se· destina à manutenção da
atividade da companhia. .

3 - É colocado à venda
Será classificado no Ativo Circulante (ou Realizável a Lon~o Prazo) .
.~
.'
4 - A companhia não definiu qual a sua destinação
Será classificado no AP - Investimentos. Depois de definida a sua destinação o
edifício será reclassificado.

Outras contas classificadas no Ativo Imobilizado:


Terrenos . .
De propriedade da empresa e utilizado nas atividades da companhia (sob o
terreno está a fábrica, os escritórios etc.).
Máquinas e aparelhos, Móveis e Utensílios, In~talações.
Hardware e Software
Veiculos e ferramentas
Marcas, D'freitos e Patentes.,
Florestamen~o e Reflorestamento
Benfeitorias e. Propriedades Arrendadas (aluga!Ias)
Construções. em Andamento
Adiantamento para Inversões Fixas
Nesta conta são registrados os adiantamentos efetuados para entrega de bens do
imobilizado em um período futuro. Se a empresa adianta R$ 10,000 à outra empresa
para em 3 meses, por exemplo, lhe entregar uma máquina, esta' quantia será
registrada nesta conta do ativo imobilizado. .

Observação: Os grupos Ativo Diferido, Resultado de Exercícios Futuros e Reservas


serão explicados em parte específica.

6.7 - Passivo Exigível

De acordo com a lei 6.404/76:


"As obrigações da companhia, inclusive financiamentos para aquisição de direitos
do Ativo Permanente, serão classificados no Passivo Circulante, quando se

17
vencerem no exercício seguinte, e no Passivo Exigível a Longo Prazo, se tiverem
vencimento em prazo maior."
A diferença entre Passivo Circulante e Exigível a Longo Prazo é, simplesmente, a
data do vencimento da obrigação (é o mesmo princípio que separa o Ativo -"
Circulante o Ativo Realizável a Longo Prazo).
~
As principais contas do Passivo Exigível são: Fornecedores, Financiamento, Títulos
a Pagar, Obrigações Ficais, Impostos a Recolher, Salários a Pagar, etc ... '

6.8 - Patrimônio Líquido

As contas Capital e Lucro ou Prejuízo Acumulado já foram explicadas


anteriormente.
As reservas são parcelas do Patrimônio Líquido.

Existem três tipos de Reservas: Re~ervas de Capital, Reservas de Lucro e Reservas


de Reavaliação. Todas serão explicadas no momento oportuno.

EXEMPLO: Com os dados abaixo da CIA TRAMBIQUEIRA, elaborar o balanço


patrimonial.

Vendas 5000 Obras de arte 1000 1- -'


Aplicacão de Retorno Imediato 500 Valores mobiliários 600 r
Capital Social" 15000 Despesas de limpeza:­ ' .
300 r
Mercadorias 1000 Juros Ativos 300 r
Financiamentos 1500 Juros Passivos 150O"
ICMS a recolher 700 Banco cf movimento 300'
Salários 4000 Fornecedores (Vencível em 1998 ) 300'
Investimentos em outras Cias 5000 Fornecedores ( vencível em 1999 ) 1000 r
Clientes 1600 Imóveis . 4600 r
Lucro Acumulado 2000 Terrenos (para venda) 1200 r~
Reservas de Capital 1000 Encargos sociais 2000
ICMS a recuperar 800 Encargos sociais a Recolher 500
Luz e telefone 500 M6v.eis e utensílios 3400
Empréstimos a Coligados 800 Marcas e Patentes ... 1000 !
Empréstimos a diretores 200 Financiamentos (Lóngo prazo) 4000 r
Adiantamentos pl Inversões fixas" 1000 (

Inicialmente devemos identificar as contas de resultado e lança-las ao ARE e desta,


para LIP Acumulado.

ARE LIP Acumulado


(salários) 4000 5000(vendas) 3000 2000
(luz e tel) 500 300(Juros Ativos) 1000 1
(despesa limp) 300
(encargos soc.) 2000
(juros passivos) 1500
Saldo ..................3.000

~.

18
BALANÇO PATRIMONIAL

ATIVO PASSIVO
CIRCULANTE CIRCULANTE
Banco cf movimento 300 Financiamentos 1500
Aplic. de Ret. Imediato 500 ICMS a recolher 700
Valores Mobiliários 600 Fornecedores 300
Clientes . 1600 Enc. soe. a recolher 500
ICMS a recuperar. 800 TOTAL 3000
Mercadoria 1000 EXIGÍVEL A LONGO PRAZO
Terrenos
TOTAL

REALIZAVEL A LONGO
=f 1200
6000
Fornecedores
Financiamentos
---t---:-:--::-:­
1000
4000
5000

PRAZO
. Emp. a coligados 800 PATRIMONIO LÍQUIDO
Emp. a Diretores 200·· Capital Social . . 15000
TOTAL 1000 Reserva de capital 1000
LIP Acum. {1000}
PERMANENTE. TOTAL 15000
INVESTIMENTOS .
Invest. em outras Cias 5000
Obras de Arte 1000
-TOTAL
-_ __ _--_ -
............ •...... .........
6000

IMOBILIZADO
Adiant. de Inv. Fixas 1000
Imóveis 4600
Móveis e Utensílios ... 3400
Marcas e Patentes . 1000
TOTAL 10000
TOTAL. 23000 TOTAL , 23000

19
CONTABILIDADE GERAL ProfaMarcos Freire '---'

EXERcíCIO DE FIXA~O - FX-2

01 - Em 31.12.2006 a Cia.A1to Astral apresenta as seguintes contas com


os respectivos saldos:
Caixa $ 250
Dupls a Pagar $ 650
Lucros Acumulados $ 130
Aluguéis Passivos (despesas de aluguéis)$ 140
Comissões Ativas (receita de comissões) $ 30
Receita de Juros (juros ativos) $ 110
Impostos a Recolher $ 300
Veículos $ 900
CUsto das
. Mercadorias
. Vendidas $ 600
Receita de Vendas $ 900
Despesas de Juros (Juros Passivos) $ 130
-Clientes $ 360
Móveis & Utensilios $ 540
Capi:tal Social . $ 950
Imposbps Federais $ 200
Salários $ -450
Fornecedores $ 880
FGTS a Recolher $ 200
Com as informações acima listadas e considerando exclusivamente
esses dados, podemos afirmar que o valo~ do Patrimõnio'Líquido
em 31.12.06 é de:- ­

a) $ 1.080;
b) $ 710;
c) $ 800;
d) $ 910;
fJ$ 600.

02 - Da empresa Importadora e Exportadora de A1imentos foram extraí­


dos do Livro Razão os seguintes saldos: .'~.r

Caixa. $ 100
Capital Social .. $ 350
Empréstimos Obtidos $ 150
Bancós Ctª.Movimento $ 200
Lucros Acumulados $ 200
Fornecedores $ 100
Contas a Receber $ 100
Empréstimos Concedidos $ 100
Dividendos a Pagar $ 150
Duplicatas Emitidas $ 800
Nota Promissória Emitida $ 500
Adiantamentos de Clientes $ 200
Impostos a Pagar $ 50
Equipamentos $ 100
Clientes $ 450
Reserva Legal $ 100
Mercadorias $ 500
Nota Promissória Aceita $ 250
Patentes $ 200
Duplicatas Aceitas $ 1.000
-../

.~
uti1izando as informações acima, podemos afirmar que o va10r do
Ativo corresponde a:
a) $ 2.400
$ 2.600

~e)
$
$
$
.<
2.800
2.850
3.050·
03 - A Cia.F10r do Cerrado apresenta em seu Livro Razão as seguintes
contas com os respectivos saldos:

A1uguéis Passivos R$ 201


A1uguéis Ativos R$ 202
C1ientes R$ 203
Descontos Ativos (Descontos Obtidos) R$ 204
Descontos Passivos R$ 205
Despesas Diversas a Pagar R$ 206 "y.,:
Duplicatas a Pagar R$ 207
Duplicatas a Receber R$ 208
Nota Promissória Emitida R$ 209
Nota promissoria Aceita R$ 210
Fornecedorel;; R$ 211
_ Juros Recebidos Antecipadamente R$ 212
-Juros Pagos Antecipadamente R$ 213
-Receitas a Receber R$ 214
Uma c1assificação das contas acima, tendo por base a natureza dos
saldo, podemos afirmar que:

~ saldos credores R$ 1. 665.


saldos devedores R$ 1. 454.
c} saldos devedores R$ 1. 245.
d) saldos-credores R$ 1. 242.
e) valor do ativo R$ 1.160 o.

04 - A Comercia1 Asa Norte apresenta a seguinte relação de contas com


os sa1dos:

Adiantamentos a Fornecedores _ R$ 90
Adiantamentos de Clientes R$ 50
Ações de C01fgadas(Ações de Empresas) R$ 800
Amortização Acumulada - R$ 60
A1uguéis Passivos R$ 250
Caixa R$ 100
Clientes R$ 180
Capita1 Social R$ 2.50·0
Capita1 a Rea1izar R$ 350
Custo das Mercadorias Vendidas(CMV) R$ 900
Dup1icatas a Receber R$ 400
Duplicatas Descontadas R$ 220
Dup1icatas a Pagar R$ 290
Depreciação Acumulada R$ 110
Despesas c/Comissões (Ccmissrns Passivas) R$ 200
Fornecedores R$ 400
Impostos a Reco1her R$ 40
ICMS sobre Vendas R$ 340
Impostos e Taxas R$ 180
Juros Ativos R$ 130
Lucros Acumu1ados R$ 133
Mercadorias R$ 300
-./

Móveis & Utensi1ios R$ 1.000


Marcas & Patentes R$ 250
Provisão para Devedores Duvidosos R$ 17
Provisão para FGTS R$ 120
Reservas de Lucros R$ 130
Receita de Vendas R$ 1.800
Receita Financeira R$ 50
Sa1ários a Pagar R$ 200
Sa1ários R$ 300
Veícu10s R$ 800

Diante do exposto podemos afirmar que o va10r das contas que


possuem sa1dos devedores corresponde a:

a) R$ 3.515
b) R$
c) R$
R$
5.683
6.033
6.400
r;
JJ R$ 6.440
(.:J

05 - Entre as o~ções abaixo apresentadas, apenas uma éontém contas


que possuem sa1do$ devedores. assina1e-as:

a) Capital Social; Contas a Pagar; Empréstimos Bancários.e Caixa.


b} Impostos; Salários; Caixa; Juros Ativos e Fornecedores.
Clientes; Fornecedores; Caixa, Mercadorias e Imóveis.
 Impostos; ·Clientes; Juros Passivos, Caixa e Salários.
e) Veículos; Estoques: Impostos a Recolher, Provisão para Férias.

06 - Provoca aumento do Patrimônio Líquido:

a)
Pagamento de salários;
b)
Recebimentos de Duplicatas Emitidas
c)
Pagamento de Obrigações diversas;
Compra à Vista de Móveis & Utensilios;
d)
~ Recebimento de Comissões sobre Vendas.

07 - Ao fina1 do dia quando do fechamento-do Caixa, verificou-se que


no cofre havia R$ 300,00, enquanto o sa1do contábi1 da conta Cai­
xa era de R$ 400,00.
Justificou-se perante a direção da empresa, com a afirmação:

~
houve uma omissão de escrituração de venda no valor de R$ 100,00
uma Nota de Compra no valor de R$ 50,00, foi registrada como sen
do uma venda.
c) Qrn adiantamento a funcionário no valor de R$ 100,00 foi registra­
do em duplicidade. ­
d) um cheque emitido e sacado para suprimento de caixa no valor ....de
R$ 100,00, não foi registrado.
e} houve omissão do registro de compras no valor de R$ 50,00.

08 - Entre as formalidades do Livro Diário,destacamos as abaixo indica­


das, exceto:

a} termos de abertura e de encerramento,


b) autenticação na Junta Comercial (Registro)

Ai existência de emendas, rasuras e espaços em branco.


escrituração em ordem cronológica de dia, mês e ano.
e) páginas numeradas sequencialmente.
~.
09 Em uma feira agropecuária, a empresa Fazenda Zebú Gordo, adqui­
riu dois touros a R$ 50.000,00 cada, pagando através de um che
que correspondente a 20% e aceitando 5 duplicatas de igual va
lor com vencimento a cada 30 dias.
=
No dia seguinte a empresa vendeu um dos animais por R$ 60.000,00,
recebendo um cheque correspondente a 40% do valor, aceitando uma.
Nota.. Promissória para 90 dias. Considerando apenas as operações m
compra e venda sem nenhuma interferência tributária, podemos afir
mar que:

a) o ativo da empresa aumentou em R$ 100.000,00


b) o patrimônio Líquido da empresa aumentou em R$ 100.000,00
~
o ativo da empresa aumentou em R$ 90.000,00
o passivo da empresa aumentou em 50.000,00
e) o ativo diminuiu em R$ 50.000,00. .

10 -, Conforme a Teoria da Contabilidade, o método das partidas dobra­


'das é usado para efetuar os registros que envolvem o patrimônio
das entidades ,.de um modo geral. Sendo assim. ao efetuar-mos um dê
bito, pode ocorrer:

~ aumento em conta de ativo, ou redução em conta do patrimônio


liquido.
b) diminuição em conta de ativo ou aumento em conta do passivo.
c) aumento em conta do ativo ou aumento em conta do patrimônio li
guido.
d) -aumento'em ~0nta de despesa ou aumento em conta de passivo
e) redução em conta de patrimônio Líquido ou aumento em conta de
receita.

11 - Assinale a opção correta:

a) as contas de resultado aumentam seus saldos com lançamentos a


crédito. .
bj as contas de ativo apresentam sempre saldos credores.
c) a conta "Adiantamento de Sócios" caracteriza um di:r.~ito do pa-,
trimônio.
(QJ As contas --do ativo, e as contas de despesas aumentam seus sal­
~ dos quando são debitadas.
e)"são contas retificadoras do ativo as contas·provisão pará Deve
dores Duvidosos, Depreciação Acumulada e Provisão para 13Q Sa­
. lário.

12 - são contas exclusivamente que apresentam saldos credores:

9J
b)
Capital Social, Reserva Legal, Juros Ativos e Dividendos a Pa­
gar.
Salários a Pagar, Fornecedores, Títulos a Pagar e Caixa.
c) VeículOS, Salários, Dupllcatas a Receber e BcQ.Ctª.Movimento.
d) Lucros Acumulados, Fornecedores, Dividendos a RecebeL4 Clientes.
e) Prejuízos Acumulados, Capital Social, Salários e Comissôes Ati­
vaso
Contabilidade -- Exercícios de Fixação 2
1 - A empresa Alfa iniciou suas operações com capital de 3000. Fez as seguintes
operações:

Compra a prazo de mercadorias.......... 1000


Compra à vista de mercadorias.. ........ 1000
Compra de veículos à vista...............~ 500
Venda de mercadorias: custo 500 e preço de venda: 2000

A empresa Alfa:

a) Teve uma situação negativa d) Não teve nenhuma variação


b) Teve uma situação nula e) Alterou apenas a conta, mercadoria
c) Teve uma situação positiva

2 - A empresa Alfa:

a) Teve lucro de 2000 d) Teve prejuízo de 1500


b) Teve lucro de 1500 e) Não teve lucro hem prejuízo :.
c) Teve prejuízo de 2000

3 - O total do ativo da empresa Alfa é:

a) 4000 b)4500 c) 5000 d.) 5500 e) 6000


-:.

4 - O patrimônio líquido de Alfa é:

a) 4000 b) 4500 c) 5000 d) 5500 e) 6000

5 - São contas do ativo exceto:

"a) Caixa b) Semoventes c) Clientes d)Capital e) Banco c I mov

6 - Constitui um fato composto diminutivo da'situação líquida: '

a) Compra de mercadorias à vista d) Recebimento de duplicatas com juro~'


b) Pagamento de duplicatas e) Pagamento de uma divida com cheque
c) Pagamento de dívidas com juros
.~.

7 - Indique a operação de um fato contábil formativo que f()i registrado com lançamento
de 2ª fórmula:

a) Compra de mercadorias à vista.


b) Compra de mercadorias a prazo.
c) Compra de mercadorias, parte à vista e parte a prazo.
d) Devolução de mercadorias compradas à vista.
e) Devolução de mercadorias compradas a prazo.

2
8 - O pagamento de duplicatas com desconto é um fato contábil:

a) Misto diminutivo d) Modificativo aumentativo


b) Permutativo aumentativo e) Modificativo diminutivo
c) Misto aumentativo

9 - Entre os eventos abaixo, há um que não altera a situação patrimonial. Assinale-o:

a) Pagamento de salários d) Demissão {}e um-empregado


b) Venda de mercadorias a prazo e) Pagamento de aluguel
c) Devolução de mercadorias

10 - É conta integral:

a} Despesas financeiras d} Caixa


b) Despesas de aluguéis e} Despesas de seguros
c) Receitas financeiras

11 Uma empresa possui um terreno que ela usa como estacionamen­


to para os clientes, um terreno que ela não usa e nem quer .
vender, e um outro que ela deseja vender o mais rápido possi .
- vel. '. . -.
Diante do que determina a Lei 6.404/16 esses bens serão'clas­
sificados:

a) todos como ativo Imobilizado,


b)um no Imobilizado, e os demais como Ativo C~lante
c) como Imobilizado o que está sendo usado, como Investimento
o .qy:~·~ó·é usado e nem está disponivel para venda e como
átivo··c!rculante·'o terreno que está colocado a venda ..
d) todos. como ativo circulante.
e) todos como1\.1:;VO Permane.nte Investimêntos_
•• ~ • • • _.~-" • • • ___
,o _...,:.;...~.~~

12 - O lançamento de segunda f6rmula indica:

a) Só uma conta devedora e uma credora


b) Mais de uma conta devedora e uma credora
c) Mais de uma conta credora e mais de uma devedora
d) Que só existe contas a débito em um lançamento
e) Só uma conta devedora e mais de uma credora

13 - Quando compramos uma máquina de escrever à vista, efetuamos o seguinte


lançamento:

a) Caixa c } Móveis e utensílios e) Caixa


a Móveis e Utensílios a Veículos a Máquinas'

b) Móveis e utensílios d) Móveis e utensílios


a Fornecedores a Caixa

3
,~'

14 De acordo com a escola personalista, as contas se dividem em:


R

a) Integrais e diferenciais
b) Patrimoniais e de resultado
c) Do capital e do crédito
d}Proprietários, agentes consignatários e correspondentes.
e)Tributárias e Patrimoniais

15 - Pagamento de uma despesa de salários é:

a) Ato Administrativo d) Misto aumenta ti vo


b) Fato Permutativo e)t10dificativo aU~~!ltativo
c) Fato modificativo diminutivo

16 - O "patrimônio inicial de uma emptesaera constituído 'da seguinte forma: Caixa...


200.000 Obrigação ... 80.000 e capitaL: 120.000.
,Foram realizadas as ~eguintes operações:'

'1) Compra de equipamentos para uso, pagamento a prazo = 20.000.


, 2) Compra de mercadoria a dinheiro = 80.090.
, 3) Venda de mercadorias, a dinheiro, com lucro de 40.000 = 120.000.
4) Pagamento de obrigações = 10.000.
5) Pagamento de despesas gerais a dinheiro = 16.000.

O patrimônio da empresa foi modificado da seguinte forma:

a) O ativo diminuiu para 174.000 e o passivo reduziu-se para 70.000


b) O ativo""diminuiu para 134.000 e o passivo p,~a 70.000
c) O ativo aumentou para 234.000 e o passivo para 90.000
, d) O passivo manteve-se em 80.000 e o ativo aumentou para 214.000

17 - (TC SC 2006) Assinale a alternativa que não aprese~ta uma das formalidades
exigidas para a escrituração contábil dos' atos e fatos administrativos dás entidades, para
atendimento às normas técnicas brasileiràs para a contabilidade. ­
a) Em ordem. cronológica de dia, mês e ano.
b) No idioma que a entidade tiver interesse mercantil e em moeda corrente nacional.
c) Com base em documentos de origem interna ou externa ou, na sua falta, com base em
elementos que comprovem ou evidenciem fatos e a prâtica de atos administrativos.
d) Com ausência de espaços em branco, entrelinhas, borrões, rasuras, emendas 0\1
transportes para as margens.
e) Em forma contábil.

18 Identifique entre as contas abaixo a conceituada como diferencial ou de resultado:


R

a) Fornecedores d) Estoque de mercadorias


b) Duplicatas a pagar e)Adiantamentos a Sócios
c) Descontos obtidos

--,.::" _..
4
,.~.

19 - O balancete de verificação da empresa ALFA apresentava as seguintes contas e


respectivos saldos em 3111212005
"-
MércadonaS (estoque) 4.500 Contas a receber 1.250
Móveis e utensílio 2.750 Despesas de juros 1.150
Material de consumo 800 hnpostos a recolher 1.350
(estoques) (passivo)'
Contas a })agar 4.250 Capital social' 3.400
,-R.~c~ita~e alu~_ ' __ L-l.IºQ:_ Prejuízos acumulados 250 -

-
Com base nas informações acima, pode-se afirmar que em 31112A)5, a empresa ALFA
tinha um capital próprio de:

a) 3.1!j0 d) 2.350
b) 3.700 e) 2 : !:fo O
. c)" :} • .950

A seguir são apresentadas as operações feitas com material de ~sêritório da empresa Y


no ano de 2006

JANEIRO: Compra àvista de 40.000 de material de escritório


FEVEREIRO: Compra a prazo de 60.000 de material de escritório
MARÇO: Pagamento de 50 % do material de escritório comprado no mês de fevereiro
ABRIL: Compra a prazo de 50.000 de material de escritório
JULHO: Pagamento das duplicataS referentes, às compras de material de escritório de
fevereiro/abril . .

20 - Sabendo que ao término do exercício ·de 2005 à conta material de escritório


T

apresentava saldq devedor de 20.000 e que em levantamento efetuado em 31112/&6 foi


apurada a existência de 30.000 dé- material de escritório em estoque, o valor das
.. despesas (custo) com esse material foi em = .2"0 O6 de :

a) 100.000 b) 150.000 c) 140.000 d) 50.000 e) 70.000 _..

21- Se o saldo da conta caixa em 31112105 foi de 10.000 devedor, o saldo em 31112/06
era:

a) 160.000 b) 170.000 c) 180.000 d) 190.000 e) 200.000

22 - Considera-se ramo contábil:

a) a auditoria d) controle
,.-
b) a fiscalização e) a metodologia
r- c) o planejamento

23 - A compra de equipamentos para uso da própria empresa pagando-se uma entrada


em dinheiro e aceitando-se duplicatas pelo valor restante, será contabilizada através de
um único lançamento de:

'"
5
~

a) quarta fórmula d) primeira fórmula


b) terceira fórmula e) fórmula simples
c) segunda fórmula

_ 24 - (IRB 2006) Assinale a opção que contenha proposição incorreta.


a) O patrimônio líquido representa o registro do valor que os proprietários de uma
empresa, entidade ou atividade, têm aplicado no negócio.
b) O passivo exigível representa todas as obrigações financeiras que a entidade tem para
com terceiros. São as dívidas que a entidàde contraiu.
ri) A compra de uma máquina, a prazo, mesmo com pagamento de entrada no ato da
compra, representa um fato administrativo permutativo.
d) Se um desembolso fmanceiro provocar um aumento no ativo ou uma redução no
passivo exigível, não será uma despesa.
e) A operação que provoque uma despesa, simultaneamente à quitação de uma dívida,
deverá ser classificada como fato administrativo Modificativo.

25 - A partida do diário "despesas financeiras" a "caixa" é:

a) Um fato administrativo Modificativo d) Um fato administrativo misto aumentativo


b) Um fato administrativo Permutativo . e) Um ato administrativo
c) Um fato administrativo 'Misto .
Diminutivo

26 - No desenvolvimento de suas atividades, a empresa Walda e Lara Ltda, liquidou


obrigações registradas na conta fornecedores no montante de· 210.000 da 'seguinte
fO!TI1a:

I - Data de pagamento 23/05/89


Valor pago: 110.000, sendo: Valor do título ..;....... 105.000
Juros exigidos......... 5.000
TotaL..................... 110.000

II - Data de pagamento 13/06/89 (antes dO'vencimento)


Valor pago: 95.000, sendo: Valor do título ........ 105.000
" Desconto obtido.... (l0.000)
Líquido.................. 95.000

Os fatos contábeis da situação I e II são denominados respectivamente:

a) Modificativo - aumentativo e Modificativo diminutivo


b) Permutativo e Permutativo
c) Modificativo - diminutivo e Modificativo - aumentativo
d) Modificativo - diminutivo e Permutativo
e) Misto - diminutivo e misto aumentativo

27 - Num livro diário foram feitos 2 (dois) lançamentos, sendo o l Q (primeiro) com
várias contas. debitadas e apenas uma creditada e o 2Q (segundo) com uma conta
debitada e várias creditadas. Constata-se do exposto, terem sido utili~~os lançamentos,
respectivamente, de: .

-"
6
a) lª e 4ª fórmulas d) 1li. e 2ª fónnulas
b) 3ª e 2ª fórmulas e) 3ª e 4ª fónnulas
c) 2ª e 3l1. fórmulas

28 - Considerando: A ativo, P = passivo e SL = situação líquida, uma


situação patrimonial de passivo a descoberto poderá ser assim graficamente
representada:

a)
I.--A---r"'-SL-'" d)tHa
A P
SL

el~ ISL'·
b) .
lTIn
~
c)
~
A--r-Ip---'
r:-r

29 .: A empresa Alfa Ltda realizou as seguintes operações:

1) Recebimento de aluguel do mês. Valor: 4.000


2) Compra de mercadorias a prazo com entrada. Preço da compra: 5.000.
Valor da entrada: 20 % do preço.
3)' Venda a vista de mercadorias. Preço de venda: 4.000
-Valor do lucro: 30 % do preço de venda
4) Compra a prazo de mercadorias. Preço de compra: 5.000
5) Venda de mercadorias a prazo com entrada. Preço de venda: 3.000
Valor da entrada: 20 % do preço. Valor do prejuízo: 10 % dopre~o de 'venda
6) Pagamento de duplicatas com juros: Valor da dívida: 4.000 ­
Valor dos juros: 10 % da dívida-

Considerando exc1usivámente estas seis operações e que são todas isentas de impostos,
/
podemos afirmar que -o saldo da conta caixa e o estoque de mercadorias têm,
respectivamente, os seguintes valores.
r-
a) 3.600 e 3.900 d) l600 e 3.000
b) 3.200 e 3.000 e) 3.200 e 3.900
c) 4.060 e 4.500

r 30 - Se tivermos as contas e respectivos valores, a saber:

Caixa R$ 27.000.000 I Edifícios .R$ 230.000.000 •


R$ 83.000~000!
r-"
Bancos Prejuízo R$ 61.000.000 I

Duplicatas a receber R$ 25.000.00Ó Depreciação R$ 22.000.000 I


/" Acumulada
Capital R$ 234.000.000 Financiamentos R$ 120.000.000

7
_.

R$ 67.000.000 I Impostos a pagar IR$ 61.000.000


R$ 56.000.000

Poderíamos afirmar que a Situação líquida é de:

a) R$ 234.000.000 d) R$ 254.000.000
b) R$ 410.000.000 e)R$173.000.000
c) R$ 176.000.000

31 • A alternativa que evidencia apenas Despesàs é:

a) Salários, Matéria-prima, Estoque, Material Secundário.


b) Juros, Mão - de - Obra, Duplicatas a Receber, Máquinas.
c) Encargos Sociais, Embalagem, Imposto de Renda, Desfalque no Caixa.
d) Mão - de - Obra, Salários, Duplicatas a Pagar, Móveis e Utensílios. >

e) Comissão de Vendedores, Propaganda, Aluguel de Escritório, ImpoSto Predial.

32 - Leia atentamente as ôperações abaixo:

1 - aquisição de máquinas, em dinheiro, por R$ 200.000,00.


2 - pagamento de duplicata a fornecedor, no valor de R$ 50.000,OO;·com cheque.
3 - pagamento de aluguel do mês, pelo Caixa, no valor de R$ 10.000,00.
. 4 - aviso bancário de débito referenié a comissões sobre serviços: deR$ 15,00.
5 - duplicata no valor de R$ 15.000,00, recebida com desconto de R$ 1.000,00.
6 - venda e baixa de bem do imobilizado, com prejuízo de R$ 2.000,00.

Dadas as operações acima, assinale 8: afirmativa CORRETA:

a) 2 e 4 são fatos modificativos d) 3 e 5 são fatos mistos


b) 1 e 5 são fatos permutativos e) nenhuma das alternativas acima
c) 4 e 6 são fatos modificativos

33 - As Aziendas são entidades econômico - administrativas, cuja existência é


.
reconhecida a partir da união de três elementos essenciais o~uais são:

a) Contabilidade, administração e patrimônio.


b) Órgão Volitivo, diretivos e executivos.
c) Planejamento, coordenação e controle.
d) Escrituração, auditoria e balanço.
e) Patrimônio, administração e trabalho.

34 - Balanço em 01/061 2006

Mercadorias 10,00 Capital 20,00


Caixa 15,00 Contas a pagar 5,00
~.

25,00 25,00

8
../
Balanço em 30/06/06
Mercadorias 10,00 Capital 10,00
Caixa 5,00 Contas a pagar 5,00

15,00 15,00

Obs. : Não leve em consideração a correção monetária.

Considerando que, no período, ocorreu um único fato contábil, a alteração dos valores
pode ser justificada por: .

a) venda de mercadorias com lucro.


b) retirada de sócio, sem transferência da participação.
c) alteração na composição do quadro social, pela transferência de participação entre
sócios.
d) venda de mercadorias com prejuízo.
e) comptae venda de mercadorias com lucro.

35 - (FTE RN 2005) Assinale a opção que respontie corretamente à questão.


São gruPos e subgrupos que fazem parte do ativo no balanço patrimorual:
a) Circulante, Créditos, Diferido, Disporubilidades, Estoques, Exigível a Longo Prazo,
Imobilizado~ Investimentos, Despesas do Exercício Seguinte.
b) Circulante, Créditos a Receber, Diferido, Exigibilidades, Estoques, Imobilizado,
InvestimeB:tos, Realizável a Longo Prazo, Despesas do Exercício ·Seguinte.
c) Circulante~ Créditos," Diferido~ Disponibilidades, 'Estoques~ Imobilizado,
Investimentos, Realizável a Longo Prazo, Despesas do Exercício Seguinte.
d) Circulante, Débitos a Receber, Diferido, Exigibilidades, Estoques, Imobilizado,
Financiamentos, Realizável a Longo Prazo, Despesas do Exercício Seguinte.
e) Circulante, Créditos, Diferido, Disponibilidades, Estoques, Imqbilizado,
Investimentos, Realizável a Longo Prazo, Resultado de Exercícios Futuros

36 - (AFC STN 2005) Assinale a opção que completa a afirmativa corretamente. São
erros de escrituração 9S seguintes:
a) borrões, rasuras, estorno de lançamento, saltos de linhas, salto de páginas ..
b) erros ªe algarismos, troca de uma conta por outra, inversão de contas, omissão de
lançamento: repetição de lançamento. . . . .
c) erro de algarismo lançado a mais, lançamento retificativo, erro de algarismo lançado
a menor:troca de uma conta por outra, inversão de contas.
d) omissão de lançamento, repetição de lançamento, inversão de lançamento, troca de
uma conta por outra, lançamento complementar.
e) estorno de lançamento, borrões, rasuras, retificação de lançamento, saltos de linhas,
ressalva por profissional habilitado.

Questões - CESPEIUNB (37 a 47)


/""'

37 - (FTE 2003) Uma empresa com ativo circulante de R$ 200 mil, realizável a longo
.~

prazo de R$ 50 mil, ativo permanente de R$ 300 mil e passivo circulante mais exigível
a longo prazo e resultado de exercícios futuros de R$ 350 mil deverá ter um patrimônio
líquido maior que R$ 150 mil.

38 - (FTE 2003) A venda de mercadoria com lucro é um fato contábil permutativo.

.~ -~
9
39 - (FTE 2003) O livro diário é de escrituração obrigatória para todas as sociedades
mercantis com contabilidade destinada a cumprir as obrigações societárias, exceto para
as subsidiárias integrais.

40 - (TRT 2005) Os livros contábeis obrigatórios e facultativos devem ser registrados


na Junta Comercial, quando a sociedade for comercial, ou no Cartório de Registros
Especiais, quando a sociedade for civil.

41 - (TCE 2005) As obrigações da companhia, inclusive financiamentos para a


aquisição de direitos do ativo permanente, serão classificadas no passivo circulante,
caso tenham vencimento no exercício segUinte, ou no passivo exigível a longo prazo, se
vencerem em prazo maIOr.

42 - (TCE 2005) No ativo circulante, serão registrados os direitos realizáveis no


decurso dos três exercícios sociais, incluindo-se os do período, co""m exceção das
despesas do exerdcio seguinte.

43 - (TRT 2005) Os livros contábeis obrigatórios e facultativos devem ser registrados


na Junta Comercial, quando a sociedade for comercial, ou no Cartório de Registros
Especiais, quando a sociedade for civil. .

44 - (TCE 2005) Ás partiCipações em outras sociedades e os direitos de -qualquer


natureza que não forem classificáveis no ativo circulante e que se destinem a manter as
atividades da empresa serão classificados em investimentOs.

45 - (CLDF 2006) Ao se registrarem as operações -da empresa no livro diário, a


empresa aglutinará todas as informações a serem utilizadas na elaboração das
demonstrações contábeis. O livro diârio poderá ser arquivado no escritóriõ contábil J

responsável pela sua elaboração ou na empr<?sª que forneceu ~s dados para sua
confecção. "-­
'"
46 - (TécnicO" DF 2006) Ao serem transferidos valores a receber de longo prazo para
valores a re~ber de curto prazo, não há modificação no total do ativo. Quando a
empresa receher o montante registrado no ativo circulante, haverá mp. decréscimo no
disponíveL

47 - (Técnico DF 2006) Havendo divulgação de informação. incorreta, há a


possibilidade de correção do erro. O responsável técnico deverá justificar o erro por
meio de carta de correção. Em seguida, deverá apagar o registro, inserindC!a informação
correta com data retroativa. Dessa maneira, a contabilidade mantém a fidedignidade de
suas informações.

48 - (TRF 2006) Ao contratar mn empréstimo no Banco do Brasil para reforço de


capital de giro, a empresa Tomadora S/A contabilizou:

Débito de Bancos clMovimento R$ 500,00


Crédito de Empréstimos Bancârios R$ 500,00
Crédito de Juros Passivos R$ - 40,00

10
Para corrigir esse lançamento em um único registro a empresa deverá contabilizar:

a) Débito de Bancos clMovimento R$ 500,00


Débito de Juros Passivos R$ 40,00
- Crédiro--de Empréstimos Bancários R$ 540,00

b) Débito de Juros Passivos R$ 80,00


Crédito de Bancos clMovimento R$ 40,00

c) Débito de Bancos clMovimento R$ 540,00


Crédito de Empréstimos Bancários R$ 500,00
Crédito de Juros Ativos. R$ 40,00

d) Débito de Juros Passivos R$ 40,00


Crédito de Bancos clMovimento R$ 40,00

e) Débito de Bancos ctM:ovimento R$460,00


Débito 'tle Juros Passivos RS 40,00
. Crédito de Empréstimos Bancários R$ 500,00

.~

11
Gabarito

A 41 C
A 42 E
C 43 E
E 44 E
A 4$ C
26 E 46 E
7 B 47 E
28 B 48 B
29 E
30 E
31 E
12 E 32 E
13 E 33 E
J4 D 34 B
15 C 35 C
B I I ."
16 C 36 I
17 IB 37 C
,18
h--­
C 38 E
19 B 39
20 C 40

Comentários'
Questão 17
A escrituração deve obedecer às formalidades intrlnsecas e extrínsecas. Além disso,
àpesar de não constar na alternativa HC" entre as formalidades, consta do principio da
oportunidade que õ fato a ser registrado deve estar devidamente comprovado por meio
de documentos ou elementos que o comprovem.
O erro "gritante" está na alternativa· "b lll• De acordo com as formalidades extrínsecas
deve-se utilizar o idioma nacional .
Resposta: B

Questão 24
Alternativa a: Afirmativa correta. O PL representa o capital próprio da empresa, isto é,
quando a empresa possui que pertence aos sócios.

Alternativa b: Afirmativacorreta. O passivo exiglve/ representa obrigações da empresa


para .com terceiros. O PL representa obrigação da empresa para com os sócios
(alternativa a). Por isto o PL é conhecido também como passivo não exigivel.

Alternativa c: A compra de qualquer bem, à vista ou a prazo, é sempre um fato


permutativo. Afirmativa correta.

Alternativa d: Afirmativa correta. Regra geral, se um desembolso provocar aumento do


ativo ou redução do passivo, não será uma despesa. Pode se tratar de uma compra de
um ativo, portanto, fato permutativo; ou pagamento de obrigações (fato permutativo).

12
Alternativa e: Afirmativa errada. A operação que provoca uma despesa simultaneamente
à quitação de uma dívida é um fato misto ou composto e não modificativo. Exemplo
disto é o pagamento de duplicatas com juros (fato misto diminutivo). O registro seria:

D - Duplicatas a Pagar
D - Juros-Passivos
C - DisponibIlidades

Resposta: E

Questão 35
As contas Exigivel a Longo Prazo e FInanciamentos (alternativas "a" e "d") são contas
do Passivo. A conta Resultado de Exerclclos Futuros é do grupo do passivo (alternativa
"e''). A alternativa "b" apresenta a conta Exigibilidades do passivo (passivo exlglvel).
Resposta: C .

Questão 36
Os erros de. escrituração são os constantes da alternativa B. Na alternativa a temos o
estorno de. lançamento que ~ão é erro de escrituração (em geral é utilizado para retificar
o erro). Na alternativa C temos lançamento retificativo que é aquele utilizado para
retificar ("consertar") o erro, logo também não é erro -de escrituração. N t#iernativa D
temos o lançamento complementar que não é erro de escrituração. O lançamento
complementar, geralmente, é utilizado para retificar o lànçamento. feito a menor. Na
alternativa E temos a retificação de lançamento que é.o mesmo da alternativa C
(lançamento retificativo) já explicado.
Resposta: B

Questão 43
Afirmativa errada. Os livros obrigatórios são obrigados a serem registrados. Os
-'- facultativos, não. Os livros emitidos pelas S.A são registrados na junta comercial e as
sociedades civis devem registrar seus livros no cartório de registros civis

Questão 44
Afirmativa-errada. Serão classificados em investimentos tias participações permanentes
em outras sociedades e os direitos de qualquer natureza não classificáveis no ativo
circulante e que não se destinem à manutenção da atividade da companhia ou, da
empresa"

Questão 45
Afirmativa correta. O livro diário deve conter todas as informações para se proceder aos
registros contábeis e pode ser arquivado na empresa ou no escritório de contabilidade

Questão 46

Afirmativa errada. Ao serem transferidos valores a receber de longo para curto prazo não
há modificação no total do ativo. Houve apenas uma reclassificação dentro do próprio
ativo. Quando a empresa receber valores registrados no ativo circulante, haverá um
acréscimo no disponível.

Questão 47

Afirmativa incorreta. O responsável técnico nunca poderá apagar o registro. Deverá


estorná·lo e, no histórico, informar as razões do estorno. - .

,..­
13
Questão 48
Não está claro, entretanto, supãe-se que o valor do empréstimo é de R$ SOO,OO,
considerando que a conta Empréstimos Bancários foi creditada por este valor. outra v.'

observação a fazer é que a conta a ser utilizada no caso de empréstimos é Juros a


Transcorrer (retificadora do passivo), entretanto, como não há alternativa com esta
conta, a empresa lançou integralmente os juros no resultado. Considerando estas duas
observações, o lançamento que a empresa deveria ter feito é o seguinte:
D - Banco .................................. 460
C - Juros Passivos .................... 40
C - Empréstimos Bancários ...... 500

Para corrigirmos o lançamento feito devemos observar:


A conta banco foi debitada em 500 e deveria ter sido debitada 460. Assim, devemos
creditar 40 na conta banco.
._'
A conta empréstimos bancários foi creditada em 500. Assim não há ajuste a fazei' nesta
conta.
A conta juros passivos foi creditada em 40 e deveria ser debitada em 40. Assim, para
ajustá·la devemos debitar 80 nesta conta. .
De acordo com o expost.o o lançamento seria:
O - Juros Passivos ....... 80
C- Bànco .................... 40

Resposta: B

./

14
COftABILIDADE GERAL CLASSIFICACilo DE COlft'AS
Pror.Dr.Marcos Freire
ASSINALE ·X· PARA INDICAR: COftAS PADnIONIAIS, E DE RESUL~
r/
,~

A = ATIVO; P = PASSIVO; PL = PATRIH.ONIO LlQU:tDO


RECEITAS;
. ._..___ ~_"'
DESPESAS
..,.... . _.. . .._-_....I. _... .,. . . . . . '" . . . ............ '",.,.,a.-.a."'........."" .....I,
...IL.'Wv~

J~

~ATlWIORÍAIS :u~ RETIFICADORAS SALDOS


C O N T A S
A P PL ~. I'ESP. A P PL DEv. CRm
-
AD:rANTAJIBNTOS A SOCIOS X '7..i If
X' -./
, .
ADIANTAMENTOS -DE SOCIOS X X
ADIANTAMENTOS A EMPREGADOS X )(
ADIANT1D!mNros A FORNECEDORES ;( x:
AD:IA.NTAHENTOS DE FORNECEDORES X ><
AJ).:a:ANTAHElftOS DE SALllUoS
>(
..
,~

ADI:ARTAMENTOS DE CLIEftES X ><


ALUGU2IS ATIVOS
X >< -/

ALUGti.lJ:S PASSIVOS. , ><..'


: ><
ALUGU2IS A RECEBER
>< .x
ALUGu:2IS A PAGAR
X ><:.
ALUGtJ,ti:IS PASSIVOS A VENCER
X X
ALU~IS ATIVOS A VENCER'
X .­ ". X
BARCOS CONTA MOVIMENTO ' .. ..
. X .. X
BANCOS CONTA APLICAÇÃO
X X
CAIXA .
X X
CAPITAL SOCIAL
X )\
CAPITAL A INTEGRALIZAR .
X A
COMISSÕES ATIVAS
X X
COMISSÕES PASSIVAS
X X
"

COMISSOES A RECEBER : ~ , ;.

, .
X 'i
COMiSSÕES A PAGAR, .""~

X X
CONTRIBUIÇÕES & DONATIVOS
X X -'
CREDORES POR DUPLICATAS X .' X ~.

CUSTO DAS HERCADORIAS .VBNDIDM


~
J
(CMV)
ct(l,.d1~·
~
X
CLIENTES
}< .x
DEVEDORES POR DUPLICATAS À X
- 1 ­

COlft'ABILIDADE GERAL CLASSIFICAçAo DE CONTAS


:
~rr
PATRIMONIAIS RESULTADO RETIFICADORAS SALDOS
C O N T A S A P PL REC. DESP. A P PL IEV. OH

DUPLICATAS A RECEBER
X X
DUPLICATAS DESCONTADAS
)( X
DUPLICATAS A PAGAR
X X
DEPREClAçAO AcmmLADA
X X
~,
DIVIDENDos A PAGAR
;( X
DESPESAS COM AMORfiZAçAO ( X)" . X/'
DBSPE~ COM DEPREClACXO
, . (X) "-../
X/
DUPLICATAS EMITIDAS
. X X/ I
DUPLICATAS AÇEITAS
D~...:u.tU5S A RESGATAR .
X - . ti

J( • "'Z:_""
X.
OOACOBS PARA. IRVEST~~ ~
X' X·
DESPESAS PU-OPERACIONAIS I ~ '\ -x/ I~
,.,~-~
\1.
,--/ -
DESCOIft'OS ATIVOS - ' " 'X -. X
DESCOliIms PAsSIVOS
-X X!
DESPESAS COH SEGUROS
.­ X xi
DESPESAS' COH VIAGENS .
fi )t, I
DESP:&sAS COH ISS (IMP. s/SERV.)
X X
DESCONTOS INCONDlCONAIS (VmlAS)
X X
DESCONTOS IKX>NDICIOOIs (CJ:H'.m\S - -­
X X
/'
DESPESA MA.~ DE ESCRITORIO J( -
,~ .. X
BMPR2s'fiHOS A PAGAR '
X X
,HMPdSTIMOS A COLIG1W~
r· X 'A
BMPImSTIMOS' A sOCIOS/~
'/.. ~
BMPRtSTIHOS li!: SlcrOO/ACIcms.rAS
X X'
BMPdSTlHOS A EMPREGADOS
X V
'FGTS A DEPOSITAR
' .. 1.. X
FORNECEDORES
"X l\
r FINANCIAMENTOS BANcARIOS
X X

FRETES & CARRETOS
X X
INSTALAÇÕES
X. X
ICMS SOBRE VENDAS
X X.
ICMS A RECUPER,AR
"­ X
r ICMS A RECOLHER (A PAGAR)
I
K X­
L--­

/..-­ - 2 -
~

CONTABILIDADE GERAL CLASSIFICAçlO DE CONTAS


PATRIMONIAIS RESOL'.rADO RETIFICADORAS SALDOS
C O li T A S ./
A P PL REC .. DESP~ A P PL DEV. CJmD
IP.rt1 A RECOLHER )(,
:Jt... .~'

IMPOSTO DE RENDA A RECOLHER


i. X
INSS A RECOLHER
X ;{
JUROS AT:rvpS
:X
':.,!.W
't
JUROS A PAGAR
X ,
(
JURos A RECEBER --/'

X X
JUROS PASSIVOS
X X
JUROS PAsSIVOS A VENCER' -/

X t .. .
JUROS DE
. HORA
.. .
. .
-x. 'Y
~
-./

LUCRO NA VENDA DE BENS DE USO


~
).)
X X
.:)
MERCADORIAS (ESTOQUES) ...../

~
'0 X . X
~ MAQuINAS~' &: EQU:rP~S
"f X X .
~ .MARCAS & PATENTES
.~

~
X X "

'" MATERIAL DE ESCRITóRIO ~)


~ X X
~ MOVEIS &: UTENSíLIOS
'"
:'- .X X
""" .MAftiuA - PRIMA
~ X X
't.. NOTA. PROMISSORIA A RECEBER ..
X. .
X --
NOTA. PROMISSORIA A·.· PAGAR
- X . t
NOTA. PROlfiSSORIA ACEITA
X. X
NOTA. PROlIISSORIA EMITIDA
X X
NUMERÂRIos EM TRANSITO
X %'
OBRAS DE ARTES
X X
OBRAS EM ANDAMENTO
'X X
PROVISÃO PARA IlEV.F.2XlRI!S ........" :~

X X
PROVISXO PARA F:eRIAS
X X
PROVISAo PARA 13Q sALARIo
X
PONTO COMERCIAL
PARTICIPACOES A PAGAR
1-..
-
" ,
"
)( --'

X X
PARTICIPACOES SOCIETARIAS
X X ,.J
PRO - LABORE 'A . X
-
'

~~72t~, ~!~~~L<. ~E"Ú~ÍT~ X 'k ~'

pRE.f(J1:Z0S ACUMULADOS )(
X
- 3 -



COftABILIDADE GERAL CLASSIFICAClo DE CONTAS
r PATRDIONI:AJ;S RESULTADO RETIFICADORAS SALDOS
C O H T A S
A P PL REC.. DESP.. A P PL !DEV. CRm>.
..::".RBMl:O DE· SEGUROS
~.' X X
/eROVIsXO P IAJUSTE DO ESTOQUE
X X
~J)ROVISl\O PARA IMPOSTO DE RENDi!
X. X
-""ESBRVA LEGAL .)(
X.
/'ESBRVAS ESTATtr.l'ARíAs
X tt,.:...'
X
....
~ESERVA PARA COlft'mG!NcIAS
.. 'Á X
_.ESBRVA DE mCROS A REALIZAR
X
....ESBRVA RET.DÇAO DE LUCROS
.1lT.2[OTOS
'"
'/....
. / '.
X
~
~ \ )( ) ·X
'.~OSA PAGAR . '~/

?EGUROS A VENCER
,/<:;ERVICOS. A EXECUTAR
A '" .
'/.. '"
'I.. X
,·/~AL1Rl:o FAM:ILlA ..
. i
X '1 I
I
.
- 'BRVICO~ PRBSTADQS I­
...
c
X· X-
EGbROS A PAGAR
x.. X
--01}VBH~~~S PARA INVESTnmNroS 'A 'i
_,,:ERRENOS .....
1-. fi.
.itTOLOS A RECEBER .
't, i
;2tTOLOS A PAGAR
"Á . X
.lI}UBM'OS A RECOLHER . X
X ...
.r"'AXAS Dl:VERSAS . y.. f..
-"'lTULOS DESCON'l'ADOS
X 'i
/:gicm.os ;< . X
ENDAS DE HERCADOIUAS
~ Y
,&NDAS CANCELADAS .. X X
--­IARIACOES CAMBIAIS
. ...
ATIVAS
, 'X X
JARIAçOES CAMBIAIS PASSIVAS
.... 'f.. X
JALORES MOBn,;rARl:OS
X X
--Tf.ml)AS A PRAZO'
X X
~AS A VISTA
'X - ';(
~}I(}RTlZAC1lO' ACUMULADA - X X
ASTQS pM-oPERACIONAIS-­
'( X
..COES EM TESOURARIA
X \(
ú?LlCAÇOES' FINANCEIRAS
/"""" '."
'\ X
ÀGIO NA EMISSAO DE AÇÕES "'i ,
·X
"

,.JECEITA DE SERVIÇOS 'Á X.


./'" - 4 -
CAPÍTULO 111

CONTEÚDO

• DEPRECIAÇÃO
• AMORUZAÇÃO
• EXAUSTÃO
• DUPLICATAS DESCONTADAS;
• OPERAÇÕES DE FACTORING

.;:-::­
1 - Depreciação

-l.2 - Definição

É a perda de valor de bens fisicos (tangíveis ou corpóreos) em


função de: .
_/

• Desgaste ou perda de utilidade pelo uso


• Ação da natureza
• Obsolescência
'"--/

Pela definição, devemos depreciar bens tangíveis (geralmente do ativo permanente)


como veículos, imóveis (alugados ou utilizados pela empresa), móveis e utensílios,
máquinas, etc.

1.3 - Não s~~fnepreciados

• Terrenos
• Bens nos quais são adotadas taxas de.~ortização ou exaustão--­
• Bens que aumentam de valor com. o tempo. EXEMPLO: obras de arte,
antiguidades, etc. .
• Prédios não alugados e nem utilizados na produção de bens ou serviços, objetos
da empresa.

1.4 - Inicio da Depreciação

Começamos a depreciar um bem a p~ir do momento em que o bem é instalado,


posto em serviço ou em condições de produzir.

1.5 - Contabilização

A depreciação é contabilizada debitando~se a parcela depreciada em cQnta de


resultado (como custo ou despesa) e creditando. . se em conta arIVa retificadora.
O lançamento ficaria:
Despesa (ou custo) de Depreciação
a Depreciação Acumulada ........ ....... ...... valor

A conta debitada é lançada no resultado do exerClClO (diminuindo o lucro do


exercício) e a conta creditada retifica o valor do bem depreciado. É uma conta
patrimonial ativa de natureza credora, como explicado anteriormente.

TAXAS DE DEPRECIAÇÃO
~.

Quanto maior a taxa de depreciação adotada para um determinado equipamento,


menor o lucro líquido do exercício (já que a parcela depreciada é lançada como
despesa). Para efeitos didáticos vamos considerar que o imposto de renda é
calculado aplicando-se Um percentual sobre·o lucro líquido. Assim, quanto maior a
taxa adotada menor o imposto de renda a pagar.

2
./
Considerando os fatos acima, a receita federal fixou taxas mâximas de depreciação
para determinados bens.

EXEMPLIFICANDO:·
~ Edifícios: 4% ao ano (25 anos de vida útil)
-7 Veículos: 20% ao ano (5 anos de vida útil)
-7 Mâquinas: tO% ao ano (lO anos de vida útil)
-7 Móveis e utensílios: lO% ao ano (tO anos de vida útil)
-7 Tratores: 25% ao ano (4 anos de vida útil)"

OBSERVAÇÕES:

./ Existem vârios métodos da depreciação como por exemplo:

• Método da linha reta (ou linear)


• Método da soma dos dígitos.
• Método dosaldo decresct':~fe
• etc.
..
o método da linha reta é o único permitido pelo RIR (ReguiamelJ.to do Imposto de
Renda). . .
Este método consiste em aplicar um percentual sobre o valor do bem lançando.o
valor correspondente a resultado. ' . .

Métodos de Depreciação

Apresentaremos quatro métodos de depreciação: quotas constantes Gâ visto), soma dos


dígitos, Unidades produzidas e horas dê trabalho. .

Método das Quotàs Constantes:


Por éste método (linear) a depreciação é calculada dividindo-se o valor a ser depreciado
pelo ~empo de vida útil_ do bem.

Método da Soma dos Dígitos: _


Por este método (também linear) teremos uma fração cujo denominador é formado pela·
soma do número de anos de vida útil do bem e o numerador é composto dos anos'
sucessivos.

Por este método, a depreciação pode ser crescente ou decrescente.

Método das Unidades Produzidas


A quota de depreciação é dada pela seguinte fórmula:

Número de unidades Rroduzidas no período


Número de unidades estimadas a serem produzidas durante a vida útil do bem
F

Método das Horas de Trabalho


A quota de depreciação é dada pela fórmula:

3

---'

Número de horas trabalhadas no período


Número de horas de trabalho estimadas durante a vida útil do bem

1.6 - Depreciação Acelerada

A depreciação acelerada atribui coeficientes multiplicadores em função do número


de turnos de oito horas em que o bem está sendo utilizado da seguinte forma:

• Um turno de oito horas ...... 1,0


• Dois turnos de oito horas ..... 1,5
• Três turnos de oito horas ...... 2,0

EXEMPLO:
Uma máquina, trabalhando em turno de oito horas, está sujeita a depreciação de 20%
ao ano. Qual seria a taxa ~plicável se traoalhasse em dois tur.nos de oito horas?

Resolução:
Basta multiplicar por 1,5 a taxa de 20% = 20% x 1,5 = 30% ao ano

Valor Residual
-"
É um valor, definido pela pessoa jurídica que não se sujeita a depreciação. Após a
depreciação total do bem este apresentará este valor.

EXEMPLO:
Dados da Conta Veículo:
Custo ............................... 12.000
Valor Residual ............... : 2.000 -'

Depreciação...... ......... ..... 20% ao ano


Calcular o valor contábil do veículo após 1 ano.

RESOLUÇÃO:

o valor a:ser depreciado é de 10.000 (12.000 - 2000).
Logo: 20% x 10.000 = 2000
_~J

Custo do Veículo ......... . 12.000


( -) Depreciação ............ . (2.000)
( ) Valor contábil ............. . 10.000

Observe que ao final de 5 anos o valor residual do veículo é de 2.000.


Se a taxa de depreciação incidisse sobre 12.000, o valor residual ao final de 5 anos
seria zero.

Compra de Bens Usados


~~

Neste caso a legislação fiscal dispõe que o prazo de depreciação será o maior dentre
os seguintes:

/.~:
4
• Metade do prazo da vida útil do bem quando adquirido novo.
• Restante do prazo de vida útil do bem, considerado este em relação à
primeira instalação ou utilização desse bem.

Conservação de Bens do Ativo Imobilizado

De acordo com a legislação do imposto de renda, no caso da substituição de partes e


peças de bens do ativo imobilizado~. q~stinadº~ à ,mantê-los em condições de
operação poderão ser lançados como custo' ou despesa operacional se Dão
resultarem em aumento da vida útil do bem .

Porém, se tais melhorias resultarem em aumento da vida útil do bem superior aI


ano, tais gastos deverão ser ativados para servirem de base a futuras depreciações.

Gastos de Capital, Gastos do Perfodo, Melhorias, Adições Complementares e


Substituições.

Gastos de Capital: São gastos que irão beneficiar mais de um exercíci9 social e devem
ser adicionados ao valor do Imobilizado.
Exemplo: custo de instalação, montagem, etc...
Lançamento:
.~

Imobilizado
. a Disponibilidades (caixa, bancos) ............valor

. Gastos do Período: São os apropriados diretamente como despesa, beneficiando apenas


um período. Não são adicionados ao valor do Imobilizado.
Ex: Manutenção..
Lançamento:

Despesa com Manutenção


~-.
a Disponibilidade ............................ valor

Melhorias: Ocorre uma -meihoriaquafl.do a-vida útil-de bem do..Imobili~n.Ms~ _


produção aumentam, ou ainda, quando seu custo operaci~nal diminui. .
. .
Adições Complementares: Ocorre quando o tamanho fisico do Ativo aumenta através
de expansão. São adicionados ao valor do bem

Substituição; Na substituição há duas operações - Retirada do bem antigo (ou parte


dele) e colocação do novo bem. O custo de retirada (remoção) do bem é lançado
diretamente como despesa. O custo de colocação do bem novo será o próprio custo do
Ativo.

2 - Amortização

2.1 - Introdução
..
Suponha que você inicie um empreendimento (exemplo, uma fábrica de camisas).

5
Como sua empresa é desconhecida no mercado, imaginemos que você compre o
direito de utilização de uma marca por prazo contratual limitado (ex: Coca-cola.
Pierre Cardin , etc)

Vamos dizer que você pague R$ 10.000 e tem o direito de utilizar a marca por 5
anos.

o lançamento efetuado seria: Marcas


a Caixa ..................... 10.000

Após 1 ano de utilização desta marca, observe que ela não "vale" mais R$ 10.000 e
sim R$ 8.000. A marca perde valor: R$ 2.000 por ano (l0.000/5).

Esta perda de valor é denominada amortização. Após 5 anos a marca não tem valor
pois você não poderá utilizá-la (Terá que renovar o contrato e começar a amortizá-la
novamente). .
..
A representação no balanço patrimonial (supondo que você tenha utilizado a marca
por 1 ano) seria :

Ativo Permanente Imobilizado --./

Marcas .... ......... ...... .... .......... 10.000


Amortização Acumulada ........ (2.000)

Amortização Acumulada é conta retificadora da conta Marcas (semelhante a conta


Depreciação Acumulada)

2.2 - Definição
-'
Segundo o RIR (Regulamento do Imposto de Renda), amortização é o valor
registrado na contabilidade como custo ou despesa a título de:
• Recuperação de recursos aplicados em despesa para a formação do resultado de
mais de um exercício social. Estas despesas são classificadas' no Ativo
Permanente - Diferido que será visto PosteriOImente~ .
• Recuperação do capital aplicado na aquisição de bens e direitos ~uja utilização
pela empresa tenha prazo limitado por força de lei ou contrato.
--;i

Exemplos:

• Patentes e Invenções
~ Fórmulas e Processos de Fabri.cação
• Direitos Autorais
• Licenças ou Autorizações Para exploração de atividades econômicas
• Concessões de serviços públicos
• Benfeitorias em prédios de terceiros se não houver direito de indenização
• etc.
o lançamento para registro da arilortizaçãó é:
\,

. '.~;
6
Despesa (ou custo) de Amortização
a Amortização Acumulada ........ '" valor

-EXEMPLO:

A CIA BUTECA realiza uma benfeitoria em um imóvel alugado de terceiros no


valor de R$ 50.000. O prazo de duração do contrato do aluguel é de 5 anos (contados
,- da data da instalação da benfeitoria). Contabilizar a operação após 1 ano.

RESOLUÇÃO:

• Na data da instalação da benfeitoria:


Benfeitoria em Prédios em Terceiros
a Disponibilidade (Caixa! Bancos) ................. 50.000 (1)

• Registro da amortização
Despesa de Amortização _
.: a Amortização itcumulada ......................... ~... lO.OOO (2)

A taxa de amortização é de 20% ao ano (100%/5) = 50.000 x 20% = 10.000

REPRESENTAÇÃO..NO BALANÇO PATRIMONIAL:

Ativo Permanente - Imobilizado


Benfeitoria em Prédios de Terceiros .................... 50.000
"- Amortização Acumulada .......... :..... :..... (10.000)

O valor contábil da benfeitoria é de 40.000

OBSERVAÇÕES:

As benfeitorias em prédios de terceiros serão amortizadas se (cumulativamente):

./ O éontrahfde locação for por=prazo determinado


./ Não houver indenização das benfeitorias no término do contrato.

Se o prazo de locação for por prazo indeterminado, as benfeitorias serão


depreciadas (e não amortizadas).
/".
Se houver direito de indenização as benfeitorias não serao depreciadas nem
amortizadas (é como se a locatária vendesse ao locador as benfeitorias).

Assim, se uma empresa aluga um prédio para uso próprio e faz uma benfeitoria neste
prédio.

EXEMPLO: aumenta o número de salas deste prédio:

• Se o prazo de locação do imóvel for por prazq. indeterminado, a


benfeitoria será depreciada.

7
.,,/'

• Se a locação for por prazo determinado e não houver direito de


indenização, a benfeitoria será amortizada.
• Se houver indenização, isto é, a locatária indeniza ao locador, no final do
contrato, a benfeitoria feita, não há que se falar em depreciação ou
amortização.

OBSERVAÇÃO:

Os prazos de amortização, aspectos contábeis e fiscais do ativo diferido serão vistos


na parte IV.

3 - Exaustão

Corresponde à perda de valor de direitos cujo objeto sejam recursos minerais ou


florestais, ou bens aplicados nessa exploração.

O lançamento para o registro da exaustão é

Despesa de Exaustão
a Exaustão Acumulada valor

A conta Exaustão Acumulada é retifiçadora de minas e florestas (funcionamento


semelhante à Depreciação Acumulada e Amortização AcUmulada). .

Para os recursos minerais a exaustão poderá' ser efetuada em função do prazo de


concessão ou em função da produção do ano e a possança conhecida (estimativa
total dos minérios da jazida) . ~.

EXEMPLO:
.-'

A CIA APÊNDICE SUPURADO adquiriu a concessão de ~.~ mina nas seguintes


condições:
Custo da concessão .;........... 500.000
Possança conhecida. ..•......... 100.900 ton .

EXTRAÇÃO: .-/

1° Ano ........ 10.000 tono


2° Ano ........ 15.000 ton
30 Ano ....... 20.000 tono
4° Ano ....... 25.000 tono
Calcular o valor da conta Exaustão Acumulada após o 4 0 ano .

RESOLUÇÃO:
Ano 1 /gó~oogo = 10% Exaustão: 10% x 500.000 = 50.000

Ano 2 /;ó~oooOo = 15% Exaustão: 15% x 500.000 = 75000


_/

Ano 3 ~gó~ggo = 20% Exaustão: 20% x 500.000 == 100.000


Ano 4 25.000 = 25% Exaustão: 25% x 500.000 = 125.000
\' 100.000
Exaustão Acumulada 3.50.000
8
Representação no Balanço após o 4° ano:

Ativo Permanente - Imobilizado


Minas ............................. .............. 500.000
Exaustão Acumulada ..................... (350.000)

Para os recursos florestais será dado o seguinte tratamento:


Se o contrato de exploração for por prazo indeterminado, a floresta será exaurida.
Se o contrato de exploração for por prazo determinado, será amortizada.

OBSERVAÇÕES:

• Projetos florestais cujo objeto seja a exploração de frutos serão depreciados e não
exauridos...

• Pela definição de exaustão, os bens aplicados na exploração de recursos minerais


e florestais serão exauridos, mas isso não se aplica a todos os bens e sim àqueles
que perdem a utilidade depois de terminada a exploração.

Assim, o valor de uma caçamba utilizada para a retirada de minério será exaurida.
Após a exaustão total da mina não terá outra utilidade. Um veículo que pode ser'
. utilizado em outro empreendimento após a exaustão total da mina, será depreciado.

4 - Duplicatas Descontadas

o desconto é uma operação na qual uma empresa, necessitando de capital de giro,


transfere a titularidade de títulos a receber que tenhá em carteira para instituições
financeiras que lhe credita em conta o valor nominal do título diminuído de encargos-­
financeiros e outras despesas bancárias. .-- _ .. _.
Neste tipo de operação, se os títulos não forem qu~tados pelo seu devedor, a empresa
que os descontouàeverá ,pagá-los.. Note que. a empresa. assume responsabilidade
subsidiária pela quitação dos títulos descontados. - " . . .. ... . . .-
Contabilmente, na operação, o título não é baixádo da conta Títulos a Receber. O
controle é feito mediante a conta duplicatas (ou títulos) descontados que será·
classificada no Ativo Circulante (ou Ativo Realizável a Longo Prazo). Esta conta é
./ ' ­
de natureza credora, retificadora de Títulos a Receber ou Clientes .

5 - Operações de "Factoring"

Consiste na venda direta de títulos a receber a pessoas jurídicas de fomento comercial


("empresa de factoring") .
Nesta operação a empresa deverá baixar o Título a Receber da carteira.

A diferença entre a operação de factoring e o desconto de duplicatas é que nesta, a


empresa tem responsabilidade subsidiária pela quitação do título e naquela; não.

9
CAPÍTULO IV

CONTEUDO

• REGIMES CONTÁBEIS

• APLICAÇÃO DO REGIME DE COMPETÊNCIA

• PROVISÕES

• ATIVO PERMANENTE -DIFERIDO

• RESULTADOS
. ­
DE EXERCÍCIOS FUTUROS

• CONTAS DO P. L. RETIFICADORAS

• CLASSIFICAÇÃO DE ALGUMAS CONTAS ..

/"",
1 - Regimes Contábeis

_~ontábil
t Regime é a forma como são apropriadas as receitas e despesas resultantes
de um fato contábil. Em outras palavras~ em que momento uma receita ou despesas é
contabilizada como tal.

Existem vários regimes contábeis. Dentre eles destacamos:

Regime de Caixa
Regime de Competência
Regime do Vencimento do Pagamento
Regime do Compromisso
Regime Misto

Para efeito de concurso, veremos apenas os regimes d~ caixa e compétência.

\ 1.1 - Regime de Caixa

~ As despesas são' .reconhecidas no momento do seu pagamento e as recitas no


1 momento do seu recebimento.
i
f
1.2 - Regime de Competência

\ As despesas são reconhecidas no momento de sua incorrência~ e as receitas no


\1 momento de sua realização.
'" OBSERVAÇÃO: iJ
~~~realizadas-fs-ã-o-ta-m-bém~adas de ganhas ou aUf~
Assim, podemos escrever:

REGIMEj)~CAIXA7'Despesaspagas -e-Receitas recebidas.


REGIME DE COMPETÊNCIÂ 7 Despesas incorridas e Receitas realizadas.
J
r
o-_

Naturalmente, pago é diferente de incorrido e recebido é diferente de realizado.

Quando se usa o regime de competência, o f!ritério utilizado não é a movimentação


financeira, e sim, o "fato gerador" do numerário recebido. O fato gerador é o fato
que deu origem ao dinheiro recebido, isto é~ o dinheiro foi recebido por causa da
limpeza. . .

E qual o regime que se deve utilizar?

REGRA GERAL: o regime utilizado é o da competência.

----J, Tanto a legislação soCietária quanto a do imposto de renda impõe a observância do


regime de competência.

2
. --./

OBSERVAÇÃO: Existem alguns casos especificos em que se utiliza o regime de

/,or ~.
O ygmlê da competênci~é na verdade um princípio contábil. Princípios contáb~s
/' -!ão as regras básicas que devem ser seguidas em qualquer situação contábil. S.!o os
? ~ma ciência.
i
I A resolução 750 preceitua para o princjpio da competência: . .
~ "As receitas e as despesas devem ser incluídas na apuração do resultado do período em
. que ocorrerem, sempre simultaneamente quando se correlacionarem,' independente do
recebimento ou pagamento".

OBSERVAÇÃO: Os princípios serão vistos posteriormente.

O princípio da competência deve ser observado em qualquer situação contábil. A


seguir analisaremos algumas situações relacionadas à aplicação do regime de
competência. ..

2 - Aplicações do Regime de Competência

2.1 - Venda de Mercadoria a Prazo

-- Nesta operaçãQ a receita é reconhecida no ato da venda. Como vimos anteri0nnente,. '.
os lançamentos seriam: . '­
NO ATO DA VENDA:
Clientes
a Vendas ................................................... . XV'
C'
/CMV) .'.
..'
a ~dorias ............................................ XY -'

NO RECEBIMENTO
Banco ' ..
a Clientes ...... ~ ............. ;.......... ~. :............. ~ ...... XY
-.---'

2.2 - Seguros

Quando fazemos seguro de um bem, devemos inicialmente pagar o prêmio que é a


quantia paga para o seguro se efetivar. Risco coberto é a quantia que o segurado
receberá caso ocorra o sinistro. . .
A dúvida que surge é saber qual é o momento em que ocorre o Ufato gerador" de um .
seguro para que possamos apropriar o prêmio como despesa. ' __f

O prêmio não será lançado como despesa neIn" no início e nem no fim do seguro e
sim durante o seu prazo de vigência. É como se fosse um "fato gerador contínuo"
que se inicia e termina com o início e término da vigência do seguro. A apropriação
é u pro rata tempore", isto é, proporcional ao tempo.
(

Seguros a Vencer é conta do ativo circulanté representativa de um direito. Não poderia'


ser uma despesa, pois o fato gerador ainda não está acontecendo. É creditada

3
proporcionalmente ao valor pago, com o tempo. Pode aparecer com outros nomes comei:
PRÊMIOS DE SEGUROS A APROPRIAR, SEGUROS ANTECIP ADOS OU
DESPESAS ANTECIPADAS.

As'seguintes contas têm o mesmo funcionamento da conta seguros a vencer:


* - Assinaturas a Apropriar
* - Comissões pagas Antecipadamente
* - Alugueis Antecipados etc.
Todas estas contas são consideradas despesas antecipadas, classificadas no
ativo circulante.

Despesas Antecipadas é gênero que abrange Seguros a


Vencer, Juros a Vencer, Comissões Antecipadas etc.

2.3-- Juros a Vencer ou Encargos Financeiros a Aplicar


...
Vimos, na parte UI, que quando descontamos uma duplicata no banco lançamos da
seguinte forma:

Banco cl movimentos
Juros passivos
a Duplicatas Descontadas

Este lançamento não está totalmente correto.

Na ocasião, chamamos a atenção que adotaríamos este procedimento, apropriando ao


resultado todas as despesas, porque todas as duplicatas venceriam no mesmo
exercício social.

Quando o desconto se dá em um exercício e o vencimento do· título. se dá no


exercício seguinte, a apropriação da-despesa se dará "pro rata tempore".

P!?de-se apropriar cõmo despesa (diretamente) somente-as .despesas fixaS.--necessárias


r
parã a cobrança do titulo, verificação de cadastro etc ...

EXEMPLO:

A ClA ASS desconta em 31110IXI no BANCO HOLE, uma duplicata no valor de


R$50.000 com vencimento em 31103/X2. O desconto antecipado foi de R$ 10.000 é
as despesas fixas R$2.000. Contabilizar a operação demonstrando o balanço em
31112/Xl. Considere o saldo de duplicata a receber de 80.000

RESOLUÇÃO:
PELO DESCONTO DA DUPLICATA
Banco c/Movimento _............................... 38.000
Juros a Vencer .......... ............................... 10.000
Despesas Bancárias ................................. 2.000
a Duplicatas Descontadas ............ ;.......... 50.000(1)

4
PELA APROPRIAÇÃO DOS JUROS A VENCER PROPORCIONAL:

10.000 = 2.000/mês X 2 = 4.000

Juros Passivos
a Juros a Vencer ......................................... 4.000(2)

o BALANÇO FICARIA:
ATIVO CIRCULANTE
Duplicatas a Receber............................. 80.000
Duplicatas Descontadas ......................(50.000) -/

Juros a Vencer......................................6.000 (10.000 - 4.000)

Observe que o resultado do exercício, em 31/12IX0 variou em 6.0º-Q:"R$2.000, lançado


diretamente como despesa e R$4.000, apropriados proporciona1men~e.-

2.4 - Empréstimos

São obrigações assumidas geralmente junto aos bancos. Os encargos financeiros são _",'
contabilizados pelo regime de competência. As despesas bancárias para abertura de
crédito são integralmente lançadas como despesas.

Neste tipo de operação abriremos a conta Encargos Financeiros Antecipados ou


Juros a Transcorrerpara registrar o pagamento antecipado de juros. Esta conta é de -'
natureza ~evedora e será classificada no passivo circulante, retificadora de
Empréstimo Bancário.

2.5 - Aplicações Financeiras

São aplicações feitas. pela empresa, com seu excedente financeiro, em títulos e
valores mobiliários.
Os juros são apropriados "pro r~ta. temporel! independente do seuI6cebimento.

~13-p;visões)
As provisões são constituídas devido a dois princípios:

COMPETÊNCIA: Como visto anteriormente, as receitas e despesas devem ser


incluídas na apuração do resultado do período em que ocorrem, sempre
simultaneamente quando se' correlacionarem, independente do recebimento ou
pagamento.

PRUDÊNCIA: Determina a adoção dg lltc;.@:f~~ºr para os componentes do


ativo e do ~or para os do passivo -sempfeque- se apresentem alternativas
igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o
, patrimônio líquido. '
-~/"

-/'

5 ./
As provisões são constituídas por dois motivos:
Perda de Valor do Ativo
~ .. - Obrigações Ilíquidas
~
Obrigações ilíquidas são aquelas cujo valor não é determinado, isto é, o válor é
estimado.

Toda provisão tem saldo credore podem ser do ativo ou do passivo. Se do ativo, será
retificadora de alguma conta do ativo, e se do passivo, representa alguma obrigação
ilíquida.
Geralmente (nem sempre), as provisões do passivo são constituídas em obediência
ao regime de competência, e as do ativo, ao regime da prudência.
Quando constituímos uma provisão, o resultado do exercício diminui. O lánçamento
de constituição de qualquer provisão é:

Despesas Com Provisão .


a Provisão ................................................. . Valor

PRINCIPAIS PROVISÕES DO ATIVO:

Provisão para Deved~res Duvidosos (PDD~


Provisão para Ajuste de Estoque ~ .
Provisao para Perda na Realização de Investimentos ./"
etc ...

PRINCIPAIS PROVISÕES DO PASSIVO

Provisão para o Imposto de Renda (PIR) / .


Provisão para férias /
Provisão para 13° salário /7
etc...

~- 3.1 - Provisões Passivás

3.2 - Provisão para Férias

Suponha que uma empresa contrate um empregado com um· salário mensal de
R$1.200 por mês.
Depois de 12 meses, o empregado terá direito a férias. De acordo com o regime de
competência, o "fato gerador" destas férias é o .trabalho do empregado. Assim, ao
final de 1 mês, o empregado tem direito a férias, ou seja, a companhia pode
provisionar' 1112 do salário do empregado acrescido Ih (exigência trabalhista de
acordo com a constituição federal).
Assim ao final de um mês fará o seguinte lançamento:
.­ Despesa clProvisão
a Provisão para Férias ................................ 100 (1.200/12)

6
'-J

"v

3.3 - Adicional de Férias

Despesas clProvisão
a Provisão plAdicional de Férias .............. . 33~33 (100/12)

Estes lançamentos são feitos mensalmente e ao final de 12 meses, a Provisão para


Férias terá um montante de 1200 e o adicional; 400. No final deste período a
companhia debita nas provisões acima~ pagando o devido:

Provisão para Férias .................... :.......... 1.200/


Provisão para Adicional de Férias ....... ...... 400 /
a Bancos ................................ ,............. ....... 1.600 /'"'

OBSERVAÇÓES
"- Caso houvesse reajuste salarial, a provisão seria reajustada.

3.4 - Provisã~ para 13° Salário

Do mesmo modo que a provisão para férias, a empresa .p"ode provisionar o 13°
salário, com base no salário mensal, "I:! ser pago ao final de 12 meses. O
procedimento é o mesmo visto anteriormente (na provisão para férias).
'. .
CONSTITUIÇÃO:
Despesas clProvisão_
a Provisão para 13° salário ........................ . 100 /

NO PAGAMENTO "
Provisão para 13° salário
a Bàncos .............. :.:...................... ,............. 1.200
"~~

OBSERVAÇÕES:

Naturalmente os valores das provisões devem ser revisados sempre que


houver alteração salarial oU.demissão.
Os mesmos procedimentos vistos acima devem .ser tOqlados caso a
companhia pague o 14° ou 15° salário. .
Devem ser provisionados, da mesma forma, os encargos sociais, INSS,
imposto de renda retido na fonte (IRRF) etc ...
Observe que, de um modo geral, as provisões passivas têm o mesmo
tratamento contábil.

3.5 - Provisão para o Imposto de Renda

A provisão para o LR, tem como base de cálculo o lucro real que é o lucro líquido"
ajustado por exclusão, adição e compensação (legislação tributária). A escrituração é
feita no LALUR (Livro de Apuração do Lucro Real).
O valor é provisionado em um período para ser pago no período seguinte.
O lançamento é:

7
Despesas c/Provisão
a Provisão para o IR ................................... Valor

- 3.6 - Outras Provisões Passivas

Provisão para Gratificação a Administradores


Provisão para Riscos Fiscais
Provisão para Contingências
Provisão para Contribuição Social
etc ...

3.7 - Provisões Ativas


As provisões ativas, geralmente, são constituídas em obediência ao princípio da
prudência.
Este princípio. determina meIlDF valor do ativo e maior valor para o passivo quando,
na avaliação dos elementos patrimoniais, apresentarem altem~tivas válidas. '

3.8 - Provisão para Ajuste de Estoque,

De acordo com a lei 6404/76, em seu artigo 183, as mercadorias e produtos de


comércio da companhia, bem como as matérias primas, produtos em fabricação e
bens em almoxarifado, para fins de levantamento do balanço patrimonial, deverão
ser avaliadas pelo custo de aquisição ou produção deduzido da provisão para ajustá­
los ao valor de mercado, quando este for inferior:

É o velho jargão contábil: custo ou mercado, dos dois o menor.

3.9 - Pro~~são para Perda .em Investimentos Temporários


. -
Deacordo c.om o art. 183 da lei das S.A. os direitos e títulos de crédito e quaisquer
valores mobiliários não classificados como investimento (do ,ativo permanente)
deverão ser àvaliados 'peto custo de aquisição'Ol1 pelêvalot de trr~.se este: f(}L.:.. '
menor. (custo ou mercado, dos dois o menor).
,~

3.10 - Provisão para Perda na Realização de Investimentos

Provisão classificada no ativo permanênte, investimentos e retificadora de


Participação Societária.

3.11 - Provisão para Devedores Duvidosos

Também chamada de provisão para créditos de liquidação duvidosa, aqui chamada


de P.D.D., são constituídas para baixar duplicatas consideradas incobráveis.

8
-./


As empresas têm conhecimento que parte das vendas a prazo não serão recebidas
devido a falência, concordata ou mesmo por vontade própria (lidar o cano") de não
pagar o título. --'
Assim, de acordo com o princIpIo da COMPETÊNCIA é que a provisão é
constituida. É provisionada em um período (período que ocorre as vendas) para ser
utilizada no periodo seguinte (quando serão recebidos os valores dasvendas).A
provisão é constituída aplicando-se um percentual sobre a conta cliente (ou duplicata
a receber). O problema é saber qual o valor percentual a adotar.. O correto
contabilmente seria estimar a expectativa de perdas futuras tomando como base as
perdas passadas. Esta estimativa deveria ser feita pela empresa. Porém o que
acontece é que a legislação do imposto de renda é que fixa as regras de cálculo deste
percentual. -~.

- Esta provisão, de saldo credor, retificadora da conta cliente (ou duplicata a receber),
é debitada pelas baixas consi~eradas incobrâveis e ao final do período é revertida a
resultado (outras receitas operacionais), ou complementada pelo"valor da provisão
do próximo p~riodo, se possível.'
.'
4 - Ativo Permanente - Diferido

Vimos anteriormente, o princípio da competência:

"As receitas e despesas deyem ser incluídas na apuração


do resultado do período em que ocorrem sempre
simultaneamente quando se correlacionarem,
independentemente do r:ecebimento ou pagamento".

A parte grifada preceitua que sempre que lançarmos uma receita no resultado do
exercício, devemos lançar simultaneamente a despesa correspondente, e vice-versa.

Assim, não podemos lançar uma despesa no resultado do exercício se não lançarmos
a correspondente receita (a meo?s que haja perda).

Obs~~e que,. até aqui, sempre- que' Ianç~os' uma despesa, h6. uma receita
correspondent~ lançada (às vezes, nem sempre yisível)

EXEMPLO 1:
-;

VENDA DE MERCADORIA:

Caixa
a Vendas ..................................................... Valor (1)

CMV
a Mercadorias ............................................ Valor(2)

.No lançamento (1) é lançada a receita (vendas) e no lançamento (2) a despesa (no
. caso custo - CMV)
~.-

9
EXEMPLO 2:

DEPRECIAÇÃO

Despesas de Depreciação
a Depreciação Acumulada ......................... Valor

A despesa está lançada. E onde está a receita?

Se um bem está sendo depreciado é porque esta sendo usado, logo, está gerando
receita que será lançada com a venda do produto, por exemplo.

Esta é a báse do ativo diferido. São despesas incorridas que por não
gerarem" uma receita não podem ser lançadas a resultado. Estas
despesas são classificadas no ativo diferido e serão apropriadas como'
despesas quando gerarem receitas (no futuro).

De acordo com o artigo 179 da lei das SI-I)..•• serão classificadas no ativo dIferido as
aplicações de recursos e~ despesas que contribuirão para a formação do resultado de
mais de um exercício social, inclusive os juros pagos ou creditados aos acionistas
durante o período que an.teceder o início das operações sociais.

ATENÇÃO:

- Todas as contas do Ativo Diferido são amortizadas.


- As contas do Ativo Diferido são intangíveis. Não há bens corpóreos
neste grupo (estes ~ão classificados no imobilizado).
- O prazo de amortização é entre 5 e 10 anos.

PRINCIPAIS"CONTAS DO DIFERIDO:

Despesas (ou gastos) Pré Operacionais ou de Implantação


Despesas (ou gastos) com Pesquisa ~-Desenvohdmento de Novos Produte~-·
Despesas (ou gastos) com Implantação"4e Sistema e Métodos
Despesas (ou gastos) de Reorganização;

ATENÇÃO
Apesar destas contas serem chamadas de despesas, elas não são despesas, e sim,
Ativo Diferido.

DESPESAS (OU GASTOS) PRÉ OPERACIONAIS

é- Na fase pré operacional - antes da empresa entrar em operação - obviamente a Cia,


não gera receita já que não está operando. No entanto várias despesas são efetuadas
(ex.: projeto, detalhamento etc.) e serão lançados no ativo diferido. Quando a
empresa entrar em operação, e gerar receitas, estas despesas serão amortizadas.

10
As despesas pré operacionais incluem os gastos de organização e administração (ex.:
recrutamento e seleção de pessoal, treinamento, viagens etc ... ); encargos financeiros
incorridos no período; estudo de projeto e detalhamento (ex.: viabilidade
econômica); gastos preliminares de operação etc ...

Os juros pagos ao acionista na fase pré operacional ocorre, geralmente, em empresas


de serviços públicos em que a fase pré operacional é longa. Neste caso pode ser
interessante remunerar 0- investidor como se o investimento fosse uma forma de
empréstimo.

IMPORTANTE
Na fase pré operacional, a Cia eventualmente pode apresentar
resultado. Ex.: Venda. de um veículo usado na fase pré
operacional com lucro. Neste caso, deve lançar este resultado
deduzindo o valor das despesas pré operacionais, no diferido.
Se a venda for com prejuízõ, deve-se acrescentar o valor ao
diferido .

.
DESPESA (GASTO) ÇOM PESQUISA E DESENVOLviMENTO DE NOVOS
PRODUTOS

Estas despesas são lançadas no diferido porque enquanto as pesquisas se


desenvolvem, não geram receitas. Quando a pesquisa terminar e começar a gerar
receitas devemos amortizar o valor destas despes8;s do diferido como exp1icado
anteriormente: entre 5 e 10 anos. . .

Neste grupo de contas inclui materiais consumidos, salários, depreciação etc ...

As despesas com implantação de sistemas e métodos e despesas de reorganização,


seguem os mesmos princípios explicados acima.

AMORTIZAÇÃO

Segundo a lei 6404/76 a amortização deverá ser feita a partir do início da operação
normal ou do exercício em que passem a ser usufruídos os benefícios delas
decorrentes, devendo ser registrada a perda de capital quando abandonados os
empreendimentos ou atividades a que se destinavam ou comprovado que essas.
atividades não poderão produzir resultados suficientes para amortiza-los.
Assim, se uma pesquisa não der nenhum fruto, o valor aplicado no diferido deverá
ser lançado como resultado não operacional (perda de capital).

~-

11
ATENÇÃO:
Não confundir ativo diferido com despesas antecipadas. O
ativo diferido é uma despesa incorrida (paga ou não) que por
I não gerarem receitas não são apropriadas ao resultado. As
despesas antecipadas são despesas não incorridas não
podendo ser apropriado ao resultado do exercício porque o
"fato gerador" desta despesa não ocorreu.

5 - Resultado de Exercícios Futuros

De acordo com o artigo 181 da lei das SIA.:

"Serão classificadas como resultado de exerClClOS futuros as


receitas de exercícios futuros, diminuídas dos custos e despesas
a ela correspondentes".

Não existe um consenso entre os diversos autores sobre a natur~za das transações
das contas que devem ser classificadas nesse grupo.

De acordo com o FIPECAFI, neste grupo devem constar valores recebidos que não
serão em nenhuma hipótese devolvidos pela empresa nem representam obrigação de
sua parte de entregar bens ou serviços., '

Por esta definição os adiantamentos de clientes por conta de financiamento de bens


ou serviços serão classificados no passivo circulante.

Já Marcelo Cavalcanti Almeida considera que os contratos a longo pra~o de


construção por empreitada ou fornecimento de bens ou serviços representam
exemplo típico de operação que deveria ser classificada no grupo de contas de
resultado de exercício futuros.

Para efeit9s de concursos públicos vamos-"seguir a posição do FIPECAFI (Fundação


Instituto de'Pesquisas Contábeis,
.. . Atuariais e Financeiras).
~

Assim, os adiantamentos recebidos para serem classificados em REF devem


obedecer a duas condições cumulativas:

Não serão devolvidos em ne:phuma hipótese


Não são derivados da venda de bens ou serviços.

Obedecendo às duas condições acima, verificamos que serão classificadas neste


grupo um número muito restrito de contas:

/"'
Aluguel Recebido Antecipadamente (também conhecida como
"~
Aluguéis Ativos a Vencer) com cláusula de não reembolso: o valor
recebido deve ser classificado em resultado à medida que o prazo de
locação vai transcorrendo.
Recebimento de comissão: Um banco, para conceder empréstimo,
cobra uma comissão (além dos juros e correção monetária) que será

12
apropriado ao resultado do exercício proporcionalmente ao prazo do
empréstimo. .
Sinal de Negócio: Para fechar um determinado negócio, é recebido um
. sinal antecipado.
Por força do regulamento do imposto de renda, serão classificados
neste grupo de contas os recebimentos decorrentes de atividades de
compra, venda, loteamento, incorporação e construção de imóveis.

6 - Contas do Patrimônio Líquido Devedoras (Retificadoras)

Capital a Integralizar
Prejuízo Acumulado
Ações em Tesouraria
Quotas Liberadas
Dividendos Antecipados.

As duas primeiras contas já foram explicadas anteriormente. Explicaremos as outras.

6.1 - Ações em Tesouraria


A aquisição de ações de sua própria emissão que a companhia adquire é chamada de
ações em tesouraria.

De acordo com o artigo 30 da lei das S.A. não é permitido às companhias (abertas ou '.
fechadas) adquirir suas próprias ações. Nessa proibição não se compreendem:

a) As operações de resgates, reembolso ou amortização previstas em lei (ver


parte -yIII)
b) Aquisição para permànênciaem tesouraria ou cancelamento, desde que até o.
valor do saldo de IÚéros. ou reservas, exceto a legal e sem diminuiçãó do"·
capital, ou por doação.
c) Aquisição para diminuição.do capital.

o artigo 30 ainda estabelece que -as companhias abertas deverão obedecer às


normas expedidas pela CVM.(Comi.ssão de Valores Mo~i1iários.).

As ações em tesourarias são retificadores do capital social. É como se fosse uma "_.
devolução do patrimônio líquido.

Não são distribuídos dividendos'a ações em tesourarias.

As compras das ações em tesouraria são avaliadas pelo custo de aquisição.

Se a companhia alienar estas ações, a operação gerará lucro ou prejuízo. que não
deve transitar por contas de resultado (não integram a D.R.E.)

Ocorrendo lucro, a Cia deverá abrir uma Reserva de Capital, pois este lucro tem a
mesma natureza do ágio na emissão de ações. Ocorrendo prejuízo, éste deverá ser
debitado na mesma conta de reserva de capital que registrou os lucros anteriores e· o
~-

13
excesso (caso haja) deve ser debitado na conta de reserva que originou os recursos-­
para a aquisição das ações.

6.2 - Quotas Liberadas

Tem a mesma natureza das ações em tesouraria só que é para companhias da forma
limitada (LTDA). As ações em tesouraria são para (S/A.).

6.3 - Dividendos Antecipados

Os dividendos serão vistos com detalhes na parte VIII.

O dividendo é a remuneração do acionista e deve ser distribuído, regra geral, dentro


.do exercício social, em geralmente, no final dele.

Se a companhia decidir distribuir os dividendos antes da data prevista, serão


.
chamados de Dividendos Antecipados, conta retificadora. do Patrimônio Líquido.
.
7 - Classificação de Algumas Contas

Antes de entrarmos na parte V, vamos dar a classificação de algumas contas que


costumam gerar dúvidas.

Banco cl Movimento: Já conhecida, é conta de livre movimentação. Do


Ativo Circulante.

Banco conta Vinculada: São depósitos feitos pela empresa tais como:
• Depósitos vinculados para liquidação de contratos ou importações.
• Depósitos vinculados à liquidação de empréstimos.
• etc ...
É classificada no Ativo Circulante ou Ativo Rea1izáveL~ Longo frazo.

Banco conta Empréstimo: Conta de saldo credor. É o chamado cheque


especial. Como é UIlla,obr-igação é-Cla.ssifica4a_n9 Pa~sivo (regra). Pode ser
classificada no Ativo como retificadora se houver, no mesmÓ banco,outras-=-­
contas (ex: aplicações, poupanças, etc ... ) que tenha saldo suficiente para
cobrir o saldo credor.

Banco conta Liquidação: Representa o saldo de contas bancárias em bancos


em liquidação ou sob intervenção. Pode ser classificado no Ativo Realizável
a Longo Prazo ou Ativo Circulante dependendo da situação.

Empréstimos a Diretores ou Acionistas: como visto anteriormente é do


Ativo Realizável a Longo Prazo independente do prazo de realizaçãó.

Despesas do Exercício Seguinte: Tipo de despesas antecipadas, classificada


no Ativo Circulante.
Numerários em Trânsito: É o dinheiro que está em trânsito (ex: ordens de
cobrança, remessas para filiais etc.) classificada no Ativo Circulante.

14
<I-

Adiantamento para Aumento do Capital: Conta que deve ser classificada


como exigibilidade; Passivo Circulante ou Passivo Exigível a Longo Prazo.

Lucros Retidos ou Lucros Suspensos; É o mesmo de Lucro Acumulado (PL).


É a parcela do lucro ainda sem destinação.

Valores Mobiliários: São títulos negociáveis classificados no Ativo


Circulante (ou Ativo Realizável a Longo Prazo).

Receita Antecipada: Classificada como Resultado de Exercício .Futuro; a


menos que haja indicação contrária.

Adiantamento de Clientes: Passivo Circulante.

Juros a Receber: Conta normal do Ativo. A maior parte das.contas com a


expressão "a receber" é do Ativo assim como as com denominação "a pagar",
do Passivo.
.
Juros a Pagar: Conta do Passivo. Ver comentário anterior: ..

Juros a Vencer: Conta do Ativo. Representa juros não apropriados ao resultado


respeitando o regime de competência: Na realização a contrapartida, será
despesa (debita Juros Passivos e Credita Juros a Vencer). A realização é "pro
rata tempore" (proporcional ao tempo).

Juros Ativos: Conta noimal"de receita de juros (Resultado)

Juros Ativos a Vencer: Juros Ativos é conta de receita como comentado


anteriormente. Quando se coloca a expressão "a vencer" na frente' da conta,
significa que o "fato gerador" não ocorreu. Logo não pode ser apropriada ao
resultado' (como receita)..Como é uma conta de natureza credora, será
classificada no passivo. Na ocorrência do fato gerador, a conta será realizada
(debitada) tendo corno contrapartida uma conta de receita (resultado). Não
confundir com Juros a Vencer (como visto acima, conta do Ativo).

Juros Passivos: Conta normal de despesa de juros (resultadó).

Juros a Transcorrer: Esta conta tem o mesmo funcionamento da conta Juros a


Vencer (natureza devedora). Entretanto ela é derivada de Empréstimos com
Juros Antecipados. É uma conta do Passivo (retificadora). Ex: Urna empresa.
pede 1.000 emprestádo e paga antecipadamente 100 de juros, O lançamento
seria débito em Bancos (900), débito em Juros a Transcorrer (100), crédito em
Empréstimos Bancários (1.000). A realização da conta é "pro rata tempore"
(proporcional. ao tempo transcorrido) debitando-se Juros a Transcorrer e
creditando Despesa (Resultado).

Serviços Prestados a Prazo: Nome muito ruim para representação patrimonial.


Caiu em uma prova da ESAF. Se fosse Serviços Prestados, seria uma receita
(resultado), entretanto, quando se colocou à.termo "a prazo", a ESAF entendeu

IS j
,-'
"

">

que é um direito (como se fosse uma duplicata a receber). Logo, conta do


Ativo.

Impostos Atrasados: Impostos devidos e não pagos. Conta do Passivo.

Comissões Ativas: É o mesmo que Receita de Comissões. Conta de Receita


(Resultado)

Débitos de Coligadas: Direito que a Empresa tem a receber de uma coligada.


Conta do Ativo Realizável a Longo Prazo independente do prazo de realização.
Caso a transação feita com a coligada seja uma transação normal, isto é, como
se fosse qualquer outro cliente, a conta seria classificada no Ativo Circulante.
Neste caso, é aconselhável colocar na conta a expressão "transações
operacionais".

Créditos de Funcionamento: São· os adiantamentos concedidos a funcionários


por conta.de salários, despe,sas, empréstimo~ e outros. Conta do Ativo
-
.-'~'.

Descontos Passivos: Outro nome ruim, entretanto, a ESAF considera a conta


como despesa (resultado). É o mesmo que descontos concedidos. .'

Descontos Ativos: Ao contrário da conta acima, conta de receita (result3do). O


mesmo que descontos obtidos.

"---,

16
CAPÍTULO VI

CONTEÚDO

• DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO"

• RESULTADO
." BRUTO

• RESULTADO OPERACIONAL

• RESULTADO DO PERÍODO BASE ANTES DAS-PARTICIPAÇÕES,


CONTRmUIçÃO SOCIAL E IMPOSTO DE RENDA " ..

• RESULT ADO LÍQUIDO DO PERÍODO BASE

1
-../

1 - Demonstração Do Resultado Do Exercício (DRE)

A DRE é um relatório contábil que nos dá o lucro ou o prejuízo do exercício. É como se


fosse uma cópia escrita do ARE discriminando todas as contas que contribuíram para a
formação do resultado.

Na DRE as contas são dispostas em uma determinada ordem segundo sua natureza,
formando o resultado bruto, operacional etc ....

o artigo 187 da lei das SIA apresenta a Demonstração do Resultado do Exercício a partir da
R,eceita Bruta de Vendas (Vendas Brutas) .

.Como o IPI não retifica a Receita Bruta adotamos o critério de iniciar a DRE pelo
Faturamento Bruto (que diminuindo do IPI Faturado nos dá a receita bruta). Est~ critério é
adotado para ficar em êonsonância com os lançamentos de vendas apresentadas na parte V:

Caixa (ou Contas a Receber)


a Faturamento Bruto

IPI Faturado
a IPI a Recolher

Para utilizarmos a DRE da lei 6.104 o lançamento deveria ser:

Caixa (ou Contas a Receber) _/

a Vendas Brutas
a IPI a recolher.

Neste último lançamento, a conta Faturamento Bruto não·aparece. Como vimos na Parte V
adotamos o 10 critério para que o IPI apareça na D R E . · '.

A DRE apresentada a seguir segue os preceitos fiscais, e foi dividida em 4 partes para
efeitos didáticos:
- Resultado Bruto ou Resultado Operacional Bruto (1)
Resultado Operacional ou Resultado Líquido Operacional (2)
- Resultado não Operacional (3)
- Resultado Líquido o Lucro Líquido (4)

A seguir vamos explanar cada parte.

-,./

J
DEHORSTRACAo DO RESULTADO 00 EXERC.lCIO DEREX/DRB

Receita Bruta de Vendas de Mercadorias e/ou Serviços


(-) Deduções
Vendas Cance1adas
• Descontos Incondicionais
• Impostos sobre Vendas
• Abatimentos sobre Vendas
• PIS sobre o Faturamento
COFINS
= Receita Líquida de Vendas
(-) CUsto das Mercadorias Vendidas ou CUsto das Vendas
Resu1tado Operaciona1 Bruto (Lucro ou Prejuízo Bruto)
(-) Despesas Operacionais
Com. Vendas
• Admj Dj strativas
• Financeiras Líquidas
. (Receita Financeira - Despesa
, Financeira}
+ outras Receitas Operacionais
(-) outras Despesas Operacionais
= Resultado Operacional Líquido (Lucro oU_Prejuízo Operacional)
'+1 Receita não ~acional
(+) Despesa Hão Operaciona1
= RESULTADO ANTES DO IMPOSTO DE RBRDA E CONTRIBUIçJiO SOCIAL
SOBRE O LUCRO - CSLL
(-) Contribuição Socia1
(-) Imposto de Renda
RESULTADO ANTES DAS PARTICIPAçOES
(-) Participaçqes
• Debêntures'
... EIIlpreqados
Administradores
Partes Beneficiárias
Fundo de Assistência e previdência ~os Empreqados

= LUCRO LíQUIDO 00 EXERCíCIO - LLE

,
LUCRO OU PREJUI. Ia POR AÇÃO - LPA

LPA=
Resu1tado do Exercício
NO_ de Ações
Emitidas
3 - Resultado Bruto

o resultado bruto, como vimos anterionnente~ é o resultado que a empresa obtém com o
..../

seu objeto. No inventário periódico utilizamos as seguintes fónnulas para o cálculo do


Resultado Bruto:

(l) CMV EI + CL-EF


(2) L. B. VL - CMV

No inventário pennanente, só é utilizada a 2a fónnula já que oCMV é dado.

As Compras e Vendas são líquidas já que não há retificadoras. A seguir, a título de revisão,
mostraremos como calcular as Compras e Vendas líquidaS:

COMPRAS
~ ..:::.
(+) Frete s/Compras
(+) Seguro s/Compra
(-) Devolução de Compras --­
(-) Abatimento- s/Compras
(-) Desconto Incondicional s/Compras
(=) Compras Líquidas

VENDAS
(-) Devolução de Vendas (ou Vendas Canceladas)
(-) Abatimento sIVendas .
(-) Desconto Incondicional sNendas
(-) Impostos sNendas
(=) Vendas Líquidas
'.~/

Na determinação do Lucro -Líquido, entre outras contas:

RESULTADO BRUTO
(+) Descontos Financeiros s/Compras
(-) Descontos Financeiros slVendas
(-) Frete s/Vendas
(-) Com issões sNendas
(-) Despesas sIVendas
(±) Etc..(outras contas do grupo operacional, não operacional, participações,
LR. e C.S.)
(=) Lucro Líquido

4
As Contas discriminadas acima (na determinação do lucro líquido) aparecem apenas para
que não se confunda com as de determinação do lucro bruto. É comum em provas de
concurso misturar as contas e pedir, por exemplo, o Lucro Bruto.

OBSERVAÇÕES

1. Despesas pagas e não incorridas não entram no cálculo do Lucro pois não é Conta
Resultado (como já vimos). É conta do ativo (despesa antecipada). Na DRE só entram
as despesas incorridas e as receitas realizadas.
2. Lembre-se:
Desconto Financeiro = Desconto Condicional
Desconto Comercial = Desconto Incondicional
Saldo da Conta Mercadoria no Inventário Periódico é o Estoque Inicial.

4 - Resultado Operacional

Uma Empresa, para operar, incorre em uma série de despesas necessárias a sua operação.

Ex.: água, l~, aluguel etc ...

Como vimos, o resultado bruto é o resultado obtido com a compra e venda do objeto.

o Resultado Operacional compreende as despesas incorridas para vender (ex.: propaganda)


e administrar a empresa assim como as despesas necessárias para financiar suas atividades:

Partindo do resultado bruto, para chegarmos ao resultado operacional, devemos "deduzir


as despesas com vendas, às despesas financeiras deduzidas das receitas, as despesas
gerais e administrativas e outras despesas operacionais" (lei 6404/76)._

De acordo com o exposto há 4 tipos de despesas operacionais:

1. Despesas Com Vendas'


2. Despesas Administrativas
3. Despesas Financeiras Deduzidas das Receitas
4. Outras Receitas e Despesas Operacionais.

4.1- Despesas com Vendas


São gastos, que a Empresa arca, para promover e colocar seus produtos no mercado assim
como os riscos assumidos com as Vendas.

SÃO DESPESAS COM VENDAS:


r-'
Despesas c/Pessoal (salário, 13°, férias etc...) de Vendas, Comissão sNendas, Aluguéis e
,- Condomínios, Energia Elétrica, Água, Telefone, PDD (Risco pela Venda), Devolução de
r'
Venda de períodos anteriores, Propaganda, Despesas Gerais (viagens, material de
,~
escritório, etc.).

5
4.2 Despesas Administrativas:
São valores gastos na direção (administração da empresa)
Despesas com Pessoal, Água, energia elétrica, telefone, Material de Escritório, Viagens,
Lanches e Refeições, Impostos e Taxas (IPTU, IPVA, etc ...), Doações, Depreciação,
amortização e exaustão, Auditoria, Consultoria, Recrutamento e Seleção, Treinamento de
Pessoal, Etc ...

4.3 - Despesas Financeiras


São despesas que a empresa suporta para financiamento de sua operação:

Juros Passivos, Descontos Concedidos, Variações Monetárias Passivas, Comissões e


Despesas Bancárias, etc.

4.4 - Receitas Financeiras

Juros Ativos, Descontos Obtidos, Variações Monetárias Ativas', Receita em Aplicações


Financeiras (Investimentos Temporários), E~é.

4.5 - Outras Receitas e Despesas Operacionais


São aquelas que não se· encaixam na classificação acima (Vendas, Administrativas e
Financeiras)

Resultado Positivo (receita) ou Negativo (despesa) em equivalência patrimonial,


Constituição. e reversão de provisões em geral, Receitas de Aluguéis, Vendas Diversas:
Receita com sucatas ou sobras, Etc.

5 - Resultado do Período Base antes das Participações, Contribuição Social e Imposto


de Renda

São resultados obtidos pela Empresa que não tem nenhuma relação direta, indireta ou
acessória com o objeto da Empresa.

A Lei das SI A menciona vagamente que após os resultados operacionais" v:irão os


resultados não operacionais, que a legislação do' imposto de renda define como
Ganho/Perda de Capital.

5.1 - São Perdas de Capital ou Despesas não Operacionais:

Prejuízo na alienação de bens e direitos do ativo permanente: a alienação pode ser de


qualquer bem ou direito do ativo permanente. Ex.: máquinas, veículos, participações
societárias, etc., Constituição da provisão para perdas prováveis' na alienação de
investimentos permanentes, Perda de Capital no Diferido: caso em que os recursos
aplicados no diferido não geram receitas (ver Parte IV), Saldo devedor da Correção
Monetária.

5.2 São Ganhos de Capital ou Receitas não Operacionais:


.../

-'o
Lucro na alienação de bens e direitos do Ativo Permanente, Reversão da provisão para
perdas prováveis na alienação de investimentos permanentes, Ganho de Capital no
Diferido; caso em que a Empresa venda os direitos sobre um produto e os gastos com o seu
desenvolvimento se encontram no Ativo Diferido, Saldo Credor da Correção Monetária,
Reserva de Reavaliação realizada, quando computada no resultado do exercício (a reserva
de reavaliação será vista com mais detalhes na Parte VIII)

6 - Resultado Líquido do Período Base

Após chegarmos no resultado antes das participações, contribuição social e impostos de


renda, devemos primeiramente calcular a Contribuição Social e o Imposto de Renda e
depois as Participações. Para o cálculo das Participações a lei 6404/76 estabelece:

"Do Resultado do Exercício serão deduzidos antes de quaJquer


participação, os prejuízos acumulados e a provisão para o Imposto
de Rendã:"

Logo, os prejuízos acumulados devem constar no cálculo das participações. Obviamente


não deve fazer parte da Demonstração do Resultaqo. Os prejuízos devem ser considerados
somente para efeito de cálculo.

As participações são calculadas sucessivamente e na ordem apresentada no modelo da


ORE:

1() Debêntures
2() Empregados
3° Administradores
4° Partes Beneficiárias
5° Contribuição pa~a.Fundos de Assist~!1cia de Empregados

DEBÊNTURES E PARTES BENEFICIÁRIAS são títulos de crédito que são explicados


detalhadamente na parte VIII.
~-.

Observe que há uma ordem de cálculo e uma: ordem de apresentação (qada no modelo) ..

6.1- Insubsistências e Superveniências

Superveniência do Ativo: O termo Superveniência tem o sentido de aumentar, adicionar.


Assim, superveniência do Ativo significa urri"aumento do Ativo ocasionando um aumento
do Patrimônio Líquido, portanto, conta de receita de natureza credora.

Superveniência Ativa: A palavra "Ativa" não significa do ativo e sim, aumento, sentido
positivo. Logo a Superveniência Ativa é conta de receita de natureza credora.

Superveniência do Passivo: Aumento do Passivo ocasionando diminuição do Patrimônio


Líquido, conta de despesa de natureza devedora.
7
-../

Superveniência Passiva: Por analogia, a palavra "Passiva" não significa do passivo, e sim,
condição negativa, aumento de uma situação negativa. Logo conta de despesa, natureza
devedora.

lnsubsistência do Ativo: A palavra "Insubsistência" significa algo que deixa de existir.


Assim, a Insubsistência do Ativo significa um Ativo que deixa de existir. Conta de despesa,
natureza devedora. .

Insubsistência Ativa: Reforçando, a palavra "AtivaI! não significa do Ativo, e sim, efeito
positivo. Assim, significa algo que deixa de existir trazendo um efeito positivo (Ex: perdão
de dívida). Logo é conta de receita, natureza credora.

Insubsistência do Passivo: Passivo que deixa de existir, conta de receita de natureza


credora.

Insubsistência Passiva: Algo que deixa de existir trazendo efeito negativ().no Patrimônio
Líquido. Conta de despesa, de natureza devedora.

Observe que a lnsubsistência do Ativo é uma Insubsistência Passiva diminuindo o


Patrimônio Líquido e a Insubsistência do Passivo é uma Insubsistência Ativa, aumentando -'
o Patrimônio Líquido.

-/

._'

.>

CAPÍTULO VIII

CONTEUDO·

• PATRIMÔNIO LÍQUIDO
I .
I­ RESERVAS DE CAPITAL
!
• RESERVAS DE LUCROS

• RESERVAS DE REAVALIAÇÃO

- DIVIDENDOS

- DEMONSTRAÇÃO DE LUCROSIPREJUÍZOS ACUMULADOS

• DEMONSTRAÇÃO
- DAS MUTAÇÕES
.
DE PATRIMÔ~"IO LÍQUIDO

.
~
1 - Patrimônio Líquido

Como visto anteriormente o Patrimônio Líquido é a diferença entre o valor do ativo e do


passivo; ou obrigação da empresa para com seus sócios ou acionistas. Por isto é também
chamado de passivo não exigível.

De acordo com a.1ei 6404/76 o patrimônio líquidó é dividido em:

1. Capital Social
2. Reservas de Capitàl
3. Reservas de Lucros
4. Reserva de Reavaliação
5. LucroslPre]uízos A«umulados

Ressalta~se que ainda são classificadas no patrimônio líquido as seguintes contas


(retificadoras doPL): . ..
6. Ações em tesouraria
. 7. Quotas Liberadas
8. Lucros ou Dividendos distribuídos antecipadamente.

2 - Reservas de Capital

São valores recebidos pela empresa e que não constituem receitas ou ganhos, portànto, não
transitam por contas de resultado.

SÃO RESERVAS DE.CAPITAL:

- Ágio na Emissão de Ações


- Alíenação de Partes Beneficiárias
- Alienação de Bônus i:le-subscrição
Prêmio na emissão de Debêntures
. Doações & Subvenções para Investimentos •

.
~

2.2 - Réserva de Ágio na Emissão de Ações

Ágio é o excedente ou a diferença entre o preço que os acionistas pagaram 'pelas ações
da companhia e seu valor nominal (de face).
Esta diferença é registrada nesta reserva de capital.

1
DESDOBRAMENTO DE AÇÕES: é a substituição de ações de elevado valor nominal
por uma quantia maior de ações com valor nominal inferior.

GRUPAMENTO DE AÇÕES: É a substituição de grande quantidade de ações de valor


nominal reduzido por uma menor quantidade de ações de valor nominal elevado.

2.3 - Reserva de Alienação de Partes Beneficiárias


-
De acordo com a lei 6404/76 no seu artigo 46, a companhia pode criar a qualquer
tempo títulos negociáveis sem vàlor nominal e estranhos ao capital social
denominado "partes beneficiárias".
As partes beneficiárias conferirão aos seus titulares direito de crédito eventual contra a
companhia:

2.4 - Reserva de Alienação de Bônus de Subscrição

De acordo com o art. 75 da lei 6404/76 são títulos negociáveis que a companhia
poderá emitir dentro do limite de aumento do capital autorizado no estatuto.
Os bônus de subscrição conferirão aos seus titulares direito de subscrever aç-Ões do
<! capital social que será exercido mediante apresentação do título à companhia e
pagamento do preço de emissão das ações.
Os bônus de subscrição podem ser alienados pela companhia ou atribuídos, como
vantagem adicional, ÉiOS subscritores de suas ações ou debêntures.

2.5 - Reserva 'de Prêmio na Emissão de Debêntures

Debêntures são títulos que conferirão aos Seus titulares direito de crédito contra a
companhia. nas condições constantes da escritura de emissão e do certificado. É um
instrumento de captação de recuf.$os. Quando à ,companhia necessita de dinheiro,
poderá emitir a debêntUre e vendê~Ja. O resgate (geralmente a longo prazo) dará ao seu
possuidor participação nos lucros, juro e correção monetária.
Não há relação entre debêntures e ações já que o acionista é proprietário de parcela da
empresa e o debenturista tem apenàs um direito de crédito contra a empresa.

Quando as debêntures são muito. atraentes (dando muitos beneficios) os compradores


estarão dispostos a pagar um valor superior ao valor nominal. Esta diferença é o
prêmio que será registrado nesta reserva de capital.

CARACTERÍSTICAS pAS DEBÊNTURES

a) A debênture poderá assegurar ao seu titular juros fixos ou variáveis.


b) A debênture poderá (ou não) ser conversível em ação.
c) A debênture deve ter valor nominal
d) Debêntures da mesma série terão igual valor nominal e conferirão os mesmos
direitos.

1.
"

e) Excetuados os casos previstos em lei especial, o valor total das emissões de


debêntures não poderá ultrapassar o capital social.
f) As debêntures serão inscritas no registro de imóvel do lugar da sede da companhia
g) As debêntures serão nominativas.

2.6 - Reserva de Doações

Doações são valores recebidos pela companhia em dinheiro ou bens (imóveis, móveis
ou direitos).
As doações recebidas serão avaliadas pelo valor de mercado (neeessitam de laudo
pericial).
Quando recebidos pela empresa, integra o reSultado do exercício (sujeitando-se ao
imposto de renda); porém, se forem feitas pelo poder público poderão ser
.. contabílízadas como Reserva (não se sujeitando ao I.R.)
Segundo o Regulamento do Imposto de Renda (RIR) as reservas de capital sÓ'poderão
ser utilizadas para absorver prejuízos ou aumentár o capital social.

2.i - Reserva de Subvenções para Investimentos


Existem duas modalidades de subvenção:
Subvenções para Cust~eio e SubveJ:1ções para Investimento. Somente as subvenções
para investimentos podem ser contabiJizadas como reserva.·
De acordo com o Parecer Normativo CST nO 112, subvenção é um auxílio que não
importa em qualquer exigibilidade para Setl recebedor. .

2.7.1 Subvenção' Para Investimentos


As fonnas mais comuns de . subvenção para investimento são as devoluções,
isenções ou redução de impostos a pagar.

EXEMPLO:
Isenção ou redução do imposto de renda: geralmenté'para empresas 10calizadas nas
áreas de atuação da ADENE/ADAN (antiga SUDENE/SUDAN). O 'valor do
imposto de renda que deixa de ser pago é registrado nesta reserva.

2.7.2 Subvenções Para Custeio


As subvenções para custeio são registradas no resultado operacional (receitas) e
sujeitam-se à tributação. '
Geralmente tais subvenções destinam-se a cobrir déficits de empresas públicas ou
para concessionárias e pennissionárias de serviço público que operam com tarifas abàixo
do valor real sendo a diferença coberta por tais subvenções

2.8 - Reservas de Incentivos Fiscais

As empresas podem aplicar parte do imposto de renda a pagar em incentivos fiscais


tais como o FINOR (Fundo de Investimento do Nordeste) ou FINAM (Fundo de
Investimento da Amazônia).
,---­

"3
-~

Os Certificados de ,Investimentos podem ser classificados no Ativo Permanente ­


Investimentos, no Ativo Circulante ou Realizável a Longo Prazo dependendo se a
empresa tem intenção ou não de pennanecer com eles.

De acordo com a lei 6404 (art.200), as Reservas de Capital somente poderão ser utilizadas
para:

a) Absorver prejuízos, quando estes ultrapassarem os Lucros Acumulados e as Reservas


de Lucros,
b) Resgate, reembolso ou compra de ações.
c) Resgate de partes beneficiárias
d) Incorporação ao Capital Social.
e) Pagamento de dividendo a ações preferenciais quando essa vantagem lhe for
assegurada,

RESGATE 'DE AÇÕES: (lei"6404176 art 44) consiste no pagamento do valor das ações
para retirá-las definitivamente de circulação com redução ou não do Cap.ital Social;
mantido o mesmo capital, será atribuído, quando for o caso, .novo valor nominâl às ações
remanescentes. .

REEMBOLSO DE AÇÕES: é a operação pela qual, nos casos previstos em lei (ex.: fusão
l
incorporação etc...), a companhia paga aos acionistas dissidentes de deliberação de
assembléia geral o valor de suas ações. -/'

AMORTIZAÇÃO DE AÇÕES: consiste na distribuição aos acionistas, a título de


antecipação e sem redução do Capital Social, de quantias que lhe poderiam tocar em caso
de liquidação da Companhia.
As ações integralmente amortizadas poderão ser substituídas por ações de fruição. Ações de
fruição são .aquelas que podem' sOer emitidas em substituição às ações amortizadas, as quais
atribuem a seus titulares direitos estabelecidos no estatuto, geralmente dividendos. Estas
ações não représentam parcela do capital e não tem direito a voto.

3 - Reservas de Lucros:

São parcelas do lucro obtido retido pela empresa (não distribuído) com uma finalidade
específica.

A grande diferença entre as reservas de capital e as reservas de


lucros é que as reservas de "capital são dotações vindas "de fora" da
companhia (doação, subvenções~ ágio etc ... ) e as reservas de lucros
são feitas a partir do lucro da empresa com uma destinação
específica.

Assim sendo o lançamento para a constituição de qualquer reserva de lucro é:

Li
I ' a
Lucro Acumulado
Reserva de Lucro ............................ :..............
----,
~

Observe que a conStitUição de reservas de lucros é fato perniutativo.

DE ACORDO COM A LEI 6404/76, SÃO RESERVAS DE LUCROS:

1- Reserva Legal
2- Reservas Estatutárias
3- Reserva para contingências
4- Reserva de Retenção de Lucros (ou de Lucros para Expansão ou para Planos de '
Investimentos)
5- Reserva de Lucros a Realizar. _
".::.,:....:.
6- Reserva Especial para Dividendos Obrigatórios.
..
3.1 - ReServa Legal

A reserva legal tem por fim assegurar a integridade do ,Capital e somente pqderá ser.
utilizada para compensar prejuízos ou aumentar o capital soei aI (6404176 art. 193).
O mesmo artigo nos dá os limites a serem observados na· constituição da Reserva:

1°. 5% do lucro líquido serão aplicados antes de qualquer 'outra destinação na


constituição da reserva legal

2°. A reserva legal não poderá exceder 20% do capital social.

30. . A companhia poderá deixar de constituir' a rese.rva legãt no exerC1ClO em


que o -saldo dessa resew:a acrescido do montante das reservas de capita1 (exceto
correção monetária do capital) exceder 30% do capital social.

OBSERVAÇÃO:
A lei é omissa quando se refere ao Capital Social, isto é, não especifica qual capital social
(realizado ou somado com a reserva de C.M. do capital).
Devemos ressaltar que o Manual de Contabilidade das Sociedades por Ações (FIPECAFI)
preconiza que devemos útilizar o capital social realizado, entrétanto em provas recentes da
ESAF utiliza-se o Capital Social como' parâmetro de base de cálculo. .

3.2 - Reservas Estatutárias

O estatuto poderá criar reservas desde que para cada uma:


1. Indique, de modo preciso e completo, a sua finalidade.
n. fixe os critérios para determinar a parcela anual dos . lucros líquidos que serão
destinados à sua constituição; e
m. estabeleça o limite máximo da reserva.

. 5
;:-"

EXEMPLO DE RESERVAS ESTATUTÁRIAS:

Reserva para Resgate de Debêntures


Reserva para Resgate de Partes Beneficiárias
Reserva para Aumento do Capital
etc...

3.3
.
Reserva para Contingências

A assembléia geral poderá, por proposta dos órgãos da administração destinar parte do
lucro do exercício à formação de reserva com a finalidade de compensar, em
exercício futuro, a diminuição do lucro decorrente de perda Julgada provável e cujo
valor possa ser estimado.

Exemplos de fatos que podem levar à constituição da reserva de contingências:


secas ­
inundações
produtos de consumo cíclico
produtos de duração limitada
desapropriações
..'Í
paralisações periódicas
etc....

3.4 - Reserva de Retenção de Lucros ou Lucros pfExpansão ou Planos


pfJnvestimentos
- A Assembléia Geral poderá, por proposta dos órgãos da administração, reter parcela do
lucro do exercício para destiná-lo a investimentos.
A proposta deverá compreender todas as fontes de recursos e àplicação e poderá ter
duração de até 5 (cinco) exercícios salvo no caso de execução por prazo maior, de
projeto de investimento.

3.5 - Reservas de Lucros a Realizar

Como a contabilidade utiliza."o regime da competência, ocorre_ que existem lucros


contábeis sem a correspondente entrada de nwnerários.

É o caso, por exemplo, de uma empresa v,ender mercadoria para recebimento a longo
prazo. Nesta situação, o lucro é registrado (conseqüentemente será págo impostos
sobre este lucro), porém, o dinheiro só será recebido em exercícios futuros. Logo este
lucro foi contabilmente realizado, porém, financeiramente não foi realizado (lucros a
realizar).

,-_./

p
Capítulo 10

CONTEUDO

• CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO

• PLANO DE CONTAS SIMPLIFICADO

• PRINCÍPIOS CONTÁBEIS

• CONVENÇÕES. CONTÁBEIS

".~

1
2 - Plano de Contas Simplificado
ATIVO
ATIVO CIRCULANTE PASSIVO CIRCULANTE
Disponível . Duplicatas a pagar
Caixa' Fornecedores
'Bancos Empréstimos e financiamentos a pagar
Numerário em trânsito . (-) Juros a transcorrer
Aplicações de liquídez írÍ'lediáta· Impostos a recolher
Realizável em Curto Pràzo ICMS a recolher
Duplicatas a receber lPI a recolher
(-) Duplicatas descontadãs PIS a recolher
(-) Provisão para devedores duvidoSos ISS a recolher
Títulos a receber COFINS a recolher
(-) Títulos descontados Provisão para Imposto de Renda
Bancos Conta vinculada . Contribuição social a recolher
Impostos a recuperar (IR, ICMS, IPI) IRRF a recolhec
Estoques Salários e encargos a pagar
Mercadorias Salários a pagar
Matéria Prima Provisão de férias
Produto em processo Provisão de '13 0 salário
Produto acabado INSS a recolher
Almoxarifado FGTS a recolher
(.) Provisão para ajuste de estoque Diviçiendos a pagar
Despesas i'Íe Exercício Seguinte" • " , •. Comissões a pagar .
Juros pagos antecipadamente (jlirbSa vencét) Contas a pagar (luz, âgua, te1éfone)
Seguros pagos ante,cipadamente. (~gurosa yeneer) Outras contas a pagar . .
ATIVO REALIZA VEL A LONGO PRAZO' PASSIVO EXIGÍVEL A LONGO PRAZO
Empréstimos Compulsórios ... ' ., •. , 'I Emp~stimos e !inanciamentos a pagar
EmpréStimos a (ELETROBRÁS; etc.) CrédItos de eohgadas t'< C,9ntroladas
Empréstimos/Créditos com 'coligadas e controlaaas 1 Créditos e diretores
Empréstimos/Créditos cOm diretores ou acionistas Provisão IR diferido . ...' . '.
ATIVO PERMANENTE ' RESULTADO DE EXERCÍCIOS FUTUROS
InveStimentos " . . . . .. ' . Receita de exercícios futuros
e
Participações eriféOligadaS éoÍ1frólád~' Á)uguéis"a:ntecipados .
Participações em outras empreSas • . (-) Custo/Despesas exetCícíos futtiros rorrespondentesãs receitas
Ágio em participações ' " PATRIMÔNIO LÍQUIDO
(-) DeSágio em participaÇões Cápital Social .
(-) Provisão para perda ÍtlVestimentOs :1 Capital subscrito
Outros investimentos (iIIÍóveis para , (-) Capital a integralizar
Ativo imobilizado (-) Ações eilltesouraria
Terrenos. .':,: Reservas deCapitai
Edificáções
Veículos Reserva de ágio na emissão de ações
.... Móveis e Utensílios 'Pr~to na alienação de partêS beneficiárias
lnstalaçõês ·Produtona alienação de bônus de subscrição
Máquinas e equipamentos Reserva de prêmios na emissão de debêntures
Direito de usó de telefone Doações e subvenções para investimentos (Retenção de lucrós)
Marcas e patentes Incentivos fiscais não incluídos nas subvenções para
Fundos de comércio .' irivestimentos
(-) Depreciações e amortizações acumuladas Reservas de Reavaliação
(-) Depreciações acumuladas Reserva de teavaliação de ativos próprios
(-) Amortizaçôes acumuladas Reserva de reavaliação de coligadas
(-) Exaustão Reservas de lucros
Ativo Diferido Reserva legal
Despesas pré-operacionais Reserva estatutária'
Despesas de modernização Reserva para contingênCias
Despesas com pesquisas Reserva para planos de investimentos (Retenção de lucros)
Despesas com desenvolvimento Reserva de lucros a realizar
Juros na fase pré-operacional Reserva especial para dividendos obrigatórios
(-) Amortização acumulada Lucros ou Prejuízos Acumulados
TOTAL ATIVO TOTAL PASSIVO

3
CONTABILIDADE EXERCíCIOS VA/OOIB
Prof.Marcos Freire Guimarães

01 - (ESAF) - Indique a equação patrimonial que configure o Pas


sivo a Descoberto:
.~

a) A = PE Legenda:
b) A = PE + PL
~ SL = A - PE A = Ativo
" PE = A + SL f/ SL = Situação Líquida
e) PE = A - SL PE = Passivo Exigível

@- (ESAF) - A quitação de um crédito patrimonial, provoca


seguinte situação:
a
)G

a) diminuição do Ativo e diminuição do Pas.sivo.


b) diminuição do Ativo e aumento do Patrimônio Líquido.
~ nãoç.l tera as disponibilidades.
~ diminuição do Atiyo,e aumento 'do Ativo simultaneamente.
e) aumentôdo Ativo e diminuição do Passivo

\9- Assinale a alternativa que contém o Princípio Fundamental


de Contabilidade que reconhece o Patrimônio como objeto
da Contabilidade e afirma a autonomi~patrimonial e a ne ­
cessida:de de diferenciação de um patrimônio particular nq
universo dos patrimôni~existent~~.
a) Registro pelo Valor. ,original
b) Prudência
c) Continuidade
@ Entidade () /
e) Competência. V

@- (FCC) - A Cia.Beta possuiUBens ê Õireitº~ no valor total


de R$ 1. 75º~.-º_O~~.on_é~_~2. 05. Saben~o-se que, nesse m...s:~
ma data o \E.as.s.Dl.Q~~~g±y'~l da compa_l!.:tuc:t. corresponde a ':~,l5:
(dois quintos) do valor do Patrimônio Líquiào';--este--ú-l:t±­
mo corre~ponde a: ''''. :;1/5 0,4 ~
/'~
(à) R$ 1. 250 • OOO, OO " . ,. _ <~ ~ vLVr Pt... \
b} R$ 1.37 3 • 000 ,00 1 :11·150.~-------'
c) R$ 960. OOO , OO L--- ' -1-.:
, ·LV
d) R$ 1 • O5 O • OOO , OO 1 r\ L:c -:.ooa
e) R$ 750.000,00 1 J :2)O.OO,Q ~.1StlOOL' _.

05 - Existindo Passivo, o~orre um~~~--;;-;~ quando':


a) O Ativo é igual. ao' Capital de Terceiros. '" tJtw..p;:jij) U(iUv'j.;J!::Mf~v
b) O Ativo ê superior ao Capital Alheio. ódJ.;Jj.tfJ}3 J..t~ ''f9;WJJ:",v.
(S) O Capital Aplicado ê inferior ao Capital de Terceiros
d) O Ativo é igual ao Passivo mais o Patrimônio Líquido
e) O Capital Alheio é igual ao Capital Próprio.
~

06 - Analise as informações abaixo e assinale a opção que contém


os valores referentes ao Capital Social e ao Capital Próprio
respectivamente: . ~ 0 vL

Caixa $ 85,../ A
!1 ")
Titulos a Pagar $ 780/ f7'
l5<Y" f\'"
e..$:ít. ..~.~.. . I'5. . ~'iÇ"
~

Empréstimos a Sócios $
Tributos a Recolher $ 60~f ~;;'O·V·'.?/.) . -::} 1L~
Veiculos $ 870/ fr ~Jt8J Qv<- flrw;r _:

----'
" ----"-"'"'"'0
Empréstimos a Pagar $ 1.20(Vf , IG C;
Estoques
Lucros e Reservas
$
$
6.300/
í
1.020/ ~
\'l ~:;; 1b:lg5
Duplicatas a Receber $ 1.500/ A 000
Salários a Pagar $ 670/ P ~(j..-i(Y.:'v~ ;:;
Dividendos a Pagar $ 34()/ P
Créditos Patrimoniais Divs. $ 1.080/ f\ 1'L--:::~
Máquinas e Equipamentos $ 3.000""""" A
Débitos Patrimoniais Diversos $ 2.470- ~ ~

a) $ 6.905 e $ '12.985
b) $ 7.925 e $ 6.905
c) $ 8.700 e $ 10.234 rL
·(.lny;,'tAD ~ _ J 20
d) $
@J "-------D
$
6.897
1.905
5 . q oS""
e
e
$
$
.7.925
. '.925 r 'p~:~~
l- J --r~ Kx..a:.ú;Çr.*~.
v
. 55
- _____
G. :Jól5
'65
07 - Capital Autorizado \ $ 800 ~ ~
Capital Fixo (&rI; di tL'}<O - PIfei/O). $ 80 (!fJ.,\~, 0))1- ~ tXJ ~.
Capital Social $ 120 '"
Capital de Terceiros $ 210 :: o....U~~::J
é..,.,Pl...
~r o... . I)IJLI)V'\JA" 'C~ - G~ Ti
Capital
. Capital
a Integralizar
Aplicado
$
$
55 "
275.,.r oJ:;:~:x:) 0:2 Co.r . f \ "',. ­
~uL4 - -.. \ t.Q­

(-) ~.IJI, ~J'tCVt ...


.--::;'/ '1
Com base nas inform~ções acima, assinale a alternativa cor- ~,l:{)
~~: ~

ti:
a) O valor do Capital"'P;óprio é de $ 680

~
Ova19r do Capital Integralizado é de $ 65
O Capital a Subscrever corresponde a $ 745f
d) O valor do Ativo é de $ '800 ~
e) A empresa apresenta ~a Situação Liquida denominada de Pas
sivo a Descoberto. ~ TI(.lf) f<\ ~ ~1:b.

@- A Cia. CBA Alimentos Ltda, apresentou as seguintes operaçoes:


a) Integralização do Capital Social em dinheiro,' $ 5.600
b) Aquisição de Mercadorias a prazo, $ 2.400
c) Aquisição de Móveis e Utensiliosã vista, $ -6·30
d) Venda da metade das Mercadorias por $ 1.620, à vista
e) Pagamento de 50% das obrigações assumidas quando da compra
das Mercadorias.

Diante do fato podemos afirmar que o valor do Ativo apos as_


operações, é de: 4Ú~<O /
$ 7.220 Ji()OV -(" 5" 600
. ' "~/. o. 'J
. '1 • ..,
C---bbfüD

D) $ 8.030 /1400 I í'l1[',c 1400 720::;


c) $ 8 • 420 -r ~ ~O ~ -+- LI
d) $ 6.020 \[).)O ;1
e) $ 8.000 -+ GJ,,o j - i
I
../ ,r\ r y. 00
~
1_\ ~&oO
\. J • r- V'.1 lP~YJ
.:: l:' A fi -t- .../

'\" ~
{\-!\ ~,'"~w~10
~, t1 , ~
09 - Analise as representações gráficas abaixo e assinale a opção
correta:

I. Ativo Passivo Exiqível S l YlM.,t.o-­


L";"'~

2. Ativo + Situação Líquida = Passivo Exigive1 ~~~,~


,~
3. Situação Líquida = Passivo ,fr.• ~ "_._eJ,,,,c,,
G;.

a) a melhor situação é representada no i tem §'. ~


,~

b) no item 1 temos uma Situação Líquida denominada Passivo a


r Descoberto. ,V:íJJ
c) no item 3 temos uma Situação Líquida Nula ou compensada.
no item 2 temos a Situação Líquida Positiva. ó"
~ nos itens 2 e 3 temos Situações Líquidas Negativas­

@- uma
OS João Antonio e Antonio João resolveram constituir
SOC10S
empresa prestadora de serviços com um Cap~tal Social no
valor de R$ 58.000,00 dividido em 'partes iguais.
João Antonio integralizou no ato 70%. de sua cota, ficando o
restante para ser integralizado em 90 dias. .
Antonio João efetuou.. um empréstimo junto ao Banco Cidade ,
no valor de R$ 14.500,'00 para integralizar 50% de sua cota
ficando o'restante para integralização em 120 dias.
Diante do exposto podemos afirmar, que:

a) O valor. do ~' ~ após a constituição da empresa


gaj.tãl AplicaAo)
é de R$ 58.000.
b) O Passivo Exigível no ato da constituição é de R$ 14.500,00
~ O valor do Capital Próprio é de R$ 34.800,00.
~ O valor do Patrimônio Líquido é de R$ 58.000,00
e) O Patrimônio Bruto corresponde a R$ 20.300,00
~ Õ8' 00.0 ..:.; c' o·~!::'

,'~
=o.:t~ J '" 101- "" ;)C
Ç;Â.'.l,::~,
'\" ..
........

Y€
"T.~

- SãQ fontes do Patrimônio LíquidO, exceto: :~~


It r;,:: 5011 ~ 1:"'; 5;:':.) ~::;.;
---'­
Capital Social,
\J
34-80:; ­
~
;;~ .......

:'<1
Débitos de Funcionamento,
c) Reserva de Capital,
d) Lucros Acumulados" ~J

e) Reservas de Lucros. \,...•~/ ~

@)- o Sr. Alberto Souza sócio proprietário da Comercial de Alimen


tos Ltda, possui uma fazenda onde explora a criação de gado
para corte. Mensalmente ele efetua o pagamento dos funcioná ­
rios da fazenda com cheque da Comercial de Alimentos Ltda. Sa
bendo-se que a fazenda é uma propriedade~~ticul~do Sr~
""..
Adalberto, podemos afirmar que o mesmo ao efetuar o pagamento
dos funcionários com dinheiro da sua firma comercial, está in­
fringindo o princípio Contábil da(o):
~ Competência,
~ Entidade,
c) Registro pelo Valor Original,
d) Prudência,
e) Continuidade. C/

r'
../

r-- _~/

(i)­ A Comercial MFG, adquiriu uma máquina no valor de R$ 42.000.


dividindo o pagamento em 6 parcelas iguais, sendo a primeira
no ato e as demais a cada 30 dias.
Diante do fato podemos afirmar que:
ri> 3S",~
a} o ativo da empresa, sofreu um aumento de R$ 42.000.
b) o patrimônio Liquido sofreu um aumento no valor de R$ 42.000.
o passivo exigível aumentou em R$ 42.000.

~ o ativo sofreu um aumento no valor de R$ 35.000.


o ativo aumentou em R$ 42.000 e o passivo aumentou R$ 35.000.

Analise os dados abaixo extraídos da MFG Comercial Ltda, e assi­


nale as opçôes corretas nas questões de 14 a 16. ­
.j

FGTS. a Depositar $ 1.000 1b.-~"'-O


Bens Numerários $ 1.600 AtiVo
Empréstimos ~ Sócios $ 3.800 Ih '/, '"
WJY'\;'V

Aluguéis a Pagar . $ 900 • (.(J:., l#'»tA.~~~


Veículos - , $ 1.100 (i;u"Ú-(:
- ·1
Títulos a Pagar $ 2.600 '1'CV'>';"L t'C
Máquinas e Equipamentos $ 1.600
Salários a Pagar $ . 1.300
Clientes . $ 4.460 OXÍ-;;:-ç
Impostos a Recuperar $ 1.040
Empréstimos a Pagar $ 3.000
Esu.oques $ 4.000
Fornecedores $ 2.800
Nota Promissória a Receber $ 2.900 tlti~,\75'>

{-D,c,

14 ­ a: oe:a~

~/
~

(.\-~

15 ­ Sabendo-se que o total das Resef)as + Lucros correspondem a 40%


do valor do PL t o(Capital Social importa em:
-~
a)
b} 5_3~O
c)
d)
e) .
\ .~ '9.,-­ ..,,,.....­
l'\_~t . -- l. \ .•-~. ,~
.\ "' ~ .
..... '"",

@­ o Capital Alheio corresponde a: ;:.:::.;;


~Q ')'-''''''
'<'

a)
b} $
$ 21.200
20.000 "" \\ ~r;IP .S,P
~ 50
c) $ 9.600 O
\- Qfr?'"
~:
11.600
22.600 \R"L'~
\ \

-../
(j)
'Q01-g
OPERACOES COM MERCADORIAS
EXERCíCIO DE AVALIAçlO DE APRENDIZAGEM
Prof.Dr.Marcos ~reire Guimarães
~--------------------------------------------------------------­
,~
B
01 - (ESAP) - O saldo da conta BICMS a Recolher representa:
t '~
~j um crédito da empresa perante o fisco.
um crédito da empresa junto aos fornecedores.
~
/"l'c ' um débito da empresâ.:perante o fisco.
,~

/"
) um crédito patrimonial.
e) um direito da empresa perante o governo.
02 (ESAP) ... A Comercial ÁLFA apresentou os seguintes registros:
r Estoques de Mercadorias em 31.10.2007 R$ 2.000
~-' l~ • Mercadorias adquiridas em,Novembro12007 R$ 1.000
\ áJJY' - -g-'- ' • Estoques de Mercadorias em 30.11.2007 R$ 1.000
,) I~'':,. Receita de Vendas em Novembrof,2007 R$ 4.000
~M5 (;01. - ~ • Devoluções de Compras R$ 100~:
1'~\ao, Devoluções de Vendas R$ 100
• Fretes pagos nas vendas R$ 200~-Ov
:-- d.Di/) ~ _~ tooo,a.:J • Saldo de ICMS a Recolher em 30.11.07 R$ 400
.(4"') ~_lOO,oo Sabendo-se que as operações de Compras e vendas estão'rsujei
.l!0\A5.:1O;t) -.1!°·tl!..tas a ICMS de 20%, é correto afjrmar~que:
3.3.0. 00

e~ObJ .. ('L-E~ ~
Custo",?das Mercadoriasc Vendidas __ ,_' em Novembro foi de R$ 1.720
Custo das ,Mercadorias Vendidas em Novembro foi de R$ 1.900
()pJ", .uoo T +Ul-I~) o Lucro Operacional Bruto em Novembro foi de R$ 2.000.
_,_~ d) o Custo das Mercadorias Vendidas em Novembro foi de R$ 1.920
~,,~l.o.~
-, ­
~
~
,.,..0.1
e) O Lucro:,Operacional Bruto' em Novembro foi de R$ 3.030. ­

«vtJ\d/L-Gõ3 -
r-
A Comercial Atacadista do Norte Ltda, em 30 .º_~_!_~JlOJl-ªpresen­
~()lI\",3JZD- rno tou em Estoque de Mercadorias no valor de R$ \75~000.00J. '" __~
Ao longo do mês fO.J;'am efetuadas compras no valor de R$ '120.000,0Q:'
1{C-N\6 ~.l..tOO e o tota1 das vendas foi de R$ .100 .O,OO.OO,~ , ""'",,-'
:..,,-'
Nas operações de compras incidiram IPI de 10% e ICMS de 12%, en­
quanto nas vendas o ICMS foi de 17%.
Sabendo-se que em 01.06.2008 o valor das Mercadorias existentes
na empresa era de R$ 60.000,00, assinale a opção correta.
a) no mês 06, a empresa apresenta' um Lucro Bruto no valor de
R$ 19.600,00
b) em 30.06. o saldo da conta ICMS a Recuperar é de R$ 1.160,00

~
O valor das compras liquidas no mês 06 foi de R$ 132.000,00
J em 30.06 a empresa apresentava um ICMS a recolher no valor de
R$ 2.600, 00 ~ -'-, U(l.OOC,OO ~,"" lOOCOO
e) O CMV do período foi de R$ 113 560 00 --:n>J: 1'<,~.= _!"C.M~ H'L - 1'1o,a::
• , - JGM5 1<lX _~ 140,400..:0 . lo
-- \/I,n--."".,
JUI que os l... t '
ens a sequl..r: r;~/À ~~. l1:t.Goo
~T'- J 6/V;v,,60,OOO+1'1HC'(.7-'tS,il.:l';
c. M ~ iO ~(ê.o<;;
~ 04 (v) Quando das operações de Compras de Mercadorias com incidência ~c M ~
,.- do ICMS, o registro contábil do tributo será a !!réditp da con ~~, 00:"
ta "ICMS a Recuprar". ~ -" ;O~ ,!p"':';;.
05 (v) ICMS a Recolher corresponde a uma obrigação tributária da em- - 4'.'0.7
Vendas.
.
presa perante o estado, devendo ser credl..tada
JGM$
nas operaçoes de --
1::;,OOOA/ ~
- 14 4= o.. ~CV\,

l?600 OJ ~!;I
-/

06 (f) Os custos com transportes e seguros quando pagos pelo compra


dor serão contabilizados .na conta Mercadorias. Caso o valor­
de compras seja R$ 6.800, com ICMS de 15% e Fretes pagos pe­
lo vendedor de R$ 850, o registro correto quando da operação
a prazo será: r '9-rlJ"l
~_ raO""""../

D - Mercadorias R$ 6.630 (-rC"'" 5 1S'r. - 1-010.-'


D ICMS a Recuperar
C - Fornecedores
R$ 1.020
R$ 7.650
.r_ _ _ _ _
____________________________________________________________
-
e... !o<,1 ~ 5+W
.
J

Contas Saldo (R$) .-'

~
..J Abatimentos s/Vendas ..J ~! 3.200 Ot ç@'I/n.e,c.~h -/'

~ Compras de Mercadorias ~ Ô 7.120 ~ ~.1-"iP.-")


T ~ Debêntures emitidas t ~ 3.120

--­
,J

c c 5? 1g, .... DeS,pesas c/Depreciação Q OQ,\ g O<i


-::r
2.250 JúM~()v ~ww
~ ~; g, ""; Despe~as Administrativas ~ ~ 8 g n 6.500
~ ~ ~ ~ ~ 2 Energ1a a Pagar ~ oC) ~ iF o 1.140 Gj?0;.-/
rt \i ,..; ~ ,V'J ICMS a Recolher iõ 3.200 .J

I'
I -:
~ ~ . Estoques em 01.06
.;) + r2:!Estoques em 30.06
~: ~ ~1~,ICMS sobre as Vendas ~~
,-\
\,
..J ~ 12.850-
U I
.j § 12.000
4.120 -/

...J

~ r w '~\ c:: \Receita Financeira ~ \j1 "::> ~ 1.520

t
~ I '
S~ 11 í ;~~o nas compras
i'" ( ~, \ ~ !Rece1ta Bruta de Vendas ~
, ~<:- A~ H~ 1I \,
~ <!) 85.200
2.140

Vi. ~ ~ ~ ê)Descontos Financeiros I


d<
'V....!,.,~ -.J..;.J 2.500
~ '1 Fretes nas Compras 3.320.
-/

Com base nas informações acima, julgue os itens a seguir, re


1ativos as operações com mercadorias:
>

07 (V) O Resultado Operacional Bruto obtido corresponde a um valor .J

maiorqueR$ 48.560 e menor.queR$ 49.560.


08 (V) O valor do Custo das Mercadorias Vendidas corresponde a
R$ 21.310.
09 A comercial Ramos Ltda adquiriu mercadorias junto a indústria JKL -'

no valor de R$ 120.000,00 com incidência de ICMS de 15% e IPI de


10%. Como a operação foi efetuada a prazo o registro correto será:

a) Diversos
a Fornecedores
C/Jw.
Estoques
ICMS a Recuperar
102.000
18.000 r-ti.. - 'i
000 -/

IPI a Recuperar 12.000 ' 132.000 (_) rGrJ\ ~ - 18"


b) Estoques
a Diversos
(-1)J""1'-). - 4:;.000
...:;::.....:.­
1Vt OOO
a Fornecedores 120.000
a ICMS a Recuperar 12.000 132.000

c) Diversos -'
a Fornecedores 11-4·000
Estoques ·132. 000 J3LOOO
C/C ICMS 18.000 15:0.600

-'
d) Estoques
a Fornecedores 150.000
e) Diversos
a Caixa
Mercadorias 132.000
ICMS a Recuperar 18.000 150.000
10 - A Industrial de Peças S.A emitiu a Nota Fiscal nO 1.020 para
vender a Atacadista de Peças e Componentes Ltda 400 unidades
de um determinado produto ao preço unitário de R$ 50,00 com
IPI de 10% e ICMS de 17%.
A Atacadista de Peças e Componentes vendeu ao Super Mercado
o Amigão 40 dos produtos adquiridos a Industrial de Peças ao
preço unitário de R$ 100,00 com ICMS de 17%.
Com base nas in~or.mações acima podemos afixmarque a empresa
Atacadista de peacas e Componentes obteve um Lucro Operacio­
nal Bruto de: . ( . l-a) 4.{Ja.O
~.lV (400 J( 50) _ _ J.f.).OOO 4~ 100 ,l. 'f
a)R$ 2.000,00 ~rPI (101.) _ _ _ _ _ _ .200.0 (-}J(,MS (H1.) - - G8qoo
b) R$ 1 • 660 , OO (.) 1"(,11/1 S (11 j\) _ 3400 ~ lGC 3.3.}J;).oo
c) R$ 2.140,00 ~ 400 ~-
AR$ 1.120,00 G.L"JB'.&OO c..M\)"~OZctc.~
~ R$ 1 . 460 , OO 6 tJ\ v" Ô 3ó1..O - 1 ~ 60

11 - Na escrituração da empresa que utiliza o inventário periódi­


co com as contas desdobradas, o saldo daconta,MERCADORIA§ ,
registra, durante o exercício:
a) o estoque de Mercadorias após cada transação efetuada. ~!M ~·l/m\.~'t'!I!",,,r;
b) o estoque de Mercadorias na datado encerramento do Balanço.
c) a totalidade das vendas efetuadas ao longo do exercício.
~ o resultado com mercadorias após cada transação efetuada.
~ o valor do estoque de Mercadorias inventariadas no encerramen
to do exercício anterior.
12 - Assinale a opção em que consta unicamente as contas que serão
deduzidas da Receita Bruta para fins de determinação da Recei
ta Líquida.
a) Abatimentos sobre Vendas; Descontos Incondicionais" Fretes
sobre Vendas e IPI a Faturar:~ . .
~ Vendas Canceladas; Abatimentos sobre Vendas; Descontos Incon
dicionais Concedidos; Impostos sobre Vendas e COFINS.
c) Abatimentos sobre Vendas; Fretes sobra )mudas; ICMS a Recupe­
~~. ~ ~~
d} Descontos Incondicionais Obtidos; Abatimentos sobre Vendas;
Impostos sobre Vendas e PIS/COFINS.
e) Vendas Devolvidas; ~scont~ina~ceiros; ICMS sobre Vendas e
PIS/COFINS.


CONTABILIDADE GERAL
EXERCíCIOS DE AVALIAÇÃO DE APRENDIZAGEM 003/02
PROF: MARCOS FREIRE

_ 04- O balancete de verificação da Cia. Beta, em 31/12/X4, era com­


posto pelos saldos das seguintes contas:

Caixa '. R$ 15.000,00


Máquinas"e Equipamentos R$ 60•.000,00
Vendas de Mercadorias R$ 70.000,00
Mercadoriàs . . R$ 20.000,00
Receitas Diversas R$ 4.000,00
Compras de Mercadorias R$ 50.000,00
·Clientes···· R$' 40~OOO,OO'~'
Fornecedores· . . R$' 30.000t OO;,
Salários e Ordenados R$ 11.000,00 -1- JJA.n :JJ
,Despesas de alug~el R$ 13.000,00 - 11'vvr. 3 '.
Lanches ,e Refeiçôes R$ 2.000~OO'
Capital Social R$100.000;OÓ~ f L
Condução e Transporte '. R$ 3.000,00'· ,
Lucros ,Acumulados:; . R$ 14.0.00,QO,~(iL
Despesas deJur(,~ ..: . . : R$ 4.ooój óifr · '. .;

Observações:

, 1. O eStoqUe final de mercadórias fói avaliado em R$ ,15;Õ(jQ~'()Cl;/ .


® O sal~'rio de de:zernbro d~X4, no valor de ~$ ,l,;OOOiPo,s~rápago
·some'nteem JªneJro d~"X~'. '. " , . , , .' ". .. . '. .
~ DÓs' aíu911éis 'pagos,,:·e~X4, R$ 2.000,OO'.'referem~se'~;despesas'
de janeiro de :XS!' . , .
4. Não há implica'ç6~s~e ordem'fiscal ou trnjlJt~rià~' .

Aoelabo~ar as demonstrações financeiras do exercício findo em


31/12/X4, depois de feitos os ajúsbi!snecessários à observância
do principio contábil da competência,vamos encontrar, no balanço
patrimonial, o grupo patrimônio líqu.ido no valor de
~á-~

.~
a) R$ 99.000,00 10. ~ ()~~!t~"
b) R$ 100.000,00 CMV= ET-f C-L- f F
§J R$ 101.000,00 (;fvW;: JjJ f -15' LI
d) R$ 102.000,00 e/It1v .. 5'5 ~
~ " 14
e) R$ 114.000,00. "~"
PL
~.~
fouv. ~ -
~oo·oao 11 '
~ I
f'~lf:19,(XIJ
14.000
I'
l-)'f~~ 13 ()()()
1Ot.cm
03- Em fevereirQ de 2005, a contabilida~e da Nossa Firma forneceu as
seguintes informaçõe~: ..

I. a conta· de luz e energia utilizada emtdezer1iiiro d~].ºº~, no


.- ..../

valor de R$200,OO, foi paga em dezembro de 2004;


11. a conta de ailiguei utilizado em janeiro de 200Sl no. valor de
R$500,OO, foi paga em dezembro de 2004;. .
. 111. a c:onta . de ~guaconsumida.em. dezembrO.de"2Q04,rio valor.'
~
• . ". de R$400,OO, foi .paga
." . '. en1j~neiro,de:
. . . . '.
20Q5;~,
.,..... ....
'
... .... .. ' ' , '

~.; " q~:j ... ro.~,r~fe"e~t~~ ~a,jané'b~ode 200~~':novalordeiR$2S0,00,


foram pagos em jáneiro de 2005; " .... ' , .... ..', ...
v. os juros referentes a de:;zembro de 2004, no valor de
,R$1.;OOO;OO,'foram·recebidos'emjanelro'de'2005;' ,',. ., ..
VI~· . ôs' aluguéis dosbetts iltiliiados'em:,jâneirÓ"dê:200S,: nó'valor
de 1l$'1.30Q,OO, foram recebidos em dezeMiJro:dê':2004;:' ;' '.
VIl;", osseiviçQ$. prestados em dezembrqde2004, no. v~lor de •
R$1.700,00,foram recebiClOi; êitidê:iétribnfüê 2004; .' " "
VIII. as comiSsáes aúférictas ém;jàrieirt)'de""20d5~ válOr de ' no
R$750iOO, foram recebidas em jáneiró·de~~i()OS.' '." .."
....: ~ ;' '. ~~.

Com baSe nos'fatos cOí1tábéis informados anteriormente, apure o '


resuftadodoexercíciopelo regime de ,caixa e pelo regime de com~' •
petêJ1tia,:. t:~Pe(:tivam~m:e,p~ra deZembro;:.de' 20.04 eJ~nei~de ,:
,'..20.05 e'assinale a r e s p o s t ê t : c e r t a . '
'. '• • • ' ...... ". -;
. , > ~'. ,
" • o". • '.

a 1 J)e acordo com-o regime -con~bil de eom.,etêf,lcia,. no' rn,~$, ~ ja-:- •.


neiro de 2005 houve lucro deR$ 1.100,00.. 11di> () ~/ct 1..300
b)D~ élg;J.n;lO ÇQI1l o regime con~bn decab~a"J'lomê~,.dej~neiro, de .
. , '.
~<»Ó~: IiQuvE!luçro,~~..'lt.$,' 1.~OO;,O,()!' .' .*.,~ ~"f!'f::'!'~fo,:,' " . ,
"
clb~~:écorêl~êoni"~·:r~gimêcontábilde'caQêa~..to'mi~ de'~ciêzembro '
de 20041 hOi.n;1!~II.Ic:tod~,R$,2.100·iC)Q... rr&!' :~, 1Ji(,"f'f9t'; ;<'?«'\ ,>:
d) De áco~do com:"Q;:r~~l11ê:",cpntjbJI',.,;c:~n.p~tê.nciaj,:"O':I11~"de .
'. .,.. ." . .' ' . .' ..... "" 0" ~ , . J,100 ,
dezembro de "20Q4t,lp.uVel,q~rQ.,:te,~. 2~3.P,Q,º,O•.. ,l~1 . .. : .. , .. : :ff' ../
~ Cónsi~erando; a:'g~o'~~PI~,',s.efu,'a'!~~~~~~:~.~o~'~.a ,~~,' .
em qualquer dos dOIS regimes o lucro teria sido de R$ 3.400,00.
'::,~"i;;J. , ~.~ .~.~. ""'" "
JJ 4·3UO G
/100,00 ;J1(}lJ :;'00,00/ 1.000,00 /
t.joo C!l ./
5DO,(]J
-:too
~~
,3,000
- 'lOO
-noo,oo/
J 'NO,OO ,j

- Gºº,92~.
~ \00,00 _rnS I
• \,tA.' (Y
- rt:JP~ I~ ~/ I.+,cP ~ D() •..:. .. " a(yf' 1JPS
z,oojoo
.l51l,OO
1,ooa,~
';fSO,OO -~?:,;~;~ I, ~
GSt'. co I- 116 ilOO ----=1
'IO.(X) -l5V,{jO I JOSO.ro

---
!
1. l.(}O - 1.ro.OO
'J,:i'm

26- Eis.. o rol das contas utilizadas pela Empresa ComercialZinho .Ltda.,
com saldos apurados no
.
fim
do exercício

social.·
o
.; . . ~fn~ ,
~

"Ações de Coligadas
'-Ações em Tesouraria
'Amortização Acumulada
=}fJbt!(JiV.)NJJHi
~~~

. 51- \'. ~ .
R$ 57..000,QQ
R$ 5.000,00
R$ . 6~000;OcY
~
~
~_
'Bancos Conta Movimento . j.!' :150 R$ :50~OOO,O6' o' ~
"taiXa 50 . .23 R$ r35~OOO,OO ~
: cap!tal a .I~tegralizar
~pltal SocIal.
~~ . fl~:.
<àS'
I .R$ 45.000~OO /
I "f1 .R$Z!$.O"OQ(I,O.O.
dJM.dt:rL
tf!~ .
'Cllente~. _ . . . . \00 \ . 071 . R$ ~1!qgOiO()i rJ..w~;;-:
~"ep~cl~çaQ Acumul~d.a ;. A,4 .. \ ~. 1"=1-... . ';~,:~~:,,999!9P{' ~-t..
'.~uP,I~ta.:a Pagar ". '\0. 1 ., ~l:t.~.gQo.,qo/ ~~.
:'~ú;pl!cataS,à Rt!ce~e" . . ~. \ ~3 R$100.000~OO· dJ.;.liltB'~
:Uupltcatas oescontadas,-,_, II.,~, ...~._ ~~li~!!~P~ ~v:
. Fornecedores. ~~. í' {'l\' ',' R$.'~78~O~O;c;tO('~"ll1lir,-
6astos~'1I1$tâ,lação·. i'.ci_ 3lf· 1 \ . R•. I.:~~~!J~~:·; ~ ...
YCMSa·R~··--··:~'r.f)~~:-' IJ: I ..... :~. .: '1l$'?2t:OOO~ ~

==~>... @\!~ .' :t~~:::; ~


~aterial de Consumo ;------.... t ,1~ ." ~. ~().pO~,Q~ ctt:l~Jtd9'v
M!~d,O~~s ',', .' \1~\ ~ '~ ~ !q~q(lQ~9P, --rfj.o.P @JPJ:1Ql.,'
~

'Moveis e· UtenSilios . ,\ ~~rJl" ~ ~~ ~.o ,R$:,.~6~.()~q~~o, r:J1Jy1Lút,


Parti~ipaçiio Adonát:iâ.. \! ~'~ ~ - R$ 4:~~~99~9-0 d,lt..l.JJ!iJ''-J
Provisão,;/ CréditoS de Liquida' - uvidosa ~ R$' 8;.OOO,oor u
"provisão para-férias .'. .'. ;,' R$<23;OOO;~&itiff'v
~rovtsiiôPctra;ImJKlStc) de Renda " 'R$' !J!f100jGo:' eM.d.~'L.

'.
'proviSão parilPerdas em Investimentos .R$.,·.. ·,4~oOO;eb( M1lifft,

ee=~~~>· « •••• < •• /i!~iE;·~v.


'R~~s;de Lucró . '. . . .~$,~,.ooq,OCY '
. 'Resériâs'd~ ~eavaliação 'R$ 13.00Ó~OO/
'$alárjps ap,a.g~r .... ' ..,. .,. ." .,R.:$: _~,~OQO,OO(
~.
:~~;~~:;<":, .·f;>;:;<~"~<.
'Observaçqe~; .Na" ~I.a,çãó acima não~cqnsta o;res.... I~d9 Jíqui(jo do
exercícJó:apiiratlij.;apqs o Imp:ost()d~.· Re.P'~'(,'~~;::opil~'ê~~Ç9~;. as
.. destinaSÕe.s" p,()postas à assembléia~g~ral,~ .;J:stQ .é,·~t6:, féillta"do
calcuUI~ â parcela, dê resultado que, nesseexéré:tcio,"fofir,.éOrPora­
. "da
.
ao.$aldO.,dacQri~a
'::,." .... ..:.: ',...
:., .",."."
""'u~rQs:Qu P.reJUizQ$
.
',.
Ac;u",ui~dQs.
' "', '.'" .. . . . '.
':.
'. :.: ( ' ',.'

Uma vez cálculada essa diferença é considerada no saldo da conta


Lucros ou Prejuízos Acumulados, podemos dizer que as contas aci­
ma listadas apresentam: .
@ saldos devedores 'no valor de R$ 731.000,C)0.
b) saldos credores no valor de R$ 694.000,00.
c) ativo patrimonial no valor de R$ 681~000,00.
d) passivo patrimonial no valor de R$ 292.000,00.
e) patrimônio líquido no valor de R$ 352.000,00.

a} R$ 7.560,00 .JDO/(.3S.oo _ "':I. Q:)OIIX)
b} R$ 7.000,00 -t !~t 1,/, ____ 56 0 ,0::>
(I R$ ~.7~~,OO (1~MS'l;1.1. ~~
d) R$ 6.·65~!80 . " 0,:t-~loO
e)...R$6.160,00
-" " " ,~-_ •. ~-~~' --.----,..~'~ :".<~::-.~I;;~.!~","":-""':~~;~~:'- '?";',;;:,7":""f.!'l""I~"0 .."1'": ·'777-'.'~ '" - '"\;~,,,!,,~ç-' f~·.~·:-";~· '" .'':"' .~" ,:-;.\;;.. ~, ."_w".,,. ~~"~ _ --0.
~. ".~~--~-
.': .

~ A empresa Comércio&. ,Serviços "Generais sjA apresentivas:se­


9u.... «J1#.a~(!res~os,sa.ld~lerra 31 de d~errabrode:2Q94~ .
Con't8S' salckís Cóntas .. ':' ... :SáIclOs ".
• df:'.. ":l) 'i ::·;260 ·I.úC:rOSAcúíitUtâélos' . ' . 'C;';'; -'~ 90' ~
AAtIVóS.. C '52M~na$e "mentes 'Hj) ... .)(·.. 300· 1> ~ .
. .. 'H'~uIada' .
BaàcoS c/~.___. _""
C
•. .1> .. J:-,~140
. .35 ~riélis..:1IJ). ..
MêrcádOriaS
)j:.'
'.)(. 240
160 e~ ~
CaIxa ,,:1) .,..,.'215 M6v~lseUtensíliOs' . j ) ' . 280
.a Intearalizar' . -1) ~. 75- Pi'odutosAêàbàdós":.'· ': ' : : 9 : ( : 180
SodaI . 700 - .,: Duvfdosa .-C' 90
CItéItteS . ~ .210 .C . 4 5
110
..... 5$,.
'·60·'

De.ed .....;;,;:d~......:.'{:.;..,
~OIesuuv_ ~j)"'-
"...~I .. :.JI ft.;;...,......... _..a-·Ca~
'l{.....ViJI ... :.~.V,,·;lIoP::. IPIUII' -:-.. C' . '.: "'130
,.
t$ DesCcmtádâs· C 70 .Reservas. EStatutátias: . . '. C7 . .'.' .• 125 .
lBS.~·" v,....;. C 238 Reserva L e g a l , ' : ... ,c . '.' 9S
íSc;l·ReCeber,';. ':,:~.~.:-:., J) . ~ 22O·.~;e~OntenadOs.. ; ',.' ..1). :,.:-' 102
I:dfd) - . ' , .1),. ~ 124 /"""05 a ~gat: ' . ., .: ...' C·.' .. 490
RnanciaftientoS8à.íiêirioS ~ c· 250 TttUlós âReceber ' ~ .. ,.". 2Ô.O"
FOmecédOreS , G '110Vefculos . j) ' . ' .. 200 1
ICMS a RecüDerar j) 3f .10 ICMS $Obre Vendas .1)50

Elabé),..rn:tq-seo ·baiancet~gerald~verificaçãOcom'os_tdôs· SU­


pra indiêadbs,cêrtamente~
. .".. .
encontraremoS.
.
. . .
a) .contas patrimoniais çom~'1t»s credores, somando R$ 2.465,1.)0.' .
b) contas patrimoniai!f~in~fídos devedores, somando R$ 2.50Q,00.·
c) contas de natureza devedora, com saldos no valor de R$ 3.017,00.
d)contas de natureza credora, com saldos no valor de R$ .3.39.2,00.
@) saldos devedores e credores, igualmente, no valor deR$ 3.467,00.
43- A empresa Alfa emitiu uma duplicata de R$ 6.000,00 ao efetuar'
uma operação de compr~ :e"venda com a énipresà·Beta:; :., . •
Quando ess~dupU~ta for quitada, com desc~nto'del0ô/ô~a~.em~
presa .Alfa .déverácontabiUzar . o fatodâ segtJinte-formiH .. 5

@:';::!a.s~Rece~ ...... ...


Càixa .' . ' ~,!,40Q,P'0. ." ,: ' t" :.~ ....••

,; ,Q.~c:ôhtp~ pàssh,os
.; , .. ~._-,._ ... .J,;••L.·,.:,;•.: ...~·....L", •.• > :-.1' ..:.:... .
.. '
'
.§Oo,OO.. . G;~Õ<l,O,Q,o-·
'.'~. - . . . , ~ .~ >.' "
.'
br. acaju..
Diversos
"-'~.. ,':.' ., ~

.~:::' .~) :";, ;~", ,~

.'. ~"DUpntatàs a' Receber . . :. ·:~5::'400~ÕO~'·· . "; :;:' ".':::: ': .~.-:f.~ :::

Descontos Ativos 600,00 6.000,00 .


::-.';:
.c) . DUAíí~tas'~·.Réceber
,~', ;: :,:. ,.~:'~: ' ',}. ;;.

t~' ~~!:; ~~:


.".:;':a'.l)W.t!lÂos.· '. .. ; '., .' .' .. '~ i;"" ':;

. á.Çâf.f i

~;:~'~g:< '/~~MW~~;·
·.. ·.·' .•... : •. ·..' · ... '


...a:JcQntôs:PásSiVOS
;'
"~ >:;. .~·\,Ç'~~f ~~';'~' ::t::~~'~:.
:: . ." "
d)Câixéls ; ..
. 8:, Diversos . . -," '-; ",;;

:., 'á"Dt1pli!atâsi~agar . "S''i4tt.,OQ,.,,;':' j '';i ,t~~' ç',: ."


' a DeseontosAUvos . . .600,00 6.000,00.: . '
e). DuPlicatéls:a Pagar .'
a DiVersos .'
a·Cai~iI ..
élrh!sCOhtósAtivos' 6~'OOO~()0
~-, ... _.,- .. ..
":.,~:""--<~~....,'7~.-....-.:'"- ,,--.."".--~ ..: -~'. ____ o .' ~, "",:? •. ,_.__

2:i-·.~.~~
tabillzât a
•.~.~~'~~4,~'~~,t4tíl~~~··SIAé~Métij·êón-·
por venda de. uma. m.áquina de uso, :a...t:ed,.do .um
baix~
luâo:dâ.. c )rd'de. ZOGA "bre"c);: ':, ;'. "obtid"'" 'a.alien-o..'·:>,:'~ .
., ~áã:~~':~~;::~~.bOO~t)~1:~;~f9·
de·âbrilde··:l:9,98ieseu"valor tem sido atualizado, trimestralmente, .
..pordepté.ciaÇãe:ferta· :com::flase ,e'm'vftla(útiPeStihtadá: de 10."8n05 e
saldo'''teSiCluâl'dê''209)õ dó'cÜStô~~""" .",'::':- . " ,
A o'peraçã'o, d~V:idament~ cOn!abilizadêl·vai-riosmostrar·qu~.o.pre~ (j)Ô~
·ço de venda obtido na allenaçao foi de . A.lO 000 •~Jo ~~~: . .
a') R$:'S'2
'. ·500
,00 -" . v9. = J5V" 000
"tn..ltg.W.... rfõõiilo..e
~ ~ .
b) ·R$ 63.000,00 (_)~w~:30,QO~ •

,,­
c) R$ 65.,,62S;QO 12,O.o<P ~ ~o,. ~~o.d-O ··J\élO,OOo
~.QO:)
d) R$ 86,,400,00
"i,
.
~gg
~

e) R$ 90.000,00 } . ()OJJ ~o 1.
~ 2cO'I Tf~~ ~.ooo
3

#
~~
M~
4J.O.000

~1lY.}() 'r: 1. ~
-+ «Lf. (}()() -fi M;t /t)w:ttn
,~ (-L1:l:..666 #

G5534 ~"lro
----
48- Os dados relacionados a seguir representam a movimentação com..
pleta do estoque de bens "Alfa", durante o mês de outubro, conside..
rando-o como item isento de tribuqção: (0\
<t \
valor unitário
_ II
data movimento quantidade valor total \oS)

~,
out.01 Estoque inicial 10 unidades R$12,OO R$120,OO
out.07 compra a vista 15 unidades R$14,OO R$210,00
out.09 venda a vista 13 unidades R$20,OO R$260,OO
out.12 compra a prazo 05 unidades R$15,00 R$ 75,00
out.15 venda â prazo 07 unidades R$23,00 R$161,00 /' ~

~ ... ; ~(;,~
Observando-se as informações fornecidas, calcule e assinale.aop- ~ ~ :s ;::;,~i
\
ção correta~ .
I '..,
5'~ i .
.~ t
a) Pelo critério PEP5, a operação do dia.·nove rendeu lucro brUto "':)
. .de R$7f1,OO•. '. . . ., .
b} Pelo critério preço médio, o estoque final no dia quinze é de
R$135,00~.· ..' .•. . . .. '. . 2 2;""
c) Pelo critério UEPS,o' eStoque· no início do dia· doze· era de . ~ ~ ~ ;~~
. R$168,OO. . ". .. ' '. '. , ~ & ~ I7r~
@)peiQ . cdtério. Pi:PS, .essa mercad~ria· rendeu noperlodo lucro i iz: lfli
bruto deR$161,OO~.. . .. ' . ~\!':,.",",:~;<x.
e) Pelo, critério' preço médio, o custo da mercadoria vendida foi de ~~ #!ir '~IJJ
R$~70!º0. ......... ... _ .... ~........... ...... .~ .. _.... ...._

·11-À
'.
fl~'Nij~YJ.~~~Q,;,~n:ii;I·~abO~u aild.ade~n&;ie-de
..' .·.~r ..._.}:...: q . . . '" ... ~.". ,~,
.
:' .;,: ~PAªEts.i~;tm!g:adona . ;.alfa !.liCtljélftributaçao ;está:sendG,;d~conSI-
'%"':. '.,- '",fIO#, - , ',' .. .,.

:d~dai'~ra'tfjJ1s~destê·~rdGibt~demo.nstriindó::Qs,se,guintes"dados: .
• ~,.;:~ ••"~':.:".,•• ~'';;._ •. ~ ...... .t; :fi',- ',~'~:.:.~ .• , ' , -:''''', :,:~~. ·:·"-k:·::";';·~~:~':'-. ~":',.
r- ..... -:: ...".. »" ~.~ :-- '..... ~.>", ,'.
30/03' ~"e$tbCjlle~exi$tÉJtité:;30tuniêfcfdBa':.$ ~18:00~ ,­

;~~~=~1=~~'~~I~ct
à
•.•. .
08/04 - compras viSta: 100 unidades· a R$ 25,00
..~~ /04:. "'!ye.nd~~~
.
~i$l:~(J jtIl1i~.d~ ~~Q$, ~OtOO '. . " ' . "

Em 2,.0 d~ out~bro"após contc1bilizaros valores di.-ficha exemplifi­


'cada~;êertàWíenteVlÍIflÓ$:encontrar .• ,. ' '. .,
. a>, R$ ª;.45t1,OO de CMV, se, o critério de avaliação for PEP$.
b)R$ 3.()40,OO de CMV,'se' o critério de avaliação for UEPS"
c) R$ 2.000,00 de estoque final, se o critério de avaliação for UEPS.
d) R$ 1.590,00 de estoque fina', se o critério de avaliação for PEPS.
~ R$ 1.460,00 de Lucro Bruto, se o critério de avaliação for PEPS.

Çr
I.Q~ : ~): 4t ~
lJfJ x f}.D ::;
~x.w ~ 4."00
5'10
J 0CJ0
~
0t1\v -: 5110
J ()(JO
soa
/j.'8(JO
1" ,; 100
-ttsoo Ji1~
~)'
,(lJ.< x "'''?'fY)o lli~ - 3040 0-14 V
rfóx-.i-S- .'iQOO -r f-'I~o -: Lb .
L-.- ..-----.1
54- A empresa Mercantil de Varejos Ltda., no encerramento do exercí­
cio social, apurou os saldos do livro Razão apresentando-os da se..
guinte forma, em ordem alfabética:
Ações de Empresas Coligadas R$ 4.110,00 .DtWo
Adiantamentos de Clientes R$ 2.700,00
Adiantamentos a Fornecedores R$ 2.100,00 ltTíwo
Aluguéis Passivos R$ 1.500,00
Bancos Conta Movimento R$ 1.200,00 ,tH:wo
Capital a Integralizar R$ 4.000,00
c--
Capital Social R$12.000;OO ..I F
Clientes R$ 3.000,00 ~" .y.~~
Depreciação Acumulada R$ 1.800,00 - ~ ~
Despesas Antecipadas ,R$ 450,OQ ~" ,
Devedores Duvidosos R$ 390,00 A~ .,
Duplicàtas .DesCQntadas' R$ 2 ..40QtOO , - ~~...~,
Duplicatas a Pagar R$ 4.710,00 .;
Duplica~s a Recel;Jer R$' 3.600,00 rKm
Encargos dê Depreciação R$ 1.200,00
Fornecedores, " . R$ 2~500,ÓO i

Impostos e Taxas R$ 1.050,00


Impostos a Recolher R$ 600,00
Máquina$eEqtJipamentos R$ ,9~000,00. lt'Ao<J " ' ,.,.V../
Me.-cadorias ' , ',,' ", R$ 3 ..000,00 MWO :fr
Provisão para Devedores Duvidosos ,. R$300,00. ,- ~ #
, Provisão para Férias , ' R$, 750,00
Provisão para Impostó de Renda' R$ 900,OQ ; !

Receitas de Serviço~ , "R$ 6 ..000;00


Receitas Diferidas' . R$ 840,00
Salários 'R$ 900,00.
, ' ,

Ao ser elaborado o balanço patrimonial, segundo os dados do balan­


cete de verificação acima, pode-se dizer que o valor.do ativo será de.

,. 'J:l
:1 R$19,",86,0,00,
R$ 21.960,00..
0,

, e), R$24.(i60~OO..:.· Lt '10


d) R$ 26~460fOO. J. 100
e) R$ 27.000,00. 1.a.lfJ
: -;',-:: ~·~·:~:'~"::;~:!'!.:.i·::;;~':::~~,",r~;-~"'~.,'-"'-'
3.()oo
~ 1·V>OO
45'0
- 2.400
3bDO
!joro
JofXJ
- JOO
~
~\.qbO~
~ ~.
29- A Cia. Comercial SST terminou o exercfcio social com lucro lÍquido
de R$ 120.000,QQ,devendO,col;1_tituira re~~rva legal nos 'termos'
'. . ': ' .- ' •. ". _ " • ; '. . " ' •• '. '-'" .". ,,- 4 . '._ ,,,!. , . . ' . '" . , .

da ,lei, pilra fin$,df:!,~~~boraçãod~ suaS,de~or1strac;ões financeiras.


() patrimônio'líqldd~da 'referida, empre!;~ tem o" valor, de ,R$
224.00Ó,OO e:,é compoSto dàssêg.ilntes:contas:' "
Capital SQc;iaIR$"200:0C)O;OQ' ,'" , ' > .. '
Càp;i-t~la:t*,~~gr~I.~.r ,6$:'$O~OOQ;OO " "
Reservas dê.éa'itálR$2i~ÔbÔ 00" ','"
~e~~rir~~:~;4~,!~~t~Ji~~9~!t~~:(j,~ê)9Q~q,O, .
, Réserva't..g.f R$'" ~S'~~O:Q,OO,',: " -"",'
Reservas'ejtitttitáriasR$' f.ado,oo '
Lucros;AétJ~ül~dQa:,R$ql;1.0~O;~'·'"
'c, .

~;n.;:~~é!~~i:fi!d~~fi~~; 'f'~í#pr~a ~~e.:'CO~"iIi-.


, àlR$ _-6~qOO,Qtl" po~,_~~verá '-~r. COIl$t,tuí"a c~m,d~st.in~,çã.o de 5%
" "-doluêHf:liqiitdodõ'exérãéio~ '. 'o" ~ :" .-.,: ,,:~>":,'" '" " -~.'

,.~~" ~~. s~~gg~~o~>.#()~~ ,~O_~~V:~J~ ,.u,lt~~pa~$ar 209{~, do ~P~t~I$O~al.


c) ~$4.00(),oO, pOIS somada, as ~ervas de caPlt4'lt ,"ª~l.d~vera,ul-

·, ~j:;P;íttiiga}~;!~nT!'~~~~res~&iJ~tfeJu~.~
,',
à~'
~rv~S,l~~~P',~,!~,~tcl~Y~~~ ~yJt.r,~,-sà.r.~OO(9,4q ;,~R~~~:
re­
~~al. '
. . -:, .. ' ,-'-', o·" -. '.'.
~;.";.,,,;' ~}.. ~:.;:, ... '1."'\ -.I" .-' it" ....... :. :.-.
::i~.~."_""~:'- ~"':, .. ":,
~~:t"'1""'~-::,1-~ ......; ... ~ :;".'- "'~:. \~~_.;,.; ',". ~.' ;~ "0-' ,

o f!l. ~~:::9.t,Q0J.1J~"~!;:~r~t:'!~."J89,@'"r!!!!~~~~e@ 91~~.p~~~,\~~olo do


"càpitàlsoeial realizado.',' '" ' "." ,""
," ,: ~.20i';lí(J,ooO·

<35,,' " 0:200.OOO'~ 301. ; 60,000


(-) ~-().r :14'.... 50.000
~.~. __ .21.00í!>

~. ~~,'~ ,6'000 '


~ ~ ~ITs.oooj
~~.,_', Joco
,bw~ - H.OCO, 6

-41
,~
-t 3S
1W.OOD

-x SI.
6.000
CONTABILIDDE GERAL

ALTERAÇÕES DA LEI 6.404/76, INTRODUZIDAS PELA


LEI 11.638/07

ASSUNTO COBRADO EM CONCURSOS PÚBLICOS

PROF o MARCOS FREIRE

o Texto integral da nova Lei


Presidência da República

Casa Civil

Subchetia para Assuntos Jurídicos

LEI N!! 11.638, DE 28 DEZEMBRO DE 2007


Altera e revoga dispositivos da Lei n Q 6.404, de 15 de dezembro
de 1976, e da Lei n Q 6.385, de 7 de dezembro de 1976, e estende
às sociedades de grande porte disposições relativas à elaboração
lj
e divulgação de demonstrações financeiras. ,1
•..~

i
.~

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacio­ ~


.1­

nal decreta e eu sanciono a seguinte Lei:


Art. P Os arts. 176 a 179, 181 a 184, 187, 188, 197, 199, 226 e 248
i.~

'~
",I

da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, passam a vigorar com a


seguinte redação:
j
':I\rt. 176............................... . 1 I
IV - demonstração dos fluxos de caixa; e 1
V - se companhia aberta, demonstração do valor adicionado. ;1
,.

· ~1·
[ ... ]
fi·
§ 6Q A companhia fechada com patrimônio líquido, na data do balan­
ço, inferior a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais) não será obrigada
à elaboração e publicação da demonstração dos fluxos de caixa." (NR)
J
J

'-'

;'

y'

'M.177............................... .
§ 2 Q As disposições da lei tributária ou de legislação especial sobre
atividade que constitui o objeto da companhia que conduzam à utilização
de métodos ou critérios contábeis diferentes ou à elaboração de outras
demonstrações não elidem a obrigação de elaboraI; para todos os fins
desta Lei,' demonstrações financeiras em consonância com o disposto no !
caput deste artigo e deverão ser alternativamente observadas mediante
registro:
I - em livros auxiliares, sem modificação da escrituração mercantil; ou y

II - no caso da elaboração das demonstrações para fins tributários, na ,


-./

escrituração mercantil, desde' que sejam efetuados em seguida lançamen­


tos contábeis adicionais que assegurem a preparação e a divulgação de r
demonstrações financeiras com observância do disposto no caput deste
artigo, devendo ser essas demonstrações auditadas por auditor indepen­ T
dente registrado na Comissão de Vàlores Mobiliários.
r
[ ...]
T
§ SQ As normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários a que T'
se refere o § 3 Q deste artigo deverão ser elàboradas em conson,ância com.
T
os padrões internaci()nais de contabilidade adotados nos principais mer­
cados de valores mobiliários. t
§ 62 As companhias fechadas poderão optar por observar as normas í
sobre demonStrações financeiras expedidas pela Comissão de Valores Mo­ 'T
biliários para, as companhias abertas. T
§ 7 Os lançamentos de ajuste efetuados exclusivamente para har­
2 ., '

monização de normas contábeis, nos termos do § 22 deste artigo, 'e as


demonstrações eapurações'com eles elaboradas não poder~o ser b,ase de
incidência de impostos 'e contrIbuições 'nem ter quaisquer outros 'efeitos
tributários." (NR)
"Ar!. 178. '....." .............. ',' .......... .
§ 10.,... .......... "
; ............... '* ........... ;,. *, . . . . . . . . . . . . . ..
,
c) ativo permanente, dividido em investimentós, imobilizado, intan­
gível e diferido. '
§ 22 •••••••••••••••• ' ••••••••••••••••

d) patrimônio liquido, dividido em capital social, reservas de capital,


ajustes de avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria
e prejuízos acumulados .
• . . . • . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ." (NR)
"Art. 179: ...... :.- ....... ~ ... '~ .......... .
IV - no ativo imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens
corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia ou da
empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de
operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle
desses bens;

-- ,,'...,.: ':::
. ~'y ~ 'rf& t,:'"iri'rrif'Wfrttfh
-~-.-~.-.",.-----------,._-----,~

r <"'::;""/",1
34

v - no diferido: as despesas pré-operacionais e os gastos de reestru­


turação que contribuirão, efetivamente, para o aumento do resultado de
mais de um exercício social e que não configurem tão-somente uma redu­
.ção de custos ou acréscimo na eficiência operacional;
VI - no intangível; os direitos que tenham por objeto bens incorpó­
reos destinados à manutenção da companhia ou exercidos com essa fina­
lidade, inclusive o fundo de comércio adquirido .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . • . . . . . ." (NR)
"Art. 181. (VETADOY'

"Patrimônio Líquido
Art. 182....'................ '.' .......... .
. § 12 .. ..........................................................
.
'. ' ,
' .
.

C) (revogada);
d) (revogada).
...
[ ]
r' § 3 2 Serão classificadas como ajustes de avaliação patrimonial, en­
quanto não computadas no resultado do exercício em obediência ao re­
gime de competência, as contrapartidas de aumentos ou diminuições de
valor atribuído a elementos do ativo (§ 52 do art. 177, inciso I do caput do
art. 183.e § 3!l do art. 226 desta Lei) e do passivo, em decorrência da sua
avaliação a preço de mercado .
• • • J • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •" (NR)

"Critérios de Avaliação do Ativo


Art. 183 ............................... .
,~

I - as aplicações em instrumentos financeiros, inclusive derivativos,


.~
e em direitos e títulos de créditos, classificados no ativo circulante ou no
realizável a longo prazo:
a) pelo seu valor'de mercado ou valor equivalente, quando se tratar
de aplicações destinadas à negociação ou disponíveis para venda; e
b) pelo valor de custo de aquisição ou valor de emissão, atualizado
confonne disposições legais ou contratuais, ajustado ao valor provável de
realização, quando este for inferior, no caso das demais aplicações e os
direitos e títulos de crédito; [... ]
VII - os direitos classificados no intangível, pelo custo incorrido na
,~

aquisição deduzido do saldo da respectiva conta de amortização;


VIll - os elementos do ativo decorrentes de operações de longo prazo
serão ajustados a valor presente, sendo os demais ajustados quando hou­
,~
ver efeito relevante.
§ 1º ................................ .

-- ._----_._.. ,._----------_._-_._. - ._----,--'"_.. _~ -----,-_ .. b'," '±.:tu:

~;c
''"'7--'' ~.::'.:f:.:-~::~
,.-. '~'i"'fj
3S

d) dos instrumentos financeiros, o valor que pode se obter em um


mercado ativo, decorrente de transação não compulsória realizada entre
partes independentes; e, na ausência de um mercado ativo para um de­
tenninado instrumento financeiro:
(1) o valor que se pode obter em um mercado ativo com a negociação
de outro instrumento financeiro de natureza, prazo e risco similares;
(2) o valor presente líquido dos fluxos de caixa futuros para instru­
mentos financeiros de natureza, prazo e risco similares; ou
(3) o valor obtido por meio de modelos matemático-estatísticos de
.
precificação de instrumentos financeiros.
§ 22 A diminuição do valor dos elementos dos ativos imobilizado, in­
tangível e diferido será registrada periodicamente nas contas de:
[ ... ]
§ 3 2 A companhia deverá' efetuaI; periodicamente, análise sobre a
recuperação dos valores registrados no imobilizado, no intangível e no
diferido, a fim de 'que sejam: . .
. I - registradas as perdas de valor do capital aplicado quando houver
decisão de interromper os empreendimentos ou atividades a que se de~­
tinavam ou quando comprovado que não poderão produzir resultados
suficientes para reCuperação desse.valor; ou
II - revísados e ajustados os critérios utilizados para determinação da
vida útil econômica estimada e para cálculo da depreciação, exaustão e
amortização .
. . , .............. '.............. ~ .." (NR)

"Critérios de Avaliação do!Passivo


·Art. 184.•....... :'...... , , .......... , .. .
III - as obrigações, encargos e.riscos classificados no passivo exigível
a longo prazo serão ajustados 'ao seu valor presente, sendo os demais·
. .

ajustados quando houver efeito relevante."

"Demonstração do Resultado do Exercício


Art. 187. " . , .. , " ...• , . , , , , , , .. , .•... , , ..
VI - as participações de debêntures, de empregados e administrado­
res, mesmo na fonna de instrumentos financeiros, e de instituições ou
fundos de assistência ou previdência de empregados, que não se caracte­
rizem como despesa;
...
[ ]
§ 2 2 (Revogado)," (NR)

"Demonstraçõef; dos Fluxos de Caixa e do Valor Adicionado

Art. 188. As demonstrações referidas nos incisos N e V do caput do


art. 176 desta Lei indicarão, no mínimo:

I
k _._....._. __....-.._-----_._._-.._...... _-._-----_...
.r . . (.""'. .
---------~ .. _~--'

':. ~~
$"',,.,
j
.~
1

36

I - demonstração dos fluxos de caixa - as alterações ocorridas, duran­


te o exercício, no saldo de caixa e equivalentes de caixa, segregandoJse
essas alterações em, no mínimo, 3 (três) fluxos:
(a) das operações;
(b) dos financiamentos; e
(c) dos investimentos;
li - demonstração do valor adicionado - o valor da riqueza gerada
pela companhia, a sua distribuição entre os elementos que contribuíram -.
para a geração dessa riqueza, tais como empregados, financiadores, acio­
nistas, governo e outros, bem como a parcela da riqueza não distribuída.
.. 10 • • ' ' '. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . '" • .... "(NR,)

"Reserva de Lucros a Realizar

.Art. 197... """. ""*' " " " • " .... 1" .. , .. " ..... " .. '. . . . . . . . . ..

§ 1º ................•...............
li - o lucro, rendimento ou ganho líquidos em operações ou contabi­
lização de ativo e passivo pelo valor de mercado, cujo prazo de realização
financeira ocorra após o término do exercicio social seguinte.
...... " ..............
. ~ ........ " ............ " " .......... 1O.
"~ro~
\.J. "~'-.1
.r­

"Limite do Saldo das Reservas de Lucro


Art. 199. O saldo das reservas de lucros, exceto as para conti:hgên­
das, de incentivos fiscais e de lucros a realizar,. não poderá ultrapassar o
capital social. Atingindo esse limite> a assembléia deliberará sobre aplica­
ção do excesso na integralização ou no aumento do capital" social ou na
distribuição de dividendos." (NR)

"Transformação, Incorporação, Fusão e Cisão


.~

Art. 226•.••.. ; ...•.•.•.••....•••.....•.


§ 3 2 Nas operações referidas no caput deste artigo, realizadas entre
partes independentes e vinculadas à efetiva transferência de controle, os
ativos e passivos da sociedade a ser incorporada ou decorrente de fusão
ou cisão serão éontabilizados pelo seu valor de mercado." (NR)

''Avaliação do Investimento em Coligadas e Controladas


Art. 248. No balanço patrimonial da companhia, os investimentos em
coligadas sobre cuja administração tenha influência significativa, ou de
que participe com 20% (vinte por cento) ou mais do capital votante, em
controladas e em outras sociedades que façam parte de um mesmo grupo
ou estejam sob controle comum serão avaliados pelo método da equiva­
lência patrimonial, de acordo com as seguintes normas:
................................" (NR)

._--_.". __._... _~.-.-,._-~-~_._. __ .. _"----,_._---_._._. __.. _"-""'---_.~-_.


, 37
~'

Art. 2º A Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, passa a vigorar


acrescida do seguinte art. 195-A:

"Reserva de Incentivos Fiscais


Art. 195-A. A assembléia geral,poderá, por proposta dos órgãos de
administração, destinar para a reserva de incentivos fiscais a parcela do
lucro líquido decorrente de doações ou subvenções governamentais para
investimentos, que poderá ser excluída da base de cálcp10 do dividendo
obrigatório (inciso I do caput do art. 202 desta Lei)." '

Demonstrações Financeiras de Sociedades de Grande Porte


"

Art. 3 9 Aplicam-se às sociedades de grande porte, ainda que não


constituíd~ sob a forma de sociedades por ações, as disposições da Lei
n 2 6.404, de 15 de dezembro de 1976, sobre escrituração e elaboração de
demonstrações financeiras'e a obrigatoriedad~ de auditorlà independen­
te por auditor registrado na Comissão de Valores Mobiliários. '
Parágrafo único. Considera-se de grande porte, 'para os :fins exclusivos
desta Lei, a sociedade ou conjunto de sociedades sob controle çomum que
tiver, no exercício s~al anteriot; ativo total superior a R$ 240.000.000,00
(duzentos e quarenta milhões de reais) ou :recelta bruta anual superior a
R$ 300.000.000,00 (trezentos milhões de reais).
Art. 4 2 As normas de que tratam os incisos I, 11 e N do § 19 do art.
22 da Lei nº 6.385, de 7 de dezembro de 1976, poderão ser especifica­
das por categorias çle companhias abertàs e' demais emissores de valores
mobiliários em função do~eu porte e daS espécies e classes dos valo­
res mobiliário~ por eles emitidos é negociados no mercado.
Art. 52 A Lei n 9 6.385, de 7 de dezembro de 1976, passa a vigorar
acrescida do seguinte ait. lO-A: '
"Art. 10-A. A C,oIlÚSsão de Valores Mobiliários, o Banco Central do
Brasil e demais órgãos e agências reguladoras poderão celebrar convênio
com entidade que tenha por objeto ó estudá e'adivúlgação deprincipios,
normas e padrões de contabilidade e de auditoria, podendo, no exercicio
de suas -atribuições regulamentares, adotaI; no todo ou em
parte, os pro­
nunciamentose demais orientações téciricas emitidas. '
Parágrafo único. A entidade referida no caput deste artigo deverá ser
majoritariamente composta PQr contadores, dela fazendo parte, parita­
riamente, representantes dé entidades, representativas de sociedades sub­
metidas ao regime de elaboração de demonstrações financeiras previstas
nesta Lei, de sociedad.~~,que a:t:tditam e analisam as demonstrações finan­
ceiras, do órgão federal de fiscalização do exercicio da profissão contábil
e de universidade ou instituto de pesquisa com reconhecida atuação na
área contábil e de mercado de capitais."
Art. 6 Q OS saldos existentes nas reservas de reavaliação deverão ser
mantidos até a sua efetiva realização ou estornados até o final do exercí­
cio social em que esta Lei entrar em vigor.

~--,
38

Art. 7º As demonstrações referidas nos incisos IV e V do caput do art.


176 da.Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, poderão ser divulgadas,
no primeiro ano de vigência desta Lei, sem a indicação dos valores corres­
r-
pondentes ao exercício anterior.
Art. 82 Os textos consolidados das Leis n!'! 6.404, de 15 de dezembro
de 1976, e 6.385, de 7 de dezembro de 1976, com todas as alterações
nelas introduzidas pela legislação posterior; inclusive esta Lei, serão pu­
blicados no Diário Oficial da União pelo Poder Executivo.
Art. 9º Esta Lei entra em vigor'no primeiro dia do exercício seguinte
ao de sua publicação. ..
Art.,IO. FiCam revogadas as alíneas c e d do § 12 do art. 182 e o § 2 2
do ar!.
.
187 da Lei nl! 6.404, de 15 de dezembro de 1976. .
BraSília, 28 de dezembro de 2007; 186l! da Independência e 119º da
República. .

LUIZ INÁCIO LUIA DA Sn.VA


Amo Hugo Augustin Filho

c~
Este texto não substitui o publicado ~o DOU de 28-12-2007 - Edição
extra.

PresidêncúÍ da República

Casa Civil

Subchefia para Assuntos Jurídicos

MENSAGEM Nº 1.045, DE 28 DE DEZEMBRO 2007

Mensagem nl! 1.045


Senhor Presidente do Senado Federal,
Comunico a Vossa Excelência que, nos termos do § 1 Q do art. 66 da
Constituição, decidi vetar parcialmente, por contrariedade ao interesse
público, o Projeto de Lei nl! 121, de 2007 (nº 3.741/00 na Câmara dos
Deputados), que "Altera e revoga dispositivos da Lei nl! 6.404, de 15 de
dezembro de 1976, e da Lei nº 6.385, de 7 de dezembro de 1976, e es­
tende às sociedades de grande porte disposições relativas à elaboração e
divulgação de demonstrações financeiras".
Ouvido, o Ministério da Fazenda manifestou-se pelo veto ao art. 181
da Lei nl! 6.404, de 15 de dezembro de 1976, alterado pelo art. 1º do
presente Projeto de Lei:

"Resultados de Exercícios Futuros


Art. 181. Serão classificados como resultados de exercícios futuros
os resultados não realizados decorrentes de operações efetuadas entre as

"'"'/ -------------­ ,... ·__·_· __


"'~_ ·_~_r_ . __ _______ "___'.____
._~ ~~" _._____.__._,___-'. __.__.. ,_.
'. . • p • /f!'/!
: '. 39

sociedades controladora, controladas ou sob controle comum; as receitas


não realizadas decorrentes de doações e subvenções para investimentos;
e as demais receitas recebidas que, em obediência ao regime de compe­
tência, somente no futuro integrarão o resultado da companhia." (NR)

Razões do veto
"A alteração proposta aumenta, sem dúvida, o alcance do art. 181 da
Lei nº 6.404, de 1976, no qu.e tange aos resultados ali p.assíveis de serem
classificados, afetando a classificação contábil de resultados de socieda­
des controladas ou sob controle comum sem especificar o que são resul­
tados não realizados, bem como dispensa o confronto de receitas e des­
pesas para contabilização em-resultados de exercícios futuros, podendo
gerar inobse:r;vância do regime de competência, caso tais despesas sejam
deduzidas antes da apropriação das receitas.' ,
Contudo, em resp~ito ao princípio da entidade, os resultados devem
ser apurados e tributados de forma independente por cada pessoa jurídi­
ca., controladora e controlada. Os resultados da controladora são tributa­
, dos no próprio exercício social de competência, allÍda que não realizados
por sua controlada.
Além disso; com a contabilização dos valores decorrentes das opera­
ções entre sociedades controladora;' conti'oladaou sob controle comum
na rubrica de Resultados de Exercícios Futuros causaria um diferimento
na tributação, pois a realização das receitas ocorreria no momento que
fossem efetuadas operações com outras empresas. Ademais, a nova reda­
ção do, artigo causará prejuízos ao controle dos efeitos tnbutários, espe­
cialmente se a:controlada ou, controladora for domiciliada no exterior:"
,

Essas, Senhor Presiderlte, 'as razões que me levaram a vetar o dispo­


sitivo acima mencionado do projeto em causa, as quais ora súbmeto à,
elevada apreciação dos Senhores Membros do Congresso Nacional.
Brasília, 28 de dezembro de 2007.
Este texto não substitui'opublicado no DOU de 28-12-2007 - Edição
extra.

Texto Atualizado da Lei nº 6.404/76

A partir da Lei original das Sociedades por Ações, e considerando essas


mudanças introduzidas pela Lei nº 11.638/2007 e outras nesse meio tempo, re­
produzimos as partes que são de natureza contábil e/ou que foram comentadas
neste stiplemento.2
, Estão considerados os efeitos dos textos dos artigos 12 e 29 da Lei n!! 11.638,
que alteram a Lei das Sociedades por Ações. Não estão contemplados nesta
comparação o art. 3 2 , que é a criação das sociedades de grande porte, os artigos
-'

t. ',~- lfr 'lç')""Wqj#'i',*redtXHiit-ym


------,--------~_._--------'
\:<t~:., " ..;" .
r ,,:. ,,~ '''''-; '"
,/"-'
4 9 e 5", que são alterações na Lei n el 6.385/76 (Lei da C\!J\;l). Não estão também
contemplados os artigos 6~ e T", apesar de serem de natureza contábil, porque
não modificaram a Lei das Sociedades por Ações; o art. 6'" fala da destinação do
saldo atual das reservas de reavaliação e o art. 70. autoriza a não-comparabili­
dade das demonstrações dos fluxos de caixa e do valor adicionado no primeiro
ano de sua publicação.
À esquerda está o texto anterior da Lei das Sociedades por Ações, e à direita
o novo texto. À esquerda aparecem sinalizados os textos que foram retirados e
à direita aparecem sinalizados os textos adicionados.
Por curiosidade, veja-se que, no art. 188, houve uma falha na não-elimina­
ção de dois incisos; mas isso não trará qualquer repercussão.

SEÇÃO II SEÇÃO II
Demonstrações Financeiras Demonstrações Fmanceiras
Disposições Gerais Disposições Gerais
Art. 176. Ao fim de cada exercicio social, Art. 176. Ao fim de cada exercicio so­
a Diretoria fará elaborar; com base na cial, a diretoria fará elaborar; com base
escrituração mercantil da companhia, as na escrituração mercantil da companhia,
seguintes demonstrações financeiras, que as seguíntes demonstrações financeiras,
deverão exprimir com clareza a situação que deverão exprimir com clareza a si­
do patrimônio da companhia e as muta­ tuação do patrimônio da companhia e as
ções ocorridas no exercicio: mutações ocorridas no exercicio:
I balanço patrimonial; I - balanço patrimonial;
TI - demonstração dos lucros ou prejuízos II - demonstração dos lucros ou prejuízos
acumulados; acumulados;
1II - demonstração do resultado do exer­ 1II - demonstração do resultado do exer­
cicio; .
cicio; e .

IV demonstração das origens e aplica IV - demonstração dos fluxos. de caixa;


,~.
côes de recursos. e (Redação dada pela Lei n 2 11.638, de
2007) . .

V·..., s!=C9Il1Panhia:, aberta. dem:ollSt$.ção


.do:vaiorádiôoIlàdo~ériiCIIiiQ.Q
.. ... .... ..... " .. ' ... ,. .... , •...
pe'JiI.cln
2
.,. . ' ....
11.638,de 2007) , '
§ 1Q As demonstrações de cada exercicio § 1g As demonstrações de cada exercício
serão publicadas com a índicação dos va­ serão publicadas com a índicação dos va­
lores correspondentes das demonstrações lores correspondentes das demonstrações
do exercício anterior.. do exercício anterior.
§ 2Q Nas demonstrações, as comas seme­ § 2>2 Nas demonstrações, as contas se­
lhantes poderão ser agrupadas; os peque­ melhantes poderão ser agrupadas; os
nos saldos poderão ser agregados, desde pequenos saldos poderão ser agregados,
que indicada a sua natureza e não ultra­ desde que indicada a sua natureza e não
passem um décimo do valor do respecti­ ultrapassem 0,1 (um décimo) do valor do
vo grupo de contas; mas é vedada a uti· respectivo grupo de contas; mas é veda­
lização de designações genéricas, como da a utilização de designações genéricas,
"diversas contas" ou "contas correntes". como "diversas contas" ou "contas-cor­
rentes".

.-.
§ 3" As demonstrações financeiras regis­
trarão a destinação dos lucros segundo
§ 3~ As demonstrações financeiras regis­
trarão a destinação dos lucros segundo
-'
.-/

a proposta dos órgãos da administração, a proposta dos órgãos da administração,


no pressuposto de sua aprovação pela as­ no pressuposto de sua aprovação pela as­
sembléia geraL sembléia geraL
§ 4 Q As demonstrações serão complemen­ § 4 Q As demonstrações serão complemen­
tadas por notas explicativas e outros qua- I tadas por notas explicativas e outros qua­
dros analíticos ou demonstrações contá­ dros analíticos ou demonstrações contá­
beis necessários para esclarecimento da beis necessários para esclarecimento da
situação patrimonial e dos resultados do situação patrimonial e dos resultados do
exercício. exercício.
§ 52 As notas deverão indicar: § 5º As notas deverão indicar:
a) os principais critérios de avaliação dos a) os principais critérios de avaliação dos
elementos patrimoniais, especialmente elementos patrimoniais, especialmente
estoques, dos cálculos de depreciação, estoques, dos cálculos de depreciação,
amortização e exaustão, de constituição amortização e exaustão, de constituição
de provisão para encargos ou riscos, e dos de provisões para encargos ou riscos, e
ajustes para atender a perdas prováveis dos ajustes para atender a perdas prová­
na realização de elementos do ativo; veis na realização de elementos do ativo;
b) os investimentos em outras socieda­ b) os investimentos em outras socieda­
des, quando relevantes (art. 247, pará­ des, quando relevantes (artigo 247, pa­
grafo único); rágrafo único);
c) o aumento de valor de elementos do c) o aumento de valor de elementos do
ativo resultante de novas avaliações (art. ativo resultante de novas avaliações (ar­
182, § 3 11); tigo 182, § 3 2 );
d) os ônus reais constituídos sobre ele­ d) os ônus reais constituídos sobre ele­
mentos do ativo, as garantias prestadas mentos do ativo, as garantias prestadas
a terceiros e outras responsabilidades a terceiros e outras responsabilidades
eventuais ou contingentes; eventuais ou contingentes;
e) a taxa de juros, as datas de vencimen­ e) a taxa de juros, as datas de vencimen­
to e as garantias das obrigações a longo to e as garantias das obrigações a longo
prazo; prazo;
f) o número, espécies e classes das ações f) o número, espécies e classes das ações
do capital social; do capital social;
g) as opções de compra de ações outor­ g) as opções de compra de ações outor­
gadas e exercidas no exercício; gadas e exercidas no exercicio;
h) os ajustes de exercicios anteriores (art. h) os ajustes de exercícios anteriores (ar­
186, § 1 º); tigo 186, § 1Q);
i) os eventos subseqüentes à data de en­ i) os eventos subseqüentes à data de en­
cerramento do exercício que tenham, ou cerramento do exercício que tenham, ou
possam vir a ter, efeito relevante sobre a possam vir a ter, efeito relevante sobre a
situação financeira e os resultados futu­ situação financeira e os resultados futu­
ros da companhia. ros da companhia.
§ 6 0 A companhia fechada, com patrimô § 62 A companhia fechada com patrimônio
mo líquido, na data do balanço, não su líquido, na data do balanço, inferior a R$
perioe a R$ 1.000.000,00 (um milhão de 2.000.000,00 (dois milhões de reais) não
:reais) não será obrigada à elaboração e será obrigada à elaboração e publicação
publicação da demonstração das origens da demonstração dos fluxos de caixa. (Re­
e aplicaçõ@s de recursos. dação dada pela Lei n Q 11.638, de 2007)
• § 6' cem redação dada pela Lei n P 9,157, de
S S 1997.
Escrituração Escrituração
Art. 177. A escrituração da companhia i Art. 177. A escrituração da companhia
será mantida em registros permanentes, será mantida em registros permanentes,
com obediência aos preceitos da legisla­ com obediência aos preceitos da legisla­
ção comercial e desta lei e aos princípios ção comercial e desta Lei e aos princípios
de contabilidade geralmente aceitos, de­ de contabilidade geralmente aceitos, de­
vendo observar métodos ou critérios con­ vendo observar métodos ou critérios con­
tábeis uniformes no tempo e registrar as tábeis uniformes no tempo e registrar as
mutações patrimoniais segundo o regime -mutações patrimoniais segundo o regime
de competência. de competência.
§ 1Q As demonstrações financeiras do § 1Q As demonstrações financeiras do
exercício em que houver modificação de exercício em que houver modificação de
métodos ou critérios contábeis, de efeitos métodos ou critérios contábeis, de efeitos
relevantes, deverão indicá-la em nota e relevantes, deverão indicá-la em nota e
ressaltar esses efeitos. ressaltar esses efeitos.
§ 2° A companhia observará em registros § 2rAs disposições da lei tnbutária ou de
aux:il.ia.res, sem modificação da escrÍtl:1 legiS~çãOeSpecial sobre atividade que
ração m@rcantil e das demonstrações constitul o objeto da companhia que con­
reguladas nesta lei, as disposições da lei duzam à utilização de métodos ou crité­
tributária, ou de legislação especial sobre rios contábeis -diferentes ou à elaboração
r- a atividade que constitui seu objeto, que de outras demonstrações não elidem a
pr€lScre'J:affi métodos ou crit€rios contá obrigação de elaborar, para todos os fins
bei!> diferentes ou d€t€mlin@m a elabora desta Lei, demonstrações financeiras em
cão de outras demonstracões financeiras. consonâricia com o disposto no caput des­
te artigo e deverão ser alternativamente
observadas mediante registro: (Redação
dada pela Lei n 2 1 L638, de 2007) ­
I - em livros auxiliares, sem modificação
da escrituração mercantil; Ol!: (Incluído
pela Lei n 2 11.638, de 2007) ,,'
li nó caso ,da elaboração das demons­
, traçõ~paia fins tnbutários, na escrltu-:
:rn~omercantil, ,;desde'qu.e~jmn: efetu~
"fAdos~·eniseitUdala1l~t:mtós:contábéis'
adiclo~qu~as$egUrém apreparàçãoe
a divtiigação de d~onstrações financei­
rasco1l1'~bSerVâÍIcia\do di$poSto no caput
deste·àttig6,'devendo-setessas' demóns~
trações, auclltadas ,por, auditor indepen­
dente registrado na Comissão de Valores
Mobiliá.rios~ (Incluído pela Lei n 2 11.638,
de 2007)
§ 3 2 As demonstrações financeiras das § 3~ As
demonstrações financeiras das
companhias abertas observarão, ainda, companhias abertas observarão, ainda,
as normas expedidas pela Comissão de as normas expedidas pela Comissão de
Valores Mobiliários, e serão obrigatoria­ Valores Mobiliários, e serão obrigatoria­
mente auditadas por auditores indepen­ mente auditadas por auditores indepen­

dentes registrados na mesma comissão. dentes registrados na mesma comissão.


§ 4 u As demonstrações financeiras serão § 4 u As demonstracões financeiras serão
assinadas pelos administradores e por assinadas pelos administradores e por
contabilistas legalmente habilitados. contabilistas legalmente habilitados.
§ 52 As normas expedidas pela Comissão
de Valores Mobiliários a que se refere o §
3º deste artigo deverão ser elaboradas em
consonância com os padrões internacio­
nais de contabilidade adotados nos prin­
cipais mercados de valores n;u:?biliários.
(Incluído pela Lei n 2 11.638, de 2007).
§ 62 As companhias fechadas poderão
optar por observar as no:pn~ sobre de~
.monstràções ·fuiàIiCeiras.·clq:;edidas:pela·
·Comissão'de·Vâl6r~$·.Mbbltiátios:Para;as
cmlxpanhias abertas. (It.íclUlÍjop~a Lcin2
11:f)3?,dt;!2q07}:' •..'," ...... ' '.-'

'~~2t!:~,ta?~~~tda!'"
.normas' contabds,. nos. .temios do· § .22
. deste ·ártigo,e as' demonStra:ç~ ê. apu­
rações com. clé .êlabóradàs· não pode­
rãó serba~ de· fucidência' de' i:inpostos e
conmbuições nem ter quaisquer' outros
efeitos tributários. (Incluído pela Lei nº
11.638, de 2007) .

CAPÍTULo XV CAPÍTULo XV
EXERCÍCIO SOCIAL E DEMONSTRA­ EXERCÍCIO SPClAL E DEMONSTRA­
ÇÕES FINANCEIRAS ÇÕES FINANCEIRAS
SEÇÃOm SEÇÃOm
Balanço Patrimonial Balanço Patrimonial
Grupo de Contas Grupo de Contas
Art. 178. No balanço, as contas serão Art. 178. No balanço, as contas serão
classificadas segundo os elementos do pa­ classificadas segundo os elementos do pa­
trimônio que registrem, e agrupadas de trimônio que registrem, e agrupadas de
modo a facilitar o conhecimento e a análi­ modo a facilitar o conhecimento e a análi­
se da situação financeira da companhia. se da situação financeira da companhia.
§ 12 No ativo, as contas serão dispostas § 1º No ativo, as contas serão dispostas
em ordem decrescente de grau de liqui­ em ordem decrescente de grau de liqui­
dez dos elementos nelas registrados, nos dez dos elementos nelas registrados, nos
seguintes grupos: seguintes grupos:
a) ativo circulante; a) ativo circulante;
b) ativo realizável a longo prazo; b) ativo realizável a longo prazo;
c) ativo permanente, dividido em inves­ c) ativo permanente, dividido em inves­
timentos, ativo imobilizado e ativo dife­ timentos, imobilizado, intangível e dife­
rido. rido. (Redação dada pela Lei nº 11.638,
de 2007)
§ 2" No passivo, as contas serão classifi­ § 2º No passivo, as contas serão classifi­
cadas nos seguintes grupos: cadas nos seguintes grupos:

.....--.
a) passivo circulante; a) passivo circulante;
b) passivo exigível a longo prazo; b) passivo exigível a longo prazo;
c) resultados de exercícios futuros; c) resultados de exercícios futuros;
d) patrimônio líquido, dividido em capi­ d) patrimônio líquido, dÍ'vidido em capi­
tal social, reservas de capital, reservas de tal social, reservas de capital, ajustes de
rea':aliação, reservas de lucros e lucros avaliação patrimonial, reservas de lucros,
ou prejuízos acumulados. ~ções em tesouraria e prejuízos acumula­
dos. (Redação dada pela Lei nº 11.638,
de 2007)
§ 3 2 Os saldos devedores e credores que a § 3º Os saldos devedores e credores que a
companhia não tiver direito de compen­ companhia não tiver direito de compen­
sar serão classificados separadamente. sar serão classificados separadamente.

Ativo Ativo
Art. 179. As contas serão classificadas do I Art. 179. As contas serão classificadas do
seguinte modo: seguinte modo:
I no ativo circulante: as disponibilida­ I - no ativo circulante: as disponibilida­
des, os direitos realizáveis no curso do des, os direitos realizáveis no curso do
exercício social subseqüente e as aplica­ exercício social subseqüente e as aplica­
ções de recursos em despesas do exercí­ ções de recursos em despesas do exercí­
cio seguinte; cio seguinte;
11 - no ativo realizável a longo prazo: os 11 - no ativo realizável a longo prazo: os
direitos realizáveis após o término do direitos realizáveis após o término do
exercício seguinte, assim como os deri­ exercício seguinte, assim como os deriva­
vados de vendas, adiantamentos ou em­ dos de vendas, adiantamentos ou elIJlpr,és­
préstimos a sociedades coligadas ou con­ timos a sociedades coligadas ou controla­
troladas (art. 243), diretores, acionistas das (artigo 243), diretores, acionistas ou
ou participantes no lucro da companhia, participantes no lucro da companhia, que
que não constituírem negócios usuais na não constituírem negócios usuais na ex­
exploração do objeto da companhia; ploração do objeto da companhia;
l i - em investimentos: as participações l i - em investimentos: as participações
permanentes em outras sociedades e os permanentes em outras sociedades e os
direitos de qualquer natureza, não classi­ direitos de qualquer natureza, não classi­
ficáveis no ativo circulante, e que não se ficáveis no ativo circulante, e que não se
destinem à manutenção da atividade da destinem à manutenção da atividade da
companhia ou da empresa; companhia ou da empresa;
IV - no ativo imobilizado: os direitos que IV - no ativo imobilizado: os direitos que
tenham por objeto bens destinados à ma­ tenham por objeto bens corpóreos desti­
nutenção das atividades da companhia e nados à manutenção das atividades da
da empresa, ou exercidos com essa finali­ companhia ou da empresa ou exercidos
dade. i~siYe os d@ propriedade indus com essa finalidade, inclusive os decor­
trial ou comercial: rentes de operações que transfiram à
companhia os benefícios, riscos e contro­
le desses bens; (Redação dada pela Lei nl!
11.638, de 2007)

r
Iv no ativo diferido: as aplicações de • V no diferido: as despesas pré-opera­
recursos m € despesas que contribuirão cionais e os gastos de reestruturação
para a formação do r€sultad~ mais de que contribuirão, efetivamente, para o
um i€ rerdcio social, inclusive os juros pa aumento do resultado de mais de um
oaos ou cr€ditados aos acionistas durante exercício social e que não configurem
o período que anteceder o início das oP€ tão-somente uma redução de custos ou
facões sociais. acréscimo na eficiência operacional; (Re­
dação dada pela Lei n 11.638, de 2007)
Q

VI - no intangível: os direitos que tenham


por objeto bens incorpóreos destinados à
manutenção da companhia ou exercidos
com essa finalidade, inclusive o fundo de
comércioadquiridó.{Incluide peJ:aLei n Q
11.638,.de2007J' ...... "..'.
Parágrafo único. Na companhia em que o Parágrafo único. Na companhia em que o
ciclo operacional da empresa tiver dura­ ciclo operacional da empresa tiver dura­
ção maior que o exercício social, a classi­ ção maior que o exercício social, a classi­
ficação no circulante ou longo prazo terá ficação no circulante ou longo prazo terá
por base o prazo desse ciclo. por base o prazo desse ciclo.
PassÍVel Exigível Passivo Exigível
Art. 180. As obrigações da companhia, Art. 180. As obrigações da companhia,
inclusive financiamentos para aquisição inclusive financiamentos para aquisição
de direitos do ativo permanente, serão de direitos do ativo permanente, serão
classificadas no passivo circulante, quan­ classificadas no passivo circulante, quan­
do se vencerem no exercício seguinte, e do se vencerem no exercício seguinte, e
no passivo exigível a longo prazo, se ti­ no passivo exigível a longo prazo, se ti­
verem vencimento em prazo maior, ob­ verem vencimento em prazo maior, ob­
servado o disposto no parágrafo únir.:o do servado o disposto no parágrafo único do
artigo 179. artigo 179.
Resultados de Exercícios Futuros Resultados de Exercícios Futuros
Art. 181. Serão classificadas como resul­ Art. 181. Serão classificadas como resul­
tados de exercício futuro as receitas de tados de exercício futuro as receitas de
exercícios futuros, diminuídas dos custos exercícios futuros, diminuídas dos custos
e despesas a elas correspondentes. e despesas a elas correspondentes.
Patrimônio Líquido Patrimônio Líquido
Art. 182. A conta do capital social discri­ Art. 182. A conta do capital social discri­
minará o montante subscrito e, por dedu­ minará o montante subscrito e, por dedu­
ção, a parcela ainda não realizada. ção, a parcela ainda não realizada.
§ 1Q Serão classificadas como reservas de § 1Q Serão classificadas como reservas de
capital as contas que registrarem: capital as contas que registrarem:
a) a contribuição do subscritor de ações a) a contribuição do subscritor de ações
que ultrapassar o valor nominal e a par­ que ultrapassar o valor nominal e a par­
te do preço de emissão das ações, sem te do preço de emissão das ações sem
valor nominal, que ultrapassar a impor­ valor nominal que ultrapassar a impor­
tância destinada à formação do capital tância destinada à formação do capital
social, inclusive nos casos de conversão social, inclusive nos casos de conversão
em ações de debêntures ou partes bene­ em ações de debêntures ou partes bene­
ficiárias; ficiárias;

...............
b) o produto da alienação de panes be­ b) o produto da alienação de partes be­
neficiárias e bônus de subscrição. neficiárias e bônus de subscrição;
c) o prêmio recebido na emissão de de c) (revogada); (Redação dada pela Lei n~
bêntuf€s: 11.638, de 2007) (Revogado pela Lei n Q
11.638, de 2007)
d) as doações e as subv€ncões para in d) (revogada), (Redação dada pela Lei n 8
,'estimemo, 11.638, de 2007) (Revogado pela Lei n~
11-.638, de 2007)
§ 2\1 Será ainda registrado como reserva § 2 Q Será ainda registrado como reserva
de capital o resultado da correção mone­ de capital o resultado da correção mone­
tária do capital realizado, enquanto não tária do capital realizado, enquanto não
capitalizado. capitalizado.
§ 3 2 Serão classificadas como reservas § 32 Serão classificadas como ajustes
de reavaliação as contrapartidas de au . de avaliação patriinpnial" enquantd não
mentes de valor atribuídos a'elementos :c6mputadáS no resulÍ&do do exercício em
do ativo em virtude de novas avaliaçõ@s .opecÜêÍlcia ao regime de competência, as
com bas@ @m laudo nos termos do art. 8°, contrapartidas. de aumentos ou cÜminui­
amovado nela assembléia 2'eraL ções de valor atribuído a elementos do
ativo (§ 52 ,do árt. 171, .incisoI do caput
do art. 183 e § 3º do art. 226 desta Lei) e
do passivo, em decorrência da sua avalia­
ção a preço de mercado. (Redação dada
pela Lei nS!. 11.638, de 2007)
§ 4 2 Serão classificadas como reservas de § 4 2 Serão classificados como reservas de
lucros as contas constituídas pela apro­ lucros as contas constituídas pela apro­
priação de lucros da: companhia. priação de lucros da companhia.
§ 52 As ações em tesouraria deverão ser § 5 Q As ações em tesouraria deverão ser II
destacadas no balanço como dedução da destacadas no balanço como dedução da
conta do patrimônio líquido que registrar conta do patrimônio líquido que registrar
I a origem dos recursos aplicados na sua a origem dos recursos aplicados na sua
aquisição. aquisição.

Critérios de Avaliação do Ativo Critérios de Avaliação do Ativo


Art. 183. No balanço, os elementos do Art. 183. No balanço, os elementos do
ativo serão avaliados segundo os seguin­ ativo serão avaliados segundo os seguin­
tes critérios: tes critérios:
I os direitos @ títulos de crédito, € quais I - as aplicações em instrumentos. finan­
qu@r "falores mobiliários não classificados ceiros, inclusive derivativos, e em direi­
como investimentos, pelo custo de aqui tos e títulos de créditOs, chissificados no
sição ou pelo valor do mercado, se este ativo circulante ou no realizável a longo i
for menor; serão K € c1uídos os já prescri prazo: (Redação dada pela Lei ni! 11.638,
tos e feitas as prO\isõ€s adequadas para de 2007)
aju-stá-l~lor provável de realização,
,~ e será admitido o aum€nto do custo de
afJ:Ui~o, até o limite do valor do m€rca
do, para registro de correção monetária,
variacào ca~ iuros acrescidos:
a) pelo seu valor de mercado ou valor
equivalente, quando se tratar de aplica­
ções destinadas à negociação ou disponí­
veis para venda; e (Incluída pela Lei nll
11.638, de 2007)
b) pelo valor de custo de aquisição ou va­
lor de emissão, atualizado conforme dis­
posições legais ou contratuais, ajustado
ao valor provável de realização, quando
este for inferior, no caso das demais apli­
cações e .os direitos e títulos de crédito;
(Incluída pela Lei n2 11.638, de 2007)
II - os direitos que tiverem por objeto II os direitos que tiverem por objeto
mercadorias e produtos do comércio da mercadorias e produtos do comércio da
companhia, assim como mat~rias-pri­ companhia, assim como matérias-pri­
mas, produtos em fabricação e bens em mas, produtos em fabricação e bens em
almoxarifado, pelo custo de aquisição almoxarifado, pelo custo de aquisição
ou produção, deduzido de provisão para ou produção, deduzido de provisão para
ajustá-lo ao valor de mercado, quando ajustá-lo ao valor de mercado, quando
este for inferior; este for inferior;
UI - os investimentos em participação III - os investimentos em participação
no capital social de outras sociedades, no capital social de outras sociedades,
ressalvado o disposto nos artigos 248 a ressalvado o disposto nos artigos 248 a
250, pelo custo de aquisição, deduzido 250, pelo custo de aquisição, deduzido
de provisão para perdas prováveis na de provisão para perdas prováveis na
realização do seu valor, quando essa per­ realização do seu valor, quando essa per­
da estiver comprovada como peTIl!anen­ da estiver comprovada como permanen­
te, e que não será modificado em razão te, e que náo será modificado em razão
do recebimento, sem custo para a compa­ do recebimento, sem custo para a compa­
nhia, de ações ou quotas bonificadas; nhia, de ações ou quotas bonificadas;
IV - os demais investimentos, pelo custo N os demais investimentos, pelo custo
de aquisição, deduzido de provisão para de aquisição, deduzido de provisão para
atender às perdas prováveis na realização atender às perdas prováveis na realização
do seu valOI; ou para redução do custo de do seu valoI; ou para redução do custo de
aquisição ao valor de mercado, quando aquisição ao valor de mercado, quando
este for inferior; este for inferior;
V - os direitos classificados no imobiliza­ V - os direitos classificados no imobiliza­
do, pelo custo de aquisição, deduzido do do, pelo custo de aquisição, deduzido do
saldo da respectiva conta de depreciação, saldo da respectiva conta de depreciação,
amortização ou exaustão; amortização ou exaustão;
VI - o ativo diferido, pelo valor do capital VI o ativo diferido, pelo valor do capital
aplicado, deduzido do saldo das contas aplicado, deduzido do saldo das comas
que registrem a sua amortização. que registrem a sua amortização.
VII - os direitos classificados no intan­
gível, pelo custo incorrido na aquisição
deduzido do saldo da respectiva conta
de amortização; (Incluído pela Lei n!.!
11.638, de 2007)

--
VIII - os elementos do ativo decorrentes
de operações de longo prazo serão ajus­
tados a valor presente, sendo os demais
ajustados quando houver efeito relevante.
(Incluído pela Lei n Q 11.638, de 2007)
§ 1~ Para efeitOs do disposto neste artigo, § 1 Q Para efeitos do dispostO neste anigo, !

considera-se valor de mercado: considera-se valor de mercado:


a) das matérias-primas e dos bens em al­ a) das matérias-primas e dos bens em al­
moxarifado, o preço pelo qual possam ser moxarifado, o preço pelo qual possam ser
repostos, mediante compra no mercado; repostos, mediante compra no mercado;
b) dos bens ou direitos destinados à ven­ b) dos bens ou direitos destinados à ven­
da, o preço líquido de realização me­ da, o preço líquido de realização me­
diante venda no mercado, deduzidos os diante venda no mercado, deduzidos os
impostos e demais despesas necessárias impostos e demais despesas necessárias
para a venda, e a margem de lucro; para a venda, e a margem de lucro;
c) dos investimentos, o valor líquido pelo c) dos investimentos, o valor líquido pelo
qual possam ser alienados a terceiros. qual possam ser alienados a terceiros;
d) dos instrumentos financeiros, o valor
quepodeseobter em um mercado ativo,
. decorrente de transação não compulsória
reaJiZada entre panes independentes; e,
na ausência de um mercado ativo para
umdeteiTIrinado instrumento financeiro:
(Incluída pela Lein-º 11-638, de 2007)
1) o valor que se pode obter em um mer­
cadoativo.com a negociação de outro
instrumento financeiro de natureza, pra­
zo e risco similares; (Incluído pela Lei riQ
11.638,;de 2007)· . .
2) o valor presente líquido dos fluxos de
caixa futuros para· instrumentos firiari- .
ceiros .de natureza, pr:<:1.f:O e risco simila­
.'. res ;.oti ;(Incll1Ígo,PeJ.<iÍ;ei n Q .1 L 638,4~_
'2PQV >t',(~'·,.·······;··· . . . . ,.. . . ' ......... ".,' . . ..
I
3)o~3Io;obridô 'por m~l~ de Inodelos
j
mar.eiilático-estatísticos .de. precifkação I
·'~~,t~~riios':filia.íiceifos.· (InClUído,

§ 2º A diminuição de valor dos elementos


·pelateiIi2 11.638, de'2007)
§ 2 2 A diminuição do valor dos elemen­
I
f
do ativo imobilizado será registrada pe­ tos dos ativos imobilizado, intangível e I
riodicamente nas contas de: diferido será registrada periodicamente
nas contas de: (Redação dada pela Lei n Q
11.638, de 2007)
a) depreciação, quando corresponder à a) depreciação, quando corresponder à
perda do valor dos direitOs que têm por perda do valor dos direitos que têm por
objeto bens físicos sujeitos a desgaste ou objeto bens nsícos sujeitos a desgaste ou
perda de utilidade por uso, ação da natu­ perda de utilidade por uso, ação da natu­
reza ou obsolescêncía; reza ou obsolescência;

........
b) amortização, quando corresponder b) amortização, quando corresponder
à perda do valor do capital aplicado na à perda do valor do capital aplicado na
aquisição de direiros da propriedade in­ aquisição de direitos da propriedade in­
dustrial ou comercial e quaisquer outros dustrial ou comercial e quaisquer outros
com existência ou exercício de duração com existência ou exercício de duração
limitada, ou cujo objetO sejam bens de limitada, ou cujo objeto sejam bens de
utilização por prazo legal ou contratual­ utilização por prazo legal ou contratual­
mente limitado; mente limitado;
c) exaustão, quando corresponder à c) exaustão, quando. corresponder à
perda do valor, decorrente da sua ex­ perda do valor, decorrente da sua ex­
ploração) de direitos cujo objeto sejam ploração' de direitos cujo objeto sejam
recursos minerais ou florestais, ou bens recursos minerais ou florestais, ou bens
aplicados nessa exploração. aplicados nessa exploração.
§ 3° Os recursos aplicados no ativo dite § 3 Q Acompanhia deverá efetuar, perio­
rido serão amorti3ados periodicam@nte" dicamente, análise sobre a recuperação
em prazo não superior a dez anos) a par dosvalorestegistradosno imobilizado,
rir do inicio da operação normal ou do nOintarlgfvél eno diferid6,a fim de que
exercício em que pass€ m a ser usufruídos sejam: (Redação dada pela Lei riº 11;638,
os beneficios deles decorrentes, devendG de 2007)
ser registrada a perda do capital aplicado
quando abandonados os empr@endimen
tos ou atividades a que se destinavam..
ou compro1,rado que essas atividades--:B.ãG .
poderão produair resultados suficientes I'
para amortizá los. "
I I - registradas as perdas de valor do'ca­
pital aplicado quando houver decisão de
interromper os empreendimentos ou ati­
vidades a que' se destinavam ou quando
comprovadci que não poderão produzir
result~dos' suficientes' pata', recupera-:­
çãodesse valor; ou (Incluído pela Lei n2
1l.638,de2007J '

:7l~~ij:~s~::':l~ .•
econônÍica.~mada.e para, cálculo da'
depreclaçãp,.E!Xélustão e amortização.
Ctilclilldó pda~iNJl:638(de 2007) "
§ 4 2 Os estoques de mercadorias fungíveis § 4 Q OS estoques de mercadorias fungíveis
destinadas à venda poderão ser avaliados destinadas à venda poderão ser avaliados
pelo valor de mercado, quando esse for pelo valor de mercado, quando esse for
o costume mercantil aceito pela técnica o costume mercantil aceito pela técnica
contábiL contábiL

Critérios de Avaliação do Passivo Critérios de Avaliação do Passivo


Art. 184. No balanço, os elementos do Art. 184. No balanço, os elementos do
passivo serão avaliados de acordo com os passivo serão avaliados de acordo com os
seguintes critérios: seguintes criréríos:

----
r-

I - as obrigações, encargos e riscos, co­ I - as obrigações, encargos e riscos, co­


nhecidos ou calculáveis, inclusive, impos­ nhecidos ou calculáveis, inclusive Impos­
ro de renda a pagar com base no resulta­ to sobre a Renda a pagar com base no
do do exercício, serão computados pelo resultado do exercício, serão computados
valor atualizado até a data do balanço; pelo valor atualizado até à data do ba­
lanço;
II - as obrigações em moeda estrangeira, II - as obrigações em moeda estrangeira,
com cláusula de paridade cambial, serão com cláusula de paridade cambial, serão
convertidas em moeda nacional à taxa de convertidas em moeda nacional à taxa de
câmbio em vigor na data do balanço; câmbio em vigor na data do balanço;
IH as obrigaçõ€ls sujeitas a correção mo III - as obrigações, encargos e riscos clas­
netária serão atualizadas até a data do sificados no passivo exigível a longo pra­
balanco" zo serão ajustados 110 seu valor presente,
sendo os demais àjuStados quando hou­
c c

ver efeito relevante. (Redação dada pela


Lein2 11.638, de 2007) .

Correção Monetária Correção Monetária


Art. 185. (Revogado pela Lei n I Art. 185. (Revogado pela Lei n Q 7.730, de
Q

7.730/89.) 1989.)

SEÇÃON SEÇÃON
Demonstração de Lucros ou Prejuízos Demonstração de Lucros ou Prejuízos
I c Acumulado~ Acumulados
Art_ 186_ A demonstração de lucros ou Art. 186. A demonstração de lucros ou I
prejuízos acumulados discriminará: prejuízos acumulados discriminará: !
I o saldo do início do período, os ajustes I - o saldo do início do período, os ajustes 1
c~
de exercícios anteriores e a correção mo­ de exercícios anteriores e a correção mo- I
netária do saldo inicial; netária do saldo inicial; .
li - as reversões de reservas e o lucro li- I TI as reversões de reservas e o lucro lí­
quido do exercício; quido do exercício;
III - as transferências para reservas, os di­ III - as transferências para reservas, os di­
videndos, a parcela dos lucros incorpora­ videndos, a parcela dos lucros incorpora­
da ao capital e o saldo ao fim do período_ da ao capital e o saldo ao fim do período.
§ 1Q Como ajustes de exercicios anterio­ § P Como ajustes de exercicios anterio­
res serão considerados apenas os decor­ res serão considerados apenas os decor­
c~c rentes de efeitos da mudança de critério rentes de efeitos da mudança de critério
contábil, ou da retificação de erro impu­ contábil, ou da retificação de erro impu­
tável a determinado exercício anterior, tável a determinado exercício anterior,
e que não possam ser atribuídos a fatos e que não possam ser atribuídos a fatos
subseqüentes. subseqüentes.
§ 2 2 A demonstração de lucros ou prejuí­ § 2º A demonstração de lucros ou prejuí­
zos acumulados deverá indicar o montan­ zos acumulados deverá indicar o montan­
te do dividendo por ação do capital social te do dividendo por ação do capital social
e poderá ser incluída na demonstração e poderá ser incluída na demonstração
das mutações do patrimônio líquido se das mutações do patrimônio líquido, se
elaborada e publicada pela companhia. elaborada e publicada pela companhia.

...i

,l~
-;., ~
SEÇÃO V SEÇÃO V
Demonstração do Resultado do Demonstração do Resultado do
Exercício Exercício
Art. 187. A demonstração do resultado Art. 187. A demonstração do resultado
do exercício discriminará: do exercício discriminará:
a receita bruta das vendas e serviços, I a receita bruta das vendas e serviços,
as deduções das vendas, os abatimentos as deduções das vendas, os abatimentos
e os impostos; e os impostos;
II a receita líquida das vendas e servi­ II a receita líquida das vendas e servi­
ços, o custo das mercadorias e serviços ços, o custo das mercadorias e serviços
vendidos e o lucro bruto; vendidos e o lucro bruto;
m - as despesas com as vendas, as des­ III - as despesas com as vendas, as des­
pesas financeiras, deduzidas das receitas, pesas financeiras, deduzidas das receitas,
as despesas gerais e administrativas, e as despesas gerais e administrativas, e
outras despesas operacionais; outras despesas operacionais;
N - o lucro ou prejuízo operacional, as N - o lucro ou prejuízo operacional, as
receitas e despesas não operacionais; receitas e despesas não operacionais; (Re­
dação dada pela Lei n!:! 9.249, de 1995)
• Inciso IV com redação dada pela Lei n •
9.249/95.
V- O resultado do exercício antes do Im- I V - o resultado do exercício antes do Im­
posto de Renda e a provisão para o im­ posto sobre a Renda e a prmrisão para o
i' posto; imposto;
I VI _ as participações de debêntures, VI as participações de debêntures, de
empregados, administradores @ part@S empregados e administradores, mesmo
beneficiárias, e as contribuições para na forma' de instrumentos financeiros, e
instituições' ou fundos de assistência ou de instituições ou fundos de assistência
pre\ridência de empregados; ou previdência de empregados, que não
se caracterizem como despesa; (Redação
dada pela Lei nº 11.638, de 2007)
VII - o lucro ou prejuízo líquido do exer­ VII - o lucro ou prejuízo líquido do exer­
cício e o seu montante por ação do capi­ cício e o seu montante por ação do capi­
tal social. tal social.
§ 12 Na determinação do resultado do § 1º Na determinação do resultado do
exercício serão computados: exercício serão computados:
a) as receitas e os rendimentos ganhos no a) as receitas e os rendimentos ganhos no
período, independentemente da sua rea­ período, independentemente da sua rea­
lização em moeda; e lização em moeda; e
b) os custos, despesas, encargos e perdas, b) os custos, despesas, encargos e perdas,
pagos ou incorridos, correspondentes a pagos ou incorridos, correspondentes a
essas receitas e rendimentos. essas receitas e rendimentos.
§ 2 G O aumento do valor de €tementos § 2 2 (Revogado). (Redação dada pela Lei
do ativo em virtude de novas avaliações, n~ 11.638, de 2007) (Revogado pela Lei n G
registrado como f€Sr€ va de reavaliação 11.638, de 2007)
(art. 182, § 3!l), somente depois de r€la
ligado poderá ser computado como lucro
~.}stribuição de dividendos
GH-Darticivações.

-.....-..
"~

SEÇÃO VI SEÇÃO VI
Demonstração das Origens e Demonstrações dos Fluxos de Caixa e
Aplicações de Recursos do Valor Adicionado
(Redação dada pela Lei nº 11.638,
de 2007)
Art. 188. A d@monstraçào das orig€ns e An. 188. As demonstrações referidas nos
aplicações d@ recursos indicará as mo di incisos IV e V do caput do art. 176 desta
ficações na posição financeira da campa Lei indicarão, no minimo: (Redação dada
nhia, discriminando: pela Lei n Q 11.638, de 2007)
I as oriswns dos recursos, agrupadas em: I demonstração dos fluxos de caixa - as
alterações ocorridas, durante o exercício,
no saldo de caixa e equivalentes de caixa,
· segregando-::;e : essas· alterações em,.· no
mínirllo,3 {três)flúXos.: (Redação dada·
pclâLei pº tL638, .de 2(07) ..
~~ do exerdcio, acrescido de de ·éi) Cl~ôpérações;(Redação dad~ pela Lei
p. çae, amortil;ação ou exausC nºIL638~de2(07) ... . .
ajUStado
r a ~.
,pel . ~ ao e
~~açao nos resultad d
€X€rClClOS futuros', os €
- do capital s ocr.al e contn.
b) .r e_alizaçao b) dos financiamentos; e. (Redação dada
UIÇOes para reseP,'as de capital; pela Lei nl! 11.638,.de 2007)
; recursos de ~rceiros, orit.nários do c:) dos investimentos; (Redação dada pela
~ento do "pasSIVO exigível a longo pra Lei n Q 11.638, de 2007)
w, a
prazo d reducao
>.
do ath:~
_~ realiz ave
• .
' 1a 1ongo
. . e a allenaçao de investimentos
dIreltOS do ativo
, imob1' K d
~a--o' e
. , -. ' " .
li
@fi; as aplicaçõ@s d@ f€lcursos,
' agrupadas II .... demonstração do valor adicionado - o
valor da riqueza gerada pela companhia,
a sua distribuição entre os elementos que
conmbuíram para a geração dessa rique­
za, tais como empregados, financiadores,
acionistas, governo e outros, bem como a
parcela da riqueza não distribuída; (Re­
·dàção dada, pela Lei nI!Jf,6:?8,de2007)
a) divid€'lndos distribuídos;
b) aquisição de dif€litos do ativo imobi
lizadow,
c) aumento do ativo f€lwá"r.'€l a longo
prazo, dos investimentos e do ativo dite
~,

d) f€ldução do passivo exigível a longo


Pfa.Wf
UI o excesso ou insuficiência das ori­ IH o excesso ou insuficiência das ori­
gens de recursos em relação às aplica­ gens de recursos em relação às aplica­
"~ ções, representando aumento ou redução ções, representando aumento ou redução
do capital circulante líquido; do capital circulante líquido; TEORICA­
MENTE VETADO, POIS SE RELACIONA
A DOAR, MAS A REVOGAÇÃO NÃO
ESTÁ NA LEI Nl! 11.638/07
.~~

.-..I.
IV - os saldos, no início e no fim do exer­ IV os saldos, no início e no fim do exer­
cício, do ativo e passivo circulantes, o cício, do ativo e passivo circulantes, o
montante do capital circulante líquido montante do capital circulante líquido
e o seu aumento ou redução durante o e o seu aumento ou redução durante o
exercicio. exercício. TEORICAMENTE VETADO,
POIS· SE RELACIONA A DOAR, MAS
A REVOGAÇÃO NÃO ESTÁ NA LEI N!!
11.638/07

CAPÍTULo XVI CAPÍTULO XVI


LUCROS, RESERVAS E DIVIDENDOS LUCROS, RESERVAS E DIVIDENDOS
SEÇÃO I SEÇÃO I
Dedução de Prejuízos e Imposto Dedução de Prejuízos e Imposto
sobre a Renda sobre a Renda
Art. 189. Do resultado do exercicio serão Art. 189. Do resultado do exercício serão
deduzidos, antes de qualquer participa­ deduzidos, antes de qualquer participa­
ção, os prejuízos acumulados e a provi­ ção, os prejuízos acumulados e a provi­
são para o Imposto Sobre a Renda. são para o Imposto sobre a Renda.
Parágrafo único. O prejuízo do exercício Parágrafo único. O prejuízo do exercício
será obrigatoriamente absorvido pelos será obrigatoriamente absorvido pelos
lucros acumulados, pelas reservas de lu­ lucros acumulados, pelas reservas de lu­
cros e pela reserva legal, nessa ordem. . cros e pela reserva legal, nessa ordem.
Participações Participações
Art. 190. As participações estatutárias de Art. 190. As participações estatutárias de
empregados, administradores e partes empregados, administradores e partes
beneficiárias serão determinadas, suces­ beneficiárias serão determinadas, suces­
; sivamente e nessa ordem, com base nos sivamente e nessa ordem, com base nos
lucros que remanescerem depois de de­ lucros que remanescerem depois de de­
duzida a participação anteriormente cal­ duzida a participação anteriormente cal­
culada. culada.
Parágrafo único. Aplica-se ao pagamen­ Parágrafo único. Aplica-se ao pagamen­
to das participações dos administradores to das participações dos administradores
e das partes beneficiárias o disposto nos e das partes beneficiárias o disposto nos
parágrafos do art. 201. parágrafos do artigo 20l.
Lucro Uquido Lucro Uquido
Art. 191. Lucro líquido do exercício é o Art. 191. Lucro líquido do exercício é o
resultado do exercício que remanescer resultado do exercício que remanescer
depois de deduzidas as participações de depois de deduzidas as participações de
que trata o art. 190. que trata o artigo 190.

Proposta de Destinação do Lucro Proposta de Destinação do Lucro


Art. 192. Juntamente com as demonstra­ i\rt. 192. Juntamente com as demonstra­
ções financeiras do exercício, os órgãos ções financeiras do exercício, os órgãos
da administração da companhia apresen­ da administração da companhia apresen­
. tarão à assembléia geral ordinária, obser­ tarão à assembléia-geral ordinária, obser­
• vado o disposto nos artigos 193 a 203 e vado o disposto nos artigos 193 a 203 e
no estatuto, proposta sobre a destinação no estatuto, proposta sobre a destinação
a ser dada ao lucro líquido do exercício. a ser dada ao lucro do exercício.

lIIIIIIara
/'

Reserva de Incentivos Fiscais


(Incluído pela Lei n!! 11.638, de 2007)
Art. 195-A. A assembléia geral poderá,
por proposta dos órgãos de administra­
ção, destinar para a reserva de incentivos
fiscais a parcela do lucro líquido decor­
rente de doações ou subvenções governa­
mentais para investimentos, que poderá
ser excluída da base de cálculo do .divi­
dendo obrigatório (inciso I do caput do
art. 202 desta Lei). (Incluído pela Lei nº
11.638,d~ 2007)

Retenção de Lucros Retenção de Lucros


Art. 196. A assembléia geral poderá, por Art. 196. A assembléia-geral poderá, por
proposta dos órgãos da administração, proposta dos órgãos da administração,
deliberar reter parcela do lucro líquido deliberar reter parcela do lucro líquido
do exercício prevista em orçamento de do exercício prevista em orçamento de
capital por ela previ.amente aprovado. capital por ela previamente aprovado.
§ 1 2 O orçamento, submetido pelos ór­ § 1Q O orçamento, submetido pelos ór­
gãos da administração com a justificação gãos da administração com a justificação
da retenção de lucros proposta, deverá da retenção de lucros proposta, deverá
compreender todas as fontes de recursos compreender todas as fontes de recursos
e aplicações de capital, fixo ou circulan­ e aplicações de capital, fixo ou circulante,
te, e poderá ter a duração de até cinco e poderá ter a duração de até 5 (cinco)
exercícios, salvo no caso de execução, por exercícios, salvo no caso de execução, por
prazo maior, de projeto de investimento. prazo maior, de projeto de investimento.
§ 2 2 O orçamento poderá ser aprovado § 2 2 O orçamento poderá ser aprovado
pela assembléia-geral ordinária que deli­ pela assembléia-geral ordinária que deli­
I
._c
berar sobre o balanço do exercício e revi­ berar sobre o balanço do exercício e revi­
sado anualmente, quando tiver duração sado anualmente, quando tiver duração
J superior a um exercício social. superior a um exercício social. (Redação
j dada pela Lei nl! 10.303, de 2001)
• § 2' com redação dada pela Lei n' 10.303, de
30·10-2001.

Reservas de Lucros a Realizar Reserva de Lucros a Realizar


Art. 197. No exercício em que o montan­ Art. 197. No exercício em que o montante
te do dividendo obrigatório, calculado do dividendo obrigatório, calculado nos
-;
nos termos do estatuto ou do art. 202, termos do estatuto ou do art. 202, ultra­
ultrapassar a parcela realizada do lucro passar a parcela realizada do lucro líquido
líquido do exercício, a assembléia-geral do exercício, a assembléia-geral poderá,
poderá, por proposta dos órgãos de ad­ por proposta dos órgãos de administra­
ministração, destinar o excesso à consti­ ção, destinar o excesso à constituição de
tuição de reserva de lucros a realizar. reserva de lucros a realizar. (Redação
dada pela Lei nº 10.303, de 2001)
com redação dada Lei n' 10.303,
de 30·10-2001 .

..............
.....ú.
....~
§ 1é Para os efeitos deste artigo, conside­ § 12 Para os efeitos deste artigo, conside­
ra-se realizada a parcela do lucro líquido ra-se realizada a parcela do lucro líquido .~

do exercício que exceder da soma dos se­ do exercício que exceder da soma dos se­
guintes valores: guintes valores: (Redação dada pela Lei
n~ 10.303, de 2001)

• Primitivo parágrafo único renumerado para §


"c".
1 ~ revogadas as alíneas "a'~ "b" e e com
redação dada pela Lei n" 10.303, de 30-10·
2001.

I O resultado líquido positivo da equiva­ I - o resultado liquido positivo da equiva­


lência patrimonial (art. 248); e lência patrimonial (art. 248); e (Incluído
pela Lei n!? 10.303, de 2001)
• Inciso I acrescentado pela Lei n' 10.303, de 30­
10-2001.
II - O lucro, ganho ou rendimento em II - o lucro, rendimento ou ganho liqw":'
operações cujo prazo de realização finan­ dos. em operações ou contabilização· de
ceira ocorra após o término do exercício ativo. e passivo peló. valor·. dé mércado,
social seguinte. rujo prazo de realização financeira ocor­
ra após o término do exercício social se­
guinte. (Redação dada pela Lei n Q 11.638,
de 2007)
• Inciso II acrescentado pela Lei n' 10.303, de 30­
10-2001.
§ 2 2 A reserva de lucros a realizar somen­ § 2 2 A reserva de lucros a realizar somen­
te poderá ser utilizada para pagamento te poderá ser utilizada para pagamento
do dividendo obrigatório e, para efeito do do dividendo obrigatório e, para efeito do
inciso III do art. 202, serão considerados inciso III do art. 202, serão considerados
como integrantes da reserva os lucros a como integrantes da reserva os lucros a
realizar de cada exercício que forem os realizar de cada exercício que forem os
primeiros a serem realizados em dinhei­ primeiros a serem realizados em dinheiro.
ro." (NR) (Incluído pela Lei n 2 10.303, de 2001)
• § 2 2 acrescentado pela Lei n Q 10.303, de 30­
10·2001.

Limite da Constituição de Reservas e Limite da Constituição de Reservas e


Retenção de Lucros Retenção de Lucros
Art. 198. A destinação dos lucros para Art. 198. A destinação dos lucros para
constituição das reservas de que trata o constituição das reservas de que trata o ar­
art. 194 e a retenção nos termos do art. tigo 194 e a retenção nos termos do artigo
196 não poderão ser aprovadas, em cada 196 não poderão ser aprovadas, em cada
exercício, em prejuízo da distribuição do exercício, em prejuízo da distribuição do
dividendo obrigatório (art. 202). dividendo obrigatório (artigo 202).
Limite do Saldo das Reservas de Lu-
cros
ILimite do Saldo das Reservas de Lucro
(Redação dada pela Lei n!! 11.638, de
2007)
Art. 199. O saldo das reservas de lucros, Art. 199. O saldo das reservas de lucros,
exceto as para contingências e de lucros exceto as para contingências, de incen­
a realizar, não poderá ultrapassar o ca­ tivos fiscais e de lucros a realizar, não
pital social; atingido esse limite, a as­ poderá ultrapassar o capital social. Atin­
sembléia deliberará sobre a aplicação do gindo esse limite, a assembléia deliberará
excesso na integralização ou no aumento sobre aplicação do excesso na integrali­ ..;
do capital social, ou na distribuição de zação ou no aumento do capital social ou
dividendos. na distribuição de dividendos. (Redação
dada pela Lei nº 11.638, de 2007)
Transformação, Incorporação, Fusão
e Cisão
(Redação dada pela Lei n 2 11.638, de
2007)
Art. 226. As operações de incorporação, Art. 226. As operações de incorporação,
fusão e cisão somente poderão ser efeti­ fusão e cisão somente poderão ser efeti­
vadas nas condições aprovadas se os peri­ vadas nas condições aprovadas se os peri­
tos nomeados determinarem que o valor tos nomeados determinarem que o valor
do patrimônio ou patrimônios líquidos a do patrimônio ou patrimônios líquidos a
serem vertidos para a formação de capi­ serem vertidos para a formação de capi­
tal social é, ao menos, igual ao montante tal social é, ao menos, igual ao montante
do capital a realizar. do capital a realizar.
§ 1Q As ações ou quotas do capital da § 12 As ações ou quotas do capital da
sociedade a ser incorporada que forem sociedade a ser incorporada que forem
de propriedade da companhia incorpo­ de propriedade da companhia incorpo­
radora poderão, conforme dispuser o radora poderão, conforme dispuser o
protocolo de incorporação, ser extintas, protocolo de incorporação, ser extintas,
ou substituídas por ações em tesouraria ou substituídas por ações em tesouraria
da incorporadora, até o limite dos lucros da incorporadora, até o limite dos lucros
acumulados e reservas, exceto a legal. acumulados e reservas, exceto a legal.
S 22 O disposto no S 1º aplicar-se-á aos § 2 9 O disposto no § 12 aplicar-se-á aos
casos de fusão, quando uma das socieda­ casos de fusão, quando urna das socieda­
des fundidas for proprietária de ações ou des fundidas for proprietária de ações ou
quotas de outra, e de cisão com incorpo­ quotas de outra, e de cisão com incorpo­
ração, quando a companhia que incorpo­ ração, quando a companhia que incorpo­
rar parcela do patrimônio da cindida for rar parcela do patrimônio da cindida for
proprietária de ações ou quotas do capi­ proprietária de ações ou quotas do capi­
tal desta. tal desta.
§3Q ,Nas operações referidas no caput
deste artigo, realizadas entre partes inde­
penderites e vinculadas à efetiva transfe~
rência de controle, os ativos e passivos da
sociedade a ser incorporada ou decOrren­
te de fusão ou cisão serão contabilizados
pelo seu valor de mercado. (Iricluído pela
Lei ,nº 11.638, de 2007)
Incorporação Incorporação

CAPÍTULo XX CAPÍTULo XX
SOCIEDADES COUGADAS, CONTRO­ SOCIEDADES COUGADAS, CONTRO­
LADORAS E CONTROLADAS LADORAS E CONTROLADAS

SEÇÃO IV SEÇÃO IV
Demonstrações Financeiras Demonstrações Financeiras
Notas Explicativas Notas Explicativas
Art. 247. As notas explicativas dos inves- Art. 247. As notas explicativas dos inves­
timentos relevantes devem conter infor- timentos relevantes devem conter infor­
mações precisas sobre as sociedades coli- P.lações precisas sobre as sociedades coli­
gadas e controladas e suas relações com I gadas e controladas e suas relações com
a comDanhía. indicando: • a companhia, indicando:
~~ deliomi;1açào da sociedade, seu C::.t­ I - a
pit31 social tO paLrimonio líquido: picai sOl:ial e pacrÍlTlonio líquido:
ri ,) número, espécies e classes de a - o número, espécies e classes das
ações ou quotas de propriedade da com­ ações ou quotas de propriedade da com­
panhia, e o preço de mercado das ações, panhia, e o preço de mercado das ações,
se houver; se houver;
III - ,) lucro líquido do exercício; IH - o lucro líquido do exercício;
IV os créditos e obrigações entre a com­ IV - os créditos e obrigações entre a com­
panhia e as sociedades coligadas e con­ panhia e as sociedades coligadas e con­
troladas; troladas;
V - o montante das receitas e despesas V o moritante das receitas e despesas
em operações entre a companhia e as so­ em operações entre a companhia e as so­
ciedades coligadas e controladas. ciedades coligadas e controladas.
Parágrafo único. Considera-se relevante Parágrafo único. Considera-se relevante
o investimento: o investimento:
a) em cada sociedade coligada ou contro­ a) em cada sociedade coligada ou con­
lada, se o valor contábil é igualou supe­ trolada, se o valor contábil é igual ou su­
rior a dez por cento do valor do patrimô­ perior a 10% (dez por cento) do valor do
nio líquido da companhia; parrimônio líquido da companhia;
b) no conjunto das sociedades coligadas b) no conjunto das sociedades coligadas e
e controladas, se o valor contábil é igual controladas, se o valor contábil é igual ou
ou superior a quinze por cento do valor superior a 15% (quinze por cento) do va­
do parrimônio líquido da companhia. lor do parrimônio líquido da companhia.

Avaliação do Investimento em Coliga­ Avaliação do Investimento em Coliga­


das e Controladas das e Controladas
Art. 248. No balanço patrimonial da Art. 248. No balanço patrimonial da
companhia, os investimentos relevantes companhia, os investimentos em coliga­
(art. 247, parágrafo único) em socieda­ das sobre cuja administração tenha in­
des coligadas sobre cuja administração fluência significativa, ou de que participe
tenha influência, ou de que participe com com 20% (vinte por cento) ou mais do .
vinte por cento ou mais do capital social,
e em sociedades controladas, serão ava­
capital votante, em controladas e em ou-
tras sociedades que façam parte de um
!
liados pelo valor de parrimônio líquido, mesmo grupo ou estejam sob controle
de acordo com as seguintes normas: comum serão avaliados pelo método da
equivalência patriInonial, de acordo com
as seguintes normas: (Redação dada pela
Lei n Q 11.638, de 2007)
I - o valor do patrimônio líquido da coli­ I - o valor do patrimônio líquido da co­
gada ou da controlada será determinado ligada ou da controlada será determina­
com base em balanço patrimonial 011 ba­ do com base em balanço patrimonial ou
lancete de verificação levantado, com ob­ balancete de verificação levantado, com
servância das normas desta lei, na mesma obsenrância das normas desta Lei, na
data, ou até sessenta dias. no máximo, mesma data, ou até 60 (sessenta) dias,
antes da data dei balanço da companhia; no máximo, antes da data do balanço da
no valor de patrimônio líquido não serão companhia; no valor de patrimônio líqui­
compmados os resultados não realizados do não serão computados os resultados
decorrentes de negócios com a compa­ não realizados decorrentes de negócios
nhia, ou com outras sociedades coligadas com a companhia, ou com outras socie­
à companhia, ou por ela controladas; dades coligadas à companhia, ou por ela
controladas:

lIiIIIIÍIIo....

~"

SEÇÃO II SEÇÃO II
Reservas e Retenção de Lucros Reservas e Retenção de Lucros
Reserva Legal Reserva Legal
Art. 193. Do lucro líquido do exercício, ' Art. 193. Do lucro líquido do exercício,
cinco por cento serão aplicados, antes de 5% (cinco por cento) serão aplicados,
q~alquer outra destinação, na constitui­ antes de qualquer outra destinação, na
ção da reserva legal, que não excederá de constituição da reserva legal, que não
vinte por cento do capital social. exçederá de 20% (vinte por cento) do ca­
, pita! social.
§ 1º A companhia poderá deixar de cons­ § 1li A companhia poderá d~ar de cons­
tituir a reserva legal no exercício em que tituir a reserva legal no exercício em que
o saldo dessa reserVa, ,acrescido do mon­ o saldo dessa reserva, acrescido do mon­
tante das reservás de capital deqrie trata tante dáS reservas, de ,capital de que tra~
o § 1 º do art. 182, exceder de trinta por tao§1 2 dóaitigo182, exceder de 30%
cento do ~ socia1~' , , (tr1nta P9r cento) do capital social.
§ 2 A reserva legal tem por fim assegurar
2 § 22 A reserva legal tem por fim assegurar
a integndade dó capital social e somente a integridade do capital social e somente
poderá serutilizada para compensar pre­ poderá ser utilizada para compensarpre­
juízos ou aumentar o capital. juízos ou aumentará capitàl.'

Reservas Estatutárias Reservas Estatutárias


/"'
Art..194. O estatuto pàderà criai:' reservas
desde que, para cada uma: •
IArt. 194. O estatuto poderá criar reservas
desde que, para cada uma:
I - indique, de modo preciso e, COlÍlpleto, I - indique, de modo preciso e completo,
a sua finalidade; , 'a sua finalidade;
II - fixe os critérios para deten:Óinar a n - fixe, os critérios para detenninar a
parcela amÍal dbs lucros líquidos que se­ patcela anuâI dós lucros líquidos que ,:;e­
, rãó destinadoS i sua constituição; e rão déStiliadós à sUa constituição; ~
m - est:a'bEileça: o limite máximo da re­ , m -.. estitbéIeça o lirirlte'~~' clã re­
serva. serva.
Beservas para tl'ln";~~'-,
~~~- ~ para"Contingências
" " '
ArL 195. A assembléia geral poderá, por , Att. 1951 A aSseuibléia;.;geràl poderá, por
prop9Stados &gãoSda 'administtação. proposta dos órgãós' dá, administração;
desti1umpatte do lucro líquido à f0rma­ destinàr pàrte do lucro líquido à forma~
ção de reserva com a finalidade de Com­ ção de reserva com a finalidade de com­
,~
. peD.S8J;emeXetáêiomturo, á diminuição pensaI; em exercicio futuro, a diminuiÇão,
do lucro decaiterité 'de Peroa
julgada do lucro decdrrente' de perda julgada
prováVel, cnjoválor posSa 'ser estimado. provável, cujo valor possa ser estimado.
§ 111 A pi'OpClsta dos órgãos ,da 'âdminis­ § 111 A proposta dos órgãOs' da adininis­
tração deverá indicar a ca:usa da perda tração deverá indicar ,a causa da perda
preyista ~" justificm; com as razões de prevista e justifi~ com as razões de
prudência que a recomendem, 'a consti­ prudência que a'recomendem, a consti­
tuição da reserva. " tuição da reserva.
, . ' .
§,211 A reserv.a"setá revertida;no exercício §21! A reserva será revertidano~clo'
em que d~ de existiras raz6esque em que deixarem de existiras~ que
justificaram'a sua conStituição ou em que jUStifi~am a sua constituição ou em. que
ocorrer a perda ooo1Terapetda.

.. : ", \ '~.,
.../

Reservas de Capital Reserva de Capital


Art. 200. As reservas de capital somente Art. 200. As reservas de capital somente i

poderão ser utilizadas para: poderão ser utilizadas para:


1 - absorção de prejuízos que ultrapassa­ I - absorção de prejuízos que ultrapassa­
rem os lucros acumulados e as reservas rem os lucros acumtl1ados e as reservas
de lucros (art. 189, parágrafo tinico); de lucros (art:i&ó 189, parágrafo único);
II - resgate, reembolso ou compra de II - resgate, reembolso ou compra de
ações; ações;, '
m- resgate de partes beneficiáiias; m - resgate de panes b~eficiárias;
IV - incorporação ao capital social; IV - incorporação ao capital social;
V - pagamento de dividendo a ações pre­ V - pagamento de dividendo a ações pre­
ferenciais, quando essa vantagem lhes ferenciais, quando essa vantagem lhes
for assegurada (3rt. 17, § SQ). , for assegurada (artigo 17, § SQ).
n.;.;...t;;.....ü' , ',' A ' . ,d
Parágrafo úiUco.' A reservacónStituída .c-__~ ,P :u:Qlco. , .,.~ COIlStltuí a
como prod:u.t() 4a venda de partéS~e­ com o produto da venda de partes bene­ ~.

ficiárias poderá ser destinada ao :resgate ficiárias podem ser destinada ao :resgate
desses títulos. ',' ' desses títulos. , ' ,

CAPÍTt.JLo X:v.ti1 CAPfrui.o XVIII'


TRANSFORMAçÃO,,~C9RP<?RAÇÃO, TRANSFORMAÇÃ~,1NCPlU'ORAÇÃO,
,, FUSÃO E ClSAO" , FUSAO E CISAO
SEÇÃO I , SEÇÃO I
Transf0rm.8ção ~rmação
Conceito eFonna Conceito e Forma
Art. 220. A transfonnação é a operação Art. 220~' A. transformação é a operação
pela qual a sociedade passa, independen­ pela qual a sociedade passa, independen­
temente de dissolução e liquidação" de temente de disSolução e liquidação, de
um tipo para outro. , ' ,um tipo para: outro.
~ 1.Ínico. At:ransfuDIlação 0"6ede­ Parágrafo único. A tràDsformação obede­
cerá aospreçàtos que regulam a Çonsti. eerá aps preçeitos que regulaJn aCQnSti·
tuição e o registro do tipo a ser OOotado tuição,~ o, f~o d,o tipo a ~ adotado
pela sociedade. pda sociedade."
Deliberação Deliberação' ,
Art. 221. A ttansfoDIlação exige ocon­ Art. 221. A tranSfon:nação eXige o con­
sentimento unâni!nedos.s6ciós otraci<r. ' sétttitneÍd:o unânjme dos,s6QOsou a~
Distas, salvo~ previSta no ~. ()U ~-:~:se:PreviSta;_;estatnto'QU
no contrato soQal, ca50em que o ,$ÓCio oo'éOnttátti,~ QlSÓ em que o sóéio
dissi4ente terá o direito 'de retirar-se d~ dissidente terá o direito' de retirar-se da ' ,...
~d~ , sociedade.
~ tinim. 'Os s6clospoo~ rénlin­ ,Parágrafo ~~ 'OS 'Sóciôspodem rep~­
ciaJ; no contrato social, '~, direitO dê iéti.;, .' cia1; :tio ~ soda], ao direito de ren­
, rada no cáso de~ção em com­
~~: caso 4~L~~~,~,~n,i- pánbía. ;":' ,,:- ' ,,
Direito dos Credores Direito dos Credores
Art. 222. A transformação não prejudica­ Art. 222. A ~formação não prejudi~':
rá, em caso a1.gq.m, os direitos dos éfe.. rá, en;i caso a18wn, os direitos doscre­
,dores, que'coil.t:iriUârão,até'o ~to dores; que ~ntinuarão, até o pagamento
i11tegral dosseus ciédilOs,'comumes­ intep'dos' Seus créditos, com as' mes;."
~'

mas-garantias que o tipo ~or de 50'"' mas/galan;tia.s que otipo.anterior de so. ......
dedade lhes, oferecia. ' ciedade lhes oferecia.

~":.,_;';!:;;:."\~~~~~í;,:,; i'i,:,>; :: . .,.'. . ..


'"
Parágrafo único. A falência da sociedade Parágrafo único. A falência da sociedade
transformada somente produzirá efeitos transformada somente produzirá efeitos
em relação aos sócios que, no tipo ante­ em relação aos sócios que, no tipo ante­
rioI; a eles estariam sujeitos, se o pedirem riOI; a eles estariam sujeitos, se o pedirem
os titulares de créditos anteriores à trans­ .os titulares de créditos anteriores à trans­
fonriação, e somente a estes beneficiará. formação, e somente a estes beneficiará.

SEÇÃon SEÇÃO 11
Incorporação, Fusão e Cisão Incorporação, Fusão e Cisão'
Competência e Processo Competência e Processo
Art. 223. A incorporação, fusão ou cisão Art. 223. A incorporação, fusão ou cisão
podem ser operadas entre sociedades de podem ser operadas entre sociedades de
tipos iguais ou diferentes e deverão ser tipos iguais ou diferentes e deverão ser
deliberadas naforma'prevista para a al­ deliberadas ria forma prevista para a al­
teração dos respectivos estat1;ttos ou con­ teração dos respectivos estatutos ou con­
tratos SQciais. tratos sociais.
§1º Nas operações em que houver êria­ § 1º Nas operações em que houver cria·
ção de sociedade serão observadas as ,ção de sociedade serão observadas as
"
normàs reguladoras da constituição das normas re8uJadoras .da constituição das
sociedades do seu ti:pO. . sociedades'dQ seu tipo:
§ 2 2 Os Sócios ou acionistas das socieda­ § 2 2 Os sócios ou acionistas das socieda­
des incorporadas, fundiâãS' ou ciÍldidãS des incorporadas, fundidas ou cindidas
.receberão, diretamente da companhia receberão, diretamente da companhia
emissora, as ações que lhes couberem. emissora, as ações que lhes couberem.
§ 3 2 Se a Ínctlrporação. fusão ou cisão en­ § 3 2 Se a incorporação, fusão ou cisão en­
volverem.
,
companhia
I '
aberta, aS socieda­ volverem companhia aberta, as socieda:'"
des que a suced~ serão também aber­ des que a sucederémserão também aber­
tas, devendo o~ o respectivo .registro tas; devendo obter o respectivo_ ~gistro
e; se fur o caSo, promover a ,admissão de e, se for o caso, promover á admissão:de
, negociação d@S novas açôesno mercado negociação dàs· novas ações no mercado
secundário, no prazo .máximo de ,120 secundário, no prazo máximo de 120
(cento e vinte) dias, contados da data (cento e vinte) dias, coritados da data,
da assemb1éUl8eriü que çrovou a ÇIpe­ da assembJéia geral que éiproVoua ope­
ração,,-observmicio as nOrmas pertinentes
. ,nição, ;ObServando as,nQrinas pertineQ.tes
baixadas Pela Comissão de valores Mo­
"

baixadas pela, Comissão de valores Mo­


biliários•. biliários.
,pela Lei nJ/ 9.457, de 5-5-1
• ,§ 3,- aÁ:reséenmdo, § 3 2 acrescéntad.(J pela Lei TI li 9.457. de 5­
1997:, ", ' , ' " '.', ,5-1997. '

§ 42 O desêumpr:iineilto do previsto' no § 411 O descun:íprimento dQ previSto no


parágrafo' anterior dará ao acionista direi­ parágrafo anterior dará ao acionista direi­
to de retirar-se da companhia, mediante to de retirar-se da companhia, mediante
reembolso do valor das suas ações (art. reembolso, do valor das suas ações (art.
45), nOs 30 (trinta) dias seguintes ao tér­ 45), nos 30 (trlitta) dias seguintes ao tér­
mino do prazo nelereferido,obServado o mino dQPrazo nele referido, o~do o
dispôstonóS§§ 1~;e4I1do ,art.lS7. ' ' ~sto nos §§ 111 e 4 11 do art. 137. '
• § 4J/~ pelá J.ei nJ/9:457, de 5-5-
1997., ,
I§5-:1997.
4 acresCentado pela Lei n 9.457. de
2

'
11 5­
t'

I
Protocolo Protocolo
Art. 224. Ai; condições da incorporação, Art. 224. As condições da incorporação,
fusão ou cisão com incorporação em so­ fusão ou cisão com incorporação em so­ --.-'

ciedade existente constarão de protocolo ciedade existente constarão de protocolo


firmado pelos órgãos de administração fumado pelos órgãos de administração.
ou sócios das sociedades interessadas, ou sócios das. sociedades interessadas,
que incluirá: que incluirá:
I - o número, espécie e classe das ações 1- o número, espécie e classe das ações
que serão atnbuídas em substituição dos que serão átribuídas em substituição dos
direitos de sócios que se extinguirão e os direitos de sócios que se extinguirão e os
critérios utilizados para determinar as re­ critérios utilizados para determinar as re­
lações de substituição; lações de substituição;
II - os elementos ativos e passivos que II - os clementos ativos e passivos que
formarão cada parcela do patrimônio, no formarãocáda parcela do patrimônio, no
caso de cisão; . (iàsodecisão;. .
m - os critérios de avaliação do Patrimô-: m- os critérios deaVàliação do patrimô­
nio líquido, a data a quesetá. referida a lllO líquido, a data a que será referida a
avaliação, .e o tratamento das variações' êlvaliaÇão,eo trataméItto daS variàçães
pat:rinioniais posteriores;,.. . ]jatrii:p,Oiliaisposteriores;.
IV - a solução a ser adotada quanto às IV - a solução à ser adotada quanto às
ações ou quotaS do capital de uma das ações ou quotaS do capital de uma das
. sociedades possuídas'por OlItta; sociedades possuídas por ou1;ia; .
V - o valor do capital daS sociedades a V - (, valor do capital das sociedades a
serem criadas ou do aumento 'Oli redução serem criadas ou do at.iménto ou redução
do capital das sociedades que fotem par-' do'capitaldaS-sociedades que forem par­
te na operação; .' te na operação;
VI - o projeto ou projetos de estatutQ, ou VI- opfojetoou projetos de estatuto~ ou
de alterações estatutárias, que deverão de alteraçõeS estatutárias, que' deverão
ser aprovados para efetivar a operação; ser aprovados para efetivar a operáção;
vn - tOdas às.dêniai$ condições á que es­ .1m - todas as demais condições a que eg.,.
tiver Stijeita a operação. i"~ . ' tiver sujeita a operação.
Parágrafo' único~ Os valores'" sUjeitOS a Parágrafo' úilico. Os Valores sujeitos a
determinação serão .indicados· por ~- determinação· serão indicados por esti­
mativa. .;: .<' .., . mativá.

JUstificação Justificação .
Art. 225. As operações de incorporação, Art. 225. As operações. de i,ncmporação~
fusão'e cisão
serão submetidas à.delibe­ fusão e cisãó serão subnietidaS à dêlibe­
ração da àssembléia gerai' das -:ChnÍpa­ raÇão- da .as5em.bI& geral daS corlipa­
nhias interessadas mediante justifiCação, nhiasinteressadas mediante Justificação,
na qual serão expom;os: na qual serão expostos: ,.
I - os motivos ou fins· da operação. e Q in­ I ~ Os 'motbos ou.fins da operação, e O' in­
tereSse da compaDbia lia$U.arealização; teresse .da;COJ::DPanbia.~Slia realização;
n- as ações que'ôs adOhlSW preferen­ fi - as aÇÕes que os acionistas pleferen­
ciais·receberão-e-as-razõe8par.a.a modifi­ dais ~berão e as razões para a modifi­
cação dos .s:eüsdir~tto~,:se prevista; cação dps seus direitos,·se preVista;
m - a composição, após a operação, se­ m - a composição, após a operação,. se­
.gundoespéCies'eclasses das ações, do ca­ gundO' espécies e classes das. ações, do ca­
pital das companhias que deverão emitir . pita! das companhias que deverão emitir
áç6es em subsp,tuiçãoàs que se,d~erão açõe1 em S\,1bstituição às que se dev~o
extinguir
. .,
. ~ j
!
~;i
IV - o valor de reembolso·d.as ações a que IV .:. o valor de reembolso das ações a que
terão direito os acionistas dissidentes. terão direito os acionistas·dissidentes.

1iiâ~;S"~4,~~;'~'!!!I;~;;,,·<, l.,~ ..•. .,.,..,,>; . . . . . . . . . . . . . .- ­


II - o valor do investimento será determi­ II - o valor do investimento será determi­
nado mediante a aplicação, sobre o valor nado mediante a aplicação, sobre o valor
de patrimônio líquido referido no número de patrimônio líquido referido no número
anterior, da porcentagem de participação anterior, da porcentagem de participação
no capital da coligada ou controlada; · no capital da coligada ou controlada;
III - a diferença entre o valor do inves­ III - a diferença entre o valor do inves­
timento, de acordo com o número lI, e timento, de acordo com onúmero lI, e
o custo de aquisição corrigido moneta­ o custo de aquisição corrigido moneta­
riamente,.somenteserá registrada como · riamente; somente será registrada como
resultado do exercício: resultado do exercício:
a) se decorrer de lucro ou prejuízo apura­ a) se decorrer de lucro ou prejuízo apura­
do na coligadaou:controlada; do na coligada ou controlada; .
b) se~ei· comprovadamente, a b) se corresponder; comprovadamente, a
ganhos ou perdas efetivos; ganhos ou perdas efetivos;
c) no.caso de companhia aberta. com ob­ c) no caso de companhia aberta, com oh­
servância das normas expedidas pel;a Co­ serv$ncia das normas expedidas pela Co­
missão.de Valores Mobiliários. '., . missão de vaIoreS Mobiliários.
§ . 1!l Para efeito de· deter:mirtar a rele­ § 1!l Para efeito de determinar a rele­
vância dó investimento, nos casos deste vância do investimento, nos· casos deste
artigOj serão computados ~mo parte do artigo, serão computados como parte do
curso de aquisição· os saldos de créditos custo de aquisição os saldos de créditos
da companhia contra as- coligadas e cOn­ da companhia contra as coligádas e con­
troladas. troladas.
§2!l' A sociedade coligada, sempre que § 2 2 A. sociedade coligada, sempre que
solicitada pela cómpanhia, d~erá elabo~ solicitada pela companhia, deverá elabo- .
rar e fomecer o balanço ou balancete de rar e fornecer o balanço ou balançetede
verifi~ção ~orio Dúmero L verificação previsto no nUmero L
f'

Dem~ConsoJidadas Demonstrclç6es·eonsondaclàs.__...
Art. 249~ A compánhia aberta que tiver Art. 249. AcompanhiáàbciU. que tiver
maiS de trinta'por cento do valor.do seu maisde 30% (trinta pOr cento) do valor
patrlmÔIÜo lfquidorepreSéntado por in~ do seu patrimôniO líquido representado·
vestirÍlentos ém sociedades controI8das por investimentos em SCKiedadeS contro­
e
d~. 4!1a,borar di\1UlgaJ; Juntamente ladas deVerá elaborar e·divulgai; juitta­
coni suas demo.itstraçõ.es fiIuüiceiras, de­ · mente cOln suas demonstrações finan­
monstrações consolidadas nos termos do ceiras, demonstrações consolidadas nos
art..250.
. . ·termos do artigo 250.
Parágrafo .ú:.i:dco~ A Comissão de vaiores · ~ dmco. A Comissão .4e Valores
.'

Mobiliários poderá expedir nOmiaS,sobre Mobillári.ospoderá expedir normas sobre


as sociedades cujas· demonstrações· de­ as sociedades cujasdemonstraç6es· de­
vam ser abrangidas na illnsolidação, e: ·varo ser abrangidas naCODS"olidação, e: "
a) determinar a inclusão de sociedades a) deteI'Illinar a inclusão de sociedades
que; embora não controladas, sejam fi­ que, emb9ra não controladas, sejam fi­
nanceira ou achninjstrativamente depen­ nanceira oú ad:miírlstratiVamente depen­
dentes da companlÜa; dentes da companhia; .
. . .' . . f' j. :
b) a~torizaI;.em d1sos especi?is. a ~clu­ b) autorizar, em ~os especiais, .~ exclu­
são de uma ou mais socie<hÍdes contro­ são de uma 011 mais sociedades contro­
/-~ ladas. ladas.

.~
"'::

Normas sobre Consolidação Normas sobre Consolidação


Art. 250. Das demonstrações financeiras Art. 250. Das demonstrações financeiras
consolidadas serão excluídas: consolidadas serão excluídas:
I - as participações de uma sociedade em I - as participações de uma sociedade em
outra; outra;
, II - os saldos de quaisquer contas entre II - os saldos de quaisquer contas entre
sociedades; as sociedades;
III - as parcelas dos resultados do exercí­ III - as parcelas dos resWtados do exercí­
\> cio, dos lucros ou prejuízos acumulados e cio, dos lucros ou prejuízos acumulados e
! do custo de estoques ou do atiVo perma­ do custo de estoques ou do ativo perma­
nente que/ corresponderem a resultados, nente que corresponderem a resultados,
ainda não realizados, de negócios entre ainda não realizados, de negócios entre
as sociedades. as sociedades.
§ 19 A participação dos acionistas não § 1º A participação dos acionistas não
controladores no patrimônio líqUido e no controladores no patrimônio líquido e
,\ lucro do exercício será destacada, respec­ no lucro do exercício será destacada, res­
I tivamente, no balanço patrimonial e na pectivamente, no balanço patrimonial e -'
1 demonstração do resultado do exercício. na demonstração do resultado do exer­
I cício. (Redação dada pela Lei n!l 9.457,

\­ • § l' com redação cIa.da pela Lei n g 9.457, de


5-5-1997.
de 1997)

§ 2l! A parcela do custo de aquisição do § 2!! A parcela do custo de aquisição do


investimento em controlada, que não for investimento em controlada, que não for
absorvida na consolidação, deverá ser absorvida na consolidação, deverá ser
mantida no ativo permanente, com de­ mantida no ativo permanente, com de­
dução da provisão adequada para perdas dução da provisão adequada para perdas
já comprovadas, e será objeto de nota ex­ já comprovádas, e será objeto de nota ex­
plicativa. plicativa. .
§ 39 O valor da participação que exceder § 39 O valor da participação que exceder
do custO de aquisição constituirá parcela do custo de aquisição conStituirá parcela
destacada dos·' resultados de exercícios destacada dos resultados de exercícios
futuros até que fique comprovada a exis­ futuros até que fique comprovada a exis­
tência de ganho efetivo. tência de ganho efetivo.
§ 411 Para finS deste artigo, as sociedades § 4 2 Para fins deste. artigo,. as sociedades
controladas, Cujo exercício social termi­ controladas, cujo exerclcio social termine
ne mais de sessenta dias antes da data mais de 60 (sessenta) dias antes da data
do enceri:amento do exercício da com­ do encerramento do exercício ,da compa·
panhia, elaborarão, com observância das nhia, eiaborarão, com observância das
normas desta lei, demonstrações finan­ normas desta Lei, demonstrações finan·
ceiras extraordinárias em data compre­ ceiras extraordinárias em data compre­
endida nesse prazo. endida nesse prazo.

ti'· :;;~
.~".~
't
~: v.~ 19~: .-" ~
r

Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos

LEI N° 11.638, DE 28 DE DEZEMBRO DE 2007.

Mensagem de veto Altera e revoga dispositivos da Lei. 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e


da Lei 6.385, de 7 de dezembro de 1976, e estende às sociedades de grande porte disposições
relativas à elaboração e divulgação de demonstrações financeiras.

o PRESIDENTEDA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu


sanciono a seguinte Lei:

Art. 10 Os arts. 176 a 179, 181 a 184, 187, 188, 197, 199, 226 e 248 da Lei. 6.404, de 15 de
dezembro de 1976, passam a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 176 ........................................................ .

N -C~~~~!:H~:~~t!~~:~~~s.I[~çjii'ª~'~é1
o

V-~~~â~~~~~~~~~i~i~~~~~.

§ 6° A 1companhia fechad~ com patrimônio líquido, na data do balanço, inferior a R$


2.000.000,00 (dois milhões de reais) não será obrigada à elaboração e publicação da
demonstração dos fluxos de caixa." (NR)

"Art. 177 .......................................................... .

r-,
-..,/

§ 2° As disposições da lei tributária ou de legislação especial sobre atividade que constitui o


objeto da companhia que conduzam à utilização de métodos ou critérios contábeis diferentes
ou à elaboração de outras demonstrações não elidem a obrigação de elaborar, para todos os
fins desta Lei, demonstrações financeiras em consonância com o disposto no caput deste
artigo e deverão ser alternativamente observadas mediante registro:

I - em livros auxiliares, sem modifIcação da escrituração mercantil; ou

II - no caso da elaboração das demonstrações para fins tributários, na escrituração mercantil,


desde que sejam efetuados em seguida lançamentos contábeis adicionais que assegurem a
preparação e a divulgação de demonstrações financeiras com observância do disposto no
caput deste artigo, devendo ser essas demonstrações auditadas por auditor independente
registrado na Comissão de Valores Mobiliários.

§ 5° As nonnas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários a que se refere o § 30 deste


artigo deverão ser elaboradas em consonância com os padrões internacionais de contabilidade
adotados nos principais mercados de valores mobiliários.

§ 60 As companhias fechadas poderão optar por observar as nonnas sobre demonstrações


financeiras expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários para as companhias abertas.

§ 70 Os lançamentos de ajuste efetuados exclusivamente para harmonização de nonnas


contábeis, nos termos do § 20 deste artigo, e as demonstrações e apurações com eles
elaboradas não poderão ser base de incidência de impostos e contribuições nem ter quaisquer
outros efeitos tributários." (NR)

"Art. 178 ......................................................... .

§ 10............................................................... .

j
r

r-

c) ativo permanente, dividido em investimentos, imobilizado, intangível e diferido.

§ 20 ............................................................... .

~ d) patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de capital, ajustes de avaliação


patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos acumulados .
.......

....................................................................... " (NR)

"Art. 179 ......................................................... .

IV no ativo imobilizadQ: os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à
manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade,
inclusive os decorrentes de operações que transfiram à companhia os beneficios, riscos e
controle desses bens;

V - no diferido: as despesas pré-operacionais e os gastos de reestruturação que contribuirão,


efetivamente, para o aumento do resultado de mais de um exercício social e que não
configurem tão-somente uma redução de custos ou acréscimo na eficiência operacional;

VI - !lO intangível: os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à
manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio
adquirido .

....................................................................... " (NR)

"(VETADO)

Art. 181. (VETADO)"

"Patrimônio Líquido
Art. 182 .......................................................... .

§ lo............................................................... .

c) (revogada);

d) (revogada).

§ 3° Serão classificadas como ajustes de avaliação patrimonial, enquanto não computadas no


resultado do exercício em obediência ao regime de competência, as contrapartidas de
aumentos ou diminuições de valor atribuído a elementos do ativo (§ 50 do art. 177, inciso I do
caput do art. 183 e § 30 do art. 226 desta Lei) e do passivo, em decorrência da sua avaliação a
preço de mercado .

....................................................................... " (NR)

---------
"Critérios de Avaliação do Ativo

Art. 183 ........................................................... .

I - as aplicações em instrumentos fmanceiros, inclusive derivativos, e em direitos e títulos de


créditos, classificados no ativo circulante ou no realizável a longo prazo:

a) pelo seu valor de mercado ou valor equivalente, quando se tratar de aplicações destinadas à
negociação ou disponíveis para venda; e

b) pelo valor de custo de aquisição ou valor de emissão, atualizado conforme disposições


legais ou contratuais, ajustado ao valor provável de realização, quando este for inferior, no
caso das demais aplicações e os direitos e títulos de crédito;
VII - os direitos classificados no intangível, pelo custo incorrido na aquisição deduzido do
saldo da respectiva conta de amortização;

VIII - os elementos do ativo decorrentes de operações de longo prazo serão ajustados a valor
presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante.

§ lo................................................................ .

d) dos instrumentos financeiros, o valor que pode se obter em um mercado ativo, decorrente
de transação não compulsória realizada entre partes independentes; e, na ausência de um
mercado ativo para um determinado instrumento financeiro:
.~

1) o valor que se pode obter em um mercado ativo com a negociação de outro instrumento
financeiro de natureza, prazo e risco similares;

2) o valor presente líquido dos fluxos de caixa futuros para instrumentos financeiros de
natureza, prazo e risco similares; ou

3) o valor obtido por meio de modelos matemático-estatísticos de precificação de


instrumentos frnanceiros.

§ 20 A diminuição do valor dos elementos dos ativos imobilizado, intangível e diferido será
registrada periodicamente nas contas de:

§ 30 A companhia deverá efetuar, periodicamente, análise sobre a recuperação dos valores


registrados no imobilizado, no intangível e no diferido, a fim de que sejam:
I - registradas as perdas de valor do capital aplicado quando houver decisão de interromper os
empreendimentos ou atividades a que se destinavam ou quando comprovado que não poderão
produzir resultados suficientes para recuperação desse valor; ou

II revisados e ajustados os critérios utilizados para determinação da vida útil econômica


estimada e para cálculo da depreciação, exaustão e amortização .

....................................................................... " (NR)

ritérios de Avaliação do PassivÓ'-

Art. 184 ........................................................... .

III as obrigações, encargos e riscos classificados no passivo exigível a longo prazo serão
ajustados ao seu valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante."
(NR)

"Demonstração do Resultado do Exercícío

Art. 187........................................................... .

VI - as participações de debêntures, de empregados e administradores, mesmo na forma de


instrumentos financeiros, e de instituições ou fundos de assistência ou previdêncía de
empregados, que não se caracterizem como despesa;

§ 2° (Revogado)." (NR)

"Demonstrações dos Fluxos de Caixa e do Valor Adicionado


r-.

Art. 188. As demonstrações referidas nos incisos N e V do caput do art. 176 desta Lei
indicarão, no mínimo:

I - demonstração dos fluxos de caixa - as alterações ocorridas, durante o exercício, no saldo


de caixa e equivalentes de caixa, segregando-se essas alterações em, no mínimo, 3 (três)
fluxos:

a) das operações;

b) dos financiamentos; e

c) dos investimentos;

II - demonstração do valor adicionado - o valor da riqueza gerada pela companhia, a sua


distribuição entre os elementos que contribuíram para a geração dessa riqueza, tais como
empregados, financiadores, acionistas, governo e outros, bem como a parcela da riqueza não
distribuída.

....................................................................... "(NR)

Art. 197........................................................... .

§ 10 ............................................................... .

II - o lucro, rendimento ou ganho líquidos em operações ou contabilização de ativo e passivo


pelo valor de mercado, cujo prazo de realização financeira ocorra após o término do exercício
social seguinte.

......................................................................." (NR)
"Limite do Saldo das Reservas de Lucro

" Art. 199. O saldo das reservas de lucros, exceto as para contingências, de incentivos fiscais e
.----.. ­
de lucros a realizar, ÍJÍj;~';41fi~;iiIitâpassai~~_;;,cIi-pita1I~ociâl:l Atingindo esse limite, a
~- ......
assembléia deliberará sobre aplicação do excesso na integralização ou no aumento do capital
social ou na distribuição de dividendos." (NR)

"Transformação, Incorporação, Fusão e Cisão

Art. 226 ........................................................... .

§ 3° Nas operações referidas no caput deste artigo, realizadas entre partes independentes e
vinculadas à efetiva transferência de controle, os ativos e passivos da sociedade a ser
incorporada ou decorrente de fusão ou cisão serão contabilizados pelo seu v!llQr..de mercado."
(NR)

"Avaliação do Investimento em Coligadas e Controladas

Art. 248. No balanço patrimonial da compa.nl}ia, os investimentos em coligadas sobre cuja


administração tenha influência significativa, ou de que participe com,20i0(vinte por cento)'
ou mais do capital votante, em controladas e em outras sociedades que façam parte de um
mesmo grupo ou estejam sob controle comum serão avaliados pelo método da equivalência
patrimonial, de acordo com as seguintes normas:

......................................................................." (NR)

Art. 20 A Lei 6.404, de 15 de dezembro de 1976, passa a vigorar acrescida do seguinte art.
195-A:

"Reserva de Incentivos Fiscais


Art. 195-A. A assembléia geral poderá, por proposta dos órgãos de administração, destinar
para a reserva de incentivos fiscais a parcela do lucro líquido decorrente de doações ou
---- """'==
s~ções governamentais para investimentos, que poderá (er excluída $ base de cálculo do
.. ~

dividendo obrigatório (inciso I do caput do art. 202 desta Lei)."


~

Demonstrações Financeiras de Sociedades de Grande Porte


7
cr
Art. 30 Aplicam-se às socie.dades de grande10rte, ainda que não constituídas sob a forma de
sociedades por ações, as disposições da Lei 6.404, de 15 de dezembro de 1976, sobre
escrituração e elaboração de demonstrações financeiras e a obrigatoriedade. de auditoria
independente por auditor registrado na Co~is.s~º_c:le. Valore~ Mobiliários.

Parágrafo único. Considera-se de grande porte, para os fins exclusivos desta Lei, a sociedade
ou conjunto de sociedades sob controle comum que tiver, no exercício social anterior, ativo
total superior a R$ 240.000.000,00 (duzentos e quarenta milhões de reais) ou receita bruta
anual superior a R$ 300.000.000,00 (trezentos milhões de reais).

Art. 40 As normas de que tratam os incisos I, II e IV do § lOdo art. 22 da Lei 6.385, de 7 de


dezembro de 1976, poderão ser especificadas por categorias de companhias abertas e demais
emissores de valores mobiliários em função do seu porte e das espécies e classes dos valores
mobiliários por eles emitidos e negociados no mercado.

Art. 50 A Lei 6.385, de 7 de dezembro de 1976, passa a vigorar acrescida do seguinte art. 10­
A:

"Art. lO-A. A Comissão de Valores Mobiliários, o Banco Central do Brasil e demais órgãQ§ e
agências reguladoras poderão celebrar convênio com entidade que tenha por objeto o estudo e
- --------------~

a divulgação de princípios, normas e padrões de contabilidade e de auditoria, podendo, no


exercício de suas atribuições regulamentares, adotar, no todo ou em parte, os
pronunciamentos e demais orientações técnicas emitidas.

Parágrafo único. A entidade referida no caput deste artigo deverá ser majoritariamente
composta por contª-dores, dela fazendo parte, paritariamente, representantes de entidades
representativas de sociedades submetidas ao regime de elaboração de demonstrações
financeiras previstas nesta Lei, de sociedades que auditam e analisam as demonstrações
financeiras, do órgão federal de fiscalização do exercício da profissão contábil e de
universidade ou instituto de pesquisa com reconhecida atuação na área contábil e de mercado
de capitais."

Art. 60 Os saldos existentes nas reservas de reavaliação deverão ser mantidos até a sua efetiva
...
-"'""- , _.-----­
realização ou estomados até o final do exercício social em que esta Lei entrar em vigor.

Art. 70 As demonstrações referidas nos incisos IV e V do caput do art. 176 da Lei 6.404, de
15 de dezembro de 1976, poderão ser divulgadas, no primeiro ano de vigência desta Lei, sem
a indicação dos valores correspondentes ao exercício anterior. /

Art. 80 Os textos consolidados das Leis nOs 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e 6.385, de 7

_._­
de dezembro de 1976, com todas as alterações nelas introduzidas pela legislação posterior,
inclusive esta Lei, serão publicados no Diário Oficial d~:.;:cn=iã=o:::...?p=el"",o,-,P::...:o:::..:d::::e=r..,;:E::.;x~e:..:cu=ti:...:.v..::::.o.

Art. 90 Esta Lei entra em vigor no primeiro dia do exercício seguinte ao de sua publicação.
Art. 10. Ficam revogadas as alíneas c e d do § 10 do art. 182 e o § 2° do art. 187 da Lei 6.404,
de 15 de dezembro de 1976.

Brasília, 28 de dezembro de 2007; 1860 da Independência e 1190 da República.

<Y ~uV
~J ú" f ifJ't·
r nf" \0,,\1) LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
.,fY' 0\ \ Amo Hugo Augustin Filho

~
Este texto não substitui o publicado no DOU de 28.12.2007 - Edição extra.

'_/
OSUOJjll-/.Iq·W03'l;}U!Un·sO!.Illnsnl/:d»q
lq "UIo:>"sÁS!un@osuolfe
VA1!S osuoffv :'JOJd
1~ .... _
30"01118"lN03
--'

_/

~'

CONTABILIDADE GERAL Pág. 11


SUMÁRIO -J

ITEM ASSUNTO PÁG.

1 - CONTABILIDADE
1.1 - Conceito 3
1.2 - Objetivo 3
2 - COMPONENTES BÁSICOS DA CONTABILIDADE
2.1 - Patrimônio: 3
2.1.1 - Ativo 3
2.1.2 - Passivo Exigível 4
2.1.3 - Patrimônio Líquido 4
3 - CAPITAL PRÓPRIO E CAPITAL DE TERCEIROS 4
4 - EQUAÇÃO FUNDAMENTAL DA CONTABILIDADE 4
4.1 - Configurações do Estado Patrimonial 5
5 - DESPESAS - RECEITAS - RESULTADOS
5.1 - Despesas 6
5.2 - Receitas 6
5.3 - Resultados 6
6 - ESTRUTURAS PATRIMONIAL E DE RESULTADO 7
7 - PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DE CONTABILIDADE 8
8 - MÉTODO DAS PARTIDAS DOBRADAS 9
8.1- Conta 9
8.2 - Como debitar uma conta 9
9 - CONTABILIZAÇÃO DAS TRANSAÇÕES COMERCIAIS 10
10 - BALANCETE DE VERIFICAÇÃO 11
11- BALANÇO PATRIMONIAL 13
11.1 - Grupo de contas do Balanço 13 -/
11.2 - Ativo - Composição: 13
11.2.1 - Ativo Circulante 13
11.2.2 - Realizável a Longo Prazo 14
11.2.3 - Permanente 14
11.2.4 - Critério de classificação 15
11.3 - Passivo - Composição: 15
11.3.1 Passivo Circulante 15
11.3.2 Exigível a Longo Prazo 15
11.3.3 - Resultados de Exercícios Futuros 16
11.3.4 - Patrimônio Líquido 16
11.3.5 - Critério de classificação 17
11.4 Demonstração do Balanço Patrimonial 17
12 - DEPRECIAÇÃO, AMORTIZAÇÃO E EXAUSTÃO 18
13 - DUPLICATAS DESCONTADAS 19
14 - PROVISÃO PARA DEVEDORES DUVIDOSOS 19
14.1 - Cálculo da Provisão 19
lS - DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 20
15.1 - Elaboração do Balanço 20
15.2 - Demonstração do Resultado do Exercicio 20
15.3 - Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados 23
15.4 - Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos 24
15.5 - Notas explicativas 25 -/

16 CICLO OPERACIONAL 25
17 - BIBLIOGRAFIA 26

Prof.: Affonso Silva - affonso@unisys.com.br - http://usuarios.uninet.com.br/-affonso

-"'
CONTABILIDADE GERAL Pág. 21

SUMÁRIO

EX'N° ASSUNTO PÁG.

EXERCíCIOS

1 ­ Equação básica da Contabilidade 27

2 ­ Identificação dos Grupos de Contas 28

3 ­ Princípios e Convenções Contábeis 29

4 ­ Variações Patrimoniais 30

5 ­ Identificação da natureza do fato administrativo 31

6 - Balancete de Verificação e Demonstrações Financeiras 33

Elaborada por: Prof. Affonso Silva

Prof.: Affonso Silva - affonso@:anisys.com.br - http://usuarios.uninet.com.br/~affonso


-../

CONTABILIDADE GERAL Pág. 31

1- CONTABILIDADE
1.1- CONCEITO
A Contabilidade é uma ciência que tem como fmalidade registrar, coletar, resumir informar
e interpretar dados e fenômenos que afetam as situações patrimonial, financeira e
econômica de qualquer entidade.
Possui três requisitos para ser Ciência: o campo de atuação que são as entidades; o objeto
que é o patrimônio; e o método: das partidas dobradas.
1.2 - OBJETIVO
Historicamente o objetivo da Contabilidade tem sido o patrimônio das entidades e o seu uso.

É através da Contabilidade que se evidenciam os aspectos qualitativo e quantitativo do


patrimônio.

2 - COMPONENTES BÁSICOS DA CONTABILIDADE


2.1- PATRIMÔNIO
o patrimônio é o conjunto de Bens, Direitos e Obrigações vinculados às entidades
econômico-administrativas.
Em contabilidade o patrimônio se apresenta de três formas:

• Ativo,
• Passivo Exigível, e
• Patrimônio Líquido.
2.1.1 - ATIVO
o Ativo representa todos os Bens e os Direitos de uma entidade.
Exemplos: Dinheiro em Caixa ou em Bancos, Duplicatas a Receber, Estoque de Mercadorias,
Móveis, Veículos, Imóveis, Máquinas, etc.

2.1.2 - PASSIVO EXIGÍVEL


o Passivo Exigível representa todas as obrigações financeiras que uma entidade tem para
com terceiros. É tudo aquilo que a empresa deve. As dívidas que ela contraiu.
Exemplos: Fornecedores, Impostos a Pagar, Empréstimos contraídos, Juros a Pagar, enfim.,
obrigações diversas.

2.1.3 - PATRIMÔNIO LÍQUIDO

É o registro do valor aplicado pelos detentores do patrimônio na entidade.


É representado pela diferença entre o valor do Ativo e do Passivo Exigível de uma entidade
em determinado momento.

Prof.: Affonso Silva - affonso@unisys.com.br - http://usuarios.uninet.com.br/~affonso


CONTABILIDADE GERAL Pág. 4

3 - CAPITAL PRÓPRIO E CAPITAL DE TERCEIROS

Toda empresa necessita de recursos materiais e financeiros para aplicá-los em suas


atividades. Tais recursos são originários de Fontes Internas e Externas. As Origens
Internas representam o Capital dos Proprietários da empresa; as Origens Externas
representam as obrigações assumidas pela empresa perante terceiros.
Sabemos que o Ativo é representado pelos Bens e Direitos de uma empresa e a forma de
adquiri-los, portanto, pode ser:

• Interna - Capital Próprio


• Externa - Capital de Terceiros

ORIGEM EXTERNAS CAPITAL DE TERCEIROS PASSIVO EXIGÍVEL


DOS
RECURSOS INTERt"{AS CAPITAL PRÓPRIO PATRIMÔNIO LÍQUIDO

APLICAÇÕES BENS
DE E ATIVO
RECURSOS DIREITOS

4 - EQUAÇÃO FUNDAMENTAL DA CONTABILIDADE

Através de uma relação lógica, extraída dos conceitos de Ativo, Passivo Exigível e
Patrimônio Líquido temos que: PL = A - PE, oU seja, se subtrairmos os valores a pagar
(Passivo Exigível) dos bens e direitos (Ativo) se evidenciará una Situação Liquida que
poderá ser positiva, nula ou negativa.

Assim, temos uma equação de 10 grau onde os valores de cada um de seus membros podem
ser apurados aplicando-se regras muito simples da matemática.
Vejamos: se PL = A - PE, mudando-se os membros e trocando-se os sinais, encontraremos o
que se convencionou chamar de Equação Fundamental da Contabilidade:

!A=PE+PLI

É também chamada de Equação do Balanço, porque consiste em t! Balancear "o total do


Ativo com o total obtido pela soma do Passivo Exigível mais o Patrimônio Líquido.

Prof.: Affonso Silva - affonso@unisys.com.br ~ http://usuarios.unineLcom.br/-affonso

~-
..J

CONTABILIDADE GERAL Pág. 5]

4.1- CONFIGURAÇÕES DO ESTADO PATRIMONIAL


A partir da Equação Fundamental da Contabilidade, podemos deduzir que o patrimônio
pode se apresentar de formas distintas, a saber:
a) Se o Passivo Exigível for igual a zero, temos:

PE=O
ATIVO = PATRIMÔNIO LÍQUIDO
b) Se o Patrimônio Líquido for igual a zero, tal fato indicará:

PL=O
ATIVO = PASSIVO EXIGÍVEL
c) Toda vez que o Patrimônio Líquido for maior que zero, o Ativo será maior que
o Passivo Exigível.

PL>O
ATIVO> PASSIVO EXIGÍVEL
d) Toda vez que o Patrimônio Líquido for menor que zero, o Ativo será menor
que o Passivo Exigível.

PL<O
ATIVO < PASSIVO EXIGÍVEL

CONFIGURAÇÕES
a) b)
ATIVO PASSIVO A=PL ATIVO PASSIVO
PE=O
PE PE
O 100
100 100
PL PL
100 O
A=PE
100 100 PL= O 100 106

c) d)
ATIVO PASSIVO I A>PE ATIVO PASSIVO
PL>O
PE PE
80 120
100 100
PL PL
20 (20)
A<PE
100 100 PL<O 100 100
'-----~_ ... _-~ _ ... _ - - - - - - ­

Prof.: Affonso Silva - affonso@unisys.com.br - http://usuarios.uninet.com.br/-affonso


CONTABILIDADE GERAL Pág. 6]

5 - DESPESAS - RECEITAS - RESULTADOS

5.1 - DESPESAS

Representam a utilização ou o consumo de Bens e Serviços no processo de produção de


receitas.
Qualquer gasto efetuado ou ainda devido, somente será considerado despesa se provocar
uma diminuição do Ativo ou um aumento no Passivo Exigível.

5.2 - RECEITAS

São todos os valores recebidos pela empresa, bem como aqueles que ainda tenha o direito
de receber, fruto das operações.
Qualquer entrada só será considerada como Receita se provocar um aumento no Ativo ou
una diminuição do Passivo Exigível.

5.3 - RESULTADOS

Representa a diferença entre as Despesas e as Receitas de um período determinado.


Existem 2 ( dois) tipos de resultados:

• LUCRO: Quando o total das Receitas for maior que o total das Despesas;
• PREJUÍZO: Quando o total das Despesas for maior que o total das Receitas.

Portanto, podemos concluir:

Que o LUCRO aumenta o Patrimônio Líquido das empresas;


Que o PREJUÍZO diminui o Patrimônio Líquido.

Isto porque o resultado apurado ( Lucro ou Prejuízo ) representa a remuneração do capital


investido pelos proprietários da empresa, quer seja positivo ou negativo.

Prof.: Affonso Süva - affonso@unisys.com.br - http://usuarios.uninet.com.br/-affonso


-j

CONTABILIDADE GERAL Pág. 7]

6-ESTRUTURAS PATRIMONIAL E DE RESULTADO

[PATRIlVIÔNIO)

(+) ATIVO PASSIVO (-)

(-) 7 ! A \ C F
, "
(+)
II
E ( P A O i

SALDOS
N
S
i L. i O
B
P.
3.\1 s
N
T SALDOS
I
i
D R E
E E I S !
DE G C lDE DE I
D
I
r+- i R
E
A
ç
A
P.
R
E I
NATUREZA R C Õ C NATUREZAI
E U E P U
I R S R R

DEVEDORA
T
O
S
O
Ó
P
S
O CREDORA I
----'
"--­
S S i Q

........................
\S J
~

i
L_.
ii
I
TOTAL IGUAL ... ... TOTAL IGUAL

[RESULTADO)

DESPESAS RECEITAS

I
(-) I
SALDOS DEi
NATUREZA!
Operacionais

e
Operacionais

e
ii (\LDOSDE
~ ATUREZA
(+)

DEVEDORA ~ 'REDORA
Não Operacionais Não Operacionais

TOTAL DIFERENTE + + TOTAL DIFERENTE

PREJUÍZO i LUCRO I
,_ Desl!.l!...sas > Receitas.. J Receitas> Despesau 1
• .J ~
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .!

Prof.: Affonso Silva - affonso@unisys.com.br - http://usuarios.uninet.com.br/-affonso


CONTABILIDADE GERAL Pág.r!D

» 7 - PRINCIPIOS
, FUNDAMENTAIS DE CONTABILIDADE

* ~!l;~E.ME~!º~ * *;~º-.9!J~-Ǻ~Si~Ti~~ * *: º~S)~y~Çq:E§: *


A) - PRINcíPIOS DIRETRIZES GERAIS Consenso Internacional
Contabilidade utilizada pelas entidades Antigamente a Contabi­
ç . 1- Entidade como pessoas distintas dos sócios. lidade era de uso excl!
'-' '--:> sivo do proprietário.

Presume-se que a empresa operará O inverso mudaria os


G-'i' 2 - Continuidade indefinidamente. procedimentos e a CO!!
tabilidade.

Refere-se a tempestividade e integri- O registro contábil deve


o---? 3 - OE,ortunidade dade do registro do Patrimônio e suas ser imediato e integral.
mutações.

é! Registro pelo O que vale são os preços originais de Custo histórico igual a
--Ylll~r Original, aquisição ou de fabricação. Valor Original.

@ Atualização É o ajustamento dos valores originais Traduz a variação do


~
Monetária para determinada data, aplicando inde­ poder aquisitivo da
xadores. moeda.

@-Regime Receitas e despesas apropriadas de ª


O inverso, adotado nas
de cordo com o fato gerador, e não pelo microempresas é o : R~
~om:eetência recebimento ou pagamento por caixa. gime de Caixa.

Adoção do menor valor para itens do Impõe a escolha da hi­


7 - Prudência Ativo, e de maior valor para os do pótese que resulte o m~
~-+>
"­ Passivo. norPL.

1111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111
B)-CONVENÇÕES QUALIFICAM E DELIMITAM Cautela profissional na
OS PRINcíPIOS Atividade Contábil.
1 - Consistência Não mudar critério sem aviso. Preceitos de Auditoria.
2 - Conservadorismo Ex.: Custo ou mercado, o mais baixo. Vem de longa data.

3 - Materialidade Não se preocupar com miudezas. Questão de bom senso.


4 - Objetividade Sempre que possível apoiar-se em doC!! Típica à finalidade ex­
mentos e evidências, as mais objetivas. terna da Contabilidade.
.

Prof.: Affonso Silva - affonso@unisys.com.br - http://usuarios.uninet.com.br/~affonso


CONTABILIDADE GERAL Pág. 9]

8 - MÉTODO DAS PARTIDAS DOBRADAS

o Método das Partidas Dobradas ou Digrafia consiste no seguinte princípio:


" Para todo débito em uma conta há, simultaneamente, crédito em outra conta em
mesmo valor Ir.
É o princípio da igualdade das Contas Ativas em relação às Contas Passivas, e, as Contas
do Patrimônio Líquido, ou seja, a soma dos valores debitados, ou dos saldos devedores das
contas será igual à soma dos valores creditados ou dos saldos credores das contas.

8.1-C ONTA
Segundo a técnica contábil, "Conta" é a representação gráfica de débitos e créditos de uma
mesma natureza, reunidos sob um título representativo do valor de um Bem, um Direito,
uma Obrigação, uma Receita ou uma Despesa. A representação gráfica de uma conta é
denominada "Conta T ou Razonete", tendo a esquerda o "Débito", e a direita o "Crédito",
confonne abaixo:
(TÍTULO) CAIXA

DÉBITO CRÉDITO DÉBITO CRÉDITO

$ $ $ $

8.2 - COMO DEBITAR UMA CONTA


Os 2 ( dois ) operadores utilizados no Método das Partidas Dobradas são denominados
"Débito" e "Crédito" e sua aplicação obedece às seguintes regras:
a) - São debitados os "aumentos" de Bens e Direitos e as "diminuições" das
Obrigações e do Patrimônio Líquido;
b) - São creditados os "aumentos" das Obrigações e do Patrimônio Líquido e as
"diminuições" de Bens e Direitos.
Em resumo, Débito e Crédito servem para indicar se uma operação aumenta ou diminui os
componentes básicos do Patrimônio da empresa ( Ativo, Passivo Exigível e Patrimônio
Líquido ).
VARIACÕES

COMPONENTES AUMENTADO POR: DIMINUÍDO POR:

Ativo Débito Crédito


Passivo Exigível Crédito Débito ~.

Patrimônio Liquido Crédito Débito

, ~ .... _-_ _-_


.... ...... _ _ ...... _ - - _ ....... _ - ­

OBS.: Cabe ressaltar que as contas integrantes do Ativo têm "Saldo de Natureza Devedora",
.

portanto, seus saldos sofrerão variações aumentativas quando debitadas;


As contas que compõem o Passivo Exigível e o PatrimtJnio Líquido têm "Saldo de
Natureza Credora", estando sujeitas a variações aumentativas quando creditadas.

Prof.: Affonso SOva - affonso@unisys.com.br - http://usuarios.uninet.com.br/-affonso


CONTABILIDADE GERAL Pág.l01

9 - CONTABILIZAÇÃO DAS TRANSAÇÕES COMERCIAIS

Aplicando-se o Método das Partidas Dobradas e a regra de Débito e Crédito, já exposta,


podemos contabilizar qualquer transação efetuada pela empresa.
Exemplo:
a) No ato da constituição de uma empresa, cada acionista subscreve e integraliza 10.000
ações, totalizando R$ 100.000,00.
Lançamento:
Débito : CAIXA
Crédito: a CAPITAL SOCIAL 100.000,00
Explicação:
O dinheiro ( Bem Numerário) entrou na Caixa da empresa, debitando a conta "CAIXA",
aumentando, por conseqüência, o Ativo. A conta "CAPITAL SOCIAL" foi creditada, em
mesmo valor, aumentando o Patrimônio Liquido da empresa.

b) Aquisição de veículo, à vista, no valor de R$ 10.000,00.


Débito : VEícULOS
Crédito: a CAIXA . 10.000,00

c) Compra de máquina a prazo, no valor de R$ 5.000,00.


Débito : MÁQUINAS
Crédito: a TÍTULOS A PAGAR 5.000,00

d) Aquisição de Mercadorias, à vista, no valor de R$ 5.000,00.


Débito : ESTOQUE DE MERCADORIAS
Crédito: a CAIXA 5.000,00

e) Depósito, em espécie, no Banco X, no valor de R$ 50.000,00


Débito : BANCOS CONTA MOVIMENTO
Crédito: a CAIXA 50.000,00

f) Vendas, a prazo, de todas as mercadorias adquiridas, conforme item Q, pelo valor de


R$ 10.000,00.
Débito: DUPLICATAS A RECEBER
Crédito: a ~ITA DE VENDê.S 10.000,00

f.l) Pela baixa do estoque de mercadorias, ao Custo Original:


Débito : CUSTO DE MERCADORIAS VENDIDAS
Crédito: a ESTOQUE DE MERCADORIAS 5.000,00

g) Pagamentos de salários dos empregados, no valor de R$ 3.000,00.


Débito : DESPESAS COM SALÁRIos
Crédito: a BANCOS CONTA MOVIMENTO 3.000,00

h) Empréstimo solicitado pela empresa ao Banco Y, no valor de R$ 5.000,00.


Débito : BANCOS CONTA MOVIMENTO
Crédito: a EMPRÉSTIMOS BANCÁRIOS 5.000,00

Prof.: Affonso Silva - affonso@llnisys.com.br - http://usuarios.uninetcom.br/-affonso


CON1'ABILlDADE GERAL Pág.11]

i) Pagamento de aluguel no valor de R$ 200,00, através de cheque.


Débito : DESPESA COM ALUGUEL
Crédito: a BANCOS CONTA MOVIMENTO 200,00

j) Compra de mercadorias a prazo, no valor de R$ 30.000,00.


Débito : ESTOQUE DE MERCADORIAS
Crédito: a FORNECEDORES 30.000,00

k) Pagamento do empréstimo obtido, efetuado no item .!!:


Débito : EMPRÉSTIMOS BANCÁRIOS 5.000,00
Débito : DESPESA DE JUROS 1.000,00
Crédito: a BANCOS CONTA MOVIMENTO 6.000,00

10 ~ BALANCETE DE VERIFICAÇÃO

Como vimos, anteriormente, para cada um ou mais lançamentos de Débito, haverá um ou


mais lançamentos de Crédito de mesmo valor. Por conseqüência, a qualquer instante, a
soma dos "Saldos Devedores" deverá ser igual à soma dos "Saldos Credores".
Mensalmente, o Balancete de Verificação é levantado com o objetivo de verificar a exatidão
dos lançamentos contábeis. O saldo de cada conta é apurado no "Livro Razão", e, para
representarmos graficamente a conta, adotamos o "Razonete ou Conta Til.
Vamos agora levantar o Balancete de Verificação, a partir dos lançamentos do item §..

• Primeiramente, faremos todos os registros em Conta T.


• Posteriormente, indicaremos no Balancete o saldo de cada conta.

CAIXA CAPITAL SOCIAL VEÍCULOS


Débito Crédito Débito Crédito Crédito
100.000, 10.000, 100.000,
5.000, Saldo=:::: 100.000
50.000,
100.000, 65.000, - -, - .
35.000 <= Saldo Débito Crédito
5.000, 5.000,
J. ... ~'-'V.LL,...(~u Saldo = 30.000
Débito Crédito 35.000, 5.000,
5.000, ~,L-:JLi , , ' - ' ' - ' ) . J .. !to. I.L,. ....' - ' 'Y
o 30.000 <= Saldo
5.000. <= Saldo Débito Crédito
50.000, 3.000, VENDAS
DUPS. A RECEBER 5.000, 200, Débito Crédito
Débito Crédito 6.000 10.000
10.000 55.000, 9.200, Saldo = 10.000,
10.000 <= Saldo 45.800, <= Saldo

CUSTO MERC.VEND. DESP. Cf SALÁRIos EMPREST~ BANCQ§


Débito Crédito Débito Crédito Débito Crédito
5.000 3.000, 5.000. 5.000
5.000 <=Saldo 3.000 <= Saldo O<= Saldo => O

Prof.: Affonso Silva - affonso@unisys.com.br - http://usuarios.uninet.com.br/-affonso


CONTABILIDADE GERAL Pág.121

UÉIS ..... '-'..,,.,,, ".Jt.:J'-'.&..:I....,'-I .....'-L:IU DESP. C JUROS


Débito "rédito Débito Crédito
30.000, 1.000,
200, I<= Saldo Saldo => 30.000, 1.000, <= Saldo

BALANCETE DE VERIFICAÇÃO
SALDOS SALDOS
CONTAS DEVEDORES CREDORES

CAIXA 35.000,

CAPITAL SOCIAL 100.000,

VEÍCULOS 10.000,

MÁQUINAS 5.000,

TÍTULOS APAGAR 5.000,

ESTOQUE DE MERCADORIAS 30.000,

BANCOS CONTA MOVIMENTO 45.800,

DUPLICATAS A RECEBER 10.000,

VENDAS 10.000,

CUSTO DE MERCADORIAS VENDIDAS 5.000,

DESPESA COM SALÁRIOS 3.000,

EMPRÉSTIMOS BANCÁRIOS -,­ -,­

DESPESA COM ALUGUÉIS 200,

FORNECEDORES 30.000,

DESPESA COM JUROS 1.000,

TOTAIS=> 145.000, 145.000,

Pro f.: Affonso Silva - affonso@unisys.com.br - http://usuarios.uninet.com.br/~affonso


CONTABILIDADE GERAL Pág. 13]

H-BALANÇO PATRIMONIAL

É a apresentação padronizada dos saldos de todas as Contas Patrimoniais, ou seja, as que


representam elementos que compõem o Patrimônio de uma empresa, num detenninado
momento.
Trata-se de uma posição estática geralmente levantada em fms de períodos, que podem ser:
mês, semestre ou exercício social.
Entretanto, o Balanço Patrimonial que as empresas devem levantar na data do encerramento
de seu exercício social é aquele considerado Oficial do Exercício para todos os efeitos,
inclusive os legais.
No Balanço Patrimonial as contas são classificadas por grupos, de acordo com a sua
natureza, e, sob o ponto de vista monetário.
Em resumo, representa uma fotografia da empresa em determinada data, expressa em
valores monetários.

11.1- GRUPOS DE CONTAS QUE FORMAM O BALANÇO PATRIMONIAL

A Lei 6.404, de 15/12/76 - Lei das Sociedades Por Ações, padronizou o título de cada Grupo
de Contas do Balanço, obedecendo à seguinte classificação:

ATIVO
- CIRCULANTE
- REALIZÁVEL A LONGO PRAZO
- PERMANENTE:
. INVESTIMENTOS
. IMOBILIZADO
• DIFERIDO

PASSIVO
- CIRCULANTE
- EXIGÍVEL A LONGO PRAZO
- RESULTADOS DE EXERCÍCIOS FUTUROS
- PATRIMÔNIO LÍQUIDO

OBS.: O Passivo aqui considerado é a soma do Passivo Exigível ( Circulante e Exigível a


Longo Prazo) + Resultados de Exercícios Futuros e Patrimônio Líquido.

11.2 - ATIVO - COMPOSIÇÃO

H.2.1-ATWO CIRCULANTE

São classificados neste grupo de contas os Bens e Direitos que irão se realizar no exercício
social seguinte à data do Balanço que está sendo levantado, quais sejam:

PrOL: Affonso Silva - affonso@unisys.com.br - http://usuarios.uninet.com.br/-affonso


CONTABILIDADE GERAL Pág.141

- DISPONIBILIDADES: Ex.: Caixa, Bancos, Aplicações Financeiras de Curto Prazo.

- DIREITOS: Ex.: Duplicatas a Receber, Valores a Receber.


- APLICAÇÕES DE RECURSOS EM DESPESAS DO EXERCÍCIO SEGUINTE:
A classificação no Ativo Circulante de Aplicações de Recursos em Despesas
do exercício seguinte obedece a uma imposição da Lei 6.404/76.
São os gastos efetuados que atendem a uma despesa que não é só relativa ao
exercício social no qual o pagamento é realizado, mas relaciona-se, também,
com o exercício social seguinte.

Exemplos: Despesas de seguros pagas antecipadamente;


Despesas de juros a vencer;
Encargos fmanceiros a apropriar.

11.2.2 - REALIZÁVEL A LONGO PRAZO

São classificados neste Grupo de Contas os Bens e Direitos realizáveis após o término do
exercício social seguinte ao do Balanço. Dois tipos distintos são classificados neste grupo:

a) Direitos realizáveis após o término do Exercício Social seguinte ao do


Balanço que está sendo levantado.
Exemplos: Duplicatas a Receber com vencimento após 12 ( doze) meses, Impostos
a Recuperar, Depósitos e Cauções, Incentivos Fiscais;
b) Obrigatoriamente, independente do momento da realização ( se curto ou após o
exercício social seguinte), todas as contas que envolvam transações não opera­
cionais, realizadas com Coligadas, Controladas, Proprietários, Sócios, Acionis­
tas e Diretores;
Exemplos: Crédito de Controladas, Crédito de Diretores, Venda a prazo de bens
entre Controladas e Coligadas.

11.2.3 - PERMANENTE

• INVESTIMENTOS
Classificam-se neste grupo as participações permanentes no Capital Social de outras
Sociedades e outros Bens e Direitos permanentes, que não se destinam à manutenção
das atividades da empresa.
Exemplos: Investimentos em ações, Participações Societárias espontâneas em outras
empresas, obras de arte, Imóveis para aluguel, Participações Societárias
oriundas de Incentivos Fiscais, Marcas e Patentes não utilizadas
pela empresa, Terrenos não destinados a venda e não utilizados pela
empresa.

Prof.: Affonso Süva - affonso@Unisys.com.br - http://usuarios.uninet.com.br/-affonso


CONTABILIDADE GERAL Pág.15]

• IMOBILIZADO
Classificam-se neste grupo os Bens e Direitos destinados à manutenção das atividades da
empresa ou exercidos com esta finalidade.
Exemplos: Marcas e Patentes, Imóveis, Veículos, Terrenos, Máquinas, Equipamentos,
Obras em andamento, etc .

• DIFERIDO

São aplicações de recursos em despesas que contribuirão para a formação do resultado de


mais de um exercício social. Existem 2 ( dois) tipos principais de despesas diferidas:
a) Gastos incorridos pela empresa e dos quais se beneficiará durante um periodo
indef'mido ou indeterminado.
Exemplos: Despesas de implantação, Despesas Pré-operacionais, Despesas de
organização.
b) Gastos com pesquisas ou com desenvolvimento de novos projetos que resultarão
em futuros beneficios.
Exemplos: Despesas com pesquisas, despesas de modernização, despesas com
desenvolvimento de projetos.

11.2.4 - CRITÉRIO DE CLASSIFICAÇÃO

O critério de classificação das contas dentro de cada grupo do Ativo está, diretamente, rela­
cionado a uma ordem decrescente de liquidez, ou seja, à maior ou à menor facilidade com
que determinados Bens e Direitos são transformados em numerário ( Dinheiro ).

11.3 - PASSIVO - COMPOSIÇÃO

11.3.1- PASSIVO CIRCULANTE

Neste grupo classificam-se todas as contas de obrigações ou exigibilidades que irão vencer
no curso do Exercício Social seguinte ao do Balanço Patrimonial que estiver sendo
levantado.
Exemplos: Duplicatas a Pagar, Contas a Pagar, Empréstimos Bancários, Títulos a Pa­
gar, Imposto de Renda a Pagar, Salários a Pagar, etc.

11.3.2 - EXIGÍVEL A LONGO PRAZO

São classificadas neste grupo as obrigações que irão vencer após o Exercício Social
seguinte àquele do Balanço Patrimonial que estiver sendo levantado. ~ -../

Exemplos: Empréstimos de Longo Prazo, Empréstimos de Sociedades Coligadas ou


Controladas, Provisão Para Imposto de Renda Diferido, etc.

Prof: Affonso Silva - affonso@unisys.com.br - http://usuarios.uninetcom.br/~affonso


CONTABILIDADE GERAL Pág.16]

11.3.3 - RESULTADOS DE EXERCÍCIOS FUTUROS

São Receitas de exercícios futuros menos os Custos e Despesas a elas correspondentes.


Este grupo de contas se aplica mais às empresas de engenharia nas construções a longo
prazo, com reconhecimento dos lucros dos contratos com base no andamento físico da obra
ou nos custos efetuados (Efetivamente incorridos), e no contrato terminado.

11.3.4 - PATRIMÔNIO LÍQUIDO


Classificam-se neste grupo os recursos pertencentes aos Acionistas, Sócios e Proprietários
da empresa.
Exemplos: Capital Social, Reservas de Capital, Reservas de Reavaliação, Reservas de
Lucros e Lucros ou Prejuízos Acumulados.
• CAPITAL SOCIAL
É representado por cotas ou por ações, dependendo da forma de constituição da
empresa, tendo seu valor fixado no Contrato Social ou pelo Estatuto aprovado
pelos sócios ou acionistas, respectivamente, estabelecendo o número de cotas ou
ações que o compõem. O Capital Social pode ser apresentado de várias formas:
. fJ Capital Subscrito:
",.J1fi É o valor do Capital Social representado por cotas ou por ações emitidas,
~ totalmente subscritas pelos sócios ou pelos acionistas. É o compromisso
assumido por eles de integralizar sua parte no Capital Social da empresa.
Capital Integralizado ou Realizado:
~ É a parcela do valor do Capital Social já recebida pela empresa, relativa as
~.~ cotas ou às ações subscritas, anteriormente, pelos subscritores do Capital.
i), Capital a Integralizar ou a Realizar:
JfP~ É a parcela do valor do Capital Social ainda não recebida pela empresa dos
;J5'"'''' rr"- subscritores das cotas ou das ações, conforme o caso.
l' ~~;'
(Jl' ~ RESERVAS DE CAPITAL
As Reservas de Capital não são constituídas por conseqüência de atividade
lucrativa, derivando de circunstâncias estranhas às atividades operacionais da
empresa.
Exemplos: Reserva de Doações de Bens; Reserva de Ágio por Subscrições de
Ações; Reserva de Correção Monetária do Capital Social; Reserva de
Subvenção de Investimentos.
• RESERVA DE REAVALIAÇÃO
Constituídas para indicar acréscimo de valor ao Custo de Aquisição já corrigido
monetariamente, baseadas em Preço de Mercado.
• RESERVAS DE LUCROS
Registram a destinação dos Lucros, segundo o Contrato Social e a proposta dos
Órgãos da Administração, no pressuposto de sua aprovação pela Assembléia Geral
dos Acionistas (Art. 176 - Lei 6.404/76 ).
Exemplos: Reserva Legal;-Reservas Estatutárias; Reserva Para Investimentos,
Reserva Para Contingências; Reserva de Lucros a Realizar.

Prof.: Affonso Süva - affonso@unisys.com.br - http://usuarios.uninet.com.brl-affonso


CONTABILIDADE GERAL Pág. 171

11.3.5 - CRITÉRIO DE CLASSIFICAÇÃO


o critério de classificação das contas do Passivo dentro de cada grupo é estabelecido pela
condição de as contas representarem ou não obrigações. Em caso positivo, estas
obrigações serão classificadas de acordo com o prazo para pagamento das mesmas. Em
caso negativo, as contas serão classificadas no Patrimônio Líquido. As contas do grupo"
Resultados de Exercícios Futuros " ficarão entre o "Exigível a Longo Prazo e o
Patrimônio Líquido".

11.4 - DEMONSTRAÇÃO DO BALANÇO PATRIMONIAL


BALANCO PATRIMONIAL
EM 31112/19XA

A T I V o fASSIVO

CIRCULANTE R$ CIRCULANTE R$
Caixa ..................................... Contas a Pagar ....................
Bancos Conta Movimento ..... Duplicatas a Pagar ..............
Aplicações de Curto Prazo .... Empréstimos Bancários ......
Estoque de Mercadorias ........ Títulos a Pagar ....................
Duplicatas a Receber ............ IR a Pagar ...........................
Despesas Antecipadas .......... Salários a Pagar ...................
Encargos a Apropriar ........... Dividendos a Pagar ..............
Subtotal=> Subtotal=>

REALIZÁVEL A LONGO PRAZO EXIGíVEL A LONGO PRAZO


Títulos a Receber ................. Empréstimos de Coligadas ..
Empréstimos à Diretoria ...... Provisão Para IR Diferido ...
Impostos a Recuperar .......... Títulos a Pagar .....................
Depósitos e Cauções ............ Subtotal=>
Créditos de Controladas ......
Incentivos Fiscais ................ RESULT oS DE EXERC oS FUTUROS
Subtotal=>
Receitas a Apropriar ............
PERMANENTE Obras em Andamento ...........
INVESTIMENTOS Subtotal=>
Ações e Debêntures ........
Imóveis Não de Uso ....... PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Patentes Não de Uso ....... Capital Social ....................
Subtotal => ( - ) Capital a Realizar .....
Reservas de CaTl.ital
IMOBILIZADO CM do Capital Social ......
Marcas e Patentes ........... ÁgiO Por Subsc. Ações ..
Máquinas ........................ Doações de Bens ............. -./"

Equipamentos ................. Reserva de ReavalÚlção


Móveis e Utensílios ........ Ativo Permanente ...........
Veículos .......................... Reservas de Lucros
Subtotal=> Legal ..............................
Estatutárias .....................
DIFERIDO Para Investimentos ..........
Desp. Pré-operacionais .... Para Contingências .........
Despesas com Pesquisas .. Lucros a Realizar ............
Desenv2 de Projetos ......... Lucros e Prej9ll Acumº~· .....
Subtotal=> Subtotal=>

TOTAL=> TOTAL=>
'-­

Prof.: Affonso Silva - affonso@unisys.com.br - http://usuarios.uninet.com.br/-affonso


CONTABILIDADE GERAL Pág.181

12 - DEPRECIACÃO - AMORTIZAÇÃO - EXAUSTÃO

São fi Provisões" para redução ou retificação de elementos do Ativo.


Os saldos das contas representativas dessas provisões serão corrigidas, monetariamente, na
forma da lei.

12.1 - DEPRECIAÇÃO ~.;:.t((.()...., ')-,-,0 J\.I'~,d.J<Ütf"..d~)

A depreciação representa a perda de valor dos bens materiais sujeitos a:


- Desgaste pelo uso contínuo;
- Ação da natureza;
- Obsolescêncía (Desatualização );
Exemplos de bens materiais sujeitos à depreciação:
/- Prédios e Edificações;

!-
J, - Veículos;
Móveis e Utensílios;
- Máquinas, Equipamentos e Ferramentas

12.2 - AMORTIZAÇÃO o..r:vr~ rt{) ;;rrdv'J,-~·tr-.d..D -e... '""Y'v'O oG.-0-v,clo.


A amortização consiste na extinção gradual de valores que figuram no Ativo como
encargos de exercícios futuros. Pode também representar a diminuição do valor aplicado
na aquisição de Direitos, cujo prazo de utilização ou existência é limitado, por motivos
contratuais ou legais.
Exemplos de bens imateriais sujeitos à Amortização:
I-
Direitos de uso de processo;
cf - Patentes;
l
i - Despesas Pré-operacionais da empresa;
- Despesas com pesquisas e Desenvolvimento de produtos.

12.3 - EXAUSTÃO

A exaustão é a perda de valor decorrente da utilização de Direitos de Lavra, obtidos ou


adquiridos mediante aplicação de recursos para exploração de Minas, Jazidas e Reservas
Florestais.
Assim as empresas de mineração registrarão como custo, em cada exercício, na apuração do
resultado, a importância correspondente à diminuição de valor do custo de aquisição ou
obtenção dos Direitos de Lavra para a sua exploração econômica.
Para tanto adotam-se as seguintes conceituações:

• Jazida: É toda massa individualizada de substância vegetal, mineral ou fóssil,


aflorando à superficie ou existente no interior da terra, e que tenha valor econômico. Ex:
Floresta, Carvão, Ferro, Manganês, Ouro, Água Mineral, etc.
• Mina: E a jazida em lavra, pronta para ser operada.
• Lavra: É o conjunto de operações coordenadas visando ao aproveitamento industrial
da jazida, desde a fase de extração das substâncias minerais até o seu beneficiamento.

ProL Affonso Silva - affonso@unisys.com.br - http://usuarios.uninet.com.br/-affonso


CONTABILIDADE GERAL Pág.19]

13 - DUPLICATAS DESCONTADAS

As 11 Duplicatas a Receber", registradas no Ativo de uma empresa, fruto de suas 11 vendas a


prazo ", podem ser negociadas com Bancos. Vários motivos levam a empresa a " descontar"
seus títulos, sendo um deles a necessidade de reposição dos estoques. A operação de n
Desconto" é uma das formas que a empresa tem de gerar recursos, ou seja, a necessidade de
" Capital de Giro " para tal fim.
As duplicatas descontadas são uma forma disfarçada de empréstimo, havendo, portanto, a
cobrança de juros por parte dos Bancos.
Caso o devedor da duplicata não honre o compromisso até a data do vencimento, e a
duplicata tenha sido descontada, a empresa deverá restituir ao Banco a quantia
correspondente ao valor do desconto.
A conta 11 Duplicatas Descontadas 11 é uma conta retificadora ( Subtrativa ) da conta
"Duplicatas a Receber", e, indica o quanto foi recebido, antecipadamente, do saldo da conta
"Duplicatas a Receber".

14 - PROVISÃO PARA DEVEDORES DUVIDOSOS

Esta conta representa a estimativa de prejuízos prováveis oriundos .de riscos assumidos com
a concessão de créditos a clientes da empresa.
Registra, portanto, as perdas possíveis pela expectativa da falta de pagamento das
Contas a Receber. É uma conta retificadora (Subtrativa) do Ativo.

É movimentada nos seguintes casos:

• pela formação da Provisão;


• pela baixa de Contas a Re~eber incobráveis;
• pela atualização monetária da Provisão.

14.1 - CÁLCULO DA PROVISÃO

Existem diversas formas de se prever os prejuízos futuros que devem ser contabilizados no
exercício em que forem observados.
A mais comum, adotada pela grande maioria de nossas empresas, é aquela em que se aplica
um percentual sobre o saldo dos créditos a receber.
Anteriormente, a legislação do Imposto de Renda permitia deduzir do resultado da empresa
um percentual de 1,5% ( um e meio por cento ) sobre o saldo da conta " Duplicatas a
Receber 11. Atualmente, o Fisco considera esta provisão como despesa não dedutível para
efeito da tributação do Imposto de Renda.
Esta provisão será constituída ao término de cada exercício social, utilizando-se como
contrapartida uma conta de " Despesa Com Devedores Duvidosos". ~'

Prof.: Affonso Silva - affonso@unisys.com.br - http://usuarios.uninet.com.br/-affonso


CONTABILIDADE GERAL Pág.20

lS - DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

o Art. 176 da Lei 6.404/76 estabelece que ao término de cada exerClClO social, a
Administração da empresa faça elaborar, com base na sua escrituração mercantil, as
seguintes demonstrações, que deverão exprimir com clareza a situação patrimonial e as
mutações ocorridas no período:

(@) a) Balanço Patrimonial;

b) Demonstração do Resultado do Exercício;

c) Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados ou , opcionalmente, a


Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido;

d) Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos;

e) Notas Explicativas.

(@) Vide página 17

15.1 - ELABORAÇÃO DO BALANÇO

As etapas para a elaboração do Balanço são as seguintes:

a) levantar o Balancete de Verificação;

b) ajustar as contas:
constituir as Provisões;
corrigir os erros detectados.

c) encerramento das Contas de Resultado ( Despesas e Receitas );

d) apuração do Resultado do Exercício;

e) elaboração do Balanço Patrimonial.

15.2 - DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO

É o relatório sucinto das operações realizadas pela empresa no exercício Social.


Nesta demonstração é evidenciado o Resultado Líquido do período: LUCRO ou
PREJUÍZO.

Prof.: Affonso Silva - affonso@unisys.com.br - http://usuarios.uninet.com.br/~affonso


CONTABILIDADE GERAL Pág.211

Sua estrutura deve ser elaborada confonne o disposto no Art. 187 da Lei 6.404/76, de forma
dedutiva, como a seguir exposta:

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO


EM 31112/19XA

1 - RECEITA OPERACIONAL BRUTA ......................................................... A


Vendas de Produtos ou Mercadorias
Prestações de Serviços

2 - DEDUCOES ••••••••••..•••••••••.•••••.••••••••••••••••••••••..•••••••••••••••••••••••••••••••••••.•••.•••••••.. ( B)
Devoluções de Produtos ou Mercadorias
Abatimentos concedidos incondicionalmente
Impostos faturados

3 - RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA (A - B ) ..................................... C

4 - CUSTOS OPERACIONAIS .......................................................................... ( D )


Custo dos Produtos ou Mercadorias Vendidas
Custos dos Serviços Prestados

5 - LUCRO OU PRE.JUÍzo OPERACIONAL BRUTO (C - D ) ....••••••...• E


6 - DESPESAS OPERACIONAIS ............•........••......•......••.•.....•...•..••••.....•••••.... ( F)
Despesas Comerciais
Despesas Administrativas
Despesas Financeiras
( - ) Receitas Financeiras
Outras Despesas Operacionais

7 - LUCRO OU PREJUÍZO OPERACIONAL LÍQUIDO (E - F) ........... G


8 - (+/- ) RESULTADOS NÃO OPERACIONAIS .......................................... B
( +) Ganhos Não Operacionais
( -) Perdas Não Operacionais

9 - (+/- ) RESULTADO DE CORREÇÃO MONETÁRIA ............................. I


10- LUCRO OU PREJUÍZO ANTES DO I. RENDA (G+/-B+/-I) ..••.••••.... J
11- PROVISÃO PARA PAGAMENTO DO IMPOSTO DE RENDA ....•....•..... ( L )

12- LUCRO OU PREJUÍZO LÍQillDO DEPOIS DO I. RENDA (J - L )..... M

13- PARTICIPAÇÕES E CONTRIBUIÇÕES .................................................. ( N)


14- LUCRO OU PREJUÍZO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO (M - N) ......... O
15- R$ POR AÇÃO DO CAPITAL SOCIAL (O: QTDE DE AÇÕES)... P

-~/'

Prof.: Affonso Silva - affonso@unisys.com.br - http://usuarios.uninet.com.br/~affonso


CONTABILIDADE GERAL Pág.221

D R E - DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO

=OBSERVACÕES=

1 - DESPESAS FINANCEIRAS

A Lei 6.404/76 determina que as Despesas Financeiras serão consideradas Despesas


Operacionais e apresentadas pelo valor líquido, deduzindo-se as Receitas Financeiras.
2-RESULTADOS NÃO OPERACIONAIS
São as despesas e receitas não relacionadas diretamente com a natureza dos negócios da
empresa.
Exemplos:
Lucro ou Prejuízo na venda do Ativo Permanente;
Créditos ou Débitos oriundos de participações permanentes;
Perdas com sinistros.
3 - PROVISÃO PARA PAGAMENTO DO IMPOSTO DE RENDA

Valor obtido extra contabilmente através do LALUR "Livro de Apuração do Lucro Real",
de escrituração obrigatória a todas as Pessoas Jurídicas contribuintes do Imposto de Renda
com base no " Lucro Real", apurado mensalmente.
Esta provisão representa o valor a ser pago, mensalmente, a título de Imposto de Renda
incidente sobre o " Lucro Fiscal" do período ( Lucro ou Prejuízo Contábil ( + ) Inclusões ( - )
Exclusões ).
O RIR - Regulamento do Imposto de Renda determina que o imposto incide sobre o "Lucro
Real" e não sobre o fi Lucro Contábil ", podendo ocorrer as seguintes situações:

a) o resultado do período é li Lucro li, mas não há imposto de renda a pagar, isto porque
existe" Lucro Contábil", porém, li Prejuízo Fiscal lf •
b) o resultado do período é " Prejuízo ", todavia, a empresa tem imposto de renda a pagar,
porque apurou "Lucro Fiscal ", embora haja li Prejuízo Contábil li.
c) poderá ocorrer" Lucro Contábil fi e li Lucro Fiscal li, havendo Imposto de Renda a
Pagar, ou ainda, "Prejuízo Contábil 11 e" Prejuízo Fiscal", sem cobrança de imposto.

--> R E S U M 0<=
Lucro Contábil x Lucro Fiscal = Com IR a Pagar
Lucro Contábil x Prejuízo Fiscal = Sem IR a Pagar
Prejuízo Contábil x Lucro Fiscal = Com IR a Pagar
Prejuízo Contábil x Prejuízo Fiscal = Sem IR a Pagar

4 - PARTICIPAÇÕES E CONTRIBUIÇÕES
São os valores devidos como participações e contribuições a serem pagas aos Diretores,
Sócios, Empregados, confonne Contrato Social ou Estatuto da empresa.

Prof.: Affonso Silva - affonso@unisys.com.br - http://usuarws.uninet.com.br/-affonso


~
CONTABILIDADE GERAL Pág.23]

15.3 - DEMONSTRAÇÃO DE LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS

o objetivo da demonstração é apresentar o saldo residual de Lucros ou Prejuízos no início


do exercício, proveniente do exercício imediatamente anterior, suas alterações durante o
exercício e a destinação do lucro ao final de cada exercício social, ou em períodos
intermediários.

DEMONSTRACÃO DE LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS

Saldo no Início do Exercício ................................................. 000.000,00

(+/-) Ajustes de Exercícios Anteriores:

Erros de Exercícios Anteriores 0.000,00 0.000,00

( = ) Saldo Inicial Ajustado ................••...........•....•...,........... .. 000.000,00

( - ) Destinações Durante o Exercício:

Aumento de Capital, conforme AGE 00.000,00


Dividendos, conforme AGE 00.000,00
Outras 0.000,00 00.000,00

( + ) Reversão de Reservas de Lucros:

Reserva para Contingência 00.000,00


Reserva de Lucro a Realizar 0.000,00
Outras Reservas de Lucros 00.000,00 00.000,00

(+/-) Lucro ou Prejuízo Líquido do Exercício ...................... 00.000,00

( = ) Saldo à Disposição da AGO ........................................... 000.000,00

( - ) Proposta de Destinação do Saldo:

Aumento de Capital 00.000,00


Reservas de Lucros 0.000,00
Dividendos 000,00 000.000,00

(= ) Saldo no Final do Exercício .......................................... 0.000,00

Prof.: Affonso Silva - affonso@unisys.com.br - http://usuarios.uninet.com.br/-affonso


CONTABILIDADE GERAL Pág.24]

15.4 - DEMONSTRAÇÃO DE ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS


o objetivo desta demonstração, também chamada de Fluxo de Fuudos, é apresentar as
modificações na posição fiuanceira da empresa, representada pelo Ativo e Passivo
Circulantes, cuja diferença é o Capital Circulante Líquido, ocorridas entre duas datas,
geralmente as do início e do término de cada exercício social
DEMONSTRAÇÃO DE ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS

1 - ORIGENS DE RECURSOS
~~
a) Recursos Provenientes das Operações:
Lucro ou Prejuízo Líquido do Exercício 00.000,00
(+/-) Resultados que não afetam o Capital Circulante 0.000,00
(+/-) Variação nos Resultados de Exercícios Futuros 000,00 00.000,00
b) Recursos Próprios ( Estranhos às operações ):
Entrada de recursos por Aumento do Capital Social 0.000,00
(+) Entrada de recursos por aumento de Res. de Capital 000,00 0.000,00
c) Recursos de Terceiros:
Entrada de recursos por Financiamentos a Longo Prazo 0.000,00 0.000,00
d) Realização de Ativos de Lougo Prazo:
Realização de direitos do Ativo Realizável a Longo Prazo 00.000,00
(+)Realização de elementos do Ativo Permanente 00.000,00 00.000,00
Total das Origens de Recursos ( a + b + c + d) .................................... 000.000,00

2 - APLICAÇÕES DE RECURSOS
a) Recursos aplicados nas operações
Lucro ou Prejuízo Líquido do Exercício Ajustado 00.000,00 00.000,00
b) Dividendos Distribuídos:
Dividendos pagos ou creditados à Acionistas ou Sócios 000,00 000,00
c) Aquisição de Ativos de Longo Prazo:
Aplicações em elementos do Ativo Permanente 00.000,00
Aplicações no Ativo Realizável a Longo Prazo 00.000,00 00.000,00
d) Redução do Passivo Exigível a Longo Prazo:
Pagamentos ou transferências de Dívidas de Longo Prazo 0.000,00 0.000.00
Total das Aplicações de Recursos ( a + b + c + d) ............................... 000.000,00
3 - CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO
Total das Origens de Recursos ........................................................... . 000.000,00
( - ) Total das Aplicações de Recursos .............................................. .. 000.000,00
( ) POSITIVO: O> A ou NEGATIVO: O < A ...................... .. 0.000,00

4 - VARIAçÃO DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO


Ativo Circulante ( IníciolFimNariação ) 0.000,00 00.000,00 00.000,00
( - ) Passivo Circulante (Início/FimNariação) 0.000,00 00.000,00 00.000,00
( ) Capital Circulante Líquido 000,00 0.000,00 0.000,00
Variação Líquida ( CCLi - CCLf = 3 )

Prof.: Affonso Süva - affonso@unisys.com.br - http://usuarios.uninet.com.br/~affonso


CONTABILIDADE GERAL Pág.251

15.5 - NOTAS EXPLICATIVAS

A publicação de Notas Explicativas como parte integrante das Demonstrações


Financeiras está prevista no Parágrafo 4° do Art. 176 da Lei 6.404/76, o qual estabelece:

" As Demonstrações Financeiras serão complementadas por Notas Explicativas e outros


quadros analíticos ou demonstrações contábeis necessárias para esclarecimento da situação
patrimonial e dos resultados do exercicio tI.

Entre outros, as Notas Explicativas devem fazer menção aos seguintes pontos:

• aumento de valor de elementos do Ativo, resultante de novas avaliações;


• principais critérios de avaliação dos elementos patrimoniais;
• investimentos em outras sociedades, quando relevantes;
• quantidade, espécies e classes das ações do Capital Social da empresa;
• ajustes de exercícios anteriores.

16 - CICLO OPERACIONAL

Simplificadamente, apresentamos o " Ciclo Operacional" de uma empresa comercial:

1 CAIXA I 1
DUPLI CATAS DUPLICATAS
A RECCEBER A PAGAR

r
Este ciclo indica a operacionalidade da empresa, partindo do recebimento das mercadorias
vendidas que, quando pagas, irão gerar recursos para novas aquisições, que se transformarão
em mercadorias que serão vendidas, e assim sucessivamente.
É óbvio que as compras e vendas à vista vão reduzir o ciclo, a Caixa e o Estoque de
Mercadorias.
As partes componentes desse ciclo operacional integram o Ativo e o Passivo que "circulam"
no prazo necessário ao fechamento do ciclo. J

Assim, todos os outros valores do Ativo e do Passivo que não compõem o ciclo operacional,
ou seja, os prazos de pagamento ou recebimento superiores ao ciclo, são classificados
como:

• Ativo Não Circulante ( Realizável a Longo Prazo );


• Passivo Não Circulante ( Exigível a Longo Prazo ).

Prof.: Alfonso Silva - affonso@unisys.com.br - http://usuarios.uninetcom.br/-affonso


CONTABILIDADE GERAL Pág.26]

17 - B I B L I O G R A F I A

1 - Titulo: ANÁLISE DE BALANÇOS


Autor: Sérgio Iudícibus Editora: Atlas

2 - Título: INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO FINANCEmA


Autor: Hélio de Paula Leite Editora: Saraiva

3 - Título: DICIONÁRIO DE CONTABILIDADE


Autor: Lopes de Sá Editora: Atlas

4 - Título: DEMONSTRAÇÕES FINANCEmAS


Autor: Hugo Rocha Braga Editora: Atlas

5 - Título: DEMONSTRAÇÕES FINANCEmAS


UM ENFOQUE GERENCIAL
Autor: Milton Augusto Walter e Hugo Rocha Braga Editora: Saraiva

6 - Título: CONTABILIDADE INTRODUTÓRIA


Autor: Equipe de Professores da FEA ~ USP Editora: Atlas

7 - Título: MANUAL DE CONTABILIDADE DAS S/A


Autor: Equipe de professores da FEA - USP Editora: Atlas

8 - Título: CONTABILIDADE GERAL


Autor: Hilário Franco Editora: Atlas

9 - Título: INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE


Autor: Milton Augusto Walter Editora: Atlas

10 - Título: CONTABILIDADE BÁSICA


Autor: José Carlos Marion Editora: Atlas

Prof.: Affonso Silva - affonso@Unisys.com.br - http://usuarÚJs.uninet.com.br/~affonso


CONTABILIDADE GERAL Pág.27]

EXERCÍCIOS

EXERCÍCIO N°, 1

4
~~s/
Considerando os valores do Ativo, Passivo Exigível e Patrimônio Líquido, compor a
Equação Básica da Contabilidade, e indicar:
\t/Y 1 - aquela que confirma a existên~i~ de Riqueza Prppria_~~Ç~!!ªLPrºprio.
(K) a) A= 800 PE O PL 800'/
"
-Q\:/
( ) b) A 800 PE = 800 PL = Crr .
y\-." '\X/ ( ) c) A = 600 PE = 800 PL = (-) 200
( ) d) A = 400 PE 1.000 PL = (-) 600
( ) e) A = O PE = 1.000 PL = ( - ) 1.000

2 - aquela que demonstra a pr~ried~t(}.!..pl~~~<:J:«:>_sJ!~I!!_e Dire!t~~, ou seja, inexistência de


dívidas.
( ) a) A 800 PE= 800 PL= O
ex) b) A= 800 PE= O PL= 800
( ) c) A = 600 PE 800 PL= ( - ) 200
( ) d) A=400 PE= 1.000 PL= ( -) 600
( ) e) A= O PE 1.000 PL ( - ) 1.000
3 - aquela que revela a ine~~~....9.ueza Própria.
(x) a) A 800 PE 800 J>L= O
( ) b) A = 800 PE= O PL= 800
( ) c) A 400 PE 300 PL= 100
( ) d) A= 100 PE= 20 PL= 80
( ) e) A = 10 PE O PL= 10
4 - aquela que apresenta Passivo a Descoberto ( A i<»E
-~_._-~- '-.-- '­
).
( ) a) A = 400 PE 300 PL= 100
( ) b) A 800 PE= 800 PL= O
...-(X) c) A = 800 PE O PL= 800
( ) d) A = 100 'PE= 200 PL= (-) 100
( ) e) A = 10 PE= O PL 10
5 - aquela em que há apena,.s Dívidas ou inexistência de Bens e Direitos.
( ) a) A= 400 PE 300 PL 100
( ) b) A = 850 PE= 800 PL= 50
(-V') c) A = O PE= 1m> PL= (-:1300
( ) d) A 100 PE= 100 PL= O
( ) e) A = 500 PE= O PL= 500

Prof.: Affonso Silva - affonso@unisys.com.br - http://usuarios.uninet.com.br/-affonso


CONTABILIDADE GERAL Pág.28]

,~
EXERCÍCIO ~. 2

Identificar o Grupo no qual são classificadas as contas indicadas, preenchendo as lacunas à


direita com as siglas abaixo: - ",._--,,-,

A = Ativo r PE = Passivo Exigível r PL = Patrimônio Líquido

1 ­ Empréstimos em Bancos (P€ )

2 ­ Máquinas
~ ,v
-;tt, ( ft )
, i.i" [í!<

3 ­ Aplicações Financeiras de Curto Prazo / ~ oY,r;., ( A )

4 ­ Veículos (A )

5 ­ Contas a Receber
-, /,"'(, ~
( ti )
Pf\\ v,?- ~to--~~~'"
6 ­ Empréstimos a Diretores /" ..-­ ( ti )
7 ­ Capital que os Sócios investiram no negócio (f/L)

,~
8 ­ Terrenos (fi )

9 ­ Dinheiro em Caixa ( A)
10 ­ Dinheiro em Banco ( Fi )
11 ­ Duplicatas a Pagar (Pê)

12 ­ Duplicatas a Receber (tl )

13 ­ Estoque de Mercadorias (A)

14 ­ Aplicações Financeiras de Longo Prazo/ ( )

15 ­ Lucros Acumulados ( PL-)


16 ­ Impostos a Pagar ( Pé)

17 ­ Imóveis (fi )

18 ­ CDB Adquirido pela empresa como investimento"'-­ ( )


/'"' 19 ­ Salários a Pagar ( A)
20 ­
----
Reservas de Lucro ('ç\.., )

Prof.: Affonso Silva - affonso@unisys.com.br - http://usuarios.uninet.com.br/-affonso


-./

CONTABIUDADE GERAL Pág.29]

EXERCíCIO~. 3

Assinale com "x " a resposta correta para cada questão apresentada a seguir:

I - Para que um Princípio Fundamental de Contabilidade seja geralmente aceito, precisa:

( ) A) ser praticado, com exclusividade, no território nacional;


( ) B) ser reconhecido pelas autoridades brasileiras;
( ) C) ser produto do consenso da comunidade contábil internacional;
( ) D) ter credibilidade junto à Secretaria da Receita Federal;
( ) E) gozar da total preferêucia dos contabilistas brasileiros.

2 - Não devemos misturar as operações da empresa com as do seu proprietário, e, não


devemos nos preocupar com fatos sem importância no conjunto das Demonstrações
Financeiras. Resumidamente, estes conceitos nos indicam, respectivamente:

( ) A) a Convenção da Entidade e a do Conservadorismo;


(X) B) o Princípio da Entidade e a Convenção da Materialidade;
( ) C) os princípios da Entidade e do Regime de Competência;
( ) D) o princípio da Entidade e a Convenção da Objetividade;
( ) E) as Convenções de Conservadorismo e a de Consistência.

3 A premissa de que a empresa operará indefinidamente caracteriza o princípio da(o):

( ) A) Conservadorismo;
( ) B) Competência de Exercício;
( ) C) Entidade;
( ?<J. D) Continuidade;
( ) E) Registro Pelo Valor Original.

4 - A empresa adquire um veículo por R$ 90.000,00 e o registra exatamente por este valor.
Seu Presidente indaga o " por que fi de não lançá-lo pelo valor de mercado, uma vez que
o mesmo está avaliado em R$ 100.000,00 ( Preço de Venda). O contador baseou-se no
princípio doCa):

(x) A) Registro Pelo Valor Original;


( ) B) Continuidade;
( ) C) Entidade;
( ) D) Atualização Monetária;
( ) E) Consistência.

Prof.: Affonso Silva - affonso@unisys.com.br - http://usuarios.uninet.com.br/~affonso


CONTABILIDADE GERAL Pág.301

EXERCÍCIO N°. 4

Indicar quais as variações que ocorrem no Patrimônio da empresa, em conseqüência dos


fatos relacionados, conforme exemplo:

FATOS A PE PL

Exemp,lo:

1 - Compra de máquina, a prazo. (+) (+) ( SV)

EXl!lica~ão:
- Aumento do Ativo: ( + ) Máquina ( Bem );
- Aumento do Passivo Exigível: ( + ) Contas a Pagar ( Obrigação );
- Patrimônio Líquido: (SV) Sem variação - (O fato não gera Receita nem Despesa)
rJ
2 - Compra de mercadorias, à vista. ( .J...!)~ (Sv) (SV)
'j-

3 - Pagamento da máquina comprada no item 1. e ) e ) e )

4 - Constituição de uma empresa. ( ) ( ) e )

5 - Venda de mercadorias, à vista, com lucro. ( ) ( ) ( )

6 - Venda de mercadorias, a prazo, com prejuízo. ( ) ( ) ( )

7 - Depósito, em dinheiro, no Banco. ( ) ( ) ( )

8 - Pagamento de salários, sem provisão. ( ) ( ) ( )

9 - Aumento de Capital da empresa. ( ) ( ) ( )

10 - Compra de imóvel, à vista. ( ) ( ) ( )

11 - Recebimento de empréstimo obtido. ( ) ( )


)

12 - Pagamento de comissões a vendedores. ( ) ( ) ( )

13 - Pagamento de Imposto de Renda. ( ) ( ) ( )

14 - Liquidação do empréstimo obtido no item 11. C ) ( ) C )

15 - Despesas com material de escritório. C ) ( ) ( )

Prof.: Affonso Silva - affonso@unisys.com.br - http://usuarios.uninet.com.br/-affonso


CONTABILIDADE GERAL Pág.31]
-'

EXERCÍCIO N°. 5

Dada uma Equação de Balanço, identificar a natureza do fato ocorrido, conforme exemplo:

E Q U A ç Ã O

DATA A = PE (+) PL
Exem)!lo:
02.06.XA CAIXA 8.000, = O, CAPITAL 8.000,

ResRosta: Recebimento do Capital inicial de uma empresa em Constituição.

08.06.XA CAIXA 5.000, O, CAPITAL 8.000,


VEÍCULO 3.000
Totais => 8.000, = O, (+) 8.000,

ResRosta:

09.06.XA CAIXA 5.000, DUPL. A PAGAR 5.000, CAPITAL 8.000,


VEÍCULO 3.000,
:MERC~ 5.000,
Totais => 13.000. = 5.000. (+) 8.000,

ResRosta:

15.06.XA CAIXA 3.000, DUPL.APAGAR 5.000, CAPITAL 8.000,


VEÍCULO 3.000, DESP. SALQ§ (2.000,:
:MERCAD&! 5.000
Totais => 11.000. = 5.000. (+) 6.000.

ResRosta:

l6.06.xA CAIXA 1.000, DUPL. A PAGAR 5.000, CAPITAL 8.000,


BANCOS 2.000, DESP. SALQ§ (2.000,
:MERC~ 5.000,
VEÍCULO 3.000.
Totais => 11.000, = 5.000, (+) 6.000.

ResRosta:

Prof: Affonso Silva - affonso@Unisys.com.br - http://usuarios.uninetcom.br/-affonso


j
r-

CONTABILIDADE GERAL Pág.321

( Continuação)

E Q U A ç Ã O

DATA A = PE (+) PL

18.06.:xA CAIXA O, DUPL. APAGAR 4.000, CAPITAL 8.000,


BANCOS 2.000, DESP. SALQ§ (2.000,
MERCADª~ 5.000,
VEÍCULO 1000
Totais => 10.000. = 4.000. (+) 6.000.

Resl!osta:

20.06.XA CAIXA O, DUPL. A PAGAR 4.000, CAPITAL 8.000,


BANCOS 2.000, DESP. SAL-º-ª (2.000,)
MERCADM 1.000, CMV (4.000,)
DUP.AREC. 6.000, REC.VENDAS 6.000,
VEÍCULO 3.000
Totais => 12.0002 = 4.0002 (+} 8.000 2

Resl!0sta:

2L06.XA CAIXA 4.000, DUPL. A PAGAR 4.000, CAPITAL 8.000,


BANCOS 2.000, DESP. SAL-º-ª (2.000,:
MERC~ 1.000, CMV (4.000,)
DUP. AREC. 2.000, REC.VENDAS 6.000,
VEÍCULO 3.000,
Totais => 12.000. = 4.000. (+) 8.000.

Resl!osta:

22.06.XA CAIXA 2.000, DUPL. A PAGAR O, CAPITAL 8.000,


BANCOS O, DESP. SALQ§ (2.000,
MERCADM 1.000, CMV (4.000,:
DUP.AREC. 2.000, REC.VENDAS 6.000
VEÍCULO 3.000.
Totais=> 8.000 2 = O, {+} 8.000 2

Resl!0sta:
-

Prof.: Affonso Süva - affonso@unisys.com.br - http://usuarios.uninet.com.br/~affonso


CONTABILIDADE GERAL Pág.331

EXERCÍCIO N°. 6 '-"

-/

Com base no inventário das contas em 31/12/XA, abaixo apresentados, elaborar as


~

Demonstrações Financeiras da empresa, a saber:

• - Balancete de Verificação;
• - Demonstração do Resultado do Exercício;
• - Balanço Patrimonial.

BALANCETE DE VERIFICAÇÃO

INVENTÁRIO DE CONTAS S A L D O S

CONTAS R$ DEVEDORES CREDORES

11) o() ,r.o


)
Caixa 1.500,00
)
Capital Social 100.000,00 1~c. OC,] ,00

')
Duplicatas a Receber 43.250,00 LI3 J'!':í-V,OO
,,
Títulos a Pagar 16.700,00 1G 10Q,a-D

Despesas com Salários 6.600,00 ç; GO(),OO -


Bancos Conta Movimento 68.650,00 çg 6$"'0,00
._.. ­

.. tj 1/1 f'r /V"·


-t~, J~":'-"; ~./_.'
Receita de Serviços 75.900,00

Jf,O(), Ci~?
Despesa com Encargos Sociais 2.600,00

Despesas com Impostos 10.725,00 '1-:: ?J5,JD -

Receita de Aluguel 6.000,00 _ .. _-".~~--_ ..


6ooo,0\-? .. v

Imóveis 52.500,00 5J Sl:'O v:')

Despesas de Juros 6.150,00 6.11)0.0:1


i

Duplicatas a Pagar 14.150,00 1'-] 150p·::'J


I-- ..+-­

Móveis e Utensílios 20.775,00 cJo."115po

TOT AIS >


,,2 1 J l' S'O. 0-0 '- ,J{~1S'OfClO
_ ........ _-_ _-_ _-_
...... .... .. _ - - _ ......... _ - - ­
-

Prof.: Affonso Silva - affonso@Unisys.com.br - http://usuarios.uninet.com.br/~affonso


CONTABILIDADE GERAL Pág.34]

( Continuação)

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO


EM 31/12/XA

RECEITA OPERACIONAL BRUTA R$


Prestação de Serviços ...................... .... ...................................................... _ __
DEDUÇÕES
Impostos Faturados .................................................................................... _ __
RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA ....................................................
CUSTOS OPERACIONAIS ........................................................................ _ __
LUCRO OPERACIONAL BRUTO ........................................................... _ __
DESPESAS OPERACIONAIS
Despesas Administrativas ...................... ...... ...................... ..... ................... _ __
Despesas Financeiras ................................................................................. _ __
LUCRO OPERACIONAL LÍQUIDO ....................................................... _ __
RESULTADOS NÃO OPERACIONAIS .................................................. _ __
LUCROIPREJUÍZO DO EXERCÍCIO .................................................... ===

BALANÇO PATRIMONIAL
EM 31/12/XA

A T I V O PASSIVO

CIRCULANTE R$ CIRCULANTE R$

Caixa .............................. .. Títulos a Pagar ................. I~.'?()qa:,


Bancos Cf Movimento ..... Gg Ç;,SV,(();) Duplicatas a Pagar .......... ILJ.1S1i.OO
Duplicatas a Receber..... 3 .t W,OO
Lj 30l(SOl00
1i3.4006J

PERMANENTE PATRIMÔNIO LÍQUIDO

IMOBILIZADO Capital Social ................. -=-'---'

Resultado do Exercicio .. .
Imóveis ........................ --,:::..:.:...,,-,--,:r
Móveis e Utensílios .... JJ t iS,oo
ISS .'iiJ5..o.

TOTAL = > l ~S,OO TOTAL > ~~~.(à 1'S,''::;;P

= F I M =

Prof.: Affonso SOva - affonso@unísys.com.br - http://usuarios.uninetcom.br/-affonso


RICARDO J. FERREIRA
PATRIMONIO

CAPíTULO 2

PATRIMÔNIO

CONCEITO

Estão compreendidas no campo de atuação do contabilista as atividades de estudo. controle.


exposição e análise do patrimônio, de maneira a poder informar a situação patrimonial em
determinado momento. as variações ocorridas e a natureza das operações que afetaram o
patrimônio.

o que ê patrimônio?
o patrimônio é o conjunto de bens, direitos e obrigações de uma pessoa, física ou jurídica, que
possam ser avaliados em dinheiro. ,~fp
Do ponto de vista contábil, não são considerados J)f bens, direitos~ obrigaçõesYqtie'não têm valor
econômico, quer dizer, que não podem ser avaliados em moeda.
O maior bem de um ser humano é a vida. Entretanto. como não apresenta valor monetário, esse
bem não é controlado pela Contabilidade.
O contabilista pode controlar o dinheiro, os imóveis, as mercadorias, as contas a receber, as
dívidas e demais bens, direitos e obrigações avaliáveis economicamente. Todavia, ele não se
ocupará das relações familiares ou de amizade. do caráter, da dignidade, da liberdade e de outros
valores que não se traduzam em dinheiro.
O patrimônio é composto de elementos positivos e negativos. Os bens e direitos representam o
aspecto positivo patrimonial. As obrigações, o aspecto negativo. Ainda que as dívidas superem os
bens e direitos, o patrimônio existe.
Os bens e direitos formam o ativo. As obrigações, o passivo exigível (ou simplesmente passivo).

Ativo = Bens + Direitos

Passivo Exigível = Dívidas

O patrimônio pode ser considerado do ponto de vista estático ou dinâmico.


Do ponto de vista estático, a Contabilidade estuda, controla, expõe e analisa os elementos que
compõem o patrimônio.
/-
Do ponto de vista dinâmico, a Contabilidade estuda, controla, expõe e analisa as modificações
ocorridas no patrimônio, em razão das atividades desempenhadas na sua gestão.

BENS

Contabilmente, só nos interessam os bens de natureza patrimonial (avaliáveis em moeda). Bens


são todos os objetos materiais e imateriais que integram o patrimônio.
Segundo a Economia, bens são coisas que servem para satisfazer uma necessidade humana.
Por definição jurídica, bem é tudo aquilo que pode ser objeto de direito e é suscetível de ser
utilizado e apropriado. Quando dizemos que algo é um bem patrimonial, isto significa que ele pode
ser avaliado em dinheiro e que integra o patrimônio de alguém, vale dizer, que é de propriedade de
uma pessoa.
RICARDO J. FERREIRA
PATRIMONIO

Bens Corpóreos Os bens corpóreos são materiais, quer dizer, têm existência física. Podem ser
tocados e são visíveis. São exemplos de bens corpóreos, também denominados bens materiais ou
tangíveis:
- Dinheiro;
- Edificações;
" Terrenos;
" Veículos;
Móveis e utensilios de escritório;
" Equipamentos de informática;
- Máquinas e equipamentos industriais;
" Instalações elétricas e hidráulicas;
- Ferramentas;
- Estoques de: "~"

material de escritório;
mercadorias;
matérias-primas;
produtos em fabricação;
produtos acabados.

Bens Incorpóreos Os bens incorpóreos não existem fisicamente. Embora não sejam visíveis ou
palpáveis, eles também podem ser traduzidos em moeda. No caso de um programa de
computador, por exemplo, o relevante não é o disquete ou meio que o contém, mas sim a
produção intelectual de quem elaborou o programa.
Ao se depararem com produtos idênticos, alguns consumidores decidem, de acordo com a marca,
qual deles irão comprar. Nesse caso, o que importa é o nome do tênis ou a etiqueta da calça,
mesmo que custem mais caro.
Ainda que os produtos sejam iguais em termos de qualidade, a marca pode transmitir ao
consumidor a sensação de maior status ou de confiança naquilo que adquire. Portanto, em relação
à marca, o que está em evidência não são as características materiais ou físicas de um produto,
mas sim certos aspectos psicológicos.
Conhecedoras disso, as empresas investem na criação ou aquisição de marcas que possam
ajudá-Ias a conquistar o consumidor e a aumentar os lucros.
São exemplos de bens incorpóreos, também denominados bens imateriais ou intangíveis:
- Programas de computador;
- Marcas e signos de propaganda;
- Patentes de fabricação;
- Propriedade literária;
- Propriedade científica;
- Ponto comercial;
Concessões obtidas para a exploração de serviços públicos;
- Linhas telefônicas.

Um comerciante põe seu estabelecimento à venda por 30.000. Os bens materiais e os direitos que
ele pretende transferir são os seguintes:

- mercadorias para revenda 10.000


- móveis e utensílios utilizados no comércio 5.000
- contas a receber de clientes 2.000
17.000

O comerciante não tem dívidas.


Apesar de os bens materiais e os direitos relacionados à atividade do comerciante serem avaliados
em 17.000, o preço desejado para a transferência do estabelecimento é de 30.000. Quer dizer, o
comerciante incluiu, no preço de venda, 13.000 pela cessão dos bens incorpóreos relacionados ao
estabelecimento. Para chegar a este valor, o comerciante considerou que: (1) a clientela que ele ~.

~"
RICARDO J. FERREIRA
PATRIMONIO

possui continuará a comprar no estabelecimento, mesmo que haja a mudança de dono; (2) o local
onde está situado o estabelecimento é de grande circulação de pessoas, potenciais compradores.
Dessa forma, no preço de transferência do estabelecimento, o comerciante computou:

Bens materiais e direitos:


- mercadorias para revenda 10.000
- móveis e utensílios utilizados no comércio 5.000
- contas a receber de clientes 2.000
17.000

Bens imateriais:
- dientela e ponto comercial 13.000

Critério para Registro dos Bens - Em regra, são demonstrados pela Contabilidade como
integrante do patrimônio de uma determinada pessoa os bens de sua propriedade.

Transmissão de Bens Móveis - A aquisição da propriedade de bens móveis se dá pela tradição,


ou seja, pela entrega feita pelo transmitente ao adquirente. Por isso, quando compramos
mercadoria ou qualquer outra coisa móvel, somente adquirimos a sua propriedade no momento em
que o vendedor nos faz a entrega do bem. Mesmo que a venda seja a prazo, o comprador já será
o proprietário da mercadoria a partir de quando recebê-Ia do vendedor. Por outro lado, ainda que o
pagamento tenha sido à vista, o comprador não será o dono do bem enquanto não houver a
tradição.
Todavia, nem sempre a entrega do bem opera a transmissão de sua propriedade. Na locação,
ainda que esteja servindo ao uso do locatário, o bem permanece no patrimônio do locador, por ser
de sua propriedade.

Transmissão de Bens Imóveis - No caso de imóveis, a propriedade depende do registro do


documento de aquisição do bem (escritura de compra e venda, escritura de doação) no Registro
de Imóveis. Não basta efetuar o pagamento, receber as chaves ou estar ocupando o imóvel. O que
prova a propriedade é o registro.
Em resumo, à Contabilidade interessam os bens corpóreos ou incorpóreos, móveis ou imóveis,
desde que avaliáveis economicamente.

DIREITOS

Em sentido contábil, os direitos representam créditos. São valores a receber ou a recuperar nas
transações com terceiros.
Em regra, os direitos são representados por títulos e documentos.

Por que motivo são emitidos titulos e documentos?

Se uma empresa efetuar a venda à vista de mercadorias, será necessário emitir apenas a nota
fiscal para a entrega das mercadorias. O dinheiro será recebido no ato da entrega. Não haverá
necessidade de um documento para posterior cobrança.

Nota Fiscal - A exigência de emissão de nota fiscal decorre da legislação tributária. Mesmo
quando não há incidência de tributos, os contribuintes são obrigados a emitir nota fiscal para as
operações que realizam, sob pena de apreensão das mercadorias e multa.

Fatura - Se a venda for a prazo, haverá necessidade de um documento que sirva para provar a
existência do valor a receber e para posterior cobrança. A nota fiscal não cumpre essas funções,
uma vez que o seu objetivo é permitir ao Fisco a verificação do correto recolhimento dos tributos
incidentes nas operações com as mercadorias. Dessa maneira, na venda a prazo, além da nota

3
~"

J. FERREIRA

-/

fiscal, O comerciante precisa emitir um documento que sirva especificamente para a cobrança de
seu crédito: a fatura.
A fatura comercial é um documento que lista as mercadorias vendidas, indicando sua quantidade,
qualidade, espécie, preço, nomes e endereços do vendedor e comprador, data de sua emissão e a
data da remessa das mercadorias, entre outras informações.
O comprador deve examinar a fatura e assiná-Ia, reconhecendo-a como representativa de dívida
sua pela compra a prazo.
De posse da fatura, caso o comprador se recuse, após o vencimento, a pagá-Ia, o vendedor terá
como provar judicialmente que a venda a prazo foi efetuada e que as mercadorias foram
entregues. Logo, o crédito existe.

Duplicata Além da fatura, que é de emissão obrigatória nas vendas a prazo, o comerciante pode
emitir a duplicata. Apesar de não ser exigida por lei, é comum a emissão de duplicata nas vendas a
prazo.

O que leva o vendedor a emitir duplicata para a cobrança, se já existe a fatura com a mesma
finalidade?

São as vantagens que a duplicata proporciona em termos de circulação e cobrança judicial.


Ao contrário da fatura, a duplicata é um título de crédito. Por isso, a duplicata pode ser transferida
por endosso e tem força executiva (serve como prova para a ação judicial de execução contra o
devedor).
Um comerciante que tenha duplicata para recebimento em certo prazo pode convertê-Ia em
dinheiro imediatamente, mediante desconto bancário. Para isto, o titulo deve ser transferido para o
banco, por meio de endosso. O desconto bancário só pode envolver títulos de crédito, deixando de
fora a fatura.
Caso tenha que cobrar o devedor na Justiça, o comerciante que disponha apenas da fatura deverá
ingressar num processo ordinário, que segue o rito comum. Nesse caso, há um ritual demorado a
ser observado. Ciente dos argumentos do credor, o juiz chama o devedor, para que este apresente
suas alegações, e decide se realmente a dívida existe e se deve ser paga. Transitada em julgado a
sentença (quando não cabe mais nenhum recurso) favorável ao credor, se, mesmo assim, o
devedor não quiser efetuar o pagamento, o credor deverá propor a ação executiva. Desta vez,
diante de dívida líquida e certa, já reconhecida por decisão judicial transitada em julgado, o juiz cita
o devedor para que pague o valor dentro de 24 horas, sob pena de ter bens penhoradOS para
garantir o pagamento.
No entanto, se o vendedor da mercadoria a prazo dispuser de uma duplicata aceita pelo
comprador, em vez de ingressar com a ação ordinária, ele, o credor, vai direto para a fase de
execução.
De forma idêntica a uma sentença transitada em julgado, os titulos de crédito têm força executiva,
isto é, servem para que o credor proponha ação de execução contra o devedor.

Ordem de Emissão dos Documentos - Quando da venda a prazo, o vendedor emite a nota fiscal,
a fatura e a duplicata, nesta ordem.

Nota Fiscal -+
6 -+

Aceite - A duplicata é remetida ao comprador para que a reconheça e aceite.


Duplicata

O aceite é o reconhecimento da dívida, representada pelo tftulo de crédito, mediante a assinatura


do devedor.
Quando o comerciante vende a prazo e emite duplicatas, elas representam direitos. São duplicatas
a receber. Se ele compra a prazo e aceita duplicatas, elas representam obrigações. São duplicatas
a pagar.

4
RICARDO J. FERREIRA
PATRIMONIO

As duplicatas de nossa emissão são contas a receber. As duplicatas de nosso aceite, contas a
pagar.

Nota Fiscal-Fatura e Fatura-Duplicata - Um mesmo documento pode reunir os elementos


necessários à emissão da nota fiscal e da fatura. É a nota-fiscal-fatura. Também é admissível a
emissão de fatura-duplicata.

Operações com Mercadorias - Por determinação da lei, nas operações com mercadorias, não se
admite a emissão de nenhuma outra espécie de título de crédito que não seja a duplicata para
documentar o saque do vendedor pela importância faturada contra o comprador.

o que é mercadoria?
Nas empresas comerciais, mercadoria é coisa móvel adquirida para a revenda.
Não são mercadorias os bens adquiridos para uso ou consumo.

Um bem imóvel pode ser mercadoria? ~

Segundo a legislação brasileira, ainda que destinados à revenda, os imóveis não são mercadorias.
Concluímos, então, que, nas operações imobiliárias, não é admissível a emissão de duplicata, uma
vez que não há transação com mercadoria.
Os bancos também não se dedicam à compra e venda de mercadorias (mercancia). Logo, não
emitem duplicatas.

A Nota Promissória - Apesar de não poderem emitir duplicata, as sociedades imobiliárias, bancos e
outras pessoas que não negociam mercadorias podem emitir outros títulos de crédito, igualmente
sujeitos a endosso e com força executiva. É o caso da nota promissória.
Para vender um imóvel a prazo, a imobiliária pode condicionar a transação à emissão de nota
promissória pelo devedor.
A nota promissória é uma promessa de pagamento feita pelo devedor em favor de seu credor. O
devedor assina uma declaração de que pagará, na data combinada, certa quantia ao credor
indicado no título. De posse do título de crédito, o credor pode exigir o pagamento a partir da data
de vencimento.
Ao contrário da duplicata, quem emite a nota promissória é o próprio devedor.
Não há necessidade de aceite na nota promissória, uma vez que, ao emitir o título, o devedor já
estará reconhecendo a dívida.
Para a empresa, as notas promissórias emitidas por ela representam contas a pagar. As notas
promissórias emitidas por terceiros em favor da empresa são contas a receber.
Além dos direitos representados por títulos de crédito, existem os representados por contratos e
outros documentos.

Cheque - Apesar de legalmente ser uma ordem de pagamento à vista, que deve ser paga pelo
banco no momento da sua apresentação pelo beneficiário, na prática, o cheque é largamente
utilizado como se fosse uma promessa de pagamento, de forma idêntica à nota promissória.
Se a empresa recebe cheques pré-datados de terceiros, eles representam direitos. Os cheques
pré-datados emitidos pela empresa representam obrigações.

OBRIGAÇÕES

As obrigações patrimoniais são representadas por contas a pagar ou a compensar nas transações
com terceiros. eiiJ:y Ok ~..,ú:{.o."';:; ~ .U.l'O\Q kI'n"\~.
Entre as dívidas mais comuns de uma empresa, temos as decorrentes de:
- compra a prazo de mercadorias e bens para uso;
- empréstimos e financiamentos bancários ainda não pagos;

5
-/

RICARDO J. FERREIRA
PATRIMONIO

- salários a pagar aos empregados;


- impostos e demais tributos devidos e não pagos;
- adiantamentos recebidos de clientes por conta de bens e serviços ainda não entregues ou
prestados.
j

Quando compramos um bem a prazo, ele se integra ao nosso patrimônio a partir do momento em
que nos é entregue pelo fornecedor. Se a compra for a prazo, passaremos a ter uma obrigação
com o vendedor, representada por uma conta a pagar equivalente ao preço do bem. A compra a ~.

prazo de mercadorias (bens móveis destinados à revenda) aumenta simultaneamente o ativo e o


passivo exigível. O bem recebido na compra aumenta o ativo; e a dívida contraída aumenta o
passivo exigível.
Quando do pagamento da dívida da compra a prazo, ocorrerá a redução simultânea do passivo
exigível e do ativo. A dívida será quitada, mas também haverá a diminuição dos bens numerários
da empresa.
Determinada pessoa física resolveu fazer um levantamento de seu patrimônio e constatou que
tinha:
- um veiculo;
- uma casa;
- móveis e utensílios domésticos;
- dinheiro em espécie;
- saldo em conta corrente bancária;
- contas a receber da sogra e do cunhado (mais adiante, falaremos da provisão para devedores
duvidosos);
- saldo em caderneta de poupança;
- prestações a pagar do financiamento obtido para a compra da casa;
- prestações a pagar do financiamento obtido para a compra do veiculo.

O patrimônio dessa pessoa pode ser dividido da seguinte forma:

Bens:
- um veículo;
- uma casa;
- móveis e utensílios domésticos;
- dinheiro em espécie.

Direitos:
- saldo em conta corrente bancária;
- contas a receber da sogra e do cunhado;
- saldo em caderneta de poupança.

Obrigações:
- prestações a pagar do financiamento obtido para a compra da casa;
- prestações a pagar do financiamento obtido para a compra do veículo.

_/

~.
3 - Princípios Contábeis
(Resolução C.F.C. n° 750, de 29.12.1993)

DA CONSTITUIÇÃO, DA AMPLITUDE E DA ENUMERAÇÃO

Os Princípios Fundamentais de Contabilidade respeitam a essência das doutrinas


e teorias relativas à Ciência da Contabilidade consoante o entendimento predominante
nos' universos· científicos profissional do' ttossoPaís.. Concemem, pois'à Contabilidade
no seu sentido mais amplo de ciência social, cujo objetiVo é o Patrimônio das Entidades.

São Princípios Fundamentais de Contabilidade


I. o da Entidade;
lI. o da Continuidade;
III. o da Oportunidade;
IV. o do Registro pelo Valor Original;
V. o da AtüaIização Monetâria;
VI. o da Competência, e
,.
VII. o da Prudência. f ./'\.
ít "1,,'\.
I'f'foV'v J
. ',. IlJ':JOiY~ 'l-~' / .
0- O PRINCÍPIO DA ENTIDADE CJ;ri1J)fl,,/jJJ~ofJ J-. • 1'/"W.> dfr:>
~ :.!'

~f.;~~SC1j~
: >""1..,
""'t: ~
'i
v",.,-
...

viUJ)W r
/v~ ..

- O princípio da Entidade recpnhece o patiimôniocomo objeto da Contabilidade e


afmna a autonomia' patrimonial, a necessidade da diferenciação de um Patrimônio
particular no universo dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer a
uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou':hlstifilição de qualquer natureza
ou finalidade, com ou sem fins' lucrativos. Por conseqüência, nesta acepção, o
patrimônio não se confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de
sociedade ou instituição.

O Patrimônio pertence a Entidade, mas a recíproca não é verdadeira. A soma ou


agregação con~bil de patrimônio não resulta em nova Entidade, mas inttnaunidade de
natureza econômico-contábil.
.. , _ .. o-. ' ....0 .­
.JjrrvVI'\JVv
11 - O PRINCIPIO
.
DA CONTINUID1\DE~ '10' ,rl-J' ..,."... ...; 'o. (U.J..L ...."
. I~ .....,vY'i·~ J)I'" i\ '"
-. t-;·· .. <"r,
.: A d t~" ~J/(\l...<.---
c ..•... .-4-.

trp.V'~~ .un.v -'1'v.", .


A continuidade' ou não da Entidade, bem como sua vida estabelecida ou
provável, devem ser consideradas quando da' classificação e avaliação das mutações
patrimoniais, quantitativas e qualitativas.

A continuidade influencia o valor econômico dos ativos e, em muitos casos, o


valor ou vencimentos dos passivos, especialmente quando a extinção da Entidade tem
prazo determinado, previsto ou previsíveL

A observância do Princípio da Continuidade é indispensável à correta aplicação


do Princípio da Competência, por efeito de se relacionar à quantificação deis
componentes patrimoniais e à formação do resultado, e de constituir dado importante
para aferir a capacidade futura de geração de resultado. .

~-,
_,c

\.u.."L·~V_C c.{9;::.tQt~ ~
/'
'1,
IH - O PRINCÍPIO DA OPORTUNIDADE ~ ~",CJ:O ~.~~.

O princípio da Oportunidade refere-se, simultaneamente, à tempestividade, à'


integridade do registro das mutações patrimoniais, determinando que este seja feito no
tempo certo e com a extensão correta.
. .

Em resultado da obrigatória observância do Princípio da OportUnidãde:

1- O registro do patri.mômb e desú.asp~steriores mutações deve ser de imediatoedf


.fuma inte~a1, independentemeI1{~?ascausas de que as originarari1;'
2 - Desde que tecnicamentéestimáveI,'ótegistro das variações patrimoniais deve ser
feito mesmo na hipótese desoménte'éxistir razoável certeza de sua ocorrência;
3 - O registro compreende oselement6s quantitativos e qualitativos, contemplando
os aspectos físicos e monetários:. '.. ". '. .
4 - O registro deve ensejar·. o ·conhecirhénto universal :das variações ocorridas no
patrimôliÍo' da Entidade;. em U#í'pêrlodo·de·:tempodeterminado,-base ·necessária
para gerar informaçõesúteis,aojjtôê.e.sso deciSório d~ gestão.

IV - O PRINCÍPIO DOREGISTRq Pí.r.LO VALOR ORIGINAL'

\v
'. Os c0J:l1poIieIltes do pelos va10résüriginais das P'!9"i~?~~,d~YéI#,serreg1strados
J..J~u
transformações com o mundo exteri6t:.exptessós a valoi presente na iribeda:d6'País, que
.~~\..\J rv~~· serão mantidos na -~valiàção~as~,~~açõ;~s.J:atri~6riiá.isP~stériores; inclusive quando
.~ ~~ ~~ configurem agregaçoes ?u dec0InPfsl~ões~~mtenor da Entidade.
h •. C.~"JP1~rt; gu~5~ Do princípio do Registro peío:yal6.rOriginal resulta:
'B·,..t" ..:. "'~~ cr-' .' ~".
1 - a avaliação dos comporiehtés~~tÍirííóIÍÍais'deve :ser feita com base nds\laloresde
. ~ ..y'? ~.ÇJ

\!'i-"\
entrada, considerand6.;seç'&tri6~tais~·ósresuItantes do consenso com os·agentes
externoS ou da imposição cl~ste:S;;:i. •. .... .... ...•.... .' ..... .
2 - uma vez integrado nô';pa't!"pnÔííiô;::6-.bem,'direitoou obrigaçãqnãop(jderão ter
alterados seus valores irttrí.Iiseêbs"álhítitíndo..;se, tão somente,'sua decofuposição
em .elementos .. é/óusuai~egação~'~:pârcíár' ou integral, á' hüttóselemerilos
patrimoniais; ~ . . . . . . .. ".'. .. .
3 - valor original será mantidó" enquantÔó' componente permanéceJ; como parte do
patrimônio; inclusive quando dàsaídadeste; . .. .
4 - os Princípios da Atualizàção Müií'e1:áfiae do Registro pelo Valor Original São
compatíveis entre si e. coniplemeD:tât~s,dado que primeiro apenas .atualiza e °
mantém atualizado o valor deefitradás; .
5 - uso da moeda d.o País na tradtiÇãodo valor dos componentes patrimoniais,
constitui imperati~o de hoI1J.ogeneização qúahtitativa dos mesmos.
. ./;::: .. - ... :~': -: ;:,.:,:.::.:- ..:''':'::,.
, , : ' . '. . .. . ;'.'
' ." . .",:", /

V - O PRINCIPIO DA ATUALIZAÇAOM.ONETARIA

Os efeitos da' alteração dO poder,aqmsitivo da moeda deve~ ser reconheCidos


nos registros 'contábeis atràvésd9a.justàhi~l1to da 'expressão formal dos valores dos
"jJ\~-D componentes patrimoniais. . . ; ';::.

·...~/~.;) a /rr' São resultantes da ad6çã6'd():PriridPíodé Atuaiiza~ã~Monetária:


-'
. .
A !.-....;
\n
0..0'-"\ ...........
. ':. :., . .... . ' .: :. ,"' ,
\dJ. . ry IY' . ,'4,. ... ' . . •. .... .... ..: . . '. ......•..
. ,W ",0'\.1'> ?:rrY v t'Y" . •... . ..... .. . . ~.

. .. 1\1'" ;JY {'6 ':10 .


Ni,~'1. ."J1
....."'C}; \;.0" -'
;" '.:, \J~ .JY :\jl.,
.. 5 .......
#~rr\\tJ(y'\ "rf'.
~

, \í\ .
. (Jl ; .
\;~

1- a moeda, embora aceita universalmente como medida de valor, não representa


unidade constante em termos do poder aquisitivo;
2­ para que a avaliação do patrimônio possa manter os· valores das transações
originais, é necessário atualizar sua expressão formal em moeda nacional, a ftm
dc_.que permaneçam substantivamente corretos os valores dos' componentes
patrimoniais e, por conseqüência, o do patrimônio líquido; ,
3­ a atualização monetária não representa nova avaliação, mas tão-somente, o ,,~v
ajustamento dos valores originais para determinada data, mediante a aplicação de \),,:'ii"'-i:;.O ~
v
indexadores, ou outros elementos aptos a traduzir a variação do pode aquisitivo ".v\y'J \.. ,,""

da moeda nacional em dado período. . -o c.9P .p-r "'/.., JJ.l'tv:s;P ov


J;J./;/;;~ cJ,0f ~v'JJ- ~,..
G. O PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA o. )J'í'~ tô-.::;.0 /?.rlJ:f" ll'{pr:(
~. •.
' f
_,ç./
I'\j?-
t1-'
1tJ' i'>.- "
. i:fP" Ur::' r;r
j /

As receitas e as despesas dévem ser incluídas' na apuração\, do resultado do


-período em que ocorrerem, sempre simultaneamente quando se correlacionarem,
independentemente de recebimento ou pagamento,

.. O Príncípio da Competência determina quando' as alterações ner ativo ou no


passivo' resultam em aumentÇ). ou diminUição no patrimônio líquido;' estabelecendo .
diretrizes pata classiftcação das mutações patrimoniais, resultante da observância do
Princípio da Oportunidade. .

/~-
O reconh~cimei1to, sÍl+.lUltân~o das receitas e das despesas, quandoc()rrelatas: é
conseqüência naturiU do 'tesPeitó ao período em qué ocorrer a sua geração,' .

As receitas consideram-se reallzadàs: .

1- nas tran~ações cOJDterceiros, quando estes efetuarem o pagamento ou assumirem


compromisso funie de efetivá-lo, quer pela investidura na propriedade de bens
anteriormente pertencentes à Entidade, quer pela fruição de serviços por esta
.~
prestados; ,
2 - quando do desaparecimento, parcial ou total, de um passivo, qualquer que seja o
motivo;
3 - pela geração natüral' 'de novos' ativos independentemente da intervenção de
terceiros .
.
~

Consideram-se incorridas as despesas:

1 - quando deixar de existir o correspondente valor ativo, por transferência de sua



propriedade para terceiros; . .
2 - pela diminuição ou extinção do valor econômico de um ativo;
3 - pelo surgimento de um passivo, sem o correspondente ativo.

@ - O PRINCÍPIO DA PRUDÊNCIA
O princípio da Prudência determina a adoção do menor valor para os
componentes do Ativo, e do maior para o Passivo, sempre que se apresentem
alternativas igualmente válidas para a quantiftcação das mutações patrimoniais que
alterem o patrimônio líquido.
~cU.~~~
.~,t: J_I\L',,,,, "''''''./'u'~
~ ~ n-rv(,)y.. jJ I,("'·V"-'~-'·

~
~ ele faYY~~.;"0 '.
1'h"~ ""- ~ ~ ~ 6
'tvU. r..v.,,-t,J:ti o ~ PL A
y -?- __ o

~.

o Princípio da Prudência impõe a escolha' da hipótese de que resulte menor


patrimônio líquido, quando se apresentam opções igualmente aceitáveis diante dos
, 'demais Princípios Fundament~is da Contabilidade.
- ~.. -

',(}bsb'rvanc;lo ó disposto antenormente, o PrinCípio da Prudência sátlle:tite se


apliéáàs mutações posteriores, constituindo-se ordenamento indispensável à correta
aplicação do Princípio da Competência., " '
--/
, A aplicação do PrindpiÓdá. :Piudêriciaganha ênfase quando, para definição dos
, " .' ,',valotes relativos às variaçõespátrim6nlrus/devem ser feitasestÍmativas que envolvem
, incertezas de grau variável. ' ": c

. ../
A inobservância dos ",prinCípiós,Fundahleritais' da 'Contabilidade ,'constitui
infração naS alíneas "c", "d"ê"e' doáft.27 do Decreto-Lei nO 9.295, de 27 de maio de
1946 e, quàndoaplicável,aóCÓdigo de, Éttca Profis'sional do Contabilista.
;".:;"_' ,',i; _.:

, "4 ;..Convelições , <


..
f
,Há 4 convenções (re~çÕ~s~6sppnCipiqs íl~~' ot)Jetiv~ dtÜimitár os
conêéito~aâdos'
,

,pelos princípios: Objetividád~~'J\iíateriâHdáde, Cohservadorismo (ouPtudência:) e


','Consistência (ou UnifonriidaiÍti:) . ' ; -<;
~. . ,'"
........

9bi~tivid~dt::Pâra 'procédilÍÍ.~4tb~j~~n.fe 'reieyánt~srtesultantes daapÜ~çãodos ':"~ ,

Princípios :preferir-se-ão"em,()fdew.,c~scê*té:à) os que puderem ser comprovados por


, documentos e ,critériosobjetif6$(.1?),os qu~pudere~ ser corroborados por consenso de ,j
pessoas qualificadas dap:t'bfissão~reunidaséilicomitês de pesquisa ou em entidades que '
.', stemautoridàdessobrepririCípÍ6séQnfábeis:"/ ,',' '" , ',"
~' 0-tJ,;~' ..'-ç.s~
, ' ' ";:~r',,:' '~'. ,', ' ,,', ' ,',
~t\J~ , ~"1;~v:'J\}v Materialidãdê: O cOlltáâor:d~vetá;<sem:Pte~' ªv~liar á inflúência
enHlteriaÍidade da
/, 'f1~~';.:Jtf'infórmaçãdevidenciadaólrneg~cla;,~1"a o"1.lS~oà luz datelação custo-beneficio.

\\~~' ~~~,\\'J" ',(~Co~servadOriS~O:éI1~' dóAl~f~{'alt~r~~~i~ós de ',a"aliâção ",para 0 Jjamiilônio", '


,

~~;'. ·:=:~;:~!~:~:'!!:e~~;!o":~:~~=~(;dàl;::=:. o'dtivo e o maior


, q::" "

v~~~ct0"~ .:,) Consistênc~a:A,c~ntà?i1idad.ed~~er~~s~r~antida?e.rónna t~ q~e os~uáriosdas


,~ 'c\}J' ' demonstraçoes contabeIS tenharrlpossIblhdade dedehnear a tendenCla da mesma com o
'" \,\""~~meÍlorgtaú'dedificuldade,p~s§íyeLlji~)êspeito aos ",mesmos procedimentos de J

~~\ \\"":, 1'Y, avaliação nosexercícios~ Qualquer, mudànyà deprocedimel1to ,deve serélàramente
,
,j"":~~,() ·"eviden~i~dà. Diz respeito també~isbbreadificuldade do usuário de entendimento da
, VV' , ,O", " ',Contablhdade~ " ',,',','

!?'
"
!:

t

r ,c
I "f·'
T
:!,
~,
, ~'

,~'

7
,; :' ...../ '

--".
TÉCNICAS CONTÁBEIS

I CONCEITO
As Técnicas Contábeis são o conjunto de procedimentos que tem por finalidade
registrar, controlar, evidenciar, examinar ou criticar o patrimônio de uma empresa
específica.

II ESPÉCIES
São quatro as espécies de Técnicas Contábeis, a saber, Escrituração, Demonstrações
Contábeis, Análise de Balanço e Auditoria.

l.Escrituração

É o registro dos fatos que alteram qualitativa ou quantitativamente o patrimônio da


entidade. A Lei 6.404/76 ao tratar sobre o tema dispõe no caput do seu art. 177 como
segue:
A escrituração da companhia será mantida em registros permanentes, com
obediência aos preceitos da legislação comercial edesta lei e aos princípios de
contabilidade geralmente aceitos, devendo observar métodos ou critérios
contábeis uniformes no tempo e registrar as mutações patrimoniais segundo o
regime de competência.

A escrituração contábil é efetuada através dos lançamentos dos fatos administrativos


no~ivros contábeis. Com o advento da informática os registros passaram a ser
efetuado~letronicamente com o auxílio de sistemas de informática capazes de emitir,
ao [mal de um período determinado, relatórios com o formato dos respectivos livros.

2. Demonstrações Contábeis

São relatórios, elaborados ao final de um determinado período, onde são


apresentadas,de modo sistemático, as informações contábeis necessárias ao
conhecimento da situação patrimonial da empresa.

Existe uma infinidade de Demonstrações Contábeis, dentre elas podemos citar:

• Balanço Patrimonial; ~trv..O.. ~ t> i~ ".


• Demonstração do Resultado do Exercício; ~O,r,.,,1""D"~
Q"" ~~ ":)lA
• Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados; eb1.oLr~ fi SiPr
• Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos; ~~
,.
PI ~p.
• Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido;
• Demonstração dos Fluxos de Caixa;

Ressalte-se que as quatro primeiras demonstrações são de emissão obrigatória pelas


Sociedades Anônimas por força do art. 176 da Lei 6.404/76.

3.Análise de Balanço

É a técnica pela qual se interpreta o conteúdo das demonstrações contábeis a ftm de


avaliar a situação patrimonial e fmanceira da empresa.

4.Anditoria

É a técnica contábil que tem como objetivo a conferência de todos os procedimentos


realizados pela Contabilidade de uma empresa.Ao fmal do procedimento de auditoria o
responsável pela sua execução emite relatóri&onde discorre sobre os documentos que
suportam os registros contábeis e sobre a conformidade desses mesmos registros com
--"

os Princípios Fundamentais de Contabilidade e com a legislação societária.

.J
IL

CONSELHO REGIONAL
DE CONTABILIDADE DE
SANTA CATARINA

DEMONSTRAÇOES -
CONTÁBEIS
,
ASPECTOS PRATICOS E
CONCEITOS TÉCNICOS

Florianópolis
Outubro/2004
2
BALANÇO PATRIMONIAL

o balanço patrimonial é a demonstração contábil destinada


a evidenciar, quantitativa e qualitativamente, numa determinada
data, o patrimônio e a composição do patrimônio líquido da enti­
dade.
Conforme determina o artigo 178 da Lei n° 6.404-76, "No
balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do
patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o co­
nhecimento e a análise da situação financeira da companhia".
Essa demonstração deve ser estruturada de acordo com os
preceitos da Lei nO 6.404-76 e segundo os Princípios Fundamen­
tais de Contabilidade e as Normas Brasileiras de Contabilidade.
,

RES. nO 686·90 NBC T 3 LEI n° 6.404·76


ATIVO CIRCULANTE CIRCULANTE
. a) Dísponfvel · disponibilidades;
! b) Créditos • direitos realizáveis no curso do
exercício social subseqüente;
c) Estoques · aplicações de recursos em despesas
do exercício seguinte.
d) Despesas Antecipadas
e) Outros Valores e Bens
REALlZAvEL A LONGO PRAZO REALlZAvEL A LONGO PRAZO
São os ativos referidos nos São assim classificados os direitos
. itens b, c, d e e anteriores, realizáveis após o término do exercício
cujos prazos esperados de seguinte, assim como os derivados de
realização se situem após o vendas, adiantamentos ou empréstimos
término do exercício a sociedades coligadas ou controladas,
subseqüente à data do diretores, acionistas ou participantes no
balanço patrimonial. lucro da companhia, que não
constituírem negócios usuais na
1 exploração do objeto da companhia.
oj

[ 11 ]
11­

RES. n° 686-90 NBC T 3 LEI n° 6.404-76


PERMANENTE PERMANENTE
a) Investimentos São as Investimentos - São as participações
participações em permanentes em outras sociedades e
sociedades além dos bens os direitos de qualquer natureza, não­
i e direitos que não se -classificáveis no ativo circulante, e
destinem à manutenção que não se destinem à manutenção
das atividades-fins da da atividade da companhia ou da
entidade. empresa.
b) Imobilizado - São os Imobilizado - São os direitos que
bens e direitos, tangíveis e tenham por objeto bens destinados à
intangíveis, utilizados na manutenção das atividades da
consecução das atividades- companhia e da empresa, ou i

fins da entidade. exercidos com essa finalidade,


c) Diferido - São as inclusive os de propriedade industrial
aplicações de recursos em ou comercial.
despesas que contribuirão Diferido - São as aplicações de
para a formação do recursos em despesas que
resultado de mais de um contribuirão para a formação do
exercício social. resultado de mais de um exercício
social, inclusive os juros pagos ou
creditados aos acionistas durante o
período que anteceder o início das
operações sociais.
-1> PASSIVO CIRCULANTE .-­
CIRCULANTE E EXIGfVEL
~~~.,,:.;:;~~-

ALO:N{;9:-p~
São as obrigações As obrigações da companhia,
conhecidas e os encargos inclusive financiamentos para a
i estimados cujos prazos aquisição de direitos do ativo
estabelecidos ou permanente, serão classificadas no
i esperados se situem no passivo circulante, quando se
curso do exercício vencerem no exercício seguinte, e no
subseqüente à data do passivo exigível a longo prazo, se
balanço patrimonial. tiverem vencimento em prazo maior.
EXIGfVEL A LONGO PRAZO
i São as obrigações
conhecidas e os encargos
estimados, cujos prazos
i estabelecidos ou
i esperados, situem-se após
o término do exercício
subseqüente à data do
balanço patrimonial.

[ 12]
~J I

RES. n° 686·90 NBC T 3 LEI n° 6.404·76


PATRIMÔNIO LIQUIDO PATRIMÔNIO LIQUIDO
Capital- São os valores Capital Social: discriminará o montante
I aportados pelos subscrito e, por dedução, a parcela ainda
proprietários e os não realizada.
i decorrentes de Reservas de Capital:
incorporação de reservas e a) a contribuiçãO do subscritor de ações
lucros. que ultrapassar o valor nominal e a
Reservas - São os valores parte do preço de emissão das ações,
decorrentes de retenções sem valor nominal, que ultrapassar a
de lucros, de reavaliação importãncia destinada à formação do
de ativos e de outras capital social, inclusive nos casos de
circunstâncias. conversão em ações de debêntures ou
Lucros ou Prejulzos partes beneficiárias;
Acumulados - São os b) o produto da alienação de partes
lucros retidos ou ainda beneficiárias e bônus de subscrição;
não destinados e os c) o prêmio recebido na emissão de
prejuízos ainda não debêntures;
compensados, estes d) as doações e as subvenções para
apresentados como investimento.
parcela redutora do Será ainda registrado como reserva de ~.

patrimônio líquido. capital o resultado da correção monetária


do capital realizado, enquanto não
capitalizado.
Reserva de Reavaliação: as
contrapartidas de aumentos de valor
atribuídos a elementos do ativo em
virtude de novas avaliações com base em
laudos.
Reservas de Lucros: são as contas
constituídas pela apropriação de lucros dê:
companhia.
Ações em Tesouraria: destacadas no
balanço patrimonial como dedução da
conta do patrimônio líquido.
./

A Lei das Sociedades Anônimas estabelece, em seu artigo


178, §1°, que, no ativo, as contas serão dispostas em ordem
decrescente de liquidez, e, dentro desse conceito, as contas de
disponibilidades são as primeiras a serem apresentadas no
balanço, dentro do ativo circulante. Seguem-se os direitos reali­

[13]

~.
I I

záveis no curso do exercício social subseqüente e aplicações


de recursos em despesa do exercício seguinte.
A NBC T 3 estabelece a divisão do ativo em:

I - CIRCULANTE

a) Disponível - São os recursos financeiros que se encontram à


disposição imediata da entidade, compreendendo os meios de
pagamento em moeda e em outras espécies, os depósitos ban­
cários à vista e os títulos de liquidez imediata.
b) Créditos - São os títulos de crédito, quaisquer valores mobi­
liários e os outros direitos. Estes direitos representam, normal­
mente, um dos mais importantes ativos das empresas em ge­
raI. Decorrem de vendas a prazo, de mercadorias e serviços a
clientes ou são oriundos de outras transações que geram valo­
res a receber.
A Lei n° 6.404-76 não separa as transações relacionadas às
atividades-fins das não-relacionadas com as atividades-fins da
empresa. A r'\IBC T 3 determina essa segregação, classificando
as transações não-relacionadas com as atividades-fins em Ou­
tros Valores e Bens.
c) Estoques - São os valores referentes às existências de pro­
dutos acabados, produtos em elaboração, matérias-primas, mer­
cadorias, materiais de consumo, serviços em andamento e ou­
tros valores relacionados às atividades-fins da entidade.
Também representam um dos ativos mais importantes do capi­
tal circulante e da posição financeira da maioria das companhi­
as industriais e comerciais.
d) Despesas Antecipadas - São as aplicações em gastos que
tenham realização no curso do período subseqüente à data do
balanço patrimonial.

~~

[14]

~,
I L,/
.. /"

Neste subgrupo são registrados os ativos que representam pa­


gamentos antecipados de despesas, cujos benefícios ou pres­
tação de serviços à empresa se farão durante o exercício se­
guinte.
Os prêmios de seguros, quando parcelados ou financiados, e
as despesas financeiras são exemplos de despesas pagas an­
tecipadamente.
A NBC T 3 adotou o título Despesas Antecipadas, por ser mais
adequado e tecnicamente correto, corno a própria conceituação
acima comprova.
e) Outros Valores e Bens - A NBC T 3 estabelece a identifica­
ção das transações reais relacionadas com as atividades-fins
da empresa. Devem ser usadas as mesmas contas já previstas
nos grupos anteriores. São exemplos: Bens Não-Destinados ao
Uso, Imóveis Recebidos em Garantia para Revenda, etc.

" - REALlZAvEL A LONGO PRAZO


Serão classificadas contas da mesma natureza das do ativo
circulante, porém realizáveis após o término do exercício se­
guinte, assim como os derivados de vendas, adiantamentos ou
empréstimos a sociedades coligadas ou controladas. diretores,
acionistas ou participantes no lucro, que não constituíram negó­
cios usuais na exploração do objeto da companhia.
111 - PERMANENTE
São bens de permanência duradoura, destinados ao fun­
cionamento normal da sociedade e do seu empreendimento,
assim como os direitos exercidos com essa finalidade. Não es­
tão destinados à transformação direta em meios de pagamento
e sua perspectiva de permanência na entidade ultrapassa um
exercício.
~ constituído pelos seguintes subgrupos:

~~

[15 ]
~I 1­

a) Investimentos - São as participações permanentes em ou­


tras sociedades e os bens e direitos que não se destinem à
manutenção das atividades da companhia ou empresa.
b) Imobilizado - São os bens e direitos, tangíveis e intangíveis,
utilizados na consecução das atividades-fins da entidade.
Bens Tangíveis: aqueles que têm corpo físico, tais como terre­
nos, máquinas, veículos, benfeitorias em propriedades arrenda­
das, direitos sobre recursos naturais, etc.
Bens Intangíveis: aqueles cujo valor reside não em qualquer
propriedade física, mas nos direitos de propriedade legalmente
conferidos aos seus possuidores, tais como: patentes, direitos
autorais, marcas, etc.

Observação: Também integram o Imobilizado os recur­


sos aplicados ou já destinados a bens da natureza cita­
da, mesmo que ainda não em operação, mas que se
destinem a tal finalidade, tal como construção em anda­
mento.

c) Diferido - Segundo ludícibus, Martins e Gelbcke, na obra


Manual de Contabilidade das Sociedades por Ações, serão clas­
sificadas no Ativo Diferido "as aplicações de recursos em des­
pesas que contribuirão para a formação do resultado de mais
de um exercício social, inclusive os juros pagos ou creditados
aos acionistas durante o período que anteceder ao início das
operações sociais."
Consignam, ainda, esses autores que "os Ativos Diferidos
caracterizam-se por serem ativos intangíveis, que serão amorti­
zados por apropriação às despesas operacionais, no período de
tempo em que estiverem contribuindo para a formação do resul­
tado da empresa. Compreendem despesas incorridas durante o

[ 16]

II
período de desenvolvimento, construção e implantação de pro­
jetos, anteriores ao seu início de operação, aos quais tais des­
pesas estão associadas, bem como as incorridas com pesqui­
sas e desenvolvimento de produtos, com implantação de proje­
tos mais amplos de sistemas e métodos, com reorganização da
empresa e outras. Não incluem bens corpóreos, já que estes
devem ser classificados no Imobilizado. Representam, muitas
vezes, gastos que seriam lançados como despesas operacio­
nais caso a atividade a que se referem estivesse já produzindo
receitas. É o caso dos gastos incorridos com pessoal adminis­
trativo, despesas gerais e administrativas e demais gastos es­
pecíficos (desde que não sejam parte do Imobilizado), que são
necessários ao desenvolvimento de um projeto".
Exemplos: gastos pré-operacionais, gastos com implanta­
ção de sistemas e gastos de desenvolvimento de produtos.
Observação: Não se deve confundir a natureza das operações
classificáveis nesse subgrupo, ou seja, Ativo Permanente Diferi­
do, com a natureza das operações classificáveis no subgrupo
despesas antecipadas, no Ativo Circulante.
As despesas antecipadas são as despesas que efetivamen­
te e de forma objetiva pertencem ao exercício ou exercícios se­
guintes. Não são ainda despesas incorridas. Contudo, no ativo
diferido (Permanente) se incluem despesas já incorridas, pagas
ou a pagar, mas que são ativadas para serem apropriadas em
exercícios futuros, pois contribuirão para a formação dos resul­
tados de exercícios futuros, tais como pesquisa e desenvolvi­
mento de produtos, despesas pré-operacionais, etc.

....., CONTAS RETIFICADORAS (credoras)


. .

a) Ativo Circulante
- Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa - provisão para
..AI

[17 ]

,--­
cobrir as perdas estimadas na cobrança das contas a receber.
Duplicatas Descontadas - esta operação demonstra a res­
-
.",» ponsabilidade da empresa que efetuou o desconto pelo pa­
gamento das duplicatas ao banco, caso seu cliente falte ao
pagamento no vencimento. Essas duplicatas descontadas não
devem figurar no passivo, pois não existe ainda a drvida por
parte da empresa. Esta só existe à medida que ocorre o ven­
cimento dos títulos, e o devedor não o~ P~9§1.-
- Provisão para redução ao valor do mercado - destina-se a
registrar o valor dos itens de estoques que estiverem a um
custo superior ao valor de mercado.
- Provisão para perdas em estoques - destina-se a registrar
/?! as perdas conhecidas em estoques e calculadas por estima­
tiva, relacionadas a estoques obsoletos e, também, para dar
cobertura a diferenças físicas.

b) Ativo Realizável a Longo Prazo

- Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa


7;

Provisão para Perdas - registrará os valores estimados de


fi
perdas em investimentos temporários.

c) Ativo Permanente

Investi mentos

Provisão para Perdas Prováveis na Realização de Investimen­


tos

Imobilizado
Depreciação Acumulada - perda do valor dos direitos que
/''?;
têm por objeto bens físicos sujeito a desgastes ou perda de
utilidade por uso, ação da natureza ou obsolescência.

[18 ]

I I


~I

Exaustão - perda do valor, decorrente da sua exploração, de


direitos cujos objetos sejam recursos minerais e florestais.
~.

- Amortização - perda do valor do capital aplicado na aquisi­


ção de direitos de propriedade industrial ou comercial.
Diferido

Amortização - Segundo o § 3° da Lei n° 6.404-76, a amorti­


.~
zação destes ativos deverá ser feita "em prazo não superior
a dez anos, a partir do início da operação normal ou do exer­
cício em que passem a ser usufruídos os benefícios deles
decorrentes, devendo ser registrada a perda do capital apli­
cado quando abandonados os empreendimentos ou ativida­
des a que se destinavam, ou comprovado que essas ativida­
des não poderão produzir resultados suficientes para amorti­
zá-los" .
A NBC T 3 estabelece a divisão do Passivo em:

I - CIRCULANTE
São as obrigações conhecidas e os encargos estimados
da empresa cuja liquidação se espera que ocorra dentro do exer­
cício social seguinte, ou de acordo com o ciclo operacional da
empresa, se este for superior a esse prazo.

\I - PASSIVO EXIGfVEL A LONGO PRAZO

São as obrigações conhecidas e os encargos estimados


da empresa cuja liquidação deverá ocorrer em prazo superior a
seu ciclo operacional, ou após o exercício social seguinte.

111 - PATRIIVIONIO UQUIDO


O patrimônio líquido representa os recursos próprios da

[ 19]
_11 IL

entidade, e seu valor é a diferença entre o valor do Ativo e o


valor do Passivo (Ativo - Passivo). Desta forma, o valor do patri­
mônio líquido pode ser positivo, negativo ou nulo.
O patrimônio líquido é dividido em :
a) Capital - São os investimentos efetuados na empresa pelos
proprietários e os decorrentes de incorporação de reservas e
lucros.
b) Reservas - Representam valores decorrentes de reavaliação
_"".r"'"
de ativos, retençôes de lucros e de outros fatores.
_ c) Lucros/Prejuízos Acumulados - Representa o saldo rema­
nescente dos lucros (ou prejuízos) líquidos, estes apresentados
como parcela redutora do Patrimônio Líquido.
Esta conta representa a interligação entre o Balanço Patri­
monial e a Demonstração de Resultado do Exercício.
No caso de o Patrimônio Líquido ser negativo, será demons­
trado após o Ativo, e seu valor final denominado de Passivo a
Descoberto.

~_>!'> CONTAS RETIFICADORAS (devedoras)


.... -~

1 Patrimônio
_____·__··_ _ _ _ _líquido!
_ _ _" j
L
.
_
,
~
~
Capital a Realizar - valor deduzido do capital social.

Prejufzos Acumulados valor deduzido dos elementos do Pa­


trimônio Líquido.
(: Ações em Tesouraria - açôes da companhia que forem ad­
quiridas pela própria sociedade. Devem ser destacadas no
Balanço Patrimonial como dedução da conta do Patrimônio
Líquido que registre a origem dos recursos aplicados na sua
aquisição.

[20 ]

li
-./

I L=
OBSERVAÇÃO:

RESULTADO DE EXERCíCIOS FUTUROS

No livro Manual de Contabilidade das Sociedades por Ações,


ludícibus, Martins e Gelbke registram que "Resultado de Exercí­
cios consta do Balanço entre o Passivo Exigível e o Patrimônio
Líquido e seu objetivo é abrigar receitas já recebidas que efeti­
vamente devem ser reconhecidas em resultados em anos futu­
ros, daí a sua intitulação, sendo que já devem estar deduzidas
dos custos e despesas correspondentes, incorridas ou a incor­
rer. Todavia, somente deve englobar tais receitas menos despe­
sas, ou seja, resultados futuros recebidos, mas para os quais
não haja qualquer tipo de obrigação de devolução por parte da
empresa".

A NBC T 3 não considerou o grupo RESULTADO DE EXERCí­


CIOS FUTUROS, entendendo que tais contas devem ser classifi­
cadas no Ativo e Passivo Circulante. A Lei nO 6.404­
-76 prevê este grupo, e, por conseqüência, pode ser considera­
do no plano contábil das empresas.
O mais adequado, todavia, é classificar tais contas no Ati­
vo e no Passivo Circulante.
Há uma tendência entre os doutrinadores da Ciência Con­
tábil em não considerar este subgrupo do Passivo.

CONTAS RETIFICADORAS (devedoras)

.A Resultado de exercícios futuros - os custos e despesas relati­


vos aos resultados de exercícios futuros.

[21 ]

j
I !

MODELO DE BALANÇO PATRIMONIAL

ATIVO PASSIVO
CIRCULANTE CIRCULANTE
DISPONfvEL Fornecedores
Caixa Obrigações Trabalhistas
Bancos Conta Movimento Obrigações Fiscais e
Sociais a Recolher
Bancos Conta Aplicações
de Liquidez Adiantamento de Clientes
Imediata Empréstimos e Financiamentos
Arrendamento Mercantil a Pagar
CRtDITOS Aluguéis a Pagar
Duplicatas a Receber Lucros e Dividendos a Pagar
(-) Duplicatas Descontadas Debêntures
(-) Provisão para Crédito de Provisões Trabalhistas
liquidação Duvidosa
Títulos a Receber
Bancos Contas Vinculadas
Adiantamentos a Terceiros
Adiantamentos a Empregados
Tríbutos a Recuperar
Depósitos Vinculados ou Restitulveis
Aplicações Temporárias

ESTOQUES
DESPESAS ANTECIPADAS
Prêmios de Seguros a Vencer
Encargos Financeiros a Vencer
ATIVO REALlZAVEL A LO~IGO PRAZO PASSIVO EXIGfVEL A LONGO PRAZO
Clientes Empréstimos e Financiamentos
(-) Provisão para Crédito de Títulos a Pagar
Liquidação Duvidosa Debêntures
Bancos Contas Vinculadas Provisões para Riscos Fiscais
Títulos a Receber
Créditos de Sócios e Diretores
Créditos de Coligadas e
Controladas
Adiantamentos a Terceiros RESULTADOS DE EXERCrCIOS
Emprést. e Depósitos FUTUROS
Compulsórios
Títulos e Valores Mobiliários Receitas de Exercícios Futuros
Depósitos para Investimentos (-) Custos e Despesas de
Participo Societárias Exercícios Futuros
Não-Permanentes

[22 ]

:I
I
-../

PERMANENTE PATRIMONIO LIQUIDO l


INVESTIMENTOS Capital Social
Participações Societárias Capital Social
Obras de Arte (-) Capital a Integralizar
Imóvel Não de Uso
(-) Depreciações Acumuladas
(-) Provisões para Perdas
IReservas de Capital
Reserva de Agio
Doações e Subvenções
p/Investimentos
IMOBILIZADO
Terrenos Reservas de Reavaliações
Construções Reavaliação do Ativo Próprio
Instalações Reavaliação de Ativos de
Máquinas e Equipamentos Coligadas e Controladas
Móveis e Utensílios
Veículos Reservas de Lucros
Ferramentas Reserva Legal
(-) Depreciações Acumuladas Reserva Estatutária
Benfeitorias em Imóveis
de Terceiros Outras Reservas de Lucros
(-) Amortizações Acumuladas
Marcas e Patentes I(.) Ações em Tesouraria
Construções em Andamento

DIFERIDO Lucros ou Prejuízos Acumulados


Gastos Pré-Operacionais "'_/
Gastos de Implantação de Sistemas
Gastos de Desenvolvimento de Produtos
(-) Amortizações Acumuladas I
A conta "Banco Conta Movimento" com saldo credor re­
presenta obrigação para a empresa; portanto, deve ser
classificada no Passivo Circulante.

Ocorrendo a elaboração de demonstrações contábeis


sem respaldo em escrituração contábil regular, poderá
o C-RG5C instaurar o processo administrativo contra o
responsável técnico, estando previstas penas de multas
e suspensão do exercício profissional ou processo por
infração ao Código de Ética Profissional do Contabilista,
que estabelece penas de advertência reservada, censu­
ra reservada e censura pública.

[23 ]

-'
MODELO DE BALANÇO PATRIMONIAL, NA HIPOTESE
DA EXISTENCIA DE PASSIVO A DESCOBERTO
BALANÇO PATRIMONIAL
I ATIVO PASSIVO
CIRCULANTE CIRCULANTE
DISPONfvEL FORNECEDORES
CAIXA OBRIGAÇOES TRABALHISTAS
CRÉDITOS OBRIGAÇOES FISCAIS E SOCIAIS
DUPLICATAS A RECEBER
ESTOQUES
REALlZAvEL A LONGO PRAZO EXIGfVEL A LONGO PRAZO
CLIENTES EMPRÉSTIMOS E
FINANCIAMENTOS
PERMANENTE
INVESTIMENTOS
PARTIC. SOCIETARIAS
IMOBILIZADO
TERRENOS
VEfcULOS
(-) DEPREC. ACUM.
TOTAL DO ATIVO
PASSIVO A DESCOBERTO

TOTAL DO ATIVO MAIS TOTAL DO PASSIVO


PASSIVO A DESCOBERTO

r-i:

!
"Çapital !!..J'!fegralizar" e "Prejuízos Acumulados" são
contas de natureza devedora, mas devem ser classifica­
das no Patrimônio Líquido, pois são contas retificadoras
deste.

Os termos utilizados nos registros e nas demonstrações


contábeis devem expressar, tanto quanto possível, o ver­
dadeiro significado das transações ocorridas, preservan­
.
~
do-se expressôes do idioma nacional.

[24 ]

~ II
/,
n:f
~~
3
DEMONSTRAÇAO DO ­
RESULTADO DO EXERCíCIO

A demonstração do resultado é a demonstração contábil


destinada a evidenciar a composição do resultado formado num
determinado período de operações da entidade.
'"r;
,t'. ''"'
'-..""
,) A demonstração do resultado, observado o princípio da com­
)!
petência, evidenciará a formação dos vários níveis de resulta­
dos, mediante confronto entre as receitas e os corresponden­
tes gustos e despesas.

i RES. nO 686-90 NBC T 3 LEI nO 6.404-76 I


r Evidenciará no mínimo: Discriminará:
; a) as receitas decorrentes da a) a receita bruta das vendas e serviços,
exploração das atividades-fins; as deduções das vendas, os
b) os impostos incidentes sobre as abatimentos e os impostos;
operações, os abatimentos, as b) a receita líquida das vendas e serviços,
devoluções e os cancelamentos: o custo das mercadorias e serviços
c) os custos dos produtos ou vendidos e o lucro bruto;
mercadorias vendidos e dos c) as despesas com as vendas, as
serviços prestados: despesas financeiras, deduzidas das
d) o resultado bruto do período: receitas, as despesas gerais e
e) os ganhos e perdas operacionais; administrativas, e outras despesas
f} as despesas administrativas com operacionais:
vendas, financeiras e outras e as d) o lucro ou pr~uízo operacional, as
receitas financeiras; receitas e despesas não-operacionais:
g) o resultado operacional,' e) o resultado do exercício antes do
h) as receitas e despesas e os imposto de renda e a provisão para o
ganhos e perdas não decorrentes imposto;
das atividades- -fins; f} as participações de debêntures,
~.

i) o resultado antes das empregados, administradores e partes


participações e dos impostos; beneficiárias, e as contribuições para
j) as provisões para impostos e instituições ou fundos de assistência
contribuições sobre o resultado; ou previdência de empregados;
I) as participações no resultado; g) o lucro ou prejuízo líquido do exercício e
m) o resultado líquido do período. seu montante por ação do capital social.

[25 ]
/""'

RECEITA BRUTA DE VENDAS E SERViÇOS

A Lei nO 6.404-76, em seu art. 187, determina que a de­


monstração do resultado do exercício deverá discriminar a re­
ceita bruta de vendas e serviços, as deduções das vendas, os
abatimentos e os impostos, bem como a receita líquida das
vendas e serviços.

As vendas deverão ser contabilizadas pelo valor bruto, in­


_ _ _ -------~-,.--~,-~-~.- ....- . - - ""-'~_,,' .. -~,_''"'_.kh'~~. __

cluindo <?_~9Ior dos impostos. Estes impostos, bem como as


-------~~----~-- - ---------- --- - - - ---- - -------------­
devoluções e os abatimentos, deverão ser contabilizados em
contas inaiViâIíãHi-adas, serão tratadas como contas redu­
t()~ª_§_gJls_Y.el1das .

No Regulamento do Imposto de Renda - Decreto n° 3.000-99,


art. 280 -, consta que a receita líquida é a receita bruta
diminuída das vendas canceladas, dos descontos concedi­
dos incondicionalmente e dos impostos incidentes sobre as ven­
das, excluindo-se os impostos não-cumulativos, pois, conforme
orientação contida na Instrução Normativa da SRF nO 051-78, os
impostos não-cumulativos não são incluídos na receita bruta.

Portanto, considerando o disposto no Regulamento do Im­


posto de Renda, os impostos n,ão-cumulatiyos não integram a
receita bruta de vendas e serviços. Todavi4, de acordo com as
especificaçÕes dispostas-na Lei nO 6.404~leS são parte
integrante dela. v rCtl\-S rfr I
Para conciliar as posições e atender às legislações acima
mencionadas, poder-se-ia adotar a seguinte estrutura:

FATURAMENTO BRUTO
r

(-) IPI s/faturamento

RECEITA BRUTA

[26 ]

-- ---11
-.../

_11 I -/

-../

DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA


São representadas pelas contas de vendas canceladas, aba­
timentos e impostos incidentes sobre vendas.

a) Vendas Canceladas é conta devedora que deve incluir todas


as devoluções de vendas. Correspondem à anulação de valo­
res registrados como receitas brutas de vendas e serviços.
b) Abatimentos e descontos sobre vendas e serviços são aque­
les concedidos incondicionalmente.
c) Impostos incidentes sobre vendas devem ser deduzidos da
receita bruta de vendas. A receita bruta deve ser registrada
pelos valores totais, incluindo os impostos sobre ela inciden­
tes, com exceção do IPI (Imposto sobre Produtos Industriali­
zados).

~ CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS


~~'"\ A'tJ~
~'i~,
Conforme ludícibus et aI., "a apuração do custo dQ-.? produ­
8 tos vendidos está c:I ireta mente relacionada aos estoques da em­
presé!, pois repreSent8EiIJaixa efetuadanas contas dos esto­
ques por vendas realizadas no período".
Para as empresas comerciais, explicam que "a fórmula é
simples, pois as entradas são representadas somente pelas
compras de mercadorias destinadas à revenda". Já para as em­
presas industriais, "as entradas representam toda produção com­
pletada no período e pará tais empresas é necessário um siste­
ma de~~!)!ª.t>iJidade de cUS!()~ cuja complexidade vai depender
da estrutura do sistema de prodUÇão, das necessidades inter­
nas para fins gerenciais, etc.".

CUSTO DOS SERViÇOS PRESTADOS


São apropriados como custos aqueles que se relacionam

[27 ]

r--­
I I --'

-'
diretamente e são indispensáveis para a obtenção da receita
oriunda dos serviços prestados .

.- -~--._----'---~---­

LQ§!:ESAS/RECEITAS OPERACIONAIS ,:
ludícibus et ai. consignam que "as Despesas Operacionais
constituem-se
. _.__das despesas pagas ou incorridas" para
.... . _. vender . --­
produtos_~._administrar a empresa; e dentro do conceito da Lei
n° 6.404-76, abrangem também as despesas líquidas para fi·
_ _ _ _ _ _ _ _ "~ _ _ _ , _ _ • _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ ~, _ _ _ _ _ . . _ _ _ • • • ~, _ _ _ _ _ ~~ 4 __ • _ • ___ _

nanciar suas operações; os resultados.líq(jidos das atividades


acessórias da ernpresa são també ITI considerélgos operacionais".
O art. 187 da Lei n° 6.404·76 estabelece que, para se che­
gar ao lucro operacional, serão deduzidas as "despesas com as
vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as
despesas gerais e administrativas, e outras despesas opera­
cionais" .

,PARTICIPAÇÕES EM RESULTADO.
O artigo 189 da Lei n° 6.404-76 estabelece que do result~­
do do exercício serão deduzidos, antesde qualquer participa­
~s~prei~í~~~acumulados te ~ Jp-rovis~~-'p~~~-~-Impost~'-de
- \._.---------i (.
Renda. '

O artigo 190 da Lei n° 6.404-76 dispõe que as participa­


ções estatutárias de empregados, administradores e partes be­
neficiárias serão determinadas, sucessivamente e nessa ordem,
com base nos lucros que remanescerem depois de deduzida a
participação anteriormente calculada. Nesse artigo, as debêntu­
res não são mencionadas, mas, pela seqüência do artigo 187,
conclui-se que elas seriam incluídas antes da participação dos
empregados.

[28 ]

---,
--'

.~.

l-~--~·~·~·_------_·-:-·-·~'
l LUCRO POR ~ÇAO
O artigo 187 da Lei n° 6.404-76, inciso VII, determina a
indicação do lucro ou prejuízo líquido de exercícios e o seu mon­
tante por ação do capital social.
O lucro por ação é apurado mediante a divisão do lucro do
exercício pelo número de ações em circulação do capital social.

MODELO: Demonstração do Resultado do Exercrcio

Receita Bruta de Vendas e Serviços


Receitas de Comercialização .. ~

Receitas de Venda de Serviços


Deduções da Receita Bruta
Vendas Canceladas
Abatimentos e Descontos
Impostos sobre Vendas
Receita Líquida
/, Custo dos Produtos Vendidos
Custo dos Serviços Prestados
Lucro Bruto
/:{-\,

Despesas Operacionais
Despesas com Vendas
Despesas Administrativas
Despesas Financeiras
(-) Receitas Financeiras
Resultado Participações Sociais
~ Resultado Operacional
/,

Resultado Não-Operacional

[29 ]

II 11-·'-"
_11

Resultado antes das Provisões Tributárias


(calculadas com base no Lucro Real)
(-) Provisão para Contribuição Social
(-) Provisão para Imposto de Renda
Participações e Contribuições
Lucro/Prejuízo Líquido do Exercício
Lucro por ação

A Demonstração do Resultado do Execclciodestina:SfJa


-..-------------~-,_.-._--~~-_.~ ---,--~--,~----~-~--~-'----

~~~,!nciar a [º!J]1ªfª-º!iJ!f~§J!ltªªº_çjºJj~)JJ~LC[çLºt_ fT!fi!t;J1an­


te_~~,!fronto das rec.(;Hª~!fLJ~_t.()~ ? f:jf!§pesa!? .inçQ[[icjos.
no exercício.

Na
--Demonstrafão do ­ Resultado do Exercício não transi­
._---....
~~---

tam despesas e receitas de exercícios anteriores. Esses


valores se integram ao patrimOnio da empresa por meio
~-----~._-- ,.

da Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados.

[30 ]
4
--
DEMONSTRAÇÃO DE LUCROS
OU PREjuízos ACUMULADOS

.~delllonstraÇ.ão de lucros oupreJlJízosacumulados é a de­


m.QQ?!ra~çttQCQntábjLde.sJjnada.aevidenciar, nUIll q~teIminado
~ .... mu~s
período, as "'.-"~.
[lOS l.~t~!,Jttªdos.. aClJillyJadQsqa entidade.
'"~;_.' -'"" ;,.. . , , ._, '.,. .

I
! RES. n° 686-90 NBC T 3 LEI nO 6.404-76
Discriminará: Discriminará:
a) o saldo no início do período: a) o saldo do infcio do perfodo, os
b) os ajustes de exercícios anteriores; ajustes de exercícios anteriores e
c) as reversões de reservas; a correção monetária do saldo
d) a parcela correspondente à inicial,'
realização de reavaliação, líquida b) as reversões de reservas e o
do efeito dos impostos lucro Ifquido do exerCício;
correspondentes; c) as transferências para reservas,
e) o resultado líquido do período; os dividendos, a parcela dos
f} as compensações de prejuízos; lucros incorporada ao capital e o
g) as destinações do lucro líquido do saldo ao fim do período.
perfodo;
h) os lucros distribuídos;
ij as parcelas de lucros incorporadas
ao capital;
j) o saldo no final do período.
~.

[31 ]

MODELO: Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados

/ ' Saldo Inicial


Ajustes de Exercícios Anteriores
Efeitos da Mudança de Critério Contábil

Retificação de, Erro de Exercícios Anteriores

Parcela de Lucros Incorporados ao Capital

,).;7' Reversão de Reservas


/ '
De Contingências
De Lucros a Realizar

Lucro (Prejuízo) Líquido do Exercício

.~ Proposta da Administração de Destinação do Lucro


fi?;' ,

Reserva LegaI
c Reserva Estatutária

. Dividendos a Distribuir ou Lucros a Destinar

Saldo Final de Lucros (Prejuízos) Acu,!,ulados

[32 ]

I I.
-~-

IL->

5
-
DEMONSTRAÇAO DAS ORIGENS
E APLICAÇÕES DE RECURSOS

-"

A demonstração das origens e aplicações de recursos é a


demonstração
_-M_.____ .,."' . _ contábil destinada
,~ _ _ a evidenciar,
'-~_.~~.', _ _.,,~"~,
num__determina­__
,__,,_' _____,
~--_~-_--_M ~~_~_ '..,.~~

do
---,
período, as modifiçações que originaram
-~---~---"'----~_"'_'_-""".~", -" as variações nO
--'
capital circulante líquido d.~_.entidª-º~.
-- ,~-'--~""-" -:::~~"-,-,-~.

A Lei n° 6.404-76, em seu artigo 176, inciso IV, tornou


obrigatória essa demonstração para todas as companhias. Con­
tudo, o § 6° do referido artigo dispõe que a companhia fechada,
com patrimõnio líquido, na data do balanço, não supe­
rior a R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais) não será obrigada
à elaboração e publicação da demonstração das origens e apli­
cações de recursos.

RES. n° 686-90 NBC T 3 LEI n° 6.404-76


Discriminará: Discriminará:
a) o valor resultante das operações da I - as origens dos recursos,
Entidade, correspondente ao resultado agrupadas em:
i líquido do período, retificado por a) lucro do exercício, acrescido de
valores que não geraram depreciaçãO, amortização ou exaustão
movimentação de numerário ou não e ajustado pela variação nos
afetaram o capital circulante, que resultados de exercícios futuros;
tanto poderá constituir-se em origem b) realização do capital social e
ou em aplicação de recursos; contribuições para reservas de capital;
b) as origens dos recursos, c) recursos de terceiros, originários do
compreendendo: aumento do passivo exigível a longo
1. os aportes de capital; prazo, da redução do ativo realizável a
2. os recursos provenientes da longo prazo e da alienação de
realização de ativos de longo prazo e investimentos e direitos do ativo
permanente; imobilizado;
3. os recursos provenientes de capital /I as aplicações de recursos,
de terceiros de longo prazo; agrupadas em:

[33 ]
------'

c) as aplicações dos recursos, a) dividendos distribuídos;


compreendendo: b) aquisição de direitos do ativo
1. os recursos destinados ao imobilizado;
pagamento das participações nos c) aumento do ativo realizável a longo
lucros aos sócios ou acionistas; prazo, dos investimentos e do ativo
2. os recursos aplicados na diferido;
aquisição do permanente e no d) redução do passivo exigfvel a longo
aumento dos ativos de longo prazo; prazo;
3. os recursos aplicados na redução 111 o excesso ou insuficiência das
de obrigações de longo prazo; origens de recursos em relação às
4. os reembolsos de capital; aplicações, representando aumento
d) a variação do capital circulante ou redução do capital circulante
líquido, resultante da diferença entre líquido;
os totais das origens e das IV - os saldos, no início e no fim do
aplicações dos recursos; exercício, do ativo e passivo
e) a demonstração da variação do circulantes, o montante do capital
capital circulante líquido, circulante líquido e o seu aumento ou
compreendendo os saldos iniciais e redução durante o exercício.
finais do ativo e do passivo
circulante, e respectivas variações
líquidas do período.

MODELO: Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos

;;' 1 - ORIGEM DE RECURSOS

Lucro líquido do Exercício

(+) Depreciação, Amortização e Exaustão

.­ (+ ou -) Variações nos Resultados de Exercícios Futuros

Resultado da Equivalência Patrimonial··

Realização do Capital Social _~

Contribuições para Reservas de Capital/

Aumento do Passivo Exigível a Longo Prazo ~--­

Redução do Ativo Realizável a Longo Prazo /.-'

Alienação de Investimentos e Direitos do Ativo Permanenfe

[34 ]
2 - APLICAÇÕES DE RECURSOS
Prejuízo do Exercício
Dividendos Distribuídos#/
Aumentos de Bens e Direitos do Ativo Permanente'/
Aumento do Ativo Realizável a Longo Prazo /'
Redução do Passivo Exigível a Longo Prazo/,

3 - AUMENTO OU REDUÇÃO DO CAPITAL CIRCULANTE LfQUIDO/

4 - VARIAÇÃO DO CAPITAL CIRCULANTE LfQUIDO//


ATIVO CIRCULANTE
Início do Exercício - Final do Exercício = Variação ./

PASSIVO CIRCULANTE
Início do Exercício - Final do Exercício = Variação
AUMENTO OU REDUÇÃO DO
CAPITAL CIRCULANTE LfQUIDO = Variação

As demonstrações contábeis devem refletir, com a maior


clareza possível, a verdadeira situação patrimonial e fi­
nanceira da empresa, bem como devem ser estrutura­
das de maneira adequada e em consonãncía com as NOí­
mas Brasileiras de Contabilidade. I~~.____

Observação: Do Lucro Líquido do exercício provêm recursos pró­


prios, e isto contribui para o CCL (Capital Circulante Líquido) da
empresa.

[35 ]

I i

~.
II

No caso de ocorrer prejuízo líquido no exercício, o valor cor­


respondente afeta desfavoravelmente o CCL ou seja, em vez de
agregar recursos, subtraíram-se recursos no decorrer do perío­
do, pois os custos/despesas ultrapassaram as receitas.
Em resumo, o resultado do exercício compõe-se de:
(+) receitas/rendimentos/ganhos

(-) custos/despesas/ perdas


= Lucro ou Prejuízo Líquido do Exercício

Nesse caso, as receitas/rendimentos/ganhos originam-se


de recurso, pois não se pode esquecer que, nos lançamentos
contábeis que o registraram, teremos como contrapartida a con­
ta caixa/bancos/contas a receber (Ativo Circulante).

De sua parte, os "".custos/d~ResasáL~I~tªs requerem a apli­


~~--" .. _-~~

cação de recursos, pois, nos lançamentos contábeis que os re­


gistraram, teremos como contrapartida o aumento das obriga­
ções <:l_pagar (Passivo Circulante) ou o imediato desembolso
financeiro por meio da redução da conta caixa/bancos (Ativo
Circulante).
A função da demonstração das origens e aplicações de re­
cursos (DOAR) é explicar por que e corno ocorreu o aumento ou
diminuição do CCL (AC - PC). Assim, os valores que compõem o
resultado do exercício, mas que não afetam em contrapartida-o
Ativo Circulante ou o Passivo Circulan~e, devem ser eliminados
(ajustados) do resultado do exercício, para elaboração da DOAR.

\, [36 ]
,~-

11­
'.J

IL

6 N N

DEMONSTRAÇAO DAS MUTAÇOES


DO PATRIMÔNIO LíQUIDO j

A demonstração das mutações do patrimônio líquido é aque­


19 deStinada ã-evfdendar as mudanças!.. e'm nat~re~a e valor,
havidas no__
patrimônio líquido
,-~'-~~--_'""""_~' -
da' .
entidade, num determinadõ
"'_'_---_"--"-~~_'~"----"--_.- ---- --­
' ", .- - ~

período de tempo .
. "'-"-~----""""''''~.#.",,~

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM), mediante a Ins­


trução CVM n° 059-86, tornou esta demonstração e sua publica­
ção de caráter obrigatório, para as companhias
.-._..
c:!.~~.!!asL em subs­ _.--'~ . .

tituição à demonstração dos lucros ou prejuízo~ acumulados.


\
I
",1

[37 ]

I
~~./

I
)

_11

DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMONIO UQUIDO


--------­

CAPITAL REALIZADO RESERVAS DE RESERVAS DE RESERVAS DE LUCROS TOTAL


AUTORIZADO CAPITAL REAVALlAÇAO LUCROS ACUMU"
LADOS
Capital Capital Correção Agia Ações Subv. Ativos Ativos de Legal Estatu" Lucros a Ret.
a Realizar Monet. Subscriçao Tesouraria Invest. Próprios Contr. tárias Realizar Expansão
f--­
Saldos em " " xxx xxx xxx xxx xxx xxx xxx xxx xxx xxx xxx xxx
Ajustes de Exercícios xxx xxx
Anteriores, Mudança de
Critério Contábil (NE nO)
Imposto de Renda (xxx) (xxx)
Aumento de Capital xxx (xxx) (xxx) xxx
AGE " .
Aquisição Ações Próprias (xxx) (xxx)
com Reserva de Agia
na SUbscrição
Subvenções xxx xxx
Incentivos Fiscais IR
Reversão e TransferênCia (xxx) (xxx) (xxx) xxx
de Reserva
Atualização Monetária xxx xxx (xxx) xxx xxx xxx xxx xxx xxx xxx xxx xxx
Lucro líquido Exercicio xxx xxx
Destinação do lucro
líquido do Exercício
Reservas xxx xxx xxx xxx (XXX)
Dividendos (xxx) (xxx)
Saldos em _"_"_ xxx (xxx) xxx xxx (xxx) xxx xxx xxx xxx xxx xxx xxx xxx xxx

Obs.: Dividendos de R$ por ação;


Ordinária Integral R$ por ação;
Preferencial "A" e R$ por ação;
Preferencial "B",

I
......, ,/
7
NOTAS EXPLICATIVAS

A forma de apresentação e o conteúdo das Notas Explicati­


vas estão explicitados na ResoluçãO CFC nO 737, de 27-11­
92, que aprova a NBC T - 6 - Da Divulgação das Demonstrações
Contábeis.

-----
As informações nelas contidas devem
.....- .. _------_._ __ _ - com­
ser relevantes, _--. -~-_ ...•. ... .. ...

I?lem~nt~L~_~.~{º!:l.?J!RIªmJm!ª!~~ªql:!elas não.. sufici~ntemente


---/

evidenciadas ou não constantes nas demonstrações contábeis


""'~~--_ ••_ - - - - - _ . _ - _..... ~--,. •• ~-~~. --- ~-----'_._"-._-~'- "--,."._._.,,,_.- --._--_. ~_ •• ,_'o - ___ - __ ~ __ • __••. __ "" - __ o. ,. __ ~ __ ._ - __

.propr.iª!TI.~nt~.(;H!ªs .

~ª~.-ª-~QJica-t~vas inc~~em informações de natureza pa­


trllllOnial, econômic~Lfil1anceira, legal, física e social, bem com,?
os critérios ut.iliz..adQ.s..na_elaboração
_.~----~_._._.-'"~ '._--_...
.. _------,--~,
das demonstrações
---­
çontçj­
be.is_~.eventQssubseq(jeDte~. aQ balanço.

A Lei n° 6.404-76 dispõe, em seu art. 176, § 4° "As de­


monstrações serão complementadas por notas explicativas e
outros quadros analíticos.ou demonstrações contábei~ neces­
'"
'...::,
sários para esclarecimento da situação patrimonial e dos resul­

tados do exercício".
~''O....i- ­

No § 5° do mesmo artigo da Lei n° 6404-76, constam as


"'\:- .' . informações que deverão estar inclusas nas notas explicativas,
estabelecendo que deverão indicar:

"
"a)os principais critérios de avaliação dos elementos patri­
./
moniais, especialmente estoques, dos cálculos de de­
preciação, amortização e exaustão, de constituição de
provisões para encargos ou riscos, e dos ajustes para
atender a perdas prováveis na realização de elementos
do ativo;

[39 ] -_/

i I I i
~I

b) os investimentos em outras sociedades, quando rele­


vantes;

c) o aumento de valor de elementos do ativo resultante de


novas avaliações;

d) os õnus reais constituídos sobre elementos do ativo, as


garantias prestadas a terceiros e outras responsabilida­
des eventuais ou contingentes;

e) a taxa de juros, as datas de vencimento e as garantias


das obrigações a longo prazo; /

f) o número, espécies e classes das ações do capital so­


cial; /

g) as opções de compra de ações outorgaqas e exercidas


no exercício; .

h) os ajustes de exercícios anteriores:­

i) os eventos subseqüentes à data de encerramento do


exercício que tenham, ou possam vir a ter, efeito rele­
vante sobre a situação financeira e os resultados futu­
ros da companhia". ­

A lei n° 6.404-76 relaciona nove dados que deverão cons­


tar em nota explicativa; contudo, podem ocorrer situações não
contempladas na referida lei e que devem ser mencionadas em.
-

nota.

[40 ]

li
~--!t

CAPÍTULO V

CONTEUDO

• OPERAÇÃO Cf MERCADORIA -­

• INVENT ÁRIOS

• TRIBUTOS /'

• A OPERAÇÃO DE COMPRA

---t> . !• A OPERAÇÃO DE VENQA DE MERCADORIA

• FATOS QUE ALTERAM AS COMPRAS E AS VENDAS

1
1 - Operações com Mercadoria
Nesta parte, vamos tratar de operações de compra e venda de mercadorias considerando
impostos, o tratamento contábil de devoluções, descontos, etc... Antes, porém, vamos
conhecer os tipos de Inventários.

2 - Inventário
. Inventariar mercadoria significa contá-Ia, saber a quantidade de mercadoria em estoque em
um determinado período. Existem dois tipos de inventário:

• Inventário Periódico
• Inventário Permanente

2.f
.:-.
- Inventário Permanente
-------~~ ...•••...... _.

A característica do inventário permanente é. Que permanentemente sabemos o saldo da


ç~mercadoria sem ,E.~~~ar contá-Ia todos ~~.~ Isto FIcHo através de nchade
, estoque em que as entradas e saídas de mercadorias são registradas, e através destes
registros, sabemos a qualquer momento qual a quantidade de mercadoria em estoque, qual a
quantidade vendida e seus valores. Neste tipo de inventárIo:' através dos registros nas fichas,
sabemos o custo da mercadoria~diçl..aJ.CMY2 em cada operação.


Há várias maneiras de controlar os custos nestas fichas: PEPS (primeiro a entrar, primeiro a
sair) ~ (último a entrar, primeiro a sair) ~édia pon~erada, etc.... Estes controles de
custos serão vistos com detalhes na parte VII.

A contabilização de uma empresa que utiliza o inventário permanente é a que temos feito
até o momento:

NA AQUlSIÇÃO:
Mercadoria
a Caixà ;.............................. . Valor

NA VENDA
Caixa
a Venda ............-:;\............... . Valor

Custo da Mercadoria Vendida


a Mercadoria .................... .. Valor
, .

/'"'
~'

2.2 - Inventário Periódico

No inventário periódico, a mercadoria deve ser inventariada periodicamente. Existem dois


tipos de contablJização e controle no inventário periódico:
Utilizando a conta mista mercadoria: será visto como detalhes na parte IX.
Utilizando a conta mercadoria com função desdobrada. É a chamada três contas
básicas (mercadorias, compras e vendas), que veremos o funcjonamento e
contabilização a seguir. '

Neste tip~ inventário, a c()f}ta mercadºriª_JL~~t~tica, isto é~,durante o período não é


debitada e nem creditada e representará o estoque inicial. Já que esta conta (mercadoria)
não é movimentada, devemos ter outra conta para registrar as entradas de mercadorias: é a
conta COMPRAS. Esta conta (compras) só existe no inventário periódico (3 contas básicas)
já que no inventário permanente as compras são registradas em mercadorias.
. .
A conta compras-é uma conta auxiliar para o cálculo do custo da mercadoria vendida..
(CMV) que é dado pela fónnula:

o lucro seria dado por:


'jRCM=VL-CMV
=
Resultado com mercadoria ou
Resultado do Bruto ou Lucro/Prejuízo Bruto

Assim, a contabilização, diferenciando o inventário peri~dico do pennanente ficaria:


INVENTÁRIO PERMANENTE INVENTÁRIO PERIÓDICO

AQUISIÇÃO: AQUISIÇÃO:
Mercadoria Compras
a Caixa ..................................... xx (1) a Caixa ..................................... xx (4)

VENDA VENDA
Caixa Caixa
a Vendas .................................. xx (2) a Vendas .................................. xx (5)

CMV
a Mercadoria ........................... xx (3) CMV ~ EI + C - EF
LB=V CMV LB=V-CMV

3
cr,/\'"Vr' :;;
cl"l\.
\;!

f-, c
Observe que o lançamento (3) não existe no inventário periódico já que a CONTA
MERCADORIA é estática (não é debitada e nem creditada). º-
CMV do inventário
~ permanente é dado na ficha de c0!ltrole de estoque e no inv~ntárjo periódico é calculado
extracontabilmente através de contagem física.

IMPORTANTE
Quanto é dado um grupo de contas, devemos saber que· tipo de inventário está sendo
utilizado. Se o problema não especificar, uma maneira de saber, é procurar nas contas '.
dadas a conta compras. Se houver, o inventário é periódico já que não existe a conta
compras no inventário permanente. Outra maneira é quando é dado o estoque final
.ir
(inventário final). O inventário é periódico também. No inventário permanente, o estoque /,,,,,I..J. v'"
final é o saldo da conta mercadoria. 4Jj~;:/
C):r~'>.:{~"';, Vj~
t
I. ("
1
jYv
fi
\C..;.. "cYttúf"
3 -Tributos ;-,/*'i
(/'1,
" v

3.1-ICMS~/
--_.~~--~~-'-'-"-"-- "­

O ICM~, de competência estad~al: é um impostO/~~i!:~i~';~~ náV $umul~ e pode


ser seletivo em função da essenCialidade do produtb:­

OBSERVAÇÕES

Imposto Indireto: Existem ~ois contribuintes: um de direito e um de fato. Se uma


pessoa compra uma mercadoria em um supermercado,ao pagar a mercadoria, estará
pagando também oJCMS. ., - .
A pessoa está arcando. com o ônus tributário. É, o contribuinte de fato. O
supermercado recolhe o imposto aos cofres públicos. E o contribuinte de ,direito.
Imposto Real: Incide sobre mercadoria (ao contrário do' imposto pessoal que incide
sobre pessoa).
Imposto Seletivo: É aquele que tem a1íqu.olasmªiª .ªlta~J?J:lll1p(odutos considerados
r/
l1ã<t..essenciais (Ex.: bebidas alcoólicas, cigarros, etc ...) e âHquotas baixas para
prõcliltos ess~nciais (Ex.: arroz., feijão, etc ... ). . ' .

~ O ICMS é um imposto chamado "por dentro", ÍStcr é, o tmposto esiá "embUtido" na ;.


L mercadoria. Quando compramos uma mercadoria por R$ ) 00,00 corri ICMS a ) 8%, na
realidade estamos pagando R$ 18,00 de imposto e R~º-p..eJam~rcadoria.

Os impostos não cumulativos - aqueles em que se abateu em cada operação o montante


dos valores cobrados nas operações anteriores (vamos exemplificar a frente)sã9
recuperáveis quandQ compramos mercadorias para revenda.

Se um comerciante compra mercadorias por R$ 100.000 com ICMS a 18%, a mercadoria


custou para ele R$ 82.000,QO. Os R$ 18.000,00 ele está entregando ao fornecedor para que
,--..
recolha aos cofres públicos. Assim o comprador tem um direito de crédito contra o ~ª~do,
(o Estado lhe deve R$ 18.000,00). Já o vendedor tem uma obrigação, deve pagar ao Estado
os R$ 1 8 . 0 0 0 , 0 0 . '

4 \j

::. t, <...'

"-->'\'
I --.-,-

Contabilmente, o comprador registra o ~ na conta ICMS a Recuperar (conta do


Ativo) e o vendedor na Conta ICMS a Recolher (conta do Passivo). ..
. Glf'h.t
.~.. <:;:: ~r. -
- - -.:.§"-')'O.-e '"'*
3.2-IP I
-<91
}' ­
Imposto Sobre Produtos Industrializados .,//
/ .

o IPI, de competência da União, tem quase todas as características do ICMS: indireto,


real, não cumulativo e seletivo.

.J É charna~o. de imposto "por fora" porque seu valo(nã~ está in.cluíd.9no preço do produto
'L (ao contrario do ICMS). . '0

LEMBRE-SE
ICMS ~ ESTÁ incluído no preço do produto.
IPI ~ NÃO está incluído no preço do produtg.

Assim, se compramos um produto por R$ 100 com ICMS a 10% e IPI 20%, o valor que -­
devemos desembolsar é R$ 120,00.
R$ 10,00 de ICMS está "embutido" no preço (R$ 100) .
R$ 20.00 de IPI não está "embutido". logo devemos somá-lo ao valor do preduto.

3.3 - Outros Tributos

Nas operações de compra e venda temos o P1S (Programa (de Integração Social) e o
COFINS (Contribuição para Financiamento da Seguridade SOcial). Para as prestadoras de
serviços temos o ISS (Imposto Sobre Serviço de qualquer natureza). Obviamente existem
outros tributos, mas para efeito de operação com mercadorias~ estes são os utilizados. Com
a edição das Leis 10.83312003 e 9718/98 o PIS e o COFINS···também passaram a ser
não cumu,lativos. Como ~ ,I~MS, o PIS e COFINS~estão "embufidos" no preço do produto.
~. 0/' ­
, ~

4 Ope'ração de Compra
A contabílização da aquisição de mercadorias de uma Empresa Industrial é(à' vista):

DIVERSOS
a Caixa
Matéria Prima
ICMS a Recuperar
IPI a Recuperar
PIS a Recuperar
COFINS a Recuperar
Atenção:

Empresas Industriais recuperam ICMS., IPI, PIS e COFINS.


Empresas Comerciais recuperam ICMS, PIS e COFINS

5
-f,> ' P 1 d-..0V\;j.)~
,,~

.'"'-~'--

Empresas prestadoras de serviços recuperam o PIS e COFINS


Obviamente se a empresa comprasse a prazo creditaríamos em Fornecedores e não Caixa.
Se a aquisição fosse feita por Empresa Comercial (adquire para revenda) o lançamento
seria:

DIVERSOS
a Caixa
Compras (ou Mercadoria)
lCMS a Recuperar
PIS a Recuperar
COFINS a Recuperar

, 4.1 - Componentes do Custo


Quando uma Empresa adquire mercadorias, ou matérias primas, deve apurar o seu custo
total de aquisição que é o somatório de:

- Custo constante na Nota Fiscal


- Impostos não recuperáveis
Frete sobre compras
- Seguro sobre compras
- Arriiazenagem, quando necessária para sua chegada na empresa.
- No caso de importação, o imposto de importação somado ao IOF na operação de
câmbio além de taxas e custos alfandegários.

5 - Operação. de Venda de Mercadoria


A contabilização da venda à vista seria:

Caixa (ou Banco ou Duplicatas a Receber)


a Vendas (ou Receita Bruta de Venda) ........................:.::· Valor(l)

CMV
a Mercadoria ....... ,........................................................... VaJor(2)

Impostos s/Vendas ....................................................... Valor(3)


a Diversos
a ICMS a Recolher ........:.................... " ................. "........ xxxx
a PIS a Recolher ............................ ,....................... .......... xxxx
a COFINS a Recolher ..................................................... xxxx

Os lançamentos 1 e 2 já foram vistos na Parte L No lançamento 3, a Conta Impostos sobre


Vendas (ou Impostos e Contribuições Incidentes sobre Vendas), é conta de resultado
(despesa) e as outras três (ICMS, PIS e COFINS a recolher) são contas patrimoniais
passivas.

6
, -/

Atencão 1
O lançamento (3) (de 23 fórmula) pode ser feito por 3 lançamentos de ]3 fórmula.
Freqüentemente, quando isto ocorre, costuma-se dar o "nome aos bois" isto é, ao invés de
se escrever Imposto Sobre Venda, prefere-se escrever ICMS sNendas, ou ICMS Faturado.
O lançamento (3) ficaria desdobrado da seguinte forma. por exemplo:
~<

ICMS Faturado
a ICMS a Reco lher .......... ......... .... ....... ............... ............. Valor

PIS Faturado
a PIS a Recolher .................................. ............................ Valor

COFINS Faturado
a COFINS a Recolher ..................................................... < Valor

As contas debitadas nos três lançamentos acima são contas de 'resultado (Impostos
Sobre Vendas).

Atencão2
O PIS e COFINS estão "embutidos" no preço de venda assim como o ICMS .
.... !

IPI
O IPI não faz parte da venda (Receita Bruta de Vendas). Este imposto vai incidir
sobre o valor total da operação, isto é, o faturamento bruto. Assim,' para
empresas industriais o lançamento seria:
Caixa (banco I duplicatas)
a Faturamento Bruto ...................................................... (I)

-- CMV
a Mercadorias ..<................................................................. «2)

Impostos sNendas
a ICMS a Recolher ........... ,.............................................. (3)­
a PIS a Recolher .................... :.......................... .-...-......... ..
a COFINS a Recolher ............;....................................... .

IPI Faturado
a IPI a Recolher ................................. _............................. (4)

Para calcularmos a Venda Bruta devemos subtrair o Faturamento Bruto [lançamento (1)]
do IPI Faturado [lançamento (4)]:

FATURAMENTO BRUTO
(-) IPI Faturado
(=) Vendas Brutas

~-
~}

,~

OBSERVAÇÃO

Alguns autores preferem não utilizar a conta Faturamento Bruto. Assim, fazendo um
lançamento de 43 fórmula (com os lançamentos 1 e 4):

Caixa
IPI Faturado
a Faturamento Bruto
a IPI a Recolher

Como Faturamento Bruto - IPI Faturado = Venda Bruta, o lançamento ficaria:


Caixa
a Venda Bruta
a IPI a Recolher
'" "<;­

6- - Fatos que Alteram as Compras e as Vendas

OS FATOS SÃO: .'

1. Devolução de Compras /'


2. Devolução de Vendas/
3. Abatimento s/Compras/'"
4. Abatimento sNenda~·
5. Descontos Incondicional s/Çompras /'
6. Desconto Incondicional sNendav

OBSERVAÇÃO: Descontos financeiros s/compras e s/vendas não retificam as contas


Compras e Vendas (ao contrário das contas acima que retifICam Compra
e. V..enda).

6.1·- Devolução

A Devolução ocorre principalmente porque os bens estão estragados, ou fora


das especificações exigidas, ou ainda, atraso na entrega~ . .
O registro contábil da devolução, é feito mediante o' estorno parcial dos
lançamentos de Compra e Venda. Porém, na vendã a devolução será
processada através da conta Devolução de Venda, e na compra, Devolução
de Compra (para o inventário pe.riódico). Se o inventário é permanente, a
devolução de compra far-se-á creditando-se diretamente a Conta Mercadoria.

6.2 - Abatimentos

Basicamente, os abatimentos. são dados pelas mesmas razões da devolução (deterioração do


produto, mercadorias fora das especificações, atrasos etc ...)

8
..

6.3 - Descontos Comerciais ou Incondicionais

Como visto anteriormente, são dados na própria Nota Fiscal, antes da .mercadoria ou
produto sair do estabelecimento do vendedor. Este desconto não depende do pagamento. ~.

Observe que a diferença entre o desconto incondicional e o abatimento é que o desconto é


dado antes da mercadoria sair do estabeleCimento do vendedor e o abatimento é dado
depois que a mercadoria ou produto chegar no estabelecimento do comprador (exceto o
abatimento incondicional que é igual ao desconto). .

IMPORTANTE
O ICMS, PIS e COFINS não incidem sobre o desconto.
O IPI, sim (incide).

6.4 - Desoontos Financeiros ou Condicionais ..


O Descontó Financeiro é dado em função do pagamento antecipado do título. É chamado
de condicional porque depende de uma condição futura que pode ou nãõ ocorrer.
É classificado como despesa (para o vendedor) ou receita (para.o comprador) operacional
e não como retificadora de Compra e Venda:
Como vimos anteriormente, as retificadoras de Compras e Vendas tem relação direta com a
mercadoria, sendo por isto, contas d~terminantes ao resultado bruto. Por outro lado, os
descontos financeiros não tênrnenhuma relaçãQ com a mercadoria e sim com o pagamento
antecipado do título. Por isto não retificam Compras e Vendas. A contabilização dos
descontos financeiros foram vistos na Parte I

../ ...

9
CAPÍTULO VII

CONTEÚDO

• INVENTÁRIO DE MERCAJ)ORIA -APURAÇÃO DO CUSTO

• CRITÉlUO:
',:
PEPS ./

• CRITÉRIO: UEPS--­

• CRITÉRIO: MÉDIA PONDERADA MÓVEI__

• CRITÉRIO: MÉDIA PONDERAnA FIXA

~-
1 - Inventário de Mercadoria - Apuração do Custo

Vimos ãllteriormente que o Inventário pode ser periódico ou permanente (Parte V). A
característica do Inventário Permanente é que sabemos, a cada operação, o Custo da
Mercadoria Vendida (CMV) e o saldo da conta mercadoria que é debitada ou creditada nas
operações de compras e vendas.

Sabemos calcular o custo de aquisição (Parte V Componentes do Custo). O problema


surge quando a empresa tem um determinado produto comprado a preços distintos em datas
distintas. Em 'uma economia inflacionária, por exemplo, uma empresa compra uma
determinada quantidade de mercadoria a um determinado preço e depois de um período de
tempo, compra a mesma quantidade de mercadoria a um preço maior.

Daí surge a necessidade de apurar o custo na saída de mercadoria de estoque. Existem


vários critérios de apuração de custo, porém, aqui veremos os seguintes:
-- PEPS (primeiro a entrar, primeiro a sair)
- ' UEPS (último a entrar, primeiro a sair)
MÉDIA PONDERADA MÓVEL
- MÉDIA PONDERADA FIXA

Obviamen.!e tais critérios somente são utilizados quando o inventário é permanente já que
" no inventário periódico o controle de estoque é feito somente por contagem física.

Quando utilizamos os três primeiros critérios, utilizamos a ficha de controle de estoque que
é uma representação da conta Mercadoria indicando as entradas, saídas e saldos em cada
. ­ operação de compra e venda realizada .

SÃO registrados na ficha de Controle de Estoque:


Custo de aquisição (componente do custo)
Abatimento s/Compras
DevoluçlIQ. de Compras
Descontos Incondicional s/Compras
Devolt.1ção de vendas

NÃO são registrados na ficha de Controle de Estoque:


Desconto financeiro s/Compras
Desconto financeiro s/Vendas
Abatimento s/Vendas
Desconto incondicional s/Vendas
Fretes e Seguros s/Vendas
Preço de Venda dos Produtos
Outras Despesas s/Vendas

Vale a pena lembrar que no Brasil, o critério UEPS (Último a Entrar, Primeiro a Sair) é
proibido) de acordo com a legislação do imposto de renda.
A seguir, faremos o mesmo problema, com as devidas contabilizações e fichas de Controle
de Estoque, quatro vezes, uma para cada critério, e depois, as devidas comparações entre os
métodos.
Considere os seguintes dados da CIA GASTRITE:
(Todas as Compras e Vendas a prazo com ICMS à alíquota de 10%)
- Saldo Inicial: 80 unidades a R$ 1,50 cada (líquido de ICMS)
1. Compra de 100 unidades a R$ 2,20 cada,
2. Venda de 130 unidades a R$ 300
3. Recebimento em devolução de 20 unidades relativa à venda acima.
4. Compra de 80 unidades a R$ 2,50 cada.
5. Abatimento obtido sobre a compra acima: R$ 40 --./

6. É concedido um abatimento slVendas (operação 2) no valor de R$ 30.


7. Venda de 90 unidades por R$ 300
8. Compra de 50 unidades' pelo preço total de R$ 180 sendo R$ 150 pelas mercadorias e
R$ 30,00 pelo frete e seguro.
9. Devolução ao fornecedor de 20 unidades relativa à compra acima.
10. Venda de 80 unidades aopréço de R$ 400. _
Calcule o CMV~ O estoque final e o resultado do exercício utilizando os. métodos PEPS,
UEPSa média ponderada móvel.
.'

1.1- PEPS
I' 'FICHA Ó-E:"CONTRáLE DE ESTOQUE' .1
SALDO
Quantida Quantida VI.
TOTAL
de de Unitário
80 1?5 120
80 I' 1,5
1,98
100 198
100 I 1,98
318
.80 1,5 I
50 1,98 . 219 I 50, I 1,981 99
(20) 1 1,98 1 (39,6) 70·1 1,98 138,6
70 '-1 98
80 2,25 180 80 '·2'25 318,6
,
(20) 70 1,98 I 298,6
80 2

I ~~ 1~8 \178;6.1 : I·· .~ I 120~


50 3,24 162 ' ' 50 I 3,24 r-;;; ,J

(20) 3,24 (64,8) 60 '1 2 217,20


30 3,24
60 2
184,8 10 3,24 ... 1 32,4
l 20 3,24
Entrada (compras) Líquidas
CMV = 542,8 Estoque Final == 32,40
455,20
i fi.

OBSERVAÇÕES:

-1: A operação n° 6 não é registrada na ficha de Controle de Estoque (Abatimento


sNendas).
2. Para verjficarmos se não houve algum erro, podemos aplicar a fórmula do inventário
periódico:
CMV == EI + C EP
CMV 120 + 455,2 - 32,4
CMV == 542,8

1.2- UEPS

FICHA DE CONTROLE DE ESTOQUE


I ENTR>\DA r--.... SAÍDA - - --- •SALDO
Quantida • ~I: . TOTAL Quantida ~I,' .' I TOTAL Quantida ~I,' . TOTAL
de .. Umtarlo de
11

Umtano de I UmtlY"IO .
80 r;5 120
I 80 1,5
100 1,98 ] 98 100 -. 1 98 318
i------ '
100 1,98 243 50 15 75
. 30 1,5 '
(20) 1,5 (30) 70 1,5 105

70 1,5
80 2,25 ] 80
I 80 2,25 285
,(20) 70 1,5 I 265
i 80 2'
80 2
10 1,5 175 60 1,5 90

50 3,24 162.. ~~ _'"- 31,~4 252

(20) 3,24 (64,8) ". ~~ 1


3 ,;}4 187,2
30 3,24
50 . 1.5 172,2 10 1,5 ' 15
I Entrada (compras) Líquidas CMV ~ 5602 E p. 1= 15
I 455-,20 ' stoque ma

~ 1,'
~'

1.3 - Média Ponderada Móvel

i FIÇHA DE ~ONTROLE DE ESTOQyE ..


i, CRlTERIO: MEDIA PONl)~~@A MOVEL
,
r-~ ENTRADA SAÍDA SALDO . _ -.... ~

Quantida VI. TOTAL Quantida VI. Quantida ! VI..


TOTAL TOTAL
de Unitário de Unitário de Unitátio
i 80 1,5 120
-­ JOO 1,98 198 i 180 1,766 318
130 1,766 229,66 50 1,766 88,33
.""""
i (20) ! 1,766 (35,33) 70 1,766 . 123,66
80 2,25 180 150 2,024' 303,66
(20) !
150 1,891 283,66
90 1,891 170,20 60 1;891 113,466
50" 3,24 162 110 2,504 275,466
r' (20) i 3,24
- I
(6'4,8)
80 2,3407 187~6
,
90
10
2,3407,
2,3407
,-210,66 '
23,407
t Entrada (compras) Líquidas .
'CMV = 551,8 Estoque Final = 23,40
455,20 I
IA - Observações Importantes

As entradas (compras' líquidas .apresentam o mesmo valor (R$ 455,20) qualquer que
seja o critério adotado. .
Na contabilização, verificamos que a única diferença entre os critérios é o valor do
CMV que é tirado da ficha de Controle de Estoque. Logicamente o valor do Estoque
Final de Mercadoria é afetado devido ao lançamento: '
CMV ./

a , Mercadorias,

"No quadro abaixo podemosvisualizar melhor a diferença entre os critérios ad,otados:


(Obs: O lucro não foi calculado,nos exemplos).

No quadro àCima verificamos que há uma relação inversa entre o CMV e o Estoque FinaL
O critério PEPS apresenta o menor CMV e o maior estoque final. O critério UEPS, ao
contrário, apresenta o maior CMV e oinenor Estoque Final. A média apresenta valores
entre o PEPS e o UEPS. Obviamente quanto maior o CMV, menor o Lucro (LB =: VL
CMV)

Uma maneira simples de memorizar as relações é saber apenas um dos valores. O quadro
abaixo mostra uma maneira simples de memorizar:

Pelo quadro acima verificamos, por exemplo, que o CMV do PEPS é menor que o da
Média. Este quadro é válido somente para economias inflacionárias onde o preço de custo
da mercadoria QI.! produto sobe co_m o tempo.

Se a economia for detlacionária devemos invertêr os valores acima.


.'

E, finalmente, se a economia for de estabilidade de preços, tanto faz o método utilizado já


que os valores do CMV, EF e Lucro, seriam os mesmos.
;1
1.5 - Média Ponderada Fixa

Este critério fixa o valor do custo do produto levando em consideração um determinado


período de tempo. .
O valor da média é calculado dividindo-se o valor total das entradas (considerando-se o
estoque inicial) pelo valor total de mercadorias Oll produtos comprados. Com este valor
calcula-se o Estoque Final e o CMV, geralmente os valores encontrados são próximos dos
. valores da média ponderada m6yeL

NO EXEMPLO DADO:

455,20 (Enttadas Líquidas)


+ 120,00 (Estoque Inicial)
575,20

Entrada total da mercadoria (considerando o estoque inicial): 80 + 100 + 80 + 50 - 20 =


290
Custo Pvlédio Fixo '575,20 ~.J,983
-290

Valor do Estoque Fina!: 10 x 1,983 19,83

CMV = 280 X 1,983 = 555,36


) ')
Q

FICHA DE CONTROLE DE ESTOQUE - CRITERIO

~"5)
DATA ENTRADA SAlDA SALDO
,.'

Quantidade VIr.' Vir. Total Quantidade VIr. VIr. Total Quantidade Vlr~ Vir. Total
Unitário Unitário Unitário

O~. Oi J4 .2,00\ ao 4 goo 00 _. - - .:24 :200.00 -A8ClO t OO


.2't­ .zoo.a.o Lt80o.0<:7

~J. 03 CU) :2f!O,oo 5600. ao ,-­ - ~ .2g-a 00 5.6 0 0,og,


10. ~oaQ::)

30.04 - - - ~)l- ;u:;o ,3.600,0:> ""


..M.
óUô,
~.oo'
.6t'&O.OO •
~. 2,.QO.OI:>
i~oo.qa
eoo Q&1

06 ' .,2.00,00 ~2.00.00

Jl8,OS - -' - ~4 }~ ó!&O.OO 5.'32.0,04


's~7fll5'"
06
oe.
dt%O,OC'
õ4i:0.Q:;:)
ti 6 '80.CO
.li ,.G 80. 0-",::'
, ~·4.!t').ao
A4 -' -
45.0G 320,00 4A 80,00 ---­ 14­ ô lO'<X)j
\
6.UO.oo

TomL S8 Q,$m~ : i4.~UJ,co Z, :j:tQOO


C MV -+ . :li) - ­ G l60,OO

'*
9
) ,
~

\,

FICHA DE CONTROLE DE ESTOQUE - Cru;rERlO

(i~()V
DATA ENTRADA SAlDA SALDO
.
Quantidade Vlr. Vlr. Total QUatltida,de VIr. Vir. Total Quantidade Vir. VIr. Total
Unitário Unitário Unitário

08.0\ c14 J()()IÚ(J L, 8m,OO - - -- JIJ, :JJXJ,Oo 4·800,00

JJ.03 ;W J&O,OO 8,GQ?;oo -' - ólLt


~
óíI,"t
õUJO.OO
2·110.00

ólOO.Oo
~gOO.Qd

. *,'~. st.e..
IO.4Q() 00
':"&OO,o.a
3004 .......
.
- - j~ ~80.oo 5 O,",O,a"
~
0.:1.. .2.&0.00
-,~:Q..~
.:s 0.0,0

- -560.00
. 0.:1, ;;80.00

.,18.05 - - J..a.
01..0
.:z.oo.OO 3GQOOO.
11 ::lGOOO
06 ótOO.o.o 4200.QO
J
~
ó20Q,ac U'X).QO

1S·0G 14 3W.oo 4. 44&,t.b - - - .32.0.00 4LtLi 8.a~


6uo,dõ

íOíltL­ 5~ I !!RfYl.i(YVP~~ \t4. gW:(t) 3B C,M V - 9" ZO::la> 20 5.6g0,o0 - :~J.


fAfl~.

10
) ) ) ) ) ) )) ) ') ')
q

FICHA DE CONTROLE DE ESTOQUE - CRITERIO

~ ~ 40Jtiáve..t
DATA ENTRADA SAlDA SALDO
.. . "".

Quantidade Vir," VIr. Total Quantidade VIr. VIr. Total Quantidade VIr. Vir. Total
Unitário Unitário Unitário

08.0! J4 .200,00 h ~(X),OO ,...­ ,--­


c24 :/()O,CO lt ·8 00, rov

J'2..o~:J :lo J.80,O() 5600,00 - -­ - :


LI4 .23G,36
,"
/'-­

CtC]. ~OO,9?/
_"
-
t,'t

300Lt - - - 18 .236,3G 4.<254)64 . c2G. 023G,õG : G.14~3G

:;. g.or ,2t() ;;136,36 L1:fer}, J,::r ·06 ~3G. 86' J,41&dG

1S0G 44 320.00 ~. L\30, 00 _. ,


- -. J.O ;>qq.t:Hi 5. ~:W)I j,b
,

, fJQ{;a.{ 58 ~O-') 11~. 080.00 63 Clfv\ V I g9~1, ~j ,J.o .294,gi J S·g98,16 I~

9
y, )1 )1)1 )\

,. 'i'

1"

FICHA DE CONTROLE DE ESTOQUE - CRITERIO

DATA ' ENTRADA SAlDA SALDO


.
Quantidade VIr. Vir. Total Qllantidade VIr. Vir. Total Quantidade V1r. Vir. Total
Unitário Unitário Unitário

.. ,

, . I

I
I

10

Você também pode gostar