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ESTE MAS UAL PERTENCE A:

DA CONGREGAÇÃO M ARI AN A DE:

PARÓQUIA DE--------------------------------------

COLÉGIO....... - --------------------------------*=----

FEDERAÇÃO DE------ --------- ---------------------


DA TA DE RECEPÇÃO NA CONGREGAÇÃO ;
Como1aspiraíife----------------------- -------- i--------
Como candidata..............-........................... - ..........
Comó congregada........................................... .......
Regina, Advocate et Mater
M A N U A L
DOS
CONGREGADOS MARIANOS
3.» EDIÇÃO OFICIAL
ORGANIZADA PELA
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DAS
CONGREGAÇÕES MARIANAS DO
BRASIL
AGREGADAS Ã PRIMA PRIMÁRIA
DO COLÉGIO ROMANO

19 4 9
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DAS CONGREGAÇÕES MARIANAS
Rua Senador Dantas, 118 - 9.° - Caixa Postal. 1561
RIO DE J A N E I R O
IMPRIMI POTEST:
P. Arthurua Alonso, S. J.
Fluminè Januarii, 15 Augusti 1948

REIM PRIM ATUR

Sancti Pauli, die 3a. Octobris a. 1948

f ANTONIUS MARIA
EP. AUX.

Reservados todos os direitos de propriedade à


Sociedade Brasileira de Educação
lt 0 Congresso conjere à Confederação
Nacional o direito reservado da publicação do
Manual oficial. Só a Federação de S. Paulo, por
ser muito numerosa e possuir de há muito seu
Manual, fica isenta desta disposição, com a
obrigação porém de* não vender seu Manual fóra
do Estado de São Paulo.”
(Artigo 10.°, § 2.° das conclusões votadas
pelo Primeiro Congresso Nacional de Diretores
das Federações das Congregações Marianas do
Brasil, realizado no Rio de Janeiro nos dias 30,
31 de Janeiro e l.° de Fevereiro de 1941).

EDIÇÃO MASCULINA
A^Confederação Nacional desde já agradece
muito penhorada as sugestões, reparos e obser­
vações que as Federações, as Congregações e
os Congregados tiverem a fineza de lhe enviar
visando o aperfeiçoamento do nosso Manual*

Rio de Janeiro, 8 de Dezembro de 1948.


Festa da Imaculada Conceição de Nossa
Senhora.
P. Afonso Rodrigues, S. J.
Diretor da C. N. C. M.
CONSTITU[IÇÃO APOSTÓLICA
“BIS SAECULARI DIE”j
PIO XII, PAPA
CONSTITUIÇÃO APOSTÓLICA SÔBRE AS
CONGREGAÇÕES MARIANAS
Pio Bispo — Servo dos Servos de Deus —
Para perpétua memória
Ocorrendo o 2.° século após o dia feliz
em que Bento XIV pela Bula Áurea “ Gloriosae
Dominae” confirmou com novos benefícios as
CC. MM. para sempre erigidas e instituidas
por Gregório XIII, (1) julgamos do nosso mu-
nus apostólico não só congratular-Nos pater­
nalmente com os diretores e membros daqueles
sodalícios, mas ainda ratificar solenemente os
privilégios e graças amplíssimas com que, no
decorrer de quase quatro séculos, vários dentre
Nossos Predecessores (2) e Nós mesmos enri-
( 1 ) Bulla Omnipotentis Dei, — 5 Dec. 1584.
( 2 ) XYSTUS V, Bulla Superna dispositione, —
5 Ian. 1587; Bulla Romanum decet, — 29
Septembris 1587; — OLEMENS V III, Breve
Oum sicut Nobis, — 30 Aug. 1602; —
GREGORIUS XV, Bulla Alias proparte, 15
n Constituição Apostólica
quecemos a estas associações em reconheci­
mento de tantas e tão grandes benemerôncias
para com a Igreja.
PAETE I
EFICÁCIA E ATUALIDADE DAS CC. MM.
Bem sabemos, com efeito, não só — para
reproduzirmos as palavras de Bento XIV da
citada Bula Áurea — “ de quanta utilidade
a todas as classes de homens tenha sido êste
louvável e pio instituto*’, (3) mas ainda com
quanto empenho e ardor essas falanges maria­
nas, seguindo na esteira gloriosa de seus ante­
passados e •religiosamente fiéis às suas leis,
Àpril. • 1621. — BENEDICTUS XIV, Breve
Praeclaris Romanorum Pontificum, 24 April.
1748; Bulla Aurea Gloriosae Dominae, 27
Sept. 1748; Breve Quemadmodum Presbyteri,
15 Iul. 1749; Breve Quo Tibi, 8 Sept. 1751;
Breve Laudabile Romanorum, 15 Febr. 1758
— CLEMENS X III, Bula Apostolicum, 7 Ian.
1765; — PIU S Y I Decreta 2 .M aii 1775, 9
Dee. 1775, 20 M art. 1776; — LEO X II, Breve
Oum multa, 17 Maii 1824; PIU S IX, Decre-
tum 8 Iul. 1848; Breve Exponendum, 10 Febr.
1863; — LEO X III, Breve Frugiferas, 27
Maii 1884; Breve Nihil adeo, 8 Ian. 1886;
— PIU S X, Decreta 10 Maii 1910 ac 21
Iul. 1910; — BENEDICTUS XV, AUoc. 19
Dec. 1915, in quadragésimo anniversario
Suae in Sodalitatem coaptationis; — P IU S
XI, Praesertim Alloc. 30 Mart. 1930; Alloc.
29 Aug. 1935.
( 3 ) BEN ED ICTI X IV Bulla Aurea Gloriosae Do­
minae, 27 Sept. 1748.
“ Bis Saeculari Die” m
ambicionam, sob a direção e com o favôr da
Hierarquia Eclesiástica, a primazia em empre­
ender e levar adiante cometimentos pela Glória
de Deus e o bem das almas, por onde devem
ser tidas na conta de exército sobremodo valo­
roso e de fôrças espirituais empenhadas em
defender, expandir e amparar a causa cató­
lica (4). E isto por vários motivos.
1) — Produziram e produzem magní­
ficos frutos:
« — Pelo seu número sempre crescente.
Com eefito, a quem recorda a história
das CC. MM. é manifesto que, embora sempre
tenham sido viçosas em fileiras perfeitamente
adestradas e conquanto seus membros hajam
sido em todos os tempos provas de inabalável
operosidade, contudo, no qual diz respeito ao
número, de modo algum as Congregações de
outrora podem comparar-se com as de nossos
dias, pois, ao passo que, nos séculos passados^
as agregações anuais de novos sodalícios à
Prima Primária nunca passavam de dez, a
partir do sécuo XX estas agregações atingem
fàcilmente ao milheiro.
b — Pela eficácia espiritual de suas %
regras.
Mas — o que importa sobretudo — ao
número de sodalícios devem muito prevalecer
( 4 ) P U X II Epist. ad Card. Leme, 21 Ian. 1942.
IY Constituição Apostólica
as normas e leis que, por assim dizer, levam
pela mão os Congregados à excelência de vida
espiritual (5) que lhes permita atingir as
culminâncias da santidade, (6) graças espe­
cialmente ao uso dos meios que é sobremodo
proveitoso sejam aplicados na formação de
perfeitos e cabais sequazes de Cristo: a prá­
tica dos Exercícios Espirituais, (7) a medi­
tação diária das verdades divinas, o exame
cotidiano da consciência, (8) a frequência dos
Sacramentos, (9) a sinceridade e docilidade
filial para com o próprio padre espiirtual, (10)
a inteira e perene doação de si mesmo ao ser­
viço da Virgem Santíssima (11) e finalmentc
o propósito de adquirir para si e para os
outros a perfeição cristã (12).
c — Pela pujante vitalidade interior da
qual viceja o espírito apostólico.
Todos êstes meios são aptos para acende­
rem nos Congregados Marianos as chamas da
caridade, bem como para alimentarem e forta­
lecerem a vida interior sobremodo necessária
em nossos dias, quando, como em outra ocasião
(5) Cfr. Reg. Coram., 1, 33.
(6) Cfr. Reg. Coram., 12.
(7) Cfr. Reg. Comm., 9.
(8) Cfr. Reg. Comm., 34.
(9) Cfr. Reg. Comm., 37, 38, 39.
(10) Cfr. Reg. Comm., 36.
(11) Cfr. Reg. Comm., 27, 1, 40, 43.
(12) Cfr. Reg. Comm., l.am .
“ Bis Saeculari Die” V
recordamos com dor, tantos homens sofrem “ de
inapetência da alma e de profunda indigência
espiritual” (13).
Ora, que tais fontes de santidade não
somente são prescritas em leis sapientíssimas,
mas ainda felizmente aplicadas na prática da
vida, demonstram-no os Sodalícios Marianos,
pois onde quer que se estabeleçam, desde que
observam à risca seus princípios e leis, logo
vicejam e florescem por toda a parte a inte­
gridade dos costumes e a vida cristã; antes,
por Divina inspiração surgem com frequência,
e até aos grupos, Congregados que aspiram
a conquistar para sí e comunicar aos mais a
perfeição cristã, quer no estado sacerdotal,
quer nos sagrados claustros, e não rareiam os
que, com voo seguro, atingem os píncaros da
própria santidade (14).
Deste anseio fervoroso pela vida interior
brota quase espontaneamente a plena formação
apostólica dos Congregados sempre amoldados
às várias necessidades e condições do convívio
humano, por onde não duvidamos afirmar que
o tipo de perfeito varão católico qual a Con­
gregação Mariana costumou formar desde seus
inícios não convém menos às necessidades de
nossos tempos que às dos tempos passados,
(13) P I I X II, Litterae Encyclicae, Summi Ponti-
ficatus, 20 Oct. 1 9 3 9 ;— A. A. S., 31, pg. 415.
(14) P I I X II, Alloc. ad Sod. Mar., 21 Ian. 1945.
VI Constituição Apostólica
visto como atualmente talvez mais do que antes,
precisamos de liomens solidamente formados
na vida cristã (15).
PAETE II
A SANTA SÉ LOUVA E DEFINE A PO­
SIÇÃO DAS CC. MM.
1) — Louva:
a — pelos seus trabalhos em prol da
Igreja e das almas.
Portanto, do alto desta cátedra de Pedro,
como de elevada atalaia donde se descortina o
mundo universo, ao contemplarmos em toda
parte o admirável empenho de tantos cristãos
em defender, promover e amparar a religião,
julgamos merecedores de especiais encômios
as fileiras dos Sodalícios Marianos que, desde
a sua origem, considerando coiho particular­
mente amoldados a suas leis (16) todos os
trabalhos apostólicos que recomenda a Santa
Madre Igreja (17), os empreenderam tanto
individualmente como em conjunto sob a di­
reção dos Sagrados Pastores (18). Quão bem
tenham cumprido êste propósito e com que
(15) P II X II, Alloc. ad Sod. Mar., 21 Ian. 1945.
(16) P II XI, Alloc. ad Sod. Mar., 30 M art. 1930.
(17) Cfr. P II X II, Epist. ad P. D. Lord, 24 ±an.
1948.
(18) Cfr. P II X II, Epist. ad Card. Leme, 21 Ian.
1942.
“ Bis Saeculari Die” v n

consoladores aumentos da religião, demons­


tram-no plenamente as reiteradas declarações
dos Pontífices Romanos (19). De modo par­
ticular em nossos dias, conturbados por tantas
calamidades, provamos suavíssimo conforto ao
contemplarmos em qualquer parte do mundo
os Congregados Marianos dedicar-se com ardor
e eficácia a toda espécie de apostolado, pro­
curando, quer conduzir à virtude pela prática
dos Exercícios Espirituais e acender no desejo
de vida crista mais elevada toda classe de
homens, sobretudo jovens e artífices, quer
aliviar as indigências da alma e do corpo; e
para tanto não só despertam iniciativas parti­
culares e criam favorável ambiente espiritual,
mas empenham-se em que sejam propostas nos
conselhos públicos do Estado ou promovidas
pelo supremo poder, leis em tudo conformes aos
princípios evangélicos e à justiça social (20).
(19) Cfr. Reg. Comm., 1, 12, 43. — BENEDICTI
X IY Bullam Auream Gloriosae Dominae, 27
Sept. 1748. — BENEDICTI XY Alloc ad
Sod. Mar., 19 Dec. 1915. — P II XI Epist.
ad Adm. Apost. Oenip., 2 Aug. 1927; Epist.
ad Congr. Mar. Germaniae, 8 Sept. 1928. —
P II X II Epist. Apost. Nosti profecto, 6 Iul.
1940; Alloc. ad A. C. Ital., 4 Sept. 1940;
Epist. ad Card. Leme, 21 Ian. 1942; Epist.
ad P. S. Ilundain, 26 Aug. 1946; Alloc.
radioph. ad Oongressum Barcin., 7 Dec.
1947.
(20) Cfr. P I I X II, Epist. ad P. D. Lord, 24 Ian.
1948; Alloc. ad Sod Mar. ex 44Oonfórenca
Olivaint” , 27 Mart. 1948.
VIII Constituição Apostólica
Tão pouco devem ser omitidas as associa­
ções ou criadas pelas Congregações Marianas
ou por elas patrocinadas e que têm por fim
refrear as representações teatrais e os espe­
táculos cinematográficos de tendências deso­
nestas bem como resguardar os bons costumes
da perversa aluvião de livros ou periódicos; as
escolas frequentadíssimas, abertas gratuita­
mente a meninos e adultos menos favorecidos
pela fortuna, os institutos técnicos para mais
cabal formação de operários nas diferentes
artes, (21) nomeadamente os que se destinam
a formar especialistas nas várias profissões e
em todo gênero de disciplina (22). Esta
forma de apostolado, tão necessária em nossos
dias,’ é posta em prática por numerosas Con­
gregações Marianas, especialmente as que se
denominam “ interparoquiais,,, a benefícios de
associações que abrangem artes ou disciplinas
ligadas entre sí por maior afinidade (23).
b — Pela sua colaboração fraterna com
as mais associações católicas.
Nesta múltipla atividade sobremaneira
proveitosa à causa católica, as Congregações
Marianas merecem o louvor de haverem sem­
pre, mas sobretudo nos últimos tempos, dese-
(21) Cfr. P II X II, Epist. ad P. D. Lord. 24 Ian.
1948.
(22) Cfr. P I I X II, Alloc. ad Sod. Mar., 21 Ian.
1945.
(23) Cfr. P II X II, Alloc. ad Sod. Mar., 21 Ian.
1945.
“ Bis Saeculari Die” IX
jado cordialmente prestar colaboração fraterna
às demais associações católicas, para que es­
forços coletivos, conjugados sob os auspícios
e a direção dos Bispos, produzissem para o
reino de Cristo frutos mais ubertosos; tanto
assim que, segundo em outra ocasião adverti­
mos a propósito da Ação Católica Italiana, (24)
as primeiras agremiações desta associação fo­
ram, em mais de um país, recrutadas entre 08
Congregados Marianos; e, após estes, outros e
mais outros vieram trazer seu valioso concurso,
demonstrando destarte que, na reaidade, as
Congregações Marianas devem ser computadas
entre os principais fautores da Ação Católica.
c — Pelo seu apego à Hierarquia: Papa
e Bispos.
Além disto, sendo toda a força dos cató­
licos, unidos em um como exército disciplinado,
constituida pela submissão ao poder dos Sa­
grados Pastores, quem não vê em que conta
de oportunos instrumentos de apostolado de­
vem ser tidas as Congregações Marianas, não
só em virtude de sua absoluta e férvida obe­
diência a esta Sé Apostólica, fundamento e
cabeça da Hierarquia Eclesiástica, (25) mas
ainda por causa de sua humildade, sujeição e
dócil dependência, cada qual de acordo com o
(24) Cfr. P II X II, Alloc. ad Sod. Mar., 21 Ian.
1945.
(25) Cfr. Cone. Vat., Sess. V, Const. I “De Ec*
clesia Christi” .
X Constituição Apostólica
próprio caráter e índole, aos mandatos e con­
selhos dos Ordinários (26).
E na verdade, quem conhece a interna
Constituição destas Congregações, não ignora
que umas são regidas pelos Bispos e Páracos;
outras por privilégio, são regidas por Nós
mesmos e pelo Prepósito Geral da Companhia
de Jesús, em virtude de delegação Nossa; mas
que todas elas, ao empreenderem e levarem
adiante trabalhos apostólicos, estão sujeitas à
jurisdição do próprio Bispo e, por vezes, à do
Pároco. Portanto, admitidas pela Hierarquia
Eclesiástica nas fileiras da milícia apostólica
e dependendo claramente dela, tanto em aceitar
como em levar a têrmo qualquer atividade
apostólica, com pleno direito — como já tive­
mos ensejo de notar (27) — são cooperadoras
do Apostolado Hierárquico. “ Esta reverência
e modesto acatamento dos Sagrados Pastores”,
por ser como que inata nas Congregações Ma­
rianas, deve ter sua fonte em suas próprias
leis, que assentam como princípio fundamental
o propósito de confessar see restrições, com a
vida c os costumes, tudo o que ensina a Igreja
Catóica, “louvando o que Ela louva, repro­
vando o que Ela reprova, sentindo em tudo com
Ela, não se envergonhando jamais quer na
vida particular, quer na vida- pública, de pro-
(26) Cfr. P II X II, Epist. ad Card. Leme, 21 Ian.
lã 42.
(27; P II X II, Alloc. ad A. C. Ital., 4 Sept. 1940;
A. A. S„ 32, p. 869.
“Bis Saeculari Die” XI
ceder como filho obediente e fiel de tão grande
Mãe” (28).
A esta arregimentação quase militar de
católicos em maneira alguma se opõe o fato
de estes sodalícios, inicialmente instituidos
pela família de Santo Inácio, parecem como
que brotos e germinaçÕes da mesma, tanto mais
que uma parte delas, na verdade reduzida, é,
— como dissemos —, em virtude de delegação
Nossa, dirigida por sacerdotes da Companhia
de Jesús. Pelo contrário, tendo as Congrega­
ções Marianas, desde a sua primeira instituição,
tomado como que por distintivo as “Regras
de sentir com a Igreja”, isto é, de obedecer
aos ditos dos que o “ Espírito Santo instituiu
Bispos incumbidos de reger a Igreja de Deus”
(Atos, XX, 28), parece-lhes inata certa pro­
pensão congênita que lhes prmitiu e permitirá
no futuro, serem para a Hierarquia valiosís-
simo subsídio na dilatação do Reino de Cristo.
Que na verdade se tenham sempre dedicado não
a causas particulares mas à utilidade comum
da Igreja, prova-o de modo irrefragáve-l o ful-
gidíssimo esquadrão de Congregados Marianos
aos quais a Santa Madre Igreja conferiu as
honras supremas dos altares e que ilustram não
sòmente a Companhia de Jesús, mas também o
próprio clero secular e nao poucas famílias
religiosas, tanto mais que foram Congregados
(28) Cfr. Reg. Com. 33.
XII Constituição Apostólica
Marianos dez fundadores e j>ais de novas
Ordens e Congregações.
2) — Define:
a — São associações apostólicas.
Disto se deduz claramente que as Con­
gregações Marianas como bem alto proclamam
suas próprias leis aprovadas pela Igreja, são
associações impregnadas de espírito apostó­
lico (29) e como tais incitam seus membros,
por vezes elevados às culminâncias da santi­
dade, (30) não sòmente a realizarem em si e
nos mais o ideal da perfeição crista, ma^s ainda,
com o favor dos Sagrados Pastores (31), a de­
fenderem os direitos da Igreja (32)^ conseguin­
do formar incansáveis arautos da Virgem San­
tíssima e propagadores do Reino de Cristo (33).
b — Têm todas as condições para serem
consideradas verdadeira Ação Ca­
tólica.
Sendo assim, às Congregações Marianas,
quer se lhes considerem as leis, quer se atenda
à sua natureza, finalidade, empreendimentos e
atos, não se póde negar característica alguma
das que distinguem a Ação Católica, visto esta
(29) Cfr. Comm. 1, 43
(30) Reg. Comm., 12.
(31) Reg. Comm., 33.
(32) Reg. Comm., 1.
(33) Reg. Comm., 43.
“ Bis Saeculari Die” XIII
se definir com acerto, conforme tantas vezes
declarou Nosso Predecessor de feliz memória
Pio XI, “ o apostolado dos fiéis que se põem
a serviço da Igreja e de certo modo a ajudam
a cumprir seu ministério pastoral” (34).
c Não obstam suas características pe­
culiares, antes pelo contrário são
e devem ser o que sempre têm
sido.
Ora, a que as Congregações Marianas de
pleno direito sejam denominadas: “Ação Ca­
tólica empreendida sob os auspícios e por
inspiração da Bemaventurada Virgem Ma­
ria” (35), não obstam, de modo algum, sua
constituição e notas próprias, que antes, assim
como foram, assim são e hão de ser tutela e
presídio para mais esclarecida formação cató­
lica dos espíritos (36). De fato, como muitas
vezes declarou esta Sé Apostólica, a Ação
Católica não está encerada em círculo fecha­
do (37), como que rigidamente circunscrita por
limites intangíveis, nem, por ter finalidade de­
finida, se esforça por atingí-la com método e
(34) P II XI, Epist. ad Card. van Roey, 15 Aug.
1928: A. A. S., 20, p. 296; Epist. ad Card.
Segura, 6 Novemb. 1929: A. A. S., 21, p.
665.
(35) Cardinalis Pacelli Alloc. ad Sod.^ Mar. m
Menzingen (Helvetia), 22 Oct. 19o8.
(36) P II XI, Alloc. ad Sod. Mar., 30 Mart. 1930.
(37) P II XI, Epist. Encycl. Firmissimam cons-
tantiam , ad Episcopos Mexicanos, 28 Mart.
1937: A. A. S., 29, p. 210.
XIV Constituição Apostólica
modalidade peculiar (38) “ que elimine as de­
mais associações de caráter ativo ou as absor­
va” ; antes deve julgar do seu dever harmo­
nizá-las e compô-las amigàvelmente derivando
os progressos de uma para o bem das outras,
com plena concórdia de ânimos, união e cari­
dade (39) : porque, como ultimamente adverti­
mos, neste intenso fervor de apostolado a Nós
sumamente aceito, deve ser evitado o êrro de
não poucos que tendem como que fundir num
só molde quanto se empreende a bem das
almas (40). Bem é de ver quanto este pro­
cedimento aberra da intenção da Igreja (41;,
pois ela — bem longe de aprovar que, coar-
tando tal vitalidade que viceja e floresce es­
pontânea (42), se entreguem a uma só asso­
ciação ou só à paróquia todos os trabalhos
apostólicos, — quer antes, favorecendo a multi-
forme unidade (43), que na execução destes
trabalhos haja esforços conjugados e mediante
uma colabornção fraterna dirigida para o
mesmo alvo, sob a orientação dos Bispos.
(38) P II XI, Epist. Quae Nobis ad Card. Bertram ,
* 13 Nov. 1928: A. A. S., p. 386.
(39) P II XI Alloc. ad Act. Cath. Galliae, 20 Maii
19r'.í.
(40) P l i X II, Alloc. radioph. ad Congressum
IX.vcin., 7 Dec. 1947: A. A. S., 39, p. 364.
(41) J J I XI, Alloc. ad Act. Cath. Ital. 28 Iun.
1030.
(42) P II XI, Epist. Quainvis Nostra ad Episc.
Brasiliae, 27 Oct. 1935: A. A. S., p. 160
(43) P II XI, Alloc. ad Sod. Mar., 30 M art. 1930.
(44) Lír. P II X II, Epist. ad P. S. Ilundain, 26
Aug. 1946.
“ Bis Saeculari Die” XV
Êstes “ consenso unânime, ordenada coli­
gação e compreensão mútua, que repetidas
vezes recomendámos” (45), tanto mais fàeil-
mente lião de alcançar associações desta natu~
reza, quanto mais profundamente, — posta de
lado qualquer controvérsia sobre preeminên-
cia (46), “ se amarem umas às outras, distin-
guindo-se mutuamente com demonstrações de
estima” (47) e, tendo unicamente em mira a
glória de Deus, se persuadirem, que só então
conquistarão a primazia, quando tiverem apren­
dido a cedê-la às demais (48).
PARTE III
NOTAS ESSENCIAIS A TODAS AS CC. MM.
Ponderando, pois, atentamente todos estes
fatos e desejando, com todas as veras, que estas
escolas de piedade e de atuosa vitalidade cristã
prosperem e se fortaleçam cada. dia mais (49),
pela Nossa Autoridade Apostólica assentamos
declaradamente alguns pontos comuns às Con­
gregações Marianas do mundo inteiro, que de­
verão ser religiosamente observados por todos
aqueles a quem couber.
(45) P II XI, Epist. Quamvis Nostra ad Episc.
Brasiliae 27 Oct. 1935: A. A. S., 28, p. 163.
(46) Cfr. Mc., 9, 33.
(47) Rom., 12, 10.
(48) Cfr. Mc., 20, 26-27.
(49) P U X II, Epist. ad Card. Leme, 21 Ian. 194~.
XVI Constituição Apostólica
I — As Congregações Marianas, devida­
mente agregadas à Prima Primária do Colégio
Bom ano, são associações religiosas erigidas e
aprovadas pela própria Igreja (50) que, para
realizarem mais adequadamente os mandatos a
elas confiados, as cumulou de amplíssimos fa­
vores (51).
II — Legítima Congregação Mariana deve
ser reputada ünicamente a que for erigida pelo
Ordinário competente, convém a saber: em local
próprio da Companhia de Jesús ou entregue a
seus cuidados, pelo Prepósito Geral da mesma
(52); em todos os mais, pelo respectivo Bispo
ou, com formal consentimento do mesmo, pelo
dito Prepósito Geral (53). Para que uma
Congregação assim erigida possa gozar dos
privilégios e indulgências autorgadas à Prima
Primária, é necessário que lhe seja agrega­
da (54). Esta agregação, no entanto, que
deve ser concedida, com consentimento do Ordi­
nário do lugar, pelo Prepósito Geral da Com­
panhia de Jesús (55), nenhum direito confere
(50) Cfr. Bullam Gregori XI£C Omnipotentis Dei,
notis (1) et (2).
(52) SIX TI Y Bull. Romanum decet, 20 Sept.
5 Dec. 1584.
(51) Cfr. Pontifícia documenta supra recensita,
1587.
(53) S. Congr. Indulg. decr. 23 Iun. 1885.
(54) Cfr. C. I. C., 686; Bullam Auream Gloriosae
Dominae, 27 Sept. 1748; Decretum Leonis
XXI, 17 Maii 1824; Decretum S. Congr.
Indulg., 23 Iun. 1885.
(55) Cfr. Rescript. S. Congr. Indulg., 17 Sept.
1887; C. I. C., 723, Reg. Comm., 2.
“ Bis Saeeulari Die” XVII
sôbre a nova Congregação à Prima Primária
nem à Companhia de Jesús (56).
III — As Congregações Marianas, por se­
rem plenamente adequadas às necessidades
atuais (57), devem, por vontade do Sumo Pon­
tífice, manter intactas as suas leis, índole e
instituição (58).
IV — As Eegras Comuns, cuja observân­
cia, ao menos na essência, é indispensável para
obter a agregação (59), recomendam-se com
todo o àfinco a todos os Congregados como su­
mário e lição de disciplina que, recebida outrora,
ô consagrada por um uso constante (60).
V — Tôdas as Congregações Marianas,
acidentalmente diversas mas idênticas na subs-
(56) Cfr. C. I. C., 722 § 2; Declarat. A. R. P.
Ludovici M artin, Praep. Generalis S. I. 13
Apr. 1904.
(57) Cfr. praesertim : P II X II, Alloc. ad Sod. Mar.,
21 Ian. 1945; Epist. ad P. S. Ilundain, 26
Aug. 1946; Epist. ad P. D. Lord, 24 Ian.
L948.
(58) )fr. praesertim : P II XI, Alloc. ad Sod. Mar.,
(0 M art. 1930; Alloc. ad Sod. Primae Pri-
nariae, 24 M art. 1935. — P U X II Telegr.
id Conv. CC. MM. Italiae, 12 CC. MM.
[taliae, 12 Sept. 1947; Alloc. radioph. ad
Dongr. Barcin.. 7 Dec. 1947; Epist. ad P. D.
Liord, 24 Ian. 1948.
(69) Dfr. Decretum S. Congr. Indulg., 7 Mart.
L825; Decretum S. Congr. Indulg. -3 Iun.
L8S5; Rescript. S. Congr. Indulg. 17 kept.
L887
( 60 ) Dfr. P I I X II, Alloc. ad Sod. Mar., 21 Ian.
1945; Epist. ad P. D. Lord, 24 Ian. 1948.
XVIII Constituição Apostólica
tância, dependem tanto quanto as demais as-
Bociaçõcs consagradas a atividades apostólicas
da Hierarquia Eclesiástica (61).
VI — Para que na propagação do Beino
de Dens e na defesa dos direitos da Beligião,
as fileiras da milícia cristã, não se dispersem,
nem debilitem seu vigor, as Congregações Ma­
rianas, seguindo fielmente as pegadas de seus-
maiores e amoldando-se ao procedimento im­
posto pelas circunstâncias atuais, tenham pre­
sente quanto segue:
a) O Ordinário do lugar —
1) em conformidade com os sagrados
cânones e permanecendo firmes as prescrições
e documentos da Sé Apostólica, têm poder em
absolutamente todos os Sodalícios de seu ter­
ritório no que diz respeito ao exercício do apos-
tolado externo;
2) têm jurisdição em tôdas as Congre­
gações existentes fora de locais próprios da
Companhia de Jesus, podendo dar-lhes normas,
que não atinjam a substância das regras
comuns (62).
(61) Cfr. Cone. Vat., Sess. IV, Const. “ De Ec-
clesia Christi” , cap. 3; C. I. C., 218 § 2;
P II X II, Alloc. ad Act. Cath. Ital., 4 Sept.
1940; A. A. S., 32 p. 369; Epist. ad Card.
Leme. 21 Ian. 1942; Alloc. ad Congressum
Barcin, 7 Dec. 1947: A. A. S., 39 p. 634.
(62) Cfr. C. I. O., 334 § 1, 335 § 1; Statuta.
Generalitia CC. MM., 31 Ang. 1885, II. 6.
“Bis Saeculari Die”
b) O Pároco —
1 ) 6 Diretor nato das Congregações paro­
quiais, que poderá dirigir como as demais
associações de sua paróquia;
2) com relação às associações que exer­
cem atividade apostólica em seu território,
goza do poder que lhe conferem os sagrados
cânones e os legítimos estatutos diocesanos rela­
tivos ao exercício do apostolado externo (63).
VII — O diretor legitimamente promulga­
do de qualquer Congregação Mariana, que deve
ser sempre revestido da dignidade sacerdotal,
posto que inteiramente subordinado aos legíti­
mos superiores eclesiásticos, contudo, de acordo
com as regras comuns, na própria vida interna
da Congregação goza de pleno poder, que con­
virá gerabnente exercer por meio dos Congre­
gados que com êle dirigem a Congregação (64).
V III — “ Marianas” devem ser denomi­
nadas estas associações não só, porque seu ti-
tular é a Bemaventurada V! gem Maria (65),
mas antes, porque cada Congregado deve pro-
(63) I. C. 464 § 1; Declarat. A. R. P. Ludo-
ici M artin, 13 April. 1904.
(64) fr B EN ED ICTI XIV Bullam Auream Glo-
osae Dominae, 27 Sept 1 7 4 8 ; Breve Lam
abile Romannorum, 15 Febr. 1/53, Statuta
eneralia, 31 Aug. 1885; Reg* Coram.,
8, 50.
(65) fí*. Reg. Coram., 3; Bulla Aurea Gloriosae
XX Constituição Apostólica
fessar piedade especial para com a Mãe de
Deus (66) e lhe estar ligado com plena consa­
gração (67) que o obriga, posto que não de­
baixo, de pecado (68), a pugnar com todos os
meios pela própria perfeição e salvação eterna
e pela dos demais (69) sob a bandeira, da
Bemaventurada Virgem, a não ser que, por
indigno, seja despedido ou por leviandade de
ânimo abandone a Congregação (70).
IX — Na admissão dos Congregados, esco­
lham-se com diligência (71) os que, longe de
Be contentarem com teor de vida comum, se
esforçam (72) por "dispor no coração árduas
ascensões*’ (Ps. LXXXIII, 6) (73), de acordo
com as normas ascéticas e os exercícios de
piedade propostos nas regras (74).
(66) Cfr. Reg. Comm., 1, 40.
(67) Cfr. Reg. Comm., 27.
(68) Cfr. P II X II, Alloc. ad Sod. Mar., 21 Ian.
1945; Reg. Comm., 32.
(69) Cfr. P II X II, Alloc. ad Sod. Mar., 21 Ian.
1945; Epist. ad P. D. Lord, 24 Ian. 1948.
(70) Cfr. Reg. Comm., 1, 27, 30.
(71) Cfr. Reg. Comm., 23, 24, 26; B EN ED IC TI
XV, Alloc. ad Sod. Mar., 19 Dec. 1915. —
P II XI, Encycl. ü bi Arcano, 23 Dec. 1922;
A. A. S., 14, p. 693. — P I I X II. Epist. ad
Card. Leme, 21 Ian. 1942; Alloc ad Sod. Mar.*
21 Ian. 1945; Epist. ad P. S. Ilundain, 26
Ang. 1946; Telegr. and Conv. CC. MM. Ital.,
12 1947; Alloc. Radioph. ad Congress. B ar-
cin., 7 Dec. 1947; A. A. S., 39, p. 634.
(72) Cfr. Reg. Comm., 1, 35.
(73) Reg. Comm., 12.
(74) Cfr. Reg. Comm., 9, 33 ad 45.
“ Bis Saeculari Die” XXI
X As Congregações Marianas formara
Congregados que, segundo a condição de cada
um, possam ser propostos aos demais, como
exemplo de vida cristã e da atividade apostó­
lica (75).
XI — Entre as finalidades primárias das
Congregações (76) está o apostolado omnímodo,
sobretudo social, que exereem, por mandato da
própria Hierarquia Eclesiástica (78). Para
prestar esta verdadeira e plena cooperação com
o Apostolado Hierárquico (79), em modo algum
(75) Cfr. Reg. Comm., 14, 1, 33, 43; P II XII,
Alloc. ad Sod. Mar., 21 Ian. 1945; Telegr.
ad Conv. CC. MM. Ita., 12 Sept. 1947; Epist.
ad P. D. Lord, 24 Ian. 194S; Alloc. ad
Sod. Mar., ex “Conférence Olivaint” , 27 Mart.
1948.
(76) BEN ED ICTI XIV Bull. Anr. Gloriosae Do*
minae, 27 Sept. 1748. — BENEDICTI XV,
Alloc. ad Sod. Mar., 19 Dec. 1915. — P II
XI, Epist. ad Adm. Apost. Oenip., 2 Aug.
1946; Alloc. Radioph. ad Congress. Barcin.,
7 Dec. 1947: A. A. S., 39 p. 633.
(77) Reg. Comm., 1; P II X II, Alloc. ad Sod. Mar.,
21 Ian. 1945.
(78) Cfr. Epist. Card. Pacelli ad Card. Faulha^ber,
3 'Sept. 1934; P II X II, Epist. Apost. Nosti
profecto, 5 Iul. 1940; Alloc. ad Sodal. - ar.,
21 Ian. 1945; Epist. ad P. S. Ilundam. -6
Aug. 1946; Epist. ad P. D. Lord, 24 Ian.
.948.
(79) ?II X II, Alloc. ad Act. Cath. Ital., 4 Sept,
.940; A. A. S., 32, p. 369; Epist. ad Card.
jeme, 21 Ian. 1942; Card. Pacelh, Adoc. ad
!od. M ar. in Menzingen (Helvetia),
)ctobris 1938.
XXII Constituição Apostólica
devem ser alteradas ou inovadas as normas
próprias das Congregações relativas às moda­
lidades daquela cooperação (80).
X II — Finalmente as Congregações Ma­
rianas devem ser tidas na mesma categoria
que as demais associações aplicadas à finalidade
apostólica (81), quer lhes sejam federadaa quer
estejam ligadas ao próprio centro da Ação Ca­
tólica. Ora, devendo as Congregações prestar
concurso e colaboração (83) a qualquer destas
associações, sob a guia e direção dos Sagra­
dos Pastores (82), não é necessário que cada
Congregado, individualmente, se lhes inscreva
nos registros (84).*1
r(80) Cfr. P II X II, Alloc. Radioph. ad Congr.
I Barcin. 7 Dec. 1947: A. A. S., 39, p. 634.
1(81) Cfr. P II X II, Alloc. ad Act. Cath. Itál., 4
Sept. 1940: A. A. S., 32, p. 368; Telegr.
ad Conv. CC. MM. Ytal., 12 Sept. 1947; Alloc.
Radioph. ad Congr. Barcin., 7 Dec. 1947;
A. A. S., 39, p. 634.
(82) Cfr. inter alia: P II X II, Telegr. ad Conv.
CC. MM. Ital., 12 Sept. 1947; Epist. ad P.
D. Lord, 24 Ian. 1948; Epist. D uring recent
years ad Episc. Indiae, 30 Ian. 1948.
(83) Cfr. praesertim : P II XI, Epist. ad Episc.
Brasiliae, 27 Oct. 1935: A. A. S., 28, p.
161; Alloc. ad Sod. Mar., 30 M art. 1930. —
M art. 1930. — P II X II, Alloc. ad Act. Cath.
Ital., 4 Sept. 1940: A. A. S., 32, p. 369.
(84) Cfr. P I I X II, Epist. ad P. S. Ilundain, 26
; Aug. 1946.
“Bis Saeculari Die” x x in
CONCLUSÃO
Isto mandamos e promulgamos, decretando
que as presentes letras sejam firmes e válidas
e permaneçam sempre eficazes, produzindo e
obtendo seus efeitos plenos e inteiros, e que
plenissimamente as acatem todos aqueles a
quem couber. Determinamos, que assim se
deve julgar e definimos que, daqui em diante,
há de ser nulo e irrito, tudo o que contra elas
consciente ou iiiconscientemente, fôr atentado,
por quem quer que seja e seja qual fôr a sua
autoridade. Não obstando qualquer disposição
om contrário.
Dado em Castel Gandolfo, junto a Roma,
aos 27 de setembro de 1948; aniversário bis-
secular da Bula Áurea “ Gloriosae Dominae”,
no ano décimo de Nosso Pontificado.

PÍLIS p p . XII

ACTA APOSTOLICAE SEDIS, Vol. XL, n.®


10, pg. 393-402.
Os subtítulos introduzidos no texto ponti­
fício para facilitar o estudo do mesmo nao
constam do documento.
PRIMEIRA PARTE

GENERALIDADES
I. HISTÓRIA ......................................... 7
II. VANTAGENS...................................... 12
III. INDULGÊNCIAS
Indulgências plenárias ....................... 17
Indulgências parciais ......................... 20
Indulgências para todos os fiéis ...... 21
Privilégios............................................. 22

uAs Congregações Marianas são a via-látea do


céu da I g r e j a Pio XI
CAPÍTULO PRIMEIRO

História das Congregações


As Congregações Marianas foram fundadas
em 1563 pelo R. P. João Leunis, S. j., professor
no Colégio Romano. Desde o início distingui-
ram-se por tres traços caraterísticos essenciais :
vida cristã fervorosa e exemplar, apostolado
e devoção especial a Nossa Senhora.
Sobre estas tres bases formou o P. Leunis
a primeira Congregação Mariana com os* me­
lhores alunos da sua aula, aos quais foi dando
normas e diretrizes, que pouco a pouco foram
constituindo as regras por que se regem as
Congregações. Este espírito e esta orientação
fizeram com que a seleção e a formação dessem
as Congregações Marianas a feição própria que
as carateriza e que as torna “escolas de santi­
dade e de apostolado”.
A semente abençoada plantada pelo P .
Leunis no Colégio Romano começou logo a
germinar : outras Congregações foram surgindo
e em breve essas piedosas associações eram
conhecidas em todo o mundo.
8 Primeira parte
A Igreja apressou-se em apoiá-las e promo­
vê-las. Citemos apenas alguns dos principais
documentos da Santa Sé :
1584 — 5 de Dezembro : O Papa Gregório
X III publica a Bula “ O m nipotentis Dei” ,
com que efetua a ereção canônica da Congre­
gação Mariana do Colégio Romano.. Depois de
enumerar os frutos espirituais produzidos pela
Congregação ; depois de louvar suas finalidades,
suas práticas, seu espírito, e Sumo Pontífice
abençôa paternalmente a Congregação, a que
dá o título de “mãe e cabeça” — Ma ter et
caput — de todas as Congregações Marianas.
1587 — 5 de Janeiro : promulgação da
Bula de Sixto V, “ Superna dispositione” ,
em que o Papa outorga ao Padre Geral da Com­
panhia de Jesús o poder de erigir e de agregar
à Prima Primária as Congregações que se fun­
darem nas Casas ou Colégios da Ordem.
1587 — 29 de Setembro : outra Bula de
Sixto V, “ Romanum decet” , que estende as
faculdades da Bula de 5 de Janeiro, às Congre­
gações fundadas em estabelecimentos que não
pertencem à Companhia de Jesús, mas que
assim mesmo são dirigidos pelos Padres Jesuítas.
1621 — 15 de Abril : publicação da Bula
“ Alias pro parte” , em que o Papa Gregório XV
declara que as Congregações Marianas não fazem
parte das Confrarias e Associações de que trata
a Bula “ Quaecunque” de Clemente VIII. O
Sumo Pontífice aproveita a ocasião para frisar
a índole própria das Congregações Marianas.
dignas do louvor e da benevolência da Igreja,
História das Congregações 9
1748 — 24 de Abril: Breve de Benedito
XIV, “Prceclaris Romanorum” , que confirma
e amplia o tesouro das indulgências com que a
Igreja enriqueceu as Congregações
1748 — 27 de Setembro : data histórica nos
Anais das Congregações O Sumo Pontífice
Benedito XIV publica a Bula “ Gloriosae Do-
minae” , conhecida com o nome de Bula Aurea
pelos elogios, favores, privilégios, indulgências e
graças com que o grande Papa mariano quis
minosear e enaltecer as Congregações Marianas.
1751 — 8 de Setembro : Breve “ Quo
tibi” , em que o mesmo Pontífice autoriza a
agregação das Congregações femininas.
1765 — 7 de Janeiro: nova aprovação oficial
das Congregações Marianas pelo Papa Clemente
XIII na Bula “Apostolicum Pascendi” publi­
cada em defesa da Companhia de Jesús.
1773 — 16 de Novembro : Breve de Cle­
mente XVI, “Commendatissimum” , assegu­
rando a continuação das Congregações Marianas,
com todos os seus privilégios e indulgências,
mesmo após a supressão da Companhia de Jesús.
1824 — 17 de Maio : O Santo Padre Leão
XII promulga a Bula “Cum m ulta” , com que
restitue à Companhia de Jesús o poder de agre­
gar as Congregações Marianas à Prima Primária.
1863. — 10 de Fevereiro : Breve de Pio IX,
“Exponendum nuper” , em comemoração do
terceiro centenário da Fundação da primeira
Congregação Mariana.
1884 — 27 de Maio: com o Breve “ Frugi-
feras inter” , o sumo Pontífice Leão XIII con­
cede um jubileu extraordinário para celebrar
10 Primeira parte
mais solenemente o terceiro centenário da ereção
canônica da Prima Primária,
Aqui temos portanto nada menos de 6
Bulas e outros tantos Breves, em que a Igreja
aprova, promove e favorece em termos oficiais
e solenes, com as expressões mais elogiosas, as
iniciativas, a organização, o espírito, as regras,
numa palavra tudo quanto se refere às Congre­
gações Marianas.
A 27 de setembro de JL948, ao completar-se
o bi-centenário da Bula Áurea, o Santo Padre
Pio XII agraciou as Congregações Marianas
com a Constituição Apostólica “Bis seeculari
die” , que transcrevemos de início.
O apoio decidido e carinhoso da Santa Sé
imprimiu um impulso extraordinário e uma vita­
lidade pujante às Congregações Marianas. Prín­
cipes, reis, imperUdores, bispos, núncios e car­
deais pediam para ser admitidos na Congregação
e gloriavam-se do nome de Congregados. Entre
os santos canonizados já se contam 30 Congre­
gados Marianos : S. Afonso de Ligório, S.
Camilo de Lellis, S. Conrado de Parzham, S.
Fidelis de Sigmaringa, S. Francisco de Jerônimo,
S. Francisco de Sales, S. Gabriel de Nossa Se­
nhora das Dores, S. João B. de Rossi, S. João
B. de la Salle, S. Joâo Berchmans, S João
Eudes, S. João Francisco Regis, S. José Cala-
zans, S. I/eonardo de Porto Maurício, S. Ma­
dalena Sofia Barat, S. Maria Bernadete Sou-
birious, S. Pedro Canisio, S. Pedro Fourier,
S. Teresinha do Menino Jesus, S. Vicente de
Paulo, S. Pedro Claver, S. André Bobola, e os
oito Santos Mártires Canadenses, S. João de
História das Congregações 11
Brito, S. Bernardino Realino e S. Luiz Maria
Grignion de Monfort.
No Brasil a história das Congregações Ma­
rianas apresenta duas fases distintas : a pri­
meira vai de 1583 a 1760, a segunda começou
em 1870. No Brasil-colônia as Congregações
floresceram nos Colégios e igrejas da Companhia
de Jesús : a história registra porém poucos por-
nores a este respeito. Em 1870, a Companhia
de Jesús de volta ao Brasil, após um século de
ausência, reiniciava o movimento mariano A
primeira Congregação agregada à Prima Pri­
mária surgiu na cidade de Itú (Estado de São
Paulo) e traz a data de 31 de Maio de 1870,
Desde então as Congregações se foram esten­
dendo e multiplicando em todos os pontos do
território nacional Em 1927, a 12 de Outubro,
fundava-se em S. Paulo a Federação das Con­
gregações Marianas. Este acontecimento deter­
minou um movimento de expansão extraordi­
nária, quase prodigiosa, das Congregações Ma­
rianas masculinas. Baste dizer que desde 1933
o Brasil está à frente de todos os paises do
mundo no número de Congregações masculinas
agregadas à Prima Primária e que em 1941 já
temos 41 Federações diocesanas, reunidas, numa
Confederação Nacional, fundada no dia 2 de
Maio de 1937 no Rio de Janeiro, por ocasião
da primeira Concentração Nacional das Con­
gregações Marianas. Em princípios de 1941 as
Congregações Marianas no Brasil tinham um
efetivo de Congregados orçado em cem mil.
Destas Congrgegações, umas duzentas são femi­
ninas e todas as demais masculinas.
CAPÍTULO SEGUNDO

Vantagens das Congregações


Quem avalia r^elhor os frutos imediatos das
Congregações são os próprios Congregados.
Porque :
1 ° A Congregação dá-lhes todos os bens
da associação : união, esforços comuns, luz,
orientação e apoio.
2 ° Têm uma proteção especial da SS.
Virgem, em razão de se consagrarem de modo
particular ao serviço e culto da Mãe de bondade.
3 ° Têm ao lado o “ zelo de um Diretor
solícito, que estreita a mútua afeição dos Con­
gregados, que llies afervora o espírito, e melhor
os aconselha em muitas conjunturas perigosas
para a salvação”.
4 ° Ouvem muitas “exortações e leituras
de piedade, que alimentam o espírito e lhes
dão novas forç ts, que os levam a sérias reflexões,
e que, recordando amiudadas vezes as grandezas,
os privilégios e benefícios da SS Virgem, deter­
minam o Congregado a imitar-lhe a pureza, a
doçura, a paciência e as outras virtudes”.
5 ° A eles, mais que a ninguém, aproveitam
“ os bons exemplos. Entre os Congregados
encontram-se sempre moços que vivem em cor­
pos mortais a vida dos anjos, pais e mães de
família verdadeiramente cristãos, homens de
probidade, militares de proceder irrepreensivel;
e será possível que, vendo-os e convivendo com
eles, não diga cada um para s i: — Por que não
farei eu o que vejo praticar os outros ? *—
Vantagens das Congregações 13
Foi esta reflexão que converteu S Agostinho e
S. Inácio”.
6 o Aproveitam-lhes até “as orações
com uns, que têm uma força particular na pre­
sença de Deus, como Jesús Cristo prometeu :
Quando dois ou três dentre vós se reunirem
em m eu nome, lá estarei no meio deles ;
alcançarão de meu Pai tudo quanto pe­
direm ” (Mt 18, 19).
7 ° Para eles são em particular “os so­
corros m útuos da caridade cristã. Os Con­
gregados amam-se uns aos outros como ver­
dadeiros irmãos ; a sua divisa é a dos primeiros
cristãos : Cor unum et anima una. Quais­
quer que sejam as circunstâncias em que se
achem, ou estejam doentes ou aflitos, etc/,
acharão em seus irmãos santas e carinhosas
consolações, quando os visitarem e assistirem
até o derradeiro alento”.
8 ° Para a vida cristã dos Congregados faz
muito “ o empenho que contráem de cumprir
as Regras da Congregação, de frequentar os
Sacramentos, de propagar o culto de N. Senhora,
e de estimar serem avisados quando tiverem
caido em qualquer falta. Estas obrigações ver­
dade é que não se impõem sob pena de pecado ;
mas porventura não põem elas uma alma de
boa vontade, que tomou a sério o cumprimento
dos seus deveres, na feliz necessidade de praticar
a virtude?”.
9 ° Acresce “ o merecimento das boas
obras de todos os Congregados, a que cada
um tem legítimo direito ; e para avaliar todo o
alcance deste merecimento, bastará pensar nas
14 Primeira parte
inumeráveis práticas de devoção e caridade pró­
prias das Congregações.
10 0 Finalmente as “ indulgências da
Santa Igreja são um incentivo para aproveitar
os tesouros da graça e uma poderosa consolação,
ao pensar na satisfação que pedem os nossos
pecados. Também os Santos estimaram sempre
as santas indulgências e sempre fizeram por
ganhá-las até à morte. Quando as Congre­
gações de Nossa Senhora não tivessem
outras vantagens senão as indulgências,
dizia um personagem ilustre, bastariam cias
para merecerem toda a m inha estim a e só
por isto quisera fazer parte dessas santas
Congregações” .
Do que fica dito facilmente se concluo com
quanta propriedade S Bernardino aplicava às
! Congregações o que S. Bernardo dizia das Co­
munidades religiosas : “Alí vive o homem mais
puro ; cai menos vezes em pecado ; quando cai
é menos gravemente ; levanta-se mais depressa;
anda com mais precaução ; tem mais sossego
de espírito ; é mais orvalhado com a chuva da
divina graça ; satisfaz mais a Deus, e abrevia
o purgatório ; morre com maior confiança e
alegria ;/ e é coroado dejmaior glória no céu”.
No meio social, quando nele vivem vida
de fervor, ação e zelo, é impossivel que as Con­
gregações não façam sentir intensa e extensa­
mente os seus benéficos influxos. Porque a
família e a sociedade lucram sempre, quando
contam no seu seio homens respeitadores da auto­
ridade e das leis, amigos da ordem, da paz e
Vantagens das Congregações 15
do progresso, cumpridores concienciosos do de­
ver, votados de coração à prática das virtudes
cristãs, especialmente à piedade, caridade, abne­
gação e sacrifício. E tais são os homens que as
Congregações formam.
Depois, a Congregação é sempre um fóco
de apostolado direto : na família pela educação
cristã ; na paróquia pelas obras de piedade ; e
na sociedade pelas relações e influência dos seus
membros. As obras de caridade, quando a Con­
gregação é o que deve ser, estendem-se às classes
indigentes num duplo influxo de benfazer, que
mata a fome do corpo e melhora, preservando
até, as almas e os costumes.
Na defesa dos são princípios é por natureza
a Congregação um baluarte da fé e da razão. A
obediência completa à autoridade eclesiástica,
o conhecimento mais profundo da religião, o
manejo das armas apologéticas nas Academias
e Círculos, fazem de cada Congregado um com­
batente destro e valoroso, com que hão de
haver-se os inimigos de Deus e da Igreja.
Na propaganda, finalmente, dos princípios
sociais cristãos e no ataque, quando este se faz
mistér, dos erros modernos, a palavra e a pena
dos Congregados podem ser, e têm sido muitas
vezes, um dos impulsores mais eficazes da
reforma social.
E, se em todos os meios e para todas as
idades são as Congregações Marianas um ele­
mento de bem e de progresso, este carater e
influência revelam-se particularmente eficazes na
formação da juventude. Nascidas para esta nos
16 Primeira parte
Colégios, neles e fora deles são ainda hoje as
Congregações um dos melhores fatores, assim
na formação da inteligência e do caráter, como
na educação do coração e da vontade.
Com efeito, o ideal moral por elas proposto
é o mais levantado e puro : a Virgem Santís­
sima. E o amor efetivo e ardente à Mãe de
Deus faz brotar no coração e alimenta nele as
flores e frutos de todas as virtudes cristãs.
A vida quotidiana do bom Congregado no
Colégio é o exercício contínuo e perseverante do
amor ao dever, e o cumprimento deste em todas
as conjunturas da vida e à custa dos sacrifícios
necessários. Assim se forma a conciência, se
domam as paixões e se educa e fortalece a
vontade, enquanto, nas lides escolares ordinárias
e nos horizontes mais amplos à iniciativa nas
Academias e Círculos, quando os há, a inteli­
gência se ilumina e exercita para os largos voos
dos anos vindouros.
Numa palavra : o Congregado tem na Con ­
gregação durante a sua formação inteira uma
luz, uma força, uma orientação, uma fonte
perene de espírito cristão e apostólico. Se o
aproveita, como deve, se dele se informa e o
conserva, será na vida inteira um obreiro incan­
sável de Deus e da Igreja, um apóstolo verda­
deiro no meio em que viver, seja qual for o
seu estado e condição.
Felizes dos corações que na Congregação
sabem dar-se generosamente a Deus pelas mãos
de Maria, e feliz da sociedade em cujo seio as
Congregações Marianas florescem.
CAPÍTULO TERCEIRO

[[Indulgências aprovadas por S. S.


Pio XII a 7 de Agosto de 1948
I — Indulgências plenárias concedidasJsó
aos Congregados
1. No dia em que são recebidos na Con­
gregação, se confessados, comungarem no mesmo
dia (1). *
2. Em artigo de morte, se beijarem a me­
dalha ou distintivo da própria Congregação ou
o tocarem de qualquer modo com tanto que
confessados e comungados ou se isto não fôr
possível ao menos contritos invocarem os no­
mes de Jesús e Maria com a boca e, se não
puderem, com o coração e receberem paciente­
mente das mãos de N. Sr. a morte como castigo
do pecado.
3. Se confessados, comungarem em qual­
quer dos seguintes dias : Natal e Ascensão de
N. Senhor Jesús Cristo ; Imaculada Conceição
Natividade, Anunciação, Purificação e Assunção
de Nossa Senhora.1
1) A confissão pode fazer-se no mesmo dia, ou em
qualquer do3 oito dias precedentes ou seguintes (S. C .
In d u lg ., 11, março, 1908 ; Cod . ju r . can., Can. 931, §
1). A quem costuma confessar-sc ao menos uma vez por
semana, basta-lhe a confissão ordinária para lucrar todas
as indulgências (9 dez. 1763). Os fiéis que, não estando
legitimamente impedidos, costumam confessar-se ao
menos duas vezes no mês, ou comungar em estado de
graça e com reta intenção todos os dias, ainda que omitam
uma ou duas vezes na semana a comunhão, podem lucrar
todas as indulgências que exijam confissão, sem terem
de confessar-se de novo. v Excetuam-se*para este^caso as
18 Primeira parte
4. Na festividade própria cliamada “ Dia
Mundial das Congregações Marianas” aos Con­
gregados presentes à concentração se renova­
rem a Consagração à Virgem Mãe de Deus,
com as costumadas condições.
5. Uma vez na semana, num dia à escolha,
se, confessados no mesmo dia ou no precedente,
comungarem, contanto que tenham assistido
dentro da semana à reunião da Congregação.
6. Quando comungam publicamente ainda
que isoladamente com a medalha ou distintivo
da própria Congregação bento pelo Diretor,
tendo de resto preenchido as condições costu­
madas.
7. Se fizerem os Exercícios Espirituais por
qualquer número de dias ou um dia de reco­
lhimento no mês, contanto que, confessados e
comungados, visitem o SS. Sacramento, orando
pelas intenções do Sumo Pontífice (2).
indulgências de jubileu ordinário e extraordinário e as
concedidas ad instar ju b ilx i (14 de jev. de 1916 ; Cod. ju r.
can., Can. 931, § 3). A sagrada comunhão prescrita para
uma indulgência pode celebrar-se no dia próprio, na vés­
pera (£. C. In d u lg ., 6 out. 1870), ou em qualquer dos oito
dias seguintes ao fixado para a indulgência (Cod. ju r .
can., C an. 931, § 1). Se, porém, à comunhão for
assinado expressamente o dia, deve fazer-se neste.
2) Não é preciso formar explicitamente de cada
vez estas intenções (S. C. In d u lg ., 12 ju l., 1847) ; basta
orar em geral pelos fins recomendados. Quando na con­
cessão da indulgência se não determinam orações especiais,
fica livre cada um de rezar as que quiser (29 de m aio,)
1841), contanto que sejam vocais (13 sct. 1888). O costume
geral dos fiéis é rezar pelo menos três P atcr, A ve e G lória
em cada visita. Ainda que a oração deve ser vocal, ©
não só mental, pode rezar-se alternando com outrem, ou
seguindo mentalmente a oração que outrem estiver rezando
{Cod. ju r . can., Can. 934 § § 1 e 3).
Indulgências !•
8. O Diretor da Congregação, se visitar um
dos seus Congregados enfermos e o ajudar com
conselhos espirituais a sofrer com paciência o»
incômodos da doença, ou a aceitar de boa mente
da mão de Deus a morte, e cuidar de que o
doente recite diante de qualquer imagem de N.
Senhor crucificado três Pater e Ave pela inten­
ção do Sumo Pontífice, pode conceder ao doente,
no dia em que este receber a Sagrada Eucaristia,
indulgência plenária (3).
II — Indulgências plenárias e parciais
concedidas só aos Congregados
,9. Os Congregados podem lucrar todas as
indulgências das Estações de Roma, se nos dias
das mesmas estações, visitarem devotamente o
Oratório da Congregação ou alguma igreja pú­
blica, rezando nela cinco Pater e Ave. (Indul­
gências de dez anos; para as indulgências
plenárias requer-se confissão e comunhão).
10. Se depois dos Exercícios Espirituais
rezarem algumas pias orações durante quarenta
dias para alcançar perseverança, podem lucrar
em cada dia duzentos dias de indulgência ; e se,
confessados, comungarem dentro desse tempo,
indulgência plenária.
3) Esta indulgência n&o deve confundir-se com a
indulgência in articulo mortis, que se ganha maa
condições que as indicadas no n. 2. Como o
nfto restringe, parece que a do caso presente (n. V
aplicar-se, pfto só no dia em que se administra o c>agra o
Viático, mas todas as veses que o doaute eomuwgar,
ainda que o faça só por devoção.
20 Primeira parte
III — Indulgências parciais concedidas
só aos Congregados
11. De 7 anos e 7 quarentenas, todas as
vezes que :
— Assistirem à Missa em dias de semana ;
— Examinarem a conciência à noite, antes
de deitar ; «•
— Assistirem às reuniões, quer públicas,
quer particulares, da Congregação ;
— Tomarem parte nos Ofícios divinos em
Bufrágio dos Congregados ou de outros fiéis
defuntos, quando esses atos forem ordenados
pela Congregação e aprovados pelo Diretor;
— Visitarem enfermos, pobres ou encarce­
rados ;
— Reconciliarem inimigos ;
— Orarem pelos enfermos ou defuntos ;
— Acompanharem à sepultura eclesiástica
Congregados ou outros fiéis ;
— Ao se deitarem, colocarem à cabeceira
do leito a medalha ou distintivo da própria
CongTegação, bento pelo Diretor e recitarem
devotamente com o coração contrito ao menos
três Ave Marias;
— Ensinarem à Doutrina Cristã à cri­
anças e rudes.
12. De Trezentos dias: todas as vezes
que:
Recitarem o ato de consagração ou de
S. J. Eercimians ou de S. Francisco de Sales;
Recitarem devotamente a jaculatória “ Nos
cum prole pia benedicat Virgo Maria”, beijan­
do a medalha ou distintivo da Congregação.
Indulgências 21
13. Cem dias:
Todas as vezes que colocarem o distintivo
das Congregações Mariana, ornado com o
nome de Maria e disserem “Ave Maria” ou
quando trazendo consigo o distintivo de sau­
darem mutuamente com a saudação:
“ Ave Maria”.
■— Com as costumadas condições, indul­
gência plenária, se praticarem as obras ou
orações de que falam os números 11, 12 e 13
todos os dias durante o mês inteiro.
IV — Indulgências plenárias que todos os
fiéis podem lucrar nos lugares em que estão
eretas as Congregações]
14. Se confessados e comungados, visitarem
devotamente, orando pelas intenções do Sumo
Pontífice, o lugar onde. está ereta qualquer
Congregação, no dia do Padroeiro primário ou
secundário desta (4).
Se a Congregação não tiver título secun­
dário, pode o Diretor para este efeito, com
consentimento do Ordinário ( ou do Superior
próprio, se o Diretor é Sacerdote regular), esco­
lher um dia qualquer do ano.
Se for variavel o lugar das reuniões da
Congregação, ou tiver sido mudado perpétua ou
4) Para lucrar quaisquer indulgências, plenárias ou
parciais, que dependam de visita de igreja ou oratório,
o tempo assinado a esta visita conta-se desde o meio dia
da véspera à meia noite do dia determinado (Decr. da
8. C. do S . Ofício, de 26 ja n . de 1911 : Cod. jur. canomci,
Can. 923),
22 Primeira parte
temporáriamente, ou a festa do título primário
ou secundário for com consentimento do Diretor
celebrada noutra igreja, para maior comodidade
do povo ou solenidade da festa, vale para lucrar
a indulgência a visita a esta igreja.
Do mesmo modo, se qualquer ou uma e
outra das festas titulares não puder, por opor­
tunidade, celebrar-se no dia próprio, o Diretor
da Congregação, com assentimento do Ordinário
(ou Superior próprio, sendo religioso), pode
marcar outro dia do ano para a festa e indul­
gência
Se o dia escolhido for de rito duplex, pode
celebrar-se uma missa solene da festa transferida.
15. Se assistirem à exposição do SS. Sacra­
mento, feita em três dias contínuos por algum
tempo na sede de Congregação, orando aí e
cumprindo as demais obras prescritas, lucram
as indulgências concedidas ao exercício das Qua­
renta Horas (5).
V — Privilégios (Ibid.)
16. O Diretor da Congregação pode delegar
outro sacerdote, para receber os Congregados e
Candidatos, e para benzer as medalhas.
5) Estas indulgências são, conforme Preces et P ia
Opera : 1) Indulg ência plenária , confessando-se, comun­
gando, visitando pelo tempo que puder a igreja onde se
faz a adoração, e rezando neia 6 Pater, Ave e Glória,
sendo 1 Pater, Ave e Glória na intenção do Sumo Pon­
tífice ; 2) 15 anos em cada visita.
São privilegiados todos os altares em que se faz a
adoração das Quarenta Horas, durante ela.
Indulgências 23
17. Os Reis, Príncipes e Duques e Condes
investidos na suprema autoridade, e os seus
parentes do primeiro e segundo grau, que pe­
direm para ser inscritos na Congregação, em­
bora ausentes, se cumprirem com as mesmas
obras de piedade e visitarem qualquer igreja,
podem lucrar as mesmas indulgências.
18. Desde o momento de sua admissão à
provação o candidato participa de todos os
privilégios, Indulgências e outras graças espi­
rituais concedidas aos congregados.
19. As orações que se fazem nas reuniões
semanais, oferecidas segundo as intenções do
Sumo Pontífice, bastam para lucrar as indul­
gências concedidas àquelas reuniões.
20. As indulgências anexas às reuniões
semanais valem, ainda que as reuniões se façam
só duas vezes no mês.
21. Todas as indulgências concedidas e por
conceder às Congregações Marianas, tirada con­
tudo a indulgência plenária na hora da morte,
podem aplicar-se às almas dos fiéis defuntos.
22. A Missa que qualquer sacerdote disser,
seja onde for, por um Congregado defunto, tem
a indulgência de altar privilegiado.
23. Os empregados das Congregações, en­
quanto estiverem ao serviço delas, podem lucrar
as mesmas indulgências dos Congregados e do
mesmo modo.
24. Os Sacerdotes diretores legítimos de
quaisquer Congregações são membros dessas
Congregações, ainda que não tenham sido rece­
bidos com rito algum, e gozam todos os privi­
légios e indulgências da Congregação.
24 Primeira parte
25. O Diretor de uma Congregação de
jovens pode admitir nela adultos e pais de
família. O mesmo, em casos semelhantes, pode
fazer-se nas Congregações femininas. Requer-se
contudo justa causa, que mais facilmente se
dará, se o Congregado (ou Filha de Maria),
mudando de estado (pelo casamento por ex.),
quiser ficar na Congregação, nem houver no
lugar outra Congregação Mariana conveniente
ao seu estado.
26. Todos os Congregados, uma vez admi­
tidos legítimamente, ficam sempre membros da
Congregação, se não a abandonarem livremente,
ou não forem excluidos por indignos ; cum­
prindo, as condições prescritas, gozam sempre
das mesmas graças e indulgências.
27. Os Congregados que por um ano ou
mais se ausentarem do lugar da Congregação, e
fixarem domicílio em ponto onde não possam
assistir às reuniões, têm, para lucrar as indul­
gências, de entrar na Congregação do novo lugar
(se aí a houver), que seja acomodada ao seu
estado, a não ser que se oponha o Diretor dela,
ou haja outro impedimento, de que é juiz o
Diretor da primeira Congregação.
28. Concede-se ao Diretor, ou ao outro
sacerdote secular ou regular que o substitua,
a faculdade de celebrar Missa votiva de N.a
S.a todos os Sábados em presença dos congre­
gados, contanto que não ocorra duplo de I ou
II classe ou féria, ou oitava ou Vigília privi­
legiada, exceto todo o tempo de quaresma,
observando de resto as rubricas.
Indulgências 25
VI — Indulgências que todos os fiéis podem
lucrar nas igrejas da Companhia de Jesús
(E Compend. Privil.) 1

A — INDULGÊNCIAS PLENARIAS
1 Aos que, confessados e comungados, visi­
tarem qualquer igreja da Companhia, orando
nela segundo as intenções do Sumo Pontífice :
— Na festa de S. Inácio de Loiola ;
— Na festa de S. Francisco Xavier ;
— No aniversário da canonização de S.
Inácio e S. Francisco Xavier ;
— Na festa de S. Francisco de Borja ;
— Na festa de S. Estanislau Kostka (6);
— Na festa de S. Luiz Gonzaga (7) -;
— Na festa de S. João Francisco de Regis ;
— Na festa de S. Francisco de Jerónimo ;
— Na festa dos Santos Mártires do Japão ;
— Na festa de S. Pedro Claver ;
— Na festa de S. João Berchmans ;
— Na festa de S. Afonso Rodrigues ;
— Na festa da Circuncisão de N. Senhor
ou, à escolha, num dos sete dias que imediata­
mente a precedem ou seguem ;
6) A visita pode fazer-se a qualquer igreja ou ora­
tório público em que a festa se celebrar, ainda transferida
com licença do Ordinário.
7) A visita pode ser feita a qualquer igreja ou ora­
tório público, em que haja para a festa um altar dedicado
a S. Luiz Gonzaga. A festa pode, com licença do C rt
uário, celebrar-se em qualquer dia do ano, em qualquer
lugar, e em qualquer altar.
26 Primeira parte
— Na festa do SS. Coração de Jesús (sexta-
feira imediata à oitava do Corpo de Deus) ;
— Na festa titular de cada igreja da Com­
panhia.
2. No domingo da Quinquagésima, ou num
dos dias imediatamente seguintes, visitando
piamente o SS. Sacramento em qualquer igreja
em que se faça a exposição nos três dias (8).
3. Em qualquer dos dez domingos que pre­
cedem imediatamente a festa de S. Inácio de
Loyola, ou outros entre o ano, aos que santifi­
carem esse domingo com pias meditações ou
orações e noutras obras de piedade cristã em
honra do Santo, e visitarem qualquer igreja da
Companhia, ou, onde aquela não existir, a igreja
paroquial.
4. Numa das dez sextas-feiras, ou domingos,
ou outros dias da semana, à escolha, imediata­
mente precedentes ou seguintes à festa de S.
Francisco Xavier, visitando qualquer das igrejas
da Companhia.
5. Num dia do mês, à sua escolha, aos que
por um mês inteiro rezarem uma vez ao dia um
Pater e Ave diante da imagem de S. Estanislau
Kostka nalguma igreja, e no dia escolhido se
confessarem, comungarem e orarem por algum
tempó segundo a mente do Sumo Pontífice. —
Se algum dia não for possível ir à igreja, pode
rezar-se o Pater e Ave em qualquer outro lugar.
8) Lucra-se a indulgência, ainda que a exposição
se faça nos domingos da Septuagésima ou Sexagésima e
nos dois dias respetivamente imediatos ou por três dias
em qualquer dessas semanas, ou só na quinta-feira depois
da Sexagésima.
Indulgências 27
6. Em cada um dos seis domingos imedia­
tamente precedentes à festa de S. Luiz Gonzaga
(21 de Junho), ou noutro qualquer tempo do
ano, contínuos, não interrompidos, a todos os
fiéis que em cada um deles fizerem meditações,
ou orações vocais, ou outras obras de piedade.
Não se prescreve visita de igreja, nem oração
segundo as intenções do Sumo Pontífice.
7. No último dos cinco domingos contínuos
imediatamente precedentes à festa de S. João
Berchmans, a todos os fiéis que fizerem medita­
ções ou orações, e outras obras de piedade em
honra do mesmo Santo, e ao mesmo tempo visi­
tarem devotamente alguma igreja ou oratório
público (9).
8. A todos os fiéis que em qualquer casa,
igreja ou capela da Companhia fizerem os Exer­
cícios Espirituais de S Inácio, uma ou mais
vezes no ano, por qualquer número de dias, ou
a preparação para a morte por um dia uma vez
no mês, se, confessados e comungados, visitarem
a igreja ou oratório da casa, orando segundo as
intenções do Sumo Pontífice — A mesma indul­
gência pode lucrar-se todas as vezes que os
9) Os fiéis de ambos os sexos que, por motivo de
perfeição, formação, educação e §aude, com consenti­
mento do Ordinário, Vivem em comunidade em casa que
não tenha igreja ou capela pública, e todas as pessoas
que por as servir na mesma casa vivem, quando para
ganharem indulgências se prescreve visita de alguma
igreja não determinada ou de indeterminado oiatóno
Público, podem visitar a capela de sua casa,
fazem ao preceito de ouvir missa, contanto que
mente cumpram as demais obras prescritas (Con. ju
c«n., Can. 929).
28 Primeira parte
religiosos da Companhia, em qualquer tempo e
lugar, com licença dos Superiores, dão Exer­
cícios Espirituais, ou fazem missões.
B — INDULGÊNCIAS PARCIAIS :
a) de 7 anos e 7 quarentenas :
1. Aos fiéis que, ao menos de coração con­
trito, devotamente visitarem as igrejas e lugares
pios da Companhia, aí rezarem um Pater e Ave,
e ouvirem a prégaçâo, se a houver, nas festas do
Natal, Circuncisão, Epifania, Corpo de Deus ;
nas sextas-feiras e domingos do ano, e nos dias
da Quaresma até à oitava da Páscoa.
2. Em* cada um dos dez domingos, sextas-
feiras ou outros dias escolhidos, precedentes ou
seguintes à festa de S Francisco Xavier, aos
fiéis que visitarem alguma das igrejas da Com­
panhia.
3. Em cada um dos dez domingos de S.
Estanislau, visitando a igreja ou oratório em
que se celebra este exercício, e orando segundo
as intenções do Sumo Pontífice, ainda que a
festa, com aprovação do Ordinário, seja trans­
ferida, e celebrada em qualquer outro lugar.
4. Nos quatro primeiros dos cinco domingos
imediatamente precedentes à festa de S. João
Berchmans (Cf. supra, VI A 7).
b) de 100 dias :
1. Uma vez no dia, aos que rezarem um
P ater e Ave em qualquer igreja diante da
imagem de S Estanislau Kostka.
Indulgências 29
2. Em cada um dos dias da novena de pre­
paração para a festa de S. Estanislau, ainda
que esta, com aprovação do Ordinário, seja
transferida, e celebrada em qualquer lugar
(igrejas, capelas interiores ou oratórios de semi­
nários, colégios, conservatórios, mosteiros, casas
de retiro de um ou de outro sexo).
VII — Indulgências das Estações de Roma
(Da Racc. Rom.)
1. ° Indulgências plenárias :
— Quinta-feira santa ;
— Domingo de Páscoa ;
— Ascensão de N. Senhor.
2. ° 30 anos e 30 quarentenas :
— Terceira Missa do Natal, e no resto do
dia ;
— Dia de S. Estevão, proto-mártir ;
— Dia de S. João Evangelista ;
— Dia dos Santos Inocentes ;
— Circuncisão de N. Senhor ;
— Epifania ;
— Domingos da Septuagésima, Sexagésima
e Quinquagésima ;
— Sexta-feira santa ;
— Sábado santo ;
— Todos os dias desde a segunda-feira de
Páscoa até ao domingo in albis ;
— Os três dias das Rogações ;
30 Primeira parte
— Dia de S. Marcos ;
— Domingo de Pentecostes ;
— Toda a semana de Pentecostes até ao
domingo da SSma Trindade exclusive.
3. ° 25 anos e 25 quarentenas :
— Domingo de Ramos.
4. ° 15 anos e 15 quarentenas :
— Domingo 3.° do Advento ;
— Vigília do N atal;
— Primeira e segunda Missa do N atal;
— Quarta-feira de Cinzas ;
— Domingo 4.° da Quaresma.
5. ° 10 anos e 10 quarentenas :
— Domingos l.°, 2.° e 4.° do Advento ;
— Todos os dias e domingos (exceto o 4.°)
da Quaresma, até ao sábado, véspera de Ramos;
— Segunda, terça e quarta-feira da Se­
mana santa ;
— Vigília de Pentecostes ;
— Os três dias das Têmporas em setembro
e dezembro.
' SEGUNDA PARTE

ORGANIZAÇÃO E VIDA
I. REGRAS OFICIAIS...........................33
II. FUNDAÇÃO, EREÇÃO E AGRE­
GAÇÃO ................................................... 66
III. VIDA DAS CONGREGAÇÕES :
Vida do Congregado.............................. 71
Vida da Congregação............................ 74
Vida federativa ................................... 79

“A Fita Azul salvará o Brasil!” (D. Leme)


DíOSSA SENHORA APARECIDA
Padroeira do Brasil
CAPÍTULO PRIMEIRO
Regras das Congregações
A alma das Congregações Marianas são as
Regras.
Umas referem-se a todas as Congregações,
e chamam-se comuns.
Outras servem só para alguma ou algumas
Congregações, regulando novos ofícios ou atos
peculiares delas, e chamam-se particulares.
As primeiras foram há anos, revistas e de
novo promulgadas pelo M. R. P. Geral da Com­
panhia de Jesús, que tem dos Sumos Pontífices
exclusiva autoridade para isso. Eis o respetivo
Decreto
Francisco Xavier Wernz,
Prepósito Geral da Companhia de Jesús.
Pela autoridade que Nos deu o Sumo Pon­
tífice Gregório XIII na Constituição Omnipo-
tentis Dei, de 5 de dezembro de 15S-I, amphada
e confirmada por Sixto V, Clemente \ III, Gre­
gório XV, Bento XIV, Clemente XIII, Leão
XII e Leão XIII, em virtude da qual podemos
fazer Regras para as Congregações Marianas,
e, em harmonia com as necessidades dos tempos,
mudar, corrigir e reformar as já feitas : apio-
vamos e promulgamos as Regras seguintes,
tiradas das Regras Comuns feitas por Nossos
34 Segunda parte
predecessores P. Aquaviva, em 1587, e P. Beclix,
em 1855, estabelecidas pelo Nosso Predecessor
P. Martin, em 1905, acomodadas ultimamente
aos novos decretos da Santa Sé e às necessidades
dos tempos presentes, e revistas por Nós : e
declaramos e decretamos que as mesmas Regras
(salvo aprovação, concedida ou para conceder
•no futuro pelo Prepósito Geral, de Regras para
certa classe de pessoas ou para uma região
particular) sejam as Regras comuns para uso
de todas as Congregações Marianas eretas nas
igrejas e casas da Companhia de Jesús.
Em fé do que demos estas Letras, assinadas
de Nossa mão, e seladas com o selo da Nossa
Companhia.
Roma, na festa da Imaculada Conceição
da B. Virgem Maria, 8 de dezembro de 1910.
Francisco Xavier Wernz,
Prep. Ger. da Comp. de Jesús
I — Regras comuns (1)
TÍTULO PRIMEIRO
Do fim e natureza das Congregações
Marianas
1. As Congregações Marianas, instituidas
pela Companhia de Jesús e aprovadas pela
Santa Sé, são associações religiosas que têm em
vista fomentar nos seus membros uma arden-1
1) Estas Regras, em rigor, obrigam só as Congre­
gações eretas na° igrejas e casas da Companhia de Jesus.
Como, porém, deve ser um o espírito e proceder de todas
as Congregações Marianas, é de suma conveniência que
ainda as Congregações Marianas eretas fora daquelas
Regras 35
tíssima devoção, reverencia e amor filial, para
com a B. Virgem Maria, e por esta devoção e
pelo patrocínio de tão boa Mãe tornar os fiéis
em nome dela reunidos, bons cristãos, que sin­
ceramente se esforcem por santificar-se no seu
estado, e se deem deveras, quanto a posição
social lhes permitir, a salvar e santificar os
outros e a defender a Igreja de Jesús Cristo dos
ataques da impiedade.
2. O poder de erigir Congregações Marianas
nas Casas e igrejas da Companhia de JesÚ3, de
as agregar à Prima-Primária Romana e comu­
nicar-lhes as indulgências e privilégios a ela con­
cedidos pelos Romanos Pontífices, pertence
exclusivamente, conforme as Constituições apos­
tólicas, ao M. R. Prepósito Geral ou Vigário
Geral da mesma Companhia (2).
casas e igrejas adotem as mesmas Regras com as modi­
ficações necessárias.
Para facilitar, às Regras próprias juntam-Be em nota
estas modificações, de modo que para fazer aprovar pelo
Ordinário da Diocese as Regras de qualquer Congregação
Mariana fora das igrejas e casas da Companhia de Jesús,
não seja preciso mais que apresentar um exemplar deste
Manual,
2) Para Congregações fora das casas e igrejas da
Companhia de Jesús esta regra deve ser:
■— O poder de erigir Congregações Marianas fora
das casas e igrejas da Companhia de Jesús compete por
direito comum ao Ordinário do lugar. Por concessão
especial da Santa Sé e com prévio consentimento do
Cfdinário, pode também erigí-las o M. R. Prepósito ou
Vigário CJproí r i o r ^ m ^ o T ^ J ç , H a Jesús : ao qual exciu-

^car-lhes as indulgência
P^ios Sumos Pontífices.
36 Segurei a parte

3. Visto ser a B. Virgem Maria a Padroeira


principal destas Congregações, como do próprio
nome delas se colige, todas a devem ter por
Padroeira primária, tomando por título algum
mistério ou invocação sua. Isto não tira que ao
título principal se possa, querendo, acrescentar
outro de qualquer padroeiro secundário. r-}
4. Ainda que as Congregações Marianas
sejam instituídas para toda a classe de fiéis,
convem sem embargo à sua constituição orgâ­
nica, e ajuda a obter mais eficazmente os seus
fins, instituir Congregações diferentes para as
pessoas que, pela idade, estado ou condição,
são diversas também, de maneira que haja
Congregações para crianças, jovens, adultos,
estudantes, operários, etc..
TÍTULO SEGUNDO
Dos exercícios com uns das Congregações
Marianas
5. As Congregações Marianas devem ter
as suas reuniões ao menos uma vez por semana,
no dia e hora que as suas Regras ou costumes
particular determinarem. Se não houver impe­
dimento especial, convem que a reunião geral
da Congregação se faça todos os domingos e
dias santos de guarda. Estas reuniões não de­
vem omitir-se nos dias determinados, senão por
motivos muito fortes, e ainda nos meses de
verão se não devem interromper, a não ser no
caso de estarem ausentes os Congregados, ou
de haver outro impedimento.
Regras 37
G. Os exercícios ordinários desas reuniões
costumam ser :
Invucação do Espírito Santo pelo hino
Veni Creator ;
Leitura de um livro piedoso durante dez
ou quinze minutos, enquanto se reunem os Con­
gregados ;
Anunciar, onde for costume, as festas dos
Santos e o calendário de cada semana, quer seja
o comum, quer o próprio e aprovado para estas
Congregações ;
Cantar as Matinas ou Vésperas do Ofício
pequeno de Nossa Senhora, conforme a reunião
se fizer de manhã ou de tarde. Este Ofício pode
ser substituido por outro qualquer de Nossa
Senhora ;
Breve exortação feita pelo Diretor sobre
coisas atinentes ao proveito espiritual dos Con­
gregados ;
Finalmente, recitação das Ladainhas de
Nossa Senhora ou de algumas orações ao Pa­
droeiro secundário da Congregação, ou outras
que o costume tiver introduzido.
7. Além destas reuniões ordinárias, devem
as Congregações Marianas ter outros atos reli­
giosos extraordinários, como são as Comunhões
Gerais, os Exercícios Espirituais de S. Inácio,
e as festas solenes dos Padroeiros próprios de
cada Congregação.
8. A Comunhão Geral dos Congregados
deve fazer-se uma vez cada mês em dia fixo, que,
não havendo razões especiais para outio dia,
38 Segunda parte
seja de alguma festa solene de Nosso Senhor
Jesús Cristo ou de Nossa Senhora.
Este exercício pode reduzir-se à Missa com
preparação para a Comunhão e ação de graças
€, se for costume, leitura do calendário ecle­
siástico para a semana seguinte, canto da antí­
fona Salve Regina, ou outras breves orações
em honra de Nossa Senhora.
9. Os Exercícios Espirituais far-se-ão cada
ano por alguns dias, terminando pela Comunhão
Geral. O Diretor de cada Congregação, vistas
as circunstâncias, assinará o tempo em que se
hão-de fazer os Exercícios, a duração deles e o
horário. Convém, todavia, ter presente que a
Quaresma é ordinariamente o melhor tempo. O
modo mais frutuoso de fazer estes santos Exer­
cícios é fora do mundo e dos amigos, nos cha­
cinados exercícios fechados Se isto não for pos-
sivel, e nem o dia inteiro puder empregar-se
neles, convem prolongá-los por seis dias, com
duas reuniões ao menos por dia, uma de manhã,
outra de tarde ou à noite, em que possam fazer-
se os principais exercícios : leitura espiritual,
meditações, práticas, Missa e Rosário.
10. As festas titulares das Congregações
devem celebrar-se todos os anos com solenidade
religiosa. Bom seria, para maior louvor e glória
da B. Virgem Maria, Padroeira principal, pre­
ceder a sua festa de uma novena ou tríduo
devoto. Nas Congregações cujo Padroeiro se­
cundário é S. Luiz Gonzaga, e ainda noutras,
costuma honrar-se o santo jovem com a piedosa
prática dos seis domingos.
Regras 39
11. Celebrem-se estas com solenidade - e
em geral todos os atos públicos se devem fazer
com aquela pompa que permitirem as posses da
Congregação, e for mais conforme à condição
social dos Congregados, evitando sempre a vã
ostentação que, longe de aproveitar ao fim
próprio da Congregação, prejudica antes muito
o bom espírito dela.
TÍTULO TERCEIRO
Das Sessões e Academias
12. Como as Congregações Marianas têm
por fim levar à maior perfeição os seus membros
e fazer que a muitos outros se estenda o seu
salutar influxo em bem das almas, é mister que
procurem intensamente fomentar de vários mo­
dos a piedade nos Congregados, e movê-los à
prática de obras de caridade com o próximo.
Estas obras serão principalmente o ensino da
doutrina cristã, visitas aos enfermos nos hos-
tais e aos presos nos cárceres — obras a que
se votaram com grande zelo as antigas Congre­
gações, — ou outras semelhantes, que as neces­
sidades do tempo moderno requerem nos vários
lugares.
13. Para a boa realização destas obras
convirá, se o número dos Congregados o per-
mitir, organizar secções particulares com forma
© vida própria, ainda que sempre subordinadas
à autoridade que governa a Congregação.
14. É também muito conforme com os esta­
tutos primitivos das Congregações Marianas que
nestas haja, mórmente se são de estudantes, uma
ITT Segunda parte
ou mais Academias, em que os jovens se exer­
citem em trabalhos científicos, literários, artís-
tiscos ou econômicos, para se aperfeiçoarem nos
seus estudos ou profissão, e adquirirem, sob a
direção de pessoas competentes, um são critério
nas questões que têm relação com a fé e com a
moral católica.
TÍTULO QUARTO
D o -governo das Congregações Marianas (3)
15. O governo supremo das Congregações
Marianas eretas nas Casas e igrejas da Com­
panhia de Jesús, pertence ao M. R. Prepósito
'Geral ou Vigário Geral da mesma Companhia,
conforme as Constituições Apostólicas. Em vir­
tude deste poder, o M. R. Padre Geral pode
3) Para as Congregações fora das igrejas e casas .
da Companhia as três primeiras Regras deste título
devem ser :
15. As Congregações Marianas eretas fora das casas
e igrejas da Companhia de Jesús estão sujeitas ao Ordi­
nário do lugar, tanto na aprovação das Regras, como na
administração espiritual e temporal, e em tudo o que diz
respeito à Visita canônica.
16. A nomeação de Diretores para as Congregações
Marianas desta classe compete igualmente ao Ordinário
do lugar.
17. Salvas as limitações gerais contidas no direito
comum, e as que fixarem as portarias de nomeação ou
as disposições particulares aprovadas da Congregação, o
Diretor nomeado pelo Ordinário tem na Congregação
plenos poderes no que toca ao regime, governo e admi'
nistração espiritual e temporal, podendo para isto, sem
prejuízo das Regras sancionadas, estabelecer as dispo­
sições que em sua prudência julgar oportunas.
Regras 41
fazer e promulgar estatutos, constituições e de­
cretos para direção das Congregações, examinar
e aprovar os que outros por sua ordem fizeram,
alterar, coirigir e fazer outros de novo, todas as
vezes que iulgar conveniente.
16. Segundo a Constituição de Bento XIV
Laudabile Romanorum Pontificum, os Di­
retores particulares, nomeados pelo Prepósito
Geral nas casas e igrejas da Companhia de
Jesús, têm plena autoridade em todas as coisas
que pertencem ao regime, governo e adminis­
tração espiritual e temporal d<as suas Congre­
gações, de modo que podem — contanto que
não toquem nas presentes Regras comuns —
estabelecer as regras, estatutos e decretos par­
ticulares que prudentemente julgarem oportunos,
assim como também modificá-los e mudá-los
por completo, sem que seja necessário em caso
algum obter ou pedir o parecer ou consenti­
mento dos membros da Congregação.
17. A faculdade de nomear os Diretores das
Congregações foi, por expressa disposição do
M. R. Prepósito Geral, conferida aos Provin­
ciais e Superiores das Missõefc. Os Superiores
locais da Companhia têm nas Congregações
eretas em suas casas e igrejas os mesmos po­
deres que os Diretores, em cujo lugar podem
alem disso sub-delegar temporariamente outros,
havendo justas razões.
18 Para ajudar ao Padre Diretor no go­
verno e administração da Congregação, há nela
um corpo de Congregados, constando ordinaria­
mente do Presidente, dois Assistentes, Secretário,
42 Segunda parte
seis ou mais Consultores, Instrutor dos Candi­
datos, e Tesoureiro. São estes os Oficiais Maio­
res, e os únicos que constituem o Conselho de
governo. Se as circunstâncias pedirem, o Di­
retor nomeará Vice-Secretário, Vice-Instrutor,
Vice-Tesoureiro, ou outros cargos novos, poden­
do dar a categoria de Oficiais Maiores aos Con­
gregados que exerceram estes cargos.
19 Os Oficiais Menores, como são Sacris-
tãis, Apontadores, Bibliotecários e Leitores,
exercem ofícios méramente executivos, ainda
que alguns são de grande utilidade prática.
Estes ofícios serão em maior ou menor número,
conforme a necessidade de cada Congregação.
20 À nomeação dos Oficiais Menores de­
penderá da livre escolha do Padre Diretor.
Quanto aos membros do Conselho ou Oficiais
Maiores, nas Congregações em que não for cos­
tume serem também eles escolhidos pelo Diretor,
e não parecer por graves razões conveniente
introduzir tal costume, serão eleitos pelos Con­
gregados, por maioria de votos, de ternas que
para cada ofício o Diretor tiver formado. Nas
Congregações que de novo se instituírem, siga-se
uma ou outra praxe, consoante a prudência
aconselhar, tendo em vista as circunstâncias e
o maior bem da Congregação Se alguma vez,
em razão das circunstâncias e do fim da Con­
gregação Mariana, parecer melhor outro modo
de eleger os Oficiais Maiores ou Menores, fica
livre o empregá-lo.
21. Os Ofícios costumam renovar-se cada
ano. no tempo determinado pelas Regras ou
Regras 43
pelo costume particular. Os ofícios que vaga-
rem fora desse tempo, serão providos pelo modo
acima indicado.
22 Os Oficiais do Conselho, como os Ofi­
ciais Menores, usarão das suas atribuições na
medida e nas condições em que pelo Diretor
fhes forem comunicadas. E à autoridade dele
ficam sujeitos, individual e coletivamente, no
exercício das suas funções.
TÍTULO QUINTO
Da admissão e exclusão
dos Congregados
23 Todo aquele que desejar entrar na
Congregação, faça o seu pedido ao Diretor. Só
este tem autoridade para admitir. Se for possí­
vel, apresente o pedido de admissão por meio
de um Congregado, que o proponha. O candi­
dato deve sobretudo ser de costumes irrepreen­
síveis, ter as condições de idade, estado, pro­
fissão, etc., requeridas na Congregação que pre­
tende, e propor firmemente cumprir com fideli­
dade as regras.
24. A admissão definitiva deve ser prece­
dida de um tempo de prova nunca inferior a
dois meses. Neste tempo o candidato estará
obrigado a cumprir todos os deveres que a Con-
gregação impõe aos seus membros. O que vier
doutra Congregação pode ser logo admitido, se
apresentar carta patente assinada pelo Diretor
da Congregação donde vem, da qual conste o
seu bom comportamento e assiduidade aos a os
44 Segunda parte
da Congregação. Quem não vier diretamente de
outra Congregação, ainda que antes tenha sido
Congregado, será sujeito a prova mais ou menos
longa a juizo do Diretor.
25. A admissão solene dos novos Congre­
gados far-se-á duas ou mais vezes no ano, nas
festas titulares da Congregação ou noutras prin­
cipais de Nossa Senhora.
26. Estando próximo o tempo da admissão
solene dos candidatos, proponha o Diretor ao
Conselho os nomes daqueles que, a seu juizo,
podem ser admitidos e mande aos Oficiais do
Conselho que dêm com simplicidade o seu pare­
cer, e exponham o que porventura haja contra
a admissão proposta. O Diretor, em vista das
observações do Conselho, determinará o que a
respeito de cada um julgar melhor : se deve ser
admitido no número dos Congregados, se ha de
prorrogar-se-lhe o tempo de prova, ou se deve
ser de todo excluido da Congregação.
27. A recepção dos Congregados deve ser
feita em reunião plena da Congregação, assis­
tindo à ceremônia junto ao Diretor, que faz a
recepção, o Presidente, Secretário e Instrutor.
Os novos Congregados, quando forem chamados
pelo Secretário, acercar-se-ão do altar, e reci­
tarão de joelhos um dos seguintes Atos de Con­
sagração a Nossa Senhora.
Ato de Consagração
de S. João Berclimans
Santa Maria, Virgem e Mãe de Deus, eu,
N. N., vos escolho hoje por Senhora, Padroeira
Regras 45
e Advogada minha, e tomo a resolução inabalavel
de nunca vos abandonar, nem proferir, faser, oo
permitir que outros façam, seja o que for/em
desdouro vosso. Rogo-vos, pois, me assistais em
todas as minhas ações, e não me abandoneis n*
hora da minhajmorte. Amen.
Ato de ConaagraçSo de S. Francisco
de Sales
Santíssima Virgem Maria, Mãe de Deus,
eu, N. N., ainda que indigníssimo de ser vosso
servo, movido contudo pela vossa admiravel
piedade e pelo desejo de vos servir, vos elejo
hoje, em presença do meu Anjo da Guarda e
toda a Côrte celeste, por minha especial Senhora,
Advogada e Mãe, e firmemente proponho servir
sempre, e fazer quanto puder para que dos
mais sejais também fielmente servida e amada.
Suplico-vos e rogo-vos, ó Mãe piedosíssima, pelo
sangue do vosso Filho por mim derramado, me
recebais por servo perpétuo no número dos
vossos devotos Assistí-me em todas as minhas
ações, e alcançai-me graça para que sejam tais
daqui para o futuro os meus pensamentos, pa­
lavras e obras, que nunca mais ofenda os vossos
olhos e os de vosso divino Filho. Lembrai-vos
de mim, e não me abandoneis na hora da minha
ntorte. Amen.
Depois, o Padre Diretor, ou outro Sacerdote
Por ele delegado, lançará ao pescoço dos candi­
datos a medaiha da Congregação com a fórmula
costumada, e declará-los-á admitidos, diaendo :
46 Segunda parte
Fórmula de adm issão
Ego, ex auctoritate mihi legitime collata,
vos in Sodalitatem Beatissimse Virginis (tituli
primarii) et (tituli secundarii) recipio atque
omnium Indulgentiarum Primx-Primarise Ro-
manse et nostrse concessarum participes efficio.
Et nunc quidem nomina vestra referentur in
album Congregationis ; in feternum vero scripta
sint in caelis.
E esta será a
Fórmula do diploma de admissão
Hoc nostrarum litterarum testimonio con-
stare volumus dilectum in Christo fratrem .. .
die . . anno . . in Sodalem Congregationis
(igcnus personarum) sub título {primário) et
(secundário) fuisse cooptatum, ut propterea
omnes Indulgentias, favores, gratias ac privi­
legia, quibus Sodales alii jam confirmati fruun-
tur, obtinere possit et valeat, et, cum ex hac
vita migraverit, omnibus quse defunctis Soda-
libus adhiberi solent suffragiis ab hac nostra
juvari debeat.
D atum ex eadem Deiparse Virginis Con-
gregatione die et anno quibus supra.
Director,
Prsejectxis, A Secretis,
A inscrição dos nomes dos novos Congre­
gados no livro da Congregação nunca se deve
omitir.
28 O Diretor pode em casos particulares
dispensar das formalidades prescritas para a
Regras 47
admissão. Para validade desta, em rigor, basta
que tanto quem tem poder de admitir, como
quem há-de ser admitido manisfestem a sua
vontade formal por algum sinal exterior. ^
29 Na Congregação de uma classe ou con­
dição de pessoas não pode admitir-se pessoa de
outra classe ou condição, a não ser que o Di­
retor por justas razões julgue de outro modo.
30 Os Congregados uma vez admitidos na
Congregação ficam sempre membros dela, se
espontâneamente não a deixarem, ou não forem
demitidos por indignos.
31 Da Congregação será excluído todo o
Congregado ou candidato que faltar notavel­
mente ou aos seus devers comuns de bom cristão,
ou aos particulares que lhe impõem as regras.
A exclusão será sempre decretada pelo Diretor,
que ouvirá préviamente o Conselho nos casos
mais difíceis.
TÍTULO SEXTO
Dos deveres comuns
a todos os Congregados
32 Ainda que as regras da Congregação
por si não obrigam sob pecado, nem mortal nem
venial, deixando em cada matéria o grau de
obrigação que tem por lei divina ou eclesiástica,
contudo devem os Congregados tê-las em grande
estima e esforçar-se por cumpri-las com exatís­
sima fidelidade, porque voluntariamente as acei­
taram no dia da entrada na Congregação e
porque nelas se encontram os meios necessários
e eficaze° oara alcançar o fim da Congregação.
48 Segunda parte
33 O bom Congregado deve acima de tudo
Ber um cristão exemplar, conformando perfeita-
mente sua fé e seus costumes com o que ensina
a santa Igreja católica, louvando o que ela louva,
e reprovando o que ela reprova, sentindo como
ela sente em todas as coisas, não se envergo­
nhando nunca, seja na vida particular, seja na
vida pública, de proceder como filho obediente
e fiel de tão santa Mãe.
34 Procurem os Congregados fazer com
toda a diligência os exercícios de piedade, que
Bão sobretudo necessários para a vida de fervor.
Todos os dias pela manhã, em se levantando,
façam breves atos de fé, esperança e caridade,
dêem graças à divina Majestade dos benefícios
recebidos, ofereçam a Deus as suas obras com
intenção de lucrar todas as indulgências que
puderem naquele dia, e invoquem a Nossa Se­
nhora, rezando pelo menos três vezes a Saudação
Angélica. Dêem ao menos um quarto de hora à
oração mental. Assistam, se puderem, ao santo
Sacrifício da Missa. Rezem o santíssimo Ro­
sário ou qualquer Ofício de Nossa Senhora. Ã
noite, antes de deitar, examinem diligentemente
a conciência, e façam um fervoroso ato de con­
trição dos pecados de toda a vida e especial-
raente dos cometidos naquele dia.
35. Evitem diligentemente qualquer ami­
zade ou conversação desnecessária com pessoas
más ou suspeitas. Guardem-se de leituras e
espetáculos inconvenientes. E geralmente fu­
jam de todas as ocasiões que possam ser de
perigo às suas almas, ou de escândalo e dese-
dificação ao próximo.
Regras 49
36. Quanto for possível, tenha cada Con­
gregado seu confessor certo, homem pio, douto
e prudente. A ele manifeste com toda a since­
ridade o estado da sua conciênica, e por ele se
deixe guiar e dirigir em tudo que respeita à
vida espiritual.
37 Antes de receber a medalha de Congre­
gado, deve o candidato fazer uma confissão
geral dos seus pecados, se o confessor não julgar
o contrário. E depois, não se contente só com
as comunhões gerais prescritas na regra, mas
receba os sacramentos com a frequência que lhe
aconselhar o confessor.
38. É muito bom conselho para todos, o
que dá o Sumo Pontífice Bento XIV, que uma
ou duas vezes no ano se faça confissão geral,
começando da última que se fez. Ora, isto pode
cada um muito facilmente cumprí-lo no tempo
dos Exercícios Espirituais, no retiro do mês, ou
no fim do ano>
39. Tenha como a si feita de modo especial
a exortação à comunhão frequente e quotidiana,
dirigida aos fiéis pela Santa S é; portanto,
muito se recomenda a todos e cada um dos Con­
gregados, que não se contentem com receber o
Pão Eucarístico só naqueles dias em que podem
lucrar indulgência plenária, mas procurem pôr-se
no pio e salutar costume de se acercar muitas
vezes e até todos os dias da Sagrada Mesa.
40 A SS. Virgem Maria é Padroeira prin­
cipal das Congregações Marianas : os Congre­
gados devem pois, ter-lhe uma devoção muito
particular, esforçar-se por imitar suas exímiaa
50 Segunda parte
virtudes, pôr nela toda a sua confiança, e ani­
mar-se mutuamente a amá-la e serví-la com
piedade filial.
41. Procurem com o máximo empenho
assistir a seus tempos às reuniões gerais da
Congregação, tanto ordinárias, como extraordi­
nárias. A presença pode notar-se de vários
modos, segundo o costume de cada Congregação.
O mais recomendado é o uso de fichas, que cada
um entregará com o seu nome escrito ao que
está encarregado de as receber. O Congregado
que não puder assistir a alguma reunião, deve
o mais depressa possivel participar por palavra
ou por escrito a causa da sua ausência ao Padre
Diretor, que verá se ela é^aceitavel ou?não.
' 42. Sendo muito conforme com o espírito
da Congregação, como se disse no Título ter­
ceiro, instituir Secções particulares, destinadas
a fomentar a piedade nos mesmos Congregados,
e o exercício do zelo e caridade cristã, é muito
para desejar que todos tomem parte nalguma
destas Secções, e até convirá tornar isso obriga­
tório onde as circunstâncias o permitirem. A
obrigação que a cada um incumbe de assistir,
em harmonia com os seus estudos e profissão,
às Academias, se as houver na Congregação,
dependerá das regras particulares de cada Con­
gregação.
43. Procurem todos, quanto lhes for pos­
sivel, exercitar o seu zelo, ainda privadamente,
nas obras de misericórdia espirituais e corpo­
rais, e de modo particular em atrair à Congre­
gação aqueles que virem ser aptos para ela ;
Regras 51

porque assim cada Congregado se tomará um


verdadeiro apóstolo da glória de Deus e de sua
Mãe Santíssima.
44. Em tudo o que diz respeito à vida da
Congregação, obedeçam com vontade pronta e
submissa às ordens e conselhos do Padre Diretor.
Prestem também a devida honra e obediência ao
Presidente e mais Oficiais do Conselho, e ainda
aos Oficiais Menores, nas coisas que pertencem
a seus cargos.
45. Tratem-se uns aos outros com amor
fraterno e caridade cristã, e peçam muitas vezes
a Deus Nosso Senhor pelas necessidades da
Congregação e dos Congregados, especialmente
pelos enfermos. Quando algum morrer, acom­
panhem os que puderem o seu corpo à sepultura,
e façam todos em particular sufrágios pelo des­
canso etf* i de sua alma. Além disso, recitarão
em comum o Ofício de defuntos ou outras ora­
ções, e farão que se celebre a Missa, para que
ao falecido seja aplicada a indulgência do altar
privilegiado.
46. Contribua cada um para as despesas da
Congregação ou com uma esmola espontânea,
conforme as suas posses, ou com uma quota
fixa. sempre módica, que o costume determinar.
47. Aquele que por algum motivo ou para
sempre se retirar do lugar em que tem a sua
sede a Congregação, faça disso ciente o Padre
Diretor, que, sendo necessário, lhe dará letras
patentes assinadas por si ou pelo Presidente,
das quais conste que ele é Congregado e digno
de ser admitido como tal em qualquer outra
52 Segunda parte
Congregação. Os Congregados que por um ano
ou mais se ausentarem da sua Congregação, e
fixarem residência em lugar onde não possam
assistir às reuniões dela, estão obrigados, para
ganhar as indulgências, a entrar na Congregação
do lugar do novo domicílio, se a houver e for
composta de pessoas de sua condição, a não ser
que o Diretor dela se oponha ou haja outro
impedimento, de que julgará o Diretor da pri­
meira Congregação. Enquanto estiverem ausen­
tes, escrevam de tempos a tempos ao Diretor
ou ao Presidente ; observem, quanto for pos-
sivel, as práticas de piedade da Congregação ;
e, estejam onde estiverem, vivam com pontual
fidelidade uma vida cristã e fervorosa, como
convém a bons Congregados de Nossa Senhora.
TÍTULO SÉTIMO
Dos Oficiais Maiores ou do Conselho
48. Os Oficiais Maiores do Conselho, assim
como precedem aos outros na dignidade, assim
devem excedê-los tanto mais na prática das vir­
tudes e na exata observância das regras, quanto
mais elevado for o cargo que tiverem.
49. Procurem cumprir com suma diligência
os deveres do seu cargo, e recorram ao Padre
Diretor todas as vezes que for necessário, para
darem conta do desempenho do seu ofício, para
o consultarem nas dúvidas e dificuldades que
ocorrerem, para receberem dele novas instru­
ções, e se tornarem deste modo fiéis auxiliares,
como é bem que sejam, da autoridade dele no
governo da Congregação. * $
Regras 53
50. Assistam com seu parecer e voto às
reuniões, que o Diretor ou o Presidente por
ordem dele convocar. Nestas reuniões serão
tidas por decisões do Conselho e, como tais,
promulgadas, as que tiverem maioria absoluta
de votos e forem aprovadas e devidamente pu­
blicadas pelo Diretor. Sem consentimento dele,
nenhuma resolução, ainda unânimemente vo­
tada, deve ser tida por válida.
51. Manifestem com clarez? e simplicidade
o seu parecer nas questões que se tratarem no
Conselho. Nunca pretendam impor a sua opi­
nião, nem se deixem levar de inclinação própria
ou interesse pessoal, mas atendam exclusiva­
mente à maior glória de Deus e proveito espiri­
tual da Congregação.
52. Quando tiverem intenção de propor em
Conselho alguma coisa que traga consigo difi­
culdade grave, exponham-na préviamente em
particular ao Padre Diretor, que por sua pru­
dência decidirá se convém ou não ser proposta
e discutida.
53. O Presidente é o primeiro dos Oficiais
em dignidade e como o braço direito do Padre
Diretor. Presidirá com este às reuniões, e inter-
virá, devidamente a ele subordinado, em tudo o
que pertence ao governo da Congregação prin­
cipalmente na admissão e exclusão dos Con­
gregados.
54. O Primeiro e Segundo Assistentes aju­
darão ao Presidente no desempenho do seu ofício
54 Segunda parte
por meio dos seus conselhos e imediata coope­
ração. Na ausência do Presidente fará as suas
vezes o Primeiro Assistente ; faltando também
este, o Segundo Assistente.
55. Ao Secretário incumbe exarar as atas
das sessões do Conselho, escrever o diário geral
da Congregação, encher os diplomas e assiná-los,
bem como as Letras patentes, cartas, notícias e
outros documentos oficiais. Em tudo isto se­
guirá as ordens do Diretor e do Presidente. As
atas das Consultas, o diário geral da Congre­
gação e o catálogo dos congregados devem
estar em três livros separados, que nunca hão-de
faltar em nenhuma Congregação.
56. Os membros do Conselho, como o
mesmo nome indica, fazem ofício de consultores
. não só nas reuniões do Conselho, em que tomam
parte com voto deliberativo, mas também
quando em particular são chamados pelo Di­
retor ou Presidente. Para maior segurança do
seu conselho, procurem conhecer bem os Con­
gregados e as coisas da Congregação, e tenham
sempre presente o que acima fica dito em geral
de todos os oficiais, pois de modo particular a
eles se refere aquilo de evitarem o espírito de
partido e de dar cada um o seu parecer com
pureza de intenção.
57. O Instrutor dos Candidatos tem por
ofício guiá-lo e instruí-los acerca dos usos e
espírito da Congregação, durante o tempo de
prova que precede a admissão deles a Congre­
gados. Comunique com o Padre Diretor o que
Regras 55
observar sobre o modo de proceder dos Candi­
datos na Congregação e fora dela, para que ele
possa com maior conhecimento de causa con­
ceder a admissão, diferí-la ou negá-la.
58. O Tesoureiro recolhe as esmolas ou
quotas fixas dos Congregados e benfeitores,
guarda o dinheiro da Congregação, e paga as
despesas dela, quando lh'o ordenar o Diretor ou
o Presidente. Nos livros e documentos do seu
cargo observará a maior clareza e diligência, e
em toda a sua administração há-de haver-se
como fiel procurador do pequeno tesouro da
Virgem Santíssima, a ele confiado.
TlTULO OITAVO
Dos Oficiais Menores
59. Os Oficiais Menores, como os Maiores,
devem ser insignes na piedade e no amor da
Congregação, desempenhar o seu cargo com
grande zelo, e visitar o Diretor com maior ou
menor frequência, consoante o exigir a natureza
do ofício de cada um.
60. A Congregação terá*pelo menos dois
sacristães, que têm a seu cargo preparar conve­
nientemente a capela para as reuniões dos Con­
gregados, e procurar as coisas necessárias ao
serviço da Congregação nos exercícios ou festas
religiosas dela.
56 Segunda parte
61. Também é absolutamente necessário
que baia dois ou mais apontadores. Estes terão
um livro convenientemente disposto com os
nomes de todos os Congregados e Candidatos,
para nele apontarem todas as vezes a presença
de cada um. e as causas de ausência aceitas pelo
Diretor „
62. O Leitor tem a seu cargo a leitura espi­
ritual, que se costuma fazer nas reuniões da
Congregação, bem como a leitura do calendário
eclesiástico da semana.
03. O cuidado da biblioteca será confiado
a um ou mais Bibliotecários, que nos dias e
horas determinados mostrarão aos Congregados
o catalogo dos livros que possue a Congregação,
entregarão as obras que lhes forem pedidas, e
reporão em seus lugares as que forem restituidas.
64. Quando o Diretor e o Presidente não
puderem visitar frequentemente os enfermos,
será mister nomear, entre os mais zelosos e pru­
dentes, Visitadores, que cooperem em tão pio
dever. Esforcem-se os Visitadores por tornar
amenas aos doentes as suas visitas, e dar-lhes
alívio e consolação com a sua conversação espi­
ritual. Roguem $ Deus pelos doentes, e pro­
curem que o mesmo se faça na Congregação,
quando a doença se agravar ; e, neste caso,
avisem logo o Diretor, para que o enfermo possa
receber a tempo os Sacramentos.
v* ^65. Os ofícios maiores e menores consig­
nados nestas regras são comuns a todas as Con-
Regras 57
gregações. Outros, que por necessidade se esta­
beleçam, serão regulados quanto à sua natureza,
privilégios e encargos pelo Diretor de cadaO on-
gregação, ao qual só pertence o direito de os
instituir.
TlTULO NONO
Da m útua comunicação entre
as Congregações Marianas
66. Para mais fácil e seguramente se con­
seguirem os fins próprios ou de cada Congrega­
ção Mariana, ou de muitas da mesma classe,
ou ainda de todas elas, são muito de louvar os
Congressos das Congregações Marianas, em que
tomam parte ou os Diretores ou os Congregados,
sobretudo de uma região especial. Estes Con­
gressos devem dirigir as suas deliberações e todo
o seu aparato ao proveito das almas e à sólida
piedade, de modo que as despesas se não façam
só para esplendor da festa, mas tudo se enca­
minhe a alcançar resultados práticos e perma­
nentes.
67. Também é digno de louvor o uso de
publicar e ler as revistas que são órgãos das
Congregações e tratam das suas coisas, fomen­
tando nos que as lêem o seu bom espírito.
68. Concorre igualmente para maior glória
de Deus e honra da Virgem SSma. nossa Mãe,
que, onde for possível, as Congregações da
mesma região formem entre si uma confede­
ração permanente, organizando uma espécie de
Conselbn comum.
58 Segunda parte
TÍTULO DÉCIMO
Das Regras Locais (1)
69. Por disposição do M. R. P. Anderledy,
outras regras, que seja necessário estabelecer e
de algum modo alterem estas, só ao M. R P.
Geral devem ser propostas. As regras locais,
porém, que porventura a estas se acrescentarem
sem lhes serem contrárias, devem submeter-se à
aprovação do Provincial ou Superior da Missão,
se houverem de ter carater permanente.
II. Regras e Ofícios (2)
Presidente
1. Assim como por seu cargo fica superior
a todos os Congregados e imediato ao Diretor,
| assim deve procurar exceder a todos na prática
I da virtude e na devoção a Nossa Senhora, guar-
;i dando pontualmente as Regras todas, especial-
| 1) Para as Congregações fora das casas e igrejas
1 da Companhia, a Regra deste título deve ser :

1
69. A aprovação de Regras locais para as Congre­
gações eretas fora das casas e igrejas da Companhia
compete ao Ordinário do lugar, Se, porém, tais regras
divirgirem notavelmente das presentes Regras Comuns,
hão-de apresentar-se também com o pedido de agregação,
j ao M. R. Padre Geral da Companhia, para que e3te
possa, com pleno conhecimento de causa, conceder ou
não a graça desejada.
2) Conservam-se com este título as Regras P ar­
ticulares do antigo M a nu al , hoje incluídas nas Novas
Regras Comuns. Têm a vantagem de pôr diante dos
olhos de cada um os seus principais deveres na Congre­
gação, e ajuntam uma vez ou outra alguma indicação
nova proveitosa.
Regras 59
mente a que diz respeito à frequência dos Sa­
cramentos.
2. Amará a todos sem exceção alguma,
com a irmãos queridos e filhos prediletos da
Virgem SSma., e procurará como para si próprio
o bem espiritual deles, pois foi para isso que
Nossa Senhora lh’os confiou; enfim procederá
de tal sorte que os Congregados cresçam e
floresçam nas virtudes cristãs, movidos pela
eficácia de suas palavras, e muito mais pela
força dos seus exemplos.
3. Será o primeiro a concorrer à Congrega­
ção, e proverá com antecedência aos atos de
piedade nela acostumados, em harmonia com as
disposições do Diretor. Estando alguma vez
legitimamente impedido de assistir aos atos
comuns, avise com tempo ao Diretor, para os
devidos fins.
4. Ainda que o Presidente está obrigado a
cuidar de toda a Congregação, contudo depende
do Diretor, por cujo parecer deve guiar-se
sempre no que pertence à direção da mesma.
Por isso não abolirá nem mudará coisa alguma,
nem estabelecerá nada de novo sem o conheci­
mento e aprovação do Diretor, para que tudo na
Congregação se faça com prudência e ordem,
para maior glória de Deus e de sua Mãe San­
tíssima.
5. Terá cuidado de que na eleição do novo
Presidente e dos mais Oficiais se leiam na reu­
nião os ns. 20, 21, 50, 51 e 56 das Regras
Comuns, e a Praxe das eleições ; mas tê-lo-á
muito maior de que sejam observados por todos.
60 Segunda parte
Procurará também que os Oficiais desempe­
nhem com zelo e perfeição os próprios cargos,
especialmente os Assistentes, Secretário, Con­
sultores e Tesoureiro.
6. Fará que na capela estejam escritos os
nomes de todos os Congregados, e que os livros
todos do Secretário estejam em dia, como os do
Tesoureiro.
7. Quando adoecer ou morrer algum Con­
gregado, procurará que se cumpra o preceituado
em os n .03 45 e 64 das Regras comuns.
8. Procure que as Secções, Academias e
outras obras de caridade e zelo instituídas na
Congregação tenham vida ativa e floresçam o
mais possível.
9. Assinará os diplomas, cartas, decretos e
quaisquer outros papéis de importância, junta­
mente com o Diretor e Secretário. Se algum
Congregado houver de ser despedido da Congre­
gação, encarregar-se-á, a juizo do Diretor, de
o notificar a toda a Congregação.
Assistentes
1. Como o cargo dos Assistentes consis
em ajudarem com seus conselhos o Diretor e
Presidente no governo da Congregação, devem
ter com eles união grandíssima, para que, no
perfeito acordo, a direção proceda reta e eficaz-
| mente.
I ^ 2. Devem tomar parte em todas as reu-
5 niões econsultas, tanto gerais, como particulares.
I 3. Na falta do Presidente, fará as vezes dele
Regras 61
o primeiro Assistente ; se também este faltar, o
segundo.
4. Tratem frequentes vezes com o Diretor
e Presidente dos meios que se poderíam empre­
gar para o progresso espiritual da Congregação,
o qual, com palavras e exemplo, procurarão pro­
mover, quanto puderem, ajudados da divina
graça.
Secretário
1. O Secretário deve assistir a todas as
reuniões e consultas, e lançar respetivamente no
Diário da Congregação e no Livro das Consultas
uma nota do que nelas se fez ou tratou. Antes,
porém, de a escrever no livro, mostrará ao Di­
retor e ao Presidente uma cópia para ser
aprovada.
2. Terá cuidado de encher os diplomas,
escrever as circulares e avisos, e tudo o mais que
for costume, e também de assinar e selar os
documentos com o selo da Congregação, quando
o Diretor e o Presidente entenderem que assim
deve ser.^ ___
K \ 3. Terá em dia os diferentes livros, registos
e catálogos da Congregação, a saber : diário da
Congregação, livro das consultas, livro dos de­
cretos, catálogos dos Oficiais da Congregação, ca­
tálogo geral dos Congregados (nome, sobrenome,
data da admissão a Congregado, de óbito ou de
exclusão), e catálogo dos candidatos. Nalgumas
Congregações há ainda dois livros mais : registo
em que cada Congregado escreve a assina a
fórmula da consagração, e livro dos usos e
costumes da Congregação.
62 Segunda parte
Consultores
1. Devem assistir a todas as reuniões e con­
sultas, e ajudar, nestas e fora delas, ao Diretor
e ao Presidente no governo da Congregação.
2. Tenham sempre em vista, ao dar o seu
parecer, a maior glória de Deus e de sua Mãe
Santíssima e o proveito espiritual da Congre­
gação.
3. Guardem-se diligentemente de todo o
espírito de paixão, e procurem que, assim como
excedem os mais na dignidade, os excedam
também no bom exemplo.
Instrutor
1. O Instrutor, conforme as indicações do
Diretor e do Presidente, informará e instruirá os
candidatos, explicando-lhes as Regras Comuns
e os usos próprios da Congregação, e inculcan-
do-lhes sobretudo a devoção a Nossa Senhora.
Deve cuidar igualmente de todos os que lhe
forem confiados, tratando-os com grande cari­
dade e inspirando-lhes estima da Congregação
e zelo pelo cumprimento das suas regras.
2. Trate amiudadas vezes com o Diretor e
Presidente, consultando-os sobre os meios de
encaminhar os candidatos na prática das verda­
deiras e solidas virtudes.
3. A ele pertence ordinariamente conduzir
ao altar os que são admitidos a Congregados, e
apresentá-los ao Diretor, Presidente e Assistentes
para os abraçarem, onde houver este costume.
Regras 63
Tesoureiro
1. Cumpre ao Tesoureiro guardar o dinheiro
da Congregação e os objetos preciosos dela, se
alguns houver e não estiverem ao cuidado de
outrem.
2. Terá o dinheiro num cofre de duas chaves
diferentes, uma para si e outra para o Diretor.
3. Sem licença do Diretor não fará despes^
alguma, nem pedirá nada a ninguém em nome
da Congregação ; mas contente-se com o que
cada um quiser dar por ocasião das reuniões, e
para isto terá o cuidado de lhes apresentar a
caixa dos donativos.
4. Terá em dia a escrituração com toda a
receita e despesa num livro, que apresentará ao
Diretor, quando este lh’o pedir.
5. Ao deixar o cargo, entregará ao seu
sucessor as contas correntes e o inventário dos
objetos preciosps, que lhe houverem sido con­
fiados.
Bibliotecários
1. Fica-lhes entregue a biblioteca da Con­
gregação, e devem conservá-la com toda a vigi­
lância e cuidado, para que nada se estrague nem
perca.
2. Haja catálogo de todos os livros, e
estejam todos marcados com o selo da Congre­
gação.
3. Para saberem que livros, quando e por
quanto tempo devem entregar-se, hão-de enten-
der-se com o Padre Diretor.
64 Segunda parte
4. Não entregarão nenhum livro, sem, num
caderno de registo, o apontarem com o nome de
quem o recebeu, e data em que o levou. Quando
for restituido, notá-lo-ão no caderno com o
respetivo sinal.
5. Geralmente não devem entregar a nin­
guém dois livros ao mesmo tempo.
Apontadores
1. Tenham um livro convenientementeldis-
posto com os nomes de todos os Congregados e
Candidatos.
2. Sejam pontuais e diligentes em notar
nele as presenças e ausências, juntando a estas
últimas o motivo, se o houver, que, a juizo do
Diretor, as justificou.
3. Avisem oportunamente ao Diretor das
ausências que houver, mormente se forem con­
tínuas e prolongadas.
Visitadores dos enfermos
1. Cabe ao Diretor e ao Presidente designar
os Congregados que houverem de desempe­
nhar-se de obra tão piedosa e santa.
2 Visitarão, as vezes que puderem, os
Congregados doentes, informarão o Diretor e
Presidente do estado deles, e por si e por outros
os encomendarão a Deus
3 Se a doença se tornar mortal, avisarão
í logo ao Diretor e ao Presidente, para que, por
í todos o» meios possiveis, se evite que um filho
I dei Maria morra sem os últimos Sacramentos.
Regras 65
Encarregados da Capela
1. Persuadam-se os Encarregados da ca­
pela, e os que os ajudarem no seu ofício, que
são camareiros-mores da Celeste Rainha, em
cuja honra se enobrecem os mais humildes ser­
viços.
2. Tenham um inventário exato dos para­
mentos, alfaias e quaisquer outros objetos per­
tencentes à capela, o qual, findo o exercício do
seu cargo, entregarão aos seus sucessores.
3. Cuidem que em toda a capela haja a
maior limpeza, e que os paramentos e mais
objetos de culto se conservem com muito asseio.
4. Terão tudo em muita ordem e a bom
recato, e entregarão as chaves ao Diretor ou ao
Presidente.
o. Não farão despesa nenhuma sem con­
sultar os Superiores ; e no arranjo da capela
proponham-se a edificar o espírito e não dis­
traí-lo.
Leitores
1. Penetrados da importância que tem a
leitura espiritual para mover à virtude, serão
pontuais na capela à hora. determinada,
f-dl 2. No começo das reuniões, um deles fará a
leitura de um livro designado pelo Diretor, até
que chegue a maior parte dos Congregados,
t?*4 3. Aos leitores toca também rezar as ora­
ções comuns, e cantar o que lhes estiver marcado
nos ofícios de Nossa Senhora e de defuntos.
CAPÍTULO SEGUNDO
Fundação, ereção e agregação
[das Congregações Marianas
COMO FUNDAR UMA CONGREGAÇÃO
Três coisas são necessárias :
I. Escolher bem os elem entos que hão-
de formar o núcleo fundamental da Congrega­
ção Estes elementos devem ser poucos e bons,
pessoas que praticam sériamente a religião,
dotadas de uma piedade sólida, esclarecida, sin­
cera ; desejosas de progredir espiritualmente e
dispostas a trabalhar em obras de zelo apos­
tólico. Quanto for possivel, este grupo inicial
deve ser homogêneo, formado de pessoas da
mesma categoria social e do mesmo gênero de
vida, por exemplo : estudantes, operários, etc..
Depois de celebrar com eles algumas reu­
niões a título de experiência, em que se explicam
a natureza, os fins, a índole própria da Congre­
gação, o Sacerdote encarregado de dirigir a
futura Congregação escolherá os melhores dentre
esses, formando um núcleo de Candidatos. Com
os Candidatos começará então a fazer reuniões
semanais nomeando dentre eles uma Diretoria
provisória. Os mais formarão a categoria dos
Aspirantes.
Algumas semanas de instrução e de forma*
ção bastarão para se apontarem os fundadores
da Congregação. A tarefa do sacerdote se torna
Fundação 67
mais facil e mais simples quando pode ser
ajudada por um Congregado destacado para
este fim pela Diretoria de uma Congregação
vizinha e que só volta à sua associação depois
que a nova Congregação entrou em completo
e perfeito funcionamento.
II. Pedir a ereção canônica. Para este
fim o Vigário da Paróquia deve dirigir-se ao
Bispo da Diocese formulando o pedido de ereção
acompanhado do Manual dos Congregados, se
as regras da nova associação forem as oficiais
sem alteração, ou de um exemplar das Regras,
se por acaso não forem as comuns.
A fórmula da petição pode ser a seguinte :
“O abaixo-assinado, NN. . . ., Vigário da
Paróquia d e........ , desta diocese, para aumento
da piedade e devoção, determinou fundar nesta
Paróquia d e..........., uma Congregação da San­
tíssima Virgem e agregá-la à Prima Primária de
Roma. Por isso humildemente suplica a V.
Excia. Revma. que se digne :
l.° Erigir canônicamente nesta Igreja Paro­
quial de........., uma Congregação Mariana com
os títulos de......... (indique-se o título primário
da Congregação ; deve ser uma invocação, um
mistério, uma festa de Nossa Senhora, por ex :
Imaculada Conceição, Nossa Senhora da Glória,
Mater Amabilis. . . ., etc ) e de... . (designe-se
o título secundário da Congregação ; será de um
santo que se escolhe como padroeiro especial da
Congregação, por ex : S. José, S. Luiz de Gon­
zaga, etc.) para......... (aqui é preciso dizer “a
classe social a que se destina a Congregação :
6 8 _____ Segunda parte___________
SI- -**.v
estudantes, operários, etc ; se a Congregação é
em geral para homens, bastará usar o termo
geral “homens”) ; ou dar consentimento para
que esta Congregação seja ereta pelo M. R. P.
Geral da Companhia de Jesús.
2. ° Aprovar como regras da Congregação
as constantes do Manual (ou do Caderno, ma­
nuscrito, etc....) junto.
3. ° Nomear Diretor da dita Congregação o
Revmo. Vigário, que ao tempo for desta igreja
paroquial, ou outro sacerdote mais do agrado
de Vossa Excia. Revma.
4. ° Recomendar a Congregação ao M. R. P.
Geral da Companhia de Jesús, para a agregação
dela à Prima Primária do Colégio Romano.
Deus guarde a V. Excia. Revma.
(Lugar, d ata..
(Assinatura).
III. Pedir a agregação à Prima Pri­
mária de Roma.
Recebidos da autoridade eclesiástica dioce­
sana o decreto de ereção e a recomendação para
a agregação, manda-se uma cópia do decreto e
a recomendação por escrito do Prelado ao Di­
retor da Federação a que pertence a Congrega­
ção, o qual as enviará à Confederação Nacional
das CC. MM. (Rua Senador Dantas 118, 9.°
andar, Caixa Postal 1561, Rio de Janeiro) encar­
regada de obter a agregação. Onde não houver
Federação é preciso dirigir-se diretamente à
| Confederação Nacional.
Agregação 69
Juntamente com a cópia do decreto de
ereção e com a recomendação episcopal, o supli­
cante remeterá a seguinte petição acompanhada
do seu [endereço :
Admodum Reverende Pater :
Quum Revmus. Dominus.. . (nome do
Bispo)..., Episcopus... (indicação da Diocese)...
Congregationem. . . (designar a classe de pessoas
a quem se destina a Congregação : por ex. :
virorum, juvenum, opificujm...) ... sub titulo
Beatae Virginis... (indicar o titulo principal)
etc. .. (titulo secundário)... in Ecclesia Pa-
rceciali. . . (nome da Paróquia). . . loci.. . dice-
cesis. .. canonice iam rexerit, eamque pro aggre-
gatione ad Primariam Collegii Romani Congre-
tionem benigne commendaverit, prout docu­
menta hisce litteris adnexa testantur, infra-
scriptus orator, eiusdem Congregationis Praeses,
Paternitatem Tuam humiliter rogat ut dictam
Congregationem Primariae Collegii Romani Con-
gregationi aggregare velis cum communi^tione
omnium indulgentiarum et gratiarum'] eidem
concessarum.
(Lugar e data...).
(Assinatura
N. B. Pode-se usar outra fórmula parafo
pedido de agregação. O que é indispensável é
fornecer os dados seguintes : nome da diocese,
gênero da Congregação, título primário e título
secundário, lugar em que vai funcionar e data
da ereção.
CAPITULO TERCEIRO
Vida das Congregações Marianas
A vida de uma Congregação Mariana tem
duplo aspecto : um interno, outro externo.
O primeiro abrange os atos de piedade com
que a Congregação desperta, fomenta, radica e
desenvolve nos Congregados o espírito da per­
feição cristã. O segundo compreende as obras
externas de zelo, por meio das quais a Congre­
gação influe eficazmente no melhoramento
social.
Um e outro aspecto, ou uma e outra vida
da Congregação fluem naturalmente do fim a
esta assinado nas Regras : fomentar no seus
membros a mais ardente devoção, reverência e
amor filiaJL à Ssma. Virgem ; e, por meio desta
devoção e pelo patrocínio de tão boa Mãe, fazer
dos Cqpgregados cristãos verdadeiros, que tra­
tem sinceramente da própria santificação, e
trabalhem com afinco em salvar e santificar os
próximos e defender a Igreja de Cristo contra
os ataques dos inimigos dela.
O ideal, pois, da Congregação Mariana é
formar apóstolos ; e a vida do bom Congre­
gado, como a vida da Congregação, deve ser
um apostolado contínuo.
A este propósito não serão decerto inúteis
algumas breves considerações, resumindo apenas
em quadro o que as Ptegras Comuns preceituain.
Vida das Congregações 71
Vida do Congregado
A vida do Congregado há-de ser primeira-
mente a vida do bom cristão : vida de fé
ardente e incondicional, e de obras inteiramente
conformes à fé e à moral cristã. Há-de ser a
vida do filho amoroso da santa Igreja de Deus :
louvando o que ela louva, e reprovando o que
ela reprova ; sentindo como ela sente, e proce­
dendo com desassombro na vida pública e par­
ticular como filho obediente, fiel, ardorosamente
amigo de tão santa Mãe ; defendendo-a final­
mente em toda a parte dos ataques dos inimigos
com o mesmo honrado brio com que defendería
o nome e a honra de sua própria mãe.
Há-de evitar quanto possa ser desdouro
seu, trazer-lhe dano à alma e escandalizar o pró­
ximo ; intimidade ou trato desnecessário com
pessoas más ou suspeitas ; leituras e espetáculos
inconvenientes; divertimentos perigosos ou
menos morais...
E não basta. Ê preciso que seja um cristão
fervoroso : não omitindo as orações da manhã;
agradecendo a Deus os inúmeros benefícios
recebidos ; oferecendo-lhe todo o bem que faz ;
procurando, na intenção diária, lucrar todas as
indulgências anexas às obras desse dia ; invo­
cando a Ssma. Virgem; consagrando algum
tempo, um quarto de hora pelo menos, à oração
mental; assistindo, se é possível, ao santo sacri­
fício da Missa ; confessando-se ordinariamente
a um confessor escolhido, prudente e douto, ao
qual manifeste sinceramente os arcanos da sua
conciência, e confie^a direção da sua vida espi­
72 Segunda parte
ritu al; comungando muitas vezes ; rezando
cada dia o terço a Nossa Senhora ; e não omi­
tindo à noite, antes do deitar, nem o exame dili­
gente de conciência com um ato de contrição
sincera, nem as orações da noite.
O cristão bom e fervoroso dá naturalmente
o bom e fervoroso Congregado, que, segundo
a Regra :
1. Prepara com uma confissão geral a sua
entrada na Congregação, e cada ano ou cada
semestre faz confissão geral desde a última, por
ocasião principalmente do retiro espiritual, que
não omite ano algum.
2. Não se limita às comunhões gerais da
Congregação, uma vez no mês ; mas, segundo os
desejos de Pio X, comunga frequente ou diaria­
mente ;
3. \Tem à Ssma. Virgem uma devoção
muito particular, confiando-lhe tudo, servindo-a
com amor filial e generosidade, e imitando-lhe
as virtudes, mormente a humildade, a pureza,
o trabalho, a piedade e a fortaleza ;
4. Não falta sem motivo grave aos atos
ordinários e extraordinários da Congregação,
ainda quando isso lhe custe sacrifícios ;
5. Obedece, não só com prontidão e rendi­
mento de vontade, mas com amor, às ordens e
conselhos do Diretor, no que respeita à vida da
Congregação ; e tem particular estima e res­
peito ao Presidente e Oficiais, obedecendo-lhes
no que pertence ao cargo de cada um.
6. Ama a seus Irmãos com amor eficaz,
encomenda-os a N. Senhor, e presta-lhes todos
Vida das Congregações 73
os serviços, que a prudente caridade aconselha,
na morte e depois desta ;
7. Entrega-se de coração e com afinco às
obras de caridade, misericórdia, zelo, propa­
ganda, formação... que a Congregação esco­
lhe e tomou para bem de seus membros e dos
próximos ;
8. Vota à Congregação um ""amor sem
reservas, procura que os mais a ?estimem e
prezem,, atrai outros aptos ao seio da Congre­
gação, e esforça-se, quanto em si cabe, por que
todos os Congregados sejam outros apóstolos
da glória de Deus e de sua Mãe Santíssima.
Os Congregados que são alunos de colégio
ou institutos semelhantes, hão-de “ter em vista
o futuro que os espera, e preparar-se para
entrarem no mundo armados de convicções reli­
giosas e de solidas virtudes, com que se man­
tenham inexpugnáveis como fiéis soldados de
Jesús Cristo.
“Com este intuito devem extremar-se em
observar o regulamento do colégio, que será para
eles a expressão da divina vontade, distinguin-
do-se em piedade e aplicação, e habituando-se
a fugir de más companhias e a pôr debaixo dos
pés o respeito humano.
“Um filho predileto de Maria deve pre­
zar-se de ganhar os corações dos companheiros
para o amor de tão santa Mãe, inspirar-lhes
a estima da Congregação, e edificâ-los em tudo
e em toda a parte, principalmente nos atos
religiosos, nas aulas e nos ^ocreios”.
74 Segunda parte
Tais são os filhos que a Congregação de­
seja, tais os que propõem as Regras, tais final­
mente os que hão-de, com a graça de Deus e
auxílio de Maria Ssma.., realizar plenamente os
ideais apostólicos da
Vida da Congregação
Vida interna. É fervorosa a vida interna
da Congregação, quando nela se celebram com
assiduidade :
1. Os exercícios de piedade costumados:
1. Reuniões ordinárias e extraordinárias;
2. Comunhões gerais de cada mês ;
3. Retiro mensal para reforma da vida ;
4. Exercícios espirituais de S. Inácio cada
ano ;
5. Festa solene dos Padroeiros, com a
devida preparação e esplendor.
A estes atos, prescritos nas Regras,, po­
deríam juntar-se :
Peregrinação anual a um santuário notável
de Nossa Senhora ;
Celebração piedosa de certos meses consa­
grados pela Santa Igreja a devoções particula­
res ; o de Maio, à Ssma. Virgem ; o de Junho,
ao SS. Coração de Jesús ; o de Outubro, ao
Rosário de Nossa Senhora ; o de Março, a S.
José. ..
Para o mesmo fervor concorre, sendo muitas
vezes fruto dele, efetuar com regularidade e
constância.
Vida das Congregações 75
2. Os atos de governo da Congregação:
1. Admissão de Congregados e Candidatos ;
3. Consultas ordinárias e extraordinárias,
Se a isto acresce por parte de cada um o
desempenho fiel e conciencioso dos deveres pró­
prios e do cargo, é quase impossível não se
revelar na Congregação uma vitalidade aben­
çoada, que Deus e a Virgem SS. coroam sempre
de frutos salutares.
Para as Congregações de jovens ou estu­
dantes uma parte importante da vida interna da
Congregação está nas
3. Academias, onde os seus membros se
exercitam em trabalhos apologéticos, científicos,
literários, artísticos, econômicos...
São verdadeiras escolas de formação, que
cultivam a inteligência e o espírito, formam e
apuram o gosto, e orientam o critério de cada
um, quer em matérias religiosas, quer em
assuntos profanos.
Quando bem assentes em piedade e bem
dirigidas, são na Congregação o melhor tirocínio
de apostolado.
Nem é difícil organizá-las.
Formam-se secções com os Congregados
que se destinam aos estudos de cada ramo, ou
têm gosto deles. Determinam-se os trabalhos
quinzenais ou mensais, e fixa-se para cada grupo
ou secção o dia da reunião. Nesta lê ou expõe o
76 Segunda parte
seu trabalho quem dele • foi encarregado, e
discute-se depois em comum.
Os assuntos devem ser bem escolhidos, em
séries; entregues com a necessária antece­
dência ; e anunciados a tempo de poderem
prepará-los e discutí-los todos os membros da
secção. E os trabalhos, antes de apresentados
em reunião, devem ser vistos pelo Diretor da
Congregação, ou por outrem competente.
Vida externa. Compreende as obras de
apostolado social, e as múltiplas relações da
Congregação ou dos Congregados como membros
dela.
A) Obras de apostolado são :
O bom exemplo ;
O ensino da doutrina cristã em particular,
ou em catequeses ;
A visita aos enfermos, nos hospitais ou fora
deles ;
A visita aos presos ;
A visita aos pobres.
Além destas, a que as antigas Congregações
se consagraram com grande zelo, as Regras e a
prudência cristã aconselham para os tempos
presentes outras que poderiam ser
Ou Obras de piedade :
Promover a frequência dos Sacramentos, o
espírito de obediência à Igreja e à Santa Sé,
retiros fechados ou públicos... ;
Vida das Congregações 77
Propagar e auxiliar o Apostolado da Oração,
a Comunhão reparadora, a Adoração, as Con­
frarias do SS. Sacramento, o Rosário, as Ordens
Terceiras, a Congregação da Boa Morte, as Con­
ferências de S. Vicente de Paulo...;
Ou obras de educação cristã :
Promover a difusão da boa imprensa ;
Procurar a fundação de escolas católicas,
catequeses, oratórios festivos e dominicais, bi­
bliotecas populares de bons livros.
Auxiliar eficazmente as obras da Propaga­
ção da Fé, da Santa Infância, dos Seminários,
das Vocações sacerdotais e religiosas, das Uni­
versidades católicas...;
Ou obras sociais, particularmente aquelas
em que predomina a ação (Juventude católica,
Círculos católicos...), ou a beneficência e
caridade (Secretariados do povo, Socorros mú­
tuos, Bolsas de trabalho, de colocações. ..), ou
a preservação (Patronatos, Recolhimentos,
Escolas de artes e ofícios...).
Não é que as Congregações tomem para si
a gerência ou a administração de tais obras, —
o que não seria certamente espírito nem com­
petência sua ; mas promovê-las e auxiliá-las
eficazmente está sem dúvida no âmbito da sua
missão social, e é um dos maiores apostolados
que um Congregado pode exercer nos. tempos e
sociedade de hoje.
78 Segunda parte
B) As relações das Congregações Ma­
rianas com as outras, em vista do próprio fim
de todas, são desejadas e aconselhadas nas Re­
gras, por meio de :
1. Congressos regionais, quer de Diretores,
quer de Congregados ;
2. Revistas próprias das Congregações ;
3. Federação permanente das Congregações,
segundo a classe e região delas.
Unidas deste modo e por tantos meios, as
Congregações aumentam intensamente a vida e
fervor de cada uma, e influem de maneira mais
poderosa e eficaz no melhoramento do meio
social.
C) Nas relações com pessoas ou corpo­
rações estranhas timbraram sempre as Congre­
gações Marianas em proceder fidalgamente.
Às autoridades eclesiásticas, em particular,
ainda quando delas diretamente não dependem,
votaram e votam muito respeito, muito amor,
muita obediência, e um desejo sumo de lhes ser
prestáveis em tudo o que é da glória de Deus,
das almas, e honra da Santa Igreja.
Promovem nas respetivas localidades todas
as obras de piedade, zelo, apostolado, caridade e
misericórdia ; estão sempre ao lado do seu pá­
roco em prol da santificação do rebanho de
Cristo, e procuram ser os seus mais devotados
auxiliares, pois sabem como nisto vãi a honra
de Deus e de sua Mãe SS. e a salvação do
próximo.
O conjunto da vida interna e externa dos
Congregados faz que o altar da Congregação
Vida das Congregações 79
seja um foco de bênçãos, de amor, de fé, de
vida sobrenatural, e de atividade cristã e
apostólica. Nele se haurem as forças e ânimo,
se retemperam coração e armas ; e dele se voa
com valentia e garbo aos combates da vida, que,
à sombra do Coração e manto de Maria, não
deixam nunca de ser coroados de vitória e
prêmio.
D) Relações Federativas. As Congrega­
ções Marianas são autônomas : a organização
e a vida interna dependem unicamente do Dire­
tor, coadjuvado pela Diretoria. Esta autonomia
porém não impede que as Congregações se unam
em Federações diocesanas e em confederações
nacionais. Esta união é prevista e aconselhada
pelas Regras (Regra 68).
A federação e a confederação são centros
informativos, orientadores e coordenadores;
não têm estrita jurisdição sobre as Congrega­
ções ; existem, porém, compromissos mútuos
que tanto a Federação como as Congregações
devem observar.
TERCEIRA PARTE
RITUAL E CALENDÁRIO
I. RITUAL
Admissão de candidatos..................... 83
Admissão de Congregados ................. 87
Veni, Creator Spiritus ...................... 88
Bênção das medalhas........................ * 90
Reuniões ............................................. 96
Renovação da Consagração............... 102
Consultas............................................. 103
Provimento dos Ofícios ..................... 105
Proclamação e posse das dignidades.. 107
II. CALENDÁRIO MARIANO............ 110

“Vós sois o Brasil do futuro e o. fuluro do


Brasil!” (D. Carlos de Vasconcelos).
NOSSA SENHORA DO BOM CONSELHO
CAPÍTULO JPRIMEIRO
Ritual
Cora reunir neste capítulo o que geralmente
se observa nas Congregações Marianas por
ocasião das admissões, reuniões, consultas, elei­
ção e posses dos Oficiais do Conselho, não
houve, nem podia haver, intenção de precéituar
coisa alguma, mas desejo só de promover uni­
formidade.
O que vai escrito ou é disposto nas Regras
Comuns, ou consagrado pelo uso da Congre­
gação Romana e quase universal das outras
Congregações.
Para evitar repetições prolixas, supõe-se o
caso mais frequente de os atos se referirem a
muitos sujeitos, e acrescentam-se entre paren-
tesis e em itálico as palavras que devem mudar-
se no texto, quando o caso for diferente.
I. — A d m issão de C andidatos
Quem deseja ser admitido na Congregação,
faz o seu pedido ao Diretor, servindo-se de
&lgum Congregado que o proponha. O Diretot,
informado da piedade, bons costumes e outras
qualidades do pretendente, reune consulta.
Se esta for favoravel, o pretendente é recebido.
84 Terceira parte
O Secretário avisa o futuro Candidato do
dia e hora da recepção, para que compareça.
Recepção. Pode fazer-se com alguma for­
malidade, ou sem ela. É, contudo, preferível
dar-lhe certa solenidade, mormente quando,
como se estila em quase toda as Congregações,
a recepção dos Candidatos se faz em seguida à
admissão solene dos Congregados.
O ritual pode ser este :
O Diretor toma o seu lugar no altar da Congregação ,
sentado do lado do Evangelho e voltado para o corpo da
capela .
O Secretário lê o decreto da consulta em que' foram
adm itidos os C andidatos: e estes vão ajoelhar-se ao pé
do aliar . Lido o decreto , acrescenta :
Revmo. Padre: Movidos (movido) dò
desejo de servir a Ssma. Virgem Maria, nossa
Mãe do céu, N. N., N. N., conhecendo as nossas
Regras e Estatutos, pedem (pede) que os (o)
admitais à costumada provação, na esperança
de que hão-de mostrar-se dignos (há-de mos­
trar-se digno) de ser definitivamente recebidos
(recebido) na Congregação.
O Diretor;
Mesus filhos (meu filho) : Deus, N. Senhor,
que vos despertou no coração esse desejo, vos
ajude a tornar-vos dignos (digno) da graça que
pedis. Aos pés da vossa Mãe do céu, prometei-lhe
imitar suas virtudes, e observar as Regras da
Congregação, para merecerdes a graça de que
ela vos conte entre os seus filhos de predileção.
Ritual 85
U m dos candidatos, por todos, recita o
Ato de Consagração — Santíssima Vir­
gem Maria, Mãe de Deus, nós, movidos do
desejo de ser recebidos entre os vossos filhos
prediletos, prometemos, com a ajuda de Deus e
com a vossa proteção, imitar desde agora vossas
virtudes, e observar as Regras que nos forem
propostas, para merecermos assim a graça de
ser admitidos como filhos vossos nesta santa
Congregação, e nela e por ela procurar sempre,
em nós e nos outros, a maior glória de Deus.
Assistí-nos, Mãe amorosíssima, com a vossa
proteção, para sermos fiéis à nossa promessa,
e alcançai-nos do Coração Ssmo. de Jesus, vosso
Filho, a graça de vivermos de hoje em diante
só para Jesus e para vós. Assim seja.
Sendo u m só Candidato :
Ato de Consagração — Santíssima Virgem
Maria, Mãe de Deus, eu N. N., movido do
desejo de ser recebido entre os vossos filhos pre­
diletos, prometo, com a ajuda de Deus e com
a vossa proteção, imitar desde agora vossas vir­
tudes, e observar as Regras que me forem pro­
postas, para merecer assim a graça de ser admi­
tido como filho vosso nesta santa Congregação,
e nela e por ela procurar sempre, em mim e nos
outros, a maior glória de Deus.
Assistí-me, Mãe amorosíssima, com a vossa
proteção, para ser fiel à minha promessa ; e
alcançai-me do Coração Ssmo. de Jesús, vosso
Filho, a graça de viver de hoje em diante só
para Jesús e para vós. Assim seja.
86 Terceira parte
0 Diretor im põe a cada u m a fita ou laço distintivo
dos C andidatos , e diz em seguida , de p é :
Em virtude da autoridade que me foi con­
ferida, admito-vos como Candidatos aprovados
(Candidato aprovado) às reuniões e piedosos
exercícios da Congregação. Conforme a pro­
messa que aos pés de Maria acabais de fazer,
procedei sempre de modo tal, que mereçais com
justiça ser contados (contado) entre os membros
desta Congregação.
Dignem-se os nossos santos Padroeiros, e
todos os Santos que nos precederam na Congre­
gação, interceder por vós ; e a Ssma. Virgem
Maria, nossa querida Protetora e Mãe, com
Jesús, seu Filho, abençoar-nos, a vós e a nós
todos, para sempre.
Nos, cum Prole pia.
Respondem todo s:
Benedicat Virgo Maria.
Depois da recepção, o Diretor e o Presi­
dente entregam os Candidatos ao Instrutor,
para que explique as Regras Comuns, e os cos­
tumes particulares que a Congregação possa ter,
e lhes dê todos os esclarecimentos necessários,
inculcando-lhes acima de tudo uma devoção
sólida a Nossa Senhora, como meio único de
virem a ser verdadeiros filhos da Ssma. Virgem.
Durante o tempo de Candidatura, que cos­
tuma durar de dois meses a um ano, os Candi­
datos devem assistir aos atos comuns da Con­
gregação, excetuando as consultas e eleições.
Terão lugar separado na Capela, se a capacidade
desta o permitir.
Ritual 87
II — Admissão de Congregados
Da admissão dos Congregados ocupa-se o
Tit. V. nn. 25 e ss. das Regras Comuns.
M& Quando se aproxima o tempo da admissão
solene dos Candidatos a Congregados, o Diretor
reune o Conselho, propõe os que lhe parece
poderem ser admitidos, e ouve o parecer do
Presidente e mais Oficiais a respeito de cada
um deles. Em vista das informações e observa­
ções do Conselho, resolve o que diante de Deus
achar melhor : quais devem ser admitidos, quais
esperar ainda, quais talvez excluídos definiti­
vamente.
Um Congregado não se admite, sem que o
bom proceder o faça digno dessa graça. Erro
seria, portanto, fazer entrar na Congregação,
por ex., todos os alunos de um colégio, só por
serem colegiais, sem que um bom procedimento
os abonasse. Nunca à Virgem Ssma. poderá ser
grato receberem-se em seu nome filhos, que, em
vez de honrarem sua santa Mãe, lhe roubem com
maus exemplos a glória que lhe é devida. A
Congregação, depreciada por esse caminho, viría
a arruinar-se por completo, como aliás a expe­
riência tem mostrado.
Os dias consagrados às festividades da
Ssma. Virgem são os mais próprios para a recep­
ção dos novos Congregados, especialmente os da
Imaculada Conceição, Purificação, Anunciação,
conclusão do mês de Maio e Assunção. O dia
do ^protetor secundário de cada Congregação
seria igualmente dia muito próprio.
88 Terceira parte
Ê muito recomendável que a admissão dos
novos Congregados seja precedida de uma pre­
paração próxima. Ou seja um tríduo, ou um dia
só, as Regras aconselham que eles não omitam
a confissão geral, a juizo do Diretor espiritual
de cada um.
Para admissão válida na Congregação basta
em rigor, que, tanto o que pode admitir
(Diretor), como o que vai ser admitido, mani­
festem a sua vontade formal por algum sinal
exterior. Costumam, contudo, e as Regras reco-
mendam-no, observar-se certas formalidades, a
que se dá maior ou menor solenidade, em har­
monia com as circunstâncias. As mais comuns,
ainda que nem todas expressas na Regra, são
as que seguem.
Recepção, Deve fazer-se em reunião plena
da Congregação.
Os dois Assistentes e m ais OJiciais ocupam os seus
lugares na capela.
Os novas Congregados entram processionalm entet
com velas acesas , acompanhados do P residente, Instruto r
e Diretor.
O Presidente vai tomar o seu lugar entre os A ssis­
tentes. O Instrutor pica junto dos novos Congregados.
O Diretor vai para o altar, ajoelha, e entoa o hino ,
que ê continuado pela Congregação ou pelo côro :
Veni, Creator Spiritus,
Mentes tuórum visita,
Imple supérna grátia
Quae tu creásti péctora.
Ritual 89
Qui díceris Parálitus,
Altissimi donum Dei,
Fons vivus, ignis, cáritas,
Et spiritális únctio.
Tu septifórmis númere,
Digitus patérnae déxterae,
Tu rite promissum Patris,
Sermóne ditans gúttura.
Accénde lumen sénsibus,
Infúnde amórem córdibus,
Infirma nostri córporis
Virtúte firmans pérpeti.
Hostem repéllas lóngius,
Pacémque dones prótinus,
Ductóre sic te prasvio
Vitémus omne nóxium.
Per te sciámus da Patrem,
Noscamus atque Filium,
Teque utriúsque Spriritum
Credámus omni tempore.
Deo Patri sit gloria,
Et Filio qui a mórtuis,
Surréxit, ac Paráclito,
In sseculórum ssecula. Amen.
"9. Emitte Spiritum tuum, et creabúntur.
R?. Et renovábis faciem terrse.
30 Terceira parte
Oremus. Deus qui corda fidélium sancti
Spíritus illustratióne docuisti: da nobis in
eódem Spiritu recta sápei^e, et de ejus semper
consolatióne gaudére. Per Christum Dóminum
nostrum. 1$. Amen.
0 Diretor vai sentar-se ao altar, do lado do Evangelho.
O Secretário lê o decreto da consulta que adm ite os novos
Congregados : a leitura é ouvida de pè por todos, exceto
pelo D iretor, que sc conserva sentado .
Se não a jez antes, ja z então o Diretor a
Bênção das medalhas
y. Adjutórium nostrum in nómine Dómini.
ÈJ. Qui fecit caelum et terram.
y. Dómine, exáudi oratiónem meam.
R?. Et clamor meus ad te véniat.
y. Dómínus vobiscum.
R7. Et cum spiritu tuo.
Oremus. Omnipotens, sempitérne Deus,
•qui sanctórum tuórum imágines sculpi non
réprobas, ut quóties illas óculis córporis intué-
mur, tóties eórum actus et sanctitátem ad
imitandum memórise óculis meditémur : haec,
qusesumus, numísmata in honórem Beatíssimse
Virginis Mariae, Matris Dómini nostri Jesu
Ohristi, adaptátas benefdicere et sanctifficáre
dignéris ; et praesta, ut quicumque coram illis
Beatíssimam Virginem supplíciter cólere et ho-
noráre studúerit, illius méritis et obténtu a te
grátiam in presénti et etemam gloriam obtíneat
in futurum. Per eúmdem Christum Dóminum
Nostrum. R7. Amen.
A.ÈperQe_a>s medalhas com água benta.
Ritual
0 Secretário d iz em seguida :
Em louvor e para maior glória da San­
tíssima Trindade, e em honra da Bemaventurada
Virgem Maria, concebida sem pecado, Mãe e
Padroeira nossa, aproximem-se os senhores N.
N., N N ---- , que desejam ser Congregados dê
Nossa Senhora, e respondam claramente ao que
lhes for perguntado.
Oa C andidatos vâo-se aproximando do altar, à medido*
que são nomeados pelo Secretário .
O Presidente diz ao Diretor :
Reverendíssimo Padre : Os que estão pre­
sentes, movidos de um ardente desejo de
aumentar em si e nos outros a devoção à Bem-
aventurada Virgem Maria, Senhora nossar
humildemente vos suplicam que os mandeis
inscrever em a nossa Congregação.
Diretor. Ouço com sumo prazer a expo­
sição desse ardente desejo. Para que ele mais
perfeitamente seja manifesto, respondei com vos
clara e distinta ao que o Presidente da Congre­
gação vos perguntar.
Presidente. Desejais deveras ser admiti­
dos nesta Congregação de Maria Santíssima
para nela, com a proteção da gloriosíssima Vir­
gem e Mãe nossa, vos dedicardes a Cristo nosso
Salvador ?
Candidatos. Desejamo-lo de todo o coração.
Presidente. Quereis empenhar todas as
vossas forças para aumentar a caridade fraterna
desta Congregação, edificar os vossos próximos
com bons exemplos da vossa devoção e práticas
de piedade, e com a santidade de vossa vida e
costumes ?
92 Terceira parte
Candidatos. Assim o queremos.
Presidente. Prometeis observar rigorosa­
mente as Regras da Congregação, e amar com
filial amor os vossos superiores conformando-vos
com os seus conselhos nas coisas tendentes ao
bem comum da Congregação ?
Candidatos. Assim o prometemos.
Presidente. E por quanto tempo quereis
observar o que prometeis ?
Candidatos. Observá-lo-emos sempre.
Presidente. Caríssimos irmãos, desejais
na verdade uma coisa muito agradavel à San­
tíssima Virgem Maria, e de muitíssima utilidade
para vós. Votados ao serviço de Deus, e sob a
proteção da Santíssima Virgem, bem podeis
confiar que a valiosa intercessão desta boa Mãe
vos tornará sempre merecedoras dos favores do
céu, por isso que ela nunca desampara os que
deveras a amam. Antes, esta Mãe piedosíssima
está velando sempre pelos que a invocam ; assis-
te-lhes com o seu patrocínio nos perigos, nas
misérias e trabalhos da vida, e na hora da morte
nunca desampara os seus verdadeiros devotos.
Cada um dos Candidatos sucessivam ente , ou todos
junto s com as devidas pausas, dizem a

Fórmula da Consagração
Santíssima Virgem Maria, / Mãe de Deus,
/ eu, N. N., / ainda que indigníssimo / de ser
vosso servo, / movido contudo / pela vossa
admiravel piedade / e pelo desejo de vos servir,
/ vos elejo hoje, / em presença do meu Anjo
Ritual ni
da Guarda / é de toda a côrte celeste, / por
minha especial Senhora, / Advogada e Mãe, / e
firmemente proponho / servir-vos sempre, / e
fazer quanto puder / para que dos mais / sejais
também / fielmente servida e amada. / Suplico-
vos e rogo-vos, / ó Mãe piedosíssima, / pelo
sangue de vosso Filho / por mim derramado, /
me recebais por servo perpétuo / no número dos
vossos devotos. / Assistí-me em todas as minhas
ações, / e alcançai-me de vosso Filho graça /
para que sejam tais / daqui para o futuro / os
meus pensamentos, palavras e obras, / que nunca
mais ofenda os vossos olhos / e os de vosso
divino Filho. / Lembrai-vos de mim, / e não me
abandoneis / na hora da minha morte. / Amen.
N álg u m a s Congregações acrescenta-se o

Compromisso
E como os Sumos Pontífices / têm repetidas
vezes / condenado a Maçonaria / e quaisquer
outras sociedades secretas, / eu, / obedecendo
com amor filial à autoridade dos Vigários de
Cristo / e nomeadamente aos desejos / de Sua
Santidade Leão XIII / expressos na Encíclica
Humanum genus, / tomo a resolução e compro­
misso / de nunca me filiar / em alguma das
sobreditas seitas, / sob qualquer denominação
que seja, / e de, pelo contrário, combater
animosamente / em todo o tempo e lugar ( as
suas tramas, / doutrina e influencia. / 881111
Deus me ajude.
94 Terceira parte
0 Diretor diz de pé a
Fórm ula de admissão
Ego, ex auctoritáte mihi legitime collata vos
in sodalitátem Beatissimae Virginis (tituli pri-
marii) et (tituli secundarii) recipio atque óm-
nium Indulgentiárum, Primae-Primáriae Ro-
manae et nostrae concessárum participes effício.
E t nunc quidem nómina vestra referéntur in
album congregatiónis ; in aetérnum vero scripta
6Ínt in caelis.
N a lg u m a s Congregações usa-se concluir :
In nómine Patris f, et Filii f, et Spiritus
t Sancti. Amen.
E acrescentar :
Benetdicat vos Cónditor caeli et terrae, qui
vos elígere dignátus est ad Beatissimae Virginis
Mariae Societátem : quam precámur ut in hora
óbitus vestri cónterat caput serpéntis, qui vóbis
est adversárius, et tandem tanquam victrices
palmam et corónam sempitaernae haereditátis
consequámini. Per Christum Dóminum nos­
trum. R?. Amen.
O D iretor senta-se. Cada um dos novos Congregados
vem joelhar-se junto dele , c ojerece-lhe a vela acesa , que
ele passa ao Tesoureiro , ou pessoa encarregada de a receber.
O Instrutor recolhe do novo Congregado a insígnia de Can -
ditado. O Diretor dá a beijar a medalha da nova fita ao
Congregado , e impõe-lha, dizendo :
Accipe signum Congregatiónis beátae Marise
Virginis ad córporis et ánimae defensiónem, ut
divinse bonitátis grátia, et ope Mariae, Matris
Ritual 95
tuae, aetérnam beatitúdinem cónsequi mereáris.
In nómine Patris t, et Filii f, et Spiritus f Sancti.
Amen.
Entrega-lhe o D iplom a e o M a n u a l:
Accipe has regulas atque diplóma, quo
assertus es Beátse Mariae Virginis filius ; sed tu
mélius, ,móribus ac pietáte te ejusdem filium
exhibe. ínterim, te cum Prole pia, benefdicat
Virgo Maria.
O Instrutor apresenta os novos Congregados ao £>i-
retor , Presidente e A ssistentes, para serem abraçados, en-
quanto no côro se canta o hino da Congregação, ou outro
canto apropriado.
E m seguida ajoelham todos ; o Diretor levanta-se ,
e diz :
Suscipiat vos Christus in númerum con-
frátrum nostrórum et suórum famulórum. Con-
cédat vobis tempus bene vivéndi, locum bene
agéndi, constántiam bene perseverándi, et ad
setemse vitse hsereditátem felíciter perveniéndi :
et, sicut nos hódie fraterna cáritas spirituáliter
jungit in terris, ita divina pietas, quae dilectiónis
est auctrix et amátrix, nos cum fidélibus con-
júngere dignétur in caelis. Per eúndem Christum
Dóminum nostrum. 1^7. Amen.
D epois, voltado para o altar :
Confirma hoc, Deus, quod operátus ea
in nobis :
1$. A templo sancto tuo, quod est in Jeru­
salém.
S. Salvos fac servos tuos,
IÇ. Deus meus, sperántes in te.
y. Mitte eis, Dómine, auxilium de sancto :
]$r. Et de Sion tuére eos.
96 Terceira parte
'f. Dómine, exáudi oratiónem meam,
B?. E t clamor meus ad te véniat..
y. Dóminus vobiscum.
É?. E t cum spiritu tuo.
Orem us. Adésto, Dómine, supplicatióni-
bus nostris, et bos fâmulos tuos, quos Congre-
gatióni Beátae Marise Virginis aggregávimus,
benejdicere dignáre ; et prsesta, ut statúta nos-
tra per auxilium grátise tuae sancte, pie et reli-
gióse vivéndo váleant observáre, et observando
vitam promeréri sempitérnam. Per Christum
Dóminum nostrum. ,
Sentam -se todo8, e o Diretor fa z u m a breve exortação .
O ato conclvit sendo poscivelt com Te D e u m f e bênção
do S S . Sacram ento •
III — Reuniões
Às reuniões podem ser ordinárias (sema­
nais ou quinzenais), e extraordinárias (para
fins especiais).
Reuniões ordinárias
As Regras exigem reuniões pelo menos
semanais, em dia e hora marcadas, que não
devem alterar-se sem motivo muito grave,
f Os dias mais próprios são os domingos e
p dias santos, e com mais razão os das festas prin-
cipais de Nossa Senhora e dos Protetores secun­
dários da Congregação.
As reuniões celebram-se geralmente na
‘ Capela da Congregação, e de manhã, para faci-
< litar a sagrada Comunhão. Congregações há,
Ritual 97
contudo, que se reunem de tarde, juntando-se
de manhã só para a Comunhão geral do mês.
Os exercícios de piedade e a distribuição e
duração deles podem variar de uma Congre­
gação para outra, e até na mesma Congregação
em diversos tempos e circunstâncias.
Os enumerados nas Regras Comuns são :
1. ° Invocação do Espírito Santo com o
hino Veni Creator ;
2. ° Leitura espiritual, por dez ou quinze
minutos, enquanto os Congregados se reunem ;
3. ° Leitura do Calendário Mariano ;
Canto de Matinas ou Vésperas do Ofício
pequeno de Nossa Senhora, conforme a reunião
é de manhã ou de tarde ;
5. ° Breve prática do Diretor ;
6. ° Ladainha de Nossa Senhora por con­
clusão, ou preces ao Padroeiro secundário, ou
outras orações.
Se a reunião é de manhã, diz-se a Missa
durante as Matinas. Nalgumas Congregações,
porém, não se cantam Matinas, para os Congre­
gados comungarem na Missa.
Ao Diretor pertence regular tudo, e fazê-lo
observar com uniformidade.
É uso antigo e muito recomendado, que
cada um dos Congregados tire à sorte em cada
mês um Santo protetor, honrando-lhe com pie­
dosos obséquios o dia, e procurando imitar a
virtude que nele mais floresceu. Pio X consa­
grou este pio costume, concedendo-lhe uma
indulgência plenária.
98 Terceira parte
Reuniões extraordinárias
As Regras Comuns mencionam as seguintes:
1. Com unhão geral£do mês
F az-se em d ia fix o , ou no de algu m a festa so len e d e
N osso Senhor ou N o ssa Senhora .
P ode co nsistir n a Missa, com preparação e ação
de graças da C om unhão , leitura do C alendário M ariano
p a ra a sem a na seguinte, canto da Salve Rainha, ou outras
breves orações.
Sendo sem a nais as reuniões da Congregação, pode a
C om un hão geral jazer-se n u m a das reuniões ordinárias .
2) Exercícios Espirituais de S. Inácio
O D iretor assina-lhes o tem po, duração e horário .
Procure-se que os exercícios sejam fechados para
m elhor fru to dos exercitantes e, que nenhum Congregado
fa lte a tão salutar ato da Congregação .
N ão podendo o retiro ser fechado , m a ndam as Regra*
que haja por dia duas reuniões, pelas quais passam como­
dam ente distribuir-se os p rin cip a is exercícios : leitura ,
leitu ra , meditações, exortações,' M issa e R osário .
3) Festas titulares da Congregação
C ada Congregação deve celebrar com a solenidade
possível as festas dos seus Padroeiros, princip al e secunr
dário, e prepará-las com novena ou tríduo.
Se o protétor secundário não for S . L u iz Gonzagat
recom enda-se a celebração tam bém da festa do santo jovem,
o u ao m enos que não se om ita a piedosa praxe dos seis
dom ingos em sua honra.
4) Sufrágio dos Congregados falecidos
P ara sufragar as alm as dos Congregados falecidos,
costum a-se nas Congregações M arianas fazer o seg u in te:
^ Ü a) Por cada um, quandojmorre :
O Secretário, de acordo com o D iretor e Presidente,
avisa o m a is cedo possivel os Congregados para orarem pelo
fin a d o . acompanharem à sepultura o cadaver. e se reunirem
Ritual 99
em dia e hora marcados para os sufrágios comuns. Quando
a reunião não pode ser extraordinária, fazem -se os sufrágios
na prim eira reunião ordinária em lugar dos atos costumados.
R eunidos na Capela, recitam antes da M issa o Oficio
de defuntos, ou parte dele ; o Diretor, em lugar da exor­
tação, recorda brevemente os bons exemplos do Congregado
que D eus chamou a si, e exorta os demais à virtude e fideli -
dadé aos seus deveres .
Segue-se a M issa e Comunhão geral pela alm a do
finado.
b) Por todos os Congregados falecidos :
Reza-se o Ofício de defuntos na tarde de 1, ou na
m anhã de 2 de Novembro.
Quando é possivel, aplica-se também por eles a M issa
e Comunhão, para o que, sendo geralmente impedido já o
dia 2, se transfere de ordinário a reunião para o primeiro
dia possivel .
A estas reuniões extraordinárias poderíam
acrescentar-se e de fato se acrescentam em
muitas Congregações (sobretudo nas eretas em
colégios e casas de educação, ou constituídas por
membros que têm de ausentar-se da sede da
da Congregação alguns meses cada ano), duas
outras reuniões :
5) Reunião das despedidas
É um dos atos mais de família e mais terno,
que a Congregação sói celebrar : a despedida
que os Congregados fazem da Virgem SS., do
altar da Congregação, do Diretor e de todos os
Irmãos.
E, como a separação pode mais facilmente
trazer diminuição de fervor e afrouxamento de
espírito, pedem alí a Nossa Senhora que os
abençoe e proteja durante os meses de ausência,
os livre de más companhias e de todas as oca-
100 Terceira parte
siões de pecado, e os reuna outra vez a seus pés,
fervorosos, puros, e desejosos de continuarem a
santificar-se, trabalhando pela glória de Deus e
progresso da Congregação.
O ritual costuma ser o seguinte :
R eunem -se os Congregados em dia prêviam ente Jixo
e a n u n c ia d o , ouvem a M issa do D iretor, e com ungam .
D epois da açáo de graças, o D iretor ja z u m a exortação*
acom odada ao ato ; em seguida a ela, o P residente diz,
ju n to ao altar de N ossa Senhora, em nom e de todos :
Rainha do paraiso, que por Deus fostes
escolhida para Mãe sua e exaltada acima de
todos os anjos e santos : do fundo deste vale de
lágrimas, nós vos saudamos, Senhora, e vos
suplicamos que volvais a estes filhos os vossos
olhos misericordiosos, principalmente durante o
tempo em que não teremos a felicidade de vir
aqui visitar-vos.
Vêde, Mãe amorosíssima, em quantos pe­
rigos vamos encontrar-nos de perder a graça de
Deus, e com ela o vosso amor de predileção I
Assistí-nos, Virgem Imaculada, e livrai-nos
dos laços que os nossos inimigos não cessam de
armar-nos. Conservai-nos puros e fervorosos, e
fazei que voltemos de novo aqui, a vossos pés,
sem termos uma só vez sequer ofendido a Deus
e desmerecido o vosso amor de Mãe.
Amparai-nos em todos os passos da nossa
vida, para que, vivendo reunidos em torno do
vosso altar, tenhamos todos a felicidade de nos
vermo£ no céu a vossos pés, sem nunca mais nos
separarmos de vós, e de beijarmos essa mão, que
Ritual 101
tantas graças nos concedeu e nos afastou de
tantas ocasiões de pecado.
Adeus, Mãe querida : abençoai-nos a todos,
e não nos esqueçais nunca. Lembrai-vos que
sois nossa Mãe, e fazei que todos nos lembremos
sempre de que somos filhos vossos. Assim seja.
O ato acaba com a bênção do S S . Sacramento, depois
da qual os Congregados se despedem do Diretor e uns dos
outros .
N esta reunião deve anunciar-se o lugar, dia e hora,
em que há-de celebrar-se, quando se pode celebrar, a
6) Reunião das férias
Escolhe-se geralmente um dia consagrado a N ossa
Senhora, e nele se reunem os Congregados para assistir à
M issa, comungar e ouvir um a exortação do Diretor, ou ds
outro Sacerdote que ele escolher ou aprovar .
E sta reunião é de sum a importância para conservar
e reanim ar o jervor, e para alcançar de D eus e da V irgem
S S . novas graças, com que os Congregados continuem a
viver, jiê is a Deus e a sua M ãe do céu , esse tempo tão cheio
de perigos para as suas almas.
As reuniões e os outros atos solenes da
Congregação costumam ser encerrados com
alguma oração a Nossa Senhora, recitada pelo
Presidente. Pode ser esta, usada em muitas
Congregações :
Lembrai-vos, Mãe amorosíssima, desta
Congregação, que instituístes como cidade de
refúgio, para salvaguardar da corrupção geral
os descendentes não degenerados daqueles que
vos amaram e serviram tanto. Fazei que as
vossas Congregações se multipliquem nesta
terra, que é vossa, neste Brasil, que nossos ante­
passados vos consagraram. Não permitais que
102 Terceira parte
o demônio lance a desunião entre os que estão
unidos no vosso amor, que prometeram servir-
vos, e de quem sois Mãe.
Perdoai-nos, por último, Mãe piedosíssima,
a nossa frouxidão e negligência no vosso serviço ;
alcançai-nos de vosso divino Filho o perdão dos
nòssos pecados ; dai-nos o vosso amor, e aben­
çoai-nos em nome do Padre, do Filho e do Espí­
rito Santo. Amen.
IV — Renovação da Consagração
Como é de sua natureza um ato que muito
concorre para aumento do fervor dos Congre­
gados, convém fazer-se com toda a solenidade.
Nalgumas Congregações escolhe-se para ele
um dia solene, consagrado a Nossa Senhora, no
qual não haja outros atos especiais da Congre­
gação.
Noutras faz-se na festa da conclusão do
mês de Maria.
Não seria de certo dia menos próprio o da
conclusão dos Exercícios Espirituais de cada
ano.
No ato devem tomar parte todos os mem­
bros da Congregação, e pode fazer-se antes ou
depois da Missa, ou de tarde, a juizo do Diretor.
O ritual é como segue :
Abre-se o ato com o Ave, Maris Stella, ou com outro
■ cântico a N ossa Senhora.
O Diretor exorta brevemente os Congregados à reno­
varão ardente e fervorosa da consagração à S S . Virgom,
como no dia em que tiveram a ventura de ser recebidos na
Congregação por filhos queridos de M aria.
Ritual 103
E m seguida o Presidente e m ais O ficiais, com velas
acesas, aproxim am -se do altar da Congregação, ajoelham -se
em duas fila s, com o Presidente no centro, e este lê em vos
alta e pausada, acompanhando ao mesmo tem po, ou repe­
tindo, todos os O fíciosais o A to de Consagração, como na
adm issão a Congregados.
Acabado ele, o Presidente e O ficiais voltam aos seus
lugares ; e vão ao altar, com velas acesas, os Congregados
todos. A joelham em duas fila s, como os prim eiros, fica n d o
ao centro, acompanhado do Instrutor ou Secretário, o Con­
gregado m ais antigo, que recita com os m ais em voz alta o
A to de Consagração, voltando todos no fim a seus lugares .
Se, como algures se usava, o A to de Consagração está
im presso e assinado pelo Congregado, o Secretário reune-os *
junta-os aos do Presidente e Oficiais, e entrega-os ao D iretor,
Que os coloca sobre o altar.
Concluido o ato, se a festa ê de manhã, celebra-se a
M issa, e há Comunhão geral, com bênção do S S . Sacra­
mento. Se é de tarde, dá-se a bênção do S S . Sacram ento *V
V — Consultas
Alem dos casos de necessidade, muito im­
porta à conservação e progresso da Congregação
que frequentemente se reuna a Consulta para
ponderar o estado da Congregação, discutir e
escolher os meios mais oportunos para o desen­
volvimento dela.
A consulta é formada pelo Diretor, Presi­
dentes, Assistente, Secretário, Consultores, Ins­
trutor e Tesoureiro. É convocada pelo Diretor,
ou pelo Presidente por ordem dele. E não pre­
cisa de estar plena para deliberar, principal­
mente em coisas de expediente ordinário.
Ao Diretor incumbe especialmente propor
os pontos para consultar ; e sobre estes irão oa
mais dando por sua ordem o seu parecer com a
devida ponderação. Os outros membros do Con-
104 T erceira parte
«elho podem fazer as suas propostas, tendo
sempre em vista a glória de Deus, a honra de
Maria SS., e o verdadeiro bem da Congregação
Se, porém, a proposta envolve assunto de gra­
vidade ou de melindre, devem primeiro con-
ferí-la em particular com o Diretor.
As deliberações são tomadas por maioria de
votos e as de maior importância, sobretudo ha­
vendo ponto de algum melindre, em escrutínio
secreto.
O Diretor e o Presidente têm cada um dois
votos.
Consideram-se resoluções da Consulta, e
como tais se decretam e promulgam, as que,
tendo sido tomadas por absoluta maioria de
votos, forem aprovadas pelo Diretor, sem cujo
consenso nenhuma deliberação, ainda tomada
por unanimidade, pode ser válida (Regr. Com.,
n . 50).
D eve guardar-se o necessário segredo do
que se passa nas consultas ; e as resoluções
tom adas e aprovadas hão-de observar-se fiel­
mente, enquanto justas razões não aconselharem
o contrário.
O ritual para as consultas é na C o n g r e g a ç ã o
Romana :
A ntes da C onsulta
.
Todoê ajoelham O Diretor :
Actiónes nostras, quaesumus, Dómine, aspi-
rándo pneveni et adjuvándo p r o s é q u e r e u t
cuncta nostra orátio et operát.o a
incipiat et per te ecepta fímatur. Per Chnsture
Dóminum nostrum. 19- Amen.
Ritual 105
Ave Maria, etc.
Sedes sapiéntiae.
R?. Ora pro nobis.
Sentam -se por sua ordem .
O Secretário lê o resumo da últim a consulta , para
ser aprovada antes de se escrever no livro respectivo .
A Consulta ocupa-se em seguida das matérias que há
para tratar .
Depois da Consulta
Todos ajoelham . O Diretor :
Agimus tibi grátias, omnipotens Deus, pro
univérsis beneficiis tuis, qui vivis et regnas in
saecula saeculórum. 1$. Amen.
'f. Nos cum prole pia.
B?. Benedicat Virgo Maria.
VI — Provimento dos Ofícios
Os ofícios ou cargos da CongregaçãoJreno-
vam-se cada ano.
As novas Regras parecem inclinar-se a que:
1. ° Os membros do Conselho ou Oficiais
Maiores sejam de eleição da Congregação em
lista trinominal proposta pelo Diretor para cada
cargo separadamente ;
2. ° Os substitutos destes (Vice-Secretário,
Viee-Instrutor, Vice-Tesoureiro. . ., que o Di­
retor pode fazer contar entre os Oficiais Maiores)
e os Oficiais Menores sejam de livre nomeação
do Diretor.
Contudo, deixam livre o provimento por
nomeação do Diretor, ou por eleição, quer nas
Congregações existentes ao tempo da promulga­
106 Terceira parte
ção das Regras, as quais podem seguir o modo
que costumavam antes, quer nas fundadas de­
pois, que podem adotar um ou outro, em har­
monia com as circunstâncias e fim próprio de
cada uma.
Ou eleitos, ou nomeados, os Oficiais maiores
e menores têm no desempenho do seu cargo os
poderes que o Diretor de fato lhes comunicar,
e ficam sempre, individual e coletivamente, su­
jeitos no exercício deles à autoridade do Diretor.
Quando algum cargo vaga durante o ano,
provê-se por qualquer dos modos adotados ou
costumados na Congregação.
Havendo de proceder-se à eleição, o Diretor
fixa e anuncia com antecedência o dia e hora
em que ela deve realizar-se, de modo que todos
os Congregados possam, como lhes cumpre,
comparecer e votar.
O ato da eleição abre-se e encerra-se com as orações
das consultas ordinárias.
O Diretor , depois de expor a im portância da eleição ,
m anda ler os ns. 18, 19, 20, 21, 22, 48 e 59 das Regras
C om uns, e lembra aos Congregados que devem , ao dar o
seu voto, não deixar-se levar de afecto ou preocupação m u n ­
dana, m as pôr os olhos só na glón a de D eus, honra de M aria
S S . e bem da Congregação , elegendo os que em conciência
lhes parecerem m ais aptos e dignos.
E m seguida propõe para os vários cargos as listas
trinom in ais organizadas por ele , como as Regras parecem
preferir, ou combinadas em consulta prévia (1).1

(1) Na consulta, reunida para este fim, o Secretário


lê os nomes dos Congregados elegíveis (o Presidente só
costuma ser reconduzido uma vez) ; e, comunicadas as
informações convenientes, cada membro do Conselho
Ritual 107
Cada Congregado em silêncio escreve num a lista o
nom e que prefere, e lança a lista na urna.
O D iretor e o Presidente têm cada um dois votos.
R ecolhida a votação, e contadas as listas, o Diretor lê
os nom es e o Secretário vai notando o número de votos de
cada um . O m a is votado será o eleito.
VII — Proclamação e posse das dignidades
Eleitos os dignitários, proclamam-se e dá-se-
lhes posse na primeira reunião seguinte, ordi­
nária ou extraordinária.
Sendo possivel, escolhe-se um dia consa­
grado a Nossa Senhora, e convocam-se sempre
todos os Congregados.
A cerimônia faz-se no princípio da reunião.
O D iretor de sobrepeliz e estola, entoa o Veni Creator,
que é cantado pelos Congregados ou no côro.
D epois de concluido o Oremus, vai sentar-se ao altar,
do lado do Evangelho.
O Presidente cessante, acompanhado do Secretário,
vai ao Diretor, ficando ao lado, e diz :
Revmo. Padre : tendo sido feita no dia. ..
a eleição dos Oficiais, segundo as Regras e
Estatutos da Congregação, e tendo corrido tudo
em regra, foram eleitos os Congregados, cujos
nomes o Secretário passa a ler.
O Secretário proclam a por ordem dos ofícios os nomes
dos eleitos :
escreve numa lista os nomes dos três Congregados que
em conciência preferir. Diretor e Presidente têm sempre
dois votos.
Feito o escrutínio pelo Diretor, Presidente e Secre­
tário, os três Congregados que tiverem maior número
de votos s&o os que formam a lista trinominaL
108 Terceira parte
Presidente, o «r. . ».
Primeiro Assistente, o sr. . . .
Acabada a leitura, o Presidente acrescenta ;
Agora, Revmo. Padre, pedimos que con­
firmeis a eleição feita, e deis aos eleitos a posse
dos respetivos ofícios.
. O Diretor diz algumas palavras aos novos dignitários.
Confirmando a eleição feita, congratulando-se com eles, e
exortando-os ao perfeito desempenho dos cargos para que a
Congregação os elegeu.
Acabada a exortação, os novos oficiais vão todos ao
altar e, um por um, na ordem dos cargos, ajoelham ante
o Diretor, que lhes vai impondo as respetivas insígnias com
a fórmula :
Accipe signum múneris tui ; et in eo exer-
céndo ita te geras, ut mereáris recipere vitam
ffitérnam. ínterim, te cum Prole pia benefdicat
Virgo Maria.
Os Oficiais ficam junto ao altar, e vão-se dispondo
em duas filas, tendo no centro o novo Presidente .
Acabada a recepção das insígnias , ajoelham todos de
novo, e o Presidente recita a seguinte
Oração
Virgem Santíssima, Mâe de Deus e nossa
Mão, nós, Presidente e mais dignitários da vossa
Congregação, prometemos solenemente cumprir
com fidelidade todas as Regras da Congregação,
e em especial as de nossos cargos, zelar os inte­
resses espirituais da Congregação e de cada um
dos seus membros, e empenhar-nos em propagar
o vosso culto e aumentar com os nossos bons
exemplos o número dos vossos filhos.
Conhecendo, porém, a nossa miséria e fra­
queza, prostrados a vossos pés, Mãe piedo-
Ritual 109
eíssima, vos suplicamos humilde e confiada-
mente, que vos digneis abençoar as nossas pro­
messas, e alcançar-hos de Jesús, vosso divino
Filho, a graça de as cumprirmos com fidelidade
e constância» Assim seja.
Oldiretorilevanta-se éjdiz, voltado para o, altar:
Confirma hoc, Deus, quod operátus^es
in nobis :
IÇ. A templo sancto tuo, quod est in Jeru­
salém.
y . Salvos fac, servos tuos.
7. Deus meus, sperántes in te.
K Mitte eis, Dómine, auxilium de sancto :
7, Et de Sion tuére eos.
f. Dómine, exáudi oratiónem meam,
7. Et clamor meus ad te véniat.
f. Dóminus vobiscum.
Tty. Et cum spiritu tuo.
Oremus. Omnium, Dómine, fons bono*
rum justorumque provéctuum humerátor: tri-
bue, qusesumus, his fámulis tuis, commissas
bene gérere dignitátes, et a te sibi prsestitas
bonis opéribus comprobárq. Per Christum Dó-
minum nostrum. IÇ. Amen.
CF Logo, voltado"para os* Oficiais : *
Benedictio Dei omnipDtentis, Patris t et
Pilii et Spiritus Sancti, descéndat supar vos et
máneat semper. Jty. Amen.
Os Oficiais vão para os seus lugares, e confintiam-**
os atos da reunião, se esta for ordinária r* ss for extraor­
dinária, conclue-te com a bênção do SS. Sacramento.
CAPlTULO SEGUNDO
Calendário Mariano
Para ser lido nas reuniões semanais, se­
gundo o n. 6, tit. II, das Novas Regras Comuns.
Modo prático. Depois da leitura das In­
dulgências, que devem anunciar-se em cada
reunião semanal, ler :
1. As indicações para os dias fixos relativos
à semana entre uma reunião e a seguinte ;
2. As indicações das festas móveis que
cairem nesses dias.
Indulgências
para se anunciar em coda reunião semanal:
Indulgência plenária da reunião semanal
a,5);Indulgência plenária do retiro mensal ou
anual (1,7), e plenária e parciais dos 40 dias
seguintes ao anual (11, 10) ;
Indulgência plenária da Comunhão com
a medalha ou distintivo (1, 6) ;
Indulgência plenária em artigo de morte
d, 2) ;
Indulgência de 7 an. e 7 quar.:
— Ouvindo Missa nos dias de semana ;
— Fazendo à noite exame de conciência ;
— Assistindo aos atos da Congregação ;
— Visitando enfermos, pobres ou encar­
cerados ;
— Reconciliando inimigos ;
— Rezando pelos enfermos ou defuntos ;
Calendário Mariano 111
— Acompanhando enterro eclesiástico (III
12) ;
— Colocando à cabeceira do leito a me­
dalha ou distintivo da Congregação e recitando
ao menos três Ave Marias ;
— Ensinando a doutrina cristã a crianças
e rudes;
— Visitando as igrejas e lugares pios da
Companhia, rezando um Pater e Ave, e ouvindo
a prégação, se a houver, no Natal, Circuncisão,
Epifania, Corpo de Deus, em quaisquer sextas-
feiras ou domingos do ano, ou nos dias da Qua­
resma até à oitava da Páscoa (VI, B, a, 1).
Indulgência de 300 dias :
— Rezando qualquer dos dois atos de con­
sagração, ou dizendo, ao beijar a medalha ou
distintivo, a jaculatória : Nos cum Prole pia
benedicat Virgo Maria (III, 14).
Indulgência de 100 dias :
— Colocando o distintivo da Congregação
e dizendo “Ave Maria” ou saudando-se mu­
tuamente com essas palavras.
N. B. As indulgências plenárias das festas
titulares (IV, 15) anunciam-se nas semanas
respetivas.
Festas fixas e móveis
JANEIRO
1. Circuncisão^ de Nosso Senhor. —Ind. plen.
(VI, A).
1.0 Ind . de 30 a. e 30 q. (Estações, VII, 2.") ;
2.° Ind . de 7 a. e 7 q. (Visita, VI, B. a, I).
112 Terceira parte
6. Epifania. — Ind. de 30 a. e 30 q. (Estações,
VII, 2.°). — Ind. de 7 a. e 7 q. (Visita, VI,
B. a, I).
23. Desposórios de Nossa Senhora.
24. Começa a novena da Purijicação de Nossa
Senhora.
29. S. Francisco de Sales, bispo, confessor,
doutor, Congregado e Presidente de Congre­
gação.
31. S. João Bosco, confessor, fundador dos
Padres Salesianos.
Festa moveis
Domingo entre a Circuncisão e a Epifania, ou
se não o houver, 2 de jan.: Festa do SS.
Nome de Jesus.
FEVEREIRO
2. Purificação de Nossa Senhora. — Ind. pie.
(1, 3). Começa a novena de Nossa Senhora
de Lourdes.
3. S. Braz, mártir.
4. S. João de Brito, S. J., mártir, Congregado.
5. Ss. Paulo, João e Diogo, S. J., mártires do
Japão. — Ind. plen. (VI, A, 1).
7. Beato Jaime Salés, S. J., mártir da Euca­
ristia, Congregado.
11. Aparição de Nossa Senhora de Lourdes.
12. Os sete Santos Fundadores da Ordem dos
Servitas.
15. Beato Cláudio de la Colombière, S. J., Con­
fessor, Congregado e Diretor de Congregação.
27. S. Gabriel de Nossa Senhora das Dores,
Passionista, Congregado.
Calendário Mariano 113
Festas móveis: (Fevereiro e Março) :
Domingo da Setuagésima. — Ind. 30 a. e 30
q. (VII, .«).
Domingo da Sexagésima. — Ind. de 30 a. e 30
q■ (VII, 2.°).
Domingo da Quinquagésima. — Ind. de 30 a. e
30 q. (Estações, VII, 2.°).
Quarenta Horas. — Ind. plen. (VI, A, 2)
Quarta-feira de Cinzas. — Ind. de 15 a. e 15 q.
(Estações, VII, 4.°).
Dias seguintes pela Quaresma, incluindo os Do­
mingos l.°, 2.° e 3.° — Ind. de 10 a. e 10 q.
(Estações, VII, 5.°).
Domingo 4.° da Quaresma. — Ind. de 15 a. e
15 q. (Estações, VII, 4.°).
Dias seguintes até sábado de Ramos. — Ind. de
10 a. e 10 q. (Estações, VII, 5.°), Domingo
de Ramos. — Ind. de 25 a. e 25 q. (Esta­
ções, VII, 3.°).
Segunda, terça e quarta-feira da' Semana santa.
Ind. de 10 a. e 10 q. (Estações, VII, 5.°).
Quinta-feira santa. — Ind. plen. (Estações,
VII, l.°).
Sexta-feira santa e Sábado santo. — Ind. de 30
o. e 30 q. (Estações, VII, 2.°).
Domingo de Páscoa. — In d . plen . (Estações,
VII, l.o).
Toda a oitava da Páscoa até ao domingo in albis
inclusive. — Ind. de 30 o. e 30 q. (Estações,
VII, 2.o).
114 Terceira parte
MARÇO
(Mês de S. José)
4. Começa a Novena da Graça, em honra de
São Francisco Xavier.
7. S. Tomaz de Aquino, confessor, doutor,
protetor dos estudantes.
10. Beato João Ogilvie, S. J., mártir da Escócia,
Congregado e Diretor de Congregação.*
Começa hoje a novena de S. José.
12. Aniversário da canonização de S. Inácio e
S. Francisco Xavier. — Ind. ple.n (VI, A, 1)'.
16. Começa a novena da Anunciação de Nossa
Senhora.
19. S. José, Esposo da SS. Virgem.
21. S. Bento, Confessor, fundador dos Monjes
Beneditinos.
24. S. Gabriel arcanjo.
25. Anunciação de Nossa Senhora. — Ind. plen.
d, 3).
Festas móveis (Março e Abril) :
Cf. supra.
Sexta-feira antes do domingo da Paixão: Começa
o Septenário das Dores de Nossa Senhora.
Sexta-feira depois do domingo da Paixão: Nossa
Senhora das Dores.
Segunda-feira depois do Domingo in albis:
Começa a novena do Patrocínio de S. José.
ABRIL
8. Beata Juliana Billiart, Fundadora de Con­
gregações.
16. S. Bernadette Soubirous, Virgem, Congre­
gada.
Calendário Mariano 115
17. Começa a novena de Nossa Senhora do Bom
Conselho.
24. S. Fiel de Sigmaringa, mártir, Congregado.
25. S. Marcos, evangelista. — Ind. de 30 a. e 30
q. (Estações, VII, 2.°).
26. Nossa Senhora do Bom Conselho.
27. S. Pedro Canisio, S. J., conf., doutor, fund.
de Congregações.
28. S. Luiz Grignon de Montfort, Confessor,
Congregado.
S. Paulo 'da Cruz, fundador dos Padres
Passionistas.
Festas móveis:
Quarta-feira antes do terceiro domingo depois
da Páscoa : Solenidade de S. José.
Tres dias das Rogações. — Ind. de 30 a. e 30
9. (VII, 2.°).
MAIO
(Mês de Maria)
3. Invenção da Santa Cruz.
5. S. Pio, papa.
11. S. Francisco de Jeronimo, S. J., Confessor,
Congregado. — Ind plen. (VI. A, 1).
15. S. João B. de la Salle, Confessor, Congre­
gado.
19. B. Crispim de Viterbo. Congregado.
21. S. André Bobola, S. J., mártir, Congregado.
23. S. João Batista Rossi, Conf., Congregado.
24. N. S. Auxiliadora.
25. S. Madalena Sofia Barat, Virgem, Congre­
gada.
28. B. Roberto Johnson, mártir, Congregado.
31. N. S. Medianeira de todas as graças.
116 Terceira parte
Festas móveis (Maio e Junho) :
Ascensão de Nosso Senhor^ — Ind. plen. (1, 3).
— Ind. plen. (Estações, VII, l.°).
Vigília dé Pentecostes. — Ind. de 10 a. e 10 q.
(Estações, VII, 5.°).
Domingo de Pentecostes. — Ind. de 30 a. e 30 q.
(Estações, VII, 2.°).
Cada dia da oitava até domingo, exclusive. —
Ind. de 30 a. e 30 q. (Estações, VII, 2.°).
Véspera do Corpo de Deus : Começa a novena
do Sagrado Çoração de Jesús.
Corpo de Deus. — Ind. de 7 o. e 7 q. (Visita,
VI, B. a, 1).
No domingo entre 10 e 16'de Maio : Começam
os seis domijigos de S. Luiz Gonzaga. — Ind.
plen. (VI, 6).
No domingo entre 22 e 28 de Maio : Começam
os dez domingos de S. Inácio. — Ind. plen.
(VI, A, 3).
JUNHO
(Mês do Sagrado Coração de Jesús)
4. Começa a novena de S. Antônio.
12. JJomeça a Novena de S. Luiz Gonzaga.
16. S. João Francisco de Regis, S. J., Conf.,
Congregado. — Ind. plen. (VI, A, 1)..
20. B. Baltazar de Torres, S. J., mártir, Con­
gregado.
21. S. Luiz Gonzaga, S. J., Conf., protetor da
1 juventude. — Ind. plen. (VI, A, 1).
23. Começa a novena da Visitação de N. Senhora.
24. Festa de S. João Batista.
29. S. Pedro e S. Paulo, Apóstolos.
»■

Calendário Marianò^
■'■ '•■ 'VTOSíP..
117
Festas móveis :
Sexta-feira depois da oitava do Corpo de Deus :
Festa do Ssmo. Coração de Jesús. — Ind.
p le n . (VI, A, 1).
JULHO
3. Visitação de Nossa Senhora.
3. S. Bernardino Realino, Conf., Congregado
e D ire to r de Congregação.
•5. S. Antônio Maria Zacaria, fundador dos
Religiosos Barnabitas.
7. C om eça a novena de N ossa Senhora do
C a rm o.
15. Beatos 40 Mártires do Brasil.
16. Festa de Nossa Senhora do Carmo.
18. S. Camilo de Lellis, conf., Congregado.
19. S. Vicente de Paulo, Conf., Congregado.
22. C om eça a novena de S . In ácio de L oiola.
26. S. Ana, Mãe de Nossa Senhora.
'27. B. Rodolfo Aquaviva, Mártir, Congregado
e D ire to r de Congregação.
31. S. Inácio de Loiola, S. J., conf. — In d . plen •
(VI, A, 1).
Festas móveis :
Em Julho começam os 5 Domingos de S. João
Berchmans. — I n d . de 7 a. e 7 q. nos 5
primeiros Domingos (VI, B, a, 1). Ind»
p le n . no quinto (VI, A, 7).
118 Terceira parte
AGOSTO
2. S. Afonso Maria de Ligório, bispo, conf.,
doutor, C on gregado. I n d . d a P o rc iú n c u la .
4. S. Domingos, confessor, fundador da Ordem
dos Padres Pregadores.
õ. Nossa Senhora das Neves. *
6. Transfiguração de Nosso Senhor. — C om eça
a novena d a A ssu n çã o de N o s sa S e n h o ra .
13. S. João Berchmans. S. J., Confessor, C on ­
gregado..
15. Assunção de Nossa Senhora. — I n d . p le n .
1, 3).
16. Festa de S. Joaquim, pai de Nossa Senhora.
19. S. João Eudes, Confessor C on gregado.
20. S. Bernardo, Confessor.
27. S. José Calazans, Confessor, C on gregado.
28. S. Agostinho, Confessor, doutor da Igreja.
29. C om eça a N oven a de N . S en h ora A p a r e c id a .
30. S. Rosa de Lima, Padroeira da América
Latina. C om eça a novena d a N a tiv id a d e d e
N o ssa S en h ora.
31. B. Juvenal Ancina, Confessor, C on gregado.
SETEMBRO
3. B. Antônio Ixida, Mártir, C on gregado.
4. Beatos Mártires de Paris, alguns dos quais
C on gregados e D ireto res de C on gregação.
6. C om eça a novena de N . S . d a s D o res.
7. N. Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil.
8. Natividade da Ssma. Virgem. — I n d . p le n .
(1, 3).
Calendário Mariano 119
9. S. Pedro Claver, S. J., conf., Congregado —
Ind. plen. (VI, A, 1).
10.- B. Carlos Spinola, S. J., Mártir, Congregado.
15. Nossa Senhora das Dores.
17. As chagas de S. Francisco de Assis.
24. Nossa Senhora das Mercês.
25. B. Camilo Constancio, S. J., Mártir, Conqr.
26. Santos Mártires Canadenses, Congregados.
27. Publicação da Bula Áurea “Gloriosae Do-
minae”, em 1748, pelo Papa Congregado
Benedito XIV, sobre a excelência das Con­
gregações Marianas e em 1948 da Consti­
tuição Apostólica “Bis seeculari dic” de
Sua Santidade o Papa Pio XII.
Festas móveis :
Domingo entre 4 e 10 do mês : Começam os 10
domingos de S. Estanislau. — Ind. de 7 a.
e 7 q. (VI, B, 3).
Domingo entre 24 e 30 do mês : Começam os 10
domingos de S. Francisco Xamer. Ind.
plen. (VI, A, 4).
Têmporas de Setembro. — Ind. de 10 o. e 10 q.
cada um dos três dias (VII, 5.°).
OUTUBRO
(Más, do Rosário)
2. Os Ss. Anjos da Guarda.
3. S. Terezinha do Menino Jesus, Virgem,
Congregada.
120 Terceira parte
4. S. Francisco de Assiz, Confessor.
7. Festa do Rosário de Nossa Senhora.
10. S. Francisco de Borja, S. J., conf. — I n d .
p le n . (VI, A, 1).
11. Maternidade de Nossa Senhora.
24. S. Rafael Arcanjo, padroeiro do Brasil.
30. S. Afonso Rodrigues, S. J., conf. — Znd.
p le n . (VI, A. 1).
Festas móveis :
Penúltimo Domingo de Outubro : D ia da&
M issõ e s.
Último Domingo de Outubro : F e sta de Cristo*
R e i.
NOVEMBRO
(M ês d a s alm a s)
1. Festa de Todos os Santos. — De tarde :
Comemoração dos Congregados falecidos.
2. Dia de finados. — I n d . p len . (7, 4).
4. S. Carlos Borromeu, bispo, conf. fund. de
muitas Congr. — C om eça a novena de S .
E sta n isla u — I n d . de 100 d ia s cada dia (VI,.
B, b, 2)
7. B. Antônio Baldinucci, S. J., Confessor,.
m C on gregado.
12. C om eça a novena d a A p resen ta çã o de N o s s a
S en h ora .
13. S. Estanislau Kostka, S. J., conf. — Ind..
p le n . (VI, A, 1).
15. B. José Maria Pignatelli, S. J., C o n fe s s o r ,,
C on gregado.
Calendário Mariano 121
17. Beatos Mártires do Rio Grande do Sul
Roque Gonzalez e Companheiros. r
19. Morre em Turim, em 1584, o R. P. Joáo
Leunis, S. J., fundador das Congregações
Marianas.
21. Apresentação de Nossa Senhora.
24. C om eça a n oven a de S . F rancisco X a vier.
26. S. Leonardo de Porto Maurício, confessor,
C on g rega d o .
27. Nossa Senhora da Medalha Milagrosa.
29. C om eça a n oven a d a Im acu lada Conceição.
N. B. — Celebrando o mês em honra de
S. Estanislau, podem lucrar-se: In d . de 100
, d ia s cada dia (VI, B, b, 1) e In d . plen.
num dia à escolha (VI, A, 5).
DEZEMBRO
1. B. Edmundo Campião, S. J., mártir, ju n d .
de C on gregações.
3. S. Francisco Xavier, S. J., conf. — I n d .
p le n . (VI, A, 1).
5. Publicação da Bula “Omnipotentis Dei” do
Papa Gregório XIII, em 1584, com que a
Igreja confirma a primeira Congregação
Mariana — a Prima Primária do Colégio
Romano — e louva a instituição das Con­
gregações.
8. Imaculada Conceição da Ssma. \ irgem.
I n d . p le n . (1, 3).
9. S. Pedro Fourier, conf., Congregado.
12. Nossa Senhora de Guadalupe, Padroeiia da
América Latina.
122 Terceira parte
16. Começa a novena do Natal.
18. Nossa Senhora do Parto.
24. Vigília do Natal. — Ind. de 15 a. e 15 q.
(Estações, VII, 4.°).
25. Natal de N. S. Jesús Cristo. — Ind. plen.
(1, 3). — Ind. de 15 a. e 15 q. na l.a e 2.»
Missa (Estações, VII, 4.°). — Ind. de 30 a.
e 30 q. na 3.* Missa e resto do dia. (Esta­
ções, VII, 2.°). — Ind. de 7 a. e 7 q. (Visita,
VI, B, a, 1).
26. S. Estevão, proto-mártir. — Ind. de 30 a. e
30 q. (Estações, VII, 2.°).
27. S. João, Apóstolo e Evang. — Ind. de 30 a.
e 30 q. (Estações, VII, 2.°).
28. Os Ss. Inocentes. — Ind. de 30 o. e 30 q.
(Estações, VII, 2.°).
29. B. Gaspar dei Búfalo, Confessor, e fun­
dador de Congregações. ,
Festas móveis :
Domingos l.°, 2.° e 4.° do 4dvento. — Ind. de
15 a. e 15 q. (Estações, VII, 5.°).
Domingo 3.° do Advento. — Ind. de 15 a. e 15
q. (Estações, VII, 4.°).
Têmporas do Advento. — Ind. de 10 a. e 10 q.
(Estações, VII, 5.°).
QUARTA PARTE
DEVOCIONÁRIO MARIANO
Orações da m anhã..................................... 125
Angelus, Rainha do céu........................... 127
Meditação .................................................. 129
Missa .......................................................... 132
Ordinário da missa ................................... 133
Modo de ajudar a m issa......................... 165
Confissão...................................................... 177
Comunhão .................................................. ISO
Exames de conciência............................... 185
Orações da noite ....................................... 188
•Orações a Nosso Senhor ......................... 192
Via Sacra ........................................... . • • • 206
Hora S an ta ................................................ 212
Orações e Novenas ................................... 234

“As Congregações Marianas são escolas supe­


riores de virtude e de santidade ” (S. Afonso
de Ligório).
NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO
I —- Orações da manhã
' ^ * Ao acordar — Em nome do Padre, e do
Filho, e do Espírito Santo. Amen. Bendito
sejais, meu Deus, porque ainda me conservais
a vida. Fazei, Senhor, que seja só para^võs
servir.
Ao vestir — Glória vos seja dada, ó Trin­
dade Santíssima, por mim e por todas as críã^
turas, agora e por todos os séculos. Amen. Não
permitais, Senhor, que eu tenha menos cuidado
da minha alma, que do meu corpo ; nem que
ela seja despojada da preciosa vestidura da graça
divina.
Depois de levantado, posto de joelhos
— Adoro-vos, ó meu Deus, e vos agradeço os
muitos benefícios que me tendes feito nalma e
no corpo, especialmente o de me terdes guardado
esta noite, e conservado a vida até este dia.
Prometo servir-vos e nunca mais vos ofender
nem hoje nem dia algum da minha vida. Quero,
Senhor, emendar-me dos defeitos em que cos­
tumo cair muitas vezes, e fugir de todas a>
ocasiões de pecar, ó meu Deus, concedei-me
a graça de cumprir este propósito e de uver
até à morte na vossa graça e no vosso santo amor.
126 Quarta parte

Na igreja ou capela — Bendito, louvado


e adorado seja o Santíssimo Sacramento do
altar, e bendita seja a puríssima Conceição da
bemaventurada Virgem Maria, concebida em
graça e sem mácula do pecado original desde o
primeiro instante do seu ser. Amen.
Oferecimento do dia — Eterno Deus,
Padre, Filho e Espírito Santo, eu vos ofereço,
em união com os merecimentos de Jesús Cristo,
todos os meus pensamentos, palavras, obras e
sofrimentos deste dia para vossa maior glória, e
honra de Maria SS., minha querida Mãe, do
meu anjo da guarda e de todos os santos meus
advogados ; em remissão plena e satisfação de
meus pecados ; pela conversão dos pecadores e
perseverança dos justos ; pelas intenções reco­
mendadas aos associados do Apostolado para
este mês e dia ; segundo as intenções dos Sumos
Pontífices, para ganhar as santas indulgências
em sufrágio das almas do purgatório ; para uti­
lidade e perfeição espiritual de todos aqueles por
quem sou obrigado a pedir ; em agradecimento
de todas as graças que até agora me tendes con­
cedido e que me concedereis pelos merecimentos
de Jesús Cristo. Amen.
Coração de Jesús, que tanto me amais :
Fazei que eu vos ame cada vez mais.
Ato de Fé, Esperança e Caridade —
Meu Deus, creio em vós, e em tudo o que reve­
lastes, porque sois a suma verdade.
Espero em vós, porque sois infinitamente
misericordioso. Amo-vos, porque sois infinita­
Oração da manhã
127
mente bom e amavel; e por amor de vós amo
o meu próximo como a mim mesmo.
Consagração^ a Nossa Senhora — Ó
minha Senhora e minha Mãe, eu me ofereço
todo a vós, e em prova da minha devoção para
convosco, vos consagro neste dia meus olhos,
meus ouvidos, minha boca, meu coração e todo
o meu ser ; e porque assim sou vosso, ó incom­
parável Mãe, guardai-me e defendei-me como
■ coisa e propriedade vossa.
'f. Lembrai-vos que vos pertenço, tema
Mãe, Senhora nossa :
Ttf: Ah ! guardai-me e defendei-me como
coisa própria vossa.
Ao Anjo da Guarda — Santo Anjo do
Senhor, meu zeloso guardador, já que a ti me
•confiou a piedade divina, sempre me rege,
guarda, governa e ilumina. Amen.
Invocações — S. José, Padroeiro da
Igreja.
R/. Rogai por nós I
S. Luiz Gonzaga, padroeiro da juven­
tude,
IÇ. Rogai por nós !
y. Anjo da nossa guarda, santos dos nossos
nomes e todos os santos da nossa especial de­
voção, ^ ‘3*?'**
Ity. Intercedei por nós 1
Angelus
f . O anjo do Senhor anunciou a Marta :
E ela concebeu do Espírito Santo.
Ave Maria, etc..
128 Quarta parte

jt. Eis aqui a escrava do Senhor :


IV. Faça-se em mim segundo a tua palavra.
Ave Maria, etc.
'f. O Verbo divino incarnou :
IÇ. E habitou entre nós.
Ave Maria, etc.
Rogai por nós, santa Mãe de Deus,
IÇ; Para que sejamos dignos das promessas
de Cristo.
Oremos. Infundí, Senhor, como vos pedi­
mos, a vossa graça em nossas almas, para que
nós, que pela anunciação do anjo, conhecemos
a incarnação de Cristo, vosso Filho, pela sua
Paixão e cruz sejamos conduzidos à glória da
ressurreição. Pelo mesmo Cristo, Senhor nosso.
IV. Amen.
No tempo pascal
S* Rainha do céu, alegrai-vos. Aleluia.
IV- Porque o que merecestes trazer em
vosso ventre. Aleluia.
Ressuscitou como disse. Aleluia.
IV- Rogai por nós a Deus. Aleluia.
Alegrai-vos e exultai, ó Virgem Maria.
Aleluia.
IV- Porque o Senhor ressuscitou verdadei­
ramente. Aleluia.
Oremos. O Deus, que vos dignastes ale­
grar o mundo com a ressurreição do vosso Filho,
Nosso Senhor Jesús Cristo, concedei-nos que
por sua santa Mãe, a puríssima Virgem Maria,
alcancemos os inefáveis gozos da vida eterna.
Pelo mesmo Cristo, Senhor nosso. IV- Amen.
II. meditação
A — Método para a meditação
Preparação remota. l.° Evitar : 1) a
soberba ; 2) a sensualidade ; 3) a dissipação.
2.° Exercitar as virtudes opostas : 1) a hu­
mildade ; 2) a mortificação ; 3) o recolhimento:
Preparação próxima. l.° Antes de deitar,
preparar de véspera os pontos da meditação.
2. ° Antes de adormecer, lembrar-se da hora
de levantar e recordar brevemente a meditação
que se há-de fazer.
3. ° Ao despertar, pensar logo na meditação.
4. ° Antes da meditação, entreter-se em con­
siderações acomodadas à matéria que se há-de
meditar.
5. ° Entrar na oração com espírito sossegado.
Princípio de meditação. l.° De pé, lem­
brar-se por alguns instantes da presença de
Deus.
2. ° Ajoelhado, adorá-lo profundamente.
3. ° Fazer a oração preparatória com o ato
de contrição, oferecimento das faculdades, e pe­
tição geral de luz e graça.
4. ° Prelúdios: trazer à memória a matéria
da meditação ; fazer a composição do lugar ;
pedir graça : a) para entender, b) para querer.
Meio ou corpo da meditação. l.° Exer­
cício da memória. Recordar o ponto que h?
vai meditar.
130 Quarta parte

2. ° Exercício do entendim ento. Pensar


e refletir consigo : 1) que há-de considerar na
matéria apresentada pela memória ? 2) que
conclusão prática tirar. ? 3) que motivos o
podem levar a pôr por obra esta conclusão prá­
tica? — isto é, ponderar quanto é a) justo e ra­
cional, b) útil, c) agradavel, d) facil, e) necessá­
rio; 4) como observou isso até aqui ? 5) que há-de
fazer para o futuro ? 6) que impedimento há-de
remover ? 7) que meio há-de empregar ?
3. ° Exercício da vontade. 1) Excitar afe­
tos durante toda a meditação, mais com o
coração do que com os lábios. 2) Fazer propó­
sitos no fim de cada conclusão, os quais sejam :
а ) práticos, b) particulares, c) acomodados ao
estado presente, d) fundados em motivos só­
lidos, e) humildes, f) acompanhados de petição
de graça para os observar.
Fim da meditação. 1 ° Recapitular todo
o exercício, confirmando-se nos propósitos feitos.
2 ° Tomar como resumo da meditação e
dos propósitos alguma sentença da Sagrada
Escritura, ou outra máxima, para lembrar du­
rante ò dia.
3.° Fazer um ou mais colóquios, dirigidos
a Deus, a Jesús Cristo, à Santíssima Virgem ou
a algum santo.
Reflexão. l.° Examinar como se fez a
meditação. (Infra B.).
2.° Fazer um resumo. 1) de toda a medi­
tação, 2) das conclusões práticas, 3) dos moti­
vos, 4) dos afetos, 5) dos propósitos particulares,
б ) das luzes especiais que recebeu.
Meditação 131
B — Exame da meditação
1. ° Como preparei os pontos ?... Antes de
dormir pensei neles, e ao despertar ocupei neles
o pensamento ?. . . Levei bem considerado o
fruto que havia de tirar ?...
2. ° Como fiz a oração preparatória e os
prelúdios ? ...
3. ° Como exercitei a memória ?... O
entendimento ?. . . Tirei a conclusão prática?...
Qual ?. . . Em que motivos se apoia ?... Como
exercitei a vontade ? ... Fiz propósitos ?...
Quais ?.. . Que meios escolhí para os cum­
prir ?. ..
4. ° Empreguei mais tempo no discorrer do
que nos afetos ?. . . Passei dum ponto a outro,
achando bastante matéria no antecedente ?...
5. ° Fiz o colóquio ?. . . Falei sempre com
Deus com reverência e veneração ?...
6. ° Sentí-me frouxo?. . . Por que?... Tive
sono por minha culpa ?... Tive distrações ?...
Por que?. . . Afastei-as?.. . No tempo da frou­
xidão e secura procurei ajudar-me com atos de
humildade, orações e jaculatórias ?...
7. ° Procurei estar tranquilo?.. . Recolhido
interior e exteriormente ?.. . Se tirei pouco
fruto, por que foi ?. ..
III — M ISSA
f 1 . A santa missa é o sacrifício do Corpo e
do Sangue de Jesús Cristo, contido debaixo das
espécies de pão e de vinho, oferecido a Deus
sobre o altar, pelo sacerdote, para continuar,
renovando, o Sacrifício da Cruz.
2 . A Missa é o único ato de adoração digne
de Deus na terra ; o único modo de ação de
graças digno de Dus ; o único desagravo digno
da Justiça divina por nossas ofensas ; o único
ato de impetração suficiente e superabundante
para todas as graças que o Senhor quiser con-
ceder-nos.
3. A Missa é o ato principal de nossa santa
Religião, e a ação mais augusta da Igreja ;
pois é a representação real do fato mais estu­
pendo da terra — o Sacrifício da Cruz.
4. A Missa é a melhor devoção que um
cristão pode ter : a que mais agrada a Deus ; a
que mais alivia as almas do purgatório ; a que
mais graças nos alcança do céu.
5. O melhor modo de ouvir a Missa, seria
ir oferecendo este sacrifício juntamente com o
sacerdote, e fazendo, quanto em nós cabe, o que
ele faz, persuadidos de que nos ajuntamos todos
alf, não só a ouvir a Missa, senão a oferecer este
sacrifício juntamente com o padre ; pois assim
é na realidade.
6 . Outros dividem a Missa em quatro partes,
conforme os quatro fins do sacrifício. — Na l.B
parte, que vai desde o princípio até ao Evan­
gelho, unem-se com Jesús agonizante no Horto,
e louvam a Bondade e Misericórdia de Deus. —
Na 2.a parte, que vai até à Elevação, unem-se
Ordinário da Missa 133
cora Jesús flagelado e coroado de espinhos, e
dão graças a Deus por todos os benefícios rece­
bidos, sobretudo pelo benefício da Redenção. —
Na 3.» parte, que vai até à Comunhão, unem-se
com Jesús agonizante e morto na cruz, e pedem
perdão das próprias culpas. — Na 4.» parte, que
vai até ao fim, unem-se com Jesús depositado
no sepulcro, e pedem, pela sua paixão e morte,
as graças de que precisam para a sua salvação.

Ordinário da Missa
O Sacerdote junto do altar, benzendo-se,r diz :
In nómine Patris f Em nome do Padre e
et Filii et Spiritus do Filho e do Espírito
Sancti. Amen. Santo. Amen.
Introibo ad al- "Jf. Aproximar-me-ei
táre Dei. do altar de Deus.
Jty. Ad Deum qui 1^. Do Deus que é a
laetificat 3uventútem alegria da minha juven­
meam. tude.
Júdica me, Deus, 'f. Julgai-me, ó Deus,
et discerne causam e separai minha causa
meam de gente non da gente ímpia : livrai-
sancta : ab hómine me do homem injusto e
iniquo et dolóso érue enganador.
me.
Quia tu es, ty. Pois vós, meu
Deus, fortitúdo mea : Deus, sois minha forta­
quare me repulisti et leza. Por que me rejei­
Çuare tristis incédo, tastes ? E por que ando
dum afflígit me ini- eu triste, enquanto me
mfeus ? aflige meu inimigo .
134 Quarta parte
Lançai sobre mim f . Emitte lucem
vossa luz e vossa verda­ tuam, et veritátem
de ; elas me guiaram e tuam : ipsa me de-
conduziram ao vosso duxérunt et addu-
monte santo e às vossas xérunt in montem
moradas. sanctum tuum et in
IÇ. Aproximar-me-ei tabernácula tua
do altar de Deus : do IÇ. Et introíbo ad
Deus, que é a alegria da altare Dei ; ad Deum
minha juventude. qui lsetificat juven-
tútem meam.
A vós cantarei, 'f. Confitébor tibi
Deus, Deus meu, ao som in cíthara, De u s ,
da harpa ; por que estás Deus meus ; quare
triste e por que me in­ tristis es ánima mea et
quietas, minha alma ? quare contúrbas me ?
^7. Espera em Deus ; IÇ. Spera in Deo,
porque ainda o hei-de quóniam adhuc con­
louvar como a meu Sal­ fitébor illi : salutáre
vador e meu Deus. vultus mei, et Deus
Glória ao Padre e meus.
ao Filho e ao Espírito f. Glória Patri, et
Santo. Filio et Spiritui San-
cto:
IÇ. Como era no prin­ IÇ. Sicut erat in
cípio, agora e sempre e principio et nunc et
por todos os séculos dos semper et in ssecula
séculos. Ameri. sseculórum.Amen.
10 salmo precedente diz-se sempre , exceto no tempo
da Paixão e nas M issas de defuntos)
"f. Aproximar-mei do I Introíbo ad al-
altar de Deus. | ^re Dei.
Ordinário da Missa 135
]$. Ad Deum qui I#. Do Deus que é a
lffitificat juventútem alegria da minha juven­
pififliin • tude.
f. Adjutórium no- estáf- no0nome nosso auxílio
strum in nómine Dó- R?- Que fezdoo Senhor. céu e a
mini. terra.
Qui fécit cselum "f. Confiteor, etc.
et terram. R?. O Senhor Deus
Onipotente se compa­
*f. Confiteor, etc. deça de ti e, perdoando
R7. Misereátur tui teus pecados, te conduza
omnípotens Deus, et à vida eterna.
dimíssis peccatis tuis, Amen.
perdúcat te ad vitam R7. Eu me confesso, a
seternam. Deus Todo Poderoso, à
R?. Amen. Bemaventurada sempre
Virgem Maria, ao Bem-
Confiteor Deo omni- aventurado S. Miguel
poténti, beátse Mariae Arcanjo, ao Bemaventu-
semper vírgini, beáto rado S. João Batista, aos
Michaéli Archángelo, Santos Apóstolos S.
beáto J oánni Baptistae, Pedro e S. Paulo, a to­
Sanctis Apóstolis Pe- dos os Santos e a vós,
tro, et Paulo, ómibus Padre, que pequei mui­
sanctis, et tibi Pater, tas vezes por pensamen­
quia peccávi nimis cogi- tos, palavras e obras,
tatióne,verbo et ópere, por minha culpa, minha
mea culpa, mea culpa, culpa, minha grande
mea máxima culpa. rogo culpa. Portanto, peço e
Ideo precor beátam à Bemaventurada
Mariam semper Virgi- semper Virgem Maria,
nem, beátum Michaé- ao Bemaventurado S.
136 Quarta parte
Miguel Arcanjo, ao lem Archángelum,
Bemaventurado S. João beátum Joannem Ba-
Batista, aos Santos A- ptistam, s a n c t o s
póstolos S. Pedro e S. Apóstolos Petrum et
Paulo, a todos os San­ Paulum, omnes san-
tos e a vós, Padre, que ctos, et te, Pater, oráre
rogueis por mim a Deus pro me ad Dóminum
nosso Senhor. Deum nostrum.
O Senhor Deus 'f. Misereátur vestri
Onipotente se compa­ omnípotens Deus, et
deça de vós e, perdoan­ dimíssis peccátis ves-
do vossos pecados, vos tris, perdúcat vos ad
conduza à vida eterna. vitam seternam.
B?. Amen. Rj. Amen.
Indulgência, absol­ 'f, Indulgéntiam,
vição e remissão dos absolutiónem et re-
nossos pecados jlos con­ missiónem peccatórum
ceda o Senhor Onipo­ nostruróm tribuat no-
tente e Misericordioso. bis omnipotens et mi-
R?. Amen. séricors Dóminus.
Ó Deus, vós, vol- B?. Amen.
tando-vos para nós, nos Deus, tu convér-
dareis a vida. sus vivicábis nos.
B?. E o vosso povo se B?. Et plebs tua
alegrará em vós. lsetabitur in te.
Mostrai-nos, Se­ Osténde nobis,
nhor, vossa misericór­ Dómine, misericórdi-
dia. tuam.
B?. E dai-nos a vossa Rf. Et salutáre tuum
salvação. da nobis.
Ouví, Senhor, mi­ | 'f. Dómine, exáudi
nha oração. oratiónem meam.
Ordinário da Missa 137
R j. Et clamor meus E chegue até vós o
ad te véniat. meu clmaor.
'f . Dóminus vobis- ~f. O Senhor seja con-
cum. vosso.
í$r. Et cum spiritu 1$. E com o teu es­
tuo. pírito.
O Sacerdote sobe ao Altar e diz :
Aufer a nobis, Apartai, Senhor, de
qusesumus, Dómine, nós nossas iniquidades,
iníquitátes nostras: ut para que mereçamos en­
ad Sancta Sanctórum trar no vosso Santuário
puris mereámur mén- com a alma pura. Por
tibus introire. Per Cristo, Senhor nosso.
Christum Dóminum
nostrum. Amen.
Amen.
O Sacerdote beija o Altar , dizendo :
Orámus te Dómine, Senhor, nós vos. su­
per mérita Sanctórum plicamos pelos méritos
tuórum, quorum reli- dos Santos, cuja relí­
quiae hic sunt, et quias aqui se encontram,
ómnium Sanctórum : que vos digneis perdoar-
ut indulgere dignéris me todos os pecados.
omia peccata mea. Amen.
L i-ee o Introito próprio do dia , e logo o
Kyrie, eléison (três Kyrie, eleison (tres
vezes). vezes). , ,
Christe, e l é i s o n Christe, eleison (tres
(três vezes). vézes).
Kyrie, eléison (três Kyrie, eleison (tres
vezes). vezes).
138 Quarta parte
Glória a Deus nas al­ Glória in excelsis
turas e paz na terra aos Deo. Et in terra pax
homens de boa vontade. hominibus bonse volun-
Nós vos louvamos, vos tátis. Laudamus te.
bendizemos, vos adora­ Benedicimus te. Ado-
mos, vos glorificamos e ramus te. Glorificá-
vos damos graças por mus te. Gratias agi-
vossa grande glória, Se­ mus tibi propter ma-
nhor Deus, Rei do céu, gnam glóriam tuam.
Deus Pai. Onipotente, Dómine Deus. Rex
Senhor Unigénito Filho cseléstis, Deus Patér
de Deus Jesús Christo, omnipotens. Dómine,
Senhor Deus, Cordeiro Fili unigenite, Jesu
de Deus, Filho do Eter­ Christe. Dómine Deus,
no Pai. Vós que tirais Agnus Dei, Filius Pa-
os pecados do mundo, tris. Qui tollis peccata
compadecei-vos de nós. mundi, miserére nobis.
Vós, que tirais os pe­ Qui tollis peccata
cados do mundo, recebei mundi, súscipe depre-
a nossa súplica. Vós, catiónemnostram. Qui
que estais sentado à di­ sedes ad déxteram
reita do Pai, compade­ Patris, miserére nobis.
cei-vos de nós. Porque Quóniam tu sólus san-
só vós sois Santo, só ctus. Tu sólus Dómi-
vós sois Senhor, só vós nus, Tu solus Altissi-
sois Altíssimo, Jesús mus, Jesu Christe,
Cristo, com o Espírito cum Sancto Spiritu in
Santo na glória de Deus gloria Dei Patris
Pai. Amen. Amen.
O Senhor seja con- Dóminus vobis-
vosco. cum.
1^7. E com o teu es­ IÇf. Et cum spiritu
pírito. tuo.
Ordinário da Missa 139
Logo a O ração, E pístola e Gradual próprio« do dia.
Antes do Evangelhot estando o Sacerdote inclinado
no meio do Altar, d iz :
Munda cor meum Deus Onipotente que
ac labia mea, omni- com uma brasa purifi­
potens Deus, qui la­ castes os lábios do Pro­
bia Isaiae prophétse feta Isaias, dignai-vos
c a l c u l o mundasti igualmente, por vossa
ignito : ita me tua benigna misericórdia,
g r a t a miseratione purificar meu coração e
dignáre mundare, ut meus lábios, para que
sanctum Evangélium possa dignamente an-
tuum digne valeam nunciar vosso santo
nuntiare. Per Chris- Evangelho. Por Jesús
tum Dóminum nos- Cristo, nosso Senhor.
trum. Amen. Amen.
Jube, Dómine, be- Dai-me. Senhor, a
nedicere. vo.ssa benção.
Dóminus sit in cor- O Senhor seja no meu
de meo, et in labiis coração, e nos meus lá­
meis ; ut digne et bios, para que digna e
competénter annún- devidamente anuncie o
tiem Evangélium su- seu Evangelho. Amen.
um. Qmen. f. O Senhor seja con-
Dóminus vobis-
cum. vosco.
E com o teu es­
Jty. Et cum spiritu pírito.
tuo.
S- Sequéntia Sancbi Sequência do santo
Evangéli secúndum... Evangelho segundo ...
(vel initum. . .). (ou princípio.. ■ )•
Tty. Glória tibi, Dó­ IÇ. Glória a vós. Se­
mine. nhor.
140 Quarta parte
Lê-se o E vangelho próprio do dia, e no jim beija-se,
dizendo :
Honra a vós, ó Cristo 1 Laus tibi Christe.
Por virtude destas pa­ Per Evangélica di­
lavras evangélicas nos eta deleantur nostra
sejam perdoados nossos delicta.
pecados.
Credo
Creio cm um só Deus, Credo in unum
Pai Onipotente, Criador Deum, Patrem omni-
do céu e da terra e de poténtem, factorem
todas as coisas visíveis e cseli et terrae, visibi-
lium omnium et invi-
invisíveis. E em um só sibilium. Et in unum
Senhor Jesús Cristo, Fi­ D ó m i n u m , Jesum
lho Unigénito de Deus, Cliristum, Filium Dei
e nascido do Pai antes unigénitum. Et ex
de todos os séculos. Patre natum, ante
Deus de Deus, Luz omnia ssecula. Deum
de Luz, Deus verda­ de Deo, lumen de lú-
deiro de Deus verda­ mine, Deum verum de
deiro. Consubstanciai ao Deo vero. Génitum,
Pai, e pelo qual foram non factum consub-
feitas todas as coisas. O stantialem Patri ; per
qual por amor de nós quem omnia facta
homens e para nossa sunt. Qui propter nos
salvação desceu dos homnes et propter
nostram salutem de-
céus. E incarnou-se por scéndit de caêlis. Et
obra do Espírito Santo, incarnátus est de
de Maria Virgem : e se Spiritu Sancto ex
fez hom em . Foi tam­ Maria Virgine : Et
bém crucificado por homo factus est.
Ordinário da Missa 141
Crucifixus étiam pro
nobis sub Pontio Pi- nós, sob Poncio Pilatos :
padeceu e foi sepultado.
lato passus, et se- E ressuscitou
púltus est. Et resur- dia, segundo aoasterceiroEscri­
réxít tértia die, secún-
dum Scriptúras. Et turas. E subiu ao céu,
ascéndit in caelum ; está sentado à direita
sedet ad déxteram do Pai, e há-de vir se­
Patris. Et iterum ven- gunda vez a julgar os
túrus est cum glória, vivos e mortos; e o seu
judicare vivos et mor- Reino não terá fim.
tuos ; cujus regni non Creio no Espírito Santo,
erit finis.Et inSpiritum que é Senhor e dá vida,
Sanctum, Dóminum e procede do Pai e do
et vivificantem : qui
ex Patre Filioque pro- Filho, com os quais é
cédit. Qui cum Patre juntamente adorado e
et Filio simul adora- glorificado, e falou pe­
tur, et conglorificatur ; los Profetas. Creio nu­
qui locútus est per ma só Igreja, Santa,
Prophétas. Et unam, Católica e Apostólica.
sanctam,catholicam et Confesso um só Batismo
Apostólicam Eccé- para remissão dos pe­
siam. Confiteor unum
baptisma in remissio- cados. E espero a res­
nem peccatorum. Et surreição dos mortos e
exspécto resurrectio- a vida do século futuro.
nem mortuorum. Et
vitam ventúri saeculi. Amen.
Amen. O Senhor seja con-
Dóminus vobis- vosco.
cum.
ty- Et cum spiritu IÇf. E com o teu es­
tuo. pírito.
142 Quarta parte
Lê-se o O fertório próprio do dia , e logo se segue a
Oblação da H ó stia:
Recebei, Pai Santo, Súscipe, S a n c t e
Onipotente e Eterno Pater, omnipotens,
Deus, esta Hóstia ima­ setérne Deus, hanc
culada, que eu, indigno immaculátam Hós-
servo vosso, vos ofereço tiam, quam ego in-
a vós, meu Deus vivo e dignus fámulus tuus
verdadeiro, por meus óffero tibi, Deo meo,
inumeráveis pecados, vivo et vero pro innu-
ofensas e negligências, merabilibus peccátis,
e por todos os circuns- et offensiónibus, et
tantes, assim como por negligéntiis meis, et
todos os fiéis vivos e pro ómnibus circun-
defuntos, afim de que a stántibus sed et pro
mim e a eles aproveite ómnibus íidélibus
para a salvação e vida christiánis vivis atque
eterna. Amen. defunctis—ut, mihi et
illis profíciat ad sa-
lútem in vitam seter­
nam. Amen.
O Sacerdote lança vinho no Cálice , t logo um a gota
de águat dizendo :
Ó Deus, que maravi­ Deus, qui humanae
lhosamente formastes a substántiae dignitátem
dignidade da natureza mirabíliter condidísti,
humana, e mais prodi­ et mirabílius refor-
giosamente a refor­ masti : da nobis per
mastes : concedei-nos, hujus aquae et vim
pelo mistério desta água mysterium, ejus Divi-
e vinho, sermos partici­
pantes da Divindade nitátis esse .consórtes
cTAquele, que se dignou qui humanitátis nostrffi
Ordinário da Missa 143
fieri dignátus est pár- revestir-se da nossa hu­
ticéps, Jesus Christus, manidade, Jesús Cristo,
Filius tuus, Dóminus vosso Filho e Senhor
noster. Qui tecum vi- nosso, que, como Deus,
que é, convosco vive e
vit et regnat in unitáte reina em unidade do
Spiritus Sancti, Deus, Espírito santo, por to­
per ómia ssecula sse- dos os séculos dos sé­
culórum. Amen. culos. Amen.
O Sacerdote oferece o 'álice, dizendo :
Offérimus tibi, Dó­ Senhor, nós vos ofere­
mine, cálicem salu- cemos o Cálice de Sal­
táris, tuam depre- vação, suplicando à-
cántes cleméntiam: ut vossa clemência, que su­
in conspectu divinae ba com suave fragrância
Majestátis tuae, pro ao trono de vossa Divina
nostra, et totius mundi Majestade para nossa
salúte cum odóre sua- salvação e de todo o
vitátis ascéndat. Amen. mundo. Amen.
O Sacerdote inclina-se , dizendo :
In spiritu humili- Sejamos, Senhor, por
tátis, et in ânimo vós recebidos em espí­
contrito, suscipiámur rito de humildade e co­
a te Dómine ; et sic ração contrito: e se faça
fiat sacrifícium nos- hoje, Deus e Senhor
trum in cospéctu tuo nosso, este nosso sacri­
hódie, ut pláceat tibi fício em vossa presença,
Dómine, Deus. de modo que vos agrade.
O Sacerdote benze a l batia e o Cálice, dizendo :
Veni, Sanctificátor, cador, Vinde, Deus, Santifi-
omnipotens setérne potente, Eterno e Onipo-
Deus, et f bénedic este sacrifícioe preparado abençoai
boc sacrifícium tuo
144 Quarta parte
para honrar vosso santo sancto nómini prsepa-
nome. | rátum.
O Sacerdote purijica os dedoz9 e d iz :
Lavarei minhas mãos Lavábo inter inno-
entre os inocentes, e céntes manus meas :
andarei, Senhor, em re­ et circúmdabo altáre
dor do vosso Altar. tuum, Dómine.
Para ouvir a voz dos Ut áudiam vocem
vossos louvores e cantar laudis : et enárrem
vossas maravilhas. univérsa mirabília tua.
Senhor, eu amei a be­
leza da vossa casa e o Dómine, diléxi de­
lugar onde reside vossa corem do mus tuse,
glória. et locum habitatiónis
Meu Deus, não dei­ glórise tuae; ne perdas
xeis perder minha alma cum ímpiis, Deus,
com os ímpios, nem mi­ ánimam meam: et cum
nha vida com os homens viris sánguinum vitam
sanguinários : meam.
Em cujas mãos se In quorum mánibus
encontram iniquidades e iniquitátes sunt: déx-
cuja mão direita está# tera eorum repléta est
cheia de dádivas enga­ munéribus.
nosas. Ego autem in inno-
Eu porém tenho pro­ céntia mea ingréssus
cedido com sinceridade : sum : rédime me, et
livrai-me, pois, e tende miserére mei.
piedade de mim. Pes meus stetit in
Meu pé não se des­ dirécto : in ecclésiis
viou do caminho reto ; benedicam te, Dó­
eu vos louvarei, Senhor, mine.
nas reuniões dos fiéis.
Glória ao Padre... Glória Patri...
Ordinário da Missa 145
O Sacerdote, voltando-i e para o povo, d iz :
Súscipe, S a n c t a Recebei, ó Trindade
Trinitas, hanc obla- Santíssima, esta obla-
tiónem, quam tibi ção, que vos oferecemos
offérimus ob memó- em memória da Paixão,
riam Passiónis, Resur- Ressurreição e Ascensão
rectiónis et Ascen- de Nosso Senhor
siónis Jesu Christi, Cristo. E em honraJesús da
Dómini nostri : et in Bemaventurada sempre
honórem Beátse Ma-
riae semper Virginis, Virgem Maria, do Bem-
et Beáti Joannis Ba- aventurado S. João Ba­
ptístae, et sanctórum tista, e dos Santos
Apostolótum, Petri et Apóstolos Pedro e Paulo,
Pauli, et istórum et e de todos os mais
ómnium Sanctórum : Santos, para que a eles
ut illis proticiat ad sirva de honra e a nós
honórem, nobis autem de salvação : e eles se
ad salútem : et illi pro dignem interceder no
nobis intercédere dig- céu por nós, que cele­
néntur in caelis, quo­ bramos na terra sua
rum memóriam ágimus
interis. Per eúmdem memória. Pelo mesmo
Christum Dóminum Jesús Cristo, nosso Se­
nostrum. Amen. nhor. Amen.
O Sacerdotet inclinam. )-se, d iz :
1?. Oráte fratres, ut f. Rogai, Irmãos, que
meum ac vestrum sa- o meu e vosso sacrifício
crificium acceptábile seja favoravelmente re­
fiat apud Deum Pa- cebido por Deus Pai
trem omnipotentem. Onipotente.
Suscípiat Dómi­ sacrifício O Senhor receba a
nus ' sacrifícium de de tuas maos,
146 Quarta parte
para louvor e glória do mánibus tuis ad lau-
seu Nome, e para utili­ dem et glóriam nó-
dade nossa e de toda a minis sui, ad utili-
sua Santa Igreja. tátem quoque nostram
totiúsque Ecclésiae suse
Amen. sanctse. ~f. Amen.
Diz-se a Secreta própria do dia e conclui-se, dizendo:
f . Por todos os sé­ 'f. Per ómnia saecula
culos dos séculos. saeculórum.
R7. Amen. I&. Amen.
y. O Senhor seja con- y. Dóminus vobis-
vosco. cum.
í$. E com o teu es­ Tty. Et cum spiris
pírito. tuo
Levantai òs cora­ 'f. Sursum corda,
ções ao alto.
içr. Levantados os te­ IÇ. Habémus ad
mos para o Senhor. Dóminum.
jfr. Demos graças ao Grátias ágamus
Senhor^ nosso Deus. Dómino Deo nostro.
R7. É coisa digna e IÇ. Dignum et jus-
justa. tum est.
Prefácio
(Para os dias comuns)
Verdadeiramente é Vere dignum et
coisa digna e justa, ra­ justum est, aequum et
cional e salutar, que salutáre, nos tibi
sempre e em todo o lu­ semper et ubique
gar vos demos graças, grátias ágere, Dómine
Senhor Santo, Pai Oni­ sancte, Pater omni-
potente, Eterno Deus, potens aetérne Deus.
Ordinário da Missa 147
Per Christum Domi- por Jesús Cristo nosso
num nostrum. Per Senhor. Pelo qual lou­
q u e m Majestátem vam os Anjos vossa Ma­
tuam láudant Angeli, jestade, as Dominações
adórantDominatiónes, a adoram, tremem as
tremunt Potestátes; Potestades ; os Céus e
cseli caelorúmque Vir- as virtudes dos Céus e
tútes ac beáta Séra- os Bemaventurados Se­
phim, sócia exsulta- rafins a celebram com
tióne concélebrant. recíproca alegria. Com
Cum quibus et nostras os quais vos rogamos
voces, ut admitti jú- mandeis que se juntem
beas deprecámur, súp- nossas vozes, quando
plici confessióne di- com humilde confissão
céntes : dizemos :
Sanctus, Sanctus, Santo, Santo, Santo é
Sanctus, Dóminus o Senhor Deus dos Exér­
Deus Sabaoth. Pleni citos. Os céus e a terra
sunt cseli et terra estão cheios da vossa
glória tua. Hosanna glória. Hosana nas al­
in excélsis. Benedictus turas. Bendito seja o
qui venit in nómine que vem em nome do
Dómini. Hosánna in Senhor. Hosana nas al­
excélsis. turas.

Te igitur, clemen- A vós, portanto, Cle­


tissime Pater, per mentíssimo Pai, humil­
Jesum Christum Fi- demente rogamos e pe­
lium tuum Dóminum dimos por Jesús Cristo,
nostrum súpplices ro- vosso Filho e Senhor
gámus ac pétimus uti nosso, que vos sejam
accépta hábeas et agradáveis e que aben-
148 Quarta parte
çoeis estes f dons, estas benedicas, hsec j
f dádivas, estes f Sa­ dona, hsec f númera,
crifícios santos e iliba­ hsec f sancta sacrificia
dos, que vos oferecemos ilibáta, in primis quse
primeiramente por vossa tibi offérimus pro Ec-
Santa Igreja Católica, clésia tua sancta ca-
para que vos digneis thólica ; quam pacifi-
guardá-la e conservá-la cáre, custodíre, adu-
em paz e união e gover- náre et régere dignéris
ná-la por todo o mundo, toto orbe terrárum,
com o vosso Servo, o uma cum fâmulo tuo
nosso Papa N., o nosso Papa nostro N. et An-
Bispo N., e com todos tistite nostro N et óm­
os lieis observantes da nibus ortodóxis, atque
Fé Católica e Apostó­ cathólicse et apostóli-
lica. cse fidei cultóribus.
Memória los vivos
Lembrai-vos, Senhor, Meménto, Dómine,
de vossos servos e ser­ famul órum famula-
vas, N. e N., e de todos rúmque tuárum N. N.
os circunstantes, cuja fé Et ómnium cir-
e devoção conheceis : cumstantium, quorum
tibi fides cógnita est,
pelos quais vos oferece­ et nota devótio ; pro
mos e eles vos oferecem, quibus tibi offérimus,
este sacrifício de louvor, vel qui tibi ófférunt
por si e por todos os hoc sacrificium laudis,
seus, pela redenção de pro se, suísque ómni­
suas almas, pela espe­ bus, pro redemptióne
animarum suarum,
rança de sua salvação e pro spe salútis et inco-
conservação, e vos fazem lumitátis suse; tibique
Ordinário da Missa 149
reddunt vota sua seter- seus votos, como a seu
no Deo, vivo et vero. Deus vivo e verdadeiro.
Communicantes, et Unidos em Comunhão
memóriam venerantes; com todos os Santos,
in primis gloriósae honramos a memória
semper Virginis Marise primeiramente da glo­
Genetricis Dei et
Dómini nostri Jesu riosa sempre Virgem
Christi; sed et beató- nosso Mãe
Maria, de Deus,
rum Apostolórum ac Cristo, e a dos JesÚ
Senhor
Bem-
3

mártyrum tuórum Pe- aventurados Apóstolos


tri et Pauli, André®, Mártires, Pedro e Paulo,e
Jacóbi, Joannis, Tho-
m®, Jacóbi, Philippi, André, Tiago, João, To-
Bartholom®i,Matth®i, mé, Tiago, Filipe, Bar-
Simónis et Thadd®i ; tolomeu, Mateus, Simão
Lini, Cleti, Clementis, e Tadeu ; Lino, Cleto,
Xysti, Cornélii, Cy- Clemente, Xisto, Cor-
priáni,Laur ént ii,Chry- nélio, Cipriano, Lou-
sógoni, Joannis et Pau­ renço, Crisógono, João e
li, Cosmae et Damiani : Paulo, Cosme e Damião,
et ómnium Sanctórum e de todos os vossos
tuórum ; quorum mé- Santos ; e por seus me­
ritis precibusque con- recimentos e rogos vos
cédas, ut in ómnibus
protéctiónis tu® mu- pedimos
em tudo
nos concedais
o socorro da
niámur auxilio. Per vossa proteção, f*01,
eúmdem Christum
Dóminum nostrum. Jesús Cristo, nosso
Amen. Senhor. Amen.
150 Quarta parte
O Sacerdote põe as mã s sobre a Oblata , dizendo:
Por isso vos pedimos, Hanc igitur obla-
Senhor, que recebais fa­ tiónem s e r vi t út i s
voravelmente a homena­ nostrae, sed et cunetae
gem de servidão, que familise t-use, quaesu-
nós e toda a vossa Igreja mus, Dómine, ut pla-
vos rendemos por esta
oblação; e que, enquan­ catus accipias; diesque
to vivermos, gozemos da nostros in tua pace
vossa paz ; e depois se­ dispónas, atque ab
jamos livres da eterna aetérna damnatiónenos
condenação, e contados éripi, et in electórum
em o número dos vossos tuórum júbeas grege
escolhidos. Por Jesús numerári. Per Chri­
Cristo, nosso Senhor. stum Dóminum nos-
Amen. trum. Amen.
Nós vos pedimos, Se Quam oblatiónem
nhor, que esta mesma tu, Deus, in ómnibus,
oferta seja por vós qusesumus benefdi-
confirtmada, racionavel, ctam, adscrífptam,
abenfçoada, aprqfvada, raf tam, rationábilem,
e aeeitavel a vossos ac ceptabi lémq ue fá-
olhos ; de modo que se cere dignéris : ut no­
nos converta no Corjpo,
e Sanfgue de Jesús bis Coifpus et Sant
Cristo, vosso amantís- guis fiat dilectíssimi
vsimo Filho e Senhor fílii tui Dómini nostri
nosso. Jesu Christi.
0 Sacerdote consagra a Hóstia , dizendo :
O qual na véspera da Qui prídie quam
sua Paixão tomou o Pão paterétur, a c c é p i t
em suas santas e vene­ panem in sanctas ac
ráveis mãos e, elevados venerábiles m a n u s
Ordinário da Missa 151
suas : et elevátis os olhos ao Céu. a vós.
óculis in caelum, ad ó Deus, seu Pai Oni­
te Deum Patrem potente, dando-vos gra­
suum omnipotentem, ças, o benzeu, partiu e
tibi grátias agens be- deu a seus Discípulos,
nefdixit, fregit, de- dizendo: Tomai e comei
dítque discipulis suis, todos :
dicens : Accípite et
manducáte ex hoc
omnes :
Hoc est enim Cor- Porque isto é o meu
pus m eum . Corpo.
O Sacerdote ajoelha , a lora e eleva a Hóstia ; depois
consagra o Cálice, dizendo :
Símili modo póst- Do mesmo modo de­
quam caenátum est, pois de ter ceiado. to­
accípiens et hunc mando este precioso Cá­
praeclárum Cálicem in lice em suas santas e ve­
sanctas ac venerábiles neráveis mãos, dando-
manus suas: item tibi vos graças outrossim o
grátias ágens, benef
díxit, dedítque disci­ benfzeu, e o deu a seus
pulis suis, dicens : Ac­ discípulos dizendo : To­
cípite et bibite ex eo mai e bobei todos: Por­
omnes : que este é o Cálice do
Hic est enim cálix m eu Sangue do novo
sánguinis mei, novi
et aeterni testa- e eterno Testam ento:
m enti : mystérium m istério de fé : que
fidei: qui pro vobis será derram ado por
et pro m ultis effun- vós e por m uitos em
détur in remis- rem issão dos pecados.
siónem peccatórum.
152 Quarta parte
Todas as vezes que Hsec quotiescúmque
isto fizerdes, fá-lo-eis fecéritis, in mei me-
em minha memória. móriam faciétis.
O Sacerdote ajoelha , adora, e eleva o Cálice.
Por esta razão,Senhor, Unde et memores,
nós, vossos servos, e to­ Dómine, nos servi
da a vossa santa grei, tui, sed et plebs tua
lembrando-nos da bem­ s a n c t a , ejúsdem
aventurada Paixão do Christi Fílii tui Dó-
mesmo Jesús Cristo, mini nostri tam beá-
vosso Filho e Senhor tae passionis, necnon
et ab inferis resur-
nosso, assim como da rectiónis, sed et in
sua gloriosa Ascensão cselos gloriósae ascen-
aos Céus : oferecemos à siónis ; offérimus prae-
vossa preclara Majesta­ clárae Majestáti tuae de
de dos vossos dons e tuis donis ac datis,
dádivas, a Hóstia f pu­ Hóstiam | puram, Hós-
ra, Hóstia f santa, Hós­ tiam t sanctam, Hós­
tia t imaculada, o Pão tiam | immaculátam,
f santo da vida eterna e Panem f sanctum vitae
o Cálice f da salvação aetérnae et Cálicem t
perpétua. salútis perpétuae.
Para os quais dons Supra quae propítio
pedimos vos digneis ac seréno vultu res-
olhar com semblante pícere dignéris : et
propício e sereno, e acei­ accépta habére, sícuti
tá-los, como vos dignas­ accépta habere digná-
tes aceitar os dons do tus es múnera púeri
justo Abel, vosso servo, tui justi Abel, et sa­
e o sacrifício de Abraão, crifícium Patriarchae
nosso Patriarca, e o que nostri Abrahae et quod
vos ofereceu vosso sumo tibi óbtulit summus
Ordinário da Missa 153

sacérdos tuus Melchí- sacerdote Melchisedech,


sedech, sanctum sacri-' sacrifício santo e hóstia
fícium, immaculátam imaculada.
hóstiâni» Nós vos suplicamos
Súpplices te rogá- humildemente, De u s
mus,omnípotens Deus, Onipotente, que pelas
jube haec perférri per mãos de vosso Santo-
manus sancti Angeli Anjo mandeis apresentar
tui in sublime Altare estas nossas ofertas em
tUum, in cospéctu di­ vosso altar sublime, na
vinas Majestátis tuae ; presença de vossa Divi­
na Majestade, para que
ut quotquot, ex hac todos os que, partici­
altáris participatióne pando deste Altar, rece­
sacrosánctum Fílii tui bermos o Sacrossanto-
Corfpus et Sánf Corfpo e Sanfgue de
guinem sumpsérimus, vosso Filho, sejamos
omni benedictióne cheios de toda a bênção
caelésti, et grátia re- e de toda a graça ce­
pleámur. Per eúmdem lestial. Pelo mesmo Je­
Christum Dóminum sús Cristo, nosso Senhor.
nostrum. Amen. Amen.
Memória < os defuntos
Meménto étiam, Lembrai-vos, Senhor,
Dómine, famulórum também dos vossos ser­
famularúmque tuárum vos e servas, N. e N., que
et N., qui nos nos precederam com o
praecessérunt cum sinal da Fé, e agora
^gno fidei et dór- descansam no sono da
nuunt in somno pacis. Paz.
Ipsis, Dómine, et A estes e a todos os
ómnibus in Christo^ mais, que repousam em
154 Quarta parte
Jesús Cristo, vos pedi­ quiescentibus, locum
mos, Senhor, concedais refrigérii, lucis et
lugar de refrigério, de pacis, ut indúlgeas
luz e de paz. Pelo mes­ deprecámur. P e r
mo Jesús Cristo, nosso eúmdem Christum
Senhor. Amen. Dóminum nostrum.
Amen.
O Sacerdote bate no peito, dizendo :
E também a nós pe­ Nobis quoque péc-
cadores, vossos servos, catóribus f á m u 1 i s
que esperamos na multi­ tuis, de multitudine
dão das vossas miseri­ miseratiónum , tuá-
córdias, dignai-vos dar rum sperántibus,
alguma parte e socie­ partem áliquam et
dade com vossos Santos societátem d o n á r e
Apóstolos e Mártires, dignéris cum tuis
João, Estêvão, Matias, sanctis Apóstolis et
Barnabé, Inácio, Ale­ Martyribus cum Jo-
ánne, Stéphano, Ma-
xandre, Marcelino, Pe­ thía, Barnaba, Igná-
dro, Felicidade, Perpé­ tio, Alexándro, Mar-
tua, Águeda, Luzia, cellino, Petro, Feli-
Inês, Cecília, Anastásia citáte, P e r p é t u a ,
c com todos os vossos Agatha, L u c i a ,
Santos : na companhia A g n é t e , Caecília,
dos quais vos pedimos Anastásia, et ómi-
que, não conforme nos­ bus sanctis tuis : in-
sos méritos, mas se­ tra quorum nos con-
sórtium, non aesti-
gundo vossa misericór­ mator mériti, sed vé-
dia, vos digneis receber- niffi,quaesumus largitor
nos. Por Jesús Cristo, admitte. Per Christum
nosso Senhor. Dóminum nostrum.
Ordinário da Missa 155
Per quem hsec óm- Pelo qual, Senhor,
nia, Dómine, semper sempre produzis, santif
bona creas; sanctif ficais, abenfçoais. e nos
ficas, vivifficas, be- concedeis todos estes
nefdícis et prasstas bens.
nobis.
Per iptsum et cum comPorEle Ele t pois,
ipfso et in ipfso, a vós, Deus PainEle f, e
f
f,
Oni­
est tibi Deo Patri f potente, pertence e é
omnipoténti, in uni- dada
tate Spíritus t Sancti, glória, toda
na
a honra e
unidade de
ómnis honor et gló­ Deus Espírito f Santo.
ria. jfr. Por todos os sé­
'f . Per ómnia sse- ! culos dos séculos.
cula sseculórum.
P7. Amen. IV- Amen.
Orérnus Oremos
Excitados pelos sau­
Praecéptis salutá- dáveis
ribus móniti, et di­ trados preceitos e ames­
pelo ensino do
vina institutióne for- Salvador,ousamos
máti audémus dícere : dizer:
Pater noster, qui Padre nosso, que es­
es in caelis, sanctifi- tais nos Céus ; Santifi­
cétur noraen tuum ; cado seja o vosso No­
advéniat regnum tu­ me; Venha a nós o vos­
um; fiat volúntas tua, so Reino : Seja feita a
sicut in cselo et in vossa Vontade, assim na
terra. Panem nostrum terra como no Céu ; O
quotidiánum da nobis Pão nosso de cada dia
hódie, et dimítte nobis nos dai hoje : Perdoai-
débita nostra, sicut et nos as nossas dívidas,
nos dimítimús debitó- assim como nós perdoa-
156 Quarta parte
mos aos nossos devedo­ ribus nostris. Et ne
res : E não nos deixeis nos indúcas in tenta-
cair em tentação : tiónem.
Mas livrai-nos do Sed libera nos a
mal. maio.
Bf. Amen. Bf. Amen.
Livrai-nos, Senhor, de Libera Dómine,
nos, quae-
todos os males passados, sumus,
ómnibus malis,
ab
prse-
presentes e futuros : e téritis, praeséntibus et
pela intercessão da Bem­ fúturis: et interce-
aventurada sempre Vir­ dénte beáta et glo-
gem Maria, Mãe de
Deus, e dos Bemaven- riósaDei
semper Vírgine
Genitríce Maria,
turados Apóstolos Pe­ cum beátis Apóstolis
dro, Paulo e André, e tuis Petro et Paulo,
de todos os Santos, dai- atque Andréa, et óm­
nos benigno a paz em nibus Sanctis, da pro-
nossos dias : para que, pítius pacem in diébus
assistidos com o socorro nostris ut ope miseri-
de vossa misericórdia, córdiae tuae adjúti, et a
sejamos sempre livres peccáto simus semper
de pecado e seguros de líberi, et ab omni per-
toda a perturbação. turbatióne secúri.
Pelo mesmo Jesús Per eúmdem Dó­
Cristo, vosso Filho e minum nostrum Je-
Senhor nosso, que, como sum Christum Fílium
Deus, que é, convosco tuum qui tecum vivit
vive e reina, em unidade et regnat in unitáte
do Espírito Santo. Spíritus Sancti Deus.
Por todos os sé­ Per ómnia sfie-
culos dos séculos. cula saeculórum.
IÇ. Amen. IÇf. Amen.
Ordinário da Missa 157
"f. Pax f Dómini f. A paz f do Senhor
sit t semper vof seja sempre confvosco.
biscum.
B?. Et cum spiritu I#. E com o teu es­
tuo. pírito.
O Sacerdote parte a H óstia, e lança uma peguetus
partícula dentro do cálice, dizendo :
Hsec commixtio et Esta união e consa­
consecrátio Córporis gração do Corpo e San­
et Sánguinis Dómini gue de nosso Senhor
nostri Jesu Christi Jesús Cristo, seja para
f i a t accipiéntibus
nobis in vitam setér- vida eterna dos que o
nam. Amen. recebemos. Amen.
O Sacerdote bate três vezes no peito . dizendo :
Agnus Dei, que tol- Cordeiro de Deus, que
lif* neocata mundi, tirais os pecados do
miserére nobis. mundo, tende piedade
de nós.
Agnus Dei, qui tol­ Cordeiro de Deus, que
lis v peccata mundi, tirais os pecados do
miserére nobis. mundo, tende piedade
de nós.
Agnus Dei quí tol­ Cordeiro de Deus, que
lis peccata mundi, tirais os pecados do
dona nobis pacem. mundo, dai-nos a paz.
N a s M issa s de defuntos em lugar de — tende piedade
de nós — diga — dai-lhes o descanso. E à tercexra wi
dai-lhes o descanso sempitemo. Omite-se igualmerue
a prim eira oração gue se segue :
Dómine Jesu Chri- Senhor Jesús Cristo,
ste-, qui dixísti Após- que dissestes aos vossos
tolis tuis : Pacem re- Apóstolos: Eu vos deixo
158 Quarta parte
a paz, eu vos dou a linquo vobis, pacem
minha paz : não olheis meam do vobis ; no.
para os meus pecados, respícias p e c c á t a
mas para a fé da vossa mea, sed íidem Ec-
Igreja; e dignai-vos clésiae tuae ; eámque
dar-lhe a paz e união, secúndum voluntátem
segundo a vossa von­ tuam pacificáre et
tade. Vós, que sendo coadunáre dignéris.
Deus, viveis e reinais Qui vivis et regnas
por todos os séculos dos Deus, per ómnia sae-
séculos. Amen. cula saeculórum.Amen.
Senhor Jesús Cristo, te,Dómine
Fili Dei
Jesu Chris­
vivi, qui ex
Filho de Deus vivo, que voluntátePatris coope-
por vontade do Pai, co­ ránte Spiritu Sancto,
operando o Espírito per mortem tuam
Santo, com a vossa
, morte destes vida ao mundum
libera me
vivificásti ;
per hoc sa-
' mundo : livrai-me por crosánctum Corpus
este vosso sacrossanto Sánguinem tuum abet
Corpo e Sangue de to­ ómnibus iniquitátibus
dos os meus pecados e meis et univérsis
de todos os outros males. malis, et fac me tuis
E fazei que observe sem­
pre os vossos preceitos, semper
dátis, et
inhaerére man-
a te nunquarn
e não permitais que eu sepárari permittas.Qui
nunca me aparte de vós, cum eódem Deo Patri
que, com Deus Pai e
com o Espírito Santo, etet Spiritu
regnas,
Sancto viv;s
Deus, m
viveis e reinais por saecula saeculórum.
todos os séculos. Amen. Amen.
O vosso Corpo, que Percéptio Córporis
eu, posto que indigno, tui, Dómine Jesu
Ordinário da Missa 159
Christe, quod ego in- pretendo receber, não
dignus súmere prae- seja para meu juízo e
sumo, non mihi pro- condenação, mas por
véniat in judicium et vossa piedade sirva de
condemnatiónem ; sed
pro tua pietáte prosit defesa à minha alma e
mihi ad tutaméntum ao meu corpo, e de re­
mentis et córporis, et médio a meus males,
ad medeiam perci- Senhor Jesús: que, como
piéndam. Qui vivis et Deus, que sois, viveis e
regnas cum Deo Patre reinais com Deus Pai,
in unitáte Spiritus em unidade do Espírito
Sancti Deus, per óm-
nia saecula saeculórum. Santo, por todos os sé­
Amen. culos dos séculos. Amen.
O Sacerdote, tomando a Hóstia sobre a patena, diz :
Pa ne m caeléstem Receberei o Pão do
accipiam, et nomen Céu, e invocarei o nome
Dómini invocabo. do Senhor.
E logo, batendo no p< Ito, diz três vezes :
Dómine, non sum Senhor, eu não sou
dignus ut intres sub digno que entreis em
tectum meum ; sed minha casa; mas dizei
tanctum dic verbo et uma só palavra, e a mi­
sanâbitur ánima mea. nha alma será salva.
O Sacerdote , comunga do a Hóstia, diz:
Corpus Dómini no­ O Corpo de nosso Se­
stri J esu Christi nhor Jesús Cristo guar­
eustódiat âni mam
meam in vitam aeter- de minha alma para a
vida eterna. Amen.
nam. Amen.
160 Quarta parte
D epois, descobrindo o cálice, diz :
Que retorno darei eu Quid retribuam Dó-
ao Senhor por todos os mino pro ómnibus
bens que Ele me tem quse retríbuit mihi ?
feito ?
Tomarei o cálice da Cálicem salutáris
salvação, e invocarei o accípiam, et nomen
nome do Senhor. In­ D ó m i n i invocábo.
vocarei o Senhor, can­ L a u d a n s invocábo
tando seus louvores, e Dóminum, et ab ini-
serei livre de meus ini- mícis meis salvus ero.
inimigos.
O Sacerdote, comungando o cálice, diz:
O Sangue de nosso Sanguis Dómi ni
Senhor Jesús Cristo nostri Jesu Christi
guarde a minha alma custódiat á n i m a m
para a vida eterna. meam in vitam seter­
Amen. nam. Amen.
D epois, tomando vinho no cálice, diz :
Fazei, Senhor, que to- Qucd ore súmsi-
menos com pureza d’al- mus, Dómine, pura
ma o Sacramento, que mente capiámus ; et
nossa boca recebeu, e de númere temporáli
que desta dádiva tem­ fiat nobis remédium
poral nos venha o sempiternum.
remédio sempiterno.
P urificand o os dedos, diz :
Concedei, Senhor, que Corpus tuum, Dó­
este vosso Corpo, que mine, quod sumpsi, et
recebí, e precioso San­ Sanguis quem potávi,
gue, que bebí, se en­ adhsereat viscéribus
tranhe em meu coração. meis ; et prsesta ut in
E fazei que não fique me non remáneat scé-
Ordinário da Missa 181
lerum mácula, quem em mim mancha alguma
pura et sancta refecé- de culpa, depois de ha­
runt Sacraménta. Qui tãover sido confortado com
santos e puros sa­
•/ivis et regnas in cramentos. Vós, que vi­
saecula saeculórum. veis e reinais por todos
Amen. os séculos dos séculos.
Amen.
Logo COMMUNIO ET POSTCOMMUNIO
próprios do d ia .
Dóminus vobis- O Senhor seja
cum. vosco.
RJ. Et cum spiritu Rf. E com o teu es­
tuo. pírito.
Ide-vos : a Missa
Ite, missa est. está dita.
IÇ. Demos graças a
R?. Deo grátias. Deus.
O Sacerdote, inclinado no meio do altar , d i* :
Pláceat tibi, sancta Recebei complacente,
T ríni tas, obséqui um Trindade Santíssima, o
servitútis mese, et obséquio, da minha ser­
praesta ut sacrifícium vidão ; e fazei que este
quod óculis tuae Ma- Sacrifício, que eu in­
jestátis indígnus ób- digno oferecí aos olhos
tuli, tibi sit acceptá- da vossa Majestade, vos
seja aceito, e redunde
bile, mihique, et ómni­ por vossa piedade em
bus, pro quibus illud remissão de meus pe­
óbtuli, sit, te mise- cados e dos de todos
ránte, propitiábile. aqueles, por quem o
Per Christum Dómi­ oferecí. Por Jesús Cristo,
num nostrum. Amen. nosso Senhor. Amen.
162 Quarta parte
O Sacerdote dá a bênção ao povo, exceto nas Missas
de de ju n to s, dizendo :
O Deus Onipotente Benedicat vos om-
Padre e Filho f e Es­ nipotens Deus, Pater,
pírito Santo vos aben­ et Filius | et Spíritus
çoe. Sanctus.
1$. Amen. RJ. Amen.
y. O Senhor seja con- Dóminus voibs-
vosco. cum.
Jty. E com o teu es­ IÇ. Et cum spiritu
pírito. •tuo.
N o jim de qualquer M iei i, não havendo outro próprio,
diz-se o seguinte :
Princípio do Santo Inítium sanctiEvan-
Evangelho s e g u n d o gélii secúndum Joán-
João. nem.
R?. Glória a vós, Se­ 1^. Glória tibi, Dó­
nhor. mine.
No princípio era o In princípio erat
Verbo, e o Verbo estava Verbum et Verbum
com Deus, e o Verbo era erat apud Deum, et
Deus. Ele no princípio Deus erat Verbum.
estava com Deus. Por Hoc erat in princí­
Ele foram feitas todas pio apud Deum. Om­
as coisas e, do que foi nia per ipsum facta
feito, nada foi feito sem sunt ; et sine ipso
Ele. .Com Ele estava a factum est nihil quod
vida, e a vida era a luz factum est. In ipso
dos homens. E a luz res­ v i t a e r a t , et
vita erat lux hómi-
plandece nas trevas e as num : et lux in té-
trevas não o compreen­ nebris lucet, et té-
deram. Houve um ho- nebrae eam non com-
Ordinário da Missa 163
prehendérunt. Fuit nem mandado por Deus,
homo missus a Deo, cujo nome era João*
cui nomen erat Jo- Este veio p/ testemunha
ánnes. Hic venit in e para dar testemunho,
testimónium ut testi- para que todos por
mónium perhibéret meio dele cressem. Ele
de lúmine, ut ómnes
créderent per illum. não era a luz, mas veio
Non erat ille lux, sed para dar testemunho da
ut testimónium per­ luz. A luz verdadeira
hibéret de lúmine. era a que ilumina a
Erat lux vera, quae
illúminat omnem hó- atodoeste o homem, que vem
mundo. No
minem veniéntem in mundo estava e o mundo
hunc mundum. In foi feito por Ele, e não
mundo erat, et mun- o conheceu o mundo.
dus per ipsum factus
est, et mundus eum Veio para o que era
non cognóvit. In pró­ seu e os seus não o
pria venit et sui eum receberam. Mas a t odos,
non recepérunt. Quot- quantos o receberam,
quot autem recepé­ deu poder de se tazerem
runt eum, dedit eis filhos de Deus, aos que
potestátem fílios Dei creem em seu nome : os
fíeri, his qui credunt
in nómine ejus : qui quais não nasceram do
non ex sanguínibus, sangue, nem do desejo
neque ex voluntate da carne, nem da von-
carnis, neque ex vo­
luntate viri, sed tade Deus.
de varão, mas de
ex Deo nati sunt. lha) oE Verbo (aqui se ajoe­
Et Verbum caro fa­ homem e habitouseentre fa*
ctum est, et habitá- nós. E vimos a sua gló~
vit in nobis ; et vídi-
164 Quarta parte
ria, glória como do Uni- mus glóriam ejus, gló-
génito do Pai, cheio de riam quasi Unigéniti
graça e verdade. a Patre, plenum grá-
içr. Demos graças a tise et veritátis'
Deus. 1$. Deo grátias.
PRECES
mandadas recitar por ordem do Sumo
Pontífice Leão X I I I ,
no Jim de cada M issa rezada :
Três Ave M arias e Salve Rainha .
y. Rogai por nós, Santa Mãe de Deus,
B?. Para que sejamos dignos das promessas
de Cristo.
OREMOS
Senhor, nosso refúgio e fortaleza, lançai
propício o vosso benigno olhar sobre o povo,
que reclama o vosso auxílio ; e pela intercessão
da gloriosa e imaculada Virgem Maria, Mãe de
Deus, e pela de seu bemaventurado Esposo,
S. José, e dos gloriosos Apóstolos S. Pedro e
S. Paulo, e demais Santos, atendei com miseri­
córdia e benignidade às súplicas, que vos diri­
gimos para alcançar a conversão dos pecadores,
o triunfo e a liberdade da Santa Madre Igreja.
Por Cristo, Senhor nosso. Amen.
E vós, S. Miguel Arcanjo, defendei-nos e
sêde o nosso amparo no combate contra a
malignidade e traições do demônio. Ao império
de Deus e pela virtude do mesmo Senhor pre­
cipitai no inferno, humildemente vo-lo supli­
camos, ó Príncipe da milícia celeste, a Satanás
e aos demais espíritos malignos, que para per­
dição das almas andam correndo o mundo
Amen.
Modo de ajudar à Missa 165
Modo de ajudar à Missa
A. — Para um só ajudante
I. Observações gerais. — 0 ajudante deve
assistir cora toda a decência e compostura, ao
santo sacrifício da Misa, todos os seus movi­
mentos hão-de ser como tal ato pede e como
convem a um cristão piedoso.
Deve ter ordinariamente os olhos baixos, se
não quiser ir acompanhando as ceremônias do
Sacerdote : e em todo o caso há-de atender, de
quando em quando, para o Sacerdote, para as
velas, para o altar, etc., e ver se alguma coisa
é necessária. Para trás ou para os lados nunca
deve olhar.
Tenha as mãos postas, quando não as tiver
ocupadas. Se com a direita estiver fazendo
alguma coisa, a esquerda encoste-a decentemente
ao peito.
. Responda com voz clara e distinta, nem
muito devagar, nem muito depressa, e não
comece a responder, enquanto o Sacerdote não
acabar.
No altar, ou esteja o SS. Sacramento ou não,
há-de fazer genuflexão quando passar pelo meio.
Cuide em fazer a genuflexão com reverência
e não precipitadamente, nem batendo de pan­
cada com o joelho no chão, nem dobrando o
corpo demasiadamente, nem voltado para o lado,
mas direito e de frente para a cruz do altar, e
sempre com o joelho direito.
Quando vem do altar para baixo, nunca se
há-de voltar de maneira que dê as costas a
166 Quarta parte
cruz. Assim, quando estiver ao lado da Epístola
voltar-se-á pela esquerda, e do lado do Evan­
gelho pela direita.
Só virá ao meio do altar, quando tiver de
passar para o outro lado, se não ajudar com
outro.
Durante a missa, estará ordinariamente do
lado oposto do missal.
A genuflexão nunca se faz no supedâneo ou
no último degrau, senão sempre no plano.
II. Na Sacristia. — O ajudante da missa
dirige-se à sacristia e vai pôr-se junto do lava­
tório, para oferecer água ao Sacerdote, quando
este for lavar as mãos.
Depois vai ajudá-lo a paramentar-se, colo-
cando-se à esquerda. Oferece-lhe a hóstia. De­
pois toma a alva com ambas as mãos, e oferece-a
ao sacerdote, passando-lha pela cabeça. Fá-la
cair até baixo, toma o cíngulo ou cordão, do­
brando ao meio e oferece-lho por trás, de modo
que as borlas pendam para a direita, deixando
para a esquerda pouco mais ou menos o com­
primento de dois palmos.
Em seguida, conserta a alva de modo que a
parte inferior cáia por igual, e não aos bicos.
Se tiver tempo, oferece ainda ao Sacerdote a
estola e depois a casula.
Paramentado o Sacerdote, o ajudante com
as maos postas faz com ele uma reverência a
cruz e dirige-se para o altar com passo regular-
Ao passar diante do altar-mor faz uma genu­
flexão ; se estiver exposto o SS. Sacramento, ou
se andar a distribuir a sagrada comunhão, genu-
Modo de ajudar à Missa 167
flete com ambos os joelhos, faz inclinação, e
não se levanta antes do Sacerdote.
-— No altar. — Se chegar ao altar pelo
lado da epístola, retira-se um pouco, para que
o Sacerdote passe por diante ; posto à direita
dele, recebe o barrete, genuflete no plano e,
se o altar tiver degraus, acompanha o Sacerdote
até em cima, levantando-lhe a parte anterior da
alva ; coloca depois o barrete no seu lugar er
de pé, no plano do lado do Evangelho, espera
que o Sacerdote desça para começar o
Introito — Sac. — In nómine Patris et
Filii et Spiritus Sancti. Amen. Introíbo ad
altáre Dei.
Ajud. — Ad Deum, qui laetificat juven-
tútem m eam .
S. — Júdica me, Deus, et discerne causam
meam de gente non sancta, ab hómine iníquo,
et dolóso erue me.
A. — Quia tu es, Deus, for ti tudo mea :
quare me repulisti ? et quare tristis incédo,
dum affligit me inimicus ?
S. — Emitte lucem tuam et veritátem
tuam : ipsa me deduxérunt et adduxérunt in
montem sanctum tuum, et in tabernácula tua.
A. — Et introíbo ad altáre Dei : ad
Deum qui lcetificat juventútem meam.
S. — Confitébor tibi in cíthara, Deus, Deus
meus : quare tristis es, ánima mea, et quare
conturbas me ?
A. — Spera in Deo, qu ón iam adhuc
confitébor illi : salutáre vultus mei* ct
Deus m eus.
S. — Glória Patri et Filio et Spiritui Sancto.
168 Quarta parte
A. — Sicut erat in principio, et nunc,
•et semper et in ssecula saeculórum. Amen.
S. — Introíbo ad altare Dei.
A. — Ad Deum, qui laetificat juventú-
tútem m eam .
S. — Adjutórium nostrum in nómineDómini.
A. — Qui fecit ceei um et terram.
S. — Confiteor, etc..
A. — Misereátur tui om nipotens Deus,
e t dimissis peccátis tuis, perducát te ad
vitam aeternam.
S. — Amen.
A. — Confiteor Deo om nipoténti, beá-
tae Mariae semper Virgini, beáto Michaéli
Archangelo, beáto Joánni Baptistae, Santis
Apóstolis Petro et Paulo, ómnibus Sanctis,
e t tibi, Pa ter, quia peccavi nim is cogita -
tióne verbo et opere, mea culpa, mea culpa,
mea maxima. culpa. Ideo precor beátam
Mariam semper Virginem, beátum Mi-
chaelem Arcliángelum, beátum Joánnem
Baptistam, Sanctos Apsótolos Petrum et
Paulum , omnes Sanctos et te, Pater, oráre
pro me ad Dóminum Deum nostrum.
S. — Misereátur vestri omnipotens Deus et
dimissis peccátis vestris, perdúcat vos ad vitam
fleternam.
A. — Amen.
S. — Indulgéntiam, absolutiónem et re-
missiónem peccatórum nostrórum tribuat nobis
•omniptens et miseric-órs Dóminus.
A. — Amen.
S. — Deus, tu convérsus vivificábis nos.
Modo de ajudar à Missa 169
A. — Et plebs tua lsetabitur in te.
S. — Osténde nobis, Dómine, misericór-
diam tuam.
A. :— Et salutáre tuum da nobis.
S. — Dómine, exáudi oratiónem meam.
A. — Et clam or m eus ad te veniat.
S. — Dóminus vobiscum.
A. — Et cum spiritu tuo.
Kyrie e Glória. — Acabado o introito,
levanta-se, se o altar tiver degraus, acompanha
o Sacerdote até em cima, levantando-lhe a alva,
para que não a pise nem tropece nela ; desce
em seguida e vai ajoelhar-se no último degrau
do lado do Evangelho.
S. — Kyrie, eleison.
A. — Kyrie, eleison.
S. — Kyrie, eleison.
A. — Christe, eleison.
S. — Kyrie, eleison.
A .— Christe, eleison.
S. — Kyrie, eleison.
A. — Kyrie, eleison.
S. — Kyrie, eleison.
S. — Dóminus vobiscum.
A .— Et cum spiritu tuo.
Quando o Sacerdote der o sinal para o
1111 da epístola, responde :
A- —- Deo grátias.
. depois levanta-se, genuflete ao passar pelo
Hteio do altar, coloca-se ao lado do Sacerdote ;
\ guando este terminar, toma o Missal e vai
Po-lo no lado oposto, deixando-o, não de frente,
mas ei*i ângulo, aberto para o meio do altar.
170 Quarta parte
Evangelho. — Colocado o missal, espera
junto dele que venha o Sacerdote e reponde ao
S. — Dóminus vobiscum.
A. — Et cum spiritu tuo.
S. — Inítium ou sequéntia sancti Evangelii
secündum Lucam.
A. — Glória tibi, Dómine !
Persigna-se, faz uma inclinação ao missal,
desce, gcnuflete no plano, espera de pé que
finde o evangelho, e diz :
A. — Laus tibi, Christe !
Ajoelha, ouve o Credo, se o houver, e no
fim dele responde ao
S. — Dóminus vobiscum.
A. — Et cum spiritu tuo.
Ofertório. — Levanta-se, vai à credencia
buscar as galhetas com o m anustérgio, que
estende sobre o altar, pondo em cima o prato e
as galhetas. Dobra o véu do cálice, e encosta-o
com a pala ao bordo do altar perto da sacra.
Toma a galheta do vinho com a asa voltada
para o Sacerdote, beija-a primeiro e oferece-lha.
Entretanto, toma a colherinha, limpa-a, põe-na
com o pé voltado para o Sacerdote. Recebe a
galheta do vinho, coloca-a sobre o altar, depois
de a limpar, ou sobre a credencia, se estiver
perto. Limpa a colherinha depois de servida, a
galheta da água na direita e com o manustérgio
desdobrado sobre o braço esquerdo, deita água
sobre os dedos do Sacerdote, e despeja a água
servida. Compõe depois as galhetas, coloca-as
sobre a credencia ; e, tomando a cam painha,
Modo de ajudar à Missa 171
vaj ajoelhar-se no último degrau do lado da
epístola, onde responde ao
S. — Orate, fratres : . .
A. — Suscipiat Dóminus sacrifícium de
mánibus tuis, ad laudcm et gloriam nó-
m inis sui ad utilitátem quoque nostram
totiúsque ecclesise suae sanctae.
Prefácio. — Per omnia saecula saeculórum.
A. — Amen.
S. — Dóminus vobiscum..
A. — Et cum spiritu tuo.
S. — Sursum corda.
A. — Habémus ad Dóminum.
S. — Grátias agámus Dómino Deo nostro.
A. — Dignum et justum est.
Quando o Sacerdote inclinado rezar o
Sanctus, toca três vezes a campainha.
Elevação. — Quando o Sacerdote, depois
do memento dos vivos, faz as cruzes sobre o
cálice e a hóstia, o ajudante levanta-se com a
campainha, e vai ajoelhar-se no degrau imediato
ao supedâneo, um pouco atrás e à direita do
Sacerdote ; quando este se ajoelha com a hóstia
nas mãos, quando a eleva no ar e quando ajoelha
de novo, depois de a colocar sobre o corporal,
toca três vezes a campainha, segurando ao
mesmo tempo a casula pela parte de trás,
quando o Sacerdote ajoelha. — Ã elevação do
cálice faz outro tanto.
Depois do último toque, espera de joelhos
alguns segundos, e, quando vir o Sacerdote fazer
as cruzes sobre o cálice e a hóstia, levanta-se,
desce, genuflete no plano, vai para o mesmo
172 Quarta parte
lugar em que estava, e lá fica até à comunhão,
não se esquecendo de responder ao
Pater noster.
S. — Per ómnia saecula saeculórum.
A. — Amen.
S. — Et ne nos inducas in tentatiónem.
A. — Sed libera nos a maio.
Ào partir a hóstia. — S. — Per ómnia
saecula saeculórum.
A. — Amen.
S. — Pax Dómini sit semper vobiscum.
A. — Et cum spiritu tuo.
Comunhão. — Quando o Sacerdote diz o
Dómine non sum dignus — toca três vezes
a campainha.
Depois de o Sacerdote comungar a hóstia
e descobrir o cálice, o ajudante levanta-se, e
genuflete ao mesmo tempo que ele.
Se houver comunhão, vai ajoelhar-se no
supedâneo ; quando o Sacerdote comunga o
cálice, inclinado reza o Confiteor. Depois de
responder o último Amen, se for necessária
vela, toma-a na mão direita e, se usar patena
da comunhão, toma-a na mão esquerda e acom­
panha o Sacerdote na distribuição da sagrada
Eucaristia.
Se o ajudante houver de comungar, comun­
ga em primeiro lugar.
Se comungar só o ajudante, como sucede
geralmente nos altares laterais, não precisa de
acender a vela nem de a ter na mão. Reza o
Confiteor no lugar em que está, e para comun­
gar põe-se no meio do degrau.
• Se não houver comunhão, o ajudante,
Modo de ajudar à Missa 173
depois de fazer a genuflexão com o Sacerdote,
vai buscar as galhetas, servindo primeiro o
vinho, e depois vinho e água.
Depois disto põe as galhetas no seu luga.
toma o véu do cálice com a pala e vai colocá-k
no lado oposto. Muda o missal e volta a des­
dobrar o véu. Depois ajoelha-se no último
degrau do lado do Evangelho, onde responde às
Últimas oraçoes.—S.—Dóminus vobiscum.
A. — Et cum spiritu tuo.
S. — Per ómnia saecula saeculórum.
A. — Amen.
S. — Dóminus vobiscum.
A. — Et cum spiritu tuo.
S. — Ite, missa est, ouBenedicamusDómino.
A .— Deo grátias (1).
Último Evangelho.—Depois de responder
— Deo grátias — se o missal ficou aberto,
muda-o para o outro lado e lá ajoelha para re­
ceber a bênção.
S. — Benedicat vos omnipotens Deus, Pa-
ter Filius et Spiritus Sanctus.
A. — Amen.
S. — Dóminus vobiscum.
A. — Et cum spiritu tuo.
s. — Initium vel sequentia, etc.
A. — Gloria tibi, Dómine.
No fim do último evangelho :
(1) Nas missas de defuntos:
S. — Requiescant in pace.
A . — Amen . — E não se dá a bênção.
N a oitava da Páscoa diz-se :
S. — Ite, missa est. Aleluia, Aleluia.
A*. — Deo çratias . Aleluia , aleluia*
174 Quarta parte
A. — Deo grátias.
Ú ltim as oraçoes.
S. — Per eumdem Christum Dóminum
nostrum.
A. — Amen.
S. — .. .divina virtude in infernum detrude
A. — Amen.
S. — Cor Jesu sacratissimum.
A. — Miserere nobis.
IV. — Acabada a Missa. — Vai buscar o
barrete, faz genuflexão com o Sacerdote, entre­
ga-lho e com as mãos postas segue adiante para
a sacristia. Se passar por diante do altar-mor,
faz o mesmo que na vinda.
Chegando à sacristia faz uma inclinação à
cruz, ajuda ao Sacerdote a desparamentar-se e
por fim oferece-lhe água para purificar os dedos.
B — Para dois ajudantes
Ambos os ajudantes devem procurar fazer
ao mesmo tempo o que têm de fazer juntos, por
ex.: responder, inclinar-se ou ajoelhar, ben­
zer-se, etc.. Devem, pois, estar atentos, um ao
outro, para não faltarem a este aviso.
Na sacristia coloca-se o l.° ajudante à
direita do Sacerdote e o 2.° à esquerda, aju­
dando ambos a revestí-lo.
O 2.° veste-lhe a alva ; o l.° ajusta-lhe o
cordão e compõe as dobras da alva, enquanto
o 2.° lhe dá o manipulo e a estola. Finalmente
o l.° toma a casula e veste-lha.
Chegando ao altar-mor, o l.° passa para o
lado do Evangelho sem ajoelhar ou fazer a in­
clinação, ao meio ; o 2.°, deviando-se um pouco,
Modo de ajudar à Missa 175
deixa passar por diante o Sacerdote, e chega-se
depois para receber o barrete. — Ajoelham
ambos com o Sacerdote, ambos lhe levantam a
alva para subir ao altar, subindo também eles
alguns degraus, se for preciso.
Quando vêm para baixo não se deem as
costas, mas voltados um para o outro desça cada
um para o seu lugar sem vir ao meio, o 2.° para
o lado da epístola e o l.° para o lado do Evan­
gelho. Cuidem em que, ao ir para o seu lugar,
não voltem as costas ao altar, dando uma volta
sobre si ; mas atendam a proceder sempre nestes
casos de frente um para o outro.
Ao Deo grátias levantam-se ambos : mas
o l.° fica de pé no seu lugar, e o 2.° sobe ao
lado da epístola, toma o missal e vem ajoelhar
ao meio juntamente com o l.°. Este passa por
detrás do 2.° que leva o missal, e fica de pé do
lado da epístola, enquanto o 2.° faz a sua
obrigação.
Ajoelham ambos ao Laus tibi Christe: ao
Dóminus voniscum levantam-se, vão ajoelhar
ao meio e sobem para o lado da epístola. 0 2.°
vai dobrar o véu ; o l.° toma as galhetas e faz
tudo o que se disse para um ajudante só.
Acabando o segundo de dobrar o véu, fica à
esquerda do l.° com as mãos postas. — 0 1.®, em
recebendo do Sacerdote a galheta do vinho,
entrega-a ao 2.°, que a vai pôr na credência.
Depois que o l.° limpou a colherinha e tomou
o prato nà mão, pega o 2.° no manustérgio.
segurando-o com ambas as mãos airosamente ,
e, qrando o Sacerdote lavou os dedos, ofere-
176 Quarta parte
ce-lho, dobra-o depois e põe-no sobre as ga­
lhetas. 0 1.° toma a campainha, e vêm ambos
o 2.° adiante, ajoelhar ao meio do altar, ficando
do lado da epístola o l.°.
À elevação levantam-se ambos, genufle-
tem juntos, sobem acima, e ambos pegam na
extremidade da casula as vezes que se disse
atrás. Quando descem, voltam-se de rosto um
para o outro.
Se houver comunhão, levantam-se e vão
genufletir a seu tempo no meio do altar com o
Sacerdote ; ajoelhados no supedâneo, um de
cada lado, dizem o Confiteor, quando o Sacer­
dote acabou de consumir o preciosíssimo Sangue.
Ajoelham-se no meio do supedâneo para comun­
gar, ficando o 2.° com a patena e o l.° com a
vela acompanha a Comunhão.
Acabada esta, o 2.° ajudante conserva-se
no mesmo sítio de joelhos, até que o l.° haja
acabado de dar as galhetas. Depois levanta-se,
toma o missal, enquanto o 2.° toma o véu e
descem ambos para fazer a genuflexão no meio.
Se não tiver havido comunhão, o l.° faz
como se fosse um ajudante só, e o 2.° fica de
joelhos. Quando o l.° vai para tomar o véu,
sobe o 2.° para tomar o missal. Depois de o ter
posto no lugar da epístola, vem para baixo,
embora o l.° fique ainda em cima : conserva-se,
porém, de pé no seu lugar até o l.° descer e
então ajoelham ambos.
j No fim, o que ficou do lado da epístola vai
buscar o barrete, e seguem ambos para a
sacristia pela mesma ordem com que vieram.
I V — C o n fis s ã o
Oraçao para antes do exame de conciêneia
Senhor, Deus onipotente, prostrado humíl-
demente diante da vossa divina majestade, vos
rendo infinitas graças por todos os benefícios,
que de vossa inefável bondade tenho recebido,
e em particular por me terdes criado, conser­
vado, remido, e cumulado de tantos bens e
mercês, muitos dos quais eu ignoro.
Rogo-vos, Senhor, humildemente, que vos
digneis conceder-me abundante luz para conhe­
cer todas as faltas e pecados, com que vos tenho
ofendido, e graça eficaz para me arrepender e
emendar deles.
Exame
Primeiro mandamento. — Tenho rezado
as orações da manhã e da noite ? — Tenho
falado contra a religião ou contra os que a
praticam ? — Tenho lido ou ouvido ler algum
livro proibido pela Igreja ? — Tenho descon­
fiado da minha salvação ? — Tenho faltado ao
respeito na Igreja, profanando imagens ou coisas
sagradas ? — Tenho recebido algum sacra­
mento em pecado mortal ?
Segundo mandamento. — Tenho jurado
falso ? — Tenho jurado verdade, mas sem ser
necessário ? — Tenho proferido blasfêmias ? —
Tenho rogado pragas ou maldições ? Tenho
cumprido as promessas feitas a Deus ou aos
Santos ?
Terceiro mandamento. — Tenho ouvido
missa inteira todos os domingos e dias santos i
178 Quarta parte
— Tenho assistido a ela com atenção e respeito ?
— Tenho impedido que outros a ouvissem ? —
Tenho comido carne nos dias proibidos ?
Quarto m andam ento. — Tenho respei­
tado os meus pais ou superiores? — Tenho
obedecido ao que eles me mandam ? — Tenho-os
ofendido com palavras? — Tenho falado mal
deles diante de outras pessoas? — Tenho-os
socorrido em suas necessidades? — Se já fale­
ceram, tenho-os encomendado a Deus ?
Quinto m andam ento. — Tenho ferido
ou maltrado os meus companheiros ? — Tenho
desejado a morte a mim mesmo, ou a outro ? —
Tenho-me alegrado do mal alheio ? — Tenho
mostrado ódio em não falar, em dizer injúsrias,
em rogar pragas, em mandar fazer algum mal
por inveja ou vingança ? — Tenho-me excedido
em comer ou beber?
Sexto e nono m andam entos. — Tenho
tido maus pensamentos e consentido neles ? —
Tenho tido maus desejos ? — Tenho dito pa­
lavras deshonestas, ou ouvido outros dizê-las
sem protestar? — Tenho feito açoes contra a
santa castidade ? — Tenho lido livros obscenos,
olhado para gravuras e objetos indecentes ? —
E quantas vezes tenho caido nestes pecados ?
Sétim o e décimo m andam entos. —
Tenho roubado alguma coisa a alguém ? —
Tenho aconselhado outros a que o façam? —
Tenho causado prejuízos a outrem?
Oitavo m andam ento. — Tenho feito
juízos temerários? — Tenho murmurado, ou
ouvido murmurar com prazer ? — Tenho levan-
Confissão 179
tado alguma calúnia ou falso testemunho, quer
por palavras, quer por escrito ? — Tenho dito
mentiras ?
Pecados capitais. — Pequei por soberba,
exaltando-me sobre os outros, amando desorde­
nadamente a própria excelência, desprezando os
inferiores ? — Pequei por avareza, apegan­
do-me ao dinheiro, tendo um cuidado desorde­
nado das coisas da terra, ou tratando com
dureza os pobres ? — Pequei por luxúria, ofen­
dendo a castidade por pensamentos, palavras
ou obra? — Pequei por inveja, entristecen­
do-me do bem alheio? — Pequei por gula,
comendo ou bebendo com sofreguidão e dema-
siadamente? — Pequei por ira, agastando-me
com os meus companheiros? — Pequei por
preguiça, ao levantar, em rezar, no trabalho?
Ato de Contrição
Senhor meu Jesús Cristo, Deus e homem
verdadeiro, Criador e Redentor meu : por serdes
vós quem sois, sumamente bom e digno de ser
amado sobre todas as coisas, porque vos amo e
estimo, pesa-me, Senhor, de todo o meu coração
de vos ter ofendido, e proponho firmemente,
ajudado com os auxílios de vossa divina graça,
emendar-me e nunca mais vos tornar a ofender
e espero alcançar o perdão das minhas culpa*»,
pela vossa infinita misericórdia. Amen.
V — C om unhão
Afetos de preparação
Meu Jesús amantíssimo, creio firmemente
que vou receber o vosso Corpo, Sangue, Alma
e Divindade, tão perfeitamente como estão no
Céu. Creio-o, porque vós o dissestes.
Espero de vossa infinita bondade todos os
bens e graças, que generosamente dais aos que
vos recebem com viva fé e inteira confiança . . .
Adoro-vos, Senhor, na sagrada Hóstia . . .
Meu Jesús, eu não sou digno de vos receber
em meu coração ; mas dizei uma só palavra,
e a minha alma será salva . . .
Sei que os meus pecados me fazem indigno
de vos receber. . . Já os aborrecí, meu Jesús ;
mas detesto-os de novo agora, com todo o pesar
do meu coração . . . e proponho não vos ofender
mais . ..
Sois o médico da minha alma : quero pro­
curar no vosso Corpo e Sangue o meu remédio,
a minha força, a minha vida . . . Sois o meu
Pai amorosíssimo : quero ir a vosso braços . . .
apertar-vos contra o meu coração . . . dar-me
todo a vós.. .
Vinde, Senhor, tomar posse de mim . . .
Afetos de ação de graças
Benvindo sejais, meu doce Jesús, a esta
pobre morada do meu coração.
Como é possível que um Deus viesse visi­
tar-me, a mim, miserável pecador I ? . - -
Tenho em meu peito o Filho de Deus, o
Comunhão 181
seu corpo, sangue, alma e divindade ! — Assim
é, Sénhor, e daria mil vidas, se as tivesse, em
confirmação desta verdade.
Mas, donde me veio a mim tão grande dita?
Donde, favor tão assinalado? Potências de
minha alma, adorai o vosso Deus com a mais
profunda humildade ! Sentidos meus, prostrai-
vos ante o vosso Deus e Senhor !. . .
õ meu amantíssimo Jesús, já que me
remistes com o vosso sangue precioso, concluí a
vossa obra, coroai as vossas misericórdias, con­
cedendo-me a graça de . . ., e a vitória sobre
minha paixão dominante.
Vós, Senhor, vedes as enfermidades tão
perigosas de minha alma ; vêdes o mal que me
faz a ira, a inveja, a soberba, a gula e outras
paixões desordenadas;- sarai-me, Médico sobe­
rano e todo-poderoso, pois para este fim me
visitastes.
Desde este momento quero ser vosso, ó
meu Deus, só a vós quero pertencer, só de vós
ser possuído.
Vós me destes tudo, e eu tudo o que tenho
vos hei-de dar. Vós me destes o vosso corpo, o
vosso sangue, a vossa alma. Pois isto mesmo
vos dou eu : o meu corpo para vos servir, o
meu sangue para o derramar por vós, e a minha
alma para vos amar a minha vida inteira.
O ferta de si m esm o
5. Inácio de Loiola
Tomai, Senhor, e ' recebei toda a minha
liberdade, a minha memória, o meu enten i-
mento e toda a minha vontade. Tudo quanto
182 Quarta parte
tenho e possuo, de vós o recebí: a vós, Senhor
o entrego e restituo, para que disponhais de
tudo segundo a vossa santíssima vontade. Con­
cedei-me só a vossa graça e o vosso amor, que
isto me basta, nem outra coisa desejo de vossa
misericórdia infinita. Amen.
(3 anoa de in d u lg . u m a vez no dia. P k n á r ia no mêa,
nas condições de co stum e, LeSo X III, 26 de Maio de 1883).
Invocações
Alma de Cristo, santificai-me.
Corpo de Cristo, salvai-me.
Sangue de Cristo, inebriai-me.
Agua do lado de Cristo, lavai-me.
Paixão de Cristo, confortai-me.
Õ bom Jesús, ouví-me.
Nas vossas chagas, escondei-me ;
Não permitais que me separe de vós.
Do inimigo maligno defendei-me :
Na hora da minha morte charnai-me,
E mandai-me ir para vós,
Para que vos louve com vossos Santos
Por todos os séculos dos séculos. Amen.
(300 dia» de in d u lg ., coda vez, e p le n á ria u m a vez
no m ès, a quem costume recitá-lo todos 0 3 d ia s. 7 anos,
depois d a com unhão).
Oração a Nossa Senhora
Eu me encomendo a vós, ó gloriosa Virgem
Maria, Rainha do céu e da terra, que trouxestes
em vosso seio aquele Senhor e Criador, que eu
acabo de receber. Eu vos suplico, Mãe santíssima
de Deus, que intercedais por mim jvnt.p vosso
Comunhão
divino Filho e me alcancei dele perdão de todas
as faltas, que eu possa ter cometido em receber
tão grande sacramento. Vós fostes sempre pura
e inocente, e a vossa pureza e inocência cresceu
ainda mais, depois da incarnação do Filho de
Deus. Possa eu também depois de receber este
augustíssimo Sacramento crescer na pureza de
minha alma, e conservar o meu coração e o meu
corpo isentos de todo o pecado. Vós, depois da
conceição de vosso Filho, cantastes os louvores
de Deus e vos alegrastes em Deus vosso Sal­
vador. Alcançai-me também que eu possa
render a Deus as graças devidas por tão grande
benefício, e mostrar-me sempre fiel ao seu amor.
Oração a Jesús Crucificado
Eis-me aqui, ó bom e dulcíssimo Jesús, que
prostrado de joelhos em vossa divina presença,
vos peço e suplico, com o mais ardente fervor,
que vos digneis imprimir em meu
coração ardentes sentimentos de
fé, esperança e caridade, e um ver­
dadeiro arrependimento de meus
pecados com vontade firmíssima
de os emendar ; enquanto eu, com
grande afeto e dor d^alma, con­
sidero e medito as vossas cinco chagas, tendo
diante dos olhos o que já o santo profeta Davi
dizia de vós, ó bom Jesus : “Traspassaram mi­
nhas mãos e meus pés, contaram todos os meus
ossos”.
In d . de 10 anos. Indulgência plenária a quem rezar
esta oração diante de um a im agem do crucifixo , tendo-se
confessado e comungado , e orando pelas necessidades da
San ta Igreja .
Quarta parte
Ato de conform idade
Senhor, meu Deus, de todo o meu coração
e plena vontade, aceito desde já de vossa mão
com todas as suas angústias, penas e dores, ó
gênero de morte que vós fordes servido reser­
var-me.
(In d u lg ê n c ia p le n á ria , a p lic a ve l n a hora da m orte .
P io X , 9 d e M a rço, 1904).
Oração p elo clero
Deixai, ó Jesús, que em vosso Coração
Eucarístico depositemos nossas mais ardentes
preces pelo nosso clero, e sede propício aos
nossos pedidos.
Multiplicai as vocações sacerdotais na nossa
Pátria ; atraí ao vosso altar os filhos do nosso
Brasil ; chamai-os com instância ao vósso mi­
nistério.
Conservai, na perfeita fidelidade ao vosso
serviço, aqueles a quem já chamastes ; afervo-
rai-os, purificai-os, santificai-os, não permi­
tindo que se afastem do espírito da vossa Igreja.
Não consintais, 6 Jesús, nós vos suplicamos,
que debaixo do céu brasileiro sejam, por mãos
indignas, profanados os vossos mistérios de amor.
Também vos pedimos com instância: deixai
que a misericórdia do vosso Coração vença a
vossa justiça divina por aqueles que se recusa­
ram à honra da vocação sacerdotal ou deser­
taram das fileiras sagradas.
Atendei, ó Jesús, a esta nossa insistente
oração, vo-lo pedimos por vossa Mãe, Maria
Santíssima, rainha dos Sacerdotes.
Exame de conci^ncla ÍSo

ó Maria, a vosso Coração confiamos o


nosso Clero; guiai-o, protegei-o, salvai-o.
100 d ia s de in d u lg ên cia aos que recitarem esta oradlo
a n tes ou d epois d a com unhão sacram ental ou esviritu a l __
Rio, 27-X-1922. — f Sebastião.
Coração Eucarístico de Jesús, modelo do
Coração Sacerdotal, tende piedade de nós.
(300 d ia s de in d u lg . Pio X, 10 de Set., 1907).

VL Exames de conciência
A — E xam e geral
(M étodo de S , In á cio )
1. ° Agradecer os benefícios recebidos. —
Meu Deus, meu Pai e meu Criador eu vos
adoro, louvo e reverencio, e vos dou infinita
graças por me terdes criado, feito cristão e
cumulado de benefícios . . .
2. ° Pedir luz para conhecer os próprios
pecados e graça para os aborrecer e detestar.
— Õ divino Espírito Santo, dignai-vos conce­
der-me luz para conhecer os meus pecados,
negligências e defeitos, e graça eficaz para me
arrepender e emendar deles.
3. ° Examinar as ofensas feitas a Deus
por pensamentos, palavras e obras desde o
últim o exame até à hora presente, respon­
dendo ao seguinte interrogatório (ou outro
sem elhante conforme o estado e condição
de cada um) : (vêr pag. 192).
M Quarta parte
4.° Fazer um ato de contrição das faltas
com etidas, incluindo nele as m ais graves
da vida passada.
Que teria sido de mim, ó meu Deus, se me
tivésseis castigado como eu merecia ? Ai! quanto
me pesa das minhas culpas, que grandes castigos
provocaram 1 E como fui louco em renunciar
à felicidade eterna da bema venturança pela
mesquinha satisfação de um pecado, que ainda
neste mundo me aviltou e encheu de remorsos!...
E ofender-vos eu a vós ! . . . eu tão miserável,
tão ingrato, tão cheio de graças e dons. . . a
vós, meu Criador, meu Pai e Redentor, infini­
tamente bom e amavel, a própria onipotência,
santidade e amor 1. . .
5.° Propor a em enda com a graça di­
vina. — Ah ! mas nunca mais pecarei, Senhor,
nunca mais vos ofenderei. Antes a morte, Se­
nhor, antes todos os trabalhos do mundo, por­
que tudo passa e a eternidade não acaba ;
porque o pecado é um mal maior que o inferno ;
porque não há, nem pode haver, compensação
para a perda de um bem inifnito, qual é o céu ;
porque o pecado vos ofende e desgosta, a vós,
meu Deus, meu Pai e meu Criador, beleza e
amabilidade infinita . . .
Prom eter evitar algum a falta m ais
particular ou algum a ocasião de pecado,
e term inar com um Padre Nosso.
B Exame particular
l.° Todos os dias de manhã, apenas levan­
tado, propor evitar algum defeito particular,
Exame de conciéncia 187
- ou falta em que mais costume cair ; — ou pra­
ticar alguma virtude determinada, que mais
deseje alcançar.
2.° Ao meio dia (ou antes do jantar, à hora
certa), observado o l.° e o 2.° pontos do exame
geral, discorrendo por todas as horas do dia
até aquele momento, examinar e apontar o
número de vezes que caiu no defeito que quer
evitar (ou o número de atos que praticou da
virtude que deseja alcançar) e propor emenda
(ou mais fervor) até ao 2.° exame que há-de
fazer.
2.° À noite antes de se deitar, fazer o 2.°
exame, do mesmo modo que ao meio dia, apon­
tando também o número das fitas cometidas
ou dos atos de virtude, praticados.
A) Pelo dia adiante, cada vez que cair
naquele pecado oü defeito particular, arrepen­
der-se logo dessa falta (ainda que não fosse
senão pondo a mão no peito), e ir notando o
número dessas faltas, ou dos atos da virtude
praticada.
B) Conferir o exame da manhã com o da
tarde, e ver se há emenda do defeito ou pro­
gresso na virtude.
C) Conferir do mesmo modo os exames de
um dia com os do outro.
D) Conferir uma semana com outra, um
mês com outro, a ver se há emenda ou progresso.
NOTA. — Muito aproveita igualmente examinar
as principais*ações do dia logo depois de as ter praticado,
vendo se as ofereceu a Deus ou as fez com reta intenção,
se durante elas levantou o pensamento a Deus, se tra­
balhou com empenho, etc..
VII — Orações da noite
Pelo sinal da santa Cruz, livrai-nos Deus
Nosso Senhor, dos nossos inimigos. Em nome
do Padre e do Filho e do Espírito Santo. Amen.
Meu Deus, meu Pai e meu Criador. Eu
vos adoro e reverencio de todo o meu coração.
Dou-vos infinitas graças por me terdes criado,
feito cristão e conservado neste dia.
Creio em vós, porque sois a mesma verdade.
Espero em vós, porque sois fiel às vossas pro­
messas. Amo-vos de todo o meu coração, por­
que sois infinitamente bom e amavel. E amo
ao meu próximo como a mim mesmo por amor
de vós.
Divino Espírito Santo, dignai-vos conce­
der-me luz para conhecer os meus defeitos e
pecados, e graça eficaz para me arrepender e
emendar deles.
Exame de conciéncia
Deveres para com Deus : Omissões . . .
negligência nos deveres de piedade . . . irreve­
rência na igreja . . . distrações voluntárias nas
orações. . . resistência à graça. . . juram entos...
murmurações interiores.. . falta de confiança
ou de resignação. . .
Deveres para com o próximo : Juizos
temerários . . . desprezo . . . ódio . . . inveja . . .
desejo de vingança . . . ira . . . imprecações . . •
maledicências.. . falsos testemunhos. . . dano
em bens ou reputação... mau exemplo ou
escândalo.. . falta de respeito, obediência, cari­
dade, fidelidade.. .
Orações da noite 189
Deveres para conoseo : Vaidade... orgu­
lh o .. . respeito hum ano... mentiras... pensa­
mentos, desejos, palavras ou ações contra a
pureza . . . intemperança . . . cólera . . . impa­
ciência. . . ociosidade.. . negligência nos deveres
do próprio estado...
Exames para colegiais
Como fiz o último exame? — Ao deitar e
levantar guardei a devida modéstia ? — Levan­
tei-me, logo que para isto se deu o respectivo
sinal ? — Rezei devotamente as orações da
manhã e da noite? — Como assistí ao santo
Sacrifício da Missa ; — Rezei as orações vocais
com atenção ? — Guardei o devido respeito a
todos os meus superiores? — Tratei com cari­
dade todos os meus companheiros ? — Apli-
quèi-me com seriedade ao estudo ? — Como
guardei o silêncio ? — Estive nas aulas com
atenção e decoro ? — Como observei a modéstia
■ dos sentidos, principalmente os olhos, ouvidos
e língua ? — Guardei a temperança no comer ?
— Nos recreios juntei-me com maus compa­
nheiros? — murmurei dos superiores ? —
Trouxe à pratica conversas impuras? — Faltei
à castidade por pensamentos, palavras ou
obras? — Como observei o regulamento do
Colégio ?
Ato de contrição
Senhor meu Jesús Cristo, Deus e homem
verdadeiro, Criador e Redentor meu : por serdes
vós quem sois, sumamente bom e digno de ser
amado sobre todas as coisas, e porque vos amo e
190 Quarta parte
estimo, pesa-me, Senhor, de todo o meu coração
de vos ter ofendido, e proponho firmemente
ajudado com os auxílios da vossa divina graça
emendar-me e nunca mais vos tornar a ofender
e espero alcançar o perdão das minhas culpas,
pela vossa infinita misericórdia. Amen.
Súplicas
Dignai-vos, Senhor, conservar-me esta
noite sem pecado ; abençoai o descanso que
vou tomar, afim de repar as forças para vos
servir melhor e com mais fervor.
Coração santíssimos de Jesús e Maria,
entrego-vos nesta noite a minha alma e o meu
corpo, para que em vós descansem tranquila­
mente : e porque eu, enquanto dormir, não
posso louvar a Deus, peço-vos que o louveis
por mim, de modo que, quantas forem as pul­
sações do meu coração, tantos sejam os louvores
que vós por mim deis à SS. Trindade.
ó Virgem SS., Mãe do meu Deus, e depois
de Deus minha esperança, meu refúgio e meu
amparo, socorrei-me em todas as minhas neces­
sidades, defendei-me nesta noite contra todos
os inimigos, e livrai-me de todo o mal.
S. José, castíssimo esposo de Maria, rogai
por nós.
Amado Jesús, José e Maria, o meu coração
vos dou e minha alma.
Amado Jesús, José e Maria, assistí-me na
última agonia.
Amado Jesús, José e Maria, expire em paz
entre vós a minha alma.
Santo Anjo do Senhor, meu zeloso guar-
dador, já que a ti me confiou a piedade divina
sempre me rege, guarda, governa e ilumina!
Pelas almas do purgatório
~f. Dai-lhes, Senhor, o eterno descanso.
% Entre os resplendores da luz perpétua.
y. Descansem em paz.
1$. Amen.

VIII — Novenas e orações várias


Ao divino Espírito Santo
Novena da festa
Vinde, Espírito'*Santo, enchei os Corações
de vossos fiéis, e acendei neles o fogo do vosso
amor.
Vinde, Espírito Criador, visitai-nos, e enchei
nossos corações que criastes, com a vossa divina
graça. Vmde e repousai sobre nós, Espírito de
sabedoria e inteligência, Espírito de conselho
fortaleza, Espírito de ciência, de piedade e de
temor de Deus. Espírito Santo, Amor Eterno
do Padre e do Filho, dignai-vos também con­
ceder-nos os vossos doze dons. Vinde, Espírito
Santo Divino, ficai conosco e derramai sobre
nós as vossas divinas bênçãos.
Espírito Divino, fazei que a nossa alma
seja sempre vossa morada, e o nosso corpo vosso
sagrado templo. Habitai em nós e ficai conosco
na terra, para que mereçamos ver-vos eterna­
mente nó reino da glória. Amen.
m Quarta parte
A Nosso Senhor
I. — Quinze m inutos em com panhia
de Jesús Sacramentado
Não é necessário, meu filho, saber muito
para me agradar muito: basta que me ames com
fervor. Fala-me, pois, aqui com simplicidade e
candura, como farias ao mais íntimo de teus
amigos, como falarias a tua mãe, a teu irmão.
Precisas fazer-me alguma súplica em favor
de alguém?. . . Dize-me o seu nome, quer seja
o de teus pais, quer o de teus irmãos c amigos ;
dize-me em seguida o que quererías que eu
fizesse atualmente em favor deles.
Pede muito, muito, não desanimes em pedir.
Deleitam-me os corações generosos, que chegam
a esquecer-se quase de si próprios, para atender
às necessidades alheias.
Fala-me assim, com sinceridade e lhaneza.
dos pobres que queres consolar, dos enfermos que
vês perto da morte, dos extraviados que desejas
conduzir oa bom caminho, dos amigos ausentes,
que estimarias ver de novo a teu lado. Dirige-
me por todos ao menos uma palavra, mas uma
palavra de amigo, afetuosa e cheia de fervor.
Lembra-me que prometí ouvir toda a prece
que sair do coração. E não há-de ser do coração
o pedido que me fazes por aqueles que teu
coração mais especialmente ama?
E para ti não necessitas de alguma graça ?...
Se. queres, faze-me um como catálogo de tuas
necessidades, e vem lê-lo ao pé de mim.
Dize-me francamente que sentes em ti
soberba, amor à sensualidade e ao regalo ; que
A Nosso Senhor 193
és talvez egoista, inconstante ,negligente . ., e
pede-me que vá sem detença em auxílio dos
esforços poucos ou muitos, que fazes para sacu­
dir de ti essas misérias...
Não te envergonhes, pobre alm a!... Há
no céu tantos e tantos justos, tantos e tantos
santos de primeira ordem, que tiveram esses
mesmos defeitos ! Porém oraram com humil­
dade, lutaram com energia e constância, e pouco
a pouco se viram livres deles.
Menos ainda duvides pedir-me bens espiri­
tuais e temporais : saude. . . memória. . . bom
entendimento. . . êxito feliz nos trabalhos, negó­
cios ou estudos. . . Tudo isso posso dar-te, e o
dou, e desejo que m;o peças, contanto que não
seja contrário à tua santificação, antes nela te
ajude e aproveite.
Agora mesmo, que necessitas?... Que
posso fazer para bem teu?... Se souberas os
desejos que tenho de te favorecer !.. .
Trazes presentemente algum projeto entre
mãos?. . . Conta-me tudo minuciosamente. Que
te preocupa ?.. . Que pensas ?.. . Que desejas ?...
Dize-me que coisa chama hoje particular­
mente a tua atenção ?. . . que anelas mais viva­
mente. e os meios com que contas para con-
seguí-la. . .
Dize-me se vai mal a tua empresa, e eu te
direi as causas do mau exito.
Não queres que tome algum interesse por
ti ? Meu filho, eu sou Senhor dos corações
e levo-os suavemente, sem prejuízo da liberdade
deles, para onde me apraz...
194 Quarta parte
Sentes acaso tristeza ou m au-hum or?..
Pobre alma desconsolada, conta-me com todos
os pormenores as tuas tristezas... Quem te
magoou ? . . . Quem ofendeu o teu amor pró­
prio ? . . . Quem te desprezou ? .. .
Aproxima-te do meu Coração, que tem
bálsamo eficaz para todas as feridas do teu.
Dá-me conta de tudo, e acabarás em breve por
dizer-me que, à minha imitação, tudo perdoas,
tudo esqueces.. . e terás em prêmio a minha
bênção consoladora.
Temes porventura ? .. . Sentes nalma
aquelas vagas melancolias que, ainda quando
justas, não deixam de lacerar o teu coração ?...
Lança-te nos braços da minha Providência.
Estou contigo.. . Tens-me aqui, a teu lado :
tudo vejo, ouço tudo, e nem um momento te
desamparo.
Sentes indiferença da parte das pessoas que
pouco antes te queriam bem e agora, esquecidas
ou ingratas, se desviam de ti, sem lhes teres
dado motivo algum ?.. . Roga por ela... e eu
as restituirei a teu lado, se não forem de obstá­
culo à tua santificação.
E não tens alguma alegria, alguma conso­
lação que me comuniques ?.. . Por que não me
fazes participante delas, como a bom amigo ?
Conta-me o que desde ontem, desde a tua
última visita, te consolou, e fez dilatar o teu
coração. Talvez tenhas tido agradáveis surpre­
sas. .. talvez visses dissipados negros receios.. .
talvez recebesses alegres notícias... uma carta...
um sinal de carinho... uma dificuldade vencida...
um perigo desviado... Tudo é obra minha : tudo
A Nosso Senhor 195
isso eu dispus em teu favor. Por que não hás-de
me manifestar por tudo a tua gratidão, e dizer-
me sinceiamente, como um filho a seu pai * *_
Graças, meu Pai, graças infinitas !... O agrade­
cimento traz consigo novos benefícios, porque
dá gosto ao benfeitor ver-se correspondido.
_E por mim ?.. . Não sentes desejo da minha
glória?... Não quererías por amor de mim
fazer algum bem a teu próximo... a teus ami­
gos. . . àqueles que tu estimas e talvez vivam
esquecidos de mim ?.. . Abre generosamente o
teu coração...
Não tens alguma promessa que fazer-me ?...
Leio, já o sabes, no fundo do teu coração. Os
homens podem enganar-se facilmente; Deus,
não. Fala-me, pois, com toda a sinceridade.
Tens firme resolução de não te expor mais
àquela ocasião de pecado?... de privar-te da­
quele objeto que te é nocivo ? ... de não ler de
novo aquele livro que te exaltou a imaginação ?...
de não tratar mais com aquela pessoa que te rou­
bou a paz da alma ? ... E voltarás a ser manso
com aquela outra, a quem, por não te servir
uma vez, tens olhado até hoje como inimigo ? ...
Pois bem, meu filho 1 Volta às tuas ocupa­
ções ordinárias.. . à tua família.. . ao teu
estudo. . . Porém, não esqueças os quinze mi­
nutos de grata conversação, que tivemos aqui
os dois, na solidão do santuário...
Guarda, em tudo o que puderes, silêncio,
modéstia, recolhimento, resignação, na minha
vontade e sinceridade com o próximo. Ama
deveras a minha Mãe, que também o é tua, a
Virgem Santíssimo.. . .
196 'Quarta parte
E volta de novo amanhã, com um coração
mais amoroso ainda, e mais dedicado ao meu
serviço ; no meu encontrarás cada dia novo
amor, novos benefícios, novas consolações.
II. — N ovena do SS. Coração de Jesús
Senhor Jesús, Salvador de nossas almas,
que prometestes vos acharieis onde dois ou três
se reunissem em vosso nome : eis aqui os nossos
corações unidos e concordes para vos adorarem,
louvarem, amarem e agradecerem ao vosso san­
tíssimo Coração, ao qual juntamente dedicamos
os nossos, agora e por toda a eternidade. Renun­
ciamos para sempre a todas as afeições, que não
estão no amor e dependência do vosso adoravel
Coração, desejando que todas as vontades, aspi­
rações e suspiros dos nossos corações sejam
sempre conformes com a vontade do vosso. Que­
remos contentá-lo tanto quanto pudermos. Mas,
como não podemos só por nós fazer nada de
bom, suplicamo-vos, ó amabilíssimo Jesús, pela
infinita bondade e doçura do vosso sacratíssimo
Coração, que fortaleçais os nossos, confirman-
do-os no vosso amor e serviço, para que nada os
possa jamais separar de vós, sacrificando neste
intento ao amor do vosso sagrado Coração todos
os vãos prazeres e divertimentos terrenos e
caducos. Confessamos que tudo é vaidade e
aflição de espírito fora do vosso amor e serviço,
ó amabilíssimo Salvador ; e daqui em diante
não queremos outra glória senão a de vos servir,
amar e glorificar, sempre e em tudo, ainda à
custa da nossa vida. Amen.
Consagração ao C, de Jesús 197
*ft. Cor Jesu fla- f . Coração de jesús,
grans amore nostri. abrasado em nosso
I#. Inflamma cor amor :
nostrum amor tui. Inflamai o nosso
Oremus coração no vosso amor.
Deus qui nobis in Oremos
corde Filii tui nostris O Deus, que no Cora­
vulnerati peccátis in­ ção de vosso Filho, feri­
finitos dilectionis the- do por nossos pecados,
sauros misericorditer vos dignais prodigali­
largirc dignaris, con­ zar-nos os infinitos te­
cede, quaesumus, ut souros do amor, nós vos
illi devotum pietatis rogamos, que, rendendo-
nostrse praestantes lhe o preito de nossa de­
obsequium, dignae voção e piedade, tam­
quoque satisfactionis bém cumpramos digna­
exhibeamus officium. mente para com ele o
Per eumdem Christum dever de reparação. Pelo
Dóminum nostrum. mesmo Cristo Senhor
Amen. nosso. Amen.
III. — Consagração ao SS. Coração de Jesús
Adorável Jesús, méu Salvador e meu Deus I
Humildemente prostrado na vossa divina pre­
sença, venho consagrar-me ao vosso sagrado
Coração, em reconhecimento de todos os bene­
fícios, que tendes concedido aos homens, e par­
ticularmente da graça inestimável que nos
fizestes de ficar no Santíssimo Sacramento do
altar. Consagro-me também ao vosso Coraçao
adoravel para reparar, quanto me e possível, as
afrontas aue vos têm sido feitas e as que possam
ser-vos ainda feitas até ao fim do mundo. Quero
198 Quarta parte
desde já empenhar-me com todas as minhas
ações e méritos neste espírito de reconhecimento
e reparação.
Recebi, ó Coração divino, todos os meus
pensamentos e desejos, a minha liberdade, a mi­
nha memória, a minha vontade, minhas ações e
minha vida. Recebei minhas penas e sofrimentos,
pois todo a vós me entrego para sempre. Sinto
não vos poder oferecer mais, e não ser senhor
dos corações de todos os homens para com eles
vos render vassalagem 1
Senhor 1 todos os instantes da minha vida
vos pertencem, todas as minhas ações são vossas;
não permitais que nelas se introduza coisa algu­
ma, que as torne indignas do vosso Coração ;
fazei que as comece, continue e acabe com a
vossa graça, unicamente para vos agradar e
servir. Para este fim as uno às vossas, e as
conformo com as santas e divinas disposições
de que o vosso Coração está animado.
ô meu Jesús, reinai absolutamente em
mim. Fazei que eu dependa inteiramente de
vós, e que todo o meu cuidado seja imitar o
vosso Coração adoravel, no qual encontro o
modelo perfeito de toda a santidade, a minha
força, o meu refúgio, a minha consolação e a
minha esperança. Amen.
CONSAGRAÇÃO AO SAGRADO
CORAÇÃO DE JESÚS
(Pio XI, 1925)
Dulcíssimo Jesús, Redentor do gênero hu­
mano, lançai um olhar favoravel sobre nós,
humildemente prostrados diante de vossos alta-
Consagração ao SS. C. de Jesús 199
res. Somos e queremos ser vossos; mas para
que possamos viver mais estreitamente unidos
a Vós, cada um de nós neste dia se consagra
espontâneamente ao Vosso Sacratíssimo Co-
ração.
Muitos homens nunca vos conheceram *
muitos desprezaram os vossos mandamentos e
vos abandonaram ; tende compaixão de uns e
de outros, ó Amabilíssimo Jesús, e chamai-os
todos para o vosso Coração. Sede, Senhor, o
Rei não só dos fiéis que nunca se afastaram
de Vós, mas também dos filhos pródigos que
vos abandonaram. Fazei que estes voltem
quantos antes à casa paterna, para não morre­
rem de miséria e de fome.
Sêde o Rei daqueles que vivem dominados
pelo erro ou vivem separados da Igreja pelo
cisma ; conduzí-os ao porto da Verdade e à
unidade da Fé, afim de que, em breve, haja um
só rebanho e um só Pastor.
Sêde, finalmente, o Rei de todos os que
estão mergulhados nas antigas superstições dos
gentios e do islamismo e não recuseis arrancá-
los às trevas para os conduzir à luz e ao reino
de Deus. Volvei, enfim, um olhar de miseri­
córdia aos filhos do que foi outrora o vosso povo
escolhido ,* desça também sobre eles, num batis­
mo de redenção e de vida, aquele Sangue que
um dia sobre si invocaram.
Dai, Senhor, à vossa Igreja salvaçao, segu-
rança e liberdade. Concedei a todas as nações
tranquilidade e ordem; e fazei que de uma a
outra extremidade da terra ressoe uma só pa­
lavra : — “Louvor ao Coração Divino que nos
200 Quarta parte
deu a salvação ; a Ele se dê honra e glória por
todos os séculos. Amén”.
L adainha do SS. Coração de Jesús
Senhor, tende piedade Kyrie, eleison.
de nós.
Jesús Cristo, tende pie­ Christe/ eleison.
dade de nós.
Senhor, tende piedade Kyrie, eleison.
de nós.
Jesús Cristo, ouví-nos. Christe, audi nos.
Jesús Cristo, atendei- Christe, exaudi nos.
nos. P a t e r d e caelis
Deus Padre, dos céus,*) Deus, *)
Deus Filho, Redentor Fili, Redemptor mun­
do mundo. di Deus.
Deus, Espírito Santo. Spiritus
Santíssima Trindade, Deus. S a n c t e ,
que sois um só Sancta Trinitas unus
Deus,
Coração de Jesús, Filho CorDeus,
Jesu, Filii Patris
do Padre Eterno,. aetérni,
Coração de Jesús, for­
mado pelo Espírito Cor Jesu, in sinu
Santo no seio da Vir­ Virginis Matris a
gem Mãe. Spiritu Sancto for-
Coração de Jesús, unido matum,
substancialmente ao Cor Jesu, Verbo Dei
Verbo de Deus, substantialiter uni-
Coração de Jesús, de tum,
Majestade infinita, Cor Jesu, Majestatis
infinita,
*) Tende piedade de
nós. *) Miserére nobis.
____ Ladainha do SS. Coração de Jesús 201
c or Jesu, templum Coração de Jesús, te<n-
& Del Sanctum, *) pio Santo de Deus *)
Cor Jesu, taberná- Coração de Jesús, Ta-
culum Altissimi, bernaculo do Altís­
simo,
Cor Jesu, domus Dei Coração de Jesús, casa
et porta cseli, de Deus e porta do
céu,
Cor Jesu, fornax ar- Coração de Jesús, for­
dcns caritátis, nalha ardente de cari­
dade,
Cor Jesu, justitiae et Coração de Jesús, re­
amoris receptácu- ceptáculo de justiça e
lum, de amor,
Cor Jesu, bonitate et Coração
de
de Jesús, cheio
bondade e de amor,
amore plenum, Coração de Jesús, abis­
Cor Jesu, virtutum mo de todas as virtu­
omnium abyssus, des.
Coração de Jesús, dig­
Cor Jesu, omni laude níssimo de todo o
dignissimum, louvor,
Coração de Jesús, rei e
Cor Jesu, rex et centro de todos os
centrum omnium corações,
cordium, Coração de Jesús, no
Cor Jesu, in quo tesouros qual estão todos os
sunt omnes the- e ciência,da sabedoria
sauri sapientiffi et
scientiae, *) Tende piedade de
*) Miserére nobis. nós.
202 Quarta parte
Coração de Jesús, no Cor Jesu, in quo há,
qual habita toda a bitat omnis pleni-
plenitude da divin­ tudo divinitatis, *)
dade. *)
Coração de Jesús, no Cor Jesu, in quo Pa-
qual o Pai celeste põe ter sibi bene com-
as suas complacências. placuit,
Coração de Jesús, de Cor Jesu, de cujus
cuja plenitude nós to­ plenitudine omnes
dos participamos, nos aceépimus.
Coração de Jesús, dese­ Cor Jesu, desiderium
jo das colinas eternas, eollium aíternorum,
Coração de Jesús, pa­ Cor Jesu, patiens et
ciente e misericor­ multse misericor-
dioso, diae.
Coração de Jesús, rico Cor Jesu, dives in
para todos os que vos omnes qui ínvocant
invocam, te,
Coração de Jesús, fonte Cor Jesu. fons vitse
de vida e santidade, et sanctitátis,
Coração de Jesús, pro- Cor Jesu, propitiatio
piciação pelos nossos pro peccátis nostris.
pecados,
Coração de Jesús, satu­ Cor Jesu, saturatum
rado de opróbios, opprobriis,
Coração de Jesús, atri­ Cor Jesu, attritum
bulado por causa de propter s c e 1 e r a
nossos crimes, nostra,
*) Tende piedade de *) Miserére nobis.
nós.
Ladainha do SS. Coração de Jesús 203
Cor Jesu, usque ad Coração de Jesús, feito
mortem obediens obediente ate à morte,
factum,
Cor Jesu, lancea per- Coração de Jesús, atra­
foratum, vessado pela lança.
Cor Jesu, fons totius Coração de Jesús, fonte
consolatiónis, de toda a consolação,
Cor Jesu, vita et re- Coração de Jesús, nossa
surrectio nostra, vida e ressurreição,
Cor Jesu, pax et re- Coração de Jesús, nossa
conciliatio nostra, paz e reconciliação,
Cor Jesu, victima Coração de Jesús, víti­
peccatorum, ma dos pecadores.
Cor Jesu, salus in te Coração de Jesús, salva­
sperantium, ção dos que esperam
em vós,
Cor Jesu, spes in te Coração de Jesús, espe­
morientium, rança dos que expi­
ram em vós,
Cor Jesu, deliciae Coração de Jesus, delí­
Sanctórum omnium, cia de todos os Santos,
Agnus Dei, qui tollis Cordeiro de Deus, que
tirais os pecados do
peccata mundi, par- mundo,
ce nobis, Domine. perdoai-nos,
Senhor.
Agnus Dei, qui tollis Cordeiro
tirais
de Deus. que
os pecados do
peccata m u n d i , mundo, ouví-nos, Se­
exaudi nos, Domine. nhor.
Agnus Dei, qui tollis Cordeiro
tirais
de Deus, que
os pecados do
peccata mundi, mi- mundo, tende piedade
serére nobis. de nós.
204 Quarta parte
"f’ Jesús, manso e | f-' Jesu, mi tis et
humilde de coração. humilis Corde,
1$. Fazei nosso cora­ R7. Fac cor nostrum
ção s e m e l h a n t e ao secundum Cor tuum.
vosso.
O rem os Q rem us
Ó Deus que no Cora­ Deus qui nobis in
ção de vosso Filho, feri­ corde Filii tui nostris
do por nossos pecados, vulnerati peccátis in­
vos dignais prodigali­ finitos dilectionis the-
zar-nos os infinitos te­ sauros misericorditer
souros do amor, nós vos largire dignaris, con­
rogamos, que, rendendo- cede, qv.sesemus, ut illi
lhe o preito de nossa de­ devotum piètatis nostrae
voção e piedade, tam­ praestantes obsequium,
bém cumpramos digna­ dignse quoque satisfatio-
mente para com ele o nis exhibeamus offi-
dever de reparação. Pelo cium. Per eumdem
mesmo Cristo Senhor Christum Dominm nos­
nosso. Amen. trum. Amen.
(5 a no s de in d u lg ên cia ; p le n á ria no m ês, n a s con­
dições de co stu m e, Sagr. P e n it., 23 de J u n h o de 1935).V .

V. — Novena do M enino Jesus


1. Eterno Padre, eu vos ofereço para vossa
honra e glória e para minha salvação os sofri­
mentos da Santíssima Virgem e de S. José na
longa e penosa iornada de Nazaré a Belem, e a
angústia de seus corações por não acharem onde
hospedar-se, quando se aproximava o nasci­
mento do Redentor do mundo. — Gl. P.
Novena do Menino Jesús 205
2. Eterno Padre, eu vos ofereço para vossa
honra e glória e minha salvação o presépio em
que Jesus Cristo nasceu, as palhinhas que ser­
viram de berço, o frio que sofreu, as mantilhas
em que foi envolvido, as lágrimas que derramou
e os seus ternos gemidos. — GL P.
3. Eterno Padre, eu vos ofereço para vossa
honra e glória, e para minha salvação, a humil­
dade, mortificação, paciência, caridade e todas as
virtudes de Jesús Menino, e vos agradeço, amo
e bendigo constantemente por este inefável mis­
tério da Incarnação do Verbo divino* — GL P.
*f. Rorate caeli de- 'f. Rociai, ó céus, do
super et nubes pluant alto, e chovam as nu­
Justum : vens o Justo :
1$?. Aperiatur terra, R7. Abra-se a terra, e
et germinet Salvató- germine o Salvador.
rem.

Oremus Oremos
Excita, Dómine, Excitai, Senhor, os
corda nostra ad prse- nossos corações a pre­
parandas Unigeniti pararem os caminhos do
tui vias ; ut per ejus vosso Unigénito ; para
adventum purifica- que, pelo advento deste,
tis tibi mentibus ser- mereçamos ser vir-vos
vire mereamur. Qm com puro coração. O
tecum vivit et regnat qual convosco vive e
in saecula sseculórum. reina pelos séculos dos
IV. Amen. séculos. H7. Amen.
206 Quarta, parte
VI. — Via-Sacra
I . E stação
Jesús condenado à morte
)t. Nós vos adoramos e louvamos, Senhor
Jesús Cristo.
IV. Porque pela vossa santa cruz remistes o
mundo.
0 meu Jesús, por aquela injusta sentença
de morte, tantas vezes confirmada por minhas
culpas, livrai-me da sentença de eterna morte,
que tantas .vezes tenho merecido.
P. N.; A. M.; Gl. P.
j^. Compadecei-vos de nós, Senhor.
IV. Compadecei-vos de nós.
y . As almas dos fiéis defuntos por miseri­
córdia de Deus descansem em paz.
IV- Amen.
N a s dem ais estações, tu d o com o n a prim eira, m u­
d an d o apenas a súplica.
II. Estação
Jesús com a cruz às costas
ô meu Jesús, que voluntariamente tomastes
aos ombros a pesadíssima cruz, fabricada por
meus pecados, fazei-me conhecer a gravidade
deles, para que os chore e deteste enquanto me
durar a vida.
III. Estação
Jesús cai pela primeira vez
O enorme peso de minhas culpas vos fez
cair, ó meu Jesus, debaixo de vossa cruz. Eu as
Via Sacra 207
aborreço e detesto : delas vos peço perdão e a
graça de não vos tornar a ofender daqui para o
futuro.
IV. Estação
Jesú s encontra sua M ãe santíssim a
Aflitíssimo Jesús/ Virgem dolorosíssima/
Se, por minhas culpas passadas, tenho sido a
causa de vossas penas e de vossas dores, espero,
com o auxílio divino, não será assim no resto de
minha vida, mas que fielmente vos amarei até
à morte.
V. Estação
Jesús é ajudado pelo Cirineu
Ó que afortunado foi o Cirineu, amado
Jesús, que vos ajudou a levar a vossa Cruz !
Também eu serei feliz, se vos ajudar a levá-la,
sofrendo paciente e voluntariamente as cruzes,
que no decurso de minha vida me enviardes.
Vós, porém, meu Jesús, concedei-me para isto
a vossa graça.
VI. Estação
A Verônica enxuga o rosto de Jesús
Benigníssimo Jesús, que vos dignastes im­
primir o vosso santíssimo rosto naquele pano,
com que a Verônica vo-lo enxugou : imprimí,
Senhor eu vo-lo rogo, na minha alma a contínua
memória de vossas acerbíssimas dores.
VII. Estação
Jesús cai pela segunda vez
As minhas repetidas culpas vos fizeram cair
em terra novamente, ó meu Jesús. Ajudai-me
208 Quarta parte
vós, Senhor, a pôr em prática os meios eficazes
para não tornar a recair nos meus pecados.
V III. E stação
Jesús jala às mulheres que o lamentam
Meu Jesús, que consolastes as piedosas
filhas de Jerusalem, que choravam ao ver-vos
tão atormentado : consolai minha alma com
vossa misericórdia, na qual somente quero con­
fiar, e à qual prometo sempre corresponder.
IX . E stação
Jesús cai pela terceira vez
Pelos tormentos, por vós sofridos, ó meu
Jesús, ao cairdes pela terceira vez em terra sob
o peso da cruz, peço-vos que façais não torne eu
a cair em pecado. Sim, amado Senhor : antes
morrer, que tornar a pecar.
X. E stação
Jesús despojado de suas vestes
0 meu Jesús, que fostes despojado de vossas
vestes e amargurado com fe l: despojai-me do
afeto às coisas terrenas, e fazei que eu aborreça
tudo o que é mundano e pecaminoso.
XI. Estação
Jesús pregado na cruz
J*OT aquelas angústias que provastes, ó meu
Jesús, ao serem vossas mãos e pés cravados na
Via Sacra 209
cruz com duros cravos, fazei que eu crucifique
sempre a minha carne e o meu espírito numa
mortificação contínua e perfeitamente cristã.
XII. Estação
Jesús morto na cruz
ó meu Jesús que, depois de três horas de
tormentosa agonia, expirastes na cruz por meu
amor : fazei que eu morra, antes que torne a
cair em pecado. E, se me cumpre ainda viver,
viva só para amar-vos e fielmente vos servir.
XIII. Estação
Jesús morto, nos braços de sua Mãe SSma.
Õ Maria, Mãe dolorosíssima, que espada de
dor traspassou o vosso Coração, ao verdes morto
em vossos braços Jesús, vosso adorado filho !
Alcançai-me, Senhora, que' sempre deteste o
pecado, causa da sua morte e de vosso tão
grande sofrimento, e que no futuro viva como
verdadeiro cristão para poder salvar a minha
alma.
XIV. Estação
Jesús encerrado no sepulcro
Convosco quero estar, ó meu Jesus, e estar
sempre como se eu mesmo fôra morto ; mas, se
determinais que viva, quero viver só para vós,
e gozar convosco no céu os frutos da vossa
Paixão e Morte, dolorosíssima. Amen.
210 Quarta parte
O rem os
Ó Deus, que pelo precioso Sangue de vosso
Unigénito Filho quisestes santificar o estandarte
da Cruz vivificante : concedei, que os que na
honra da mesma santa Cruz se alegram, se
alegrem também sentindo por toda a parte a
vossa proteção. Pelo mesmo Jesús Cristo, nosso
Senhor. Amen.
VII. — Oração
pela propagação da com unhão quotidiana
O dúlcíssimo Jesús, que viestes ao mundo
para comunicar a todas as almas a vida da vossa
graça ; e que, para lha conservardes e aumen­
tardes, quisestes ser a medicina quotidiana das
suas quotidianas enfermidades e o seu alimento
de cada dia : humildemente vos suplico pelo
vosso Coração, tão sequioso do nosso amor, que
derrameis sobre todas as almas o vosso espírito
divino, para que as que infelizmente estão em
pecado mortal, convertendo-se a vós, recuperem
a vida da graça que perderam ; e as que, por
graça vossa, vivem já desta vida divina, se apro­
ximem devotamente todos os dias, quanto pos-
sivel, da vossa sagrada mesa ; e assim, rece­
bendo diáriamente na comunhão o contraveneno
de seus pecados veniais, diáriamente alimen­
tando em si a vida da vossa graça, purificando-se
cada vez mais, cheguem finalmente ao gozo da
eterna felicidade. Amen.
(In d . d e 500 dias um a vea no d i a ; p lenária, um a
▼ ea n o m ès, com as condições d o costu m e. P io X I, 17
d e M a io d e 1935).
Via Sacra 211
VIII» Oraçao a Jesús crucificado
para impetrar uma boa morte
Meu Jesús crucificado, dignai-vos conce­
der-me a graça que vos peço para a hora da
minha morte, quando me faltar o uso dos
sentidos.
Quando, pois, dulcíssimo Jesús, os meus
olhos lânguidos e amortecidos não vos puderam
já fitar, lembrai-vos deste olhar suplicante, que
agora lanço ao vosso crucifixo, e compadecei-vos
de mim 1
Quando meus lábios, ressequidos pela
febre, não puderem beijar as vossas sacratíssi-
mas chagas, lembrai-vos dos ósculos que agora
lhes imprimo, e compadecei-vos de mim !
Quando minhas mãos frias não puderem
apertar contra o peito o vosso crucifixo, lem­
brai-vos dos sentimentos com que agora o
abraço, e compadecei-vos de mim !
Quando, finalmente, minha língua entu-
mecida e inerte não puder já falar convosco,
lembrai-vos das ardentes súplicas que agora vos
dirijo.Jesús, Maria, José, encomendo-vos
, .,
a minha
alma.
IX. — Oração
pela Pátria
Senhor Jesús Cristo, divino Salvador nosso,
nue dissestes : Pedi, e recebereis ; procurai, e
achareis; batei, e abrir-vos-ao : nos vos rogamos
que olheis com misericórdia a naçao brasileira,
212 Quarta parte
que com tanta predileção tendes amado. Conti­
nuai-lhe, Jesús amorosíssimo, continuai-lhe o
vosso amor, não obstante as suas culpas : man­
tende-a na fé católica, apostólica, romana •
conservai-a na sua unidade ; afim de que, sendo
pela vossa graça defendida contra todos os erros
e livre de toda a dissenção, dedicada unica­
mente ao vosso serviço em justiça e santidade,
possa caminhar constantemente ao fim que lhe
propusestes, e merecer que sejais sempre o seu
Protetor e Chefe. Nós vo-lo pedimos pelos
merecimentos e intercessão do santíssimo e ima­
culado Coração de Maria, vossa Mãe amoro­
síssima. Amen.
X. — Hora santa
(Convém que os Congregados, urna vez -por
mês, jaçam a Hora Santa, com ou sem Exposição
do Santíssimo, mas diante do tabernáculo).
I
D e joelhos :
O Diretor ou o Presidente diz :
Esta é a hora três vezes santa pela ventu-
rosa presença de Jesús Cristo, junto às nossas
almas miseráveis. . . A ferida de seu peito, sem­
pre aberta, lembra-lhe a terra e suavemente o
obriga a atender, ao mesmo tempo que aos cân­
ticos do céu, às súplicas e acs gemidos que sobem
do desterro. Estejamos atentos à sua voz !
Jesús — Eis aqui o Coração que tanto
amou os homens 1 Contemplai-o. filhos meus,
saturado de opróbrios nesta Hóstia, onde só por
vós palpita, entre chamas de caridade. . . e que
Hom Santa 213
não podendo conter per mais* tempo os ardores
que o consomem, quis entregar-se ao mundo
que o tem atravessado pela lança da ingratidão
e do desprezo 1...
Este é o supremo e ultimo recurso da minha
redenção.
Aqui tendes o meu Coração, eu vo-lo dou,
eu vo-ío entrego sem reservas, em troca do
vosso, embora manchado de crimes e ingrati-
dões. . . “Sítio!.. Eu tenho sêde de ser amado
neste Sacramento do Altar, onde tenho sido até
agora o Rei do silêncio,o Monarca do olvido. . .
Mas chegou a hora dos meus triunfos. Eu venho
reconquistar a terra: salva-la-ei a despeito do
inferno, pela onipotência do meu coração. Acei­
tai-o, eu vo-lo rogo, estendei as mãos para
receber este dom supremo da minha Misericórdia.
Eu venho trazer-vos fogo de vida, de amor
sem limites, fogo de santidade, fogo de sacri­
fício . . . E que hei-de querer senão que arda ?. . .
Contemplai o meu peito dilacerado. . . Aí
tendes o Coração que vos amou nos abatimentos
de Belém, mais ainda nas humilhações e obscu­
ridade de Nazaré e, muito mais, nas angústia
do Getsemani e nas torturas ignomimosas do
Calvário... E vós não sabeis amar-me!
A minha alma está triste até à morte, pois
que a vinha dos meus amores só produziu os
espinhos que circundam o meu Coração. Tirai-
mos durante esta “Hora Feliz”, em que o vosso
Deus Prisioneiro dá amor e pede amor. . .Vinde
Filhos meus, tomai este Coração, aceitai-o
como penhor de ressurreição. Em troca trazei-me
214 Quarta parte
os vossos corações, as vossas almas, as vossas
vitorias, todas as vossas penas e alegrias 1 Vinde
eu perdôo todas as vossas ofensas, ingratidões e
desprezos. . . mas dizei-me que me quereis para
vosso Rei e que aceitais reconhecidos o dom
incomparável do meu Sagrado Coração.
REFLEXÃO
(Não merecemos este dom ; humilhemo-
nos, reconhecendo a nossa indignidade.. . mas,
longe de o repelir, reclamemos o favor imenso
que o nosso Deus nos oferece para a nossa
santificação).
De pé — C ôto :
Perdoai, Senhor, por piedade, 1
Perdoai, a minha maldade, Senhor 1
Antes sofrer, antes morrer
Que vos ofender 1
Congregados :
Perdoai, Senhor, por piedade I etc.
II
D e joelh os :
T o d o s os Congregados ju n to s dizem :
Ó Jesús I Vendo-vos tão bondoso e pródigo
de vossas graças, não diremos como o Apóstolo:
“Senhor 1 Afastai-vos de nós, porque somos mi­
seráveis pecadores” . . . pelo contrário, corremos
ao encontro de vossos desejos, ansiosos por
estreitar contra nosso peito o Coração Divino
que tanto nos am ou... Vinde, Jesús I Vinde
repousar à sombra do nosso amor” .
Hora santa mmêm
215
O Sacerdote ou P residente da Congregação :
Quando os soberbos governadores das na*
ções ultrajarem o vosso Nome e as vossas Leis;
Lem brai-vos que vos pertencemos e que
estam os consagrados à glória do vosso
divino Coração !
Quando as turbas agrupadas pelo a vem o e
os setários seus sequazes, assaltarem os vossos
santuários, sedentos de sangue.
Lembrai-vos que vos pertencemos e que
estam os consagrados à glória do vosso
divino Coração !
Quando gemer a vossa Igreja sob os gri­
lhões e cadeias com que os poderosos e os pre­
tensos sábios querem entravar os seus progressos
e inutilizar os seus esforços,
Lembrai-vos que vos pertencemos e que
estam os consagrados à glória do vosso
divino Coração !
Quando tantos bons e virtuosos medirem
com avareza os sacrifícios e as boas obras, mos­
trando-se mesquinhos para convosco, quando
tão pródigos para o mundo,
Lembrai-vos que vos pertencemos e que
estam os consagrados à glória do vosso
divino Coração !
Quando vos oprimir a deslealdade das almas
escondidas que deveríam esquecer as coisas da
terra para serem inteiramente vossas.. . então,
mais do que nunca, nessa hora de suprema
desolação.
216 Quarta parte
Lembrai-vos que vos pertencem os e que
estam os consagrados à glória do vosso
divino Coração !
Todo o meu desejo, amados filhos, é dar a
minha vida 1 Dei-a, derramando o meu sangue
até à última gota.. . Dei-a, oferecendo o meu
Coração com todos os seus tesouros.. . Dou-a,
todos os dias na minha Eucaristia, em que me
entrego todo inteiro, para vos fazer participantes
da minha própria vida. . . Assim o quero por­
que precisais de mim nas vossas debilidades de
conciéncia, na fraqueza dos vossos propósitos,
na inconstância do vosso am or... Vinde I Eu
sou a Luz e a Fortaleza !
REFLEXÃO
(Se sentimos remorsos de alguma culpa
grave, infidelidade ou falta de generosidade no
cumprimento dos nossos deveres de cristãos, se
temos magoado o nosso adoravel Salvador, recu­
sando-lhe algum sacrifício que de nós exige,
peçamos perdão a Jesús, fazendo um protesto
sincero e enérgico para o futuro).
D e pé — Côro :
Meu Deus, logo murchou,
Lego secou
A flor da inocência 1
Meu Deus, logo chegou
E me assaltou
Extrema indigência ]
Perdoai, Senhor, por piedade !
Perdoai a m inha maldade, Senhor !
1 A ntes sofrer, antes morrer
Que vos ofender !
Hora santa 217
III
D e jo elh os :
Congregados — Divino Mestre e Salvador
nosso, cheios de confusão nos prostramos em
vossa presença e, detendo a vista sobre o
Tabernáculo solitário, onde estais prisioneiro
por nosso amor, sentimos oprimido o coração
pelo abandono e desprezo em que vos deixam
os próprios cristãos, as almas vossas prediletas,
e mesmo as que se consagram ao vosso serviço!...
Já que com tanta condescendência permitis
que durante esta “Hora” os que aqui se acham
misturem suas lágrimas com as vossas. . . nós
vos louvamos, Jesús, por aquels que vos esque­
cem, choramos por aqueles que vos ofendem
e vos adoramos, por aqueles que vos abando­
naram. . . Aceitai, ó Senhor, o clamor da ex-
piação que um sincero pesar arranca de nossas
almas angustiadas.
Pelos nossos pecados, pelos pecados de
nossos parentes, amigos e inimigos,
Perdão, Perdão, ó Divino Coração.
Pelas infidelidades e sacrilégios,
Perdão, Perdão, ó Divino Coração.
Pelas blasfêmias e profanação dos dias
santos

Pontífice
218 Quarta parte
Pela falta de modéstia no trajar,
Perdão, Perdão, ó Divino Coração.
Pelos corruptores da infância e da juventude,
Perdão, Perdão, 6 Divino Coração.
Pela sistemática desobediência à Santa
Igreja,
Perdão, Perdão, ó Divino Coração.
Pelos crimes do lar cristão, pela faltas dos
pais e dos filhos,
Perdão, Perdão, ó Divino Coração.
Pelos perturbadores da ordem pública,
social e cristã,
Perdão, Perdão, ó Divino Coração.
Pela covardia dos que devem defender a
nossa religião.
Perdão, Perdão, ó Divino Coração.
Pelo abuso dos santos Sacramentos,
Perdão, Perdão, ó Divino Coração.
Pelos ataques da imprensa ímpia e maqui­
nação das seitas secretas,
Perdão, Perdão, ó Divino Coração.
E sobretudo pelos bons que vacilam, por
aqueles que resistem às insinuações da vossa
divina e sapientíssima graça,
Perdão, Perdão, ó Divino Coração.
Almas queridas... olhai para a minha
fronte marcada com a sentença de morte, depois
da ignomínia de ser tratado como louco 1 ...
Considerai estes mistérios de dôr e caridade que
6e perpetuam no Santíssimo Sacramento do
Altar. . . O meu amor é infinito e o vosso tem
Hora Santa 219
sido tão mesquinho ! Vêde as minhas mãos ata­
das por aqueles que pedem uma vergonhosa
liberdade... Outros, nas horas de licença e de
pecado, forjam as minhas cadeias, os pregos
que me prenderam na cruz... Olhai para esse
manto branco de insensato e pensai nessa mul­
tidão que me abandona pelo respeito humano,
“porque o mundo condena como loucos aqueles
que me seguem de perto” . . . Oh ! Os sábios
se envergonham de mim, os grandes me des­
prezam, os que são felizes me esquecem, para
os que governam sou um réu, os que querem
gozar a vida fazem de mim um verdugo...
Porém, para todos, desde que chorem seus peca­
dos, sou o Pai, o Amigo, o Redentor !...
REFLEXÃO
(Em reparação das ofensas que recebe Jesús
na Sagrada Eucaristia, ofereçamos em particular
as preces do Santíssimo Sacramento do Altar,
para o triunfo da Santa Madre Igreja, e extin­
ção das seitas que espalham por toda a parte
a impiedade, a corrupção e a desordem).
De pé — Cõro :
Perdí com vosso amor
Da alma o candor :
Perdí mor riqueza !
Perdí com vosso amor
Certo penhor
De eterna grandeza .
P erdoai, Senhor, por p ied ad e ! etc.
IV
De joelhos :
0 amantíssimo Jesús, um título que nos
alenta em nossos desfalecimentos, é este de
“Vítima” que quisestes ser pelos pecadores.
Sois a “Salvação” dos que esperam em vós 1
Sois a “Esperança” dos que em vós descansam 1
Nessa “Hora Sacrossanta” permaneceis
desconhecido e olvidado há tantos séculos, reno­
vando a todas as horas do dia e da noite o
Sacrifício do Calvário. . . e a voz do vosso San­
gue precioso clama em favor de nossas almas
miseráveis.. . Entretanto, sois quase um estra­
nho no meio de vossos filhos.. . e os desprezos
e ultrajaes dos ímpios não vos ferem tanto como
a desatenção, frieza e indiferença dos bons !. . .
Nós nos sentimos felizes, Senhor, de poder velar
uma hora convosco, neste Getsemani da terra
e partilhar as amarguras do cálice que vos
oferece a ingratidão dos homens.. .
Não olheis, Senhor, a nossa indignidade,
mas considerai somente a boa vontade que nos
trouxe a vossos pés.. . Concedei-nos a graça de
muito vos amar e de fazer-vos muito amado.
Reinai em todos os corações, ó Jesús Sacra­
mentado 1
Por meio deste Pão consagrado, Consolo
para os aflitos,
Reinai em todos os corações, ó Jesús
Sacram entado !
Por meio deste Pão Consagrado, Preser­
vativo da inocência e da virtude,
Hora santa 221
Keinat em todos os corações, ó Jesús
Sacram entado !
mei° deste Pão Consagrado, Conforto
e Auxílio para todos os miseráveis e desam­
parados,
Reinai em todos os corações, ó Jesús
Sacram entado !
Por meio deste Pão Consagrado, Laço da
União entre pais e filhos,
Reinai em todos os corações, ó Jesús
Sacram entado !
Por nieio deste Pão Consagrado, Fogo
Abrasador de amor e zelo para aqueles que
consagram sua vida no sacerdócio,
Reinai em todos os corações, ó J e s ú s
Sacramentado !
Por meio deste Pão Consagrado, Pente-
costes de caridade para o vosso Vigário na terra,
para o Episcopado, para ô Clero e para a vossa
Igreja,
Reinai em todos os corações, ó Jesús
Sacramentado !
Oh ! Sim, Mestre Adorado ! Fazei baixar
o fogo do céu que purifique, perdoe e salve a
milhares de infelizes que vivem sem o vosso
amor, preferindo loucamente os bens terrestres
e os gozos materiais !. . . Oh ! Jesús ! O mundo
vos despreza e procura rechassar-vos. . . E que
faria o mundo sem Vós ! Deixai-vos ficar, Pri­
sioneiro Divino, fechado nestes Sacrários, onde
prometestes permanecer até a consumação dos
séculos ! São muitos o que maldizem o vosso
Nome negam o vosso Santo Evangelho.. . mas
222 Quarta parte
eão também muitos os que vos amam, os que
vos querem sempre a seu lado, nas alegrias e
nas horas tristes. Esses mesmos que vos expul­
sam de seus corações, de seus lares, de suas
pátrias, dia virá em que hâo-de reconhecer que
só vós dissestes a “Verdade” , só Vós ensinsates
a “Justiça”, só Vós prodigalizastes a verdadeira
“ Caridade”! E por isso, em nome desses in­
gratos, nós vos pedimos perdão : Misericórdia
para eles, ó Sagrado Coração 1”
São tantos os que despendem dinheiro e
juventude nas dissipações mundanas ou pra­
zeres que vos ofendem !.. .
M isericórdia para eles, ó Sagrado
C oração 1
São tantos os que lucram tolerando os
pecados públicos, que traficam na profanação
das conciências e dos sentidos !. . .
M isericórdia para cies, ó Sagrado
Coração !
São tantos os pervertedores das almas, que
pelos jornais e pelos livros enriquecem, perver­
tendo seus irmãos !.. .
M isericórdia para eles,, ó Sagrado
Coração !
São tantos os que exercem a deplorável
profissão de excitar vícios e paixões por meio
de espetáculos, onde tudo é permitido 1. . .
M isericórdia para eles, ó Sagrado
Coração !
Hora santa 223
São tantos os fracos que, desatendendo os
reclamos da própria conciéncia, cooperam para o
escândalo social das modas, teatros e cinemasl.
Misericórdia para eles, ó Sagrado
Coração !
São tantos os que, relaxando o seu critério
de cristãos, não querem ver mal nenhum no
atropelo em que são frustrados os vossos man­
damentos 1. . .
Misericórdia para eles, ó Sagrado
Coraçao !
São tantos aqueles que, pelos seus encargos
de posição, deveríam evitar gravíssimas ofensas
e não o fazem por motivo de respeito humano
ou por uma condescendência culposa !.. .
Misericórdia para eles, ó j£ Sagrado
Coração !
REFLEXÃO
(Peçamos perdão a Deus pelos pecados
públicos e sociais, com que os,homens o ofendem
no mundo inteiro, e tomemos a resolução de
apoiar todas as iniciativas para a regeneração da
família e da sociedade).
De pé — Côro :
Deixei de Deus a Lei
E me eiitreguei
\ todíi a maldade .
Deixei de Deus a Lei
E me afastei
Da felicidade ! ...
P erdoai, Senhor, por p iedade I etc .
224 Quarta parte
V
De joelhos :
Dukíssimo Jesús, tende piedade dos que
padecem a mortal angústia do isolamento e do
abandono 1.. . Quantas vezes, Mestre adorado,
depois de prègardes as maravilhas do vosso
amor, depois de fazerdes prodígios em favor da
multidão assombrada, vistes que os homens se
afastavam reciosos, ou partiam indiferentes,
deixando-vos, como neste Sacrário, sózinho,
abandonado, sem outras testemunhas de vossas
dores e de vosso amor senão os anjos do céul...
O vosso Coração experimentava então as mes­
mas penas e amarguras que esses desherdados
do amor, órfãos de afeição tão delicada, errantes
no deserto do mundo, sem uma estrela nas
trevas da noite, som um lume que lhes aqueça
o lar l .. . E no fundo dessas almas surgem os
mesmos transes da agonia que sofrestes na
horrível noite da Quinta-feira Santa. . . Te­
mores, repugnâncias, desfalecimentos assaltam-
nas cada vez com mais furor. E por fim, se
não acudis, Vós, o Amigo das almas que sofrem,
elas, desesperadas, chamarão talvez a morte,
como libertadora, ainda que as leve para a
eterna desgraça 1.. .
Apressai-vos, Senhor !. . . Socorrei essas
almas e dai-nos a todos refúgio e companhia em
vosso amavel Coração 1.. .
D ai-nos refúgio e com panhia em vosso
am avel coração !
Se algum dia nos mandardes triste provação,
permitindo que os nossos nos abandonem 1...
Hora santa 225
Dai-nos refugio e companhia em vosso
am avel coraçao !
Se as moléstias e a morte nos trouxerem o
isolamento, quebiando laços que pareciam im-
perecíveis !. . .
Dai-nos refugio e companhia em vosso
am avel coração !
Se algum dia nos visitar a pobreza, afunge-
tando os amigos que não se sentem bem com
ela ! . . .
Dai -nos refugio e companhia em vosso
amavel coração !
Se tivermos a desgraça de uma desinteli-
gênica com os próprios irmãos !. . .
Dai-nos refugio e companhia em vosso
amavel coração !
Se formos flagelados pela injustiça dos
liomens, não vos aparteis de nosso aldo !. . .
Dai-nos refugio e companhia em vosso
amavel coração !
Se até aqueles a quem muito amamos nos
deixarem, ó Jesús. . • nessa hora de cruel
ingratidão !. . .
D ai-n os refugio e com p an h ia em vosso
am a vel coração !
Se aqueles que nos pediram afetos, dedi-
cação e sacrifícios, hoje riem-se de nós e nos
odeiam, perdoai-lhes, e desculpai as nossas
queixas L . .
D ai-n os refúgio e com p ap h ia em vosso
am a vel coraçao !
226 Quarta parte
Se a ealúnia e as humilhações salpicarem
de lama a nossa fronte, compadecei-vos de
nossas almas dilaceradas !...
D ai-nos refúgio e com p an hia em vosso
am avel coração 1 i?ls
E, se para nós chegarem aquelas horas de
mortal silêncio, em que a alma se ache só, intei­
ramente só, submergida no vácuo do esqueci­
mento e da cruel indiferença 1.. .
D ai-nos refúgio e com panhia em vosso
am avel coração !
REFLEXÃO
(Consideremos a solidão da agonia de Jesús
no Horto, prolongada em todo os Sacrários da
terra, e tomemos a resolução de visitá-lo muitas
vezes em reparação da ingratidão dos homens).
De pé — Côro :
Meu D eus! o que há-de ser
Quando vier
A tremenda morte 1
Meu Deus 1 Se já vier
Qual há-de ser
Minha eterna sorte 1
Perdoai, Senhor, por piedade ! etc.
IV
De joelhos:
ó Jesús ! Vós sabeis quanto vos amamos 1
Queremos amar-vos muito mais atendendo às
solicitações do vosso Coração adoravel que pede
o nosso amor para fazer-nos venturosos. Sendo,
porém, tão grande a nossa pobreza, deixai-nos
Hora santa 227
oferecer-vos os nossos corações pelas mãos de
Mana, vossa Mãe Santíssima, que suprirá a
nossa miséria com os seus merecimentos.
Triunfai em todos os corações, ó Divino
Coração !
Pelos carinhos de predileção com que
tratastes a João, o Apóstolo de vossas inefáveis
confidências,
Triunfai em todos os corações, ó Divino
Coração !
Pela simpatia que tivestes sempre pelos
pequeninos do rebanho, pelas crianças, vossos
inocentes amiguinhos,
Triunfai em todos os corações, ó Divino
Coração !
Por aquela amizade preciosa que tivestes
pelos três irmãos de Betânia, onde só a vossa
ausência era um sofrimento cruel,
Triunfai em todos os corações, ó Divino
Coração !
Pelas finezas ‘dispensadas aos esposos de
Caná, e pelas vossas misericórdias para com a
arrependida Madalena,
Triunfai em todos os corações, ó Divino
Coração
Pela !condescendência. que tivestes para com
Zaqueu, para com Simão, o Fariseu e, enfim,
para com a Samaritana, em cuja alma feliz
quisestes despertar a sede do apostolado _
Triunfai em todos os coraçoes, o Divino
COTapelas lágrimas que derramastes junto ao
sepulcro de Lázaro,
228 Quarta parte
Triunfai em todos os corações, ó Divino
Coração !
REFLEXÃO
(Nem no céu poderemos jamais agradecer
ao nosso amado Redentor tantas riquezas e
tantos favores que não merecemos. Tratemos
de começar desde já a nossa eterna ação de
i graças por todos os benefícios passados, pre-
S sentes e futuros).
De pé — Côro :
' Irei para o inferno,
Suplício eterno,
; Se não me arrependo 1
| Irei para o inferno,
P r’a o fogo eterno,
Se já não me emendo 1
Perdoai, Senhor, por piedade ! etc.
VII
Congr. ó Jesús, que poderemos dar-vos em
troca de tanto amor e tanta misericórdia ? !. . .
Quem nos dera um coração cheio de amor como
o'de vossos apóstolos João e Pedro, ardendo em
chamas de zelo como o de São Paulo, capaz de
heroismo como o de Margarida Maria?
Sacerdote : Dai-nos o vosso Coração, ó
dulcíssimo Jesús, para que possamos com ele
agradecer devidamente as misericórdias do
vosso amor,
D ai-nos o vosso Coraçao, ó dulcíssim o
Jesús !
Vós, que sois a perseverança da Fé e da
Pureza para as crianças que comungam,
Dai-nos o vosso Coração, 6 dulcíssimo
Jesus I
Vós, que sois o consolo dos pais no lar
cristão,
Dai-nos o vosso Coração, ó dulcíssimo
Jesús I
Vós, que sois o alívio da multidão que sofre
e dos pobres que trabalham,
Dai-nos o vosso Coraçao, ó dulcíssimo
Jesús !
Vós, que sois o bálsamo para todas as
feridas,
Dai-nos o vosso Coração, ó dulcíssimo
Jesús !
Vós, que sois a fortaleza dos fracos e a
vitória dos que se acham em tentação.
Dai-nos o vosso Coração, ó dulcíssimo
Jesús 1
Vós, que sois a luz dos que vacilam e o zelo
dos apóstolos,
Dai-nos o vosso Coração, ó dulcíssimo
Jesús !
Vós, que sois o centro da vida militante
da vossa Igreja,
Dai-nos o vosso Coração, ó dulcíssimo
Jesús •
Vós, que sois a Santidade e o Paraiso das
almas, na Eucaristia, .
Dai-nos o vosso Coraçao, o dulcíssimo
Jesús !
Congregados: Senhor, quanto nos sen­
tim os felizes por termos podido velar uma hora
convosco ! Aqui viemos conduzidos por vossa
230 Q uarta parte
divina Mãe e por ela inspirados, afim de pedir­
mos pelos bons e pelos m aus. . . por todos os
pecadores, por todos os cristãos, pelos apóstolos
do vosso Sagrado Coração, por todas as almas
que vos estão consagradas e que vos fizeram
promessa de vida santa e mortificada. E, como
Vós mesmo o pedistes, Senhor, nós queremos
especialmente rogar pelos sacerdotes, os minis­
tros do vosso Altar, por esses continuadores da
vossa missão . .. Dai-lhes o tesouro de uma
caridade sem limites, dai-lhes a graça de uma
humildade a toda prova. Dai-lhes, Senhor, a
fortaleza da alma, nas lutas com o mundo . . .
Dai-lhes uma resolução apaixonada para a san­
tidade, um zelo ardente pela vossa glória, um
coração abrasado no vosso amor. . . E, visto
que “a messe 6 grande e poucos são os operá-
rários” , aumentai o número dos trabalhadores,
enviando novos Apóstolos segundo o vosso
Coração.
ORAÇÃO DO PAPA PIO X
A Bem avénturada Virgem Maria
Congregados : ó Maria, Mãe de Miseri­
córdia, Mãe e Filha d’Aquele que é o Deus de
toda consolação, Dispensadora dos tesouros de
Deus, Ministra de Deus, Mãe do Sumo Sacer­
dote Jesús Cristo, Vós que sois ao mesmo tempo
Sacerdotisa e Altar, Tabernáculo Imaculado do
Verbo de Deus, Mestra de todos os Apóstolos e
Discípulos de Cristo, protegei o Soberano Pon­
tífice, intercedei por nós e pelos nossos sacer­
dotes, afim de que o Sumo Sacerdote Jesús
Cristo, purifique as nossas conciências, e que
Hora santa 231
nos aproximemos digna e piedosamente do
Banquete Sagrado.
Ó Virgem Imaculada ! Vós não somente
nos destes o Pão Celeste, o Cristo, para a remis­
são dos nossos pecados, mas sois vós mesma
uma “Hóstia Agradabilíssima” oferecida a Deus,
sois a Glória dos Sacerdotes! Segundo o teste­
munho do vosso bem-aventurado servo Santo
Antônio, ainda que não tendo recebido o Sacra­
mento da Ordem, fostes cumulada de toda a
dignidade e graça que ele confere, e por conse­
guinte sois proclamada com justiça : a “Virgem
Sacerdote”. Lançai um olhar sobre nós e sobre
os sacerdotes de vosso Filho ; salvai-nos, puri­
ficai-nos, santificaí-nos, afim de que possamos
receber santamente os tesouros inefáveis dos
Sacramentos e alcançar a salvação eterna de
nossas almas. Amen.
Mãe de Misericórdia.
Rogai por nós.
Mãe do Sumo Sacerdote Jesús.
Rogai por nós.
Rainha do Clero.
Rogai por nós.
Maria, Virgem-Sacerdote.
• Rogai por nos.
reflexão
Tomemos a resolução de rezar cada dia
nelo Sumo Pontífice e pelas necessidades da
lerei a oferecendo nas intenções do clero as
intenções e boas obras de todas as qmntas-feiras
232 Quarta, parte
D c pé — C ôto :
Fazei, meu Bom Jesús,
Por Vossa Cruz
Do mal me desvie.
Fazei que a Vossa luz,
No céu me alumie 1
Perdoai, Senhor, por piedade ! etc.
V III
D e joelhos :
Não podendo permanecer prisioneiro con­
vosco neste Tabernáculo, nós nos despedimos,
Senhor, levando em nossas almas uma paz
inefável e com o coração confortado para as
lutas da vida.
Fi, enquanto não chega o dia sem fim de
cantar no céu as vossas glórias, deixai-nos des­
cansar sobre a chaga sacrossanta do vosso
Coração, repetindo sem cessar estas palavras
triunfantes : “Venha a nós o vosso Reino I”
V enha a nós o vosso R eino !
(Pater e Ave pelas intenções íntimas de
todos os presentes).
(Pater e Ave pelos agonizantes do dia).
(Pater e Ave pelas almas do purgatório).
(Pater e Ave pelo triunfo universal do
Sagrado Coração).
SÚPLICA PELO DIRETOR
DA CONGREGAÇÃO
Todos ju n to s, em voz alta, recitam pausadamente .
Senhor Jesús Cristo * que, * como Bom
Pastor das nossas almas, * Vos dignais habitar
entre nós * no Santíssimo Sacramento do altar, *
do Vosso sagrado tabernáculo * derramai graças
Hora santa 233
copiosíssimas * sobre o nosso bom pastorj * o
Diretor desta Congregação Mariana.
Conceda-lhe * o Vosso Misericordioso Co­
ração * todas as graças * de que precisa * para
nossa * e sua própria * santificação e salvação, *
e para que possa * velar * sempre * com pater­
nal dedicação * pelas ovelhas * que lhe foram
confiadas * pelo Espírito Santo. Abençoai-o *
quando * na oração * levanta a mente * para
Vós. Abençoai-o quando * nos prèga * a Vossa
santa lei. Abençoai-o também * quando, *
no desempenho * dos seus ministérios * de
sacerdote, * trabalha pela salvação das almas.
Fazei * que seja sempre * desvelado pastor *
segundo o Vosso Divino Coração, * que consagre
* inteira e constantemente * a sua vida, * o
melhor das suas energias * e dos seus talentos, *
ao fiel cumprimento * da sua nobre missão *
e dos deveres inerentes * ao seu cargo, * afim
de que, * no dia * em que vierdes * a julgar
rebanhos e pastores, * nós sejamos * sua alegria
e sua coroa, * e ele receba * de Vossas mãos
Divinas * coroa imarcessivel * da vida eterna.
Assim seja”.
T erm in a-se pela invocação cantada :
De pé — Côro :
N ossa Senhora da Conceição,
Rogai por nós, rogai por nós.
Sói o
Nossa Senhora da Conceição.
Rogai por nós, rogai por nós.
Côro ,
Rogai por nós, rogai por nós.
234 Q uarta parte
A NOSSA SENHORA
I. — Dez minutos diante de Nossa Senhora
Meu filho, se tu soubesses o bem que te
quer a Providência, conduzindo-te à minha
presença 1 ... Eu sou a tua Mãe e possuo imenso
tesouro, com o ardentíssimo desejo de o repartir
contigo... Alegra-te, pois, e anima-te.
Que te n s? .. . Não me pareces cheios da-
quelajalegria, que tanto me apraz.. . Que fronte
não se serena ante mim ? Ãh ! acorda o teu
fervor, acende o teu zelo. . . Por que me queres
mortificar, não te mostrando radiante de alegria
a meus pés?
Um enfermo, por mais graves que sejam
suas angústias, enche-se de alegria apenas vê a
seu lado um médico, que pode curá-lo. . . Meu
filho, eu sou o remédio de todos os males.
No meio duma borrasca, os passageiros
nada temem, quando têm um afoito piloto, que
os tranquiliza... Por maiores que sejam os teus
perigos, que temes tu, se eu navego na tua
barquinha!
Mas quero que me fales das tuas enfer­
midades, se queres que eu seja a tua saude ;
quero que me mostres os teus perigos, se desejas
que deles te livre.
Tem confiança em mim, meu filho ; o
meu coração abre-se para aqueles que se lançam
nos meus braços, como tu em criancinha fazias
com tua mãe.
Eu sou toda suavidade e doçura: chamo-me
a Mãe da piedade e da misericórdia.. . Nunca
Orações a Nossa Senhora 235
ninguém se arrependeu de me ter comunicado
os seus segredos, de me ter contado as suas
aventuras, de me ter descoberto as suas chagas,
de^me ter revelado a sua pobreza.
Lembra-te de que nas bodas de Caná o
meu Coração não pôde resistir àquela nuvem
de confusão, que pela falta de vinho estava
prestes a cair sobre os dois esposos... e queres
que não me enterneça na presença de negócios
de maior importância e com a vista de ver­
dadeiras desgraças ? Abre-me o teu coração, e
deixa-te cobrir de benefícios por quem te ama.
Bem sei que vives no, mundo, covii de feras
cruéis, que noite e dia te armam ciladas...
Bem sei que as tuas paixões são vivas e ardentes;
que muitas vezes te deixas iludir, e cometes
faltas de fidelidade a meu Filho... Mas eis-me
aqui : estou pronta a ajudar-te, contanto que
estejas pronto em receber as minhas graças.
Mostra-me a tua mente.. . Oh ! para que
tantos pensamentos de orgulho, de inveja, de
ciume, de vaidade, de carne ! Dá-me a tua
inteligência, e eu a purificarei como o ouro.
Abre-me o teu coração.. . Que temes ?
Para que é tanta indocilidade ? Coragem ! Ah !
pobre coração ! quantos afetos o dilaceram !
quanto pó o avilta !.. . quantas sombras o
obscurecem !..’. quantas chagas o cobrem ... .
Dá-mo O meu Jesús deposita nas minhas
mãos o seu Coração, e tu hás-de duvidar fazê-
lo? Elege-me, querido filho, rainha do teu
coração, e vê-lo-ás mudado numa fonte de
felicidade para ti.
236 Quarta parte
Dize-me agora : como regulas o teu exte­
rior?... como velas sobre as tuas vistas?... Comõ
és parco e justo nas tuas palavras ?... como guar­
das os teus ouvidos ? ... como te regulas em toda
a tua pessoa?... Essa vergonha, que te aparece
no rosto, é uma resposta eloquentíssim a...
Não desanimes, meu filho: se o teu interior
estiver nas minhas mãos, o teu exterior se tor­
nará santo c perfeito.
Prometes-me pôr mãos à obra ? Que
respondes?. . . A h1, não me dês uma negativa,
que para mim seria muito amarga !.. . Não
queiras aviltar-te... Eu estarei sempre con­
tigo . . . farei o que te é dificil.. .
Coragem, meu filho ; levanta-te e caminha
comigo pelas nobres sendas da virtude cristã.
Filho, volta muitas vezes a meus pés. . .
enamora-te das minhas lições.. . deixa-te guiar
por mim, e nunca mais acontecerá que pofthas
o pé em falso, e percas o reino dos céus.
II. — Memorare de S. Bernardo
Lembrai-vos, 6 piíssima Virgem Maria, que
nunca se ouviu dizer que algum daqueles que
têm recorrido à vossa proteção, implorado a
vossa assistência e reclamado o vosso socorro,
fosse por vós desamparado. Animado eu, pois
com igual confiança, a vós, Virgem entre todas
singular, como a Mãe recorro, de vós me valho;
e, gemendo com o peso de meus pecados, me
prostro a vossos pés. Não desprezeis as minhas
suplicas, ó Mãe do Filho de Deus humanado,
mas dignai-vos de as ouvir propícia, e de me
alcançar o que vos rogo. Amén.
Consagração a Nossa Senhora 237
n I - — Consagração a Nossa Senhora
(de S . L u iz Gonzaga)
Santíssima Virgem Maria, minha Mãe e
minha Soberana, eu me lanço no seio da vossa
misericórdia, e desde este momento ponho para
sempre a minha alma e o meu corpo debaixo
da vossa especial proteção. Eu vos vonfio e
entrego em vossas mãos todas as minhas penas
e misérias em todo o decurso da minha vida e
na hora da minha morte, afim de que, pela
vossa intercessão, todas as minhas obras sejam
feitas segundo o vosso agrado e o do vosso
divino Filho ; e uní-me ao seu Santíssimo
Coração. Amén.
IV.J— Novena da Purificação
Começa no dia 24 de Janeiro)1
1. ó Maria santíssima, puríssimo'espelho
de todas as virtudes, vós que, sendo a mais pura
de todas as virgens, quisestes, apenas termi­
nados os quarenta dias depois do vosso parto,
apresentar-vos, segundo a lei, no templo para
ser purificada; fazei, Senhora, que à vossa
imitação também nós conservemos nosso cora­
ção puro de toda a culpa e mereçamos assim
ser apresentados no templo da glória.
A. M.
2 ó Virgem obedientíssima, que, apresen­
tando-vos no templo, quisestes oferecer o cos­
tumado sacrifício, segundo o uso de todas as
outras mulheres : fazei, Senhora que também
nós a vosso exemplo, saibamos oferecer a Deus
238 Quarta parte
o sacrifício de nós mesmos pela contínua prática
das virtudes.
3. ó resignadíssima Virgem, que, prevendo
a dolorosa paixão de vosso Filho, sentistes vossa
alma traspassada de dor, e conhecendo a aflição
de vosso Esposo José por vossas angústias, com
santas palavras o consolastes : traspassai a
nossa alma com unia verdadeira dor de tantos
pecados, pela qual possamos ter a consolação
de participar da vossa glória no paraiso.
A. M.
Revelou o Espírito I 1$. Respónsum ac-
Santo a Simeão : cépit Simeon a Spiritu
R7. Que não veria a Sancto :
morte, sem ter vistò o 1$. Non visúrum se
Cristo do Senhor. mortem, nisi vidéret
Christum Dómini.
Oremos Oremus
Onipotente e eterno Omnipotens sempi-
Deus, imploramos, da terne Deus, majestá-
vossa majestade que as­ tem tuam súpplices
sim como o vosso uni- exorámus, ut sicut
génito Filho foi apre­ Unigénitus F í 1 i u"s
sentado no templo, de­ tuus hodiéma die
pois de ter tomado a cum nostrae carnis
substância da nossa car­ substántia in templo
ne, do mesmo modo fa­ est praesentátuâ, ita
çais que sejamos leva­ nos fácias purificátis
dos à vossa presença tibi méntibus prse-
com as almas puras de sentári. Per eúm-
Novena de Nossa Senhora de Lourdes 239
dem Christum Dómi­ todo o pecado. Pelo
num nostrum. 1$. mesmo Cristo Senhor
Amen. nosso. P?- Amen.
5 anos de indulg. em cada dia, e plen . no da Jesta,
ou na oitava%com as condições do costume.
V. — Novena de N. Senhora de Lourdes
(Começa no dia 2 de Fevereiro)
Ó Virgem puríssima, que vos dignastes
aparecer toda resplandecente de luz, doçura e
bondade, a uma inocente menina, que vos con­
templava em êxtase : alcançai-nos do inocen­
tíssimo Jesús, vosso Filho, que conservemos
atê à morte a inocência batismal, ou a repa­
remos pela penitência, se tivermos a desdita
de pcrdê-la pela culpa.
Três vezes a A, M, com a jaculatória :
Nossa Senhora de Lourdes,
Rogai por nós.
'f. Deus omnipotens . Deus onipotente
prsecinxit me virtute : revestiu-me de valor :
IV- Et pósuit. imma- meuR7. E fez imaculado o
culátam viam meam. caminho.
Orenius Oremos
Deus, qui per im- Ó Deus, que pela
maeulátam Virginis Conceição Imaculada
Conceptiónem dignum da Virgem Maria pre­
Filio tuo habitáculum parastes a vosso Filho
prseparásti : supplices digna habitação: humil­
a te quaesumus ; ut,
ejúsdem Virginis^ ap- demente
que,
vos suplicamos,
celebrando a apa-
paritiónem celebrantes,
240 Quarta parte
nção da mesma virgem, salútem mentis et
alcancemos a saude da córporis consequámur.
alma e do corpo. Pelo Per eúmdem Christum
mesmo Cristo, Senhor Dóminum nostrum. R?.
nosso. R7. Amen. Amen.
VI. — Novena da Anunciação
(Começa no dia 16 de Março)
1. ó Maria, que fostes escolhida por Deus
entre todas as mulheres para serdes a Mãe do
Redentor : alcançai-me a graça de pertencer ao
número dos escolhidos, que hão-de-gozar no céu
dos frutos da Redenção.
A. M.
2. Ó Maria, que, sendo escolhida para Mãe
de Deus, preferistes a esta excelsa dignidade a
vossa virgindade, e só quando o Anjo vos asse­
gurou que com ser Mãe não deixareis de ser
Virgem, anuistes à sua proposta : concedei-me
um amor tão grande à pureza, que por nenhum
bem deste mundo eu consinta em vir a perdê-la.
A. M.
3. Õ Maria, que, sendo escolhida para Mãe
de Deus, vos oferecestes para ser a sua escrava ;
fazei que eu me tenha sempre na conta de um
servo de Deus, cumprindo com exatidão a sua
santa lei.
A. M.
O Verbo divino in- y. Verbum caro
carnou. factum e s t:
RJ. E habitou entre RL Et habitávit in
nós. nobis.
----
___________ Novena Anunciação 241

Oremus Oremos
Grátiam t u a m , Infundí, Senhor, como
quaesurtius, Dómine' vos pedimos, a vossa
méntibus nostris in- graça em nossas almas ;
fúnde : ut, qui, Ân­ para que nós, que, pela
gelo nuntiánte Chris- anunciação do Anjo, co­
ti Filii tui Incarna- nhecemos a Incarnação
tiónem cognóvimus, de Cristo vosso Filho,
per Passionem eius et
Crucem ad resur- pela sua Paixão e morte
rectiónis glóriam per- de Cruz sejamos con­
ducámur. Per eúm- duzidos à glória da res­
dem Christum Dómiv surreição. Pelo mesmo
num n o s t r u m . IÇ. Cristo, Senhor nosso,
Amen. í^. Amen.
VII. — Novena c e Nossa Senhora
do Bom Conselho
(Começa no dia 17 de Abril)
O Virgem gloriosíssima, escolhida pio
Conselho eterno para serdes Mãe do Verbo
divino incarnado, tesoureira das graças divinas
e advogada dos pecadores : eu, o mais indigno
dos vossos servos, a vós recorro para que vos
digneis ser minha guia e meu conselho neste
vale de lágrimas. Alcançai-me pelo preciosíssimo
sangue de vosso divino Filho o perdão dos meus
pecados, a salvação da minha alma, e os meios
necessários para a conseguir. Alcançai para a
Santa Igreja o triunfo sobre os seus inimigos e
a dilatação do reino de Jesús Cristo em todo o
mundo. Assim seja.
Três vezes a Ave Maria.
242 Quarta parte
Indulg. de 500 d ia t, um a vez ao d ia . LeSo XIII
23 de Nov. de 1880.
'f . Concedei-me que f . Dignáre me lau-
eu vos louve, Virgem dáre te, Virgo sacráta.
sagrada. IV- D a mihi virtútem
IV- Dai-me valor con­ contra hostes tuos.
tra os vossos inimigos.
Oremos Oremus
ó Deus, que por Mãe Deus, qui Genitri-
nos destes a Mãe de cem dilécti Fílii tui
vosso amado Filho, e Matrem nobis dedísti,
ilustrastes com maravi­ cjúsque speciósam
lhosa aparição a for­ imáginem mira appa-
mosa imagem dela: ritióne clarificáre dig-
concedei-nos, vos supli­ nátus e s : concede,
camos, que, seguindo-lhe qusesumus; ut ejúsdem
sempre os conselhos, mónitis júgiter inhse-
vivamos todos sempre réntes, secúndum Cor
segundo o vosso Co­ tuum vívere et ad
ração e alcancemos a caeléstem pátriam felí-
felicidade da celeste citer perveníre valeá-
pátria. Pelo I mesmo mus. Per eúmdem
Cristo, Senhor ?} nosso Christum Dóminum
IÇT. Amen. nostrum.
V III. — Septenário de N. Senhora
das Dores
(Começa na sexta-feira antes do Domingo da Paixão)1
1. Eu me compadeço de vós, ó Virgem do­
lorosa, por aquela aflição, que o vosso temo
Coração sofreu na profecia do santo velho
Simeão. Minha querida Mãe, por vosso Coração
Septenârio de N. Senhora das Dores 243
tão maguado, alcançai-me a virtude da humil­
dade e o dom do santo temor de Deus
A. M.
2. Eu me compadeço de vós, ó Virgem
dolorosa, por,aquelas angustias, que o vosso sen-
sibilíssimo Coração sofreu na fugida e perma­
nência no Egito. Minha querida Mãe, por vosso
angustiado Coração, alcançai-me a virtude da
liberalidade, especialmente para com os pobres,
e o dom da piedade.
A. M.
3. Eu me compadeço de vós, ó Virgem
dolorosa, por aquela agonia que o vosso solícito íí
Coração sentiu na perda do vosso Jesús. Minha
querida Mãe, por vosso Coração tão vivamente
comovido, alcançai-me a virtude da castidade í; •
e o dom da ciência.
A. M.
4. Eu me compadeço de vós, ó Virgem
dolorosa, por aquela consternação, que o vosso
materno Coração sentiu ao encontrardes o vosso
Filho com a cruz às costas. Minha querida Mãe,
pelo vosso amoroso Coração por tal modo ator­
mentado, alcançai-me a virtude da paciência _e
o dom da fortaleza.
A. M.
5 Eu me compadeço de vós, ó Virgem
dolorosa, por aquele ^martírio, que o vosso
ceneroso Coração padeceu ao assistirdes a Jesús
agonizante. .Minha querida Mae, pelo vosso
244 Quarta parte
Coração a tal extremo martizado, alcançai-me
a virtude da temperança e o dom do conselho
A. M.
6. Eu me compadeço de vós, ó Virgem
dolorosa, por aquela ferida, que o vosso piedoso
Coração sofreu na lançada, que rasgou o lado
do vosso Filho e abriu o seu amabilíssimo Co­
ração. Minha querida Mãe, pelo vosso Coração
de tal maneira traspassado, alcançai-me a vir­
tude da caridade fraterna e o dom do entendi­
mento.
A. M.
7. Eu me compadeço de vós, Virgem
dolorosa, por aquela amargura, que o vosso
Coração amantíssimo sofreu na sepultura do
vosso Jesús. Minha querida Mãe, pelo vosso
santo Coração, excessivamente aflito, alcançai-
me a virtude da diligência e o dom da sabedoria.
( it. Rogai por nós, Vir­ $"\O ra pro nobis,
gem dolorosíssima ; Virgo dolorosíssima:
R7. Para que sejamos í$. Ut digni effi-
dignos das promessas de ciamur promissiónibus
Cristo. Christi.
Oremos Oremus
Interceda por nós an­ Intervéniat pro nobis,
te a vossa clemência, Domine Jesu Christe,
Senhor Jesús Cristo, nunc et in hora mortis
agora e na hora da nossa nostra apud tuam
morte, a bemaventurada cleméntiam B e á t a
Virgem Maria, vossa Virgo Maria, Mater
mãe, cuja sacratíssima tua, cujus sacratíssi-
Novena da Visitação
alma traspassou uma mam ánimam in hora
espada de dor na hora tuae passiónis dolóris
da vossa Paixão. Por vós gládius pertransívit.
mesmo, Jesús Cristo, Per te, Jesu Christe,
Salvador do mundo, que Salvátor mundi, que
viveis e reinais por todos vivis et regnas in
os séculos dos séculos. saecula saeculórum.
P?. Amen. P?. Amen.
300 dias de indulgência por cada vez. (Pio VII 14
de Jan., 1815)
IX. — Novena da Visitação
(Começa no dia 23 de Junho)
1. Õ Virgem Maria, que, movida do Espírito
Santo, vos pusestes a caminho para visitar
vossa prima Sta. Isabel, afim de que a presença
do Verbo incarnado livrasse o Batista do pecado
original : alcançai-me do mesmo vosso Filho
perdão de todos os meus pecados, e um tal
horror a eles, que nunca torne a cometê-los
para o futuro.
A. M.
2. Ó Virgem Maria, que na vossa jornada
nos ensinastes o recolhimento, a modéstia e a
paciência, guiai-me pelo caminho da virtude ate
à glória- do paraiso.
A. M.
3 Ó Virgem Maria, que enchestes de tantas
graças a casa de vossa prima : enchei o meu
coração de todas as graças necessárias para
receber vosso Filho sacramentado com menos
indignidade.
A. M.
246 Quarta parte
f . Bendida sois vós
entre as mulheres :
f. Benedicta tu in
muliéribus.
Bz. E bendito é o fruto I£. Et benedictus
do vosso ventre. fructus ventris tui.
Oremos O rem us
Suplicamo-vos, Se­ Fámulis tuis, qu©-
nhor. que concedais a sumus, Dómine, cae-
vossos servos o dom da léstis grátiae munus
vossa divinagraça, para impertire : ut, quibus
que, como no parto da beátae Virgin is partus
Virgem bemaventurada éxstit salútis exór-
receberam o princípio dium; Visitatiónis ejus
da sua salvação, assim a votiva solémnitas, pa-
festa da sua visitação cis tríbuat incremén-
lhes confira o aumento tum. Per Christum
da paz. Por Cristo Dóminum nostrum.
Nosso Senhor. IÇ.Amén. B?. Amen.
X . — Novena de N. S. do Carmo
(Começa no dia 7 de Julho)
ó Virgem bendita, cheia de graça, Rainha
dos santos, ó quanto me é grato de vos venerar
sob o título de Nossa Senhora do Carmo. Ele
me reconduz nos tempos proféticos de Elias,
quando vós fostes, sobre o Carmelo, figurada
nessa nuvenzinha que depois, dilatando-se, se
derramou numa chuva benéfica, símbolo das
graças santificadoras que de vós procedem.
Desde os tempos apostólicos fostes vós honrada
com este título. E agora me alegra o pensamento
que nós nos unimos a esses vossos primeiros
devotos e com eles vos saudamos, dizendo-vos :
____________Novena da Assunção "
Ó decoro do Carmelo, glória do Liabno, lírio
puríssimo, rosa mística no jardim florescente da
Igreja. Mas, ó Virgem das. virgens, lembrai-vos
de mim miserável, e mostrai que sois minha
Mãe. Derramei em mim sempre mais viva essa
luz da fé que vos fez bemaventurada; infla­
mai-me naquele amor celestial com que amastes
vosso Filho Jesús Cristo.
Obtende-me o ser forte nas tentações e nas
tribulações que tantas vezes me assaltam. E
quando, conforme a vontadejde Deus, terminar
a jornada de minha peregrinação terrena, fazei
que à minha se outorgue, pelos méritos de Cristo
e pela vossa intercessão, a glória do paraiso.
Amen.
XI. — Novena da Assunção
(Começa no dia 0 de Agosto)
Õ SS. Virgem" que, para vos preparardes
para uma santa morte, vivestes em contínuos
desejos da visão beatífica : fazei que se apartem
de nós os vãos desejos das coisas caducas da
terra.
A. M.
2. Ó SSma. Virgem, que, para vos prepa­
rardes para uma santa morte, suspirastes na
vida por vos unirdes para sempre com vosso
Filho • alcançai-nos que vivamos sempre fiéis
ao mesmo Senhor até à morte.
A. M.
248 Quarta, parte
3. ó SSma. Virgem, que, para morrer
santamente, a juntastes um imenso cúmulo de
méritos e virtudes ; alcançai-nos a graça de co­
nhecermos que só a virtude com a graça de Deus
é a estrada que pode conduzir-nos à salvação.
A. M.
A santa Mãe de ")?. Exaltáta est
Deus foi exaltada : Sancta Dei Génitrix ;
IV. Sobre os coros dos IV- Super choros
Anjos aos celestes reinos. Angelórum ad caeléstia
regna.
- Oremos
Oremus
Dignai-vos, Senhor, de
dar o perdão aos delitos Famulórum tuórum,
de vossos servos; e, pois quaesumus, Dómine,
que por nossas ações delíctis ignósce : ut,
não podemos agradar- qui tibi placére de
vos, disponde que se­ áctibus nostris non
jamos salvos pela me­ valémus, Genetricis
diação da Mãe de vosso Fílii tui Dómini nostri
Filho, Nosso Senhor. O intercessióne salve-
qual convosco vive e mur. Qui tecum vivit
reina pelos séculos dos et rcgnat in saecula
séculos. IV- Amén. saeculórum. IV- Amen.
XII. — Novena de Nossa Senhora Aparecida
(Começa no dia 29 de Agosto)
ó Virgem Maria, abençoada sois vós pelo
Senhor Deus Altíssimo entre todas as mulheres
da terra. Vós sois a glória de Jerusalem, vós
a alegria de Israel, vós a honra do nosso povo.
Novena de Nossa Senhora Aparecida 249
Salve, ó Virgem, honra de nossa terra a
quem rendemos um culto de piedade e vene­
ração, a quem chamamos com o belo nome de
Aparecida.
Quem poderá contar, ó doce Mãe, quantas
graças, durante tantos anos, vós dispensastes ao
povo brasileiro, compadecida de nossos males ?
Quisemos cingir vossa cabeça sagrada com
uma coroa de ouro, que vós é devida por tantos
títulos : continuai a dobrar-vos benignamente
às nossas preces.
Quando erguemos ao céu nossas mãos
suplicantes, ouví clemente os nossos rogos, ó
Virgem ; conservai nossas almas afastadas da
culpa e por fim, conduzí-nos ao céu.
Salvação, honra e poder Ãquele que, uno
e trino, nos fulgores de seu trono celeste, go­
verna e rege todo o universo. Amen.
1jfr. A vossa Imaculada Conceição, ó Virgem
de Deus.
1^. Anunciou a alegria ao mundo todo.
Oremos
Deus que, por intermédio da Mãe Ima­
culada de vosso Filho, multiplicastes os dons
de voss graça em favor de nós vossos servos :
concedeiíios propício que, celebrando na terra
os louvores da mesma Virgem, pelas suas ma-
?s ac nreces mereçamos alcançar o prêmio
Seíno no céu. Pelo mesmo Nosso Senhor Jesús
Cristo. Amén.
250 Quarta parte
VIII. — Novena da Natividade
ó graciosíssima Menina, que em vosso feliz
nascimento consolastes o mundo, alegrastes o
Céu, aterrastes o inferno, trouxestes aos caidos
alívio, aos enfermos saude, a todos alegria : nós
vos suplicamos com o mais fervoroso afeto que
renasçais espiritualmente por vosso amor em
nossas almas. Renovai o nosso espírito para
servir-vos, acendei o nosso coração para amar-
vos e fazei florescer em nós aquelas virtudes,
com que possamos cada vez mais agradar a
vossos benigníssimos olhos. Ah 1 Maria ! Sêde
para nós Maria, fazendo-nos experimentar os
salutares efeitos do vosso suavíssimo nome.
Seja-nos a invocação deste nome conforto nas
amarguras, esperanças nos perigos, escudo nas
tentações, salvação na morte. Assim seja.
O vosso nascimento, "f. Nativitas tua, Dei
ó Virgem Mãe de Deus : Genetrix Virgo :
R7. Anunciou alegria a R?. Gaudium annun-
todo o mundo. tiavit universo mundo.
Oremos Oremus
Concedei, Senhor, aos Fámulis tuis, quae-
vossos servos o dom da sumus, Dómine, cae-
graça celestial, para léstis grátiae munus
impertire : ut, quibus
que, sendo para eles o beátae Vírginis
parto da Virgem o prin­ éxstitit salútis partos
cípio da salvação, a so­ dium; nativitatis exór-
ejus
lenidade votiva do seu votiva solémnitas, pa-
nascimento lhes traga o cis tríbuat incremén-
Novena da Apresentação 251
tum. Per Christum aumento da verdadeira
Dóminum nostrum. I$r. paz. Por Cristo, Senhor
Amen. nosso. ty. Amen.
XIV. — Novena das Dôres de N. Senhora
(vêr pág. 242)
XI. — Novena da Apresentação
(Começa no dia 12 de Novembro)
1 . Seja bendita, ó Maria, a prontidão de
ânimo, com que tão pequenina vos apresentastes
no tempo. Suplico-vos. Virgem Santíssima, me
alcanceis de vosso Filho a graça de serví-lo
sempre ate à morte.
A. M.
2 . Seja bendita, ó Maria, a plenitude de
perfeição com que tão cedo vos fizestes modelo
completo de santidade. Suplico-vos, Virgem
Santíssima, me alcanceis de vosso Filho a graça
de aborrecer sempre culpa e amar de todo
o coração a virtude.
A. M.
Concedei-me que
'f. Dignare melau- vos louve,
dáre te, Virgo sacráta: grada. Virgem sa­
Da mihi vir- IÇ. Dia-me valor con­
tútem contra hostes tra os vossos inimigos.
tuos.
Oremus Oremos
Deus, qui beátam ó apresentasse
Deus, que quisestes
Mariam semper Vir- se dia no templo a
neste
bema-
ginem Spiritus Sancti
252 Quarta parte
venturada sempre Vir­ habitáculum hodiéma
gem Maria, habitáculo die in templo praesen-
do Espírito Santo : con­ tári voluisti: praesta,
cedei-nos que por sua quaesumus: u t ejus in-
intercessão mereçamos tercessióne in templo
ser apresentados no tem­ glórise tuae praesentári
plo da vossa glória. Por mereámur. Per Chris­
Cristo, Nosso Senhor. tum Dóminum nos­
IÇf. Amen. trum. P?. Amen.
XVI. — Novena da Imaculada Conceição
(Com eça no dia 29 de N ovem bro)
Virgem Imaculada, que agradastes ao Se­
nhor e fostes sua Mãe : por piedade volvei
benigna os olhos para os infelizes que implo­
ramos o vosso poderoso patrocínio.
A serpente maligna, contra quem foi lan­
çada a primeira mladição, teima em combater
os míseros filhos de Eva.
Eia, bendita Mãe, nossa Rainha e Advo­
gada, que desde o primeiro instante da vossa
Conceição esmagastes a cabeça do inimigo!
Acolhei as súplicas que, unidos a vós num só
coração, vos pedimos apresenteis ante o trono
do Altíssimo, para que nunca nos deixemos cair
nas emboscadas que se nos preparam ; para
que todos cheguemos ao porto da salvação ; e,
no meio de tantos perigos, a Igreja e a sociedade
cantem de novo o hino do resgate, da vitória
e da paz. Assim seja.
~f. Toda sois formosa, Tota pulchra es,
ó Maria. Maria.
R?. Toda sois formosa, R7. Tota pulchra es,
6 Maria. Maria.
Novena da Imaculada CW i/ls» 3 5 3
^. _Et mácula ori -
ginális non est in te. freio háE em mácula original
vós.
IV- E t mácula ori-
ginalis non est in te. não há em vós. original
E mácula
y. Tu glória Je- X- Vós sois a glória
rúsalem’; de Jerusalém.
IV- Tu lsetitia Is­ ^7. Vós a alegria de
rael ; Israel.
f . Tu honorificén- if• Vós a honra do
tia pópuli nostri ; nosso povo.
IV Tu advocata IV- Vós a advogada
peccatórum. dos pecadores.
. O Maria. 'f. O Mana.
R7. O Maria. R7. Ó Maria.
Y. Virgo pruden­ Y- Virgem prudentís­
tíssima. sima.
IV- Mater clemen­ ty. Mãe clementíssima
tíssima. sima.
y. Ora pro nobis ; Y- Rogai por nós.
IV- Intercéde pro ty. Intercedei por nós
nobis ad Dóminum a Nosso Senhor Jesús
Jesum Christum. Cristo.
y. In Conceptióne Vós fostes, ó Vir­
tua,1Virgo immaculáta gem, imaculada em
fuisti: vossa Conceição.
1$. Ora pro nobis !?ai, R7. Rogai por nós ao
Patrem, cujus Fílium a cujo Filho destes
peperísti. à luz.
Oremus Oremos
Ó Deus, que pela Ima­
Deus, qui per J11}" culada
maculátam Virgims Virgem Maria Conceição da
Conceptiónem dignum tes preparas­
Filio tuo habitáculum a vosso Filho digna
254 Quarta parte
morada: nós vos roga­ prseparásti: qusesu-
mos que, pois a preser­ mus; ut qui ex morte
vastes de toda a man­ ejúsdem Fílii tui pr©-
cha pela previsão da visa eam ab omni labe
morte de seu mesmo Fi­ prseservásti, nos quo-
lho, nos concedais por que mundos ejus in-
sua intercessão que tam­ tercessióne ad te per-
bém puros até vós che­ venire concédas. Per
guemos. Pelo mesmo eúmdem ChristumDó-
Cristo, Senhor nosso. minum nostrum. Rr
IV. Amen. Amen.'
500 dias^de indulg. Pio X , 11 de Jan., 1905.
Ofício pequeno
da Imaculada Conceição
MATINAS
Eia, entoai, agora, lábios meus,
R7. Glorias e dons da Virgem Mãe de Deus.
y. Em meu socorro vinde já, Senhora ;
R?- Do inimigo livrai-me, vencedora.
Glória ao Padre, ao Filho etc. (Aleluia).
Hino
Salve, ó Virgem Mãe, Senhora minha,
Estrela da manhã, do céu Rainha ;
Cheia de graça sois ; salve, luz pura,
Valei ao mundo e a toda a criatura.
Para Mãe o Senhor vos destinou
Do que os mares e a terra e céus criou.
Preserveou Ele a vossa Conceição
Da mancha, que nós temos em Adão. Amén.
Oficio pequeno da Imaculada Conceição 2ãS
$ • Deus a escolheu e predestinou :
3?. No seu tabernáculo a fez habitar.
r • Protegei, Senhoni, a» minha» oração
R?. E chegue até vós o meu clamor.
Oremos
Santa Maria, Rainha dos céus, Mãe de
nosso Senhor Jesús Cristo e dominadora do
mundo, que a ninguém desamparais nem des­
prezais, ponde, Senhora, em mim os olhos de
vossa piedade e alcançai-me de vosso amado
Filho o perdão de todos os meus pecados, para
que, venerando agora afetuosamente a vossa
Imaculada Conceição, consiga depois a corôa
da eterna bemaventurança por mercê do
mesmo vosso Filho Jesús Cristo, Senhor nosso,
que com o Padre e o Espírito Santo vive e
reine em unidade perfeita, Deus, pelos séculos
dos séculos. Amen.
f . Protegei, Senhora, a minha oração.
R7. E chegue até vós o meu clamor.
'fí. Bendigamos ao Senhor.
R?. Dêmos graças a Deus.
tf As afmas dos fiéis defuntos por misei-
córdia de Deus descansem em paz.
R?. Amen.
PRIMA
tf Em' meu socorro vinde já, Senhora :
» Do inimigo livrai-me, vencedora
Glória ao Padre, ao Filho etc. (Aleluar).
256 Quarta parte
Hino
Salve, prudente Virgem, destinada
Para dar ao Senhor digna morada.
Com as sete colunas da Escritura,
Do templo a mesa ornou-vos em figura,
Fostes livre do mal que o mundo espanta
E no seio materno sempre santa.
Porta dos Santos : Eva, mãe da vida.,
Estrela de Jacó aparecida.
Sois armado esquadrão contra Lusbel ;
Sêde amparo e refúgio à grei fiel. Amén.
'f. Ele próprio a criou no Espírito Santo.
B7 . E a representou maravilhosamente em
todas as suas obras.
"f. Protegei, Senhora, etc. Como no fim
das m atinas.
TÊRCIA
y. Em meu socorro vinde já, Senhora :
IÇ. Do inimigo livrai-me, vencedora.
Glória ao Padre, ao Filho etc. (Aleluia).
Hino •
Salve, áureo trono, íris de bonança,
Sarça do Horeb e arça da aliança.
De Jessé vara, vélo de Gedeão,
Porta fechada, favo de Sansão.
Por decoro do Filho, não podia
O labéu d’Eva macular M aria;
Nem devia tal Mãe, assim eleita,
Por um momento à culpa estar sujeita. Amen.
f . Eu moro no mais alto dos céus
^ • E o meu trono está sobre a colunaa ue
nuvem. de
f . Protegei, Senhora, etc. Como no fim
das m atm as.
SEXTA
f . Em meu socorro_vinde já, Senhora ;
1^2. Do inimigo livrai-me, vencedora.
Gloria ao Padre, ao Filho etc. (Aleluia).
Hino
Salve, Mãe pura, templo da Trindade,
Prazer dos céus, mansão de castidade,
Éden celeste, alívio da tristeza,
Palma constante, cedro de pureza.
Terra bendita sois, sacerdotal,
Sempre isenta da culpa original,
Cidade santa, porta do oriente,
De graças para nós fonte corrente. Amén.
'f. Como a açucena entre os espinhos.
1$. Assim a minha predileta entre as filhas
de Adão.
f . Protegei, Senhora, etc. Como no fim
das m atinas.
NOA
f Fm meu socorro vinde já, Senhora ;
í ' Do inimigo üvrai-me, vencedora
Glória ao Padre, ao Filho etc. (Aleluia).
258 Quarta parte
Hino
Salve, gran torre de Davi armada,
De refúgio cidade reservada,
Ardendo em zelo desde a Conceição,
Prostrais a fúria do infernal dragão.
Tendes, mais que Judith, o braço ousado,
E do sumo Davi o puro agrado.
D eu Raquel ao Egito um provedor,
M aria deu ao mundo o Salvador. Amén.
f . Toda sois formosa, ó minha amada.
R?. E a mácula original nunca tocou em vós.
y . Protegei, Senhora, etc. Como no fim
das m atinas.
VÉSPERAS
y . Em meu socorro vinde já, Senhora ;
R/. Do inimigo livrai-me, vencedora.
Glória ao Padre, ao Filho etc. (Aleluia).
*3 * -
<a |H i no
Relógio de Ezequiel, que atrazado
Foi, para o sol divino nos ser nado
Em vós o imenso quis ser abatido,
Para que ao céu fosse o mortal subido.
Brilhando com os raios de tal sol
Ê vossa Conceição claro arrebol.
Guiai-nos, pois, calcada a serpe crua.
ô entre espinhos flor, piedosa lua. Amen.
;! V. y . Eu fiz nascer no céu a luz que não se
apaga.
R[. E cobrí, como névoa, a terra toda.
y . Protegei, Senhora, etc. Como no fim
das m atinas.
Ofício pequeno da Imaculada Conceição 250
COMPLETAS
S ■ Converta-nos Jesús, por vosso amor.
RZ. E retire de nós o seu furor.
f . Em meu socorro vinde já, Senhora ;
R. Do inimigo livrai-me, vencedora.
Glória ao Padre, ao Filho etc. (Aleluia).
Hino
Salve, florente Virgem ilibada,
Meiga Rainha de astros coroada.
Mais pura que os Anjos, tendes trono
 direita do Rei, em nosso abono.
Ó Mãe da graça, nossa doce esperança,
Do mar estrela e porto de bonança,
Porta do céu, saude na doença,
De Deus guiai-nos à feliz presença. Amen.
f . Vosso nome, ó Maria, é como um bálsamo.
RZ. Muito vos amam os vossos fiéis servos.
f . Protegei, Senhora, etc. Como no fim
das m atinas.
Depois do Oficio
Acetai, ó Virgem,
Esta devoção
Em louvor da vossa
Pura Conceição.
Sêde-nos na vida
Defensora e gu ia;
Sêde-nos alento
Em nossa agonia:
o Mãe de bondade,
Ó doce_ Maria.
260 Q uarta parte
A n tífo n a. Esta é a Virgem admiravel, na
qual não houve a nodoa original, nem sombra
do pecado.
f. N a vossa Conceição, ó Virgem, foste
imaculada :
IV Rogai por nós ao eterno Pai, cujo Filho
destes ao mundo.
Oremos
0 Deus, que pela Imaculada Conceição da
Virgem preparastes ao vosso Filho uma digna
morada : nós vos rogamos, que, pois, em vir­
tude da previsão da morte do mesmo vosso Filho
a preservastes de toda a mancha, também nos
concedais, que, purificados por sua intercessão,
cheguemos à vossa divina presença. Pelo mesmo
Jesús Cristo, Nosso Senhor. Amen.
Mistérios do Rosário
Terço de Nossa Senhora
S- Deus, in adjutorium meum intende.
R7. Dómine, ad adjuvandum me festina.
y . Glória Patri et Filio et Spiritui Sancto.
R7. Sicut erat in principio et nunc et semper
et in saecula saeculórum. Amen.
Mistérios gozosos
(Segundas e quintas)
1. — N o , primeiro mistério contemplemos
a Anunciação do Anjo S. Gabriel a Nossa
Senhora.
Mistério do Rosário
261
v •?' ~ ^ ° S gUndo T tério contemplemos a
ílabdÇa0de N°SSa Senh°ra à SUa pHma Santa
No terceiro mistério contemplemos o
N ascim ento do Menino Jesús em Belem.
4. No^ Quarto mistério contemplamos a
Apresentação do Menino Jesús no templo e a
Purificação de Nossa Senhora.
5- No quinto mistério contemplemos a
Perda e o Encontro do Menino Jesús no templo.
Mistérios dolorosos
(Terças e sextas)
1 . — No primeiro mistério contemplemos a
Oração de Cristo Nosso Senhor, quando suou
Sangue no horto.
2 . — No segundo mistério contemplemos a
Flagelação de Jesús Cristo atado à coluna.
3 . — No terceiro mistério contemplemos
como Nosso Senhor foi Coroado de espinhos.
4 . — No quarto mistério contemplemos
como Nosso Senhor levou a cruz às costas para
o Calvário.
5 _No quinto mistério contemplemos a
Cruciifixão de Nosso Senhor Jesús Cristo.
Mistérios gloriosos
(Quartas, sábados e Domingos)
•. _primeiro mistério contemplemos
a Ressurreição de Cristo Nosso Senhor.
2 __ No Segundo mistério contemplemos a
Ascensão de Nosso Senhor ao céu.
262 Q uarta parte
3. — No rerceiro mistério contemplemos a
Vinda do Espírito Santo sobre os Apóstolos.
4. — N o quarto mistério contemplemos a
Assunção de Nossa Senhora ao céu.
5. — No quinto mistério contemplemos a
Coroação de Nossa Senhora no céu sobre todos
os coros dos Anjos e Santos.
Ladainha de Nossa Senhora
Kyrie, eleison.
Christe, eleison.
Kyrie, eleison.
Christe, audi nos.
Christe, exaudi nos.
Pater de caelis Deus, miserere nobis.
Fili, Redemptor mundi Deus, miserere nobis.
Spiritus Sancte Deus, miserere nobis.
Sancta Trinitas unus Deus, miserere nobis.
Sancta Maria,
Sancta Dei Genitrix,
Sancta Virgo Virginum,
Mater Christi,
Mater divinse gratiae,
Mater puríssima,
Mater castíssima,
Mater inviolata,
Mater intemerata,
Mater amabilis,
Mater admirabilis,
Mater boni consilii,
Mater Creatoris,
Mater Salvatoris,
Virgo prudentíssima,
Ladainha de Noasa Senhora
Virgo veneranda,
Virgo praedicanda,
Virgo potens,
Virgo cfemens,
Virgo fidelis,
Speculum justitiae
Sedes sapientias
Causa nostrae laetiti®,
Vas spintuale,
Vas honorabile,
Vas insigne devotionis,
Rosa mystica,
Turris Davidica,
Turris eburnea,
Domus aurea, ora pro nobis
Foederis arca,
Janua cseli,
Stella matutina,
Salus infirmorum,
Refugium peccatorum,
Consolatrix afflictorum,
Auxilium Christianorum,
Regina Angelorum,
Regina Patriarcharum,
Regina Prophetarum,
Regina Apostolorum,
Regina Martyrum,
Regina Confessorum,
Regina Virginum,
Regina Sanctórum omnium,
Regine sine labe origmali _concepta,
Regina sacratissimi Rosaru,
Regina pacis,
264 Q uarta parte
Agnus Deis, qui tollis peccata mundi, parce
nobis Dómine.
Agnus Dei, qui tollis peccata mundi, exaudi nos
Dómine.
Agnus Dei, qui tollis peccata mundi, miserere
nobis.
"f. Ora pro nobis, Sancta Dei Genetrix.
1$. U t digni efficiamur promissionibus
Christi.
Oremus
Concede nos fâmulos tuos, qusesumus, Dó­
mine Deus, perpetua mentis et corporis sanitate
gaudere et gloriosa beatse Marise Semper Vir-
ginis intercessione a praesenti liberati tristitia
et aeterna perfrui laetitia. Per Christum Dó­
minum nostrum. 1$. Amen.
I n d . 'd e 7 ano s. P le n á r ia no m ês, n a s condições de
c o stu m e , reza n d o todos os d ia s a la d a in h a com versículo
e a oração.
Do Advento até ao N atal
Angelus Dómini nuntiavit Mariae.
IÇ. Et concepit de Spiritu Sancto.
Oremus
Deus, qui de beatse Virginis utero Verbum
tuum, Ângelo nuntiante, carnem suscipere
voluisti : praesta supplicibus tuis ; ut, qui vere
eam Gcnitricem Dei credimus, ejus apud te
intercessionibus adjuvemur. Per eurndem Chris­
tum Dóminum nostrum.
Amen.
Aos santos anjo»
2(55
Do Natal até à PurificaçSo
f . Post partum, Virgo, inviolata permansiati.
xy* -Dei Gemtrix, intercede pro nobis.
Oremus
Deus, qui salutis aeternae, beatae Marise vir-
ginitate fecunda humano generi praemia praes-
titisti : tribue, quaesumus ; ut ipsam pro nobis
intercedere sentiamus, per quam merúimus
auctorem vitae suscipere, Dóminum nostrum
Jesum Christiun Filium tuum.
IV- Amen.
No tempo pascal
"f. Gaude et laetare, Virgo Maria, alleluia.
IV- Quia surrexit Dóminus vere, alleluia.
Oremus
Deus qui per resurrectionem Fílii tui Dó­
mini nostri Jesu Christi mundum laetificare
dignatus es : praesta, quaesumus ; ut per ejus
Genetricem Virginem Mariam perpetuae capia-
mus gaudia vitae. Per eumdem Christum Dó-
minum nostrum Amen.
AOS SANTOS ANJOS
(A novena da festa começa no dia 23.de Setembro)
Oração
Composta por S. João Berchmans
Anio santo de Deus querido, que por
. • nnQ;í,õ0 me tomastes debaixo da vossa
divina disp, 5 egde Q primeir0 instante do meu
S r eana“ a o r a te s de defender-me, illeminar-
266 ♦ Quarta parte
me e reger-me : eu vos venero como padroeiro,
amo-vos como guarda, submeto-me à vossa
direção e me dou todo a vós para ser por vós
governado. Pelo amor de Jesús Cristo vos rogo
e suplico*que, ainda quando eu vos for ingrato
ou rebelde às vossas inspirações, me não aban­
doneis, antes benignamente me reponhais em
caminho direito, quando dele me desviar. Ilu­
minai-me nas minhas dúvidas, nas quedas
levantai-mo. fortalecei-me nos perigos, até me
introduzirdes no céu, a gozar convosco da eterna
felicidade.
P. N.. A. M.. Gl. P.
Jaculatória. — Santo Anjo do Senhor,
meu zeloso guardador, pois que a ti me confiou
a piedade divina, sempre me rege, guarda, go­
verna e ilumina. Amén.
Louvar-vos-ei,Deus y. In conspéetu
meu, em presença de Angelórum psallam
vossos Anjos. tibi, Deus meus.
1^. Adorábo ad
R". Adorar-vos-ei em templum sanctum tu-
vosso templo, e confes­ um, et confitébor nó-
sarei o vosso nome. mini tuo.
Oremos O rem us
Ó Deus, que por ine­ Deus, qui ineffábili
fável providência vos providéntia sanctos
dignastes enviar os vos­ Angelos tuos ad nos-
sos Anjos para nossa tram custódiam mitte-
guarda; concedei aos re dignáris: largire sup-
vossos fiéis que sejam plicibus tuis; et eórum
A São José
267
semper protectióne de- sempre defendidos pelo
féndi, et seterna socie- seu patrocínio e gozem
táte gáudere. Per eternamente de sua
Christum Dóminum companhia. Por Cristo
nostrum. P?. Amen. Senhor nosso.Pj . Amén.
A S. JOSÉ
(A novena começa no dia 10 de Março)
!• — Consagração
O glorioso Patriarca, S. José, que por Deus
fostes estabelecido para cabeça e guarda da
mais santa entre as famílias, dignai-vos lá do
céu ser também cabeça e guarda desta, que aqui
está prostrada diante de vós e pede a recebais
sob o manto do vosso patrocínio. Nós, desde
este momento, vos escolhemos para Pai, pro­
tetor, conselheiro, guia e padroeiro e pomos
debaixo da vossa guarda especial a nossa alma,
corpo e bens, quanto temos e somos, a vida e
a morte.
Olhai-nos como vossos filhos e coisa vossa.
Defendei-nos de todos os enganos de nossos
inimigos visíveis e invisíveis. Assistí-nos em
todos os tempos, em todas as necessidades,
consolai-nos em todas as amarguras da vida,
mas em especial na agonia da morte. Dizei em
nosso favor uma palavra àquele amavel Re­
dentor que em Menino trouxestes em vossos
braças’ àquela Virgem gloriosa, de quem tostes
nmantíssirno Esposo. Oh! alcançai-nos deles
aquelas bênçãos que conheceis serem proveitosas
nosso verdadeiro bem e eterna salvaçao.
Numa palavra, ponde esta (família ou Con-
268 Q uarta parte

gregação) no número das que amais e ela pro­


curará por meio de uma vida verdadeiramente
cristã não se tornar indigna do vosso especial
patrocínio. Assim seja.
II. — Oração
(para o jim do Rosário, em Outubro)
A vós, S. José, recorremos em nossa tribu-
lação e depois de ter implorado o auxílio de
vossa Santíssima Esposa, cheios de confiança
solicitamos também o vosso patrocínio. Por
esse laço sagrado de caridade que vos uniu à
Virgem Imaculada, Mãe de Deus, e pelo amor
paternal que tivestes ao Menino Jesús, ardente­
mente suplicamos que íanceis um olhar benigno
sobre a herança que Jesús Cristo conquistou
com o seu sangue, e nos socorrais em nossas
necessidades com o vosso auxílio e poder.
Protegei, ó guarda providente da divina
Família, a raça eleita de Jesús Cristo.
Afastai para longe de nós, ó Pai amantís­
simo, a peste do erro e do vício. Assistí-nos do
alto do céu, ó nosso fortíssimo sustentáculo, na
luta contra o poder das trevas, e assim como
outrora salvastes da morte a vida ameaçada do
Menino Jesús, assim também defendei agora a
Santa Igreja de Deus das ciladas de seus ini-
j migos e de toda a adversidade.
i Amparai a cada um de nós com o vosso
constante patrocínio, afim de que, a vosso
exemplo e sustentados com o vosso auxílio,
possamos viver virtuosamente, morrer piedosa-
A Sto. Antônio de Padua 269
mente, e obter no céu a eterna bemaventurança.
Amén.
(7 anos cada vez, rezada públicamente de
R o tò rzo , d u ra n te o m ês de Outubro. N outro tempo, 3 anoa .
Leao X III, 15 de Ag. de 1889);
Oraçao pelos moribundos
Eterno Pai, pelo amor que tendes a S. José,
escolhido por vós para ser o vosso representante'
na terra : tende misericórdia de nós e dos pobres
moribundos.
P. N., A. M., Gl. P.
Eterno Filho, pelo amor que tendes a São
José, vosso guarda fidelíssimo, tende miseri­
córdia de nós e dos pobres moriubndos
P. N., A. M., G. P.
Eterno Espírito Santo, pelo amor que
tendes a S. José, zelosíssimo guarda da SSma.
Virgem Maria, vossa amada Esposa, tende
misericórdia de nós e dos pobres moribundos.
P. N., A. M., Gl. P.
(In du lg. de 500 dias uma vez no dia. ILèãoJXIII)
A S. ANTÔNIO DE PÁDUA
(A novena começa no dia 4 de Julho)
Responso :
Si quaeris mirácula . / Saiba quem buscalagres
mi­
Mors, error, calami- Que os enfermos sara
tas, / Dffimon, lepra Antônio.
Afugenta o erro, _a
fugiunt, / Aegri sur Calamidade e demônio.
gunt sani.
270 Q uarta parte

Prisões e mares lhe Caedunt mare vin­


cedem : cula / Membra res-
Saude e coisas perdi­ que perditas, /
das
São aos mancebos e Petunt unt. I
et accipi-
Juvenes et
velhos cani.
Por ele restituidas.
Necessidades, perigos, 2. Pereunt pericu-
Faz cessar entre os hu­ a / Cessa t et neces­
manos : sitas : / Narrent hi
Diga-o quem o experi­ qui sentiunt, / Dicant
mentou. Paduani.
E mormente os padua- Cedunt mare. . .
nos. 3. Gloria Patri et
Prisões'e mares.
Glória ao Padre, e ao Filio
Sancto.
/ E t Spiritui
Filho e ao Espírito
Santo. Cedunt mare. . .
Prisões e mares. 'f.. Ora pro nobis,
Orai por nós, bem- beáte Antoni.
aventurado Antônio.
IÇ. Para que sejamos PT. Ut digni effi-
dignos das promessas ciamur promissiónibus
de Cristo. Christi.
Oremos Orem us
Alegre, Senhor, vossa Ecclesiam tuam,
Igreja a intercessão vo­ Deus, beati Antonii
tiva do vosso confessor, Confessoris tui atque
e doutor, o glorioso Doctoris commemora-
santo Antônio, para que tio votiva lsetificet;
se fortaleça sempre com ut spiritualibus sem­
espirituais auxílios, e per muniatur auxiliis
Sto. Inácio de Loiola 271
et gaudiis perfrui me- mereça desfrutar os go­
reatur seternis. Per zos eternos. Por Jesús
Christum Dóminum Cristo Senhor nosso.
nostrum. 1$. Amen. Amen.
A STO. INÁCIO DE LOIOLA
(A novena com eça no dia 22 de Julho)
Ó glorioso S. Inácio, que pelo vosso coração
sempre desejoso da maior glória de Deus, da
vossa própria santificação e da salvaçãofde todo
o mundo, merecestes ser chamado o santo que
tinha um coraçao maior que o mundo !,
impetrai-me auxílio e forças para amar e servir
a Deus, santificando-me a mim mesmo e fazendo
ao meu próximo todo o bem que puder.
G. P.
f . Ora pro nobis, 'f. Santo Inácio, ro­
Sancte Ignati : gai por nós.
Ut digni effi- E P a r a que sejamos
ciamnr promissiónibus dignos das promessas de
Christi. Cristo.
Oremus Oremos
Deus, qui ad ma- Õ Deus, que, para
jorem tui nominis propagar a maior glória
gloriam propagandam, do vosso nome, fortale­
n o v o per beátum cestes a Igreja militante
Ignatium subsidio mi-
litantem Ecclésiam com um novo subsídio
roborásti: concede; ut por meio do bemaven-
ejus auxilio et imita- turado Inácio: concedei-
tione certantes in ter- nos que, pelejando na
272 Quarta parte
ris, coronari cum ipso terra com seu auxílio e
mereamur in cselis. a sua imitação, mere­
Per Christum Dómi­ çamos ser coroados com
num nostrum. R? ele no céu. Por Cristo
Amen. Senhor nosso.Rz. Amen.
A S. DOMINGOS
(A novena começa no dia 26 de Julho)
Responso. — Ó quão suave a esperança
que destes à hora derradeira aos que vos cho­
ravam, porquanto prometestes que ajudareis
ao irmãos.
Cumprí, ó Pai, o que dissestes, socorrendo-
nos com vossas preces.
Vós que brilhastes com tanto prodígios em
favor das doenças do corpo, obtende-nos o
auxílio de Cristo nas fraquezas espirituais.
)t. Rogai por nós, bemaventurado S. Do­
mingos.
R?. Para que sejamos dignos das promessas
de Cristo.
Oremos, ó Senhor, que vos dignastes ilu­
minar a Igreja com as virtudes e a sabedoria do
bemaventurado Domingos, vosso confessor e
nosso Pai, concedei pela sua intercessão não
seja ela privada dos socorros temporais e sem­
pre adiante em progressos espirituais. Por Jesús
Cristo Nosso Senhor. Amen.
A*~S.r Francisco* X a v ie r 273
A S. FRANCISCO XAVIER
I — Novena da£Graça (1)
C>Xglorioso e amantíssimo S.? Francisco
Xavier, convosco humildemente adoro a divina
majestade e lhe dou infinitos louvores pelos
singularíssimos dons de graça, que vos concedeu
durante a vida, e de glória depois da morte ; e
com todo o coração vos peço me alcanceis a
preciosíssima graça de viver e morrer santa­
mente. Peço-vos tam bém .. . (pede-se a graça
desejada) ; e, se isto não é da maior glória de
Deus e maior bem da minha alma/alcançai-me
o que a uma e a outro for mais conforme.
Assim seja.
P. N., A. M„ Gl. P.
Oração
(que com pôs e rezava S . F rancisco X a vie r
pela conversão dos in jiê is)
Eterno Deus, Criador de todas as coisas,
lembrai-vos que as almas dos infiéis são obra
das vossas mãos e criadas à vossa imagem e
semelhança. Vede, porém, Senhor, como com
afronta vossa se enche delas o inferno. Lembrai-
vos que Jesús Cristo, vosso Filho sofreu por
1) E stava no ano de 1633 em gravíssimo perigo
de m orte em Nápoles o Padre Marcelo M astrilli, da
Companhia de Jesús. Implorou com grande fervor a
proteção de S. Francisco Xavier. Aparece-lhe este todo
radiante de glória, cura-o instantaneamente, prediz-lhe
que breve será martirizado pela fó no Japão, e prome­
te-lhe, ao mesmo tempo, que todos os fiéis que fizessem
de 4 a 12 de MarçoTuma novena em sua honra* confessan­
do-se e comungando em qualquer dia dela, alcançariam
delDeus, por sua intercessão, as graças que lhe pedissem
274 Q uarta parte

sua salvação morte atrocíssima. Não permitais,


pois, que o vosso divino Filho seja por mais
tempo desprezado dos infiéis ; mas antes* apla­
cado pelas orações dos vossos escolhidos e da
Igreja, Esposa do vosso benditíssimo Filho,
recordai-vos da vossa misericórdia e, esquecendo
a sua idolatria e infidelidade, fazei que também
eles conheçam e amem a Jesús Cristo, Nosso
Senhor, que é nossa saude, e ressureição, pelo
qual fomos salvos e livres, e a quem seja dada
glória por todos os séculos dos séculos. Amén.
S. Francisco, rogaiy. Ora pro nobis,
por nós. Sancte Francisce ;
1$. Para que sejamos Ut digni effi-
dignos das promessas de ciamur promissiónibus
Cristo. Christi.
O rem os O rem us
Ó Deus, que por meio Deus, qui Indiárum
da prégação e milagres gentes beáti Francísci,
de S. Francisco vos di- praedicatióne et mirá-
p ara bem de suas almas e glória divina. — Tudo se cum­
priu. O Padre M astrilli foi martirizado pela fé no Japão
em 17 de Outubro de 1637, como“o Santo lhe.tinha predito.
E os dons celestiais alcançados pelos fiéis m ediante esta
novena foram tantos e tão preciosos, que por isso se lhe
lhe deu o nome de N oven a da graça.
E sta novena pode fazer-se duas vezes cada ano ©
em quaisquer dias dele. Em cada dia da novena ga­
nham -se 300 dias de indulgência, e indulgência plenária
na novena, com as condições do costume, cumprindo-se
estas dentro dos primeiros oito dias depois de concluída
a novena. P io X . 23 de M arço de 1904.
A . S. L u iz Gonzaga 275
gnastes trazer ao seio da culis Ecclési® tu®
vossa Igreja os gentios aggregáre voluísti:
do Oriente, concedei-nos concéde propítius ; ut
que imitemos as virtudes cujus gloriósa mérita
veneramur, virtútem
daqueles cujos gloriosos q u o q u e imitémur
merecimentos vene­ exémpla. Per Chris­
ramos. Por Cristo Se­ tum Dóminum nos­
nhor nosso. 1^?. Amén. trum. 1$. Amen.
A S. LUIS GONZAGA
(A novena começa no dia 12 de Junho)
Oração
O Luiz Santo, adornado de angélicos cos­
tumes, eu, vosso indigníssimo devoto, vos reco­
mendo singularmente a castidade da minha alma
e do meu corpo. Rogo-vos por vossa angélica
pureza, que intercedais por mim ante o Cordeiro
Imaculado, Cristo Jesús e sua santíssima Mãe,
a Virgem das virgens, e me preserveis de todo
o pecado. Não permitais que eu seja manchado
com a mínima nódoa de impureza ; mas, quando
me virdes em tentação ou perigo de pecar,
afastai do meu coração todos os pensamentos e
afetos impuros e, despertando em mim a lem­
brança da eternidade e de Jesús crucificado,
imprimí profundamente no meu coração o senti­
mento do santo temor de Deus e inflamai-me no
amor divino, para que, imitando-vos na terra,
mereça gozar de Deus convosco no céu. Amén.
276 Q uarta parte

f . Rogai por nós S. f . Ora pro noibs,


Luiz. Sancte Aloísih
R7. Para que sejamos R?. Ut digni effi-
dignos das promessas de ciamur'promissiónibus
Cristo. Christi.
Oremos Oremus
ó Deus, distribuidor Cseléstium donórum
dos dons celestes, que distribútor, Deus ,qui
no angélico jovem Luiz in angélico júvene
reunistes admiravel ino­ Aloísio miram vitae
cência de vida com innocéntiam pari cum
igual penitência, pelos poeniténtia sociásti :
seus merecimentos e ora­ ejus méritis et pré-
ções concedei-nos, que, cibus concéde ; ut
pois na inocênciá o innocéntem non se-
não seguimos, o imite­ cúti, pceniténtem imi-
mos na penitência. Por témur. Per Christum
Cristo, Senhor nosso. Dóminum nostrum.
RZ. Amen. RZ. Amen.
(300 d ia s de in d . u m a vez ao d ia )l
Consagração
ó glorioso S. Luiz, adornado pela Igreja
com o belo título de Jovem angélico, pela vida
puríssima, que no mundo vivestes, a vós recorro
neste dia com o mais ardente afeto d’alma e
coração.
ó perfeito modelo, ó benigno e poderoso
Protetor, quanto preciso do vosso auxílio 1
Preparam-me insídias o mundo e o demônio,
sinto a veemência das paixões, conheço a fra­
queza e inconstância da m in h a idade. Quem
Orações a S. João JV*Mimans 277

poderá defender-me, se não vós, ó angélico santo,


glória, honra e amparo dos jovens ? A vós, pois,
recorro com toda a minha alma, a vós com todo
o meu coração me entrego.
Intento assim, prometo e quero ser vosso
especial devoto e glonficar-vos por vossas
sublimes virtudes e .especialmente pela vossa
angélica pureza ; imitar os vossos exemplos, e
promover a vossa devoção entre os meus com­
panheiros.
ó meu amavel S. Luiz, guardai-me, defen­
dei-me sempre sob a vossa proteção e,^seguindo
os vossos exemplos, possa um dia ver e louvar a
Deus convosco no paraiso por séculos sem fim.
Amen.
(300 d ia s de in d . u m a vez ao d ia e p le n á ria ao m i»
na* condições do eostum e. Leão X III, 12 de Junho de
1894).
A S. JOÃO BERCHMANS
(A novena começa no dia 4 de Agosto)
(Para a Novena-~e^Domingos)
1. Inocentíssimo S. João, pela singular
pureza do vosso coração vos suplico me alcancei
a graça de imitar-vos nesta tão bela virtude,
guardando-me, para que jamais a perca, e inspi­
rando-me sum o horror àquelas culpas que
d’algum modo a podem manchar.
P. N., A. M; Gl. P.
2. Devotíssimo S. João, por aquele terno
afeto com que amastes a S. Luiz Gonzaga como
irmão e a Maria Santíssima como Mãe, vos
suplico a graça de ter eu também a S. Luiz
278 Q uarta parte

como especial protetor e exemplar, e tão ardente


devoção para com Maria Santíssima, que con­
vosco continuamente exclame : Não descansarei
até alcançar um amor terno à Santíssima Vir­
gem. minha Mãe amorosíssima.
P. N., A. M.; Gl. P.
3. Fervorosíssimo S. João, pela vossa
admiravel devoção ao Santíssimo Sacramento
do altar e a Jesús crucificado, vos suplico me
alcanceis tal reverência a Jesús, que nunca em
lugar algum, e principalmente na igreja, falte
ao respeito devido ao Sacramento do seu amor,
e me glorie sempre em toda a parte da sua
cruz, de maneira que, depois de havê-lo seguido
como fiel discípulo na terra, mereça gozá-lo
convosco eternamente no céu.
P. N.; A. M.; Gl. P.
1?. S. João, rogai por f . Ora pro nobis,
nós. Sancte Joánnes :
P?. Para que sejamos P7. Ut digni efficia-
dignos das promessas mur promissiónibus
de Cristo. Christi.
i Oremos Oremus
Concedei,Senhor Deus, Concéde, quaesumus,
como vos pedimos, aos fámulis tuis, Dómine
vossos servos, que imi­ Deus, ejus innocéntiae
tem em vosso serviço os ac fidelitátis exempla
exemplos de inocência e sectári : quibus angé-
fidelidade, com que o licus júvenis Joánnes
angélico jovem S. João setatis suae florem con-
consagrou a flor da sua secrávit. Per Christum
vida. Por Cristo, Senhor Dóminum nostrum.P7.
nosso. P?. Amen. Amen.
A . S. Francisco de Assis 279
A S. FRANCISCO DE ASSÍS
(A novena começa no dia 25 de Setembro)
Ó glorioso patriarca S. Francisco, que no
céu contemplais as infinitas perfeições de Deus,
supremo remunerador dos méritos, que com sua
graça adquiristes aqui na terra, lançai sobre nós
um olhar cheio de benignidade e socorrei-nos
eficazmente nas nossas necessidades espirituais
e temporais. Rogai ao nosso amabilíssimo
Criador, que nos conceda as graças de que
precisamos para amá-lo com perfeição na vida
e podermos gozá-lo na outra por toda a eter­
nidade. Assim seja.
'f. Ora pro nobis, ~f. Rogai por nós, S.
beate Francisce. Francisco.
R?. Ut digni effi- RJ. Para que sejamos
ciamur promissiónibus dignos das promessas de
Christi. Cristo.
Oremus Oremos
Deus, qui Ecclesiam O Deus, que pelos mé­
tuam beati Francisci ritos de São Francisco
meritis,fcetu novae pro- enriquecestes a vossa
lis amplificas : tribue Igreja, dando-lhe uma
nobis, ex ejus imitati- nova família, concedei-
one, terrena despicere, nos a graça de imitá-lo,
desprezando os bens ter­
et cselestium donorum renos, e de sempre
semper participatione nos alegrarmos com
gaudere. Per Dómi­ a participação dos dons
num. R?. Amen. celestiais. Por nosso Se­
nhor. R?. Amen.
280 Q u a rta parte

A S. EST A N ISL A U K O S T K A
(A novena começa no dia 4 de Novembro)
Ó bem-afortunado S. Estanislau, filho pre­
dileto de Maria Santíssima, dou-vos o parabém
pelafnobilíssima filiação, com que ela vos adotou,
pondo em vossos braços o seu divino Jesús
Oh 1 que ventura não seria a minha, se lograsse
ser tão digno filho de tão extremosa Mãe I
Dignai-vos, meus angélico protetor, ensinar-me
os meios de tornar-me cada vez menos indigno
de tão sublime filiação e alcançai-me particular­
mente um incendido e constante amor àquela
ilibadíssima pureza de corpo e alma, que tanto
vos assemelhou aos anjos, uma terníssima devo­
ção a Nossa Senhora, e um ardentíssimo desejo
de receber em meu peito na comunhão o divino
Jesús, que vós tendes nos braços, afim de que,
imitando na terra as vossas virtudes, mereça
lograr convosco o mesmo prêmio no céu. -
"f. Rogai por nós, S. f . Ora pro nobis,
í Estanislau. Sancte Stanisláe :
1
RZ. Para que sejamos RZ. Ut digni effica-
dignos das promessas de mur promissiónibus
t Cristo. Christi.
I Oremos Oremus
ó Deus, que entre os Deus, qui inter cé-
demais milagres da vos­ tera sapiéntise tuse
l ■ sa sabedoria também in­ mirácula étiam in té-
} ' ra a graçana daidade
fundistes ten­ nera aetáte ; maturse
madura sanctitátis f grátiam
Oração a S. Terezinha do M enino Jesús 281

consulisti: da, quse- santidade, concedei-nos


sum us: ut, beáti que, a exemplo do bem­
Stanislái exemplo, aventurado Estanislau,
tempus instánter ope- resgatando o tempo com
rándo rediméntes, in a prática constante de
ffitérnam ingredi re- boas obras, mereçamos
quiem festinémus. Per lograr em breve o eterno
Christum Dóminum descanso. Por Cristo,
nostrum. IÇ. Amen. nosso Senhor. P?. Amen .
A SANTA TEREZINHA
DO MENINO JESÚS
(A novena começa no dia 24 de Setembro)
ó bemaventurada Terezinha, branca e mi­
mosa flor de Jesús e de Maria, que embalsamais
o Carmelo e o mundo inteiro com vosso suave
perfume, atraí-nos e convosco correremos em
seguimento de Jesús, nosso Deus e único bem,
pelo cam inho da renúncia, do amor e do
abandono.
Fazei-nos simples e dóceis, humildes e
confiantes para com nosso Pai do céu. Ah 1
não permitais que O ofendamos pelo pecado,
que O contristemos pela desconfiança ! Assis­
tí-nos em todos os perigos e necessidades ;
socorrei-nos em todas as aflições e alcançai-nos
todas as graças espirituais e temporais, parti­
cularmente. . •
Lembrai-vos, ó bemaventurada Terezinha,
que prometestes passar o vosso céu fazendo bem
282 Quarta parte
à terra, sem descanso, até ver completo o número
dos eleitos. Ah 1 cumprí em nós vossa pro­
messa : sêde nosso Anjo protetor na travessia
desta vida e não descanseis até que nos vejais
no céu, cantando ao vosso lado eternamente as
ternuras do Amor Misericordioso do Coração
de Jesús. Amen.
P. N.; A. M.; Gl. P.
~jt. Rogai por nós, Santa Terezinha.
R?. Para que sejamos dignos das promessas
de Cristo.
Oremos
Ó Deus, que abrasastes com o vosso espírito
de amor a alma de vossa serva, Terezinha do
Menino Jesús, concedei-nos por sua amavel
intercessão a graça de vos amar com todo o nosso
coração e de inflamar as almas nas chamas do
vosso santo amor. Por Jesús Cristo Nosso
Senhor. Amen.
ASSISTÊNCIA AOS MORIBUNDOS
N a ja lia do V igário ou de outro sacerdote, não aban­
donem os nós o m oribundo em tão doloroso momento, e pres­
tem os-lhe este piedoso e carinhoso auxílio.
Ofício da agonia
Senhor, compadecei-vos de nós.
Jesús Cristo, compadecei-vos de nós.
Senhor, compadecei-vos de nós.
Santa Maria,
Assistência aos moribundos ^8^
Rogai por ele (ou por ela).
Santos Anjos e Arcanjos,
Côro dos justos,
Santo Abraão,
S. João Batista,
S. José,
Santos Patriarcas e Profetas,
S. Pedro,
S. Paulo,
Santo André,
S. João,
Santos Apóstolos e Evangelistas,
Santos Discípulos do Senhor,
Santos Inocentes,
Santo Estêvão,
S. Lourenço,
Santos Mártires,
S. Silvestre,
S. Gregório,
Santo Agostinho,
Santos Bispos e Confessores,
S. Bento,
S. Domingos,
S. Francisco,
S. Camilo,
S. João de Deus,
Santos Religiosos e Eremitas,
Santa Maria Madalena,
Santa Luzia,
Santas Virgens e Viuvas,
m Quarta, parte
Santos e Santas de Deus, intercedei por ele
(ou por elàj.
Sêde propício, perdoai-lhe, Senhor.
Sêde propício, livrai-o, Senhor.
Do perigo da morte,
D a morte má,
Das penas do inferno,
De todo o mal,
Do poder do demônio,
Pelo vosso Nascimento,
Pela vossa Cruz e Paixão,
Pela vossa Morte e Sepultura,
Pela vossa gloriosa Ressurreição,
Pela vossa admiravel Ascensão,
Pela graça do Espírito Santo Paráclito,
No dia do Juizo,
Nós pecadores, vos pedimos, ouví-nos.
Para que lhe perdoeis, vos pedimos, ouví-nos.
Senhor, compadecei-vos de nós.
Jesús Cristo, compadecei-vos de nós.
Senhor, compadecei-vos de nós.
Durante a agonia
Orações
Parte, ó alma cristã, deste mundo, em nome
de Deus Padre Onipotente, que te criou ; em
nome de Jesús Cristo, Filho de Deus vivo, que
por ti morreu ; em nome do Espírito Santo, que
sobre ti se efundiu; em nome dos Anjos e dos
Arcanjos ; em nome dos Tronos e das Domi­
nações ; em nome dos Principados e das Potes-
tades ; em no.me dos Querubins e dos Serafins ;
em nome dos Patriarcas e dos Profetas ; em
nome dos Santos Apóstolos e Evangelistas ; em
nome dos Santos Mártires e Confessores ; em
nome dos Santos Religiosos e Eremitas ; em
nome das Santas Virgens e de todos os Santos
e Santas de Deus : hoje seja o teu lugar em paz
e tua morada a Santa Sião. Por Cristo Nosso
Senhor. Amen.
Pelas alm as do purgatório ao
toque das alm as
Salmo “De profundis”
Do abismo clamei por vós, Senhor : * Se­
nhor, ouví a minha voz.
Prestai vosso ouvidos atentos à voz da
minha oração.
Se observardes as iniquidades, Senhor *
Senhor, quem subsistirá ?
Porque em vós está a propiciação * e por
causa da vossa lei, esperei em vós, Senhor.
Confiou a minha alma na sua palavra : * e
a minha alma esperou no Senhor.
Do romper da manhã até noite * espere
Israel no Senhor.
Porque no Senhor está a misericórdia *
nele é copiosa a redenção.
286 Quarta parte
E ele redimirá Israel * de todas as iniqui-
dades.
y . Dai-lhes, Senhor, o eterno descanso.
RZ. Entre os esplendores da luz perpétua.
y . E as almas dos fiéis, por misericórdia de
Deus, descansem em paz.
RZ. Amen.
Padre Nosso.
QUINTA PARTE

SALMOS E HINOS
I. OS 5 SALMOS ' DO NOME DE
M A R IA ................................................... 289
II. TE DEUM ........................................... 295
III. MOTETES PARA A BÊNÇÃO DO
SANTÍSSIMO SACRAMENTO ... 297
IV. HINOS MARIANOS ......................... 300

De mil soldados não teme a espada


Quem pugna à sombra da Imaculada !
0 M a r ia co n c eb id a s e m p e c a d o ,
Rogai p o r n ó s que reco rre m o s a Vós
Salm os do nom e de Maria
N. 1
'f. Deus, in adjutórium meum intnéde.
1$. Dómine, ad adjuvándum me festina.
Glória Patri et Filio, et Spiritui Sancto.
Sicut erat in principio, et nunc et semper,
et in ssecula saeculórum. Amen.
Allelúia.
Laus tibi Dómine, Rex aeternse glóriae.
M.
A nt.: Mariae nomen.
N. 2
1. Magníficat ánima mea Dóminum (2).
2. Et exsultávit spíritus meus * in Deo salutári
meo (3).
3. Quia respéxit humilitátem ancíllse suae *
ecce enim ex hoe beátam me dicent omnes
generatiónes (4).
4. Quia fecit mihi magna qui potens est *^et
sanctum nomen ejus (5).
5. Et misericórdia ejus a progénie in progénies
* timentibus eum (6).
290 Quinta, parta
6. Fecit poténtiam in brachio suo * dispérsit
supérbos mente cordis sui (7).
7. Depósuit poténtes de sede * et exaltávit
húmiles (8).
8. Esuriéntes implévit bonis * dívites dimísit
inánes (9).
9. Suscépit Israel púerum suum, * recordátus
misericórdiae suae (10),
10. Sicut locútus est ad patres nostros,
Abraham et sémini ejus in saaecula (11).
11. Glória Patri et Filio, * et Spirítui Sancto
( 12).
12. Sicut erat in principio et nunc et semper,
* et in saecula saeculórum. Amen.
A nt. Mariae nomen cunctas illústrat Ecclé-
sias, cui fecit magna qui potens est, et sanctum
nomen ejus.
A.
A n t.: A solis ortu.
N . 3 — Salm o 119
1. Ad Dóminum cum tribulárer clamávi : *
et exaudívit me (2).
2. Dómine libera ánimam meam a lábiis iní-
quis, * et a língua dolosa (3).
3. Quid detur tibi, aut quid apponátur tibi, *
ad línguam dolósam? (4).
4. Sagíttae poténtis acútae, * cum carbónibus
desolatóriis (5).
5. Heu mihi 1 quia incolátus meus prolon-
gátus e s t: habitávi cum habitántibus
Cedar : * multum íncola fuit mea (6).
Salmos do nome de Maria 291
6. Cum his qui odérunt pacem, eram pací-
ficus : * cum loquébar illis, impugnábant
me grátis (7).
7. Glória Patri et Filio * et Spiritui Sancto
( 8).
8. Sicut erat in principio et nunc et semper, *
et in saecula saeculórum. Amen.
A nt. A solis ortu usque ad occásum lau-
dábile nomen Dómini et Mariae matris ejus.
R.
A nt.: Refúgium est. *
N. 4 — Salm o 118
1. Retribue me servo tuo, vivifica me : * et
custódiam sermónes tuos (2).
2. Revela óculos meos * et considerábo mi-
rabília de lege tua (3).
3. Incola ego sum in terra * non abscóndas a
me mandáta (4).
4. Concupívit ánima mea desideráre justifica -
tióne tuas, * in omni témpore (5).
5. Increpásti supérbos, * maledicti qui declí-
nant a mandátis tuis (6).
6. Aufer a me oppróbrium et contémptum : *
quia testimónia tua exquísivi (7).
7. Etenim sedérunt príncipes, et advérsum
me loquebántur : * servus autem tuus exer-
cebátur in justificatiónibus tuis (8).
8. Nam et testimónia tua, meditátio mea
e s t: * et consílium meum justificatiónes
tuae (9).
9. Adhaésit paviménto ánima mea : * vivifica
me secúndum verbum tuum (10).
292 Quinta parte
10. Vias meas enuntiávi, et exaudísti me : *
doce me iustificatiónes tuas (11).
11. Viam justificatiónum tuárum ínstrue me : *
et exercébor in mirabílibus tuis (12).
12. Dorm itávit ánima mea prae tsedio : * con­
firma me in verbis tuis (13).
13. Viam iniquitátis ámove a me : et de lege
tua miserére mei (14).
14. Viam veritátis elégi : * judicia tua non sum
oblítus (15).
15. Adhaesi testimóniis tuis Dómine : * noli me
eonfúndere (16).
16. Viam mandatórum tuórum cucúrri * cum
dilatásti cor meum (17).
17. Glória Patri et Filio, * et Spiritui Sancto
(18).
18. Sicut erat in princípio et nunc et semper, *
et in saecula saeculórum. Amen.
Ant. Refúgium est in tribulatiónibus Ma­
riae nomen ómnibus illud invoeántibus.
I.
Ant.: In universa terra.
N. 5 — Salm o 125
1. In converténdo Dóminus captivitátem
Sion * facti sumus sicut consoláti (2).
2. Tunc replétum est gáudio os nostrum : * et
língua nostra exsultatióne (3).
3. Tunc dicent inter gentes : * magnificávit
Dóminus fácere cum eis (3).
4. Magnificávit Dóminus fácere nobiscum ; *
facti sumus laetántes (5).
Salmos do nome de Maria 293
5. Convérte Dómine, captivitátem nostram,
* sicut torrens in Austro (6).
6. Qui séminant in lácrimis, * in exsultatióne
metent (7).
7. Euntes ibant et flebant, * mitténtes sémin a
sua (8).
8. Veniéntes autem vénient cum exsultatióne,
* portántes manípulos suos (9).
9. Glória Patri et Filio, * et Spiritui Sancto
( 10).
10. Sicut erat in princípio et nunc et sémper, *
et in saecula saeculórum. Amen.
A nt.: In univérsa terra admirábile est
nomen tuum, o Maria.
A.
A nt.: Annuntiavérunt caeli *
N. 6 — Salm o 122
1. Ad te levávi óculos meos, * qui hábitas in
caelis (2).
2. Ecce sicut óculis servórum, * in mánibus-
dominórum suórum (3).
3. Sicut óculi ancfllae in mánibus dóminae suae ::
* ita óculi nostri ad Dóminum Deum nos-
trum donec miserátur nostri (4).
4. Miserére nostri Dómine, miserére nostri : *
quia multum repléti sumus despectióne (5).
5. Quia multum repléta est ánima nostra : *
oppróbrium abundántibus et despéctio su-
pérbis (6).
6 Glória Patri et Filio, * et Spiritui Sancto-
‘ (7).
294 Q uinta parte
7. Sicut erat in principio et nunc et semper, *
et in saecula saeculórum. Amen.
A nt.: Annuntiavérunt caeli nomen Mariae
e t vidérunt omnes pópuli glóriam ejus.'
Oremus
Deus, qui beatissimam Matrem tuam glo-
rióso ac dulcíssimo nómine Mariae appellári
v o lu ísti: concede propítius ; ut cujus nomen
venerámur in terris, ipsíus patrocínium sen-
tiám us in caelis. Qui vivis et regnas (cum Deo
Patri in unitáte Spíritus Sancti Deus, per
omnia) in saecula saeculórum. Amen.
Responsório
Si quaeris caelum. ánima,
Mariae nomen invoca,
Mariam invocantibus
Caeléstis patet jánua.
Ad Mariae nomen Caelites
Laetántur, tremunt inferi ;
Caelum, tellus et aequora,
Totúsque mundus júbilat.
Culpae fugántur ténebrae ;
Morbi, dolóres, úlcera,
Vinctis solvúntur cómpedes
Nautis mitéscunt aequora.
Ad Mariaejnomen Caelites
Laetántur, tremunt inferi;
Caelum, tellus et aequora,
Totúsque mundus júbilat.
T e Deum 295-
Glória Mariae, fíliae
Patris et matri Géniti,
Sponsaeque Sancti Spíritus
Per saeculórum saecula.
Ad Mariae nomen Caelites
Laetántur, tremunt inferi;
Caelum, tellus et aequora,
Totúsque mundus júbilat.
y. Sit nomen Virginis Mariae benedíctum.
P?. Ex hoc nunc et usque. in saeculum.
Oremus
Concéde, qusesumus, Omnipotens Deus, ut
fidéies tui, qui sub sanctissimae Virginis Mariae
nómine et protectióne laetántur, ejus pia inter-
cessióne a cunctis malis liberéntur in terris et
ad gáudia aetérna perveníre mereántur in caelis.
Per Christum Dominum nostrum. Amen.
Hino de ação de graças
Te Deum laudamus
1. Te Deum laudámus * Te Dóminum confi-
témur (2).
2. Te aetérnum Patrem * omnis terra vene-
rátur (3).
3. Tibi omnes Angeli * tibi caeli et universae
Potestátes (4).
4. Tibi Chérubim et Séraphim * incessábili
voce proclámant (5).
5. Sanctus, Sanctus, * Sanctus Dóminus
Deus Sábaoth (6).
296_______________Q uinta parte_______ ^
6. Pleni sunt cseli et terra * majestatis glórise
tU8B (7).
7. Te gloriósus * Apostolórum choros (8).
8. Te Prophetárum, * laudábilis números (9).
9. Te mártyrum candidátus * laudát exérci-
tus (10).
10. Te per orbem terrárum * sancta confitétur.
Ecclésia (11).
11. Patrem * imménsse majestátis (12).
12. Venerándum tuum verum * et únicum Fí-
lium (13).
13. Sanctum quoque * Paráclitum Spíritum
(14).
14. Tu Rex gtóriffi Christe * Tu Patris sempi-
térnus es Fílius (15).
15. Tu ad liberándum susceptúrus hóminem *
non horruísti Virginis úterum (16).
16. Tu devícto mortis acúleo * aperuísti cre-
déntibus rogna eaelórum (17).
17. Tu ad déxteram Dei sedes * in glória
Patris (18).
18. Judex créderis * esse ventúrus (19).
19. Te ergo quaesumus, tui fámulis súbveni *
quos pretióso sánguine redemísti (2).
20. Aetérna fae cum Sanctis tuis * in Glória
numerári (21).
21. Salvum fac pópulum tuum Dómine * et
bénedic haireditáti tuae (22).
22. Et rege eos * et extólle illos usque in
aetérnum (23).
24. Per síngulos dies * benedícimus te (24).
M otetes para a bênção do SS. Sacramento 297
24. Et laudámus nomen tuum in saeculum * et
in sfflculum sseculi (25).
25. Dignáre Dómine die isto * aine peccáto nos
custódire (26).
26. Miserére nostri Dómine * miserére nos­
tri (27).
27. Fiat misericórdia tua Dómine super nos *
quemàdmodum sperávimus inte (28).
28. In te Dómine sperávi * non confúndar in
aetérnum.
S- Benedicámus Patrem et Fílium cum
Sancto Spíritu.
I(7._Laudému6 | et superexaltémus eum in
saecula.
Benedíctus es Dómine in firmamento
caeli.
B?. Et laudábilis J et gloriósus | et supere-
xaltátus in saecula.
"f. Dómine exaudi oratiónem meam.
B?. Et clamor meus ad te véniat.
~f. Dóminus vobiscum.
B?. Et cum spíritu tuo.
"f. Orémus.. .
B?. Amen.
MOTETES PARA A BÊNÇÃO DO
SANTÍSSIMO SACRAMENTO
Adoro te
Adoro te devote, latens Deitas,
Quae sub his figúris vere látitas.
Tibi se cor meum totum súbjicit.
Quia te contémplans totum déficit.
298 Q uinta parte
2.
Visus, tactus, gustus in te fállitur,
Sed auditu solo tuto créditur;
Credo quidquid dixit Dei Fílius
Nil hoc verbo veritátis vérius.
3.
Jesu, quem velátum nuc adspício,
Oro fiat illud quod tam sitio ;
Ut te reveláta cernens fácie,
Visu sim beátus tu® glória.
Amen.
O salutáris Hóstia
O salutáris Hóstia,
Qua calis pándis óstium.
Bella premunt hostilia.
Da robur, fer auxilium.
o
Uni trinóque Dómino
Sit sempitéma glória.
Qui vitam sine termino.
Nobis donet in patria. Amen.
Claristus vincit
C hristus vin cit, C hristus regnat, Christue
im perat.
Pio Summo Pontifici et universali Papa, Pax,
Vita et Salus Perpetua.
C hristus v in c it. . .
Motetes para a bênção do SS. Sacramento 299
N. (nome do Arcebispo ou Bispo) et omni clero
ei commisso, Paz, Vita et Salus perpetua.
C hristus v in c it. . .
Têmpora bona veniant,
Pax Christi, veniat.
Regnurn Christi veniat.
C hristus vincit . . .
T antum ergo
Tantum ergo Sacramentum
Venerémur cérnui
Et antiquum doeuméntum
Novo cedat rítui :
Prffistet fides supplementum,
Sensuum deféctui.
Genitóri Genitóque
Laus et jubilátio ;
Salus, honor, virtus quoque
Sit et benedíctio :
Procedénti ab utróque,
Compar sit laudátio. Amen.
~f. Panem de cselo praestitisti eis. (Aleluia).
R?. Omne delectaméntum in se habéntem.
(Aleluia).
Laudate D om inum
1. Laudáte Dóminum omnes gentes * laudáte
eum omnes pópuli (2).
2. Quóniam confirmáta est super nos miseri­
córdia ejus * et véritas Dómini manet in
setérnum (3).
3. Glória Patri et Filio * et Spiritui Sancto (4).
300 Quinta parte
4. Sicut erat in principio et nunc et semper *
et in sfficula saeculórum. Amen.
Enviai, Senhor
Enviai, Senhor, operários para a vossa messe,
Que a messe é grande, e poucos operários.
(Latim) :
Mitte, Dómine, operários in messem tuam,
Messis quidem multa, operárii autem pauci.
Hinos e cânticos
A S. Luiz
Ó Luiz, anjo da terra,
Exemplar da juventude,
No caminho da virtude
Sêde guia e protetor.
1 — Caros jovens, eu conheço
Uma flor mimosa e pura,
Ê de neve sua candura,
É celeste seu apreço.
Branca nasce, Dranca morre ;
Alva é sempre a sua côr.
Ide em busca dessa flor,
Ide em busca dessa flor,
ó Luiz.
2 — No Jardim da santa Igreja,
No canteiro de Jesús,
Na árvore da Santa cruz
Bel jacinto sempre alveja.
Inda que ruja a peleja,
Não desbota o seu alvor.
Ide em busca dessa flor (bis),
s ó Luiz.
Hinos e cânticos 301
Viva Jesús
1.
Viva Jesús, nossa verdade e vida,
Viva Jesús, nosso amor, nossa lu z!
Nome d’amor, quando a voz te proclama,
O coração s’aviventa e s’inflama 1
Viva Jesús ! Viva Jesús 1
3.
Viva Jesús, ó nome sacrossanto,
Fonte de bens, e da glória esperança ;
Dos tristes ais só nos deixou lembrança 1
Viva Jesús ! Viva Jesús 1
3.
Viva Jesús ! é voz do peito grato
Em que de Deus a bondade reluz,
Que vendo em si de mil bens o omato,
Antes a morte quer, que, ser ingrato.
Viva Jesús I Viva Jesús !

Coração S a n to
Coração Santo, Tu reinarás,
Tu nosso encanto sempre serás.
Coração Santo, Tu reinarás,
Tu nosso encanto sempre serás.
302 Quinta parte
1. 2.
Jesús amavel, Divino peito
Jesús piedoso, Onde se inflama
Pai amoroso, A doce chama
Fragoa de amor. Da caridade.
Aos teus pés venho, Não na conserves
Se tu me deixas, Recon centrada,
Sentidas queixas Mas dilatada
Humilde expor. Na cristandade.
(Coração Santo)
Queremos Deus
1 — Queremos Deus, homens ingratos,
Ao Pai supremo, ao Redentor.
Zombam da fé os insensatos,
Erguem-se em vão contra o Senhor !
D a nossa fé, ó Virgem , o brado abençoai.
Q uerem os D eus, que é nosso Rei !
Q uerem os D eus, que é nosso Pai !
Q uerem os D eus, que é nosso Rei !
Q uerem os D eus, que é nosso Pai !
2 — Queremos Deus ! Na pátria amada
Amar-nos todos como irmãos,
E ver a Igreja respeitada,
São nossos votos de cristãos.
3 — Queremos Deus 1 e pronto vamos
Sua lei santa defender ;
Sempre serví-lo aqui juramos,
Queremos Deus até m orrer!
Hinos e Cânticos 303
A Deus cantemos hoje mil louvores
A Deus cantemos, hoje, mil louvores
Cantemos ao Senhor !
Deus está aqui! Oh 1 vinde, adoradores
Adoremos a Cristo Redentor !
E stribüho.
Gloria a Cristo, Jesús ! Ceus e terra
Bendizei ao Senhor 1
Louvor e glória a ti, ó Rei da glória,
Amor p’ra sempre a ti, ó Rei do amor 1
Unamos nossa voz à dos cantares
Do coro celestial 1
Deus está aqui ; ao Deus destes altares
Exaltemos com gozo angelical 1
Acende em nosso ser a viva chama
Do mais fervente amor !
Deus está aqui ; Está porque nos ama
Como Pai, como amigo e como benfeitor.
Pelo Brasil também, a pátria amada,
Oremos a Jesús 1
Ele está aqui na hóstia consagrada
Protegendo a Terra de Santa Cruz 1
Louvando M ariá
1 2
Louvando Maria, O anjo descendo
O povo fiel, Num raio de luz,
A voz repetia Feliz Bernardette
De São Gabriel: Ã fonte conduz.
Ave, ave, ave, Maria !
Ave, ave, ave, Maria !
304 Quinta parte
3 4
Mostrando um rosário Feliz Bernadette,
Na cândida mão, No enlevo de amor
Ensina o caminho À Virgem repete
Da santa oração. Seu casto louvor.
Com M inha Mãe ’es tarei
1 — Com minha Mãe 'starei
Na santa glória um dia,
Ao lado de Maria,
No céu triunfarei.
N o céu , no céu, com m in h a M ae ’starei.
N o céu , no céu, com m in h a M ãe ’starei.
2 — Com minha Mãe 'starei,
Mas já que hei ofendido
Ao seu Jesús querido,
As culpas chorarei.
3 — Com minha Mãe ’starei !
Palavra deliciosa,
Que em hora trabalhosa
Fiel recordarei.
4 — Com minha Mãe 'starei,
Aos Anjos me ajuntando,
E hinos entoando,
Louvores lhe darei.
5 — Com minha Mãe ’starei,
Unindo-me aos Anjos,
No côro dos Arcanjos
* Suas glórias cantarei.
_____________Hinos e Cânticos 305
Hioo de Nossa Senhora
da Conceição Aparecida
1 — Salve, ó Mãe ! Salve, ó Virgem Santíssima!
Do Universo portento, primor I
Mais esplêndida glória que a tua
Tem só Deus, do universo Senhor.
Salve, ô M ãe ! Salve, ó Virgem Santíssim a 1
Do Universo portento, primor !
M ais esplêndida glória que a tua
T em só D eus, do Universo Senhor.
2 — Lá no Éden, entre os nimbos funestos,
Que estendera a serpente infernal,
Foste a estrela por Deus prometida,
Foste já da esperança o fanal.
3 —Misteriosa justiça nos prende,
Só por filhos, à culpa de Adão,
Mas a lei, quebrantada, anulou-se
Em tua santa e feliz Conceição.
ó Maria Imaculada
Ó Maria Imaculada,
Do Brasil protetora e carinhosa Mãe.,
Serão os filhos teus
Da pátria brasileira
Sempre, sempre fiéis a Deus,
À sacrossanta lei, à gloriosa bandeira
De Jesús, seu divino Rei ! (bis).
306 Quinta parte
1 — Ê nossa pátria desde o berço
Terra feliz de Santa Cruz
A fé romana é seu escudo,
Ê seu conforto e sua luz.
2 — Volve teus olhos compassivos
A este povo que teu é ;
E não permitas, ó Maria,
Que de Jesús renegue a fé.
3 — Nunca seremos tão ingratos
A nosso Deus, a nosso rei,
Mas de viver te prometemos
Sempre fiéis à sua lei.
4 — Seja esta fé nossa esperança,
Nos transes da hora fa ta l;
Todos de Ti gozar iremos
Em nossa Pátria celestial.

Hino da mocidade católica


Mocidade brilhante e sadia,
Sai da inércia em que estás 1
Renuncia a inação criminosa !
De pé ! De pé !
Deu a voz de comando
Pio Onze,
Carrilhonam os sinos de bronze,
Descem do alto seus brados de fé.
Leve contigo, como penhor,
O lenho amigo, a cruz do amor.
Leva contigo, como penhor,
O lenho amigo, a cruz do amor.
Hinos e Cânticos 307

HINO OFICIAL.
das Congregações Marianas
(Mons. Lie. Refioe)
Con motoc energico

D’um i . de . al ce . les _ te Se _

mar ás Cor _di Cer.re.mos as íi _


.gui. mos os en Ven-do em amargos

.lei . ras, Sol da. dos do Se . nhor..


pran . tos A terraes.mo . re . cer. w
if
$ m
O no.me teu, Ma . ri . a, O’ Vir.gem so.be.
Se.guirmoa a Ma . ri . a, Se . rá nossa ven.

. ra . na, Nos u .neenos ir . ma na,' Nos


.tu . ra. Teus fi-lhos,Vir.gem pu ra, Sem.
FINE

dá for.ça e va . lor, Nos dá íor.ça e va . lor.


pre que.re . mos ser, Sem.pre que.re . mos ser.
308 Q uinta parte

-fTrr
gna.mo9 por nos.sa vi .
.a. TWf
Tu nos pro.
Hinos e Cânticos 309
Hino da Concentração Nacional
Das serras ao mar
Um grito de guerra
bis Vibrante reboa
Por Deus, pelo altar.
Avante, avante,
Avante, M,arianos
bis Avante, avante
Avante a lutar.
Levantai-vos, falanges da Virgem.
Pela causa da Mãe de Jesús :
Eia, avante, o Brasil vos espera :
Ou vencer ou morrer pela Cruz !
Concentrai vossas densas fileiras
Matizadas de azul celestial,
Congregados ! Vós sois baluarte
Contra as hostes do inferno e do mal 1
Convertei nossa Pátria bendita
Em um templo de paz e de amor ;
Seja o peito de cada mariano
Um altar consagrado ao Senhor
Neste céu de procelas sombrio,
Vossa fita é uma nesga de anil,
Neste mar agitado e fremente
Vosso escudo é o farol do Brasil !
310 Q uinta parte

Hino Nacional
Ouviram do Ipiranga as margens plácidas
De um povo heróico o brado retumbante
E o sol da liberdade, em raios fúlgidos,
Brilhou no céu da Pátria neste instante.
Se o penhor dessa igualdade
Conseguimos conquistar com braço forte,
Em teu seio, ó Liberdade,
Desafia o nosso peito a própria morte 1
õ Pátria amada,
Idolatrada,
Salve 1 Salve 1
Brasil, um sonho intenso, um raio vivido
De amor e de esperança à terra desce,
Se em teu formoso céu, risonho e límpido,
A imagem do Cruzeiro resplandece.
Gigante pela própria natureza,
És belo, és forte, impávido colosso,
E o teu futuro espelha essa grandeza,
Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
ó Pátria amada 1
Dos filhos deste sólo és mãe gentil,
Pátria amada
Brasil 1
Hinos e Cânticos 311
Deitado eternamente em berço esplêndido,
Ao som do mar e à luz do céu profundo
Fulguras, ó Brasil, florão da América.
Iluminado ao sol do Novo Mundo !
Do que a terra mais garrida,
Teus risonhos, lindos campos têm mais flores
“Nossos bosques têm mais vida”.
“Nossa vida em teu seio mais amores”.
Õ Pátria amada,
Idolatrada,
Salve ! Salve !
Brasil, de amor eterno seja o símbolo
O lábaro que ostentas estrelado
E diga o verde louro dessa flâmula
— Paz no futuro e glória no passado.
Mas, se ergues da justiça a clava forte,
Verás que um filho teu não foge à luta
Nem teme quem te adora a própria morte.
Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Õ Pátria amada !
Dos filhos deste sólo és mãe gentil
Pátria amada
BrasilI
ÍNDICE
Academias........................................................ ü
Admissão na Congregação.......................... 43
Admissão de Candidatos (Ritual) ............ 83
Admissão de Congregados (Ritual)............ 87
Agregação da Congregação ........................ 68
Alma de Cristo (oração) ............................ 182
Aprovações pontifícias................I-X X III, 8
Assistência aos moribundos........................ 282
Calendário........................................................ 110
Comunhão (prep. e ação de graças)........ 180
Confissão (preparação) ................................ 177
Consagração a Nossa Senhora.................... 237
Consagração a S. L uiz................................ 276
Consagração ao Sagrado Coração ............ 198
Consultas da D iretoria................................ 103
Dez minutos diante de N. Senhora ........ 234
Deveres comuns dos congregados ..... 47
Diretoria da Congregação. ... 41,52, 58, 107
Ereção da Congregação ............................. 66
Exame de conciência (geral) ..................... 185
Exame de conciência (particular)............. 186
Exclusão da Congregação .......................... 43
Federação (relações com...) ...................... 79
Fundação da Congregação........................ 66
Governo da Congregação............................ 40
História da Congregação............................. 7
Hora S a n ta ................................................... 212
Indulgências ................................................. 17
314 índice
Ladainha de Nossa S en h o ra ........................ 262
Ladainha do S. Coração .............................. 200
M editação ........................................................... 129
Missa (partes fix as).......................................... 133
Mistérios do Rosário .................................... 260
Modo de ajudar à Missa ............................. 165
Moribundos (assistência) .............................. 282
Novena do Espírito Santo ........................... 191
Novena do Sagrado Coração ... .............. 196
Novena do Menino Jesús ........................... 204
Novenas de Nossa Senhora :
Purificação.................................................. 237
N. S. de Lourdes ................................... 239
Anunciação .............................................. 240
N. S. do Bom Conselho ...................... 241
N. S. das Dores ...................................... 242
Visitação ................................................... 245
N. S. do Carmo ................................... 246
Assunção .................................................. 247
N. S. A parecida...................... 248
N atividade............................................... 250
A presentação........................................... 251
Imaculada Conceição ............................ 252
Novena de S. José......................................... 267
Novena dos Santos A njos.......................... 265
Novena de S. A ntônio................................. 269
Novena de S. Inácio .......................... 271
Novena de S. Domingos.............................. 272
Novena de S. Francisco Xavier .............. 273
Novena de S. Luiz Gonzaga .................... 275
Novena de S. João Berchmans.................. 277
Novena de S. Francisco de Assiz.............. 279
Novena de S . Estanislau............................ 280
índice 315
Novena de Sta. Teresinha ........................ 281
Orações da m anh ã........................................ 125
Orações da noite .......................................... 188
Oração a Jesús Crucificado........................ 183
Oração pelo Clero.......................................... 184
Oração pela propagação da Comunhão .. 210
Oração para uma boa morte .................... 211
Oração pela Pátria ...................................... 211
Oração pelo Diretor da C. M..................... 232
Oração a S. J o s é ..............................•.......... 267
Pequeno ofício de Nossa Senhora............254
Privilégios das Congregações..................I, 22
Posse, provimento dos ofícios.................... 105
Quinze minutos diante de J. C.................. 192
Regras com uns.............................................. 34
Regras dos ofícios.......................................... 58
Reuniões ordinárias...................................... 96
Reuniões extraordinárias ............................ 98
Salmos do Nome de Maria ...................... 289
Via Sacra ..................................................... 206
Vida da Congregação.................................... 74
Vida do Congregado.................................... 71
Motetes, Hinos, Cânticos.............................. 2S7
IMPRIMITJ :
INDÚSTRIA GRÁFICA SIQUEIRA S / a .
SÃO PAULO — 1 9 4 9

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