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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTA – UNINTA

CURSO DE PSICOLOGIA

DOMENICO TRÉVIA DE OLIVEIRA COUTINHO

RESENHA CRÍTICA

PSICOLOGIA E QUEIXAS ESCOLARES

GRANJA

2023
Os métodos utilizado para os possíveis vínculos entre Psicologia e Educação, vem sendo
arquitetados por psicólogos brasileiros desde a década de setenta, podemos destacar no meio
deste contexto que se faze muito presentes dentro de nosso meio social as queixas referentes a
ambientes escolares e as articulações de como os profissionais psicólogos que atuam na área
podem intervir e operacionalizar dentro destes locais e atender a todas as demandas que são
apresentadas tanto por profissionais, como pais e alunos.

Muitos responsáveis por adolescentes buscam dentro do ambiente escolar o atendimento


voltado para serviços de saúde mental como a Psicologia, assim como os outros diversos
serviços públicos que atuam em casos voltados para as queixas que são apresentadas. Diante
das demandas que são trazidas, o dever do profissional é traçar de forma concomitante e
operacional o enfrentamento de frente dos diversos desafios relacionados as queixas escolares.

Diversas são as demandas trazidas para o âmbito escolar e educacional, de problemas sociais
até problemas de aprendizagem, consentimos que o maior público referente a queixas dentro
destes âmbitos se referem ao público adolescente, durante os atendimentos psicológicos, é de
fato muito importante que o adolescente possa apropriar-se de sua história escolar e que possa
refletir sobre o processo de produção de queixas que se referem a sua escolarização.

O momento de compreensão de questões e momentos que contribuíram para a produção voltada


para queixa escolar e que abriram caminho para o direcionamento do adolescente para o
atendimento psicológico se faz de fundamental importância para que se possa ser colocado em
pauta os fatores políticos, sociais, institucionais, e pedagógicos que fazem contribuintes para a
construção e solidificação das dificuldades que o adolescente enfrenta na escola.

Os adolescentes, assim como as crianças e adultos, costumam trazer marcados em si mesmos


um imensurável sentimento de culpabilização e abandono, que faz referência à
responsabilização que incluem fatores relacionados à sua história de fracasso escolar (embora,
por diversas vezes escondam isso dos profissionais), abrindo assim um campo muito mais
amplo a suas queixas, essa individualização das responsabilidades que o sujeito enfrenta,
principalmente operada dentro do ambiente educacional pode ser repensada e a culpabilização
do estudante pode ser revertida.

Precisamos discutir, dentro do ambiente de queixas as especificidades voltadas aos


atendimentos de adolescentes que trazem essas demandas com o propósito de movimentar e
criar novas formas de atuação e intervenção de outros profissionais psicólogos.
Estamos de frente com um momento presente no qual a Psicologia Escolar e Educacional estão
em busca de levantar e consolidar diversas novas teorias e práticas profissionais que se fazem
mais harmônicas e concomitantes com as necessidades apresentadas, se fazendo assim um
aspecto transformador, dessa maneira, compreendemos que o compartilhamento de conceitos e
operações que construímos pode ser de muita utilidade para a identificação coletiva e os aspetos
que se farão necessário para esses avanços.

Passa-se então a acreditar que, para concretizarmos formas de acolhimento que possam
realmente se colocar a serviço de atender a demanda do adolescente e a superação das
dificuldades no ambiente escolar, se faz necessário que o psicólogo atue de forma: critica,
criativa e sensibilidade. Se faz extremamente necessária uma investigação constante de
ferramentas e outras metodologias que busquem o atendimento destas queixas e a solução delas,
não importando onde o profissional esteja inserido.

Entendemos que a queixa escolar é um acontecimento enraizado e presente dentro das


instituições e que se relaciona as vivencias não só nas escolas, mas também em sociedade. Tal
percepção encaminha nossa operação interventiva junto aos sujeitos que passam por
dificuldades dentro do processo de escolarização, e também a outros que se fazem participantes
expressivos dentro da produção e manutenção de tais queixas, como pais e escola.

Esses referidos processos interventivos que visam colaborar para uma superação das queixas
escolares que não só conservadora, mas também adaptativa devem englobar o maior número
possível de pessoas que fazem parte da porcentagem que produz e mantém as dificuldades e
sofrimentos que são apresentados como demandas.

Por fim, é parte do trabalho do profissional psicólogo que atua com as queixas escolares buscar
mobilizar o maio número agentes possíveis que possam incorporar o movimento e
desenvolvimento onde há a existência dessa e propiciar mudanças positivas na história escolar
do adolescente que vão para muito além da promoção do ajuste e da desalienação dos ambientes
adoecidos.
REFERÊNCIAS:

Lima, C. P. de ., Prado, M. B. e S., & Souza, B. de P.. (2014). Orientação quanto à queixa
escolar relativa a adolescentes: especificidades. Psicologia Escolar E Educacional, 18(1), 67–
75. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S1413-85572014000100007>. Acesso em: 20
Mai. 2023.

SOUSA, Paula Beatriz. Orientação a queixa escolar. Copyright (c) 2007 Universidade de São
Paulo. Instituto de Psicologia. Publicado em: Outubro, 19, 2020. Disponível em:
<file:///C:/Users/domen/Downloads/TEXTO%2010.pdf>. Acesso em 20 Mai. 2023.

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