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PARÓQUIA DE--------------------------------------
COLÉGIO....... - --------------------------------*=----
19 4 9
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DAS CONGREGAÇÕES MARIANAS
Rua Senador Dantas, 118 - 9.° - Caixa Postal. 1561
RIO DE J A N E I R O
IMPRIMI POTEST:
P. Arthurua Alonso, S. J.
Fluminè Januarii, 15 Augusti 1948
f ANTONIUS MARIA
EP. AUX.
EDIÇÃO MASCULINA
A^Confederação Nacional desde já agradece
muito penhorada as sugestões, reparos e obser
vações que as Federações, as Congregações e
os Congregados tiverem a fineza de lhe enviar
visando o aperfeiçoamento do nosso Manual*
PÍLIS p p . XII
GENERALIDADES
I. HISTÓRIA ......................................... 7
II. VANTAGENS...................................... 12
III. INDULGÊNCIAS
Indulgências plenárias ....................... 17
Indulgências parciais ......................... 20
Indulgências para todos os fiéis ...... 21
Privilégios............................................. 22
A — INDULGÊNCIAS PLENARIAS
1 Aos que, confessados e comungados, visi
tarem qualquer igreja da Companhia, orando
nela segundo as intenções do Sumo Pontífice :
— Na festa de S. Inácio de Loiola ;
— Na festa de S. Francisco Xavier ;
— No aniversário da canonização de S.
Inácio e S. Francisco Xavier ;
— Na festa de S. Francisco de Borja ;
— Na festa de S. Estanislau Kostka (6);
— Na festa de S. Luiz Gonzaga (7) -;
— Na festa de S. João Francisco de Regis ;
— Na festa de S. Francisco de Jerónimo ;
— Na festa dos Santos Mártires do Japão ;
— Na festa de S. Pedro Claver ;
— Na festa de S. João Berchmans ;
— Na festa de S. Afonso Rodrigues ;
— Na festa da Circuncisão de N. Senhor
ou, à escolha, num dos sete dias que imediata
mente a precedem ou seguem ;
6) A visita pode fazer-se a qualquer igreja ou ora
tório público em que a festa se celebrar, ainda transferida
com licença do Ordinário.
7) A visita pode ser feita a qualquer igreja ou ora
tório público, em que haja para a festa um altar dedicado
a S. Luiz Gonzaga. A festa pode, com licença do C rt
uário, celebrar-se em qualquer dia do ano, em qualquer
lugar, e em qualquer altar.
26 Primeira parte
— Na festa do SS. Coração de Jesús (sexta-
feira imediata à oitava do Corpo de Deus) ;
— Na festa titular de cada igreja da Com
panhia.
2. No domingo da Quinquagésima, ou num
dos dias imediatamente seguintes, visitando
piamente o SS. Sacramento em qualquer igreja
em que se faça a exposição nos três dias (8).
3. Em qualquer dos dez domingos que pre
cedem imediatamente a festa de S. Inácio de
Loyola, ou outros entre o ano, aos que santifi
carem esse domingo com pias meditações ou
orações e noutras obras de piedade cristã em
honra do Santo, e visitarem qualquer igreja da
Companhia, ou, onde aquela não existir, a igreja
paroquial.
4. Numa das dez sextas-feiras, ou domingos,
ou outros dias da semana, à escolha, imediata
mente precedentes ou seguintes à festa de S.
Francisco Xavier, visitando qualquer das igrejas
da Companhia.
5. Num dia do mês, à sua escolha, aos que
por um mês inteiro rezarem uma vez ao dia um
Pater e Ave diante da imagem de S. Estanislau
Kostka nalguma igreja, e no dia escolhido se
confessarem, comungarem e orarem por algum
tempó segundo a mente do Sumo Pontífice. —
Se algum dia não for possível ir à igreja, pode
rezar-se o Pater e Ave em qualquer outro lugar.
8) Lucra-se a indulgência, ainda que a exposição
se faça nos domingos da Septuagésima ou Sexagésima e
nos dois dias respetivamente imediatos ou por três dias
em qualquer dessas semanas, ou só na quinta-feira depois
da Sexagésima.
Indulgências 27
6. Em cada um dos seis domingos imedia
tamente precedentes à festa de S. Luiz Gonzaga
(21 de Junho), ou noutro qualquer tempo do
ano, contínuos, não interrompidos, a todos os
fiéis que em cada um deles fizerem meditações,
ou orações vocais, ou outras obras de piedade.
Não se prescreve visita de igreja, nem oração
segundo as intenções do Sumo Pontífice.
7. No último dos cinco domingos contínuos
imediatamente precedentes à festa de S. João
Berchmans, a todos os fiéis que fizerem medita
ções ou orações, e outras obras de piedade em
honra do mesmo Santo, e ao mesmo tempo visi
tarem devotamente alguma igreja ou oratório
público (9).
8. A todos os fiéis que em qualquer casa,
igreja ou capela da Companhia fizerem os Exer
cícios Espirituais de S Inácio, uma ou mais
vezes no ano, por qualquer número de dias, ou
a preparação para a morte por um dia uma vez
no mês, se, confessados e comungados, visitarem
a igreja ou oratório da casa, orando segundo as
intenções do Sumo Pontífice — A mesma indul
gência pode lucrar-se todas as vezes que os
9) Os fiéis de ambos os sexos que, por motivo de
perfeição, formação, educação e §aude, com consenti
mento do Ordinário, Vivem em comunidade em casa que
não tenha igreja ou capela pública, e todas as pessoas
que por as servir na mesma casa vivem, quando para
ganharem indulgências se prescreve visita de alguma
igreja não determinada ou de indeterminado oiatóno
Público, podem visitar a capela de sua casa,
fazem ao preceito de ouvir missa, contanto que
mente cumpram as demais obras prescritas (Con. ju
c«n., Can. 929).
28 Primeira parte
religiosos da Companhia, em qualquer tempo e
lugar, com licença dos Superiores, dão Exer
cícios Espirituais, ou fazem missões.
B — INDULGÊNCIAS PARCIAIS :
a) de 7 anos e 7 quarentenas :
1. Aos fiéis que, ao menos de coração con
trito, devotamente visitarem as igrejas e lugares
pios da Companhia, aí rezarem um Pater e Ave,
e ouvirem a prégaçâo, se a houver, nas festas do
Natal, Circuncisão, Epifania, Corpo de Deus ;
nas sextas-feiras e domingos do ano, e nos dias
da Quaresma até à oitava da Páscoa.
2. Em* cada um dos dez domingos, sextas-
feiras ou outros dias escolhidos, precedentes ou
seguintes à festa de S Francisco Xavier, aos
fiéis que visitarem alguma das igrejas da Com
panhia.
3. Em cada um dos dez domingos de S.
Estanislau, visitando a igreja ou oratório em
que se celebra este exercício, e orando segundo
as intenções do Sumo Pontífice, ainda que a
festa, com aprovação do Ordinário, seja trans
ferida, e celebrada em qualquer outro lugar.
4. Nos quatro primeiros dos cinco domingos
imediatamente precedentes à festa de S. João
Berchmans (Cf. supra, VI A 7).
b) de 100 dias :
1. Uma vez no dia, aos que rezarem um
P ater e Ave em qualquer igreja diante da
imagem de S Estanislau Kostka.
Indulgências 29
2. Em cada um dos dias da novena de pre
paração para a festa de S. Estanislau, ainda
que esta, com aprovação do Ordinário, seja
transferida, e celebrada em qualquer lugar
(igrejas, capelas interiores ou oratórios de semi
nários, colégios, conservatórios, mosteiros, casas
de retiro de um ou de outro sexo).
VII — Indulgências das Estações de Roma
(Da Racc. Rom.)
1. ° Indulgências plenárias :
— Quinta-feira santa ;
— Domingo de Páscoa ;
— Ascensão de N. Senhor.
2. ° 30 anos e 30 quarentenas :
— Terceira Missa do Natal, e no resto do
dia ;
— Dia de S. Estevão, proto-mártir ;
— Dia de S. João Evangelista ;
— Dia dos Santos Inocentes ;
— Circuncisão de N. Senhor ;
— Epifania ;
— Domingos da Septuagésima, Sexagésima
e Quinquagésima ;
— Sexta-feira santa ;
— Sábado santo ;
— Todos os dias desde a segunda-feira de
Páscoa até ao domingo in albis ;
— Os três dias das Rogações ;
30 Primeira parte
— Dia de S. Marcos ;
— Domingo de Pentecostes ;
— Toda a semana de Pentecostes até ao
domingo da SSma Trindade exclusive.
3. ° 25 anos e 25 quarentenas :
— Domingo de Ramos.
4. ° 15 anos e 15 quarentenas :
— Domingo 3.° do Advento ;
— Vigília do N atal;
— Primeira e segunda Missa do N atal;
— Quarta-feira de Cinzas ;
— Domingo 4.° da Quaresma.
5. ° 10 anos e 10 quarentenas :
— Domingos l.°, 2.° e 4.° do Advento ;
— Todos os dias e domingos (exceto o 4.°)
da Quaresma, até ao sábado, véspera de Ramos;
— Segunda, terça e quarta-feira da Se
mana santa ;
— Vigília de Pentecostes ;
— Os três dias das Têmporas em setembro
e dezembro.
' SEGUNDA PARTE
ORGANIZAÇÃO E VIDA
I. REGRAS OFICIAIS...........................33
II. FUNDAÇÃO, EREÇÃO E AGRE
GAÇÃO ................................................... 66
III. VIDA DAS CONGREGAÇÕES :
Vida do Congregado.............................. 71
Vida da Congregação............................ 74
Vida federativa ................................... 79
^car-lhes as indulgência
P^ios Sumos Pontífices.
36 Segurei a parte
1
69. A aprovação de Regras locais para as Congre
gações eretas fora das casas e igrejas da Companhia
compete ao Ordinário do lugar, Se, porém, tais regras
divirgirem notavelmente das presentes Regras Comuns,
hão-de apresentar-se também com o pedido de agregação,
j ao M. R. Padre Geral da Companhia, para que e3te
possa, com pleno conhecimento de causa, conceder ou
não a graça desejada.
2) Conservam-se com este título as Regras P ar
ticulares do antigo M a nu al , hoje incluídas nas Novas
Regras Comuns. Têm a vantagem de pôr diante dos
olhos de cada um os seus principais deveres na Congre
gação, e ajuntam uma vez ou outra alguma indicação
nova proveitosa.
Regras 59
mente a que diz respeito à frequência dos Sa
cramentos.
2. Amará a todos sem exceção alguma,
com a irmãos queridos e filhos prediletos da
Virgem SSma., e procurará como para si próprio
o bem espiritual deles, pois foi para isso que
Nossa Senhora lh’os confiou; enfim procederá
de tal sorte que os Congregados cresçam e
floresçam nas virtudes cristãs, movidos pela
eficácia de suas palavras, e muito mais pela
força dos seus exemplos.
3. Será o primeiro a concorrer à Congrega
ção, e proverá com antecedência aos atos de
piedade nela acostumados, em harmonia com as
disposições do Diretor. Estando alguma vez
legitimamente impedido de assistir aos atos
comuns, avise com tempo ao Diretor, para os
devidos fins.
4. Ainda que o Presidente está obrigado a
cuidar de toda a Congregação, contudo depende
do Diretor, por cujo parecer deve guiar-se
sempre no que pertence à direção da mesma.
Por isso não abolirá nem mudará coisa alguma,
nem estabelecerá nada de novo sem o conheci
mento e aprovação do Diretor, para que tudo na
Congregação se faça com prudência e ordem,
para maior glória de Deus e de sua Mãe San
tíssima.
5. Terá cuidado de que na eleição do novo
Presidente e dos mais Oficiais se leiam na reu
nião os ns. 20, 21, 50, 51 e 56 das Regras
Comuns, e a Praxe das eleições ; mas tê-lo-á
muito maior de que sejam observados por todos.
60 Segunda parte
Procurará também que os Oficiais desempe
nhem com zelo e perfeição os próprios cargos,
especialmente os Assistentes, Secretário, Con
sultores e Tesoureiro.
6. Fará que na capela estejam escritos os
nomes de todos os Congregados, e que os livros
todos do Secretário estejam em dia, como os do
Tesoureiro.
7. Quando adoecer ou morrer algum Con
gregado, procurará que se cumpra o preceituado
em os n .03 45 e 64 das Regras comuns.
8. Procure que as Secções, Academias e
outras obras de caridade e zelo instituídas na
Congregação tenham vida ativa e floresçam o
mais possível.
9. Assinará os diplomas, cartas, decretos e
quaisquer outros papéis de importância, junta
mente com o Diretor e Secretário. Se algum
Congregado houver de ser despedido da Congre
gação, encarregar-se-á, a juizo do Diretor, de
o notificar a toda a Congregação.
Assistentes
1. Como o cargo dos Assistentes consis
em ajudarem com seus conselhos o Diretor e
Presidente no governo da Congregação, devem
ter com eles união grandíssima, para que, no
perfeito acordo, a direção proceda reta e eficaz-
| mente.
I ^ 2. Devem tomar parte em todas as reu-
5 niões econsultas, tanto gerais, como particulares.
I 3. Na falta do Presidente, fará as vezes dele
Regras 61
o primeiro Assistente ; se também este faltar, o
segundo.
4. Tratem frequentes vezes com o Diretor
e Presidente dos meios que se poderíam empre
gar para o progresso espiritual da Congregação,
o qual, com palavras e exemplo, procurarão pro
mover, quanto puderem, ajudados da divina
graça.
Secretário
1. O Secretário deve assistir a todas as
reuniões e consultas, e lançar respetivamente no
Diário da Congregação e no Livro das Consultas
uma nota do que nelas se fez ou tratou. Antes,
porém, de a escrever no livro, mostrará ao Di
retor e ao Presidente uma cópia para ser
aprovada.
2. Terá cuidado de encher os diplomas,
escrever as circulares e avisos, e tudo o mais que
for costume, e também de assinar e selar os
documentos com o selo da Congregação, quando
o Diretor e o Presidente entenderem que assim
deve ser.^ ___
K \ 3. Terá em dia os diferentes livros, registos
e catálogos da Congregação, a saber : diário da
Congregação, livro das consultas, livro dos de
cretos, catálogos dos Oficiais da Congregação, ca
tálogo geral dos Congregados (nome, sobrenome,
data da admissão a Congregado, de óbito ou de
exclusão), e catálogo dos candidatos. Nalgumas
Congregações há ainda dois livros mais : registo
em que cada Congregado escreve a assina a
fórmula da consagração, e livro dos usos e
costumes da Congregação.
62 Segunda parte
Consultores
1. Devem assistir a todas as reuniões e con
sultas, e ajudar, nestas e fora delas, ao Diretor
e ao Presidente no governo da Congregação.
2. Tenham sempre em vista, ao dar o seu
parecer, a maior glória de Deus e de sua Mãe
Santíssima e o proveito espiritual da Congre
gação.
3. Guardem-se diligentemente de todo o
espírito de paixão, e procurem que, assim como
excedem os mais na dignidade, os excedam
também no bom exemplo.
Instrutor
1. O Instrutor, conforme as indicações do
Diretor e do Presidente, informará e instruirá os
candidatos, explicando-lhes as Regras Comuns
e os usos próprios da Congregação, e inculcan-
do-lhes sobretudo a devoção a Nossa Senhora.
Deve cuidar igualmente de todos os que lhe
forem confiados, tratando-os com grande cari
dade e inspirando-lhes estima da Congregação
e zelo pelo cumprimento das suas regras.
2. Trate amiudadas vezes com o Diretor e
Presidente, consultando-os sobre os meios de
encaminhar os candidatos na prática das verda
deiras e solidas virtudes.
3. A ele pertence ordinariamente conduzir
ao altar os que são admitidos a Congregados, e
apresentá-los ao Diretor, Presidente e Assistentes
para os abraçarem, onde houver este costume.
Regras 63
Tesoureiro
1. Cumpre ao Tesoureiro guardar o dinheiro
da Congregação e os objetos preciosos dela, se
alguns houver e não estiverem ao cuidado de
outrem.
2. Terá o dinheiro num cofre de duas chaves
diferentes, uma para si e outra para o Diretor.
3. Sem licença do Diretor não fará despes^
alguma, nem pedirá nada a ninguém em nome
da Congregação ; mas contente-se com o que
cada um quiser dar por ocasião das reuniões, e
para isto terá o cuidado de lhes apresentar a
caixa dos donativos.
4. Terá em dia a escrituração com toda a
receita e despesa num livro, que apresentará ao
Diretor, quando este lh’o pedir.
5. Ao deixar o cargo, entregará ao seu
sucessor as contas correntes e o inventário dos
objetos preciosps, que lhe houverem sido con
fiados.
Bibliotecários
1. Fica-lhes entregue a biblioteca da Con
gregação, e devem conservá-la com toda a vigi
lância e cuidado, para que nada se estrague nem
perca.
2. Haja catálogo de todos os livros, e
estejam todos marcados com o selo da Congre
gação.
3. Para saberem que livros, quando e por
quanto tempo devem entregar-se, hão-de enten-
der-se com o Padre Diretor.
64 Segunda parte
4. Não entregarão nenhum livro, sem, num
caderno de registo, o apontarem com o nome de
quem o recebeu, e data em que o levou. Quando
for restituido, notá-lo-ão no caderno com o
respetivo sinal.
5. Geralmente não devem entregar a nin
guém dois livros ao mesmo tempo.
Apontadores
1. Tenham um livro convenientementeldis-
posto com os nomes de todos os Congregados e
Candidatos.
2. Sejam pontuais e diligentes em notar
nele as presenças e ausências, juntando a estas
últimas o motivo, se o houver, que, a juizo do
Diretor, as justificou.
3. Avisem oportunamente ao Diretor das
ausências que houver, mormente se forem con
tínuas e prolongadas.
Visitadores dos enfermos
1. Cabe ao Diretor e ao Presidente designar
os Congregados que houverem de desempe
nhar-se de obra tão piedosa e santa.
2 Visitarão, as vezes que puderem, os
Congregados doentes, informarão o Diretor e
Presidente do estado deles, e por si e por outros
os encomendarão a Deus
3 Se a doença se tornar mortal, avisarão
í logo ao Diretor e ao Presidente, para que, por
í todos o» meios possiveis, se evite que um filho
I dei Maria morra sem os últimos Sacramentos.
Regras 65
Encarregados da Capela
1. Persuadam-se os Encarregados da ca
pela, e os que os ajudarem no seu ofício, que
são camareiros-mores da Celeste Rainha, em
cuja honra se enobrecem os mais humildes ser
viços.
2. Tenham um inventário exato dos para
mentos, alfaias e quaisquer outros objetos per
tencentes à capela, o qual, findo o exercício do
seu cargo, entregarão aos seus sucessores.
3. Cuidem que em toda a capela haja a
maior limpeza, e que os paramentos e mais
objetos de culto se conservem com muito asseio.
4. Terão tudo em muita ordem e a bom
recato, e entregarão as chaves ao Diretor ou ao
Presidente.
o. Não farão despesa nenhuma sem con
sultar os Superiores ; e no arranjo da capela
proponham-se a edificar o espírito e não dis
traí-lo.
Leitores
1. Penetrados da importância que tem a
leitura espiritual para mover à virtude, serão
pontuais na capela à hora. determinada,
f-dl 2. No começo das reuniões, um deles fará a
leitura de um livro designado pelo Diretor, até
que chegue a maior parte dos Congregados,
t?*4 3. Aos leitores toca também rezar as ora
ções comuns, e cantar o que lhes estiver marcado
nos ofícios de Nossa Senhora e de defuntos.
CAPÍTULO SEGUNDO
Fundação, ereção e agregação
[das Congregações Marianas
COMO FUNDAR UMA CONGREGAÇÃO
Três coisas são necessárias :
I. Escolher bem os elem entos que hão-
de formar o núcleo fundamental da Congrega
ção Estes elementos devem ser poucos e bons,
pessoas que praticam sériamente a religião,
dotadas de uma piedade sólida, esclarecida, sin
cera ; desejosas de progredir espiritualmente e
dispostas a trabalhar em obras de zelo apos
tólico. Quanto for possivel, este grupo inicial
deve ser homogêneo, formado de pessoas da
mesma categoria social e do mesmo gênero de
vida, por exemplo : estudantes, operários, etc..
Depois de celebrar com eles algumas reu
niões a título de experiência, em que se explicam
a natureza, os fins, a índole própria da Congre
gação, o Sacerdote encarregado de dirigir a
futura Congregação escolherá os melhores dentre
esses, formando um núcleo de Candidatos. Com
os Candidatos começará então a fazer reuniões
semanais nomeando dentre eles uma Diretoria
provisória. Os mais formarão a categoria dos
Aspirantes.
Algumas semanas de instrução e de forma*
ção bastarão para se apontarem os fundadores
da Congregação. A tarefa do sacerdote se torna
Fundação 67
mais facil e mais simples quando pode ser
ajudada por um Congregado destacado para
este fim pela Diretoria de uma Congregação
vizinha e que só volta à sua associação depois
que a nova Congregação entrou em completo
e perfeito funcionamento.
II. Pedir a ereção canônica. Para este
fim o Vigário da Paróquia deve dirigir-se ao
Bispo da Diocese formulando o pedido de ereção
acompanhado do Manual dos Congregados, se
as regras da nova associação forem as oficiais
sem alteração, ou de um exemplar das Regras,
se por acaso não forem as comuns.
A fórmula da petição pode ser a seguinte :
“O abaixo-assinado, NN. . . ., Vigário da
Paróquia d e........ , desta diocese, para aumento
da piedade e devoção, determinou fundar nesta
Paróquia d e..........., uma Congregação da San
tíssima Virgem e agregá-la à Prima Primária de
Roma. Por isso humildemente suplica a V.
Excia. Revma. que se digne :
l.° Erigir canônicamente nesta Igreja Paro
quial de........., uma Congregação Mariana com
os títulos de......... (indique-se o título primário
da Congregação ; deve ser uma invocação, um
mistério, uma festa de Nossa Senhora, por ex :
Imaculada Conceição, Nossa Senhora da Glória,
Mater Amabilis. . . ., etc ) e de... . (designe-se
o título secundário da Congregação ; será de um
santo que se escolhe como padroeiro especial da
Congregação, por ex : S. José, S. Luiz de Gon
zaga, etc.) para......... (aqui é preciso dizer “a
classe social a que se destina a Congregação :
6 8 _____ Segunda parte___________
SI- -**.v
estudantes, operários, etc ; se a Congregação é
em geral para homens, bastará usar o termo
geral “homens”) ; ou dar consentimento para
que esta Congregação seja ereta pelo M. R. P.
Geral da Companhia de Jesús.
2. ° Aprovar como regras da Congregação
as constantes do Manual (ou do Caderno, ma
nuscrito, etc....) junto.
3. ° Nomear Diretor da dita Congregação o
Revmo. Vigário, que ao tempo for desta igreja
paroquial, ou outro sacerdote mais do agrado
de Vossa Excia. Revma.
4. ° Recomendar a Congregação ao M. R. P.
Geral da Companhia de Jesús, para a agregação
dela à Prima Primária do Colégio Romano.
Deus guarde a V. Excia. Revma.
(Lugar, d ata..
(Assinatura).
III. Pedir a agregação à Prima Pri
mária de Roma.
Recebidos da autoridade eclesiástica dioce
sana o decreto de ereção e a recomendação para
a agregação, manda-se uma cópia do decreto e
a recomendação por escrito do Prelado ao Di
retor da Federação a que pertence a Congrega
ção, o qual as enviará à Confederação Nacional
das CC. MM. (Rua Senador Dantas 118, 9.°
andar, Caixa Postal 1561, Rio de Janeiro) encar
regada de obter a agregação. Onde não houver
Federação é preciso dirigir-se diretamente à
| Confederação Nacional.
Agregação 69
Juntamente com a cópia do decreto de
ereção e com a recomendação episcopal, o supli
cante remeterá a seguinte petição acompanhada
do seu [endereço :
Admodum Reverende Pater :
Quum Revmus. Dominus.. . (nome do
Bispo)..., Episcopus... (indicação da Diocese)...
Congregationem. . . (designar a classe de pessoas
a quem se destina a Congregação : por ex. :
virorum, juvenum, opificujm...) ... sub titulo
Beatae Virginis... (indicar o titulo principal)
etc. .. (titulo secundário)... in Ecclesia Pa-
rceciali. . . (nome da Paróquia). . . loci.. . dice-
cesis. .. canonice iam rexerit, eamque pro aggre-
gatione ad Primariam Collegii Romani Congre-
tionem benigne commendaverit, prout docu
menta hisce litteris adnexa testantur, infra-
scriptus orator, eiusdem Congregationis Praeses,
Paternitatem Tuam humiliter rogat ut dictam
Congregationem Primariae Collegii Romani Con-
gregationi aggregare velis cum communi^tione
omnium indulgentiarum et gratiarum'] eidem
concessarum.
(Lugar e data...).
(Assinatura
N. B. Pode-se usar outra fórmula parafo
pedido de agregação. O que é indispensável é
fornecer os dados seguintes : nome da diocese,
gênero da Congregação, título primário e título
secundário, lugar em que vai funcionar e data
da ereção.
CAPITULO TERCEIRO
Vida das Congregações Marianas
A vida de uma Congregação Mariana tem
duplo aspecto : um interno, outro externo.
O primeiro abrange os atos de piedade com
que a Congregação desperta, fomenta, radica e
desenvolve nos Congregados o espírito da per
feição cristã. O segundo compreende as obras
externas de zelo, por meio das quais a Congre
gação influe eficazmente no melhoramento
social.
Um e outro aspecto, ou uma e outra vida
da Congregação fluem naturalmente do fim a
esta assinado nas Regras : fomentar no seus
membros a mais ardente devoção, reverência e
amor filiaJL à Ssma. Virgem ; e, por meio desta
devoção e pelo patrocínio de tão boa Mãe, fazer
dos Cqpgregados cristãos verdadeiros, que tra
tem sinceramente da própria santificação, e
trabalhem com afinco em salvar e santificar os
próximos e defender a Igreja de Cristo contra
os ataques dos inimigos dela.
O ideal, pois, da Congregação Mariana é
formar apóstolos ; e a vida do bom Congre
gado, como a vida da Congregação, deve ser
um apostolado contínuo.
A este propósito não serão decerto inúteis
algumas breves considerações, resumindo apenas
em quadro o que as Ptegras Comuns preceituain.
Vida das Congregações 71
Vida do Congregado
A vida do Congregado há-de ser primeira-
mente a vida do bom cristão : vida de fé
ardente e incondicional, e de obras inteiramente
conformes à fé e à moral cristã. Há-de ser a
vida do filho amoroso da santa Igreja de Deus :
louvando o que ela louva, e reprovando o que
ela reprova ; sentindo como ela sente, e proce
dendo com desassombro na vida pública e par
ticular como filho obediente, fiel, ardorosamente
amigo de tão santa Mãe ; defendendo-a final
mente em toda a parte dos ataques dos inimigos
com o mesmo honrado brio com que defendería
o nome e a honra de sua própria mãe.
Há-de evitar quanto possa ser desdouro
seu, trazer-lhe dano à alma e escandalizar o pró
ximo ; intimidade ou trato desnecessário com
pessoas más ou suspeitas ; leituras e espetáculos
inconvenientes; divertimentos perigosos ou
menos morais...
E não basta. Ê preciso que seja um cristão
fervoroso : não omitindo as orações da manhã;
agradecendo a Deus os inúmeros benefícios
recebidos ; oferecendo-lhe todo o bem que faz ;
procurando, na intenção diária, lucrar todas as
indulgências anexas às obras desse dia ; invo
cando a Ssma. Virgem; consagrando algum
tempo, um quarto de hora pelo menos, à oração
mental; assistindo, se é possível, ao santo sacri
fício da Missa ; confessando-se ordinariamente
a um confessor escolhido, prudente e douto, ao
qual manifeste sinceramente os arcanos da sua
conciência, e confie^a direção da sua vida espi
72 Segunda parte
ritu al; comungando muitas vezes ; rezando
cada dia o terço a Nossa Senhora ; e não omi
tindo à noite, antes do deitar, nem o exame dili
gente de conciência com um ato de contrição
sincera, nem as orações da noite.
O cristão bom e fervoroso dá naturalmente
o bom e fervoroso Congregado, que, segundo
a Regra :
1. Prepara com uma confissão geral a sua
entrada na Congregação, e cada ano ou cada
semestre faz confissão geral desde a última, por
ocasião principalmente do retiro espiritual, que
não omite ano algum.
2. Não se limita às comunhões gerais da
Congregação, uma vez no mês ; mas, segundo os
desejos de Pio X, comunga frequente ou diaria
mente ;
3. \Tem à Ssma. Virgem uma devoção
muito particular, confiando-lhe tudo, servindo-a
com amor filial e generosidade, e imitando-lhe
as virtudes, mormente a humildade, a pureza,
o trabalho, a piedade e a fortaleza ;
4. Não falta sem motivo grave aos atos
ordinários e extraordinários da Congregação,
ainda quando isso lhe custe sacrifícios ;
5. Obedece, não só com prontidão e rendi
mento de vontade, mas com amor, às ordens e
conselhos do Diretor, no que respeita à vida da
Congregação ; e tem particular estima e res
peito ao Presidente e Oficiais, obedecendo-lhes
no que pertence ao cargo de cada um.
6. Ama a seus Irmãos com amor eficaz,
encomenda-os a N. Senhor, e presta-lhes todos
Vida das Congregações 73
os serviços, que a prudente caridade aconselha,
na morte e depois desta ;
7. Entrega-se de coração e com afinco às
obras de caridade, misericórdia, zelo, propa
ganda, formação... que a Congregação esco
lhe e tomou para bem de seus membros e dos
próximos ;
8. Vota à Congregação um ""amor sem
reservas, procura que os mais a ?estimem e
prezem,, atrai outros aptos ao seio da Congre
gação, e esforça-se, quanto em si cabe, por que
todos os Congregados sejam outros apóstolos
da glória de Deus e de sua Mãe Santíssima.
Os Congregados que são alunos de colégio
ou institutos semelhantes, hão-de “ter em vista
o futuro que os espera, e preparar-se para
entrarem no mundo armados de convicções reli
giosas e de solidas virtudes, com que se man
tenham inexpugnáveis como fiéis soldados de
Jesús Cristo.
“Com este intuito devem extremar-se em
observar o regulamento do colégio, que será para
eles a expressão da divina vontade, distinguin-
do-se em piedade e aplicação, e habituando-se
a fugir de más companhias e a pôr debaixo dos
pés o respeito humano.
“Um filho predileto de Maria deve pre
zar-se de ganhar os corações dos companheiros
para o amor de tão santa Mãe, inspirar-lhes
a estima da Congregação, e edificâ-los em tudo
e em toda a parte, principalmente nos atos
religiosos, nas aulas e nos ^ocreios”.
74 Segunda parte
Tais são os filhos que a Congregação de
seja, tais os que propõem as Regras, tais final
mente os que hão-de, com a graça de Deus e
auxílio de Maria Ssma.., realizar plenamente os
ideais apostólicos da
Vida da Congregação
Vida interna. É fervorosa a vida interna
da Congregação, quando nela se celebram com
assiduidade :
1. Os exercícios de piedade costumados:
1. Reuniões ordinárias e extraordinárias;
2. Comunhões gerais de cada mês ;
3. Retiro mensal para reforma da vida ;
4. Exercícios espirituais de S. Inácio cada
ano ;
5. Festa solene dos Padroeiros, com a
devida preparação e esplendor.
A estes atos, prescritos nas Regras,, po
deríam juntar-se :
Peregrinação anual a um santuário notável
de Nossa Senhora ;
Celebração piedosa de certos meses consa
grados pela Santa Igreja a devoções particula
res ; o de Maio, à Ssma. Virgem ; o de Junho,
ao SS. Coração de Jesús ; o de Outubro, ao
Rosário de Nossa Senhora ; o de Março, a S.
José. ..
Para o mesmo fervor concorre, sendo muitas
vezes fruto dele, efetuar com regularidade e
constância.
Vida das Congregações 75
2. Os atos de governo da Congregação:
1. Admissão de Congregados e Candidatos ;
3. Consultas ordinárias e extraordinárias,
Se a isto acresce por parte de cada um o
desempenho fiel e conciencioso dos deveres pró
prios e do cargo, é quase impossível não se
revelar na Congregação uma vitalidade aben
çoada, que Deus e a Virgem SS. coroam sempre
de frutos salutares.
Para as Congregações de jovens ou estu
dantes uma parte importante da vida interna da
Congregação está nas
3. Academias, onde os seus membros se
exercitam em trabalhos apologéticos, científicos,
literários, artísticos, econômicos...
São verdadeiras escolas de formação, que
cultivam a inteligência e o espírito, formam e
apuram o gosto, e orientam o critério de cada
um, quer em matérias religiosas, quer em
assuntos profanos.
Quando bem assentes em piedade e bem
dirigidas, são na Congregação o melhor tirocínio
de apostolado.
Nem é difícil organizá-las.
Formam-se secções com os Congregados
que se destinam aos estudos de cada ramo, ou
têm gosto deles. Determinam-se os trabalhos
quinzenais ou mensais, e fixa-se para cada grupo
ou secção o dia da reunião. Nesta lê ou expõe o
76 Segunda parte
seu trabalho quem dele • foi encarregado, e
discute-se depois em comum.
Os assuntos devem ser bem escolhidos, em
séries; entregues com a necessária antece
dência ; e anunciados a tempo de poderem
prepará-los e discutí-los todos os membros da
secção. E os trabalhos, antes de apresentados
em reunião, devem ser vistos pelo Diretor da
Congregação, ou por outrem competente.
Vida externa. Compreende as obras de
apostolado social, e as múltiplas relações da
Congregação ou dos Congregados como membros
dela.
A) Obras de apostolado são :
O bom exemplo ;
O ensino da doutrina cristã em particular,
ou em catequeses ;
A visita aos enfermos, nos hospitais ou fora
deles ;
A visita aos presos ;
A visita aos pobres.
Além destas, a que as antigas Congregações
se consagraram com grande zelo, as Regras e a
prudência cristã aconselham para os tempos
presentes outras que poderiam ser
Ou Obras de piedade :
Promover a frequência dos Sacramentos, o
espírito de obediência à Igreja e à Santa Sé,
retiros fechados ou públicos... ;
Vida das Congregações 77
Propagar e auxiliar o Apostolado da Oração,
a Comunhão reparadora, a Adoração, as Con
frarias do SS. Sacramento, o Rosário, as Ordens
Terceiras, a Congregação da Boa Morte, as Con
ferências de S. Vicente de Paulo...;
Ou obras de educação cristã :
Promover a difusão da boa imprensa ;
Procurar a fundação de escolas católicas,
catequeses, oratórios festivos e dominicais, bi
bliotecas populares de bons livros.
Auxiliar eficazmente as obras da Propaga
ção da Fé, da Santa Infância, dos Seminários,
das Vocações sacerdotais e religiosas, das Uni
versidades católicas...;
Ou obras sociais, particularmente aquelas
em que predomina a ação (Juventude católica,
Círculos católicos...), ou a beneficência e
caridade (Secretariados do povo, Socorros mú
tuos, Bolsas de trabalho, de colocações. ..), ou
a preservação (Patronatos, Recolhimentos,
Escolas de artes e ofícios...).
Não é que as Congregações tomem para si
a gerência ou a administração de tais obras, —
o que não seria certamente espírito nem com
petência sua ; mas promovê-las e auxiliá-las
eficazmente está sem dúvida no âmbito da sua
missão social, e é um dos maiores apostolados
que um Congregado pode exercer nos. tempos e
sociedade de hoje.
78 Segunda parte
B) As relações das Congregações Ma
rianas com as outras, em vista do próprio fim
de todas, são desejadas e aconselhadas nas Re
gras, por meio de :
1. Congressos regionais, quer de Diretores,
quer de Congregados ;
2. Revistas próprias das Congregações ;
3. Federação permanente das Congregações,
segundo a classe e região delas.
Unidas deste modo e por tantos meios, as
Congregações aumentam intensamente a vida e
fervor de cada uma, e influem de maneira mais
poderosa e eficaz no melhoramento do meio
social.
C) Nas relações com pessoas ou corpo
rações estranhas timbraram sempre as Congre
gações Marianas em proceder fidalgamente.
Às autoridades eclesiásticas, em particular,
ainda quando delas diretamente não dependem,
votaram e votam muito respeito, muito amor,
muita obediência, e um desejo sumo de lhes ser
prestáveis em tudo o que é da glória de Deus,
das almas, e honra da Santa Igreja.
Promovem nas respetivas localidades todas
as obras de piedade, zelo, apostolado, caridade e
misericórdia ; estão sempre ao lado do seu pá
roco em prol da santificação do rebanho de
Cristo, e procuram ser os seus mais devotados
auxiliares, pois sabem como nisto vãi a honra
de Deus e de sua Mãe SS. e a salvação do
próximo.
O conjunto da vida interna e externa dos
Congregados faz que o altar da Congregação
Vida das Congregações 79
seja um foco de bênçãos, de amor, de fé, de
vida sobrenatural, e de atividade cristã e
apostólica. Nele se haurem as forças e ânimo,
se retemperam coração e armas ; e dele se voa
com valentia e garbo aos combates da vida, que,
à sombra do Coração e manto de Maria, não
deixam nunca de ser coroados de vitória e
prêmio.
D) Relações Federativas. As Congrega
ções Marianas são autônomas : a organização
e a vida interna dependem unicamente do Dire
tor, coadjuvado pela Diretoria. Esta autonomia
porém não impede que as Congregações se unam
em Federações diocesanas e em confederações
nacionais. Esta união é prevista e aconselhada
pelas Regras (Regra 68).
A federação e a confederação são centros
informativos, orientadores e coordenadores;
não têm estrita jurisdição sobre as Congrega
ções ; existem, porém, compromissos mútuos
que tanto a Federação como as Congregações
devem observar.
TERCEIRA PARTE
RITUAL E CALENDÁRIO
I. RITUAL
Admissão de candidatos..................... 83
Admissão de Congregados ................. 87
Veni, Creator Spiritus ...................... 88
Bênção das medalhas........................ * 90
Reuniões ............................................. 96
Renovação da Consagração............... 102
Consultas............................................. 103
Provimento dos Ofícios ..................... 105
Proclamação e posse das dignidades.. 107
II. CALENDÁRIO MARIANO............ 110
Fórmula da Consagração
Santíssima Virgem Maria, / Mãe de Deus,
/ eu, N. N., / ainda que indigníssimo / de ser
vosso servo, / movido contudo / pela vossa
admiravel piedade / e pelo desejo de vos servir,
/ vos elejo hoje, / em presença do meu Anjo
Ritual ni
da Guarda / é de toda a côrte celeste, / por
minha especial Senhora, / Advogada e Mãe, / e
firmemente proponho / servir-vos sempre, / e
fazer quanto puder / para que dos mais / sejais
também / fielmente servida e amada. / Suplico-
vos e rogo-vos, / ó Mãe piedosíssima, / pelo
sangue de vosso Filho / por mim derramado, /
me recebais por servo perpétuo / no número dos
vossos devotos. / Assistí-me em todas as minhas
ações, / e alcançai-me de vosso Filho graça /
para que sejam tais / daqui para o futuro / os
meus pensamentos, palavras e obras, / que nunca
mais ofenda os vossos olhos / e os de vosso
divino Filho. / Lembrai-vos de mim, / e não me
abandoneis / na hora da minha morte. / Amen.
N álg u m a s Congregações acrescenta-se o
Compromisso
E como os Sumos Pontífices / têm repetidas
vezes / condenado a Maçonaria / e quaisquer
outras sociedades secretas, / eu, / obedecendo
com amor filial à autoridade dos Vigários de
Cristo / e nomeadamente aos desejos / de Sua
Santidade Leão XIII / expressos na Encíclica
Humanum genus, / tomo a resolução e compro
misso / de nunca me filiar / em alguma das
sobreditas seitas, / sob qualquer denominação
que seja, / e de, pelo contrário, combater
animosamente / em todo o tempo e lugar ( as
suas tramas, / doutrina e influencia. / 881111
Deus me ajude.
94 Terceira parte
0 Diretor diz de pé a
Fórm ula de admissão
Ego, ex auctoritáte mihi legitime collata vos
in sodalitátem Beatissimae Virginis (tituli pri-
marii) et (tituli secundarii) recipio atque óm-
nium Indulgentiárum, Primae-Primáriae Ro-
manae et nostrae concessárum participes effício.
E t nunc quidem nómina vestra referéntur in
album congregatiónis ; in aetérnum vero scripta
6Ínt in caelis.
N a lg u m a s Congregações usa-se concluir :
In nómine Patris f, et Filii f, et Spiritus
t Sancti. Amen.
E acrescentar :
Benetdicat vos Cónditor caeli et terrae, qui
vos elígere dignátus est ad Beatissimae Virginis
Mariae Societátem : quam precámur ut in hora
óbitus vestri cónterat caput serpéntis, qui vóbis
est adversárius, et tandem tanquam victrices
palmam et corónam sempitaernae haereditátis
consequámini. Per Christum Dóminum nos
trum. R?. Amen.
O D iretor senta-se. Cada um dos novos Congregados
vem joelhar-se junto dele , c ojerece-lhe a vela acesa , que
ele passa ao Tesoureiro , ou pessoa encarregada de a receber.
O Instrutor recolhe do novo Congregado a insígnia de Can -
ditado. O Diretor dá a beijar a medalha da nova fita ao
Congregado , e impõe-lha, dizendo :
Accipe signum Congregatiónis beátae Marise
Virginis ad córporis et ánimae defensiónem, ut
divinse bonitátis grátia, et ope Mariae, Matris
Ritual 95
tuae, aetérnam beatitúdinem cónsequi mereáris.
In nómine Patris t, et Filii f, et Spiritus f Sancti.
Amen.
Entrega-lhe o D iplom a e o M a n u a l:
Accipe has regulas atque diplóma, quo
assertus es Beátse Mariae Virginis filius ; sed tu
mélius, ,móribus ac pietáte te ejusdem filium
exhibe. ínterim, te cum Prole pia, benefdicat
Virgo Maria.
O Instrutor apresenta os novos Congregados ao £>i-
retor , Presidente e A ssistentes, para serem abraçados, en-
quanto no côro se canta o hino da Congregação, ou outro
canto apropriado.
E m seguida ajoelham todos ; o Diretor levanta-se ,
e diz :
Suscipiat vos Christus in númerum con-
frátrum nostrórum et suórum famulórum. Con-
cédat vobis tempus bene vivéndi, locum bene
agéndi, constántiam bene perseverándi, et ad
setemse vitse hsereditátem felíciter perveniéndi :
et, sicut nos hódie fraterna cáritas spirituáliter
jungit in terris, ita divina pietas, quae dilectiónis
est auctrix et amátrix, nos cum fidélibus con-
júngere dignétur in caelis. Per eúndem Christum
Dóminum nostrum. 1^7. Amen.
D epois, voltado para o altar :
Confirma hoc, Deus, quod operátus ea
in nobis :
1$. A templo sancto tuo, quod est in Jeru
salém.
S. Salvos fac servos tuos,
IÇ. Deus meus, sperántes in te.
y. Mitte eis, Dómine, auxilium de sancto :
]$r. Et de Sion tuére eos.
96 Terceira parte
'f. Dómine, exáudi oratiónem meam,
B?. E t clamor meus ad te véniat..
y. Dóminus vobiscum.
É?. E t cum spiritu tuo.
Orem us. Adésto, Dómine, supplicatióni-
bus nostris, et bos fâmulos tuos, quos Congre-
gatióni Beátae Marise Virginis aggregávimus,
benejdicere dignáre ; et prsesta, ut statúta nos-
tra per auxilium grátise tuae sancte, pie et reli-
gióse vivéndo váleant observáre, et observando
vitam promeréri sempitérnam. Per Christum
Dóminum nostrum. ,
Sentam -se todo8, e o Diretor fa z u m a breve exortação .
O ato conclvit sendo poscivelt com Te D e u m f e bênção
do S S . Sacram ento •
III — Reuniões
Às reuniões podem ser ordinárias (sema
nais ou quinzenais), e extraordinárias (para
fins especiais).
Reuniões ordinárias
As Regras exigem reuniões pelo menos
semanais, em dia e hora marcadas, que não
devem alterar-se sem motivo muito grave,
f Os dias mais próprios são os domingos e
p dias santos, e com mais razão os das festas prin-
cipais de Nossa Senhora e dos Protetores secun
dários da Congregação.
As reuniões celebram-se geralmente na
‘ Capela da Congregação, e de manhã, para faci-
< litar a sagrada Comunhão. Congregações há,
Ritual 97
contudo, que se reunem de tarde, juntando-se
de manhã só para a Comunhão geral do mês.
Os exercícios de piedade e a distribuição e
duração deles podem variar de uma Congre
gação para outra, e até na mesma Congregação
em diversos tempos e circunstâncias.
Os enumerados nas Regras Comuns são :
1. ° Invocação do Espírito Santo com o
hino Veni Creator ;
2. ° Leitura espiritual, por dez ou quinze
minutos, enquanto os Congregados se reunem ;
3. ° Leitura do Calendário Mariano ;
Canto de Matinas ou Vésperas do Ofício
pequeno de Nossa Senhora, conforme a reunião
é de manhã ou de tarde ;
5. ° Breve prática do Diretor ;
6. ° Ladainha de Nossa Senhora por con
clusão, ou preces ao Padroeiro secundário, ou
outras orações.
Se a reunião é de manhã, diz-se a Missa
durante as Matinas. Nalgumas Congregações,
porém, não se cantam Matinas, para os Congre
gados comungarem na Missa.
Ao Diretor pertence regular tudo, e fazê-lo
observar com uniformidade.
É uso antigo e muito recomendado, que
cada um dos Congregados tire à sorte em cada
mês um Santo protetor, honrando-lhe com pie
dosos obséquios o dia, e procurando imitar a
virtude que nele mais floresceu. Pio X consa
grou este pio costume, concedendo-lhe uma
indulgência plenária.
98 Terceira parte
Reuniões extraordinárias
As Regras Comuns mencionam as seguintes:
1. Com unhão geral£do mês
F az-se em d ia fix o , ou no de algu m a festa so len e d e
N osso Senhor ou N o ssa Senhora .
P ode co nsistir n a Missa, com preparação e ação
de graças da C om unhão , leitura do C alendário M ariano
p a ra a sem a na seguinte, canto da Salve Rainha, ou outras
breves orações.
Sendo sem a nais as reuniões da Congregação, pode a
C om un hão geral jazer-se n u m a das reuniões ordinárias .
2) Exercícios Espirituais de S. Inácio
O D iretor assina-lhes o tem po, duração e horário .
Procure-se que os exercícios sejam fechados para
m elhor fru to dos exercitantes e, que nenhum Congregado
fa lte a tão salutar ato da Congregação .
N ão podendo o retiro ser fechado , m a ndam as Regra*
que haja por dia duas reuniões, pelas quais passam como
dam ente distribuir-se os p rin cip a is exercícios : leitura ,
leitu ra , meditações, exortações,' M issa e R osário .
3) Festas titulares da Congregação
C ada Congregação deve celebrar com a solenidade
possível as festas dos seus Padroeiros, princip al e secunr
dário, e prepará-las com novena ou tríduo.
Se o protétor secundário não for S . L u iz Gonzagat
recom enda-se a celebração tam bém da festa do santo jovem,
o u ao m enos que não se om ita a piedosa praxe dos seis
dom ingos em sua honra.
4) Sufrágio dos Congregados falecidos
P ara sufragar as alm as dos Congregados falecidos,
costum a-se nas Congregações M arianas fazer o seg u in te:
^ Ü a) Por cada um, quandojmorre :
O Secretário, de acordo com o D iretor e Presidente,
avisa o m a is cedo possivel os Congregados para orarem pelo
fin a d o . acompanharem à sepultura o cadaver. e se reunirem
Ritual 99
em dia e hora marcados para os sufrágios comuns. Quando
a reunião não pode ser extraordinária, fazem -se os sufrágios
na prim eira reunião ordinária em lugar dos atos costumados.
R eunidos na Capela, recitam antes da M issa o Oficio
de defuntos, ou parte dele ; o Diretor, em lugar da exor
tação, recorda brevemente os bons exemplos do Congregado
que D eus chamou a si, e exorta os demais à virtude e fideli -
dadé aos seus deveres .
Segue-se a M issa e Comunhão geral pela alm a do
finado.
b) Por todos os Congregados falecidos :
Reza-se o Ofício de defuntos na tarde de 1, ou na
m anhã de 2 de Novembro.
Quando é possivel, aplica-se também por eles a M issa
e Comunhão, para o que, sendo geralmente impedido já o
dia 2, se transfere de ordinário a reunião para o primeiro
dia possivel .
A estas reuniões extraordinárias poderíam
acrescentar-se e de fato se acrescentam em
muitas Congregações (sobretudo nas eretas em
colégios e casas de educação, ou constituídas por
membros que têm de ausentar-se da sede da
da Congregação alguns meses cada ano), duas
outras reuniões :
5) Reunião das despedidas
É um dos atos mais de família e mais terno,
que a Congregação sói celebrar : a despedida
que os Congregados fazem da Virgem SS., do
altar da Congregação, do Diretor e de todos os
Irmãos.
E, como a separação pode mais facilmente
trazer diminuição de fervor e afrouxamento de
espírito, pedem alí a Nossa Senhora que os
abençoe e proteja durante os meses de ausência,
os livre de más companhias e de todas as oca-
100 Terceira parte
siões de pecado, e os reuna outra vez a seus pés,
fervorosos, puros, e desejosos de continuarem a
santificar-se, trabalhando pela glória de Deus e
progresso da Congregação.
O ritual costuma ser o seguinte :
R eunem -se os Congregados em dia prêviam ente Jixo
e a n u n c ia d o , ouvem a M issa do D iretor, e com ungam .
D epois da açáo de graças, o D iretor ja z u m a exortação*
acom odada ao ato ; em seguida a ela, o P residente diz,
ju n to ao altar de N ossa Senhora, em nom e de todos :
Rainha do paraiso, que por Deus fostes
escolhida para Mãe sua e exaltada acima de
todos os anjos e santos : do fundo deste vale de
lágrimas, nós vos saudamos, Senhora, e vos
suplicamos que volvais a estes filhos os vossos
olhos misericordiosos, principalmente durante o
tempo em que não teremos a felicidade de vir
aqui visitar-vos.
Vêde, Mãe amorosíssima, em quantos pe
rigos vamos encontrar-nos de perder a graça de
Deus, e com ela o vosso amor de predileção I
Assistí-nos, Virgem Imaculada, e livrai-nos
dos laços que os nossos inimigos não cessam de
armar-nos. Conservai-nos puros e fervorosos, e
fazei que voltemos de novo aqui, a vossos pés,
sem termos uma só vez sequer ofendido a Deus
e desmerecido o vosso amor de Mãe.
Amparai-nos em todos os passos da nossa
vida, para que, vivendo reunidos em torno do
vosso altar, tenhamos todos a felicidade de nos
vermo£ no céu a vossos pés, sem nunca mais nos
separarmos de vós, e de beijarmos essa mão, que
Ritual 101
tantas graças nos concedeu e nos afastou de
tantas ocasiões de pecado.
Adeus, Mãe querida : abençoai-nos a todos,
e não nos esqueçais nunca. Lembrai-vos que
sois nossa Mãe, e fazei que todos nos lembremos
sempre de que somos filhos vossos. Assim seja.
O ato acaba com a bênção do S S . Sacramento, depois
da qual os Congregados se despedem do Diretor e uns dos
outros .
N esta reunião deve anunciar-se o lugar, dia e hora,
em que há-de celebrar-se, quando se pode celebrar, a
6) Reunião das férias
Escolhe-se geralmente um dia consagrado a N ossa
Senhora, e nele se reunem os Congregados para assistir à
M issa, comungar e ouvir um a exortação do Diretor, ou ds
outro Sacerdote que ele escolher ou aprovar .
E sta reunião é de sum a importância para conservar
e reanim ar o jervor, e para alcançar de D eus e da V irgem
S S . novas graças, com que os Congregados continuem a
viver, jiê is a Deus e a sua M ãe do céu , esse tempo tão cheio
de perigos para as suas almas.
As reuniões e os outros atos solenes da
Congregação costumam ser encerrados com
alguma oração a Nossa Senhora, recitada pelo
Presidente. Pode ser esta, usada em muitas
Congregações :
Lembrai-vos, Mãe amorosíssima, desta
Congregação, que instituístes como cidade de
refúgio, para salvaguardar da corrupção geral
os descendentes não degenerados daqueles que
vos amaram e serviram tanto. Fazei que as
vossas Congregações se multipliquem nesta
terra, que é vossa, neste Brasil, que nossos ante
passados vos consagraram. Não permitais que
102 Terceira parte
o demônio lance a desunião entre os que estão
unidos no vosso amor, que prometeram servir-
vos, e de quem sois Mãe.
Perdoai-nos, por último, Mãe piedosíssima,
a nossa frouxidão e negligência no vosso serviço ;
alcançai-nos de vosso divino Filho o perdão dos
nòssos pecados ; dai-nos o vosso amor, e aben
çoai-nos em nome do Padre, do Filho e do Espí
rito Santo. Amen.
IV — Renovação da Consagração
Como é de sua natureza um ato que muito
concorre para aumento do fervor dos Congre
gados, convém fazer-se com toda a solenidade.
Nalgumas Congregações escolhe-se para ele
um dia solene, consagrado a Nossa Senhora, no
qual não haja outros atos especiais da Congre
gação.
Noutras faz-se na festa da conclusão do
mês de Maria.
Não seria de certo dia menos próprio o da
conclusão dos Exercícios Espirituais de cada
ano.
No ato devem tomar parte todos os mem
bros da Congregação, e pode fazer-se antes ou
depois da Missa, ou de tarde, a juizo do Diretor.
O ritual é como segue :
Abre-se o ato com o Ave, Maris Stella, ou com outro
■ cântico a N ossa Senhora.
O Diretor exorta brevemente os Congregados à reno
varão ardente e fervorosa da consagração à S S . Virgom,
como no dia em que tiveram a ventura de ser recebidos na
Congregação por filhos queridos de M aria.
Ritual 103
E m seguida o Presidente e m ais O ficiais, com velas
acesas, aproxim am -se do altar da Congregação, ajoelham -se
em duas fila s, com o Presidente no centro, e este lê em vos
alta e pausada, acompanhando ao mesmo tem po, ou repe
tindo, todos os O fíciosais o A to de Consagração, como na
adm issão a Congregados.
Acabado ele, o Presidente e O ficiais voltam aos seus
lugares ; e vão ao altar, com velas acesas, os Congregados
todos. A joelham em duas fila s, como os prim eiros, fica n d o
ao centro, acompanhado do Instrutor ou Secretário, o Con
gregado m ais antigo, que recita com os m ais em voz alta o
A to de Consagração, voltando todos no fim a seus lugares .
Se, como algures se usava, o A to de Consagração está
im presso e assinado pelo Congregado, o Secretário reune-os *
junta-os aos do Presidente e Oficiais, e entrega-os ao D iretor,
Que os coloca sobre o altar.
Concluido o ato, se a festa ê de manhã, celebra-se a
M issa, e há Comunhão geral, com bênção do S S . Sacra
mento. Se é de tarde, dá-se a bênção do S S . Sacram ento *V
V — Consultas
Alem dos casos de necessidade, muito im
porta à conservação e progresso da Congregação
que frequentemente se reuna a Consulta para
ponderar o estado da Congregação, discutir e
escolher os meios mais oportunos para o desen
volvimento dela.
A consulta é formada pelo Diretor, Presi
dentes, Assistente, Secretário, Consultores, Ins
trutor e Tesoureiro. É convocada pelo Diretor,
ou pelo Presidente por ordem dele. E não pre
cisa de estar plena para deliberar, principal
mente em coisas de expediente ordinário.
Ao Diretor incumbe especialmente propor
os pontos para consultar ; e sobre estes irão oa
mais dando por sua ordem o seu parecer com a
devida ponderação. Os outros membros do Con-
104 T erceira parte
«elho podem fazer as suas propostas, tendo
sempre em vista a glória de Deus, a honra de
Maria SS., e o verdadeiro bem da Congregação
Se, porém, a proposta envolve assunto de gra
vidade ou de melindre, devem primeiro con-
ferí-la em particular com o Diretor.
As deliberações são tomadas por maioria de
votos e as de maior importância, sobretudo ha
vendo ponto de algum melindre, em escrutínio
secreto.
O Diretor e o Presidente têm cada um dois
votos.
Consideram-se resoluções da Consulta, e
como tais se decretam e promulgam, as que,
tendo sido tomadas por absoluta maioria de
votos, forem aprovadas pelo Diretor, sem cujo
consenso nenhuma deliberação, ainda tomada
por unanimidade, pode ser válida (Regr. Com.,
n . 50).
D eve guardar-se o necessário segredo do
que se passa nas consultas ; e as resoluções
tom adas e aprovadas hão-de observar-se fiel
mente, enquanto justas razões não aconselharem
o contrário.
O ritual para as consultas é na C o n g r e g a ç ã o
Romana :
A ntes da C onsulta
.
Todoê ajoelham O Diretor :
Actiónes nostras, quaesumus, Dómine, aspi-
rándo pneveni et adjuvándo p r o s é q u e r e u t
cuncta nostra orátio et operát.o a
incipiat et per te ecepta fímatur. Per Chnsture
Dóminum nostrum. 19- Amen.
Ritual 105
Ave Maria, etc.
Sedes sapiéntiae.
R?. Ora pro nobis.
Sentam -se por sua ordem .
O Secretário lê o resumo da últim a consulta , para
ser aprovada antes de se escrever no livro respectivo .
A Consulta ocupa-se em seguida das matérias que há
para tratar .
Depois da Consulta
Todos ajoelham . O Diretor :
Agimus tibi grátias, omnipotens Deus, pro
univérsis beneficiis tuis, qui vivis et regnas in
saecula saeculórum. 1$. Amen.
'f. Nos cum prole pia.
B?. Benedicat Virgo Maria.
VI — Provimento dos Ofícios
Os ofícios ou cargos da CongregaçãoJreno-
vam-se cada ano.
As novas Regras parecem inclinar-se a que:
1. ° Os membros do Conselho ou Oficiais
Maiores sejam de eleição da Congregação em
lista trinominal proposta pelo Diretor para cada
cargo separadamente ;
2. ° Os substitutos destes (Vice-Secretário,
Viee-Instrutor, Vice-Tesoureiro. . ., que o Di
retor pode fazer contar entre os Oficiais Maiores)
e os Oficiais Menores sejam de livre nomeação
do Diretor.
Contudo, deixam livre o provimento por
nomeação do Diretor, ou por eleição, quer nas
Congregações existentes ao tempo da promulga
106 Terceira parte
ção das Regras, as quais podem seguir o modo
que costumavam antes, quer nas fundadas de
pois, que podem adotar um ou outro, em har
monia com as circunstâncias e fim próprio de
cada uma.
Ou eleitos, ou nomeados, os Oficiais maiores
e menores têm no desempenho do seu cargo os
poderes que o Diretor de fato lhes comunicar,
e ficam sempre, individual e coletivamente, su
jeitos no exercício deles à autoridade do Diretor.
Quando algum cargo vaga durante o ano,
provê-se por qualquer dos modos adotados ou
costumados na Congregação.
Havendo de proceder-se à eleição, o Diretor
fixa e anuncia com antecedência o dia e hora
em que ela deve realizar-se, de modo que todos
os Congregados possam, como lhes cumpre,
comparecer e votar.
O ato da eleição abre-se e encerra-se com as orações
das consultas ordinárias.
O Diretor , depois de expor a im portância da eleição ,
m anda ler os ns. 18, 19, 20, 21, 22, 48 e 59 das Regras
C om uns, e lembra aos Congregados que devem , ao dar o
seu voto, não deixar-se levar de afecto ou preocupação m u n
dana, m as pôr os olhos só na glón a de D eus, honra de M aria
S S . e bem da Congregação , elegendo os que em conciência
lhes parecerem m ais aptos e dignos.
E m seguida propõe para os vários cargos as listas
trinom in ais organizadas por ele , como as Regras parecem
preferir, ou combinadas em consulta prévia (1).1
Calendário Marianò^
■'■ '•■ 'VTOSíP..
117
Festas móveis :
Sexta-feira depois da oitava do Corpo de Deus :
Festa do Ssmo. Coração de Jesús. — Ind.
p le n . (VI, A, 1).
JULHO
3. Visitação de Nossa Senhora.
3. S. Bernardino Realino, Conf., Congregado
e D ire to r de Congregação.
•5. S. Antônio Maria Zacaria, fundador dos
Religiosos Barnabitas.
7. C om eça a novena de N ossa Senhora do
C a rm o.
15. Beatos 40 Mártires do Brasil.
16. Festa de Nossa Senhora do Carmo.
18. S. Camilo de Lellis, conf., Congregado.
19. S. Vicente de Paulo, Conf., Congregado.
22. C om eça a novena de S . In ácio de L oiola.
26. S. Ana, Mãe de Nossa Senhora.
'27. B. Rodolfo Aquaviva, Mártir, Congregado
e D ire to r de Congregação.
31. S. Inácio de Loiola, S. J., conf. — In d . plen •
(VI, A, 1).
Festas móveis :
Em Julho começam os 5 Domingos de S. João
Berchmans. — I n d . de 7 a. e 7 q. nos 5
primeiros Domingos (VI, B, a, 1). Ind»
p le n . no quinto (VI, A, 7).
118 Terceira parte
AGOSTO
2. S. Afonso Maria de Ligório, bispo, conf.,
doutor, C on gregado. I n d . d a P o rc iú n c u la .
4. S. Domingos, confessor, fundador da Ordem
dos Padres Pregadores.
õ. Nossa Senhora das Neves. *
6. Transfiguração de Nosso Senhor. — C om eça
a novena d a A ssu n çã o de N o s sa S e n h o ra .
13. S. João Berchmans. S. J., Confessor, C on
gregado..
15. Assunção de Nossa Senhora. — I n d . p le n .
1, 3).
16. Festa de S. Joaquim, pai de Nossa Senhora.
19. S. João Eudes, Confessor C on gregado.
20. S. Bernardo, Confessor.
27. S. José Calazans, Confessor, C on gregado.
28. S. Agostinho, Confessor, doutor da Igreja.
29. C om eça a N oven a de N . S en h ora A p a r e c id a .
30. S. Rosa de Lima, Padroeira da América
Latina. C om eça a novena d a N a tiv id a d e d e
N o ssa S en h ora.
31. B. Juvenal Ancina, Confessor, C on gregado.
SETEMBRO
3. B. Antônio Ixida, Mártir, C on gregado.
4. Beatos Mártires de Paris, alguns dos quais
C on gregados e D ireto res de C on gregação.
6. C om eça a novena de N . S . d a s D o res.
7. N. Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil.
8. Natividade da Ssma. Virgem. — I n d . p le n .
(1, 3).
Calendário Mariano 119
9. S. Pedro Claver, S. J., conf., Congregado —
Ind. plen. (VI, A, 1).
10.- B. Carlos Spinola, S. J., Mártir, Congregado.
15. Nossa Senhora das Dores.
17. As chagas de S. Francisco de Assis.
24. Nossa Senhora das Mercês.
25. B. Camilo Constancio, S. J., Mártir, Conqr.
26. Santos Mártires Canadenses, Congregados.
27. Publicação da Bula Áurea “Gloriosae Do-
minae”, em 1748, pelo Papa Congregado
Benedito XIV, sobre a excelência das Con
gregações Marianas e em 1948 da Consti
tuição Apostólica “Bis seeculari dic” de
Sua Santidade o Papa Pio XII.
Festas móveis :
Domingo entre 4 e 10 do mês : Começam os 10
domingos de S. Estanislau. — Ind. de 7 a.
e 7 q. (VI, B, 3).
Domingo entre 24 e 30 do mês : Começam os 10
domingos de S. Francisco Xamer. Ind.
plen. (VI, A, 4).
Têmporas de Setembro. — Ind. de 10 o. e 10 q.
cada um dos três dias (VII, 5.°).
OUTUBRO
(Más, do Rosário)
2. Os Ss. Anjos da Guarda.
3. S. Terezinha do Menino Jesus, Virgem,
Congregada.
120 Terceira parte
4. S. Francisco de Assiz, Confessor.
7. Festa do Rosário de Nossa Senhora.
10. S. Francisco de Borja, S. J., conf. — I n d .
p le n . (VI, A, 1).
11. Maternidade de Nossa Senhora.
24. S. Rafael Arcanjo, padroeiro do Brasil.
30. S. Afonso Rodrigues, S. J., conf. — Znd.
p le n . (VI, A. 1).
Festas móveis :
Penúltimo Domingo de Outubro : D ia da&
M issõ e s.
Último Domingo de Outubro : F e sta de Cristo*
R e i.
NOVEMBRO
(M ês d a s alm a s)
1. Festa de Todos os Santos. — De tarde :
Comemoração dos Congregados falecidos.
2. Dia de finados. — I n d . p len . (7, 4).
4. S. Carlos Borromeu, bispo, conf. fund. de
muitas Congr. — C om eça a novena de S .
E sta n isla u — I n d . de 100 d ia s cada dia (VI,.
B, b, 2)
7. B. Antônio Baldinucci, S. J., Confessor,.
m C on gregado.
12. C om eça a novena d a A p resen ta çã o de N o s s a
S en h ora .
13. S. Estanislau Kostka, S. J., conf. — Ind..
p le n . (VI, A, 1).
15. B. José Maria Pignatelli, S. J., C o n fe s s o r ,,
C on gregado.
Calendário Mariano 121
17. Beatos Mártires do Rio Grande do Sul
Roque Gonzalez e Companheiros. r
19. Morre em Turim, em 1584, o R. P. Joáo
Leunis, S. J., fundador das Congregações
Marianas.
21. Apresentação de Nossa Senhora.
24. C om eça a n oven a de S . F rancisco X a vier.
26. S. Leonardo de Porto Maurício, confessor,
C on g rega d o .
27. Nossa Senhora da Medalha Milagrosa.
29. C om eça a n oven a d a Im acu lada Conceição.
N. B. — Celebrando o mês em honra de
S. Estanislau, podem lucrar-se: In d . de 100
, d ia s cada dia (VI, B, b, 1) e In d . plen.
num dia à escolha (VI, A, 5).
DEZEMBRO
1. B. Edmundo Campião, S. J., mártir, ju n d .
de C on gregações.
3. S. Francisco Xavier, S. J., conf. — I n d .
p le n . (VI, A, 1).
5. Publicação da Bula “Omnipotentis Dei” do
Papa Gregório XIII, em 1584, com que a
Igreja confirma a primeira Congregação
Mariana — a Prima Primária do Colégio
Romano — e louva a instituição das Con
gregações.
8. Imaculada Conceição da Ssma. \ irgem.
I n d . p le n . (1, 3).
9. S. Pedro Fourier, conf., Congregado.
12. Nossa Senhora de Guadalupe, Padroeiia da
América Latina.
122 Terceira parte
16. Começa a novena do Natal.
18. Nossa Senhora do Parto.
24. Vigília do Natal. — Ind. de 15 a. e 15 q.
(Estações, VII, 4.°).
25. Natal de N. S. Jesús Cristo. — Ind. plen.
(1, 3). — Ind. de 15 a. e 15 q. na l.a e 2.»
Missa (Estações, VII, 4.°). — Ind. de 30 a.
e 30 q. na 3.* Missa e resto do dia. (Esta
ções, VII, 2.°). — Ind. de 7 a. e 7 q. (Visita,
VI, B, a, 1).
26. S. Estevão, proto-mártir. — Ind. de 30 a. e
30 q. (Estações, VII, 2.°).
27. S. João, Apóstolo e Evang. — Ind. de 30 a.
e 30 q. (Estações, VII, 2.°).
28. Os Ss. Inocentes. — Ind. de 30 o. e 30 q.
(Estações, VII, 2.°).
29. B. Gaspar dei Búfalo, Confessor, e fun
dador de Congregações. ,
Festas móveis :
Domingos l.°, 2.° e 4.° do 4dvento. — Ind. de
15 a. e 15 q. (Estações, VII, 5.°).
Domingo 3.° do Advento. — Ind. de 15 a. e 15
q. (Estações, VII, 4.°).
Têmporas do Advento. — Ind. de 10 a. e 10 q.
(Estações, VII, 5.°).
QUARTA PARTE
DEVOCIONÁRIO MARIANO
Orações da m anhã..................................... 125
Angelus, Rainha do céu........................... 127
Meditação .................................................. 129
Missa .......................................................... 132
Ordinário da missa ................................... 133
Modo de ajudar a m issa......................... 165
Confissão...................................................... 177
Comunhão .................................................. ISO
Exames de conciência............................... 185
Orações da noite ....................................... 188
•Orações a Nosso Senhor ......................... 192
Via Sacra ........................................... . • • • 206
Hora S an ta ................................................ 212
Orações e Novenas ................................... 234
Ordinário da Missa
O Sacerdote junto do altar, benzendo-se,r diz :
In nómine Patris f Em nome do Padre e
et Filii et Spiritus do Filho e do Espírito
Sancti. Amen. Santo. Amen.
Introibo ad al- "Jf. Aproximar-me-ei
táre Dei. do altar de Deus.
Jty. Ad Deum qui 1^. Do Deus que é a
laetificat 3uventútem alegria da minha juven
meam. tude.
Júdica me, Deus, 'f. Julgai-me, ó Deus,
et discerne causam e separai minha causa
meam de gente non da gente ímpia : livrai-
sancta : ab hómine me do homem injusto e
iniquo et dolóso érue enganador.
me.
Quia tu es, ty. Pois vós, meu
Deus, fortitúdo mea : Deus, sois minha forta
quare me repulisti et leza. Por que me rejei
Çuare tristis incédo, tastes ? E por que ando
dum afflígit me ini- eu triste, enquanto me
mfeus ? aflige meu inimigo .
134 Quarta parte
Lançai sobre mim f . Emitte lucem
vossa luz e vossa verda tuam, et veritátem
de ; elas me guiaram e tuam : ipsa me de-
conduziram ao vosso duxérunt et addu-
monte santo e às vossas xérunt in montem
moradas. sanctum tuum et in
IÇ. Aproximar-me-ei tabernácula tua
do altar de Deus : do IÇ. Et introíbo ad
Deus, que é a alegria da altare Dei ; ad Deum
minha juventude. qui lsetificat juven-
tútem meam.
A vós cantarei, 'f. Confitébor tibi
Deus, Deus meu, ao som in cíthara, De u s ,
da harpa ; por que estás Deus meus ; quare
triste e por que me in tristis es ánima mea et
quietas, minha alma ? quare contúrbas me ?
^7. Espera em Deus ; IÇ. Spera in Deo,
porque ainda o hei-de quóniam adhuc con
louvar como a meu Sal fitébor illi : salutáre
vador e meu Deus. vultus mei, et Deus
Glória ao Padre e meus.
ao Filho e ao Espírito f. Glória Patri, et
Santo. Filio et Spiritui San-
cto:
IÇ. Como era no prin IÇ. Sicut erat in
cípio, agora e sempre e principio et nunc et
por todos os séculos dos semper et in ssecula
séculos. Ameri. sseculórum.Amen.
10 salmo precedente diz-se sempre , exceto no tempo
da Paixão e nas M issas de defuntos)
"f. Aproximar-mei do I Introíbo ad al-
altar de Deus. | ^re Dei.
Ordinário da Missa 135
]$. Ad Deum qui I#. Do Deus que é a
lffitificat juventútem alegria da minha juven
pififliin • tude.
f. Adjutórium no- estáf- no0nome nosso auxílio
strum in nómine Dó- R?- Que fezdoo Senhor. céu e a
mini. terra.
Qui fécit cselum "f. Confiteor, etc.
et terram. R?. O Senhor Deus
Onipotente se compa
*f. Confiteor, etc. deça de ti e, perdoando
R7. Misereátur tui teus pecados, te conduza
omnípotens Deus, et à vida eterna.
dimíssis peccatis tuis, Amen.
perdúcat te ad vitam R7. Eu me confesso, a
seternam. Deus Todo Poderoso, à
R?. Amen. Bemaventurada sempre
Virgem Maria, ao Bem-
Confiteor Deo omni- aventurado S. Miguel
poténti, beátse Mariae Arcanjo, ao Bemaventu-
semper vírgini, beáto rado S. João Batista, aos
Michaéli Archángelo, Santos Apóstolos S.
beáto J oánni Baptistae, Pedro e S. Paulo, a to
Sanctis Apóstolis Pe- dos os Santos e a vós,
tro, et Paulo, ómibus Padre, que pequei mui
sanctis, et tibi Pater, tas vezes por pensamen
quia peccávi nimis cogi- tos, palavras e obras,
tatióne,verbo et ópere, por minha culpa, minha
mea culpa, mea culpa, culpa, minha grande
mea máxima culpa. rogo culpa. Portanto, peço e
Ideo precor beátam à Bemaventurada
Mariam semper Virgi- semper Virgem Maria,
nem, beátum Michaé- ao Bemaventurado S.
136 Quarta parte
Miguel Arcanjo, ao lem Archángelum,
Bemaventurado S. João beátum Joannem Ba-
Batista, aos Santos A- ptistam, s a n c t o s
póstolos S. Pedro e S. Apóstolos Petrum et
Paulo, a todos os San Paulum, omnes san-
tos e a vós, Padre, que ctos, et te, Pater, oráre
rogueis por mim a Deus pro me ad Dóminum
nosso Senhor. Deum nostrum.
O Senhor Deus 'f. Misereátur vestri
Onipotente se compa omnípotens Deus, et
deça de vós e, perdoan dimíssis peccátis ves-
do vossos pecados, vos tris, perdúcat vos ad
conduza à vida eterna. vitam seternam.
B?. Amen. Rj. Amen.
Indulgência, absol 'f, Indulgéntiam,
vição e remissão dos absolutiónem et re-
nossos pecados jlos con missiónem peccatórum
ceda o Senhor Onipo nostruróm tribuat no-
tente e Misericordioso. bis omnipotens et mi-
R?. Amen. séricors Dóminus.
Ó Deus, vós, vol- B?. Amen.
tando-vos para nós, nos Deus, tu convér-
dareis a vida. sus vivicábis nos.
B?. E o vosso povo se B?. Et plebs tua
alegrará em vós. lsetabitur in te.
Mostrai-nos, Se Osténde nobis,
nhor, vossa misericór Dómine, misericórdi-
dia. tuam.
B?. E dai-nos a vossa Rf. Et salutáre tuum
salvação. da nobis.
Ouví, Senhor, mi | 'f. Dómine, exáudi
nha oração. oratiónem meam.
Ordinário da Missa 137
R j. Et clamor meus E chegue até vós o
ad te véniat. meu clmaor.
'f . Dóminus vobis- ~f. O Senhor seja con-
cum. vosso.
í$r. Et cum spiritu 1$. E com o teu es
tuo. pírito.
O Sacerdote sobe ao Altar e diz :
Aufer a nobis, Apartai, Senhor, de
qusesumus, Dómine, nós nossas iniquidades,
iníquitátes nostras: ut para que mereçamos en
ad Sancta Sanctórum trar no vosso Santuário
puris mereámur mén- com a alma pura. Por
tibus introire. Per Cristo, Senhor nosso.
Christum Dóminum
nostrum. Amen.
Amen.
O Sacerdote beija o Altar , dizendo :
Orámus te Dómine, Senhor, nós vos. su
per mérita Sanctórum plicamos pelos méritos
tuórum, quorum reli- dos Santos, cuja relí
quiae hic sunt, et quias aqui se encontram,
ómnium Sanctórum : que vos digneis perdoar-
ut indulgere dignéris me todos os pecados.
omia peccata mea. Amen.
L i-ee o Introito próprio do dia , e logo o
Kyrie, eléison (três Kyrie, eleison (tres
vezes). vezes). , ,
Christe, e l é i s o n Christe, eleison (tres
(três vezes). vézes).
Kyrie, eléison (três Kyrie, eleison (tres
vezes). vezes).
138 Quarta parte
Glória a Deus nas al Glória in excelsis
turas e paz na terra aos Deo. Et in terra pax
homens de boa vontade. hominibus bonse volun-
Nós vos louvamos, vos tátis. Laudamus te.
bendizemos, vos adora Benedicimus te. Ado-
mos, vos glorificamos e ramus te. Glorificá-
vos damos graças por mus te. Gratias agi-
vossa grande glória, Se mus tibi propter ma-
nhor Deus, Rei do céu, gnam glóriam tuam.
Deus Pai. Onipotente, Dómine Deus. Rex
Senhor Unigénito Filho cseléstis, Deus Patér
de Deus Jesús Christo, omnipotens. Dómine,
Senhor Deus, Cordeiro Fili unigenite, Jesu
de Deus, Filho do Eter Christe. Dómine Deus,
no Pai. Vós que tirais Agnus Dei, Filius Pa-
os pecados do mundo, tris. Qui tollis peccata
compadecei-vos de nós. mundi, miserére nobis.
Vós, que tirais os pe Qui tollis peccata
cados do mundo, recebei mundi, súscipe depre-
a nossa súplica. Vós, catiónemnostram. Qui
que estais sentado à di sedes ad déxteram
reita do Pai, compade Patris, miserére nobis.
cei-vos de nós. Porque Quóniam tu sólus san-
só vós sois Santo, só ctus. Tu sólus Dómi-
vós sois Senhor, só vós nus, Tu solus Altissi-
sois Altíssimo, Jesús mus, Jesu Christe,
Cristo, com o Espírito cum Sancto Spiritu in
Santo na glória de Deus gloria Dei Patris
Pai. Amen. Amen.
O Senhor seja con- Dóminus vobis-
vosco. cum.
1^7. E com o teu es IÇf. Et cum spiritu
pírito. tuo.
Ordinário da Missa 139
Logo a O ração, E pístola e Gradual próprio« do dia.
Antes do Evangelhot estando o Sacerdote inclinado
no meio do Altar, d iz :
Munda cor meum Deus Onipotente que
ac labia mea, omni- com uma brasa purifi
potens Deus, qui la castes os lábios do Pro
bia Isaiae prophétse feta Isaias, dignai-vos
c a l c u l o mundasti igualmente, por vossa
ignito : ita me tua benigna misericórdia,
g r a t a miseratione purificar meu coração e
dignáre mundare, ut meus lábios, para que
sanctum Evangélium possa dignamente an-
tuum digne valeam nunciar vosso santo
nuntiare. Per Chris- Evangelho. Por Jesús
tum Dóminum nos- Cristo, nosso Senhor.
trum. Amen. Amen.
Jube, Dómine, be- Dai-me. Senhor, a
nedicere. vo.ssa benção.
Dóminus sit in cor- O Senhor seja no meu
de meo, et in labiis coração, e nos meus lá
meis ; ut digne et bios, para que digna e
competénter annún- devidamente anuncie o
tiem Evangélium su- seu Evangelho. Amen.
um. Qmen. f. O Senhor seja con-
Dóminus vobis-
cum. vosco.
E com o teu es
Jty. Et cum spiritu pírito.
tuo.
S- Sequéntia Sancbi Sequência do santo
Evangéli secúndum... Evangelho segundo ...
(vel initum. . .). (ou princípio.. ■ )•
Tty. Glória tibi, Dó IÇ. Glória a vós. Se
mine. nhor.
140 Quarta parte
Lê-se o E vangelho próprio do dia, e no jim beija-se,
dizendo :
Honra a vós, ó Cristo 1 Laus tibi Christe.
Por virtude destas pa Per Evangélica di
lavras evangélicas nos eta deleantur nostra
sejam perdoados nossos delicta.
pecados.
Credo
Creio cm um só Deus, Credo in unum
Pai Onipotente, Criador Deum, Patrem omni-
do céu e da terra e de poténtem, factorem
todas as coisas visíveis e cseli et terrae, visibi-
lium omnium et invi-
invisíveis. E em um só sibilium. Et in unum
Senhor Jesús Cristo, Fi D ó m i n u m , Jesum
lho Unigénito de Deus, Cliristum, Filium Dei
e nascido do Pai antes unigénitum. Et ex
de todos os séculos. Patre natum, ante
Deus de Deus, Luz omnia ssecula. Deum
de Luz, Deus verda de Deo, lumen de lú-
deiro de Deus verda mine, Deum verum de
deiro. Consubstanciai ao Deo vero. Génitum,
Pai, e pelo qual foram non factum consub-
feitas todas as coisas. O stantialem Patri ; per
qual por amor de nós quem omnia facta
homens e para nossa sunt. Qui propter nos
salvação desceu dos homnes et propter
nostram salutem de-
céus. E incarnou-se por scéndit de caêlis. Et
obra do Espírito Santo, incarnátus est de
de Maria Virgem : e se Spiritu Sancto ex
fez hom em . Foi tam Maria Virgine : Et
bém crucificado por homo factus est.
Ordinário da Missa 141
Crucifixus étiam pro
nobis sub Pontio Pi- nós, sob Poncio Pilatos :
padeceu e foi sepultado.
lato passus, et se- E ressuscitou
púltus est. Et resur- dia, segundo aoasterceiroEscri
réxít tértia die, secún-
dum Scriptúras. Et turas. E subiu ao céu,
ascéndit in caelum ; está sentado à direita
sedet ad déxteram do Pai, e há-de vir se
Patris. Et iterum ven- gunda vez a julgar os
túrus est cum glória, vivos e mortos; e o seu
judicare vivos et mor- Reino não terá fim.
tuos ; cujus regni non Creio no Espírito Santo,
erit finis.Et inSpiritum que é Senhor e dá vida,
Sanctum, Dóminum e procede do Pai e do
et vivificantem : qui
ex Patre Filioque pro- Filho, com os quais é
cédit. Qui cum Patre juntamente adorado e
et Filio simul adora- glorificado, e falou pe
tur, et conglorificatur ; los Profetas. Creio nu
qui locútus est per ma só Igreja, Santa,
Prophétas. Et unam, Católica e Apostólica.
sanctam,catholicam et Confesso um só Batismo
Apostólicam Eccé- para remissão dos pe
siam. Confiteor unum
baptisma in remissio- cados. E espero a res
nem peccatorum. Et surreição dos mortos e
exspécto resurrectio- a vida do século futuro.
nem mortuorum. Et
vitam ventúri saeculi. Amen.
Amen. O Senhor seja con-
Dóminus vobis- vosco.
cum.
ty- Et cum spiritu IÇf. E com o teu es
tuo. pírito.
142 Quarta parte
Lê-se o O fertório próprio do dia , e logo se segue a
Oblação da H ó stia:
Recebei, Pai Santo, Súscipe, S a n c t e
Onipotente e Eterno Pater, omnipotens,
Deus, esta Hóstia ima setérne Deus, hanc
culada, que eu, indigno immaculátam Hós-
servo vosso, vos ofereço tiam, quam ego in-
a vós, meu Deus vivo e dignus fámulus tuus
verdadeiro, por meus óffero tibi, Deo meo,
inumeráveis pecados, vivo et vero pro innu-
ofensas e negligências, merabilibus peccátis,
e por todos os circuns- et offensiónibus, et
tantes, assim como por negligéntiis meis, et
todos os fiéis vivos e pro ómnibus circun-
defuntos, afim de que a stántibus sed et pro
mim e a eles aproveite ómnibus íidélibus
para a salvação e vida christiánis vivis atque
eterna. Amen. defunctis—ut, mihi et
illis profíciat ad sa-
lútem in vitam seter
nam. Amen.
O Sacerdote lança vinho no Cálice , t logo um a gota
de águat dizendo :
Ó Deus, que maravi Deus, qui humanae
lhosamente formastes a substántiae dignitátem
dignidade da natureza mirabíliter condidísti,
humana, e mais prodi et mirabílius refor-
giosamente a refor masti : da nobis per
mastes : concedei-nos, hujus aquae et vim
pelo mistério desta água mysterium, ejus Divi-
e vinho, sermos partici
pantes da Divindade nitátis esse .consórtes
cTAquele, que se dignou qui humanitátis nostrffi
Ordinário da Missa 143
fieri dignátus est pár- revestir-se da nossa hu
ticéps, Jesus Christus, manidade, Jesús Cristo,
Filius tuus, Dóminus vosso Filho e Senhor
noster. Qui tecum vi- nosso, que, como Deus,
que é, convosco vive e
vit et regnat in unitáte reina em unidade do
Spiritus Sancti, Deus, Espírito santo, por to
per ómia ssecula sse- dos os séculos dos sé
culórum. Amen. culos. Amen.
O Sacerdote oferece o 'álice, dizendo :
Offérimus tibi, Dó Senhor, nós vos ofere
mine, cálicem salu- cemos o Cálice de Sal
táris, tuam depre- vação, suplicando à-
cántes cleméntiam: ut vossa clemência, que su
in conspectu divinae ba com suave fragrância
Majestátis tuae, pro ao trono de vossa Divina
nostra, et totius mundi Majestade para nossa
salúte cum odóre sua- salvação e de todo o
vitátis ascéndat. Amen. mundo. Amen.
O Sacerdote inclina-se , dizendo :
In spiritu humili- Sejamos, Senhor, por
tátis, et in ânimo vós recebidos em espí
contrito, suscipiámur rito de humildade e co
a te Dómine ; et sic ração contrito: e se faça
fiat sacrifícium nos- hoje, Deus e Senhor
trum in cospéctu tuo nosso, este nosso sacri
hódie, ut pláceat tibi fício em vossa presença,
Dómine, Deus. de modo que vos agrade.
O Sacerdote benze a l batia e o Cálice, dizendo :
Veni, Sanctificátor, cador, Vinde, Deus, Santifi-
omnipotens setérne potente, Eterno e Onipo-
Deus, et f bénedic este sacrifícioe preparado abençoai
boc sacrifícium tuo
144 Quarta parte
para honrar vosso santo sancto nómini prsepa-
nome. | rátum.
O Sacerdote purijica os dedoz9 e d iz :
Lavarei minhas mãos Lavábo inter inno-
entre os inocentes, e céntes manus meas :
andarei, Senhor, em re et circúmdabo altáre
dor do vosso Altar. tuum, Dómine.
Para ouvir a voz dos Ut áudiam vocem
vossos louvores e cantar laudis : et enárrem
vossas maravilhas. univérsa mirabília tua.
Senhor, eu amei a be
leza da vossa casa e o Dómine, diléxi de
lugar onde reside vossa corem do mus tuse,
glória. et locum habitatiónis
Meu Deus, não dei glórise tuae; ne perdas
xeis perder minha alma cum ímpiis, Deus,
com os ímpios, nem mi ánimam meam: et cum
nha vida com os homens viris sánguinum vitam
sanguinários : meam.
Em cujas mãos se In quorum mánibus
encontram iniquidades e iniquitátes sunt: déx-
cuja mão direita está# tera eorum repléta est
cheia de dádivas enga munéribus.
nosas. Ego autem in inno-
Eu porém tenho pro céntia mea ingréssus
cedido com sinceridade : sum : rédime me, et
livrai-me, pois, e tende miserére mei.
piedade de mim. Pes meus stetit in
Meu pé não se des dirécto : in ecclésiis
viou do caminho reto ; benedicam te, Dó
eu vos louvarei, Senhor, mine.
nas reuniões dos fiéis.
Glória ao Padre... Glória Patri...
Ordinário da Missa 145
O Sacerdote, voltando-i e para o povo, d iz :
Súscipe, S a n c t a Recebei, ó Trindade
Trinitas, hanc obla- Santíssima, esta obla-
tiónem, quam tibi ção, que vos oferecemos
offérimus ob memó- em memória da Paixão,
riam Passiónis, Resur- Ressurreição e Ascensão
rectiónis et Ascen- de Nosso Senhor
siónis Jesu Christi, Cristo. E em honraJesús da
Dómini nostri : et in Bemaventurada sempre
honórem Beátse Ma-
riae semper Virginis, Virgem Maria, do Bem-
et Beáti Joannis Ba- aventurado S. João Ba
ptístae, et sanctórum tista, e dos Santos
Apostolótum, Petri et Apóstolos Pedro e Paulo,
Pauli, et istórum et e de todos os mais
ómnium Sanctórum : Santos, para que a eles
ut illis proticiat ad sirva de honra e a nós
honórem, nobis autem de salvação : e eles se
ad salútem : et illi pro dignem interceder no
nobis intercédere dig- céu por nós, que cele
néntur in caelis, quo bramos na terra sua
rum memóriam ágimus
interis. Per eúmdem memória. Pelo mesmo
Christum Dóminum Jesús Cristo, nosso Se
nostrum. Amen. nhor. Amen.
O Sacerdotet inclinam. )-se, d iz :
1?. Oráte fratres, ut f. Rogai, Irmãos, que
meum ac vestrum sa- o meu e vosso sacrifício
crificium acceptábile seja favoravelmente re
fiat apud Deum Pa- cebido por Deus Pai
trem omnipotentem. Onipotente.
Suscípiat Dómi sacrifício O Senhor receba a
nus ' sacrifícium de de tuas maos,
146 Quarta parte
para louvor e glória do mánibus tuis ad lau-
seu Nome, e para utili dem et glóriam nó-
dade nossa e de toda a minis sui, ad utili-
sua Santa Igreja. tátem quoque nostram
totiúsque Ecclésiae suse
Amen. sanctse. ~f. Amen.
Diz-se a Secreta própria do dia e conclui-se, dizendo:
f . Por todos os sé 'f. Per ómnia saecula
culos dos séculos. saeculórum.
R7. Amen. I&. Amen.
y. O Senhor seja con- y. Dóminus vobis-
vosco. cum.
í$. E com o teu es Tty. Et cum spiris
pírito. tuo
Levantai òs cora 'f. Sursum corda,
ções ao alto.
içr. Levantados os te IÇ. Habémus ad
mos para o Senhor. Dóminum.
jfr. Demos graças ao Grátias ágamus
Senhor^ nosso Deus. Dómino Deo nostro.
R7. É coisa digna e IÇ. Dignum et jus-
justa. tum est.
Prefácio
(Para os dias comuns)
Verdadeiramente é Vere dignum et
coisa digna e justa, ra justum est, aequum et
cional e salutar, que salutáre, nos tibi
sempre e em todo o lu semper et ubique
gar vos demos graças, grátias ágere, Dómine
Senhor Santo, Pai Oni sancte, Pater omni-
potente, Eterno Deus, potens aetérne Deus.
Ordinário da Missa 147
Per Christum Domi- por Jesús Cristo nosso
num nostrum. Per Senhor. Pelo qual lou
q u e m Majestátem vam os Anjos vossa Ma
tuam láudant Angeli, jestade, as Dominações
adórantDominatiónes, a adoram, tremem as
tremunt Potestátes; Potestades ; os Céus e
cseli caelorúmque Vir- as virtudes dos Céus e
tútes ac beáta Séra- os Bemaventurados Se
phim, sócia exsulta- rafins a celebram com
tióne concélebrant. recíproca alegria. Com
Cum quibus et nostras os quais vos rogamos
voces, ut admitti jú- mandeis que se juntem
beas deprecámur, súp- nossas vozes, quando
plici confessióne di- com humilde confissão
céntes : dizemos :
Sanctus, Sanctus, Santo, Santo, Santo é
Sanctus, Dóminus o Senhor Deus dos Exér
Deus Sabaoth. Pleni citos. Os céus e a terra
sunt cseli et terra estão cheios da vossa
glória tua. Hosanna glória. Hosana nas al
in excélsis. Benedictus turas. Bendito seja o
qui venit in nómine que vem em nome do
Dómini. Hosánna in Senhor. Hosana nas al
excélsis. turas.
VL Exames de conciência
A — E xam e geral
(M étodo de S , In á cio )
1. ° Agradecer os benefícios recebidos. —
Meu Deus, meu Pai e meu Criador eu vos
adoro, louvo e reverencio, e vos dou infinita
graças por me terdes criado, feito cristão e
cumulado de benefícios . . .
2. ° Pedir luz para conhecer os próprios
pecados e graça para os aborrecer e detestar.
— Õ divino Espírito Santo, dignai-vos conce
der-me luz para conhecer os meus pecados,
negligências e defeitos, e graça eficaz para me
arrepender e emendar deles.
3. ° Examinar as ofensas feitas a Deus
por pensamentos, palavras e obras desde o
últim o exame até à hora presente, respon
dendo ao seguinte interrogatório (ou outro
sem elhante conforme o estado e condição
de cada um) : (vêr pag. 192).
M Quarta parte
4.° Fazer um ato de contrição das faltas
com etidas, incluindo nele as m ais graves
da vida passada.
Que teria sido de mim, ó meu Deus, se me
tivésseis castigado como eu merecia ? Ai! quanto
me pesa das minhas culpas, que grandes castigos
provocaram 1 E como fui louco em renunciar
à felicidade eterna da bema venturança pela
mesquinha satisfação de um pecado, que ainda
neste mundo me aviltou e encheu de remorsos!...
E ofender-vos eu a vós ! . . . eu tão miserável,
tão ingrato, tão cheio de graças e dons. . . a
vós, meu Criador, meu Pai e Redentor, infini
tamente bom e amavel, a própria onipotência,
santidade e amor 1. . .
5.° Propor a em enda com a graça di
vina. — Ah ! mas nunca mais pecarei, Senhor,
nunca mais vos ofenderei. Antes a morte, Se
nhor, antes todos os trabalhos do mundo, por
que tudo passa e a eternidade não acaba ;
porque o pecado é um mal maior que o inferno ;
porque não há, nem pode haver, compensação
para a perda de um bem inifnito, qual é o céu ;
porque o pecado vos ofende e desgosta, a vós,
meu Deus, meu Pai e meu Criador, beleza e
amabilidade infinita . . .
Prom eter evitar algum a falta m ais
particular ou algum a ocasião de pecado,
e term inar com um Padre Nosso.
B Exame particular
l.° Todos os dias de manhã, apenas levan
tado, propor evitar algum defeito particular,
Exame de conciéncia 187
- ou falta em que mais costume cair ; — ou pra
ticar alguma virtude determinada, que mais
deseje alcançar.
2.° Ao meio dia (ou antes do jantar, à hora
certa), observado o l.° e o 2.° pontos do exame
geral, discorrendo por todas as horas do dia
até aquele momento, examinar e apontar o
número de vezes que caiu no defeito que quer
evitar (ou o número de atos que praticou da
virtude que deseja alcançar) e propor emenda
(ou mais fervor) até ao 2.° exame que há-de
fazer.
2.° À noite antes de se deitar, fazer o 2.°
exame, do mesmo modo que ao meio dia, apon
tando também o número das fitas cometidas
ou dos atos de virtude, praticados.
A) Pelo dia adiante, cada vez que cair
naquele pecado oü defeito particular, arrepen
der-se logo dessa falta (ainda que não fosse
senão pondo a mão no peito), e ir notando o
número dessas faltas, ou dos atos da virtude
praticada.
B) Conferir o exame da manhã com o da
tarde, e ver se há emenda do defeito ou pro
gresso na virtude.
C) Conferir do mesmo modo os exames de
um dia com os do outro.
D) Conferir uma semana com outra, um
mês com outro, a ver se há emenda ou progresso.
NOTA. — Muito aproveita igualmente examinar
as principais*ações do dia logo depois de as ter praticado,
vendo se as ofereceu a Deus ou as fez com reta intenção,
se durante elas levantou o pensamento a Deus, se tra
balhou com empenho, etc..
VII — Orações da noite
Pelo sinal da santa Cruz, livrai-nos Deus
Nosso Senhor, dos nossos inimigos. Em nome
do Padre e do Filho e do Espírito Santo. Amen.
Meu Deus, meu Pai e meu Criador. Eu
vos adoro e reverencio de todo o meu coração.
Dou-vos infinitas graças por me terdes criado,
feito cristão e conservado neste dia.
Creio em vós, porque sois a mesma verdade.
Espero em vós, porque sois fiel às vossas pro
messas. Amo-vos de todo o meu coração, por
que sois infinitamente bom e amavel. E amo
ao meu próximo como a mim mesmo por amor
de vós.
Divino Espírito Santo, dignai-vos conce
der-me luz para conhecer os meus defeitos e
pecados, e graça eficaz para me arrepender e
emendar deles.
Exame de conciéncia
Deveres para com Deus : Omissões . . .
negligência nos deveres de piedade . . . irreve
rência na igreja . . . distrações voluntárias nas
orações. . . resistência à graça. . . juram entos...
murmurações interiores.. . falta de confiança
ou de resignação. . .
Deveres para com o próximo : Juizos
temerários . . . desprezo . . . ódio . . . inveja . . .
desejo de vingança . . . ira . . . imprecações . . •
maledicências.. . falsos testemunhos. . . dano
em bens ou reputação... mau exemplo ou
escândalo.. . falta de respeito, obediência, cari
dade, fidelidade.. .
Orações da noite 189
Deveres para conoseo : Vaidade... orgu
lh o .. . respeito hum ano... mentiras... pensa
mentos, desejos, palavras ou ações contra a
pureza . . . intemperança . . . cólera . . . impa
ciência. . . ociosidade.. . negligência nos deveres
do próprio estado...
Exames para colegiais
Como fiz o último exame? — Ao deitar e
levantar guardei a devida modéstia ? — Levan
tei-me, logo que para isto se deu o respectivo
sinal ? — Rezei devotamente as orações da
manhã e da noite? — Como assistí ao santo
Sacrifício da Missa ; — Rezei as orações vocais
com atenção ? — Guardei o devido respeito a
todos os meus superiores? — Tratei com cari
dade todos os meus companheiros ? — Apli-
quèi-me com seriedade ao estudo ? — Como
guardei o silêncio ? — Estive nas aulas com
atenção e decoro ? — Como observei a modéstia
■ dos sentidos, principalmente os olhos, ouvidos
e língua ? — Guardei a temperança no comer ?
— Nos recreios juntei-me com maus compa
nheiros? — murmurei dos superiores ? —
Trouxe à pratica conversas impuras? — Faltei
à castidade por pensamentos, palavras ou
obras? — Como observei o regulamento do
Colégio ?
Ato de contrição
Senhor meu Jesús Cristo, Deus e homem
verdadeiro, Criador e Redentor meu : por serdes
vós quem sois, sumamente bom e digno de ser
amado sobre todas as coisas, e porque vos amo e
190 Quarta parte
estimo, pesa-me, Senhor, de todo o meu coração
de vos ter ofendido, e proponho firmemente
ajudado com os auxílios da vossa divina graça
emendar-me e nunca mais vos tornar a ofender
e espero alcançar o perdão das minhas culpas,
pela vossa infinita misericórdia. Amen.
Súplicas
Dignai-vos, Senhor, conservar-me esta
noite sem pecado ; abençoai o descanso que
vou tomar, afim de repar as forças para vos
servir melhor e com mais fervor.
Coração santíssimos de Jesús e Maria,
entrego-vos nesta noite a minha alma e o meu
corpo, para que em vós descansem tranquila
mente : e porque eu, enquanto dormir, não
posso louvar a Deus, peço-vos que o louveis
por mim, de modo que, quantas forem as pul
sações do meu coração, tantos sejam os louvores
que vós por mim deis à SS. Trindade.
ó Virgem SS., Mãe do meu Deus, e depois
de Deus minha esperança, meu refúgio e meu
amparo, socorrei-me em todas as minhas neces
sidades, defendei-me nesta noite contra todos
os inimigos, e livrai-me de todo o mal.
S. José, castíssimo esposo de Maria, rogai
por nós.
Amado Jesús, José e Maria, o meu coração
vos dou e minha alma.
Amado Jesús, José e Maria, assistí-me na
última agonia.
Amado Jesús, José e Maria, expire em paz
entre vós a minha alma.
Santo Anjo do Senhor, meu zeloso guar-
dador, já que a ti me confiou a piedade divina
sempre me rege, guarda, governa e ilumina!
Pelas almas do purgatório
~f. Dai-lhes, Senhor, o eterno descanso.
% Entre os resplendores da luz perpétua.
y. Descansem em paz.
1$. Amen.
Oremus Oremos
Excita, Dómine, Excitai, Senhor, os
corda nostra ad prse- nossos corações a pre
parandas Unigeniti pararem os caminhos do
tui vias ; ut per ejus vosso Unigénito ; para
adventum purifica- que, pelo advento deste,
tis tibi mentibus ser- mereçamos ser vir-vos
vire mereamur. Qm com puro coração. O
tecum vivit et regnat qual convosco vive e
in saecula sseculórum. reina pelos séculos dos
IV. Amen. séculos. H7. Amen.
206 Quarta, parte
VI. — Via-Sacra
I . E stação
Jesús condenado à morte
)t. Nós vos adoramos e louvamos, Senhor
Jesús Cristo.
IV. Porque pela vossa santa cruz remistes o
mundo.
0 meu Jesús, por aquela injusta sentença
de morte, tantas vezes confirmada por minhas
culpas, livrai-me da sentença de eterna morte,
que tantas .vezes tenho merecido.
P. N.; A. M.; Gl. P.
j^. Compadecei-vos de nós, Senhor.
IV. Compadecei-vos de nós.
y . As almas dos fiéis defuntos por miseri
córdia de Deus descansem em paz.
IV- Amen.
N a s dem ais estações, tu d o com o n a prim eira, m u
d an d o apenas a súplica.
II. Estação
Jesús com a cruz às costas
ô meu Jesús, que voluntariamente tomastes
aos ombros a pesadíssima cruz, fabricada por
meus pecados, fazei-me conhecer a gravidade
deles, para que os chore e deteste enquanto me
durar a vida.
III. Estação
Jesús cai pela primeira vez
O enorme peso de minhas culpas vos fez
cair, ó meu Jesus, debaixo de vossa cruz. Eu as
Via Sacra 207
aborreço e detesto : delas vos peço perdão e a
graça de não vos tornar a ofender daqui para o
futuro.
IV. Estação
Jesú s encontra sua M ãe santíssim a
Aflitíssimo Jesús/ Virgem dolorosíssima/
Se, por minhas culpas passadas, tenho sido a
causa de vossas penas e de vossas dores, espero,
com o auxílio divino, não será assim no resto de
minha vida, mas que fielmente vos amarei até
à morte.
V. Estação
Jesús é ajudado pelo Cirineu
Ó que afortunado foi o Cirineu, amado
Jesús, que vos ajudou a levar a vossa Cruz !
Também eu serei feliz, se vos ajudar a levá-la,
sofrendo paciente e voluntariamente as cruzes,
que no decurso de minha vida me enviardes.
Vós, porém, meu Jesús, concedei-me para isto
a vossa graça.
VI. Estação
A Verônica enxuga o rosto de Jesús
Benigníssimo Jesús, que vos dignastes im
primir o vosso santíssimo rosto naquele pano,
com que a Verônica vo-lo enxugou : imprimí,
Senhor eu vo-lo rogo, na minha alma a contínua
memória de vossas acerbíssimas dores.
VII. Estação
Jesús cai pela segunda vez
As minhas repetidas culpas vos fizeram cair
em terra novamente, ó meu Jesús. Ajudai-me
208 Quarta parte
vós, Senhor, a pôr em prática os meios eficazes
para não tornar a recair nos meus pecados.
V III. E stação
Jesús jala às mulheres que o lamentam
Meu Jesús, que consolastes as piedosas
filhas de Jerusalem, que choravam ao ver-vos
tão atormentado : consolai minha alma com
vossa misericórdia, na qual somente quero con
fiar, e à qual prometo sempre corresponder.
IX . E stação
Jesús cai pela terceira vez
Pelos tormentos, por vós sofridos, ó meu
Jesús, ao cairdes pela terceira vez em terra sob
o peso da cruz, peço-vos que façais não torne eu
a cair em pecado. Sim, amado Senhor : antes
morrer, que tornar a pecar.
X. E stação
Jesús despojado de suas vestes
0 meu Jesús, que fostes despojado de vossas
vestes e amargurado com fe l: despojai-me do
afeto às coisas terrenas, e fazei que eu aborreça
tudo o que é mundano e pecaminoso.
XI. Estação
Jesús pregado na cruz
J*OT aquelas angústias que provastes, ó meu
Jesús, ao serem vossas mãos e pés cravados na
Via Sacra 209
cruz com duros cravos, fazei que eu crucifique
sempre a minha carne e o meu espírito numa
mortificação contínua e perfeitamente cristã.
XII. Estação
Jesús morto na cruz
ó meu Jesús que, depois de três horas de
tormentosa agonia, expirastes na cruz por meu
amor : fazei que eu morra, antes que torne a
cair em pecado. E, se me cumpre ainda viver,
viva só para amar-vos e fielmente vos servir.
XIII. Estação
Jesús morto, nos braços de sua Mãe SSma.
Õ Maria, Mãe dolorosíssima, que espada de
dor traspassou o vosso Coração, ao verdes morto
em vossos braços Jesús, vosso adorado filho !
Alcançai-me, Senhora, que' sempre deteste o
pecado, causa da sua morte e de vosso tão
grande sofrimento, e que no futuro viva como
verdadeiro cristão para poder salvar a minha
alma.
XIV. Estação
Jesús encerrado no sepulcro
Convosco quero estar, ó meu Jesus, e estar
sempre como se eu mesmo fôra morto ; mas, se
determinais que viva, quero viver só para vós,
e gozar convosco no céu os frutos da vossa
Paixão e Morte, dolorosíssima. Amen.
210 Quarta parte
O rem os
Ó Deus, que pelo precioso Sangue de vosso
Unigénito Filho quisestes santificar o estandarte
da Cruz vivificante : concedei, que os que na
honra da mesma santa Cruz se alegram, se
alegrem também sentindo por toda a parte a
vossa proteção. Pelo mesmo Jesús Cristo, nosso
Senhor. Amen.
VII. — Oração
pela propagação da com unhão quotidiana
O dúlcíssimo Jesús, que viestes ao mundo
para comunicar a todas as almas a vida da vossa
graça ; e que, para lha conservardes e aumen
tardes, quisestes ser a medicina quotidiana das
suas quotidianas enfermidades e o seu alimento
de cada dia : humildemente vos suplico pelo
vosso Coração, tão sequioso do nosso amor, que
derrameis sobre todas as almas o vosso espírito
divino, para que as que infelizmente estão em
pecado mortal, convertendo-se a vós, recuperem
a vida da graça que perderam ; e as que, por
graça vossa, vivem já desta vida divina, se apro
ximem devotamente todos os dias, quanto pos-
sivel, da vossa sagrada mesa ; e assim, rece
bendo diáriamente na comunhão o contraveneno
de seus pecados veniais, diáriamente alimen
tando em si a vida da vossa graça, purificando-se
cada vez mais, cheguem finalmente ao gozo da
eterna felicidade. Amen.
(In d . d e 500 dias um a vea no d i a ; p lenária, um a
▼ ea n o m ès, com as condições d o costu m e. P io X I, 17
d e M a io d e 1935).
Via Sacra 211
VIII» Oraçao a Jesús crucificado
para impetrar uma boa morte
Meu Jesús crucificado, dignai-vos conce
der-me a graça que vos peço para a hora da
minha morte, quando me faltar o uso dos
sentidos.
Quando, pois, dulcíssimo Jesús, os meus
olhos lânguidos e amortecidos não vos puderam
já fitar, lembrai-vos deste olhar suplicante, que
agora lanço ao vosso crucifixo, e compadecei-vos
de mim 1
Quando meus lábios, ressequidos pela
febre, não puderem beijar as vossas sacratíssi-
mas chagas, lembrai-vos dos ósculos que agora
lhes imprimo, e compadecei-vos de mim !
Quando minhas mãos frias não puderem
apertar contra o peito o vosso crucifixo, lem
brai-vos dos sentimentos com que agora o
abraço, e compadecei-vos de mim !
Quando, finalmente, minha língua entu-
mecida e inerte não puder já falar convosco,
lembrai-vos das ardentes súplicas que agora vos
dirijo.Jesús, Maria, José, encomendo-vos
, .,
a minha
alma.
IX. — Oração
pela Pátria
Senhor Jesús Cristo, divino Salvador nosso,
nue dissestes : Pedi, e recebereis ; procurai, e
achareis; batei, e abrir-vos-ao : nos vos rogamos
que olheis com misericórdia a naçao brasileira,
212 Quarta parte
que com tanta predileção tendes amado. Conti
nuai-lhe, Jesús amorosíssimo, continuai-lhe o
vosso amor, não obstante as suas culpas : man
tende-a na fé católica, apostólica, romana •
conservai-a na sua unidade ; afim de que, sendo
pela vossa graça defendida contra todos os erros
e livre de toda a dissenção, dedicada unica
mente ao vosso serviço em justiça e santidade,
possa caminhar constantemente ao fim que lhe
propusestes, e merecer que sejais sempre o seu
Protetor e Chefe. Nós vo-lo pedimos pelos
merecimentos e intercessão do santíssimo e ima
culado Coração de Maria, vossa Mãe amoro
síssima. Amen.
X. — Hora santa
(Convém que os Congregados, urna vez -por
mês, jaçam a Hora Santa, com ou sem Exposição
do Santíssimo, mas diante do tabernáculo).
I
D e joelhos :
O Diretor ou o Presidente diz :
Esta é a hora três vezes santa pela ventu-
rosa presença de Jesús Cristo, junto às nossas
almas miseráveis. . . A ferida de seu peito, sem
pre aberta, lembra-lhe a terra e suavemente o
obriga a atender, ao mesmo tempo que aos cân
ticos do céu, às súplicas e acs gemidos que sobem
do desterro. Estejamos atentos à sua voz !
Jesús — Eis aqui o Coração que tanto
amou os homens 1 Contemplai-o. filhos meus,
saturado de opróbrios nesta Hóstia, onde só por
vós palpita, entre chamas de caridade. . . e que
Hom Santa 213
não podendo conter per mais* tempo os ardores
que o consomem, quis entregar-se ao mundo
que o tem atravessado pela lança da ingratidão
e do desprezo 1...
Este é o supremo e ultimo recurso da minha
redenção.
Aqui tendes o meu Coração, eu vo-lo dou,
eu vo-ío entrego sem reservas, em troca do
vosso, embora manchado de crimes e ingrati-
dões. . . “Sítio!.. Eu tenho sêde de ser amado
neste Sacramento do Altar, onde tenho sido até
agora o Rei do silêncio,o Monarca do olvido. . .
Mas chegou a hora dos meus triunfos. Eu venho
reconquistar a terra: salva-la-ei a despeito do
inferno, pela onipotência do meu coração. Acei
tai-o, eu vo-lo rogo, estendei as mãos para
receber este dom supremo da minha Misericórdia.
Eu venho trazer-vos fogo de vida, de amor
sem limites, fogo de santidade, fogo de sacri
fício . . . E que hei-de querer senão que arda ?. . .
Contemplai o meu peito dilacerado. . . Aí
tendes o Coração que vos amou nos abatimentos
de Belém, mais ainda nas humilhações e obscu
ridade de Nazaré e, muito mais, nas angústia
do Getsemani e nas torturas ignomimosas do
Calvário... E vós não sabeis amar-me!
A minha alma está triste até à morte, pois
que a vinha dos meus amores só produziu os
espinhos que circundam o meu Coração. Tirai-
mos durante esta “Hora Feliz”, em que o vosso
Deus Prisioneiro dá amor e pede amor. . .Vinde
Filhos meus, tomai este Coração, aceitai-o
como penhor de ressurreição. Em troca trazei-me
214 Quarta parte
os vossos corações, as vossas almas, as vossas
vitorias, todas as vossas penas e alegrias 1 Vinde
eu perdôo todas as vossas ofensas, ingratidões e
desprezos. . . mas dizei-me que me quereis para
vosso Rei e que aceitais reconhecidos o dom
incomparável do meu Sagrado Coração.
REFLEXÃO
(Não merecemos este dom ; humilhemo-
nos, reconhecendo a nossa indignidade.. . mas,
longe de o repelir, reclamemos o favor imenso
que o nosso Deus nos oferece para a nossa
santificação).
De pé — C ôto :
Perdoai, Senhor, por piedade, 1
Perdoai, a minha maldade, Senhor 1
Antes sofrer, antes morrer
Que vos ofender 1
Congregados :
Perdoai, Senhor, por piedade I etc.
II
D e joelh os :
T o d o s os Congregados ju n to s dizem :
Ó Jesús I Vendo-vos tão bondoso e pródigo
de vossas graças, não diremos como o Apóstolo:
“Senhor 1 Afastai-vos de nós, porque somos mi
seráveis pecadores” . . . pelo contrário, corremos
ao encontro de vossos desejos, ansiosos por
estreitar contra nosso peito o Coração Divino
que tanto nos am ou... Vinde, Jesús I Vinde
repousar à sombra do nosso amor” .
Hora santa mmêm
215
O Sacerdote ou P residente da Congregação :
Quando os soberbos governadores das na*
ções ultrajarem o vosso Nome e as vossas Leis;
Lem brai-vos que vos pertencemos e que
estam os consagrados à glória do vosso
divino Coração !
Quando as turbas agrupadas pelo a vem o e
os setários seus sequazes, assaltarem os vossos
santuários, sedentos de sangue.
Lembrai-vos que vos pertencemos e que
estam os consagrados à glória do vosso
divino Coração !
Quando gemer a vossa Igreja sob os gri
lhões e cadeias com que os poderosos e os pre
tensos sábios querem entravar os seus progressos
e inutilizar os seus esforços,
Lembrai-vos que vos pertencemos e que
estam os consagrados à glória do vosso
divino Coração !
Quando tantos bons e virtuosos medirem
com avareza os sacrifícios e as boas obras, mos
trando-se mesquinhos para convosco, quando
tão pródigos para o mundo,
Lembrai-vos que vos pertencemos e que
estam os consagrados à glória do vosso
divino Coração !
Quando vos oprimir a deslealdade das almas
escondidas que deveríam esquecer as coisas da
terra para serem inteiramente vossas.. . então,
mais do que nunca, nessa hora de suprema
desolação.
216 Quarta parte
Lembrai-vos que vos pertencem os e que
estam os consagrados à glória do vosso
divino Coração !
Todo o meu desejo, amados filhos, é dar a
minha vida 1 Dei-a, derramando o meu sangue
até à última gota.. . Dei-a, oferecendo o meu
Coração com todos os seus tesouros.. . Dou-a,
todos os dias na minha Eucaristia, em que me
entrego todo inteiro, para vos fazer participantes
da minha própria vida. . . Assim o quero por
que precisais de mim nas vossas debilidades de
conciéncia, na fraqueza dos vossos propósitos,
na inconstância do vosso am or... Vinde I Eu
sou a Luz e a Fortaleza !
REFLEXÃO
(Se sentimos remorsos de alguma culpa
grave, infidelidade ou falta de generosidade no
cumprimento dos nossos deveres de cristãos, se
temos magoado o nosso adoravel Salvador, recu
sando-lhe algum sacrifício que de nós exige,
peçamos perdão a Jesús, fazendo um protesto
sincero e enérgico para o futuro).
D e pé — Côro :
Meu Deus, logo murchou,
Lego secou
A flor da inocência 1
Meu Deus, logo chegou
E me assaltou
Extrema indigência ]
Perdoai, Senhor, por piedade !
Perdoai a m inha maldade, Senhor !
1 A ntes sofrer, antes morrer
Que vos ofender !
Hora santa 217
III
D e jo elh os :
Congregados — Divino Mestre e Salvador
nosso, cheios de confusão nos prostramos em
vossa presença e, detendo a vista sobre o
Tabernáculo solitário, onde estais prisioneiro
por nosso amor, sentimos oprimido o coração
pelo abandono e desprezo em que vos deixam
os próprios cristãos, as almas vossas prediletas,
e mesmo as que se consagram ao vosso serviço!...
Já que com tanta condescendência permitis
que durante esta “Hora” os que aqui se acham
misturem suas lágrimas com as vossas. . . nós
vos louvamos, Jesús, por aquels que vos esque
cem, choramos por aqueles que vos ofendem
e vos adoramos, por aqueles que vos abando
naram. . . Aceitai, ó Senhor, o clamor da ex-
piação que um sincero pesar arranca de nossas
almas angustiadas.
Pelos nossos pecados, pelos pecados de
nossos parentes, amigos e inimigos,
Perdão, Perdão, ó Divino Coração.
Pelas infidelidades e sacrilégios,
Perdão, Perdão, ó Divino Coração.
Pelas blasfêmias e profanação dos dias
santos
Pontífice
218 Quarta parte
Pela falta de modéstia no trajar,
Perdão, Perdão, ó Divino Coração.
Pelos corruptores da infância e da juventude,
Perdão, Perdão, 6 Divino Coração.
Pela sistemática desobediência à Santa
Igreja,
Perdão, Perdão, ó Divino Coração.
Pelos crimes do lar cristão, pela faltas dos
pais e dos filhos,
Perdão, Perdão, ó Divino Coração.
Pelos perturbadores da ordem pública,
social e cristã,
Perdão, Perdão, ó Divino Coração.
Pela covardia dos que devem defender a
nossa religião.
Perdão, Perdão, ó Divino Coração.
Pelo abuso dos santos Sacramentos,
Perdão, Perdão, ó Divino Coração.
Pelos ataques da imprensa ímpia e maqui
nação das seitas secretas,
Perdão, Perdão, ó Divino Coração.
E sobretudo pelos bons que vacilam, por
aqueles que resistem às insinuações da vossa
divina e sapientíssima graça,
Perdão, Perdão, ó Divino Coração.
Almas queridas... olhai para a minha
fronte marcada com a sentença de morte, depois
da ignomínia de ser tratado como louco 1 ...
Considerai estes mistérios de dôr e caridade que
6e perpetuam no Santíssimo Sacramento do
Altar. . . O meu amor é infinito e o vosso tem
Hora Santa 219
sido tão mesquinho ! Vêde as minhas mãos ata
das por aqueles que pedem uma vergonhosa
liberdade... Outros, nas horas de licença e de
pecado, forjam as minhas cadeias, os pregos
que me prenderam na cruz... Olhai para esse
manto branco de insensato e pensai nessa mul
tidão que me abandona pelo respeito humano,
“porque o mundo condena como loucos aqueles
que me seguem de perto” . . . Oh ! Os sábios
se envergonham de mim, os grandes me des
prezam, os que são felizes me esquecem, para
os que governam sou um réu, os que querem
gozar a vida fazem de mim um verdugo...
Porém, para todos, desde que chorem seus peca
dos, sou o Pai, o Amigo, o Redentor !...
REFLEXÃO
(Em reparação das ofensas que recebe Jesús
na Sagrada Eucaristia, ofereçamos em particular
as preces do Santíssimo Sacramento do Altar,
para o triunfo da Santa Madre Igreja, e extin
ção das seitas que espalham por toda a parte
a impiedade, a corrupção e a desordem).
De pé — Cõro :
Perdí com vosso amor
Da alma o candor :
Perdí mor riqueza !
Perdí com vosso amor
Certo penhor
De eterna grandeza .
P erdoai, Senhor, por p ied ad e ! etc.
IV
De joelhos :
0 amantíssimo Jesús, um título que nos
alenta em nossos desfalecimentos, é este de
“Vítima” que quisestes ser pelos pecadores.
Sois a “Salvação” dos que esperam em vós 1
Sois a “Esperança” dos que em vós descansam 1
Nessa “Hora Sacrossanta” permaneceis
desconhecido e olvidado há tantos séculos, reno
vando a todas as horas do dia e da noite o
Sacrifício do Calvário. . . e a voz do vosso San
gue precioso clama em favor de nossas almas
miseráveis.. . Entretanto, sois quase um estra
nho no meio de vossos filhos.. . e os desprezos
e ultrajaes dos ímpios não vos ferem tanto como
a desatenção, frieza e indiferença dos bons !. . .
Nós nos sentimos felizes, Senhor, de poder velar
uma hora convosco, neste Getsemani da terra
e partilhar as amarguras do cálice que vos
oferece a ingratidão dos homens.. .
Não olheis, Senhor, a nossa indignidade,
mas considerai somente a boa vontade que nos
trouxe a vossos pés.. . Concedei-nos a graça de
muito vos amar e de fazer-vos muito amado.
Reinai em todos os corações, ó Jesús Sacra
mentado 1
Por meio deste Pão consagrado, Consolo
para os aflitos,
Reinai em todos os corações, ó Jesús
Sacram entado !
Por meio deste Pão Consagrado, Preser
vativo da inocência e da virtude,
Hora santa 221
Keinat em todos os corações, ó Jesús
Sacram entado !
mei° deste Pão Consagrado, Conforto
e Auxílio para todos os miseráveis e desam
parados,
Reinai em todos os corações, ó Jesús
Sacram entado !
Por meio deste Pão Consagrado, Laço da
União entre pais e filhos,
Reinai em todos os corações, ó Jesús
Sacram entado !
Por nieio deste Pão Consagrado, Fogo
Abrasador de amor e zelo para aqueles que
consagram sua vida no sacerdócio,
Reinai em todos os corações, ó J e s ú s
Sacramentado !
Por meio deste Pão Consagrado, Pente-
costes de caridade para o vosso Vigário na terra,
para o Episcopado, para ô Clero e para a vossa
Igreja,
Reinai em todos os corações, ó Jesús
Sacramentado !
Oh ! Sim, Mestre Adorado ! Fazei baixar
o fogo do céu que purifique, perdoe e salve a
milhares de infelizes que vivem sem o vosso
amor, preferindo loucamente os bens terrestres
e os gozos materiais !. . . Oh ! Jesús ! O mundo
vos despreza e procura rechassar-vos. . . E que
faria o mundo sem Vós ! Deixai-vos ficar, Pri
sioneiro Divino, fechado nestes Sacrários, onde
prometestes permanecer até a consumação dos
séculos ! São muitos o que maldizem o vosso
Nome negam o vosso Santo Evangelho.. . mas
222 Quarta parte
eão também muitos os que vos amam, os que
vos querem sempre a seu lado, nas alegrias e
nas horas tristes. Esses mesmos que vos expul
sam de seus corações, de seus lares, de suas
pátrias, dia virá em que hâo-de reconhecer que
só vós dissestes a “Verdade” , só Vós ensinsates
a “Justiça”, só Vós prodigalizastes a verdadeira
“ Caridade”! E por isso, em nome desses in
gratos, nós vos pedimos perdão : Misericórdia
para eles, ó Sagrado Coração 1”
São tantos os que despendem dinheiro e
juventude nas dissipações mundanas ou pra
zeres que vos ofendem !.. .
M isericórdia para eles, ó Sagrado
C oração 1
São tantos os que lucram tolerando os
pecados públicos, que traficam na profanação
das conciências e dos sentidos !. . .
M isericórdia para cies, ó Sagrado
Coração !
São tantos os pervertedores das almas, que
pelos jornais e pelos livros enriquecem, perver
tendo seus irmãos !.. .
M isericórdia para eles,, ó Sagrado
Coração !
São tantos os que exercem a deplorável
profissão de excitar vícios e paixões por meio
de espetáculos, onde tudo é permitido 1. . .
M isericórdia para eles, ó Sagrado
Coração !
Hora santa 223
São tantos os fracos que, desatendendo os
reclamos da própria conciéncia, cooperam para o
escândalo social das modas, teatros e cinemasl.
Misericórdia para eles, ó Sagrado
Coração !
São tantos os que, relaxando o seu critério
de cristãos, não querem ver mal nenhum no
atropelo em que são frustrados os vossos man
damentos 1. . .
Misericórdia para eles, ó Sagrado
Coraçao !
São tantos aqueles que, pelos seus encargos
de posição, deveríam evitar gravíssimas ofensas
e não o fazem por motivo de respeito humano
ou por uma condescendência culposa !.. .
Misericórdia para eles, ó j£ Sagrado
Coração !
REFLEXÃO
(Peçamos perdão a Deus pelos pecados
públicos e sociais, com que os,homens o ofendem
no mundo inteiro, e tomemos a resolução de
apoiar todas as iniciativas para a regeneração da
família e da sociedade).
De pé — Côro :
Deixei de Deus a Lei
E me eiitreguei
\ todíi a maldade .
Deixei de Deus a Lei
E me afastei
Da felicidade ! ...
P erdoai, Senhor, por p iedade I etc .
224 Quarta parte
V
De joelhos :
Dukíssimo Jesús, tende piedade dos que
padecem a mortal angústia do isolamento e do
abandono 1.. . Quantas vezes, Mestre adorado,
depois de prègardes as maravilhas do vosso
amor, depois de fazerdes prodígios em favor da
multidão assombrada, vistes que os homens se
afastavam reciosos, ou partiam indiferentes,
deixando-vos, como neste Sacrário, sózinho,
abandonado, sem outras testemunhas de vossas
dores e de vosso amor senão os anjos do céul...
O vosso Coração experimentava então as mes
mas penas e amarguras que esses desherdados
do amor, órfãos de afeição tão delicada, errantes
no deserto do mundo, sem uma estrela nas
trevas da noite, som um lume que lhes aqueça
o lar l .. . E no fundo dessas almas surgem os
mesmos transes da agonia que sofrestes na
horrível noite da Quinta-feira Santa. . . Te
mores, repugnâncias, desfalecimentos assaltam-
nas cada vez com mais furor. E por fim, se
não acudis, Vós, o Amigo das almas que sofrem,
elas, desesperadas, chamarão talvez a morte,
como libertadora, ainda que as leve para a
eterna desgraça 1.. .
Apressai-vos, Senhor !. . . Socorrei essas
almas e dai-nos a todos refúgio e companhia em
vosso amavel Coração 1.. .
D ai-nos refúgio e com panhia em vosso
am avel coração !
Se algum dia nos mandardes triste provação,
permitindo que os nossos nos abandonem 1...
Hora santa 225
Dai-nos refugio e companhia em vosso
am avel coraçao !
Se as moléstias e a morte nos trouxerem o
isolamento, quebiando laços que pareciam im-
perecíveis !. . .
Dai-nos refugio e companhia em vosso
am avel coração !
Se algum dia nos visitar a pobreza, afunge-
tando os amigos que não se sentem bem com
ela ! . . .
Dai -nos refugio e companhia em vosso
amavel coração !
Se tivermos a desgraça de uma desinteli-
gênica com os próprios irmãos !. . .
Dai-nos refugio e companhia em vosso
amavel coração !
Se formos flagelados pela injustiça dos
liomens, não vos aparteis de nosso aldo !. . .
Dai-nos refugio e companhia em vosso
amavel coração !
Se até aqueles a quem muito amamos nos
deixarem, ó Jesús. . • nessa hora de cruel
ingratidão !. . .
D ai-n os refugio e com p an h ia em vosso
am a vel coração !
Se aqueles que nos pediram afetos, dedi-
cação e sacrifícios, hoje riem-se de nós e nos
odeiam, perdoai-lhes, e desculpai as nossas
queixas L . .
D ai-n os refúgio e com p ap h ia em vosso
am a vel coraçao !
226 Quarta parte
Se a ealúnia e as humilhações salpicarem
de lama a nossa fronte, compadecei-vos de
nossas almas dilaceradas !...
D ai-nos refúgio e com p an hia em vosso
am avel coração 1 i?ls
E, se para nós chegarem aquelas horas de
mortal silêncio, em que a alma se ache só, intei
ramente só, submergida no vácuo do esqueci
mento e da cruel indiferença 1.. .
D ai-nos refúgio e com panhia em vosso
am avel coração !
REFLEXÃO
(Consideremos a solidão da agonia de Jesús
no Horto, prolongada em todo os Sacrários da
terra, e tomemos a resolução de visitá-lo muitas
vezes em reparação da ingratidão dos homens).
De pé — Côro :
Meu D eus! o que há-de ser
Quando vier
A tremenda morte 1
Meu Deus 1 Se já vier
Qual há-de ser
Minha eterna sorte 1
Perdoai, Senhor, por piedade ! etc.
IV
De joelhos:
ó Jesús ! Vós sabeis quanto vos amamos 1
Queremos amar-vos muito mais atendendo às
solicitações do vosso Coração adoravel que pede
o nosso amor para fazer-nos venturosos. Sendo,
porém, tão grande a nossa pobreza, deixai-nos
Hora santa 227
oferecer-vos os nossos corações pelas mãos de
Mana, vossa Mãe Santíssima, que suprirá a
nossa miséria com os seus merecimentos.
Triunfai em todos os corações, ó Divino
Coração !
Pelos carinhos de predileção com que
tratastes a João, o Apóstolo de vossas inefáveis
confidências,
Triunfai em todos os corações, ó Divino
Coração !
Pela simpatia que tivestes sempre pelos
pequeninos do rebanho, pelas crianças, vossos
inocentes amiguinhos,
Triunfai em todos os corações, ó Divino
Coração !
Por aquela amizade preciosa que tivestes
pelos três irmãos de Betânia, onde só a vossa
ausência era um sofrimento cruel,
Triunfai em todos os corações, ó Divino
Coração !
Pelas finezas ‘dispensadas aos esposos de
Caná, e pelas vossas misericórdias para com a
arrependida Madalena,
Triunfai em todos os corações, ó Divino
Coração
Pela !condescendência. que tivestes para com
Zaqueu, para com Simão, o Fariseu e, enfim,
para com a Samaritana, em cuja alma feliz
quisestes despertar a sede do apostolado _
Triunfai em todos os coraçoes, o Divino
COTapelas lágrimas que derramastes junto ao
sepulcro de Lázaro,
228 Quarta parte
Triunfai em todos os corações, ó Divino
Coração !
REFLEXÃO
(Nem no céu poderemos jamais agradecer
ao nosso amado Redentor tantas riquezas e
tantos favores que não merecemos. Tratemos
de começar desde já a nossa eterna ação de
i graças por todos os benefícios passados, pre-
S sentes e futuros).
De pé — Côro :
' Irei para o inferno,
Suplício eterno,
; Se não me arrependo 1
| Irei para o inferno,
P r’a o fogo eterno,
Se já não me emendo 1
Perdoai, Senhor, por piedade ! etc.
VII
Congr. ó Jesús, que poderemos dar-vos em
troca de tanto amor e tanta misericórdia ? !. . .
Quem nos dera um coração cheio de amor como
o'de vossos apóstolos João e Pedro, ardendo em
chamas de zelo como o de São Paulo, capaz de
heroismo como o de Margarida Maria?
Sacerdote : Dai-nos o vosso Coração, ó
dulcíssimo Jesús, para que possamos com ele
agradecer devidamente as misericórdias do
vosso amor,
D ai-nos o vosso Coraçao, ó dulcíssim o
Jesús !
Vós, que sois a perseverança da Fé e da
Pureza para as crianças que comungam,
Dai-nos o vosso Coração, 6 dulcíssimo
Jesus I
Vós, que sois o consolo dos pais no lar
cristão,
Dai-nos o vosso Coração, ó dulcíssimo
Jesús I
Vós, que sois o alívio da multidão que sofre
e dos pobres que trabalham,
Dai-nos o vosso Coraçao, ó dulcíssimo
Jesús !
Vós, que sois o bálsamo para todas as
feridas,
Dai-nos o vosso Coração, ó dulcíssimo
Jesús !
Vós, que sois a fortaleza dos fracos e a
vitória dos que se acham em tentação.
Dai-nos o vosso Coração, ó dulcíssimo
Jesús 1
Vós, que sois a luz dos que vacilam e o zelo
dos apóstolos,
Dai-nos o vosso Coração, ó dulcíssimo
Jesús !
Vós, que sois o centro da vida militante
da vossa Igreja,
Dai-nos o vosso Coração, ó dulcíssimo
Jesús •
Vós, que sois a Santidade e o Paraiso das
almas, na Eucaristia, .
Dai-nos o vosso Coraçao, o dulcíssimo
Jesús !
Congregados: Senhor, quanto nos sen
tim os felizes por termos podido velar uma hora
convosco ! Aqui viemos conduzidos por vossa
230 Q uarta parte
divina Mãe e por ela inspirados, afim de pedir
mos pelos bons e pelos m aus. . . por todos os
pecadores, por todos os cristãos, pelos apóstolos
do vosso Sagrado Coração, por todas as almas
que vos estão consagradas e que vos fizeram
promessa de vida santa e mortificada. E, como
Vós mesmo o pedistes, Senhor, nós queremos
especialmente rogar pelos sacerdotes, os minis
tros do vosso Altar, por esses continuadores da
vossa missão . .. Dai-lhes o tesouro de uma
caridade sem limites, dai-lhes a graça de uma
humildade a toda prova. Dai-lhes, Senhor, a
fortaleza da alma, nas lutas com o mundo . . .
Dai-lhes uma resolução apaixonada para a san
tidade, um zelo ardente pela vossa glória, um
coração abrasado no vosso amor. . . E, visto
que “a messe 6 grande e poucos são os operá-
rários” , aumentai o número dos trabalhadores,
enviando novos Apóstolos segundo o vosso
Coração.
ORAÇÃO DO PAPA PIO X
A Bem avénturada Virgem Maria
Congregados : ó Maria, Mãe de Miseri
córdia, Mãe e Filha d’Aquele que é o Deus de
toda consolação, Dispensadora dos tesouros de
Deus, Ministra de Deus, Mãe do Sumo Sacer
dote Jesús Cristo, Vós que sois ao mesmo tempo
Sacerdotisa e Altar, Tabernáculo Imaculado do
Verbo de Deus, Mestra de todos os Apóstolos e
Discípulos de Cristo, protegei o Soberano Pon
tífice, intercedei por nós e pelos nossos sacer
dotes, afim de que o Sumo Sacerdote Jesús
Cristo, purifique as nossas conciências, e que
Hora santa 231
nos aproximemos digna e piedosamente do
Banquete Sagrado.
Ó Virgem Imaculada ! Vós não somente
nos destes o Pão Celeste, o Cristo, para a remis
são dos nossos pecados, mas sois vós mesma
uma “Hóstia Agradabilíssima” oferecida a Deus,
sois a Glória dos Sacerdotes! Segundo o teste
munho do vosso bem-aventurado servo Santo
Antônio, ainda que não tendo recebido o Sacra
mento da Ordem, fostes cumulada de toda a
dignidade e graça que ele confere, e por conse
guinte sois proclamada com justiça : a “Virgem
Sacerdote”. Lançai um olhar sobre nós e sobre
os sacerdotes de vosso Filho ; salvai-nos, puri
ficai-nos, santificaí-nos, afim de que possamos
receber santamente os tesouros inefáveis dos
Sacramentos e alcançar a salvação eterna de
nossas almas. Amen.
Mãe de Misericórdia.
Rogai por nós.
Mãe do Sumo Sacerdote Jesús.
Rogai por nós.
Rainha do Clero.
Rogai por nós.
Maria, Virgem-Sacerdote.
• Rogai por nos.
reflexão
Tomemos a resolução de rezar cada dia
nelo Sumo Pontífice e pelas necessidades da
lerei a oferecendo nas intenções do clero as
intenções e boas obras de todas as qmntas-feiras
232 Quarta, parte
D c pé — C ôto :
Fazei, meu Bom Jesús,
Por Vossa Cruz
Do mal me desvie.
Fazei que a Vossa luz,
No céu me alumie 1
Perdoai, Senhor, por piedade ! etc.
V III
D e joelhos :
Não podendo permanecer prisioneiro con
vosco neste Tabernáculo, nós nos despedimos,
Senhor, levando em nossas almas uma paz
inefável e com o coração confortado para as
lutas da vida.
Fi, enquanto não chega o dia sem fim de
cantar no céu as vossas glórias, deixai-nos des
cansar sobre a chaga sacrossanta do vosso
Coração, repetindo sem cessar estas palavras
triunfantes : “Venha a nós o vosso Reino I”
V enha a nós o vosso R eino !
(Pater e Ave pelas intenções íntimas de
todos os presentes).
(Pater e Ave pelos agonizantes do dia).
(Pater e Ave pelas almas do purgatório).
(Pater e Ave pelo triunfo universal do
Sagrado Coração).
SÚPLICA PELO DIRETOR
DA CONGREGAÇÃO
Todos ju n to s, em voz alta, recitam pausadamente .
Senhor Jesús Cristo * que, * como Bom
Pastor das nossas almas, * Vos dignais habitar
entre nós * no Santíssimo Sacramento do altar, *
do Vosso sagrado tabernáculo * derramai graças
Hora santa 233
copiosíssimas * sobre o nosso bom pastorj * o
Diretor desta Congregação Mariana.
Conceda-lhe * o Vosso Misericordioso Co
ração * todas as graças * de que precisa * para
nossa * e sua própria * santificação e salvação, *
e para que possa * velar * sempre * com pater
nal dedicação * pelas ovelhas * que lhe foram
confiadas * pelo Espírito Santo. Abençoai-o *
quando * na oração * levanta a mente * para
Vós. Abençoai-o quando * nos prèga * a Vossa
santa lei. Abençoai-o também * quando, *
no desempenho * dos seus ministérios * de
sacerdote, * trabalha pela salvação das almas.
Fazei * que seja sempre * desvelado pastor *
segundo o Vosso Divino Coração, * que consagre
* inteira e constantemente * a sua vida, * o
melhor das suas energias * e dos seus talentos, *
ao fiel cumprimento * da sua nobre missão *
e dos deveres inerentes * ao seu cargo, * afim
de que, * no dia * em que vierdes * a julgar
rebanhos e pastores, * nós sejamos * sua alegria
e sua coroa, * e ele receba * de Vossas mãos
Divinas * coroa imarcessivel * da vida eterna.
Assim seja”.
T erm in a-se pela invocação cantada :
De pé — Côro :
N ossa Senhora da Conceição,
Rogai por nós, rogai por nós.
Sói o
Nossa Senhora da Conceição.
Rogai por nós, rogai por nós.
Côro ,
Rogai por nós, rogai por nós.
234 Q uarta parte
A NOSSA SENHORA
I. — Dez minutos diante de Nossa Senhora
Meu filho, se tu soubesses o bem que te
quer a Providência, conduzindo-te à minha
presença 1 ... Eu sou a tua Mãe e possuo imenso
tesouro, com o ardentíssimo desejo de o repartir
contigo... Alegra-te, pois, e anima-te.
Que te n s? .. . Não me pareces cheios da-
quelajalegria, que tanto me apraz.. . Que fronte
não se serena ante mim ? Ãh ! acorda o teu
fervor, acende o teu zelo. . . Por que me queres
mortificar, não te mostrando radiante de alegria
a meus pés?
Um enfermo, por mais graves que sejam
suas angústias, enche-se de alegria apenas vê a
seu lado um médico, que pode curá-lo. . . Meu
filho, eu sou o remédio de todos os males.
No meio duma borrasca, os passageiros
nada temem, quando têm um afoito piloto, que
os tranquiliza... Por maiores que sejam os teus
perigos, que temes tu, se eu navego na tua
barquinha!
Mas quero que me fales das tuas enfer
midades, se queres que eu seja a tua saude ;
quero que me mostres os teus perigos, se desejas
que deles te livre.
Tem confiança em mim, meu filho ; o
meu coração abre-se para aqueles que se lançam
nos meus braços, como tu em criancinha fazias
com tua mãe.
Eu sou toda suavidade e doçura: chamo-me
a Mãe da piedade e da misericórdia.. . Nunca
Orações a Nossa Senhora 235
ninguém se arrependeu de me ter comunicado
os seus segredos, de me ter contado as suas
aventuras, de me ter descoberto as suas chagas,
de^me ter revelado a sua pobreza.
Lembra-te de que nas bodas de Caná o
meu Coração não pôde resistir àquela nuvem
de confusão, que pela falta de vinho estava
prestes a cair sobre os dois esposos... e queres
que não me enterneça na presença de negócios
de maior importância e com a vista de ver
dadeiras desgraças ? Abre-me o teu coração, e
deixa-te cobrir de benefícios por quem te ama.
Bem sei que vives no, mundo, covii de feras
cruéis, que noite e dia te armam ciladas...
Bem sei que as tuas paixões são vivas e ardentes;
que muitas vezes te deixas iludir, e cometes
faltas de fidelidade a meu Filho... Mas eis-me
aqui : estou pronta a ajudar-te, contanto que
estejas pronto em receber as minhas graças.
Mostra-me a tua mente.. . Oh ! para que
tantos pensamentos de orgulho, de inveja, de
ciume, de vaidade, de carne ! Dá-me a tua
inteligência, e eu a purificarei como o ouro.
Abre-me o teu coração.. . Que temes ?
Para que é tanta indocilidade ? Coragem ! Ah !
pobre coração ! quantos afetos o dilaceram !
quanto pó o avilta !.. . quantas sombras o
obscurecem !..’. quantas chagas o cobrem ... .
Dá-mo O meu Jesús deposita nas minhas
mãos o seu Coração, e tu hás-de duvidar fazê-
lo? Elege-me, querido filho, rainha do teu
coração, e vê-lo-ás mudado numa fonte de
felicidade para ti.
236 Quarta parte
Dize-me agora : como regulas o teu exte
rior?... como velas sobre as tuas vistas?... Comõ
és parco e justo nas tuas palavras ?... como guar
das os teus ouvidos ? ... como te regulas em toda
a tua pessoa?... Essa vergonha, que te aparece
no rosto, é uma resposta eloquentíssim a...
Não desanimes, meu filho: se o teu interior
estiver nas minhas mãos, o teu exterior se tor
nará santo c perfeito.
Prometes-me pôr mãos à obra ? Que
respondes?. . . A h1, não me dês uma negativa,
que para mim seria muito amarga !.. . Não
queiras aviltar-te... Eu estarei sempre con
tigo . . . farei o que te é dificil.. .
Coragem, meu filho ; levanta-te e caminha
comigo pelas nobres sendas da virtude cristã.
Filho, volta muitas vezes a meus pés. . .
enamora-te das minhas lições.. . deixa-te guiar
por mim, e nunca mais acontecerá que pofthas
o pé em falso, e percas o reino dos céus.
II. — Memorare de S. Bernardo
Lembrai-vos, 6 piíssima Virgem Maria, que
nunca se ouviu dizer que algum daqueles que
têm recorrido à vossa proteção, implorado a
vossa assistência e reclamado o vosso socorro,
fosse por vós desamparado. Animado eu, pois
com igual confiança, a vós, Virgem entre todas
singular, como a Mãe recorro, de vós me valho;
e, gemendo com o peso de meus pecados, me
prostro a vossos pés. Não desprezeis as minhas
suplicas, ó Mãe do Filho de Deus humanado,
mas dignai-vos de as ouvir propícia, e de me
alcançar o que vos rogo. Amén.
Consagração a Nossa Senhora 237
n I - — Consagração a Nossa Senhora
(de S . L u iz Gonzaga)
Santíssima Virgem Maria, minha Mãe e
minha Soberana, eu me lanço no seio da vossa
misericórdia, e desde este momento ponho para
sempre a minha alma e o meu corpo debaixo
da vossa especial proteção. Eu vos vonfio e
entrego em vossas mãos todas as minhas penas
e misérias em todo o decurso da minha vida e
na hora da minha morte, afim de que, pela
vossa intercessão, todas as minhas obras sejam
feitas segundo o vosso agrado e o do vosso
divino Filho ; e uní-me ao seu Santíssimo
Coração. Amén.
IV.J— Novena da Purificação
Começa no dia 24 de Janeiro)1
1. ó Maria santíssima, puríssimo'espelho
de todas as virtudes, vós que, sendo a mais pura
de todas as virgens, quisestes, apenas termi
nados os quarenta dias depois do vosso parto,
apresentar-vos, segundo a lei, no templo para
ser purificada; fazei, Senhora, que à vossa
imitação também nós conservemos nosso cora
ção puro de toda a culpa e mereçamos assim
ser apresentados no templo da glória.
A. M.
2 ó Virgem obedientíssima, que, apresen
tando-vos no templo, quisestes oferecer o cos
tumado sacrifício, segundo o uso de todas as
outras mulheres : fazei, Senhora que também
nós a vosso exemplo, saibamos oferecer a Deus
238 Quarta parte
o sacrifício de nós mesmos pela contínua prática
das virtudes.
3. ó resignadíssima Virgem, que, prevendo
a dolorosa paixão de vosso Filho, sentistes vossa
alma traspassada de dor, e conhecendo a aflição
de vosso Esposo José por vossas angústias, com
santas palavras o consolastes : traspassai a
nossa alma com unia verdadeira dor de tantos
pecados, pela qual possamos ter a consolação
de participar da vossa glória no paraiso.
A. M.
Revelou o Espírito I 1$. Respónsum ac-
Santo a Simeão : cépit Simeon a Spiritu
R7. Que não veria a Sancto :
morte, sem ter vistò o 1$. Non visúrum se
Cristo do Senhor. mortem, nisi vidéret
Christum Dómini.
Oremos Oremus
Onipotente e eterno Omnipotens sempi-
Deus, imploramos, da terne Deus, majestá-
vossa majestade que as tem tuam súpplices
sim como o vosso uni- exorámus, ut sicut
génito Filho foi apre Unigénitus F í 1 i u"s
sentado no templo, de tuus hodiéma die
pois de ter tomado a cum nostrae carnis
substância da nossa car substántia in templo
ne, do mesmo modo fa est praesentátuâ, ita
çais que sejamos leva nos fácias purificátis
dos à vossa presença tibi méntibus prse-
com as almas puras de sentári. Per eúm-
Novena de Nossa Senhora de Lourdes 239
dem Christum Dómi todo o pecado. Pelo
num nostrum. 1$. mesmo Cristo Senhor
Amen. nosso. P?- Amen.
5 anos de indulg. em cada dia, e plen . no da Jesta,
ou na oitava%com as condições do costume.
V. — Novena de N. Senhora de Lourdes
(Começa no dia 2 de Fevereiro)
Ó Virgem puríssima, que vos dignastes
aparecer toda resplandecente de luz, doçura e
bondade, a uma inocente menina, que vos con
templava em êxtase : alcançai-nos do inocen
tíssimo Jesús, vosso Filho, que conservemos
atê à morte a inocência batismal, ou a repa
remos pela penitência, se tivermos a desdita
de pcrdê-la pela culpa.
Três vezes a A, M, com a jaculatória :
Nossa Senhora de Lourdes,
Rogai por nós.
'f. Deus omnipotens . Deus onipotente
prsecinxit me virtute : revestiu-me de valor :
IV- Et pósuit. imma- meuR7. E fez imaculado o
culátam viam meam. caminho.
Orenius Oremos
Deus, qui per im- Ó Deus, que pela
maeulátam Virginis Conceição Imaculada
Conceptiónem dignum da Virgem Maria pre
Filio tuo habitáculum parastes a vosso Filho
prseparásti : supplices digna habitação: humil
a te quaesumus ; ut,
ejúsdem Virginis^ ap- demente
que,
vos suplicamos,
celebrando a apa-
paritiónem celebrantes,
240 Quarta parte
nção da mesma virgem, salútem mentis et
alcancemos a saude da córporis consequámur.
alma e do corpo. Pelo Per eúmdem Christum
mesmo Cristo, Senhor Dóminum nostrum. R?.
nosso. R7. Amen. Amen.
VI. — Novena da Anunciação
(Começa no dia 16 de Março)
1. ó Maria, que fostes escolhida por Deus
entre todas as mulheres para serdes a Mãe do
Redentor : alcançai-me a graça de pertencer ao
número dos escolhidos, que hão-de-gozar no céu
dos frutos da Redenção.
A. M.
2. Ó Maria, que, sendo escolhida para Mãe
de Deus, preferistes a esta excelsa dignidade a
vossa virgindade, e só quando o Anjo vos asse
gurou que com ser Mãe não deixareis de ser
Virgem, anuistes à sua proposta : concedei-me
um amor tão grande à pureza, que por nenhum
bem deste mundo eu consinta em vir a perdê-la.
A. M.
3. Õ Maria, que, sendo escolhida para Mãe
de Deus, vos oferecestes para ser a sua escrava ;
fazei que eu me tenha sempre na conta de um
servo de Deus, cumprindo com exatidão a sua
santa lei.
A. M.
O Verbo divino in- y. Verbum caro
carnou. factum e s t:
RJ. E habitou entre RL Et habitávit in
nós. nobis.
----
___________ Novena Anunciação 241
Oremus Oremos
Grátiam t u a m , Infundí, Senhor, como
quaesurtius, Dómine' vos pedimos, a vossa
méntibus nostris in- graça em nossas almas ;
fúnde : ut, qui, Ân para que nós, que, pela
gelo nuntiánte Chris- anunciação do Anjo, co
ti Filii tui Incarna- nhecemos a Incarnação
tiónem cognóvimus, de Cristo vosso Filho,
per Passionem eius et
Crucem ad resur- pela sua Paixão e morte
rectiónis glóriam per- de Cruz sejamos con
ducámur. Per eúm- duzidos à glória da res
dem Christum Dómiv surreição. Pelo mesmo
num n o s t r u m . IÇ. Cristo, Senhor nosso,
Amen. í^. Amen.
VII. — Novena c e Nossa Senhora
do Bom Conselho
(Começa no dia 17 de Abril)
O Virgem gloriosíssima, escolhida pio
Conselho eterno para serdes Mãe do Verbo
divino incarnado, tesoureira das graças divinas
e advogada dos pecadores : eu, o mais indigno
dos vossos servos, a vós recorro para que vos
digneis ser minha guia e meu conselho neste
vale de lágrimas. Alcançai-me pelo preciosíssimo
sangue de vosso divino Filho o perdão dos meus
pecados, a salvação da minha alma, e os meios
necessários para a conseguir. Alcançai para a
Santa Igreja o triunfo sobre os seus inimigos e
a dilatação do reino de Jesús Cristo em todo o
mundo. Assim seja.
Três vezes a Ave Maria.
242 Quarta parte
Indulg. de 500 d ia t, um a vez ao d ia . LeSo XIII
23 de Nov. de 1880.
'f . Concedei-me que f . Dignáre me lau-
eu vos louve, Virgem dáre te, Virgo sacráta.
sagrada. IV- D a mihi virtútem
IV- Dai-me valor con contra hostes tuos.
tra os vossos inimigos.
Oremos Oremus
ó Deus, que por Mãe Deus, qui Genitri-
nos destes a Mãe de cem dilécti Fílii tui
vosso amado Filho, e Matrem nobis dedísti,
ilustrastes com maravi cjúsque speciósam
lhosa aparição a for imáginem mira appa-
mosa imagem dela: ritióne clarificáre dig-
concedei-nos, vos supli nátus e s : concede,
camos, que, seguindo-lhe qusesumus; ut ejúsdem
sempre os conselhos, mónitis júgiter inhse-
vivamos todos sempre réntes, secúndum Cor
segundo o vosso Co tuum vívere et ad
ração e alcancemos a caeléstem pátriam felí-
felicidade da celeste citer perveníre valeá-
pátria. Pelo I mesmo mus. Per eúmdem
Cristo, Senhor ?} nosso Christum Dóminum
IÇT. Amen. nostrum.
V III. — Septenário de N. Senhora
das Dores
(Começa na sexta-feira antes do Domingo da Paixão)1
1. Eu me compadeço de vós, ó Virgem do
lorosa, por aquela aflição, que o vosso temo
Coração sofreu na profecia do santo velho
Simeão. Minha querida Mãe, por vosso Coração
Septenârio de N. Senhora das Dores 243
tão maguado, alcançai-me a virtude da humil
dade e o dom do santo temor de Deus
A. M.
2. Eu me compadeço de vós, ó Virgem
dolorosa, por,aquelas angustias, que o vosso sen-
sibilíssimo Coração sofreu na fugida e perma
nência no Egito. Minha querida Mãe, por vosso
angustiado Coração, alcançai-me a virtude da
liberalidade, especialmente para com os pobres,
e o dom da piedade.
A. M.
3. Eu me compadeço de vós, ó Virgem
dolorosa, por aquela agonia que o vosso solícito íí
Coração sentiu na perda do vosso Jesús. Minha
querida Mãe, por vosso Coração tão vivamente
comovido, alcançai-me a virtude da castidade í; •
e o dom da ciência.
A. M.
4. Eu me compadeço de vós, ó Virgem
dolorosa, por aquela consternação, que o vosso
materno Coração sentiu ao encontrardes o vosso
Filho com a cruz às costas. Minha querida Mãe,
pelo vosso amoroso Coração por tal modo ator
mentado, alcançai-me a virtude da paciência _e
o dom da fortaleza.
A. M.
5 Eu me compadeço de vós, ó Virgem
dolorosa, por aquele ^martírio, que o vosso
ceneroso Coração padeceu ao assistirdes a Jesús
agonizante. .Minha querida Mae, pelo vosso
244 Quarta parte
Coração a tal extremo martizado, alcançai-me
a virtude da temperança e o dom do conselho
A. M.
6. Eu me compadeço de vós, ó Virgem
dolorosa, por aquela ferida, que o vosso piedoso
Coração sofreu na lançada, que rasgou o lado
do vosso Filho e abriu o seu amabilíssimo Co
ração. Minha querida Mãe, pelo vosso Coração
de tal maneira traspassado, alcançai-me a vir
tude da caridade fraterna e o dom do entendi
mento.
A. M.
7. Eu me compadeço de vós, Virgem
dolorosa, por aquela amargura, que o vosso
Coração amantíssimo sofreu na sepultura do
vosso Jesús. Minha querida Mãe, pelo vosso
santo Coração, excessivamente aflito, alcançai-
me a virtude da diligência e o dom da sabedoria.
( it. Rogai por nós, Vir $"\O ra pro nobis,
gem dolorosíssima ; Virgo dolorosíssima:
R7. Para que sejamos í$. Ut digni effi-
dignos das promessas de ciamur promissiónibus
Cristo. Christi.
Oremos Oremus
Interceda por nós an Intervéniat pro nobis,
te a vossa clemência, Domine Jesu Christe,
Senhor Jesús Cristo, nunc et in hora mortis
agora e na hora da nossa nostra apud tuam
morte, a bemaventurada cleméntiam B e á t a
Virgem Maria, vossa Virgo Maria, Mater
mãe, cuja sacratíssima tua, cujus sacratíssi-
Novena da Visitação
alma traspassou uma mam ánimam in hora
espada de dor na hora tuae passiónis dolóris
da vossa Paixão. Por vós gládius pertransívit.
mesmo, Jesús Cristo, Per te, Jesu Christe,
Salvador do mundo, que Salvátor mundi, que
viveis e reinais por todos vivis et regnas in
os séculos dos séculos. saecula saeculórum.
P?. Amen. P?. Amen.
300 dias de indulgência por cada vez. (Pio VII 14
de Jan., 1815)
IX. — Novena da Visitação
(Começa no dia 23 de Junho)
1. Õ Virgem Maria, que, movida do Espírito
Santo, vos pusestes a caminho para visitar
vossa prima Sta. Isabel, afim de que a presença
do Verbo incarnado livrasse o Batista do pecado
original : alcançai-me do mesmo vosso Filho
perdão de todos os meus pecados, e um tal
horror a eles, que nunca torne a cometê-los
para o futuro.
A. M.
2. Ó Virgem Maria, que na vossa jornada
nos ensinastes o recolhimento, a modéstia e a
paciência, guiai-me pelo caminho da virtude ate
à glória- do paraiso.
A. M.
3 Ó Virgem Maria, que enchestes de tantas
graças a casa de vossa prima : enchei o meu
coração de todas as graças necessárias para
receber vosso Filho sacramentado com menos
indignidade.
A. M.
246 Quarta parte
f . Bendida sois vós
entre as mulheres :
f. Benedicta tu in
muliéribus.
Bz. E bendito é o fruto I£. Et benedictus
do vosso ventre. fructus ventris tui.
Oremos O rem us
Suplicamo-vos, Se Fámulis tuis, qu©-
nhor. que concedais a sumus, Dómine, cae-
vossos servos o dom da léstis grátiae munus
vossa divinagraça, para impertire : ut, quibus
que, como no parto da beátae Virgin is partus
Virgem bemaventurada éxstit salútis exór-
receberam o princípio dium; Visitatiónis ejus
da sua salvação, assim a votiva solémnitas, pa-
festa da sua visitação cis tríbuat incremén-
lhes confira o aumento tum. Per Christum
da paz. Por Cristo Dóminum nostrum.
Nosso Senhor. IÇ.Amén. B?. Amen.
X . — Novena de N. S. do Carmo
(Começa no dia 7 de Julho)
ó Virgem bendita, cheia de graça, Rainha
dos santos, ó quanto me é grato de vos venerar
sob o título de Nossa Senhora do Carmo. Ele
me reconduz nos tempos proféticos de Elias,
quando vós fostes, sobre o Carmelo, figurada
nessa nuvenzinha que depois, dilatando-se, se
derramou numa chuva benéfica, símbolo das
graças santificadoras que de vós procedem.
Desde os tempos apostólicos fostes vós honrada
com este título. E agora me alegra o pensamento
que nós nos unimos a esses vossos primeiros
devotos e com eles vos saudamos, dizendo-vos :
____________Novena da Assunção "
Ó decoro do Carmelo, glória do Liabno, lírio
puríssimo, rosa mística no jardim florescente da
Igreja. Mas, ó Virgem das. virgens, lembrai-vos
de mim miserável, e mostrai que sois minha
Mãe. Derramei em mim sempre mais viva essa
luz da fé que vos fez bemaventurada; infla
mai-me naquele amor celestial com que amastes
vosso Filho Jesús Cristo.
Obtende-me o ser forte nas tentações e nas
tribulações que tantas vezes me assaltam. E
quando, conforme a vontadejde Deus, terminar
a jornada de minha peregrinação terrena, fazei
que à minha se outorgue, pelos méritos de Cristo
e pela vossa intercessão, a glória do paraiso.
Amen.
XI. — Novena da Assunção
(Começa no dia 0 de Agosto)
Õ SS. Virgem" que, para vos preparardes
para uma santa morte, vivestes em contínuos
desejos da visão beatífica : fazei que se apartem
de nós os vãos desejos das coisas caducas da
terra.
A. M.
2. Ó SSma. Virgem, que, para vos prepa
rardes para uma santa morte, suspirastes na
vida por vos unirdes para sempre com vosso
Filho • alcançai-nos que vivamos sempre fiéis
ao mesmo Senhor até à morte.
A. M.
248 Quarta, parte
3. ó SSma. Virgem, que, para morrer
santamente, a juntastes um imenso cúmulo de
méritos e virtudes ; alcançai-nos a graça de co
nhecermos que só a virtude com a graça de Deus
é a estrada que pode conduzir-nos à salvação.
A. M.
A santa Mãe de ")?. Exaltáta est
Deus foi exaltada : Sancta Dei Génitrix ;
IV. Sobre os coros dos IV- Super choros
Anjos aos celestes reinos. Angelórum ad caeléstia
regna.
- Oremos
Oremus
Dignai-vos, Senhor, de
dar o perdão aos delitos Famulórum tuórum,
de vossos servos; e, pois quaesumus, Dómine,
que por nossas ações delíctis ignósce : ut,
não podemos agradar- qui tibi placére de
vos, disponde que se áctibus nostris non
jamos salvos pela me valémus, Genetricis
diação da Mãe de vosso Fílii tui Dómini nostri
Filho, Nosso Senhor. O intercessióne salve-
qual convosco vive e mur. Qui tecum vivit
reina pelos séculos dos et rcgnat in saecula
séculos. IV- Amén. saeculórum. IV- Amen.
XII. — Novena de Nossa Senhora Aparecida
(Começa no dia 29 de Agosto)
ó Virgem Maria, abençoada sois vós pelo
Senhor Deus Altíssimo entre todas as mulheres
da terra. Vós sois a glória de Jerusalem, vós
a alegria de Israel, vós a honra do nosso povo.
Novena de Nossa Senhora Aparecida 249
Salve, ó Virgem, honra de nossa terra a
quem rendemos um culto de piedade e vene
ração, a quem chamamos com o belo nome de
Aparecida.
Quem poderá contar, ó doce Mãe, quantas
graças, durante tantos anos, vós dispensastes ao
povo brasileiro, compadecida de nossos males ?
Quisemos cingir vossa cabeça sagrada com
uma coroa de ouro, que vós é devida por tantos
títulos : continuai a dobrar-vos benignamente
às nossas preces.
Quando erguemos ao céu nossas mãos
suplicantes, ouví clemente os nossos rogos, ó
Virgem ; conservai nossas almas afastadas da
culpa e por fim, conduzí-nos ao céu.
Salvação, honra e poder Ãquele que, uno
e trino, nos fulgores de seu trono celeste, go
verna e rege todo o universo. Amen.
1jfr. A vossa Imaculada Conceição, ó Virgem
de Deus.
1^. Anunciou a alegria ao mundo todo.
Oremos
Deus que, por intermédio da Mãe Ima
culada de vosso Filho, multiplicastes os dons
de voss graça em favor de nós vossos servos :
concedeiíios propício que, celebrando na terra
os louvores da mesma Virgem, pelas suas ma-
?s ac nreces mereçamos alcançar o prêmio
Seíno no céu. Pelo mesmo Nosso Senhor Jesús
Cristo. Amén.
250 Quarta parte
VIII. — Novena da Natividade
ó graciosíssima Menina, que em vosso feliz
nascimento consolastes o mundo, alegrastes o
Céu, aterrastes o inferno, trouxestes aos caidos
alívio, aos enfermos saude, a todos alegria : nós
vos suplicamos com o mais fervoroso afeto que
renasçais espiritualmente por vosso amor em
nossas almas. Renovai o nosso espírito para
servir-vos, acendei o nosso coração para amar-
vos e fazei florescer em nós aquelas virtudes,
com que possamos cada vez mais agradar a
vossos benigníssimos olhos. Ah 1 Maria ! Sêde
para nós Maria, fazendo-nos experimentar os
salutares efeitos do vosso suavíssimo nome.
Seja-nos a invocação deste nome conforto nas
amarguras, esperanças nos perigos, escudo nas
tentações, salvação na morte. Assim seja.
O vosso nascimento, "f. Nativitas tua, Dei
ó Virgem Mãe de Deus : Genetrix Virgo :
R7. Anunciou alegria a R?. Gaudium annun-
todo o mundo. tiavit universo mundo.
Oremos Oremus
Concedei, Senhor, aos Fámulis tuis, quae-
vossos servos o dom da sumus, Dómine, cae-
graça celestial, para léstis grátiae munus
impertire : ut, quibus
que, sendo para eles o beátae Vírginis
parto da Virgem o prin éxstitit salútis partos
cípio da salvação, a so dium; nativitatis exór-
ejus
lenidade votiva do seu votiva solémnitas, pa-
nascimento lhes traga o cis tríbuat incremén-
Novena da Apresentação 251
tum. Per Christum aumento da verdadeira
Dóminum nostrum. I$r. paz. Por Cristo, Senhor
Amen. nosso. ty. Amen.
XIV. — Novena das Dôres de N. Senhora
(vêr pág. 242)
XI. — Novena da Apresentação
(Começa no dia 12 de Novembro)
1 . Seja bendita, ó Maria, a prontidão de
ânimo, com que tão pequenina vos apresentastes
no tempo. Suplico-vos. Virgem Santíssima, me
alcanceis de vosso Filho a graça de serví-lo
sempre ate à morte.
A. M.
2 . Seja bendita, ó Maria, a plenitude de
perfeição com que tão cedo vos fizestes modelo
completo de santidade. Suplico-vos, Virgem
Santíssima, me alcanceis de vosso Filho a graça
de aborrecer sempre culpa e amar de todo
o coração a virtude.
A. M.
Concedei-me que
'f. Dignare melau- vos louve,
dáre te, Virgo sacráta: grada. Virgem sa
Da mihi vir- IÇ. Dia-me valor con
tútem contra hostes tra os vossos inimigos.
tuos.
Oremus Oremos
Deus, qui beátam ó apresentasse
Deus, que quisestes
Mariam semper Vir- se dia no templo a
neste
bema-
ginem Spiritus Sancti
252 Quarta parte
venturada sempre Vir habitáculum hodiéma
gem Maria, habitáculo die in templo praesen-
do Espírito Santo : con tári voluisti: praesta,
cedei-nos que por sua quaesumus: u t ejus in-
intercessão mereçamos tercessióne in templo
ser apresentados no tem glórise tuae praesentári
plo da vossa glória. Por mereámur. Per Chris
Cristo, Nosso Senhor. tum Dóminum nos
IÇf. Amen. trum. P?. Amen.
XVI. — Novena da Imaculada Conceição
(Com eça no dia 29 de N ovem bro)
Virgem Imaculada, que agradastes ao Se
nhor e fostes sua Mãe : por piedade volvei
benigna os olhos para os infelizes que implo
ramos o vosso poderoso patrocínio.
A serpente maligna, contra quem foi lan
çada a primeira mladição, teima em combater
os míseros filhos de Eva.
Eia, bendita Mãe, nossa Rainha e Advo
gada, que desde o primeiro instante da vossa
Conceição esmagastes a cabeça do inimigo!
Acolhei as súplicas que, unidos a vós num só
coração, vos pedimos apresenteis ante o trono
do Altíssimo, para que nunca nos deixemos cair
nas emboscadas que se nos preparam ; para
que todos cheguemos ao porto da salvação ; e,
no meio de tantos perigos, a Igreja e a sociedade
cantem de novo o hino do resgate, da vitória
e da paz. Assim seja.
~f. Toda sois formosa, Tota pulchra es,
ó Maria. Maria.
R?. Toda sois formosa, R7. Tota pulchra es,
6 Maria. Maria.
Novena da Imaculada CW i/ls» 3 5 3
^. _Et mácula ori -
ginális non est in te. freio háE em mácula original
vós.
IV- E t mácula ori-
ginalis non est in te. não há em vós. original
E mácula
y. Tu glória Je- X- Vós sois a glória
rúsalem’; de Jerusalém.
IV- Tu lsetitia Is ^7. Vós a alegria de
rael ; Israel.
f . Tu honorificén- if• Vós a honra do
tia pópuli nostri ; nosso povo.
IV Tu advocata IV- Vós a advogada
peccatórum. dos pecadores.
. O Maria. 'f. O Mana.
R7. O Maria. R7. Ó Maria.
Y. Virgo pruden Y- Virgem prudentís
tíssima. sima.
IV- Mater clemen ty. Mãe clementíssima
tíssima. sima.
y. Ora pro nobis ; Y- Rogai por nós.
IV- Intercéde pro ty. Intercedei por nós
nobis ad Dóminum a Nosso Senhor Jesús
Jesum Christum. Cristo.
y. In Conceptióne Vós fostes, ó Vir
tua,1Virgo immaculáta gem, imaculada em
fuisti: vossa Conceição.
1$. Ora pro nobis !?ai, R7. Rogai por nós ao
Patrem, cujus Fílium a cujo Filho destes
peperísti. à luz.
Oremus Oremos
Ó Deus, que pela Ima
Deus, qui per J11}" culada
maculátam Virgims Virgem Maria Conceição da
Conceptiónem dignum tes preparas
Filio tuo habitáculum a vosso Filho digna
254 Quarta parte
morada: nós vos roga prseparásti: qusesu-
mos que, pois a preser mus; ut qui ex morte
vastes de toda a man ejúsdem Fílii tui pr©-
cha pela previsão da visa eam ab omni labe
morte de seu mesmo Fi prseservásti, nos quo-
lho, nos concedais por que mundos ejus in-
sua intercessão que tam tercessióne ad te per-
bém puros até vós che venire concédas. Per
guemos. Pelo mesmo eúmdem ChristumDó-
Cristo, Senhor nosso. minum nostrum. Rr
IV. Amen. Amen.'
500 dias^de indulg. Pio X , 11 de Jan., 1905.
Ofício pequeno
da Imaculada Conceição
MATINAS
Eia, entoai, agora, lábios meus,
R7. Glorias e dons da Virgem Mãe de Deus.
y. Em meu socorro vinde já, Senhora ;
R?- Do inimigo livrai-me, vencedora.
Glória ao Padre, ao Filho etc. (Aleluia).
Hino
Salve, ó Virgem Mãe, Senhora minha,
Estrela da manhã, do céu Rainha ;
Cheia de graça sois ; salve, luz pura,
Valei ao mundo e a toda a criatura.
Para Mãe o Senhor vos destinou
Do que os mares e a terra e céus criou.
Preserveou Ele a vossa Conceição
Da mancha, que nós temos em Adão. Amén.
Oficio pequeno da Imaculada Conceição 2ãS
$ • Deus a escolheu e predestinou :
3?. No seu tabernáculo a fez habitar.
r • Protegei, Senhoni, a» minha» oração
R?. E chegue até vós o meu clamor.
Oremos
Santa Maria, Rainha dos céus, Mãe de
nosso Senhor Jesús Cristo e dominadora do
mundo, que a ninguém desamparais nem des
prezais, ponde, Senhora, em mim os olhos de
vossa piedade e alcançai-me de vosso amado
Filho o perdão de todos os meus pecados, para
que, venerando agora afetuosamente a vossa
Imaculada Conceição, consiga depois a corôa
da eterna bemaventurança por mercê do
mesmo vosso Filho Jesús Cristo, Senhor nosso,
que com o Padre e o Espírito Santo vive e
reine em unidade perfeita, Deus, pelos séculos
dos séculos. Amen.
f . Protegei, Senhora, a minha oração.
R7. E chegue até vós o meu clamor.
'fí. Bendigamos ao Senhor.
R?. Dêmos graças a Deus.
tf As afmas dos fiéis defuntos por misei-
córdia de Deus descansem em paz.
R?. Amen.
PRIMA
tf Em' meu socorro vinde já, Senhora :
» Do inimigo livrai-me, vencedora
Glória ao Padre, ao Filho etc. (Aleluar).
256 Quarta parte
Hino
Salve, prudente Virgem, destinada
Para dar ao Senhor digna morada.
Com as sete colunas da Escritura,
Do templo a mesa ornou-vos em figura,
Fostes livre do mal que o mundo espanta
E no seio materno sempre santa.
Porta dos Santos : Eva, mãe da vida.,
Estrela de Jacó aparecida.
Sois armado esquadrão contra Lusbel ;
Sêde amparo e refúgio à grei fiel. Amén.
'f. Ele próprio a criou no Espírito Santo.
B7 . E a representou maravilhosamente em
todas as suas obras.
"f. Protegei, Senhora, etc. Como no fim
das m atinas.
TÊRCIA
y. Em meu socorro vinde já, Senhora :
IÇ. Do inimigo livrai-me, vencedora.
Glória ao Padre, ao Filho etc. (Aleluia).
Hino •
Salve, áureo trono, íris de bonança,
Sarça do Horeb e arça da aliança.
De Jessé vara, vélo de Gedeão,
Porta fechada, favo de Sansão.
Por decoro do Filho, não podia
O labéu d’Eva macular M aria;
Nem devia tal Mãe, assim eleita,
Por um momento à culpa estar sujeita. Amen.
f . Eu moro no mais alto dos céus
^ • E o meu trono está sobre a colunaa ue
nuvem. de
f . Protegei, Senhora, etc. Como no fim
das m atm as.
SEXTA
f . Em meu socorro_vinde já, Senhora ;
1^2. Do inimigo livrai-me, vencedora.
Gloria ao Padre, ao Filho etc. (Aleluia).
Hino
Salve, Mãe pura, templo da Trindade,
Prazer dos céus, mansão de castidade,
Éden celeste, alívio da tristeza,
Palma constante, cedro de pureza.
Terra bendita sois, sacerdotal,
Sempre isenta da culpa original,
Cidade santa, porta do oriente,
De graças para nós fonte corrente. Amén.
'f. Como a açucena entre os espinhos.
1$. Assim a minha predileta entre as filhas
de Adão.
f . Protegei, Senhora, etc. Como no fim
das m atinas.
NOA
f Fm meu socorro vinde já, Senhora ;
í ' Do inimigo üvrai-me, vencedora
Glória ao Padre, ao Filho etc. (Aleluia).
258 Quarta parte
Hino
Salve, gran torre de Davi armada,
De refúgio cidade reservada,
Ardendo em zelo desde a Conceição,
Prostrais a fúria do infernal dragão.
Tendes, mais que Judith, o braço ousado,
E do sumo Davi o puro agrado.
D eu Raquel ao Egito um provedor,
M aria deu ao mundo o Salvador. Amén.
f . Toda sois formosa, ó minha amada.
R?. E a mácula original nunca tocou em vós.
y . Protegei, Senhora, etc. Como no fim
das m atinas.
VÉSPERAS
y . Em meu socorro vinde já, Senhora ;
R/. Do inimigo livrai-me, vencedora.
Glória ao Padre, ao Filho etc. (Aleluia).
*3 * -
<a |H i no
Relógio de Ezequiel, que atrazado
Foi, para o sol divino nos ser nado
Em vós o imenso quis ser abatido,
Para que ao céu fosse o mortal subido.
Brilhando com os raios de tal sol
Ê vossa Conceição claro arrebol.
Guiai-nos, pois, calcada a serpe crua.
ô entre espinhos flor, piedosa lua. Amen.
;! V. y . Eu fiz nascer no céu a luz que não se
apaga.
R[. E cobrí, como névoa, a terra toda.
y . Protegei, Senhora, etc. Como no fim
das m atinas.
Ofício pequeno da Imaculada Conceição 250
COMPLETAS
S ■ Converta-nos Jesús, por vosso amor.
RZ. E retire de nós o seu furor.
f . Em meu socorro vinde já, Senhora ;
R. Do inimigo livrai-me, vencedora.
Glória ao Padre, ao Filho etc. (Aleluia).
Hino
Salve, florente Virgem ilibada,
Meiga Rainha de astros coroada.
Mais pura que os Anjos, tendes trono
 direita do Rei, em nosso abono.
Ó Mãe da graça, nossa doce esperança,
Do mar estrela e porto de bonança,
Porta do céu, saude na doença,
De Deus guiai-nos à feliz presença. Amen.
f . Vosso nome, ó Maria, é como um bálsamo.
RZ. Muito vos amam os vossos fiéis servos.
f . Protegei, Senhora, etc. Como no fim
das m atinas.
Depois do Oficio
Acetai, ó Virgem,
Esta devoção
Em louvor da vossa
Pura Conceição.
Sêde-nos na vida
Defensora e gu ia;
Sêde-nos alento
Em nossa agonia:
o Mãe de bondade,
Ó doce_ Maria.
260 Q uarta parte
A n tífo n a. Esta é a Virgem admiravel, na
qual não houve a nodoa original, nem sombra
do pecado.
f. N a vossa Conceição, ó Virgem, foste
imaculada :
IV Rogai por nós ao eterno Pai, cujo Filho
destes ao mundo.
Oremos
0 Deus, que pela Imaculada Conceição da
Virgem preparastes ao vosso Filho uma digna
morada : nós vos rogamos, que, pois, em vir
tude da previsão da morte do mesmo vosso Filho
a preservastes de toda a mancha, também nos
concedais, que, purificados por sua intercessão,
cheguemos à vossa divina presença. Pelo mesmo
Jesús Cristo, Nosso Senhor. Amen.
Mistérios do Rosário
Terço de Nossa Senhora
S- Deus, in adjutorium meum intende.
R7. Dómine, ad adjuvandum me festina.
y . Glória Patri et Filio et Spiritui Sancto.
R7. Sicut erat in principio et nunc et semper
et in saecula saeculórum. Amen.
Mistérios gozosos
(Segundas e quintas)
1. — N o , primeiro mistério contemplemos
a Anunciação do Anjo S. Gabriel a Nossa
Senhora.
Mistério do Rosário
261
v •?' ~ ^ ° S gUndo T tério contemplemos a
ílabdÇa0de N°SSa Senh°ra à SUa pHma Santa
No terceiro mistério contemplemos o
N ascim ento do Menino Jesús em Belem.
4. No^ Quarto mistério contemplamos a
Apresentação do Menino Jesús no templo e a
Purificação de Nossa Senhora.
5- No quinto mistério contemplemos a
Perda e o Encontro do Menino Jesús no templo.
Mistérios dolorosos
(Terças e sextas)
1 . — No primeiro mistério contemplemos a
Oração de Cristo Nosso Senhor, quando suou
Sangue no horto.
2 . — No segundo mistério contemplemos a
Flagelação de Jesús Cristo atado à coluna.
3 . — No terceiro mistério contemplemos
como Nosso Senhor foi Coroado de espinhos.
4 . — No quarto mistério contemplemos
como Nosso Senhor levou a cruz às costas para
o Calvário.
5 _No quinto mistério contemplemos a
Cruciifixão de Nosso Senhor Jesús Cristo.
Mistérios gloriosos
(Quartas, sábados e Domingos)
•. _primeiro mistério contemplemos
a Ressurreição de Cristo Nosso Senhor.
2 __ No Segundo mistério contemplemos a
Ascensão de Nosso Senhor ao céu.
262 Q uarta parte
3. — No rerceiro mistério contemplemos a
Vinda do Espírito Santo sobre os Apóstolos.
4. — N o quarto mistério contemplemos a
Assunção de Nossa Senhora ao céu.
5. — No quinto mistério contemplemos a
Coroação de Nossa Senhora no céu sobre todos
os coros dos Anjos e Santos.
Ladainha de Nossa Senhora
Kyrie, eleison.
Christe, eleison.
Kyrie, eleison.
Christe, audi nos.
Christe, exaudi nos.
Pater de caelis Deus, miserere nobis.
Fili, Redemptor mundi Deus, miserere nobis.
Spiritus Sancte Deus, miserere nobis.
Sancta Trinitas unus Deus, miserere nobis.
Sancta Maria,
Sancta Dei Genitrix,
Sancta Virgo Virginum,
Mater Christi,
Mater divinse gratiae,
Mater puríssima,
Mater castíssima,
Mater inviolata,
Mater intemerata,
Mater amabilis,
Mater admirabilis,
Mater boni consilii,
Mater Creatoris,
Mater Salvatoris,
Virgo prudentíssima,
Ladainha de Noasa Senhora
Virgo veneranda,
Virgo praedicanda,
Virgo potens,
Virgo cfemens,
Virgo fidelis,
Speculum justitiae
Sedes sapientias
Causa nostrae laetiti®,
Vas spintuale,
Vas honorabile,
Vas insigne devotionis,
Rosa mystica,
Turris Davidica,
Turris eburnea,
Domus aurea, ora pro nobis
Foederis arca,
Janua cseli,
Stella matutina,
Salus infirmorum,
Refugium peccatorum,
Consolatrix afflictorum,
Auxilium Christianorum,
Regina Angelorum,
Regina Patriarcharum,
Regina Prophetarum,
Regina Apostolorum,
Regina Martyrum,
Regina Confessorum,
Regina Virginum,
Regina Sanctórum omnium,
Regine sine labe origmali _concepta,
Regina sacratissimi Rosaru,
Regina pacis,
264 Q uarta parte
Agnus Deis, qui tollis peccata mundi, parce
nobis Dómine.
Agnus Dei, qui tollis peccata mundi, exaudi nos
Dómine.
Agnus Dei, qui tollis peccata mundi, miserere
nobis.
"f. Ora pro nobis, Sancta Dei Genetrix.
1$. U t digni efficiamur promissionibus
Christi.
Oremus
Concede nos fâmulos tuos, qusesumus, Dó
mine Deus, perpetua mentis et corporis sanitate
gaudere et gloriosa beatse Marise Semper Vir-
ginis intercessione a praesenti liberati tristitia
et aeterna perfrui laetitia. Per Christum Dó
minum nostrum. 1$. Amen.
I n d . 'd e 7 ano s. P le n á r ia no m ês, n a s condições de
c o stu m e , reza n d o todos os d ia s a la d a in h a com versículo
e a oração.
Do Advento até ao N atal
Angelus Dómini nuntiavit Mariae.
IÇ. Et concepit de Spiritu Sancto.
Oremus
Deus, qui de beatse Virginis utero Verbum
tuum, Ângelo nuntiante, carnem suscipere
voluisti : praesta supplicibus tuis ; ut, qui vere
eam Gcnitricem Dei credimus, ejus apud te
intercessionibus adjuvemur. Per eurndem Chris
tum Dóminum nostrum.
Amen.
Aos santos anjo»
2(55
Do Natal até à PurificaçSo
f . Post partum, Virgo, inviolata permansiati.
xy* -Dei Gemtrix, intercede pro nobis.
Oremus
Deus, qui salutis aeternae, beatae Marise vir-
ginitate fecunda humano generi praemia praes-
titisti : tribue, quaesumus ; ut ipsam pro nobis
intercedere sentiamus, per quam merúimus
auctorem vitae suscipere, Dóminum nostrum
Jesum Christiun Filium tuum.
IV- Amen.
No tempo pascal
"f. Gaude et laetare, Virgo Maria, alleluia.
IV- Quia surrexit Dóminus vere, alleluia.
Oremus
Deus qui per resurrectionem Fílii tui Dó
mini nostri Jesu Christi mundum laetificare
dignatus es : praesta, quaesumus ; ut per ejus
Genetricem Virginem Mariam perpetuae capia-
mus gaudia vitae. Per eumdem Christum Dó-
minum nostrum Amen.
AOS SANTOS ANJOS
(A novena da festa começa no dia 23.de Setembro)
Oração
Composta por S. João Berchmans
Anio santo de Deus querido, que por
. • nnQ;í,õ0 me tomastes debaixo da vossa
divina disp, 5 egde Q primeir0 instante do meu
S r eana“ a o r a te s de defender-me, illeminar-
266 ♦ Quarta parte
me e reger-me : eu vos venero como padroeiro,
amo-vos como guarda, submeto-me à vossa
direção e me dou todo a vós para ser por vós
governado. Pelo amor de Jesús Cristo vos rogo
e suplico*que, ainda quando eu vos for ingrato
ou rebelde às vossas inspirações, me não aban
doneis, antes benignamente me reponhais em
caminho direito, quando dele me desviar. Ilu
minai-me nas minhas dúvidas, nas quedas
levantai-mo. fortalecei-me nos perigos, até me
introduzirdes no céu, a gozar convosco da eterna
felicidade.
P. N.. A. M.. Gl. P.
Jaculatória. — Santo Anjo do Senhor,
meu zeloso guardador, pois que a ti me confiou
a piedade divina, sempre me rege, guarda, go
verna e ilumina. Amén.
Louvar-vos-ei,Deus y. In conspéetu
meu, em presença de Angelórum psallam
vossos Anjos. tibi, Deus meus.
1^. Adorábo ad
R". Adorar-vos-ei em templum sanctum tu-
vosso templo, e confes um, et confitébor nó-
sarei o vosso nome. mini tuo.
Oremos O rem us
Ó Deus, que por ine Deus, qui ineffábili
fável providência vos providéntia sanctos
dignastes enviar os vos Angelos tuos ad nos-
sos Anjos para nossa tram custódiam mitte-
guarda; concedei aos re dignáris: largire sup-
vossos fiéis que sejam plicibus tuis; et eórum
A São José
267
semper protectióne de- sempre defendidos pelo
féndi, et seterna socie- seu patrocínio e gozem
táte gáudere. Per eternamente de sua
Christum Dóminum companhia. Por Cristo
nostrum. P?. Amen. Senhor nosso.Pj . Amén.
A S. JOSÉ
(A novena começa no dia 10 de Março)
!• — Consagração
O glorioso Patriarca, S. José, que por Deus
fostes estabelecido para cabeça e guarda da
mais santa entre as famílias, dignai-vos lá do
céu ser também cabeça e guarda desta, que aqui
está prostrada diante de vós e pede a recebais
sob o manto do vosso patrocínio. Nós, desde
este momento, vos escolhemos para Pai, pro
tetor, conselheiro, guia e padroeiro e pomos
debaixo da vossa guarda especial a nossa alma,
corpo e bens, quanto temos e somos, a vida e
a morte.
Olhai-nos como vossos filhos e coisa vossa.
Defendei-nos de todos os enganos de nossos
inimigos visíveis e invisíveis. Assistí-nos em
todos os tempos, em todas as necessidades,
consolai-nos em todas as amarguras da vida,
mas em especial na agonia da morte. Dizei em
nosso favor uma palavra àquele amavel Re
dentor que em Menino trouxestes em vossos
braças’ àquela Virgem gloriosa, de quem tostes
nmantíssirno Esposo. Oh! alcançai-nos deles
aquelas bênçãos que conheceis serem proveitosas
nosso verdadeiro bem e eterna salvaçao.
Numa palavra, ponde esta (família ou Con-
268 Q uarta parte
A S. EST A N ISL A U K O S T K A
(A novena começa no dia 4 de Novembro)
Ó bem-afortunado S. Estanislau, filho pre
dileto de Maria Santíssima, dou-vos o parabém
pelafnobilíssima filiação, com que ela vos adotou,
pondo em vossos braços o seu divino Jesús
Oh 1 que ventura não seria a minha, se lograsse
ser tão digno filho de tão extremosa Mãe I
Dignai-vos, meus angélico protetor, ensinar-me
os meios de tornar-me cada vez menos indigno
de tão sublime filiação e alcançai-me particular
mente um incendido e constante amor àquela
ilibadíssima pureza de corpo e alma, que tanto
vos assemelhou aos anjos, uma terníssima devo
ção a Nossa Senhora, e um ardentíssimo desejo
de receber em meu peito na comunhão o divino
Jesús, que vós tendes nos braços, afim de que,
imitando na terra as vossas virtudes, mereça
lograr convosco o mesmo prêmio no céu. -
"f. Rogai por nós, S. f . Ora pro nobis,
í Estanislau. Sancte Stanisláe :
1
RZ. Para que sejamos RZ. Ut digni effica-
dignos das promessas de mur promissiónibus
t Cristo. Christi.
I Oremos Oremus
ó Deus, que entre os Deus, qui inter cé-
demais milagres da vos tera sapiéntise tuse
l ■ sa sabedoria também in mirácula étiam in té-
} ' ra a graçana daidade
fundistes ten nera aetáte ; maturse
madura sanctitátis f grátiam
Oração a S. Terezinha do M enino Jesús 281
SALMOS E HINOS
I. OS 5 SALMOS ' DO NOME DE
M A R IA ................................................... 289
II. TE DEUM ........................................... 295
III. MOTETES PARA A BÊNÇÃO DO
SANTÍSSIMO SACRAMENTO ... 297
IV. HINOS MARIANOS ......................... 300
Coração S a n to
Coração Santo, Tu reinarás,
Tu nosso encanto sempre serás.
Coração Santo, Tu reinarás,
Tu nosso encanto sempre serás.
302 Quinta parte
1. 2.
Jesús amavel, Divino peito
Jesús piedoso, Onde se inflama
Pai amoroso, A doce chama
Fragoa de amor. Da caridade.
Aos teus pés venho, Não na conserves
Se tu me deixas, Recon centrada,
Sentidas queixas Mas dilatada
Humilde expor. Na cristandade.
(Coração Santo)
Queremos Deus
1 — Queremos Deus, homens ingratos,
Ao Pai supremo, ao Redentor.
Zombam da fé os insensatos,
Erguem-se em vão contra o Senhor !
D a nossa fé, ó Virgem , o brado abençoai.
Q uerem os D eus, que é nosso Rei !
Q uerem os D eus, que é nosso Pai !
Q uerem os D eus, que é nosso Rei !
Q uerem os D eus, que é nosso Pai !
2 — Queremos Deus ! Na pátria amada
Amar-nos todos como irmãos,
E ver a Igreja respeitada,
São nossos votos de cristãos.
3 — Queremos Deus 1 e pronto vamos
Sua lei santa defender ;
Sempre serví-lo aqui juramos,
Queremos Deus até m orrer!
Hinos e Cânticos 303
A Deus cantemos hoje mil louvores
A Deus cantemos, hoje, mil louvores
Cantemos ao Senhor !
Deus está aqui! Oh 1 vinde, adoradores
Adoremos a Cristo Redentor !
E stribüho.
Gloria a Cristo, Jesús ! Ceus e terra
Bendizei ao Senhor 1
Louvor e glória a ti, ó Rei da glória,
Amor p’ra sempre a ti, ó Rei do amor 1
Unamos nossa voz à dos cantares
Do coro celestial 1
Deus está aqui ; ao Deus destes altares
Exaltemos com gozo angelical 1
Acende em nosso ser a viva chama
Do mais fervente amor !
Deus está aqui ; Está porque nos ama
Como Pai, como amigo e como benfeitor.
Pelo Brasil também, a pátria amada,
Oremos a Jesús 1
Ele está aqui na hóstia consagrada
Protegendo a Terra de Santa Cruz 1
Louvando M ariá
1 2
Louvando Maria, O anjo descendo
O povo fiel, Num raio de luz,
A voz repetia Feliz Bernardette
De São Gabriel: Ã fonte conduz.
Ave, ave, ave, Maria !
Ave, ave, ave, Maria !
304 Quinta parte
3 4
Mostrando um rosário Feliz Bernadette,
Na cândida mão, No enlevo de amor
Ensina o caminho À Virgem repete
Da santa oração. Seu casto louvor.
Com M inha Mãe ’es tarei
1 — Com minha Mãe 'starei
Na santa glória um dia,
Ao lado de Maria,
No céu triunfarei.
N o céu , no céu, com m in h a M ae ’starei.
N o céu , no céu, com m in h a M ãe ’starei.
2 — Com minha Mãe 'starei,
Mas já que hei ofendido
Ao seu Jesús querido,
As culpas chorarei.
3 — Com minha Mãe ’starei !
Palavra deliciosa,
Que em hora trabalhosa
Fiel recordarei.
4 — Com minha Mãe 'starei,
Aos Anjos me ajuntando,
E hinos entoando,
Louvores lhe darei.
5 — Com minha Mãe ’starei,
Unindo-me aos Anjos,
No côro dos Arcanjos
* Suas glórias cantarei.
_____________Hinos e Cânticos 305
Hioo de Nossa Senhora
da Conceição Aparecida
1 — Salve, ó Mãe ! Salve, ó Virgem Santíssima!
Do Universo portento, primor I
Mais esplêndida glória que a tua
Tem só Deus, do universo Senhor.
Salve, ô M ãe ! Salve, ó Virgem Santíssim a 1
Do Universo portento, primor !
M ais esplêndida glória que a tua
T em só D eus, do Universo Senhor.
2 — Lá no Éden, entre os nimbos funestos,
Que estendera a serpente infernal,
Foste a estrela por Deus prometida,
Foste já da esperança o fanal.
3 —Misteriosa justiça nos prende,
Só por filhos, à culpa de Adão,
Mas a lei, quebrantada, anulou-se
Em tua santa e feliz Conceição.
ó Maria Imaculada
Ó Maria Imaculada,
Do Brasil protetora e carinhosa Mãe.,
Serão os filhos teus
Da pátria brasileira
Sempre, sempre fiéis a Deus,
À sacrossanta lei, à gloriosa bandeira
De Jesús, seu divino Rei ! (bis).
306 Quinta parte
1 — Ê nossa pátria desde o berço
Terra feliz de Santa Cruz
A fé romana é seu escudo,
Ê seu conforto e sua luz.
2 — Volve teus olhos compassivos
A este povo que teu é ;
E não permitas, ó Maria,
Que de Jesús renegue a fé.
3 — Nunca seremos tão ingratos
A nosso Deus, a nosso rei,
Mas de viver te prometemos
Sempre fiéis à sua lei.
4 — Seja esta fé nossa esperança,
Nos transes da hora fa ta l;
Todos de Ti gozar iremos
Em nossa Pátria celestial.
HINO OFICIAL.
das Congregações Marianas
(Mons. Lie. Refioe)
Con motoc energico
D’um i . de . al ce . les _ te Se _
-fTrr
gna.mo9 por nos.sa vi .
.a. TWf
Tu nos pro.
Hinos e Cânticos 309
Hino da Concentração Nacional
Das serras ao mar
Um grito de guerra
bis Vibrante reboa
Por Deus, pelo altar.
Avante, avante,
Avante, M,arianos
bis Avante, avante
Avante a lutar.
Levantai-vos, falanges da Virgem.
Pela causa da Mãe de Jesús :
Eia, avante, o Brasil vos espera :
Ou vencer ou morrer pela Cruz !
Concentrai vossas densas fileiras
Matizadas de azul celestial,
Congregados ! Vós sois baluarte
Contra as hostes do inferno e do mal 1
Convertei nossa Pátria bendita
Em um templo de paz e de amor ;
Seja o peito de cada mariano
Um altar consagrado ao Senhor
Neste céu de procelas sombrio,
Vossa fita é uma nesga de anil,
Neste mar agitado e fremente
Vosso escudo é o farol do Brasil !
310 Q uinta parte
Hino Nacional
Ouviram do Ipiranga as margens plácidas
De um povo heróico o brado retumbante
E o sol da liberdade, em raios fúlgidos,
Brilhou no céu da Pátria neste instante.
Se o penhor dessa igualdade
Conseguimos conquistar com braço forte,
Em teu seio, ó Liberdade,
Desafia o nosso peito a própria morte 1
õ Pátria amada,
Idolatrada,
Salve 1 Salve 1
Brasil, um sonho intenso, um raio vivido
De amor e de esperança à terra desce,
Se em teu formoso céu, risonho e límpido,
A imagem do Cruzeiro resplandece.
Gigante pela própria natureza,
És belo, és forte, impávido colosso,
E o teu futuro espelha essa grandeza,
Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
ó Pátria amada 1
Dos filhos deste sólo és mãe gentil,
Pátria amada
Brasil 1
Hinos e Cânticos 311
Deitado eternamente em berço esplêndido,
Ao som do mar e à luz do céu profundo
Fulguras, ó Brasil, florão da América.
Iluminado ao sol do Novo Mundo !
Do que a terra mais garrida,
Teus risonhos, lindos campos têm mais flores
“Nossos bosques têm mais vida”.
“Nossa vida em teu seio mais amores”.
Õ Pátria amada,
Idolatrada,
Salve ! Salve !
Brasil, de amor eterno seja o símbolo
O lábaro que ostentas estrelado
E diga o verde louro dessa flâmula
— Paz no futuro e glória no passado.
Mas, se ergues da justiça a clava forte,
Verás que um filho teu não foge à luta
Nem teme quem te adora a própria morte.
Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Õ Pátria amada !
Dos filhos deste sólo és mãe gentil
Pátria amada
BrasilI
ÍNDICE
Academias........................................................ ü
Admissão na Congregação.......................... 43
Admissão de Candidatos (Ritual) ............ 83
Admissão de Congregados (Ritual)............ 87
Agregação da Congregação ........................ 68
Alma de Cristo (oração) ............................ 182
Aprovações pontifícias................I-X X III, 8
Assistência aos moribundos........................ 282
Calendário........................................................ 110
Comunhão (prep. e ação de graças)........ 180
Confissão (preparação) ................................ 177
Consagração a Nossa Senhora.................... 237
Consagração a S. L uiz................................ 276
Consagração ao Sagrado Coração ............ 198
Consultas da D iretoria................................ 103
Dez minutos diante de N. Senhora ........ 234
Deveres comuns dos congregados ..... 47
Diretoria da Congregação. ... 41,52, 58, 107
Ereção da Congregação ............................. 66
Exame de conciência (geral) ..................... 185
Exame de conciência (particular)............. 186
Exclusão da Congregação .......................... 43
Federação (relações com...) ...................... 79
Fundação da Congregação........................ 66
Governo da Congregação............................ 40
História da Congregação............................. 7
Hora S a n ta ................................................... 212
Indulgências ................................................. 17
314 índice
Ladainha de Nossa S en h o ra ........................ 262
Ladainha do S. Coração .............................. 200
M editação ........................................................... 129
Missa (partes fix as).......................................... 133
Mistérios do Rosário .................................... 260
Modo de ajudar à Missa ............................. 165
Moribundos (assistência) .............................. 282
Novena do Espírito Santo ........................... 191
Novena do Sagrado Coração ... .............. 196
Novena do Menino Jesús ........................... 204
Novenas de Nossa Senhora :
Purificação.................................................. 237
N. S. de Lourdes ................................... 239
Anunciação .............................................. 240
N. S. do Bom Conselho ...................... 241
N. S. das Dores ...................................... 242
Visitação ................................................... 245
N. S. do Carmo ................................... 246
Assunção .................................................. 247
N. S. A parecida...................... 248
N atividade............................................... 250
A presentação........................................... 251
Imaculada Conceição ............................ 252
Novena de S. José......................................... 267
Novena dos Santos A njos.......................... 265
Novena de S. A ntônio................................. 269
Novena de S. Inácio .......................... 271
Novena de S. Domingos.............................. 272
Novena de S. Francisco Xavier .............. 273
Novena de S. Luiz Gonzaga .................... 275
Novena de S. João Berchmans.................. 277
Novena de S. Francisco de Assiz.............. 279
Novena de S . Estanislau............................ 280
índice 315
Novena de Sta. Teresinha ........................ 281
Orações da m anh ã........................................ 125
Orações da noite .......................................... 188
Oração a Jesús Crucificado........................ 183
Oração pelo Clero.......................................... 184
Oração pela propagação da Comunhão .. 210
Oração para uma boa morte .................... 211
Oração pela Pátria ...................................... 211
Oração pelo Diretor da C. M..................... 232
Oração a S. J o s é ..............................•.......... 267
Pequeno ofício de Nossa Senhora............254
Privilégios das Congregações..................I, 22
Posse, provimento dos ofícios.................... 105
Quinze minutos diante de J. C.................. 192
Regras com uns.............................................. 34
Regras dos ofícios.......................................... 58
Reuniões ordinárias...................................... 96
Reuniões extraordinárias ............................ 98
Salmos do Nome de Maria ...................... 289
Via Sacra ..................................................... 206
Vida da Congregação.................................... 74
Vida do Congregado.................................... 71
Motetes, Hinos, Cânticos.............................. 2S7
IMPRIMITJ :
INDÚSTRIA GRÁFICA SIQUEIRA S / a .
SÃO PAULO — 1 9 4 9