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Computação Forense e Investigação Digital

NBRISO/IEC27037 de 12/2013
Diretrizes para identificação, coleta, aquisição e preservação de evidência digital

PETTER ANDERSON LOPES


ISO27037 - DIRETRIZES PARA IDENTIFICAÇÃO, COLETA, AQUISIÇÃO E PRESERVAÇÃO DE EVIDÊNCIA DIGITAL

Lida com o processo inicial de coleta e armazenamento de potencial evidência


digital, não levando em conta o trabalho subsequente com a evidência, como
sua análise, apresentação e disposição.

Define e descreve os processos através dos quais as evidências são


reconhecidas e identificadas, a documentação da cena do crime, a coleta e
preservação das evidências e o empacotamento e transporte das evidências..
ISO27037 - DIRETRIZES PARA IDENTIFICAÇÃO, COLETA, AQUISIÇÃO E PRESERVAÇÃO DE EVIDÊNCIA DIGITAL

Na maioria das jurisdições e organizações as evidências digitais são regidas por


três princípios fundamentais: relevância, confiabilidade e suficiência.

Para a NBR ISO/IEC 27037 de 2012, os princípios estabelecidos devem seguir


nas seguintes condições:
ISO27037 - DIRETRIZES PARA IDENTIFICAÇÃO, COLETA, AQUISIÇÃO E PRESERVAÇÃO DE EVIDÊNCIA DIGITAL

• Relevância: demostrar que o material adquirido é relevante para a investigação.


• Confiabilidade: deve ser possível garantir que os processos utilizados na
manipulação de evidências digitais sejam auditáveis e repetíveis.
• Suficiência: material suficiente deve ser ou foi recolhido.
• Auditabilidade: é preciso ser possível determinar se um método científico, técnica
ou procedimento adequado foi seguido.
ISO27037 - DIRETRIZES PARA IDENTIFICAÇÃO, COLETA, AQUISIÇÃO E PRESERVAÇÃO DE EVIDÊNCIA DIGITAL

• Repetibilidade: é necessário garantir que qualquer especialista consiga


chegar ao mesmo resultado repetindo os passos descritos. Caso em alguma
circunstância não seja possível repetir o teste, o perito deve assegurar-se de
que o processo de aquisição foi confiável.
ISO27037 - DIRETRIZES PARA IDENTIFICAÇÃO, COLETA, AQUISIÇÃO E PRESERVAÇÃO DE EVIDÊNCIA DIGITAL

• Reprodutibilidade: após o teste original, deve ser possível reproduzir a


qualquer momento, garantindo a possibilidade de obter mesmos
resultados utilizando-se do mesmo método de medição, no entanto,
usando instrumentos diferentes e sob diferentes condições.
• Justificabilidade: um especialista precisa ser capaz de justificar todas as
ações e métodos utilizados.
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Processo de investigação forense

4 etapas: identificação, coleta, aquisição e preservação.

Identificação: reconhecimento e documentação destas evidências, a coleta deve


ocorrer de acordo com a volatilidade dos dados.

Coleta: coletar as evidências identificadas, tomando as decisões baseado nas


circunstâncias.
ISO27037 - DIRETRIZES PARA IDENTIFICAÇÃO, COLETA, AQUISIÇÃO E PRESERVAÇÃO DE EVIDÊNCIA DIGITAL

Processo de investigação forense


Aquisição: Produzir uma cópia (normalmente bit a bit) do que foi obtido na coleta,
qualquer alteração inevitável (somente se inevitável) nos dados digitais, as atividades
realizadas devem ser documentadas para explicar as alterações. Neste momento o
especialista deve gerar hash, tanto da cópia quanto da fonte original .

Preservação: é preciso garantir que a prova não foi modificada desde que foi
recolhida, a menos que haja justificativa para as mudanças, garantindo também o
sigilo.
ISO27037 - DIRETRIZES PARA IDENTIFICAÇÃO, COLETA, AQUISIÇÃO E PRESERVAÇÃO DE EVIDÊNCIA DIGITAL

Cadeia de Custódia

Os requisitos da cadeia de custódia foram ampliados na ISO27037 Standard. Estes


requisitos se relacionam com a capacidade dos investigadores para explicar todas as
provas adquiridas a partir do ponto em que estava sob sua custódia. Uma cadeia de
custódia pode ser vista como um registro cronológico dos movimentos e
manipulação de evidências.
ISO27037 - DIRETRIZES PARA IDENTIFICAÇÃO, COLETA, AQUISIÇÃO E PRESERVAÇÃO DE EVIDÊNCIA DIGITAL

Cadeia de Custódia – é preciso conter

• um identificador único;
• um registro de quem acessou a evidência em que hora e local;
• um registro de quem verificou a evidência dentro ou fora do armazenamento e por
qual razão ou sob cuja autoridade;
• um registro de quaisquer mudanças inevitáveis ​feitas na evidência, quem fez as
mudanças e uma justificativa para apresentar as provas aos tribunais
ISO27037 DIRETRIZES PARA IDENTIFICAÇÃO, COLETA, AQUISIÇÃO E PRESERVAÇÃO DE EVIDÊNCIA DIGITAL

Referência

https://www.researchgate.net/publication/283226153_Standard_ISO_270372
012_and_Collection_of_Digital_Evidence_Experience_in_the_Czech_Republic

https://www.iso27001security.com/html/27037.html

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