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EPIGRAFES:

nada mais atual e necessário do que


poder apresentar aos fiéis as riquezas do mis­
tério da Virgem Mãe d e Deus, situando-os ao
mesmo tempo no seu verdadeiro lugar . Com
I sso a piedade dos cristãos 6 alimentada e condu­
zida ainda na l inha de uma autêntica devoção
àquela que é também nossa mãe. - Revelar aos
cristãos uma fisionomia não deformada, não mu­
tilada, mas quanto possfvel autêntica de Nossa
Senhora. E este outro fruto desejável: fazer que
Maria seja, muito mais que um ser real , alguém
que se conhece e a quem se fala em diálogo.
Alguém que me conhece e que Invada a minha
vida como um ser amado . " 1 . .

"Todo mundo quer ouvir falar sobre ela.


Todos desejam conhecer mais sobre Ela" - "Fa­
lar sobre Nossa Senhora é fazer obra de todo o
agrado do povo'' - "A história do povo supõe
Marla".2

" Maria é Importante e necessar•a na vida de


uma pessoa na medida em que esta se abre para
Deus" . a

ó Maria, que eu agora


junte na mesma quadrinha:
- Do Céu a Nossa Senhora,
- da Terra, a Senhora minha . 4

I In Coleção A Esfe ra e a Cruz (textos czpi.-:tuals para o nosso tempo), dirigida por
Frei eloncada
-

Lucas M. Neves, OP Apr·esontaçõo da obra sob o n.• 39 (cfr.


(orelha�) livro Nossa Senhora em minha
-

Bibliografia) e divulgação do vida, de Frei


Vicente Bemardót.
2 - Ver Bibliografia, n.• 64, livro de O. Geraldo Maria de Moraes Penido.
3 - Ver Bibliografia, n.• 88, livro de Fr ll;;�istlnl.
4 - Trova do poeta J. G. da Araújo Jorge. Professor e Parlamentar.
Copyright @ by Maria Santfssima

Rua Caruso, 22/202 - Tljuca (20270)

Rlo/RJ - Brasil

este livro pertence a

Nossa Senhora

e , conseqllentemente, é de todos aqueles


que A amam e querem vê-IA glorificada nes­
ta Terra na maior extensão possível; se se
permite (sem quaisquer direito de reserva)
transcrições, no todo ou em parte, é, na
certeza de que seja feita de forma fiel e
Indicada a fonte. Considerem-se co-edito­
res, com o Autor, todos que, de uma forma
ou de outra, generosa e devotamente possi­
bilitaram a publ icação destas páginas, dila­
tando o reinado da Rainha dos Céus (heb.
= Shsmaylm), e da Terra ao ensejo dos
2.000 anos do seu bendito nascimento.

$COMPANHIA BRASILEIRA DE
ARTES
..4 RAFICAS
ltlA !IK.'I.EJ.C .ci �t n..1... m .1.:05. �r. N.l.lli :a.��TaJ
TRABALHO CHEIO DE AMOR I

Dom Geraldo M . M. Pentdo


Arcebispo de Aparecida

Certamente dentre os critérios objetivos para julgar uma obra escrita


o� mais seguros são: forma e conto[Jdo. acima de tudo. Apresentação
gráfica e adequada distribuição das matérias. Tudo isso há de levar-se
em conta para um juízo exato de um livro.

Tenho para mim que, nos planos de Deus, só as obras que são ela­
boradas com amor, vivido e si ncero, com forte sobrecarga de sacriffclos
e de limitações, conseguem frutificar para o bem das almas. Mais uma
vez, verifica-se que "só o amor con:::t rói"

Antonio Maia, velho conhecido c amigo, tem a autenticá-lo uma In­


teira vida consagrada . De poucos eu poderia dizer que vivem ou vive­
ram, com convicção e entusiasmo, o . mais lldimo ideal por que nasceram
as Congregações Marianas, como Antonio o viveu e até hoje vive, já quase
no terminal da vida. Como o amor verdadeiro jamais acaba, mns, ao con­
trário, tende a crescer, se se considera toda a vida de Antonio Maia
dedicada ao apelo da santidade, pode dizer-se que o "Pequeno Dlc:onário
de Nossa Senhora" é fruto do mais perfeito amor a Deus e aos homens.
A Deus, porque o Autor nunca se afastou do cumprimento exato do pri­
meiro e mais fundamental de todos os mandamentos. Aos homens , porque
Antonio Maia foi sempre um apóstolo que tem labutado para que os irmãos
se voltem sempre para os caminhos da hon radez e da sincera piedade .
Nlio fora ele um Congregado sempre fiel e destemido . .

Despretensiosamente intitula seu livro "PEQUENO Dicionário de Nossa


Senhora", Antonio Maia sempre estudou com afinco um sem-número de
obras católicas, com singular prioridade para os l ivros mariológlcos e ma­
rianos . Leu muito . Revistas . Opúsculos . Tratados alentados . Tudo
quanto pudesse aumentar seu lastro de cultura e de piedade marianas.
Sem dúvida. poderia lançar um volume extenso e respeitáveL Mas, ele
quis apresentar um trabalho pequeno. Que não assustasse os leitores
desafeitos a obras de cunho científico, sem l imites de páginas e de vo­
lumes . Maia deve ter pensado no que ele mesmo fora, quando, na juven­
tude, se perguntava o significado de um ponto ou de outro na doutrina
niariológlca, ou, em geral, da doutrina catól ica. Deve ter imaginado consigo
mesmo: que bem enorme faria um "pequeno" dicionário que tirasse as
dúvidas de congregados, de cristãos de boa vontade, de Filhas de Marta
ou ds simples curiosos! Foi com este intuito apostólico que ele se deu
ao trabalho de investigar, de colher dados. de ler aqui e acolá, nas re­
vistas especializadas e nos livros, tudo o que ele vinha julgando útil aos
fiéis saber e . . vive r .

-5-
Felicito, muito de cor�ção, o prezado e fiel Congregado pelos resul­
tados de suas fadigas e. multo mais, do amor acendrado de seu coração:
o "Pequeno Dicionário de Nossa Senhora"
Pedi flO mui prezado Cônego João Corrêa Machado, Presidente da
nossa "Academia Maria/ de Aparecida", que examinasse os originais do
livro e, d<mdo-me sua opinião, me dls:>esse se " nada obsta" à publicação do
"Pequeno Dicionário". Com pressurosidade, que agradeço, penhorado, Cô­
nego Machado deu seu parecer favorável. E assim o livro de Antonio
Maia recebe, com carinho e amor, o necessário "IMPRIMATUR", que, de
m uito bom grado, concedo à sua obra, que há de honrar, mais uma vez,
nossa Mãe Santíssima e há de ajudar muitos Irmãos desejosos de apro­
fundamento na Mariologia e no Marianismo.

Abençôo o Autor, sua obra e seus leitores. Que em tudo seja' Deus
louvado pelo crescimento da devoção a Maria, esclarecida, profunda, lnarre·
dável, sempre crescente e sempre fecunda.

Aparecida, 31 de maio de 1 986

Festa da Visitação de Nossa Senhora

"Quem ama ardentemente alguma coisa traz constantemente Seu nome


nos lábios e nela pensa noite e dia ( . . . ) Que existe de mais suave do que
a Mãe de Jesus? Ela, cativou meu espírito, Ela reina sobre minha palavra,
a imagem dela está sempre em minha mente."
S. João Damasceno (675-749)

"Não seria na direção de um aprofundamento da Fé, do Amor e da de­


voção a Nossa Senhora, que se deveria lançar um movimento pastoral de
grande envergadura, visando o Brasil i nteiro?"
(João Paulo 11, aos bispos brasileiros quando da visita "ad llmlna" - agosto de 1985 -

citado. por D. l.uclano Cabral Duarte, Arcebispo de AnlcaJd, Sllrgtpe; Edrç�s llBEF, Bra·
sitia, 1985)

- 6 -
APRECIAÇAO

r.cvela o Autor do Pequeno Dictonár/o de Noss/J


Senhora - Antonio Maia, c.m. - nesta sua obra.
entre outras preciosas publ icações, esplêndida
erudiçiio na temática marial . Fruto opimo & sa­
zonado de longa formação e atuação, Já há 50 e
poucos anos. como mui dedicado e prestimoso
congregado mariano. Disto ele se ufana. Tal a
razão porqu:J sempre acrescenta à assinatura a
sigla: C.M.

Formado em Jornalismo se fez logo Paladino exímio das glórias de


Maria. em diversos periódicos, sobretudo como Redator-Secretário da re­
vista Estrela do Mar, órgão oficial das CC.M M . do Brasil ; no movimento
mariano, por mérito, qual idade e dedicação ocupou também o alto e nobre
cargo de Secretário-Gera l . E, em ambos ofícios, a duração foi de 22 anos
consecutivos, afastando-se apenas quando acometido de estafa e séria amea­
ça de derrame cerebral . Por graça de Deus, restabelecido, el-lo novamente
às lides de outrora como articul ista constante em semanários religiosos e
publicando o seu 43." livro de grande interesse: Pequeno Dicionário de
Nossa Senhora.
Em 150 páginas principais - como "contas" de um Rosário - apresenta
mais de cinco centenas de verbetes, subverbetes e notas informativas re­
ferentes à doutrina e manifestações marianas.

Assemel ha-se este compêndio àquele manto ou avental do privilegiado


vidente e mensage iro de Tepeyac-Guadalupe - Juam Diego - que, repleto
de flores envolvia a figura-aqueroplta da VIrgem-Mãe.

Jubiloso por tantas pesquisas bibliográficas sobre Nossa Senhora, de·


sejando-as conhecidas e apreciadas por muitos, decidiu-se ao esforço de
uma síntese em linguagem simples e de fácil consulta pedagógica: apon­
tando todos os vocábulos mariológicos (e afins) em ordem alfabética, à
guisa de "pequeno dicionário"
Este trabalho, despertará, certamente, mais Incentivos e maior apro­
fundamento nos campos teológicos e cientrflcos da história e de toda a
literatura de louvores à Excelsa Senhora, Sublime por excelência. porque
Mõe de Deus e nossa!
Em nome da Academia Marlal, de Aparecida, que se orgulha de tê-lo
entre os seus mais ilustres Titulares. nossas felicitações.

Cõn. João Corrêa Machado


Presidente e censor "ad hoc"

Aparecida. 24 de maio de 1986


Festa de N. S. Auxllladora

- 1 -
SAGRADO CORAÇAO DE JESUS
EU TENHO CONFIANÇA EM VóS.

q e
(Jaculatória u o Pe. r Van Peteghem (belga) começou acon e lha
Jo ge 11 s r 101 eeua penllentH
no confessionário, em 1898. e em pouco tempo unlvereallzou·ea)

DOCE CORAÇAO DE MARIA


SEDE A MINHA SALVAÇAO.

(Jaculatória escolhida pela vidente de Fdtlma. Jaclnta, no elenco apresentado pelo Servo
de Deus. Pe. Francisco Rodrigues da Cruz. S. J., em 10·12·1925, reportando-se ê HQUndll
aparlçiio da VIrgem, em 13-&-1817}

Nota: entre as duaa jaculatórlae eupra. eatampa ae emblema do Autor. 11 guisa de ex-llbrla.
o
� do autoria do monge Ir. Pau l o Lachenmàyer, OSB
-

heraldlsta. escultor, deaonhlata


-

e arquiteto litúrgico de fama mundial (em grande parte decorador da nova Catedral
iv s s
do Rio e restaurador de d er a Igrejas e moatelroa. Inclusive do em Salva­ seu.
dor (BA).
-·-
INTRODUÇAO

'De Maria nunquem satls'' - S. Bernardo

Nada de novo, a não ser, talvez, a forma em verbetes e subverbetes


- dicionarlzação - apresenta este livro sobre Nossa Senhora. Não foi
escrito para doutos, mas também não é destinado apenas aos simples
e humildes. � dirigido a todos aqueles - pequenos e grandes - que
gostam, que amam deveras a VIrgem Mãe de Deus de todo o coração e
a todo o momento (Nosso Senhor fez isto ab aeterno e depois ainda
levou-a em corpo e alma para o Céu ) . Na tentativa de amar Nossa
Senhora como Deus a amou, sim, o mais possível desta forma e com
igual Intensidade, precisamos, então, a miúde, saber coisas sobre Ela.
pois mais se ama quanto maior é o conhecimento do objeto amado
(recíproca verdadeira do axioma: não se ama aquilo que se desconhece).

Pelo que juntamos de subsidias marianos, tivéssemos tido mais


largas disponibilidades financeiras e, estarlamos entregando aos devotos
de Maria Ssma. alentada e verdadeira enciclopédia com belíssimas ilus­
trações e tudo o mais. O desiderato, poré m , de exfgua posse se nos
obrigou a cingir-nos ao que comumente se diz " supra-sumo", ou seja.
ao máximo de síntese - o que, conseqüentemente leva ao Incompleto
- e eis que a obra se apresenta, como de fato é, apenas um pequeno
dicionário. modestrsslmo que, - quem sabe? - algum dia, não multo
!onge, crescerá. Muito embora gerado com robustez, teve que nascer
assim franzino. pequeno, diminuto; apesar deste percalço é, ao que
parece. no gênero, o primeiro que surge em llngua portuguesa.

!: pequeno, modesto, reconhecemos, mas quer ser ágil e útil . seguro


e digno Instrumento para se prescrutar os sinais de Nossa Senhora,
para sentir-lhe a presença na Blblla (símbolos, "figuras", alegorias, ana­
logia, aplicações, acomodações no Antigo Testamento e , no Novo Testa­
mento, evange listas, Epístolas, Atos, Apocalipse) , - na Tradição (títulos,
I nvocações, devoções, festejos), - na História (templos, santuários, basí­
licas, monumentos}, - na Teologia/Dogmática (singularidade, mlstêrlo,
prerrogativas. privilégios), - na Ecleslologla (culto, devoções, Indulgên­
cias), - na Liturgia (Solenidades, Memórias, orações, hinos}, - na
Arte (Pintura, Escultura, Música, Poesia, Literatura), - na Arqueologia
(Catacumbas e Terra Santa), - nas manifestações populares (festas,
folclore, peregrinações), - nas Aparições ( lugares e mensagens), -

-9-
na Terra, o testemunho do povo de Deus (Padres da Igreja, Doutor�.
Pontífices), - louvores na G lória Celeste (Anjos, Arcanjos, Ouerub lll s.
Serafins, Santos e mártires).

Um instrumento modesto mas que, amorosamente, colocamos aos


pés da Ssma. Virgem ao tempo ou no ano que o Papa do "Totus Tuus"
- João Paulo 11 - exortou a Cristandade para "um grande Advento" -
Advento mariano - que, ao transcurso dos 2.000 anos do nascimento
de Nossa Se;1hora, prepare o do nosso Salvador, início do terceiro mi­
lênio da era cristã. 10 o presente de aniversário que podemos ofertar
a Nossa Senhora nos 2.000 anos do seu bendito nascimento e, que,
para poder fazê-lo, fomos buscar a ajuda de i rmãos da fita azul e de
tantos outros devotos que generosamente compareceram (muitos com
sacrifícios, sabemos). Nós, como humilde Autor, e os co-editores (todos
aqueles que de uma forma ou de outra colaboraram) reforçamos o que
vai nas epígrafes, mas sobretudo queremos fazer eco ao que a própria
Virgem profetizou no cântico-oração " Magnlllcat": "Todas as Gerações
me chamarão Bem-aventurada"

8 de setembro, 1985 (Festa da Natividade)

POST-SCRIPTUM: embora a vasta bibliografia (elencada às página s


153/158 - obras que muito recomendamos - totallzando para mais
de uma centena de fontes). genuflexos imploramos aos que lerem
esta obra, nos sejam apontadas lacunas, que se nos enviem sub­
sídios, porque - permitindo Nossa Senhora - se vierem futuras
edições (ou simplesmente uma 2.• edição apenas}, serão achegas
de suma importância, contributo vallosfssimo de filial homenagem
a Nossa Senhora, nossa querida Mãe do Céu.

Não sejamos nem coiiridianos {desejavam dfvinizar Nossa Se­


nhora) e muito menos antidicomaritas {herejes que desprezavam
Maria combatendo especialmente a sua virgindade perpétua). mas
nos distinga o sermos marianos, diletos filhos da Virgem Ssma.
a fim de mais depressa chegarmos a Jesus.
44 •• .. ...

- 10 -
CRONOLOGIA BIOGRÁFICA DE NOSSA SENHORA Antonio Maia, c.m.
(da Academia Marial. Aparecida)

N.• t;POCA / LOCAL ACONTECIMENTO FONTE

de 10 milhões a 6 bilhões de anos, aplicação bíblica à escolha


J PPIOV. 8, 22-31
1 é a Idade do Mundo, segundo a 1 Símbolos/"fig uras"/alegorias
etc. no Antigo Testamento.
aeterno" de Maria (antes do
Ciência. início das coisas).
.
i"ab
.
origens do gênero humano, longa j o próprio Deus profetiza o futuro Gen 3, 1 5
série d e séculos (5 . 508 anos 1 aparecimento de Maria (e Eva
2 p/ os gregos do Império Blzan- anagramar-se-la no AVE da
I
,
o
I tino; 3 760 p/ os hebreus)o Anunciação).
1 · - -
I
anos 738/700 an e Crlst - uma Virgem (heb. almah), Isaías 7, 14
--3-- Jerusalém/Judá (reinados de
;: � �
1 Maria, diz o profeta que nascerá
��e
1-··· 1 Acaz - �equlas - Ozlas). _ io �!_�las. (�f!JBnueJl.
I1
'
I
o
1 ano 731 a . C - Judéia I Bet 'o profeta Indica com precisão o Miquéias 5, 1-3
4 1 Gibrin (reinado de Acaz e lugar da Palestina onde a Virgem 1
(Maria) dará à luz: t;frata (Belém). ------1
_
Ezequlas) ._ ____ _______ _
!I
1 _____ .
1 -i ----
o o
cerca do ano 20 a c (estimativa r o Arcãnjo Gabriel anuncia a :
I
5 do exegeta Pe. R lcciottl). :Joaquim e Ana de que serão os pais extrabíblicos/tradição
1 1.
_
Myriam (= Maria).
,-- _
I j?e
. obviamente 16/17 antes 1 nascimento de Maria: estabeleceu-se! extrabíblicos/tradlção/
do nascimento de Cristo (ano 732 que parece segundo o monge liturgia.
I
6
i ao
de Roma). , Efrém de Creta - a data de 8 de
I ! setembro. I
3/8 dias após o nascimento - festas aposição do nome: Myrlam/ extrabíblicos/
7 estabelecidas para: 12 de apresentação da menina no Templo. tradição/Liturgia.
setembro, Santo Nome ; e 21 de
novembro, Apresentação.
----·-
I I I
3 anos após o nascimento (segundo entrega de Maria no Templo para extrabibllcos/
Santos Padres e historiadores con­ o inicio do seu "naziriato" l . é . , tradição/Liturgia.
8 temporâneos da Ssma. Virgem). cumprimento do voto de consagração
I a Deus (natzlr).
--- - --· ------

após sua permanência extrabfbl icos/


Templo (festa estabelecida tradição/Liturgia.
\12no anos
I
\ esponsais de Maria (órfã?)
9
para 23 de janeiro).
1 Tcom José, perante o sacerdote do
_

___ ------ ------


---1' _! � mplo (Zaca���� ?).
,- ,-
1
anos 60/63 depois de Cristo Mt 1 . 1 1-1 7
(consignou-se aqui a data do
1 explicitamente o nome de Maria
i aparece na genealogia (lado lc 3, 23-38
I
10 mais antigo relato evangélico Jesus) e seus ancestrais
que consta ser o de S. Mateus) elencados na
genealogia materna de Jesus.
j:paterno
' masculinosde são
-·--- ----·
--·---------- ,

ano 7 antes de Cristo - 1 Maria recebe do Arcanjo S . lc 10 26--38


11 : 1\iazilré- festa estabelecida 'Gabriel o anúncio de suil
f para 25 de março. I maternidade divina.
----·-·-·- ---···
i
__ ,

o
! ano 7 a . C - Ain-Karin Maria visita sua prima Sta. Isabel, Lc 1. 39-56
(provavelmente. do inicio Zacarias, permanecendo até o
e

12 de abril até junho (logo após nascimento do precursor, S. João


o dia 24). Festa estabelecida , Batista (3 meses). Nesta visita entoou
para 2 de julho. seu cântico-oração Magnificat. o
'
1 I
-
ano 7 a.C. - Nazaré J osé, após revelação divina, recebe, Mt 1. 18·25
13 então, como esposa, Maria, em sua

cnsa, poir: não cohabitara após
!
l
__ ___ ____ _
os e� ponsals.
1- , , j
:
:ano 6 a . C . - Belém r dá a luz ao Messias, Lc 2. 1-7
-- .
·1 Ma ia
14 f (numa gruta nos arredores da Cristo Jesus.
1 cidade) - festa estabelecida
1 para 25 de dezembro. (•) . .
li- --
---i ano 6 a . C . - Belém --i Maria e José recebem os Lc 2, 8-20
15 1 (na mesma gruta) pastores sob o canto dos anjos
1 no Céu.
-
-------------------- ------····
t----- I·
�1-
1 ano 6 a . C . - Belém/Jerusalém Circuncisão do Menino - Lc 2. 21-40
J (decorridos uns 30 dias) aposição do nome - Apresentação
16 !festas estabelecidas para os no Templo e Purificação ritual
de Maria.
- I
1 dias 1 .• de janeiro e 2 de
! fevereiro. -

I
ano G a . C. - Templo de Maria ouve as palavras Lc 2. 2235
- - ------ ---- -- --
17 I
Jerusalém. proféticas de Simeão.

I : -
II

'ano 5 a . C. - Belém Chegada dos Magos do Oriente. Mt 2. 1-12


------- ',
18 1r (já n um a casa) - festa recebidos por Maria e José.
. estabelecida para 6 de
\ .________________
ia n e i ro .
I
a no 5 a . C . - Belém José, avisado pelo anjo, leva Mt 2. 1 3-15
19 (certamente a mesma casa supra) o Menino, com Maria. em fuga
para o Egito.
!
1- reinado de Herodes o Grande.
ano 3 a . C . rumo a Nazaré Regresso do Egito, para fixação Mt 2, 19-23
20 j (reinado de Arquelau). em Nazaré. de Maria, o Menino e Lc 2. 39-40
I
S. José.
!--
I I
1
ano 7 depois de Cristo - !Aflição de Maria, perda e Lc 2, 41-50
21 1,Templo de Jerusalém !encontro do Menino no Templo.
(festa judaica da Páscoa).
--- --- I
____ __
__
,
I1---- --
- em Maria dona-de-casa: Sagrada
-I-·
I
I
22 em sua lida doméstica . Lc 2, 5CJ.51
! anos 7 a 27 d . C.
j! Familla !
1 i
- -
.' Nazaré.
-- __ ,
i

1ano 28 d . C . - em Caná da
I
ÍMaria na vida social: numa festa 1
�--
1 Galiléia (meados de março). . de bodas. obtém, por antecipação. Jo 2, 1-12
23 1 o 1.• mi l agre da vida pública
1de Jesus.
__ _I_
I
i
rano d . C. - fins de ! Louvor (Indireto) de Jesus -�
24 ! outubro (Festa dos 1à Maria pela sua obedlêncls
I Tabernáculos). e fé. Lc 11. 27-28
I
___ -- -------
, -

J ano30 d . C . - calvário Stabat Mater (junto da Cruz


25 1- sexta-feira, 7 de abril, estava. de pé a sua Mãe).
cerca da "h-ora sexta" ( = 3 h da Jo 19, 25
� ��d�)
_.
!
1 --- --
1 Calvário: j Maria nos é dada como Mãe e
26 i nos recebe como filhos Jo 19, 26-27
, (na pessoa de S. João).
j mesmo quadro supra
Cslvllrl-o: João leva Maria para a asa
c Jo 19, 27
__
d e l e.
27 j
-- : me ll�o quadro supra I
- _ ___ _
I1--
,------- -- ----

tSIIenciosa Gal 4, 4-6


I
I 28 I Pregação Apostólica
- l Orientação
,-----
---- -

29 ano 1 da Era Cristã - At 1 , 1 4


Cenáculo de Jerusalém. ------ 1--------

;
(querem alguns que 1 0/ 1 5 i"Dormltio" (= dormissão, sono) - : tradição/ Padres da
30 anos depois da Ascensão do ·Ressurreição antecipada - Assunção: i Igreja/Dogma I
Senhor) - festa estabelecida Glória de Maria Santíssima. 1 Liturgia.
. para 15 de agosto.
, ___ ----- ---- ------- ------- i
!
31 i Parusia " mulher vestida de sol": Ap 1 2, 1
I Maria.

(") Dionlslo, o pequeno (t 5501. fez coincidir o nascimento de Cristo no ano 754 da fundaçlo de Roma, porém, estudos posteriores verificaram
o engano nos cálculos, fi rmando o nascimento de Jesus noa anos 747 ou 748 de Roma, l . é. , 6/7 anos antes do estabelecido pelo monge
europeu ocidental; desta forma, o calendário crlstlo, ao Invés de lnlcinr-se no nascimento de Cristo, começa na verdade 6/7 anos depois
(observação de Mona Galblatl). Hé, por6m, que lldvogam o
. - 011 da Era CristA no ano 753 de Roma.
Inicio

Bibliografia para a feitura desta Cronologia:

e Um s6 Evangelho ( ha mon a conforme o texto original grego, com


r i de tempo e lugar para cada acontecimento) - Pe. Léo Persch
indicação
- Ed. Paullnas, - 1955.

• O v
E angelho de Jesus - Assoe. MTMEP, sob direção de Mons. Enrico Galblatl (Doutor em Ciências Bibllcas) - Pessano (Milano), Itália,
e d . brasileira, 1968.
• Biblia Sagrada Tradução da Vulcet e anotada pelo Pe. Matos Soares - (Paullnas) - 10.• edlçllo.

• Momantl dl una ria (Santa Bamblna che Sorrlde) - Pref. D. Giovannl Urbanl, Are. tltolare di Sardl - Mllano 1983.
sto -

• Obra• consultadas para a el aboração do Pequeno Dicionário de Nossa Senhora. cfr. páginas
NATIVI DADE DE NOSSA SENHORA

Pledosfsslma concepção artrstica do oferecimento de Maria Ssma. a


Deus, fazendo-o S. Joaquim e Sant'Ana logo após o nascimento milagroso.
- I lustração de "Na Luz Perpétua"- 11 vol. - Llv. Ed. Lar Católico
- 1950.

- 18 -
A
Ab aeterno - clássica ex­ mais cientifico-histórico-cultural do
pressão latina que, extralda da Vul­ que propriamente devoto-cultuai .
gata (Prov. 8,22 s s), aponta-nos Centros de estudos e pesquisas,
Maria como aquela criatura que pri­ contribuem, grande e louvavelmen­
meiro povoou, desde os prlnclplos, te, para a glória da Ssma. Virgem.
a mente divina ao criar e ordenar - No Brasil, ao encerramento do
o mu:-�do cósmico, fazendo-a mãe 11.• Congresso Eucarístico Nacio­
escolhida. - A dois poetas, um, nal, em Aparecida do Norte (SP).
pai da nossa llngua pátria, Camóes; foi Instalada a Academia Maria/
e outro, sacerdote e ardoroso filho Nacional (com data de 1 6 de julho
de Maria, Pe. Afonso Rodrigues, de 1 985, Festa de N. S. do Carmo)
S. J., incumbiremos de corporlzar no transcurso dos 2.000 anos do
este verbete: nascimento de Maria - A sede
funciona no 1 1 .• andar da Torre
No seu alto conceito te formou da Basílica, sendo seu Presi­
primeiro que a primeira criatura, dente o historiador Côn . João
para que única fosse a compos­ Machado, e, DD. Reitor, o Sr. Ar­
tura cebispo Metropolitano de Apareci­
que de tão longo tempo se estu­ da, D. Geraldo Maria de Moraes
dou/. Penido (que nos honra como Apre­
(2." quarteto do soneto Ab Ae­ sentador deste livro). - São 8 as
terno) categorias de sócios-membros em
que as pessoas Interessadas po­
. . . escalada do Azul ( . . . ) pa- derão se inscrever, leigos, sacerdo­
noramas deslumbrantes ( ... ) uma tes e Religiosas, bastando inteirar­
figura de encanto e graça extasian­ se das condições. (Cep. de Apa­
tes. � o simples bosquejo d'Eia. recida: 1 2570). - Ver o verbete:
ainda no eterno Concelho de Deus, Biblioteca.
auto-retrato num arroubo de Inspi­
ração divina ( . . . ) desdobra a carta ACATISTOS (de akáthlstos =
que Ela te escreveu, apresentando­ de pé) - o poema-hino mais céle­
-se ( . .. ) E o pergaminho diz: Ab bre da Igreja Bizantina e da Igreja
aeterno. Eu nasci na mente do de todos os tempos ; obra-prima da
Altíssimo, Primogênlta e Paradig­ literatura e da teologia, altíssima
ma de toda criatura . . . " (cfr. na expressão contemplativa e de lou­
Bibliografia obra elencada sob o vor cultuai à Virgem Ssma. Mais
n.• 65). que da mente de um sábio, nasceu
do coração da Igreja; não tem ti­
ACADEMIA MARIAL- As aca­ tulo nem autor, sendo conhecido
demias marianas, mariais e mario­ pelo nome singular de Akáthlstos
lógicas, da mesma forma que os que significa estar de pé (tal qual
congressos (estes de modo dlnã­ o Evangelho deve ser cantado es­
mico e aquelas de forma estática), tando-se de pé em respeito ao
divulgam. propagam, preservam (o mistério da encarnação). O Pa­
que também. de certa maneira, fa­ triarca Sérgio fê-lo o canto da vi­
zem os museus, bibliotecas e ex­ tória e agradecimento ao consagrar
posições) os conhecimentos de Constantinopla a Maria (ano 626),
Nossa Senhora numa extensão livre do assédio dos Inimigos.

- 17 -
AO I ESUM PER MARIAM - mais recentes). - O Papa do To­
A Jesus por Maria, é o lema ma­ tus tuus, propõe o "grande Ad­
riano - secular - que engloba vento mariano", a exemplo daque­
a dupla maternidade de Nossa Se­ le outro, o Litúrgico, quando Ela
nhora: a divina, quando Ela nos portando em seu ventre o Salva­
deu Jesus (Theotókos) ; e a espi­ dor, fez a Humanidade exultar e
ritual, quando Jesus nô-IA deu cantar jubilosa: "ó Saplêntia -

(ecce Mater tua). E estabelece, ó Adonai! ó radix Jesse / -


ó clavis Davi! - ó Orlens!
-

esse vínculo de infi nito gozo. a


ó Rex Gentium! - ó Emanuel!
-

vereda muito mais segura e mais


curta até Cristo, como um santo Veni ... " - Que melhor faro l , que
e Papa nos diz: "O caminho mais mais digna condutora e guia tere­
curto, mais seguro e sublime para mos senão Nossa Senhora, que
chegar-se a Jesus é Maria". (S. dos seus 2.000 anos, do seu bimi·
Pio X) - Lema não só muito -lênio nos leve ao do seu Divino
divulgado, mas sobretudo vivido Filho? - Será a sublime vivência:
pelos sodalícios da Virgem, como Ad /esum per Mariam. V. ver­
bete: 2.000 (anos do nasc. de Ma­
-

são as Congregações Marianas des­


de sua origem (1563), lã se vão ria).
422 anos - quatro séculos e meio
- ajudando a povoar o Céu de
santos e oferecendo à Terra fervo­
rosos membros - sacerdotes e
leigos - para o apostolado oni­
modo da Igreja. AIN-KA R I M - Ao Início de­
nominada simplesmente Karem, é
chamada hoje Ain-Karim (ain, nome
da 16." letra do alfabeto he­
braico, é, também, a grafia indi­
cativa do prefixo toponímico de
ADVENTO ( Mariano) - Quando muitos lugares onde hã nascentes
o Santo Padre abordou em Lour­ d'água, acusando abundância desse
des ( 1 5-8-1 983) a questão do nas­ líquido, ou seja, fonte) . - E, Ka­
cimento de Maria, relacionando-o rim, quer dizer em árabe, vinha,
ao de Cristo, recomendou entre­ vinhedo. - Ao tempo de Maria
tanto, Sua Santidade a praxe da era uma simples aldeia (kapan),
Igreja quando celebra Jubileus e I. é . , "filha de cidade" (pois esta,
Festas Litúrgicas, pondo sua aten­ era um povoado bem maior, comu­
ção "primeiro que tudo sobre o mente protegida de muralhas). -
evento salvífico e não sobre a Ao que se supõe, em Ain-Karln,
data histórica. E convidou a que Zacarias recebera, como sacerdote
se criasse um clima de profunda mais antigo, a sua moradia, a fim
espiritualidade ao que ele chamou de que pudesse, com alguma faci­
de " Grande Advento" do 2." mi­ lidade, desempenhar suas funções
lênio do nascimento de Cristo (a religiosas no Templo de Jerusa­
verificar-se no ano 2.000, fim deste lém, distante cerca de 7 km -
século e princípio do outro, ou Em Ain-Karim, ao que tudo I ndica,
seja, começo do 3." milênio do viajando a pé, durante uns 3/4 dias
Cristianismo). - O b imilênio do ( 1 40/50 km de Nazaré a Jerusa­
nascimento de Maria - frlzou o lém, capital, e depois mais 2 ho­
Papa - deve marcar de modo par­ ras). foi que Maria visitou Isabel.
ticul a r o "tempo de Maria", in­ proferiu o seu cântico-oração -

tenso período de "marianidade" Magnlflcat - ouviu sua prima fa­


que nos l eve a Cristo. - � aquela lar Inspirada pelo Espirito Sal"'to
"hora de Maria" tantas vezes anun­ (palavras que hoje rezamos na
ciada pelo saudoso Pio XII (que Ave-Maria), viu como se "conhece­
Ela mesmo o predisse nas apari­ ra" ainda no ventre dessas felb�!!
ções de Fátima e reiterou noutras g rávidas o Precursor e o Messias!

18-
- Não 6 de se condenar, mas bllografia, obra n.• 12). - Maria
contrariamente, até de louvar, a estava "gratia plena" na sua con­
disputa de outras 9 cidades: Ma­ cepção (Conceição Imaculada),
queronte - Sebaste - Belém - "gratia plena no nascimento, gra­
Jerusalém - Hebron - Jutah - tia plena na anunciação (hora do
Judá de Neftall - Bet-Carlat e Bet­ fiat), gratla plena no nascimento
Shan, a honra insigne de ter sido do Salvador, gratla plena quando da
o sitio de tão transcendentes oc:or­ ""dormição" e Assunção, pois cheia
rê:lcias. - "A única localidade, en­ da graça foi dom permanentemente
tre as 1 O que apontam, que uma aderente à alma de Maria. -
sé;ia tradição indlgita, é a �:: l deia Cheia da graça (gr. Kekharitómene)
de nome Ain-Karim ( . . .) Esta é a indica plenitude total. absoluta.
cidade que, não determinada por completíssima e permanentemente,
S. Lucas, teve maior aceitação por no sentido de ser um dom divino,
parte dos exegetas ( ... ) uma ve­ não transitório, aderente à alma.
tusta tradição, que ascende ao - Os anjos foram adornados da
sóc:ulo ccnstantlnlano, sempre iden­ graça santificante desde o primei­
tificou Ain-Karlm com a cidade de ro instante de sua criação, como
Zac<Jrias". (cfr. na Bibliografia obra Eva também o foi desde o primeiro
sob o n.• 64). - No local, ergue-se instante de sua formação da cos­
hoje a Ig reja da Visitação, ond�. tela de Adão, logo, Maria por mo­
em quadros de mármore, lê-3e o tivo da sua altíssima missão o foi
Magnificat transcrito em vários mais do que todos juntos. - Ela
idiomas. - Ver os verbetes: Anun­ mesmo o diz, no cântico exalta­
ciação - Isabel - Zacarlas P. a tive a Deus, Magnificat: "Nascho
Cronologia Biográfica. di/ tchabah /morto (a minha alma
louva, exalta, engrandece o Se­
nhor). - São João Damasceno es­
creveu, ao abordar o passamen­
to da VIrgem Ssma.: "O pró­
prio Rei Divino veio ao encontro
de Sua mãe, para recol her com as
ALMA - A "história" terrena
Suas mãos divinas a alma santa e
de uma alma Inicia-se no útero e
imaculada de Maria." (cfr. Biblio­
termina com o último suspiro ( re­
grafia, obra n.• 9). Novamente,
começa - ou começa? - mais
-

a l ma e corpo, em união como esti­


f'lXfltamente, desfruta de outra es­
veram em terras da Palestina, es­
pécie de "vida", a que de fato
tão na Pátria Cel este, vivenciando
vale, a eterna, que será de "prê­
Maria Ssma. na visão gloriosa face
mio" ou de "condenação"). - So­
a face. - Ver o verbete Kekhari­
mente Deus conhece essa "histó­
toméne.
ria", pois dela é o Autor. - A
"história" de Nossa Senhora como
profética promessa, como "figura",
a Bíblia nõ-la acena em muitos e
muitos passos, mas desde a con­
cepção Imaculada, começa a "his­ ANA - (Hanna é a forma gr.
tória" da alma de Maria, "Visto do heb. Hannah (abreviatura de
que. ror um favor inaudito, livre Hananiah?) ou então Khannâh -·

de todo o pecado e possuidora de graciosa). - Nome próprio em­


pleno uso da razão, Ela pôde, des­ pregado, às vezes, também pelos
de o primeiro vagido, conhecer, homens. r: como se chamava a
�dcrar e agradecer à Deus; nin­ mãe de Maria Ssma, e era esposa
guém sabe as "comunicações" que de Joaquim. - Nas Escrituras não
existiram entre o Senhor e a Sua se encontra a menor referência a
pequenina eleita, tão privilegiada ela e o pouco que se sabe está
durante àqueles 9 meses de si­ consignado nos apócritos, na tra­
lêncio e de obscuridade." (cfr Bf- dição e nas " revelações", que os

-19-
Santos Doutores e teólogos nos ANGELUS - Milenar devoção
amparam na crença em prol da pie­ mariana que do Início (recitado
dade. - Ao que se sabe era na­ não na forma atual) possuia so­
tural de Belém (cidadezinha onde mente acentuação crlstológlca, vi­
velo a nascer o seu neto, Cristo sando a Paixão do Senhor, pelos
Jesus). - Segundo as "visões" mistérios da Encarnação/Reden­
da freira alemã Catarina Emme­ ção. Oriente e Ocidente, de Cons­
rich, "Sant'Ana descendeu, pelo tantinopla a Roma, fixaram-lhe, com
pai, de Eliud, da tribo de Levi, seus contributos, a contextura se­
pela mãe, Esmérla, da de Benja­ guinte, recitada em todo o mun­
mim ( . . . ) muitos sacerdotes fre­ do:
qüentavam a casa paterna de Ana
(como também a de Joaqu i m ) ; daí - Angelus Dom/n/ nunclav/t
o parentesco com Isabel e Zaca­ Mariae - et concepit Spf­
rias." - Há de destacar-se em Ana ritu Scn�o (lc 1, 28-35);
sua grande fé e confiança em
- Ecce ancil/a Domlni - fiai
Deus, onde refugiou-se - e Se­
mihi secundum verbum
melhantemente seu marido Joa­
tuum (Lc 1 ,38);
quim - a fim de que, pela oração
e jejuns, obtivessem a grande gra­ - Et Verbum caro factum est
ça que alcançara m : o nascimento
da menina Myriam ( M aria Ssma.). - et habitavit in nobis (Jo
- Por ser bastante cabível, enfo­ 1 ,14).
quemos as observações do Cardeal
D. Eugenio Sa l l es, quando dos - A recitação completa-se
2.000 anos do nascimento da Vir­ com o tradicional responso maria­
gem: " . . . a tradição cristã quis no: Ora pro nobis Sancta Dei Ge­
colocar [ Maria Ssma.] na linha das nitrlx - ut digni efficiamur pro­
criaturas que foram objeto de Sua missionibus Christí. E antes da
benignidade, desde o nascimento. homenagem à Ssma. Trindade com
Assi m !saque, filho de Sara, esté­ a tríplice recitação da doxologia
ril ( G n 21 ,1-7); Jacó, de Rebeca, Gloria Patri, reza-se: "Infundi, Se­
sem filhos (Gn 25,2 1 ) ; Sansão. de nhor, em nossas almas, a Vossa
Monoac (Jz 13,2-7): Samuel, de graça, para que nós, que conhece­
Ana (1 Sm 1 ,9-20); João Batista, mos pela anunciação do Anjo a
nascido de Isabel e Zacarlas (Lc Encarnação de Jesus Cristo, Vosso
1, 5-24)." Filho, cheguemos por sua Paixão e
Cruz, à glória da Ressurreição.
Pelo mesmo Jesus Crlste, Senhor
ANEL (do noivado de Maria/ Nosso. Amém". - Do séc. IV até
José) - quando dos esponsais, em nossos dias, desde S. Gregório
das tradições e costumes judaicos Magno (antes mesmo de ser Papa)
o noivo depositar nas mãos da fu­ a Intervenção e divulgação na for­
tura esposa o anel compromissal ma e fórmulas do Ange/us tem
(ainda não o colocava nos dedos, envolvido insignes devotos maria­
que só o fa ria quando a recebesse nos da França, Itália, Alemanha;
em sua casa, nas bodas, i é . , efe­ franciscanos, jesuítas, beneditinos
tivação do casamento). Perúgia, ao e tantas outras famílias religiosas.
que consta, é a privilegiada cida­ Muitos Papas enriqueceram esta
de que guarda esta preciosíssima devoção de especiais indulgências
relíquia. - Ver os verbetes Es­ e o Papa Bento XIV prescreveu que
ponsais/Esponsa/icio e Casamento. no tempo pascal fosse substituído
pela antífona Regina Coei/, com
AI/e/ufa no lugar do Amém. O An­
Nota - Em alguns palses, mormente ge/us é recitado, individual ou co­
orientais, ]li foi costume, quando do noi­ letivamente, às 6 horas da ma­
vado, a entrega de anéis com e gravação nhã, ao meio-dia e pelas 1 8 h, ha­
Maria Prote]el-nos, e e data. vendo, desde 1 099 o piedoso cos-

-20-
tume dos 3 toques do sino, dar a � um exercfclo de piedade que
expressão p op u lar "bater das trin­ não tem ne cess i dade de ser reno­
dades" (como já faziam os bene­ vado: a sua estrutura simples, o
ditinos), estabelecido pelo Papa caráter bíb l i co , a origem h istórica
u�bano 11 (filho da grande família que o liga à i nvocação a favor da
religiosa de S. Bento) no Concílio paz, o ritmo quase litúrgico com
de Clermont. França. No Museu que santifica os diversos momen­
do Louvre está o quadro mais apre­ tos do dia, a abertura ao Mistério
ciado - de admirável p lasti c ida d e Pascal com que, sem deixar de co­
c re pu scular - sobre esta de voç ão , memorar a Encarnação do Filho de
do p i nto r Je a n- F rançol s M i l let Deus, pedimos para ser conduzi­
( 1 814- 1 875) . - Observa-se atual­ dos. " p ela sua Paixão e Morte na
mente - como foi salutar costume Cruz. à glória da Ress urreiç ão "
de outrora - um grande retorno (M issal Romano, Co/ecta, IV Do­
à prática do Angelus. Pio X I I in­ mi ngo do Advento, analogamente
troduziu, durante os anos da 11 a Co!ecta do dia 25 de março que
G ra nd e Guerra, a recitação com o na recitação do Angelus pode subs­
povo que se reunia na Praça de tituir a precedente), fazem com
S. Pedro para vê-lo; a recitação que ele, à distância de séculos,
feito da janela de seus aposentos conserve inalterado o seu valor e
particulares passou agora para os intata a sua suavidade: - I: certo
hábitos do Vaticano e hoje é trans­ que alguns costumes, tradicional­
mitido pClla Rádio p<1pal, pratica­ mente l i ga do s à recitação do An­
mente" urbi et orbe. acrescido de gelus. desapareceram ou dificil­
mente se podem manter na vida
doutr inai exortação . - Disse o
moderna. Mas trata-se d e ele­
Ca rd. D. Eugênio Salles: - "Estava
mentos à margem [não essen­
um domingo extremamente frio.
c i a i s 1. Resta intato o seu valor
em Roma. Assim mesmo, resolvi de contemplação do mistério da
ir à Pr. de S. Pedro para rezar com
Encarnação d o Verbo, da saudação
o Santo Padre o habitual "Angelus" à Virgem Ssma, e do recurso à
e o uvi -l o. A neve, e nd u rec id a, co­ sua misericordiosa in terc essã o . E.
bria toda a Imensa área. - Con­ apesar de terem mudado as con­
tudo. bem antes das 12 h já co­ dições dos tempos, permanecem
meçava a se aglomerar pequena também, invariáveis para a maior
multidão. Pequena, não. Pois eram parte dos homens, aqueles momen­
alguns milhares de peregrinos de tos caracterfsticos do dia: manhã
várias partes do mundo. Enfren­ - meio-dia - e tarde, que deli­
taram a intempérie e os riscos de mitam os tempos da sua atividade
acidentes com o g el o encorrega­ e constituem um convite a uma
dio .. " - ("A Voz do Pastor", pausa de oração". (Exortação Apos­
2-2-85). - Sobre o valor e atuali­ tólica de 2 de fev. 1 974).
dade do "Angelus" nada melhor
do que aquilo que encontramos na
Marialis Cultus, do saudoso Paulo
VI: "Parece todavia. aportuno, por ANJOS (do lat. ange/us, trans­
diversos motivos, tratar aqui de 2 crição do gr. ange/os, termo usado
exercícios de piedade muito difun­ na Setenta pa ra traduzir o heb.
didos no Ocidente, e dos quais maf'ak = mensaÇJelro) . - Segundo
esta Sé Apostólica se tem ocupado a Doutrina cristã. é um espírito
em várias ocasiões: o Angelus (as celeste. - Os anjos também apa­
Ave-Marias ou Trindades) . . . Es­ recem como c.Jrte c:;lestial em
tas palavras acerca do Angelus derredor do Senhor. E ar. está
(Ave-Marias) pretendem ser uma Nossa Senhora que retornou ao
simples mas fervorosa exortação Céu e m corpo e alma. - V. os
a que se mantenha a sua recita­ Verbetes: Gabriel - Ouerublm
ção, onde e quando for possrvel. Assunção.

-21
ANO MARIANO - Para con­ - Alma Redemptorls Mater
dignamente celebrar o 1 .• centená­ (celebra o milagre da maternidade
rio da proclamação do dogma divina); canta-se em tom solene
da Imaculada Conceição (Pio IX, do Advento à purificação, atribulda
8-12-1 854, Bula Jneffabi/is D e us), ao monge beneditino, Ermano Con­
o saudoso e grande Papa mariano, trat, (séc. XI);
Pio X I I , decretou, pela primeira vez
na história da Igreja, um Ano San­ - Regina Coelarum - de tom
to Mariano (8-12-1 953 a 8-12-1954), alegre, vai desde a Purificação até
com a Encíllca Fulgens Corona. - a 5.' feira Santa (séc. XIV) ;
A abertura foi na Basilica de San­ - Regina Coei/ - alegre e
ta Maria Maior, a Salus popu/1 Ro. seguida d'A/Ieluia, canta-se no tem­
manl (por ter livrado a cidade da po pascal, Inclusive substituindo o
peste no ano 590), onde se encon­ Angelus (séc. X): e
tra uma !cone atribuída ao pincel
d e S . Lucas, diante do qual S. Car­ - Salve Regina - Suave, gra­
los Borromeu foi ordenado e Pio ve, impregnada de certa melanco­
XII celebrara, bem jovem a sua lia, porém de forte confiança cris­
Missa Nova. - Na abertura, às tã; atribulda ao bispo de Pug, Ade­
15,30 h, o Papa fez a leitura, urbl maro (Legado Pontlffclo na 1 .' Cru­
et orbi, da oração que ele mesmo zada), canta-se da Festa da Ssma.
compôs, perpassada de filial con­ Trindade até o Advento. (séc. XI)
fiança e ternura Jmpetratórla sem
Igual. - As 18 h - Angelus - - S. Bernardo acrescentou-lhe as
todas as 427 igrejas de Roma re­ 3 invocações finais: "6 Cle me ns l
picaram seus sinos e Pio XII, d e 6 Piai 6 Dulclsl Virgo Mar/a." -
sua Biblioteca (transmissão pela E o Papa Leão XIII mandou-a re­
Rádio Vaticano em cadela com qua­ citar após as Missas privadas o
s e todas as emissoras do mundo) que foi suspenso com as reformas
pronunciou em italiano sua alo­ litúrgicas conciliares.
cução contendo 4.000 palavras. -
A Penite nciaria Apostó/lca foi pró­
diga na concessão de I ndulgências,
comuns em tais ocasiões. - Mun­
do afora as I n iciativas e promoções
refletiram o g rande amor pela VIr­
gem e realizaram nas mais diversas ANTIGO TESTAMENTO - Já
formas a profecia Dela: " . . . todas nos preveniu o poeta que nos pri­
as gerações me chamarão Bem­ meiros Instantes da madrugada não
aventurada." - No Brasil, dentre é a luz que surge; são "ameaças
tantas e tantas coisas lindas, ficou de luminosidade", São sonhos e
aquela de se deixar em praças, lo­ sustos ( . . . ) nascimento de mara­
gradoums de grande afluência, vilhas; natal maravilhoso são as
adros, claustros, estradas etc., mcr cenas matinais, um nascer deva­
numentos, estátuas, nichos, qua­ garinho, um lento aparecer de be­
d ros da Virgem. O que se verificou, lezas. Pois o mesmo se dá com a
I negavelmente, foi que o Ano Ma­ pessoa, com as virtudes, com a
riano mais aproximou os fiéis d e missão de Maria. Ao criar o mundo
Maria e E l a a todos levou - como devagarinho, ao debuxar manso­
sempre a faz - a Jesus. -manso as prlmerias cortinas do
dia-a-dia do mundo, Deus deu a en­
tender que se passa outro tanto
com relação a Nossa Senhora, pois
ANTfFONAS ( Marianas) - Na a "pedagogia divina", que se rege
vida monástica, são as preces à em tudo pelas "medidas da alma",
Virgem cantadas (ou recitadas) ao apresentou-nos de inicio - na an­
fim das Laudes e das Completas, te-manhã do Antigo Testamento -
sendo 4 : os pré-fulgores da Imaculada, pre-

- 22 -
servando-a do pecado em que a ditou sobre a Arca da Aliança .
Humanidade se contaminaria. Há Por ter concibido no seu purfs·
três significações, melhor, três as­ simo seio e dado ao mundo, o Au­
pectos, em uso na Escritura tor da Nova Aliança, Maria é sim­
Sagrada . Um, que é chamado bolizada pela Arca que conteve as
"literal" diz, explicitamente, de coisas sagradas: as Táboas d a fel
fato, o que se deu, no chão da - o Maná caído no deserto - e a
História. � a verdade, no contexto Vara de Aarão. Maria é a Arc3
real em que surgiu, a moldura com viva que conservou em seu seio
que nasceu. O outro, que é tam­ VIrginal, durante 9 meses o Legis­
bém real, leva o nome de "típico", lador da nova Lei ; o Maná dos
de espiritual, de místico. � o fato, escolhidos e o Pão Eucarístico, Je­
a pessoa ou a coisa, não olhada sus Cristo. A arca da Aliança pro­
em si, mas projetada no futuro, tegia o povo de Israel e obtinha­
com que antedizendo, Implicita­ lhes vitórias; Maria é a proteção
mente, o que há de vir. Por fim, e o triunfo do povo cristão. - na
saindo já do âmbito do real, o Bula Áurea "Gioriosae Domlnae",
sentido "acomodatíclo", recurso. de 27 set. 1 748, por motivo do 2.•
mais ou menos feliz, dos que falam centenário das Congregações Ma­
de Deus, na Igreja de Deus e que. rianas, Bento XIV ( 1 740-1 758) es­
por isto mesmo, diverge muito de creveu : "A Igreja proclama Nossa
lugar a outro, de mentalidade à ou­ Senhora Arca Mística da Aliança,
tra, de uma idade a outra. - Em em que se cumprira os mistérios
se tratando de Maria, Deus assim da nossa reconciliação". - Na Es­
procedeu para dar-nos todo o pra­ critura Sagrada encontraremos esta
zer da descoberta, à medida que proclamação da Igreja em G n
encontramos nossa Mãe Celeste. 6 , 1 8 ; 7,22-25; � X 40,20; Dt 1 0,5;
Uma das leis mais graves e fecun­ Ssma. 6 , 2-1 1 etc.
das dos regimentos de Deus é a
obrigação que temos de descobrir
fls coisas e as pessoas. Tudo o e Arca de Noé -Quer dizer.
que não for descoberto por nós , n grande embarcação, navio heb.
seja o que for, não é nosso, por­ tebah, também util izado ao falar
que não é nada. Tudo, muito mais do cesto de papiro onde se colo­
Maria. (cpd Pe. Vasconcelos, S. J.) cou Moisés nas águas do N ilo),
- E Nossa Senhora surge nos por qual meio Noé, e toda a sua
" mundos" do Antigo Testamento; famrlia, por indicação de Deus, se
são ensinamentos antecipados de salvaram do dilúvio universal (Gn
Deus, acerca de Maria, e, se nem 6,14ss). Além de símbolo do Ba­
sempre encontramos facilidade nas tismo (1 Pd 3,20) é figura de M a­
explicações, não deixam, pela su­ ria Ssma. - E Isto desde os
blimidade das aplicações simbóli­ primórdios da Igreja, largamente
cas, de nos apontar as " intenções" empregado, lembrando a missão de
de Deus sobre Maria; então sur­ Nossa Senhora, o seu coração, o
gem elas no "mundo" das coisas, seu manto. Ela. de fato, foi e con­
no "mundo" dos fatos, no " mun­ tinua sendo, esta Arca na qual se
do das Instituições e no "mundo" abrigam todos que desejam se sal­
das "pessoas". Por ordem alfabé­ var. - Semelhantemente ao figu­
tica elenquemos algumas " Inten­ rado na Arca da Aliança, alguns
ções" divinas dos 3 primeiros outros elemento"! mais constituti­
"mundos" (podem ser arroladas vos à Arca e referentes ao episó­
muitas mais) , ficando o das pes­ dio do dilúvio, são ainda figuras
soas (figuras ou tipo) para conclu­ de Maria: a p0mbir!ha branca (sím­
são do verbete A. Testamento: bolo da paz), que para não pousar
na lama da terra . voltou para a
Arca trazendo no bico um ramo de
e Arca dii Aliança - Sabido oliveira (símbolo da produtividade
são os cuidados que o próprio Deus da terra).

- 23 -
e Arco-/ris O sinal da alian­
- fé robusta e constante ; como em­
ça (das pazes) entre Deus e os blema de grandeza e poder de
homens, depois do dilúvio univer­ beleza, mais as propriedades ditas
sal, foi o arco-fris. "Pore/ o meu anteriormente, usaram-na na cons­
arco nas nuvens, e será o sinal trução e reconstrução do Templo,
de afiança entre Mim e toda a o profeta e salmista Davi, o rei
Terra". - Há, realmente, muita Salomão e Herodes. E cognoml­
analogia entre esta passagem re­ nada "árvore de Deus", àquela que
lativa à aliança realizada por Deus "Deus plantou". Existiria melhor
com Noé e a promessa d e Salva­ figura ou símbolo de Maria? (SI
ç�o feita outrora por misericórdia 29 [28) . 5)
a Adão e Eva, após a queda: a
mulher esmagará sob o calcanhar • Cidade de refúgio - Os
a cabeça da serpente Infernal. - Israelitas usavam 6 cidades como
A VIrgem, "ab aeterno" predestina­ "abr:gadoras" que, por ordem de
da, é o penhor da reconciliação Moisés, acolhiam os acusados dig­
entre Deus e o gênero Salvador, nos de perdão; ar podiam perma­
trazendo a paz e a bonança. necer, asilados, mesmo aqueles
que haviam cometido algum crime
de homlcfdlo Involuntariamente;
• Arvore da Vida - No jardim
eram garantidos nessas cidades
do (dem Deus fez germinar do
contra a vingança dos que, por lei.
solo toda espécie de árvores, en­
tinha até, o direito de maté-los (pa­
tre as quais árvore da vida" e
rentes da vitima). - Marta Ssma. é
"

árvore da ciência do Bem e do


como essas cidades de misericór­
"

Mal." Eva perdeu-nos por querer


dia e refúgio, pois recebe sob seu
conhecer a do Bem e do Mal, Ma­
manto protrnor todos aqueles que
ria deu-nos a da vida, portanto
Aquele que morrendo no madeiro mesmo depois da maior falta, do
da Cruz - a árvore - deu-nos à mais triste pecado, sinceramente
vida eterna pelo perdão. (Gn 2,9) . arrependidos, recorrem a Ela para
merecerem o perdão do Seu Filho.
A invocaç!io "refuglum peccato­
• Aurora - A aurora, segun­ rum" é como que dístico tirado de
do os Santos Padres, simboliza Ma­ "Cidade de refúgio . (Dt 19.2-7)
"

ria, pois é a aurora que Indica o


nascer do sol, afugenta, pois a
escuridão e convida as aves a can­ e Dom de Deus - Desde o
tare m ; ao seu esplendor é que cal primeiro Instante de sua Imaculada
o branco orvalho que refrigera e conceição, foi Maria o Templo do
fertiliza a terra. Maria brilha aos Espfrito Santo, Isenta da culpa ori­
ralos da luz divina, qual aurora ginal, herança de todos os conce­
que surge. "Quem é esta que vai bidos depois de Adão e Eva. Deus
caminhando como a aurora quando a criou no Esplrlto Santo desde o
se levanta?" (Cânt 6,9). primeiro Instante de sua existên­
cia, cumulou-a dos seus dons:
"Multas filhas reuniram riquezas,
• Cedro (do Libano, de pure­ tu, porém, a todas superastes." Eis
zn) - O cedro do Ubano multo o vaticfnio que a Igreja segundo
l e m b rado na Bíblia (72 Vezes, cita­ os Doutores e Santos Padres.
do no Ant. Testamento) se desta­ os exegetas e comentadores apli­
ca pela majestade do seu porte, cam a Nossa Senhora. (Prov 31,29;
cuja altura ultrapassa a todas as Eclo 1,9)
demais árvores do país; é madeira
de grande valor, devido a suas pro­
priedades, Inclusive medicinal (era • Escada de Jacó -Foi assim
usada na purificação dos leprosos); dito daquela passagem, ligação en­
é odorlfica e lncorruptrvel , seu ver­ tre o Céu e a Terra, viajada conti­
de vigoroso simboliza o justo de nuamente de Anjos, antevlsta por

- 24 -
Jacó. VIajando ele de Bersabéla a gem Maria. Nossa Senhora é com­
Haran, cansou-se da jornada e dor­ parada a um exército. a um esqua·
miu em Lusa, que após a visão drão em forma, em linha de bata­
trocou-lhe o nome para Bete! (heb. lha, na luta sem trégua, terrfvel,
= Casa de Deus) . Esta escada contra as hostes infernais, vitorio­
de Ida-e vinda do Céu à Terra que
- sa sempre contra o dragão do mal.
Jacó vira no sonho-visão, rica de O inimigo de nossas almas, derro­
esperanças e de mensagens, se tado pela Virgem ouve sem cessar
nos apresenta como sfmbolo ou àquela sentença: "A mulher te es­
figura de Maria, a medianeira que magará a cabeça . (Gn 3,15:
"

faz a " l igadura" entre o Criador e Cânt 6,9)


as criaturas, velada pelos anjos.
(Gn 28, 10-13) • Favo de mel Pela doçura
-

suave, isto é, por sua obediência,


pureza, humildade, servidão, a
• Estrela d'alva (da manhã)
Ssma. Virgem e simbolizada pelo
A estrela matutina é, de todas , a
delicioso favo de mel. - Depois
mais brilhante e a última a desa­
de alguns dias, Sansão quando vol­
parecer pela manhã. Efa é que
tava a Tamnata para ser casar, des­
anuncia o aproximar do dia. E
viou-se do caminho para ver o leão
Nossa Senhora é a "estrela da
novo que abatera, e encontrou na
manhã", a "estrela d'alva" ou ma­
boca de fera uma colméia de abe­
tutina, por haver precedido o des­
lhas e um favo de mel. Eis uma
pontar do Sol da Justiça, Cristo, o
das passagens sobre a doçura do
nosso Salvador; trouxe-nos Ela, a
mel, que a Igreja aplica à Maria.
VIrgem, a certeza de que, em bre­
- Outra : "Meu esplrlto é mais
ve, estariam terminadas as trevas
doce que o mel e minha herança
do paganismo e fazendo brilhar
mais suave do que o mel em favo".
dando-nos a Luz do Mundo, Jesu �
para todos, a luz da verdadeira fé
(Jz 1 4,8; Eclo 24,27)
Cristo. (Num 24,17; Eclo 50,6-7)
• Fonte (de águas vivas e sa­
lutares) - Dizem os comentado­
• Estrela de Jacó "Nascerá
res que a Virgem foi e á a fonte
-

uma estrela de Jacó", eis o vaticí­


de águas vivas e salutares que Irri­
nio de Balaão; profetizara que do
gou o mundo até então estéril ,
significa, Indica, o povo de Israel :
povo de Jacó (Jacó, neste texto
tornando-o apto a produzir sazona­
do� frutos de vida eterna; porque
e não o Patriarca Jacó, pai de José
Mae do Redentor, o manancial de
e Benjamim) despontaria uma es­
toda graça e verdade. Declara
trela. Aplica-se obviamente, pri­
mesmo ser a Virgem misticamente
meiro a Cristo, e, por extensão ou
representada pelos 4 braços de rio
acomodação, aplica-se também a
[Fison, Grion, Tigre e Eufrates) do
Nossa Senhora, por ter sido Ela a
estrela precursora, mais exata­ Paraíso terrestre. - Sto. Epifânlo
diz: "ó Maria, Vós sacla/s os se­
mente, portadora, do Messias pro­
metido. Podemos considerar na
dentos, como 8 doçura de uma fon­
te perene; salve, pois, fonte da
9ue irradia, o Cristo que disse:
estrela a Virgem e na luz fulgente
humanidade do Filho de Deus! "
Eu sou a Luz do Mundo". Esta ( G n 2, 1 0-13)
luz nos foi dada em forma visual
e humana pela "estrela de Jacó" ' • L/rio - "Eu sou 8 flor do
Maria (Num 24, 1 7)
.
campo, o lfrlo dos vales". - "Co­
mo o l/rio entre os espinhos, assim
• Exército (em lin ha de bata­ é a minha amada entre ss donze­
lha, esquadrão) - O demônio, ini­ las". - Nem Salomão, disse o Se­
migo da nossa salvação foi vencido nhor, com todo o seu esplendor ,

e foge - fugirá sempre - da Vir- revestiu-se da beleza dos lirlos no

- 25 -
campo: nlvlo e de fragrância sua­ apresentar) . i é . , os 12 pAes re­
ve, é flor que reflete tranqüilidade presentando as 1 2 tribos de Israel,
e pureza. "O meu bem-Amado - perene homenagem ao Senhor:
diz o salmista - desceu ao meu quando eram ranov:1dos, dlstrl­
Jardim, aos canteiros perfumados, buiam-se os ::: o s sacerdotes de ser­
pare apascentar [descansar] em viço. Maria Ssma. é, de modo
meu Jardim e colher lírios. Eu místico, figurada nesta mesa des­
sou do meu Amado, e o meu Ama­ tes pães; Ela recebeu, guardou o
do é meu. Ele apascenta [des­ verdadeiro pão da vida, Jesus. a
cansa] entre os lírios" i: Maria ser dlstrlbufdo não somente !I{)S
retratada tal e qual. - Acres­ sacerdotes, mas também a todos
cente-se ainda que o lírio tem po­ os cristãos batizados no Divino
der eficaz de cura contra o veneno Serviço; Ela é, por excelência, a
das serpentes. (Cânt 6,2 ; 2.2: 22,1 ) nossa "apresentadora", leva-nos à
presença de Deus. (Ex 25, 23-30)
e Lua - Viu-se sempre no
Sol o sfmbolo ou figura de Cristo,
e Monte (montanha, pico, ou­
bem como a Lua representa a Vir­
teiro) de Deus - Arrebatado em
gem Maria pelo fato daquele ser
êxtases. M i quélas viu o futuro, e
o astro-rei , que ilumina o mundo,
nesta visão vislumbrou a Casa de
e esta a estrela que o segue; in­
Deus como uma cidade si tuada no
clusive a Lua reflete, transmite a
mais elevado, no cume de um
claridade do Sol, jamais procura
monte. As tribos (Nações) dissera:
empaná-lo, mesmo quando o eclip­
" Subamos ao monte do Senhor e
se, Isto é, quando passa escobrin­
a Casa de Deus de Jacó". - Des­
do-o, momentaneamente. o faz pa­
ta maneira a Igreja, fundada sobre
ra logo-logo mostrá-lo com maior
uma rocha é visfvel à todo o mun­
esplendor de Irradiante beleza. e
do e um sem número de seres
retorne a anterior posição de sim­
acodem-na em busca de proteção
ples refletidora do Sol. Nasceu
a segurança; Nossa Senhora tam­
M arta como aquela luz que prenun­
bém é assemelhada a este monte.
ciou aquel'outra que nasceria so­
a esta cidade no alto da montanha.
bre o mundo. (Gn 1 ,75 ; Jos 1 0 , 1 3 :
Assim como a Casa de Deus, do
S I (mitos) ; Prov 7,20 etc.)
alto do monte, domina, palra so­
bre o mundo, assim. dentro da pró­
• Luz - Obviamente, de for­ pria Igreja - como "Mãe da Igre­
ma absoluta, tota l , somente Cristo Ja " - Maria vela e acolhe a todos
podemos dizer que é "a luz do que buscam refúgio e segurança
mundo". Nossa Senhora, porém, neste outeiro de santidade. (Miq 4,
por vontade do mesmo Cristo, é 1-3)
"luz celestial", é claridade, i lumina
com o seu reflexo da claridade do
seu Filho "Eu fiz com que nascesse e Morada (tabernáculo) de
no Céu uma luz Inextinguível . " Deus - A casa si mbólica. edifica­
- S. Pedro Damião aplicando à da para Si, pela Sabedoria, assen­
M aria estas palavras diz que. de tada sobre 7 colunas (os 7 Dons
fato, nesta luz que é Mari a . pode­ do Espfrito Santo; também os 7
mos confiar, pois sabemos que a s�cramr.ntos) . portanto. morada,
luz é sfmbolo dos bens messiâni­ tabernáculo, Casa de Deus, é fi­
cos. (ls 9.2; 60,1 ; Eclo 24,6) gura de M aria, sustentada por es­
tas solidíssimas colunas. Nas 7
• Mesa (do Templo) - Era rl­ colunas vêem também os exege·
cju lsslma a mesa construlda por tas, simbolizadas as 3 virtudes teo­
Moisés (de pau cetim e coberta logais (Fé, Esperança e Caridade),
d e ouro), e sobre ela depositavam­ mais as 4 cardeais (Prudência, Jus­
-se os pães da proposição (de tiça, Fortaleza e Temperança). Ma­
" propon ere " = pôr em presença, ria é o sfmbolo perfeito da lgrej!!,

- 26 -
Casa Maravilhosa. lnstltulda pela figura da palma da vitória, sendo
Sabedoria encarnada, I . é . , Jesus o nosso modelo para que, com o
Cristo. - Escreve S. Bernardo: seu auxílio. vençamos as tenta­
" . . vindo a nós do seio do Pai, ções . Em nossos sofrimentos e
edificou para Si uma Casa [mora­ dificuldades, o exemplo de Maria
da] . sua Mãe, a Virgem Maria, na nos deve estimular a tudo enfren­
qual esculpiu 7 colunas ( . . } 7 co­ tar pelo amor de Deus, obtendo,
lunas, não será preparar para Si ao final , a palma da vitória nos
tabernáculo digno pela Fé e pelas céus. Por analogia é a VIrgem
obras?" (Prov 9,1) comparada tAmbém à resistente
palmeira, que os vendavais nllo
conseguem abater. Maria, palmei­
;a Nuvem - De alguma forma ra eleita, passou por todas as tri­
nos protege dos ardores do calor bulações sem vergar, como está
e, quando prenhe de chuva, irriga na seqüência "Stabat Mater": es­
os campos, fecundando a terra; o tava de pé, junto a cruz sem que
trono do Altíssimo está cercado a veemência da dor a pudesse
de nuvens, i . é . , a Sabedoria en­ prostar. Mártires e confessores
carnada - Cristo Jesus - nela têm-na como Rainha porque sou­
(núvem) permaneceu como num bera viver e morrer dando heróicos
céu animado e numa coluna de nu­ testemunhos da fé, inclusive sob
vem. - "Sois semelhante a uma suplícios até a morte. (Gn 3,15)
coluna de nuvem, 6 Bem-aventura­
da Virgem, sois nuvem claríssima,
• Pomba/Rolinha Após o
destes ao mundo a luz divina, Cris­ -

dilúvio foi a pombinha branca que


to Jesus, Senhor Nosso", diz Sto.
Eplfânlo. (Eclo 24,8) - Ver o ver­ trouxe a prova de que terminara o
bete Culto (Profético). castigo divino; assim também foi
Maria que nos trouxe o Messias
da salvação após o castigo dos
• Orvalho - Cerca de umas nossos primeiros pais. E di z o
10 vezes a Escritura aborda a Ima­ salmista : "O pássaro acha para si
gem do orvalho que, benfazejo, fer­ uma casa e a rola ninho onde aga­
tilizante, cal do céu, qufll bênção salhe seus filhinhos." - Maria,
especial aparece nas palavras de Mãe de Deus e dos homens, aco­
Israel e Moisés ; ao receber Jacó lhe sob seu manto - ninho de
afeto e carinho materno - todos
ouviu: "Eis que o cheiro de me�
a progenltura pela bênção de lsaac
aqueles que devotamente a bus­
filho é como o cheiro do campo cam, a ponto de S. Bernardo aflr·
florido ( . ) Deus te dê do orva­
_ _
mar que "nunca se ouviu dizer"
lho do céu . - e nas bênçãos
"
que a VIrgem desamparou quem
proféticas do "homem de Deus", procurou Nela abrigo e proteçlo.
Moisés, está: "Israel habitará com - A pomba é símbolo de formo­
segurança e s6. A vista de Jacó sura, de paz, concórdia e perfei­
[pousará] sobre uma terra fecunda ção. O próprio Deus. numa das
em pão e vinho e os céus se manifestações físicas demonstrati­
escurecerão com o orvalho." -
vas do Espírito Santo o fez em
Marta Ssma. é como que o orva­ forma de pomba, sobre Jesus, con­
lho que todas as noites desce d'l forme está em Mt 3 , 1 6 e Jo 1 ,32.
Segundo piedosa tradição, uma
céu à terra; é Ela que orvalha de
pombinha apareceu no bastão de
bênçãos e g raças o mundo.
S. José ao noivar-se com Marta.
(Gn 8,6-1 1 )
• Palma da Vít6ria/Paimeira -

Vencedora do demônio. Maria


Ssma. é suportadora das angús­ e Porta do céu/Porta dos San­
tias e sofrimentos de sua missão tos - Este título que se dá a Ma­
de co-redentora, à Maria dá-se, ria, é porque todas as graças nos
com extrema justeza, o trtulo ou vêm por Ela; a santificação, a glo-

- 27 -
rlflcaçio dos eleitos na Pátria Ce­ Altlsslmo, a prlmogênita antes de
lestial são favores, que todos os todas as criaturas." (Eclo 24, 1-5)
santos devem a valios!ssima Inter·
cessão, porque assim aprouve a e Santuário Em Israel eram
-

Deus que todos os benefícios De­ muitos os Santuários (em heb.


le passem pelas mãos de Maria. gódes") aos tempos do Antigo
(numerosas passagens em vários Testamento, como por exemplo, de
livros Saplenclals) Josué, no monte Ebal, de Gedeão,
em Ofra, de Samuel, em Belém,
Indicando estar ali , particularmente
e Porta Fechada - "Esta por­ presente, o Senhor Deus; geral­
ta estará fechada e não se abrirá mente construído em "lugares al­
e não passará nada por ela, por­ tos" (em heb. "bamãen"), pois
que nela entrou o Senhor Deus de considerava-se as colinas, altos ro­
Israel e estará fechada . . . para o chedos, montanhas, outeiros, luga­
prlnclpe." -Sto. Agostinho aplica res onde Deus e os homens esta·
desta maneira a visão do profeta vam mais próximos (Carmelo, Ge­
Ezequiel à Maria: "A porta fecha­ zer, Megido, Bet-Sener). Servem
da é o selo da pureza e a Inte­ à justeza para simbolizar ou figurar
gridade de sua Imaculada carne, a Vi rg em que, colocada por Deus
porque longe de ser manchada pelo em lugar de p r oeminência , é tam­
nascimento do Filho, foi santifica­ bém aquele traço-de união, o liga­
da por esta mesma concepção." - mento que nos prende a Deus e
Da mesma forma, S. Jerônimo en­ Deus a nós. (fartamente encontrá­
contra nesta figura da porta fecha­ veis os exemplos).
da uma correspondente analogia
com o seio de Nossa Senhora, que
p�rmaneceu virgem depois do nas­ e Sarça Ardente - Queiman­
cimento de seu Filho, como fora do sem consumir-se, a sarça (es­
antes. (Ez 44,2) pinheiro) a qual Moisés, no mon­
te Horeb, não ousou aproximar-se.
é figura de Maria que concebeu
e Prlmogênfta - De certa for­ de modo extraordinário, sem coope­
ma o que vemos sobre mãe, dito ração humana; é opinião unânime
de modo profético várias vezes. dos Santos Padres e Doutores da
na Bíblia, a própria VIrgem o re ­ Igreja que, a sarça ardendo, Imer­
pete no " Magnlflcat"; com efeito. sa em chamas, mas misteriosa e
se todos nós criaturas estávamos milagrosamente não se consumin­
na mente divina quando da cria­ do, representa Nossa Senhora con ­

ção do mundo, Maria Já muito an­ cebendo do Espírito Santo, o Sai­


tes fora escolhida para Aquela que vador do mundo, sem perder nada
seria a Mãe de Jesus Cristo. Sta. de sua virgindade. Na antífona
Isabel, não lntuiu, mas Iluminada "ad Laudes" da Natividade de Nos­
pelo Espírito Santo viu Isto: "Ben­ sa Senhora, canta-se: "Sarça ar­
dita sois entre todas as mulheres" dente e lncombustivel que viu Moi­
[entre as mulheres naturalmente sés, representa-nos a conservação
devido ao parto eminente, dentre de vossa admirável virgindade"
todas as criaturas, porém, em es­ (Ex 3,2)
cala de concessão das graças] ; a
p rópria VIrgem proclama, embora e Sião -Em hebraico - Sião
dentro da mais profunda humildade, era o primitivo nome da forta­
no único momento na Bíblia que, leza Jebuséia, que Davi conquis­
d e própria voz, diz sobre si pró­ tou, daí cognominada "Cidade de
pria: " . . . todas as gerações me Davi". Tornou-se s!mbolo Indica­
chamarão bem-aventurada ( . . . ) o tivo da Cidade Santa por excelên­
Todo-poderoso fez em mim grandes cia, às vezes, o Templo , a resi­
coisas . " - Sim, Prlmogênita é
. . dência de Deus (designará depois
Maria Ssma. entre a multidão dos apenas a esplanada). A partir dos
escolhidos: "Eu sal da boca do M acabeus desaparece o nome de

- 28 -
Sião (no Novo Testamento só se nho (figura do pecado); era, por­
diz Jerusalém, em lugar de Sião) . tanto, terra santa, o jardim do
Jerusalém indica o Reino de Deus. �dem do lado do oriente. Da filha
Por estes enfoques históricos vê­ dessa terra bendita, fertilizada pelo
-se a propriedade de chamar-se Espírito Santo - Maria - nasceu
Maria Ssma. Sião e Jerusalém Ce­ o Salvador, sumo Sacerdote, reall­
leste, pois de fato Ela é a forta­ z8ndo a profecia d e Isaías: "Ape­
leza Inexpugnável, é a cidade san­ riatur terra et germinet sa/vatorem
ta, é a morada de Deus. (SI 81 e (abra-se a terra e produza o Sal­
outros) vador). - � t<lmbém figura de Ma­
ria pela beleza e fartura, em suma,
• Tabernáculo (Santuário ou pelas excelências, a terra de Canal
modelo de) - Cada principal com­ fecunda apontada a Moisés . (Gn
ponente ou peça de per si (para 2,8; Dt 8,7-1 0)
mais de 20) que o próprio Deus
ordenou para a construção do Ta­
bernáculo (Arca) é figura ou sím­ e Trono de Salomão - O
bolo de Maria: ouro, prata, onix, grande e riquíssimo trono, de már­
pinho/madeira cetim (incorruptf­ more, marfim e ouro, que Salomão,
vel), azeite, luz (candelabros), per­ notável pelo seu saber, mandou
fumes, propiciatória (lãmlna de ou­ construir, é figura de Maria por­
ro que ficava sobre a Arca), que­ que o verdadeiro Salomão, Jesus
rubins, mesa, coroa entalhada, Cristo - a Sabedoria eterna -
pães, forros, véus e cortinas, etc. tomou carne no seu trono (selo
- Qual o principal significado do Imaculado, preciosíssimo da Vir·
tabernáculo? Evidentemente é a gem). Com efeito, os Santos Pa­
morada visfvel de Deus. E o que dres apontam em Salomão a fi­
foi Maria nos 9 meses de sua gura de Cristo e o seu trono obra
gravidez milagrosa senão a mora­ que nunca se fez semelhante. Es­
da virginal, tabernáculo de Deus. creveu S. Pedro Damião: "A Ma­
Aliás continuou sendo após o na­ jestade Divina fez para Si um tro­
tal de Jesus, pois o teve em seu no, no seio puríssimo da Virgem
coração de mãe até a "dormitio" ( . . ) sabeis o que diz Aquele que
de amor para a assunção em cor­ está sentado no trono? - "Eis
po e alma, ao Céu. (Ex 25, 1 7ss; que renovo todas as coisas". (Ap.
27ss; 31 ss) 21 ,5) - Embora efêmera, transitó·
ria, em sua materialidade, a glória
e o poder de Salomão, bem como
• Templo do Espírito Santo -
o seu trono, simbolizam o outro
Maria, desde sua Imaculada Con­
Rei , Jesus, que é eterno, fez em
ceição, foi templo do Espírito San­
favor do seu trono vivo - sua
to. Deus a criou no Espírito San­
excelsa Mãe - d e quem o outro
to desde o primeiro Instante de
foi pálida i magem. (3Re 1 0, 1 2-20)
sua existência, conforme convinha
à futura Mãe de Deus, superando
em graças a todos os Anjos e ho­
mens. "Multas filhas reuniram ri­ e Vara florida de Jessé -A
quezas, tu, porém, a todos superas­ maioria dos exegetas e comenta­
tes . (Prov 31 ,29)
"
dores encontram na Vara florida
d e Aarão, que brotou milagrosa­
mente, uma figura da Ssma. Vir·
e Terra (terra sacerdotal) - A gem, que concebeu e deu a luz a
terra, o terreno, o solo do Paraíso Seu Filho sem prejuízo da virgin­
(terrestre ou terreal) era virgem dade. Maria é chamada vara flo­
não l avrada por mãos humanas, rida de Jessé por analogia do nas­
sendo no entanto, fertilíssima cimento de Cristo: "Bendita vara
(obra de Deus); produzia plantas, de Aarão, certamente vós, 6 Ms­
flores e frutos (símbolos das vir­ ria, fôsteis a vara e o vosso Filho
tudes) e não dava nenhum espi- a flor . Foi o que escreveu S.
"

- 29 -
Ciri l o de Jerusalém, sobre este aromático" - "mi rra escolhida de
símbolo que vê no rebento da suave cheiro" - "perfumada ha­
raiz d e Jessé, pai de Davi, nesta bitação como de estoraque" -
flor pura e rubra, Maria . ( Num "gálhamo e mi rra" - "gota de
1 7,7-8: ls 1 1 , 1 -2) incenso" - "fragrância de bálsa­
mo sem mistura" - " ramos tere­
blnto" - "como a vide lancei flo­
• Velo de Gedeão - Velo (do res de agradável cheiro" - "flores
heb. "gez" = pele ou couro de dão fruto". - O Autor do Ecle­
cordeiro com sua l ã cerdada (= siástico - Bem Sl rac ou Sirácida
penteada), que os israelitas deviam (segundo a forma grega) como que
oferecer à Deus, como primícias anuncia uma "teologia da trin­
dos ovinos, a fim d e conhecer-lhE dade"; a Sabedoria é ao mesmo
a vontade, G edeão, de um ve­ tempo Intimamente unida à Deus e
lo que ora se encontrava seco, distinta Dele, características que
ora molhado de orvalho, conseguiu, mais tarde serão aplicadas seja à
sinal de Deus, em noites apraza­ pessoas do Verbo, seja à do Es­
das; e o velo se apresentou seco pírito; e analogias com Maria res­
e o solo ao redor coberto de or­ salta no Livro afora, tais como:
valho. O privilégio sublime de "habitação de estoraque", "galba­
M aria - foi a única entre todas no e mirra", "gota de incenso",
as criaturas, entre todos os filhos etc. - O cap. 24 ainda contém
de Adão e Eva, isenta do pecado esta afirmativa que tão bem se
original - é figurado neste velo aplica a Maria: "Eu sou a mãe do
ora enxuto, ora orvalhado. O or­ amor formoso [ amor divino] , e
valho também é símbolo da des­ do temor, da ciência e da santa
cida do Verbo para o seio puríssi­ esperança". (Eclo 24, 24-27)
mo de Maria. (Dt 1 8,4 ; Jz 6,36-39)

PROFECIA - Ant. Testamen·


e Vários Slmbolos/Figuras - to - A profecia é a palavra de
Elencamos até aqui, como s ímbo­ Deus sobre coisas futuras, pois
los, figuras, analogias, alegorias, semente Deus pode conhecer com
acomodações, aplicações, compara­ certeza o futuro; por isso , a pro­
ções de Maria, no Antigo Testa­ fecia poderá ser dita por Deus
mento cerca de meia centena de di retamente, ou através de homens
"coisas", "fatos", " i nstituições, em por Ele escolhidos. Tudo no An
seus respectivos mundos, mostran­ tigo Testamento são profecias atra­
do 36 intervenções divinas que, se vés de símbolos e figuras, sendo o
perscrutarmos a Sagrada Escritu­ objeto delas o Messias prometido
ra, guiados pelos seguros mestres, e, juntamente com Ele, sua Mãe.
veremos quanto se alargará es­ Maria. V. verbete Profetisa.
ta pedagogia dos descobrimentos
qu e Deus nos acena. E cremos
não existir maior ou mais signifi­ e Gênests - é o livro inau­
cativa seara numa só fonte, do gural das Escrituras, ou seja, da
que aquela contida no Eclesiástico, História Salvífica, genese ( = Iní­
de modo especial, no cap. 24, al iás cio, princípio) do mundo universo.
tido como o mais importante de A primeira profecia sobre Nossa
todo o Livro. Eis o que ali se po­ Senhora fê-la o próprio Deus neste
de resplgar, tendo de Maria a primeiro capítulo da vida da Hu­
"presença sem maiores dificul­ manidade. Foi no P�raíso, dito jar­
dades": Eu fui "cedro do Líbano" dim do Éden (jardim ou paraíso é
- "palmeiras de cades" - "Ci­ como está na Vulgata e vem do
preste do Monte Sion" - " Rosa heb. pardes = parque, mas o sig­
d e Jericó" - "formosa oliveira nificado bíblico do termo buscou­
dos campos" - "plátano nas pra­ -se no persa) . neste sítio que em
ças junto da água" "perfume si é símbolo de Maria, vaticinou
como o clnamono" - "bálsamo Deus criador: "Porei Inimizade en-

- 30 -
tre ti e a mulher, entre a tua pos­ vindos do Oriente, e eles encon­
te ridade e a po steridade dela. Ela tram enUio " Maria com o Menino"
te pisará a cabeça e tu armarás - Assim como os Magos, nós tam­
traições ao seu calcanhar". (Gn bém, perscrutando os seguros ca­
3,1 5) m i nhos das profecias testamentá·
rias - pois as encontramos tam·
e /safas - A segunda profecia bém no Novo Testamento, como
considera-se a de Isaías que mui­ per exemplo ao folhearmos o Apo·
tos séculos antes de Cristo disse ca/ipsc - encontraremos Jesus
que "da vara de Jessé bro tará uma com Maria para todo o sempre .
flor" ( 1 1 , 1 ) ; noutra passagem anun­ Ele ligou-a de modo eterno à his­
cia a maternal virgindade de Nos­ tória do Céu e da Terra.
sa Senhora: "Eis que uma virgem
conceberá e dará a luz um Filho". O Outras mais - Profecias
(7,14) - Não foi "fazendo eco ao outras são encontradas em tantos
profeta !salas, seguramente estri­ Livros da Bíblia, i . é . , através d e
bada na profecia, que a Igreja, pro­ outros autores sagrados desta ca·
nunciando-se infalivelmente, pro­ tegoria; são Livros inteiros (Sal­
mulgou o dogma da virgindade mos, do Profeta e Rei Davi ; Ciln·
perpétua de Nossa Senhora? (2." ticos dos Cânticos, de Salomão;
Concílio Ecumênico de Constanti­ Eclesiástico, etc.), prenhes de prO·
nopla, ano 533, pontificado do Pa­ jeções magnífícaD.
pa Virgílio) - Nos textos das dl­
versas versões da Bíblia lê-se FIGU RAS (ou tipos) do An·
" aquela que há de dar a luz" tigo Testamento - Diz-se figu
(Edit. "Ave-Maria" e Paullnas) - ra de a!guma coisa, especial·
"a que está em dores" (Edlt. Mon­
tese) - "a parturiente" ou " a ges­
mente em se tratando de Maria
Ssma. com relação a sua pessoa
tante" ou "a jovem" (na de Jeru­ ou sua presença na Bíblia, quando
salém e outras), mas a tradução se dá, quando acontece aquela sua­
grega traz "a virgem" [esclarece ve transparência ou vislumbre do
a nota "z" da Bíb. de Jerusalém] , que poderemos ver de modo claro,
precisando assim o termo hebrai­ aberto, sem véus. em sitio e cir­
co almah que designa quer a don­ cunstâncias que Deus dispõs mais
zela , quer uma jovem casada re­ adiante, ou seja, no Novo Testa·
centemente, sem explicitar mais." mento. - Pelo menos umas 10
E conclui a nota: "O texto dos mulheres , na primeira fase das Le·
Setenta é, porém, um testemunho tras Sagradas nos apresentam sur·
precioso da interpretação judaica preendentes analogias com a VIr·
E�ntiga que será consagrado pelo sem Santa e. por isso, nos torne·
Evangelho. Mateus ( 1 ,23) encontra cem belas ligllras simbólicas dest9
aqui o anúncio da concepção vir­ ou daquele aspecto de sua pessoa
ginal de Cristo." Almah bíbl ica· santíss ima, de sua vida sacrossan·
mente é indicativo da jovem que ta. Até mesmo um acróstico do
não conhece varão, portanto, vir· nome de Maria podemos formar
gem. com 5 nomes de mulheres bíblicas
que foram figuras de Nossa Senho­
• Miquélas - E o profeta ra :
Mlquélé:s não só prediz o abando­
no do mundo por Deus, "até ao M - aria, a Irmã de Moisés;
tempo em que der a luz aquela A - na, a mãe d e Samuel (e
que há de dar a luz" (Miq 5,3) , também o nome d a pró·
mas chega a precisar o local onde pria mãe da Virgem ) ;
o parto da Virgem há de verificar· R - ute, m ã e do avô d e Davi;
-se : "E tu, Belém (chamada tfrata) I - udite , que libertou Betú­
de ti é que virá Aquele que l i a do feroz Holoférnes;
há de reinar em Israel" (5,2 ) ; "pis· A - bigail, irmã d e Davi
ta" segura que os estudiosos das (também o nome da vlú·
Letras Sagradas deram aos Magos, va de Narbal).

- 31
Nota o letra "J" (da Judlta), nas graça (graciosa) compaixão, que
llnguas latinas e noutras, po­
-
,

ouve, que concede. - Nome pró­


de ser trocada pelo " I " ; ver, prio de diversos personagens bl­
p. ex . , no "tltulus crucls", o bllcos, homem ou mulher, e até
que o próprio Pllatos escre­ mesmo tribos e cidades (conforme
veu em 3 Idiomas, ou seja, a grafia e a acentuação tônica). -
hebraico, grego e latim: Uma das esposas de Elcana que
fazendo voto a Deus, conseguiu a
I aaue (Jesus) graça de dar a luz ao filho Sa­
N
-

azarenus (de Nazaré a também,


-
muel, oferecendo-o ao serviço do
mestre, chefe) Templo . Atribui-se-lhe um cântico
R - ex (rei) considerado monumento de poe­
I udeorum (dos Judeus)
-
sia, que termina por um grito de
confiança e a evocação do Rei­
Estas "figuras" b!bllcas de Messias; é protótipo do "Magnl­
"mulh e res-Marta" que vamos ace­ ficat" entoado pela Virgem, após
nar costuma-se colocá-las em 4 a anunciação, na visita a Sta. Isa­
grupos, conforme a irradiação de bel. lembra, portanto, Maria
glória que nos apresentam ; lem­ Ssma., de modo acentuado feliz
brando a fé, a fecundidade: Sara, pela sua maternidade, doação do
Rebeca e Raque l - Simbolizando
. fruto do seu ventre, e cântico ora­
a força, a coragem: Maria, Débora cional profético. ( 1 Sam 1 , 1 1 ;
e Judite. Recordando a bel eza
- 2,1 - 1 0) Ana é também o nome
-

excepcional e a graça: Abigai l , da mãe de Nossa Senhora - não


Estér e a "Sulamita". - Por fim, citado nos l ivros canônicos, mas
devido, além da coragem, o aban­ nos apócritos: Prato-evangelho de
dono a Deus com plena confiança, Tiago, Evangelho da Natividade,
a resignação, o sofrimento silen­ etc.
cioso, a vitima que se imola por
amor: Rute, Noemi , Resta e a
e Débora (heb. deborah =
mãe dos 7 macabeus. - A figu " ­

ra" da Rainha-mãe, obviamente re­ abelha) - Juiza e professora, es­


flete o papel de Nossa Senhora. posa de lapidet, que, sentado sob
uma palmeira - que levava o seu
nome - entre Ramá e Batel, no
Por ordem alfabética, eis as
monte de Efrain, julgava o povo,
figuras, enfocando-se-lhes breve­
sendo mito amada por todos (os
mente as analogias, apl icações ou
seus feitos era celebrados em pro­
prefigurações (ver o verbete No­
sa e versos). Com Barac coman­
me) :
dou 10 mil homens contra Slsara,
general de Jabin, vencendo os ca­
e Abigail (heb. abigay/ = meu naneus em nome de /ahwé, ao
pai é alegre) - Ela é descrita co­ pé do monte Tabor. O hino da
mo "sensata e de bom parecer", vitória atribuido a ela - Cântico
e João, o Geômetra , chama-a de de Débora - é das mais antigas
"sábia", sendo de beleza excep­ composições I iterárias hebraicas .
cional; acompanhou depois que
-
Débora contribuiu eficazmente pa­
enviuvou-se de Narbal - a Davi ra a vitória do seu povo e foi cog­
em diversas expedições , vindo a nominada "Mãe ele Israel". Ma ri a,
ser sua segunda esposa e deu-lhe a semelhança de Débora, nos li­
um filho de nome Oileab. Pelos vrou da legião de demônios e é a
seus exemplos de dedicação, humil­ "Mãe dos Cristãos" (Jz 4,1 ; 4,14;
dade, oração e beleza, física e mo­ 5 , 1 -3 1 )
ral, extraordinárias, é comparada a
Maria. ( 1 Sam 25,2-42; 27,3; 2Sam
2,1-2) e Estér (heb. 'ester, d o persa
staraeh (sftarch) , e do acãdlo lsh­
e Ana (forma gr. hanna, do tar estrela) - Nome persa da
=

h e b. Khannâh ou annah, talvez abre­ heroína do Livro de Estér, cujo no­


viatura de hananiah), significando me hebraico, segundo alguns, in-

- 32 -
c l uslve H eró d oto. era H adessa (= S e Eva ce deu ao d em Ô nio, M ari a
murta ) dando origem babilõnica
. venceu-o. O Ave d a d o a Maria
à história narrada. - Oriunda da (forma anagramática da Eva). se­
tribo de Benjamim. Ester era filha guido do seu "fiat" a Deus trou­
de Abial ; pela sua beleza, foi des­ xe-nos a salvação, já que pelo con­
posada pelo rei persa Assuero sentimento(queda) Eva trouxera a
(Xerxes). - Com a elevação de a aniquilação. Maria é chamada
Ester a Rainha, tiveram os judeus "a nova Eva", pois esmagou a ca­
uma situação de prestígio de que beça da serpente que enganara
antes não desfrutara. pois inclu­ nossa primeira mãe. ( Gn 3,1-24)
sive, Ester depois de multo orar,
salvou seu povo do extermínio; im­ e Jael (heb. ya'el = cab ra
plorara diante do trono real. con­ montês) - Esposa de Heber, o cl­
vencendo Xerxes. - O Livro de neu; a vitória conquistada por Dé­
Ester era lido nas sinagogas du­ bora, tornou se célebre por ter va­
rante a Festa dos Purim (em per­ rado, com um prego ou estaca da
sa = sortes) ; celebrações não tenda, de lado a lado. crânio do
propriamente religiosas, mas pro­ general do exército de Jabin, SI­
fanas. (ler este Livro catalogado sara, pregando o no chão. Tres­
no grupo "históricos", especial­ passando com duro cravo a cabe­
mente, 5,1 ; 1 5,9 - 1 9 etc.) - ça de Sisara, inimigo do seu povo,
Maria Ssma .. como Ester. observa é figura ou tipo de Maria Ssma.,
Sto. Alberto Magno. (citado por esmagadora da cabeça da serpen­
Sto. Afonso de Liguori) . roga dian­ te infernal . (Jz 4 . 1 7s5; 5.6-24ss)
te do trono de Deus. e isto sem
cessar, como Medianeira. Na Bula e Juditc (gr. /oudith - ju­
Aurea Gloriosae Dominae (um do s dia ( ? ) ; heb. yhudit = digno de
7 documentos da Igreja, neste gê­ louvor) - No Livro da bíblia que
nero, selado a ouro e não com tem o seu nome é cog nominada
chumbo), Bento XVI. ao falar aos " Libertadora de Betúlia"; à seme­
congregados marianos. no 2.• sé­ lhança do Livro de Ester, é uma
culo da existência do movimento, história de libertação do povo por
diz que Ester, referentemente à uma heroína: Helofernes, enviado
Maria: " . . . esta é Aquela formo­ com 1 32 mil homens pelo rei da
síssima Ester que amou tanto o Assíria, Nabucodonosor, invadir a
supremo Rei dos reis e por isso Ele Asia ocidental, acampa em Be­
s fez compartícipe de todo o seu
túlia, sitiando a cidade; conclaman­
lmpér.o e de todo seu poder - ".
do a ter confiança em Deus (9.2-
1 9). Judith, seduzindo o general
inimigo cortou-lhe a cabeça. pois
e Eva (heb. hawwâh = vida, o embriagara ; leva Judith este tro­
ou então, mãe dos viventes) - féu de guerra e exibe-o ao seu
A explicação do nome dada em povo d e Betúlia. - Eis a aplicação
Gn 3,20 - em conexão com como figura de Maria libertando­
hayah I= vivP.r) - é certamente -nos de Satanás. Judith morreu
etimologia popular; no texto he­ aos 1 05 anos. viúva e seu povo
breu se lê: isha. que significa fê­ jamais esqueceu o seu cântico de
mea do homem ou simplesmente vitória: " o Senhor todo-podero­
mulher. - A-lão põs à sua mulher so o feriu e o entregou nas mãos
o nome de Eva, porque foi a mãe duma mu1her ( J n�m se lha
d e todos os viventes (Gn 3.20). - opusera corpufentos gigantes, mas
Eva. porém. tornou-se pela desobe­ Judlth. filha de Me•ari. o derrubou
diência e orgulho, tornnu-se. pois, com a formosura do seu rosto . "

contrariamente a iniciadora da (Jdt Livro e l encado no grupo dos


morte. � figura antípoda de Maria "hist6r.cos")
porque Nossa S'1nhora. pela obe­
diência e humildade. é. de fato, e Maria (heb. Myriam; egfpclo
a mãe da vida, da Humanidade . mrjt (?); gr. Marism = amada,

- 33 -
amarga, senhora, mar etc., cerca S. Lufs Maria Grlgnon de Mon­
de 60 significados) - Nome de fort: " . grande e antiga figura da
muitas mulheres na Bíblia, por ser, predestinação e da condenação, fi­
afinal muito comum. - Irmã pro­ gura tão desconhecida e tão cheia
fetisa de Moisés/Aarão. Pôs-se à de m. stérios".- E continua o in­
frente de um coro e dançou, após signe devoto mariano: "Esaú ven­
a travessia do Mar Vermelho, glo­ dera a Jacó seu direito de proge­
rificando à Deus pela vitória ob­ nitura ( . . . ) Rebeca, assegurou a
tida sobre o Faraó . (Ex 1 5.20ss) Jacob, as vantagens daquele pri­
- M iquéias a coloca no mesmo, vilégio, empregando, para isto, uma
mesmíssimo plano de Moisés e astúcia santa e cheia de misté­
Aarão, seus irmãos, como chefe rio," (sabida é como vestiu Jacó
de Israel, fora do Egito (6,45 ) ; e l a com as vestes e perfumou o co­
censurou Moisés p o r se t e r casa­ mo o i rmão, a fim de que, rece­
do com uma etíope (Num 1 2,1-15). besse a dupla bênção de lsaac,
- Pela posição proeminente, por velho e cego). - Jocó permane­
trazer o mesmo nome e outras co­ cera sempre junto da mãe Rebe­
notações. é aplicada como figura ca, amando-a muito. Daí receber
de Maria Ssma. dela este amor centup!icado. "Ma­
ria - diz Monfort - nos ama
e Noemi (heb. n'oml =
meu
ternamente, e com mais ardor que
deleite, formosa; é um antropô­
todas as mães juntas { . . ) não s6
nimo, isto é, o nome próprio da
nos ama ainda mais ternamente
pessoa tendo incluído o seu ape­ { . . . ) não somente com afeição,
l ido ou alcunha) - chegando com
mas também com eficácia { . )
R u te a Belém. toda a cidade alvo­
seu amor é ativo e efetivo. como
roçou-se devido à beleza delas; en­
aquele de Rebeca por Jacó. Eis
tão exclamaram as mulheres : "Es­ o que esta boa Mãe. da qual Re­
ta é aquela noemi (heb. be!a, beca era apenas a figura, faz com
o fito de alcançar. para seus fi­
=

formosa), ao que ela respondi a :


"Não me chameis noemi; chamai­ lhos, a bêncão do Pai Celestial."
-me Mará (heb. = amarga) porque (cfr. "Trata do da verdadeira De­
o Onipotente encheu-me de extre­
voção")
ma amargura. (Rt 1 , 1 9-20) - A
moabita esposa de Emebec, que • Resfa (heb. Rlçpãh, prova­
sofreu sérias precisões em Judá, velmente em conexão com Resef
e suportara com dignidade a viu­ = brasas vivas) - Concubina de
vez em companhia de sua sogra Sau l . teve os seus dois filhos, com
Rute, é figura de Maria, não só mais os 5 de outra, também com
pela formosura, mas por ter ela Sau l , enforcados pelos Sabaonitas.
enfrentado com firmeza as dores, Resta estendeu um saco sobre os
os sofrimentos, enfim, adversida­ 7 cadáveres, impedindo assim que,
des praticamente a serviço da no­ de dia as aves de rapina se apro­
ra. O sacerdote passionista J ul ia­ ximassem, e, de noite fossem de­
no da Imaculada ( Mattei), escre­ vorados pelas feras necrofaras do
veu: . . . a Virgem Mãe, com mais
" campo. Esta devoção maternal he­
razão que a enviuvada Noemi, pa­ róica foi apreciada por Davi aue
recia admoestar no Calvário: não ordenou o sepulta'll ento junto dos
m e chameis formosa, mas chamai­ ossos de Saul e d!l Jonatas. (2Sam
-me amarga porque o Onipotente 21 , 1 0-1 1 ) - Maria, com desvelos
me encheu de extrema amargura: maternais, diuturnos, também vela
por todos aqueles que recebeu co­
e Rebeca rheb. ribqah. nome mo filhos, sem distinção humana.
pessoal. de etimologia incerta). -
O papel ou desempenho da esposa e Rute (heb, rut, possível con­
de lsaac, mãe dos gêmeos Esaú e tração de reut = amiga(s) da se­
Jacó, nas h istóri8s patriarcais é nhora) - A moabita que tem o seu
I mportante "politicamente" e di-lo nome emprestado a um dos Livros

- 34 -
da Biblla. Recusou-se a deixar a e Sulamfta (heb. s hulamft),
sogra Noemi, Rute acompanhou-a etimologia e significado obscuros,
até Belém e para sustentá-la tra­ mas parecendo indicar "uma . be­
balhou humildemente num campo leza". - Querem alguns derive de
do rico Booz; a conselho da sogra Sunemita (alusão a Abisag. de SiJ­
casou-se com este ricaço, afinal nén ou Solá?. a companheira d e
de parentesco embora meio dis­ Davi e a mais bela jovem d e toda
tante; deu-lhe o filho Obed, que foi Israel ( 1 Rs 1 .24). como também
avô de Davi. - Para Sto. Afonso de Sounamitis (como está nos Se­
de Liguorl, Rute é figura de Ma­ tenta). provavelmente forma femi­
ria, pois seu nome também signi­ nina devido a consonância com Sa­
fica "aquela que vê e que se lomão (em heb. Shelomoh = pa­
apressa", e vendo Maria nossas cífico, pois vem de shalon = paz);
necessidades se apressa em socor­ assim sendo, se pode interpretar
rê-las, como fez com a prima Sta. como "Singular beleza pacifica",
Isabel. E Conrado d a Saxônia ob­ - Su!amite era o título dado à
serva que como a Rute foi permi­ noiva ou esposa no Cântico (7,1 ss)
tido pelo poderoso Booz resl)igar, durante a "dança de casamento
colher, indo atrás dos segadores, no campo". - Apelativo também
depois até - preso. cativo dos da deusa cananéia da fertil idade.
seus encantos - com ela se ca­ - Por sua singular formosura tr­
sou , Maria. esperança nossa, acha sica e espiritual. pela sua mansi­
g raça diante de Deus, recolhendo­ dão, Maria Ssma., a jovem he­
-nos as espigas das bênçãos divi­ bréia que nos trouxe o Messias,
nas. (cfr. Livro de Rute, o menor é tida como que figurada por Su­
das Escrituras, com somente 4 ca­ lamita.
pítulos e 75 versículos)

e Sara (heb. sarah = prince­ e A mãe dos 7 macabeus (ma­


sa) - Esposa de Abraão, também cabeus não porque fossem da fa­
chamada pelo variante dialetal míl ia homônima: Judas, filho de
saraí (a alteração do nome e até Matatias e outros do "clã"; g r.
mesmo troca - exemplo: Abrão p/ makkabaios e hab. maqqebet =

Abraão, Saulo p/ Paulo, significa, martelo; mas porque foram marti­


bibl icamente, eleição, entrega de rizados na época dos Macabeus)
missão divina). Na juventude, de­ - Das páginas mais comoventes e
vido a grande beleza foi decanta­ cheia de heróicos ensi namentos
da por toda Israel e era disputada que encontramos na Bíblia, é a
para os harens. Obteve pela fé história da mãe valente. corajosa
orante a quebra de sua esterilida­ dos 7 macabeus; e por certa i ro­
de, e ao nascer-lhe Samuel con­ nia do destino, nem o nome s e
sagrou-o a Deus. S. Paulo refe­ l h e conhece! - De um a um con­
re-se a ela (Rm 4,19) ao apontar duziu os filhos para a morte hor­
e sua esterilidade como ocasião rível, e por fim. caminhou ela fir­
para a fé de Abraão. Escreve o memente! Ensinou-lhes. corajosa­
Pe. Mackenzie: Os cristãos são os mente não renegarem os precei­
descendentes de Abraão porque, tos de Deus e Leis da Pátria, mes­
como lsaac. são filhos da promes­ mo ante a morte dolorosa, ante­
sa (Rm 9,9) ; alegoricamente. ela cedida de terríveis torturas. Exor­
[Sara] a Jerusalém Celeste (GI tou-os todos, em sua língua ara­
4,21 -30) - [o que Maria é, com maica (para não ser compreendida
muito mais razão e direito ] . Ela pelos circunstantes) a que dessem
[ e a Virgem Ssma. ainda mais] todos suas vidas fortalecidos por
concebeu pela fé (Hb 1 1 ,1 1 ) e é esta que também deu a sua " . .
modelo de obediência [Nossa Se­ sobremaneira admirável e digna de
nhora e protótipo perfeito] da es­ memória, vendo morrer os 7 fi­
posa que chama seu esposo de lhos em um só dia, suportou heroi­
Senhor (1Pd 3,6)." - camente a sua própria morte, pe-

- 35 -
ia esperança que tinha no Senhor estatuetas éncontracias, i nclusiva
( . . . ) foi a última 8 sofrer 8 morte, em Israel. - Cremos não existir
depois de seus filhos". (2Mac mals cabal figura de Maria como
7,1-42) - Poder-se-á querer mais a que no-la apresenta com efeito
eloqüente figura, aplicação ou tipo Rainha, pois mãe do Rei dos Reis,
d e M a ria, a mãe que sob a Cruz Cristo Jesus. Trouxe-o no seu
- St8bat Mater - " morrendo" d e ventre, portanto, Rainha-mãe com
dor, de angústias e lágrimas rec&­ justeza.
beu nos como legado para nos sus­
tentar na senda do Reino? Não
menor do que o terrível sofrimen­
APARECIDA - Pequena cida­
to, as horas aflitas e tristes pas­
de no Vale do Paraíba (SP) . mas
sadas pela mãe dos 7 macabeus,
cognomínada com justeza Capital
foram as horas de Calvário da
nossa mãe Celestial, Maria Ssma.
Mariana do Brasil. Ali, em 1 71 7,
tosca imagem de terra-cota escura,
( N . S. da <..:o nceição), de 39 em, foi
".p escada" por Uomingos Garcia,
João Alves e Felipe Pedroso. Dai
e "Rainha-Mãe" (heb. Ha-Mô­ para cá tem sido uma sucessão
leket) = Nas sociedades poligmas de mi lagres e, no país, tornou-se
do antigo Oriente Médio - escre­ o maior centro de peregrinações
veu John L. Mckenzie, S . J . - a com grande afluência diária (aos
posição da esposa do Rei não cor­ domingos 1 20 mil pessoas). - A
respondia a posição da Rainha nas Basílica-Santuário (23.409 m2) teve
nossas monarquias modernas ( . ) sua pedra fundamental lançada em
a posição da Rainha era talvez 1 946, sendo o maior templo do
mais alta do que era em Israel e mundo dedicado a Nossa Senhora
Judá". - Fala sobretudo referen­ e o 2." em tamanho. depois da Ba­
temente ao Antigo Testamento. E sílica de S. Pedro em Roma. Seu
cita como exemplo. no Egito Ne­ arquiteto foi Dr. Benedito Calixto
fertete e Hatshepsut, esposa de de Jesus. - Pio XI proclamou N.
Tutmosls 111; na Assíria, a esposa S. Aparecida Rainha e Padroeira
(concubina) que estava em primei­ Excelsa do Brasil (voto que D. Pe­
ro lugar era a "Senhora do Palá­ dro I, como Imperador, havia fel­
cio"; em Judá, a mais alta posi­ to, ao dirigir-se a S. Paulo, para o
ção era ocupada pela Gibirah, a célebre Grito do lpiranga). - Pau­
mãe do Rei reinante. - Com duas lo VI outorgou ao Santuário a Rosa
exceções o nome de "Rainha-mãe" de Ouro ( 1 967), sendo assim a 2."
é dado a de todos os reis de Judá recebida pelo Brasil, pois tal dis­
e sentava-se ela à direita do Rei, ti nção pontifícia recebera também
talvez usando uma coroa (Betsa­ a Princesa Isabel devido a abolição
béia, Jezabel). "Rainha do céu" da escravatura. - Quando da vi­
sita de João Paulo 11 ao Brasi l , Sua
-

é título dado a uma deusa estran­


geira, sem nome (Jz 7,18, 44,1 7- Santidade ali concelebrou, fez um
1 9) 25) ; seu culto era feito em dos seus mais belos pronunciamen­
i magens impressas, tendo numero­ tos marianos e abençoou a todos
sas adeptas femininas que diziam com a pequenina e milagrosa ima­
não sofrer dano devido a esta prá­ gem totalmente reconstituída do
tica. - Será que essa "Rainha atentado ( 1 6-5-1 978) que a reduziu
do céu" era a lstar mesopotâmica. a 1 65 pedaços, mas que o zelo e
a deusa-mãe da fertilidade, do competência da recuperadora Ma­
amor e da guerra ? Seu culto em ria Helena Chartunl, com a colabo­
Judá se tornou popular durante o ração do Prof. Bardi, do Dr. Marinl
longo período da vassalagem assi­ e do saudoso Diretor dos Museus
rla por todo os 3 primeiros quar­ do Vaticano, Prof. Redlg Campos,
tos do séc. VIl . As imagens dela tornou-a completamente perfeita)
Impressas nos bolos era, ao que tcos Marianos, publicação
parece, semelhantes às placas e anual tipo almanaque, já se edita

- 36 -
hti 50 anos . Das maiores emis­ tltuem motivo de grandes trans­
soras católicas do país - Rádio formações espirituais. As apsrf­
Aparecida - ali tem sede, bem ções (visitas) acontecem aqui e
como grandioso parque gráfico; tem ali e suas mensagens faladas ou
jornal semanal, O Santuário, calen­ não, gestuais. simbólicas ou im­
dário/folhinha, livraria e agora, re­ plícitas. só têm contribuído para
centemente, abriga na Torre da Ba­ a conversão do mundo. - Come­
sílica ( 1 1 .• and.), a Academia Ma­ ça este elenco com a de Guadalu­
ria/ Nacional. Ver este verbete. - pe, da qual tão bem disse Frei
Desde 1 964 é sede episcopal; a José Mojica: "300 anos antes das
maior Arquidiocese do mundo, S. grandes devoçõ:s [aparições] ma­
Paulo, foi trocada pela pequenina rianas de Lourdes e Fátima , Nossa
cidade, pelo saudoso Cardeal D. Senhora deu Sua mensagem em
Carlos Carmelo de Vasconcelos T"peyac. S'!gundo o plano de
Motta. que nos honrou com a Deus, a Medianeira de todas as
Apresentação do nosso l ivro de graças apareceu , na América. séc.
versos religiosos Cãnticos do X V I . como Mãe que deseja arden­
Claustro. (o fac-slmile desta Apre­ temente a salvação de todas as
sentação está na pág. 1 50). gerações de seus filhos. Semelhan­
tes [apar:'ções] . serão repetirias
em outras épocas e lugares . " ( * )
Sim, é Isto, a finalidade
das "visitas" de Maria Ssma .
APARIÇOES - As únicas co­ é aquela da Mãe Q ' l '! ama com to­
municações sobrenaturais a que das as veras oc; filhos que rece­
estamos obrigados a seguir e ter beu do Seu Filho. do alto duma
como autênticas. portanto. deoosi­ Cruz. - Di-lo em admirável sínte­
tar-lhes fé div.na. estão contidas se o Pe. Harold Rahm. S.J.: "As
nas Sagradas Escrituras e ficaram ap<>•i�õP.s de Maria vêm apenas
encerradas com o último dos Após­ exprimir e provar. de vez em quan­
tolos. - Depositária dessas verda­ do, o seu i mP.nso desejo de conti­
des de fé, somente se reconhece nuar a ser Mãe."(*) - Queremos
a Santa Igreja na pessoa do Papa referir - e o fazemos como hu­
( intérprete oficial da Doutrina e mildes e obedientes filhos da Igre­
da Moral) contidas nas páginas sa­ ja. nossa total e plenísl'llma suJei­
gradas. - As revelações privadas, ção a toda e qu�lqiJer decisão das
as aparições, manifestações outras autoridades eclesiásticas compe­
que venham desta ou daquela for­ tentes, estando tudo o que se se­
ma, apenas nos merecem fé hu­ gue dentro, rig"lroc;�mente dP-ntro
mana, e assim mesmo, dentro da­ da letra e do es"lírito do Dec. da
quele contexto estabelecido pela Sag. Cong. p I p.,, da Fé f29/
prudência. - Não é que se res­ 1 2/ 1 966 - AAS 58 / 1 0) que tivera
trinja o poder de Deus, pois Ele aprovação do Papa Paulo VI em
aqui , age e agirá sempre como lhe 1 4- 1 0-1 960, onde S "! lê quP. "já não
aprouver, como e onde quiser, In­ existe proibição dfl divulgar, sem
clusive como meios salutares para o imprimatur, escritos que dizem
estimular o uso e aceitação de tu­ respeito à novas aparicões. reve­
do quanto já existe na Revelação lações, profecias e mi lagres".
divina e na tradição oral, equivale
a dizer, na Bíblia. nos Evangelhos,
para a nossa santificação e salva­
Nota - NAo eleneamos aqui. por ser
ção. - � um desses meios que a
simplesmente Imposs íve l . as centenas e
Infinita M isericórdia D ivina tem
centenas de aparlçOas de Maria aos ean·
nos propiciado - meio eficacíssi­
to11.
mo e tão querido - as aparições
de sua Mãe Ssma. e também nossa
Mãe. Tem-nos, ultimamente "visita­
do" Ela cheia de maternais carinhos (*) cfr. obra do Pe. H. Rahm. S.J., clt.

e revelado mensagens que cons- no subverbote 1531·Guaclalupe,

- 37 -
1 531 - Guadalupe (do árabe 1 842
- Roma, Igreja de Sant'
Wadelãbb = rio do Lôdo), cidade André delle Fratte (paróquia dos
do México, onde a Virgem por vez M ínimos de S. Francisco), 20 de
primeira apareceu nas Américas. janeiro, quase ao meio-dia; ao ls·
- Foram 5 vezes: 4 ao índio Juan raelita (judeu) Afonso Retisbone,
Diego (Juanito), e uma a Juan Ber­ que desafiado por um patrício já
nordino, bem como em forma do convertido, a usar a Medalha Mila­
mi lagre das rosas ao 3." Juan, o grosa e recitar o Memorare de S.
S r . Bispo, Juan Zumárraga . Fo­ Bernardo, converteu se também
ram presenças da Virgem nos dias porque teve "visão" de Nossa Se·
9 a 12 de dezembro. - "Maria nhora.
quis desde cedo afirmar a sua pre­
sença no Novo Mundo ( . . . ) exa­
tamente 300 anos da rue du Bac, 1 846
- Aldeia de La Salette,
onde Nossa Senhora de Guadalu· França, 19 de dezembro às 3 h da
pe não é meramente temporal tarde, na encosta dum monte da
( . . ) as grand�s aparições dessa região de lsere, a 1 .800 m de al­
Idade de Maria ( . . . ) todas elas titude; Videntes: Melanie Calvet,
têm o seu prólogo neste milagre d e 14 anos ; e Maximlno G i raud,
d e Guadalupe, onde todos os prin­ de 11 anos, ambos pastores. Dian­
cipais pontos da doutrina marioló­ te deles a Virgem vestida à moda
g i ca foram expostos por Nossa Se· oriental (inc! usive correia de cou­
nhora com assombrosa c1areza e ro) , sentada e com as mãos es­
si mpl icidade." (Pe. Harold Rahm, condendo o rosto, chorou.
S. J., in A Mãe das Américas, Ed.
Loyola). - Nossa Senhora não
1 858 Lourdes (França), fa­
apenas apareceu e ensinou no dia­
-

mosa por uma série de fatos, como


leto dos locais de Tapeyac, não o da água e das curas milagrosas.
apenas quis deixar o estupendo mi­ Aparição subdividida em 18 "vi­
lrqre das rosas (inexistentes na sitas" (começando em 1 1 de feve­
época e no lugar). mas deix0u-n0s reiro), feitas à filha de um moleiro
o seu " retrato" (única aparição até - a jovem Bernarda Soubirous
hoje a acontecer isto). e, dentro (familiarmente tratada pelo diminu­
dos seus olhos l igeiramente amen­ tivo Bernardettel. hoje venerada
doados. neste " retrato", perpetou nos altares e foi congregada ma­
as figuras do seu bondoso Juanlto riana. Nas "falas" a vidente não
(com causa de canonização já in­ usou propriamente o francês, mas
troduzido) , do snnto homem. o Bis­ o patois (dialeto) local dos piri·
po Ju�n Zumárraga e outros. - neus. Confirmou de viva voz o
Em 1 981 noticiou-se que a equipe dogma da Imaculada Conceição,
d e cientistas da NASA, ampliando proc1amPndo 4 anos antes por Pio
o " retrato" . nas pupilas dos seus IX (8-1-1854) : Que soy era lmma­
olhos consigna se a cena do mi­ culade Conceptioun: - Críticos e
lagre das rosas! estudiosos vêm nesta aparição co­
mo que o englobam"lnto das pre­
cedentes: Paris e Salette, assim
como as seguintes: 1 871 , em Pont·
1 830 - Paris, rue du Bac n.• main e 1 876, em Pellevoisin.
5, na C"!pela da "casa mãe" das
Fi lhas da Coridade de S. Vicente
d e Pau la, duas célebres "visões" 1 871 - Aldeia de Pontmal n ,
a Cataríne L2b:1uré: Rainha do França, durante a guerra franco­
Mundo e Medalha Milagrosa co­ -prussiana, quando mobil izara se
mo que aviso ou p edido de defi­ em todas as Igrejas a recitação
n ição do dogma da Imaculada Con­ do Rosário, a 17 de janeiro a Vir·
ceição (dias 1 9 de julho e 27 de gem apareceu ao menino Eugênio
novembro). Os episódios são de Barbette (e também ao seu irmão
grande beleza e profundidade. José). Era o dia 17 de janeiro .

- 38 -
Chamaram-na Nossa Senhora da uma aldeã por nome Evdokla
Estrela, pois foi com a estrela e Agrianova e o pouco que "vazou"
um crucifixo que Maria Ssma. lhes em noticiário para o mundo, foi
apareceu. através de uma publ icação religio­
sa de Macau - Religião e Pátria
- pois é sabido que há anos se
1 876 - Pellevoisln, passados fechou sobre a outrora mariana
5 anos de Pontmain, Nossa Senho­ Rússia, terrível Cort. na de Ferro.
ra apareceu a uma humilde, pobre - Interessante é a coincidência
e doente empregada - Estel l e de ter sido no mesmo ano das
Fagutte - d e 31 anos; sofria ter­ aparições de Fátima: 1 9 1 7. - E
rivelmente e se encontrava em es­ as mensagens a Kolomensk são
tado muito grave, corroída pela úl­ muito parecidas com as da Cova
cera dos intestinos, peritonite e da Iria. - Na Rússia a Ssma. Vir­
tuberculose pulmonar, já desenga­ gem mostrou à Vidente, onde se en­
nada por 3 médicos. De 14 de contrava uma antiga fcone que,
fevereiro a 8 de dezembro suce­ em tempos da li berdade (antes da
deram se 5 aparições. Desta vez Revolução) inspirava grande devo­
Nossa Senhora escolheu a região ção (V. o Verbete /cone) e fervor;
de lndra, diocese de Bouges. - representava, esta ícone - Nossa
E o demõnio não deixou de dar o Senhora como Soberana Mãe de
"ar de sua graça", pois apareceu
Deus, ou seja, de manto real e
também! ("proeza" que fará em
com a fronte cingida dum diade­
outras).
ma de realeza. - O Quadro per­
dera e estava enterrado nos sub­
terrâneos da igreja de Kolomensk.
1 879 - Após 5 anos de ter a
- Após revelar o seu paradeiro,
Assembléia de Kilkenny consagra­
a Aparição ensinou a Sra. Ag•inova
do o país à Nossa Senhora e tê-la
uma belíssima oração à Rainha do
declarado Rainha da Irlanda, a Vir­
Céu, Suprema Ajuda, Forte Prote­
gem, como sinal do seu agrade­
tora e toda pode rosa soberana. -
cimento, apareceu no dia 21 df'!
Nossa Senhora assim, apareceu
agosto, pelas 8 h da noite. - Foi
nos 2 extremos da Europa - Por­
na aldeia de Knock (oficialmente
tugal/Rússia - e observou M .
Cnoc-Mhulre) , provincia ocidental
Haffert no seu l 'vro Rússia will be
de Mayo. Caía tremendo aguacei­
ro, desde cedo. Primei ramente
converted que Lenine quis come­
viram, em forma de estátuas (apa­ çar a Revolução simultaneamente
receram também S. José e a figura nos 2 extremos da Europa - em
de um bispo, posteriormente iden­ Portugal e na Rússia - mas a
tificada como S. João) , a viúva e terra dos lusíadas foi preservada
mãe de 5 fi'hos Mary M e . Ldughlin das hastes do mal . conforme o
(caseira do Vigário Cavanagh) e a Anjo da Paz (e também o de Portu­
jovem Mary Beirnes, de 15 anos . gal) disserPm precedindo as apa­
Viram, depois: Domingos Beirnes, rições de Fátima.
de 20 anos, I rmão de Mary, a Sra.
Bridget Trench, de 75 anos (beijou
os p és da Virgem). Patrick H i l l ,
1 5 anos, e mais 1 5 pessoas (a me­ 1917 Fátima (Portugal), 6
aparições de 1 3 de maio a 1 3 d e
-

nina Margareth e o agricultor Wash


viram apenas um clarão). - Durou outubro, aos pastorinhos da cova
cerca de 9 horas a visão e embora da I ria: Francisco, Jacinta e Lúcia
a chuva intensa, o local apresenta­ (os dois primeiros já com processo
va se completamente enxuto. de canonização instaurados, e a ter­
ceira , ainda entre nós, como Re­
l i giosa (Carmelita ) . - As apari­
1917 - Aldeia Kolomensk ções foram precedidas pelas do
(Rússia) - Em 13 e 26 de feve­ Anjo de Portugal ou "da Paz" ( 1 9 1 5
reiro, Nossa Senhora apareceu a n a loca do cabeça) e tivera se-
qOê nc l a nas de 1 0-1 2-1925 (Já como mental da VIrgem, feita para as81·
Rel igiosa). 1 5- 1 2- 1 926 (o Menino nalar esta aparição.
J esus. cobrando a divulgação da 1 932/33 - Beauraing (Bélgi­
devoção ao Coração Imaculado de ca) . cerca de 20 km de Dinant,
Maria). 1 7- 1 2 1 927, ouviu como que cidadezinha rural ao sul, a Virgem
uma voz vinda do Sacrário, em apareceu ao agonizar de 1932 e
resposta ao que perguntara a Je­ e princípios de 1 933. - No jardim
sus sobre a devoção ao Imaculado de tranqüilo convento, a 29 de no­
Coração. e, finalmente, 1 929. refe­ vembro. Nossa Senhora surpreende
riu se I rmã Lúcia a outra aparição 5 crianças: Fernanda Voisin ( 1 5
da Virgem. - O que tem desper­ anos). sua irmã Gilberta e seu
tado muitas atenções é o chama­ mano Alberto (respectivamente 1 3
do "segredo" a ser aberto qu::.ndo e 1 1 anos), suas colegas Andréa
o Papa achar conveniente (já 4 e Gilberta Degeimbre ( 1 4 e 9
Pontífices não quiseram fazê-lo). - anos). - Foi na "ponte de ferro",
Tudo o que se disse e está contido quando voltavam do colégio das
nas revelacões, mensagens. predi­ Irmãs da Doutrina Cristã, indo ao
ções de Fátima têm-se verificado encontro deles a Virgem, de bra­
com uma "precisão de relóqio ços abertos, como Faziam os pa­
sulço". - Ver os verbetes: Fáti­ dres na Missa, lhes disse: Doml­
ma - Segredo de Fátima - Vi­ nus Vosbiscum ! - As aparições
dentes de Fátima. se sucederam, em dias diferentes,
até 3 de janeiro de 1 933. Ficou
1 93 1 e outros anos - Um rol intitulada Nossa Senhora. V.rgem
d e muitas aparições, em diversos do Coração de Ouro, pois seu Ima­
lugares - mormente na Europa culado Coração. confirmação do
antes e após a 2.• Grande Guerra que pedim em Fátima, apareceu
- é assinalado. mas justamente brilhante. l uminoso, como se fora
devido a tais efervescências verifi­ de ouro reluzente.
cadas nessas épocas não consegu�
1 935 - Meglavlt, banhada pelo
ram o devid,-, crP.dito: 1 931 . Ez­
Danúbio. em Oltenia (Romênia), foi
o,inaa - 1 932. Vierviers - 1 933,
cenário de aparições diferentes,
Tubise. Rotselaer. Rochefort. On­
pois começaram pelas vindas de
kenzele, Moerzeke. Herzele. Loke­
Nosso Senhor. figurado num velho,
ren. Houtain. Eticheve, Olcene,
que o vidente. Petrache Lupu (Pe­
Uytkerts. Foy e Mal i n . - F.m 1 937,
Osn:-l,ruc:k. - Fm 1 Q44. B�ro'lmO.
dro o lobo) chamava "avõ". -
Vivia até 1 976 este velho pastor,
- Em 1 947: B'l• rxiéres. Esnis e
Forstweiler. - Em 1 948: Assis, a época com 40 anos, gago, anal­
fabeto e pobre. mas de um cora­
Gimigliano e Aspang. - Em 1 949:
ção maior do que o mundo e es­
FP.hrb�ch, Lublin H "ro'dsbach e
colhido para estas visões come­
Hasznos. Em 1 950: Necdah.
çadas pelas 18 h da sexta-feira,
1 932- Banneux. província e em Buturugi, depois na Igreja. de­
d i ocese de Liége ( Bélgica), a Vir­ pois no meio do povo. depois perto
gem apareceu a uma menina pobre­ da fonte onde houve curas (tantas
zinha - Marieta Becco - que vivia que o cientista romeno Dr. Jorge
em condições precárias no chama­ Marinescu escreveu o apúsculo
do Bosque dos Pobres (a i borde Lourdes e Magfavit. - Na derra­
d e la carretera), espécie de fave­ deira aparição Deus permitiu a
la; antes, muito antes. portanto. da manifestação do diabo (como Já
" d escoberta" da " opção preferen­ acontecera em Pellevoisin, na Fran­
cial pelos pobres". - Aliás o título ça, 1 59 anos atrás) que na for­
que então deram à Nossa Senhora ma de "um ser terrlvel que me
foi o de Mãe dos Pobres. - Quan­ ralhou com palavras ásperas devi­
do da visita de João Paulo 1 1 à Bél­ do ao meu apostolado". - Mas a
g ica (maio de 1 985) . como protes­ um simples sinal da cruz do. vi­
to. com inomi nável vandalismo. de­ dente desapareceu rápida e me­
ceparam as mãos da estátua monu- drosamente em densa fumaça que,

- 40 -
transformada em nuvem d a r serram ma uma medalha. - E, dirigindo,
1 1 pessoas e uma Senhora. - Ex­ agora com um sorriso no rosto. a
plicou então Ela que fora a des­ Luiglna, manda que volte aquele
truidora do "ser terrível " e então o lugar: "Servi-me-e/ de um homem
"avô" apareceu dizendo: "Por que que hofe persegue a lgrefa e quer
me chama de avô? Eu sou Deus matar o Papa. Agora, vá a São
que me manifestei deste modo". ­ Pedro [Basilica a/; perto] e lá
Depois me disse que a Senhora encontrarás a Irmã do Cardeal Pa­
era a Sua Mãe, a Virgem Maria: celli: leva-lhe esta mensagem e
- " Vá anunciar: afastei m. nha pro­ aviso: neste lugar estabelecere/ o
teção dos homens. mas a minha trono de minha glória". - Com­
Mãe não se cansa de pedir perdão preende-se porque o Cardeal Pa­
pelo seu povo" - O Pe. Uno. do cell l (logo em seguida Pio X I I , qu e
Apostolado Mundial de Fátima, ob­ também. ao que se " desconfia",
serva: " . . . quanta simplicidade e teve aparições da Virgem nos jar­
quanta profundidade nestas revela­ dins do Vaticano) tão rapidamente
ções de Deus a um pobre pastor deu crédito aos fatos de Tre Fonta­
romeno ( . . ) A mós, por exemplo, na e porque, 1 0 anos depois (5 de
era também pastor simples . . . " outubro de 1 947) benzeu sem difi­
culdade, a imagem destinada ao
1 937/40 - Em Hedd (Alema­ lugar da aparição ao motorneiro
nha), próximo da fronteira com a Bruno Cornacchiola ( ve r 1 947, Tre
Holanda, em plena 2.' Grande Guer­ Fontane).
ra, aparições por mais de 1 00 ve­
zes, sendo que apenas 4 meninas 1 944 - Aldeia (paese) de Bo­
da família Gansfort, recebera men­ nate, diocese de Bérgamo (Itál ia),
sagens especiais (comunicara ao aparições que se deram no prado
Papa). - A Gestapo de H i tler, co­ de Chiale di Bonate Sopra sítio
mo soi acontecer em países sob aprazível, formado à guisa de an­
o jugo das forças do mal , proibiu fiteatro pelos pré Alpes bermanes­
na época qualquer divuiQacão do cos a 2 km da Ponte San Pietro
fato. As crianças, anteriormente (distante 15 km da cidade Suíça
não muito piedosas. passaram a de Chiasse). - A vidente foi a
rezar - sobretudo o Rosário - menina Adelaide Roncalli, de 7
diariamente. - Não se intimida­ anos - quinta dos 8 filhos de
ram com as ameaças de prisão, Eurlco/Gamba Anna. - Foram 1 0
sofreram zombarias e enfrentaram aparições, sendo a 1 .' a o ensejo
sérios dissabores, mas heroica· do 27." aniversário das aparições
mente sustentaram o oue virl'lm e de Fáti ma: ou seja. 13 de maio de
ouviram. - As aparições sucede­ 1 944 : a última foi na festa de Pen­
ram se durante 3 anos: de 1." de tecostes (quando Adelaide fizera
novembro de 1 937 a 3 d e novem­ a sua 1 ." Comunhão). - Reuniu-se
bro de 1 940. nesse dia uma multidão de 20.000
pessoas e aparecera também S. Jo­
1 937 - Na gruta de Tre Fon­ sé com o Menino Jesus. além de
tane (Roma) . em outubro Nossa vários animais ferozes e domés­
Senhora apareceu a uma jovem ticos (interpretou-se como simbo­
chamada Lulgina Sinapi : certo dia lizando santos e pecadores): al iás,
passeava ela por esse lugar e sen­ esta aparição é rica de símbolos
tiu como que um chamado miste­ como as duas rosas dos pés. a
rioso para entrar na gruta. Ao coroa estrelada. o manto verde (e
Internar-se ouve uma suave voz e não azul e branco), e tantas ou­
dulcíssima imagem de Mulher lhe tras mais.
aparece. - Luigina vê a um canto
os ossinhos de um abortado. uma 1 945/1 959 Na Holanda
criatura humana, e depois a ssiste (Amsterdam) de 25 de março des­
a Virgem. com olhos tristes en­ te ano até 31 de mala de 1 959 (fo­
terrar aqueles ossos e pôr em cl- ra m 14 anos), Nosaa Senhora apa-

- 4t -
receu a senhora Ida (quis ficar no 1 947 - Montlchlarl , ao norte
anonimato) e sua irmã, ditando-lhes da Itália, perto de Bréscia, Nossa
60 mensagens (inclusive quando Senhora apareceu a uma Religiosa
foram a Alemanha) ; sem nenhuma - Irmã da Caridade de S. Vicente
regularidade nas datas, as apari­ de Paulo, Pierina Gilli - no Hos­
ções vieram sempre inesperadas pital da Cidade, e por 1 1 vezes.
em sua casa e na Igreja de S. I rmã Pierina nasceu em 1 91 1 , por­
Tomás. - Ao Pe. Frehe. confessor tanto, estava com 34 anos. Da
e d iretor espiritual da vidente, foi aparição ressaltou se a beleza e
confiado todos os ac'Jntecimentns. significado do símbolo mariano
A configuração divulgada desta Rosa Mística (3 rosas: branca. rosa,
aparição foi a mensagem . a oração amarela, apareciam no colo da
e o "Santinho" de Nossa Senhora Ssma. Virgem). - Nos dias 7 e
de Todos os Povos. contidos nos 8 de dezembro propõe a devoção
chamados Livrinho s Azuis (no B ·a­ dita Rosa Mística, unindo-a a do
s i l divulgaram-no muito os Padres Imaculado Coração. - Após 26
Jesuftas, com " imprimatur" de D. anos ( 1 973, a 22 de julho) por so­
José, bispo titular de Colibr. e da­ licitação da I rmã G i l l i , Nossa Se­
tado de, França, 28 8-1959, bem co­ nhora diz do significado do apela­
mo livros do Pe. Luiz Knuvelder e tivo Rosa Mística. - Ao que se
de Raoul Auclair, trad. do Pe. Mau­ diz, em 1 976 repetiu-se a aparição,
ricio Ruffier, S. J. - Soe. Bras. estando, portanto, Pierina Gilli com
Ed.). 74 anos.

1 945 - Na Espanha (Codose­ 1 947 - Tre Fontane (gruta as


ra, província de Badajoz, na estre­ portas de Roma - 4/5 kms. do
madura do país). Indo a menina centro da cidade - perto da Ba­
Marcelina Barrosa (de 10 anos) ao sílica de S. Paulo fora-dos muros).
lugar chamado Chandavila. perto A Virgem apareceu, neste sítio vi­
do E/ Marco, sítio de muitas cas­ zinho a Abadia dos Trapistas, ao
tanheiras. apareceu-lhe a Virgem, motorneiro então protestante (que
rosto muito triste, manto negro já se d issera ateu e comunista),
(um roxo apertado, muito escuro) hoje convertido, Bruno Cornachio­
assim como se vê em muitos qua­ la; primeiramente o fizera aos seus
dros da Mater Dolorosa. Era o filhos, Isola ( 1 0 anos) e Carla (4
d i a 27 de maio. E a 3 de junho anos e meio), que, próximo joga­
apareceu a uma senhora, mãe de vam bola, enquanto o pai prepara­
5 fil hos, Dolores Lúcio. Pediu a va um trabalho para apresentar
Virgem que ali se erguesse um contra Nossa Senhora. - Era 1 1
Cruzeiro. - A mocinha. Afra Brí­ d e abri l , dies natalis urbis, d "! Ro­
gida B'anco, meio levianasinha, de ma. Junto dos eucaliptos Nossa
1 7 anos. ao ver a Virgem, perdeu Senhora indentificou-se como a
os sentidos. Diversas pessoas Virgem da Revelação, e p'lrtava um
mais, como por exemplo, o poli­ livro (Bíblia). - o punhal que um
cial José Camillo fa 3 km de amigo alemão tinha dado a Bruno
Chandavila), viram Maria Ssma para matar o Papa (a época Pio
X I I ) , após as "audiências" com a
Virgem. ele o entregou pessoal­
1 9"6 - Marienfrled (Baviera).
mente a Sua Santidade, em encon­
aparição da Virqem a jovem Ana
tro privado (ver. em 1937, apari­
Berbl. no dia 23 de abri l . Esta
ção a jovem Luigina Sinapi).
aparição repetiu-se a 25 de maio e
25 de junho. Co...., o em todRs as
"visitas" Nossa Senhnra insistiu 1 948 - Mayne, Bosque d'Es­
muito na oração e penitência, pre­ pés (França). A um menino. des­
venindo que "a estrela do abismo" de os 3 anos (idade com que a
fará sentir a sua fúria mais do que Virgem foi entregue no Templo),
nunca, provocando danos espanto­ Gil Benhours, teve aparições da
sos. Nossa Senhora todos os dias 13

·-- 42 ='
de cada mês. Falou-lhe a VIrgem 44 anos antes). Houve gravação d a
que fizesse a 1 .' Comunhão quando voz de Nossa Senhora em fita mag­
completasse 4 anos. Levado ao nética (o que aconteceu por vez pri­
Papa, a pedido dele, contou toda meira em aparições de Nossa Se­
a história somente ao Sumo Pon­ nhora, bem como fotografou-se a
tífice, embora tivesse tido, sob partícula na língua das videntes, no
promessa de guloseimas, pedidos momento da comunhão). - A gra­
e mais pedidos para dizer o que vação é de dificil audição e as fo­
vira. Só em 1 948, quando Gil foi tos foram fartamente divulgadas
morar em Espés, é que se torna­ na imprensa mundial. - No Brasi l ,
ram conhecidos os fatos. o Pe. Valério Alberton, S. J . , que
esteve em pesquisas no loca l , e
1 948 - Llpa, província de Ba­ a Jornalista, sra. Dona Al ice ls­
tangas, das l!has Filipinas; no dia nard (Di retora da Agência Noticias
27 de dezembro, Nossa Senhora Catól icas , têm excelentes l ivros
apareceu a noviça Terezita Cas­ sobre o assunto).
tillos, filha do Governador, levan­
do, porém, vida de Religiosa con­ 1 967 - Natividade, Rio de Ja­
sagrada. - Houve, antecedendo, neiro (Brasil), foram em número
uma chuva de rosas não existentes de 5 aparições e testemunhadas
no lugar, e até mesmo em toda unicamente pelo médico Dr. Fausto
Filipinas. E uma das provas des­ de Farii:l; ocorreram todas entre
tas aparições foi que, em diversas maio de 1 967 e julho de 1 97 7 .
pétalas que Terezlta guardou, viu-se Nossa Senhora apareceu sempre
reproduzida a figura de Maria junto a um regato, na propriedade
Ssma. na configuração de N . S. do referido médico (Fazenda Co­
das Graças. - Como fizera a Ber­ queiro). Uma pedra de 200 g ,
-

nardette Soubirous, em Massabi­ classificada como hematita, estan­


e l l e . a Virgem. como prova da hu­ do. de forma misteriosa. ligada ao
mildade de Ternazite. mandou que que consta da 3.' aparição (Cefas,
a noviça beijasse o chão e comes­ em 1 2 de julho). - Os pés e as
se grama do jardim. - O. A'fredo mãos da Virgem eram de ouro
Verzosa, Bispo local. aprovou a pu­ (douradas). - Réplica exata e úni­
blicação dos fatos de Lipa. ca no mundo é a da "casa d e Nos­
sa Senhora", que o vidente, de­
1 950 - Fwhrbach (Alemanha), vido à frase enigmática que fala
Nossa Senhora apareceu à meni­ em �teso, foi em 1 973, até esta
na Senta Roos. numa floresta de cidade da Turquia, para, um ano
pinheiros, em fevereiro. juntando após, erguê-la igual . nos mínimos
cerca de 40 mil pessoas. Até pormenores àquela em que, por
hoje aguarda-se a publicação das a'gum tempo vivera Nossa Senhora
mensagens e descrição de porme­ antes de sua assunção e qu� fora
nores. visitada por Paulo VI. em 1 967, e
João Paulo 11, em 1 979). Da es­ -

1 961 - San Sebastlan de Ga­ critora Selene Espínola Correia Re­


rabandal (Espanha). diocese de Sa­ g inato. existe excelente obra. já
tandér. A Virgem apareceu a 4 em 6.' edição. aoreciada oela Se­
meninas coincidentemente todas cretaria de Estado do Vaticano.
elas tendo 12 anos: Maria Concep­
cion Gonzales (Conchita) ; Jacinta
Gonzalez GonzaiPz; Maria Dolores No:a: Nossa Senhora n!lo tem "prefe­
Mazon (Lola. Lol i ta) ; e Maria Cruz rências " . nas aparições, por este ou aque­
Gonzalez (Mari-Cruz). - Apesar le lugar, tal pais, bem como por
ou qual

dos Gonzalez no nome de 3 delas, esta ou aquela etária. se homem


faixa

não têm qua1quer parentesco. - ou mulher. preto ou branco: simplesmen­

Apareceu também o Anjo, e as te aparece aqui ou a l i , onda Ela acha


videntes comungaram de suas melhor, acha bom para a m3lor glória ex­
mãos, (como aconteceu em Fátima, tema do aeu Divino Filho. - No Braall

- 43 -
J8 H tem noticiado aparlç8es, relltllndo 1 98 1 - Diocese de Mostar, na
n
ape as que a veracidade desses aconte­ Bosnla-Erzegóvira paróquia de Med­
cimentos os coloquem na evidência, sig­ jugorge, Iugoslávia, desde o dia
n ificado e valor de tantos outros; espe­ 24 de junho de 1981 foi palco, dia­
ra-se, portanto. provem sua veracidade para riamente, por longo espaço de tem­
serem aprovados: Bento G onçalves ( Bai rro po da aparições de Nossa Semhora
Borgo , Porto AlegrOJ, em 1950 - Cava s , a um grupo de jovens: Vicka lvan­
Pa raguaçú de Mi nas - S. Pe d ro de Pai· kovic (21 anos), M i rjiana Dragice­
m elras (esteve lá celebrando Missa o Pe. vic ( 1 9 anos). Marija Pavlovic (20
Romeu Ribeiro de Faria. S. J. e as Irmãs anos), Ivan Dragicevic (20 anos,
do Co lég i o Santos Anjos , da Tijuca. Rio. e não é irmão de M i rjiana), lvanka
Murlaé/Ponte Nova. em Minas Gerais lnovankovic ( 1 9 anos) e Jakov Co­
VIlas Bose, Munlcfplo de Gulrlcema, lo ( 1 0 anos). - Essas aparições
na chamada Santa Montanha (nome posto apresentam uma riqueza enorme de
pela Virgem), de 1966 a 1981 , mensagens pormenores. - Começou a ter " lo­
que os Slcerdotes, Pe. José G. Di as , Pe. cuções Interiores" a menina Jale­
i
Em i l es Soares da Silva e Pe. Fre Benigno na Vasjly, aumentando assim o
Olssel deposltoram crédito e dlvulgaram­ grupo para 7 componentes. -
·nas com piedade mariana. - em Cajueiros Medjugorge (= entre montanhas)
(Sitio da Guarda), diocese de Pesquei ra é o nome da elevação onde apa­
(Pernambuco) aparlçllo às men i nas Maria receu Nossa Senhora e lâ existe
da Luz e M a ria da Conceição. em 1936 - um Cruzeiro, agora local de cons­
época em que Lampllio e seus cangaceiros tantes e numerosas peregrinações,
aaso lavam a região - mostrou as mãos embora com restrições da polícia
sangrando. Hoje. a outrora me n i na Maria comunista, como era de esperar. ­
da Luz é a Re l igiosa Irmã Adélla, que As aparições ocorreram regular­
Jé recebeu n o mesmo lug ar, Serra da mente nos anos de 1 982, 83, 84 e
Ororobá, mensagens, a 6-8-78; 9-3-85 e seguiram em 1 985 com promessa
31 -8-85, que o Pe. José Kehrle vira em de continuarem em 1986. - A pa­
1936. lavra Mlr (= paz em croata) tem
aparecido junto ao Cruzeiro e no
céu, em muitas das aparições. -
� impressionante a transformação
espiritual operada na população lo­
1 968 - Zeltoun (= azeite, azel· cal e em todos que vão até Med­
tona), Egito, diversas vezes Noss:J jugorge. - Um exemplo: todos os
Senhora apareceu de forma um tan­ aparelhos de TV são desligados
to Inusitada - não andando. mas diariamente às 18 h, quando do
como que deslizando - no telhado Ange/us. o tradicional "momento
da Igreja de S �a. Maria, no su�úr­ de Maria."
bio do Cairo. Ela foi vista por
muitos motoristas e mecamcooi
muçulmanos; eles lhe falavam e
Ela os ouviu sorridente, enquanto
Nota - O Pe. Tom l slav Vlaslé, re mete
a multidão crescia. Vários foram
os dias que a cena se repetiu -
a quem solicitar, a publicação MedJugorge
em Mensagens, Edições Boa-Nova, Samel ro
a 2 de abril foi o começo - e ss
"visitas" se repetiram nas 32 fes­ - Cod. 4700. Braga (Portugal). - Iden­
ticamente o fazem: M aria Antonla Auchlm
tas litúrgicas do calendário ma­
- Av. imlrlm. 642 - 2.• and. - apto. 21
riano oriental. - O Patriarca capta
- Bairro lmlrlm (SP) - Cep. 02464 -
de Alexandria, Kirios VI. publicou
declaração " reconhecendo com Tel. (011) 298-0083 - e tb. Yolanda Pa·
checo - Rua Augusto Tortoreio Araújo,
grande fé e alegria que a Bem­
309 - Altos de Sant'Ana - cep. 02040
-aventurada Virgem Maria aparece­
(SP) - Tal. (0111 298-1313. - Prestam-se
ra diversas vezes de forma clara,
com multas testemunhas e qud a I nformar: Pe. Va i érl o Al berton, S J (Je­
essa bênção venha a ser sinal de su it•s do Rio Grande do Sul) e o casal
·paz para o mundo e prosperidade Or. OsmAnlo/Adalglsa (Cons. de RanovaçAo
para as ·Nações". Carismática Nacional e Internacional).

- 44 -
1 981- Klbého, diocese de Stefano, Bayslde, San Glovannl Ao­
Butaire, Ruanda, um dos menores tendo, Coromoto e Eisemberg). -
países da Afrlca moderna, vizinho Alude aos estigmatizados: Tereza
de Burandl e Uganda, aí a Virgem Newmann, Pe. Pio e Pe. Glno. __;,
escolheu para aparecer a 3 meni­ E há severa queixa das Inúmeras
nas dum colégio, Isto desde o dia comunhões sacrílegas que aumen­
28 de novembro, às 1 2 ,35 h. deten­ tam dia para dia. - Fala da "cru­
do-se primeiramente à Alfonsina cifixão da Santa Igreja.
Mamureke; falou-lhe na l ingua lo­
cal - Kengarwana - prometendo LAG RI MAÇAO - Embora não
voltar. - E fê-lo, no ano seguinte, sendo aparições corporais ou vi­
12 de janei ro, abordando a aluna sões, no sentido anatõmico, cons­
Anatália. - Seguidamente foi Ma­ titui fisicamente a manifestação de
ria Clara a ser agraciada com a uma presença, o ter Nossa Senho­
"visita" da Virgem ( 1 .• de março). ra, em diversos lugares e ocasiões
- Estes acontecimentos mudaram vertido lágrima humana, no fenô­
completamente os hábitos não só meno ou mi lagre dito lacr. mação,
da população de Kibého, de Butai­ ou seja a Virgem não fala, mas
re, de Luanda, mas dos países li­ chora. - Existe mensagem mais
mítrofes e vizinhos: Zaire, Tan­ eloqüente do que as lágrimas de
zânia e os dois já supracitados . mãe?
- Em fevereiro de 1 983 o Bispo
de Butaire escreveu bela Carta
Pastoral comentando os fatos. - Slracusa, Sicília (Itál ia), 1 953,
Mas de comover mesmo é o aconteceu na casa de " mamma"
caso de Valentina: a Virgem, em Giusta (via degli Orti ) . às 8,30 h,
junho de 1985 pediu-lhe que aju­ da imagem de gesso (alto relevo
dasse a uma velha doente e de­ embutido num quadro) do Imacula­
samparada. Então a jovem deixou do Coração de Maria, grossas lá­
a sua família, transferindo-se 40 grimas brotaram no dia 25 de agos­
kms. distante. onde está em com­ to: o fenômeno repetiu-se 4 dias
panhia da anciã. Faz-lhe tudo. in­ depois, 4 de agosto e 1 .• de setem­
clusive cultiva pequena horta, apa­ bro às 1 1 h. - A Ciência pronun­
nha lenha distante e água na fonte ciou-se, por solicitação das auto­
e cuida das feridas da doente, pois ridades eclesiásticas, e o fez po­
a velhinha é leprosa, coitada. sitivamente. - A construção do
Santuário foi relativamente rápida
1 994 - Austrália. Está escri­ e se ergue majestoso. sendo dos
to, por V. del Vai , na revista Ma­ maiores e mais belos da Europa,
ria Mensageira (págs. 8/ 1 0) que grande centro de peregrinações
"também na Austrália a Virgem que vão a " Madona delle Lacrime,
aparece . . . " - Apresentou-se co­ render-lhe louvor, pedir e agrade­
mo Nossa Senhora da Arca e o cer graças.
vidente chama-se Pedrinho. - Fora
9 aparições: 2 e 1 3 de fevereiro;
1 ." de março; 18 de maio; 13 e 29 Caserta (Itália), na casa da es­
de junho; 4 e 6 de setembro, e, tlpmatizada Teresa Musco (via Ba­
finalmente, 26 de outubro. - Den­ tistessa, 24, cerca da Piazza Mar­
tre um mundo de coisas i nteressan­ cato. constatou-se lacrimação das
tes sublinham-se algumas : aben­ imagens de N. S. de Fátima e de
çoa a todos que levaram a sério as Lourdes; foram as lágrimas exami­
aparições verídicas; pede a união nadas pelo Dr. Franco Guarino e
de todos os videntes; alude a di­ outros colegas seus que atestaram
versas aplwr:oes antecedentes, que tinham sabor de lágrima h�
com espnctalldade: Fátima. Lour­ mana. Teresa Musco faleceu em
des. La Salette, Guadalupe. Gara­ 1 976 e é tida por muitos, como das
bandal. Montlchiari, Tre Fontana. maiores místicas de todos os tem­
Medjugorge [inclui ainda: Porto pos, sendo dessa opinião o céle-

- 45 -
bre marlólogo, Pe. Gabriel Aos­ por vias naturais". - O que, de
chlni - recentemente falecido - natural, puderam atestar, foi a pro­
e o Card. Siri. Teresa Musco era, cedência da imagem, que vem da
desde menininha, g rande devota de Alemanha e ali se produzem em
Nossa Senhora que lhe apareceu massa. - O I nspetor da polícia,
diversas vezes. Seus estigmas, Michel Koopieters, levou sua mu­
mormente os das mãos, a princípio lher e filhos, para venerar a ima­
eram invisíveis, mas depois visí­ gem, impressionadísslmo com o
veis, dar trazer as mãos sempre acontecimento.
enfaixadas, pois também sangra­
vam.
Chicago (USA), junho de 1984;
declaração peremptória do Pe. Pay­
Adrano, Catãnia, próximo ao
mond J. Jasinsky, pároco da Igreja
Etna (Itália), a 8 de dezembro d e
de S. João de Deus, no que é
1 980, festa da Imaculada Concei­
acompanhado pelo diácono Milton
ção, na casa do padeiro da locali­
Decker: " Certamente é um fenô­
dade, Fil ippo Orofino, de 40 anos,
meno sobrenatura l ; eu vi as lágri­
a i magem de Nossa Senhora de
mas claramente durante a Missa,
Fátima e de Cristo (sangue) tive­
em 3 dias consecutivas, mas com­
ram lacrimação, Filippo faz o pão
pete às autoridades superiores de­
dos seus fregueses na própria re­
terminarem se é milagre genuíno."
sidência (via Rignati , 1 5, no que
- A imagem é de madeira e ime­
é ajudado pela filha mais velha,
diatamente após (72 horas) o fato
Maria Concetta, de 15 anos, en­
acontecido foi comunicado ao Car­
quanto sua mulher, Angela Man­
deal Joseph Bernadim, que após 5
gione, de 39 anos, cuida dos outros
dias enviou o Bispo Auxiliar, Al­
6 filhos: 3 meninas e 3 meninos ( a
fred I. Abramovicz a fim de tudo
caçula, Catarina tinha na época 3
investigar; já foi adiantado que na­
anos). - O pároco local , Pe. An­
da se espere fora do prazo de um
tonio Santangelo. por ser testemu­
ano, quando então será enviado
nha ocular do fenômeno atesta a
a Santa Sé, em Roma.
veracidade do que chama de mi­
lagre. - O Prefeito, Siro Sardo,
adiantando-se às autoridades da Nota - O ) ornai O Catolicismo noti ­
Igreja ( é a primeira vez que tal ciou as seguintes l a crimações : em 1972,
[EE.UU .). Imagem de N . S.
acontece em casos assim), or­ Nova Orleans
denou, além do interrogatório do de Fátima Peregrina; 28-7- 1977. em Da­
padeiro Orofino, seus familiares , e masco [Sirla); 22-4-1979, em V i l a Soalhei­
testemunhas, a análise em labora­ ro [Portuga l ) . lmag�m de N. S. das Ne­
tório especializado. de tudo refe­ cessidades; 13·5-1982, em Granada ( Espa­
rente ao fenômeno. nha), Imagem da Virgem das Lágrimas.

Maasmechelen ( Bélgica), a 8
de agosto de 1 983, na casa da Sra. APOCRIFOS - (do gr. apo­
M a ria Linden, de 58 anos, cente­ kryphos = o�ulto, sem autentici­
nas de pessoas foram ver as lá­ dade, falso), diz-se dos livros não
grimas que brotaram de uma có­ canônicos. i é . , não elencados na
pia, em plástico, da Vi rgem, na Bíblia; por conterem parcialmente
representação da Rosa Místfca a verdade, pelo fantasioso de mul­
(aparições de Montichiari) ; a esta­ tas narrativas, pelas arbitrariedades
tuazinha tem 70 em e fora ad­ e erros foram considerados faltos
qui rida um ano antes. - O radio­ da i nspiração divi na . - São al­
logista Dr. Erik Ballaux e colegas guns. não raras vezes. fonte histó­
seus d e Bruxelas. aos quais en­ rica ou de costumes e hábitos, da
carregou de analisar as lágrimas, qual, com especiais reservas nos
declararam que "o extraordinário servimos para não perigar a pure­
fenômeno não pode ser explicado za doutrinária da Fé. Contendo

- 46 -
narrativas l igadas ao Antigo Test. mas â ·pombin h a e ó ran'lo de o l i­
alguns dos principais são: L.vro veira. Ver este subverbete e mais
dos Jubileus - Livros de Adão e Pomba, em Antigo Testamento.
Eva - Martírio de /saias - Carta
de Aristéia - Livros de Enoc -
Testamento dos 12 Patriarcas -
Oráculos Sibllinos - Assunção de ARCO-IRI S - Símbolo de Ma­
Moisés. - Referentes ao Novo ria, como s i nal de reconciliação,
Test.: "Prato-evangelho de Tiago penhor de bonança. Ver este sub­
(fonte dos nomes e fatos de Joa­ verbete em Antigo Testamento.
quim e Ana, da Apresentação e
posterior entrega da Santa Menina
no Templo, esponsais de José e
Maria com detalhes sobre a flora­ ARTE - Através da história
ção do bastão do carpinteiro, por­ das Artes, fácil é de se constatar
menores da angústia de S. José, que a Virgem Maria foi sempre
descrição da Viagem de fuga para uma das maiores fontes de inspi­
o Egito). - "História de José, o ração, principalmente na Pintura,
carpinteiro" (fantasiosa narrativa na Escultura e na Música. - "As
sobre a vida do esposo de Maria pri m e i ras representações de Marta
até sua morte diante de Jesus e foram as Virgem Orante, das Ca­
assunção de sua alma; l ivro de tacumbas, nas quais a Mãe de
origem egípcia). - "O nascimen­ Deus aparece, de pé, sozinha,
to de Maria". - "Discurso de S. orando de braços [alevantados] e
João, o Espiritual" (texto grego so­ abertos, conforme era costume na
bre a "dormitio"). - Muitos são época". (cfr. Bibliografia, n.• 25).
os Evangelhos: de S. Tomé, de S. Somente no séc. V, após o Concí­
Pedro, de N icodemos, de Bartolo­ lio de Éfeso, é que foram divulga­
meu etc. (no de Tomé, p. ex., nar­ das :;tS imagens [ ícones] de Nossa
ra-se a infância de Jesus com fa­ Senhora sentada, com o Menino J e­
tos até repelentes). - Atos, Epís­ sus ao colo, cópias de um " retra­
tolas e Apocalipses, são também to" da Virgem atribuído a S. Lu­
numerosos: Atos de André, d3 To­ cas (assim como se atribui a Nico­
mé, de Paulo, de Pedro, de Felipe; demos, que, dizem, era escultor,
Epístola aos laodicenses, as 14 a estátua de N. S. do Amparo. d e
entre Paulo e Sêneca. a Epístola Lamêgo - Portugal -). - A íco­
dos Apóstolos etc. - Quanto aos ne dita de S. Lucas. em estilo bi­
Apocalipses, contêm pomposas zantino, pintada sobre madeira
descrições do Juízo Final e são (também se fazia de mosaico), tem
atribuídos a Pedro, a Paulo e a cópias nos quadros de N . S. das
Tomé. - A Igreja não proíbe a Neves, de N. S. do Perpétuo So­
leitura dos apócrifos, desde q!.le corro, no de Chestokova, etc.( • ) -
se façam as devidas restrições Contrariamente as ícones, as pin­
críticas. turas e esculturas na Arte româ­
nica (após o séc. X) apresentam
Nossa Senhora de forma majestá­
ARCA DA ALIANÇA - Símbo­ tica, como Rainha, sentada no tro­
lo de Maria como peça toda, bem no e não na posição de orante
como em suas partes componen­ antigo. Ela e Seu Divino Filho, ge­
tes. - Ver este subverbete em ralmente trazem coroa e éetro, bem
Antigo Testamento. como o globo terrestre, s ignifican�
do domlnio, reàleza. !: dito de tal
estilo. ser odiqtria, i.é .. "com Ma­
ria caminho, via, condutora" Os ar­
ARCA DE NO!: - São figuras tistas primitivos enfocavam mais o
de Maria não apenas a embarca­ aspecto oracional. - "A Renascen­
ção inteira - que salvou por indi­ ça, o desenvolvimento artístico, e,
cação divina, Noé e os seus posteriormente o aparecimento das

- 47 -
ãrtes grá ficas e ó progresso das ARVORE - Se da árvore, qué
artes plásticas, m uito contribui­ tinha o fruto do Bem e do Mal,
rem para divulgar as imagens [qua­ Eva acarretou-nos a condenação,
Maria nos trouxe Jesus que mor­
dros, iluminuras, letras capitulares, rendo noutra árvore (o madeiro da
vinhetas, logotipos] de Maria e Cruz), trouxe-nos a salvação. Ver
multiplicá-las quase ao Infinito de o subverbete Arvore da Vida, em
modo ser hoje praticamente im­ Antigo Testamento.
possível encontrar-se uma capela,
adro, uma estampa, uma estátua, ASSOCIAÇOES MARIANAS
uma imagem de claustro, oratório, " . . . ecce enin ex hoc beatam me
família [sem falar em igrejas e dicent omnes generationes (eis
santuários] que não possua um que doravante todas as gerações
quadro, Nossa Senhora" (cfr. BI­ me chamarão Bem-aventurada) -
bliografia, n.• 25) - Na Arte Sacra, t claro que para amar e louvar
portanto, Maria Ssma. constitui um Nossa Senhora, proclamar o seu
culto e divulgar suas graças não
belo capítulo todo especia l : a arte
se faz necessário o ingresso nesta
mariana. E não se olvide a contri­
ou naquela confraria, a que nos
buição dos "Vitraux", o concurso filiemos em tal ou qual movimen­
do a rtesanato. o contributo do ci­ to ou associação. Individualmente,
nema, do teatro (cenografia), gra­ sozinho posso e devo fazer muito
vadores, desenhistas, aquarelas, ar­ para inserir-me como humilde pe­
quitetura. filatélia (selos), numis­ ça da profecia que a própria Vir­
mática (moeda), ex-llbris, heráldi­ gem proferiu (toda profecia tem co­
ca, e, modernamente, o audiovi­ mo autor Deus que usa como seu
instrumento o profeta). - Inegável
sual e computuração; do ponto de
é, porém, que. através de uma
vista classificatório não deixa, afi­
associação ( = união no amor para
nal de ser uma manifestação plás­ a consecução de um objetivo) terei
tico-artística. - V. os verbetes : sumamente facilitado o atingimento
Poesia - Música - Escultura - a que me proponho. - Contingen­
Santuários. tes variados, mas de um só exérci­
to - o de Maria Ssma. - as asso­
ciações, confrarias, movimentos,
grupos e comunidades, antigas ou
novas, se consoantes o Sentire
cum Ecclesiae, merecem elogios e
l�ota: A ícone chamada VIrgem de aplausos aqui na Terra, e no Céu
Jerusalém. que se acha em Moscou não as bênçãos e g raças que o serão
é uma cópia. pois dizem ter sido pin­
de predileção. - Ao bem-aventu­
tado diretamente por S. Lucas, 15 anoa
rado Pedro de Honestis (Séc. XII),
após a Assunção; a lcone foi levada. no
se deve as primei ras tentativas da
ano 453. para Constantinopla pelo Impe­
rador Leão I e dai teria sido transferida
fundação. na Igreja Nossa Senhora,
para Kiev. por São Vladimir. no ano 899.
em Porto de Ravena, de uma con­
- Em 1571 o Tzar Ivan IV, o Terrivel traria chamada (e destinada) aos
levou-a para Moscou. entronizando-a na Filhos e Filhas de Maria: os mem­
Catedral de Assunção (hoje Kremllm). A bros traziam como distintivo uma
outra ícone cognoml nada VIrgem da Vla­ medalha pendente do pescoço em
dimir. embora valiosa. é uma reprodução uma fita azul . e . uma faixa azul-e­
- das tentas cópias - dada por um Pa­ branca na cintura. Essa confraria
triarca de Constantinopla ao Príncipe russo ou pia un ão durou vários séculos e
Georges Dolgorouk l . (cfr. trabalho do Pe. foi tamanho o seu incremento que
M. J. Roquêt, S.J.) Papas, Cardeais, Bispos, Reis, lm-

- 48 -
peradores, Prrnclpes e altas perso­ ela ao grande número de peregri­
nalidades procuravam a ela perten­ nos franceses que demandavam
cer. - Na Idade Média, porém, aos l ugares sagrados (prestou
não vicejaram. - No Séc. XVI é enormes serviços no Congresso
que vieram resurgir: 1 563 as Con­ Eucarístico Internacional de Jeru­
gregações Marianas e 1 594 as As­ salém, em 1 893). - Hoje o setor
sociações das Filhas de Maria Ima­ N. S. de França, graças ao Tratado
culada. --Por ordem alfabética eis de Mytilene ( 1 9 1 1 ) desenvolve In­
as mais conhecidas: tensa atividade, Inclusive de "ho­
telaria" (durante a 1 .' G rande Guer­
- Apóstolos de Maria (com ra serviu de Seminário). Depois
sede em Portugal). Tem como As­ da 2.' Grande Guerra acudiu os
sistente Nacional o Pe. Manuel An­ refugiados. - Em presença dos
tunes, residente em Fátima). V. Chefes Religiosos dos 7 ritos de
Cruzados de Fátima e Exército Azul Jerusalém, o Delegado da Santa Sé,
de Fátima. Card . Terence J. Cook (Arceb. de
New York), promulgou por decisão
do Papa João Paulo 1 1 , o Centro
- Associação das Filhas de N. S. de Jerusalém, " I nstituto Pon­
Maria Imaculada - Em 1 594 o tifício" ( 1 978).
- Atualmente, en·
Bem-aventurado Pedro Fourrler, Pá­ tre suas múltiplas atividades, cul·
roco de Mataincourt (França) pro­ da da ampliação para hospedagens,
moveu Iniciativas para o reapareci­ organiza um departamento ecumê­
mento das confrarias marianas de­ nico.
saparecidas na Idade Média. -
Após declarações da vidente, Sta.
Catarina Labouré, ao seu confes­
sor. Pe. João Mari<J Aladel, foi que, - Comunidade Magniflcat -

consoantes estas palavras: " A Vir­ Com sede em Castel deii'Alpi ( Bo­
gem Ssma. quer que fundeis uma lonha - Itália), é um centro aber·
associação; vós sereis seu dire­ to o ano todo a indivíduos ou a
tor". é uma confraria de Filhas de pequenos grupos para a oração a
Maria . ", é que erlgiu-se, após contemplação, mormente sobre
1 830. confrarias em todas as Casas Nossa Senhora.
confiadas as Filhas da Caridade de
S. Vicente de Paulo (que tinha sido
congregado mariano). - Comunidade N. S. da VIda
Litúrgica - Com sede em R .D.2.
- Associação dos Legionários - Box 500 - Bloomingdale, Ohlo
de N. S. Auxilladora (sediada no 439 1 0 - USA, sob direção espi­
Colégio Salesiano de Santa Rosa ritual do Pe. Francis Marino, S.M.,
- Niterói - RJ) , fundada há 50 desenvolve apostolado através de
anos pelo Pe. Emrl io Miotti. escritos, desenhos litúrgicos, acon­
selhamento, ensino, pregação, gru­
po de oração, vida contemplativa,
- Associação Maria dos Sa­ tudo centrado com profundidade
crários - Seu fundador. Pe. José l itúrgica.
Maria Rúbio, que nasceu em Dalia
e exerceu seu apostolado em Ma­
drid, e morreu em Aranjues ( 1 929),
foi recentemente declarado Vene­ - Confrarias (e Irmandades)
rável, pela Sag. Cong. das Causas Como principais o Pe. Roschinl
dos Santos. elenea as segu i ntes : Irmandade do
Rosário - de N . S. das Dores -
de N. S. do Carmo - de N. S. das
- Centro N. S. de Jerusalém G raças - do Coração lm�c. de
( lnst. Pontifício), fundado na Terra Maria - de Maria Consoladora ou
Santa em 1 882 pelos PP. Assucio­ Consolata - de N. S. Rainha dos
nistas, ao início para dar assistên- Corações - de N. S. do Ssmo.

- 48 -
Coraçlo - de N. S. do Ssmo. Sa­ Pio XII,. e um Secretariado entre­
cramento - de N. S. da Boa Mor­ gue aos Jesuítas) funciona em Ro­
te - de N . S. Mãe da Divina Pro­ ma: Borgo S. Spirito, 5; o órgão
vidência - e das 3 Ave-Marias. orientador outrora a revista Acles
Ordinata, é, atualmente, o boletim
- Congregação Maria!1a -
Progressio. - Promove Congres­
Surgida em 1 563 (fundadur: Pe. sos (encontros de seus dirigentes
João Leunis( * ) jovem professor de e promotores) mais ou menos de
gramática ( Línguas) do Colégio Ro­ 4 em 4 anos em países previa­
mano, da Companhia de Jesus. Já mente escolhidos, e, o mais pro­
axlstlra, de própria iniciativa de ximamente estabelecido será em
Sto. I nácio de Loyola associação d r:l Loyola (Espanha). terra daquele
1 2 homens com Regras semelhan­ considerado pelo saudoso Card. D.
tes (Pe. Jerônimo Nadai, notícia. Jaime de Barros Câmara (foi Assis­
em 1 549. confrarias desse tipo na tente Nacional) como o "avó" das
Sicilia), e, anteriormente a Sto. Congregações Marianas.
I nácio, eram conhecidos, na Itál ia
os Colégios da Virgem Maria (cer­
tamente o Pe. Leunis pertencerél, na
(•)
J . : "Ce Jeune
Nota de rodapé na obra do Pe.
juventude, a um desses Sodalí· Antonio Maurel, S. Rellgletlx
cios). - Nestes 422 anos as Con­
ae nommelt Jeen Léon: 11 ételt de Llége,
gregações Marianas deram à I gre­ dans la Belglque. Ouelques auteurs l'ppel·
j a : cerra de 60 Santos, beatos e lent Jean-Léon Flammlngue. Le mot ltallen
veneráveis - perto de uma dezena Flamand, Indulte
de fundadores (Ds) de Ordens, Ins­
Flamingo, Belge, les a en
erreur. Son nom de famllle étalt Léon
titutos e " famílias" Religiosas
(Joennea Leonlua, LeOcllensls)" ' . - cfr. La

os últimos 1 6 ou 1 8 Pontífices per­


Chrjtlen l!clalre sur la nature et l'usage
tence ram à Cong regações Maria·
d.. lndulgances, p. 291 - J. B. Pélegaud ,
na , um sem número de Cardeais,
Parls/Lyon 1 3 ' ed. 1861 .
de Bispos e de Sacerdotes também
- -

- os seminários tiveram a í verda­


deiras sementeiras, a celeiro de - Congregação Universal da
Reis : Imperadores, Príncipes, Pre­
vocacões sacerdotais e reli giosas. Santa Casa de Loreto - fundada
por Dom Tomáso Gallucci (Bispo
sidentes e Chefes de Estados bus­ e Adm. Apost. de Loreto) e Frei
caram as fileiras marianas em Pedro Maria Málaga, ofm Cap. pa­
g rande número e a relação de Ar­ ra " espalhar cada vez mais este
tistas como Poetas, Músicos, Pin­ ninho da Encarnação" (há 600 anos
tores, Escultores de renome inter­ existe o culto, aprovado pela Igre­
nacional ati nge a casa das cente­ ja, a Casa de· Loreto - ver ver­
nas - Cientistas e I nventores, bete). - Os papas Leão X I I I (bre­
são. também inúmeros - Viden­ ve de 3-7-1 883) e Pio X (breve de
tes (a de Lourdes) - mestres da 21-7-1906) , enriqueceram com mui­
Espiritualidade (Monfort) e tantos tos privilégios e indulgências esta
outros luminares da Igreja perten­
associação que recebe adultos e
ceram as hastes das Congregações crianças de ambos os sexos, inclu­
Marianas. - Dentre as centenas sive falecidos para terem sufraga­
de documentos eclesiásticos ema­ das suas almas (como a de lngols­
nados do Magistério de Roma e tat, na Alemanha, no tocante à
das Cúrias locais sobressaem o Missa). - No Brasil a inscrição
Bula de Ouro "G/or;osae Domina e poderá ser feita através da lg. N .
e a Constituição Apostólica Bis S . de Loreto - Vila Medeiros
Saeculari Díe. - O Contingente Cx. Postal. 1 301 S. Paulo.
deste verdadeiro " ' exército azul de
-

Maria", atingiu em todo o mundo


a cifra apreciável de 7 milhões ! - - Cruzada Abençoemo-nos Por
A sede mundial do movimento (que Maria Com sede em Apsrecida
-

possui uma Federação, fundada por do Norte (SP), já conta para mais

50 -
de 20 mil Inscritos desde que co­ ria Grlgnon de Monfort, traçado na
meçou a propagação ( 1 979) , sim­ Verdadeira Devoção à Maria. -
ples e fácil de se obter o ingresso Propõe-se a participar na missão
na mesma: " . abençoar" em nos­ apostólica da Igreja com robusta
sa época mais do que nunca, onde fá e ex:>eriência de vida, proja�o
a vida dos povos e a vida individual do maturidade cristã que requer a
é convulsionada com tantas e tão " presença" de Maria que leva até
profundas crises. - Tornar-se uma Jesus. - As reuniõe!l são ordina­
bênção viva num mundo materia­ riamente quinzenais para formação
lista ( . . . ) Em tal época precisa-se e informação mariana. - A con­
de uma legião de almas generosas tribuição é, sobretudo. apostól ica.
l.jue querem pôr um dique ao mal" O órgão oficial é a excelente re­
- O inscrito recebe os benefícios vista mariana Madre e Regina
da Missa Semanal especialmente (Centro Mariano Monfortano
celebrada nesta intencão, · bem co­ Via Romagna, 44." Roma). - O
mo a Carta-Circular de doutrina­ inscrito participa do espírito e
ção (do monge cisterciense alemão obras da Família Monfortana, so­
Leopoido Bertsch, traduzida pela bretudo dos frutos espirituais da
Irmã Filomena, Canisiana) - são Santa Missa que os PP. Monfor­
encontradas também já em 4 vols. tanos celebram aos 1 .•s domingos
da Edit. Santuário de Aparecida - do mês pelos benfeitores e de­
A coniribuição financeira é com­ funtos da Congregação.
pletamente l ivre, podendo filiar-se
sacerdotes e leigos, homens, mu­
lheres e crianças com uso da ra­
zão. - Rua França Souza, 58 - - Legião de Maria - Fundada
Cx. P. 12 - Aparecida (1 2570) SP. pelo Abade Toher e o func. da Fa­
zenda (congregado mariano) Frank
Duff, falecido com 92 anos, após o
- Cruzados de Fátima - veja Cone. Vat. 11, onde tomou parte, nas
Apóstolos de Maria (com sede em comissões do Dec. Aposto/lcam Ac­
Portugal) . tuositatem e a.• cap. da Lumen Gen­
tlum), a 7 de setembro de 1 92 1 ,
_
20 h , Myra House, e m Dublim ( Bel­
- Equipes de Nossa Senhora glca). - Inspirados no livro de mon·
Depois da França, o Brasil é o tort, Tratado da Verdadeira Devoção
país onde mais se propagaram as
à Maria, fê-la para suplementar a
Equipes de Nossa Senhora: mais
obra de outro congregado mariano,
de 800 membros e cerca de 6.000
casais (de 12 Regiões, 58 Setores Frederico Ozanam, com as suas
e 21 Coordenações) do Rio, Minas . Conferências Vicentinas (são, por­
S. Paulo, Pará, Amazonas, Paraná, tanto, "pri mas-i rmãs" as CC.MM., a
Sta. Catarina, Rio G. do Sul e Dis­ Legião e as Conf. Vicentinas). - A
trito Federal. - Promove encontros Legião conta com cerca de 1 25
regulares (EACRE) em variados mil núcleos no mundo, sendo 6
pontos do território nacional . - mil no Brasil. - Em sua nomen­
clatura usa denominações em latim
(como no exército Romano) Prae­
Exército Azul de Fátima - sldla - Curiae - Comltlum - Se­
Ver Apóstolos de Maria e Cruzados natus - ConcJI/um Legionis - Re­
de Fátima. glae - Catena Legionfs - lncola
Marlae - Perlgrinatfo pro Christo
- Acles - Exploratio Dominicalis
Grupo Mariano - Associação - e o próprio nome que é Leglo
eclesial que revive, em forma Marlae, sob a figura do Divino
atualizada, a Associação de Ma­ Espfrito Santo e sobre a I magem
ria Rainha dos Corações, da qual de N. S. das Graças ( M edianeira),
adotou os antigos estatutos. - A num Vexl/lum (= estandarte) , à
espiritualidade é a de S. Luiz Ma- guisa dos ostentados pelas legiões

- 51
romanas. - O órgão oficial traz TV). - Aos parques gráficos e ou­
o seu nome - e no Brasil existe tros complexos apostólicos, São
em 23 Estados (3 Senatus - 5 Maximiliano denominava Cidade de
Reglae - 643 Curlae - 9.1 85 - Maria. - t órgão oficial a revista
Conta com membros. Ativos: Cavalheiro da Imaculada -. Infor­
1 1 7.440 e Auxi l iares: 468.765. - mações: Missão Católica de S. Ma­
Expediente no Rio: R. Benjar.•in ximiliano Maria Kolbe - Frades
Constant, 23 s/523 - G l ória Franciscanos Conventuals - Jar­
Cep. 20241 - Tel. 224-1 873. dim Imaculada - 77.222 , Cidade
(Gol Via DF. -
- Marlápolís (= Cidade de · ·

Maria) - Chiara Lubich, durante


a 2.' lirande Guerra fundou na, Itá­ - Movimento Sacerdotal Ma­
l ia , o movimento focolarino (já em riano - Nascido no Mês de Ma­
1 46 países) com o objetivo prin­ ria, dia 8 exatamente, do ano de
cipal de "construir a unidade na 1 972, sob i nspiração de Nossa Se­
Igreja e no Mundo". - Uma vez nhora, em Fátima, quando Pe. Este­
por ano promove um encontro cog­ vão (Stéfano) Gobb i , resolveu em­
nomlnado Marlápo/Js, ou seja, uma preender o g ra n d e projeto dli aju­
" cidade" (tipo acampamento), com da espiritual aos sacerdotes de to­
" habitantes de todas as Idades, do o mundo. A Idéia do movimen­
níveis sociais, raças e procedên­ to viera-lhe quando concel ebrava.
cia. O 1 .• foi em 1 949, nos Alpes em Nazaré, na Basílica da Anun­
italianos ; em 1 955, após visita a ciação. Já em julho de 1 973, Pe.
Irmã Lúcia, realizou-se em Fátima, Gobbi recebia as primei ras "locu­
com mais d e 1 .000 pessoas dos 5 ções Interiores", base do movi­
Continentes. - No Bras i l , onde o mento. - No fim de 1 973 , em San
Movimento dos Focolares vai cres­ Vitorino Romano (Santuário dedi­
cendo muito, já tem, a exemplo cado a N. S. de Fátima) real izava-se
da Maríápo/is Lopiano (em Floren­ a 1 .' Reun ião do então Movimento
ça), já tem a sua fixa, em Cotia Sacerdotal Mariano que, milagro­
,

(S. Paulo), Mariapo/is Aracelí, com samente vem crescendo no mun­


grande afluência. - Em Aparecida do todo; nestes 1 5 anos já se re­
do Norte ( 1 9/23 de julho de 1 982) gistram mais ou menos: 2.700 (Itá­
e em Divinópolis (ju lho de 1 984) l ia) - 5.300 (demais países euro­
foram realizadas Marlápolis exl­ peus) - 7.000 (Américas) - 1 .500
tuosas: presenças de 1 7 m i l e (Asla) e 1 .300 (Atrcia). estatísticas
1 .400 pessoas, respectivamente, de já de mui to superadas, pois levan­
27 Nações, e 9 idiomas diferentes. tadas há 2 anos a trás . - O mo­
- Ao todo já s e realizaram 1 2 vimento é aberto aos leigos e o
Mariápo/is n o Brasil. - Na Ale­ opúsculo com as "locuções interio­
manha organiza-se um centro que res Nossa Senhora aos Sacerdo­
",

promoverá Mariápolis ecumênicas , tes seus Filhos Prediletos, já em


o que espera fazer no Rio G. do 6.' edição, com mensagens de
Sul, a CNBB. - 7-7-73 a 1 .0-7-83, e outros infor­
mes, pode ser obtido: lnst. Mis­
sionário Coração lmac. de Maria
- Mlflcla da Conceição Ima­ ( I MCIM) - Cx. P. 92 - José Bo­
culada - Fundada, em 1 9 1 7 pelo nifácio ( 1 5200) S. Pau lo).
agora canonizado Pe. Maxim i liano
M. Kolbe, frade menor conventual ,
que os nazistas sacrificaram no
Campo de Concentração de Aus­ Oblatos de Maria Imaculada -
chwltz (Alemanha), dedica-se de Associação fundada e ereta em
modo precípuo ao apostolado da 1 964, nos EE.UU., contando Já com
boa Imprensa, I . é . , meios de co­ 7.000 membros. A sede é no
municação social (Jornal/Revista/ Santuário de N. S. da Neve (Bel­
Livro - Rádio - audiovisual leville, lllinols). - Na mais re-

- 52 -'-
cante convenção que os Oblatos briel Roschlnl forneceu, quando
tiveram no Santuário, aprofundou­ ainda em vida, a relação a seguir:
se a responsabilidade do aposto­ Carmelitas - I rmãos de Maria de
lado: "Diante do sofrimento alheio Monte Carmelo (aprov. 1 226) -
geralmente nos penalizamos, de­ MQrcedários ( 1 21 8) - Servos d e
ploramos . . mas é preciso fazer Maria ( 1 233) - Clérigos Regula­
algo mais ; e o momento é che­ res da Mãe de Deus ( 1 574) - PP.
gado". - Os Oblatos de Maria M issionários da Companhia de Ma­
Imaculada atendem prioritariamente ria ou Monfortanos ( 1 705) - Obla­
os doentes, sobretudo se são crô­ tos de Maria Imaculada ( 1 8 1 6) -·

nicos. - Oblatos de Maria VIrgem ( 1 815) -


Sociedade de Maria ou Marianistas
( 1 8 1 7) - Sociedade de Maria ou
- Ordens Terceiras (estrita­ Maristas (1 822) - Filhos de Ma­
mente marianas) - As principais ria Imaculada ou Pavonlanos ( 1 82 1 -
são : a dos Carmelitas - a dos 1 847) - Agostinianos da Assun­
Servos de Maria (Servitas) - e a ção ou Assuncionistas ( 1 845) -
dos Mercedárlos ( N . S. das Mer­ Fi lhos da Bem-Aventurada Virgem
cês). de Luçon ( 1 828)- M issionários da
Imaculada de Lourdes ( 1 848) -
M issionários Filhos do Coração
- Pia União das Filh;,s d e Ma­ !mac . de Maria ou Claretlanos
ria - Deve sua origem à Asso­ ( 1 849) - M issionários de N . S. da
ciação das Filhas de Maria I ma­ Salette ( 1 852) - Cônegos Regula­
culada, com a qual é comumente
res da lmac. Conceição ( 1 866) -
confundida (até mesmo com as
Sacerdotes de Maria de Tinche­
Congregações Marianas Femininas
isto acontece). Na paróquia de Sta . bray ( 1 85 1 ) - Cong. do Coração
Inês, fora dos muros em Roma , é l mac. de Maria ou M issionários de
que atingiram pleno desenvolvi­ Scheut ( 1 862) - 3.° Capuchinhos
mento, vindo do germe estabeleci­ de N. S. das Dores ( 1 889) - Fi­
do nas Casas das Irmãs da Cari­ lhos de Maria lmac. ( 1 866) -
dade, de S. Vicente de Paulo. Em Cong. dos Clérigos Regulares Ma­
1864 foram estabelecidas canoni­ rianos ( 1 670) - Irmãos de N. S.
camente pelo Pe. Alberto Passerl, da M isericórdia ( 1 830) - Peque­
Cônego Regular da mesma Ordem nos Irmãos de Maria ou Maristas
a que pertencera o bem-aventura­ das Escolas ( 1 8 1 7) - I rmãos Hos­
do Pe. Pedro de Honestis e Pe. Pe­ pitaleiros Filhos da lmac. Concel­
dro l=ourrler. Fundadores marianos. ç5o ou Concepcionistas ( 1 891). -
Em 1 6-1-1866 recebeu o sodalíclo Muitos destes Institutos têm o seu
da paróquia de Sta. Inês a digni­ ramo feminino. - Acrescentamos:
dade de Primaria, e pela breve de lnst. da Consolata para as M issões
4-2-1874, a faculdade de agregar Estrangeiras - Sociedade Maryk­
todas as Pias Uniões existentes nol para as Missões Estrangeiras
e por existir. Leão XIII ampliou - Cong. do Espírito Santo e lmac.
grandemente este e outros favo­ Coração de Maria - Cong. dos
res. - O órgão oficial é a revis­ PP. Marianos (fundados na Polônia.
ta Salve Regina. - luta para cons­ pelo Pe. Stal islau Papczynski , em
tituir, no Brasil, uma Confederação, 1 696) - Cong. Franciscanas Mis­
já existindo nas dioceses as Fede­ sionárias de Maria (fundada por
rações. - No Rio de Janeiro, fun­ Maria da Paixão, em 6-1-1 877, na
ciona à Rua Debret, 2316 1 5 - Tel. lndia) - Cong. das I rmãs Rasaria­
221 -6805 - Castelo - Cep. nas (fundada em 1 928, em Sri Lan­
20030. ka, lndia) - Irmandade Evangélica
de Maria (fundada por M adre Ba­
siléa Schi link, em Darmstadt, Ale·
CongregaçõesIOrdensIIns­ manha - no Brasi l : Cx. Postal.
titutos de Religiosos - O Pe. Ga- 3440 (80000) Curitiba - PA.

- 53 -
A U RORA - Devido ao seu te (Séc. V) e no Ocidente (Séc.
esplendor de beleza, ao preceder VII) essas duas "saudações" apa­
a luz do dia, pronunciar o brilho, recem unidas; e nessa mesma épo­
a luz, o raiar do Sol (Cristo Jesus ) , ca introduziu-se o nome da VIrgem:
é figura de Maria. V e r este sub­ Maria (que o anjo não disse) . -
verbete em Antigo Testamento. O nome Jesus, que se segue as
palavras ventrls tu/ só foi incluído
na fórmula no Séc. VIl (Oriente) e
AVE - cumprimento latino Séc. XII (Ocidente). - A 2." par­
muito comum (:::= salve, sauda­ te - Santa Maria - foi acrescen­
ções ) ; especialmente usada pelos tad<J à 1 ." parte, no S é c. XIV, assim
súditos e palacianos romanos, era mesmo com variantes. Na forma
a Interjeição: "Avel eu te saúdo". completa, a Ave-Maria só é do­
- Se fosse soldado, perfilava-se cumentada numa poesia acróstica
l evantando o braço direito e segui­ do servita, Pe. Gasparino Borro
damente golpeava o peito. - Tra­ (t 1 498) . portanto, há 485 anos . -
duzia servidão, prontidão, lealda­ O uso, a difusão mais ampla. uni­
de. - f'Ja arena do Coliseu, antes versalização em todas as Igrejas
do martírio pelas feras, os cris­ e ritos, se deve a São Pio V que
tãos, por altiva ironia e derradeira aprovou a fórmula definitiva, Inse­
prova de fé no seu Deus, excla­ riu-a no Breviário Romano e orde­
mavam: "Ave! César, mor/tere te nou aos sacerdotes que a reci­
salutem." - Na versão Vulgata tassem antes das Horas do Ofício
da B íblia, é a expressão dita pelo Divino. - Ave-Maria diz-se ainda
anjo ao anunciar a Virgem da sua das contas pequenas do Rosário/
escolha para a maternidade divina. Terço e do toque dos sinos ao
- M uito utilizada pelos pregado­ Angelus. - expressões populares:
res e comentadores é o anagrama 1/geirinho como Ave-Maria (= rá·
formado com o nome da nossa pri­ pldo, curto. depressa); saber co­
meira mãe: Eva/Ave. - mo a Ave-Maria (= com seguran­
ça, de cor. de memória); "Ave-MEl­
ria!" (espanto, alivio, alegria). (cfr.
AVE-MARIA - A Ave-Maria. Bibliografia obra n.• 1 e 2. - V.
antes de chegar a recitação n a verbetes e subverbetes: Ave
forma atual percorreu um longo ca­ Angelus - Saudação angélica -
m i nho através dos Séculos que ou­ Rosário/Terço.
samos resumir assim : Com toda
probabi lidade a saudação de S. Ga­
briel [Ave( . . }tecum] e a de Sta. Nota - L6grlm81 de Noaaa Senhora
Isabel [benedicta ( . } ventris tu i] , (a continha Av•Marla com a qual se fa·
ora uma, ora outra, os fiéis, repetin­ zem terço em muitos lugares) é a mls·
do-as, oracionalmente, o faziam sanga orlglndrla d'Afrlca, Inclusivo ali·
por natural imitação. - No Orien- mentlcla, quando ainda verde.

" M ais do que nunca Maria Ssma. está viva e presente, Ela não é um mito
religioso, ou figura l ltero/folclórlca, não é uma personagem de ficção, mas
criatura singularíssima, de presença constante, viz!nha da gente, próxima
de nós ; tanto mais vizinha e próxima quanto mais amada. Porém, para ser
amada carece ser conhecida".
(tema do retiro pregado pelo Autor, em trlduo preparatório para os 85 anos de C . M . da
lg. Matriz de Sant'Ana, cognomlnada "Prima Prlm6rla Carioca" - Rio)

- &4 -
B
BEL�M (heb. bêt'lahem = ca­ na) - Mansidão - Fome e Sede
sa do pão) - Aldeia inexpressiva de Justiça - Misericórdia - Pu­
até o nascimento de Cristo, mais reza de Coração - Paz de Esp/­
conhecida como Efráta ( = frutuo­ rito - Perseguição sofrida pela
so). - Belém de Judá era a terra Justiça. - M ediante estas Bem­
de casa de Davi e ali tiveram lu­ aventuranças, que Maria as teve em
gar a unção do rei-salmista-profeta, Si em grau superabundante - atos
bem como o feito dos seus valen­ perfeitos das Virtudes e dos Dons
tes irrompendo nas fileiras dos fi­ do Espírito Santo, - Maria tem
listeus para tirarem a água dos de ser, forçosamente, feliz (Bem­
poços em seu poder. - Dista 8 aventurada) e, já estando na bem­
km de Jerusalém . AI, atualmen­ aventurança eterna, é-nos penhor
te, está a formosíssima Igreja da dessa felicidade que almejamos go­
Natividade, construlda durante as zar com Ela junto a Jesus, seu
Cruzadas (no local da primeira Divino Filho. V. verbetes: Dons do
construída pela mãe de Constan­ Esp. Santo - Frutos do Esp. San­
tino (t 327), Sta. Helena: aí, o pai to - Virtudes.
da Vulgata. S. Jerônimo construiu
um convento. Jamais foi possível BIBLIOTECA (Mariana) - Des­
escavações pelos arqueólogos, de­ de o séc. XVI I I a mais antiga
vido a uma série de injunções po­ biblioteca mariana, e também a
lítico-religiosas dos credos ali se­ maior, do mundo, sediava-se em
diados. Portugal (seu acervo, unido a mui­
tos outros encontra-se no Santuá­
rio de Fátima). Atualmente a maior
BELEZA [física) - Fisicamen­ mesmo, de mais rico acervo e di­
te, também de perfeição absoluta, versificada é a que surgiu e m
não se encontra termos de com­ 1 943 em Dayton (USA) com mais
paroção pora se aquil itar da be­ de 60.000 volumes de temas ma­
leza exterior de Nossa Senhora . riológicos, crescendo ao ritmo de
A Liturgia canta: " toda bela és 1 .500 a 2.000 títulos por ano. Não
Maria ! ", conseqüência lógica do é exclusivamente uma grande ca ­
''toda cheia de graça" - V. o sa de livros, mas constitui verda·
subverbete Beleza Física/Corpo. deiro e util íssimo centro de do­
inserido no verbete: Pessoa. cumentação marial; recolhe tam­
bém quadros, imagens, estampas.
postais. fotografias, diapositivos.
BEM-AVENTURADA - � CO· fi l mes, "slides", material audiovi­
mo os Doutores da Igreja, os San­ sual, "santinhos", cartazes, selos
tos Padres, os comentadores e e, catalogados em centenas de
'l<egetas costumam e preferem pastas-orquivos. uma massa de re­
i:: h 2.mar Nossa Senhora devido o C:Jites de publ icações do mundo
profUndo e alto significado teoló­ todo. Está, port:mto, apta a satls­
n ' co d0SSe apelativo. Bem-aventu· f r:zer as neces:.; ;d<:ldcs de todos os
rc.dn (feliz) porque recebeu no dr.votos e estud iosos, bem como
m.:is e l evado grau as Bem-aventu­ nt:.mdcr oo mais PXigsnte pesquiza­
ranç<ls, originadas da Pob rez a de dnr. - Quando em 1 953 completou
Es,?irito (distituição. ausência to· 1 0 2nos de fundada , adquiriu o vo­
tnl e nbsobta de ambição munda- lioso. acervo de 1 0.000 obras, sen·
do que 6.500 exemplares tinham vida alguma reflete o grande apre­
pertencido ao bibliotecário de Lyon ço do Papa pelo Insigne mariano,
(França) Leon Clugnet (1 848-1920). S. Luiz Maria Grlgmon de Monfort
cfr. L'Osservatore Romano, (da escola de esplritualidade fran­
1 2-6-1983. - No Brasil, algo seme­ cesa (Seminário de S. Sulpicio e
lhante será a Academia Marlal, em Berulle), que no seu Tratado
fundada por ocasião do 1 1 .• Cong. da Verdadeira Devoção e Maria, na­
Eucarístico Nacional, em Aparecida quela "escravidão de amor" pro­
(SP) e funcionando na Torre da clama; "O quanto é feliz quem dé
Basilica nova ( t t .• and.). tudo à Maria, e à Maria se en­
trega e se abandona em tudo e
BRASAO (mariano do Papa) - por tudol Ele é, com tudo de Ma­
"O brasão que João Paulo 1 1 esco­ ria e Maria é toda sua." (n.• 1 79) ­
lheu para o seu pontificado, pro­ E, quando reitera o pensamento e
põe-se, antes de tudo, ser uma palavras de S. Bernardo e S. Boa­
homenagem ao mistério central do ventura: Sono tutto tuo e quanto ho
Cristianismo: Redenção; represen­ tutto ti eppartiene [ó Virgem Be­
ta-o uma Cruz, cuja forma não cor­ nedetta! ] (n.• 2 1 6) - � o que está
responde a nenhuma dos habituais na Bíblia: Tuus tatus ego sum, et
modelos heráldicos afins. A ra­ omnia mea tua sunt (sou todo teu
zão da insólita deslocação da parte e tudo que é meu te pertence). -
vertical da Cruz (stipes) é fácil de Aliás, os membros da Arquicon­
ver e aceitar se se considera que frarla de Maria Rainha dos Cora­
foi para acolher o segundo objeto ções, podiam lucrar uma Indulgên­
Inserido no brasão: M de Maria, cia de "300 dias todas as vezes
maiúsculo, majestoso, sob e haste que repetiam: Sou todo vosso e
horizontal [patibufum) , recordando tudo que possuo vos pertence, ó
a presença de Nossa Senhora ao meu amável Jesus, por Maria, vos­
pé da Cruz (Stabat Mater) e a sua sa Mãe Ssma." (Vant. e privilégio
excepcional participação na Reden­ n.• 3). - A mesma l i nha verifica­
ção. Deste modo se manifesta a mos no SI 1 1 8,94: Tuus sum ego,
i ntensa devoção do Pontífice à salvum me fac! (Eu vos pertenço
Ssma. Virgem, tendo-o a confir­ [Maria ] , salvai-me!) - Mas o mo­
má-lo expressamente o mote: Totus te ganha mesmo relevo quando
Tuus. que o acompanha desde Or­ buscamos paralelismo ou conota­
dinário da Prov. Eclesiástica de Cra­ ção, ou paráfrase na divina fala da
cóvia, onde está o célebre san­ Cruz: . . . filius tuus
" Mater
tuário mariano de Chestochowa, tua . . . " - De certa forma, no bra­
sendo também sua divisa como são de Pio X I I está figurada Nossa
Cardeal Wojtyla". (cpd do que es­ Senhora no sfmbolo da Pombinha
creveu o Pe. Romeu Ribeiro de da Paz (e Maria é a Rainha da Paz);
Faria, S . J . . na 4." de capa do nos­ o enfoque é diretamente a Paz,
so l ivro, cfr. Obras do Autor, con­ inclusive devido ao seu nome de
tra-capa: Puebfa-Joiio Paulo li-Ma­ família nobre Pacelfl ( = pequena
ria. - O mote Totus tuus. sem dú- paz).
• • •

"Nasceu Maria! Universal Alegria!"


(slogan vencedor no concurso lnstltuldo pela Conf. Nac. e Federa�o das CC.MM. para os
festejos dos 2.000 anos do nascimento de Nossa Senhora, no Rio de Janeiro, apresentado pelo
Autor com o pseudônimo da Daniel. e que foi Inserido no cartaz oficial também em croquis
elaborado pelo Autor)

"Jamais faltará alegria na Terra, enquanto palpitar um coraçlo da mia;


e o que nos é Maria no Céu e na Terra?"
(Cardeal Mlndzenty, no livro "Mie", esgotado)

- se -
c
CARISMAS/DONS - A Ssma. viajantes gregos. Ao lado da me­
Virgem recebeu - segundo S. To­ sa havia uma bála [ manjedoura de
más de Aquino - em hábito ( -= animais] de madeira. para o ju­
potência) e em ato (manifestamen­ mentinho. Ele era, como que, um
te), carismas, ou seja, dons e gra­ membro da família, multo Impor­
ças ou favores gratuitos tais co­ tante [ajudava nos trabalhos do­
mo: a palavra da sabedoria - a mésticos, como por exemplo, no
palavra da ciência - o dom da transporte] O burrico era afagado
Fé - o da cura - o dos milagres com ternura e amado; até se con­
(embora a Bíblia não mencione ne­ versava com ele [que abanava as
nhum) - o da profecia (exemplo orelhas e batia a cauda como que
maior: Magnlflcat; mas profecia respondendo ! ] Sacos e vasi lhas
também significa ensinar) - o des­ com alimentos cru ou já pre­
cernimento dos espíritos - o dom parados, bem como, o odre de vi­
das línguas e das interpretações. nho pendiam da parede, perto da
- Todos estes dons , caríssi mas, única janela." - Talhas de pedra
favores e graças eram convenien­ e bilhas de barro/cerâmica esta­
tes à sua condição de Mãe de vam d ispostas perto do fogão con­
Deus e missão de correndetora. - forme a serventia da água: se pa­
V. os verbetes: Alma - Dons do ra a higiene corporal ou abluções
Esp. Santo - Frutos do Esp. San­ e lavagem de pequenas peças do
to - Virtudes - Bem-aventurada. vestuário ou se para o uso da co­
zinha. - Enroladas e de pé, ficavam
num canto da parte superior da ca­
CASA (de Nossa Senhora) - sa, as esteiras de dormir, no chão
"A casa de Maria, como quase to­ alguns judeus usam catre ou estra­
das as outras, era pequena e l o­ do, dito " l eito") . - Tudo arru­
calizada numa colina em Nazaré. madlnho numa casa multe pobre
Havia na frente uma soleira de e modesta, mas era como diz o
pedra ( . . . J Para se entrar, em­ povo: um brinco. - (cfr. Biblio­
purrava-se uma cortina ( . J O In­ grafia obras sob os n.•s 3, 1 2 e
Santa Casa de
_ .

terior consistia de 2 cõmodos; o 45), e o verbete:


da frente era a oficina de José Loreto.
[com multas ferramentas do seu
oficio e uma banca] . No segundo
cômodo havia um fogão da terra­ CASAMENTO - Os costumes
batida (_ _ . ) Cozinhava-se ali no ( ritos/cerimônias) matrimoniais d':ls
Interior revestido de pedra [o pão, judeus de há 2.000 anos atrás es­
a broa e bolinhos. tão da especiali­ tão devidamente registrados; cons­
dade e gosto das donas-de-casa tituíam-se de 3 etapas bem distin­
judias] A família dormia no pavi­ tas : t .•) negociações dos Interes­
mento de cima [espécie de terra­ sados , i . é . , pais ou c hefes de
ço] Havia [embaixo] uma mesa clãs (na falta destes, funcionavam
[mais ou menos grande] Não ha­ os parentes mais próximos ou tu­
via cadeiras porque somente os tores). - Estabelecia-se o chama­
judeus ricos sentavam para comer do dote (trocas ou verdadeiras
e haviam aprendido Isso com os compras e vendas de bens e pro-

- 57 -
prl edades, tudo como num negócio lógico e já p e l a Fé que ali está
qualquer). Esta fase poderia durar documentada de modo el oqü ente,
meses e até mesmo um ano, com mostrando o modo de ser dos pri­
encontros, reuniões, demandas, meiros cristãos. - Aos que ten­
sem necessidade ou obrigatorieda­ tam negar não ter sido Nossa Se­
de do conhecimento e presença nhora cultuada desde os primór­
dos noivos. - 2.') a etapa dita dios, e que sua veneração é Inven­
qddushin (desponsório, I . é . . noiva­ ção bem posterior, uma " vlslt l nha"
do), consumava-se na Corte (Tem­ i>s catacumbas é um riqulssimo
plo) perante autoridade competen­ manancial, fonte cristalina e abun­
te o compromisso forma l . onde. dante das mais belas provas da
I mplícita e explicitamente constava posi ção si n gu l ar da Virgem: Ca­
a finalidade do casamento a partir tacumba de Prlscila (via Salário) ,
daquele contrato (ketubbah). Exem­ a pintura mai s antiga de Nossa
plo: só pelo "decreto de repúdio" Senhora (primeira metade do séc.
(= divórcio) poderia livrar-se da 1 1 ) . Maria e o Menino, e, apontan­
noiva; esta, em caso de i nfidelida­ do-a. (os arqueó!ogos querem que a
de, poderia ser apedrejada; em al­ figura que o faz seja o Profeta
gumas cidades - Nazaré excl u fa­ Isaías: Eis que uma Virgem con­
·Se da relação desde há 500 anos ceberá e dará â luz). mas outros
- a co-habitação e união conjugal pesquisadores acham que seja
era permitida no período qddushin.
Balaão (Um astro sairá de Jacó). ­
- O comum, nesta 2.' fase era, ao
A chamada "Virgem de Sta. P ris­
final dos atos, cada qual seguir
cila" tem o seu valor dogmético
para suas casas. - 3.") chegava-se
não menor do que o artístico. -
ao nfssu'in, ou seja, bodas, de fato
o dia do casamento, quando o noi­ Ainda na Catacumba de Sta. Pris­
vo (agora si m , esposo) levava em cila, também do Séc. 11 - uma
cortejo festivo a sua mu lher (es­ "epifân i a" - uma Anunciação -
posa) para sua c::; �a. Fazia-se en­ uma Virgem orante - uma Virgem
tão, mesmo c s do menos posses, sentada com o Menino - Adora­
uma grande festa. Obv!amente, ção dos Magos , com a presença
com diferenças de circunst5nrias. de Balaão - e metade do Séc. 1 1 1 .
assim sucedeu com o cél�<Jmento uma Virgem velante. - N a Cata­
de Maria e Jo:;õ, p ois o C'Jél ngol is­ cumba de Domitilia. do Séc. 1 1 1 :
ta (MI 1 ,1 8-2 1 ) alude apenas a Maria com Isaías - Epifãnia, com
etapa dita qddushln. - O jovem <! S f::�ces de Maria cobertas - e,
Agapo, também candidato a espo­ do Sé:c. IV, a Virgem e o Profeta
sar M a ria. não escolhido. quebrou Miquéias. - Catacumba de São
a vara (Ver quadro de Murilo). fato Caiíxto, do Séc. 1 11, uma "epifania"
consignado num trabalho de Aclyr - Catacumba de São Sebastião
Ama ra l . no Serra - Tijuca. - ver (Vi a Apia Antiga) . dos Sécs. 1 1 1/IV,
os verbetes: Esponsais e o Apên­ a Virgem com o Menino. - Nas
d i c e : Cronologia Biográfica. outras várias catacumbas, diversas
cenas da Anunciação e "epifânlas"
- Nos graffittos (inscrições feitas
sobre o reboco com um instru­
mento pontiagudo) do chamado
CATACUM BAS (do gr. Katá = M11ro-g e Muro Vermelho, achados
para baixo + Kymbê = escava­ junto a Memória Petrl. nas grutas
ção) - Eram os cemitérios sub­ Vaticanas, entrelaçados os nomes
terrllneos de Roma, utilizados pe­ de Cristo-Pedro-Maria: abreviado
los p r i me iro s cristãos p ara as reu­ ?.laumas veze s e outr11s por ex­
niões e culto, a fim de escaparem tenso mesmo. Gera lmente o no­
à fúria dos perseguidores. - SI­ me da Ssma. Virgem está unido
tios, hoje, para a Igreja, de valor apenas ao de Cristo e noutrns V(')·
Inestimável, já pelas obras a rtrs­ zes com o de Pedro, p rovando que
tlcas de precioso conteúdo arqueo- em R'Jma. jó no final do Séc 1 11

- 58 -
e principio do IV no culto comu­ reu, não à maneira dos outros ho­
nitário estavam associados o Re­ mens, nem mesmo à maneira dos
dentor, o seu primeiro VIgário ( Pa­ maiores santos que pelo Amor;
pa) e a VIrgem Ssma. - Num morreu para passar, com o seu
desses graffitos os 3 nomes estão próprio corpo, deste nosso mun­
claramente unidos num brado de VI­ do para o M undo Superior." (cfr.
tória: Nlca [Vince] Ch[risto] Ma­ Bibliografia, n.• 42). - " M aria
ria Pe [tro] ou assim: NICA [Vin­ Ssma. morreu no amor, morreu por
citl Chr[istus] Maria Petrus. (en­ amor, mas sobretudo de amor, o
tre colchetes, em corpo claro, está amor foi a causa da sua morte.
a complementação daquilo que no Morrendo no amor, M a ria morreu
"graffito aparece abreviado, aqui, como Mãe dos homens. Morrendo
em itál ico/grifo) . - Nas Catacum­ por amor Ela morreu como Rainha
bas romanas encontramos os tra­ dos mártires. [testemunhas, devo­
ços do culto a Nossa Senhora, pro­ tos Dela] Morrendo de amor, Ela
va cabal contra aqueles que acu­ morreu como Mãe de Deus. � a
sam a Igreja de ter " i nventado" única morte que lhe convinha, e
esta forma de promoção da Vir­ que podia separar a alma de seu
gem. corpo." (cfr., Bibliografia, n.• 1 0) .
v. verbetes: Assunção - Dormi­
ção - Morte e Túmulo.

CAUSA MORTIS - De quê?


Como morreu Nossa Senhora? -
Todos os que têm se ocupado CóDIGO DE DIREITO CANO­
desse ponto são unânimes: de NICO - Estabelecido pelo Papa
amor. - Não foi de doença alguma, Bento XV, em 1 9 1 7, teve vigência
não foi dos costumeiros achaques até nossos dias com pequenos re­
da velhice (aliás, os sinais da an­ paros ( 1 926 e 1 939). Em 1 959
clanidade não se lhe notaram). -
-

João XXII I nomeou comissão para


São discordantes os autores quan­ reformá-lo. - João Paulo 1 1 , em
to a idade da Virgem; por ocasião
25-5-1 983 promulgou a nova reda­
do Pentecostes estimam grande
ção em caráter provisório, cujo
parte deles que atingira 47 anos
prazo foi vencido em dezembro d e
e permaneceu ainda 25 anos na
1 984. - N o texto juridico para to­
Terra; Ela terminou sua carreira
terrena aos 72 anos (cfr. na Biblio­ da a Igreja, que trata da devoção
grafia, obra n.• 10). - "A morte aos Santos, das imagens sagra­
da Ssma. VIrgem foi suave, como das e das relíquias, lê-se no cã­
non 1 1 86 (Liv. 4.• 2 ." parte -
o tinha sido a sua vida; Ela vlver'3
-

de amor, Ela morreu de amor. Che­ Título 4.•) : " Para promover a san­
gada ao cume da mais i ncomprc­ tificação do Povo de Deus, a Igre­
ensivel santidade, a sua alma de­ ja recomenda a devoção especial
sapegou-se calmamente do seu san­ e filial dos fiéis, a Bem-aventu­
tisslmo corpo. O seu último SU$· rada sempre Virgem Maria, Miíe
plro foi uma aspiração de amor de Deus, que Cristo constituiu
que A levou como que natural­ Mãe de todos os homens . . . " -
mente até as alturas do Céu." (cfr. 5 cãnones do novo Código ( 1 230
obra supra). - "Preservada do pa­ a 1 234), legislam de forma gené­
cado original, deveria não morrer. rica sobre santuários; mas, como
Se morreu foi, não por necessida­ é sabido, a maior parte deles, es­
de da natureza, não por doença, palhadas pelo mundo afora, estão
não por velhice, mas unicamente dedicados a Nossa Senhora. �

por semelhança com o seu Divino Já no Diretório sobre o Ministério


Filho. E, tal como o Filho não ha­ dos Bispos ( 1 973) da respectiva
via de conhecer a decomposição Sag. Congregação, estavam exara­
do túmulo. A sua came virginal das d i retrizes neste sentido. (cfr.
tornava-se I rmA dos anjos. Mor- n.• 90, b.).

- 59 -
COLIRIDIANOS (do g r . Mãe de Deus toda Santa (56)
Kohhúga = tochas) - Seita quase - Mãe Santisslma (53) - Mãe de
que exclusivamente composta de Deus e do Redentor (53) - Mãe do
mulheres, que na Trácla e Scisla, Filho de Deus (53) Mãe do Sal­
vador (54) - Mãe do A e d entor (54)
-

pelo séc. IV, divulgavam Intensa·


mente a divindade de Maria Ssme. - Mãe de Jesus (56) - Mãe de
procurando torná-la objeto de cul­ Cristo e Mãe dos homens (54) -
to de adoração, promovendo. por· Mãe dos membros do Corpo M lstl­
tanto verdadeira mariolatria; como co (53) - Mãe da Igreja (alce. de
usavam muito as tochas não só clausuramento) - Nossa Mãe na
como elemento do culto, mas tam­ ordem da Graça (61 ) - Modelo de
bém para I luminar os lugares c!o Virgem e Mãe (63) - Virgem de
mesmo, desta denominação aciden­ Nazaré . (56} - VIrgem Bem­
tal advelo o nome principal. -aventurada (66) - Virgem In­
tegra e que puramente guarda
a palavra do Esposo (64) -
Virgem Maria, que rec ebeu o Ver ­

bo de Deus no coração e no corpo


CONC. VATICANO 11 - Nos 22
(53) - Imaculada Virgem (59) -

Concílios Ecumênicos Já real izados Modelo de Virgem (63) - Bem­


aventurada Virg em do Mistério do
na Igreja, nenhum abordou tão am­
Verbo Encarnad o e do Corpo Mls­
plamente Maria como o Vatic. 11
tico (54) Fi l ha Predileta do Pai
-

E dos 1 6 documentos promulgados -

nesta grande assembléia ecleslal, (53) - Filha de Adão (56) - Ex­


c e l sa Filha de Sião (55) - Serva
7 deles se referem à Nossa Se
do Senhor (56) - Sacrário do Es­
­

nhora , destacadamente aquele que


é o centra l , Constituição Dogmá­ pírito Santo (53) - Nova Eva (63)
tica Lumen Gentlum, dedicando-lhe - Casa de Sa l va ç ão (56) - Sinal
todo o Capitulo 8.•. - E, ao clau­ d e e sp e ra n ç a segura (68) - Rainha
surar-se este parlamento Insigne, do Universo (59) - Conforto para
o mundo ouviu exultante o Papa o Povo de Deus (68) - Imune de
outorgar aquele titulo tão ansiado: toda a mancha de pecado (56) -
MBter Ecclesiae. - "O mistério de Membro supereminente e to d a
Maria é Inseparável do mistério de singular da Igreja (53) - Bem-aven­
Cristo, Já o sabiamos ( . . ) Mas turada por causa de Sua Fé na
porque é Inseparável do mistério Salvação prometida (57) Generosa
de Cristo é-o também da Igreja companheira e humilde serva do
( . . . ) Colocada Maria assim, em Senhor (61) Advogada, Auxllla­
dora , Adjutriz, M ed ianeira (6 1 ) -
-

pleno coração da Igreja. aparece,


na Doutrina do Concílio, multo Tipo da Igreja na ordem da Fé. da
mais "do nosso lado". (cfr. na BI­ Caridade e da perfeita união com
bliografia obra n.• 23) . - Os 7 Cristo (63) - Tipo e modelo ex­
d ocumentos conciliares que fazem celente da Fé e da C a ri d a d e (53)
referência a Maria são os seguin­ - Exaltada, depois do Filho, acima
tes: Constituição Sacrosanctum de todos os homens e anjos (68)
Concilium, n.• 1 03 - Dec. Uni­
tatis Redintegratio, n.•s 1 5 e 20- - Exaltada no Céu sobre todos
Decl. Nostra Aetate, n.• 3 - Dec. os bem-aventurados e anjos na co­
Aposto/lcam Actuositatem, n.• 4 - munhão de todos os Santos (69).
Dec. Ad Gentes, 42 - Dec. Pres­
byterorum Ordinis, n.• 1 8 - e Não apenas pode ser recitada
Const. Dogmática Lumen Gentlum, ou cantada esta Ladainha, mas es­
todo o cap. a.•. n.•s 52/69. - Des­ tudada, analisada. reflexionada em
te a.• capitulo compusemos esta círculos, cenáculos e grupos de
ladainha, à guisa da lauretana, ba­ oração.
tizando-a de Conciliar (entre parên­ - São 1 2 I nvocações com este
tesls está o n.• da invocação den­ título que nos Inspira tanta con­
tro do a.• Capitulo) : fiança e amor: Mãe. - Seguem-se

- 60 -
7 vezes aquela prerrogativa tiio do drado amor, como está na esplrl·
gosto da Liturgia: Virgem. - Como tualidade d e S. Luiz Grignon d e
Filha é colocada em nível de ex­ Monfort. - Inúmeras são a s fór-­
mulas ou atos de consagração
celsitude .
- E um desfile radiante,
aprovados pela Igreja (a mais re­
luminoso de títulos e Invocações cente foi a de João Paulo 1 1 , por
nos mostra Nossa Senhora sob uma ocasião do Jubileu da Redenção).
auréola de sublime singularidade .
- Ao promulgar a Const. Dogmá­ - Bela prática que pode e deve
ser feita após o Batismo - 1.•
tica de cujo a.• Cap. extraímos es­ Comunhão - Crisma - 15 anos
ta Ladainha, disse Paulo VI : "É a
primeira vez que um Concílio Ecu­ - Noivado - Casamento, etc. -
mênico apresenta uma síntese tão Ver os verbetes: Devoção - Bra­
extensa da doutrina católica sobre são Papal - Rússia.
o lugar que cabe a Nossa Senhora
no M inistério de Cristo na Igreja"
(cfr. na Bibliografia obra n.• 76).
CORAÇÃO - Se algum cora­
ção na Terra ou no Céu saiu à lm&­
gem e semelhança do coração de
Deus criador como Ele desejou
CONSAGRAÇÃO (do lat. con­
(Gen 1 ,27), este coração foi e é,
sagrare = ato de se dedicar, se­
parar, destinar coisa ou pessoa a sem dúvidas alguma, aquele que
serviço de Deus): consagração pulsa no peito da Virgem Santa .
episcopal; cerimônia de profissão Coração tão semelhante ao de Je­
monástica; dos objetos e para­ sus que Ele, à hora da morte no
mentos retirados do uso protano;
Calvário, nô-la deu por Mãe e en­
vida religiosa em comunidade (ou
não), seguindo, por voto perpétuo tregou-nos como filhos aos cuida­
ou temporário, os conselhos evan­ dos desse coração, na pessoa do
gélicos, destacadamente: pobreza, discípulo amado: ' ' Ecce fillius tuus;
castidade e obediência. - Em sen­ ecce Mater tua" (Jo 1 9-26-27) -
tido absoluto somente a Deus se Duas vezes o evangelista S. Lucas
pode consagrar; entendem-se em
alude ao coração de Nossa Senho­
sentido subordinado, relativo ou
restrito todo e qualquer ato de ra : 1 .' - " Maria aut em conserva­
congração: à Nossa Senhora, aos bat omnia verba haec conferens in
Santos, a lugares, etc . , por que corde" ( Maria conservava todas
está com Deus, onde está Deus, estas palavras em seu coração -

que leva a Deus e Deus está neles 1 , 1 9 ) e, 2.• - " et Mater efus
e com eles. - Realiza a máxima, conservabat omnia verba haec In
o axioma, o lema: Ad /esum per corde (e a sua Mãe conservava
Mar/am, um caso específico da todas estas palavras em seu co­
consagração à Nossa Senhora, es­ rélção - 1 9 ,51 ) Este sfmbolo da
tando dentro de todo o contexto
-

vida, sede de todos os nossos sen­


bíblico - teológico - litúrgico
timentos, amor perfeito e sem
(Ela mesma, Maria Ssma. pediu
pelas, ganha em Maria elevação e
que se consagrasse ao seu Imacula­
do Coração. Indivíduos e Nações) dignidade sem par. - Desde os
primeiros séculos, farta e bela co­
- Não através de meras fórmulas lheita de alusões ao coração de
de puro sentimentalismo como Maria poderá ser feita nos Santos
lembrou Pio XII, mas de sincera. Padres. Doutores da Igreja e teó­
livre e decidida doação por acen- logos, ao referirem à sua vida, li

- 61
sua pessoa e virtudes; entre ou­ belecer no mundo a devoçao ao
tros, Sto. Ambrósio. Sto. Agosti­ seu Coração Imaculado, e prome­
nho, S. Leão Magno, S. João Da­ teu a então pastorinha Lúcia, hoJe
masceno, S. G regório Taumaturgo, Relig!osa Carmcllta descnlça, pro­
Sto. Efrém. - Referem-se de pre­ mete:� a ela (que p�rsonificava evl·
ferência ao coração transpassado dentemente a todos os devotos do
pelas espadas preditas por Sl­ seu coração) : "O meu coração se­
meão; A S. Jerônimo se atribui rá o teu refúgio e o caminho que
estas palavras: . . . quod paes/o­
" te conduzirá a Deus."
nes . in corpore Fi/li, tot vulnera In
corde Maria (quantas feridas no
corpo de Filho, tantas chagas no
coração da Mãe) - A Igreja em
sua Liturgia, os Doutores, Comen­
tadores e Autores eclesiásticos
vão haurir bem longe, nas páginas
do Antigo Testamento, alusões ad­ CORES (Marianas) - As co­
m i ráveis ao coração de Maria, res são essencialmente simbólicas.
quando, como por exemplo, lhe - Na Heráldica tem significado e
aplicam estas palavras, nestes dois valor, que obedecem regras ou câ­
textos: "Ego dormia ete cor meum nones rígidos e universais. - Paí­
vlgi/at (Eu durmo, mas o meu co­ ses, corporações, Institutos, Entl·
ração vigia, vela. - Cant 5,2), e dE.des, Grupamentos, Clubes, Fa­
"Pone me ut slgnacufum super cor míl ias e até individues as usam ca­
tuum (imprime-se como um sinal racterizantes, distintivas. - As
indelével sobre o teu coração -
cores identificam as bandeiras das
Cant 7,6 ) . Se com o coração ma­ nações, deferenciam o brasão, os
terno de toda mãe terrena isto selos, flâmulas ou estandartes,
acontece, ou seja, são vigiadoras, bem como uniformes de grupos,
veladoras Incansáveis, o de Maria facções, clubes, ornamentando
Ssme . , nossa Mãe Celeste, mes­ seus emblemas e escudos. - A
mo dormindo vigia, vel a , palpita, liturgia também adotou a simbo­
porque não deixa um só instante logia das cores. - As "Famílias
de crepitar, isto é, arde, bate, ace­ Religiosas" da mesma forma, pois
so está em viva chama por nós, as Orden3, Congregações e Insti­
noite e d ia. - O Santo cura d'Ars, tutos as têm bem caracterizadas,
São João Batista Vianey, agradeci· procurando também pelas cores re­
do por esta vigilância de Maria, velar o ideal que os anima, im­
fazia-lhe esta prece diária: ó Ma­ pulsiona a todos. - Nossa Se·
ria, que todas as Nações glorifi· nhora, não se sabe exatamente
quem, que toda a terra Invoque e desde quando, mas também Ela
bendiga o vosso coração." - Ao possui cores próprias e simbólicas
nosso agora Beato (e futuro Santo) como as têm os Países, as tribos
José de Anchieta, no seu poema e grupamentos. - Branco e azu l ,
De Beata Virgine. cabe a honra de estas são a s cores d e Nossa Se­
ter sido o primeiro - ele que foi nhora: a cor branca é a cor da
o primeiro num mundo de coisas pureza; lirial, diáfana não existi­
aqui no Brasil - foi o primeiro ria mais apropriada para represen­
que cantou cerca de 6.000 versos tJr Maria, pois Ela é mais pura
em latim), em todas as Américas, que os Anjos, reflexo da Pureza
o coração de Maria. - Na aparição Eterna. - Unida a cor branca, ain·
de 13 de junho de 1 9 1 7 - mês da como de Maria, aparece a cor
de Junho dedicado ao Sagrado Co­ azul, claro ou celeste, lembrando
ração de Jesus - de viva voz, e, o Céu , o mór, o ho;·izon te, os
falando em português (que honra olhos das criancinhas. - Condiz
e ventura para nós de Portuga l , do admiravelmente com Nossa Senho­
Brasil e ex-colônias lusas na Afri· ra, pois a cor azul também aponta
ca ! ) , a própria Virgem pediu esta- a inocência, a tranqüilidade, a man-

- 62 -
sidão, a amabilidade. - Vestida Senhora a uma veneração toda
de azul e branco é que Ela nos singular: llyper, gr. = além e, mai s .
tem visitado: Paris, a Catarina La­ acima + dou/é/a == veneraça o) . -
bouré: Lourdes, a Bernadette Sou· Dentro desse contexto são apon­
birou s : e m r-ãtima. a Francisco, tados as diferent es modalid ades.
Jacinto e Lúcia (esta última ainda os tipos de culto :
entre nós). - Azul e Branco, co­
res de Maria, nas bandeiras das - Culto profético, tol aquele tri­
Associações. nas flores enfeitan­ butado à Virgem mesmo antes
do seus altares nas centenas e dela existir, quando o profeta
centenas de Santuários; nas fitas, Elias viu naquela nuvem que
emblemas, escudos, d isti ntivo das surgia do mar Aquela que tra­
Confrarias, Irmandades, Associa· ria o Messias prometido, e, no
ções e Academias espalhadas mun­ Monte Carmelo (do Carmo),
do afora. - Azul e Branco, cores venerou-se por vez primeira
do Céu, cores de Maria. Nossa Senhora.

Culto littírgico, é aquele que se


CU LTO Define·se como realiza, oficialmente, em nome
aquilo que eu taço interna ou ex­ da Igreja toda. Ora, a esta Igre­
tern<.·mente , o que eu pratico In­ ja total . pertencem não apenas
dividual ou coletivame nte como o s f i é i s que peregrinam nesta
manifestação da virtude da reli­ Tcrrn. m:�s as almas padecentes
gião, i . é . , ação, ato pelo qual de­ do Pmgatório e os santos e
monstro a Deus adoração , honra e ::mios do Céu. A ela pertence
reverente amor, sendo primeiro e sob retudo Cristo, sua cabeça;
eminente culto denomin ado de la­ daqui a grandeza, o significado,
tria [= gr. latré:a = adoração ) . -
a sub!imidade deste culto e
Aos santos e anjos, bem como às sua extraord inária superioridade
coisas sagrada s. devotamo-lhes o em relação a qualquer outro,
chamado culto de dulia (gr. douléia quer individual . quer coletivo.
= veneraç ão). - A Nossa Senho­
ra, por ser a Mãe de Deus e por
- Culto popular, é aquele de ca­
ter-lhe Deus distingu ido com es­
ráter coletivo, que geralmente
peciais e singulares privilégi os
reúne grande massa de fiéis e
(Imacula da Conceição, VIrginda de
que, bem orientado e conduzi­
perpétu a, Assunç ão, Mediaç ão, do. para que não descambe em
etc.), haveria , como de tato tem, folclore e superstições, comple­
um culto superio r aos dos Hn­ menta ds modo muito salutar o
jos e santos, logo abaixo do de culto litúrgico, que de forma
Deus. - Ao gênio do S. Tomás de a ! g i •ma despreza as práticas re­
Aqulno entregou a Igreja expres­ ligiosas de homenagem a Nossa
sar o grau e a natureza desse cul­ Senhora, vindas do povo.
to à Maria sem o perigo de confun­
dir-se com o da divinda de ( Deus:
- Culto privado desde que se­
as 3 Pessoas da Trindad e e à
-

jam práticas conforme as re­


Eucaris tia): "A nenhum a criatura
comendações, normas e leis do
se deve o culto de latrla (adora­
magistério eclesiástico que, no
ção). Sendo a Ssma. Virgem uma
decurso dos séculos, velam pe­
criatur a é eviden te que não se lhe
lo bem espiritual dos fiéis, po­
deve adoração mas apenas venera­
de e deve ser exercido, pois
ção em grau, porém. superior às ou­ "a participação na Sagrada Li­
tras criatu ras, por ser a mãe de turg ia não abarca toda a vida
Deus. Por isso se diz que lhe com­ espiritual ( . . ) o cristão cha­
pete não qualqu er dulla, mas a hl­ mado a rezar em comum deve,
perdu lia." (S. Th. 3 q. 25 a . S) . - não obstante, entrar também no
Este termo do Doutor Angélico é . seu quarto para rezar ao Pai
desde então, a forma técnica que em segredo". (cfr. Const. Sag.
define ê conten to o direito de Nossa Lit. 1 9/20). -

- 63 -
Quanto aos tipos ou categorias "a verdadeira devoção a Maria de­
de manifestações do culto o Cone. ve levar os fiéis a reconhecer a
Vat. 11 enumera 4: Veneração - excelência da Mãe de Deus, e ter
Invocação - Amor e Imitação. - um amor fil ial e Imitar suas vir­
Inclui em Veneração, de modo pre­ tudes ( . . . ) Maria é modelo nAo
cípuo: na Liturgia as Preces Euca­ tanto pelo tipo de vida que le­
rísticas e a celebração de várias vou ( . . . ) ou ambiente em que de­
festas oficiais de Maria que lem­ senrolou sua existência, mas por­
bram dogmas marianos, bem como que nas condições concretas da
passagens da vida de Nossa Se­ sua vida, Ela aderiu total e res­
nhora que estão intimamente liga­ ponsavelmente a Vontade de Deus.
das a Cristo; e , também, as pere­ (cfr. Ex. Marialis Cultus, 35, de
grinações. - Em Invocação situa­ Paulo VI) ; modelo porque reuniu
-se a Ave-Maria, sobretudo em sua em si as características da vida
2.• parte, sendo a i nvocação ma­ feminina: VIrgem, esposa e mãe.
riana mais universal no tempo e Virgem de opção corajosa do amor
no espaço, conseqüentemente, o consagrado. Maria é modelo por­
Rosário: na mesma linha de I nvo­ que mulher forte na pobreza, no
cação Incluem-se as ladainhas, os sofrimento. - 10 modelo de ora­
hinos e antífonas. - Em Amor e ção." (cfr. art. do Pe. João Edu
Imitação encontra-se o cerne, pois dos Santos, SSR ) .

O Arcanjo S. Gabriel, na anunciação, obviamente expressou-se na 1/ngua


que falava Nossa Senhora - aramaico - e o saudoso Pe. Elias Maria Go­
rayeb, maronita, numa de suas obras mostrou-nos, em caracteres latinos, s
pronúncia da Ave-Maria nesse idioma, apondo nas entrelinhas a forma como
é recitada no Líbano. Ver em caracteres slro-caldaico (aramaico} na "janela"
da pág. 71.

- 84 -
D
DEVOÇOES -A meihor for­ Senhora, co;n 7 seqüêrrcias de 7
ma de devoção é a imitação; sem Ave-Marias. Há as de 5 do lm.
Imitação não há verdadeira devo­ Coração de Maria e até de 3. Mo­
ção. O autêntico devoto de Nossa dernamente dizem-nas " m i ni-terço".
Senhora é aquele que Imita as vir­ - V. verbete.
tudes Dela em práticas e exercí­
cios onde sobressai aquela Fé que • Escapulário (do latim sca­
Santa Isabel elogiou em Nossa Se­ pula = ombro) - Panos que, pas­
nhora por ter acreditado e que sando pela cabeça se apóiam, des­
o próprio Jesus também louvou cansam nos ombros à guisa de
quando disseram-na fel iz por tê-lo manto ou capa. - Usam escapulá­
gerado e amamentado. - Em or­ rio, por exemplo, os Carmelitas e
dem alfabética seguem-se as de­ os Beneditinos (inerente ao há­
voções mais universalmente difun­ bito monacal). - Os fiéis usam
didas: numa forma reduzida: tiras de pa­
no ou cordões com as imagens d a
e Angelus - dito também as Virgem e de Cristo nas extremi­
Ave-Marias, prática cujas origens dades. - V. verbete.
se perde nos séculos. V. verbete.
a Hora Mariana - Com a mes­
e Autos de fundo catequé­
-
ma nomenclatura da Hora Santa
ticos, são encenações oracionais, ao Ssmo. Sacramento, pode resu­
dramatizações ou paraliturgias abor­ m i r-se a 30 ou 1 5 m i nutos de vi­
dando episódios bíblicos da vida sita ao altar da Virgem em San­
de Nossa Senhora ou enfoques de tuários famosos e mesmos em igre­
suas virtudes, glórias e prerroga­ jas ou capelas comuns. M uito se
tivas, como a coroação, no mês recomenda a a lunos de colégios
de maio. onde haja capela, a doentes em hos­
pitais que também possuam ca­
e Cenáculo com Maria - Ma­ pela e penitenciárias - Muitas Or­
nhã ou tarde (mais comumente o dens ou Institutos Reli giosos a
dia inteiro) de práticas marianas: têm incluída como parte integrante
palestras, Terço meditado ou o cha­ do horário regulamentar. - Nada
mado "bíblico". cãnticos. caixa-de­ obsta a que, Individualmente, até
-perguntas, encenação etc. - Ins­ mesmo em casa, se proceda a es­
pira-se nas " locuções interiores" ta salutar prática. - E existem as
do fundador do Movimento Sacer­ programações radiofônicas (na Rá­
dotal Mariano, Pe. Stefan (Este­ dio Vera Cruz, no Rio, Luiz Anesi e
vão) Gobbo. - V. verbete: Mov. Homéro Bruce foram pioneiros) ou
Sac. Mariano. de TV com este título, geralmente
e Consagração - � o ato ou às 18 horas.
prática que sintetiza todo o culto
mariano; submissão, entrega to­ e Ladalnha(sJ - Série de 50
tal e perene à Virgem a Serviço da invocações que geralmente se can­
Igreja. V. verbete. ta nas grandes festas marianas,
em latim ou vernáculo e datam de
• Coroinhas - Variadas for­ tempos !memoriais (séc. 111). -

mas de abreviaturas do Terço (que Privativamente constituem excelen­


já é redução do Rosário), como por te plano de meditação, podendo-se
exemplo, a das Dores de Noss·a tomar o seu conteúdo em pontos

- 65 -
seqlienclals: Nome - Ml!ie (nos nas - Prima - Tere/a - Sexta .......

seus variados aspectos) - Virgin­ Noa - Vesperas - e Completas.


dade perpétua - " Figuras" sim­ - Primorosa jóia que rezado, reci­
bólicas (Ant. Test.) - Misericór­ tado, como deve ser, proporciona
dias de Maria - Dignidade, gló­ sa.utnr 'passeio" pelas Sagradas
ria e poder. - V. verbete. Escrituras.
e Medalha Milagrosa Tal
e Peregrinações - Que o po­
-

como o Escapulário, ao seu uso


vo também chama romaria, é uma
devoto, prometeu a Virgem, em 3
das manifestações de devoto amor
aparições a Catarina Labouré (1 830)
à Ssma. Virgem. Praticamente não
favores espirituais; e são tantos
há um país que não tenha o seu
os já verificados. comprovadamen­
centro popular de peregrinação ma­
te. que d11í adveio o cognome:
riana. - São, em gera l , os mais
Medalha Milagrosa. V. verbete
concorridos e acusam, no decorrer
Apar;ções.
do ano. afluência popular que sur­
1111 Mês de Maria - Escolhido preende. - V. verbetes: Peregrina­
como de especial conotação com ção - Aparecida.
Nossa Senhora . primeiramente na
i g reja de S. Maria delta Visitazione e Procissões - O mesmo se
dl Ferrara, Itália, devido a abun­ pode dizer dos deslocamentos,
dância de Fiares (Primavera na ruas, praças e caminhos afora,
Europa), o mês de maio, desde o com o povo acompanhando um
séc. X I I I , tornou-se o Mes de Ma­ andor com imagem de Nossa Se­
ria; durante o seu transcorrer, di­ nhora; existem também as procis­
versas práticas e exercícios ma­ sões marítimas e os "cortejos de
rianos têm lugar nas igrejas e ca­ carros" - São das mais estimadas
pelns, c.ulmimmdo. dia 31 , com a formas populares de devoção, mor­
trad1cional cer:mônia da Coroação mente em cidades interioranas,
dF! Noss� Senhora pdlos "anji­ pois nos centros urbanos o trãn­
nhos. Há uma encíclica Intitulada sito de veículos prejudica multo
Mense Maio. - Outros meses ma­ tais movimentações.
rianos: setembro ( N . S. das Dores)
e outubro (Santo Rosário). e Rosário/Terço - Talvez a
forma maior e mais difundida, mais
e Novena(s) - Como o no­
querida e também fácil, simples
me já indica, são 9 dias de pre­
de exercício ou prática de pieda­
paração à realização de algumas
de mariana . - Ressalte-se que,
das festas do Calendário litúrgico
em diversas aparições, a Vir­
universal e particular. - São inú­
gem i nculca a sua recitação mes­
meras aquelas especiais em louvor
mo diária . - Para facilitar o
e expectativa de datas marianas.
atendimento a este pedido, redu­
onde, precipuamente. recita-se o
ziu-se o Rosário a sua 3." parte
Terço, canta-se a Ladainha e se ou­
(Terço), pois ao invés de medi­
ve uma pregação catequ1tico-pane­
tar-se os 15 Mistérios englobando
gírica. - ótima oportunidade para
1 50 Ave-Marias. contempla-se ape­
desenvolver um esquema ou rotei­
nas 5 dos 15 e reza se 50 Ave-Ma­
ro de formaç5o religiosa abordando
r.as. - V. verbete.
pontos doutrinários de precisão dos
fiéis.
e Sábados Já desde o Séc.
e
-

Pequeno Oficio da lmac. X o sábado é dedicado de modo


Conceição -Remonta há séc�Jios muito especial às práticas maria­
o seu uso, mormente nos meios nas, destacadamente o 1 ." sábado
conventuais, sendo seu divulgador do mês, quando se repara as ofen­
maior por solicitação da Virgem .. sas ao lmacu�ado Coração de Nos­
Sto. Afonso Rodrigues, S. J . ; que sa Senhora, prática que nas apari­
i nclusive deu lhe a forma definitiva. ções de Fátima e noutras, bem co­
- Segue. em sua composição e mo na lacrimação de Siracusa Ela
divisão geral o Oficio Divino: Matl- confirmou. - V. verbete.

66 -
• SeptenArfo elas Dorés - A de finição solene d o magistério d a
coroa ou "Coroinha" de N. S. das Igreja. - Referentemente à No::;sa
Dores é uma forma de devoção Senhora já temos 4 definidos, di­
Idêntica ao Rosário/Terço em sua tos também na linguagem corren­
constituição material e oração: ca­ te, privilégios, prerrogativas ou co­
dela de 7 continhas e uma um pou­ roa de glórias.
co maior. para recitação meditada
em memória das dores de Nossa e Maternidade divina - O
Senhora (existem outras). mais antigo dogma mariano, defi­
nido no Concílio de Éfeso, cidade
e Três Ave-Marias - De acor­ da Asia, no séc. V 22 de junho,
do com reve lações fe i tas a Santa
-

ano 431 - sob o pontificado do


Matilde, a recitação constante e Papa Celestino I, já desde o séc.
piedosa - não mecanicamente - 1 1 1 , no Oriente, era plenamente
de apenas 3 Ave-Marias todas as aceito e defendido por todos os
manhãs e todas as noites e melo fiéis com fé e amor. - Peça mes­
seguro de evitar o pecado, ter a tra da teologia marial: Theotókos,
perseverança final e a assistência i . é . , Mãe de Deus (sendo Mãe d e
de Maria Ssma. na hora da morte .
Cristo, o é também de Deus, pois
Cristo é Deus). Maria é Mãe de
• Tríduo Com o mesmo ca­
Deus, porque Jesus - seu Fi l ho
-

ráter e final idade da Novena -


é PESSOA DIVINA e não pessoa­
preparação para uma festa religio­
-humana ; é o próprio Filho do Eter­
sa - constitui excelente ocasião
de aprofundamento de conhecimen­ no Pai que se fez Homem unindo
to a Nossa Senhora ao ensejo de em sua ú nica-Pessoa (divi na) as
suas festas. Nada impede que duas naturezas: divina e humana! -
mesmo privativamente o devoto o " Maria, por ser Mãe de Deus,
ponha em prática o efetue com
,
tem uma dignidade quase infinita."
grandes frutos em sua própria ca­ (Sto. Tomás de Aquino). - Aná­
sa. tema do Concíl io de Éfeso: Se
alguém confessar que a Santa Vir­
e Via-Matrfs Análogo à
-
gem não é Mãe de Deus, seja con­
Via-Sacra, é devoto exercício que denado. Eis a soleníssima pro­
-

consiste no meditar-se, contemplar clamação do dogma, que fez o po­


7 "estações" constituídas das prin­ vo levar em triunfo todos os Bis­
cipais Dores de Nossa Senhora; pos do Concílio e festejarem o
deve-se sua criação aos Padres fato até o dia seguinte, pelas ruas
Servitas, desde o Século passado. e caminhos da cidade que mais
tarde, após a Ascensão do Senhor,
e V. sitadora (Imagem ou Qua­ I ria acolher Maria por 9 anos, na
dro) - Senão está, com absoluta casa de S. João.
segurança, estabelecido quando e
onde começou esta prática, sem
a menor sombra de dúvida o seu
incremento se deve as aparições
de Fátima. Daí é que surgiram Nota: no que diz respeito a materni­
as imagens fac-simife, peregrinas dade espiritual ,aplique-se que da ma�er­
que, da Cova da iria (Leiria), par­ nldade divina se gerou por conseqüê:1cla
tem a percor rer os mais diversos lógica a espiritual (não foi Maria quem
países, cidades e vilas. - V. ver­ gerou Cristo. cabeça da Igreja? logo. de
bete Fátima . certa forma. gerou os membros dessa lgro­
ja); por conseqüência expl ícita a maternl·
dada esplrl:ual nos vem do legado da
DOGMAS (MAR IANOS) Cruz: " ecce matar tua" (Jo 19.26). -
Verdade de fé contida na Bíblia � a palavra da Cristo. Deus Filho. em
explícita ou implicitamente, e tam­ momento solenfsslmo. após ter-nos d1do
bem na Tradição oral, necessitan­ tudo, todo o seu Sa ngue, deu-nos Sua

do, porém, em certos casos, de mãe como nossa Mãe.

- 97 -
e Imaculada Conceição Exi­ lnlnterrupta da Cristandade· e das
lições dos Padres da Igreja o a.•
-

gência lógica para quem fora esco­


lhida, ab aeterno, para ser a Mãe Concílio de Latrão definiu: "Se al­
d e Deus. Pela ordem hierárquica guém não confessar ( . . . ) que Ma­
considera-se este dogma mariano ria, Mãe de Deus, sem concurso
o mais importante, melhor dizendo, de varão, concebeu do Espírito
o primeiro em colocação, pois sem Santo, e deu à luz l ncorruptlvel­
que estivesse Maria limpa de toda mente, e tenha mantido, depois do
mancha do pecado original (sine parto perpétua e indissolúvel vir­
/abe origina/i concepta) , não pode· gindade, seja excomungado".
ria ser a Mãe de Deus. - Deus,
portanto, em vista dos méritos de Portanto, esta é a verdadeira
Cristo, fê la conceber e ser ge­ fé: Maria foi SEMPRE virgem, Is­
rada, concebida e nascida imacula· to é: Antes do parto, no parto e
da: Tota pu/chra es Maria et ma­ depois do parto.
cuia originalis non est in te, canta
a Liturgia. - O dogma definido e Assunção gloriosa - É a
pelo Papa Pio IX pela bula lnefabi· definição dogmática mariana mais
lis Deus, de 8 de dezembro de recente: Ano Santo de 1 950, a
1 854, já havia-o predito a própria 1 .• de novembro (festa de Todos
Virgem 24 anos antes, na rue du os Santos] . por Pio XI I , através da
Bac, Paris, a Catarina Labouré Bula Munificentissimus Deus.
( 1 830]. esta definição dogmática Foi a resposta afirmativa dos Bis­
de Pio IX, teria dos próprios lábios pos de todo o mundo à consulta
da Virgem, confirmação 4 anos feita pela encíclica Deiparae Vir­
após ( 1 858) , em dial eto dos piri­ gmis, de maio de 1 946. - Já an­
neus, em Lourdes: Que soy era tes, fazendo eco a anos e anos de
lmmaculade Gonceptioun. amorosa tradição, Pio XII dissera:
"Maria, reinando juntamente com
e Virgindade perpétua Co· Seu Filho, resplandece na glória
de corpo e da alma" . (Enc .
-

mo os demais dogmas marianos, o


da virgindade perpétua vai-se en­ Mystici Gorporis Christi, 29/6/ 1 946,
trelaçando, tornando-se parte con­ AAS, 143 p. 248). - E o mesmo
Pontífice, aliás congregado maria­
seguinte, conseqüente, Inerente,
no, disse no dia 15 de agosto de
lógica dos outros. - Nas profecias
1 945, na audiência às senhoras sin­
de Isaías e M iquéias está dito que
dicalizadas: " neste dia a Igre­
" u ma Virgem dará à luz" (a virgem,
ja comemora a assunção de Maria
em heb. almah, que na linguagem
em corpo e alma ao Céu".
bíbl ica significa uma jovem que não
conhece varão (voto feito por Ma­
ria ao ser entregue. com 3 anos, no
templo: áiepartenon = sempre Nota - os corpos dos eleitos serão
virgem). - O dogma, impl icita­ elevados ao céu na hora da ressurreição
mente considera-se definido n o final; a Virgem. porém. logo após o "de­
Concílio de Constantinopla, ano curso da sua vida terrestre" , portanto,
553. sob pontificado do Papa Vir­ com a ressurreição antecipada. foi assun­
gílio (540-555). - O 3." Concílio ta (Pio XII, no documento deflnltórlo do
de Latrão (Roma, 1 1 79), sob pon­ dogma evitou usar a palavra morte). -
tificado de Alexandre 1 1 1 , explicitou, Desde os primórdios da Igreja, a festa da
doutrinária e juridicamente, que a dormitlo (adormecimento, s no , e nAo mor·
o
Igreja condena: 1 ) Maria teria te) celebrava-se no mesmo dia da Assun­
gerado segundo as leis da na­ ção, 15 de agosto. - Ver os verbetea:
tureza: 2) Maria Virgem ao conce­ Dormição, Morta, Rassurrelçio.
ber, não o foi , porém. na hora de
g erar, I é . . dar à l uz: 3) Maria
teria tido outras maternidades fí­ • Mediação universal - Este
sico-biológicas ( i rmãos consangüí­ ensino aind a não foi oficialmen­
neos de Jesus). - Da tradição te definido, mas é amorosamente

- 63 -
crido. - "O fundamento da me­ htf 2.000?" - Como não existe
diação de Maria é a corredenção, nenhum assentamento histórico
I . é . , a sua participação ativa na quanto ao dia, como de resto nem
obra da salvação. Por outro lado, do lugar (até mesmo nem quanto
a corredenção é rigorosamente um aos pais, e temos que nos valer
aspecto particular da Mediação, ou de fontes extrabíbl lcas), o jeito
seja, da cooperação da Ssma. Vir­ é conjecturar, o mais posslvel es­
gem com Deus". (cfr. na Biblio­ tribando-se em dados, costumes e
grafia obra n.• 4). - De especial tradições. E é pelo nascimento d e
menção duas passagens bíblicas Cristo q u e se chega, senão rigoro­
aludidas por Pio XII na enc. Mystici samente certo, mas com pequena
Corporis: "cedendo ao pedido d e margem de erro. ao de Maria, pres­
sua Mãe, o Filho fez um milagre cindindo-se do engano do monge
para que os discfpulos acreditas­ centro europeu Dionlslo, o Pequeno
sem Nele." (AAS 45, 1 933-382). E (t 550) :
na Jucunda Semper o Papa maria­
no escreve, referindo ao cenáculo,
no Pentecostes: " Lá estava Maria, - Ela, com precoce uso da razão,
orando com os Apóstolos e com foi entregue no Templo, com 3
as suas lágrimas e desejos, acele­ anos de idade, segundo a tra­
rava a vinda do Espírito sobre a dição;
Igreja, o Consolador, o dom su­
premo de Cristo, o tesouro que
não tem preço." (cfr. J. B. Caro!
Mario/agia, BAC, pág. 4 1 ) . - So­ - Deixou o Templo após 1 2 anos
bre a mediação o Concílio Vati­ de nazariato, portanto, com 1 5
cano 11 tem fartfssima achegas: anos;
Lumem Gentium n.• 60, 62, 63, 64 e
65; Sacrosanctum Conci/ium, n.•
1 03 ; Presblterorum Ordines, n.• 1 8 . - Foi esposada por S. José (noi­
Aposto/icam Actuositatem, n.• 4 ; va), recém-saída do Templo, jo­
e Ad Gentes, n.• 42. vem dos seus 1 5/ 1 6 anos;

- Anunciada no período de noi­


DOIS M I L ANOS vado pelo Arcanjo S. Gabriel e
2.000 (dois mil) anos do nasci­ com o "fiat" concebeu sob ação
mento de Maria - Foi o próprio Pa­ do Espírito Santo; logo, nos
pa João Paulo 11 que alertou o mun­ seus 1 5/ 1 6 anos ;
do cristão para este transcurso in­
signe, ao abordar o assunto em sua
homilia, de 15 de agosto. na gruta - Visita sua prima Isabel (grávi­
de Massabielle, em Lourdes (Fran­ da de 6 meses) e fica com ela
ça), quando, textualmente, assim até o nascimento de João Ba­
se expressou: "Quando nasceu Ma­ tista (3 meses); então, ao re­
ria? Quando veio ao mundo? Esta tornar estava com 1 5/ 1 6 anos
Interrogação muitos a fazem a si e 3 meses de gravidez;
mesmos, agora que se avizinha o
2." milênio do nascimento de Cris­
to. O nascimento da Mãe prece­ - Nascimento de Jesus, portanto,
deu, evidentemente no tempo, ao Maria se torna Mile aos 1 5/16
nascimento do Filho. Não sertf, e 9 meses.
portanto, oportuno celebrar primei·
ramente o 2.• mi/l}nlo do nasci­
mento de Maria? Honrar não ape­ Agora é simples questão de
nas o aniversário do seu nasci­ cálculo, em cotejo com o "ano
mento no Céu [a Assunção] , mas 2.000 do nascimento de Cristo",
também seu nascimento na Terra ou I n icio do 3." milênio Crlstlanls·

69 -
mo: quem de 2.000 tira 1 985, fica culada a assunção corpórea. -
1 5 . Portanto, Nossa Senhora tinha Conselho, cantamos na Ladainha a
1 5 anos quando nasceu Jesus; mais Invocação que diz tudo: Mater
um ou dois anos há de se admitir Bani Consi/:i. A quem outro, mais
nesta cronologia sem qualquer pre­ e melhor do que Maria aplicar o
tensão científica, mas apenas de que se lê na Escritura?: A reflexão
cálculo aproximativo e h ipotético, te guardará, e a prudência te con­
baseado no que apontou o Papa servará. (Prov. 2,1 1 ) - A Fortaleza
João Paulo 1 1 , sublinhando para a já tivemo-la sob enfoque como 3."
efeméride dos 2.000 anos do nas­ virtude cardeal (ou moral). O Card.
cimento de Cristo (Início do 3." lépicier escreveu: "Esta graça
Milênio da Era Cristã) um "grande [Fortaleza] se tornará inabalável,
Advento", Advento mariano tam­ qual rocha batida por tempestuoso
bém. - Ver Verbete: Advento ma­ mar, e fará com que Ela [Maria]
riano. repense em Deus, qual criança nos
braços maternos". - A Ciência é
aquele dom, é aquela graça espe­
DOM - Desde a princípio das cial e valorosa que nos faz julgar
coisas Deus cumulou Maria de sin­ com retidão, com conhecimento
gulares dons, sendo Ela mesma pleno as coisas criadas nas suas
precioso dom de Deus (presente) relações com Deus; não é a ciên­
para a Human idade. Ver este sub­ cia teológica, não é a ciência filo­
verbete em Antigo Testamento. sófica, méls é aquela chamada
ciência dos santos, que Maria te­
ve em grau emi nente, I . é . , o apre­
ço das coisas divinas. - Quanto
DONS DO ESPIR ITO SANTO ao dom da Piedade não existe pro­
(em Maria) - Define-se : hábitos
tótipo mais fiel e acabado do que
sobrenaturais que transmitem às
a Vi rgem Santíssima; sendo o
faculdades da alma doci lidade, en­
aperfeiçoamento da Religião, pela
trega, abandono, levando-a de pron­
prática dos atos devotos. E Maria,
to, às aspirações da graça. Dife­
revela-nos a tradiçfio, desde meni­
rem essencialmente das virtudes :
na prática da virtude, a graça abri­ na, interna no Templo aos 3 anos
ga a ação, a atividade (sob o In­ de idade, acordava não uma ou
fluxo da prudência) ; contrariamen­ duas, porém. 3 vezes à noite para
te, os dons (tendo o exercitante atos de piedade, afora aqueles que
alcançado certo desenvolvimento), procedia ao correr das horas ma­
exigem doc i l idade, e não tanto ati· tinais e vespertinas. - Finalmente,
vidade exterior. - Os dons aper­ se chega ao 7." dom : Santo, amo­
feiçoam as virtudes teologai s . - roso, Temor de Deus: " G rande,
Estes dons foram concedidos a sim, foi o temor de Maria, - es­
Maria sem medida, de forma i l imi­ creveu o Pe. Gabriel Roschini -
tada (a nós também. d e modo in­ mas não foi de nenhum modo ser­
comparavelmente inferior, o foram vil ( . . . ) que castigo podia Ela te­
no Batismo) : Sabedoria - Enten­ mer? Na Virgem Ssma. nem ao
dimento - Conselho - Fortaleza menos houve propriamente aquele
- Ciência - Piedade - Santo te­ temor chamado casto (considera a
mor de Deus. - Como nenhu­ possibilidade e o perigo de perder
ma criatura. Maria teve o co­ Deus pelo pecado, pois sabia que,
nhecimento das coisas divinas, não por uma assistência do Espírito
por via de raciocínio, porém, por Santo, não podia perder a graça);
meio do saber (sabedoria) Infuso por isso, o temor de Maria, asse­
dado à sua condição. - No que se melhava-se ao temor que a pró·
refere ao Entendimento, manifes­ pria alma de Jesus sentiu, um
tou-se em Maria a Intima harmonia temor reverencial, originado por
das verdades reveladas, assumidas, vivíssimo sentimento da infinita
vividas desde a concepção lma- majestade de Deus e do seu In·

- 70 -
finito poder." (cfr. Bibliografia, obra ma tradição denomina o trânsito, o
n.•s 1 e 2). - V. Verbetes: Alma passamento da Virgem (e não
- Graça - Carisma - Virtudes. morte). - Pelo menos não como
a vemos e entendemos, se de fato
DORM IÇAO - Cerca dos anos houve morte. - São João Damas­
56/58 d. C., estando, pois, a Ssma. ceno em seu "2." sermão sobre a
VIrgem pelos seus 72/75 anos Dormlção" aventa a possibilidade,
( 1 2 / 1 5 após a Ascensão) é que a não acontecência da morte como
maioria dos autores colocam o ter­ nós a sentimos e temos: " . . . co­
mo do "decurso de sua vida ter­ mo a devoraria a morte? Como
rena". - Ora em Jerusalém, ora a receberia as profundezas da ter­
em �teso, sob a guarda carinhosa ra ? que poderia ousar a corrup­
do Apóstolo e Evangel ista S. João, ção contra esse corpo, que rece­
a quem Jesus incumbira dessa mis­ beu a Vida? Todas essas Idéias
são honrosa: " ecce Mater tua repugnam, e são de forma estra­
(mais que missão honrosa, legado nha à alma e ao corpo d'Aquela
precioso). - Ele, João, é quem que levou o seu Deus". (cfr. na
melhor que ninguém nos poderia Bibl.ografia, obra n .• 9). - Embora
ter dito como foi a morte de Nos­ não tenhamos, por não existir de
sa Senhora; mas nada deixou. - fato historicamente, "qualquer do­
Do ponto de vista físico-biológico cumento real e autêntico, nem de
é aceito que o final da vida de tradição uniforme e I ncontestável
Maria Ssma. não foi como o de sobre a época e ci rcunstâncias d a
qualquer outro mortal, não morreu " dormição" d e Maria (cfr. Biblio­
Ela (se é que morreu) exalando o grafia, obra n.• 9). autores e artis­
chamado "último suspiro", mas tas nos brindam com bastante Ilus­
quer-se que tenha tido um sono di­ trações que saciam nossa curiosa
ferente, a dormitio, ou seja, " ador­ piedade. Ver os verbetes:
mição." - � assim que remotissi- Assunção, Morte - Túmulo.

�----- ---- ---- ----

- ---- ----- ---- ------

A Ave-Maria em caracteres s:ro-caldaico, conforme transcrição do Pe.


Elias Maria Gorayeb, maronita.

- 71 -
E
ECUMENISMO - "Per Marlam tem os primeiros Concílios, eviden­
ad unitatem omnium In Chrlsto" temente o de �feso, d'onde emana
(por M aria à unidade de todos em todo o fundamento da mariologia:
Cristo) - Este é o lema, a ban­ maternidade divina; porém, um
deira, o estandarte, ou, como que, imenso leque de não aceitação lo­
o marco, o balisamento que o fa­ go se abre. - E eis que o sau­
lecido Card. Agostinho Bea, S.J. doso Papa João XXIII nos dá co­
- Presidente do Secretariado para mo que uma receita, um roteiro,
União dos Cristãos - apontou no um balisamento: "Sublinhar o que
Prefácio que redigiu para o 7.• Vo­ une os homens e andar com eles
lume da Enciclopédia Mariana; diri­ todo o caminho que pode ser an­
gida pelo Pe. Hubert du Manoi r, dado, sem prejuízo das exigências
S J. - (da tradução do Pe. Valé­ da Justiça e dos direitos da Ver­
ria A lberton, S J . e Síntese do dade." - A esta verdadeira posi­
Pe. Geraldo Rocha, S. J . , valemo­ ção encontramo-la no Apóstolo das
nos para feitura deste verbete) - gentes: � praticando a verdade na
Não é fácil harmonizar a piedade caridade que cresceremos em tudo
marial/marlana autêntica e o an­ Naquele que é a Cabeça. o Cristo
seio por um ecumenismo também (Ef 4,15) que no-IA deixou, Ma­
autêntico. � preciso conhecimento ria, como Mãe (ecce Matar tua,
h i stórico e dogmático da Doutrina - Jo 1 9,26) e o discipulo amado
Cristã, da piedade marlal/mariana a levou para casa ( 1 9,27). - Te­
e das divergências de nossos esti­ mos que ajudar nossos estimados
mados " i rmãos separados". - O " i rmãos separados" a entenderem
marianismo propugna doutrina e nossa devoção mariana, e o faça­
práticas de sérios entraves no pro­ mos com sincera honestidade -
testantismo; isto já não acontece este é o verdadeiro espírito ecu­
tanto com os ortodoxos (ditos tam­ mênico-mariano, ou vice-versa; ter
bém cismáticos), cuja doutrina so­ sempre em mente as dificuldades
bre Maria Ssma. se assenta nos e susceptibilidades de nossos es·
SS. Padres Gregos, e divergem em timados " i rmãos separados", sal­
algumas partes ou pontos no acei­ vo, também sempre, e sobretudo,
tar, in totum. as definlcões do Pa­ a fidelidade à Verd3de fos escritos
p a : l mac. Condicão. As s u nção, etc. dos SS. Padres, dos Doutores da
- A dificuldade aqui neste caso Igreja, anteriores à divisão do ca·

não "!Stá em admitir estas verda­ toliclsmo, antes da Reforma por ­

des, mas na aceitação da definição tanto, encerram tesouros de dou­


delas pelo Papa. - Já quanto a trina mariológlca que podem ser
posição dos " Padres da Reforma" consultados por qualquer cristão).
(e se reconheça que os primeiros
- Evitar especulações lnlnteligí·
mentores, como Lutero e outros,
veis e diálogos estéreis; não tanto
foram grandes devotos de Maria) ,
condenar a posição deles, explican­
não está apenas em rejeitar o pri­
do caridosa e honestamente, a nos­
mado de Roma, mas recusam ad­
mitir, e peremptoriamente, g rande
sa. Cremos que este método está
mais de acordo com a índole mo­
número dos privi légios e prerroga­
derna e não foge à antiga tradição.
tivas de Nossa Senhora. portanto,
o seu lugar especial, si ngular, na - Sem demasiada exaltacão
. - às
Obra da Redenção; várias seitas ou vezes epidérmicas e sen timentals
denominações protestantes adml- - colocar Maria no quadro da Jgra,

72 """'
ja (e o Concilio Vat. 11 fê-lo da que o título sublime de nada lhe
modo admirável na Lumen Gentium, teria valido, se não houvesse sido
cap. 8.'), onde ressalta a sua po­ boa e fiel. (Crlsótomo) Maria deve
sição e papel central na Obra da ser glorificada pela sua altisslma
Redenção, destacando a posição dignidade, sim, porém mais ainda
única e exclusiva de Cristo Media­ pela sua virtude l natlnglvel e pelos
dor, que no-IA dá como Advogada I nsignes exemplos de aceitação
à serviço da Humanidade. - Ma­ heróica da vontade de Deus. Obe­
ria, obra perfeita da Redenção, vi­ decendo às palavras de Jesus, es­
rá em auxílio do nosso sincero tabelecP com Ele um vfnculo espi­
esforço junto aos nossos estima­ ritual superior ao de sangue." (Pe.
dos "Irmãos separados" e na leal Matos S0ares, Nota aos VV 27/28
aproximação deles, no que então, de Lc 1 9)
de fato se pode chamar: ecume­
nismo. - Per Mariam ad unitatem
omnium in Christo". V. verbete : ESCADA DE JACó - Símbolo
Cone. Vat. 11. ou figura de Maria que de maneira
especial nos l iga da Terra ao Céu ,
J:FESO - Cidade, na Asia Me­ sendo como grande e bela esca­
nor acidental, situada na foz do da. - Ver este subverbete em
rio Caístro. - Possuía, entra ou­ Antigo Testamento.
tras atrações, a 7. • Maravilha do
Mundo antigo, o Templo Artemi­
sion, onde a deusa Artemis era ESCAPULARIO (do latim sca­
cultuada; tinha cerca de 50 m de pula = espaduas, ombros). J:, den­
largura e 80 de comprimento, e tre as devoções marianas, (pre­
perto ficavam os prédios do Gi­ ciosíssimo sacramental), das prátl·
násio, o Estádio (Campo de corri­ cas mais difundidas , como o Rosá·
das). o Teatro (com 24 mil lugares rio/Terço e Medalha Milagrosa (Isto
sentados), a Biblioteca, o Mercado se faz há 7 séculos). - Consiste
e o Forum. J:feso era famosa pe­ n o uso do hábito religioso dos
los seus magos ( = astrólogos mis­ Carmelitas em forma reduzida r abl·
turado com sábios e adivinhos). S. tino del/e Madonna, dizem os Ita­
Paulo em sua 3.' Viagem apostó­ lianos). - Nossa Senhora mesma
lica aí esteve pregando (cfr. carta foi Quem o deu a São Simão Stock,
aos efésios), onde encontrou dis­ em aparição de 1 6-7- 1 251 , e com­
cípulos de João. - J: muito citada põe-se de duas bandas de pano,
nos Atos (a Igreja de J:feso e lou­ caídos sobre ombros, após passar
vada por Sua ortodoxia). - Rela­ pela cabeça (nos Religiosos des­
tivamente à Nossa Senhora, foi aí, ce até o tornozelos qual veste ta·
no 4.' Concílio Ecumênico (6 a 22 lar) ; ainda mais reduzidamente,
de junho do ano 431 ) . que Maria são duas peças de tecido de linho
foi proclamada " Verdadeiramente ou lã, de cor marrom ou· preta,
Mãe de Deus" (Theotókos), pri­ atadas por dois cadorços ou fios
meiro dos 4 dogmas marianos que ou cordões de qualquer cor (uma
foi definido. - O povo levou os das partes vê-se a Imagem de
Bispos em triunfo pelas vias, com Nossa Senhora do Carmo); - não
tochas, durando dias as celebra­ é necessário tocar na pele (dec.
ções. - J:feso é uma das cidades 1 2-2-1840). - O escapulário não
que reivindica ter sido o lugar on­ é de Invenção deste ou daquele
de houve o trânsito de Nossa Se­ Santo, Papa, teólogo, mas foi dado
nhora, pois alega-se que S. João a por Maria Ssma., pessoalmente, a
levou para a í, onde viveu algum São Simão Stock, como poderosa
tempo no período da 1 .' persegui­ arma pacífica contra os inimigos
ção à Igreja. - mormente o demônio - ao ser
Ela i nstada a " mostrar-se como
ELOGIO - (Jesus) " Não re­ Mãe" (naqueles tempos a Ordem
pudia a própria Mãe, mas afirma Carmelltana era perseguida no
Oriente pelos sarracenos e, no em Roma (lg. de Santo André
Ocidente coberta de calúnias e ve­ "delle Valle, dos PP. Teatlnos. -
xames). - Passados 70 anos a Denominam também "Branco" o
Virgem apareceu ao Papa João Escapulário da Ssma. Trindade (pro­
XXII e reafirmou todos os favores pagado a partir de 1 200) . - O cha­
dados a esta Insigne prática, acres­ mado "Vermelho", divulgado em
centando-lhe o chamado priv:/égio 1 847, é o mesmo conhecido como
sabatino: os Religiosos da Ordem "Rôxo", se deve a uma aparição
e todos a ela agregados que fo­ de Nosso Senhor a uma Irmã da
rem para o Purgatório serão livres Caridade de S. Vicente de Paulo,
logo após a morte, "porque Eu acontecida na 8.' da festa do Fun­
descerei do Céu para o meio dador, em 1 845). - r: divulgado
deles e os conduzirei para a pelos PP. Lazaristas e a sede é :
feliz habltacão
· dos bem-aventu­ rue de Sevres, 9 5 - Paris. O d e
rados". - Obviamente só terá N . S. das Dores, dito "Negro", di­
d i reito a este privilégio aquele vulgado pelos Servitas ( 1 255); o
que observar estritamente, segun­ escapulário "Azul" da Imaculada,
d o suas forças e empenho. as con­ concedido em 1 691 e 1 7 1 0 (em su­
dições. prescritas. a começar por IT' A , é o mesmo dos Teatinos) -
tê-lo recebido dum sacerdote au­ Existe ainda o Escapulário Verde
torizado para benzê lo e lmoõ-lo. - (para os doentes) dos PP. Cami­
São incontestes as aparições da lianos (S. Camilo foi congregado
Virgem a São Simão Stocl< (os Pon­ mariano). Ver o verbete Sábado.
tífices João XXI I . em 1 3 1 6 e Boni­
fácio XVI , deram-na como verda­ ESCOTISMO (Mariano) - O
deiras) e. em bula de 1 322. o Papa sistema educacional/vocacionista
João XXII reafirmou aquela na qual do inglês Sir Baddem-Powel, com
foi personagem. e , depois dele, 50 pleníssima aprovação e bênçãos do
pontífices examinaram e aceitaram Card. D. Jaime de Barros Câmara,
tudo como certo. - Leão XIII con­ teve nas Congregações Marianas
cedeu à Ordem o chamado Perdão da Arquidiocese do Rio de Janeiro,
do Carmo, I é . . indulgência plená­ um surto dos mais benéficos, com
ria idêntica àquela mariana conce­ inicio na década de 50, quando,
dida aos PP. Franciscanos (a pe­ em pouco tempo os Grupos cujos
dido de S. Francisco de Assis a mantenedores eram os sodalícios
Nossa Senhora ) . dita Porciúncula marianos distíngülram-se pelo ades­
( = po;ção pequena). que os fiéis tramento e disciplina. - Os Che­
podem lucrar toties quoties. ou s�­ fes dessas tropas foram solicita­
ja, todas as vezes que, cumprindo dos para ajudar a Assistência Reli­
llS condições. visitllrem uma Igreja giosa - Clã Paulo de Tarso (no
ou Casa de Ordem. no dia 16 de Convento de Sto. Antonio), lança­
julho. - Ou tros tipos de escapu­ ram o bolatim ARCA e empen'la·
lários existem: a Escapulár.o da ram na editoracão do livro A Gran­
lmac. Conce r.iio. historicamen•e de Pista, de Frei Anselmo Vilar,
conexo às Religiosas Teatinas, de OP. - As 4.' e 5.' Assembléias
Nápoles. fundadas pela Venerável Nacional de Dirigentes Marianos
ú rsula Benincasa (Nossa Senhora (S. Paulo e Curitiba) aprovaram
apareceu lhe em 1 6 1 6). Na apari­ Conc.'usões onde se sugeria a ado­
ção a Maria Ssma. estava vestida ção do sistema como ótimo meio
de azul e branco, cercada de um para vivificar as "seccões de me­
coro de Virgens também de bran­ nores" (o que ainda hoje é plena­
co, com o M enino Jesus nos bra­ mente válido), já que constitui
ços; úrsula foi mandada, com mais grande atração para os jovens (mé­
32 Irmãs, também vestidas de bran­ todo que a época dizia se "cano­
co para uma ermida, e ali entregou­ niz1ldo" nor 3 qrand"!s Pnntifices:
-lhe o escapulário conhecido com o Bento XV, Pio XI e João XXI I I ; este
nome de "Branco". A Confraria redigiu belíssima oração escotelra
d o Escapulário Branco é sediada à Ssma. Virgem). - Daquelas

- 74 -
tropas (Grupos) marianos ainda meteram-se ao que se estabelecia.
funciona com grandes resulta­ Nos apócrifos lê-se mais ou me­
dos -- após 30 anos -- por nos assim : chegara a idade em
especial graça, o Medianeira (da que Maria, após 1 2 anos de na­
C. M. dos Passionistas) , cujo len­ ziriato no Templo de Jerusalém
ço, azul e branco, traz o emblema (entrara com 3 anos), ao que pa­
mundial do movimento mariano rece agora órfã, precisava consor­
com a 'flor-de-lys" dos escoteiros. ciar-se. O Sumo-Sacerdote de en­
-- O grande incentivador -- Frei tão (Abiatar? Zacarias?) comunicou
Daniel, ofm., com diversos cursos todas as 12 tribos de Israel e,
de campo, Inclusive da lnslgnia da dentre elas, foi sorteada a de Ju­
Madeira, com o mesmo empenho dá. -- Desta apresentaram-se di­
Idealista se dedica, hoje, aos le­ versos candidatos, inclusive o jo­
prosos em Venda das Pedras (NI­ vem aprendiz-de-carpinteiro José.
terói). -- Rito ou cerimônia inusitada: o
Pontífice solicitou aos candidatos
ESPIR ITO SANTO -- No Novo deixassem durante 3 dias seus
Test. três são as circunstâncias bastões sobre o altar do Santo
em que. de forma claríssima. o dos Santos ; aquele bastão que flo­
Espírito Santo é aludido respeitan­ risse, o seu dono fora o escolhido
temente à Maria Ssma.: 1 .') na por Deus. No dia e hora apraza­
obtenção do fiat. quando Ela é es­ dos, do bastão de José brotaram 2
clarecida por S. Gabriel : "O Es­ lírios, sinal de sua eleição para
pírito Santo descerá sobre ti . . . " desposar Maria. -- O ato. reves­
( Lc 1 .35) no que insistiu S. Ma­ tido de esplendorosos ritos e ce­
teus ( 1 .18). -- 2.') quando o anjo rimônias pomposas, jii teve o pin­
cessa a angústia de S. José: "Jo . cel dos mais célebres ointores, Ra­
sé. filho de Davi. não temas re­ fael. Sarzio. Fra Angéli c o (este com
ceber em tua casa Maria, tua es­ processo de canonização instaura­
posa. porque o que Nela foi con­ do) , Caroáccio e tantos outros
cebido é (obra) do Espírito Santo." mais, a fixar este momento de Céu
(Mt 1 ,20). -- 3.') Mais discreta, na Terra. não descrito nos c::�nõni­
porém não menos direta é aquela cos e sim nos aoócrifos. -- Segun­
quando da manifestação no Cená­ do o pesquisador mariano André
culo de Jerusalém. com Maria pre­ Damino, "em Perúsia quarda-se o
sidindo a oração comunitária: " anel que José pôs no dedo da V i r­
perseveraram unanimemente em gem: é um circu1o de amP.tista so­
o•r>r�i'io. r:nm as mulheres. e com bre o qual ec;tão gravad::�s duas
Maria, Mãe de Jesus ( . . . ) Quando flores semldesabroch�das". (cfr.
se completaram os dias do Pente­ na Bihlioqre'ia, obra sob o n.• 34).
costes ( . ) Aoareceram-lhes re­ -- A Festa dos esponsais de Nos­
partidas uma como l ínC)uas de foqo sa Senhora com S. José celebra-se
( ) Foram todos cheios do Es­ a 23 de janeiro.
pírito Santo . . . " (At 1 .1 ; 2 1 -4).

De modo que uma verdadeira de­ ESTRELA -- da manhã, matu­


vocão mariana é um excelente tina, d'alva. expulsando as trevas,
culto ao Espírito Santo. prenunciando o dia. trazendo-nos a
luz. o brilho do Sol [ Cristo] . sim­
ESPONSAIS/ESPONSALICIO -­
boliza M a ria. é Dela figura. Ver
Erroneamente queremos compreen­ este subverbete em Antigo Tes­
der, nós ocidentais, com o mes­ tamento.
mo sentido do nosso casamento/
matrimônio, o costume e institui­ ESTRELA DE JACó -- O vati­
ção judaicas. -- E o casamento de cínio de Bal aão que figurou o po·
Maria com S. Jasá então. reves­ vo de Israel na p1ssoa de Jacó
te-se de circunstâncias especialís­ aplica-se primeiramente a Cristo
simas, dentro, porém, i é . , sem e por extensão ou acomodação à
rupturas do quadro jurídico-religio­ Maria. Ver este subverbete em
so da época. Maria e José sub- Antigo Testamento.

-- 75 -
EXERCfCIOS ESPIRITUAIS - presença de Maria, I . ê . , essas pas­
Conhecidas são as práticas espirl· sagens históricas, contrastam com
tuais ditas Retiro Fechado, forma a sua direta intervenção através
de referir-se aos Exerclcios Espi­ d'outra forma ou aspecto; e eis
rituais, criação de Sto. Inácio de então o, 2." aspecto) sua "presen·
Loyola ( d e 30 dias, de 1 5, de 8 e ça" inclui-se, em particular, quer
até mesmo, resumidamente, de 3 movidos pelo nosso amor, no de­
dias). � "um conjunto sabiamen­ correr das meditações, quer de
te ordenado de meditações, de modo especial no "tripllce coló­
exames diário de consciência, de quio" proposto no fim de certas
emprego de certas regras e téc· meditações. Se na 1 .' Semana
n icas psicológicas, objetivando a Ela não "aparece" como objeto es­
que " encontremos" a Jesus, orde­ pecífico de contemplação (não é
nemos a própria vida, a fim d e mencionada na meditação n.• 63),
que haja uma entrega mais gene­ el-la, porém, no primeiro colóquio:
rosa a Cristo: Conhecendo-o mais, Mãe Medianeira Imaculada das
amando-o mais, imitando-o mais; graças básicas necessárias para
tornar-se "atleta de Deus" e " Ca­ uma consagração total da vida. TI·
valeiro de Maria. (cpd José Casei­ vemo-la tão presente nas contem­
ra) - � um verdadeiro balancete, plações. "Encarnação" (n.• 109) e
balanço espiritual de nossa vida, na "das Bandeiras" (n.• 147); Ela
após um ano de desgaste. - Em aparece para a glória do Reino
toda a extensão dos Exercícios a Eterno e como "Coração da Igreja",
"presença" de Nossa Senhora se pois Mãe de Jesus e Mãe da Hu­
faz sentir, sob dois aspectos - manidade. � plenamente válido,
não em si coexistentes, mas, in· portanto, recorrer a Nossa Senho­
timamente relacionados um ao ou­ ra, espontaneamente, levados pela
tro; t.• aspecto) a presença de devoção que a Ela, individualmen·
Maria quanto ao histórico dos fa­ te, o "exercitante" consagra. E
tos evangélicos, tornada como Nossa Senhora "aparece" sempre
que o elo dos acontecimentos: nos pontos mais críticos, nos mo­
contemplação do " mistério da En­ mentos mais difíceis dos "Exer­
carnação" (2.' semana, n.• 1 09) ; cícios". (cpc/ Pe. Pancráclo Dutra,
" mistério da infância", "permanên· S. J.). - As Congregações Maria­
c i a do Menino no Templo"; o " en­ nas se deve, Inegavelmente, no
contro do Filho. por Maria" (idem, Brasil, a divulgação dos "Retiros
n.• 1 35) - Os " M ilagres", com Fechados, s "gundo método de Sto.
destaque para o primeiro - Bodas Inácio. - Desde a década de 30
d e Caná - realizado por inter­ a prática começou, com os " reti­
cessão de Maria; presença global rantes" usando as casas dos je­
no " M istério Pasca l " : Stabat Ma­ suítas, em Nova Friburgo, Rio e
ter, no Calvário, junto da Cruz; Niterói.
M a ria entregue a João como mãe
que a levará para sua casa ( n .•
297) ; Mater Dolorosa, que recebe EXI:RCJTO - Comparada a um
o corpo do Filho para o sepulta­ exército em rorma de batalha, Ma­
mento (n.• 208) ; anúncio da apa­ ria é a vencedora das forças do
rição de Jesus ressuscitado à sua demõnlo. Ver este subverbete em
mãa (4.' semana, n.• 2 1 8) .
- Essa Antigo Testamento.

--- 76 ....;.
F
FATI MA (do árabe Fatama (ver­ do. No Rio de Janeiro, o Santuário
bo fatah?) = fecunda, tb. a esplên­ de Fátima, sob os cuidados do Pe.
dida, ou, a que deixou de ser Antonio Lemos , transporta-nos,
amamentada. - No português an­ mormente em maio e outubro, ao
tigo: Fatema. - Nome da filha de de Portugal. - V. Verbetes: Lúcia
Maomé e mulher do primo dele, - Francisco - Jacinta - Apari­
Ali (4." Califa). - Embora a pro­ ções. (Videntes).
ximidade com Maomé e Ali, era
pobre, humilde e religiosa, tipo FESTAS - Já se disse que o
Ideal de virtudes femini nas pela Calendário das festas da Igreja é
inocência. - Muito estimada en­ como que a moldura de nossa vi­
tre os muçulmanos, talvez por in­ da; acende luzes, i lumina os ca­
fluência do culto à Virgem Maria. minhos, d i reciona as jornadas,
- Devido ao comércio e navega­ aponta as fontes de irrigação, em
ção o nome "aportou à lusa terra", suma, por elas, as festas de Cris­
sendo denominação do sítio que to, dos anjos, dos santos, dos már­
dista 25 km de Lisboa, diocese tires, dos confessores, das vir­
de Leirla. Devido as aparições da gens marcamos o ritmo do nosso
VIrgem ali verificadas em 1 9 1 7 é caminhar espiritual. - E, como
o centro de peregrinações mais não podia deixar de ser, Nossa
concorrido de Portugal, e dos mais Senhora foi inserida neste painel
visitados do mundo. Muito como a principl,ll estrela; associa·
aquinhoado pelos pontífices con­ da na economia da redenção como
temporâneos, que, entre outros fa­ foi , por Deus, quis este mesmo
vores e privilégios, visitaram-no Deus, e também a nossa devoção,
pessoalmente: Paulo VI, em que Ela se nos apresente fulguran­
1 3-5-1967 cinqüentenário da 1 .' apa­ te e esplendorosa. - Com as re­
rição, e, João Paulo 1 1 , em 1 3-5-82 formas na Liturgia (Misterii Pas­
para agradecer o mi lagre de esca­ cha/is, 1 4-2 - 1 969, de Paulo VI
par do atentado de que foi alvo na (Sacrosanctum Concilium) ficaram
Pr. S. Pedro, um ano antes, no dia apenas 13 celebrações festivas de
13, - A imagenzinha que se ve­ Nossa Senhora, d i stribuídas em 3
nera na "Capela das aparições", Solenidades (nome que passou-se
onde está a azinheira onde a Vir­ a dar ao que se dizia 1 .' classe),
gem pousou os pés, foi coroada 2 Festas (eram as 2.' classe), 4
com diadema de ouro por Pio XII, Memórias (obrigatórias) e 4 Me­
através do seu legado: a d /atere, mórias (l ivres ou ad libitum) :
Card. Bento Aloisi Mazela (ex-Nún­
cio Apostólico no Bras i l , e, con­ - 1 ." d e janeiro - Ssma. Mãe de
gregado mariano, como Pio X I I ) . - Deus, Maria (Solenidade), des­
O Pontífice mariano, Pio X I I , pelo de a mais remota antigüidade,
Breve Luce Superna, outorgou o tí­ todos os ritos e liturgias co­
tulo de "basílica menor" a Igreja memoravam em suas anáforas
do Santuário, "pro peculiar/ Nostra e festas natali nas a Mãe d e
pletate erga Beatem Mariam Virgi­ Deus (Theotókos). - A Igreja
nem a Fátima". - No Santuário colocou o início dos 365 dias
estão sepultados os corpos de do ano, abertura do calendário
Francisco e Jacinta Marta, com civi l , sob a proteção da Mãe
processo de canonização tramitan- Celestial, transferindo a festa

- 77 -
da maternidade divina de M aria - 16 de Jul h o - N ossa S enhora
que se celebrava a 1 1 de ou­ do Carmo (Memória livre) - A
tubro. rigor, a mais antiga festa ou
comemoração à Virgem Ssma.,
pois 900 ANTES de Cristo, os
Nota - A comemoreçilo do dia 2 eremitas do Monte Carmelo
de fevereIro, que se chamava Festa (carmelo, abreviatura ou corrup­
da Purificação de NOS99 Senhora, bem tela de Carmo) prestavam "cul·
como a do dia 25 de março. Anun· to profético" à futura Mãe do
claçlo de Maria, passara a ser de Messias, Redentor do gênero
Cristo: Apresentação do Senhor e humano, que Sto. Elias simbo·
Anunciação do Senhor. sem que per­ lizara na núvem que viu er·
dessa. é óbvio, a acontuaçilo ou as­ guer-se do mar e alargou-se so­
pecto mariano. bre a Terra, desfazendo-se em
copiosa chuva após a estiagem
com que Deus provara seu po­
- 11 de fevereiro - Nossa Se­ vo (Sto. Elias foi , portanto, o
nhora de Lourdes (Memória l i­ primeiro que venerou Aquela
vre) - Conseqüentemente às que, um dia, haveria de vir ao
aparições da Virgem à Berna­ mundo para a maternidade di­
date Soubirous ( 1 958) . confir­ vina. - Foi no dia 16 de julho
mando a definição dogmática da de 1 251 , qu"l, aparecendo Nossa
Imaculada Conceiçiio. com o ti­ Senhora a São Simão Stock,
tulo de Lourdes, dissiminou-se deu-lhe o Escapulário, dai ter-se
na Igreja esta festa mariana, ce­ a mesma data instituitiva: da
lebrado no dia em que se deu a festa e do escapulário, (no
1 .• aparição na gruta de Massa­ Brasil, é o prazo concedido pa­
biela: 1 1 de fevereiro. ra a desobriga pascal).

- 31 de maio - Visitação de
Maria Ssma. (Festa). - Intro­ - 5 de agosto - Nossa Senhora
duzida esta cei ebração, pelo das Neves, ou também Dedi­
Papa Urbano VI, em 1 ;$8il, para cação da Basilica de Santa Ma­
ob<er o trm do cisma do Oci­ na Ma1or (Memória livre). -
dente, foi inserida no Calendá­ No ano 352, ao passar do dia
rio Romano a 2 de ju . ho. - 4 para o dia 5 de agJsto, apos
Transferida agora para o último ter a Virgem Ssma. manifesta­
dia de maio (celebrava-se aqui do, a um casal de seus devo­
a Realeza de Nossa Senhora, tos, o desejo de se erguer nu­
agora, memória obrigatória, a 22 ma das colinas de Roma uma
de agosto), entre as festas da igreja em seu louvor, fez que
Anunciação (25 de março) e São amanhecesse coberto de neve
João Batista (24 de junho), pa­ o Esquil ino. Para ver o mila­
ra combinar melhor com a nar­ gre - pois ali, na época era
rativa evangélica. oe tremendo calor - acudiram
muitos fiéis, inclusive o Papa
Libério e a corte pontifícia. -
- Junho ou Julho: Celebração mó­ Já no ano seguinte a igreja, to­
vel - Coração lmacuiado de da construída, era consagrada
Mar.a (Memória livre) - Pas­ (em homenagem ao Pontífice)
sou-se a comemorar no sábado diziam-na " Basílica Liberiana"
seguinte a Festa do Sagrado e, depois, devido a bela cena
Coração de Jesus, que também do nascimento de Jesus ali ar­
é móvel, conforme o dia em mada, chamaram-na "N. S. do
que cair a Páscoa (antigamente Presépio". - E por ser de
esta festa ocorria a 22 de agos­ grande importância entre os
to). templos de Roma cognomina-

- 78 -
ram-na de Santa Maria Maior gató rla ) - A os PP. S erv l tas
(magiore). - Uma série de ou­ foi, primeiramente, concedida
tras tradições são aí celebra­ esta festa ( 1 667), e, 1 47 anos
das. depois ( 1 81 4), elencando-a no
Calendtirlo Romano, fixou-se o
- 15 de agosto - Assunção de 3.• domingo de setembro para
Maria (Solenidade) - Desde o a celebração. Em 1 9 1 3 é que
Séc. V celebrada, nesse dia, passou-se para o dia 1 5 .
em Jerusalém; no Séc. VI di­
fundiu-se por todos os países
do Oriente com o título a dor­ - 7 de outubro - Nossa Senhora
mítio C= a dormição, sono), do Rosário ( Memória obrigató­
atingindo Roma: finalmente, no ria) - O Papa Pio V, em 1 5'11
Séc. VIII, começou a celebrar­ instituiu-a para agradecer a
-se com denominação de Assun­ Nossa Senhora a vitória sobre
ção ou Glória. os turcos e m Lepanto (tanto
que se chamou, inicialmente,
- 22 de agosto - Realeza de tusta de N . S . das Vitorias). -
Leao X I I I aeu-lhe Utícto e Missa
Maria (Memória obrigatória) -
proprios.
Instituída por Pio X I I , em 1 955,
para ce!ebração a 31 de maio,
último dia desse mês mariano,
quando universalmente s e pro­ - 21 de novembro - Apresenta­
cede à paraliturgia da Coroação çao de No�;sa Senhora (Memó­
de Nossa Senhora, Rainha do na CLmgatonaJ - L.otno e na­
Céu e da Terra, reso!veu-se jun­ tural e comum, esta testa co­
tá-la, cronologicamente, à co­ meçou em Jerusa.em l::iec. VI).
memoração que tão bem expri­ L.m 1 ;j t J passou pa r a o (.;a­
lendario Romano.
-

me a realeza, ou seja, o mis­ roi supres­


tério da Assunção. sa pelo Papa l'io V, em 1 568, e
reintroduzicía em 1 568.
- 8 de Setembro -Natividade
de Maria (Festa) - Começou - 8 de dezembro - Imaculada
a ser comemorada em Jerusa­ (.;anceJçao l�olenidade). - A
lém, e só passou para Roma comemoração festiva desse pri­
no Séc. Vil, quando então mui­ V&iegío foi introau.�:ída no Calen­
tos e variados ritos e liturgias Cl � l l o Homano elll l ·:fi o. Apos a
o faziam largamente . Como definiçao dogmática do Papa
o transcurso dos 2.000 anos (bi­
P&o IX, em H J:i4, naturalmeme
mitênio) desse bendito nasci­ os festejos cresceram muito, e
mento foi lembrado por João hoje em termos de importân­
Paulo 11, em Lourdes (homilia
Cia como de celebraçóes, é a
de 1 5- 8-83), no mundc inteiro
maior dentre as testas maria­
procedeu-se a belas iniciativas
nas.
que se vão realizando, inclusi­
ve este modesto livro.

- Sábado de Maria - Pela altu­


Note Presépio de Nossa Senhora
-
ra do Séc. X é que o sábado
poderia ser armado de 8 a 12 (Nati­ começou a ser consagrado, de
vidade ao Santo Nome), sugestlio dos modo especial, a Nossa Senho­
Carmelltas quando do Ano Mariano ra (assim como o domingo é o
(1954). Dia do Senhor). - Pio V em
suas reformas litúrgicas fixou,
no sábado, o Ofício e a M i ssa
- 1 5 de Setembro Nossa Se­
- de Nossa Senhora. Ver os ver­
nhora das Dores (Memória obrl- betes: Escapulário e Sábado.

7f) -
FIAT/SIM - Por ser uma de­ !eira). Our Lady s Keys - chaves
'

cidida, firme, e Inabalável resolu­ de Nossa Senhora (primavera). Our


ção l ivremente assumida, ao con­ Lady's Flngers - dedos de Nossa
sentimento - fiat = faça-se - Senhora (madressilva) . Our Lady's
da Virgem ao Embaixador de Deus, Tears - lágrimas de Nossa Senho­
traduziu-se por esta palavra de a ( l írio do vale). Our Lady s Ear­
'

apenas 3 letras - Sim - mas que drops - brincos de Nossa Senho­


reflete u m mundo de transcendente ra (brincos de princesa). Our La­
sublimidade e mistério, de fé e dy's Thimble - dedal de Nossa
amor; palavra que transportou um Senhora (campânula azul). Our La­
Deus das etéreas paragens celes­ dy's Modesty - modéstia de Nos­
tes ao plano chão deste mundo sa Senhora (violeta). Eyes of Mary
terrestre. Lembra, de forma ad­ - olhos de Maria (miosótis) Pu­
m i rável outros liat: o liat da rification Flower - flor da purifi­
criação, o liat da oração que Cris­ cação (campânula branca). Our La­
to nos ensinou que rezássemos dy's Birthday flower - natividnde
ao Pai que efltá nn Céu. e. o fiaf de Nossa Senhora (áster). As­
do GP.tf!Pmani n11m momento de sumption lily - l írio da assunção.
suma decisão, de entrega e consu­ (cfr. revista mariana Estrela do
mição para a "salvação de mui­ Mar, maio, 1 957, pgs. 6/7).
tos". - Ver Anunciação (subver­
bete de Novo Testamento).

�AUTOS bó ES PIR I TO SANTO


� lÓ RE S - todas as flores, (em Maria) - Os referidos frutos
com exclusão, é óbvia, das chama­ são obtidos com a prática das virtu­
das carnívoras, e com especial In­ des e dos dons, como o próprio
clusão das silvestres, ou seja. dos nome já indica. - S. Paulo enu­
campos verdejantes, das campinas mera 1 2 : caridade - alegria -
agrestes, com muita propriedade paz - paciência - benignidade,
têm apl i cação à Nossa Senhora. - bondade - longanimidade - man­
Na Bíblia são i númeras as flores sidão - fé - modéstia - conti­
que têm esta aplicação ou cono­ nência e castidade. - Os 4 pri­
tação: l írio dos vales. narciso de meiros, referem-se à alma; - os
Seron, Rosa de Jer!có, bem como 5 segui ntes (centrais) dizem res­
nas aparições o simbolismo da ro­ peito às relações da alma com o
sa - Rosa Mística - e no seu próximo e os 3 últimos, relacio­
túmulo, as flores que ficaram no nam-se ao próprio corpo com a
lugar do seu corpo assunto aos alma. - Quem admiravelmente
céus. O mês de maio - que é tratou, em abordagem feliz, este
o das flores, na Europa (Primavera) , assunto, foi o Card. Léplcier. na
por esta razão foi escolhido para sua obra, A Imaculada Correden­
ser o Més de Maria. - Antes da tora e Mediadora (indicação do Pe.
Reforma, a Inglaterra tinha o cog­ Roschlni). - Da caridade (amor),
nome de Feudo de Maria, e . para como Virtude o enfoque jã foi fel­
mais de 500 espécies de flores fa­ to; como Fruto, nada mais é do
ziam relembrar a Virgem Ssma. ou que uma repetição quase Ininter­
coisas a Ela ligadas. - Algumas rupta de impul sos amorosos para
dessas pitorescas c::motaçõfls: Our com o D ileto da alma. - Emergindo
Lady's Mantle - Manto de Nossa do amor (caridade), havia em Nossa
Senhora (adelaide). Ou Lady's De­ Senhora as alegrias, posse, como
lig ht - delícia de Nossa Senhora e, dum Bem tão grandemente subli­
(amor perfeito). Our L ady s Glove
' me, transcendental, a divina graça.
- luva de Nossa Senhora (deda- - A paz, a tranqüilidade em Maria,

- 80 -
advinda, obviamente. de suas re­ os h umanos que lhe foram da dos
lações agradáveis como Mãe do na Cruz como filhos. Maria se nos
Filho de Deus humanado. - A tem mostrado, de fato, como Mãe;
paz é gerada pela paciência - ou e será que a Ela nós temos nos
pelo menos a ela intimamente li­ mostrado como filhos? - Os 3
gada - com fortes laços, de for­ frutos finais que completam os
taleza; como 4." dom do Espírito 12 preconizados por S. Paulo, di·
Santo, Nossa Rainha Celeste a teve zem respeito à alma de Maria em
no seu altíssimo papel de Mãe. relações com o corpo: modéstia -
- Abrindo agora uma série de 5 continência - e castidade. - Os
frutos (os centrais dos 12), temos Santos Padres, os apaixonados d e
a benignidade (afabilidade, amabi­ Maria, os videntes. em suma. to·
lidade, gentileza. delicadeza, espí­ dos aqueles que mesmo de longa
rito de ternura, carinho); um único a conhecem sabem que teve estes
fato bastaria para mostrar-nos Ma­ 3 em plenitude plena em sua alma,
ria nesta moldura: as bodas de em seu coração, na voz. nos ges­
Caná da Galiléia. - De pouco ou tos. no olhar senão jamais poderia
nada vale a benignidade se de fato Ela ter entoado o Maqnifir.at. corno
não existir a bondade que parece o fez e se repete deste Ain-Karin
igual ou semelhante. mas não é - mundo afora. Destes. como de
bondade é ter, como Maria teve, resto de todos os outros frutos,
o coração eternamente aberto. - o sabor Celestial deles que Maria
Para assegurar seja a bondade sem tanto soube aprecinr. "é sabor des­
limites. o fruto seguinte é a lon­ conhecido ao paladar humano".
ganimidade, pelo qua l , o distribui­ (cfr Divina Comédia, Purg. 23· 1 33).
dor, a exemplo de Maria Ssma .• V. Verbetes: Alma - Graça
não se cansa de distribuir suas Virtudes - Carismas - Dons.
graças e favores. - A mansidão
em Maria fê-la vencer todos os
males e dissabores, sendo entre
outras coisas, o "passaporte" nn FONTE - Maria é a fonte d e
Assunção. - A fé já teve compare­ águas vivas (Cristo) de salutares
cência na alma de Maria ao tratar­ efeitos na i rrigação do mundo (gra­
mos da relação Dela com Deus ças) para colheita de sanzonados
(virtudes teologais) : agora diz res­ frutos. Ver este subverbete em
peito as relações entre os homens, Antigo Testamento.

G
GABRIEL (Arcanjo) - Pelas está hierarquizado pela teologia
missões que desempenhou e de­ Judaica na categoria ou grau de
sempenhará ainda, não é Gabriel arcanio: nos apócrifos ( Livro de
um anjo comum. Ele está ligado Enoc). ai sim. surge como um dos
de modo multo estreito à história 7, que, provavelmente. ficavam
messiânica, é de fato um embaixa­ d iante do Trono de Deus. - No
dor especial do Senhor. - A eti­ Antigo Test. vêmo-lo em Daniel
mologia do nome Já nos adianta (8.1 6-26: 9 21 27 e 1 1 .1 ) e Jeremias
esta precedência· em h�braico. (25. 1 1 : 29.10). - Lendas Judias
gabri'êl significa " Ele é forte" ou constam que Gabriel foi um dos
mais exatamente. " Homem de anjos que sepultaram Moisés: e
Deus" , - Na Bíblia, Gabriel não Maomé declarou ter recebido por

- 81
intermé dio d ele os suratas {= t i­ mormente aos povos do Oriente -
tulos/capltulos/livros) - do Co­ serviram de casa, de túmulos, de
rão. - Nos documentos extra-bf­ abrigo para animais. - Ao redor
blicos é ele que, segundo a tradi­ das grutas encontram-se ruínas. -
ção, anunciou a Ana o nascimento Em Nazaré e em Belém são mos­
da Menina Myriam (nome escrito tradas centenas delas: foram des­
na parede) e também apareceu a cobertas por explorações arqueoló­
Joaquim, quando jejuava longe d e gicas (não se permite é a esca­
casa. - Aconselhou-o a encontrar­ vação) e perto estão lagares, cis­
-se com Ana na Porta Aurea do ternas, silos, corredores de ventl·
Templo. - No Novo Test. ele sur­ !ação, etc. - Mormente as aldeias
ge, também como anunciador, a Za­ agrícolas se serviam das grutas
carias, quando do nascimento do naturais convertendo-as até em
Precursor, João Batista (Lc 1 ,1 1 -2 1 ) hospedagem e botequins, aumen­
e do Messias prometido, à jovem tando, assim, a capacidade da casa
de Nazaré, Maria (Lc 1 ,26-38). - propriamente. - (Foi o que acon­
Fica, portanto, evidenciada a con­ teceu com a utilizada, numa hora
dição de muito especial mensa­ difíci l , com a família de Nazaré,
geiro celeste, a exercida por Ga­ na Belém superlotada). - O exa­
briel, "homem de Deus", mensa­ me arqueológico das grutas, das
geiro com funções que Deus só vasilhas e demais utensílios ali
as entregaria, e entregou, a u m achados, levaram indiscutivelmente
"homem forte", i . é . , muito cate­ a conclusão de que a de Belém
gorizado, de suma estima e con­ usada por Nossa Senhora para
fiança, inclusive para esta mis­ o nascimento de Jesus se en·
são que exigia grande capaci­ contrava justamente na col ina; a
dade e inteligência: explicar con­ i nvestigação pôde também chegar
vincentemente à Virgem Ssma. o a outra conclusão: Nazaré dos
m i stério da encarnação que se ope­ tempos evangélicos, não se esten­
raria no seu seio puríssimo, le­ dia além dos santuários da Anun­
vando a Deus o liat que mudou a ciação e de S. José (a fonte fica­
face do mundo. va um tanto distante do povoado,
G RAÇA - toda dávida que como aliás em outros lugares, tal
Deus nos concede gratuitamente qual Caná. - A utilização das gru­
pelos merecimentos de Cristo; o tas como moradia e outras ser­
anjo, ao invés de pronunciar o no­ ventias foi enobrecida por ter sido
me de Nossa Senhora, ao saudá-la, a forma do Rei dos reis vir habi­
disse-a plena, cheia de graça. - tar entre nós, e Maria tê-la acei­
Ver o verbete Alma. tado como aquele sítio onde " inau­
gurou" suas funções de Mãe e
G i'� UTA - Não constitui no­ dona-de-casa, de conformidade com
vidade dizer que as grutas a vontade divina.

"Firmemente proponho servlr·vos sempre, a fazer quanto puder, para


que, pelos demais, sejais também fielmente servida e amada".
(do Ato de Conaagraçio dos congregados marianos, atribuJdo a S. Francisco de Sales)

"ô quanto é feliz quem dá tudo à Maria, e à Maria se entrega e se


abandona em tudo e por tudo! Ele é, com tudo de Maria e Maria é toda
sua."
(n.• 179, do "Tratado da Verdadeira Devoçllo a Maria". tle S. Luiz Maria Grlgnon de
Monfort)
- 82 -
H
HINO (do gr. hymnós) é uma maior e mais belo de todos os tem·
composição musical ou peça líri­ pos. Na impossibilidade de ele­
co-poética de louvação onde se ho· near todos os hinos em louvor a
menageia alguéll', uma entidade, Maria aponta-se como a srntese
uma Nação. uma cidade, um Santo. representativa de todos eles o cé­
lebre Akáthistos. - Ver os ver­
E Nossa Senhora há de ser. tal­ betes Acátistos e Antífonas (ma­
vez, aquela que possui o hinário rianas).

I
ICON� (do lat./gr. lcone/eikôn das cores passar das mais som·
imagem, retrato; na igreja bi­ brias às mais claras; e diz-se co­
zantino/grego/eslava ( Rússia, Ao· mo regra importantíssima: a ícone
mênia. Sérvia). é a imagem pinta­ deve ser pintada em "estado de
da sobre madeira, em geral d e oração" e não tanto de inspiração;
Cristo, de Maria Ssma., dos San­ ela - a ícone - é venerada nos
tos a Anjos; manifestação da mais lares (como nos templos. obvie·
l ídima tradição, i lustra a mensa· mente) como "janelas abertas da
gem evangélica e a oração l itúr­ Terra para o Céu." - Segundo a
gica, colocando o fiel na "presen­ tradição, se S. Lucas não foi o pri·
ça" daquilo que está representado meiro pintor de ícones, foi quem a
(não é a madeira que se venera. mas divulgou, inclusive retratando a
sim o que nela está figurado). - Virgem no que se diz odigtria
No 7.• Concílio Ecumênico (Nicéla, (gr. = com Ela que indica o ca·
ano 787) estabeleceram-se bases mlnho) (V . o verbete Arte}. -
seguras referentemente as rcones, Já por ser um sacramental (foi
legitimando o seu uso contra a bento) e já por trazer a Imagem d e
ação dos iconoclastas (S. João Da­ Nossa Senhora as ícones marianas
masceno foi dos que mais e me­ têm especial l ugar de veneração e
lhor contribuiu para esta grande estima: com ela abençoam-se as
vitória. - A ícone artística e tec­ crianças quando saem: as noivas
nicamente obedece a rígidos ca­ a beijam antes do cortejo do casa­
nones: o inconógrafo não deve dar mento e uma das damas de com­
relevo demasiado ao corpo (car­ panhia leva a no cortejo nupcial ;
ne) ; a perspectiva é inversa: a luz diante d a rcone a família reza nos
não vem duma fonte especial , mas momentos de Júbilo e de sofri·
espalha-se em toda a extensão da mento; na liturgia a sua utilização
imagem; o rosto é primeiramente é grande (antes da comunhão. por
pintado sobre uma camada escura exemplo, costuma se rezar d iante
(verdaccio) devendo a cambiãncia dela) ; os soldados em particular e

- � -
09 grupamentos levam rcones em do no culto sinanoga l e nas éscO­
suas atividades de paz ou de guer­
co � os Rabinos. - Nessa l íngua,
Ias bem como nas controvérsias
ra. - Os pintores de ícones ao
encetarem suas obras se d i rigem e não em grego, e muito menos
a S. Lucas, por considerá-lo o pri­ em latim, foi que Nossa Senhora
meiro que pintou a Virgem. e en­ proferiu as 1 00 palavras (� � uco
tre belos pensamentos dizem: mais ou menos), d1 Magnlf1cat:
"Senhor Jesus Cristo ( . . . ) Tu te N&scho díl tchabah /mario.
dignaste deixar te representar e im­
primiste os traços de tua Santís­ IGREJA (Maria tipo de)
s.ma Face no Santo Sudário ( . . . ) "Historicamente Maria Ssma. foi
que espargiste a luz ( . . . ) sobre o e é o primeiro membro do " Corpo
"Apóstolo' e Evange, ista Lucas, pa­ Místico", do qual Cristo é a ca­
ra que fosse capaz de reproduzir a beça; primeira que física - moral
beleza da Mãe Imaculada. seguran­ - e sobrenaturalmente foi inseri­
do-te. criança. nos braços ( . . ) da em Cristo; primeira que viveu
iiumina a alma. o coração e o es­ correspondendo à Graça do Novo
pírito do leu servo. guia a sua Testamento. - Ela conserva esse
mão para que ( J ela possa pin­ primeiro lugar na Comunhão dos
tar de novo perfeito e digno de Santos. - Maria pertence às 3 fa­
tua imagem criada a da Mãe Pu­ ses da História Salvífica: à época
ríssima ( . ) perdoa os pecados ANTES de Cristo; - ao período
daqueles que, venerando esta íco­ da Vida Terrena de Jesus; - e ao
ne, prestarão homenagem ao mo­ tempo DEPOIS de Cristo. - O que
delo original que está no Céu: pe­ na "primeira" Arca da Aliança es­
Ja intercessão da Mãe Ssma.. do tava realizado como num TIPO
bem-aventurado "Apóstolo" e Evan­ exemplar, realizou-se agora plenJ
gelista Lucas ( . ) Deus Santo. e totalmente na "pessoa" de Ma­
Santo Poderoso, Santo Imortal. ria. - Logo: Maria precede a Igre­
tem piedade de nós." - No Oci­ ja; - A Igreja está em Maria; -
dente. desde 1 1 85 venera-se. em Maria está na Igreja; - Maria é
Spoleto (Itália) a Santíssima /cone, Igreja. - Já desde os primórdios
e ao ensejo dos 2.000 anos do nas­ se fala na intercessão de Maria,
cimento de Maria (7." Centenário chamada por Sto. lrineu (Séc. 1 1 ) :
desta imagem) em capela omoni­ Advogada de Eva; Ela Intercede
ma ne Catedral, grandes festejos junto a Deus conosco e por nós;
se fizeram. à exemplo do que ocor­ Maria é a intercessora - como
re no Oriente. - No Brasil . a íco­ Mãe da /gre;a (Cone. Vat. 1 1 , Pro­
ne mais conhecida é a de N . S. clamação no encerramento) de to­
do Perpétuo Socorro, e no Rio de das as Graças". - (de um tra­
Janeiro está no talvez único san­ balho de José Machado/Desinha,
tuário cavado na rocha, subterra­ no Serra Clube - Tijuca - Rio/
neamente, a 75 m de profundi­ RJ). - Ver: Tipo
dade (equivalendo um prédio de
35 andares). - Ver verbete: San­ IMAGEM - Recurso antiguís­
tuário. slmo de se reproduzir sobre obje­
tos de bronze, prata. ouro, argila/
I DIOMA - Como boa israelita. cerâmica, mosaicos, madeira, pe­
ou mais exatamente. judia. Nossa dra. gesso, etc., em baixo ou alto
Senhora falava, no seu tempo o relevo, em pintura, ou tecer/bordar
a ramaico. cognominado, "a l íngua anatõmica/plasticamente figuras,
dos profetas". - "Os judeus, no imagens para os templos, santuá­
tempo de Cristo. serviam-se co­ rios e residências (cfr. obras do
m u mente na Palestina do aramai­ Egito, Síria, Mesopotâmia. Palesti­
co. Jesus e os Apóstolos prefe­ na, etc.). - No Ant. Testamento
riam-no para o trato com o povo os querubins, por exemplo, devid ?
mais simples, pois o hebraico. à proibição de se reproduzir a f•­
praticamente banido, era emprega- gura de laweh, eram Imagens re-

- 84 -
presentatlvas, simbólicas, da divin­ mas a Porcfúncula é a festa d e
dade. - Os modernos "Santinhos" u m a indulgência (com este caráter
(estampas) são imagens, os "VI­ é a única, na Igreja). - Conse­
traux" são Imagens. as estátuas e guiu-a S. Francisco de Assis d i reta­
quadros são Imagens (não somos mente de Nossa Senhora e d e
nós Imagens d& Deus? - Ver nos Cristo ( 1 293) , para seus "filhos"
escritos paullnos a concepção teo­ e todos agregados, de certa forma,
lógica do homem como imagem de a eles (dia 2 de agosto, N. S. dos
IJeus). - Impossível. pois, que Anjos). - O Papa Honório 1 1 1 ho­
Nossa Senhora, não tivesse sua mologou-a. - Durante 200 anos só
Imagem (retrato, figura) reproduzi­ podiam lucrá-la quem fosse até a
da desde a mais primitiva concep­ Igreja de N. S. dos Anjos (Assis) ;
ção até aos rasgos inspirados dos em 1 480 estendeu-se a todas as
grandes e geniais artistas cuja re­ igrejas Franciscanas, da 1 .' e 3.'
lação seria longo enumerar. - Ort:lem sedidas, porém, na Itália.
Consigne-se apenas que, consoan­ - Em 1 622, G regório XV estendeu
te a tradição, foi S. Lucas o pri­ às igrejas e casas franciscanas d e
meiro que pintou, retratou as fei­ todo o mundo; S. Pio X . conce­
ções da Virgem em forma de ícone deu-a a todas as Igrejas Matriz
(odigtria). - Ver os verbetes: (sede paroquial), Capelas e Ora­
/cone e Arte. tórios de Ordens e Comunidades
Religiosas ( 1 91 0). Deixou a
Porciúncula de ser totles quot/es.
nos casos ou forma estabelecidos
na Const. Apost. " ln dulgentiarum
INDULG�NCIA (do latim fndul­ Doctrina, de Paulo VI , 1 ."-1-1 967
gere, indu/gentia = indultar, per­ (cfr. N .• 1 5) . - � de todo aconse­
doar ou remir, diminuir, condes­ lhável que se leia, que se estude
cender). - Em sentido teológico/ atentamente o mais recente do­
religioso, é a praxis, assente so­ cumento oa Igreja sobre Indulgên­
bre múltiplos pontos da Sagrada cias (citado acima) e se saiba co­
Escritura e tradição ora l . que con­ mo se pode lucrá las. - V. verbe­
fere à Igreja dispor do Tesouro se· te: Escapulário e Devoções.
gundo os méritos e mandato de
Cristo. - Ou seja: " Indulgência
é uma remissão dos pecados já INTELI G�NCIA (de Maria) -
perdoados [porém com pena a des­ A inteligência de N ossa Senhora
contar J . concedida pela Igreja, a teve em grau emi nente a ciência
quem está em estado de graça, adquir.da (conhecimentos do apren­
apiicando-lhe os méritos e as sa­ dizado no Templo, aquele aprendi­
tisfações superabundantes de Cris· do com seus pnis e com os pre­
to, de Maria e dos Santos, i é . , ceptores quando ficou órfã, o do
Tesouro da Igreja." - cfr. Biblio­ exercício como dona·dl'l·Casa. es­
grafia obra n.• 34. - As Asso­ posa e mãe ) ; ciência infusa, o3via­
ciações, contrárias, sodalícios re­ mente proporcionada à sua mis­
cebem-nas por l iberalidade dos são; ciência beata. i é visá:> Ime­

Pontífices, bem como objetos e diata da Essência Divina, pois se


coisas ligadas e de uso nesses tal aconteceu. como provavelmen­
grupamentos (escapulário, crucifi­ te se deu, com Moisés e S. Pau'o,
xo, Rosário, etc.) - No rol das com muito e maior razão terá oc'lr­
"indulgências marianas" destaca­ rido com Maria. - Há de ter sido
se, sem dúvida alguma, a chama­ apenas em alguma importante oca­
da Porciúncula (= pequena porção, sião de sua vida e de modo tran­
pequenino tamanho. referentemen­ si�ório. - A iconografia muito
te ao pedacinho do túmulo de Nos­ apreciou em mostrnr Sant'Ana en­
sa Senhora, em Assis). - Note-se sinando Maria a ler, bem como a
que toda Indulgência é apl icada a Virgem em seus aposentos estu­
uma festa, celebração, ato ou ação , dando as Escrituras.

- 85 _;
ISABEL (forma em gr. do heb. pela diferença de Idade bem po­
'Eiiseb'a = Deus o jurou) - Es­ deria ser sua tia). - Outra hipó­
posa do sacerdote Zacarlas e mãe tese (esta al iás levantada no séc.
de João Batista. Sem Indicação VIl, segundo H ipólito de Tebas):
do g rau o evangelista no-la a::>re­ ambas teriam nascido de duas i r­
senta como "parenta" da Virgem; mãs, filhas do Sacerdote Matham,
como acontece aliás ainda hoje, portanto primas germanas. (cfr. as
os orientais não costumam espe­ hipóteses e argumentações, na
cificar por termos próprios os Bibliografia, obra sob o n.• 64). -
graus de parentes: irmão serve pa­ O fato é que foi Isabel, por Inspi­
ra quase tudo (primo, tio e até ração do Espírito Santo, a primei­
avô) e filho serve, genericamente, ra que, em nome da Humanidade,
para apontar descendentes até reconheceu, viu, proclamou alto e
mesmo distantes. - Neste senti· bom som que o Messias prome­
do, Isabel era "filha" de Aarão, tido chegara: " . . . bendito é o fru­
i . é . . descendente dele, pertencia to do teu ventre ( . . ) a mãe do
à sua descendéncia, logo da tribo meu Senhor ( . . . ) o menino saltou
sacerdotal de Levi (Zacarias tinha, de alegria no meu ventre. Bem­
provavelmente, algum parentesco aventurada a que acreditou, por­
com Isabel, deduz-se de suas fun­ que se hão de cumpr:r as coisas
ções religiosas no Templo). - Ma­ que da parte do Senhor te foram
ria, sendo descendente da estirpe ditas. " (Lc 1 ,39-44) . - Ver os Ver­
de Davi (tribo de Judá) não seria, betes : - Visitação - Zacarias e
acaso Sobrinha de Isabel? (que a Cronologia Biográfica.

J
JOÃO BATISTA/JOÃO EVAN­ "Ao ouvir a saudação de Maria,
G ELISTA (heb. Yehôhanan, gr. lo­ o menino estremeceu no útero
annes = Deus é benigno) - No­ ( . . . ) No versículo 15 do mesmo
me de diversos personagens no cap. de S. Lucas ( . . . ) ficará ple­
Novo Testamento e entre estas os no do Espírito Santo ainda no selo
2 Joões que surgem na " história" de sua mãe. - Daí concluem al­
de Nossa Senhora: quando muito guns autores que João foi liber­
jovem. em Ain Karim, foi assistir tado do pecado original e ornado
o nascimento de um, o Batista. E. de Graça. santificado antes de
no Calvário, quando recebeu como nascer ( . . . ) Conforme esses teó­
filho, e, foi entregue como mãe, logos, a saudação de Maria pro­
e outro, o Evangelista. - No "en­ vocou a Infusão da Graça na alma
canto do encontro" com Isabel de João. que. como acontece com
presenciou a primeira "canoniza­ os que são batizados, ficou livre
ção" do mundo, quando o Precur­ do pecado original ( . . . ) Quando
�or foi santificado ainda, no ventre: a doutrina da Igreja fala da univer-

- 86 -
salldade do pecado original, abre dlção que data do Séc. VI mais
exceção para Maria Imaculada na divu'gou; em heb. Heli (gr. E/i) é
sua conceição, I . é . , quando foi sinônimo de Yehõaquim ou também
concebida Já recebia a plenitude da Yõaklm, etlmologicamente signifl·
G raça santificante. João Batista cando " lahweh eleva". - Segundo
seria uma nova exceção, mas não S. Gregório d e Nise, S. Joaqui m ,
plena, porque recebeu a Graça de­ após educado de forma piedosa,
pois da concepção, ainda que antes tornou-se comerciante de l ã e de
de nascer, no 6." mês de vida. - carneiros, viajando multo. Ao que
Esta doutrina da santificação de parece natural de Séforis, tinha
João no selo materno é muito co­ porém propriedades em Nazaré s
mum entre os autores que falam Jerusalém. - Conheceu Ana, e por
de privilégio concedido ao Precur­ indicação do anjo, levou-a na Porta
sor ( . . . ) pelo papel que devia de­ Aurea do Templo de Jerusalém (sua
sempenhar - abrir os caminhos residência era próximo da pisci na
do Senhor - era conveniente que de Siloé, a probática, (aquela no
fosse purificado antes mesmo de qual, anualmente um anjo curava
nascer, ao primeiro contato com o quem nela estivesse imerso). -
Redentor." (cfr. D. Geraldo Maria Primeiro a Joaquim e seguidamente
d e Moraes Penido. pgs. 39/40, na a Ana um anjo avisou do nascimen­
Bibliografia, obra sob o n.• 64). - to de Nossa Senhora, quando já
Referentemente a S. João Evan­ estavam ambos além da meia-Ida·
gelista, "encerrado com o Pente· de. - A festa do "avô" de Cristo
costes - como diz o Pe. Luiz Per­ celebrava-se em separado, porém
roy, S. J. - o papel histórico d'3 agora faz se juntamente com a de
Maria", saindo os Apóstolos mun­ Sant'Ana, no dia 26 de julho. -
do afora, coube a ele, a este ou­
tro João, a tutela de tão precioso
legado. Estando em Jerusalém ou
em !:feso, levando consigo ou nã·J
a Ssma. Virgem (já perto dos 60
anos), o fato é que jamais descui­
dara de tão insigne incumbência.
Nesta época da existência de Ma· JOSJ: (heb. lodzet, segundo
ria em casa de João, é que os au­ os étimos adzat e ladzat = trocar,
tores colocam as confidências da ]untar, acrescentar) - O nome
Virgem com S. Lucas. Sendo ele
José é de muita estima desde o
natural de Antlóquia e como se
Antigo Testamento, já no alvorecer
r:onvertera após a Ascensão, não da história da salvação, quando por
conheceu pessoalmente Jesus, de
vez primeira aparece, no atendimen·
modo que vinha colher informes
to de Deus aos rogos de Raquel,
para o seu Evangel ho; e, se­ (Gm 30 22-24) . Da forma apoco­
gundo a tradição, já que também
fada hebraica Jehoseph (Yõsef)
era pintor, conseguiu que Maria se
deu em gr. lósepos, em árabe
deixasse pintar num quadro que
Yussef e em latim Josephus. -
fez num tampo de mesa. - Todos
No desenrolar dos episódios que
os contemporãneos da Virgem que
vão de suas núpcias com Maria
descreveram a "dormitio", é a S.
Ssma. à vida doméstica d e Nazaré
João que eles entregam as derra­
queda-se modestamente em plano
deiras providências funerárias, in·
clusive, ajudado pelos anjos, o avi· secundaríssimo, vida humilde, obs·
sar aos Apóstolos di-spersos na cura e certamente dura de carpln·
pregação do Reino. teiro em sua pobre banca d e vi·
!arejo esquecido num ponto da Pa·
lestina. - Alguns documentos ex­
tra-bíblicos - os apócrifos - fa·
JOAQU I M - nome do pai de zem de José homem de certa ida­
Nossa Senhora, o esposo d e Ana. de e até viúvo antes de consor·
Joaquim foi a forma que uma tra· ciar-se com Nossa Senhora, o que

- 87 .....
de forma alguma se aceita, evi­ to] do alto da Cruz confiou Sua
dentemente. - " H á motivos para mãe a um jovem (S. João), por
se crer - diz-nos o teólogo Pe . que teria colocado a seu lado . jun­
•l ames Davis - que S. José tinha to do Seu berço um velho? ( . . . )
a idade considerada normal para Provavelmente S. José era um ho­
contrair matrimônio, aproximada­ mem jovem, forte, viri l , atlético,
mente a mesma de sua jovem es­ belo. casto e disciplinado ( . . . )
posa ( . ) Sua idade pode ser cal­ Nossa admiração não iria para Ma­
culada pelos 19 a 20 anos, não ria, se Esta tivesse feito o seu
mais ( . . ) Pretender que S. José voto de castidade depois dos 50
era um velho quando se casou com anos [fê-lo ainda menina] . Analo­
a Virgem vem a ser um insulto gamente, não admiraríamos S. Jo­
contra a virtude daquele que o Es­ sé, se e l e se tivesse feito seu
pírito Santo chama "varão justo", marido em idade avançada." (cfr.
e simplesmente significa l imitar a na Bibliografia, obra sob o n.• 41 ).
graça divina ( . . ) não há razão - Ignora se se S. José ainda vi­
que j ustifique apresentar S. José via ou se já morrera quando da
como ancião" ( reunião anual do vida públ ica de Jesus, pois a re­
Centro de Investigação e Documen­ ferência derradeira que dele dá-nos
tação do Oratório S. José, dos PP. o Evangelho é a perda e encontro
da Santa Cruz - USA - 1 959) . - no Templo. - O trãnsito de S.
Também o grande Arcebispo no­ José, tendo a assisti-lo Jesus e
vaiorquino, de saudosa memória, Maria, vai por conta da piedosa
Mons. Fulton Sheen, s e Insurge inspi ração dos artistas. - Nenhtr
contra a concepção que, sem pro­ ma criatura como S. José desem­
va h i stórica alguma, desde o séc. penhou missão maior neste mun­
IV, nos apresenta S. José velho: do, sendo guardião intimorato e si­
" Não será um tanto inaceitável - lencioso do maior tesouro que se
estranho mesmo - que tenhamos possa imaginar: Maria Ssma. e
para proteção de Maria, uma jo­ Cristo Jesus. - Ver os verbetes:
vem dos seus 1 6 / 1 7 anos, de li­ Esponsais - Nascimento - Fuga
gá-la a um velho? ( . . . ) Ele [ Cris- para o Egito - Perda e Encontro.

K
KEKHARITOMIONE - "Tentou­ escreve: Kekharitoméne = "cheia
se l imitar e escurecer tão clara de graça", assenta também fures
saudação do Anjo, com traduções Khárin " encontraste graça"
incompletas como esta: Salve agra­ (1 ,30). - Por que tal diversidade
ciada ( ) os maiores oriental is· de l inguagem? - Porque neste se­
tas acharam exata a tradução da gundo caso não queria ele repetir
Vulgata: "Ave , cheia de graça." a plenitude de graça em Maria mas
(Lc 1 ,28) - O próprio S. Lucas que explicar apenas que sendo Ela

- 88 ---
agraciada (agora sim ! ) , não devia cllnãvel, acha-se no vocativo femi­
se preocupar com aquela sauda­ nino: Khaire, Kekharitoméne
ção. - Acrescentamos que o verbo "ave, cheia de graça". - Notamos
Kharitó tem mesmo o significado que Padres e Doutores gregos, co­
de encho de graça divina. (cfr . o mo Atanásio, Sofrõnio, Tarásio,
Dic. Grego Portugués, de lsidro Pe­ Germano etc., frisando a saudação
reira, S. J.). - Kharitó se trans­ do Anjo, declaram Maria: é pana­
forma. no particípio perfeito, em ghia = "toda santa" - é móne
Kekharitoménos, que Francisco Zo­ panaghia = "só toda santa" - é
rell , S. J . , traduz em seu Lexicon panákhrantos = "toda pura" - é
Gracum N. Test. com gratiosus. móne panákhrantos = "só toda
gratlae p/enus e também, gratiae pura" - é móne eulegoméne =
divinae p/enus. - Trata-se de tra· "só bendita" - é se/ eulegoméne
dução adequada - não arbitrária = "sempre bendita", etc. - J: que
- sendo que o particípio perfei to eles compreenderam muito bem o
indica ação completa cujo efeito valor da palavra kekharitoméne".
continua. E estando, o ci tado par­ (cfr. Nota-de-rodapé da obra n.• 27
ticípio, em função de adjetivo de- elencada na Bibliografia).

L
LADAINHAS (do gr. litaneo = elenco das Invocações, a prlncfplo
eu peço, suplico) - Invocações de quantidade livre foi disciplinado,
louvativas e em forma de prece à l imitando-se atualmente a 5 1 ; ex­
VIrgem Ssma. Inspiradas quanto à traídas da Bíbl i a , dos PP. das I g rejas
sua estrutura poética devocional no e Concílios, onde se louva sua CO·
hino da Liturgia grego/bizantina roa de glória (principais prerrogati­
Acatistos (V. Verbete), traduzido e vas e privilég ios) : como Mãe ( 1 3
divulgado em Veneza (pelo ano vezes ) ; como Virgem ( 6 vezes) ; co­
800). - A elencação das súpl icas mo obra-prima de Deus. designada
provém certamente das " Ladainhas em figuras e símbolos ( 1 4 vezes) ;
dos Santos", usadas desde remota como socorro nas aflições de qual­
antigüidade. no Oriente, depois ado­ quer tipo (4 vezes) : e. finalmente,
tadas na procissão para a "Igreja como Rainha por excelência ( 1 1
da Estação" (statio), em Roma: a vezes). - A s invocações mais re­
louvação há de se dever, talvez, centemente i ncluídas. são (embora
aos missionários irlandeses a Cong. dos Ritos os tenha limi­
Quanto à denominação Lauretana, tado, em 1 63 1 ) : Rainha do Ssmo.
é devida ao Santuário de Loreto Rosário ( Leão X I I I . em 1 854) -
(V. o Verbete) , desde Sixto V Mãe do Bom Conselho, o mesmo
( 1 585-1 590). - Nesse Santuário Papa, em 1 903) - Rainha da Paz
mariano famoso por ter no seu in­ ( Bento XV. em 1 9 1 5) - Rainha
terior o que a tradição diz ser a Assunta ao Céu (Pio X I I . em 1 950)
"casa de Nazaré", para ali trans­ e, finalmente, Mãe da Igreja (Paulo
lada pelos anjos, passou-se a can­ V, pela comunicação do Card.
tá la solenemente, enriquecidas d e Knox. Prefeito da Cong. dos Sa­
Indulgências. (V. verbete). - O cramentos e do Culto, em data
de 1 3-3-1980: e referida Invocação união tão Intima à obra da Re­
deve ser Inserida na Ladainha Lau­ denção! - Além das 2 Solenida­
retana depois da invocação Mãe des, 3 Festas e 8 Memórias Inse­
de Deus e antes de Mãe da Divina ridas no Calendário Universal. (V.
Graça. de acordo com novo título verbete: Festas) e, centenas per­
mariano proclamado solenemente mitidas nos calendários particula­
por Paulo VI, em 21-1 1 -1 964, en­ res, i . é . . regionais, com as res­
cerrando a 2.' Sessão do Concí­ pectivas Missas próprias, há ain­
lio Vaticano 1 1 . - Outras Ladainhas da Missas no talvez impropriamen­
marianas (como a de N. S. Concei­ te chamado Commune Festorum
ção). e no Verbete Cone. Vat. 11 BMV . ( • ) - Pensamentos funda­
inserimos a que ordenamos com ex­ mentais do Comum de Nossa Se­
trações. lpsis verbis, de invoca­ nhora; a expressão mais exata en­
ções do cap. a.• da Lumen Gen­ contra-se no invitatório das Matl­
tium (foi incluída nas celebrações nas: " Santa Maria, Virgem, Mãe
dos 2.000 do nascimento de Maria, de Deus, lntercedei por nós". -
no Maracanãzinho (Rio de Janeiro, Contém esta pequena invocação
8 de dez. 1 985). o resumo de toda a grandeza de
Maria: 1 ) Santa Maria - sua
santidade pessoal ; 2) Virgem! -
de preferência a Liturgia lhe dá
URJO - Flor que reflete a esse título, porque é seu privilé­
t ranqüil idade pelo seu aspecto, gio si ngular, que não coube a mais
s lmbolo da pureza pela nitidez, ninguém: ser Mãe e Virgem ao
d a beleza pelos seus contornos, mesmo tempo; 3) Mãe de Deus
do encanto pela sua fragrância; - sua dignidade mais alta e a
d e ntre a s flores é , portanto, das última razão de todos os seus pri­
q u e mais e melhor se pode com­ vilégios; 4) Nossa i ntercessão [me-
parar à Maria, que além do mais,
como a Virgem, tem o poder da
c u ra. Ver este subverbete em
Antigo Testamento e o verbete
Flores.
I • I " o coro de
N todos osSantos Ma­
ria ocupa o primeiro lugar e por Isso não
podemos falar de um comune como se
tivesse sido reunido um grupo de Santos
LITERATURA - Em todas as
nesse form u l ár io . O lugar de Maria é
l iteraturas do mundo. neste ou na­
absolutamente único; é lmpos•ivel reuni-la
quele setor: poesia, trovas, roman­
em grupo com outros Santos. Pelo con­
ce, conto (em nossa nordestina " li­
trário. Ela está acima de
todos os grupos
teratura-de-cordel). Maria Ssma. es­
tá presente (até nos países de como Rainha dos Apóstolos. dos Mártires,
dos Confessores e dasV Irg e ns , como canta
Ideologias contrárias a Religião) . ­
a Ladainha de Nossa Senhora. Podemos
E cremos não existir mais l ídima re­
presentante no vastlsslmo e lenco tod�vla falar em C mum de
o Nossa Se .
das obras literárias que não apon­ nhora, reunindo os textos sobre Ela num
te M a ria. desenhe-lhe o perfil , mos­ formulário enquanto nas várias festas du­
tre a sua figura. rante o Ano. em louvor de ar a , são
M i
considerados e celebrados aspectos parti­
culares. Claramente se vê nisso a Impor­
tância do Comum para melhor inteligência
LITU RGIA - Com que fervo­ dos outros ofícios de Nossa Senhora. Pe­
roso carinho. respeitosa ternura e netrando no conjunto das idéias gerais do
acendrado amor M a ria Ssma. re­ Comum, melhor compreenderemos. por cer­
cebe da Igreja através do seu cul­ to, os pensamentos das festa s particula­
to oficial - a Liturgia - aquela res". (Pius Parsc , osb - Ca lend6rlo LI·
h
veneração devida à Rainha de to­ tll rglco, Vol. 1 1 de "Test. da Cristo"
dos os Anjos e Santos por sua Tlp. Beneditina, Salvador /Bahia, 1953).
- so -
dianeira] - essa é a causa da Maria e o Menino, atrlbuldo a S.
grande confiança que a Cristanda­ Lucas, que era médico e pintor. -
de deposita Naquela que é Auxl- Atualmente a Santa Casa de Loreto
1/um chrlstlanorum. No Bre­ está como que "embutida" dentro
viário (Ofício Divino) a "presen­ de uma grande Basílica (assim co­
ça" de Maria constitui liturglca­ mo acontece com a capela mariana
mente, verifica-se como que a sua de Porciúncu/a, em Assis). - Os
própria definição: /ex orandi, /ex ex-votos que os fiéis deixaram nas
credendi. - V. subverbete: Textos paredes, os pedidos, as preces e
Litúrgicos, em Orações e os ver­ invocações, resultaram no que ho­
betes Missa e Festas. je é a devoção d ita Ladainha Lau­
retana (de Lauretum nome em la­
tim, de Loreto). - Na Itália o San­
tuário de Loreto está sob o guar­
LORETO - Topõnimo de pe­ dianato dos Capuchinhos, e qual­
quena região na Itália centra l , por quer contato se pode conseguir,
ter pertencido a uma piedosa ma­ através da lg. Nossa Senhora de
trona de nome Laureta. Porém Loreto - Cx. Postal , 1 30 1 0
- Vila
querem outros. que a denominação Medeiros - SP (Inclusive para
do lugar advenha de uma colina. inscrição na Congregação Universal
ali existente, eivada de louros. - Santa Casa de Loreto). - V. os
O fato é que a cidade de Loreto verbetes: Associações - Casa -
possui uma das mais - senão a Ladainha.
mais preciosa das rellquias ma­
rianas: a chamada Santa Casa de
Loreto (que devera dizer-se: Santa
Casa de Nazaré, em Loreto). - LUA - A lua reflete, trans­
Conforme piedosa tradição (ut pie mite a claridade do Sol e jamais
creditur et fama e st cfr. Bula de procura empaná-lo, pois até no
Júlio 1 1 , em 1 507), a casa onde
,

eclipse o faz para ressaltar. A lua


residia a Virgem Ssma. cenário da é Maria e o Sol, Cristo. Ver este
Anunciação e do fiat da Encarna­ subverbete em Antigo Testamento.
ção por obra do Espírito Santo, foi,
devido a ocupação pelos turcos
Terra Santa. foi translada milagro­
samente (de modo aéreo ou marí­ LUCAS - (do gr. Loukas ou
timo?), primeiramente para Terzatto Lukios = luc's, lux, luz) - O evan­
(Dalmácia) em 1 29 1 , e depoi s , em gelista, médico e pintor, cujo evan­
1 0-12-1 294, para as Marcas (Itália). gelho 3.", redigido pelos anos
colina de Loreto. - Pesquisas cri­ 63/70 d. C. (canone d e M uratori),
teriosas constataram que de fato maiores notícias nos dá da infãn­
a Casa da Ssma. Virgem desapa­ cia de Jesus e missão da Ssma.
recera de Nazaré, e a que surgiu Virgem. - Ao que parece Infor­
em Loreto não possui nenhuma ca­ mações estas colhidas pessoal e
racterística das habitações locais, di retamente de Nossa Senhora. Se­
Inclusive as pedras que a com­ gundo a tradição pintou-lhe o re­
põem não existem na Itália. A trato no tampo duma mesa ( ícone
casa mede 9,25 por 4 , 1 0 m. con­ dito odigtria = Ela Indica o cami­
frontada com descrições da época nho). - Bem cabível seria dar a
corresponde exatamente. Dentro S. Lucas o cognome de "evange­
da casa se venera um altar de pe­ lista mariano".
dra maciça - a Pedra Santa -
que segundo a tradição servia de LUZ - De forma absoluta a
altar onde S. Pedro e os Apósto­ Luz é Cristo, pois é " Luz do mun­
los celebravam a Santa Missa após do", porém Maria é claridade, o
a Ascensão do Senhor, e davam a reflexo da Luz, seu Divino Filho .
Santa Comunhão a Nossa Senho­ Ver este subverbete em Antigo
ra. - Num nicho, há uma ícone d e Testamento.

- 91
M pessoa do dlscfpulo amado a Hu­
MAE - O judeu no tempo de
Cristo quando se dirigia à sua ge manidade redimida ( . . . ) para Indi­
nitora, chamava-a /mma (mãe, se­ car assim que Ele rejeita uma es­
nhora, em aramaico) . - O evan­ fera de ação puramente humana
gelista S. João sempre designa para Maria a fim de reservar-lhe
Maria exclusivamente com a ex­ um papel muito mais rico, a saber,
pressão " Mãe de Jesus" (é u m o de u'a mãe a cuidar daqueles
título essencialmente teológico e o que seguem a Cristo" - (ctr. art.
único que o apóstolo-evangelista já cit. do Pe. João E. Martins
emprega). - Todos reconheciam Terra. S. J.). - E ninguém, nin­
Maria como "a mãe" daquele ho­ guém, mais e melhor do que Ma­
mem de Nazaré que muitos se­ ria compreendeu e aceitou isso.
guiam e outros perseguiam (era
aquela " espada" que aludira pro­
MAGNIFICAT - O cântico-ora­
feticamente o velho Slmeão). - ção da Virgem, entoado quando de
M a s dos lábios mesmo de Jesus, sua visita a prima Santa Isabel,
não há nenhum registro exarado nas montanhas de Hebron. - Ver:
nos evangelhos onde tenha dito Anunciação (subverbete de Novo
Ele: minha mãe, e muito menos
Testamento) e Devoções.
mamãe. - Para d u ramente desem­
penhar o seu papel de mãe, a sua
m i ssão corredentora, Maria vai MANTO (heb. simlah, indica­
desaparecendo na bíblico-palesti­ tivo de diversos tipos de cober­
nense do seu divino Filho para sur­ turas para o corpo, porém, comu­
g i r apenas no Calvário, quando mente para esta peça maior do
Ela é entregue ao discípulo amado vestuário antigo). - Usavam-no
com este título: ecce Mater tua. tanto os homens como as mulhe­
- Por que Cristo, anteriormente res. Aqueles traziam-no sobre o
ao legado da Cruz sempre que se kilt ou 'ezôr (espécie de saiote
d irigiu à Sua mãe, chamou-a In­ escocês que descia até os joelhos
tencionalmente de mulher? - De­ - cfr. Jr 13,1ss; ls 5,27; 1 1 ,5 ; Ez
ve haver uma razão especial para 23, 1 5 ; 2Rs 1 .8). - Foi posterior­
Isso. Há, e é fác i l atinarmos com mente substituído pelo vestuário
o motivo. Basta que saibamos co­ dito em heb. kuttonet e em gr.
locar a missão de Cristo e o pa­ chiton. espécie de túnica, camiso­
pel de Maria nos devidos lugares, lão de lã ou de l inho que chegava
I.é . • hierarquicamente no contexto até os tornozelos (geralmente mais
salvífico. - " Entre o Cristo. en­ enfeitado, de corte mais feminino
quanto enviado do Pai, e M aria. a dizia-se phigil). - Por cima da tú­
Mãe segundo a carne, não existe nica usava-se então o manto (sma­
relação de subordinação. Na sua /ah) em formatos diversos: qua­
missão messiânica Jesus depende drado, circular (como as cásulas
exclusivamente de seu Pai e não góticas ) . com abertura no centro.
de seus parentes humanos ( . . ) - Aos poucos tornou-se de uso
a vontade do Pai está acima de dos ricos, das autoridades (côilsu­
qualquer princípio h umano e na­ les, governadores. Imperadores,
tural ( . . ) Durante o ministério Reis). - Nossa Senhora, já por ser
público Jesus traça uma barreira de de origem orienta l , onde muito se
demarcação infranqueável entre usava o manto, já por s�>r a Rainha
Ele e a família humana ( . ) no do Céu e da Terra, a Rainha das
Calvário, então Maria aparecerá de rainhas, está sempre revestida do
novo em cena e o próprio Jesus seu manto, sob cuja guarda todos
a chamará para participar de sua nós nos acolhemos porque antes
m issão redentora entregando-lhe na de tudo Ela é Mãe.

- 92 -
MÃOS -
S e h á uma verd a­ ma que aparecerá na Apresentação
deira "pedagogia das mãos eiT' se do Menino Jesus. - E. tendo seus
tratando das posições e gestos 1 5/ 1 6 anos, foi esposada (v. ver­
que o comum delas nos proporcio­ bete Esponsalício) por José (v. ver­
nam, que se d i rá das ' · lições su­ bete) e, "por obra e graça do Di­
blimes" dadas pelas mãos de Ma­ vino Espírito Santo", tornou-se a
ria? Resumidamente, i nserimos Mãe de Deus (Theotókos). - O
aqui, enfoques devidos ao Pe. Pau· perfil da Virgem, em rápido es­
lo J . de Souza, S. J. - Ver no boço, assim nô la apresenta res­
verbete Pessoa o subverbete peitável tradição: "Estatura media­
Mãos: postas p/o Céu - abertas na, tez morena como a dos tri­
p/a terra - cruzadas sobre o pei­ gos maduros, e cabelos que lem­
to (e, escondendo o rosto). bravam a cor do ouro. Tinha ain­
da olhos vivos em que se desenha­
vam pupi las de um matiz tirante
ao da azeitona ( . . . ) sombrance­
lhas arqueadas de um belo negro
( . . ) lábios de doçura maravil ho­
MARIA - Já desde o nome sa. e tinha-lhe a convers<Jção gran­
dado por Deus através do Arcanjo de suavidade: as mãos eram gran­
S. Gabriel à Ana (segundo tradi· des, com dedos atilados; o vestido
ção e como está consignado nos não tinha outra cor senão a que
documentos extrabíblicos). já pelo lhe era natura l , enfim uma atitude
nome, repetimos, " l ê-se" e se "vê" tão humilde e tão apagada que
como e o que é, Quem é, o papel, se lhe via apenas uma simpl ici­
a missão de Nossa Senhora: "ama­ dade cheia toda de g raça verda­
da de Deus" (mritjam) , "Senhora"/ dei ramente divina". (N icéforo) . cfr.
"Princesa" (marjam) , "Estrela do Bibliografia, obra n.• 12).
Mar" (meirjam). que deu Mar:am
(aramáico), Miriam (hebraico) e
Maria (grego): ' amada de Deus"
pela sua imaculada conceição, que
A coloca acima de todas as cria­ MARIOLATRIA - O exagerado
turas, na intimidade do Criador co­ amor a Maria - dizem seus ini­
mo estavam nossos primeiros pais migos - gera a mariolatria. I é . ,
Adão e Eva; "Senhora" ou "Prin­ a adoração Dela e conseqüente es­
cesa" pela sua maternidade divina quecimento de Cristo. Acontece,
que a associa para sempre à Di­ porém, que jamais existirá exage­
vindade; "Estrela" luminosa pela ro, mas poderá (e isto há, não se
suas virtudes sublimes que i luml· se pode negar) erros. desvios. Ina­
na :>s que navegam, pelo mar tor­ dequações em diversas demons­
mentoso deste mundo. - Ver o trações de amor a Ssma. Virgem
verbe�e Nome. - Genltores: Joa­ gerando desta forma um culto de
quim (v. verbete) e Ana (v. ver­ fato idolátrico. ou seja, a mario­
bete). ambos naturais de Jeru­ /atria que de forma alguma se de­
salém. havendo, porém, os que ve confundi r com a classificação
reinvindicam a honra para as cida­ hiperdulia criada por S. Tomás de
des de Séforis e Nazaré. - A ben­ Aquino. (ver o verbete Devoções)
dita entre todas as mulheres (Lc - "Quando eu era jovem teólogo
1 .42) nasceu em Nazaré, a 8 de antes do Cone. Vat. 11 - diz o Card.
setembro (segundo tradição dos Ratzinger, (Prefeito da Sag. Cong.
primei ros séculos da Igreja, em p/a Doutrina da Fé, ex-Santo Ofi­
sermões do monge Efrém de Ca­ cio) tinha uma certa reserva quan­
targo). - Fez o nazlreato no Tem­ to a algumas fórmulas antigas,
plo durante 1 2 anos (dos 3 anos como p. ex.. aquela famosa De
de idade aos 1 5). - Ao que pare­ Maria nunquam satis (sobre Ma­
ce, no Templo teve como precep­ ria nunca se falará o bastante). Pa­
tora a p rofetisa Ana, aquela mes- recia-me exagerada ( . . . ) tinha di-

- 93 -
ticuldade de compreender o senti· documentos. - Ver nota · d e Ma­
do verdadeiro de outra expressão ternidade (subverbete de Dogmas
famosa repetida na Igreja desde Marianos).
os primeiros séculos (o Concilio
d e J:feso, em 431 proclamara Ma­
ria, Theotókos = Mãe de Deus) ;
refiro-me a expressão que chama MEL - Apl icação à Maria da
a VIrgem Inimiga de todas as he­ doçura do mel (figurativamente:
resias. Agora, neste período con­ bondade, pureza, humildade, obe­
fuso em que realmente todo tipo diência) a Igreja o faz com suma
de desvio herético parece bater propriedade. Ver este subverbete
às portas da Fé autêntica, agora e m Antigo Testamento.
compreendo que não se trata d e
exagero de devotos, m a s de ver·
dades hoje mais do que nunca vá­
lidas ( . . . ) é preciso retornar a
Maria, se quisermos retornar àque· MENINA (Nossa Senhora) -
las verdades sobre Jesus Cristo, Os italianos preferem e divulgaram
sobre a Igreja, sobre os ho­ o título Bamblna ( = criança) -
mens . . . " (cfr. cap. VIl, do livro Alguns receiam - sem razão -
A Fé em Crise?, Ed. Ped. Unlv., este culto por nada consignar a
SP, 1 985). Bíblia. Mas a piedosa tradição -
que também conta - adotou, não
é de hoje. - A cronologia que se
segue garante-nos a segurança da
MARIOLOGIA - Ciência que prática: Ano 732 a . C . - segundo
trata sobre Nossa Senhora (o Pe. Riccioti (renomado exegeta) data
Cristovão de Vega, S. J ., diz "teo­
provável do nascimento de Nossa
logia mariana" e Sto. Alberto Mag­ Senhora (de conformidade com o
no deu o nome de Maria/ a sua
ano de fundação de Roma : 748) ;
doutrina sobre a Deipara, sendo
acompanhado por Bernardino de - 1 007, surge em Mi lão a Igreja
Bustis). - Há os que prefiram de Sta. Fulcorina, dedicada ao
Theotoko/og/a (de Theotókos = mãe nascimento de Maria; - 1 251 ,
de Deuf:) e um maior número a i n­ lriocênêio IV éumpre voto (dos
da, quer que se diga MariAiogia Cardeais durante o tónclave) d e,
[se os vocábulos gregos Téos e éhtre outras reivindicações, Insti­
Logos dão-nos Teologia obviamen­ tui r a oitava da festa da Natividade;
te Maria e Logos deveriam dar-nos - 1385, Magnífico templo a Maria
M a riAiogia). Questões filológicas nascente é prometido aos mi lane­
e de enfonia mantém no entanto ses por Giovanni Galeano Viscon­
M ariOiogia. Diz-se mariano ou ti ; - 1 41 8, Martinho V (voltando
maria/ o que se relaciona com a do Cone. de Costança) em compa­
Virgem Maria. nhia do Duque Felipe M. Viscontl,
consagra o altar-mor do templo
prometido 33 anos antes: 1 577, S.
MATE R N I DADE ESPIRITUAL Carlos Borromeu consagro o fa­
Na enc. Mystici Corporis Christis, moso templo Duomo de Milano",
Pio XII ensina que Maria estrei· dedicado a Maria nascente: 1 730,
tamente unida a seu Filho Divino, o bispo milanês, D. Alberico Sl­
ofereceu-se com Ele no Gólgota, mionetta (depois bispo de Como),
"de tal maneira que Aquela que 11ceita a imaÇJem de Maria Menina,
era Mãe corporal da nossa Ca· doada pela R e ligiosa. Sóror Isabel
beça [Cristo ] . fosse, por um novo Clara Fornari, Superiora francisca­
titulo de dor e de glória, Mãe na de Todi (feita por ela mesma);
espiritual de todos os membros". 1 782, o lmperl:!dor Jesé fecha con­
- O Cone. Vaticano 1 1 . faz cerca ventos em M ilão, inclusive onde
de 35 referências a este ponto, era cu!tuada Nossa Senhora Me­
em pelo menos 5 dos seus 1 6 nina; 1 8 1 0, Napoleão, identicamen-

- 94 -
te ao I mperad or José, 28 anos an­ de no lnst_ de Brescla; 1 094. no
tes, procede a fechamentos e fu­ dia 5 de maio, o Card. André Car­
sões de conventos (a Imagem fica los Ferrar!, como Legado de S .
com a ex-capuchlnha Bárbara Viaz­ Pio X, coroa pontificai e solene­
zoll, do Conv. de Santa Maria dos mente a imagem de N. S. Menina;
Anjos. precariamente vivendo no 1 934, aos 50 anos do primeiro mi­
ex-convento das Cônegas Latera­ lagre obtido sob a invocação de N.
nenses, na paróquia de S. Marcos); S. Menina, grandes festejos ; 1 935,
- 1 832, Em Lovere, as santas Bar­ no dia 26 de abril, às 1 4 h no
toloméia Capitânia e Vincenza Ge­ altar de N. S. Menina, celebra-se a
rosa fundam a Congregação das Missa Jubilar da Redenção (como
Irmãs de Maria Menina; 1 841 , Pe. em Lourdes) : M issas durante 72 h
Luigi Bosislo, Vigário da Jg. de ininterruptas (dias 26-27 e 28), bem
S. Marcos, fica, provisoriamente como nos maiores Santuários ml­
com a imagem, 1 842, o Card. Gais­ laneses, para obter-se a Paz; 1 942,
ruck, chama a Milão as Irmãs última festa celebrada na cabela
da Caridade de Maria Menina Lo­ de N. S. Menina, antes de ser, in­
vere (fundadas por Sta. Bartolo­ cendiada durante a 2.' Grande
méia Capitânia e Sta. Vincenza Guerra ajudaram muito a i rmã de
Gerosa, ambas congregadas ma­ Pio X I I , marquesa Isabel Pacelli e
rianas) que, pessoalmente assu­ já a lguns mutilados de guerra);
mem a direção do Hosp. Fa­ 1 942, no dia 2 1 de Novembro. 1 .•
tebenefratelll (a imagem é en­ Centenário do recebimento da ima­
tregue a Superiora do Hospi­ gem no Instituto das I rmãs da Cari­
tal, Religiosa e irmã do Pe. Bo­ dade de Lôvere; 1 943 levam a ima­
sisio); 1 876, a milagrosa imagem gem, secretamente, para Magglani­
foi transladada para a Via Sofia co, a fim de evitar profanações e
(2.' nova Casa Mãe das Religio­ roubo; 1 943, última missa celebrada
sas de Lôvere) ; 1884, estupendo no altar de N. S. Menina (na capela
milagre, obtido pela noviça Júlia anexa ao Instituto) ; 1 43, d ias 1 4 e
Macário: tocando a imagem tosca­ 1 5, total destruição da Casa Mãe
mente recém-encarnada, imediata­ de Milão e da capela anexa ao
mente fica ela - a imagem "bela Instituto; 1 945, retorno da imagem
e viva", artiscamente; 1 887, Dom a uma capelinha na via Mercalli (5
José Sarto (depois Papa e depois de Setembro, para a festa dia 8);
S. Pio X). celebra no altar de í 951 , o Card. ldelfonso Schuster,
Nossa Senhora Menina; 1 887, de­ Arceb. de Milão, lança a pedra de
dica-se, a 24 de maio, a primeira re-fundação do Santuário (5 de ou­
igreja oficialmente dedicada a Nos­ �ubro) ; 1 953, Consagração do San­
sa Senhora Menina, em Brescia, tuário, juntamente com o altar­
entregue ao zelo das Religiosas de mór, pelo mesmo Card. lldefonso
Lôvere; 1 888, dia 8 de Setembro, Schuster (na lápide), datada . . .
a Imagem foi levada em triunfo, 26- 1 1 -1 953, há referência a Sta.
de sua humilde capela de Brescia, Bartoloméla Capitãnio e Vincenza
para o novo Santuário construído Gerosa (ambas congregadas maria­
em Milão. casa Mãe da Congre­ nas). Na Bahia (Porto Seguro),
gação de Lôvere; 1 893, edita-se em existe uma antiga imagem de N.
Brescia a primeira publicação de­ S. Menina, na lg. da Pena, ao que
dicada a Nossa Senhora Menina: parece, desde o séc. XVI I ; A de­
Sorrisos e Vagidos ; 1 897, o servo voção foi introduzida no Brasil
de Deus. Card. André Carlos Fer­ por D. Carlos Duarte Costa (mais
rar!, Arceb, de Milão , aprova a conhecido como " ex-Bispo de Mau­
Liga dos Inocentes, para honra de ra"), ao começo deste século, em
de N. S. Menina e assegurar ora­ Botucatú (SP). - No Aio de Ja­
ções pela Igreja: 1 898, a 1 7 de fev_ neiro o culto a Nossa Senhora
o Papa Leão XIII aprova a Arqul­ Menina foi introduzido pelo ex­
confraria de N. S. Menina, com se- Bispo de Maura, em 1 937, ten-

- 95 -
do er'n sua resld�ncla altar par­ tem em: Goiana (PE). cuJa Igreja
ticular (primeiro na Rua Sampaio foi construída no Séc. XVI I I ; em
Viana, e, depois, na Praça Oto de Brejo da Cruz (PB): no Morro
Alencar). - Mas em nível mesmo do Chapéu, perto de Salvador (BA) :
de Igreja paroquial só temos no em Bagé ( RS), que tomou o título
Bras i l , um templo dedicado a N. de Conquistadora: em Monte Santo
S. Menina, e é o que está na (MG) e em M i l agres (CE). - (cfr.
Arquldiocese d e Sant'Ana de Botu­ Bibliografia n.• 25) . - Em quase
catú: Rua João Morato Conceição, todas as aparições da Virgem nos
398 - Vila Maria - 1 8600 - Bo­ diversos lugares deixa Ela um ras­
tucatú, S.P. (Pároco: Pe. Cláudio tro de milagres ( inclusive a água
Franza - Cx. P. 33). de fontes, como em Lourdes). pro­
digiosas curas como o que já ascen­
de à casa dos 800 casos compro­
M ESA (do Templo) - Cons­ vados pela Ciência e aprovados
truída por Moisés, para louvação pelas autoridades eclesiásticas (o
de Deus, era de riquíssimo lavor, e severo mariólogo Rene laurentin,
nela ficavam expostos os 1 2 pães examinou, recentemente, grande
d a proposição (apresentação. "pre· número deles. - Os incontáveis
ex-votos que superlotam as chama­
sença" das 1 2 tribos de Israel).
dos "Salas dos Milag res" nos San­
De modo místico, Maria é figurada
tuários marianos atestam a infini­
nesta mesa, cujos pães é Cristo,
dade das Graças concedidas nas
que Ela "apresenta" ao mundo.
formas mais milagrosas. - Ver os
Ver este subverbete em Antigo
Testamento. Verbetes: Peregrinação e Promes­
sa.

M I LAGRE - Não está assina­ MISSA O primado da


lado na Bíblia nenhum milagre de Ssma. Virgem sobre todos os san­
Nossa Senhora, ou seja, "fato sen­ tos e anjos proclama-o a Igreja,
sível, extraordinário, que em al­ mesmo na celebração do maior
guns casos derroga as leis da Na­ ato de culto, o Santo Sacrifício da
tureza, o que somente Deus pode Missa. O seu lugar de insigne
fazer por Si ou pelo ministério de honra, com tributação d e especiais
seus anjos e santos". (cfr. Biblio­ louvores, invocações e interpreta­
grafia, n.• 7) - Mas o primeiro ções, vêmo-lo amiúde, de modo
milagre da Vida pública de Jesus especial nas Igrejas e ritos orien­
- transformação da água em vi­ tais. desde S. Tiago, Bispo de Je­
nho, nas Bodas de Caná da Gali­ rusalém, passando pela dos Etío­
léia - Jesus o fez por i ntercessão pes/Copticas, de S. Marcos, Siría­
de Maria. - "O título de N. S. dos cas (maronita e antioquena), gre­
M ilagres é muito comum em vá­ ga e armênia. - No rito latino
rios países católicos como a Fran­ (Romano) é a Virgem Maria lem­
ça, Espanha. Itália, Portugal." (cfr. brada pelo menos 5 vezes. de mo­
Bibliografia, n.• 25).- No Brasil, do explícito e até diríamos solene:
devido aos portugueses e espa­ no Confiteor (beátae Mariae sem­
nhóis um quadro de N. S. da Con­ pre VirginP.)- no Credo (et ln­
ceição passou a ser venerado pela carnátus est de Spírito Sancto, eJC
denominacão de N. S. dos M i la­ Maria Virgine ) - na Stisclpe,
.

gres, " po r que em 1 636 a imagem Sanefa Trinitas (in honorém Beátae
suou copiosamente diante d e todo Mariae Semper Virgini s . ) - no
o povo e durnnte muito tempo . Communicántes, o momento dos
Este suor, recolhido pelos devotos, Santos (in primls g/oriosae sem­
operou estupendos milagres, curan­ per Virglnis Mariae. Genltrlcis
do cegos. cardíacos e doentes de Del ) - na Libera nos, prepa­
úlceras e cancros. O povo mara­ ração para a Comunhão - Corpo
vilh,.. d o deu lhe então este nome. e Sangue de Cristo, que consoante
- Paróquias sob este orago exis- dizer de Sto. Agostinho, repetindo

- 96 -
Doutores da Igreja e endossado tinha sua "morada", a sua eMa.
por outros tantos luminares d a Maria morada de Cristo é como a
Doutrina, "é corpo e sangue de elevação que a sustem. Ver este
Maria" (caro Chrlsti, caro Mariae), subverbete em Antigo Testamento.
ao rito, também sacrificai da frac­
ção da hóstia: "et lntercedente
Beata et gloriosa semper Vlrglne MONUMENTOS - Santuários
Del Genltrlce Maria . . . " - Até famosos, basílicas suntuosas, igre­
antes das reformas litúrgicas pelo jas seculares, capelas, hermidas,
Cone. Vat. 1 1 , extra-missam, i . é . , nichos a se perder a conta e cuja
após a bênção final do celebrante, elencação exigiria páginas e mais
eram recitadas 3 Ave-Marias, a páginas, não apenas de um dicio­
SD!ve Rainha e a impetratória pela nário, mas da al entada enciclopé­
" l ibertação e exaltação da Santa dia. - De modo que, para atendi­
Igreja" (dec. de leão X I I I ) . Por mento a este Verbete, como que
determinação de Pio X I, este nú­ representando e si mbolizando tu­
cleo final de orações à Ssma. VIr­ do o que possa existir, e existe,
gem era aplicado pela con­ de sui-generis, escolhemos u m mo­
versão da Rúss i a . (dec. de 30-6- numento subterrâneo, devic!o a ra­
1 930). - No elenco Missae Votl­ ridade de coisa semel hante. -
vae (= em honra) a Nossa Senho­ Submarino, a receber Maria as ho­
ra e no Commune Festorum BMV, menagens das criaturas aquóticas,
vamos deparar com aquilo que D. oceânicas, marinhas (mi lhares d e
Béda Keckeisen, osb, exarou com espécies de peixes, algas etc.),
muita propriedade no seu Missal e dos marinheiros e mergulhado­
Quotidiano: " Dando Graças a Deus res, temo-lo na Itáli a ; nos alpes,
e enaltecendo as glórias de Maria, nas montanhas e nos ares, en­
subimos com Ela ao altar para ce­ carregaram disso, e com que de­
lebrar o Santo Sacrifício. Partici­ voção ! . os alpinistas, montanhistas
pando do augusto mistério do al­ e aviadores, bem como os pássa­
tar, tomamos também parte na ros e os anjos (chegaram a trans­
grandeza da Mãe de Deus, encar­ ladar a Casa de Nazaré para lo­
nando em nós o Verbo Divino pela reto). - No útero da terra, ou seja,
Santa Comunhão. - " Bem-aventu­ ao profundo e escuro das minas
radas as entranhas, da Virgem Ma­ de carvão e outras, lá é cultuada
ria". - Bem - aventurados tam­ a Virgem em tantos países, por
bém todos aqueles que recebem estes homens de luzinha na testa
o Filho de Deus na Santa Eucaris­ como na Polônia. - Mas dentro
tia. Assim, por Maria somos con­ de um rochedo, no âmago de uma
duzidos para Jesus. "Per Mariam pedra não cremos existam muitos,
ad Jesum". - (Ofic. Tip. do Most. ou até se existe, como este ca­
S. Bento - Bahia - 1 943). - "A vado 75 m (o equivalente a 35
Igreja permite fora do tempo qua­ andares de um edifício) , na casa­
resma/, e não ocorrendo alguma de-máquinas da Adutora do Guan­
festa de Santo, ser celebrada a dú (região rural do Rio de Janeiro),
Missa em honra (votiva) da Bem­ não temos notícia. - Na que foi
aventurada Virgem Maria, aos sá­ cognominada "a obra do sécu­
bados, dia que desde antigos tem­ lo", um grupo de congregados
pos é dedicado a seu culto". (ibi­ e congregadas marianas conse­
dem, cit. anterior) . V. Verbete: guiram das autoridades Estaduais
Textos Litúrgicos, em Orações - e Municipais, entrozar Junto as
e os Verbetes: Liturgia - Festas. bombas-de-recalque, na Estação
do lameirão, pequeno altar-mo­
numento para o Quadro ( ícone)
MONTE - Montanha, outeiro, de N. S. do Perpétuo Socorro. -
morro, pico por serem lugares ele­ Ali, abençoará Ela, Maria Ssma.,
vados eram considerados de es­ os milhões e milhões de litros
pecial predileção de Deus, que ali d'água para uso dos 7 milhões ou

- 87 -
mala de usuátlos da CEDAG tsl­ tlfrcla parece -· salvo melhor Juf.
gla da época da Inauguração, 1 .• zo - Indicar que a elevação se
de maio de 1 966). - A água que seguiu Imediatamente à vida ter­
o carioca bebe - elemento tão restre, sem nada haver de per­
presente de forma milagrosa em meio. - Neste particular, porém,
muitas aparições de Nossa Senho­ livre é a nossa crença. - Os
ra - a água da Adutora Auxiliar únÍcos textos que falam da morte
do Guandú do Sena - Vem aben­ de Maria (sem se deterem na
çoada pela "presença" de Maria "causa mortis") fundamentam-se no
neste monumento de amor, com testemunho dos apócrifos.
feitura tão diferente dos milhares Tendo-se esta ou aquela opi­
que existem mundo afora. (cfr. re­ nião, - "uma coisa é certa:
portagem na revista mariana Es­ não há documento nenhum fide­
trela do Mar, Julho-agosto, de 1967, digno a relatar a morte e o funeral,
págs. 1 76/7). ou a descrever o túmulo e a res­
surreição da Ssma. VIrgem." (cfr.
na Bibliografia obra n.• 4). - Des­
MORADA - Casa, edlffclo, ta­ de a mais remota antigüidade cris­
bernáculo de Deus é figura de Ma­ tã os fiéis celebram no mesmo
ria pois habitada, sustentada por dia da Assunção, a "dormitio" ( =
Ele, tráz também Ela. Ver este sono, adormição), l . é . , o trânsito
subverbete em Antigo Testamento. ( = passamento) de Maria. - Não
se dizia morte, o que a Liturgia,
consoante motivos teológicos, se­
gue e celebra o nascimento, a Na­
MORTE - Com referência a tividade, e, não a morte, com a ex­
Nossa Senhora, não há qualquer pressão natalls die (morte terrena,
documento definitivo que esclare­
mas nascimento para o Céu). -
ça ter ou não ter Ela morrido. -
Ver os verbetes: Assunção, Dor­
E, até hoje, uma particularidade
mição e Túmulo.
ainda passível de discussão, por­
que não está ex;�rada como dog­
ma de fé. - Verdadeiramente não
se sabe (e provavel mente nunca M U LHER - � o tratamento
se ficará sabendo) se Maria mor­ com o qual os evangelistas se re­
reu ou se não morreu. - Se mor­ ferem às Senhoras - santas mu­
reu, teve imediata ressurreição? lheres - inclusive à Nossa Se­
(tentou-se até estabelecer o nú­ nhora, que o próprio Cristo, con­
mero de horas ou dias), e foi ele­ soante costume da época e lugar,
vada ao Céu, em corpo e alma assim o tinham em muito boa con­
onde está, obviamente, viva (a!, ta. - " Mulher, como tratamento
sim, é que reside a verdade de fé). familrar e social, na Hngua grega
- Se não morreu, chegado o mo­ e hebraica nada tem de duro e
mento derradeiro de sua vida ter­ menos respeitoso: pelo contrário,
restre, Deus, como que transfigu­ é uma expressão afetuosa, Indica­
rando-lhe o corpo e elevou-A glo­ tiva de um esti lo elevado [fina
riosamente à Pátria Celeste. Sa­ educação] . Significa "senhora" e
bido é que um texto dogmático em nossa língua, é o título que,
tem sempre Interpretação literal . com multo respeito e solenidade,
Nas palavras da Bula Muniflcentis­ davam os súditos as soberanas e
slmus Deus (definitórias da assun­ até os filhos às mães". (cfr. BI­
ção corpórea) não se exclui, evi­ bliografia, obra n.' 34). - Este
dentemente, a possibilidade dum tratamento que já pelo oráculo di­
período dé tempo entre o fim do vino, aparecera profeticamente nas
!'decurso da vida terrestre" e a origens do gênero humano (Gen
elevação ao Céu. Temos de con­ 3,15) e está, como simbólico véu
vir, porém, que o sentido mais dl­ nos seus fins (Ap 1 2 , 1 ss), Jesus
reto não é esse. A definição pon- dispensará à Sua Mãe Ssma.: no

- 98 -
Templo, aos 12 anos; nas bodas de Chermont - Cx. Postal. 501 3 -
Caná, antes do 1 ." milagre públi­ Agência Atlântica - 22190 - Co­
co, e, finalmente, quando no-la pacabana - Alo/Brasil.
deu, no Calvário, como mãe (ecce
mater tua), encerrando no Novo
Test. esta "história" de Nossa Se­ MúSICA - O Pe. Pellegrlno
nhora, "mulher" admirável. Santucci, recentemente deu a lu­
me, pela Editrice Cappella Musl­
cale S. Maria dei Servi (Bolonha),
obra única, alentada, com 1 . 1 04
MUSEU DE MARIA (de Antro­ págs .. em 2 vols. Ilustrada em co­
pologia Cultural) - Tem como pa­ res, La Madona nel/a Muslca. -
trona N. S. da Esperança, recor­ Desde os alvores, com os hinos
dando a devoção lusitana e de Pe­ bizantinos Kontakion e Akátlstos,
dro Alvares Cabral, que trouxa na aos motetes mais simples o Pe.
náu-caplttlnla em sua viagem quan­ Pellegrlno, autoridade i nconteste
do descobriu o Brasil. - Fundado na matéria, quase que esgota
em 4 de nov. da 1 978, no Alo de o assunto. - Quase, dizemos, não
Janeiro, sem quaisquer fins lucra­ por faltar ao Autor capacidade,
tivos, é um dos mais novos mu­ mas porque ninguém no mundo
seus do pais e pioneiro no gênero conseguirá abordagem plena, total,
e objetivos: "estudar a figura Im­ completa nesta área vastissima de
par de Maria, Mãe de Jesus Cris­ louvores à Nossa Senhora. - São
to, sua importância e repercussão Missas - Ladainhas - Hinos -
nas mais diversas formas de cul­ Seqüências - Ave-Marias - Sta­
tura". (cfr. Cap. 11, Art. 2." dos Es· bat Meter - Magn/flcat - Ope­
tatutos, Diário Oficial do Estado, ras - Canções - Baledas - (/ais·
1 6-2-1 979, pág. 1 9). - A acervo sé, rondeau, viro/a/, mottetto, elen­
neste pequeno lapso de existência ca o Pe. Santtucci) - Preces -
consta já de desenhos, pinturas, e até composições fora do âmbito
gravuras, fotografias, Imagens ar­ sacro-litúrgico (polifônlco, grego­
tísticas e artesanais, estandartes, riano, barroco), ou clássico-erudito,
bandeiras, lnsfgnlas, emblemas e atingindo ao folclórico-popular. -
demais objetos de associações ma­ Os maiores compositores, destaca­
rianas, bem como diplomas, publi­ damente os mais conhecidos, têm
cações ligados ao culto mariano no em suas bagagens algo a Nossa
Brasil, biblioteca especializada e Senhora: Franz Haydn, Mozart,
"slldes" e audiovisual. - Mantém Beethoven, List, Brahms, Parosl , Pa­
Intercâmbio com entidades congê­ lestrina, Donlzettl, Bell lnl, Carlos
neres em vários pafses: Portugal, Gomes, Verdi, Cesar Frank, Ber­
França, Espanha, Inglaterra, Itália, lloz e, a l ista não terminaria. -
Bélgica, Austria, Holanda, EE . UU . , Mas deles todos, pelo menos 3
Argentina, Paraguai, Polônia, etc.; nos deixam marcas inconfundíveis
fomenta pesquisas, estudos e pu­ em nossos ouvidos, quando, mor­
blicações, promove Intercâmbio, mente ao Ange/us, ouvimos os
exposições para a consecução da acordes de suas célebres a famo­
mais ompla " memória" histórico­ sas Ave-Marias: Somma, Schubert
-científico-cultural sobre a figura de e Gounod. - O fato é que existe
Maria na maior latitude abrangente dentro do contexto geral abran­
de povos, raças, línguas e costumes, gente da música, um setor nitida­
rico manonclal que deve ser ex­ mente mariano e os maiores no­
plorado com possivels museus-nú­ mes deste segmento de Arte qui·
cleos (já em funcionamento o de seram ontem e hoje, louvar a
Pernambuco). - A Diretoria com­ Ssma. Virgem com suas composl·
posta por 25 das mais expressivas ções, páginas Instrumentais e or­
personalidades da cultura brasilei­ questrais ou bel-canto e solos ou
ra, tem na Presidência, a fundado­ coral e até o vulgo, em enterne­
ra, Sra. Solange de Campos e cido cancioneiro.

- · -
N
NAZAR!: - Em gr. nazareth; beça e produto santificado do cor­
em heb. naçret; em aramaico na­ po, daí o serem sinal exterior de
sera ; em siríaco naserath e em consagração). - Tinham preferên­
árabe en-nasirah, significando a cia para o ingresso no Templo
mesma coisa em todas estas lín­ (espécie de colégio interno e semi­
guas: lugar verdejante (manten­ interno que funcionava anexo às
do-se a terminação feminina t/th edificações) os parentes dos sa·
ganha o sentido de protetora, gua­ cerdotes. - Maria Ssma. que ne·
rita, devido ao recôncavo, ao des­ le entrou aos 3 anos, o fez cer·
jllnhadeiro do monte ao Norte da temente por influência de Zaca­
Cidade. - Indagam alguns: Ne­ rias, sacerdote casado com a sua
zer � rebento em hebraico, não prima (ou tia?) Isabel. - Ali ti�
terá dado origem ao nome Naza­ cou até os 15, embora o tempo
ré? (Jesus, rebento de Nazaré, o permitido pelos regulamentos fosse
Nazareno). - O fato é que cons­ de até 1 2 anos para os meninos
titui a denominaçâo duma vila na e 13 para as meninas. Presume-se
Galiléia (Palestina) onde se deu o que dilatou-se o prazo de Maria
maior acontecimento de todos os por já está Ela órfã, e aguardava
tempos: a anunciação/encarnação a época para os esponsais (eram
do Messias esperado. (Lc 1 ,26-38 realizados com a jovem pelos seus
e Jo 1 ,14). - Ver o verbete: 1 5 anos). - Ao que parece Ma·
Novo Test. - Anunclaç§o e o ria teve como preceptora, i . é . ,
Apêndice: Cronologia Biográfica. mestra, no seu tempo de nazireato,
a profetisa Ana. Esta iniciou-a nas
Sagradas Escrituras, nos trabalhos
do tear, da costura, cultivo das
NAZI RENA - (do heb. n 'zir = flores na jardinagem, nos serviços
separado, consagrado ao serviço de ornamentação do Templo, cul·
de Deus ) ; - o vocábulo possuía dados dos objet<>s litúrgicos e pa­
várias formas de se grafar: nazi­ ramentos dos sacerdotes. Durante
reu, nazareu, nazireno, nazareno: o dia e 3 vezes durante a noite
podia ser aquela pessoa originá­ havia prescrições oraclonais. -
ria d e Nazaré, bem como perten­ Maria sempre sobressaiu das de­
cente à seita relacionada com os mais pelo senso de responsabili­
ebionistas (usavam o evangelho de dade e piedade, e porque fazia
S. Mateus em aramaico) e tam­ ainda muito mais sobre o que lhe
bém se, de forma multo especial, era acometido.
era consagrada ao serviço de Deus,
mormente no Templo. - Qualquer
pessoa, homem ou mulher, podia
proceder ao nazir, inclusive desde NOME - Filólogos e lingüis­
o ventre; entre as prescrições es­ tas ainda não chegaram a um acor­
tava a de não beber vinho nem do referentemente ao nome Ma­
éerveja, assim como era vedado ria; são variadíssimas as opiniões
o "uso da navalha" (não cortar os quanto a morfologia, semântica,
cabelos, pois, estes longos, con­ etimologia e grafia do termo; cerca
sideravam os judeus, glória da ca· c:le 60 significados são apontados;

...... 100 ......


fazem-11 0 vir- da raiz heb. mará (latim), Anunclaclón (espanhol), As·
(= mirra, ou seja, amarga, sofre­ sumta (Italiano), Asunción (cas­
dora), que, de resto entra na for­ telhano), Beatrix (latim), Beatrlze
mação de diversas palavras) . - Po­ (italiano), e Beatriz (português) =
de ter a origem slrla, significando "portadora da alegria" ou da "san­
dama, senhora; porém, não se po­ tidade", em latim. - Com refe­
de negar à influência eglpcia, de­ rência ao nascimento de Cristo
vido ao nome da irmã de Moisés das puríssimas entranhas da VIr­
e Aarão, Maria, que de lá o trou­ gem, existem muitas variações, co­
xe. - Nos Setenta grafa-se Ma­ mo por exemplo no gaulês: Bettrys,
riam, d'onde vem a forma grego/ e no escocês Beitris, I . é . , Beata,
latim Maria. que prevaleceu, e pre­ Bem-aventurada, Buena que pro­
valece, entre os cristãos. - Elen­ vém do título mariano "Buena Ma­
cam-se os principais significados: dre" (de Buona, italiano) . - Ainda
Senhora - muito amada - ilumi­ outras conitações: Carmel ( = jar­
nada - exaltada - mar amargo - dim em heb.) de Carmela (italia­
estrela do mar - dona (= proprie­ no, espanhol e português), Carme­
tária, rainha) - altura ( = eleva­ lina e Melina (italiano) ; Cármen
da) - bela - luz. - O nome ( = canto), existe um Santuário
Maria rapidamente tornou-se popu­ com este nome: Santa Maria de/
larísslmo - vulgarizou-se mes­ Gármine (popularizado devido à
mo - e foi até proibido em cer­ opera de Bizet). Consuelo (es­
tos palses, de modo que só com panhol e português), nascido do
licença especial se conseguia ba­ título: N. S. do Bom Conselho. Vir­
tizar uma criança com este no­ gínia (de Virgem). Dolores, ob­
me. - Mas também historicamen­ viamente derivado de N. S. das
te se registra: 3 monarcas exigi­ Dores. Dessa variação espanhola
ram que suas futuras esposas não temos lola, lolita, Dolores ou De­
tivessem o nome Maria: Afonso loris, Delora e Delorlta. - Lem­
IV, de Castela, ao casar-se com brando o privilégio do nascimento
uma jovem moura (que para Isto imaculado de Maria temos Con­
teve que ser batizada) ; o rei da ceJçao (português), Concepción,
Polônia, Vladimir (quis que Maria Concha, Conchita (espanhol e cas­
Nevre passasse a se chamar Aloi­ telhano); Imaculada ou Maria Ima­
sa); e o rei Casimira I, também culada (português). - 10 muito
da Polônia (não aceitou o nome usado Consolata (italiano), Conso­
Maria da noiva, princesa russa). lación (espanhol ) , provindo do San­
- A Rainha d'Austria, D. Mariana, tuário italiano della Consolata e
mandou cunhar em Espanha uma de Casas, Institutos ou Ordens Re­
moeda chamada Maria. - E não há ligiosas como por exemplo Con­
conta das variações do nome Ma­ solatrix e também Consolata (no
ria : Inglaterra: Mary, Mariot, Ma­ Brasil). - De uns dos significa­
rlon, Mariel, Mall, Molly e Maris. dos de Maria, Estrela (ou Estrela
- Irlanda: Malre, Mallle, Molra, do Mar), temos Estelle, Stella, Star
More, Maura, Mear e Muirgeal - e Setella Maris (latim). Já loreto
Alemanha: Maria, Marien, Maria­ p rovém do Santuário de loreto (na
leln (Marilyn), Marlanna e Marle - Itália) assim como Lourdes (do de
França: Marle, Mariolle, Marlon, França), Fátima (do de Portugal),
Mariette, Mariey, Mariez, Marlo­ Salete (do de França) , etc. � Do
rlet, Marielle, Marleton, Marion­ lati m li/ium (Maria tem o título de
naud, Marlad e Mariolle - Neo-la­ Urio devido a sua pureza), nos
tinos: Marai, Mariana, Marlanna. ­ vem Lilia ou Lillam. Mercedes,
Variações: podemos elencar alguns significando mercê ou misericór­
que são como que derivados ou dia, como também graças, provém
relativos (se assim nos podemos de N. S. das Mercês (Espanha). -
expressar) a titulas, mistérios e Geralmente como toponimico te­
festas de Nossa Senhora como: mos Pilar, devido ao Santuário
Annunzlata (italiano), Annunclata Nuestra Seiíora del Pilar, que tam-

� 1 01 - -
bém nos deu Polly. Semelhante­ 1
- Genealogia - do gr. genel
mente temos Penha. Rosemary foi = nascimento, raça, estirpe + fo­
usado por vez primeira em 1 745 gos = tratado, estudo; é o qua­
no Rose Castle, em Cumberlan­ dro do estabelecimento ou forma­
dshlre (referindo o Maria como Ro­ ção de uma família, filiação, gera·
sa Mystlca). Vlrglnla tem larga ção, procedência. A genealogia
aceitação em português, espanhol de Nossa Senhora temo-la através
e outros Idiomas existindo lnclusl· da de Cristo estabelecida pelo la­
ve na América do Norte o Estado do paterno (Mt 1 ,1·17) e materno
de Virglnla, bem como a Cidade (Lc 3,23-38). - S. Mateus elabora
de Maryland. - Na Rússia temos 42 gerações em 3 perlodos de 14
a expressão "marluska" referente cada, mas nos 2." e 3." perlodos
à Virgem menina envolta em panos omite algumas gerações; Isto para
à maneira oriental. - E no Bra­ nAo ultrapassar o número 14, que
sil, cremos que o campeão mun­ lhe possibilitou ater-se ao simbo­
dial de cidades, vilas, municlplos, lismo do número 7 na descendên­
localidades com os mais variados cia de Jesus. Na lingua hebraica
tftulos e Invocações de Maria, (V. as letras também servem de alga.
verbete Toponlmla) , sobressai, sem rlsmo, a exemplo de algumas
dúvida Aparecido do Norte (V. ver· maiúsculas do alfabeto romano;
beta Aparecida), no Estado de São do total das letras, 14 formam
Paulo, onda apareceu a lmagenzinha o nome Davi. - S. Lucas (pre­
da VIrgem nas águas do Paralba, so também ao simbolismo) apre­
morena ou negra, "pescada" por senta as 77 gerações da genealo­
humildes homens como os pesca­ gia de Nossa Senhora, Indicando
dores da Galiléia que Nosso Se­ seus ascendentes masculinos: Le·
nhor tornou em "pescadores de vi, Matat, Hell, José. - Maria,
homens". - A Catedral de Brasl­ portanto, é da estirpe real do rei
lla teve g randemente sua constru­ e profeta Davi, bem como da sa­
ção aJudada pela Campanha das cerdotal de Aarão (Levl), Irmão de
Marias, quando todas com este Moisés e Mlrlam (Maria).
nome, espalhadas pelo Brasil, en­
viaram seu contrlbuto.

2- Noivado/Casamento (Mt
NOVO TESTAMENTO - Pers­ 1 ,18, Lc 1 ,27) - A única e multo
cruta-se no Ant. Testamento - ligeira Informação sobre os espon­
profecias, "figuras", slmbolos, ale­ sals/esponsallclo de Nossa Senho­
gorias, aplicação - o munus, l.é., ra e S. José, temo-la fornecida
d e que modo, misteriosa e subli­ por S. Mateus em apenas 5 pala­
me, Maria velo desempenhar no vras: "Estando Maria ( . . . ) despo.
Novo Teot. sua mlsslio; folheando sada com José ( 1 ,18) . - E São
os 4 Evangelhos, os Atos, as Car­ Lucas, explicitando um pouco
tas (eplstolas), o Apocalipse e ou­ mais, diz em 18 palavras: " uma
vindo a Tradição, temos a presença, VIrgem desposada com um var§o,
vivendo conosco, a VIrgem. Valen­ chamado José, da casa de Davi;
do-nos dessas fontes primeiras da o nome da VIrgem era Maria.
nossa Fé, à luz do Ant. Testamen­ ( 1 .27). - Tudo mais que se diga
to - "a verdadeira devoção pro­ sobre o fato slo conjunturas ba­
cede da verdadeira Fé" (L. G. n.• seadas nos costumes e no que
67) ver-se-á a "história" de Nossa até nós chegou através de piedo­
Senhora, nos subverbetes, não e m sas tradições. - "O tempo doa

bíblico-cronologicamente. - E c�
ordem alfabéticas, mas numerados esponsais durava de ordinário -
escreve o Pe. Luiz Perroy, S. J. -
mo tudo que deve Iniciar-se se faz um ano, as vezes menos, e podia
pelos primeiros começos principie­ abreviar-se ao sabor dos Interes­
mos pela (ver Cronologia Bib/Jo­ sados ( . . . ) Passou Maria esse
grllflca): tempo do noivado em Jerusalém?
no Templo ou em casa de alguma Deus assumira a condlçlio huma­
parenta próxima? Teria Ido para na - Et lncarnatus est de Splrltu
Nazaré? A tradição é muda sobre Sancto ex Mar/a Vlrgine: et homo
este ponto ( . . . ) Mais verosslmil factus est. - Observa o Pe. Me.
seria supor que a cerimônia do kenzle , S. J. que as palavras do
casamento se tenha feito após o anjo são quase inteiramente cons­
período requerido, em Jerusalém, tituldas por citações do Ant. Tes­
ou pelo menos logo nos priméiros tamento: Gn 1 6,1 1 ; Jz 5,24; 6,1 2;
tempos da chegada a Nazaré". (cfr. 1 3 ,3; 2Sm 7,12; ls 9,6; Dn 7,14;
na Blbl/ografia, obra sob o n.• 1 2). Mq 4,7. - Muitos querem que o
- O que fica bem claro é que os relato da anunciação se deve à In·
noivos, I . é . , Marta e José, recém­ formações da própria Virgem que
casados, observaram rigorosamente certamente, d e viva voz narrou a
as prescrições contratuais e os S. Lucas - o único evangelista a
costumes referentes a co-habitação fazê-lo - o que está inserido na
que só acontecia algum tempo de­ Bíblia, versão estlmadísslma dos
pois: procedidos os ritos e ceri­ primeiros cristãos. - Note-se que
mônias, cada qual retirava-se para 3 da 4 coroas de glória de Maria
sua respectiva moradia e aí aguar­ (prerrogativas ou privilégios, I. 6 . ,
davam o prazo legal de comple­ dogmas marianos) aqui aparecem:
mentação para a vida em comum. Imaculada Conceição - Maternlda·
- Esta situação entre Maria e Jo­ de Divina - VIrgindade Perpétua.
sé é de clareza meridiana, como - Ver os verbetes: ArcanJo Ga­
prova o que escreve o evangelista briel - Privilégios - Dogma e a
ao tratar da angústia de S. José, Cronologia Biográfica.
vendo Maria grávida, ao retornar
de Ain-Karim (Mt 1 , 19·20): decidi­
damente não tinham morado jun­
4 Visitação/" Magnlflcat"
tos, antes dos 3 meses que a VIr­
(Lc 1 ,39-55) - O episódio, a I nU·
gem passou com Isabel, para onde
sitada cena da visitação, é algo
seguiu "apressadamente" logo após assim de tão transcendente subll·
os esponsais ou esponsalício. - midade que nem sabemos como e
Ver os verbetes: Casamento - Es­ onde enfocar o principal ângulo:
ponsais - José e Cronologia Bio­ e dizer que, dum modo geral, não
gráfica. percebemos bem do seu signifi­
cado, destacando. pelo menos: o
Esplrito Santo que Inspira as pala·
3 Anunciação/Encarnação vras de Isabel (te/e/óssfs) das
t: o fato
-

(Lc 1 ,26-38, Jo 1 , 1 4)
- quais, em boa parte, resultou a
mais Importante de todos os tem­ Ave-Maria; o "momento forte" da
pos acontecido no mundo. Nunca ânsia pelo Messias, o qual recebe,
houve e jamais haverá outro Igual. pela primeira vez no tratamento
Ocorrido em Nazaré quando o Ar­ do evangelista S. Lucas o titulo
canjo S. Gabriel anunciou àquela, de Senhor; o se "conhecerem",
, escolhida ab aeterno, de que seria ainda no ventre materno, Aquele
a mãe do Filho de Deus Altíssimo. que viria e o "precursor" (este,
Estabelece-se entre o embaixador recebe, segundo opinião de co­
divino e a jovem hebréia dos 1 5/ 1 6 mentadores e teólogos. como que a
anos o mais Incisivo e mais deci­ "Santificação", e purificação do pe­
sivo diálogo da História: 1 55 pala­ cado original, antes do nascimen­
vras em 5 frases. - O anjo fala to: razão porque é o único a se­
3 vezes ( 1 34 palavras) e Maria melhança de Cristo e Maria, cuja
apenas 2 (21 palavras) e o rumo festa litúrgica se ce!ebra na data
do mundo é decidido com o "fiat" da natividade e não no dia da mor­
(= faça-se), que convencionou-se te) ; a "pressa" de Maria, claro
traduzir por SIM. O sim de Maria que naturalmente querendo ajudar,
que salvou a Humanidade decaída, servir a parenta já Idosa e grávida
pois naquele exato momento um d e 6 m�ses, em Aln-Karlm, porém
algo mais enchia o seu coração, nlco: o Nunc dlmlttls, de Simello
alguma coisa mais envolvia todo (Lc 2,29-32) e o Benedlctus, Zaca­
o seu ser e só podia explodir - rias (lc 1 ,67-79). - Ver os ver­
como explodiu (este é o termo) - betes: Afn-Karfm.
no seu cântico-oração Magnlficat,
que le Camus diz ser "a única pá·
g i na do Evangelho que nos per­
mite penetrar nos mistérios do es­ 5 - Re torno à casa/Angústias
pírito de Maria ( . . . ) Ela não fala, de S. José - (Mt 1 ,1 9-24) - Não
canta." - Sim, canta Imersa na se sabe nada dos 3 meses que a
mais profunda humildade exaltati· Virgem passou com sua prima
va, o seu cântico de agradeclmen· Isabel numa cidade de Judá nas
to. - Disse, e disse-o bem Sto. montanhas (Ain-Karim?). - Só se
Agostinho, ao afirmar que cantar sabe é que o maior segredo do
é rezar duas vezes, e sentimos elo­ mundo, a mais esperada noticia que
qüente prova disto quando entoa­ a Humanidade podia ter, Maria dei·
mos este poema-oraclonal que a xou no coração de sua prima. -
Ssma. Virgem proferiu em sua lln· Ao cabo de 3 meses passados no
gua materna - arameo/aramáico: lar de Zacarias, retomou a VIrgem
Nascho d/1 tchabah !mario - e ho­ a Nazaré, para, com o seu noivo
je é cantado em todas as lrnguas (estava ritual e legalmente des­
do mundo (em grego o Magnlficat posada com José, ou seja, assu­
tem 1 02 palavras; em latim 89 e mido perante o sacerdote e teste­
em português: 1 05). - Magnificat, munhas as preliminares obriga­
conhe;;ido com este nome latino ções dos esponsais). - Por certo
devido a versão Vulgata de S. Je. Maria morava em casa de paren·
rônimo: Magnificat anima mea D6- tes, próxima a casa de quem es­
minum (palavra Inicial do 1 .• ver· tava esposada (prometida por lei,
so), é um hino ou cântico-oração sem contudo coabitarem); e retor­
entoado pela Virgem nesta visita, nara já de 3 meses grávida, por­
tendo já no sacrário virginal do seu tanto com alguns sinais exteriores
selo, Jesus Cristo. - Observa o deste seu novo estado: mãe. -
Pe. Mckenzie, S .J . , que "o cân· E o carpinteiro José, seu noivo,
tico de Maria, tanto no tema como (desposado) logo percebeu que al­
no tom e na expressão, aproxl· go de extraordinário se passava
ma-se amplamente do cântico de em Marta. Soube, no entanto man­
Ana ( 1 Sm 2,1-10), com o qual po­ ter-se em grande silêncio, a es­
de ser colocado em paralelo." (cfr. pera de alguma explicação. - O
Bibliografia obra sob o n.• 20), fato é que a angústia de José
quando expande sua alma em lou­ precisava ser estancada (chegou
vor e agradecimento; lembra aque· a pensar em abandoná-la secreta·
les outros de heroínas israelitas mente, a fim de não difamá-la). E
que, al iás foram "figuras" de Ma· em seu socorro veio a própria pro­
ria : : Débora, Judite, Maria, (a Ir­ vidência Divina. quando em sonho,
mã de Moisés) e lia. - O Mag. através dum anjo, tudo se escla·
niflcat constitui, não padece dú­ receu: "José, filho de Davi, não
vida, um poema, é jóia da poesia temas receber em tua casa Marta,
hebraica, mas é, antes de tudo, o tua esposa, porque o que nela foi
cântico-oração inspirado pelo Es· concebido é (obra) do Espírito San­
Dará à luz um filho, o qual
p drás o nome de Jesus . . . " (Mt
pirita Santo. - Cremos não me· to
recer consideração o dizerem ai·
guns que o Magníficat já existia 1 .1 9 2 1 ) . - Note-se: o Anjo, além
na literatura religiosa dos judeus, de cessar-lhe a ãngustia, afastando
e , muito menos o afirmarem ou­ todas as dúvidas, Impõe-lhe a In·
tros que foi composto por Isabel e cumbência de apõr o nome na
ainda esta: foi Inserido por Lucas! criança, função que juridicamente
- Com bastante afinidades mais cabia ao pai e desta forma confi­
dois cânticos no contexto messlâ· gurava-se a posição de José co-

- 1 04 -
mo pai legal Daquele que viria 111 dos rebanhos num ralo de 2 km,
luz. - Assim esclarecido, de­ avisado pelos anjos acorreram pres­
sanuviado de suas naturais apre­ surosos à gruta Improvisada em
ensões: "Ao despertar José do residência. E em chegando a gru­
sono, fez como lhe tinha mandado ta, lá " encontraram Maria, José e
o anjo do Senhor, e recebeu em o Menino . . . " (lc 2,16).
sua casa (Maria), sua esposa."
(Mt 1 ,24). - Ver os verbetes: Ca­
samento - Esponsais - Jos6.
7 - Clrcunclsão/Apresenta­
ção/Purlflcação/Simeão (Mt 1 ,25;
Lc 2,21-39) - Após 8 dias do Me­
6 - Nascimento/Belém (Lc nino nascido cumpriram-se as pres­
2,1-20) - Como terão sido aque crições de lei de Moisés : a cir­
Jes 6 meses que medearam do re­ cuncisão e conseqüente aposição
torno de Ain-Karim (visitação) aos do nome; a cerimônia muito sim­
preparativos para a longa viagem ples realizava-se na casa do pai e
até Belém? (viagem naqueles tem· este mesmo, geralmente, procedia
pos bem dura em vencer-se nun.s ao ritual do corte do prepúcio; me­
bons 4 dias a pé ou no dorso dum dida de ordem higiênica, porém so­
burrico, os 150 km ou mais, que bretudo de caráter religioso, lem­
dista Nazaré da aldeia ou vila que brando aos descendentes d e Abraão
seria a pátria do Salvador). - Já que eles eram o povo eleito, do
tinham, Maria e José, plenfssimo qual nasceria o Salvador (logo, Ma­
conhecimento da grande acontecên­ ria e José submeteram-se à lei,
cla a verificar-se em cumprimento por humi ldade, pois já sabiam que
às profecias (que por certo os dois o Menino era o Messias prometi­
leram constantemente, pois é hábi­ do). - E 40 dias após o parto dum
Sagradas em família): "E tu, Be­ primogênito, este deveria ser apre­
ta judaico estas leituras das Letras sentado no Templo, cerimônia esta
lém (chamada) J:frata, tu és pe­ agora, diante dum Sacerdote. Era
quenina entre os milhares de Ju­ outra prescrição mosáica, estabe­
dá; mas de ti é que me há de sair lecida como lembrança do exter­
Aquele, que há de reinar em Is­ mfnio dos primogênitos em terras
rael, e cuja geração é desde o do Egito. Oferecia-se o criança a
principio, desde os �las da eterni­ Deus, sendo ela Incorporada ao
dade." (Mq 5,2). - Chegaram em serviço religioso (o resgate fazia-se
fins d e Tibet (dezembro) ao luga­ por troca de 5 ciclos). - No mes­
rejo que nem cidade era, frente a mo ato procedia-se ao rito de Pu­
um vale vasto e tranqüilo. No cen­ rificação da que dera a luz, por­
tro populacional o burburinho Já ul­ que segundo os costumes hebral·
trapassava o tumulto e confusão cos, toda mulher que tinha um
devido ao acudimento ao edito de filho ficava manchada devido ao
César Augusto para o grande re­ sangue perdido, ou seja, tornava-se
censeamento do Império Romano Impura. O sacerdote d erramava
em suas possessões (já o ordenara sobre ela o sangue de animais sa­
Saturnino e seu sucessor Varo). crificados ao mesmo tempo que re­
- E a Virgem, pressentindo che­ citava algumas orações rituais e
gado o momento decisivo Instou com isto era considerada nova­
junto a José. A premência fê-lo mente l impa. Oferecia também
arrumar para a Virgem um canti­ um par de pombos ou rolinhas,
nho numa gruta que também ser­ conforme as posses, e Nossa Se­
via de estábulo aos animais. - E nhora o fez como pobre que era.
ai é que nasceu-lhe o Divino Filho , Embora não estivesse Ela sujeita
que Ela, tendo-o enrolado em fai­ a esta lei, quis no entanto satis­
xas, colocou num presépio, L é . , fazê-la por obediência e humildade.
uma, manjedoura, à guisa d e ber­ - No dia da cerimônia, compa­
ço. - Os pastores que cuidavam receu ao Templo - Inspirado por

- 105 -
Deus -"- velho Sacerdote, Slmello, Jesus deve ser Igual aquela dos
que profetizou os sofrimentos pe­ Magos que enfrentaram corajós a­
los quais passaria a Virgem c� mente todas as espécies de ob stá­
mo Mãe do Salvador. " . . . uma es­ culos. - E o modo mais seguro de
p a da trespassará a tua alma, a fim achar Jesus - afirmam os comen­
de se descobrirem os pensamentos tadores - é procurá-lo junto à Ma­
escondidos nos corações de mui· ria, sua Mãe, que Ele nos deu
tos". (Lc 2,35). - A cena foi pre­ como nossa e João levou-a (como
senciada por Ana, a profetisa, que nós devemos fazê-lo) para sua ca­
portava como vemos, o mesmo n� sa.
me da mãe de Nossa Senhora.

9 - Fuga e Retorno do Egito


8 - Adoraçlo dos Magos (Mt (Mt 2, 13·1 5; 1 9-23) - A narrativa
2,1-1 2) - Autores há que prefe­ do aviso celeste, aceitação, prepa­
rem Inserir - segundo a Liturgia
do Egi to - fuga para escapar a fú­
rativos viagem, estada e reto rno
- o e pi sód i o da adoração dos
Magos (Epifania) no eleJo do Na­ ria assassina de Heródes no epi­
tal, I . é . , tornand� cronologlca· sódio bíblico que se conhece c�
mente anterior a Apresentação. - mo matança dos Inocentes (todas
Mas é sabido ser lmpossfvef que as crianças do sexo masculino até
os Magos tenham chegado a Be­ 2 anos) - consta apenas d e 1 1 ver­
l é m antes de passado alguns me­ sículos das Escrituras. - Fácil,
. ses (vindos da Caldéia? da Assr- porém, é imaginar o que repre­
rla? d a Arábia? - não se sabe). sentou de sério transtorno e dor,
- Procedentes do Oriente, por­ certamente esta, a primeira "es­
tando caros presentes: mirra, In­ pada" a transpassar o coração da
censo e ouro. - Segundo a tra­ Virgem, conforme p rofec i a do ve­
dição eram sacerdotes e príncipes, lho Simeão. - O Egi to então sob
descendendo de 3 grandes nações domínio romano foi, obviamente o
originárias de Noé. - Procuraram lugar escolhido para este doloroso
o rei para adorá-lo: "E entrando na desterro. - Segundo a tradição -
casa, viram o Menino com Maria. pois de pormenores nada adiantam
sua Mãe . . . " - Note-se que o as Sagradas letras - Marta e
evangelista d iz casa e não mais José, portando o Menino e o es­
gruta; fácil é deduzir que Maria tritamente necessário, Isto fizeram
e José, pelo menos por algum tem­ o mais rápido possível , deixando
po, tenham resolvido mudar a resi­ Belém por certo já noite feita: c�
dência de Nazaré para Be l ém - meçaram os 28 Km de viagem
A rigor portanto, ar onde foi en­
.

, (4 dias) até a fronteira, fóra da


contrá-la os Magos é que Nossa jurisdição herodiana, atingindo a
Senhora começava a enfrentar sua comunidade judaica da dispersão
vida de dona-de-casa; estivera 1 2 estabelecida em Rhinoculure (pró­
anos c o m o Interna, n o Templo; de­ ximo do Rio Ouadi-ei-Anisk): po­
pois em casa de parentes, e órfã. rém não se sentindo seguros ali,
até o noivado (anunciação), para enfrentaram mais 250 Km, chega­
em seguida passar 3 meses em ca­ ram a Hellópolis (outrora cidade
sa de Isabel e Zacar i a s. - Breve dita de On) e prosseguiram até a
lhe seria esta felicidade e sa­ tranqüila aldeia de Matarlch (cer­
tisfação de toda a mulher que ca de 7 a 8 Km do Cairo). - A
constitui o seu lar, pois deverá população de Matarich (alguns gra­
empreender a fuga para o Egito, fam Matariê) orgulhosamente ve­
amargando uma vida de exílio, de nera no Jardim do Bálsamo, um
doloroso desterro da sua querida sicôromo (espécie de figueira) cog­
pátria. - Nossa esperança, nossa nominado árvore da Virgem (o ri­
fé, nosso empenho em encontrar gina-se de outras que ali existiam)

108 -
e diz-se que Nossa Senhora nela da Páscoa porque, com esta Idade
repousou. - A permanência no o Israelita tornava-se Filho ds Lei.
Egito durou até a morte d e Heró­ - De louvar, portanto, o cuidado
des, sucedido pelo filho Arqueláu de José e Maria, providenciando
(ano 750 de Roma e 4 da era vul­ a desobriga do Menino aos pre­
gar). - Uma estada calculada em ceitos da lei mosaica, embora sa­
2 a 3 anos. - O retorno - que bedores - como sabiam - que
foi no tempo de Páscoa em Israel, estava ele dela Isento como Filho
obrigou José, por segurança, "evi· de Deus. - Aliás, Jesus à Isto
tar a passagem pela região da aludiu de certa forma quando, após
Judéia, tomando ele às margens 3 dias de aflita procura foi encon­
do Mediterrãneo por Gaza e Cesa­ trado a discutir com os doutores
réia da Palestina. Esse caminho da lei: "Filho, por que procedeste
passa pelo Carmelo e quer a tra­ assim conosco? Teu pai e eu te
dição local que os viajantes te­ procurávamos ( . . . ) Ele disse-lhes:
nham passado na caverna chamada por que me buscáveis? Não sablels
Escola dos Profetas ( . . . ) e foram que devo ocupar-me das coisas
estabelecer moradia em Nazaré da de meu Pai ?" - Aos que talvez
Galiléia". (cfr. na Bibliografia obra possam considerar um tanto duras
n.• 9). estas palavras, mormente num me­
nino de 12 anos aos seus pais, é
lembrado que há de se ver a ento­
nação da voz (que não se sente
na escrita), o aceno, acentuação
10 - Perda e Encontro no na forma de falar; note-se ainda
Templo (Lc 2, 41-5 1 ) - Como tudo que ao referir-se ao subseqüente
que acontece na vida de todos em Nazaré, o evangelista assevera
nós, o episódio da perda e encon­ que "o Menino era-lhes submisso",
tro do Menino, com 1 2 anos, no adiantando que ao mesmo tempo
que crescia em sabedoria e esta­
por manifesta deliberação divina �
Templo, deu-se, temos de convir
tura, também crescia "em graça
foi, segundo muitos autores " o diante de Deus e dos homens";
' Jogo, era delicado, gentil, atencio­
único a causar n o coração da Vir­
gem receios comparáveis aos que so. E não se pode pensar doutra
teria quando Jesus a deixasse, de­ forma em se tratando de Jesus.
finitivamente dentro da 18 anos - Diz S. Bernardo no tocante a
: este passo das Escrituras: "Em
Início então de sua vida pública.'
(cfr. na Bibliografia obras sob os Nazaré, Aquele a Quem os espl­
n.•s 9, 34 e 42). - Eis uma outra ritos celestes obedecem, e diante
"espada" de que falara o velho do Qual tremem, está submisso a
Simeão. - De forma alguma se duas criaturas; não se sabe o que
poderá acusar Maria e José de admirar mais: se a obediência do
negligentes, ainda mais conhecen­ Filho ou a dignidade da mãe. Na
do-se os hábitos tradicionais das obediência de Jesus há uma hu­
caravanas (as vezes de 3.000 pes­ mildade sem par; na autoridade
soas) que demandavam, na Festa de Maria sobre um Deus há uma
grandeza sem rival."
da Páscoa, a Jerusalém: os habi­
tantes duma mesma cidade, mor­
mente se tinham parentesco, se
uniam em grupos de homens e de
mulheres. - E, multo naturalmen­ 1 1 - Bodas de Caná (Jo 2,1-1 1 )
te supôs José estar o Menino no O antes Menino, agora, passa­
grupo da Maria, enquanto Maria dos 1 B anos da perda e encontro
pensou estivesse ele no grupo dos em Jerusalém , crescera ( 1 ,80m, se­
homens (com 12 anos, ainda uma gundo o que se vê no Santo Su­
criança, tanto podia ficar num gru­ dário de Turim apontado pelo pes­
po como noutro). - Por vez pri­ quisador Glovannl Cordlglla) e se
meira estava ele indo a uma Festa tornara homem feito, com 30 anos.

- 1 07 -
- Aquele Jo§o, o Precursor, que dias do cristianismo) para assina­
"conhecera" no ventre materno de lar o episódio marcante da m e­
Isabel, quando também Ele ainda diação da Virg e m , uma Igreja en­
se encontrava no ventre de sua tregue aos PP. Franciscanos. -
mãe, Maria (visitação em Ain-Ka­ E mais ou menos no lugar onde
rlm), vinha, há um ano, pregando foi a casa de Simão (é o nome
e batizando no rio Jordão. - Era que a tradição dá ao jovem noivo),
lnrclos do ano 28, e, deixando so­ ergue-se a igreja de cúpula bran­
zinha vez primeira Nossa Senhora, ca dos gregos.
Jesus ausentou-se por 2 longos
meses. Neste lapso de tempo fi­ 12 - Maria na vida pública,
zera batiza r-se por João, retiran­
" "
antes da calvário (Mt 1 2, 46-50;
do-se em seguida para o deserto 13, 54-55. - Me 3, 31-35. - Lc
a fim de jejuar, rezar e sofrer a 1 1 , 27-28. - J o 6, 42) - Nenhum
tentação de Satanás nos 40 dias fato em que haja uma ação direta
que p ass ou ali isolado de tudo e da Virgem nos é narrado, na vida
de todos. - De retorno arrebanhou pública de Jesus, após o de Caná
os primeiros discípulos para a até o derradeiro, no Calvário. -
grande missão: aquele que seria São 3 anos e m que toda a Galiléia
" o amado", e se tornaria evange­ e a Judéia foram palmilhadas em
lista, o jovem João; os Irmãos An­ suas cidades, vilas, aldeias e ca­
dré e Simão (este teve o nome minhos chovendo ou fazendo sol,
mudado para Kéfas, i . é . , pedra, a noite ou de dia, no sbbat ou ou­
Pedro); mais Felipe e Nataniel (Na­ tro dia. - E claro é que, impos­
taniel era natural de Caná e aten­ sível não tivesse Maria Ssma., a
dia também pelo nome de Barto­ escolhida para ser a co-Redentora,
lomeu). - Com Maria Ssma. e não tivesse ficado Ela junto Dele
estes primeiros 5 discípulos com­ na " hora" em que começava sua
pareceu em meados de março, obra salvífica, em que completa­
após 3 dias do retorno, a uma fes­ ria a missão para a qual encarnara
ta de casamento em Caná. Nazaré no seio puríssimo da Imaculada. -
dista de Caná ( a Kfar Kanna, dos " Maria foi associada a Cristo no
árabes), 7 km e era toda euforia preparar a obra redentora. por
mormente porque o vinho deveria que, juntamente com Jesus foi
correr abu ndante ; mas, eis a tris­ prometida e anunciada pelos pro­
teza e o vexame iminentes para fetas e esperada pe los antigos
os noivos felizes ; o vinho acabara! justos". {cfr. na Bibliografia, n.•
- E Maria sal do seu habitual es­ 34) . - Teria a Virgem deixado
condimento e obtém de Jesus o completamente a sua casa de Na­
seu p rim e iro e estupendo milagre zaré? - Tudo faz crer que sim,
- transformação da água em vi­ para poder seguir o seu Divino
nho - muito embora Ele lhe tenha Filho em suas freqüentes, longas
dito: " Mulher, que importa a Mim e cansativas peregrinações, cami­
e a ti Isso?", mandou que se en­ nhadas inesperadas por sítios di­
chessem os 6 cântaros de água, fíceis. - Segundo a tradição Ma­
não para a habitual ablução das ria, de modo muito freqüente, jun­
mãos - rito higiênico e religioso tava-se as "santas mulheres" na­
- mas, agora, para proporcionar quele serviço complementar femi­
aos convivas (após provado pelo nino ao ministério público de Je­
arquiticlínlo), cerca de 600 litros sus. (Lc 8, 1 9-2 1 ) - Quem melhor
do mais del icioso vinho que jamais do que a Virgem poderia orientá­
se bebera. - (a capacidade das -las, ensinar-lhes sobremaneira
talhas era de 80 e 1 20 litros). Ho­ que, antes de tudo, seu Filho ti­
je, próximo da fonte onde se apa­ nha como missão primeira a obe­
nhou a água utilizada no milagre diência ao Pai Celeste? - Há de
da transformação nesse vinho, er­ se compreender que embora asso­
gue-se, com sua cúpula vermelha, ciada à obra redentora. esta per­
(ali existiu um templo nos prlmór- tencia exclusiva e ontologicamente

- t oa -
a Jesus. - Maria Ssma. ]amais se mente que lhe foi permitido, el-la
apresentou pública e ostensiva· firme no seu lugar: "Junto a cruz
mente como Mãe de Deus, mes­ de Jesus estava sua mãe. Quan­
mo em ocasiões em que Imensa do Jesus viu ai parada sua mie
alegria Invadira sua alma (duas e o discípulo a quem amava, disse
multiplicações dos pães) e Infinita a sua mãe: - Mulher, eis ar o teu
tristeza lhe trespassara como "es· filho. - E disse ao dlsclpulo: Eis
pada" o coração (ver o filho ex· ai a tua mãe. E desde aquela hora
pulso da sinagoga de sua pátria). o discípulo a levou para sua ca­
-'- São 4, a rigor, as alusões que sa." - Querer-se-á outro e maJor
os evangel istas fazem a Nossa Se· motivo para amar-mos Maria, noa­
nhora neste longo espaço de 3 sa mãe? - " U m célebre orador,
anos: 1 .') no chamado 2." perlodo interpretando essa crença unânl·
das primeiras atividades (julho/se­ me diz: Jesus Cristo não se deu
tembro do ano 29) pela Galiléia, por satisfeito nem repartindo co­
tendo visitado a casa de Pedro nosco a sua sabedoria, nem enrl·
(num sábado, 21 (?) de out.), em quecendo-nos com a sua graça,
Cafarnaúm : "Tua mãe e teus "ir· nem derramando para nossa sal·
mãos" estão lá fora a tua pro· vação todo o seu sangue. Para
cura . . " - 2.') mesma época, na
. que a Redenção fosse, sob todos
2.' visita a Nazaré, num sábado na os aspectos abundante, a fim de
sinagoga local: "Não se chama a que Intima e perfeita fosse a
sua mãe Maria? . . . " - 3.') na si· união com Deus, a fim de que a
nagoga de Cafarnaúm, desconfian· troca que fizera, assumindo a na­
ça à afirmação de Jesus de ser o tureza humana e comunicando-nos
"pão da vida" (Já dera milagrosa· a divina, fosse completa, Ele nos
mente as multidões o pão mate· legou ainda seus direitos de Filho
rlal): "Por ventura não é este Je· que pareciam lntransmlsslvels,
sus, o filho de José, cujo pai e tornando-nos com Ele e Nele, fi·
mãe nós conhecemos?" - 4.') no lhos de um mesmo Pai e de u 'a
3." perlodo, ano 29, Judéia, out./ mesma Mãe, Maria." - (cfr. na
nov .. quando, em Jerusalém, indi· Bibliografia obra n.• 34).
retamente, Jesus elogia Maria ao
responder uma voz dentre a mui·
tldão: "Bem-aventurado o ventre 1 4 - Maria, mãe/No C enáculo
que te gerou e os seios que te (At 1 ,1 4 ; 2 , 1 -4)
- No mesmo
amamentaram." (lc 1 1 , 27-28) . -
lugar (não possivelmente a mes­
Da resposta de Jesus, ensinam os ma sala do pavimento superior da
comentadores, que frisou o Divino casa onde Cristo ceiou pela úl­
Mestre: a bem-aventurança de sua tima vez na Páscoa com os Após·
mãe não era por ter Ela cuidado do tolos e Instituiu a Eucarlstlca) lu·
corpo fisico Dele, mas, antes, por gar abençoado pela estada e lem·
ter sempre ouvido, crido e praticado brança do seu Divino Filho, estava
a palavra de Deus. - A nota do Maria, não como chefe (este posto
Pe. Matos Soares a este verslculo reconhecia-se a Pedro), mas como
sublinha esta louvação à Maria. - mãe, orientadora, conselheira: "To­
Ver o Verbete: Elogio. dos estes [os Apóstolos com ex­
ceção do traidor] perseveraram
unanimemente em oração, com as
1 3 - No Calvário: Stabat Ma· mulheres, e com Maria, mãe d e
ter/Ecce Mater tua (Jo 1 9, 25-27) Jesus, e os Irmãos Dele". - Era
- O "drama" da cruz chegou ao no dia do Pentecostes ( 1 0 dias
epílogo e o Gólgota era o triste e depois da Ascensão) e , "subita­
derradeiro cenário da obra que se mente veio do Céu um estrondo
consumava, I . é . , completava ple­ semelhante ao som de um vento
namente; e assim como esteve impetuoso e encheu toda a casa
presente no seu "fiat" (concep· ( . . . ) E apareceram-lhes repartidas
ção), no et homo factus est (Na· umas como línguas de fogo e fo­
tal), nos 33 anos o mais diuturna· ram pousar sobre cada um deles;

- 1 09 -
e todos ficaram cheios do Espfrlto NUVEM - Figura de Maria
Santo . . . " (At 2, 1-4). - Segundo porque Ela a todos protege dos
piedosa tradição, a chama divina ardores do calor (do mal), refres­
pousou primeiro sobre a cabeça da cando, quando como chuva sua­
Virgem e dar é que se repartiu viza, alivia, Irriga; em forma de
sobre os Apóstolos. - Assim co­ coluna circunda o trono do Altfs­
mo a seus rogos maternais ante­ simo, predita assim, em sfmbolo.
cipou-se em Caná a hora dos mila­ Ver este subverbete em Antigo
gres, no Cenáculo terá Maria apres­ Testamento, e mais: Culto profé­
sado a vinda do Espfrito consola­ tico (em Devoções), tb. Escapulá­
dor. rio.
• • •

o
OLIMPfADA MARIANA ORAÇOES - As principais e
Puas olimpfadas marianas foram mais conhecidas orações ou pre­
realizadas pelas Congregações ces a Nossa Senhora formam uma
Marianas do Alo de Janeiro ( 1 952 coroa de louvores em todas as
e 1 954) tomando parte diversos Igrejas, ritos e Idiomas, orientais
sodalícios dos 1 33, dos 12 setores e ocidentais, sem contar os dia­
da Federação carioca. - Realizou letos de povos primitivos e lín­
com elevadfssimo índice discipli­ guas consideradas mortas - Al­
" ".

nar dentro da máxima d e Juvenal: gumas dentre multas e muitas de­


Mens sana In corpore sano, acres­ las:
cida do l ema rel igioso : et sancto.
Quase todas as principais moi­
e Ave-Maria - a mais antiga
-

dalidades esportivas foram dispu­


tadas pelos atletas marianos que que se conhece e a mais bela que
antes, na abertura dos Jogos, cuja se pode formular a Nossa Senho­
duração foi de 15 dias, fizeram o ra. Compõe-se de palavras do ar­
Juramento do Atleta Mariano, re­ canjo S. Gabriel que as disse em
digido pelo Pe. F rancisco Leme nome de Deus (logo, de I nstitui­
Lopes, S. J. - Os colégios cató­ ção divina), de palavras de Sta.
licos (Maristas, Saleslanos, Jesuí­ Isabel, inspirada pelo Divino Es­
tas), bem como a Polícia, Bombei­ pírito Santo, reafirmação de Deus)
ros e Forças Armadas cederam e, complementação da IgreJa, pela
seus ginásios, piscinas, quadras e voz e consenso da mais l ídi ma au­
campos. - No Brasil foi realiza­ toridade. Depois do Pai-Nosso -
ção inédita, p i one i ra, e, quem sa­ a oração que Cristo mesmo, nos
be? no mundo? ensinou - sem qualquer sombra
de dúvida, a Ave-Maria é a oração
mais i mportante do mundo cris­
tão [inclusive apreciada n 'outros
OLHOS/OLHAR "Jamais credos e seitas) . Que nos apro­
surpreendeu-se na VIrgem um olhar fundemos amorosamente no estu­
turvo; o olhar da Virgem era pu­ do, no conhecimento h i stóri co e
doroso ( . . . ) os olhos refletiam o análise do texto tão belo quanto
seu I nterior ( . . . ) defendiam do ex­ significativo desta prece também
terior". [Sto. Ambrósio) V. estes dita Saudação Angélica. V. os ver­
subverbetes Inseridos no verbete betes: Ave - Ave-Maria e Rosá­
Pessoa. rio/Terço.

- uo -
e Sub tuum praesTdTum - Dl­ e Ato de Consagraçlo - Slo
flcll não encontrar nos devocloná­ Inumeráveis as fórmulas de Con­
rios, esta breve e multo antiga sagração como por exemplo, aque­
oração, cujo texto é de autor des­ la atribuída à S. Francisco de Sa­
conhecido. Expressa, neste cor­ les, que se Inseriu no ritual de re­
rer dos Séculos, em que é devo­ cepção de congregados marianos .
tamente rezada, a confiança no po­ Vários são os Pontífices que redi­
der e na bondade de Nossa Se­ giram Atos de Consagração p�ra
nhora: "Sob a vossa proteção nos os fiéis, objetos, Cidades, Naçoes
refugiamos . . .
" e templosó V. verbete: Consagra­
çio.

e Memorare - O célebre e
conhecldlssimo Lembrai-vos (tira­ e Texto de Bênção - Da mes­
do de uma homilia do grande ma­ ma forma muitos são os textos de
riano S. Bernardo sobre a Assun­ bênção que Invocam oraclonalmen­
ção), tornou-se prece clássica e te a Ssma. Virgem, como está na
fórmula aplicada aos doentes (lar­
profusamente difundida em todo o
gamente usada em Lourdes e ou­
mundo cristão. Como todas as
tros santuários marianos; após a
outras, foi indulgenclada por uma
abertura com a tradicional Sub
série de Pontífices.
tuum praesldlum (Sob a vossa pro­
teção recorremos, Santa Mãe de
Deus . . . ) , o ritual prosegue " . . .
e pela incessão da Bem-aventurada
e Salve Rainha - E uma das VIrgem Maria . . . " V. verbete: Cru­
4 antífonas marianas (v. o verbete zada "Abençoemo-nos por Maria".
Antlfonas) atrlbulda ao Bispo de
Pug, Adernara, membro do Conse­
lho de Chermont e Legado Apos­
tólico na 1 .• Cruzada (tornou-se co­ e Textos Litúrgicos - Em ri­
mo que o canto-de-guerra dos cru­ tos orientais (desde S. Tlago, Bis­
zados). A frase final era: Jesus, po de Jerusalém) são abundantes,
Bendito Fruto do Vosso Ventre. - nos textos da Santa M issa, as I n­
A trlpllce aclamação rezada hoje , vocações oracionais a Nossa Se­
ao final, perpassada de acendrado nhora: melquita, maronlta, ucra­
amor e louvor a Nossa Senhora, niano, etc. - No latino (Romano)
foi acrescentada pelo grande ma­ pelo menos em 5 textos Maria é,
riano S. Bernardo. Fora ele pre­ explicitamente Invocada: ao Confi­
gar em Spira (Alemanha) na quall· teor - ao Credo -na Suscfpe,
dade de Delegado Apostólico. - Sancta Trfnftas (ofertório) - n a
Com enorme massa popular, tendo Communicantes (intenções espe­
a frente o Imperador, entrando na ciais) - e na Libera nos. - An­
Catedral prorrompeu-se o coro no teriormente ao Cone. Vat. 11, re­
cântico da Salve Regina e ao che­ zava-se após a bênção final do ce­
gar ao altar-mor entoava-se justa­ brante: 3 Ave-Marias, a Salve Rai­
mente: Nob/s, post hoc exilium os­ nha e o i mpretratório pela "llber�
tende, finalizando . O santo de­ tação e exaltação da Santa Igreja".
voto mariano, em verdadeiro "trans­ V. os verbetes e subverbetes: De­
porte", fmpeto de amor, fez 3 ge­ voções - Cultos - Liturgia -
nuflexões ao mistério de encarna­ Missa - Festas.
ção, dizendo: ó Clemensl ó Dul­
cisl ó Vlrgo Maria! - Antes de
serem Introduzidas na Salve Rai­ ORVALHO - Imagem de bên­
nha, essas exclamações foram es­ ção do Céu é figura ou sfmbolo
culpidas em lâminas de bronze e de Maria, que orvalha, abençoa o
apostas no piso da Catedral. - V. mundo. - Ver este subverbete em
Antlfonas Marianas. Antigo Testamento.

- 111
p
PALMA/PALMEIRA - Símbo­ ( . . . ) - Tlago o maior e S. João
los da vitória (palma) e da forta­ Evangelista eram também, filhos
leza (palmeira), apl icam-se a M a­ de Zebedeu; a mãe chamava-se
ria: Vencedora do demônio e for­ Maria Salomé e era filha de Sobe,
te ante todo o sofrimento. Ver Irmã de Sant'Ana, e, portanto, tia
este subverbete em Antigo Testa­ da Mãe de Jesus ( . . . ) Cleófas
mento. ( . . . ) era neto do tio-paterno de
Maria Cleophae. - Menção es­
pecial merece-nos a família de Lá·
PARENTES (de Nossa Senhora) zaro, que tinha Intimas relações
Das "visões" da freira alemã com Jesus e Sua Ssma. Mãe."
Anna Catharlna Emmerich (ver BI­
bliografia, n.• 55), transcrevemos: Nota - Em documentos extrablbl lcos
-zacarlas e Isabel ( . . . ) moravam encontremos: Segundo contam, o Israelita
em Juta, perto de Hebron. Por Stolunus, casado com a jovem EmoMJm
sua conhecida virtude e descen­ tiveram as filhas: lsmérla e Emaranclana;
dência reta de Aarão, gozavam Esmérla casou-se com Ellvld, da tribo da
ambos de alta estima do povo; Za­ Benjamim, a tiveram 3 filhas: Sobe, Ana
carias figurava como chefe de to­ a Maharha. - Ana era natural de Belém,
dos os sacerdotes que moravam porém seus pais se mudaram para Sé­
em Juta - Isabel era filha d e
.
forls, a capital da Galiléia. - Nessa
Emerenciana, Irmã de lsméria, que região Ana conheceu Joaquim, cujo ver·
e ra a mãe de Sant'Ana. Por isso dedelro nome era Hell, descendia ele do
chama a Escritura a Isabel prima rei Davi. - Casaram Joaqui m e Ana, e
de Maria. - Maria, Mãe de Jesus, moraram temporariamente na case do SO·
tinha uma irmã mais velha, d e no­ gro, Matat. - Maharha casando-se foi
me Maria Hell, cujos filhos eram morar perto de sua lnnil Ana [mãe de
Tlago, Sadah e Heliadim. - Uma Nossa Senhora), a Maharha teve multo•
filha de Maria Heli era chamada filhos, porém um deles, Mariana, ape­
pelo nome do pai - Maria Cleo­ gou-se multo aos tios, Ana e Joaquim;
phae, que quer dizer Maria, "filha vivia mais tempo com ele9 do que com
d e Cleófas. Esta teve do primeiro a mãe. - Joaquim e Ana, que nAo tinham
marido, Alfeu, 3 filhos: Judas Ta­ descendentes, praticamente consideravam
deu, Simão e Tiago o menor e Mariana [e nAo Maria] como filha.
uma filha, Suzana. Alfeu, que era
viúvo, trouxe para esse matrimô­ PECADO ORIGINAL - priva­
n i o um filho, de nome Mateus, ção, ruptura da graça, i . é . , da ami­
anteriormente chamado Levl, que zade com Deus que já trazemos
mais tarde tinha uma aduana [ban­ como herança dos nossos pais
ca de Impostos] perto de Betsaida, Adão e Eva, ao sermos concebi­
no lago Genezaré. Do segundo dos; somente o batismo no-lo apa­
matrimônio, com Sabas, teve Ma­ ga. Maria, porém, por ter sido
ria Cleophae um fi lho, d e nome escolhida, ab aeterno, para Mãe
Barsabas, chamado na Escritura Sa­ de Deus , foi isenta dessa mancha,
grada Joseph. Depois da Ascensão desse pecado dito de origem, ori­
de Jesus, foi ele, junto com Ma­ ginal. - Ver os verbetes: lmac.
tias, escolhido para um deles ocu­ Conceição (subverbete de Dog­
par entre os Apóstolos o lugar d e mas Marianos), João Batista/João
Judas: a sorte designou Matlas . Evangelista, e, Ab aeterno.

- 1 12 -
PESSOA -
é omo h averia El a tos de total consagração a D eus,
de ser, porquanto, "figuras" de votos que muitos não discernem
Maria, têmo-las fartamente "pin· com a idade de 20 anos! Claro
tadas" nas lindas e entrelinhas do que a Virgem teve precocemente
Antigo Testamento (símbolos, ale­ o uso da razão. Da estada n o
gorias, analogias, aplicações) ; pra· Templo (juventude) aos esponsais
ticamente em todos os Livros prln· (mocidade), até o lidar em Nazaré
cipais, lá encontramos a "presen­ e em Belém (dona de casa). o que
ça" aurora! de Maria. -O surgi· se perscruta da sua "biografia"
mento biológico, sua aparição físl· (ver o Apêndice: cronologia). quan·
ca no Novo Testamento possibil ita to à " pessoa" de Maria, é que, acri­
a que tenhamos então o conheci­ solada das mais excelsas virtudes,
mento da sua "pessoa" como cria· jamais se proc�amou como "autor!·
tura tão viva como nós, tão hu· dade", como " superior", como "dl·
mana como nós, tão vizinha, ferente", mas timbrou sempre, is·
próxima de nós, e, então passamos to sim, pelo silêncio, pelo reco·
a vê la (tota pulchra! ) , a ouvi-la lhimento, pelo abscõndito. - Ao
(ó dulcis Virgo Maria ! ) , a senti-la entoar o "Magnificat", cântico-ora­
éndoxos = gloriosa ! ) - E pode· ção no qual usou cerca de 1 00 pa­
mos nos deter, ousadamente, é lavras, exulta, agradece, e não se
certo, em seu " retrato que quisé· envaidece. Diz Le Camus que as
ramos poder (nenhum artista o palavras do "Magniflcat" nos per­
conseguiu ainda no mundo) traçar­ mite penetrar nos mistérios do es­
·lhe o perfi l. Sirvam-nos - embo· pírito - portanto na psicologia. na
"pessoa" - da Maria, pois ali Ela
ra todas as imperfeições - a abor·
não só reza. mas, de alma aberta
dagens que se seguirão, procuran­
canta ao Senhor.
do revelar nos este ou aquele as·
pecto do espírito. do interior psi·
cológico, da alma da Virgem. Fa·
zemo-lo por amor como poeta-aman­
te (o que é um devoto de Maria e Beleza Física/Corpo - Diz
senão um poeta amante?) a quem S. Dionísio, o Aeropagita, que quan­
tudo se perdoa, pois as ousadias do a viu tão bela, tê-la-ia tomado
de amor são sempre puras, i ngê­ por uma divindade, tal o encanto
nuas e por isso dignas de perdão. que emanava de sua pessoa de
- Com antiga e humilde prece beleza incomparável, se a Fé em
latina é que abordamos este difícil que estava bem assente, confirma­
ponto: do, não lhe ensinasse o contrário,
a teria tomado como Deus! ( tes­
tor qui aderat in Virgine Deum). -
"Na scrlbam vanum, Segundo Sto. Epifânio, S. Nicéforo
Duc, pia Vlrgo, manum' ' . e S. Gregório Nazianzeno - tam­
(para que não escreva e m vão bém contemporâneos da Virgem
(com erros) VIrgem Santa, gula - a cabeleira Dela era loura e
minha mão) seus cabelos flutuavam livremente
sobre seus ombros ; suas vestes
eram, como costume da época, de
lã branca ou ligeiramente azularia,
Como Jesus. a nota predoml· cinto (correia) de estofo simples
nante da e na "pessoa" de Maria envolvendo a cintura, véu branco
foi a obediência. E é das pessoas cobrindo-lhe a fronte e esvoaçan­
obedientes o serem, por conse­ do-lhe sobre os ombros para de­
qüência. tranqüilas nas atitudes, pois descerem até o chão. Mo­
dóceis no trato, ternns nos ges­ desto e circunspecto - diz-nos S.
tos, diligentes nas ações. A firme­ Pedro Crisólogo - era o seu por­
za na!l deliberações já se notara te, graves os seus passos, doce o
em Maria, menini nha em tenra olhar, firme e limpido o timbre da
Idade, pois resoluta fizera os vo- voz, afáveis e atenciosos os seus

1 13 -
gestos, sem pretens6es as atitu­ eonselente e generoso dessas fun­
des. É Sto. Antonino, que piedosa­ ções das mãos vlslveis de Maria
mente observa: ··o corpo da Bem­ é preciso, antes de tudo, que sin­
aventurada Virgem Maria, era de tonizemos com estas mesmas ben·
u m a perfeição absoluta e de uma ditas mãos nas posições em que
forma i rrepreensível", sobre o que elas se nos mostram desde o
nos assevera Bossuet: " E a razão "Fiat" ao "Stabat Mater", até mais
disto é que, Deus, formando o além: até o Cenáculo de Jerusa­
corpo de Maria, teve diante do es­ lém, onde, "com Maria, perseve­
pírito o corpo do próprio Criador": ravam em oração". (At 1 ,1 4)
no mesmo tom diz nos Sto. Alber­
to M agno: " Não se pode duvidar
que do mesmo modo que o Salva­ Mãos postas, para o Céu
dor foi o mais belo entre os filhos Mãos que rezam, que se enrique­
dos homens, Maria também não cem de graças, no encontro ver­
foi excedida em beleza por nenhu­ tical com Deus. Os artistas no-las
ma filha de Eva ( . . . ) dotada de apresentam como, p.ex., Nossa Se·
todas as belezas naturais de que nhora da Conceição e noutros tí·
u m corpo mortal é susceptível". tulos nós brasileiros assim a ve­
S . Bernardo: " Maria era dotada de neramos entusiástica e filialmente
beleza sem igual, tanto corporal N. S. Aparecida - desde que
foi pescada, em 1 717, pelos hu­
-

como espiritual".
mildes pescadores Domingos Gar­
cia, João Alves e Felipe Pedroso,
e Mãos - No contexto de
nas águas do rio Paraíba. - As
corpo humano as mãos constituem mãos postas de Maria em direção
do Céu é aquela Inefável realidade
verdadeiro mundo-universo de mo­
vimentos, gerando incontáveis ges­ apontada pelo seu grande devoto
tos-utilidades, desde o fazer e de­ S. Bernardo: Onipoténcia suplican­
satar um simples nó (nunca má­
te.
quina alguma conseguiu isto) até
a execução, ao piano ou violino, Mãos abertas, para a Terra -
das páginas mais lindas dos i ns­ Enriquecidas no encontro com
pirados compositores, porém, de Deus, essas mãos medianeiras,
modo especial, acariciar os rostos cheias de graças, desprendendo
dos que sofrem, dos velhos soli­ raios de luz e de paz, mãos aber­
tários e das crianças desampara­ tas para o mundo, mãos de orante
das. - Os 4 mil congregados, reu­ antigo, prontas para dar, para o
nidos em Roma, para homenagear serviço, para a luta, para a entre­
os 50 anos de congregação do Pa­ ga. Sintetizam aquela atitude dos
pa Mariano, Pio X I I . ouviram-lhe cristãos de ontem, de hoje e de
dos lábios que estavam sempre sempre: oração e ação (ora et la­
cheios de Nossa Senhora, ouviram boral. - Grave é o erro, sério
estas palavras que se tornaram cé· erro o das mãos supostamente fe­
lebres e tremendamente responsá­ chadas em Deus, mas o fato é que
veis aos marianos: " pela sua abertas para o mundo. portanto,
consagração o congregado maria­ vazias de Deus. - A contempla·
no se torna ministro de Maria e tividade não exclui a atividade; a
como que suas mãos visíveis so­ oração não elimi na a ação, eis o
bre a Terra". (cfr. aloc. aos 21 de que nos indicam as mãos de Ma·
jan. de 1 945) - E o Cone. Vat. 1 1 , ria postas e abertas.
1 6 anos depois, estendeu a todos
os leigos cri5tãos esta atitude de
consagrados. no serviço da Igreja, Mãos cruzadas sobre o peito,
portanto, de mãos visíveis de Me­ portadoras de Cristo - Foram as
ria na Terra (cfr. Dec. Aposto/icem mãos de Maria, cruzadas sobre o
Actuos:tatem, Cap. I. n.• 4 pará­ peito que, na hora bendita daque­
grato 1 6) - Para o desempenho le "fiat", assinalaram a coisa mais

- 1 14 -
Importante acontecida no mundo: pelo Divino M estre e quando. nou­
a vinda de Cristo, a encarnação do tro sitio, o Divino Mestre teve seus
Verbo Divino, para nossa salvação. pés lavados pelas lágrimas de Ma­
Faziam as mãos de Maria, dali pa­ dalena que, em seguida, os enxu­
ra frente, o que de mais transcen­ gou com seus próprios cabelos.
dente e sublime se pode conceber: - Ao respigarmos algo alusivo a
carregar Cristo Jesus. - Mãos Maria Ssma., logo se nos depara
cristóforas. São Cristóvão (pa­ aquela profecia que di retamente da
droeiro dos motoristas) tem esse "boca" de Deus encontramos n a
nome de grafia etimológica grega " inauguração" do mundo, quando
e italiana que significa portador, o Senhor vaticinou de modo terrl­
carregador de Cristo. pois piedosa vel , que a serpente infernal seria
lenda conta que em seus fortes esmagada pelos pés da mulher.
ombros ajudava aqueles que preci­ E ligamos esta profecia do início
savam atravessar duma margem a ( Maria Ssma.) - cfr. Gen 3,15 -
outra caudaloso rio, e um dia, co­ do mundo aquela outra que nos
mo prêmio, transportou o Menino fala dos seus derradeiros dias.
Jesus. - Todo cristão autêntico, quando S. João, sob véus, anuncia:
Isto é, cristóforo, só o é mesmo, "Depois apareceu no Céu um gran­
dando continuidade, in absconditis, de sinal: uma mulher vestida de
ao trabalho das mãos de Maria sol, com s lua deba.xo de seus
sobre a Terra. - Quanto mais for­ pés . " (Ap 1 2,1 )- Portanto, os
mos mãos de Maria, mais sere­ pés benditos de Maria, as suas
mos "cristóforos" neste mundo tão passadas, nos protejeram e prote­
carente de Deus. (cpd Pe. Paulo J. jerão sempre contra as artimanhas
de Souza, S . J . ) satânicas ; eis porque não devemos
jamais deixar os seus caminhos,
nunca abandonar suas veredas, não
• Mãos escondendo o rosto, nos desviar de suas estradas, aque­
a cobrir lágrimas que rolam face las que têm os sinais dos seus
abaixo porque refletem a tristeza pés. Contrariamente as pistas que
e a dor de ver o seu Divino Filho encontraremos serão as de outra
tão ofendido, vilipendiado, Ele que mulher que a Bíblia nos previ ne:
tanto amou a Humanidade a ponto . seus pés encaminham-se para
"

de sofrer e morrer por ela! Mãos a morte e os seus passos pene·


que antes e depois de esconder o tram até os infernos. Não andam
rosto (em La Salette e n'outras pela vereda da vida". (Prov 5.4-5)
aparições) , se apressam em sus­ ou então se nos depararão como
tentar o braço, evitar o castigo de que os pés esmagadores daquela
Deus por tantos crimes, ingrati­ 4." besta da visão de Daniel : "
dões e ofensas ao Amor que não despedaçava e calcava aos seus
é amado. pés o que sobrava" (7,7) - Os
pés que sobre nuvens - algumas
vezes descalços - já muitas ve­
e Pés/Calcanhar - Obviamen­ zes videntes o viram ( mormente
te, em termos anatômicos, o cal­ inocentes crianças) em várias apa­
canhar é uma das partes (a de rições da Virgem - esta bendita
trás) dos pés, tida nas lendas co­ visitadora do mundo que Ela tanto
mo vulnerável (daí a expressão: conhece pois aqui passou, por cer­
"calcanhar de Aquiles", da Mitolo­ ca de 72 anos (segundo Niceforo),
gia) - Conforme esta ou aquela o decurso de sua vida terrena, an­
versão da Bíblia, aparece ora o tes de ser levada em corpo e al­
termo pés. ora calcanhar. Perto de ma aos céus - seus pés já re­
uma centena de vezes falam as pousaram sobre nuvens em tantos
Escrituras Sagradas sobre os pés, lugares e numa azinheira, na Cova
destacando-se obviamente pela im­ da Iria (Fátima), pés que agora -
portância e sublimidade a cena da desde 24 de junho de 1 981 - são
lavagem dos pés dos discípulos vistos por 4 mocinhas e 2 rapa·

- 1 1S -
zes em M edjugorje (Iugoslávia). E, cevlc (21 anos), Marlja Pavlovlc
de uma maneira Inusitada: de ou­ (21 anos), lvanka lvankovic ( 1 9
ro ; sim, dourados, estavam nas anos) e seus 2 patrícios Ivan Dra­
aparições de Natividade (RJ), ao gicevlc (21 anos que não é, em­
Dr. Fausto. De prata eles já eram bora a identidade do sobrenome,
para os devotos da cidadezinha de (14 anos), apesar de terem, estes
Toul (França), onde desde o séc. irmão de M i rjanal. e Jakov Colo
XV venera-se Notre Dame ou Pied 8 videntes (agora passou também
d'Argent (Nossa Senhora do Pé de a ver Nossa Senhora, a menina Je­
Prata). - Projetam os pés de nos­ lena Vasjly), visto a rosto da
sa querida Mãe do Céu - quer Ssma. Virgem bem de perto - os
de prata ou de ouro - nestas da Iugoslávia, tridimensionalmente,
constantes e abençoadas "visitas o que não aconteceu com os de
de Mãe" o que o profeta Isaías Fátima - nenhum deles será ca­
disse: "Que formosos são sobre paz de dizer como exatamente viu
os montes os pés do que anuncia o rosto de Maria Ssma.; ou me­
e prega a paz, que anunc.a o bem, lhor: não saberão descrever a be­
do que prega a salvação, do que leza resplandescente, infinitamente
diz a Sião: o Deus está para rei­ lindo de tal rosto, simplesmente
nar ! " (52.7) -Em todas as apari­ porque é impossível tal descrição.
ções outra coisa, Implícita ou ex­ Os próprios anjos do Céu não sa­
plicitamente, não tem feito Nossa beriam fazê-lo. - Se o rosto é o
Senhora; nesta agora da Iugoslávia espelho d'alma, não existiu nem
intltu!ou se inclusive a mensageira existirá rosto mais belo do que o
de Nossa Senhora, cuja alma, com
da Pat (Mir, em croata). conf ir­
o seu sagrado corpo, está de for­
mando a devoção espanhola do
ma gloriosa no Céu, ao lado de
Séc. XI e a Invocação lauretana
Deus.
aprova d a em 1 9 1 5 por Bento XV. ­
Então só podemos exclamar a tão
excelsa Mãe, como implorou no
seu cântico Zacarias: . . . para di­
• Olhos - Na face, ou seja,
"

rigir os nossos pés no caminho


da paz". (Lc 1 ,79) na parte superior do rosto, a mais
nobre. sem dúvida alguma do cor­
po humano, Deus colocou os
e Rosto/Semblante "Se to­
- olhos, distinguindo-os sobremanei·
do exterior do homem é reflexo ra em tudo, em nossa constitui·
de sua alma, o é de um modo ção física. Diz-se que os olhos
especial o rosto". (Juan Rey, S. J.) são as janelas do nosso ego, atra­
- Sim, afirma-se que o rosto, ou vés deles revela-se, reflete-se a
seja, a face, o semblante, é o nossa alma. - E como eram os
espelho d'alma, onde todos os o l hos da Ssma. Virgem? - como
sentim e n tos se manifestam; o sem­ eram não, mas como são? Deve­
blante, o rosto, reflete com fideli­ mos prescindir se eram azuis tur­
dade não apenas o exterior, mas quesa tal qual o céu outonal; se
também o interior. - E como foi? eram verdes esmeralda como as
como era? como é o rosto de Nos· águas de calma praia; se eram
sa Senhora? Não poucos - como castanhos como as nozes, ou eram
por exemplo Sto. Ambrósio - ten­ pretos como remansosa noite de
taram "descrever" o rosto da estio. Tenhamos certeza porfSm,
Ssma. Virgem, e, é claro, não con­ que eram - mais exatamente, são
seguiram. Se chamarmos para um - de extrema beleza. Nenhum
depoimento pessoal a irmã Lúcia, vidente pôde até hoje descrevê-los
(a vidente de Fátima. que ainda com precisão, após as aparições
vive entre nós aos 80 anos) ou uma mas quedam-se extasiados diante
das 4 mocinhas iugoslavas - vi­ do magnetismo que expandem tal
dentes de Medjugorje - Vicka qual Fachos de luz inebriantes. -
lvakvic (20 anos), M i rjana Dragi· O Doutor da Igreja Sto. Ambrósio

116 -
� quem, desde o séc. IV nos for­ terlor a transmitir. pelos olhos,
neceu descrição de como, certa­ nossos sentimentos puros e não
mente, foram - são - os olhos deixemos que do mundo exterior
de Maria, quando "pintando" o entrem pelos nossos olhos o mal
seu retrato emprega duas frases do pecado. - Digamos como a
sobre seus olhos; duas observa­ congregada mariana. Maria Tereza
ções mais importantes que a cor Gonzalez-Ouevedo y Cadarso ( 1 -4-
que possam ter: Numa frase o 1 930/8 4-H lSO), cujo processo de
Doutor da Igreja diz que refletiam canonização se acha em curso:
o seu interior e noutra fala que se "Madre m;a. que e/ que me vea,
defendiam do exterior. !: preciso te ves s Ti".
dizer alguma coisa mais para se
ter idéia da beleza dos o'hos de
Maria? - Seus olhos jamais es"le· e Olhar - Os olhos transmi­
lharom a raiva, o aborrecimento, tem o olhar, Irradiam suas men­
o enfado, a tristeza, a inveja ou a sagens. Dizem os autores antigos,
menor atitude negativa. mas sem­ inclusive muitos que foram con­
pre se mostraram no esplendor do temporâneos da Virgem, que ja­
seu brilho, a serena doação, a sua­ mais alguém a viu numa situação
ve ternura, a pleníssima confian­ ou atitude cuj o olhar não refletisse
ça, a doce paz. Assim, eles eram serledt.de. Sto. Ambrósio diz: Ja­
ou são azuis, verdes. castanhos, mais surpreendeu-se na Virgem um
negros porque simplesmente be­ olhar turvo; o o 'har da Virgem era
los em sua constituição Intrínseca. pudoroso. - Podemos, muito de
Os olhos de Maria foram destina­ longe é claro, deduzir de alguns
dos a contemplar Jesus, logo eram momentos da vida de Nosso Se­
e são olhos onde o profano não nhor, como foi o olhar de Nossa
emitiu seus ralos ao mundo, não Senhora:
lhe empanou o brilho da pureza.
Nos olhos de Maria estavam des­ - de místico espanto - aquela
tinados a mirar o Céu e se vol­ "perturbação" de que fala o
viam para o chão da terra so­ evangelista, no Instante verda­
mente quando Ela procedia a lida deiramente abismal da mensa­
do lar. Os olhos de Maria se gem do Anjo, convite que ja­
hoje nesta Terra estivessem não mais mulher alguma do mundo
pousariam nos vídeos Indecorosos, já teve nem terá: ser a mãe de
das TVs. nas telas aberrantes dos Deus!
cinemas, nas páginas peçonhentas
das revistas e jornais, nos palcos - o tê-lo pequenino, Indefeso co­
crimi nosos dos teatros e tantas mo homem no seu colo, enfai­
casas de espetá culos mas se re­
,
xando-o contra as intempéries;
colheriam nos livros de devoção,
- quando cruzou seu olhar com o
volveriam, ternos, contemplativos
de Simeão para ouvir aquele
ao crucifixo onde seu Divino FI­ terrível vaticínio!
lho pagou com a sua vida, até a
última gota do seu Sangue, o nos­ - o olhar de dura, dolorosa. tor­
so resgate pelo pecado dos nos­ mentosa, angustiosa fuga apres­
sos primeiros pais. - Os olhos sada rumo à terras desconhe­
da Virgem entre as muitas e san­ cidas do Egito;
tas virtudes que refletiam, sem dú­
vida de forma eloqüente mostra­ - ainda na Infância, aquele olhar
vam a da pureza, as portas ou de suma a legria que afugentou
janelas dos seus olhos estavam a aflição de 3 dias de procura
sempre abertas para a contempla­ por toda Jerusalém !
ção do Belo e do Santo. Nossos
olhos devem imitar em tudo os - as vezes, Inúmeras, que mirou
da VIrgem. Ordenemos nosso In- a garoto Ir passando a jovem,

1 1 7.--
no lar de Nazarê, cheio d e vi­ 1 ,46-55), no dizer de le Camus.
da e tão "submisso", anota o "a única página do Evangelho que
evangelista. nos perm 1 l<:: penetrar no espírito
da V i ry�m. quando t:Ja não fa,a,
- já adulto feito, numa festa de canta· e o to:: z , não no idioma
bodas - a de Caná da Galiléia hebraico, mas em sua língua o
aramaico: "Nascho di/ tchaban Imo­
conseguiu de Jesus, apressar �
- quando o olhar terno de mãe
rio . . " - 2.") quando, na perda
.

seu primeiro milagre, antes da e encontro de Jesus menino, no


hora/ Templo de Jerusalém, em 17 pala­
vras, maternalmente disse da sua
- olhar que ninguém no mundo aflição e S. José pelo acontecido.
poderá fazer idéia da terrível ( lc 2,48) - e, 3.") nas bodas de
extensão: trocado, a distância. Caná da Galiléia, tão lacônica quan·
lá pela hora terça do dia 23 de to confiante na sua mediação jun­
N isan, na Parasceve, quando, to a Jesus. Dele conseguiu a fei­
ao sinal da trombeta, pôs-se tura do primeiro mi lagre da sua
em marcha. sob o comando do vida pública, com 10 palavras. (Jo,
centurião Cornélio, o cortejo 2,3) Diz-se que a boca só fala
-

levando o "condenado" até o do que está cheio o coração; Jogo,


Calvário para a maior ignomia Maria só falava de Jesus . Pou­
jamais perpetrada contra um cas palavras, porém cheias de pro­
fundo significado ; graves frases,
inocentei
mas de suave aceno; tom de voz
sério, porém terno, carinhoso. Em
- os outros olhares dali pra fren­
suma, voz como o soprar da brisa
te, só tiveram a cessar-lhe a
- como dizem os salmitas, po­
Imensa dor quando após aque­
dendo-se aplicar-lhe a imagem ou
le bendito dia da "dormitio"
comparação que os poetas costu­
Jesus mandou que os anjos a
levassem. em corpo e alma para mam usar: tinha a voz de uma flor
se acaso a flor falasse.
o Céu, onde está, com benévolo
olhar de mãe nos esperando.
e Sorriso - Quase não há, na
• Voz/Palavra - Todos os es­ literatura religiosa, referência ao
tados ou atitudes ou gestos ou sorriso de Nossa Senhora. Rarís­
formas da Vi rgem nos devem ten­ simos pintores têm-na pintado com
der a imitá los porque se todos llgeiríssimo ar sorridente, quando
eles santificaram-na ou melhor, re­ tem o Menino Jesus ao colo e
fletiam a sua excelsa santidade, embevecida olha para o seu res­
a nós nos servirão como baliza­ tinho infantil. - Notícias, anota­
mento na senda da perfeição. - ções que temos sobre o sorriso
"Que a vida dos cristãos - exor­ de Maria está grandemente no de­
tou Pio XII ao proclamar o "Ano poimento dos videntes, nas apari­
ções; na documentação policial -
o mais possível , com a imagem :
Mariano" ( 1 954) - se conforme
portanto insuspeita - que o Cô­
o modelo. da Virgem Maria". - nego Humbert Pasquier, extraiu res­
Aconselhava-nos o saudoso Pon­ peitante às aparições de Lourdes,
tífice a " reproduzirmos em nossas anotações do Comissário do Can­
vidas, a vida da Virgem, copiarmos tão, Jean- Domlnique Jacomet: " . . .
a sua imagem em nós mesmos uma mocinha [ Bernadette Soubl­
para a refletirmos nos outros" . - rous] anda dizendo estar em co­
Registrado pelos evangelistas, só municação com a Virgem ( . . . ) con­
temos, diretamente brotadas dos vidamos esta criança para depor:
lábios de Maria. 1 1 5 palavras (cla­ ( ) " Encarei um instante. me
ro que este número varia confor­ ajoelhei e rezei. Aquero [aquilo]
me a versão da B íblia consultada) . sorriu para mim e entrou na gru­
em 3 passos: 1 .") BB palavras ao ta . " - O Aquero (aquilo) nada
. .

entoar M a ri a o "Magnlficat" (lc mais era do que Nossa Senhora,

- 118 -
que sorriu para a assustada Ber­ esperaba su HIJo ( . . . ) Alll la tenla
nadette. E agora nos vem de ou­ preparado um trono de reina a su
tro lugar, de Medjugorje ( Iugoslá­ lado'". - E os maiores pintores
via), nas aparições que lá acon­ já deixaram em suas telas esta
tecem desde 25-6-1 981 ; consignan­ cena celeste: a Santíssima Trlnda·
do a J.• aparição, esrceve Dobro de - o Pai , o Filho e o Espírito
Od Angela (traduzido pelo. Pe. Jor­ Santo - depositam sobre a ca­
dão Maria Pessati. INC: . uma beça da Ssma. Virgem e coroa da
das videntes aspergiu Nossa Se· glória, não aquela perecível como
nhora com água benta dizendo: a coroa-de louros tão buscada pe­
"Se és a B3m-aventurada Virgem, las criaturas aqui na Terra. mas
Mãe de Deus, fica conosco, pois aquela outra imperecível. eterna,
queremos pertencer-te: mas se és de verdadeira glória, do Céu, que
um outro espírito, foae de nós ! " repousa na cabeça de nossa que­
- A estas pa1avras a Senhora sor­ rida mãe, Maria, a Rainha do Céu
riu e disse: "Minhas queridas crian­ e da Terra, dos Anjos e dos San­
ças, Eu sou a V.r{i�m Maria . . . " tos, dos homens. do Universo. Ca·
beça coroada com a coroa de mãe
e também coroa de Rainha.
Nota - (págs. B/9 do opúsculo ho­
menagem aos 2.000 anos do nascimento de
Nossa Senhora Já em 3.• ediçAo, e que
podo ser pedido a: Ma. Antonia Abuchain PEREGRINAÇÃO - Desloca­
ou ioianda Pacheco - Av. imirim. 642. 2.• mento I ndividual ou coletivo de
and. apto. 21 - (02464) SP ou R. Augusto devotos a santuários (aliás rece­
Tortoreio Araújo. 309 - Alto Santana bem ditas Igrejas e basílicas este
(02040) SP. - título eclesiástico justamente de­
vido a acorrêncla comprovadamen­
• Cabeça - Revestida de te numerosa, antiga e constante
sol, "tendo sobre a cabeça uma do povo), com o fim de obter de
coroa de 12 estrelas", é como S. Deus. pela Intercessão dos seus
Paulo nos apresenta a VIrgem, na santos, anjos e sobretudo Maria
visão do Apocalipse ( 1 2 , 1 ) . - Sim, Ssma., bênçãos, graças e mesmo
coroada, ou seja, portando sobre favores materiais como a saúde,
a santa cabeça esta coroa lumi­ a cura desta ou daquela doença,
nosa, após seu decurso terreno. - não raras vezes, esgotados todos
Aqui na Terra a coroa que portou os recursos humanos e materiais.
na cabeça assemelhava-se, moral­ I mpondo-se algum sacrifício
mente, a de espinhos que Impu­ deslocam-se entre rezas, cânticos,
seram ao seu Divino Filho. A ca­ meditação, pregacão os chamados
beça coroada da Virgem, aqui na peregrinos (etlmoloqlc:�mente sig­
Terra, que lhe fazemos em Ima­ nifica o termo: caminhada longa e
gem. no mês de maio - Mês de a pé descalços). como se fazia pri­
Maria - é aquele reconhecimento mitivamente e está no Ant. Test.) ;
de sua glória e o agradecimento diz-se também rornelros (lembran­
de t:�ntos favores e graças espar­ ça dos que vão a Roma por ocasião
gldas. t a tentativa de trocar-lhe dos Jubileus, ditos t::tmbém Ano
as espadas do coração - aquelas Santo). - Os sacrifícios da parti·
preditas por Semeão - pela co­ cipação numa peregrinacão já cons­
roa de Rainha. pois Ela o é por· tituem por si uma promessa ou pa­
que Mãe do Rei dos reis, sobera­ gamento da mesma, traduzida mul­
na de todos os corações. - Es­ tas vezes por outras manifestações,
c reveu o Pe. Juan Rey, S. J., após como o ex-voto. -Sabido que o
descrever a subida gloriosa de Ma· maior centro de peregrinações do
ria aos Céus: '"Enfra la Reina en Brasil é a Basílica de Aparecida, o
su palazlo de/ ele/o ( . . . ) Esca/6 maior temoio do mu.,do dedic�rfo
Marfa las alturas de /os ele/os, a Nossa Senhora. - V"Jr os Verhe·
hasta la cumbre más alta, hasta el tes: Aparecida - Milagre - Pe­
trono de la dlvindad. ( ) A//J la
• • . regrinação - Promessa.

- 1 19 -
PINTURA/ESCULTURA - Se estes dois luminares representando
difrcil é estabelecer, sem omissões tcdas as penas dos poetas "maJo­
injustas, que por certo seriam In­ res" e '' menores", daqui, dali e
volun tárias, um elenco de artistas dacolá, façam a Poesia presente
na M úsica e na Poesia, que dire­ neste modestíssimo dicionário, pe·
mos neste ou tro campo, talvez mais lo menos em rápida citação bi­
vasto e complexo da Pintura e Es­ bliográfica: Dante Alighierl, na
cultura? - Apontaremos assim, monumental Comédia - d3 tal for­
neste mundo de belezas um aspec­ ma monumento que anexou-se-lhe
to curioso, Interessante: ao pincel para todo sempre o cognome "DI­
dos pintores e cinzel/buril dos es­ vina" a completar-lhe o titulo. -
cultores é qu� devemos a identi­ Nas culminâncias deste capo-lavo­
ficação de tantos e tantos Santos, ro, no canto 23."
- Paraiso- on·
bem como e sobretudo, Nossa Se­ de o poeta celebra as glórias de
nhora sob as invocações e tftulos Cristo e de Maria, e no encerra­
tão variados. - Também aos pin­ mento do poema imortal, onde há
tores e escul tores se deve agra­ um hino de louvor e Jmp!oração à
decer a terem Ido buscar nos apó­ Ssma. Virgem que foi qual ificado
crltos tantos episódios, cenas e - escreveu Guiuseppe Pirozzl -
figuras que completam a nossa se­ "o mais alto a que se elevou hu­
de de conhecimentos sobre fatos, mana poesia!" - E eis Dante, que
nos quais, mormente Nossa Se­ levado por Beatriz, vê em melo aos
nhora, humildemente se fazia pre­ Santos e Anjos "a bela flor":
sente. - Que estes poucos nomes
representem os milhares de ou­
tros: G iotto - Fra Angélico - Da bela Flor o doce nome
M iquelangelo - Murilo - luini - [ouvindo
Rafael - Carpaccio - Da Vinci - Que noite e dia invoco
Botticelll - Mestre Ataíde - [sempre, atento
"Aleijadinho" - Neste grupo de No fume, que maior estava
Artistas juntamos especialidades [lulglndo. (88-90)
afins: desenhistas. aquarelistas, fo­
tógrafos, ourives. cenógrafos, cu­
nhadores. gravadores. - A Arte E n'outro passo o poeta viu a
Secra, lconográfico-pltórlca, nos "grandeza e luzimento da fulgidís­
transporta, não rara vezes como sima Estrela" que, no Céu, vence
num êxtase, à contemplação das todos os Santos e Anjos em for·
coisas do Céu - mormente em mesura e resplendor, como na
se tratando de Nossa Senhora. As Terra venceu os seres humanos
cores, as l inhas, os talhes, os em virtude e graça (cfr. 91 -93) e
contornos, as perspectivas, as som­ deparou-se-lhe esta visão:
bras e a luz, que os a rtistas meio
divinamente manipulam, funcionam
como que " liturgias", espécie de Do Céu baixando f/ama se
" pedagogia" a nos transportar aos [revela,
páramos celestes, ao regaço da Que em forma circular, como
Mãe "toda cheia de graça" que [coroa
nos deu o " I rmão" Jesus. - V. o Cingiu-a. se agitando em
Verbete: /cone. torno d'Efa. (94-96)

E do Canto final do Imortal


poema de tão insigne vete, estas
POESIA - 1: sem conta o estrofes de louvação amorosa:
número de Poetas que nas rimas
dos versos, em todas as l lnguas, Há tal grandeza em TI, M
em todos os cantos do mundo [tal pujança,
cantaram as g lórias de Maria; - Que quer sem asas voe o
não podendo elencá-loa todos, que [seu anelo

____;, 1 2Q--
Quem graça aspira em TI Esta 6 a Estrela
sem confiança. (13-1 5) que se desprendeu da
[estirpe de Jacó
e não há de sofrer a
Em TI misericórdia, em TI [Influência das trevas.
[piedade;
Em TI magnificência, em TI
[aduna Porventura, ó minha alma
Na criatura o que haja de ainda te queres engolfar em
[bondade. ( 1 9-21 ) [negras sombras?
ainda sobre os olhos te
[pesará a noite eterna?
Estes versos finais Dante Ali­
ghieri os colocou nos lábios de um
dos maiores devotos da Virgem: Contempla! el-la que nasce
S. Bernardo. - (cfr. na Bibliogra­ essa Menina de beleza
fia. obra n.• 27) Quanto a outro [encantadora
poeta que deva representar a cuJo olhar clareia o mundo
"classe" neste Verbete Poesia, [em trevas mergulhado.
também dos maiores nas Letras,
temos José de Anchieta, um tanto
Mal teus olhos tocar com
espanhol de nascimento, português
[sua chama iuzente,
de formação e brasileiro por ado­
de uma vez para sempre,
ção : Dele, - é fato inédito no guarda impresso o seu
mundo - o primeiro poema escri­
[meigo semblante.
to nas Américas à N ossa Senhora,
De Beata Virgine Dei Mater Maria,
contendo 5.732 versos do mais Se prlvlfeglado te deleitares
puro e sonoroso latim; e, ain­ [em seu amor
da, de forma milagrosa (não há prlvlfeglado te acalentará o
outra maneira de se explicar) , mi­ [mesmo amor.
lagrosamente " rascunhados" mui­
tos desses versos nas areias das
praias d e lperoig (durante sua pri­ Sua honra verdadeira te
são, como refém dos índios ta­ [conquistará,
moios), memorizados, para então libertando-te da tua
posterior feitura e trabalho do bu­ [lgnomlnla.
ril intelectual. - Eis, do Poema
da Virgem, canto I . na tradução do Esta, se o não sabes, é a
Pe. Armando Cardoso, S . J . , o [glória do Universo,
"Nascimento da VIrgem", muito Doce riso da Terra, belo
apropriado para estes 2.000 anos [sorriso do Céu.
da natividade d e Maria; o sau­
doso e grande pintor (3.• Fran­
nobreza nova dos
ciscano dos Capuchinhos) Carlos
[desonrados avós,
Oswaldo, fez as Ilustrações: (ele é
que nos restituiu o tesouro
também o autor do desenho e
[perdido pelo pecado.
"estudos" da cabeça do Cristo Re­
dentor. do Corcovado); Do agora
beatificado José de Anchieta - Ela eKpunge 8 maldição
após 400 anos ! -- estes versos à [lançada 8 nossos pais
Maria: e apaga toda a Infâmia da
[sua descendência.
Bela entre as mais belas
Ela precede a deslumbrante
[claridade, Que este Verbete seja preito
e majestosa, anuncia o sol de homenagem a dois coleciona­
[do dia eterno. dores de belas poesias, de senti-

121 �
dos versos sobre Nossa Senhora: séplo é, durante o Natal, a repre­
José Gomes Tãrlê (também cam­ sentação plástica do nascimento
peão das vocações sacerdotais) e de Cristo, costume que remonta
Pe. Francisco leme Lopes, S. J., aos sécs. IX/X. tendo-se generali­
grande amigo e apóstolo dos jo­ zado graças a S. Francisco de
vens. Foram dois congregados Assis, que em 1 223, num bosque
marianos de escol, da melhor ce­ de Greccio Bustone reproduziu o
pa, hoje junto da Rainha, no Céu, mais exatamente possível com os
vivendo aqueles poemas que eles habitantes locais a cena do nasci­
Juntaram em Antologia Mariana. mento: nem faltaram o boi e o ju­
mento, também aludidos por Isaías
(1 ,3) e na Oração de Habacuc
POMBA - A pomba simboli­ (3. 1 7), pois constitui exemplo de
za a paz, a formosura, a concór­ humilde servidão, a força que es­
dia, a perfeição, sendo perfeita tes animais pacientemente colo­
figura de Maria. Ver este sub­ cam ao dispor dos senhores donos.
verbete em Antigo Testamento.

Nota - A exemplo dos Franciscanos.


PORTA - do Céu, dos Santos como fruto do Ano Mariano (1954). os
e porta fechada: do Céu, pois de Carme l l tos lançaram a Idéia de se armar
lé Maria nos alcança as bênçãos e presépio. com a flguraç!io plbtlce da Na­
graças : dos Santos porque dos elei­ tividade de Nossa Senhora.
tos é Rainha e porta fechada pela
sua virgindade perpétua. Ver este
subverbete em Antiga Testamen­
to. PRIMOGENITA Filha de
Deus antes da criação do mundo,
primeira entre milhões e milhões
PRES�PIO (ou presépe) - Em e mais milhões. é Maria a "prl­
hebraico o termo urvâh tem sen­ mogênita" Ver este subverbete
tido muito amplo e instável, poden­ em Antigo Testamento.
do significar o tabuleiro fixo onde
se deposita a comida dos animais,
dito também, baia, como pode ser
ainda o próprio estábulo ou es­ PROFETISA ( Maria é) - Na
trebaria no seu todo, como até a Bíblia a palavra profeta traduz
estala (do germ. stal/ = assento) dois termos hebraicos: um signi­
dos cavalos, e, por analogia, apli­ fica anunciador ( = aquele que fa­
ca-se até mesmo aos alimentos la, ensina, ou denuncia - com e
ali consumidos: daí o vocábulo em - nome de Deus), e o outro

man;edoura (de manjar, comer). - que quer dizer Vidente (com o


A manjedoura/presépio usada por sentido de vaticinar, predizer o fu­
Nossa Senhora estava certamente turo, revelar o plano de Deus),
colocada numa das paredes late­ daí dizer-se que profeta é "o ho­
rais da pobreza da gruta-alojamen­ mem de Deus". - Em grego o
to, sendo o melhor l ugar encon­ termo já se encontra no séc. V
trado por Maria para depositar a a . C . , com o sentido daquele que
criança recém-nascida. S. Lucas fala publicamente, ou seja, ora­
o único evangelista que narra a dor (Platão), aquele que prevê o
cena do nascimento, emprega 3 futuro (Senofonte), em sentido li­
vezes o vocábulo presépio (2,7 : terário é o poeta ( Homero), e em
2 , 1 2 e 2 , 1 6). - Cristo, já adulto, sentido rel igioso é o intérprete
Iria referir-se, ao falar dos cui­ dos deuses (Oráculo de Delfos). -
dados com o boi e o jumento, no Pouco conhecidas com o título de
que, justamente, se entendia por profetisas são diversas mulheres
manjedoura/presépio. (lc 13,15). - tanto no Antigo como no Novo
O que entendemos hoje como pre- Testamento: Maria, a Irmã de Moi-

122 -
sés e de Aarão (Ez 2.4: 2.7-8 - Maria ê ainda profetisa e sfmbolo
Nm 1 2, 1 -2 - Mq 6.4) . - Débora daquela Igreja que nasce da Cruz
é apresentada como julgadora e e da qual é Mãe: o papel singu­
profetisa em momento crítico da lar e figura ímpar de Maria fã-IA
história do povo de Israel (Jz profetisa sem Igual porque asso­
4.4-14). - Hulda, esposa de Se­ ciada Intimamente à missão do FI­
lum, é consultada pelos oficiais lho, não como simples Instrumen­
de Joslas (2Rs 22. 1 4-20: 2Cr 34, to, mera anunciadora, mas de fato
22-28) . - Ana, a profetisa que, no colahomdora na obra messiânica
Templo de Jerusalém (fora precep­ de Cristo. - Do prof"lta, da pro­
tora da Virgem?) assistiu a Apre­ fetisa se diz que "é de Deus", e
sentação do Menino (lc 2 ,36-38). Maria é com Deus (Theotókos).
- As 4 filhas de Felipe (não o
Apóstolo), que profetizavam, i . é . ,
ensi navam, auxil iavam na pregação PROMESSA - Teológica e
litúrgico dado o carismo 11 Cor biblicamente "o tema da promessa
1 2 , 1 0) profético (At 2 1 , 8-9). - é básico para os termos da Fé e
As mulheres da Igreja de Corinto, da Esperança; essas virtudes re­
as quais S. Paulo dá normas so­ pousam sobre as promessas" da
Sagrada Escritura (Ant. e Novo
bre o corte do cabelo ou a co­
Testamento) vontade salvlflca de
bertura da cabeça (1 Cor 1 1 , 5-6),
Deus. A manifestflção como um
embora no texto a profetisa esteja
voto. pois o voto não deixa de ser
no particípio e não no apelativo
1 1ma promessa livre feita a Deus
profetisa, porque o contexto cla­ (bem como aos sP.us Sélntos e an­
ramente Indica profesia (carisma
jos para maior g lória do próprio
profético) na oração l itúrgica. (cfr. Deus), de um bem e /ou sacrifício
1 Cor 1 4,3: Ef 5.19: Col 3 . 1 6). - (primícias nn Ant. Testamento) em
Confrontando estas profetisas com busca das bênçãos divinas. - A
Maria podemos dizer que mais do Virgem, dado ao "poder medianei­
que todas elas, Nossa Senhora te­ ro" de Mãe, ao seu ministério Im­
ve o título, o papel. as funções de par de ser a "onipotência supl ican­
profetisa, embora dentro do seu te", não ê de se estranhar se di­
silêncio, no seu escondlmento. - rijam amiúde. se lhe façam as
Maria, desde a sua conce!Jção e mais fervorosas, esperançosas e
por todo o transcurso de sua vida, infinitas promesas atestadas so­
não foi apenas uma profetisa, foi bremaneira nos ex-votos que su­
a própria profecia viva; rea!lzou perlotam as chamadas "sala dos
em Si a profecia do Antigo Testa­ milagres", demonstram as numero­
mento: Dela, Virgem, nasceu Ema­ sas peregrinações (romarias) que
nuel. o Deus conosco (ls 7.14) e demandam aos centros ou lugares
Nela aflui toda esperança. pois já ditos popularmente Santos, ou se­
nos antecedeu no Céu em corpo ja. hermidas, capelas, Igrejas, ba­
e alma. - Foi a prim"!ira que síl icas. santuários, onde Nossa Se­
acreditou, aceitou e vivificou no nhora a todos atende pelo Seu di­
seu puríssimo seio a divina Pala­ vino Filho, Jesus. exigindo apenas
vra (e o Verbo se fez cRrne). - Fé e Esoeranca dentro de uma vi­
Conservou no seu corar.ão, medi­ da aute n ticamente cristã FJ católi­
tou em sua alma as pa!avras de ca. - Ver os Verbetes: Milagre e
Deus (lc 2, 1 9 . 50 ; 1 1 ,27-28) . - Peregrinação.
• •

"Se não se aceita Maria Ssma. procura-se a orfandade, recusa-se o


legado de Cristo na Cruz: ecce Mater tua . . . "
(tema de um dos Cen6culos com Maria que o Autor ministrou na C.M dos PP. Sarvltas
- Rio)

1 23 -
a
OUERUBIM (heb. kerubim, plu­ figuração de trtulos e Invocações
ral de kerub = celestial) - As 4 onde Nossa Senhora está cercada
criaturas viventes (animais?) que de Ouerublns (Ver a Imaculada de
ficavam à entrada do !:den, bem Murilo e outros). - De todos os
como junto à Arvore da Vida, após anjos, qualquer que seja as classes
expulsos Adão e Eva; se identifi­ ou ordens, hierarquizados em 9
cam com os Serafins; os teólo­ Coros ( 1 .' Serafins, Ouerubins e
gos, segundo S. Denis, os colo­ Tronos; 2.' Dominações, Virtudes e
cam na 1 ." Ordem ou Hierarquia Potectades; e 3.' Principados, Ar­
dos Anjos (Serafins - Ouerubins canjos e Anjos), de todos os an­
- e Tronos); os Artistas da Re­ jos Maria é Rainha, embora sejam
nascença, fugindo à figuração ori­ eles criaturas excepcionalíssimas.
ginal, os apresentam como crian­ O tradutor oficial do Vaticano, mon­
ças, ou seja, meninos gordinhos e ge Dom Giusepe del Ton, encer­
nús (os do Templo de Salomão rou, após 45 anos de estudo, seu
tinham 10 côvados de altura ( = tratado sobre os anjos e adiantou a
5 metros mais ou menos). - Os Imprensa mundial: " eles não
Ouerubins são figuras ou símbolos são feitos de matéria e de espí­
de Maria devido a posição que rito. embora todos tenham um ros­
desfrutavam e as missões a eles to distinto. Um anjo é forma. pura
acometidas: com espadas de fogo forma. Em sua estrutura e mo­
guardavam a porta do Paraíso; ze­ vimentos parecem-se com os ho­
lavam pela Arca da Aliança; e co­ mens ressuscitados". - Pois su­
briam com suas asas o propicia­ perior a eles, Maria Ssma. está
tório. - Na Poesia e na Liturgia no Céu em corpo e alma, antecipa­
Maria é comparada aos querubins damente ressuscitada. E todos os
pela excelsitude d e Sua formosura coros de Anjos e Santos a reve­
e pureza; e na Pintura, ampla é a renciam.

"Sintamos a urgência de que se proponha a figura de Maria Ssma. aos


nossos contemporâneos, sobretudo aos jovens, como ajuda potente aos
homens no caminho em demanda da sua salvação ( . . . ) Estendamos, por­
tanto, convencidos de que a Ssma. VIrgem Maria, "contemplada" em sua
"presença evangélica" e na realidade de nossa situação atual ( . . . ) oferece
uma visão serena e sua palavra [exemplos] são "ressuscltantes".
(5.• Conclusllo da 24.• Semana Mariana NKI-1, Pletralba/Welssenteln (Bolzano), Itália, 1985)

-- t24-
R
RAZÃO (uso precoce da) é RESSURREIÇÃO (antecipada)
arrolado como um dos dons que Professamos como verdade de
Nossa Senhora teve ao ser esco­ Fé o retorno à vida dos corpos,
lhida para ser a mãe de Jesus, I . é . , a união da alma, novamente
conseqüentemente de Deus. Ver ao corpo, no fim do mundo para
o verbete Alma. participação do prêmio ou do cas­
tigo eternos, após o Juizo Final .
Nossa Senhora, porém, está n a
glória, na visão face a face, pois
RELIOUIAS (de Maria) - Do teve antecipada, por Deus, esta
latim relíquias = restante, que so­ ressurreição da carne, penhor da
brou, portanto em sentido imediato, que teremos. - Ver os verbetes:
Indica os despojos dos Santos e Assunção (subverbete de Dogmas
bem-aventurados, classificando-se Marianos), Morte e Causa Mortis.
em Primárias, i . é . , Insignes ( par­
tes do corpo, mormente se sofreu
o martírio, p. ex., a "pedra d'arà" RETIRO FECHADO - 1: o nome
que constitui verdadeiramente o popular como ficaram conhecidas
altar possui relíquia dos mártires) ; as práticas denominadas Exercícios
Secundária ou Pequena. são obje­ Espirituais, de Sto. Inácio de Loyo­
tos ou vestes que foram de uso la. Chegou-se a chamá-las também
do Santo (o Santo Lenho, embora de Retiro de Carnaval (por ser a
pequena no tamanho é considerada época de melhor e mais fácil rea­
Insigne como parte da Cruz). - lização para os homens e rapazes
São sempre acompanhadas do que das Congregações Marianas que,
se conhece como "autênticas" em S. Paulo, Rio, Minas, Sul e
(certificado da autoridade compe­ Norte do País afluíam em grande
tente atestando-lhe a veracidade). número , Isto desde as décadas de
- Diz-se ainda relíquia a tudo que 30 às de 50). Ver o verbete: Exer­
se dá grande apreço ou afeição, cícios Espirituais.
valor estimativo. - De Nossa Se·
nhora, ao que consta pela tradi­
ção, temos as seguintes relíquias ROSARIO (de rosarium ou
mais conhecidas: o anel do seu bouquet) - Lembrando uma coroa
noivado com S. José (em Nápoles) ; ou boquê de rosas (flor que é fi­
partes de sua casa de Nazaré (em gura de Maria) ou os 1 50 Salmos
Loreto); partes de sua casa (em davídicos - é dito também, por
Éfeso) ; pedaço (Porciúncula) do isso, Saltério de Marta constitui
-

seu túmulo (em Assis); seu re­ o Rosário das mais belas, salutares
trato pintado por S. Lucas ( ícones e confortantes devoções da Igre­
ditas odighitria; V. os verbetes Ar­ ja à Nossa Senhora. - Historica­
te - /cone). Polônia, Pilar, e ou­ mente, as origens. desenvolvimen­
tros lugares; diversos sítios da to e mudanças desta devoção ma­
Palestina de especial conotação, riana nos atestam que não tinha
como a chamada Gruta do Leite e a a forma fácil e simples como ho­
Fonte da Virgem como também, je. - Dizem os pesquisadores que
Tumba da Virgem. - Ver estes vindo dos hábitos eremlticos. acen­
subverbetes em Terra Santa. tuou-se na chamada Idade das Tre-

- 1 25 -
vas, na I rlanda (correr do Séc. IX). à pobreza) - 4." - ApresentaçAo
- Como os monges recitavam os do Menino no Templo [obediência)
1 50 Salmos de Davi, os leigos que - 5." - Perda e Encontro do Me­
viviam perto dos conventos, san­ nino [busca do Bem Supremo).
tamente invejavam a beleza desses
momentos oracionais, mas não sa­
biam ler; por volta do ano 800 e Mis térios Dolorosos (3."s e
sugeri u-se que ao invés dos 1 50 6.'s feiras) - 1 .• Agonia de Jesus
Salmos os leigos rezassem 1 50 no horto [contrição e oração) -
Pai Nosso. - E os fiéis, para a 2.• - Flagelação [mortificação dos
contagem, portavam bolsas de sentidos) - 3." - Coroação de
couro com 1 50 pedrinhas dentro; espinhos (aceitação das humilha­
logo passou-se para cordões com ções) - 4." Subida do Calvário
-

1 50 ou 50 nós e também cadarço (conformidade com a vontade di­


com 50 pedacinhos de madeira vina) - 5." - Crucificação e mor­
(que se tornaram nas contas). - te [horror ao pecado e amor a
De forma dialognda, segundo S . Cristo e Maria).
Damião ( t 1072) à seml::l lhnnçn da
saudação angelica lAnuelu�>j, foi e Mistérios Gloriosos (4." fei­
preterida por mUitos. - O seguin­ ras - sábados e domingos) - t .•
te passo foi a aposição dos Mis­ - Ressurreição [fé e conversão)
térios, vindo de outras devoções - 2." - Ascensão (desapego às
(Séc. X I I I ) - Os Cartuchos deram coisas terrenas) - 3.• - Descida
valiosa contribuição (1 356 a 1 470) . do Espírito Santo (união com Deus
- E m 1 470, Alan de Rupe fundou a e Maria) - 4." - Assunção de
primeira Irmandade do Rosãrio e a Maria ao Céu em corpo e alma
Ordem dos Dominicanos tornou-se, [união com Nossa Senhora) - 5."
como até hoje, propagadora emé­ - Coroação da Ssma. Virgem [con­
rita da devoção, por inspiração do fiança na proteção de Maria).
Fundador S. Domingos. - Atual­
mente o Rosário é recitado larga­ Nota: quanto 119 VIrtudes 11 Frutos
mente no mundo católico, sendo a exi ste l i berdade da adotar outras Inten­
prática de piedade mais do agrado ções; aliás, a Isto se aconselha, va­
da Virgem que sempre pede sua riando-as.
recitação, nas aparições que se
tem sucedido, amiúde, desde . . . Outra. sem ser esta forma tra­
1 830. - O Rosário presentemente dicional de recitação do Rosário,
compõe-se das mais belas e salu­ se tem, na versão chamada Rosário
tares devoções da Ig reja à Nossa Bíblico, como se rezava na Cris­
Senhora. ou seja, das duas ora­ tandade Ocidental no fim da Ida­
ções mais queridas dos católicos: de-Média. por uns 1 00 anos [de
a Ave-Maria e o Pai-Nosso, com­ 1 425 até 1 525) : meditava-se pe­
pletando-o a doxologia Glória (em queno pensamento, diferente, da
honra da Trindade Santa) . a medi­ vida de Jesus e Nossa Senhora
tação dos Mistérios (passos da em cada Ave-Maria (como se veio
Vida de Cristo e de Maria). o fazer no Angelus). - O importante
Credo (Símbolo dos Apóstolos é que o Rosário Bíblico. no siste­
quanto à reatirmação da Fé) e e ma mais moderno, as 1 50 Ave-Ma­
Salve Rainha (uma das 4 mais be­ rias têm pensamentos tirados di­
las antífonas marianas). retamente do Antigo e Novo Tes­
tamentos, o que ajuda muito a me­
ditação. -
• M�térlos Gozosos (2."s e
s.•s feiras) - 1 ." - Anunciação O Pe. Giuseppe lo Gludice
(fruto e virtude: humildade) - 2." (Via Aurelia Antica. 284 - Roma
- Visita a Sta. Isabel (caridade (00165) - Itália - Vem de ofere­
para com o próximo) - 3." - Nas­ cer à Igreja. com respaldo do Vl­
cimento de Jesus em Belém (amor cariatus Urbis di Roma, e de Dom

- 1�6 ...,....
A ntonio M. Travla, A rcev. tlt. dl 3.• - M aria, noiva de S. Josê
Termini (Eiemerese mosiniere di S. ( Mt 1 ,1 8 ; Lc 1 ,26-28) ;
Santitá - Prlmero deii 'Arclcta S. 4." - Maria, aceita ser a Mãe
Maria Odigitria, "proposta e sub­ de Deus (Lc 1 ,35. 38) ;
sídios" com possibil idade de uso" 5." - Maria, casa-se com S .
para juntar novos mistérios ao Ro­ José ( Mt 1 ,1 8-20 . 24).
sário quando então de 15 passa­
riam para 35; aí, sim, ter-se-á opor­ - Mistérios maternos (4." feira) ­
tunidade de ao longo da semana - Maria Mãe do Verbo Encarna­
e sem repetição - medita-se nos do:
mistérios marianos, partindo-se do 1 .• - Maria, dá a luz o Filho
Antigo Testamento (figuras e pro­ de Deus (Lc 2,6-7);
fecias) até o Novo Testamento. - 2." - Maria, oferece o Menino
Para pequenas comunidades, gru­ no Templo (Lc 2,22) ;
pos de orações, cenáculos, retiros 3." - Maria, apresenta Jesus
não constitui mera novidade ou um aos Magos (Mt 2,1 -2.1 1 ) ;
sistema inovador ou modo a mais, 4." - Maria, em fuga para o
porém de fato e verdadeiramente . Egito (Mt 2 , 1 3-1 5);
de excelente, proveitosíssima, uti­ 5." - Maria, encontra o Meni­
líssima forma de, recitando o Ro­ no perdido no Templo
sário, meditar-se os mist érios de (Lc 2,42 . . )
. .

Maria através de todos (e não de


alguns apenas), todos os enfoques - Mistérios apostólicos (5." feira)
possíveis de Nossa Senhora na - Maria, co-partícipe do minis-
Economia Divina. - Pela vez pri­ tério de Cristo:
meira se mostra no Brasil este 1 .• - Maria visita Sta. Isabel e
sistema dos 35 Mistérios: Santificação do Precur­
sor, João Batista (1 ,40-
- Mistérios proféticos (2.' feira) 41);
- Maria nas profecias e "figu- 2.• - Maria, presente e me­
ras" do Antigo Testamento: dianeira nas bodas de
1 .• - Maria, no pensamento Caná da Gali léia (Jo
eterno da Ssma. Trinda­ 2,1 . ) ;
. .

de (Prov. 8,22); 3." - Maria, com as santas


2." - Maria, como Mãe de es­ mulheres ajuda a Jesus
tirpe Vencedora do de­ (Lc 8,13);
mônio (Gen 3,15); 4.• - Maria. exaltada por Cris­

G-
to porque escutou a pa­
3." - Maria, figurada em Judite lavra de Deus (Lc 22,
e Ester qual salvadora 27-28) ;
do Povo de Deus (Jt 1 5, Maria, Mãe e adoradora
9-1 0 e Est 7,2-3); da Eucaristia (Mt 26,26
4." - Maria, si mbolizada na
M ística Esposa (Ct 4,
1 . 7 . !:! . . . ) ; - Mistérios dolorosos (6." feira)
5." - Maria, a virgem-mãe - Maria participante da Paixão
profetizado por Isaías (ls de Cristo:
7,14). 1 ." - M aria, espiritualme n t e
unida a Jesus no Getsê­
- Mistérios Vocacionais (3." fei­ mani (Mt 26,36-37 e Lo
ra) - Maria escolhida e pre­ 22,44 ) ;
parada para ser a Mãe de Deus: 2.' - Maria, amorosa m e n t e
1 .• - Maria, cheia de graça unida a Jesus no julga­
desde sua concepção (lc mento do Sinédrio (Mt
1 ,28-30) ; 26,57 . . ) ;
2.• - Maria, criança apresenta­ 3.' - Maria, dolorosamente uni­
da e Internada no Tem­ da a Jesus no Pretórlo
plo (SI 45 1 4-1 6);
, de Pilatos (Me 1 5,1 . . . ) ;

- 127 -
4." - Maria, com aé santas ee, pa l avras tão Inspiradas do !Sa­
mulheres na subida do pa: "Oração maravilhosa! Maravi­
Calvário (Jo 1 9,1 7 e Lc lhosa na simpl icidade e na profun­
23,27) ; didade. Nesta oração repetimos
muitas vezes as palavras que a
5." - Maria, junto a Cruz do Virgem Maria ouviu do Arcanjo e
sacrifício (Jo 1 9,25-27). da sua parenta Isabel. A estas pa­
lavras associa-se a Igreja inteira
- Mistérios Gloriosos (Sábado) - ( . . . ) Pode dizer-se ( . . . ) a admirá­
Maria participante da Glória de vel presença da Mãe de Deus no
Cristo: Mistério de Cristo e da Igreja. De
fato, sobre o fundo das palavras
1 ." - Maria, na alegria pela
Ressurreição de Cristo
"Ave-Maria" passam diante dos
olhos da alma os principais episó­
(Mt 28,5-6);
dios da vida de Jesus Cristo. Eles
2.• - Maria, presente na As­ dispõem-se no conjunto dos Mis­
censão de Jesus ao Céu térios Gozosos, Dolorosos e Glo­
(At 1 ,9-1 1 ) ; riosos, e põem-nos em comunhão
J.• - Maria, recebe o Esplrito viva com Jesus através - podería­
Santo com os Apóstolos mos dizer - do Coração de Sua
no Cenáculo (At 1 ,14; Mãe ( . . . ) nosso coração pode in­
2,1-4) ; c!uir nestas dezenas do Rosário
todos os fatos que formam a vi d a
4." - Maria, assunta ao Céu tlo individutl, da família, da Nação,
em corpo e alma (Ap da Igreja e da Humanidade; acon·
1 2.1 ) ; tecimentos pessoais e do próxi­
5.• - Maria, coroad a Rainha e mo, e de modo mais vitinhos, que
Medianeira Universal ( Jt temos mais no coração. Assim,
1 5,9-1 0). a oração simples do Rosário marca
o ritmo da vida hurnana ( . . . )" -
- Mistérios exemplares (domingo) de uma alocução de João Paulo 1 1 ,
- Maria modelo de vida ecle- pronunciada em outubro d e 1 978.
sial cristã perfeita: De tudo que se disse do Rosário
1 ." - Maria, exemplo de Fé evidentemente se aplica a Terço
forte e perseverante ( Lc (diz-se assim por antonomásia à
1 ,1 4 . 42 . 45 . ) ; 3.' parte do Rosário).
2.• - Maria, mestra de oração
com o Magnificat (Lc ROSTO - Resplandecente, In­
1 ,46) ; finitamente belo, que nem mes­
J.• - Maria, espelho de vlrtu· mo os anjos do Céu saberiam des­
des, em Nazaré (Lc 2,51- crever o rosto de Maria, como
52); também. e muito menos, o pintou
ou esculpiu o mais talentoso ar­
4." - Maria, tipo das Bem­
tista. V. o subverbete Rosto/Sem­
aventuranças Evangélicas
blante, inserido no verbete, Pessoa.
(Lc 2,41 . 45-46 . 48; 1 1 ,27);
5." - Maria, Mãe e Imagem da
Igreja (Lumen Gentium, RúSSIA - Nas aparições de
n.• 63). - Nossa Senhora nestes últimos 200
anos, foi o único pais por Ela ex­
Ao debulharmos a última con­ pressamente nomeado, inclusive
ta, perpassando-a devotamente en­ pedindo que, a Ela fosse es�a so­
tre os dedos, olhos fitos na me­ fredora nação, outrora tão maria­
dalha da Virgem e como que sen­ na, consagrada : "O Santo Padre
tindo a sua "presença" junto de consagrar-me-á a Rússia que se
nós, vêm à nossa recordação o converterá e será concedido ao
que memorizamos qual uma pre- mundo algum tempo de paz". (da

- 1 28 -
3.' aparlçlo, em 13-7-1917). - Pio domingo depois da Páscoa!), 1 .• de
XII , que se ordenara no dia da 1 .' outubro, Solenidade da "Proteção
aparição, 13 de maio de 1 91 7, con­ de Nossa Senhora" (própria so­
sagrou o mundo ao Imaculado Co­ mente em Moscou, Padroeira na­
ração 25 anos depois: 31-10-1 942, cional: Pokrof). Precedida de Je­
mas na fórmula, apesar de clara jum tinha-se a Assunção, e. todas
não era explícita a consagração da as 4.' feiras em honra da Virgem;
Rússia: "Aos povos pelo erro ou nas guerras os cossácos levavam
pela discórdia separados, nomeada­ uma lmagenzinha de N. S. Liber­
mente àqueles que Vos professam tadora (Pokrof) . Costume tradicio­
singular devoção, onde não havia nal era abençoar os filhos com a
casa que não ostentasse a Vossa icone mariana, ao d e ixare m as
Veneranda /cone, hoje talvez es• crianças a residência para Irem ao
condida e reservada para melhores colégio ou passeio. A Literatura
dias . . • " - Ponderou-se ao Sumo Russa está cheia de páginas e
Pontífice que, possivelmente, esta mais páginas à Nossa Senhora;
redação não atendia de modo ple­ mais da metade dos conventos e
no ao pedido de Nossa Senhora, igrejas, antes da Rev o l u çã o , esta­
e, aí, Pio XII, 10 anos depois em vam sob a proteção exprassa da
7-7·1 952. consagrou explicitamen­ Virgem. a ponto elo filósofo comu­
te " todos os povos da Rússia ao nista Nlcolás Berdlaet dizer: " A
mesmo Coração Imaculado". (AAS, religião russa é mais d a Maria que
44 (1 952) 51 1 ). - Aliás, a Assem­ d e Cristo". (evidente e r ro e exa­
bléia Episcopal dos Estados Uni­ gero, mas prova o amor do russo
dos, por sugestão do Card. John pela Virgem). - Segundo notfcla
Carberry (até então Arcebispo de O Fozcoense (Vila Nova de Foz,
St. Louis) pediu ao Papa João Pau­ Portugal), o velho templo ressurge
lo 11 que consagre de modo espe­ das rulnas em seu belo complexo
cial. explícito (já que nenhuma au­ de 7 torres e 4 Igrejas anexas. -
toridade eclesiástica da Rússia po­ O piedoso e mariano povo russo
de fazê-lo), consagre a Rússia ao guarda uma das mais célebres pre­
Imaculado Coração de Maria. - ciosidades: a ícone bizantina Nos­
Este pedido, unanimemente apro­ sa Senhora de Vladimir (Séc. VIl,
vado pelo episcopado americano Galeria Tretjkov) ; quando da su­
em novembro de 1982, foi entre· pressão da Companhia de Jesus,
gue o Santo Padre pelo Presidente foi na Rússia, segundo o Pe. Emíle
da Conferência Episcopal, Dom Vil laret, S . J . - grande historia­
John Roach. - A Rússia já foi dor jesurta - que se refugiou, e
cognominada Terra de Marta (des­ assim foi preservada do desapare­
de o ano 988 se venera em Mos­ cimento a que estava condenada,
cou a Virgem sob o título Pokrof uma das mais apreciadas promo­
( = A uxilfum, Auxiliadora, do Am­ ções da Igreja: as Congregações
paro, Refúgio); Foi em Kiev que Marianas, Isto, g raças a Impera­
surgiu a primeira Igreja dedicada triz Catarina 1 1 , não deixando exe·
a Virgem Auxiliadora, principal Pa­ cutar em seus domfnios o B reve
droeira da Rússia, cuja festa, des­ de Clemente XIV. - Pio XII, no
de o Mar Negro até a Sibéria, é Ano Mariano, assim falou do povo
celebrado a 1 ." de outubro. - O russo: " Sabemos que muitos de
calendário mariano (litúrgico par­ vós guardais a fé cristã no San­
ticular) registrava na Rússia 293 tuário íntimo da própria consciên­
festas (quase que uma para cada cia, que, de nenhuma forma se dei­
dia do ano) ; destacamente: N. S. xam Induzir a favorecer aos Ini­
das Dores, 2 de julho, 1 3 e 17 da migos da Religião, senão, que, an­
agosto (isto sem contar a venera­ tes, bem desejam, ardentemente
ção das "Dores" na Semana San­ professar os ensinamentos cris­
ta, sobretudo na Sexta-Feira (um tãos ( . . . ) amais e honrais à Vi r­
tanto paradoxalmente, também no gem Maria Mãe de Deus com fer-

- 128 -
vorrsslmo afeto e que venerals slma e poderosrsslma Mãe de Deus
suas sagradas imagens [!cones] ; e de todos nós, e "jamais se tem
sabemos que no Kremlln mesmo ouvido no mundo que alguém haja
se construiu um templo - hoje recorrido suplicante a Ela e não
desgraçadamente fechado ao culto tenha provado sua poderosfsslma
divino - dedicado à Assunção de intercessão [cfr. Memorare, de S.
Maria Ssma. aos Céus, o qual é Bernardo] continuai, portanto, co­
uma p rova claríssima do amor que mo estais acostumados, a vene­
vossos antepasasdos e Vós tendes rá-IA com fervente piedade, a
à Grande Mãe de Deus. [o Krem­ amá-IA com estas palavras, que
lin é, hoje, Sede do Partido Co­ vos são familiares: "A TI unica­
munista, Soviets] . . . não pode fal­ mente tem sido concedido, San­
tar a esperança onde as almas se tíssima e Puríssima Mãe de Deus.
dirigem com sincera e fervente de Ser sempre Invocada." (cfr. Es­
piedade à Ssma. Mãe de Deus trela do Mar, revista mariana, fase.
( . . . ) Ela, com efeito, é a afabilís- fev.-mar., 1 955, pg. 20) .

s
SABADO - O dia da semana ceição e outras devoções à Nossa
particularmente consagrado a Nos­ Senhora. - O 1 .• Sábado do mês
sa Senhora é o sábado, e Isto é destinado à comunhão reparação
desde o Séc. X, quando já então das ofensas feitas ao coração Ima­
tinha-se ofício próprio e Missa . culado de Maria, piedosa prática
(em suas reformas litúrgicas S. Pio que, em sua concreta forma, se
V não tocou neste ponto). - Apon­ deve à Serva de Deus Sóror Dolo­
tam-se as seguintes razões para res Inglesa, das Servidoras de Ma­
essa escolha: 1 .") Só Maria, na­ ria Reparadora, de Adria (falecida
quele sábado - Sábado Santo - em 29-6-1 928) ; foi em fevereiro de
conservou viva e firme a sua fé 1 889 que ela começou a prática e
na ressurreição de Cristo, Fé que obteve a adesão de 700 Pias Uniões
na maior parte dos discípulos se das Filhas de Maria de quase todo
apagara e nos próprios Apóstolos o mundo (mormente da Itália). -
enfraquecera; 2.") Maria, naquele Pio X, em 1 904 cumulou de ricas
Sábado, ficou só e desconsolada Indulgências a devoção, e, o ór­
pensando no Filho crucificado; 3.") gão divulgador - Liga Mariana Re­
Conforme uma piedosa tradição re­ paradora - encheu-se de santo
ferida pelo Cardeal Barônio, Maria Júbilo com as confirmações dos
teria nascido num sábado. - (cfr. próprios lábios da Virgem, na Cova
Bibliografia, obras n.•s 1 , 2 e 34) . da Iria, pedindo a devoção dos "5
- A chamada "semana Inglesa" ou primeiros sábados". - E disse o
" sábado Inglês", deveria sê-lo ma­ marianólogo, Pe. Roschini : "A
riana, pois não é outra coisa senão Ssma. Virgem reiterou, pois, em
o Sábado de Maria, em honra da Fátima, o que havia Inspirado em
qual naquele dia era permitido aos Rovigo. Fátima é, portanto, o éco
trabalhadores irem para casa mais de Rovigo." (e o mesmo sentido
cedo afim do maior repouso e reci­ têm as lágrimas da Virgem que
tação do Ofício da lmac . Con- chorou em Siracura, acrescentou o

130 -
Tradutor) - cfr. Blbllogralls, obra citara. - Maria Sufanltls, a moa­
n.• 34. - "Sábado do Sacerdote, bits, que Jesus livrara de um mau
prática que nasceu no coração de espírito."
um padre Salvatoriano, na Alema­
nha, e que o Santo Padre Pio XI
abençoou e muitos bispos reco­ SANTUARIO - Pela riqueza e
mendara ( . . . ) em maio de 1 935, beleza, pela santidade e valor, por
parece que por primeiro, procurou­ ser a morada de Deus, constitui
-se espalhar aqui no Brasil ( . . . ) símbolo e figura de Maria. Ver
consagrar, mensalmente, o 1 ." Sá­ este subverbete e tb. Tabernáculo
bado do mês a conservação de em Antigo Testamento.
verdadeiras vocações sacerdotais
( . . . ) O Sábado do Sacerdote es­
palhou-se pelo mundo inteiro, com
as bênçãos da Santa Igreja, sob a SANTUARIOS (Marianos) - No
p roteção da Mãe do Sumo e Eter­ Antigo Testamento era o lugar
no Sacerdote . . . " (cfr. O Serrinha, mais sagrado do Templo de Jeru­
n.'s 6/8, de 1 976 - do Serra Clu­ salém, onde estava a Arca d a
be - Tijuca, Rio, Dist. 59). Aliança (Sancta Sanctorum) só po­
dendo ser penetralo pelo Sumo
Sacerdote; Santuário, ou seja, lu­
gar santo, sagrado, dá-se hoje esta
"SANTAS MUlHERES" - De denominação a Igrejas célebres pe­
passos da obra "Vida, Paixão e la afluência (peregrinações), im­
Glorificação do Cordeiro de Deus portância religiosa e beleza a rqui­
(cfr. Bibliografia, n.• 55), constitui­ tetônica, bem como distinção his­
remos este verbete: O Evangelho, tórica; a Santa Sá outorga este tr­
e também a "vidente" [Anna Ca­ tulo ou caráter eclesiástico median·
tharina Emmerlchl , menciona mul­ te estudos meticulosos em atendi­
tas vezes as "Santas mulheres", mento aos bens espirituais. - Nas
além das Já conhecidas: Maria He­ Américas são Inúmeros, e arrola­
lí - Maria Cleophae - Marta - mos apenas os de caráter nacio­
Madalena - Maria Salomé, mulher nal: Brasil, N. S. Aparecida (o
de Zebedeu - e Suzana, filha de maior do mundo) - Argentina, N.
Alfeu; pertenciam ao g rupo das S. de luján - Bolívia, N. S. de
" santas mulheres" ainda as se­ Copacabana - Colômbia, N. S. de
guintes: "Verônica", propriamente, Chlquinquirá - Venezuela, N. S.
Seráfia, prima de S. João Batista, das lajes e N. S. Coromoto -
e cujo marido, de nome Sirach, Equador, N. S. Ouinche e N. S. do
era membro do Conselho do Tem­ Rocío - Guatemala, N. S. do So­
plo. - Maria Marcos, mãe de João corro e N. S. do Rosário - Costa
Marcos, que morava fora dos mu­ Rica, N. S. dos Anjos - Nicará­
ros de Jerusalém, defronte ao gua, Virgem dei Viajo - Porto Ri·
monte das Oliveiras. - Joana co, N. S. de Montserrat e N. S.
Chusa, viúva sem filhos, natural da Divina Providência - Hondu­
de Jerusalém. - Salomé, também ras, N. S. de Comayagua e N. S.
viúva, morava em casa de Marta Suyapa - Cuba, N. S. do Cobre e
(Betânia) ; era parenta da famflia N. S. da Caridade - Peru, N. S.
por um irmão de José. - Suzana, do Rosário e N. S. das Mercês -
de Jerusalém, filha do irmão mais Paraguai, N. S. de Caacupá - Rep.
velho de José, Cleófas e, deste S. Domingos, Virgem de Alta Gra­
modo, parente da família, com Sa­ cia - México, N. S. de Guadalupe
lomé. - Dina, Samaritana, que fa­ (onde a Virgem apareceu ao !ndio
lara com Jesus no Poço de Jacó Juan Diego) São Salvador, N. S.
e que se juntara às "santas mu­ da Paz - Panamá, N . S. Penonomá
lheres", depois da conversão. - - Chile, N. S. dei Carmen - Uru­
Maroní, a viúva de Naim, cujo fi­ guai, N. S. de la Florida - Canadá,
lho - Martialis - Jesus ressus- N. S. do Socorro - Estados Uni-

- 131 -
dos, N. S. do Socorro {em Nova L'Ossúvatore Romano; 13/14 de
OrJeans) ,...,.... . Ilhas de Guadalupe/ noil., 1 967, pág. 5). - As t .• e 2.•
Trindade, N. S. Siparla e N. S. de Partes do dito "Segredo", a Irmã
Laventll l e - Baía de Havana, N. Lúcia, plenamente autorizada pelos
S. d e la Regia. Centenas e cen­ "representantes de Deus" as re­
tenas mais dá Santuários marianos velou em 31-8-1941 : Visão do In­
espalham-se pelas Américas, que ferno - e, meios para evitar cer­
aqui não nomeamos, embora con­ tos castigos divinos, respectiva­
sulta e escritos do primeiro Presi­ mente. - O Papa João Paulo 11,
dente . da Federação Mundial das interrogado em sua visita a Ale­
CC.MM., Dr. José .Ignácio Lasaga manha ( 1 5/ 1 9 de nov. 1980) na Pr.
y Travleso. da Sé de Fulda, declarou (o que
resumimos de uma análise do Pe.
José Méireles Sisnando, Barnablta
- no semanário Lar Católico, de
SARÇA ARDENTE - Queimar publicação da revista Stimme des
sem consumir-se o espinheiro que Gilaubens): "Devia ter sido publi­
Moisés viu, é figura de Maria que cado em 1 960 ( . . . ) devido o seu
concebeu de modo extraordinário, conteúdo não o foi ( . . . ) um bom
sem cooperação humana, sem per­ cristão deve contentar-se com sa­
da da sua virgindade. Ver este ber o seguinte ( . . . ) muitos que­
subverbete em Antigo Testamento. rem soiT!ente sabê-lo por curiosi­
dade ll sensacionalismo, esquecen­
do-se que saber implica responsa­
bilidade ( . . . ) E Isso é muito pe­
SAUDAÇÃO ANGWCA - � rigoso, se ao mesmo tempo, não
o cognome da Avé-Marla, e, tam­ se procura fazer nada contra o
bém como se conhece a prática mal." - E o Papa, pegando o Têr­
d evocional Angelus, que por sua ço, concluiu: "Aqui está o remé­
vez é dito Trindades. V. os verbe­ dio contra esse mal. Reza!, reza!
tes e subverbetes: Ave - Ave-Ma­ e não me façais mais perguntas.
ria - Angelus - e, Rosário/Ter­ Confiai todo o resto à mãe da
ço. Deus." - 1: preciso mais? Hones­
tal neÍlte, não. - V. verbetes: Apa­
rições - Fátima - Videntes.

S�FORIS - Cidade afora de


Nazaré 1 km, suposta pátria de SERVA (gr. dou/os, heb. 'ebed,
Joaquim e Ana, onde, querem al­ tràtamento masculino; ãmã/sifhah.
guns, a VIrgem morreu. � tam : feminino). No Ant. Test. não exis­
bém conhecida pelos nomes de te úm vocábulo feminino corres­
Slppuri, Saffueriyeh e Dióspolls. pondente ao termo servo (que não
é o mesmo que escravo(a) ; na
Vulgata aparece a expressão anc
ci//a (::: serva) e nos Setanta tra­
"SEGREDO DE FATIMA" - Na duziu-se por doúlê (= quem serye
Sessão Solene da Pontifícia Aca­ ao patrão e tb; ao público). - Em
demia Mariana lnternatio nalis, a nenhum passo da Escritura, Maria
Ssma. se proclama e jamais usou
14-2-1 967, o falecido Card. Alfredo do privilégio, da prerrogativa de
Ottavian i, então Prefeito da Cong.
Mãe de Jesus, logo, Mãe de Deus
do Santo Ofício, anunciou que a (Theot6kos). - Muito menos apa­
carta da Irmã Lúcia tinha sido rece como Rainha. Mas por duas
aberta pelo Papa João XXIII, em vezes, das 6 "falas" que consigna
1 960 (ele também lera o texto), a Bfblia, Maria autoqualificou-se
e qua,. somente o Pontífice pode como serva: ao Anjo anunciador
abrir e divulgar a 3." Parte do (Lc 1 ,38, lembrando-nos de certa
chamado Segredo d� Fátima (cfr. forma a disponibilidade de Abigail

- 132 -
diante do rei Davi) , e na casa da Ssma. foi a mais eloq!lente e su­
sua parenta Isabel, (Lc 1 ,48, que blime lição de silêncio; conservou
nos recorda as disposições e ale­ e meditou tudo no silêncio do seu
grias de Sara ao entoar o seu cân­ coração. - O silêncio que nos co­
tico tão parecido com o Magnlfl­ loca confiantes diante de Deus,
cat). Maria disse, Eis aqui a pois Ele compreende e sabe Tu­
serva dD Senhor, · não por Império
-

do.- - O silêncio, "diálogo mudo"


da lei de escravatura, mas por acei­ entre Deus e a alma. - O silên­
tação livre e pela fé sem limites. cio de Maria, como foi eloqüente,
Estabeleceu-se entre o Senhor fecundo, santo! Quantas "falas"
(Kyrlos) e Ela, servidora (diáko­ de Maria registram os evangelho.s?
nos), uma identidade "ministerial" Apenas 6 vezes Maria "falou" re­
por amor e fé para a maternidade gistradamente nas Letras Sagradas.
do Messias prometido, cuja obra � O resto foi silêncio, a rnostrar­
seria do Espírito Santo. Serva/
__,.
·nos que valemos o quanto vale o
esposa/mãe, Maria assumiu e es­ nosso s ilêncio. - J: no silêncio
tabeleceu, como serva, (servidora que se aprende a calar, para ou­
de Javé), aquela relação e afinidade vir, para ver, para pensar, para
sob o plano divino/biológico de compreender: é no siJ.ênclo que
mãe físico/espiritual do Salvador, Deus nos faz sentir alguma coisa
portanto, elevada e singular "serva da Sua plenitude; é no silêncio
do Senhor". que se descobre o grande segredo
da santidade: é no silêncio, no
âmago do silêncio que a alma en­
tende · os convites de Deus, que
SIAO - Cognomlnadii Cidade lha- revela Seus segredos; é no
Santa, depois denomina-se Jerusa­ sil ê ncio, no mais profundo dQs
lém, é símbolo de Maria porque, silêncios que se nutre de eterni­
de fato, Ela é "cidade Santa". - dade o espírito e Nossa Senhora
Ver este subverbete em Antigo é a maior mestra de silêncio.
Testamento.

SIL�NCIO - Quer no Tem­ SORRISO - "Aquero", I . é . ,


plo, quer após a anunciação, co­ aquilo (em dialeto dos plrlneus
mo também na Infância ou na vi­ franceses), referiu-se Bernl'!rdette
da adulta de Jesus, na · pregação Soubirous , à visão da Virgem: "En­
dele até o Calvário e na vida so­ carei aquero que sorriu para mim
litária depois da Ascensão, ou se­ e entrou na gruta . . " - V. o
.

Ja, nos seus presumíveis 72/75 subverbete: Sorriso, Inserido em,


·
_

anos de ex.l stência terrena, Maria Pessoa. ·

" Remédfo cuja eficácia patéce hoJe obscurecida, mas permanece mais
atual do que nunca: Marlal "

"Ao longo de todos os séculos cristãos ( . . . ) se o lugar ocupado por


Nossa Senhora foi sempre essencial para o equlllbrlo da Fé, reencontrar
hoje tal lugar é urgente, como em poucas outras épocas da IgreJa".

(Cardeal J. Ratzlnger, no livro, "A F6 em CriM?"; Ed. Pedagógica e Unlvel'llltllrla Uda.,


fll85)

�. ]33---
T
TABERNÁCULO - Morada sim· 2/3 Km - Atualmente ê centro
bóllca, Casa de Deus, logo tam· de peregrinação mariana às Igre­
bém de Maria, flguradamente. Ver jas da VIsitação e de S. João Ba­
os subverbetes Morada e tb. San­ tista. - "A tradição escrita que
tuário, em Antigo Testamento. identifica a Aln-Karln a "cidade de
Judá, montanhosa", de que fala S.
Lucas (1 ,39), se remonta, pelo me­
TEMPlO (do Esplrlto Santo) - nos ao Séc. IV - Na IgreJa de
Desde o primeiro Instante da sua S . João Batista o altar-mor é de­
concepção, por ter sido escolhido dicado a S. Zacarias; o da direita à
para Mãe de Deus, Maria foi Tem­ Sta. Isabel, e o da esquerda à Nati­
plo do Espírito Santo. Ver este vidade de S. João Batista; segun­
subverbete em Antigo Testamento. do tradição, está construlda no lu­
gar que existiu a casa de Zacarlas,
TERRA (Sacerdotal) - O solo logo, onde Maria entoou o Mag­
do Paraíso era virgem do cultivo niflcat (na Igreja superior, consa­
de mãos humanas; Maria é descen­ grada a Nossa Senhora, no muro
dente dessa terra e dela nasceu de cor marrom, uma série de lá·
o Sumo Sacerdote, Cristo. Ver pides trazem trechos do cântico da
este subverbete em Antigo Tes­ Virgem). - Literatura apócrifa quer
tamento. que a pedra da direita haJa escon­
dido S. João, quando criança, da
TERRA SANTA - Não resta mortandade dos Inocentes decre­
a menor dúvida que se pode "vi­ tada por Herodes. - Aí também
sitar" a Terra Santa Inteira per­ se encontra o Convento das Fran­
correr a Palestina toda, demorar-se ciscanas de N. S. de Slón, velha
nos mesmos lugares onde esteve construção de pedra, e de suas
Maria, vislumbrar a sua figura en­ )anelas e varandas descortinam-se,
tre as coisas de sua humilde casa para o deslumbramento, vistas be­
(utensrllos, móveis, vestimentas), llsslmas, reinando ali atmosfera de
tudo Isto sem sair de casa, sem doce paz. - V. o verbete: Aln­
ser preciso dar um passo além do Karfm.
quarteirão onda se reside. - Cla­
ro que In loco e de vfsu esta visi­
tação teria outro sabor. - Existe,
porém, um provérbio unlvarsaliza­ - Belém - A parte mais an­
do que diz bem, sob o Império da tiga e Interessante é a meridional;
filosofia popular: quem não tem é uma vila quase Inteiramente cris­
cão, caça com gato! - Em ordem tã e oferece um "semblante sorri­
alfabética façamos um "tour" amo­ dente e gracioso que só se encon­
roso pe!os lugares e coisas de Ma­ tra Igual em Nazaré." - O povo
·rla, na Terra Santa (quem sabe até betlemlta é especializado na In­
nos encontremos com viajantes à dústria do nácar. - Em Belém nos
beduino, de kefl/eh e abaya (man· encantam, de maneira especial:
to e turbante) em seus camelos ou
simples jumentinhos?: • Basilica da Natividade, ao
que se Informa, é a única Igreja
- Ain·Kerin - VIlarejo de ve­ da Terra Santa que conservou a
lhas e modestas casas; grande sua arquitetura original desde
parte da população - naturalmente Constantino (anos 325/6) e a ab­
os homens em primeiro lugar - side "trllobata" do Imperador Jus­
trabalham em Jerusalém, distante tlnlano (540). - Origenes, no Séc.

- 134 -
111, faz mençAo do Coro dos clê­ cessando-lhe as angllstlas respel·
rlgos. - Tem 5 naves, 4 filas de tante a g ravidez de Maria, e fuga
colunas monolíticas com pinturas para o Egito; outra, a matança dos
antigas e capltés coríntios. Santos Inocentes; as outras: lem·
bram: S. Jerônimo - Sto. Euséblo
• Cripta - é retangular ( 1 2 x de Cremona, e, Sta. Paula e Sto.
Eustáquio, todos sepultados perto
3 m) e está protegida contra In­
do Presépio.
cêndios por um revestimento de
amianto, e, ai, é que está a Ins­
crição latina: Verbum caro hic
factum est. - Uma pedra da gruta • Campo dos Pastores - t: a
original se pode ver no teto da atual aldelazinha de Bet-Sahur, re­
cripta. - Estando-se do lado de gião feliz dos humildes pastores.
fora da cripta pode-se ver, à direi­ - Aí teria sido as ricas planta­
ta, plantas e reslduos de pavimen· ções de Booz, rico parente de
tos da que foi a primeira Igreja Noeml, que se casou com Rute,
cuidada pelos Cruzados no séc. XII. figura de Maria. - Sobre estas
planuras ressoou, pelos coros an·
gellcais, o Gloria in excelsis Deo
• Presépio - Ou seja, o Me­ - et in Terra pax hominls bonae
nino Jesus, em Imagem, deitado em voluntatis. - O cognome de Ca­
panos, no lugar provavelmente exa­ sa do Pão dado a Belém é devido
to, onde, na gruta, foi depositado a esta região fértil em trigo. -
carinhosamente pela VIrgem en­ Um caminho através da planlcle
ternecida. após o seu milagroso leva ao chamado Siyar ei-Granam
parto. ( = recinto, aprisco dos cordeiros),
onde há uma capela evocativa à
• Estrela - Sob o altar uma
aparição dos anjos aos pastores
(antigamente se comemorava no
estrela de prata, simples, "pontua­
lugar dito Kenset ou Der er·Rauat,
l lza" o "lugar do nascimento"; na
em mãos dos gregos dissidentes).
estrela é que está a Inscrição la­
Desde 1955 existe uma capela no­
tina. va.

• Altar dos Magos - Fica em


frente ao presépio, I . é. , do Me­ • "Casa de S. José" - Sendo
nino Jesus deitadinho, em panos. natural de Belém, uma capela foi
erigida no acesso à cidade, recor­
dando o esposo castíssimo da Vir­
• Gruta - Encontrava-se ela gem Santa e pai putativo de Jesus.
em declive, parte oriental da coli­
na, resultando daí que o altar (on­
de está a Estrela de prata) ficou • "Gruta do Leite" - Por trás
colocado onde devera ser a en­ do Convento armênio, e lg. de Sta.
trada da mesma gruta, Isto por exi­ Catarina, 300 m, está a cha­
gências litúrgicas (ao que parece, mada Gruta do Leite (uma tradição
recebeu culto multo antigo, pois o conta que a Puríssima Virgem dei­
Imperador Adriano ( 1 1 7-138) man­ xou cair ali uma gota de leite
dou plantar ali um bosque de ado­ quando amamentava Jesus, e a gru­
nla e ao que se revela ali tam­ ta tornou-se branca.
bém adoravam-na os amantes de
Vênus. (S. Jerônimo).
• Hebrón - Chamada pelos
árabes de EI-Jail (= o amado) é
• Outras grutas - Por um rica cidade (Km 1 46), na estrada
corredor subterrãneo tem-se aces­ que passa à noroeste de Belém. -
so a diversas capelas: a de S. Jo­ Na sinagoga construlda por Heró­
sé, que recorda o aviso do anjo, des está a famosa cova de Mac-

- 135 -
p ela (Gn 23: Ap 1 1 ), onde se­ recordar das bodas e do estupen do
pultaram Sara, Abraão, lsaac, Re­ m ilagre da transformação de 500
beca, Lia e Jacó (uma lenda judia litros de água em saboroso vinho.
coloca também aí o túmulo de - V. Verbete: VInho.
Adão e Eva).

- Betfagé Dista de Belém


-
- Jerusalém - Não é fácil
20 Km. e antes de chegar-se a separar hoje a Jerusalém blblica
aldeia de Et-tur, ter-se-á oportuni­ desta que o turismo, a policia e
dade de percorrer um bom peda­ lmplicãnclas outras se nos anto­
ço do deserto de Judá. - E será lham. - Por ordem alfabética de­
visto também o Herodium, palácio­ paremos com o que se nos apre­
fortaleza - verdadeiro monumen­ senta de conotação mariana (do tu·
to - que Herodes, o grande man­ rlsta que às vezes nos tornamos
dou construir para ser o seu tú­ n estes "lugares santos", de fato
m u l o - Então, de mistura com a havemos de ser agora verdadeiros
peregrinos):
.

recordação desse rei louco e san­


guinário, vêm-no à lembrança como
os M agos ludibriaram os guardas • Calvário em latim, e golgo­
e espiões herodianos, a terrível lêt em heb. provavelmente do ara­
aflição da Virgem na preservação maico golgolth, gulguta = crânio;
do M enino com a matança dos ino­ gr. kranlon; o termo calvário -

centes, e as afanosas providências que traduzem como caveira - nos


de S. José para a fuga apressado vem da Vulgata, com a expressão
rumo ao Egito. calvariae locus (trad. literal do gr.
kranlou topos = local do crânio).
- Cafarnaúm - Fica esta ci­ - O sitio verdadeiro, ao que tudo
dade marltlma (Mar da Galiléia ou indica, se achava fora da cidade
Lago de Tiberfades), fica há 35 (extramuros) cfr. Sinóticos e Jo
Km de Nazaré, seu nome de sig­ 1 9,20. - No local da crucifixão (dl·
nificado Incerto, vem do gr. Ka­ fícil atestá-lo cientificamente de­
pharnaum, e aramaico kepar nahum vido a tantas mudanças da topo­
(os árabes deformaram para Tal� grafia do terreno) ergue-se a Basfll­
hum e os romanos usavam Tell ca do Santo Sepulcro (a rocha dita
Hum, como é conhecida atualmen­ d e Arimatéia é bem próxima). AI
te). - Terra natal de S. Pedro e Maria esteve firme até o fim -
seu Irmão André. - Palco de g ran­ Stabat Mater - e nos foi dada
d e parte do ministério de Jesus, como Mãe.
que amaldiçoou-a pela Increduli­
dade d e seu povo. - A sinagoga • Cenáculo - A mesma cons­
descoberta em 1 926 - monumento
trução (não a mesma sala) abrigou
romano da época de Severo - foi
Jesus para a Instituição da Euca­
onde o Divino M estre falou multas
ristia e a Virgem, com os Apósto­
vezes, nos sábados (Nossa Senho­
los e fiéis seguidores do Divino
ra, nas vezes, que podia, acompa­
Mestre, para a descida do Espírito
nhava-o, como se vê pelo episódio
Santo. - (V. Verbete: Cenáculo}.
passado na casa d e S. Pedro (Mt
- Eucaristia e Pentecostes serão
12,46-50; Lc 8,1 9-21 : Me 3,20-21 . as meditações neste sitio, na Ba­
31-35). sílica que vem do Séc. IV, Santa
Sión (as rulnas estão irreconhecf­
Caná - Distante de Na­ vels). Como está atualmente, foi
zaré 2 Km está a aldeia que os reconstruída no Séc. XIV, em es­
érabes chamavam Klar Kanná, mas tilo de refeitório monástico ou sa­
a verdadeira é , com toda probabi­ la capitular, de feição gótica. -
l idade, Khirbet Oana, na alta Gali­ Na Igreja de S. Pedro (Gaflcanto =
léia, de di fícil acesso. - Numa canto de galo) , venera-se a rellqula
Igreja romana ou gre ga pode-se
, de uns degraus, que a tradição diz

- 138 -
serem da escada que os criados • Mesquita de Ornar - Sobre
levaram água (para o lava-pés) e o terreno onde se supõe que, em
os alimentos da última Cela. idos tempos existiu o famoso
Templo, hoje se ergue a M esquita
de Ornar, chamada pelos árabes
Kubbert es-Sakhrs (= cúpula da
; • "Dorrnlção" - Piedosa tra­ rocha, pedra). - Ediffclo octoga.
diÇão diz que a Ssma. Virgem teve nal l evantado entre os anos 688-
suave sono (dormltlo) sendo de­ 692. - No interior venera-se a
pois l evada pelos anjos aos céus "pedra sagrada" e sob ela fica
(V. Verbetes Dormição e Morte). ­ uma gruta, cheia de disticos mu­
E os jerusalemitanos reivindicam çulmanos: Abraão, Davi, Salomão,
como lugar a sua cidade de Jeru­ Elias, Maomé, Ornar. - Dita de
salém. No monte Sión a lembran­ Ornar, na verdade a mesquita foi
ça da "dormição" foi localizada na mandado construir pelo califa de
Basílica bizantina, que ali venerava Damasco Abel ei-Malik, terminando
o Cenáculo e suas relíquias. - a construção no ano 691 . - Entre
Hoje, entregue aos beneditinos ale­ a pedra e o Santo - conta-se -
mães (ereta em 1 898) a Basílica morreu Zacarlas (no mesmo lugar
da "Dormição" está num prédio onde recebeu do anjo o anúncio do
próximo, dividido em 2 corpos: a nascimento próximo de João Batis­
parte superior é a Igreja propria­ ta).
mente: redonda, luminosa, com be­
los mosaicos na abside e altares
laterais. - Escadas conduzem à
cripta onde é venerada uma Ima­ • Natividade de Maria - Ao
gem jacente da Virgem, represen­ entrar-se na cidade propriamente
tada no suave momento da "dor­ ( intramuros) - Sittl Marysm -
mição". próximo a Porta de Sto. Estêvão
(local onde sofreu o martfrio por
lapidação, apedrejamento), numa
• Getsemanl - Escreve o Pe. lápide de mármore está escrito
Mlguéns, ofm: "O proprietário do em francês: Nativité de la 8. s.
olival no Getsemanl que permitia Vierge Marie. - Passando-se por
a Nosso Senhor o uso da g ruta u m jardim alcança-se a majestosa
[existente no Horto] , por razões Igreja de Sant'Ana; monumento de­
de amizade ou consaguinidade, po­ dicado ao nascimento da Ssma.
de também ter cedido um túmulo Virgem (os apócrifos localizam es­
em sua propriedade para sepulcro te acontecimento perto do Tem­
da VIrgem, como fez José de Ari­ plo, junto da Piscina Probática). -
matéia com Jesus. - O sepúlcro Já no Séc. V, surgia nestes l uga­
da Virgem, como fez José de Arl­ res uma Igreja e era referida: "on­
mals ao largo do Cedrón, I . é . , de nasceu Santa Maria." - Na
colocado no alto e com a abertura Ig reja de Sant'Ana - venturosa
para a corrente; mas os incessan­ Mãe de Nossa Senhora - o altar
tes aluviões elevaram o leito do de granito da ábside central tem
Cedrón, que, pouco a pouco, foi relevos alusivos à vida de Maria;
encobrindo a veneranda Igreja até e n a cripta, onde a tradição ve­
reduzi-la a um verdadeiro antro nera o lugar onde nasceu Maria
sem luz. - A primeira surgiu no Ssma., está, sob o altar, uma eff­
Séc. V; a tumba da Virgem foi gle de Maria recém-nascida.
Ilhada da montanha. Destruída pe­
los muçulmanos, a Igreja foi res­
taurada pelos Cruzados, no Séc. Nola - De certa forma, 6 o pres6plo
XII." - cfr. na Bibliografia, n." 8. do nascimento de Nossa Senhora que os
- V. os Verbetes: Dormlção - Carmelltas sugerem que se arme, e, acha·
Morte - Getsemanl - Sepultura. mos nós que poderia ser de 8 a f2 de
-
Túmulo. set. (da Natividade ao Santo Nome).

- t 37 -
• Piscina Probática - Ou se­ dlos ligados à Maria, o que de
ja, de Betesda em gr. e Betsaida, resto tudo ar passado com Jesus,
em heb., ou melhor ainda, de Be­ também à co-arrenderdora envol­
zata (= casa, lugar de misericór­ veu: apresentação aos 30/40 dias
dia). - Redescoberta, verificou-se de nascida - Ingresso e permanên­
que tinha forma trapezoidal, me­ cia para cumprimento do natzyr
dindo 1 20x60 m - Ao derredor (= voto) nos 1 2/ 1 3 anos de "na­
encontraram ruínas de um templo zi rlato" - (V. Verbete: Nazlrlato)
bizantino e medieval. - Os apó­ - noivado com o carpinteiro Jo­
crifos dão como cidade do nas­ sé - apresentação de Jesus ao
cimento de Nossa Senhora em Je­ velho Simeão e a sua preceptora,
rusalém e o local apontado é as a profetisa Ana - a perda e o en­
proximidade da Piscina Probática, contro do Menino numa Festa da
onde Joaquim e Ana tinham pro­ Páscoa - a entrada triunfal que,
priedade, que ocupavam ao vir, certamente ao longe, essistlu, do
mais tarde, visitar no Templo a fi­ seu Divino Filho, com a multidão
lha que Internada ficou dos 3 aos aclamando quase em delírio: Ho­
15 anos (deveria deixar o Templo sana! Hosana! Filho da Davi! -
aos 12 ou 1 3 anos de Idade, mas V. subverbetes no verbete: No vo
por ser órfã na época e por, tal­ Testamento.
vez, Interferência do Sacerdote Za­
carias, seu meio parente, ficou um
pouco mais). - V. verbetes: Na­ • Tumba da Virgem - O apó­
zlrlato - Esponsais. crifo Transitus Mariae relata a an­
tiga tradição palestinense segundo
a qual, Maria, depois da sua "dor­
• Porta Dourada - Assim se mição" (dormitio), foi sepultada
chama por assomâncla com o ter­ numa tumba e esta após 3 dias es­
mo grego: horaia (= bela) apl ica­ tava vazia. - A tradição menciona
do a Porta Especiosa, ambas de como local a região do Getsemanl,
acesso ao Templo de Jerusalém. - no fundo do Val e de Josafá. - Aí,
Apontada, nos apócrifos como sen­ uma primeira igreja foi ereta no ano
do aquela onde o anjo mandou 455, depois do Concílio de M acedô­
Joaquim e Ana se encontrarem, nia, sob o Incremento da devoção
quando do milagroso nascimento mariana alicerçada com a procla­
de Nossa Senhora, que também lo­ mação de " M aria Mãe de Deus"
calizam nas imediações. - Nas (Theot6kos. - Localizam a tumba
!cones, bem como os g randes pin­ numa gruta no Getsemani (V. Ver­
tores ( Giotto e outros) aproveitaram bete), e esta gruta mede 1 7x9 m,
artisticamente esta indicação ex­ com 3 m e meio de alto, e, hoje.
trabíblica, e tem-se assim uma for­ com ligeiras diferenças, conserva
ma, uma idéia deste conhecimen­ o aspecto original (para se ter uma
to, por via plástica. - A edifica­ idéia, vejam muitas grutas brasilei­
ção hoje visível, remota ao séc. V, ras, de modo especial a igreja que
e estava dedicada a S. Pedro que existe dentro da de Bom Jesus da
curou o coxo de nascença (At 3,1 Lapa) . - Bem ao fundo, num braço
ss). mais largo da galeria (30 m) num
altar armênio, se encontra a " edí­
cula", quase quadrada, que reco­
• Templo - P�a esplanada lheu o corpo de Ssma. Virgem.
dita pelos árabes Haran esh-Sherif,
transposta a Porta de Sto. Estê­
vão (Sittl Maryam), o fiel maria­ • Via Dolorosa - A 4.' Es­
no, embora não encontre aí o lo­ tação da Via-Sacra é a única das
cal, o sitio ideal e propício para 1 4 que menciona Maria Ssma. nes­
meditar, pelo menos o é para, emo­ te peregrinar de dor; o Evangelho
cionando, recordar tantos episó- no-IA, aponta, com um grupo de

- 1 38 -
"santas mulheres" , Já no elmo do (se que nllo fazia ela mesma es­
Calvário (que aliás não era e não tas serventia da casa) e bem dis­
é tão elevado assim). - Constan­ tante a única fonte da cidade. -
tino, além da construir a p rimitiva Nazaré é um dos lugares mala
Igreja do Santo Sepulcro, o mais evocativos da Palestina.
que pôde preservou os sítios da
VIa Dolorosa, que segundo todos
os estudos e comentários, atestam
ter sido Maria a primeira a percor­ Séforls - Humilde aldeia que
rê-las, criadora, portanto, da Via· reivindica com todas as veras uma
Sacra. só coisa: ter sido a pátria de S.
Joaquim e Sant'Ana; está bem vi·
zinha a Nazaré (cerca de 7 Km),
- Nazaré - Ignorada no An­ e guarda com Infinita devoção os
tigo Testamento, da qual nada se restos preciosos d e uma constru·
fala é, no entanto, a "cidade ale­ ção do séc. IV dedicada aos pais de
gre, sorridente e simpática, suas Maria Ssma. (os Cruzados restau­
casinhas brancas sobem pela mon­ raram-na grandemente). - V. o
tanha ( . . . ) aldeia muito pequena; Verbete: Séforls.
Nazaré é flor, é a flor da Galiléia"
(eis um depoimento de alguém que
venturosamente vive ai: Pe. M.
Miguéns, ofm - Ver Bibliografia TIPO - (gr. typos = cunho,
n.•a). - Numa visão panorâmica, modelo) - Diz-se daquele Indivi­
do ponto de vista religioso, vê-se duo ou coisa que reúne em si os
em Nazaré: Jg. de N. S. do Pasmo caracteres essenciais que o dis­
- Conv. das Clarissas - Conv. tingue sobremaneira; daí apli­
das Irmãs da Caridade - Casa das car-se a sinon!mia: cunho, forma,
Damas de Nazaré - Conv. dos modelo, exemplar; pessoa que se
PP. Franciscanos - Templo Protes­ salienta. - Referentemente à Ma­
tante - Mensa Christl - Conv. ria: "Em virtude da graça da ma­
Carmelita - Casa dos PP. de Ber­ ternidade divina e da missão pela
tharram - Jg. Maronlta - Irmãos qual Ela está unida com seu Filho
das Escolas Cristãs - lg. Grega Redentor, e em virtude de suas
- Sinagoga - " Caminho do des­ graças e funções (gratiis et mu­
penhadeiro - e Estrada para Sé­ neribus) a B. Virgem está também
forls. - De especlalisslmo inte­ intimamente relacionada com a
resse e devoção mariana: lg. de Igreja. Já Sto. Ambrósio ensinava
S. Gabriel - lg. de S. José - Ba­ que a Mãe de Deus é o tipo da
silica de Jesus Adolescente - Igreja. (De/para est Eccleslae ty­
Fonte de VIrgem - e, Lugar da pus). - Maria é , sobretudo no
Anunciação. - O lugar dizem-no presente, tipo da Igreja, a qual,
"gruta"; a grande Basílica se er­ buscando a glória de Cristo, tor­
gue sob o local que foi, segura­ na-se cada vez mais semelhante
mente, freqüentado pelos devotos ao seu excelso Tipo". - cfr. Lu­
marianos e peregrinos do Séc. IV, men Gentlum, n.•s 63 e 65). -
logo após conseguirem os cristãos " Maria é, pois, o tipo acabado da
liberdade de culto. - Na cripta Igreja porque Ela antecede a Igre­
observa-se ainda restos da Igreja ja em todos os sentidos, passado,
bizantina, conservada quando da re­ presente e futuro. Maria é a Igre­
construção dos Cruzados. - Na ja antes da Igreja, M aria é o fu­
pequena "gruta" natural hoje ve­ turo da Igreja, e Maria é em ple­
nerada (do Séc. I?) os arqueólogos nitude o presente da Igreja. Ma­
muito apreciam o graffito grego ria é anterior, porque, antes que
Ka/re Maria (= Ave-Maria) - houvesse a Igreja, - que faz nas­
Um pouco distante, imagina-se o cer em nós o Cristo -, pelo ba­
lugar onde Maria comprava o grão tismo, já Maria tinha gerado Jesus
de trigo, o óleo de oliva e o vinho Cristo. Maria é o futuro da lgre-

- 139 -
ja porque tudo aquilo que será um - N. S. Boas-Novas {França) -
dia a Igreja na ressurreição final, N. S. das Portas (França) - N. S.
a Igreja "toda pura, sem rugas e das Oliveiras (França) - N. S. das
sem mancha" já é agora Maria Rosas (Itália - N . S. da Estrada
glorificada e m corpo e alma. - (Espanha) - N. S. do Bom Encon·
(ver artigo supracitado do Pe . tro (França) - N. S. de Copacaba­
João E . Martins Terra, S . J . , e na (Bolfvia) - N. S. Libertadora
Lumen Gentium, cap. 8.0), - Ver (França) - N. S. dos Banhos (Itá­
verbete Igreja. lia) - N. S. da Cabeça Inclinada
(I tá lia) - N. S. da Nuvem (Equa­
dor) - N. S. da Portaria (Espanha)
TITULOS (Marianos) - Toda - N. S. de lngolstadt (Alemanha)
titulação constitui um conferimento - N. S. da Arvore (Fran ç a) - N.
honorífico ou aquela forma carac­ S. das Lágrimas (Itália) - N. S.
terlzante de denominação com que das Escolas (Canadá) - N. S. do
se distingue e aponta algo de es­ Ninho [França) - N. S. das 1 3
pecial aos nossos sentimentos. E Pedras (França) - N. S. da Clari­
em se tratando de Maria Ssma. - dade (França) - N. S. da Ternura
" Campeã mundial" de títulos em (Rússia) - N. S. da Gôta de Ouro
todos os tempos, cujo record ja­ (França) - N. S. de Vladimir (Rús­
mais será batido - o título mostra sia) - N. S. da Sêde [França) -
aquela ânsia da "presença" Dela, N. S. do Leite (Espanha) - N. S.
o querer tê-IA em tudo. Começa, de Luján (Argentina) - N. S. de
para nós, de lfngua portuguesa , Walsinghan ( I n g late rra) - N. S.
com este mais divulgado. amoroso dos Eremitas (Suíça), etc. - O
e doce erro gramatical que diaria· elenco não terminaria nunca, mas
mente está nos lábios de todos : não nos esqueçamos de pelo me­
minha Nossa Senhora. - Como nos dois que nos devem ser mul­
são milhares estes títulos à Santa to caros: N. S. Mãe da Igreja, o
Mãe de Deus, elenquemos breve mais recente tftulo que a Igreja
relação pelo menos dastes 44 , um lhe concedeu e o único ao final
tanto mais curiosos: Nossa Senho­ de um Concílio, o Vaticano 11; e
ra da Cadeira e N. S. do Livro N. S. Aparecida, a Excelsa Padroei­
(quadros de Rafael) - N. S. do ú ra e Rainha do nosso querido Bra·
(ou da Expectação, ou do Parto, sil, que foi "pescada", em tosca
ou mesmo da Esperança), título de­ imagem fragmentada, morena, nas
vido ao exclamativo ú que ante­ águas do Paraíba, que próximo ao
cede, no período natalino, as antr­ porto ltaguaçú, o rio em suas cur­
fonas do Ofício Divino que assim vas faz um M. - (cfr. na Biblio­
começam: ó Sapiêntia, ó Adonal, grafia obra sob o n.• 30)
ó radlx Jesse, ó clavis Davi, ó
Orlens, ó Rex Gentium, ó Ema­
nuel . . . - N. S. Achiropita (= não
pintada por mão humana; gr. chiro TOPON[MIA - A toponfmla
= mão + pita = pintar) - Nossa revela o sentir, transmite o modo
Senhora do Recamadour (i . é . , da de ver e até de ser, de determi­
Penha ou pedra ou da rocha (roc) nada porção de um povo; é a apli­
de Amador) - N. S. das Galinhas cação aos lugares de nomes ou
( Itália) - N. S. do Cordão - N. denominações que se ajustam ou
S. das Ovelhas de Albery ( França) encontram semelhança, conotação
- N. S. do Mar ( Iugoslávia) - N. neste ou naquele pormenor geo­
S. da Agua (Setúbal) - N. S. da gráfico, ou nas origens históricas,
Escada (Portugal) - N. S. da Ca­ ou ainda tal ou qual injunção de
beça (Espanha) - N. S. do Pé de ordem espiritual-religiosa, moral ou
Prata (França) - N. S. de Czesto­ física. - Recurso multo empregado
chowska (Polônia) - N. S. da Ba­ pelos povos primitivos (nossos ín­
talha (Portugal) - N. S. da Coroa dios assimilaram ou herdaram, tra­
(Itália) - N. S. do Portal (França) zem de "berço" esta !=!Spécie de

t 40 -
''dom" na acertada aplicação dos efêmera, transitória a glória de Sa­
nomes às coisas). - O sentimen· lomão, enquanto a de Maria é para
to religioso e mariano do brasi­ todo o sempre. Ver este subver­
leiro, como de resto, do mundo bete em Antigo Testamento.
inteiro, também se manifesta na
toponfmia. - Ver o Guta Postal
Brasileiro, edição de 1 977, ou qual­ TúMULO/TUMBA/SEPULTURA
quer relação das cidades ou mu­ - Após os funerais ou exéquias (ce­
nicípios do território nacional (c.p. rimônias e ritos mortuários) . se­
exp: a do Anuário Católico do Bra­ gue-se a deposição do corpo da
sil, CEAIS, 1981 ), para logo se ver pessoa falecida, num túmulo ou
o lugar proeminente dado a Nos­ tumba, numa sepultura (cova) ou
sa Senhora; 71 localidades lem­ mausoléu, transportando-se em cor­
bram Maria Ssma: Nossa Senhora tejo (féretro). - Quanto à Maria
- de ou da ou do (1 1 ) - Santa Ssma. não existe qualquer depoi­
Maria (1 1 ) - Carmo ( 1 0) - Apa­ mento, afora piedosas hipóteses e
recida (S) - Dores (S) - Nazaré descrições de supostas probabili­
(5) - Rosário (4) - Natividade dades, indicando com segurança
(3) - Piedade (3) - por ordem data e lugar. - O cortejo fére­
alfabética e com 1 : Assunção - tro) e acontecências correlatas do
Belém de Maria - Coração de "enterro" da Virgem que se lêem
Maria - Divina Pastora - Dore­ em documentos extrabíblicos ou
sópolls - Ladainha - Mariana - historiadores ou Santos Padres, -
Marlapolls - Mercês - Monte Nicéforo, bem como sermões d e
Carmelo - Monte do Carmo - Dionísio, o Areopaglta q u e foi dis­
Monte Sião - Nova Fátima - Re­ cípulo de S. Paulo e, assim, con­
dentora - Salete - Santa Ma­ temporâneo da Virgem, são peças
riana - Três Marias - Virgem exaradas por corações levados e
da Lapa - Virgínia - Vlrginópolls enlevados por profunda e sincera
- e Virgolândia. - Em 2.• lugar piedade amorosa, mas não vaza­
está S. José, o esposo da Ssma. das no rigor científico-histórico-do­
Virgem, com 41 ; e, em 3.• vem cumental; - O lugar do óbito
S. João, o Precursor, com 39. -
é Ignorado. Nazaré, Belém, Je­
Imagine-se quanto cresceria o nú­ rusalém e até J:feso reivindi­
mero se fôssemos somar os pa­ cam o privilégio de terem ecolhi­
d roados das dioceses e prelazias; do Maria nos seus derradeiros dias
os oragos das Catedrais, paróquias de vida e terem ali seu corpo de­
e capelas (públicas e semipúbli­ positado antes da Assunção. - In­
cas), as "famílias religiosas", os dica-se com muita i nsistência o
Institutos, Ordens e Congregações ; Getsêmani (no Vale de Josafá), em
as entidades como seminários, co­ local cedido pelo proprietário dos
légios, asilos, orfanatos; os esta­ olivais que cedia este sítio a Je­
belec.i mentos comerciais ou não, sus e seus discípulos para descan­
e, até casas de diversão, como sarem e rezar; e cedera um pe­
cinemas, teatros e de tantas ou­ daço para túmulo da família de
tras finalidades. Não haveria pa­ Nossa Senhora. - No que dizem
pel que chegasse. ser o lugar da tumba, existe hoje
uma Igreja com capela especial de
TRONO (de Salomão) - Toda altar armênio (também af está a
a riqueza e beleza do famosíssimo capela de S. Joaquim e Sant'Ana).
trono desse sábio rei não se com­ - V. verbetes: Assunção - Dor­
para ao que Deus fez para SI no mlção - Morte e subverbete
seio de Maria, como também foi Tumba da VIrgem. em Terra Santa.

- 141
u
UVA - Para mais de uma de­ radas e alegres). - A fartura dos
zena de vezes a uva é mencionada cachos bem simbolizam a abundân­
na Bíblia, isto sem contar d'onde cia das graças e favores da Vir­
ela vem (vinha, vinhedo) e do que gem Ssma. como Medianeira. -
dela deriva (vinho, fermentado ou Aliás, liga-se a uva (vinho, de Ca­
mosto, mas sempre "sangue da ná da Galiléia) o poder suplican­
uva"). - Aplica-se à Maria Ssma. temente lntercessor de Nossa Se­
não só pelo doce do seu sabor nhora, prefiguração daquele vinho
(delicioso bolo era feito de uva, sacramental da última Ceia (San·
1 Sam 25,1 8; 30,1 2), bem como pela gue Eucarístico do Seu Divino FI·
delicadeza de sua forma e seu va­ lho), sangue que Dela recebera
lor para a vida (a festa da vin­ Jesus quando do mistério da En­
dima, colheita, era das mais espe- carnação. - Ver o verbete VInho.

v
VARA FLORIDA DE JESS� - - Ex 26,31-36; Mt 27,51 ; Hebr
A vara de Aarão que brotou mila­ 1 0,10-20) - era de utilidade para·
grosamente é figura de Maria, que mental no culto, e, em reduzida di·
concebeu e deu a luz sem pre­ mensão, de uso simbólico, pelas
juizo da sua virgindade, a Cristo mulheres. - Aliás, o uso do véu
Jesus, da raiz de Jessé/Davl . Ver pelas mulheres vem de todas as
este subverbete em Antigo Testa­ eras e lugares pelos motivos mais
mento. diversos: luto, indicação de estado
civil ou tribo, culto, simbolismo.
VELO DE GEDEAO - Isenta Comumente I ndica escondimento,
do pecado original - única no gê­ submissão, penitência. - Maria
nero humano - Maria é como­ Ssma. usou-o largamente como he­
aquele velo ( = couro, pele de cor­ bréia, dentro das prescrições e
deiro) que sob o orvalho perma­ simbolismo do seu povo, como
neceu sem se molhar, ficou seco, parte Integrante do vestuário de
enxuto. Ver este verbete em An­ sua época, com a túnica e o man­
tigo Testamento. to. - Véu também significa mis­
tério, coisa velada, encoberta. -
VJ:U - Desde tempos lme­ O mistério de Maria, na obscurlda·
morlais, se os homens usavam de, no silêncio, na transcendenta­
turbantes, as mulheres cobriam-se lidade de sua missão, do seu pa­
com o véu, geralmente preso ao pel, da sua figura é-nos sublime
manto (quando não utilizando-se do véu com o qual não várias vezes
próprio manto puxando-o até a ca­ cobrimos as nossas fraquezas a
b eça) . - O véu (cortinas penden­ fim de que Ela nos socorra "ago­
tes na parte central do Santuário ra e na hora da nossa morte".

- 1 42 -
VIDENTES DE FÁTIMA - Para mente as que mais precisarem",
apresentar as 3 almas privilegia­ bem como deu o elenco onde Ja­
das que na Cova de Iria tiveram cinta escolheu a jaculatória, Doce
esta dádiva sem par, vamos bus­ Coração de Maria, sede a minha
car aquele que, após os aconteci­ salvação) . - Inúmeras têm sido
mentos transferiu para Portugal e as provas de especial afeto da
simplesmente tornou-se lusitano Lúcia pelo Brasil e a última foi
até no falar e escrever, embora agora por ocasião dos festejos dos
nascido na terra de Dante, Pe. 2.000 anos de Nossa Senhora,
Glovannl Marchi (até um Seminá­ quando, pelo Presidente da Federa­
rio fundou em Fátima). - Da 3." ção das Congregações Marianas d o
edição do opulento livro Era uma Rio, Sr. José Caseiras, o Capelão
Senhora mais brilhante que o Sol, d'onde está Lúcia, em clausura, de
resplgamos: parte dela entregou a este con­
gregado mariano, um cartão on­
de está exarado: "Carmelo da
- Lúcia: Os 3 "zagaletes" Sta. Tereza - 3000 - Coimbra -
aos quais apareceu Nossa Senhora JtM . - A Irmã Maria Lúcia de Je­
eram 3 crianças absolutamente sus e do Coração Imaculado rece­
normais. [isto é preciso que fique beu a vossa carta, pede pelas vos­
bem claro ] , em nada diferindo dos sas intenções". - V. verbetes:
serranitos seus companheiros da Fátima - Aparições.
folguedos, ou como eles guarda­
dores da gado a da ovelhas. - - Francisco - Eram primos
Lúcia, a mais velha, nascera a . .
de Lúcia, Francisco e Jaclnta, fi­
22-3-1907, última dos 7 filhos da lhos de "Ti " Marta e "TI" Olfmpla
Antonio dos Santos (o "Abóbora") d e Jesus Santos [tivemos nós,
e dona Maria Rosa (a "Perulhel­ em 1 950, a dita de conversar e fo­
ra").- moradores em Ajustrel (o tografar o casal Marta] : respecti­
Irmão da Lúcia, Manuel, veio para vamente eram o 6." e 7." filhos
o Brasil, conforme saiu, com a dele e s.• e 9." dela, que contraira
foto dele, na revista mariana Es­ segundas núpcias, falecido o seu
trela do Mar out. de 1 967; modesto primeiro marido, José Fernandes
chacareiro, foi recebido como con­ Rosa. - Tinha carinha redonda, bo­
gregado mariano, em Assis (São chechuda, boca pequena; d e cará­
Paulo) aos 72 anos, 8 fil hos, 1 6 ter excepcional, e rabujava com os
netos a 3 bisnetos). - Maria i rmãos mais do que Jacinta. -
dos Anjos, sua Irmã e o "TI " Dona Ol impia dizia que logo ma­
Marta dão-lhe este "retratinho": nhãzinha ele ia para o oitelrlnho
Era multo conversadeirica, mul­ da madrinha Teresa, na Aldeia; era
to lhanazlnha, muito ladina . E muito jeitozico e um poucochlto
muito meiga, té com o pai : o poeta. - Amava a música e com
m'o pai aqui, ó m'o pai d'acolá; ál o seu pifara de cana passava ho­
Jesus que cachopa ! - Eu já fu­ ras e horas sentado numa pedra,
turava: há de vir a ser ou multo acompanhando Lúcia e Jacinta de
boa ou multo ruim! - o Vaticínio dançavam e cantavam alegremente.
do "Ti" Marto deu-lhe pelo lado - Gostava muito de Imitar o gor­
bom: foi, como é, muito boa: Re­ jear dos passaritos, e, como Ja­
ligiosa Carmelita, em Coimbra/Lis­ cinta e Lúcia, era um apaixonado
boa, sendo sabido que Nossa Se­ pelas flores, alma particularmente
nhora continua aparecendo-lhe no abe rta às belezas espalhadas por
convento. - Grandes amigos - Deus pela Serra (êmulo perfeito,
ela e o piedoso (Venerável) Pe. portanto, do poverelho d'Assisl d e
Francisco Rodrigues da Cruz (ele quem portava o nome). - Após a
foi quem deu forma a jaculatória, ó "visão do inferno", que Lúcia des­
meu Jesus perdoai-nos, livrai-nos creveu em suas cartas (3." apari­
do fogo do Inferno e levai as al­ ção, 1 3 de julho) caiu doente, ofe­
mas todas para o Céu principal- recendo seus sofrimentos, sacriff·

- 143 -
elos e mesmo a vida, pela conver­ dlos, sem peso nem equilíbrio, en­
são dos pecadores. - V. subver­ tre gritos e gemidos de dor e de­
betes: Jaclnta - (Visão do Infer­ sespero, que horrorizava e fazia es­
no). tremecer de pavor ( . . . ) Os de­
mônios distinguiam-se por formas
horríveis e asquerosas de animais
espantosos e desconhecidos, mas
- Jaclnta - Como seu I rmão transparentes como negros carvões
Francisco, também de rosto redon­ em brasa. Assustada e como que
do e feições de uma regularidade, a pedir socorro, levantamos a vis­
como se diz, perfeita. Possuía ta para Nossa Senhora que nos
uma alma extraordinária ("ainda disse, com bondade e tristeza:
aos 5 anos, ao ouvir a descrição Vistes o Inferno, para onde vão as
d o sofrimento de Jesus - diz Lú­ almas dos pecadores".
cia, sua prima - enternecia-se e
chorava, dizendo: "Coitadinho d e
Nosso Senhor!, e acrescentava re­ VINHO - De água para o rito
soluta: Não hei de fazer nunca ne­ das purificações eis que, a pedi­
nhum pecado, não quero que Je­ do, pela mediação de Maria, eis
sus chore mais ! " - Assim era que Jesus transforma em "vinho
Jacinta: boazinha ao exterior e novo", e proporciona cerca de 500
uma verdadeira santinha no I nte­ litros de delicioso vinho que o
rior. - Não há de tardar o dia em mestre-sala mandou se·rvir aos
que a veremos na " Glória de Ber­ convivas. - "O vinho é um si­
nini", i . é . , canonizada, recebendo nal das bênçãos de Deus. A
as honras dos altares, interceden­ bênção dos Patriarcas incluia a
d o por nós junto Daquela que con­ "abundância de trigo e de vinho.
versou com ela aqui na Terra e (Gen 2,28; 49,1 0-12)
- Os profetas
agora está junto Daquele Jesus haviam predito abundância de vi­
que ela não podia ver sofrendo. - nho nos dias messiânicos. (Am
Como já ficou dito, ela escolheu 9,13-14) - O vinho faz parte das
no elenco apresentado pelo servo primícias que revertem em provei­
de Deus Pe. Cruz, em 1 0-1 2-1925, to dos sacerdotes. (ver Dt, Nm e
reportando-se à 2.• aparição, em 2Cr) . A felicidade prometida por
1 3-6-1 9 1 7 , a Jaculatorla: "Doce Co­ Deus é, muitas vezes, expressa
ração de Maria, sede a minha sal­ na forma de uma grande fartura de
vação! " - A salvação que Jacinta vinho, como vemos nos oráculos
inculca peçamos ao Coração Ima­ dos profetas. (Ver Jer, ls, Am,
culado diz respeito à visão que Zc, Os etc.). - No Novo Test. o
os 3 tiveram do inferno e Lúcia "vinho novo" é o sinal dos tempos
entre outras coisas aponta o se­ messiânicos; Cristo declara que a
guinte : " O que me lembro é que nova Aliança instituída em sua
Nossa Senhora disse que era pre­ Pessoa é um "vinho novo" que
ciso rezarem o Terço para alcan­ faz os odres velhos se romperem.
çarem graça ( . . . ) sacrificai-vos pe­ - O mesmo Cristo que transforma,
Jos pecadores ( . . . ) O reflexo pa­ que muda em Caná a água em vi­
receu penetrar a Terra, e vimos nho, é o Cristo que transubstan­
como que um mar de fogo. M e r­ ciará este vinho no seu Sangue. -
gulhados nesse fogo, os demônios (conceitos do Pe. João E. Martins,
e as almas, como se fossem bra­ S. J., in A presença de Maria, ar­
sas transparentes e negras, ou tigo doutrinário). - E o sangue
bronzeadas, com formas humanas, veio da carne, do sangue de Ma­
que flutuavam no incêndio, l eva­ ria, do seio virginal daquela onde
das pelas chamas que delas mes­ um Deus homo factues est. - Co­
mas saíam juntamente com nuvens mo no vinho de Caná, Maria, no
de fumaça, caindo para todos os vinho da Eucaristia também con­
lados, semelhantes ao cair da faú­ tribuiu para a sua transformação,
lhas [fagul!)asl nos grandes incên- para o milagre em bem dos seus

1 44 -
filhos, como M ãe e medianeira. - criados ou a sociedade, à família
10 pela carne e sangue, recebido humana: Prudência - Justiça -
de Maria que Cristo nos dá a Vi­ Força - Temperança. - A nobi­
da. (cfr. Jo 6,54). - líssima virtude da Prudência em
Maria, cantamos em superlativo, na
Ladainha: Virgo Prudentísslma. -
VIRTUDES (de Maria) - do A Justiça, considerada no mais ri­
lat. virtus, é aquela disposição ha­ goroso sentido do termo, vem sem­
bitual e estável das faculdades da pre acompanhada de outras virtu­
alma para fazer o Bem. - Maria des, sobretudo, a Obediência e a
não as teve exclusiva, mas a pos­ Religião. O ancil/a Domini dos lá­
suiu em grau superabundante dado bios de Maria revela. como num
a sua condição e para cumprir a espelho, toda a beleza destas vir­
sua missão. - Os santos torna­ tudes que ornara sua alma e seu
ram-se excelentes quanto a essas coração na Terra e a glorifica no
ou aquelas virtudes, Maria porém, Céu. - Quanto a Fortaleza. Ela,
fez-se excelentíssima em todas as e quem mais do que Ela. foi a
virtudes; se os santos já as tive­ "mulher forte" sublimado pelo sa­
ram em grau heróico, Maria as pientíssimo Salomão. - A Liturgia
possuiu divinamente. - As que o proclama e canta no célebre hi­
tem Deus por objeto, logo são as no Stabat Mater esta força ante a
virtudes teologais (Fé, Esperança, dor, esta fortaleza de espírito no
Caridade) foram apanágio de Ma­ Consummatum est, no grupo ge­
ria como abundantes são nos evan­ nial da escultura de M iguel An­
gelhos os episódios de sua vida de gelo Pietá. - Finalmente, na
total e sublime união com Cristo. ­ Virgem resplandece, com aquele
Quanto a Fé, que foi o princípio brilho, com uma luz toda própria a
de sua grandeza. faz Sto. Agos­ virtude da Temperança, i . é . , a mo­
tinho, da frase de Isabel: B em­
" deração exemplaríssima diante do!
aventurada tu, que creste", fez es­ gozos. mesmos l ícitos, estribado na
te axioma: fide concepit, fide pe­ sobriedade e, sobretudo. na pu­
perit (pela fé concebeu, pela fé o reza, na castidad:J : Tota pulchra. -
pôs no mundo). cfr. Enchiridion, Ressalte-se que em conexão com
t. 40 , col . 240. - Como da Fé nas­ a virtude da Temperança sempre
ce a Esperança, esta também de está a humildade. S3gundo se re­
modo especialíssimo foi vi rtude velou, Sto. Afonso disse a Sta. Ma­
em Maria. Maria confiou, Maria tilde: "A primeira virtude que Nos­
esperou mesmo "contra toda a es­ sa Senhora praticou desde a mais
perança" (Rm 4,10). - Não é sem tenra Infância foi a humi ldade" -
razão aplicado à Virgem Ssma. um Quando, pois. se inculta. apontam­
dos seus mais difundidos títulos: se as virtudes d3 Maria para ba­
Nossa Senhora da Esperança (por lisamento da nossa vida espiritual,
oportuno recordemos que na nau­ mormal. social. o cortejo destas 7
capitânea de Pedro Alvares Cabral, se nos deparam para que M aria
veio a imagenzinha de N. S. da mesma nos ajude.
Esperança. devoção acendrada do
navegador português) . - Caridade
de Maria, que abismo inexplorado
e lnexp!orável! S. Francisco de Sa­ VJSJTADORA (Imagem) Quem
las diz que Ela foi Regina amoris teve a grande dita de acompanhar
(
= Rainha do amor. I é de Ca­ Brasil afora, adentrando-se por ca­
ridade). Nenhum coração foi tão pitais, vilas. paróquias na talvez
abrasado de amor como o de Ma­ maior peregrinação até hoje reali­
ria. foi com amor. de amor e pelo zada em nossa terra, é Q'l'=! po­
Amor que Ela morreu. - As vir­ derá dizer - cor.1o o Pe. Antonio
tudes. além das teologais. divi­ da Silva BeiJo, S J . (cfr. Biblio­
dem-se ainda nas cardeais (ou mo­ grafia. obra n .• 1 6) - o que foram
rais), cujo objeto são os bens aqueles 1 20 dias de "Visitas" d a

- 145 -
Rainha e MAe, começados e m evangelhos "santas mulheres". -
1 2-6-1952, em Salvador (Bahia) e E atualmente, mais exato, desde
encerrados no Rio ( Maracanãzinhol. 1 830 quantas "visitas" em tantos
12 de maio, com mais de 200.!!00 lugares?!, aparecendo a jovens, a
pessoas superlotando o maior es­ velhos, a homens e mulheres, ex­
tádio do mundo, com Incalculável pressando-se em Idiomas e dialé­
número de pessoas fora porque tos seu amor e ternuras por nós!
não puderam entrar. - Pois foi dai - Daí este desejo, ânsia quase
que se I ncrementou a prática cha­ incontida, já que não se pode ter
mada "Imagem visitadora", imitan­ a dita de termos a presença flsica
do-se o que desde a Europa, mor­ de Nossa Mãe Celestial, a tenha­
mente Portugal , se fazia por devo­ mos em imagem em nossa resi­
ção a Nossa Senhora. - Precisar dência, para guardá-la com amor e
com rigor histórico quando começa­ devoção no coração. - Ao tê-la
ram tois "visitas", faz-nos ir até a de "visita" à nossa casa, obvia­
aldeia de Ain-Karin, nas montanhas mente a terei como a mais ilustre
de Hebron. e ver como Maria Ssrna. hóspede e tudo que eu possa fa­
"se apressou" em visitar sua prima zer para dignificar tão insigne
Sta. Isabel, por sabê-la grávida e acontecimento, será pouco, muito
precisando de sua ajuda. - Ou­ pouco: altar ou lugar adrede prepa­
tras mui tas visitas se verificaram: rado, divulgar entre os que não
na testa de casamento em Caná tem este privilégio, amiudadas ve­
da Galiléia (" presença providen­ zes achegar-me nos momentos de
cial ! ) ; com toda a certeza, acom­ céu em que me visita, rezar fer­
panhando seu Drlfino Filho à casa vorosamente, só ou com outrem
da sogra doente, de S. Pedro, e, em hora aprazada. usando das de­
nas visitas à casa de Lázaro e voções e práticas tradicionais, so­
suas irmãs Marta e Maria; às ca­ bretudo Ofício da lmac. - Terço ­
sas de suas amigas e vizinhas (e Angelus - Coroinha etc. - V .
muitas delas parentes), ditas nos respectivos verbetes.

w
WALSINGHAN (N. S. de) - é Cristianismo. Bem poucas nações
o título do Santuário Nacional dos se poderão afanar de tantas e glo­
ingleses à Virgem Ssma. - A pe­ riosas tradições marianas como a
dido Dela mesma, em 1 061 - já Inglaterra. - Destruídas. igreja e
lá se foram 924 anos, a ::aminho imagem, por incêndio e depreda­
do 1 ." milênio - construiu-se umo ção, 3 séculos depois o chamado
igrejinha semelhante à Casa de "movimento de Oxford" fez re­
Nazaré. - Desde os primeiros nascer a veneração a Ssma. Vir­
tempos da conversão da Inglaterra gem. - Em 1 921 fez-se uma ré­
até a " Reforma", praticamente não plica da milagrosa imagem, da an­
houve um rei que não desse prova tiga igreja, e um altar numa ca­
do seu amor à esta Rainha, não pela construída anexa as ruínns do
eram seguidos pelos súditos (daí Vetusto Santuário. - E cresce,
o cognome de Feudo de Maria que lentamente. porém firme. o antigo
orgulhavam-se os ingleses de pos­ fervor por Maria na velha e tra­
suir sua Pátria) ; e a devoção à dicional Ilhas Britânicas. (Verbete
Mãe de Deus constituía assim, ou­ sobre notas do saudoso Pe. William
trora, na Inglaterra, elemento fe­ Goding, S . J . , Diretor da Con;�re­
cundo da expansão civilizadora do gação Mariana Estudantil dos PP.

- 1 46 -
Jesuftas do A io de Janeiro; á o à grande obra do Pe. Emfllo Vll t a­
nosso preito de saudade e home­
nagem a quem nos presenteou com I ret, S . J . : História das CC.MM. no
Mundo).
*

X
XEOL (heb. shaôl, etimologia n.• 20. - No Novo Testamento o
incerta; e gr. hades, o mundo in­ termo aparece diversas vezes sob
ferior da mitologia). - Tanto no di ferentes acepções, como por
heb. quanto no gr., não existe mui· exemplo, quando é apl icado a Je­
ta coerência na acepção: ora s i g­
sus (At 2,27), referentemente ao
nifica apenas a morte, ora a se·
SI 1 6, 1 O quanto à ressurreição, l i­
pultura, ora o lugar onde se des­
ce, ora é concebido como poder. bertação da morte. - Em documen­
- "O poder do Cristo ressusci· tos extrabíblicos , de Nossa Se­
tado é demonstrado por sua posse nhora é dito que adormeceu (dor­
das chaves da morte e do Hade". mitio) e aguardou no Xeol a Assun­
(Ap 1 ,1 8) . cfr. na Bibl iografia, obra ção.
*

z
ZACARIAS ( h eb. Zekáryâh - veio em fonna de castigo: Zaca­
Deus lembrou) - Nome de inú· r�as i mediatamente ficou mudo e
meros personagens da Bíblia: reis, só recuperou a fala no dia da cir­
profetas, levitas, chefes, cantores, cuncisão para, como pai, apor o
músicos, servidores, oriundos de nome a João, o Precursor. Então
nações ou c'ãs como rubenita, ga· entoou o hi no-oração Benediccus
baonita manassita, merarita. judaíta, (primeira palavra latina na Vulgata
benjaminita, etc. - O marido de e nome litúrgico como ficou conhe­
Isabel, Sacerdote da classe de cido). - Aí fica expressado d e
Abia. - Era costume a distribui­ forma costumeira (Sal mos p. exem­
ção dos serviços religiosos pelos plo), o agradecimento de Zacarias
sacerdotes segundo a classe ou pela salvação e diz da missão pre­
cursora do menino. lm;>regnado d e
turma a que pertencesse, o que
frases referen�es a o Antigo Tenta­
se procedia por sorteio e rodízio manto, é de muito valor e signifi­
semanalmente. Zacarias e sua cado. - A Liturgia lhe tem eleva­
mulher Isabel era muito piedosos díssima estima e de forma recor­
e há muito que eles pediam a dativa , un'do ao Tri.<::ígio (que �o,­
Deus lhe desse um filho. Porém ra a Trindad e Santa) e ao H�sana
não eram atendidos, continuando, memorativo da entrada triunfal de
porém, a pedir pela vinda do Jesus e Jerusalém, co�ocn-o na
Messias. - Num dia em que pro­ Missa como preparação próxima à
c�dia, no Templo, ao rito do Incen­ Consagração das espécies, vinda
so, Zacarias foi anunciado pelo anjo místico-sacramental eucarística de
São Gabriel de que, mesmo na Deus Salvador sobre o altar. -
velhice, seria pai, duvidou; duvi· Ver os ve·betes: Aín-Karím - Isa­
dou e pediu um sinal e este lhe bel - Visitação.

- 147 -
APtNOICES:
Pelo eterno reconhecimento e profunda admiração que guardamos bem
dentro de nós, não nos foi possível deixar de inserir nestas derradeiras
páginas nossa homenagem aos Insignes nomes que firmaram os documen­
tos que. em fac-simile, estampamos e que, como troféus de sumo valor, os
temos ciosamente no nosso tesouro estimativo.

Para o verbete Menina (Nossa Senhora), além da obra que nos enviou,
de Roma, a Filha de Maria Odette Cos t ab l le (Bibliografia n.• 86) . a inda nos
uti l izamos a tempo. do livro 11 simulacro e i/ santuario di Maria Bambina
.

(Ed. Stella Maris, Mi lano, 1 959), graças a generosa atenção do mestre e


amigo D. Lucas Mo rei ra Neves, O . P .

- 148 -
SECRETARIA OE ESTADO 'i
N. 55. 200 ""r'ç""o· 21 de Fevereiro de 1 9 6 1 I

Prez ado Senhor

Por ocasião da visita do Santo Padre João Paulo I I

ao Bras i l , quis testemunhar-Lhe sentimentos d e veneração ,

oferecendo-Lhe , numa ati tude de homenagem, exp l i c itada em

reverente dedicatória , uma publicação de sua autoria , r�­

cheada de afirmações de devotamento ao Vigário de Cristo .

Desempenho-me da incumbência de exprimir a gratidão

de Sua Santidade o Papa pelo gesto de l ic ado que entra , por

certo , no contexto daquela boa " acolhida que Lhe faz o


Brasi l , por mil sinai s , mais ou menos perceptlve i s de fer­

vor e afeição " . Assim, mais me cumpre ser intérprete do�

votos do Sumo Pontlfice : das melhores fe l i c idade s , para

a sua pessoa e para os seus entes querido s , em fidelidade

a Cristo e na luz perene da sua mensagem, votos que corrobo­

ra com a Bênção Apostól ica.

Aproveito o ensejo para lhe afirmar protestos de con­

sideração em Cristo Senhor

w.�
Mona . G . B .
As s e s sor
Re

I l . mo Senhor

Antonio Maia

20. 270 - RIO DE JANEIRO , RJ

fres
-- · ----- ------

ijuca - sob direçã o o Cel.


Integrando a Comis são do Serra C lube-T
João Paulo 11. dos 72 pa n �
José Lucariny - para ordena ção, por de N.
u um dos s �us livros (o
Estádio do Marac anã (Rio) , o Autor oferto _
na a.• de capa) e o acusam ento e bênçao do Pt�pa nao se
1 8 elenca do
fizeram esperar.
-- 149 -
I
ua.T�
� -­
..

..
--<S>A

s a lt o.
grafa do .saudoso Cardeal de Aparecida Carlos
Ca.:�� ::t ��c:�:��:; ���: do lavro do Autor, Cânticos do Claustro. (Ver
-

elenco ne 3.• de capa, n.• 311


-
Do saudoso amigo e mestre D. Jaime de Barros camara, por mais de
um quarto de século o Autor recebeu as maiores provas de confiança e
Incentivos nas lides marianas da Arquldlocese. (Fed. do Rio, Setores, Conf.
Nac., Estrela do Mar, Rádio Vera Cruz, Escotismo, etc.}.

�lthal' f5J. �rn� � da'?P .9!&,


lrublspa 111 Sla SebasUID do Ria 111 Jaaelro
llo N Jaallrt • BrUII

agradece ao S r . Antonio Maia a gentileza

do envio da ob ra " S ão Charb el Makhluf " e en -

via uma afetuos a bênção .

Rio de Janei ro , 30 de j aneiro de 19 80

Dentre a correspondência que o Autor guarda de S. Emcla. o Sr. Cardeal


D. Eugênio de Araújo Sales, está este cartão de agradecimento e bênção
a um dos seus livros.

- 151 -
ORAÇÃO A NOSSA SENHORA
M A R I A
O VIrgem. quem em Vós confia
" • . . ecce M ate r tua . . . " aeré sa vo - e aquele que vos ""ema
l
tanto"" s erd santo. participando da
(Jo 19,27)
vossa glória celeste.
Obtende-me. por Isso. ó VIrgem.
a perseverança final, sêde a m i nha
salvação. levantai-me nas quedas, de·
fendel-me das ciladas do demOnlo,
sustentai-me no mundo sem que no
entanto eu pertença ao mundo .

O Maria, tende-me estreitado em


vosso se l o matemo que tantas vezes
afagou o vosso Divino Filho Jesus;
não me d�ixels
um só momento, ó
Mãe querida!
I! tão doce dirigir-me a Vós aos
primeiros Instantes da manhA, cami­
nh ar todo o dia sentindo-me sob o
vosso manto protetor, e, 11 nolt". sa­
ber-me velado no mau sono por Vós,
assIm como faz toda mAe carinhosa.
O Maria , Vós que sorris às crl�n­
clnhas, guiai os jovens no seu Ima­
turo caminhar, revigora! os trabalha·
dores na labuta diária, Iluminai os
pais e mestres com a graça de estado
para desempenharem suas missões,
afervorai os Padres e as Religiosas na
vida consagrada a que foram chama­
dos, aos anciãos dai tranqüilo des­
canso em sua solldi!lo, aos doentes
minorai-lhes os sofrimentos e aos en­
carcerados o arrependimento e força
para cumpri rem suas penas. às Auto­
ridades equlllbrlo e Justiça, ils co­
r
munidades o amo ao próximo, derra­
mai sobre o mundo aquela Paz tão
a l mej ada que só de Cristo pode vir.

O Maria "pesar meu viver tio


,

falho" ,Já que a Vós me consagrei


desde tenra Idade, levai-me pare jun­
to de Vós, embora pecador, ó minha
O conteúdo deste Dicionário Mãe querida, por precioso legado da
Cruz, Amém.
e Tenha a mão
e Leia detidamente
Note: para ser recitada ao final doa
"Cen6culo com Maria"; redigiu:
e Medite profundamente Antonio Mala, c.m.

e VIva amorosamente

- 1 52 -
BIBLIOGRAFIA

Para a feitura desta obra foram utilizadas as seguintes fontes:

- Ouem é Nossa Senhora? (breve tratado de Marlologla). - Pe.


Frei Gabriel M. Roschinl - Propaganda Mariana - Av. Paulo de
Frontin. 500 - Rio - 1 936.
2 -- Catecismo Mariano - (Ano Santo Mariano e 1 .• Congresso do
Padroado de Nossa Senhora Aparecida em terras brasileiras)
adaptação da obra do mesmo Autor supra - Edições Paulinas -
Alo - 1 954.
Nom: sempre que necessdrlo, foi na Conf. Nac. das CC. MM. do
consultada,
Brosll. a obra originAria, em latim e3 vol s .: " Marlologla (lntroductla In
Marlologlam/Summa Marlologla) - 1947: Tomo I lntroductlom - Tomo 1 1
D a Slngu:arla Culto BMV - Tomo 1 1 1 Prlvllagll Slngularlbua BMV - 2.•
edltlo reviso et notablllter auct - Romae: Angelus Belardettl Editor -
1947.
3 - Maria Mãe de Deus - Francisco Miguel Wlllan (trad. Calo Metello,
S. J.) - Liv. Apostolado da Boa Imprensa - Porto (Portugal) -
1 946.
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ticano 11) - M. Dias Coelho - edição do Autor - "Mensagem
de Fátima" - Samelca (Sela) Portugal - 1 975.
5 - Picco/o Dizlonar.o Mariano - (trad. adaptada do original francês
Petlt Vocabulalre Maria/. Collection "Vaiei ta Mére". Desclée de
Brouwer), versão italiana: Centro Mariano Monfortano - Coor­
denação de Alberto Rum e Stefano De Flores - Roma - 1 981 .
6 - La Chrétlen tc/Riré sur Nature et /'usage des lndulgences -
Pe. Antonln Maurel. S. J. - Apresentação do Card. Paneblanco,
Prefeito da Sag. Cong. das Indulgências e Santas Aellquias - 1 3."
edição - J. B. Pólegaud - Paris/lyon - 1 861.
7 - Peaueno Di�. Cató/irn - Antonio Maia, c. m. - Coleção Estrela
do Mor - Rio - 1 966.
8 - Palestina Sagrada - Pe. M. Mlguens, ofm - ed. espanhol/cas­
tellano - Tip. dos PP. Franciscanos - Jerusalém - 1936.
9 - A Virgem Maria - Pe. Silvestre Chauleur - Edições Paullnas -
SP - 1 952.
10 - A Mulher bendita - Pe. Júlio Maria, M. de Nossa Senhora do
Ssmo. Sacramento - 4." edição - Tlp. d'O Lutador - Manhu­
mirim (MG) - 1 936.
1 1 - Maria e a Eucaristia - Pe. Júlio Maria, M. de Nossa Senhora do
Ssmo. Sacramento - Tlp. d'O lutador - Manhumirlm (MG) -
1937.
12 - A humilde VIrgem Maria - Pe. luis Perroy, S. J. (trad. luis leal
Ferreira) - 2.• ed. - Ed. Vozes ltda. - Petrópolis - 1 957.
13 - Maria Santíssima, titulas, pensamentos, fatos - Pe. Carlos de
Maere, C. ssA. - Editora Angélica - B. Horizonte - 1955.
14 - Maria, nossa mie. nosso modelo - Pe. J. Cabral - 2." ediçlo ­
Ed. Paullnas - Rio - 1949.
15 - Dlc. de Personagens Bíblicos - (Ant. e Novo Testamentos) -
José Schlavo - Edições de Ouro - Tecnoprlnt Gráfica S/A -
Rio - 1965.

- 1 53 -
18 - 120 dias com Nossa Senhora de Fátima - (Peregrlnaçllo pelo
Brasil) - Pe. Antonio da Silva Belo, S. J. - Sta. Maria Edlt. -
Alo - 1954.
17 - Concordância Blb/lca (abreviada) - trad. e adaptação: Jabes
Torres - 22.• ed. - Casa Publicadora Batista Brasileira - Rio -
1 982.
18 - Conélso Dic. Blblico - (trad. D. Ana/Dr. S. L. Watson) - 6."
edição - lmp. Bíblice Brasileira - Aio - 1976.
19 - Dicionário Bíblico (no original: Lexlque Bib/lque) - Mons. Albert
Vincent - trad.: Monjas Beneditinas de B. Horizonte - Coorde­
nação: Horácio Dalbosco, SSP - S. Paulo - 1 968.
20 - Dicionário Bíbl:co (no origina l : Dicíonary of the Bible) - Pe.
John L. Mckenzie, S. J. (trad. Alvaro Cunha e/ou tros) - Macmillan
Publishing Co. Inc. - N. York, 1978/Ed. Paulinas/S. Paulo, 1984.
21 - Dicionário da Bíblia - John D. Davis (trad. Aev. J. A. Carvalho
Braga) - 2.• ed. - Casa Pub. Batista - Rio - 1965.
22 - A Bíblia de Jerusalém (org. La Sainte École Biblique de Jerusalém)
- Direção: Tiágo Giraudo; Coordenação: Carlo O. Vido - Las
!:ditions du Cert - Paris (França) 1 9 /3 - Ed. Paulinas, S. Paulo
- 1S81 .
23 - Maria nos documentos atuais da IgreJa - Organização do Fr. de
Sales Baptista, S. J. - Editorial do Ap. Oração - Braga (Portu­
gal) - 1 981 .
24 - Um Só Evangelho (harmonia conforme o texto grego) - Pe. Léo
Persch - Apresentação do Pe. Ernesto Vogt, S. J. - Ed. Pauli­
nas - S. Paulo - 1 955 .
25 - 107 Invocações da V;rgem no Brasil (história. folclore, Iconografia)
- Nilza Botelho Megale - Ed. Vozes - Petrópolis - 1 980.
26 - História das Imagens Milagrosas de Nossa Senhora (Santuários
Marianos) - Frei Agostinho de Santa Maria - Lisboa Ocidental
- 1 722 - Oficina de Antonio Pedrozo Galram (cópia extr. do
Arq. Nac.) - Imprensa Of. da Bahia - 1949.
27 - Os Singulares Privilégios de Maria Perante a 8/blia (apol ogética
mariana) - Pe. Jul iano da lmnculada M nttei, Passlonista - Liv.
Aurora - Vitória (ES) - 1 960.
28 - O Pai-Nosso e a Ave-Maria (comentários extraídos dos sermões
de S. Tomás de Aquino) - Nouvelles Editions Latlnes - Paris -
Trad. Júlio Fleichman p/ série "Cadernos Permanência" - Aio -
1 979.
29 - Porque Amo Maria - Pe. Júlio Maria - Prefácio do Pe. J. M.
Texier (Diretor da Revista dos Sacerdotes de Mar;a, Rainha dos
Corações) - Ed. Vozes/Petrópolis - 1945.
30 -Maria e seus Gloriosos Títulos - Edésia Aduccl - Apresentação
do Pe. Quinto Davi Baldessar - Ed. Lar Católico (J. Fora, MG)
- 1 955 .
31 - Advocacíones de la VIrgem -A. P. Elen - Llbraria Ed. Argos
S/A - Barcelona/S. Aires - 1 956.
32 -Flores de Maria (o Mês de Maio) - Pe. Martinho Antonio Pereira
da Silva - 4.• edição - Tipografia Lusitana - Braga (Portugal) -
1 872.
33 - Sant'Ana, mãe da Mãe de Deus - Mons. Ascílnlo Brandão - Ed.
Ed. Paulinas - S. Paulo - 1 954 .
3 4 - Na Escola d e Maria - André Damino - 4.• edição - Ed. Paullnas
- S. Paulo - 1962.

- 1 54 -
35 - VIda e VIrtudes de Nossa Senhora - (pontos de medltaçllo) -
Dr. Rodrigues Vlllar (trad. revista do Pe. Manoel Versos Figuei­
redo, S. J.) - 2.' ed. - Llv. Figuelrlnhas - Porto (Portugal) -
1954 .
36 - Mãe Querida (meditações sobre Nossa Senhora; a Ave-Maria) -
Pe. Léo Kohler, S. J. - 2.' ed. - Ed. Paullnas - S. Paulo - 1 945.
37 - O Segredo de Maria (e o método de rezar o Rosário) - S. Luiz G.
de Monfort (tréld. da edição-tipo, única Inteiramente conforme
o original) - 2.' ed. (4.• milheiro) - Prefácio de O. Plácido de
Oliveira, osb - Ed. Sta. Maria - Alo - 1 953.
38 - A Verdadeira Fisionomia de Nossa Srmhora - Frei M iguel Phill­
pon, OP - (trad. D. Frei Luiz Palha, OP) - Gráf. Olímpica Ed. -
Rio - 1 956.
39 - Apar clones - Carlo Maria s•�P.IIn, S. J. - Editorial Razon y
Fe S/A Madrid (Espanha) - 1 994 .
40 - Lágrimas Celestes - Frederic P. Marjay - Edição Dr. Marjay -
Lisboa (Portugal) - 1 955.
41 - O Primeiro Amor do Mundo - Mons. Fulton Sheen (tlt. original:
The World's First Love) - Trad. Cruz Malpique - 2.' edição -
Ed. Educação Nacional - Porto (Portugal) - 1 955.
42 - A Virgem Maria Nossa Mãe - Mons. L Crlstianl - Ed. Paulistas
- Apelação/Sacavam (Portugal) - 1 963.
43 - Dictionaire de Culture Religieuse et Catéchiste - Côn. L. E. Mar­
eei - 2.' edição - Editlons Servin - Bensançon (França) -
1 949.
44 - Nossa Senhora aos seus Sacerdotes - 5.' ed. Movimento Sacer­
dotal Mariano - Braga (Portugal) - 1 980.
45 - O dia em que Cristo nasceu - Jim Bishop (Tit. original norte
americano: The day Christ was bom) - trad. de Jim Bishp - Ed.
Record - Rio - 1 959/1977.
46 - Mês de Maria, pecrrumino - Pe. Fernando leite - 3.' ed. Secre­
tariado Nac. Ap. Oração/Cruzada Eucarística - Braga (Portugal)
- 1 979.
47 - Rosário Bfblico - J. Palmer Gabriel - (tlt. or!glna l : Scrlptural
Rosay) 23.' ed. do Christlnica Center. Ch'cago, 1 975 - e 2.' ed.
bras. - Ed. Paulinas - S. Paulo - 1 9 77 .

48 - Oficio da Imaculada Conceição (explicado e anotado p/ uma Filha


de Maria) - Ed. Vozes ltda. - Petrópolis - 1 947.
49 - Breve Oficio de la Imaculada - Fed. de Congregaciones Marianas
- Ed. Myriam - B. Aires (Argentina) - sem data de editoração.
50 - A Imaculada sob os Véus dos Símbolos (breve comentário do Peq.
Of. da lmc. Cone.) - Monjas Beneditinas da Abadia de Sta.
Maria - Tip. Sta. Maria - S. Paulo - 1 938.
51 - Pequeno Oficio da lmacu'a�a Conceição (latim/português comen·
tado) - Ed. Paulinas - 1 956.
52 - Eis a Vossa Mãe (breve explicação da ladainha lauretana) - Frei
Domingos Schmtz, ofm - 5.' ed. Vozes - Petrópolis - 1 946.
53 - Oficio Parvo de No.rsa Senho·a r�egundo o Breviário Romano) -
6.' ed. Ed. Vozes ltda. - Petrópolis - 1 952.
54 - Imitação de Maria (modelado pela Imitação de Cristo) - por um
Religioso anônimo - (trad. d e Maurlcéla Filho) - 3.' ed. - Ed.
Vozes - Petrópolis ltda. - 1 949.
55 - Vida, Paixão e Glorificação do Cordeiro de Deus - An a Catarina
Emmerlch - 2.' ediçllio - Ed. Lar Católico - J. de Fora - MG
- 1946.

- 155 --
56 - O Drama das Rosas - (encenação Oraclonal do M istério Gozoso)
- Antonio Mala, c.m. - Editoração da Paróquia de S. Sebastião
dos R R .PP. Capuchinhos - Alo - 1955.
57 - Os Mistérios do Santo Rosário (drama sacro) - Frei Martinho
Oliva, OP - música: O. Plácido de Oliveira, osb - G ráf. Olrmplca
- Rio - 1 955.
58 - Breve História das CC.MM. - Antonio Mala, c.m. - Apresentação
de Dom Joseph Felix G awllna (primeiro Diretor da Fed. Mundial
das CC.M M .) - Rio - 1 961 .
59 - Sob o olhar da Virgem Maria (2." parte de Contigo Senhor) -
Pe. J. O. Oliveira, S. J. - 2.• ed. - Dist. "Magnificat" - Braga
(Portugal) - 1 964 .
60 - As aparições de Fátima (narração de Lúcia) - notas do Pe. Fer­
nando Leite, S. J. - 1 1 .• ed. 22.• milheiro - Secret. Nac. do Ap.
Oração - Braga (Portugal) - 1 978.
61 - Se fizerem o que Eu vos disser terão Paz - Pe. Fernando Leite -
1 1 .• ed. - 95.• milheiro) - Secret. Nac. Ap. Oração - Braga
(Portugal) - 1 976.
62 - Bênção e Abençoar (cartas trimestrais da "Cruzada Abençoemo­
nos por Maria - 3 vols.) - tit. alemão: Rundbriete de Marianis­
chen Segenskreises - Pe. Leopoldo Bertsche, O. Cist, - trad.
Irmã M. Filomena, canisiana - Ed. Santuário - Aparecida -
S. Paulo - 1 980.
63 - Maria Santlss.ma (Utanle - Salve Regina - M lsterl princlpali
delta Vital - Pe. Cesare Galina, msc - con brevi considerazioni
do Prof. Giulio Remedi - l lustracioni: Prof. Duilio Cambellotti -
Scula Tip. D. Guamella - Roma - 1 946.
64 - Magnilicat ( louvor e gratidão no Coração da Virgem/mediação
universal de Maria) - O. Geraldo Maria de Moraes Penido. Arce­
bispo Metropolitano de Aparecida (SP) - Editora Santuário -
Ap./S. Paulo - 1 984.
65 - Epopéia da Med aneira - Pe. Afonso Rodrigues, S. J. - Edições
Loyla - S. Paulo - 1 971 .
66 - Bodas de Ouro de Fátima - Api o Garcia - Ofic. do "Jornal do
Oeste" Editora - Maior/Lisboa (Portugal) - 1 967.
67 - Antologia dos Santos Padres - O. Cirilo Folch Gomes, osb -
2.' ed. - Ed. Paulinas - 1 979.
68 - História de Nossa Senhora - Sérgio O. T. Macedo - Prefácio de
D. Oscar de Oliveira, Arcebispo de Mariana - Dlst. Record -
Alo - 1 964.
69 - Mensagem de Fátima - Pe. Antonio Maria Martins, S. J. - 3.'
ed. - Edições Loyola - S. Paulo - 1 983.
70 - Natividade: aparições de Nossa Senhora - Selene Espfnola Cor­
reia Reginato - 6.' ed. - Cia. Bras. de Artes G ráficas - Alo -

1 984.
71 - Um mês com Nossa Senhora (ou Mês de Maria segundo Sto.
Afonso de Liguori) - Mons. Ascãnlo Brandão - 2." ed. - Ed.
Paullnas - 1 954.
72 - O Coração Imaculado de Maria à luz de Fátima - Pe. Mariano
Pinho, S. J. - Prefácio de O. Pedro Fedalto, Arcebispo de Curl·
tiba - DUCA. Ed. Unlv. Champagnat - Paraná - 1 984.
73 - Memórias da Irmã Lúcia - compilação do Pe. Luis Kondor, SVO -
Postulação - Fátima (Portugal) - 1 976.
74 - O Segredo de Fátima, nas Memórias e Cartas da Irmã Lúcia -
Pe. Dr. Antonio Maria Martins, S. J. - Ed. Loyola - S. Paulo -

1 974.

- 155 -
'75 - Teologia de Fátima - Pe. Luis Kon dor, svd (\ilce-postu lador, ex­
tra urbem, da beatificação dos videntes de Fátima) - Gráf. AI­
medina - Terras Novas (Portugal) - 1 980.
76 - Nossa Senhora à luz do Concílio (tlt. original: A Vlrgen Maria
vista por e/ Concilio) - Juan Rey, S. J. - trad. José Rodrigues
Pires - Editorial Perpétuo Socorro - Porto (Portugal) - 1 968.
77 - Fátima, aparições e mensagens conforme os manuscritos da Ir­
mã Lúc;a - Antonio Augusto Borelli Machado - a.• edição em
português (atingindo a 280 mil exps.) - Ed. Vieira Cruz - 1 976.
Nota: a obra teve 8 edições em espanho l , 1 na Argentina, 2 nos EUA, 1 na
Venezuela, 1 no Chile, 1 no Uruguai e 2 na Colômbia, num da
total
62.000 exps; çom transçrlções em jornais a revistas atingiu a 357.000
exps.}
78 - Retratos de la Virgen (Vol. I, Ecce Mater tua) - Juan Rey, S. J.
- Editorial Sal Tarrae - Santander (Espanha) - 1954.
79 - Maria e a iconografia russa - M. J. Rouêt de Journel, S. J . -
inserido na revista Estrela do Mar - Rio.
80 - Pequeno Catecismo de Nossa Senhora - Cardeal Charles Journet
- inserido na revista Permanênc1a - Rio.
81 - Maria no Evangelho - Pe. Audálio Neves, CM - Revista Conti­
nente E:::d itorial Ltda. - Aio - 1983.
82 - Temas Marianos - Côn. José Geraldo Vidigal de Carvalho - Edi­
tora " folha de Viçosa" - Mariana (MG) - 1985.
83 - Salve Estrela do Mar - devocionário completo a Maria Ssma.
coordenado por um padre franciscano - 9.' edição - Lisboa/Porto
- J. Teinbrener Editor da Santa Sé - made in Czechslovakia
(sem data de editoração).
84 - Escudo Admirável - Pe. Manoel José, da Cong. dos Oratórios do
Porto (Portugal) - Liv. Chadron (sem data de editoração).
85 - As Coroas de Glória da Virgem Maria - Abel Rafael Pinto -
Prefácio de U. José Newton, Arcebispo de Brasília ( DF) - Centro
Gráfico do Senado Federal - Brasíiia - 1982.
Nota: o livro é de propriedade da Campanha Financeira para a construção da
Casa de R e tiros da Federação das CC.MM. de Dras l l la.

86 - Momenti di una storia (" Santa Bambina" che sorride) - per una
Religiosa Francescana dei Santuario de Via Santa Sofia - Prefa­
zione da D. Giovanni Urbani, Arcivescovo titolare di Sardi
Edizione Maris Stella - Casa Edi trice La Sorgente - M ilano -
1 953.
87 - Maria nella mlsslone del/a Chiesa - Juan Esquerda - Bifet -
EMI/Servizio Missionario - Tip. La Nuova Stampa Bolongna
(ltalia) - 1983.
88 - Maria, nosso SIM a Deus - Fr. Batistini - 2." ed. do Autor
(R. Pe. Anchieta, 356) - Magé - RJ - 1984.
89 - 11 Mistero Mariano, meditato cal Rosario - Mons. Gluseppe l o
Giudice - Presentazione: Antonio M. Travia, arcivescovo tit. d i
Termini lmerse; Elemosiniere di Sua Santltá, Primicerio d e l l ' Ar­
cicta. S. Maria Odigitria - Stab. Tip. Graf. Sant'Agapito/lsernia -
Roma, 1 985.
90 - Aparecida, na História e na Literatura - Pe. João Corrêa Machado
- 2 Vo!s. Edição do Autor - Campinas (SP) - 1 983.
91 - Aparecida, Capital Mariana do Brasil - Prof. Oswaldo Carvalho
Freitas - Ed. Santuário - Aparecida (SP) - 1 978.

- 1 57 -
Jornais, revista!\ ê outras publicações: lstrela do Mar A Cruz
- -

O Lutador - Lar Católico - Pergunto e Responderemos - Ação -


Permanência - L'Osservatore Romano - Apostilas (cursos, reti ros,
palestras, conferências, encontros, homilias) - destacadamente far­
tísslmo material enviado de Roma pela Filha de Maria, Odette Costa­
bile (Embaixada do Brasilfltamaratl) .

Bibliotecas -especial agradecimento aos RR.PP. Capuchinhos pela per­


missão de visitas (que nos estabeleceram "a qualquer dia e hora")
à biblioteca do convento, sede da Provlncia N. S. dos Anjos (R.
Haddock Lobo - Tljuca, Rio). - Nosso eterno reconhecimento ao
grande amigo e mestre, Côn. Dr. Emílio Silva. pela nímia gentileza
de acesso ao seu " internacional mundo de livros" (é considerada
"a maior biblioteca particular" no Rio de Janeiro) Rua Paissandu -
FlamengojRJ.

Cruzada "AM"

ABENÇOE M O - NOS POR MARIA


Sim, abençoar e m nossa época como nunca, onde a vida dos povos e
a vida individual é convulsionada com tantas e tão profundas crises.
Abençoar! Tornar-se uma bênção viva num mundo materialista, quase
totalmente esquecido do sobrenatural! Em tal época precisa-se de
uma legião de almas generosas que querem pôr u m dique ao mal,
avançando assustadoramente. E isto de modo simples e fácil: alis·
tando-se na Cruzada "A. M." (Abençoemo-nos por Mari a ! ) . Meta su­
blime da Cruzada, é o que o título encerra. Não se pede contribuição.

Irmãs Canlslanas, Rua Antonio França Souza, 58


C.P. 1 2 ( 1 2.570) - APARECIDA SP •

Academia Maria I de A parecida - S P


Final idades: recolher e retransmitir i nformações e estudos de tudo
quanto existe, no Brasil, em sua História, Literatura e Belas Artes
a respeito de Maria, Mãe de Jesus de seus Santos Pais, Joaquim e
Ana, e do seu g lorioso Esposo, S. José.

Inscreva-se como Sócio pelo testemunho de Interesse e Colaboração:

Sede e Biblioteca (na Torre da Basí!ica), 1 1 .• and.


1 2 .570 Aparecida
- SP

- IS$ -
Página de Encerramento

• O mundo tem - segundo a Ciência - d e 1 0 m i l hões a


6 b i l hões de anos. E Maria Ssma. já existia antes do mundo!

• "O Senhor me constitu i u no princ1p1o


dos seus caminhos, desde o começo,
antes que c riasse coisa a l g u m a . Desde
a Etern idade fui constituída ( . . . ) antes
que a Terra fosse criada ( . . . ) eu já ti­
nha nascido ( . . . ) Quando Ele preparava
os Céus, eu estava presente (. . .)
quando assentava os fundamentos d a
Terra, e u já estava c o m Ele, reguland o
todas as coi sas . . . " (Prov 8,22ss .)

Nota: A doutrina sobre a Sabedoria -Sabe­


doria de Deus - apl ica-se a Cristo (Ele
participa na criação e conservação do
mundo). - Por acomodação, aplica-se
Prov 8,22ss. à Ssma. Virgem Maria, co­
laboradora do Redentor como a Sabe­
doria o é do Criador. - cfr. Bíblia de
Jerusalém.

• Estamos vivendo o transcurso dos 2 .000


anos do nascimento de Nossa Senhora,
alertados que fomos para esta efeméri­
de pelo próprio Papa João Pau lo 1 1 , em
homi l i a proferida n a Gruta da Massa­
bielle, Lourdes ( França), em 1 5-8-1 983.

- 159 -
• Porém, não importa tanto a data crono­
lógica, mas s i m , - como observou o
Sumo Pontífice - o fato histórico; é o
aconteci mento que merece a nossa a­
tenção . E deve constitu i r - foi o que
s u b l i mou o Papa - deve ser este tem­
po, o " grande Advento" (Advento tam­
bém mariano) , de preparação já não tão
remota, mas bem próxima, dos 2 .000
anos do nascimento d e Cristo, portanto,
início, " inauguração", do 3 .0 m i lênio do
Cristianismo, ou seja, começo do sé­
culo XXI . - E d isse o saudoso Papa
Paulo V I : "Se queremos ser cristãos,
devemos ser também marianos " . (aloc.
em Cag l iari , Sardenha, d i a nte da i ma­
gem de N . S. de Bonária) .

• A uma enquete i ndagando: Quem co­


nhece Nossa Senhora?

A resposta afi rmativa deveria ser


a de

1 .200.000.000 (um bilhão e duzentos


milhões) de batizados, pois é esta, a
cifra , em projeção, calcu l ada até o final
d esta era ( ú l t i mos 14 anos do século
presente).

Nota: N ã o estão computados neste um bilhão


e duzentos milhões. os ortodoxos. os
muçulmanos, bem como muitos cristãos
de várias seitas que gostam de Nossa
Senhora (há Ordens e Conventos não
católicos com títulos da Virgem Santa,
como na Alemanha).

• Há 200 anos - desde 1 830 (pelo me­


nos) - a Virgem Ssma. tem aparecido
pessoa l /fisi camente nos mais d iversos
lugares : 3 Continentes - a cerca de
20 países, perto de 60 cidades, a l deias
e vi las.

- 1 60 -
- Temos sido dignos de tais "visitas"?
- Maria tem-se mostrado verdadeira
Mãe. E nós ? temos nos mostrado ver­
dadeiros filhos?
- Ou só de boca pra fora? Epidérmica­
sentimental e romanticamente fi lhos?
simples e interessados devotos?
- Ou será que temos feito como S. João
Evangel ista: levando Nossa Senhora
para nossa casa?
- A casa do coração, a casa do amor,
a casa da autêntica devoção, casa da
concreta e vivida fil iação?
- Não será esta uma boa hora para deci­
são: se Já sou de Maria, aumentar ain­
da mais esta pertença; se tenho sido
mais ou menos, apertar estes laços ; se
não tenho s i do, fazer o firme propósito
de sê-lo doravante, Inclusive recuperan­
do o tempo perdido.
- o que eu (diga aqui o seu nome para
que Nossa Senhora "ouça" direitinho),
fiz, faço e farei de forma positiva para
Nossa Senhora?
- O que posso e o que devo fazer de
prático e de imediato por e para Maria
Ssma.?
- Posso dizer, em consciência, que sou
parte Integrante daquela "geração" que
a Virgem mesmo profetisou " . . . me
chamarão Bem·aventurada "7
. . .

- Poderia eu aumentar (pelo menos ten­


tar), esta atividade ainda mais que eu
sei que Ela me ajudará?
- Como fazê-lo? - onde fazê-lo? - quan-
do fazê-lo?
Este " Pequeno Dicionário de Nossa
Senhora" quer ser modesta "ferramenta"
que sirva de ajuda a quantos se disponham
a traba lhar pelo re ino de Deus.

AO IESUM PER MARIAM


Antônio Mala, c. m.

- 161 -
CNOJCE ANALITICO/RI:M ISSIVO
dos verbetes, subverbetes, cronologia biográfica e contexto critico

- A -

Ab aatemo - 17 Terra aacerdotal - 29 - 134


Academia Marlat - 17 Trono de Salomão - 29 - 141
Acatlstos (gr. Akathlstos} - 17 Vara florida - 29 - 142
Acróstlco blbllco (de Maria) - 31 Velo de Gedeão - 30 - 142
Ad lesum per Marlam - 1 8
Advento (mariano) - 1 8 dlvenaa oulral:
Agua (fonte) - 25 - 38 - 81
Aln-Karlm - 1 2/3 - 134 Bálsamo aromático - 30
Alagrla (feliz) - 55 - Ver tb Magnlflcat Cades (palmeiras de) - 30
Al ma - 19 - 55 - 57 - 70 - 80/1 - 145 Ciência (Mãe da) - 30
Amor - 80/1 Clnamano (perfume de) - 30
Ana (mi e da VIrgem) - 19 e Cron. Blog. Cipreste (do Monte Sião) - 28 :;o
n.• 5 Estoraque (perfumada habltaçêo de)
Ancestrais - 20 30
Anchieta (Bto. Pe . José de) - 121/2 Formoso amor - 30
Ane l - 20 Galbamo/ml rra - 30
Angelus - 20/1 - 54 - 65 Galhamo/mlrra - 30
Anjo - 19 - 21 - 122 - 135 Incenso (gota de) - 30
Ano Mariano - 22 Mirra (suave cheiro de) JO
Antlfonas (marianas) - 22 - 1 1 1 Oliveira (formosa) - 30
Plitano - 30
Antigo Testamento - 22 - 36 Rosa de Jerlcó - 30
Santa esperança ( Mãe da) 30
Temor (Mãe do santo) - 30
apllcaçlles almb61lcaa:
Profaclae: 30/1
Arca da Ali ança - 23 - 47
Arca de No6 - 23 - 47 Génesls ("boca de Deus") - 30
Arco-lrts - 24 - 47 lselas (virgem parturiente) - 31
Arvore da vida - 24 - 48 Miquéias (virgem dará a luz) - 31
Aurora - 24 - 54
Cedro do Llbano - 24 mulheres "figuras" da Maria: 31/8
Cidade de refúgio - 24
Dom de Deus - 24 Abigail - 32
Escada de JacO - 24 Ana (Irmã de Moisés) - 3:!
Estrela d'alva (da manhA, matutina)
25 - 75
Débora - 32
Estér - 32/3
Estrela de Jacó - 25 - 75 Eva - 24 - 33
Exército (em linha da batalha) 25 Jael - 33
- 76 Judlte - 33
Favo de mel - 25 - 94 Maria (várias parsonagens blbllcaa) -
Fonte (de águas vivas) - 25 - 81 33/4
Llrlo - 25/6 - 90 Noeml - 34
Lua - 26 - 91 Rebeea - 34
Luz - 26 - 91 Resta - 34
Mesa (do Templo) - 26 - 96 Rute - 34
Monte (montanha. outeiro) - 26 - 97 Sara - 35
Morada - 26 - 97 Sulamlta - 35
Nuvem - 27 - 1 1 o Mãe dos 7 macabeus - 35/6
Orvalho - 27 - 1 1 1 "Ralnha-mAe" - 36
Palma/Palmeira - 27 - 1 1 2 Anunciação [ ver Novo Testamento, s ubver­
Pomba/Rolinha - 2 7 - 56 - 1 22 beta n.• 3) - 101
Porta d o Céu/dos Santos - 27/8 - 1 22 Apartoclda (do Norte) - 36
Porta fechada - 2 8 - 1 22 Aparições - 37/46
Prlmogênlta - 2 8 - 122
Santuário - 28 - 131 Guadalupe (1531) - 38
Sarça ardente - 28 - 132 Paris (1830) - 38 - 68
Silo - 28 - 132 Roma (1842) - 38
Tabernáculo/Santuário - 29 - 131 La Salette (1846) - 38
134 Lourdes (1858) - 38
Templo do Esplrlto Santo - 29 Pontmaln (1871) - 38
75 - 134 Pellevolsln (1876) - 39

- 162 -
Irlanda (1879) - 39 Aramaico - 84 - (Ver tb caracteres a
Rússia (1917) - 39 pronúncia: 64 - 71)
Fétlma (1917) - 39/40 Arqulologla - 58/9 (ver tb C.IIICWI)Ibu
Arte - 47 - 120
(aparições, entre 1931/1949, ba�tanto Arte sacra - 120
Incompletas em Informações, devido Arvore - 24 - 48
11 11 Grande Guerra) - 40 Ascençilo - 66
Associações (marianas) - 48/53
Banneux (1932) - 40
Beauralng ( 1932/33) - 40 Apóstolos de Maria (Portugal) - 49
Meglavlt/Romênla (1935) - 40 Associação das Filhas de Maria Ima­
Hedd/Aiemanha (1937/40) - 41 culada - 49
Tre Fontana/Roma (1937) - 41 Associação dos legionários de N. S.
Bonate;Bergamo (1944 ) - 41 Auxl lladore (Niterói) - 49
Amsterdan Holanda ( 1945/59) - 41/2 Associação Maria dos Sacrários - 49
Codosera/Espanha (1945) - 42 Centro N. S. de Jerusalém (Terra San­
Marlenflei/Bavlera (1946) - 42 ta) - 49
Montlchiarl (1947) - 42 Comunidade Magnlflcat - 49
Tre Fontane/Roma (1 947) - 42 Comunidade N. S. da Vida Litúrgica
Mayne/França ( 1 948) - 42/3 - 49
Llpa/FIIiplnas (1948) - 43 Confrarias e Irmandades (marianas) -
Fwhrbac/Aiemanha (1950) - 43 49/50
Garabandai/Espanha (1961) - 43 Congregação Mariana - 18 - 23 - 50
Natividade/Brasil (1 967) - 43 Congregação Unlv.,r.• al do .3anta Ceoa
de Loreto - 50
(outras aparições no Brasi l , destacada­
Cruzada Abençoemo-nos por Maria
mente em Cajueiro/Pernambuco)
50/1
43/44 Cruzados de Fátima - 51
Zeltoun/Eglto (1968) - 44
Eq1.1lpes de Nossa Senhora - 51
Exército Azul de Fátima - 51
Medjugorlejlugoslávla (1981/5) 44
G.A . M . - G loventú Ardente Mariana
Klbého/Afrlca (1981/4) - 45
-

Austrália (1984) - 45
(Itália) - "Janela" da pág. 1�
Legião de Maria - 51/2
Marlápolls - 52
(lacrimações de Nossa Senhora) 45
MIHcla da Concelçilo Imaculada - 52
-

Slracusa (Itália) - 45 Movimento Sacerdotal Mariano - 52


Caserta (Itália) - 45 Oblatos de Mnrla Imaculada - 52/3
Adrano (Itália) - 46 Ordens Terceiras (marianas) - 53
Maasmechelen (Bélgica) - 46 Pia União das Filhas de Maria - 53
Chicago (EE.UU.) - 46 Congregações/Ordens/ln�t:tutos - 53
Granada (Espanha) - 46
Soalheira (Portugal) - 46 Assunção gloriosa - 83 - 69 e Cron.
Nova Orleans (EE.UU.) - 46 Blog. n.• 30
Damasco (Sirla) - 46 Aurora - 24 - 54
Aplicações bibl lco-slmbóllcas (ver Ant. Ave - 54
Te:t.! - 22/36 Ave-Maria - 18 - 54 - 110 (ver tb em
Apócrifos - 32 - 46/7 (ver tb extra-blbll­ caracteres aramaicos)
cos: Cron. Blog. n.• 5/9) Azul - 62/3

B
Beata (clencla) - 55 (ver tb. Alma/Caris­ Blblla (ver Antigo e Novo Testamento):
mas/dons) 22/36 e 102/ 1 1 0
Belóm - 55 - 105 - 134/5 Bibl ioteca (mariana) - 55/S
Beleza (trslca de Maria) - 55 (ver tb Blmllênlo - 18 - GB/9 (verbete: 2.000
Pessoa) anos do nascimento da Maria)
Bem-aventurada - 55 (ver tb: 19 - 57 Boi - 122
60/81 - 125 - 145) Branco - 62/3
Bem-aventuranças - 55 (ibidem. Supra) Brasão (mariano do Papa) - 58
Betfagé - 135 Breviário (ou Oficio Divi no) - 54

- C
Cafamedm - 138 Cermelltas - 53 (ver tb remetllnclae eu­
Calvário/Gólgota - 109 - 138 pra)
caminho (via) - ver Odlgtrla - 47/8 Cannelo (monte) - 53 - 83 - 65 -
83/4 - 84/5 73/4 - 106/7
Cnná (da Galiléia) - 101/B - 13f Casa (de Nossa Senhora) - 57
Carismas (dons) - 57 - (ver tb 19 - 55 Casamento - 57/8 - 75 - 102 e Cron.
- 69 - 60/t - 125 - 145) Blog. n.• 13

- 163 -
Catacumbas - 47/8 - 58/9 Coraçlo - 111/2
Causa·mcrtis - 59 Corilo - (ver muçulmano)
Cenáculo - 75 - 109/10 - 136/7 Cores (marianas) - 62/3 - 73/4
Céu - 4 - 18 - 24 - 24/5 - 68 Congressos (marianos) - SS/8
C iência (l:'lfusa-dlfL:s�·bcata) - 30 (ver tb Conssgreçllo - 16 - 61 - 65 - 129/13t
Carlsmos/Dor.s/Alma/Esp. Santo) Coroe/Coroeçilo - 68
Código de D!relt'J Canôn i co - 59 Cronologia Biográfica - 1t/5
Collridlenos -- 60 Culto - 58/9 - 63
Concelç�o Imaculada (ou vice-versa) - 19 Profftlco - 63
- 22 - 24 - 29 - 67 (var tb Dog· Litúrgico - 63
mL") Popular - 63
Concilio Vat. 1 1 (doct•mP.ntos) - 60/1 Privado - 83
Congregaçilo Mari ana (ver Aa�açõaa) npoa - 84

D -
Dante Allghlerl - 120 Trlduo - fl7
DemOnlo - 2S - 31 - 1 1 5/8 (ver tb Vla·Matrl a - 67
Serpenta·Dragikl) Vlsltedora (Imagem) fl7
Devor.ões - 65/7 Divino Filho - 1 1 7
Angel u s - 20/1 - 65 Documentos conclllaree - 60
Autoe - 55 Dogmas (marianos) - 67/8
Cenáculo com Mcrl a - 65
Conssl!raçAo - 10 - 61 - 65 - 1 1 1 Matemldada divina - ff1
- 129/30 Imaculada ConcelçAo - 19 - 12 -
Coroinhas - 65 24 - 29 - 88
Escapulário - 65 - 73/4 VIrgindade perpétua - 29 - 31 - 88
Hora Marl�na - 65 Aasunçao corp órea - 68 - 78 - Cro­
Lad�lnh�($) - 60 - 65 nol. Blog. n.• 20
Medalha M l l a(l rosa - 38 - 68 Medlaçlo universal - 68/9
Mâs dE' M�rla - 68 Dois m i l Anos (nascimento da Maria)
Nove:1a!sl - 66 4 - 10 - 18 - 69nD
Pequ<mo Ofr�lo da Imaculada Concel· Dom - 19 - 24 - 55 - 70/1
çao - 68 Dons do Espfrlto Santo - 5S - 70/1
Peregrln:)ÇOes - 36 - 66 Dor(es) - 109
Procissões - 68 Dormlçlo - 71 - 98 - 137 - Cronog .
Rosário/Terço - 66 - 125/29 Blog. n.• 30
Sóbado - 66 - 130 Doutores da IgreJa - 24 - 71 - 35
Seotenárlo das Dores - 67 Dragao - 25 - 31 - 115 (ver tb O.
Trb Ave-Marlaa - 67 mOnto - Serpente)

E
Ecumenismo - 7213 Estátua - 83
�ftlSO - 73 Estrela (d'alva da manhl, matutina, da
Egito - 105 Jacó) - 25 - 75
Elogio (a Maria) - 79 109 - C ronol.
Blcg. n.• 24 Evangélica de Mari a (Irmandade) - 53
En camaç i!o - 20 - 103 Exercfc l os Espirituais [ou Retiro) - 78
Escada da Jecó - 24/5 - 73 125
Escapuiárlo - 65 - 73/4
Escultura - 84 - 120 Exército [em linha da batalha) - 25 - 78
Escotismo - 74/5 Ex-llbrls - 8 - 47
Es pada - 107 - 109 Exposição (mariana) - 55/8
Esplrlto Santo - 29 - 75 Extra-blbllcos - 48 - Cronol. Blog. 11 1 9
Esponsals/eosponsallclo - 57/8 - 75 - (ver tb Ap6crlfoa)
1 ()-J e C ronol . Blog. n.• 13 Ex·voto - 123

F -
Fátima - T1 - 132 - 145 N. S. de Lourdes (1 1 de fev.) - 711
Favo da Mel - 25 - 94 Anunclaçlo (25 de março) - 78
Festas M &r lanas (Calendário Universal) Vl s lta�iio (31 de ma io) - 78
77/8 Coração lmac. de Maria (móvel/Junho)
Ssma. Mlle de Deus , Maria (1.• de - 78
Jan.) - T1 N. S. do Carmo (1S de Julho) - 78
Apresent./Circunsclslo/Purlfleaçllo - (2 N. S. das Neves (5 de agosto) - 78
de fev.) - 78 Aaaunçlo (15 da agosto) - 711

- 1 64 -
Realeza de Maria (22 de agosto) - 7!1 Fllho(s) da Maria (ver tb Maternidade DI·
Natividade (8 de setembro) - 79 vi na/Espiritual)
N. S. das Dores (15 de setembro) - 79
N. S. do Rosérlo (7 de outubro) - 79 a
Figures b lbllcas (da M ria) - 22 a 38

- 79
E -p l o
Imaculada Concelçllo (8 de dezembro) Fl latélla (selos) - 47

-
Flores - 80
Sábado de Marta - 79 Fonte - 25 81 - (ver tb .(gue)
Flat/Sim 80 Frutos do s lr t Santo - 80/1

G
Graça - 82 (ver tb: 55 - 57 - -
1
Gabriel (arcanJo) - 81 70
Gataamanl - 137 80/1 - 125 - 145)
"Grafflto" - 58/9
Gólgote/Calvtirlo - 109 - 138 Gruta - 82 - 135

H
Hino - 83

'
Hebron - 135
Heréldlca - 47 - 62/3 Hora (da Maria) - 18
Heresia - 88

I
lcone - 47/8 - 83 - 84/5

-
I conoclasta - 83
Imagem - 47/8
-- -
85
84 - 83

-
a i:
Indulgência
Idioma 84 - (ver tb caracteres a pro­ Inteligência 85 (ver tb 57 70)
núncia da Ava·Marla em rama co 64 " Irmãos" da Jesus - 85
- 71) "Irmãos separados" - 72/3
lgre)a (Maria tipo de) - 84 - 139 Isabel - 85 - 103/4
Imaculada Conceição (ou vice-versa) 19 lsalas - 31
- 22 - 30/1 - 68

J
Joaquim - frT

I
Jarlcó (Rosa de) - 30
Jerusalém - 136 José - 87 - 135
João Batista - 86 Jumento - 122/3
Joao Evangelista - 88

K
Kllkharltflmene (gr.) - 19 - 88

L
Ladalnha(s) - 60 - 65 - 99 - -
83 - 90 - 911 - t U
-
Liturgia
Ladainha Conciliar - 00/1 Lorato - 57 91 - 140
"Ugrlm3 de Nossa Senhora" - 54 Louvores - 60 83 - 89 - 1 1 8 - 120
Leite (Gruta do) - 135
Lama - 1 8
Llrlo - 2 5 - 30 - 90
Lua - 26 - 91
Lucas (Evangelista SAo) - 91
"Lumen Centlum" - 80
- 83/4

Literatura (Poesia) - 90 - 92 - 120 Luz - 28 - 81

M
- 94 - 109 (ver tb Magnlflcat - 18/9 -
92 - 103/4 - 1 1 8

I
Maa - 67 92 -
Theotókos) Magos (rels) - 106 - 135 - Cronol .
Mie do aanto temor -
Mie da santa esperança - 30
30
Blog. n.• 1 8
Manto - 82

1 65 -
Mloe - 93 - 114 Mês de Maria - 68
Maria - 93 Mesa (do Templo] - 28 - 98
"Marlalls Culto" - 21 Mesquita da Omlll' - 137
Marlanldade - 1 8 Mi lagre - 96
Marlai/Marlano - 54 M lquélas - 31
Marlanlstas - 53 Missa - 96/7
Marianos (Padres) 53 Mistérios (do Rosário/Terço) - 125/9
Marlologla - 94 Monte - 2B - 96
Merlolatrla - 93 Monumentos - 97
Maristas (Irmãos) - 53 Morada - 2B - 98
Mártires - 27 Morta - 9B (ver tb Causa Mortis - Do-
Matar (mile) - 60 - 109 mlçlo - Tumba - Túmulo)
Matar Eclesla - 60 Mosaicos - 47 - 83 - 94/5
Maternidade divina - 67 (ver tb Mie) Muçulmano - 44
Maternidade espiritual - 94 109 - Mulher - 98
136 (ver tb Mia) Mulheres blbl lcas "flguraa" de Maria) -

Mel (favo de) - 25 - 94 31/36


Menina (Maria) - 94/5 Mulheres (santas) - 131
"Mense Maio" - 66 Mundo - 17
Mente (de Deus, divina) - 17 Música - 47/8 - 99 - 120

N
Naeclmento (ou Natividade) de Maria - Slmello - 105/6 - Cronol. Blog.
16 - 18 - 137 - Cron. Blog. n.• 5/8 n.•16
(ver tb 2.000 anos) 8 - Adoração dos Magos - 106 -
Nazlr/natzlr (voto) 100 Cronol . Blog. n.• 18
Nazlrena - 1 00 9 - Fuga para o Egito/Retorno - 106
Neve - 78 - Cronol. Blog. n.• 1 9/20
Novo Testamento - 1 02/109 10 Perda a encontro do Menino -
-

106 - Cronol. Blog. n.• 21


- Bodas de Cená
- 107 - Cronol
1 - Genealogia - 102
2- Noivado/casamento - 57/8 - 75
11
- 102
Blog. n.• 23
12 - Na vida pública de Jesus -
3 - Anunciação/Encarnação - 103
1 08/9 - 136 - Cronol. Biog. n.•
Cronol. Blog. n.• 1 1
24
4 - Vlsltação/Megnif!cat - 103/4 13 - No Calvárlo/Stabat Meter - 109
Cronol. Blog. n.• 1 2 - Cronol. Blog. n.• 25/7
5 - Retorno/angústias de S. José 14 - Cenáculo - 109/14 - 136 - Cro·
104/5 - Cronol. Blog. n.• 13 nol. Blog. n.• 28
6 - Nascimento/Belém - 55 - 105 - Novos Mistérios (Rosário/Terço) - 125/9
134 - Cronol. Blog. n.• 1 4 Numismática (moeda/medalha) - 48
7 - Clrcunsc./Apresent./Purlflceçilo/ Nuvem - 27 - 63

o
Odlgtrla - 47/8 - 83/4 (ver tb caml· Sub tuum praesldlum - t11
nho/vla) Memorare - 1 1 1
Oficio Divino (ou Breviário) - 54 Salve Rainha - 22 - 1 1 1
Ollmplada (mariana) - 1 1 0 Ato d e Consagração - 6 1 - 65 -
Olhos/olhar - 1 10 - 1 1 5 - 1 1 7 116
Ol iveira 3 0 - 56 Textos d e Bênção 11
Textos Litúrgicos - 96 - 1 1 1
- -

Orações - 105/6
Ave-Maria - 54 - 110 (ver tb em Orvalho - 27 - 1 1 1
caracteres aramaico)

p
Padres da Igreja (ou Santos PPJ 19 - Pessoa (de Maria) - 1 13/1 18
27 - 30 - 35 - 55 - 61 Beleza fislca/Corpo - 103/4
Mãos - 93 - 1 1 4
Palavras (de Maria) - 1 18 - postas para o Céu - 1 1 4
Palma/Palmeira - 27 - 112 - abertas para a Terra - 1 1 4
Paradigma - 17 - cruzadas sobre o peito - 1 14/5
Passamento - 71 (ver tb Morte] - escondendo o rosto - 1 15
Pastores (Campo dos) - 135 Pés/Calcanhar - 1 1 5/6
Parentes - 1 1 2 Rosto/Semblante - 1 1 6
Paz - 23 - 56 Olhos - 1 1 6/7
Pere gri nações - (romari as) - 36 - 1 1 9 Olhar - 1 1 7/8
Pecado original - 17 - 1 9 - 1 12 - de mistlco espanto - 117

- 1 66 -
- mirando Jesus Infante - 1 1 7 Pintura/Escultura - 47 - 1 1 0
- cruzando co m o d e Slmelo - 11'!' Plena (de graça) - 19
- ao fugir para o exlllo do Egito Poema d a VIrgem (Anchieta) - 82 - 121/2
117 Poesia - 20/1 - B2 - 120/1 (ver tb
- de procura no ·Templo - 1 17 MIVllflcat)
- 118 l ida doméstica de Nazarê Pomba/Pombinha - 27 - 58 - 122
117/8 Porta (fechadajaberte) - 2B - 122
- nea bodas de Caná - 118 Precoce (Idade da razlo) - 30 - SI
- ao apressamento do 1 .• mi lagre da 84 - Cronol. Blog. n.• 8
Jeaus - 1 18 Presépio - 122 - 135
- troca , ao longa, 118 subida do Cal· Presépio de Nossa Senhora - 78 - 122 -
Vllrlo - 118 137
- na glória calaste - 1 18 Pri g ni
mo ê to - 28 - 122
Voz/Palavra - 118 Privilégio sabatino - 73/4 - 130
Sorriso - 118 Profecia - 30/8 - 1 22
Cabeça - 119 Profetisa - 122/3
Pée - 115 Promessa - 123

Ouerublm - 124
Q
R
Rádio Aparecida - 38/7 Romlnlca (arte) - 47/8
Razlo (uso precoce da) - S7 - 125 - Rosa de Jorlc6 - 30
Cronol . Blog. n.• 8 Rosa de Ouro - 38
Radençlo - 103 - 109 Rosa M lstlca - 42
Rellq�Jia (da Maria) - 125 Ro�ãr lo/Terço - 1l5/9
Renascença - 47/8 Rosto/Semblante - 118 - 128
Ressurralçlo (antecipada) 62 - 125 Rússia - 128/30
Ratlro - 78 - 128
- 5
Sábado - 130/1 Saudaçlo angélica - 20/1 - 54 - 132
Sacra (arte) - 47 - 120 Sélorls - 132 - 139
Saletlnos - 53 "Segredo" de Flltlma - 132
Salva Raglna (antlfona) - 22 - 1 1 1 Senhora - 93
Santas Mulheres - 108 - 131 "Separados" (lrrnlos) - 72
"San11nll<'ll " (da Nossa Senhora) ver Arto Serpente - 25 - 31 - 1 15/6 (ver tb
- !cone - 1--.nfla - lmagam Demllnlo - Dnlglo)
San1oa Padres - 19 - 27 - 30 - 61 Serva - 132
Santuário/Tabernáculo - 2B - 121 Silo - 28 - 1 32
Santuários Marianos (das Américas) Silêncio - 132/3
130/1 Sol - 28
Sarça ardente - 2B - 132

T -
Tabemllculo/Santuérlo - 2B - 131 - 134 Gruta do Leite - 135
Templo (do Esplrlto Santo) - 29 - 134 Hebron - 135
Templo de Jerusalém - 1 05 - 131 - 138 Bet1ag6 - 138
Teologia Mariana - 94 Cafamaúm - 136
Terço/Rodrlo - 125/8 Canil - 136
Terra Sacerdotal - 29 - 134 Jerusalém - 138
Terra Santa (lugares da Palestina/Israel) Calvário - 136
- 134/9 Cenáculo - 109 - 138
Aln·Karln - 18/9 - 134 Oorrnlçlo - 71 - 97 - 137
Belém - 55 - 134 Gataemanl - 137
Basílica da Natividade - 134/5 Mesquita da Ornar - 137
Cripta - 135 Natividade de Maria - 18 - 1 37
Presépio - 135 Piscina Probática - 138
Estrela (pontuallzante) - 135 Porta Dourada - 138
Altar dos Magos - 135 Templo de Jarusalêm - 138
Gruta - 135 Tumba da VIrgem - 1 38
Outras grutas - 135 VIa Dolorosa - 138
Campo dos pastores - 135 Nazarê - 100 - 139
Caea de Joaé - 135 Sélorla - 132 - 138

- 1 67 -
...... - � - 73 - 84 - wr C.Uaa Mortla - Dannl..,..

I
TrlneiiD
npo - 139 - Morta - Paaamanlo
TltuiOI (da Maria) - 140 Trono (da Salomão) - 29 - 141
Toponfmla - 140/1 Tllmulo - 71 - 132 - 141
"Totn T-" - 18 - 58

Uva - 142 u
v
Vara florid a - 29 - 142 VInho - 18 - 144
Valo da Gad8Ao - 30 - 142 VIrgem - 31 - 68
veu - 142 VIrgindade perpétua - 31 88
VI•Crucls (caminho da Cruz: VIa-Sacra) VIrtudes - 57 - 145
VIdentes (da Fátima) - 142 Vlsltadora (Imagem) - 145/8
l.6c:la - 142 Vltraux - 47/8
Francisco - 142 Vladmlr - 48 [ver tb lcona)
Jaclnta - 144 Voto (ver nazlrana)
VInha/VInhedo - 18 - 144 "Voto" da O. Pedro I - 3S/1

Walalnghan (N. S. da) - 148 WJ X Xaol - 147

Zacarlae - 147 - Z -

(conclusão da 3.• de capa}

35 - A CRIANÇA NA BIBLIA - Contrlbulçl!o re ligi osa ao "Ano ll'darMCI-1


da Crlanp". Ano I da Criança Braellalra. (Apresentaçio do Pe.
Paulo J. da Souza. S. J.).

36 - VISITAS DI! MlE - (aa aparlçOaa da Noaea Senhora nos llltlmoa 2


Hculot). Apêndice: Guadalupa (México) uma aparlçlo dllefrenta. (Apre­
eantaçlo do C6n. Joio Machado, Pree i danta da Academia Marlal).

37 - A PERSONALIDADE DE CRISTO - trabalho vencedor do "ConCUNO


Blbllco''promovido pala lg. Matriz da S. Francisco Xavier do Eng.
Valho, Rio.

38 - 2.000 ANOS DE NOSSA SENHORA - subsldloa para o "grande Adweni!D"


mariano preconizado pelo Papa a eugesUiea para celabraç6as popu·
lares. (3.• milênio do Cristianismo) .

• - TEMAS BIBLICOS - enfoquaa curloaoe nu Sagradas Eacrlturaa.

40 - DICION.ARIO DO RIO - gula·dlbum (em forma da verbatee): hlatórla,


turismo, rellgllo, folclore, urbanlamo, opi n iOsa da vlaltantae Jluatrea
antigos a modamoe (contrlbulçllo ao 4.• Centef\jrlo da Cidade).

41 - DICION.ARIO DO LIVRO - Subsidias a echegas. dlc lonarl zadas , da tudo


referente a história, feitura. m ater i a l e afi ns (papal. biblioteca. edito.
raçlo), chargaa a literatura. (Contrlbulçlo ao '"Ano lntarnad-.1 do
Uvro''.

42 - TURISMO - hlatórla, dlc lon6rlo . técnica, comércio. léxico bdalco para


axcuralonlatea em eals Idiomas (Portugule - Eepanhol - Italiano -
lnglla - Francês a Alamllo).

43 - MILAGRES EUCARISTICOS - relato doa latos extraordlnérlot - fen6-


manoe lmportantlsalmoa - na história da Igreja acontecidos com a
HOetla conaagrada (Apresentação: Pe. Joio Pi888Bn tln, aacrarnentlno).

- 168 -
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