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PROPOSTA DE REVISÃO DA NBR 15200: 2012

Comentários sobre as discussões realizadas nos encontros do Subcomitê 4


(Projeto de Estruturas de Concreto Armado em Situação de Incêndio)
Apresentação geral
Aplicativos de verificação
de vigas e pilares de C.A.
CT 305 – Comitê Técnico de CT-305 | SC4 - Subcomitê Técnico -
Segurança das Estruturas de Projeto de Estruturas de
Concreto contra Incêndio Concreto em Situação de Incêndio
Redação base da revisão
Subcomitê 4 – Integrantes: da NBR 15200

Alio Ernesto Kimura (coordenador)


Fabricio Longhi Bolina (secretário)
Francisco Anastácio Cantisani de Carvalho
Gabriela Bandeira de Melo Lins de Albuquerque
Igor Pierin
Johnny Aparecido Fontana Bruno
Marcos Terra
Thiago Menezes de Andrade
Valdir Pignatta e Silva
NBR 15200 – Sugestão de revisão

Em síntese, a proposta consiste em:


• ajustes na redação;
• alinhamento com normas internacionais;
• incorporação do uso de revestimentos contra fogo (tintas,
mantas, etc.) para redução do C1;
• revisão do Método do Tempo Equivalente.
Itens que sofreram revisão no seu texto:
8.1 – Ações e solicitações;
8.2 – Método tabular;
8.3 – Método analítico;
8.4 – Método simplificado;
8.5 – Método avançado;
Anexo A – Método do “Tempo Equivalente”
NBR 15200 – Sugestão de revisão

Item 8. Verificação de estruturas de concreto em situação de incêndio


Sub-item 8.1 Ações e solicitações.

• As nomenclaturas e índices foram alinhadas com a NBR 8681;


• Texto reescrito, tornando mais clara a natureza da ação excepcional admitida nas análises;
• Discussão sobre o fato de “usualmente” se desprezar as ações de origem térmica. Trata-se de um critério que ainda
não há consenso no meio técnico;
• Tornou-se mais explícito a combinação das ações à serem admitidas em cada caso, conforme segue:
a) Caso a ação excepcional seja admitida em projeto:

, = . + , + . , ≤ , ! ," , !# ," , !$# ,"

b) Caso a ação excepcional possa ser desprezada em projeto:

, = . + . , ≤ , ! ," , !# ," , !$# ,"


NBR 15200 – Sugestão de revisão

Item 8. Verificação de estruturas de concreto em situação de incêndio


Sub-item 8.2 Método tabular

• Possibilidade de revestimentos para compor o C1: ajuste na natureza e eficiência desses materiais:

- A base de argamassa de cal e areia: 67% de eficiência;


- A base de argamassa de cimento e areia: 100% de eficiência; Devem respeitar aderência
- Revestimentos a base de gesso: 250% de eficiência; mínima conforme NBR 13528
- Outros revestimentos*: possibilidade de ensaios laboratoriais
*Como outros revestimentos, podemos citar: tintas contra fogo, mantas cerâmicas, argamassas especiais, etc.
Teste deve ser feito com base em procedimentos de normas internacionais específicas.
• No caso de vigas contínuas, no caso das armaduras negativas mínimas sobre os apoios, reforçou-se a necessidade
do comprimento “x” ser adicionado do comprimento de ancoragem do respectivo diâmetro da barra.
As,calc (x) = As,calc (0) × (1 – 2,5 x/ℓef)
NBR 15200 – Sugestão de revisão

Item 8. Verificação de estruturas de concreto em situação de incêndio


Sub-item 8.3 Método analítico para pilares

• O procedimento vale para pilares cujo lef,fi seja menor ou igual a 6,00m;
• Discussão sobre o Anexo G, que provém deste método.;
• Anexo G: os diagramas/curvas foram montados para exemplificar uma aplicação do método, tornando-o mais
entendível. Porém, limites específicos foram empregados na composição das curvas (p.ex. lef,fi menor ou igual a 4,00m).

• Possibilidade de exclusão desse anexo na revisão da norma;


• Permitido o uso de revestimentos contra fogo neste método, desde que atendido o anterior (ensaios e eficiência).
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Item 8. Verificação de estruturas de concreto em situação de incêndio


Sub-item 8.4 Método simplificado

• No texto, reforçado que o método toma como premissa a curva de temperatura da NBR 5628;
• Resistência média ou resistência associada à temperatura média no respectivo instante de exposição
(TRRF pretendido);
• No texto, reforçado que o método não garante as funções de estanqueidade e isolamento térmico;
• Isso reforçou a necessidade do projetista atender a outros requisitos elementares (não necessariamente
relativo ao projeto das estruturas);
Este fato culminou na revisão de alguns tópicos do item 5 (Requisitos gerais):
5.3 Considera-se que os objetivos estabelecidos (...) são atingidos se for demonstrado que a estrutura
mantém as funções de estanqueidade, isolamento térmico corta-fogo e de suporte (capacidade resistente)
durante o Tempo Requerido de Resistência ao Fogo (TRRF) estabelecido pela ABNT NBR 14432 e
regulamentos oficiais específicos.
5.4 Além do descrito no item 5.3, outros requisitos de segurança ao incêndio (tal como compartimentação)
devem ser avaliados e atendidos conforme regulamentos oficiais específicos;
NBR 15200 – Sugestão de revisão

Item 8. Verificação de estruturas de concreto em situação de incêndio


Sub-item 8.5 Método avançado

• Foi realizado uma revisão do texto, sendo adicionadas as seguintes considerações (em itálico):

O elemento pode ser avaliado de forma isolada (local), desde que a rigidez da sua vinculação (ou
continuidade no pavimento ou entre pavimentos) seja devidamente fundamentada.

A determinação da distribuição de temperatura na estrutura e a verificação do isolamento térmico


podem ser feitas analiticamente por programas que considerem adequadamente a distribuição de
temperatura nos elementos estruturais. Todavia, os programas utilizados devem ser validados, ser de
uso consagrado internacionalmente ou ser avalizados por ensaios experimentais em estruturas.
NBR 15200 – Sugestão de revisão

Item Anexo A – Método do Tempo Equivalente


Sub-item A.1

• Reforçou-se que este método, na realidade, trata-se de um procedimento para a análise da redução do TRRF;
• Cabe ao projetista garantir que a edificação oferece as condições adequadas para que a redução seja
viabilizada. Essa premissa foi reforçada no texto;
• No item A.1: O valor do tempo requerido de resistência ao fogo (TRRF) recomendado pela NBR 14432 ou por
documentos oficiais pode ser reduzido em até 30 min, desde que a edificação possua uma boa segurança
contra incêndio, analisada pela perspectiva de sua arquitetura e das medidas de segurança contra incêndio
previstas em projeto específico. Essa redução, analisada por compartimento, deverá ser comprovada por meio
do procedimento aqui demonstrado.
T = 0,07 qfi,k W γn γs
• Caso T ≤ TRRF-30, o valor do TRRF pode ser reduzido para TRRF – 30 min
• Caso TRRF – 30 min < T < TRRF, o valor de TRRF pode ser tomado como T
• Caso T ≥ TRRF, o valor do TRRF não pode ser reduzido e nem necessita ser aumentado
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Item Apontamentos gerais


Sub-item Anexo B, Anexo E, Anexo G

• Anexo B: Revisão dos valores/percentuais das deformações lineares específicas correspondente a resistência
máxima do concreto à temperatura elevada;
• Anexo E: revisão da escrita, correlacionando alguns itens com os procedimentos requeridos pela NBR 6118,
tais como: limites das áreas das armaduras na seção (máximas e mínimas), área da seção transversal do pilar;
excentricidades mínimas.
• Anexo G: Discussão sobre a permanência do anexo. Trata-se de uma aplicação do método analítico. As
imposições no qual as curvas foram montadas podem estar trazendo más interpretações quanto a sua
aplicabilidade;
PROPOSTA DE REVISÃO DA NBR 15200: 2012
Comentários sobre as discussões realizadas nos encontros do Subcomitê 4
(Projeto de Estruturas de Concreto Armado em Situação de Incêndio)

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