MANO BROWN

Pedro Paulo Soares Pereira nasceu na cidade de São Paulo em 22 de abril de 1970. Brown é filho
de dona Ana, falecida em 16 de dezembro de 2016, cresceu na periferia da cidade no bairro do
Capão Redondo (Parque Santo Antonio), extremo sul de São Paulo.

Mano Brown nunca conheceu seu pai, porém uma publicação revelou que seu pai possuía
origens italianas. Quanto a dona Ana, Brown a homenageia em letras suas. Numa delas, em
Negro Drama, diz: "Aí, dona Ana, sem palavras, a senhora é uma rainha!".

Brown iniciou carreira solo em 2016, lançando seu primeiro CD no mês de dezembro do mesmo
ano, denominado Boogie Naipe (mesmo nome da gravadora cujos proprietários são o rapper e
sua esposa). Seu parceiro Lino Krizz faz participação em quase todas as músicas. Sua levada vai
do soul ao funk das antigas e suas referências são Marvin Gaye entre outros artistas que
tocavam nos bailes blacks dos anos 70 e 80. Principal nome do rap brasileiro e responsável por
popularizar o gênero musical que ainda hoje é alvo de preconceito e marginalizado, o rapper
nascido e criado em Capão Redondo (SP) foi além das canções, sendo hoje referência de
consciência política e social, exemplo de superação e coragem para tocar o dedo na ferida. A
partir de suas letras, as minorias puderam se ver representadas, ao mesmo tempo em que
recebiam a mensagem de que é necessário lutar, pois a realidade é cruel há séculos

Na companhia do grupo Racionais MC’s, formado em 1988, PEDRO foi vanguarda na Música
Popular Brasileira ao trazer o rap para cena brasileira. Com letras fortes que mostram a
realidade da periferia, Mano Brown fez poesia ao retratar a vida marginalizada do preto

favelado.

Ao lado de Ice Blue, Edi Rock e KL Jay, o filho da dona Ana, como Brown se identifica no hino
Nego Drama, o grupo de rap não apenas foi pioneiro na Black Music, como fez de sua obra um
dos trabalhos mais marcantes da música brasileira. A revista Rolling Stones o classificou como
28° artistas mais importante no Brasil.

O engajamento do rapper com as causas das minorias não ocorre apenas com suas rimas.
Seja em eventos, seja em entrevistas, fez questão de dar seu depoimento e visão de mundo.

Recentemente, criou o podcast Mano a Mano, um espaço em que busca dialogar com a
juventude de maneira simples.
 Por diversas vezes, Mano Brown foi visto como alguém avesso à imprensa. Raramente o
compositor concede entrevistas, sobretudo a grandes grupos de mídia. Mas seus fãs não se
incomodam, pois sua música por si só já é capaz de transmitir tudo aquilo que a lenda pensa e
sente.