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EPIGRAFES:
I In Coleção A Esfe ra e a Cruz (textos czpi.-:tuals para o nosso tempo), dirigida por
Frei eloncada
-
Rlo/RJ - Brasil
Nossa Senhora
$COMPANHIA BRASILEIRA DE
ARTES
..4 RAFICAS
ltlA !IK.'I.EJ.C .ci �t n..1... m .1.:05. �r. N.l.lli :a.��TaJ
TRABALHO CHEIO DE AMOR I
Tenho para mim que, nos planos de Deus, só as obras que são ela
boradas com amor, vivido e si ncero, com forte sobrecarga de sacriffclos
e de limitações, conseguem frutificar para o bem das almas. Mais uma
vez, verifica-se que "só o amor con:::t rói"
-5-
Felicito, muito de cor�ção, o prezado e fiel Congregado pelos resul
tados de suas fadigas e. multo mais, do amor acendrado de seu coração:
o "Pequeno Dicionário de Nossa Senhora"
Pedi flO mui prezado Cônego João Corrêa Machado, Presidente da
nossa "Academia Maria/ de Aparecida", que examinasse os originais do
livro e, d<mdo-me sua opinião, me dls:>esse se " nada obsta" à publicação do
"Pequeno Dicionário". Com pressurosidade, que agradeço, penhorado, Cô
nego Machado deu seu parecer favorável. E assim o livro de Antonio
Maia recebe, com carinho e amor, o necessário "IMPRIMATUR", que, de
m uito bom grado, concedo à sua obra, que há de honrar, mais uma vez,
nossa Mãe Santíssima e há de ajudar muitos Irmãos desejosos de apro
fundamento na Mariologia e no Marianismo.
Abençôo o Autor, sua obra e seus leitores. Que em tudo seja' Deus
louvado pelo crescimento da devoção a Maria, esclarecida, profunda, lnarre·
dável, sempre crescente e sempre fecunda.
citado. por D. l.uclano Cabral Duarte, Arcebispo de AnlcaJd, Sllrgtpe; Edrç�s llBEF, Bra·
sitia, 1985)
- 6 -
APRECIAÇAO
- 1 -
SAGRADO CORAÇAO DE JESUS
EU TENHO CONFIANÇA EM VóS.
q e
(Jaculatória u o Pe. r Van Peteghem (belga) começou acon e lha
Jo ge 11 s r 101 eeua penllentH
no confessionário, em 1898. e em pouco tempo unlvereallzou·ea)
(Jaculatória escolhida pela vidente de Fdtlma. Jaclnta, no elenco apresentado pelo Servo
de Deus. Pe. Francisco Rodrigues da Cruz. S. J., em 10·12·1925, reportando-se ê HQUndll
aparlçiio da VIrgem, em 13-&-1817}
Nota: entre as duaa jaculatórlae eupra. eatampa ae emblema do Autor. 11 guisa de ex-llbrla.
o
� do autoria do monge Ir. Pau l o Lachenmàyer, OSB
-
e arquiteto litúrgico de fama mundial (em grande parte decorador da nova Catedral
iv s s
do Rio e restaurador de d er a Igrejas e moatelroa. Inclusive do em Salva seu.
dor (BA).
-·-
INTRODUÇAO
-9-
na Terra, o testemunho do povo de Deus (Padres da Igreja, Doutor�.
Pontífices), - louvores na G lória Celeste (Anjos, Arcanjos, Ouerub lll s.
Serafins, Santos e mártires).
- 10 -
CRONOLOGIA BIOGRÁFICA DE NOSSA SENHORA Antonio Maia, c.m.
(da Academia Marial. Aparecida)
o
! ano 7 a . C - Ain-Karin Maria visita sua prima Sta. Isabel, Lc 1. 39-56
(provavelmente. do inicio Zacarias, permanecendo até o
e
I
ano G a . C. - Templo de Maria ouve as palavras Lc 2. 2235
- - ------ ---- -- --
17 I
Jerusalém. proféticas de Simeão.
I : -
II
1ano 28 d . C . - em Caná da
I
ÍMaria na vida social: numa festa 1
�--
1 Galiléia (meados de março). . de bodas. obtém, por antecipação. Jo 2, 1-12
23 1 o 1.• mi l agre da vida pública
1de Jesus.
__ _I_
I
i
rano d . C. - fins de ! Louvor (Indireto) de Jesus -�
24 ! outubro (Festa dos 1à Maria pela sua obedlêncls
I Tabernáculos). e fé. Lc 11. 27-28
I
___ -- -------
, -
;
(querem alguns que 1 0/ 1 5 i"Dormltio" (= dormissão, sono) - : tradição/ Padres da
30 anos depois da Ascensão do ·Ressurreição antecipada - Assunção: i Igreja/Dogma I
Senhor) - festa estabelecida Glória de Maria Santíssima. 1 Liturgia.
. para 15 de agosto.
, ___ ----- ---- ------- ------- i
!
31 i Parusia " mulher vestida de sol": Ap 1 2, 1
I Maria.
(") Dionlslo, o pequeno (t 5501. fez coincidir o nascimento de Cristo no ano 754 da fundaçlo de Roma, porém, estudos posteriores verificaram
o engano nos cálculos, fi rmando o nascimento de Jesus noa anos 747 ou 748 de Roma, l . é. , 6/7 anos antes do estabelecido pelo monge
europeu ocidental; desta forma, o calendário crlstlo, ao Invés de lnlcinr-se no nascimento de Cristo, começa na verdade 6/7 anos depois
(observação de Mona Galblatl). Hé, por6m, que lldvogam o
. - 011 da Era CristA no ano 753 de Roma.
Inicio
• O v
E angelho de Jesus - Assoe. MTMEP, sob direção de Mons. Enrico Galblatl (Doutor em Ciências Bibllcas) - Pessano (Milano), Itália,
e d . brasileira, 1968.
• Biblia Sagrada Tradução da Vulcet e anotada pelo Pe. Matos Soares - (Paullnas) - 10.• edlçllo.
• Momantl dl una ria (Santa Bamblna che Sorrlde) - Pref. D. Giovannl Urbanl, Are. tltolare di Sardl - Mllano 1983.
sto -
• Obra• consultadas para a el aboração do Pequeno Dicionário de Nossa Senhora. cfr. páginas
NATIVI DADE DE NOSSA SENHORA
- 18 -
A
Ab aeterno - clássica ex mais cientifico-histórico-cultural do
pressão latina que, extralda da Vul que propriamente devoto-cultuai .
gata (Prov. 8,22 s s), aponta-nos Centros de estudos e pesquisas,
Maria como aquela criatura que pri contribuem, grande e louvavelmen
meiro povoou, desde os prlnclplos, te, para a glória da Ssma. Virgem.
a mente divina ao criar e ordenar - No Brasil, ao encerramento do
o mu:-�do cósmico, fazendo-a mãe 11.• Congresso Eucarístico Nacio
escolhida. - A dois poetas, um, nal, em Aparecida do Norte (SP).
pai da nossa llngua pátria, Camóes; foi Instalada a Academia Maria/
e outro, sacerdote e ardoroso filho Nacional (com data de 1 6 de julho
de Maria, Pe. Afonso Rodrigues, de 1 985, Festa de N. S. do Carmo)
S. J., incumbiremos de corporlzar no transcurso dos 2.000 anos do
este verbete: nascimento de Maria - A sede
funciona no 1 1 .• andar da Torre
No seu alto conceito te formou da Basílica, sendo seu Presi
primeiro que a primeira criatura, dente o historiador Côn . João
para que única fosse a compos Machado, e, DD. Reitor, o Sr. Ar
tura cebispo Metropolitano de Apareci
que de tão longo tempo se estu da, D. Geraldo Maria de Moraes
dou/. Penido (que nos honra como Apre
(2." quarteto do soneto Ab Ae sentador deste livro). - São 8 as
terno) categorias de sócios-membros em
que as pessoas Interessadas po
. . . escalada do Azul ( . . . ) pa- derão se inscrever, leigos, sacerdo
noramas deslumbrantes ( ... ) uma tes e Religiosas, bastando inteirar
figura de encanto e graça extasian se das condições. (Cep. de Apa
tes. � o simples bosquejo d'Eia. recida: 1 2570). - Ver o verbete:
ainda no eterno Concelho de Deus, Biblioteca.
auto-retrato num arroubo de Inspi
ração divina ( . . . ) desdobra a carta ACATISTOS (de akáthlstos =
que Ela te escreveu, apresentando de pé) - o poema-hino mais céle
-se ( . .. ) E o pergaminho diz: Ab bre da Igreja Bizantina e da Igreja
aeterno. Eu nasci na mente do de todos os tempos ; obra-prima da
Altíssimo, Primogênlta e Paradig literatura e da teologia, altíssima
ma de toda criatura . . . " (cfr. na expressão contemplativa e de lou
Bibliografia obra elencada sob o vor cultuai à Virgem Ssma. Mais
n.• 65). que da mente de um sábio, nasceu
do coração da Igreja; não tem ti
ACADEMIA MARIAL- As aca tulo nem autor, sendo conhecido
demias marianas, mariais e mario pelo nome singular de Akáthlstos
lógicas, da mesma forma que os que significa estar de pé (tal qual
congressos (estes de modo dlnã o Evangelho deve ser cantado es
mico e aquelas de forma estática), tando-se de pé em respeito ao
divulgam. propagam, preservam (o mistério da encarnação). O Pa
que também. de certa maneira, fa triarca Sérgio fê-lo o canto da vi
zem os museus, bibliotecas e ex tória e agradecimento ao consagrar
posições) os conhecimentos de Constantinopla a Maria (ano 626),
Nossa Senhora numa extensão livre do assédio dos Inimigos.
- 17 -
AO I ESUM PER MARIAM - mais recentes). - O Papa do To
A Jesus por Maria, é o lema ma tus tuus, propõe o "grande Ad
riano - secular - que engloba vento mariano", a exemplo daque
a dupla maternidade de Nossa Se le outro, o Litúrgico, quando Ela
nhora: a divina, quando Ela nos portando em seu ventre o Salva
deu Jesus (Theotókos) ; e a espi dor, fez a Humanidade exultar e
ritual, quando Jesus nô-IA deu cantar jubilosa: "ó Saplêntia -
18-
- Não 6 de se condenar, mas bllografia, obra n.• 12). - Maria
contrariamente, até de louvar, a estava "gratia plena" na sua con
disputa de outras 9 cidades: Ma cepção (Conceição Imaculada),
queronte - Sebaste - Belém - "gratia plena no nascimento, gra
Jerusalém - Hebron - Jutah - tia plena na anunciação (hora do
Judá de Neftall - Bet-Carlat e Bet fiat), gratla plena no nascimento
Shan, a honra insigne de ter sido do Salvador, gratla plena quando da
o sitio de tão transcendentes oc:or ""dormição" e Assunção, pois cheia
rê:lcias. - "A única localidade, en da graça foi dom permanentemente
tre as 1 O que apontam, que uma aderente à alma de Maria. -
sé;ia tradição indlgita, é a �:: l deia Cheia da graça (gr. Kekharitómene)
de nome Ain-Karim ( . . .) Esta é a indica plenitude total. absoluta.
cidade que, não determinada por completíssima e permanentemente,
S. Lucas, teve maior aceitação por no sentido de ser um dom divino,
parte dos exegetas ( ... ) uma ve não transitório, aderente à alma.
tusta tradição, que ascende ao - Os anjos foram adornados da
sóc:ulo ccnstantlnlano, sempre iden graça santificante desde o primei
tificou Ain-Karlm com a cidade de ro instante de sua criação, como
Zac<Jrias". (cfr. na Bibliografia obra Eva também o foi desde o primeiro
sob o n.• 64). - No local, ergue-se instante de sua formação da cos
hoje a Ig reja da Visitação, ond�. tela de Adão, logo, Maria por mo
em quadros de mármore, lê-3e o tivo da sua altíssima missão o foi
Magnificat transcrito em vários mais do que todos juntos. - Ela
idiomas. - Ver os verbetes: Anun mesmo o diz, no cântico exalta
ciação - Isabel - Zacarlas P. a tive a Deus, Magnificat: "Nascho
Cronologia Biográfica. di/ tchabah /morto (a minha alma
louva, exalta, engrandece o Se
nhor). - São João Damasceno es
creveu, ao abordar o passamen
to da VIrgem Ssma.: "O pró
prio Rei Divino veio ao encontro
de Sua mãe, para recol her com as
ALMA - A "história" terrena
Suas mãos divinas a alma santa e
de uma alma Inicia-se no útero e
imaculada de Maria." (cfr. Biblio
termina com o último suspiro ( re
grafia, obra n.• 9). Novamente,
começa - ou começa? - mais
-
-19-
Santos Doutores e teólogos nos ANGELUS - Milenar devoção
amparam na crença em prol da pie mariana que do Início (recitado
dade. - Ao que se sabe era na não na forma atual) possuia so
tural de Belém (cidadezinha onde mente acentuação crlstológlca, vi
velo a nascer o seu neto, Cristo sando a Paixão do Senhor, pelos
Jesus). - Segundo as "visões" mistérios da Encarnação/Reden
da freira alemã Catarina Emme ção. Oriente e Ocidente, de Cons
rich, "Sant'Ana descendeu, pelo tantinopla a Roma, fixaram-lhe, com
pai, de Eliud, da tribo de Levi, seus contributos, a contextura se
pela mãe, Esmérla, da de Benja guinte, recitada em todo o mun
mim ( . . . ) muitos sacerdotes fre do:
qüentavam a casa paterna de Ana
(como também a de Joaqu i m ) ; daí - Angelus Dom/n/ nunclav/t
o parentesco com Isabel e Zaca Mariae - et concepit Spf
rias." - Há de destacar-se em Ana ritu Scn�o (lc 1, 28-35);
sua grande fé e confiança em
- Ecce ancil/a Domlni - fiai
Deus, onde refugiou-se - e Se
mihi secundum verbum
melhantemente seu marido Joa
tuum (Lc 1 ,38);
quim - a fim de que, pela oração
e jejuns, obtivessem a grande gra - Et Verbum caro factum est
ça que alcançara m : o nascimento
da menina Myriam ( M aria Ssma.). - et habitavit in nobis (Jo
- Por ser bastante cabível, enfo 1 ,14).
quemos as observações do Cardeal
D. Eugenio Sa l l es, quando dos - A recitação completa-se
2.000 anos do nascimento da Vir com o tradicional responso maria
gem: " . . . a tradição cristã quis no: Ora pro nobis Sancta Dei Ge
colocar [ Maria Ssma.] na linha das nitrlx - ut digni efficiamur pro
criaturas que foram objeto de Sua missionibus Christí. E antes da
benignidade, desde o nascimento. homenagem à Ssma. Trindade com
Assi m !saque, filho de Sara, esté a tríplice recitação da doxologia
ril ( G n 21 ,1-7); Jacó, de Rebeca, Gloria Patri, reza-se: "Infundi, Se
sem filhos (Gn 25,2 1 ) ; Sansão. de nhor, em nossas almas, a Vossa
Monoac (Jz 13,2-7): Samuel, de graça, para que nós, que conhece
Ana (1 Sm 1 ,9-20); João Batista, mos pela anunciação do Anjo a
nascido de Isabel e Zacarlas (Lc Encarnação de Jesus Cristo, Vosso
1, 5-24)." Filho, cheguemos por sua Paixão e
Cruz, à glória da Ressurreição.
Pelo mesmo Jesus Crlste, Senhor
ANEL (do noivado de Maria/ Nosso. Amém". - Do séc. IV até
José) - quando dos esponsais, em nossos dias, desde S. Gregório
das tradições e costumes judaicos Magno (antes mesmo de ser Papa)
o noivo depositar nas mãos da fu a Intervenção e divulgação na for
tura esposa o anel compromissal ma e fórmulas do Ange/us tem
(ainda não o colocava nos dedos, envolvido insignes devotos maria
que só o fa ria quando a recebesse nos da França, Itália, Alemanha;
em sua casa, nas bodas, i é . , efe franciscanos, jesuítas, beneditinos
tivação do casamento). Perúgia, ao e tantas outras famílias religiosas.
que consta, é a privilegiada cida Muitos Papas enriqueceram esta
de que guarda esta preciosíssima devoção de especiais indulgências
relíquia. - Ver os verbetes Es e o Papa Bento XIV prescreveu que
ponsais/Esponsa/icio e Casamento. no tempo pascal fosse substituído
pela antífona Regina Coei/, com
AI/e/ufa no lugar do Amém. O An
Nota - Em alguns palses, mormente ge/us é recitado, individual ou co
orientais, ]li foi costume, quando do noi letivamente, às 6 horas da ma
vado, a entrega de anéis com e gravação nhã, ao meio-dia e pelas 1 8 h, ha
Maria Prote]el-nos, e e data. vendo, desde 1 099 o piedoso cos-
-20-
tume dos 3 toques do sino, dar a � um exercfclo de piedade que
expressão p op u lar "bater das trin não tem ne cess i dade de ser reno
dades" (como já faziam os bene vado: a sua estrutura simples, o
ditinos), estabelecido pelo Papa caráter bíb l i co , a origem h istórica
u�bano 11 (filho da grande família que o liga à i nvocação a favor da
religiosa de S. Bento) no Concílio paz, o ritmo quase litúrgico com
de Clermont. França. No Museu que santifica os diversos momen
do Louvre está o quadro mais apre tos do dia, a abertura ao Mistério
ciado - de admirável p lasti c ida d e Pascal com que, sem deixar de co
c re pu scular - sobre esta de voç ão , memorar a Encarnação do Filho de
do p i nto r Je a n- F rançol s M i l let Deus, pedimos para ser conduzi
( 1 814- 1 875) . - Observa-se atual dos. " p ela sua Paixão e Morte na
mente - como foi salutar costume Cruz. à glória da Ress urreiç ão "
de outrora - um grande retorno (M issal Romano, Co/ecta, IV Do
à prática do Angelus. Pio X I I in mi ngo do Advento, analogamente
troduziu, durante os anos da 11 a Co!ecta do dia 25 de março que
G ra nd e Guerra, a recitação com o na recitação do Angelus pode subs
povo que se reunia na Praça de tituir a precedente), fazem com
S. Pedro para vê-lo; a recitação que ele, à distância de séculos,
feito da janela de seus aposentos conserve inalterado o seu valor e
particulares passou agora para os intata a sua suavidade: - I: certo
hábitos do Vaticano e hoje é trans que alguns costumes, tradicional
mitido pClla Rádio p<1pal, pratica mente l i ga do s à recitação do An
mente" urbi et orbe. acrescido de gelus. desapareceram ou dificil
mente se podem manter na vida
doutr inai exortação . - Disse o
moderna. Mas trata-se d e ele
Ca rd. D. Eugênio Salles: - "Estava
mentos à margem [não essen
um domingo extremamente frio.
c i a i s 1. Resta intato o seu valor
em Roma. Assim mesmo, resolvi de contemplação do mistério da
ir à Pr. de S. Pedro para rezar com
Encarnação d o Verbo, da saudação
o Santo Padre o habitual "Angelus" à Virgem Ssma, e do recurso à
e o uvi -l o. A neve, e nd u rec id a, co sua misericordiosa in terc essã o . E.
bria toda a Imensa área. - Con apesar de terem mudado as con
tudo. bem antes das 12 h já co dições dos tempos, permanecem
meçava a se aglomerar pequena também, invariáveis para a maior
multidão. Pequena, não. Pois eram parte dos homens, aqueles momen
alguns milhares de peregrinos de tos caracterfsticos do dia: manhã
várias partes do mundo. Enfren - meio-dia - e tarde, que deli
taram a intempérie e os riscos de mitam os tempos da sua atividade
acidentes com o g el o encorrega e constituem um convite a uma
dio .. " - ("A Voz do Pastor", pausa de oração". (Exortação Apos
2-2-85). - Sobre o valor e atuali tólica de 2 de fev. 1 974).
dade do "Angelus" nada melhor
do que aquilo que encontramos na
Marialis Cultus, do saudoso Paulo
VI: "Parece todavia. aportuno, por ANJOS (do lat. ange/us, trans
diversos motivos, tratar aqui de 2 crição do gr. ange/os, termo usado
exercícios de piedade muito difun na Setenta pa ra traduzir o heb.
didos no Ocidente, e dos quais maf'ak = mensaÇJelro) . - Segundo
esta Sé Apostólica se tem ocupado a Doutrina cristã. é um espírito
em várias ocasiões: o Angelus (as celeste. - Os anjos também apa
Ave-Marias ou Trindades) . . . Es recem como c.Jrte c:;lestial em
tas palavras acerca do Angelus derredor do Senhor. E ar. está
(Ave-Marias) pretendem ser uma Nossa Senhora que retornou ao
simples mas fervorosa exortação Céu e m corpo e alma. - V. os
a que se mantenha a sua recita Verbetes: Gabriel - Ouerublm
ção, onde e quando for possrvel. Assunção.
-21
ANO MARIANO - Para con - Alma Redemptorls Mater
dignamente celebrar o 1 .• centená (celebra o milagre da maternidade
rio da proclamação do dogma divina); canta-se em tom solene
da Imaculada Conceição (Pio IX, do Advento à purificação, atribulda
8-12-1 854, Bula Jneffabi/is D e us), ao monge beneditino, Ermano Con
o saudoso e grande Papa mariano, trat, (séc. XI);
Pio X I I , decretou, pela primeira vez
na história da Igreja, um Ano San - Regina Coelarum - de tom
to Mariano (8-12-1 953 a 8-12-1954), alegre, vai desde a Purificação até
com a Encíllca Fulgens Corona. - a 5.' feira Santa (séc. XIV) ;
A abertura foi na Basilica de San - Regina Coei/ - alegre e
ta Maria Maior, a Salus popu/1 Ro. seguida d'A/Ieluia, canta-se no tem
manl (por ter livrado a cidade da po pascal, Inclusive substituindo o
peste no ano 590), onde se encon Angelus (séc. X): e
tra uma !cone atribuída ao pincel
d e S . Lucas, diante do qual S. Car - Salve Regina - Suave, gra
los Borromeu foi ordenado e Pio ve, impregnada de certa melanco
XII celebrara, bem jovem a sua lia, porém de forte confiança cris
Missa Nova. - Na abertura, às tã; atribulda ao bispo de Pug, Ade
15,30 h, o Papa fez a leitura, urbl maro (Legado Pontlffclo na 1 .' Cru
et orbi, da oração que ele mesmo zada), canta-se da Festa da Ssma.
compôs, perpassada de filial con Trindade até o Advento. (séc. XI)
fiança e ternura Jmpetratórla sem
Igual. - As 18 h - Angelus - - S. Bernardo acrescentou-lhe as
todas as 427 igrejas de Roma re 3 invocações finais: "6 Cle me ns l
picaram seus sinos e Pio XII, d e 6 Piai 6 Dulclsl Virgo Mar/a." -
sua Biblioteca (transmissão pela E o Papa Leão XIII mandou-a re
Rádio Vaticano em cadela com qua citar após as Missas privadas o
s e todas as emissoras do mundo) que foi suspenso com as reformas
pronunciou em italiano sua alo litúrgicas conciliares.
cução contendo 4.000 palavras. -
A Penite nciaria Apostó/lca foi pró
diga na concessão de I ndulgências,
comuns em tais ocasiões. - Mun
do afora as I n iciativas e promoções
refletiram o g rande amor pela VIr
gem e realizaram nas mais diversas ANTIGO TESTAMENTO - Já
formas a profecia Dela: " . . . todas nos preveniu o poeta que nos pri
as gerações me chamarão Bem meiros Instantes da madrugada não
aventurada." - No Brasil, dentre é a luz que surge; são "ameaças
tantas e tantas coisas lindas, ficou de luminosidade", São sonhos e
aquela de se deixar em praças, lo sustos ( . . . ) nascimento de mara
gradoums de grande afluência, vilhas; natal maravilhoso são as
adros, claustros, estradas etc., mcr cenas matinais, um nascer deva
numentos, estátuas, nichos, qua garinho, um lento aparecer de be
d ros da Virgem. O que se verificou, lezas. Pois o mesmo se dá com a
I negavelmente, foi que o Ano Ma pessoa, com as virtudes, com a
riano mais aproximou os fiéis d e missão de Maria. Ao criar o mundo
Maria e E l a a todos levou - como devagarinho, ao debuxar manso
sempre a faz - a Jesus. -manso as prlmerias cortinas do
dia-a-dia do mundo, Deus deu a en
tender que se passa outro tanto
com relação a Nossa Senhora, pois
ANTfFONAS ( Marianas) - Na a "pedagogia divina", que se rege
vida monástica, são as preces à em tudo pelas "medidas da alma",
Virgem cantadas (ou recitadas) ao apresentou-nos de inicio - na an
fim das Laudes e das Completas, te-manhã do Antigo Testamento -
sendo 4 : os pré-fulgores da Imaculada, pre-
- 22 -
servando-a do pecado em que a ditou sobre a Arca da Aliança .
Humanidade se contaminaria. Há Por ter concibido no seu purfs·
três significações, melhor, três as simo seio e dado ao mundo, o Au
pectos, em uso na Escritura tor da Nova Aliança, Maria é sim
Sagrada . Um, que é chamado bolizada pela Arca que conteve as
"literal" diz, explicitamente, de coisas sagradas: as Táboas d a fel
fato, o que se deu, no chão da - o Maná caído no deserto - e a
História. � a verdade, no contexto Vara de Aarão. Maria é a Arc3
real em que surgiu, a moldura com viva que conservou em seu seio
que nasceu. O outro, que é tam VIrginal, durante 9 meses o Legis
bém real, leva o nome de "típico", lador da nova Lei ; o Maná dos
de espiritual, de místico. � o fato, escolhidos e o Pão Eucarístico, Je
a pessoa ou a coisa, não olhada sus Cristo. A arca da Aliança pro
em si, mas projetada no futuro, tegia o povo de Israel e obtinha
com que antedizendo, Implicita lhes vitórias; Maria é a proteção
mente, o que há de vir. Por fim, e o triunfo do povo cristão. - na
saindo já do âmbito do real, o Bula Áurea "Gioriosae Domlnae",
sentido "acomodatíclo", recurso. de 27 set. 1 748, por motivo do 2.•
mais ou menos feliz, dos que falam centenário das Congregações Ma
de Deus, na Igreja de Deus e que. rianas, Bento XIV ( 1 740-1 758) es
por isto mesmo, diverge muito de creveu : "A Igreja proclama Nossa
lugar a outro, de mentalidade à ou Senhora Arca Mística da Aliança,
tra, de uma idade a outra. - Em em que se cumprira os mistérios
se tratando de Maria, Deus assim da nossa reconciliação". - Na Es
procedeu para dar-nos todo o pra critura Sagrada encontraremos esta
zer da descoberta, à medida que proclamação da Igreja em G n
encontramos nossa Mãe Celeste. 6 , 1 8 ; 7,22-25; � X 40,20; Dt 1 0,5;
Uma das leis mais graves e fecun Ssma. 6 , 2-1 1 etc.
das dos regimentos de Deus é a
obrigação que temos de descobrir
fls coisas e as pessoas. Tudo o e Arca de Noé -Quer dizer.
que não for descoberto por nós , n grande embarcação, navio heb.
seja o que for, não é nosso, por tebah, também util izado ao falar
que não é nada. Tudo, muito mais do cesto de papiro onde se colo
Maria. (cpd Pe. Vasconcelos, S. J.) cou Moisés nas águas do N ilo),
- E Nossa Senhora surge nos por qual meio Noé, e toda a sua
" mundos" do Antigo Testamento; famrlia, por indicação de Deus, se
são ensinamentos antecipados de salvaram do dilúvio universal (Gn
Deus, acerca de Maria, e, se nem 6,14ss). Além de símbolo do Ba
sempre encontramos facilidade nas tismo (1 Pd 3,20) é figura de M a
explicações, não deixam, pela su ria Ssma. - E Isto desde os
blimidade das aplicações simbóli primórdios da Igreja, largamente
cas, de nos apontar as " intenções" empregado, lembrando a missão de
de Deus sobre Maria; então sur Nossa Senhora, o seu coração, o
gem elas no "mundo" das coisas, seu manto. Ela. de fato, foi e con
no "mundo" dos fatos, no " mun tinua sendo, esta Arca na qual se
do das Instituições e no "mundo" abrigam todos que desejam se sal
das "pessoas". Por ordem alfabé var. - Semelhantemente ao figu
tica elenquemos algumas " Inten rado na Arca da Aliança, alguns
ções" divinas dos 3 primeiros outros elemento"! mais constituti
"mundos" (podem ser arroladas vos à Arca e referentes ao episó
muitas mais) , ficando o das pes dio do dilúvio, são ainda figuras
soas (figuras ou tipo) para conclu de Maria: a p0mbir!ha branca (sím
são do verbete A. Testamento: bolo da paz), que para não pousar
na lama da terra . voltou para a
Arca trazendo no bico um ramo de
e Arca dii Aliança - Sabido oliveira (símbolo da produtividade
são os cuidados que o próprio Deus da terra).
- 23 -
e Arco-/ris O sinal da alian
- fé robusta e constante ; como em
ça (das pazes) entre Deus e os blema de grandeza e poder de
homens, depois do dilúvio univer beleza, mais as propriedades ditas
sal, foi o arco-fris. "Pore/ o meu anteriormente, usaram-na na cons
arco nas nuvens, e será o sinal trução e reconstrução do Templo,
de afiança entre Mim e toda a o profeta e salmista Davi, o rei
Terra". - Há, realmente, muita Salomão e Herodes. E cognoml
analogia entre esta passagem re nada "árvore de Deus", àquela que
lativa à aliança realizada por Deus "Deus plantou". Existiria melhor
com Noé e a promessa d e Salva figura ou símbolo de Maria? (SI
ç�o feita outrora por misericórdia 29 [28) . 5)
a Adão e Eva, após a queda: a
mulher esmagará sob o calcanhar • Cidade de refúgio - Os
a cabeça da serpente Infernal. - Israelitas usavam 6 cidades como
A VIrgem, "ab aeterno" predestina "abr:gadoras" que, por ordem de
da, é o penhor da reconciliação Moisés, acolhiam os acusados dig
entre Deus e o gênero Salvador, nos de perdão; ar podiam perma
trazendo a paz e a bonança. necer, asilados, mesmo aqueles
que haviam cometido algum crime
de homlcfdlo Involuntariamente;
• Arvore da Vida - No jardim
eram garantidos nessas cidades
do (dem Deus fez germinar do
contra a vingança dos que, por lei.
solo toda espécie de árvores, en
tinha até, o direito de maté-los (pa
tre as quais árvore da vida" e
rentes da vitima). - Marta Ssma. é
"
- 24 -
Jacó. VIajando ele de Bersabéla a gem Maria. Nossa Senhora é com
Haran, cansou-se da jornada e dor parada a um exército. a um esqua·
miu em Lusa, que após a visão drão em forma, em linha de bata
trocou-lhe o nome para Bete! (heb. lha, na luta sem trégua, terrfvel,
= Casa de Deus) . Esta escada contra as hostes infernais, vitorio
de Ida-e vinda do Céu à Terra que
- sa sempre contra o dragão do mal.
Jacó vira no sonho-visão, rica de O inimigo de nossas almas, derro
esperanças e de mensagens, se tado pela Virgem ouve sem cessar
nos apresenta como sfmbolo ou àquela sentença: "A mulher te es
figura de Maria, a medianeira que magará a cabeça . (Gn 3,15:
"
- 25 -
campo: nlvlo e de fragrância sua apresentar) . i é . , os 12 pAes re
ve, é flor que reflete tranqüilidade presentando as 1 2 tribos de Israel,
e pureza. "O meu bem-Amado - perene homenagem ao Senhor:
diz o salmista - desceu ao meu quando eram ranov:1dos, dlstrl
Jardim, aos canteiros perfumados, buiam-se os ::: o s sacerdotes de ser
pare apascentar [descansar] em viço. Maria Ssma. é, de modo
meu Jardim e colher lírios. Eu místico, figurada nesta mesa des
sou do meu Amado, e o meu Ama tes pães; Ela recebeu, guardou o
do é meu. Ele apascenta [des verdadeiro pão da vida, Jesus. a
cansa] entre os lírios" i: Maria ser dlstrlbufdo não somente !I{)S
retratada tal e qual. - Acres sacerdotes, mas também a todos
cente-se ainda que o lírio tem po os cristãos batizados no Divino
der eficaz de cura contra o veneno Serviço; Ela é, por excelência, a
das serpentes. (Cânt 6,2 ; 2.2: 22,1 ) nossa "apresentadora", leva-nos à
presença de Deus. (Ex 25, 23-30)
e Lua - Viu-se sempre no
Sol o sfmbolo ou figura de Cristo,
e Monte (montanha, pico, ou
bem como a Lua representa a Vir
teiro) de Deus - Arrebatado em
gem Maria pelo fato daquele ser
êxtases. M i quélas viu o futuro, e
o astro-rei , que ilumina o mundo,
nesta visão vislumbrou a Casa de
e esta a estrela que o segue; in
Deus como uma cidade si tuada no
clusive a Lua reflete, transmite a
mais elevado, no cume de um
claridade do Sol, jamais procura
monte. As tribos (Nações) dissera:
empaná-lo, mesmo quando o eclip
" Subamos ao monte do Senhor e
se, Isto é, quando passa escobrin
a Casa de Deus de Jacó". - Des
do-o, momentaneamente. o faz pa
ta maneira a Igreja, fundada sobre
ra logo-logo mostrá-lo com maior
uma rocha é visfvel à todo o mun
esplendor de Irradiante beleza. e
do e um sem número de seres
retorne a anterior posição de sim
acodem-na em busca de proteção
ples refletidora do Sol. Nasceu
a segurança; Nossa Senhora tam
M arta como aquela luz que prenun
bém é assemelhada a este monte.
ciou aquel'outra que nasceria so
a esta cidade no alto da montanha.
bre o mundo. (Gn 1 ,75 ; Jos 1 0 , 1 3 :
Assim como a Casa de Deus, do
S I (mitos) ; Prov 7,20 etc.)
alto do monte, domina, palra so
bre o mundo, assim. dentro da pró
• Luz - Obviamente, de for pria Igreja - como "Mãe da Igre
ma absoluta, tota l , somente Cristo Ja " - Maria vela e acolhe a todos
podemos dizer que é "a luz do que buscam refúgio e segurança
mundo". Nossa Senhora, porém, neste outeiro de santidade. (Miq 4,
por vontade do mesmo Cristo, é 1-3)
"luz celestial", é claridade, i lumina
com o seu reflexo da claridade do
seu Filho "Eu fiz com que nascesse e Morada (tabernáculo) de
no Céu uma luz Inextinguível . " Deus - A casa si mbólica. edifica
- S. Pedro Damião aplicando à da para Si, pela Sabedoria, assen
M aria estas palavras diz que. de tada sobre 7 colunas (os 7 Dons
fato, nesta luz que é Mari a . pode do Espfrito Santo; também os 7
mos confiar, pois sabemos que a s�cramr.ntos) . portanto. morada,
luz é sfmbolo dos bens messiâni tabernáculo, Casa de Deus, é fi
cos. (ls 9.2; 60,1 ; Eclo 24,6) gura de M aria, sustentada por es
tas solidíssimas colunas. Nas 7
• Mesa (do Templo) - Era rl colunas vêem também os exege·
cju lsslma a mesa construlda por tas, simbolizadas as 3 virtudes teo
Moisés (de pau cetim e coberta logais (Fé, Esperança e Caridade),
d e ouro), e sobre ela depositavam mais as 4 cardeais (Prudência, Jus
-se os pães da proposição (de tiça, Fortaleza e Temperança). Ma
" propon ere " = pôr em presença, ria é o sfmbolo perfeito da lgrej!!,
- 26 -
Casa Maravilhosa. lnstltulda pela figura da palma da vitória, sendo
Sabedoria encarnada, I . é . , Jesus o nosso modelo para que, com o
Cristo. - Escreve S. Bernardo: seu auxílio. vençamos as tenta
" . . vindo a nós do seio do Pai, ções . Em nossos sofrimentos e
edificou para Si uma Casa [mora dificuldades, o exemplo de Maria
da] . sua Mãe, a Virgem Maria, na nos deve estimular a tudo enfren
qual esculpiu 7 colunas ( . . } 7 co tar pelo amor de Deus, obtendo,
lunas, não será preparar para Si ao final , a palma da vitória nos
tabernáculo digno pela Fé e pelas céus. Por analogia é a VIrgem
obras?" (Prov 9,1) comparada tAmbém à resistente
palmeira, que os vendavais nllo
conseguem abater. Maria, palmei
;a Nuvem - De alguma forma ra eleita, passou por todas as tri
nos protege dos ardores do calor bulações sem vergar, como está
e, quando prenhe de chuva, irriga na seqüência "Stabat Mater": es
os campos, fecundando a terra; o tava de pé, junto a cruz sem que
trono do Altíssimo está cercado a veemência da dor a pudesse
de nuvens, i . é . , a Sabedoria en prostar. Mártires e confessores
carnada - Cristo Jesus - nela têm-na como Rainha porque sou
(núvem) permaneceu como num bera viver e morrer dando heróicos
céu animado e numa coluna de nu testemunhos da fé, inclusive sob
vem. - "Sois semelhante a uma suplícios até a morte. (Gn 3,15)
coluna de nuvem, 6 Bem-aventura
da Virgem, sois nuvem claríssima,
• Pomba/Rolinha Após o
destes ao mundo a luz divina, Cris -
- 27 -
rlflcaçio dos eleitos na Pátria Ce Altlsslmo, a prlmogênita antes de
lestial são favores, que todos os todas as criaturas." (Eclo 24, 1-5)
santos devem a valios!ssima Inter·
cessão, porque assim aprouve a e Santuário Em Israel eram
-
- 28 -
Sião (no Novo Testamento só se nho (figura do pecado); era, por
diz Jerusalém, em lugar de Sião) . tanto, terra santa, o jardim do
Jerusalém indica o Reino de Deus. �dem do lado do oriente. Da filha
Por estes enfoques históricos vê dessa terra bendita, fertilizada pelo
-se a propriedade de chamar-se Espírito Santo - Maria - nasceu
Maria Ssma. Sião e Jerusalém Ce o Salvador, sumo Sacerdote, reall
leste, pois de fato Ela é a forta z8ndo a profecia d e Isaías: "Ape
leza Inexpugnável, é a cidade san riatur terra et germinet sa/vatorem
ta, é a morada de Deus. (SI 81 e (abra-se a terra e produza o Sal
outros) vador). - � t<lmbém figura de Ma
ria pela beleza e fartura, em suma,
• Tabernáculo (Santuário ou pelas excelências, a terra de Canal
modelo de) - Cada principal com fecunda apontada a Moisés . (Gn
ponente ou peça de per si (para 2,8; Dt 8,7-1 0)
mais de 20) que o próprio Deus
ordenou para a construção do Ta
bernáculo (Arca) é figura ou sím e Trono de Salomão - O
bolo de Maria: ouro, prata, onix, grande e riquíssimo trono, de már
pinho/madeira cetim (incorruptf more, marfim e ouro, que Salomão,
vel), azeite, luz (candelabros), per notável pelo seu saber, mandou
fumes, propiciatória (lãmlna de ou construir, é figura de Maria por
ro que ficava sobre a Arca), que que o verdadeiro Salomão, Jesus
rubins, mesa, coroa entalhada, Cristo - a Sabedoria eterna -
pães, forros, véus e cortinas, etc. tomou carne no seu trono (selo
- Qual o principal significado do Imaculado, preciosíssimo da Vir·
tabernáculo? Evidentemente é a gem). Com efeito, os Santos Pa
morada visfvel de Deus. E o que dres apontam em Salomão a fi
foi Maria nos 9 meses de sua gura de Cristo e o seu trono obra
gravidez milagrosa senão a mora que nunca se fez semelhante. Es
da virginal, tabernáculo de Deus. creveu S. Pedro Damião: "A Ma
Aliás continuou sendo após o na jestade Divina fez para Si um tro
tal de Jesus, pois o teve em seu no, no seio puríssimo da Virgem
coração de mãe até a "dormitio" ( . . ) sabeis o que diz Aquele que
de amor para a assunção em cor está sentado no trono? - "Eis
po e alma, ao Céu. (Ex 25, 1 7ss; que renovo todas as coisas". (Ap.
27ss; 31 ss) 21 ,5) - Embora efêmera, transitó·
ria, em sua materialidade, a glória
e o poder de Salomão, bem como
• Templo do Espírito Santo -
o seu trono, simbolizam o outro
Maria, desde sua Imaculada Con
Rei , Jesus, que é eterno, fez em
ceição, foi templo do Espírito San
favor do seu trono vivo - sua
to. Deus a criou no Espírito San
excelsa Mãe - d e quem o outro
to desde o primeiro Instante de
foi pálida i magem. (3Re 1 0, 1 2-20)
sua existência, conforme convinha
à futura Mãe de Deus, superando
em graças a todos os Anjos e ho
mens. "Multas filhas reuniram ri e Vara florida de Jessé -A
quezas, tu, porém, a todos superas maioria dos exegetas e comenta
tes . (Prov 31 ,29)
"
dores encontram na Vara florida
d e Aarão, que brotou milagrosa
mente, uma figura da Ssma. Vir·
e Terra (terra sacerdotal) - A gem, que concebeu e deu a luz a
terra, o terreno, o solo do Paraíso Seu Filho sem prejuízo da virgin
(terrestre ou terreal) era virgem dade. Maria é chamada vara flo
não l avrada por mãos humanas, rida de Jessé por analogia do nas
sendo no entanto, fertilíssima cimento de Cristo: "Bendita vara
(obra de Deus); produzia plantas, de Aarão, certamente vós, 6 Ms
flores e frutos (símbolos das vir ria, fôsteis a vara e o vosso Filho
tudes) e não dava nenhum espi- a flor . Foi o que escreveu S.
"
- 29 -
Ciri l o de Jerusalém, sobre este aromático" - "mi rra escolhida de
símbolo que vê no rebento da suave cheiro" - "perfumada ha
raiz d e Jessé, pai de Davi, nesta bitação como de estoraque" -
flor pura e rubra, Maria . ( Num "gálhamo e mi rra" - "gota de
1 7,7-8: ls 1 1 , 1 -2) incenso" - "fragrância de bálsa
mo sem mistura" - " ramos tere
blnto" - "como a vide lancei flo
• Velo de Gedeão - Velo (do res de agradável cheiro" - "flores
heb. "gez" = pele ou couro de dão fruto". - O Autor do Ecle
cordeiro com sua l ã cerdada (= siástico - Bem Sl rac ou Sirácida
penteada), que os israelitas deviam (segundo a forma grega) como que
oferecer à Deus, como primícias anuncia uma "teologia da trin
dos ovinos, a fim d e conhecer-lhE dade"; a Sabedoria é ao mesmo
a vontade, G edeão, de um ve tempo Intimamente unida à Deus e
lo que ora se encontrava seco, distinta Dele, características que
ora molhado de orvalho, conseguiu, mais tarde serão aplicadas seja à
sinal de Deus, em noites apraza pessoas do Verbo, seja à do Es
das; e o velo se apresentou seco pírito; e analogias com Maria res
e o solo ao redor coberto de or salta no Livro afora, tais como:
valho. O privilégio sublime de "habitação de estoraque", "galba
M aria - foi a única entre todas no e mirra", "gota de incenso",
as criaturas, entre todos os filhos etc. - O cap. 24 ainda contém
de Adão e Eva, isenta do pecado esta afirmativa que tão bem se
original - é figurado neste velo aplica a Maria: "Eu sou a mãe do
ora enxuto, ora orvalhado. O or amor formoso [ amor divino] , e
valho também é símbolo da des do temor, da ciência e da santa
cida do Verbo para o seio puríssi esperança". (Eclo 24, 24-27)
mo de Maria. (Dt 1 8,4 ; Jz 6,36-39)
- 30 -
tre ti e a mulher, entre a tua pos vindos do Oriente, e eles encon
te ridade e a po steridade dela. Ela tram enUio " Maria com o Menino"
te pisará a cabeça e tu armarás - Assim como os Magos, nós tam
traições ao seu calcanhar". (Gn bém, perscrutando os seguros ca
3,1 5) m i nhos das profecias testamentá·
rias - pois as encontramos tam·
e /safas - A segunda profecia bém no Novo Testamento, como
considera-se a de Isaías que mui per exemplo ao folhearmos o Apo·
tos séculos antes de Cristo disse ca/ipsc - encontraremos Jesus
que "da vara de Jessé bro tará uma com Maria para todo o sempre .
flor" ( 1 1 , 1 ) ; noutra passagem anun Ele ligou-a de modo eterno à his
cia a maternal virgindade de Nos tória do Céu e da Terra.
sa Senhora: "Eis que uma virgem
conceberá e dará a luz um Filho". O Outras mais - Profecias
(7,14) - Não foi "fazendo eco ao outras são encontradas em tantos
profeta !salas, seguramente estri Livros da Bíblia, i . é . , através d e
bada na profecia, que a Igreja, pro outros autores sagrados desta ca·
nunciando-se infalivelmente, pro tegoria; são Livros inteiros (Sal
mulgou o dogma da virgindade mos, do Profeta e Rei Davi ; Ciln·
perpétua de Nossa Senhora? (2." ticos dos Cânticos, de Salomão;
Concílio Ecumênico de Constanti Eclesiástico, etc.), prenhes de prO·
nopla, ano 533, pontificado do Pa jeções magnífícaD.
pa Virgílio) - Nos textos das dl
versas versões da Bíblia lê-se FIGU RAS (ou tipos) do An·
" aquela que há de dar a luz" tigo Testamento - Diz-se figu
(Edit. "Ave-Maria" e Paullnas) - ra de a!guma coisa, especial·
"a que está em dores" (Edlt. Mon
tese) - "a parturiente" ou " a ges
mente em se tratando de Maria
Ssma. com relação a sua pessoa
tante" ou "a jovem" (na de Jeru ou sua presença na Bíblia, quando
salém e outras), mas a tradução se dá, quando acontece aquela sua
grega traz "a virgem" [esclarece ve transparência ou vislumbre do
a nota "z" da Bíb. de Jerusalém] , que poderemos ver de modo claro,
precisando assim o termo hebrai aberto, sem véus. em sitio e cir
co almah que designa quer a don cunstâncias que Deus dispõs mais
zela , quer uma jovem casada re adiante, ou seja, no Novo Testa·
centemente, sem explicitar mais." mento. - Pelo menos umas 10
E conclui a nota: "O texto dos mulheres , na primeira fase das Le·
Setenta é, porém, um testemunho tras Sagradas nos apresentam sur·
precioso da interpretação judaica preendentes analogias com a VIr·
E�ntiga que será consagrado pelo sem Santa e. por isso, nos torne·
Evangelho. Mateus ( 1 ,23) encontra cem belas ligllras simbólicas dest9
aqui o anúncio da concepção vir ou daquele aspecto de sua pessoa
ginal de Cristo." Almah bíbl ica· santíss ima, de sua vida sacrossan·
mente é indicativo da jovem que ta. Até mesmo um acróstico do
não conhece varão, portanto, vir· nome de Maria podemos formar
gem. com 5 nomes de mulheres bíblicas
que foram figuras de Nossa Senho
• Miquélas - E o profeta ra :
Mlquélé:s não só prediz o abando
no do mundo por Deus, "até ao M - aria, a Irmã de Moisés;
tempo em que der a luz aquela A - na, a mãe d e Samuel (e
que há de dar a luz" (Miq 5,3) , também o nome d a pró·
mas chega a precisar o local onde pria mãe da Virgem ) ;
o parto da Virgem há de verificar· R - ute, m ã e do avô d e Davi;
-se : "E tu, Belém (chamada tfrata) I - udite , que libertou Betú
de ti é que virá Aquele que l i a do feroz Holoférnes;
há de reinar em Israel" (5,2 ) ; "pis· A - bigail, irmã d e Davi
ta" segura que os estudiosos das (também o nome da vlú·
Letras Sagradas deram aos Magos, va de Narbal).
- 31
Nota o letra "J" (da Judlta), nas graça (graciosa) compaixão, que
llnguas latinas e noutras, po
-
,
- 32 -
c l uslve H eró d oto. era H adessa (= S e Eva ce deu ao d em Ô nio, M ari a
murta ) dando origem babilõnica
. venceu-o. O Ave d a d o a Maria
à história narrada. - Oriunda da (forma anagramática da Eva). se
tribo de Benjamim. Ester era filha guido do seu "fiat" a Deus trou
de Abial ; pela sua beleza, foi des xe-nos a salvação, já que pelo con
posada pelo rei persa Assuero sentimento(queda) Eva trouxera a
(Xerxes). - Com a elevação de a aniquilação. Maria é chamada
Ester a Rainha, tiveram os judeus "a nova Eva", pois esmagou a ca
uma situação de prestígio de que beça da serpente que enganara
antes não desfrutara. pois inclu nossa primeira mãe. ( Gn 3,1-24)
sive, Ester depois de multo orar,
salvou seu povo do extermínio; im e Jael (heb. ya'el = cab ra
plorara diante do trono real. con montês) - Esposa de Heber, o cl
vencendo Xerxes. - O Livro de neu; a vitória conquistada por Dé
Ester era lido nas sinagogas du bora, tornou se célebre por ter va
rante a Festa dos Purim (em per rado, com um prego ou estaca da
sa = sortes) ; celebrações não tenda, de lado a lado. crânio do
propriamente religiosas, mas pro general do exército de Jabin, SI
fanas. (ler este Livro catalogado sara, pregando o no chão. Tres
no grupo "históricos", especial passando com duro cravo a cabe
mente, 5,1 ; 1 5,9 - 1 9 etc.) - ça de Sisara, inimigo do seu povo,
Maria Ssma .. como Ester. observa é figura ou tipo de Maria Ssma.,
Sto. Alberto Magno. (citado por esmagadora da cabeça da serpen
Sto. Afonso de Liguori) . roga dian te infernal . (Jz 4 . 1 7s5; 5.6-24ss)
te do trono de Deus. e isto sem
cessar, como Medianeira. Na Bula e Juditc (gr. /oudith - ju
Aurea Gloriosae Dominae (um do s dia ( ? ) ; heb. yhudit = digno de
7 documentos da Igreja, neste gê louvor) - No Livro da bíblia que
nero, selado a ouro e não com tem o seu nome é cog nominada
chumbo), Bento XVI. ao falar aos " Libertadora de Betúlia"; à seme
congregados marianos. no 2.• sé lhança do Livro de Ester, é uma
culo da existência do movimento, história de libertação do povo por
diz que Ester, referentemente à uma heroína: Helofernes, enviado
Maria: " . . . esta é Aquela formo com 1 32 mil homens pelo rei da
síssima Ester que amou tanto o Assíria, Nabucodonosor, invadir a
supremo Rei dos reis e por isso Ele Asia ocidental, acampa em Be
s fez compartícipe de todo o seu
túlia, sitiando a cidade; conclaman
lmpér.o e de todo seu poder - ".
do a ter confiança em Deus (9.2-
1 9). Judith, seduzindo o general
inimigo cortou-lhe a cabeça. pois
e Eva (heb. hawwâh = vida, o embriagara ; leva Judith este tro
ou então, mãe dos viventes) - féu de guerra e exibe-o ao seu
A explicação do nome dada em povo d e Betúlia. - Eis a aplicação
Gn 3,20 - em conexão com como figura de Maria libertando
hayah I= vivP.r) - é certamente -nos de Satanás. Judith morreu
etimologia popular; no texto he aos 1 05 anos. viúva e seu povo
breu se lê: isha. que significa fê jamais esqueceu o seu cântico de
mea do homem ou simplesmente vitória: " o Senhor todo-podero
mulher. - A-lão põs à sua mulher so o feriu e o entregou nas mãos
o nome de Eva, porque foi a mãe duma mu1her ( J n�m se lha
d e todos os viventes (Gn 3.20). - opusera corpufentos gigantes, mas
Eva. porém. tornou-se pela desobe Judlth. filha de Me•ari. o derrubou
diência e orgulho, tornnu-se. pois, com a formosura do seu rosto . "
- 33 -
amarga, senhora, mar etc., cerca S. Lufs Maria Grlgnon de Mon
de 60 significados) - Nome de fort: " . grande e antiga figura da
muitas mulheres na Bíblia, por ser, predestinação e da condenação, fi
afinal muito comum. - Irmã pro gura tão desconhecida e tão cheia
fetisa de Moisés/Aarão. Pôs-se à de m. stérios".- E continua o in
frente de um coro e dançou, após signe devoto mariano: "Esaú ven
a travessia do Mar Vermelho, glo dera a Jacó seu direito de proge
rificando à Deus pela vitória ob nitura ( . . . ) Rebeca, assegurou a
tida sobre o Faraó . (Ex 1 5.20ss) Jacob, as vantagens daquele pri
- M iquéias a coloca no mesmo, vilégio, empregando, para isto, uma
mesmíssimo plano de Moisés e astúcia santa e cheia de misté
Aarão, seus irmãos, como chefe rio," (sabida é como vestiu Jacó
de Israel, fora do Egito (6,45 ) ; e l a com as vestes e perfumou o co
censurou Moisés p o r se t e r casa mo o i rmão, a fim de que, rece
do com uma etíope (Num 1 2,1-15). besse a dupla bênção de lsaac,
- Pela posição proeminente, por velho e cego). - Jocó permane
trazer o mesmo nome e outras co cera sempre junto da mãe Rebe
notações. é aplicada como figura ca, amando-a muito. Daí receber
de Maria Ssma. dela este amor centup!icado. "Ma
ria - diz Monfort - nos ama
e Noemi (heb. n'oml =
meu
ternamente, e com mais ardor que
deleite, formosa; é um antropô
todas as mães juntas { . . ) não s6
nimo, isto é, o nome próprio da
nos ama ainda mais ternamente
pessoa tendo incluído o seu ape { . . . ) não somente com afeição,
l ido ou alcunha) - chegando com
mas também com eficácia { . )
R u te a Belém. toda a cidade alvo
seu amor é ativo e efetivo. como
roçou-se devido à beleza delas; en
aquele de Rebeca por Jacó. Eis
tão exclamaram as mulheres : "Es o que esta boa Mãe. da qual Re
ta é aquela noemi (heb. be!a, beca era apenas a figura, faz com
o fito de alcançar. para seus fi
=
- 34 -
da Biblla. Recusou-se a deixar a e Sulamfta (heb. s hulamft),
sogra Noemi, Rute acompanhou-a etimologia e significado obscuros,
até Belém e para sustentá-la tra mas parecendo indicar "uma . be
balhou humildemente num campo leza". - Querem alguns derive de
do rico Booz; a conselho da sogra Sunemita (alusão a Abisag. de SiJ
casou-se com este ricaço, afinal nén ou Solá?. a companheira d e
de parentesco embora meio dis Davi e a mais bela jovem d e toda
tante; deu-lhe o filho Obed, que foi Israel ( 1 Rs 1 .24). como também
avô de Davi. - Para Sto. Afonso de Sounamitis (como está nos Se
de Liguorl, Rute é figura de Ma tenta). provavelmente forma femi
ria, pois seu nome também signi nina devido a consonância com Sa
fica "aquela que vê e que se lomão (em heb. Shelomoh = pa
apressa", e vendo Maria nossas cífico, pois vem de shalon = paz);
necessidades se apressa em socor assim sendo, se pode interpretar
rê-las, como fez com a prima Sta. como "Singular beleza pacifica",
Isabel. E Conrado d a Saxônia ob - Su!amite era o título dado à
serva que como a Rute foi permi noiva ou esposa no Cântico (7,1 ss)
tido pelo poderoso Booz resl)igar, durante a "dança de casamento
colher, indo atrás dos segadores, no campo". - Apelativo também
depois até - preso. cativo dos da deusa cananéia da fertil idade.
seus encantos - com ela se ca - Por sua singular formosura tr
sou , Maria. esperança nossa, acha sica e espiritual. pela sua mansi
g raça diante de Deus, recolhendo dão, Maria Ssma., a jovem he
-nos as espigas das bênçãos divi bréia que nos trouxe o Messias,
nas. (cfr. Livro de Rute, o menor é tida como que figurada por Su
das Escrituras, com somente 4 ca lamita.
pítulos e 75 versículos)
- 35 -
ia esperança que tinha no Senhor estatuetas éncontracias, i nclusiva
( . . . ) foi a última 8 sofrer 8 morte, em Israel. - Cremos não existir
depois de seus filhos". (2Mac mals cabal figura de Maria como
7,1-42) - Poder-se-á querer mais a que no-la apresenta com efeito
eloqüente figura, aplicação ou tipo Rainha, pois mãe do Rei dos Reis,
d e M a ria, a mãe que sob a Cruz Cristo Jesus. Trouxe-o no seu
- St8bat Mater - " morrendo" d e ventre, portanto, Rainha-mãe com
dor, de angústias e lágrimas rec& justeza.
beu nos como legado para nos sus
tentar na senda do Reino? Não
menor do que o terrível sofrimen
APARECIDA - Pequena cida
to, as horas aflitas e tristes pas
de no Vale do Paraíba (SP) . mas
sadas pela mãe dos 7 macabeus,
cognomínada com justeza Capital
foram as horas de Calvário da
nossa mãe Celestial, Maria Ssma.
Mariana do Brasil. Ali, em 1 71 7,
tosca imagem de terra-cota escura,
( N . S. da <..:o nceição), de 39 em, foi
".p escada" por Uomingos Garcia,
João Alves e Felipe Pedroso. Dai
e "Rainha-Mãe" (heb. Ha-Mô para cá tem sido uma sucessão
leket) = Nas sociedades poligmas de mi lagres e, no país, tornou-se
do antigo Oriente Médio - escre o maior centro de peregrinações
veu John L. Mckenzie, S . J . - a com grande afluência diária (aos
posição da esposa do Rei não cor domingos 1 20 mil pessoas). - A
respondia a posição da Rainha nas Basílica-Santuário (23.409 m2) teve
nossas monarquias modernas ( . ) sua pedra fundamental lançada em
a posição da Rainha era talvez 1 946, sendo o maior templo do
mais alta do que era em Israel e mundo dedicado a Nossa Senhora
Judá". - Fala sobretudo referen e o 2." em tamanho. depois da Ba
temente ao Antigo Testamento. E sílica de S. Pedro em Roma. Seu
cita como exemplo. no Egito Ne arquiteto foi Dr. Benedito Calixto
fertete e Hatshepsut, esposa de de Jesus. - Pio XI proclamou N.
Tutmosls 111; na Assíria, a esposa S. Aparecida Rainha e Padroeira
(concubina) que estava em primei Excelsa do Brasil (voto que D. Pe
ro lugar era a "Senhora do Palá dro I, como Imperador, havia fel
cio"; em Judá, a mais alta posi to, ao dirigir-se a S. Paulo, para o
ção era ocupada pela Gibirah, a célebre Grito do lpiranga). - Pau
mãe do Rei reinante. - Com duas lo VI outorgou ao Santuário a Rosa
exceções o nome de "Rainha-mãe" de Ouro ( 1 967), sendo assim a 2."
é dado a de todos os reis de Judá recebida pelo Brasil, pois tal dis
e sentava-se ela à direita do Rei, ti nção pontifícia recebera também
talvez usando uma coroa (Betsa a Princesa Isabel devido a abolição
béia, Jezabel). "Rainha do céu" da escravatura. - Quando da vi
sita de João Paulo 11 ao Brasi l , Sua
-
- 36 -
hti 50 anos . Das maiores emis tltuem motivo de grandes trans
soras católicas do país - Rádio formações espirituais. As apsrf
Aparecida - ali tem sede, bem ções (visitas) acontecem aqui e
como grandioso parque gráfico; tem ali e suas mensagens faladas ou
jornal semanal, O Santuário, calen não, gestuais. simbólicas ou im
dário/folhinha, livraria e agora, re plícitas. só têm contribuído para
centemente, abriga na Torre da Ba a conversão do mundo. - Come
sílica ( 1 1 .• and.), a Academia Ma ça este elenco com a de Guadalu
ria/ Nacional. Ver este verbete. - pe, da qual tão bem disse Frei
Desde 1 964 é sede episcopal; a José Mojica: "300 anos antes das
maior Arquidiocese do mundo, S. grandes devoçõ:s [aparições] ma
Paulo, foi trocada pela pequenina rianas de Lourdes e Fátima , Nossa
cidade, pelo saudoso Cardeal D. Senhora deu Sua mensagem em
Carlos Carmelo de Vasconcelos T"peyac. S'!gundo o plano de
Motta. que nos honrou com a Deus, a Medianeira de todas as
Apresentação do nosso l ivro de graças apareceu , na América. séc.
versos religiosos Cãnticos do X V I . como Mãe que deseja arden
Claustro. (o fac-slmile desta Apre temente a salvação de todas as
sentação está na pág. 1 50). gerações de seus filhos. Semelhan
tes [apar:'ções] . serão repetirias
em outras épocas e lugares . " ( * )
Sim, é Isto, a finalidade
das "visitas" de Maria Ssma .
APARIÇOES - As únicas co é aquela da Mãe Q ' l '! ama com to
municações sobrenaturais a que das as veras oc; filhos que rece
estamos obrigados a seguir e ter beu do Seu Filho. do alto duma
como autênticas. portanto. deoosi Cruz. - Di-lo em admirável sínte
tar-lhes fé div.na. estão contidas se o Pe. Harold Rahm. S.J.: "As
nas Sagradas Escrituras e ficaram ap<>•i�õP.s de Maria vêm apenas
encerradas com o último dos Após exprimir e provar. de vez em quan
tolos. - Depositária dessas verda do, o seu i mP.nso desejo de conti
des de fé, somente se reconhece nuar a ser Mãe."(*) - Queremos
a Santa Igreja na pessoa do Papa referir - e o fazemos como hu
( intérprete oficial da Doutrina e mildes e obedientes filhos da Igre
da Moral) contidas nas páginas sa ja. nossa total e plenísl'llma suJei
gradas. - As revelações privadas, ção a toda e qu�lqiJer decisão das
as aparições, manifestações outras autoridades eclesiásticas compe
que venham desta ou daquela for tentes, estando tudo o que se se
ma, apenas nos merecem fé hu gue dentro, rig"lroc;�mente dP-ntro
mana, e assim mesmo, dentro da da letra e do es"lírito do Dec. da
quele contexto estabelecido pela Sag. Cong. p I p.,, da Fé f29/
prudência. - Não é que se res 1 2/ 1 966 - AAS 58 / 1 0) que tivera
trinja o poder de Deus, pois Ele aprovação do Papa Paulo VI em
aqui , age e agirá sempre como lhe 1 4- 1 0-1 960, onde S "! lê quP. "já não
aprouver, como e onde quiser, In existe proibição dfl divulgar, sem
clusive como meios salutares para o imprimatur, escritos que dizem
estimular o uso e aceitação de tu respeito à novas aparicões. reve
do quanto já existe na Revelação lações, profecias e mi lagres".
divina e na tradição oral, equivale
a dizer, na Bíblia. nos Evangelhos,
para a nossa santificação e salva
Nota - NAo eleneamos aqui. por ser
ção. - � um desses meios que a
simplesmente Imposs íve l . as centenas e
Infinita M isericórdia D ivina tem
centenas de aparlçOas de Maria aos ean·
nos propiciado - meio eficacíssi
to11.
mo e tão querido - as aparições
de sua Mãe Ssma. e também nossa
Mãe. Tem-nos, ultimamente "visita
do" Ela cheia de maternais carinhos (*) cfr. obra do Pe. H. Rahm. S.J., clt.
- 37 -
1 531 - Guadalupe (do árabe 1 842
- Roma, Igreja de Sant'
Wadelãbb = rio do Lôdo), cidade André delle Fratte (paróquia dos
do México, onde a Virgem por vez M ínimos de S. Francisco), 20 de
primeira apareceu nas Américas. janeiro, quase ao meio-dia; ao ls·
- Foram 5 vezes: 4 ao índio Juan raelita (judeu) Afonso Retisbone,
Diego (Juanito), e uma a Juan Ber que desafiado por um patrício já
nordino, bem como em forma do convertido, a usar a Medalha Mila
mi lagre das rosas ao 3." Juan, o grosa e recitar o Memorare de S.
S r . Bispo, Juan Zumárraga . Fo Bernardo, converteu se também
ram presenças da Virgem nos dias porque teve "visão" de Nossa Se·
9 a 12 de dezembro. - "Maria nhora.
quis desde cedo afirmar a sua pre
sença no Novo Mundo ( . . . ) exa
tamente 300 anos da rue du Bac, 1 846
- Aldeia de La Salette,
onde Nossa Senhora de Guadalu· França, 19 de dezembro às 3 h da
pe não é meramente temporal tarde, na encosta dum monte da
( . . ) as grand�s aparições dessa região de lsere, a 1 .800 m de al
Idade de Maria ( . . . ) todas elas titude; Videntes: Melanie Calvet,
têm o seu prólogo neste milagre d e 14 anos ; e Maximlno G i raud,
d e Guadalupe, onde todos os prin de 11 anos, ambos pastores. Dian
cipais pontos da doutrina marioló te deles a Virgem vestida à moda
g i ca foram expostos por Nossa Se· oriental (inc! usive correia de cou
nhora com assombrosa c1areza e ro) , sentada e com as mãos es
si mpl icidade." (Pe. Harold Rahm, condendo o rosto, chorou.
S. J., in A Mãe das Américas, Ed.
Loyola). - Nossa Senhora não
1 858 Lourdes (França), fa
apenas apareceu e ensinou no dia
-
- 38 -
Chamaram-na Nossa Senhora da uma aldeã por nome Evdokla
Estrela, pois foi com a estrela e Agrianova e o pouco que "vazou"
um crucifixo que Maria Ssma. lhes em noticiário para o mundo, foi
apareceu. através de uma publ icação religio
sa de Macau - Religião e Pátria
- pois é sabido que há anos se
1 876 - Pellevoisln, passados fechou sobre a outrora mariana
5 anos de Pontmain, Nossa Senho Rússia, terrível Cort. na de Ferro.
ra apareceu a uma humilde, pobre - Interessante é a coincidência
e doente empregada - Estel l e de ter sido no mesmo ano das
Fagutte - d e 31 anos; sofria ter aparições de Fátima: 1 9 1 7. - E
rivelmente e se encontrava em es as mensagens a Kolomensk são
tado muito grave, corroída pela úl muito parecidas com as da Cova
cera dos intestinos, peritonite e da Iria. - Na Rússia a Ssma. Vir
tuberculose pulmonar, já desenga gem mostrou à Vidente, onde se en
nada por 3 médicos. De 14 de contrava uma antiga fcone que,
fevereiro a 8 de dezembro suce em tempos da li berdade (antes da
deram se 5 aparições. Desta vez Revolução) inspirava grande devo
Nossa Senhora escolheu a região ção (V. o Verbete /cone) e fervor;
de lndra, diocese de Bouges. - representava, esta ícone - Nossa
E o demõnio não deixou de dar o Senhora como Soberana Mãe de
"ar de sua graça", pois apareceu
Deus, ou seja, de manto real e
também! ("proeza" que fará em
com a fronte cingida dum diade
outras).
ma de realeza. - O Quadro per
dera e estava enterrado nos sub
terrâneos da igreja de Kolomensk.
1 879 - Após 5 anos de ter a
- Após revelar o seu paradeiro,
Assembléia de Kilkenny consagra
a Aparição ensinou a Sra. Ag•inova
do o país à Nossa Senhora e tê-la
uma belíssima oração à Rainha do
declarado Rainha da Irlanda, a Vir
Céu, Suprema Ajuda, Forte Prote
gem, como sinal do seu agrade
tora e toda pode rosa soberana. -
cimento, apareceu no dia 21 df'!
Nossa Senhora assim, apareceu
agosto, pelas 8 h da noite. - Foi
nos 2 extremos da Europa - Por
na aldeia de Knock (oficialmente
tugal/Rússia - e observou M .
Cnoc-Mhulre) , provincia ocidental
Haffert no seu l 'vro Rússia will be
de Mayo. Caía tremendo aguacei
ro, desde cedo. Primei ramente
converted que Lenine quis come
viram, em forma de estátuas (apa çar a Revolução simultaneamente
receram também S. José e a figura nos 2 extremos da Europa - em
de um bispo, posteriormente iden Portugal e na Rússia - mas a
tificada como S. João) , a viúva e terra dos lusíadas foi preservada
mãe de 5 fi'hos Mary M e . Ldughlin das hastes do mal . conforme o
(caseira do Vigário Cavanagh) e a Anjo da Paz (e também o de Portu
jovem Mary Beirnes, de 15 anos . gal) disserPm precedindo as apa
Viram, depois: Domingos Beirnes, rições de Fátima.
de 20 anos, I rmão de Mary, a Sra.
Bridget Trench, de 75 anos (beijou
os p és da Virgem). Patrick H i l l ,
1 5 anos, e mais 1 5 pessoas (a me 1917 Fátima (Portugal), 6
aparições de 1 3 de maio a 1 3 d e
-
- 40 -
transformada em nuvem d a r serram ma uma medalha. - E, dirigindo,
1 1 pessoas e uma Senhora. - Ex agora com um sorriso no rosto. a
plicou então Ela que fora a des Luiglna, manda que volte aquele
truidora do "ser terrível " e então o lugar: "Servi-me-e/ de um homem
"avô" apareceu dizendo: "Por que que hofe persegue a lgrefa e quer
me chama de avô? Eu sou Deus matar o Papa. Agora, vá a São
que me manifestei deste modo". Pedro [Basilica a/; perto] e lá
Depois me disse que a Senhora encontrarás a Irmã do Cardeal Pa
era a Sua Mãe, a Virgem Maria: celli: leva-lhe esta mensagem e
- " Vá anunciar: afastei m. nha pro aviso: neste lugar estabelecere/ o
teção dos homens. mas a minha trono de minha glória". - Com
Mãe não se cansa de pedir perdão preende-se porque o Cardeal Pa
pelo seu povo" - O Pe. Uno. do cell l (logo em seguida Pio X I I , qu e
Apostolado Mundial de Fátima, ob também. ao que se " desconfia",
serva: " . . . quanta simplicidade e teve aparições da Virgem nos jar
quanta profundidade nestas revela dins do Vaticano) tão rapidamente
ções de Deus a um pobre pastor deu crédito aos fatos de Tre Fonta
romeno ( . . ) A mós, por exemplo, na e porque, 1 0 anos depois (5 de
era também pastor simples . . . " outubro de 1 947) benzeu sem difi
culdade, a imagem destinada ao
1 937/40 - Em Hedd (Alema lugar da aparição ao motorneiro
nha), próximo da fronteira com a Bruno Cornacchiola ( ve r 1 947, Tre
Holanda, em plena 2.' Grande Guer Fontane).
ra, aparições por mais de 1 00 ve
zes, sendo que apenas 4 meninas 1 944 - Aldeia (paese) de Bo
da família Gansfort, recebera men nate, diocese de Bérgamo (Itál ia),
sagens especiais (comunicara ao aparições que se deram no prado
Papa). - A Gestapo de H i tler, co de Chiale di Bonate Sopra sítio
mo soi acontecer em países sob aprazível, formado à guisa de an
o jugo das forças do mal , proibiu fiteatro pelos pré Alpes bermanes
na época qualquer divuiQacão do cos a 2 km da Ponte San Pietro
fato. As crianças, anteriormente (distante 15 km da cidade Suíça
não muito piedosas. passaram a de Chiasse). - A vidente foi a
rezar - sobretudo o Rosário - menina Adelaide Roncalli, de 7
diariamente. - Não se intimida anos - quinta dos 8 filhos de
ram com as ameaças de prisão, Eurlco/Gamba Anna. - Foram 1 0
sofreram zombarias e enfrentaram aparições, sendo a 1 .' a o ensejo
sérios dissabores, mas heroica· do 27." aniversário das aparições
mente sustentaram o oue virl'lm e de Fáti ma: ou seja. 13 de maio de
ouviram. - As aparições sucede 1 944 : a última foi na festa de Pen
ram se durante 3 anos: de 1." de tecostes (quando Adelaide fizera
novembro de 1 937 a 3 d e novem a sua 1 ." Comunhão). - Reuniu-se
bro de 1 940. nesse dia uma multidão de 20.000
pessoas e aparecera também S. Jo
1 937 - Na gruta de Tre Fon sé com o Menino Jesus. além de
tane (Roma) . em outubro Nossa vários animais ferozes e domés
Senhora apareceu a uma jovem ticos (interpretou-se como simbo
chamada Lulgina Sinapi : certo dia lizando santos e pecadores): al iás,
passeava ela por esse lugar e sen esta aparição é rica de símbolos
tiu como que um chamado miste como as duas rosas dos pés. a
rioso para entrar na gruta. Ao coroa estrelada. o manto verde (e
Internar-se ouve uma suave voz e não azul e branco), e tantas ou
dulcíssima imagem de Mulher lhe tras mais.
aparece. - Luigina vê a um canto
os ossinhos de um abortado. uma 1 945/1 959 Na Holanda
criatura humana, e depois a ssiste (Amsterdam) de 25 de março des
a Virgem. com olhos tristes en te ano até 31 de mala de 1 959 (fo
terrar aqueles ossos e pôr em cl- ra m 14 anos), Nosaa Senhora apa-
- 4t -
receu a senhora Ida (quis ficar no 1 947 - Montlchlarl , ao norte
anonimato) e sua irmã, ditando-lhes da Itália, perto de Bréscia, Nossa
60 mensagens (inclusive quando Senhora apareceu a uma Religiosa
foram a Alemanha) ; sem nenhuma - Irmã da Caridade de S. Vicente
regularidade nas datas, as apari de Paulo, Pierina Gilli - no Hos
ções vieram sempre inesperadas pital da Cidade, e por 1 1 vezes.
em sua casa e na Igreja de S. I rmã Pierina nasceu em 1 91 1 , por
Tomás. - Ao Pe. Frehe. confessor tanto, estava com 34 anos. Da
e d iretor espiritual da vidente, foi aparição ressaltou se a beleza e
confiado todos os ac'Jntecimentns. significado do símbolo mariano
A configuração divulgada desta Rosa Mística (3 rosas: branca. rosa,
aparição foi a mensagem . a oração amarela, apareciam no colo da
e o "Santinho" de Nossa Senhora Ssma. Virgem). - Nos dias 7 e
de Todos os Povos. contidos nos 8 de dezembro propõe a devoção
chamados Livrinho s Azuis (no B ·a dita Rosa Mística, unindo-a a do
s i l divulgaram-no muito os Padres Imaculado Coração. - Após 26
Jesuftas, com " imprimatur" de D. anos ( 1 973, a 22 de julho) por so
José, bispo titular de Colibr. e da licitação da I rmã G i l l i , Nossa Se
tado de, França, 28 8-1959, bem co nhora diz do significado do apela
mo livros do Pe. Luiz Knuvelder e tivo Rosa Mística. - Ao que se
de Raoul Auclair, trad. do Pe. Mau diz, em 1 976 repetiu-se a aparição,
ricio Ruffier, S. J. - Soe. Bras. estando, portanto, Pierina Gilli com
Ed.). 74 anos.
·-- 42 ='
de cada mês. Falou-lhe a VIrgem 44 anos antes). Houve gravação d a
que fizesse a 1 .' Comunhão quando voz de Nossa Senhora em fita mag
completasse 4 anos. Levado ao nética (o que aconteceu por vez pri
Papa, a pedido dele, contou toda meira em aparições de Nossa Se
a história somente ao Sumo Pon nhora, bem como fotografou-se a
tífice, embora tivesse tido, sob partícula na língua das videntes, no
promessa de guloseimas, pedidos momento da comunhão). - A gra
e mais pedidos para dizer o que vação é de dificil audição e as fo
vira. Só em 1 948, quando Gil foi tos foram fartamente divulgadas
morar em Espés, é que se torna na imprensa mundial. - No Brasi l ,
ram conhecidos os fatos. o Pe. Valério Alberton, S. J . , que
esteve em pesquisas no loca l , e
1 948 - Llpa, província de Ba a Jornalista, sra. Dona Al ice ls
tangas, das l!has Filipinas; no dia nard (Di retora da Agência Noticias
27 de dezembro, Nossa Senhora Catól icas , têm excelentes l ivros
apareceu a noviça Terezita Cas sobre o assunto).
tillos, filha do Governador, levan
do, porém, vida de Religiosa con 1 967 - Natividade, Rio de Ja
sagrada. - Houve, antecedendo, neiro (Brasil), foram em número
uma chuva de rosas não existentes de 5 aparições e testemunhadas
no lugar, e até mesmo em toda unicamente pelo médico Dr. Fausto
Filipinas. E uma das provas des de Farii:l; ocorreram todas entre
tas aparições foi que, em diversas maio de 1 967 e julho de 1 97 7 .
pétalas que Terezlta guardou, viu-se Nossa Senhora apareceu sempre
reproduzida a figura de Maria junto a um regato, na propriedade
Ssma. na configuração de N . S. do referido médico (Fazenda Co
das Graças. - Como fizera a Ber queiro). Uma pedra de 200 g ,
-
- 43 -
J8 H tem noticiado aparlç8es, relltllndo 1 98 1 - Diocese de Mostar, na
n
ape as que a veracidade desses aconte Bosnla-Erzegóvira paróquia de Med
cimentos os coloquem na evidência, sig jugorge, Iugoslávia, desde o dia
n ificado e valor de tantos outros; espe 24 de junho de 1981 foi palco, dia
ra-se, portanto. provem sua veracidade para riamente, por longo espaço de tem
serem aprovados: Bento G onçalves ( Bai rro po da aparições de Nossa Semhora
Borgo , Porto AlegrOJ, em 1950 - Cava s , a um grupo de jovens: Vicka lvan
Pa raguaçú de Mi nas - S. Pe d ro de Pai· kovic (21 anos), M i rjiana Dragice
m elras (esteve lá celebrando Missa o Pe. vic ( 1 9 anos). Marija Pavlovic (20
Romeu Ribeiro de Faria. S. J. e as Irmãs anos), Ivan Dragicevic (20 anos,
do Co lég i o Santos Anjos , da Tijuca. Rio. e não é irmão de M i rjiana), lvanka
Murlaé/Ponte Nova. em Minas Gerais lnovankovic ( 1 9 anos) e Jakov Co
VIlas Bose, Munlcfplo de Gulrlcema, lo ( 1 0 anos). - Essas aparições
na chamada Santa Montanha (nome posto apresentam uma riqueza enorme de
pela Virgem), de 1966 a 1981 , mensagens pormenores. - Começou a ter " lo
que os Slcerdotes, Pe. José G. Di as , Pe. cuções Interiores" a menina Jale
i
Em i l es Soares da Silva e Pe. Fre Benigno na Vasjly, aumentando assim o
Olssel deposltoram crédito e dlvulgaram grupo para 7 componentes. -
·nas com piedade mariana. - em Cajueiros Medjugorge (= entre montanhas)
(Sitio da Guarda), diocese de Pesquei ra é o nome da elevação onde apa
(Pernambuco) aparlçllo às men i nas Maria receu Nossa Senhora e lâ existe
da Luz e M a ria da Conceição. em 1936 - um Cruzeiro, agora local de cons
época em que Lampllio e seus cangaceiros tantes e numerosas peregrinações,
aaso lavam a região - mostrou as mãos embora com restrições da polícia
sangrando. Hoje. a outrora me n i na Maria comunista, como era de esperar.
da Luz é a Re l igiosa Irmã Adélla, que As aparições ocorreram regular
Jé recebeu n o mesmo lug ar, Serra da mente nos anos de 1 982, 83, 84 e
Ororobá, mensagens, a 6-8-78; 9-3-85 e seguiram em 1 985 com promessa
31 -8-85, que o Pe. José Kehrle vira em de continuarem em 1986. - A pa
1936. lavra Mlr (= paz em croata) tem
aparecido junto ao Cruzeiro e no
céu, em muitas das aparições. -
� impressionante a transformação
espiritual operada na população lo
1 968 - Zeltoun (= azeite, azel· cal e em todos que vão até Med
tona), Egito, diversas vezes Noss:J jugorge. - Um exemplo: todos os
Senhora apareceu de forma um tan aparelhos de TV são desligados
to Inusitada - não andando. mas diariamente às 18 h, quando do
como que deslizando - no telhado Ange/us. o tradicional "momento
da Igreja de S �a. Maria, no su�úr de Maria."
bio do Cairo. Ela foi vista por
muitos motoristas e mecamcooi
muçulmanos; eles lhe falavam e
Ela os ouviu sorridente, enquanto
Nota - O Pe. Tom l slav Vlaslé, re mete
a multidão crescia. Vários foram
os dias que a cena se repetiu -
a quem solicitar, a publicação MedJugorge
em Mensagens, Edições Boa-Nova, Samel ro
a 2 de abril foi o começo - e ss
"visitas" se repetiram nas 32 fes - Cod. 4700. Braga (Portugal). - Iden
ticamente o fazem: M aria Antonla Auchlm
tas litúrgicas do calendário ma
- Av. imlrlm. 642 - 2.• and. - apto. 21
riano oriental. - O Patriarca capta
- Bairro lmlrlm (SP) - Cep. 02464 -
de Alexandria, Kirios VI. publicou
declaração " reconhecendo com Tel. (011) 298-0083 - e tb. Yolanda Pa·
checo - Rua Augusto Tortoreio Araújo,
grande fé e alegria que a Bem
309 - Altos de Sant'Ana - cep. 02040
-aventurada Virgem Maria aparece
(SP) - Tal. (0111 298-1313. - Prestam-se
ra diversas vezes de forma clara,
com multas testemunhas e qud a I nformar: Pe. Va i érl o Al berton, S J (Je
essa bênção venha a ser sinal de su it•s do Rio Grande do Sul) e o casal
·paz para o mundo e prosperidade Or. OsmAnlo/Adalglsa (Cons. de RanovaçAo
para as ·Nações". Carismática Nacional e Internacional).
- 44 -
1 981- Klbého, diocese de Stefano, Bayslde, San Glovannl Ao
Butaire, Ruanda, um dos menores tendo, Coromoto e Eisemberg). -
países da Afrlca moderna, vizinho Alude aos estigmatizados: Tereza
de Burandl e Uganda, aí a Virgem Newmann, Pe. Pio e Pe. Glno. __;,
escolheu para aparecer a 3 meni E há severa queixa das Inúmeras
nas dum colégio, Isto desde o dia comunhões sacrílegas que aumen
28 de novembro, às 1 2 ,35 h. deten tam dia para dia. - Fala da "cru
do-se primeiramente à Alfonsina cifixão da Santa Igreja.
Mamureke; falou-lhe na l ingua lo
cal - Kengarwana - prometendo LAG RI MAÇAO - Embora não
voltar. - E fê-lo, no ano seguinte, sendo aparições corporais ou vi
12 de janei ro, abordando a aluna sões, no sentido anatõmico, cons
Anatália. - Seguidamente foi Ma titui fisicamente a manifestação de
ria Clara a ser agraciada com a uma presença, o ter Nossa Senho
"visita" da Virgem ( 1 .• de março). ra, em diversos lugares e ocasiões
- Estes acontecimentos mudaram vertido lágrima humana, no fenô
completamente os hábitos não só meno ou mi lagre dito lacr. mação,
da população de Kibého, de Butai ou seja a Virgem não fala, mas
re, de Luanda, mas dos países li chora. - Existe mensagem mais
mítrofes e vizinhos: Zaire, Tan eloqüente do que as lágrimas de
zânia e os dois já supracitados . mãe?
- Em fevereiro de 1 983 o Bispo
de Butaire escreveu bela Carta
Pastoral comentando os fatos. - Slracusa, Sicília (Itál ia), 1 953,
Mas de comover mesmo é o aconteceu na casa de " mamma"
caso de Valentina: a Virgem, em Giusta (via degli Orti ) . às 8,30 h,
junho de 1985 pediu-lhe que aju da imagem de gesso (alto relevo
dasse a uma velha doente e de embutido num quadro) do Imacula
samparada. Então a jovem deixou do Coração de Maria, grossas lá
a sua família, transferindo-se 40 grimas brotaram no dia 25 de agos
kms. distante. onde está em com to: o fenômeno repetiu-se 4 dias
panhia da anciã. Faz-lhe tudo. in depois, 4 de agosto e 1 .• de setem
clusive cultiva pequena horta, apa bro às 1 1 h. - A Ciência pronun
nha lenha distante e água na fonte ciou-se, por solicitação das auto
e cuida das feridas da doente, pois ridades eclesiásticas, e o fez po
a velhinha é leprosa, coitada. sitivamente. - A construção do
Santuário foi relativamente rápida
1 994 - Austrália. Está escri e se ergue majestoso. sendo dos
to, por V. del Vai , na revista Ma maiores e mais belos da Europa,
ria Mensageira (págs. 8/ 1 0) que grande centro de peregrinações
"também na Austrália a Virgem que vão a " Madona delle Lacrime,
aparece . . . " - Apresentou-se co render-lhe louvor, pedir e agrade
mo Nossa Senhora da Arca e o cer graças.
vidente chama-se Pedrinho. - Fora
9 aparições: 2 e 1 3 de fevereiro;
1 ." de março; 18 de maio; 13 e 29 Caserta (Itália), na casa da es
de junho; 4 e 6 de setembro, e, tlpmatizada Teresa Musco (via Ba
finalmente, 26 de outubro. - Den tistessa, 24, cerca da Piazza Mar
tre um mundo de coisas i nteressan cato. constatou-se lacrimação das
tes sublinham-se algumas : aben imagens de N. S. de Fátima e de
çoa a todos que levaram a sério as Lourdes; foram as lágrimas exami
aparições verídicas; pede a união nadas pelo Dr. Franco Guarino e
de todos os videntes; alude a di outros colegas seus que atestaram
versas aplwr:oes antecedentes, que tinham sabor de lágrima h�
com espnctalldade: Fátima. Lour mana. Teresa Musco faleceu em
des. La Salette, Guadalupe. Gara 1 976 e é tida por muitos, como das
bandal. Montlchiari, Tre Fontana. maiores místicas de todos os tem
Medjugorge [inclui ainda: Porto pos, sendo dessa opinião o céle-
- 45 -
bre marlólogo, Pe. Gabriel Aos por vias naturais". - O que, de
chlni - recentemente falecido - natural, puderam atestar, foi a pro
e o Card. Siri. Teresa Musco era, cedência da imagem, que vem da
desde menininha, g rande devota de Alemanha e ali se produzem em
Nossa Senhora que lhe apareceu massa. - O I nspetor da polícia,
diversas vezes. Seus estigmas, Michel Koopieters, levou sua mu
mormente os das mãos, a princípio lher e filhos, para venerar a ima
eram invisíveis, mas depois visí gem, impressionadísslmo com o
veis, dar trazer as mãos sempre acontecimento.
enfaixadas, pois também sangra
vam.
Chicago (USA), junho de 1984;
declaração peremptória do Pe. Pay
Adrano, Catãnia, próximo ao
mond J. Jasinsky, pároco da Igreja
Etna (Itália), a 8 de dezembro d e
de S. João de Deus, no que é
1 980, festa da Imaculada Concei
acompanhado pelo diácono Milton
ção, na casa do padeiro da locali
Decker: " Certamente é um fenô
dade, Fil ippo Orofino, de 40 anos,
meno sobrenatura l ; eu vi as lágri
a i magem de Nossa Senhora de
mas claramente durante a Missa,
Fátima e de Cristo (sangue) tive
em 3 dias consecutivas, mas com
ram lacrimação, Filippo faz o pão
pete às autoridades superiores de
dos seus fregueses na própria re
terminarem se é milagre genuíno."
sidência (via Rignati , 1 5, no que
- A imagem é de madeira e ime
é ajudado pela filha mais velha,
diatamente após (72 horas) o fato
Maria Concetta, de 15 anos, en
acontecido foi comunicado ao Car
quanto sua mulher, Angela Man
deal Joseph Bernadim, que após 5
gione, de 39 anos, cuida dos outros
dias enviou o Bispo Auxiliar, Al
6 filhos: 3 meninas e 3 meninos ( a
fred I. Abramovicz a fim de tudo
caçula, Catarina tinha na época 3
investigar; já foi adiantado que na
anos). - O pároco local , Pe. An
da se espere fora do prazo de um
tonio Santangelo. por ser testemu
ano, quando então será enviado
nha ocular do fenômeno atesta a
a Santa Sé, em Roma.
veracidade do que chama de mi
lagre. - O Prefeito, Siro Sardo,
adiantando-se às autoridades da Nota - O ) ornai O Catolicismo noti
Igreja ( é a primeira vez que tal ciou as seguintes l a crimações : em 1972,
[EE.UU .). Imagem de N . S.
acontece em casos assim), or Nova Orleans
denou, além do interrogatório do de Fátima Peregrina; 28-7- 1977. em Da
padeiro Orofino, seus familiares , e masco [Sirla); 22-4-1979, em V i l a Soalhei
testemunhas, a análise em labora ro [Portuga l ) . lmag�m de N. S. das Ne
tório especializado. de tudo refe cessidades; 13·5-1982, em Granada ( Espa
rente ao fenômeno. nha), Imagem da Virgem das Lágrimas.
Maasmechelen ( Bélgica), a 8
de agosto de 1 983, na casa da Sra. APOCRIFOS - (do gr. apo
M a ria Linden, de 58 anos, cente kryphos = o�ulto, sem autentici
nas de pessoas foram ver as lá dade, falso), diz-se dos livros não
grimas que brotaram de uma có canônicos. i é . , não elencados na
pia, em plástico, da Vi rgem, na Bíblia; por conterem parcialmente
representação da Rosa Místfca a verdade, pelo fantasioso de mul
(aparições de Montichiari) ; a esta tas narrativas, pelas arbitrariedades
tuazinha tem 70 em e fora ad e erros foram considerados faltos
qui rida um ano antes. - O radio da i nspiração divi na . - São al
logista Dr. Erik Ballaux e colegas guns. não raras vezes. fonte histó
seus d e Bruxelas. aos quais en rica ou de costumes e hábitos, da
carregou de analisar as lágrimas, qual, com especiais reservas nos
declararam que "o extraordinário servimos para não perigar a pure
fenômeno não pode ser explicado za doutrinária da Fé. Contendo
- 46 -
narrativas l igadas ao Antigo Test. mas â ·pombin h a e ó ran'lo de o l i
alguns dos principais são: L.vro veira. Ver este subverbete e mais
dos Jubileus - Livros de Adão e Pomba, em Antigo Testamento.
Eva - Martírio de /saias - Carta
de Aristéia - Livros de Enoc -
Testamento dos 12 Patriarcas -
Oráculos Sibllinos - Assunção de ARCO-IRI S - Símbolo de Ma
Moisés. - Referentes ao Novo ria, como s i nal de reconciliação,
Test.: "Prato-evangelho de Tiago penhor de bonança. Ver este sub
(fonte dos nomes e fatos de Joa verbete em Antigo Testamento.
quim e Ana, da Apresentação e
posterior entrega da Santa Menina
no Templo, esponsais de José e
Maria com detalhes sobre a flora ARTE - Através da história
ção do bastão do carpinteiro, por das Artes, fácil é de se constatar
menores da angústia de S. José, que a Virgem Maria foi sempre
descrição da Viagem de fuga para uma das maiores fontes de inspi
o Egito). - "História de José, o ração, principalmente na Pintura,
carpinteiro" (fantasiosa narrativa na Escultura e na Música. - "As
sobre a vida do esposo de Maria pri m e i ras representações de Marta
até sua morte diante de Jesus e foram as Virgem Orante, das Ca
assunção de sua alma; l ivro de tacumbas, nas quais a Mãe de
origem egípcia). - "O nascimen Deus aparece, de pé, sozinha,
to de Maria". - "Discurso de S. orando de braços [alevantados] e
João, o Espiritual" (texto grego so abertos, conforme era costume na
bre a "dormitio"). - Muitos são época". (cfr. Bibliografia, n.• 25).
os Evangelhos: de S. Tomé, de S. Somente no séc. V, após o Concí
Pedro, de N icodemos, de Bartolo lio de Éfeso, é que foram divulga
meu etc. (no de Tomé, p. ex., nar das :;tS imagens [ ícones] de Nossa
ra-se a infância de Jesus com fa Senhora sentada, com o Menino J e
tos até repelentes). - Atos, Epís sus ao colo, cópias de um " retra
tolas e Apocalipses, são também to" da Virgem atribuído a S. Lu
numerosos: Atos de André, d3 To cas (assim como se atribui a Nico
mé, de Paulo, de Pedro, de Felipe; demos, que, dizem, era escultor,
Epístola aos laodicenses, as 14 a estátua de N. S. do Amparo. d e
entre Paulo e Sêneca. a Epístola Lamêgo - Portugal -). - A íco
dos Apóstolos etc. - Quanto aos ne dita de S. Lucas. em estilo bi
Apocalipses, contêm pomposas zantino, pintada sobre madeira
descrições do Juízo Final e são (também se fazia de mosaico), tem
atribuídos a Pedro, a Paulo e a cópias nos quadros de N . S. das
Tomé. - A Igreja não proíbe a Neves, de N. S. do Perpétuo So
leitura dos apócrifos, desde q!.le corro, no de Chestokova, etc.( • ) -
se façam as devidas restrições Contrariamente as ícones, as pin
críticas. turas e esculturas na Arte româ
nica (após o séc. X) apresentam
Nossa Senhora de forma majestá
ARCA DA ALIANÇA - Símbo tica, como Rainha, sentada no tro
lo de Maria como peça toda, bem no e não na posição de orante
como em suas partes componen antigo. Ela e Seu Divino Filho, ge
tes. - Ver este subverbete em ralmente trazem coroa e éetro, bem
Antigo Testamento. como o globo terrestre, s ignifican�
do domlnio, reàleza. !: dito de tal
estilo. ser odiqtria, i.é .. "com Ma
ria caminho, via, condutora" Os ar
ARCA DE NO!: - São figuras tistas primitivos enfocavam mais o
de Maria não apenas a embarca aspecto oracional. - "A Renascen
ção inteira - que salvou por indi ça, o desenvolvimento artístico, e,
cação divina, Noé e os seus posteriormente o aparecimento das
- 47 -
ãrtes grá ficas e ó progresso das ARVORE - Se da árvore, qué
artes plásticas, m uito contribui tinha o fruto do Bem e do Mal,
rem para divulgar as imagens [qua Eva acarretou-nos a condenação,
Maria nos trouxe Jesus que mor
dros, iluminuras, letras capitulares, rendo noutra árvore (o madeiro da
vinhetas, logotipos] de Maria e Cruz), trouxe-nos a salvação. Ver
multiplicá-las quase ao Infinito de o subverbete Arvore da Vida, em
modo ser hoje praticamente im Antigo Testamento.
possível encontrar-se uma capela,
adro, uma estampa, uma estátua, ASSOCIAÇOES MARIANAS
uma imagem de claustro, oratório, " . . . ecce enin ex hoc beatam me
família [sem falar em igrejas e dicent omnes generationes (eis
santuários] que não possua um que doravante todas as gerações
quadro, Nossa Senhora" (cfr. BI me chamarão Bem-aventurada) -
bliografia, n.• 25) - Na Arte Sacra, t claro que para amar e louvar
portanto, Maria Ssma. constitui um Nossa Senhora, proclamar o seu
culto e divulgar suas graças não
belo capítulo todo especia l : a arte
se faz necessário o ingresso nesta
mariana. E não se olvide a contri
ou naquela confraria, a que nos
buição dos "Vitraux", o concurso filiemos em tal ou qual movimen
do a rtesanato. o contributo do ci to ou associação. Individualmente,
nema, do teatro (cenografia), gra sozinho posso e devo fazer muito
vadores, desenhistas, aquarelas, ar para inserir-me como humilde pe
quitetura. filatélia (selos), numis ça da profecia que a própria Vir
mática (moeda), ex-llbris, heráldi gem proferiu (toda profecia tem co
ca, e, modernamente, o audiovi mo autor Deus que usa como seu
instrumento o profeta). - Inegável
sual e computuração; do ponto de
é, porém, que. através de uma
vista classificatório não deixa, afi
associação ( = união no amor para
nal de ser uma manifestação plás a consecução de um objetivo) terei
tico-artística. - V. os verbetes : sumamente facilitado o atingimento
Poesia - Música - Escultura - a que me proponho. - Contingen
Santuários. tes variados, mas de um só exérci
to - o de Maria Ssma. - as asso
ciações, confrarias, movimentos,
grupos e comunidades, antigas ou
novas, se consoantes o Sentire
cum Ecclesiae, merecem elogios e
l�ota: A ícone chamada VIrgem de aplausos aqui na Terra, e no Céu
Jerusalém. que se acha em Moscou não as bênçãos e g raças que o serão
é uma cópia. pois dizem ter sido pin
de predileção. - Ao bem-aventu
tado diretamente por S. Lucas, 15 anoa
rado Pedro de Honestis (Séc. XII),
após a Assunção; a lcone foi levada. no
se deve as primei ras tentativas da
ano 453. para Constantinopla pelo Impe
rador Leão I e dai teria sido transferida
fundação. na Igreja Nossa Senhora,
para Kiev. por São Vladimir. no ano 899.
em Porto de Ravena, de uma con
- Em 1571 o Tzar Ivan IV, o Terrivel traria chamada (e destinada) aos
levou-a para Moscou. entronizando-a na Filhos e Filhas de Maria: os mem
Catedral de Assunção (hoje Kremllm). A bros traziam como distintivo uma
outra ícone cognoml nada VIrgem da Vla medalha pendente do pescoço em
dimir. embora valiosa. é uma reprodução uma fita azul . e . uma faixa azul-e
- das tentas cópias - dada por um Pa branca na cintura. Essa confraria
triarca de Constantinopla ao Príncipe russo ou pia un ão durou vários séculos e
Georges Dolgorouk l . (cfr. trabalho do Pe. foi tamanho o seu incremento que
M. J. Roquêt, S.J.) Papas, Cardeais, Bispos, Reis, lm-
- 48 -
peradores, Prrnclpes e altas perso ela ao grande número de peregri
nalidades procuravam a ela perten nos franceses que demandavam
cer. - Na Idade Média, porém, aos l ugares sagrados (prestou
não vicejaram. - No Séc. XVI é enormes serviços no Congresso
que vieram resurgir: 1 563 as Con Eucarístico Internacional de Jeru
gregações Marianas e 1 594 as As salém, em 1 893). - Hoje o setor
sociações das Filhas de Maria Ima N. S. de França, graças ao Tratado
culada. --Por ordem alfabética eis de Mytilene ( 1 9 1 1 ) desenvolve In
as mais conhecidas: tensa atividade, Inclusive de "ho
telaria" (durante a 1 .' G rande Guer
- Apóstolos de Maria (com ra serviu de Seminário). Depois
sede em Portugal). Tem como As da 2.' Grande Guerra acudiu os
sistente Nacional o Pe. Manuel An refugiados. - Em presença dos
tunes, residente em Fátima). V. Chefes Religiosos dos 7 ritos de
Cruzados de Fátima e Exército Azul Jerusalém, o Delegado da Santa Sé,
de Fátima. Card . Terence J. Cook (Arceb. de
New York), promulgou por decisão
do Papa João Paulo 1 1 , o Centro
- Associação das Filhas de N. S. de Jerusalém, " I nstituto Pon
Maria Imaculada - Em 1 594 o tifício" ( 1 978).
- Atualmente, en·
Bem-aventurado Pedro Fourrler, Pá tre suas múltiplas atividades, cul·
roco de Mataincourt (França) pro da da ampliação para hospedagens,
moveu Iniciativas para o reapareci organiza um departamento ecumê
mento das confrarias marianas de nico.
saparecidas na Idade Média. -
Após declarações da vidente, Sta.
Catarina Labouré, ao seu confes
sor. Pe. João Mari<J Aladel, foi que, - Comunidade Magniflcat -
consoantes estas palavras: " A Vir Com sede em Castel deii'Alpi ( Bo
gem Ssma. quer que fundeis uma lonha - Itália), é um centro aber·
associação; vós sereis seu dire to o ano todo a indivíduos ou a
tor". é uma confraria de Filhas de pequenos grupos para a oração a
Maria . ", é que erlgiu-se, após contemplação, mormente sobre
1 830. confrarias em todas as Casas Nossa Senhora.
confiadas as Filhas da Caridade de
S. Vicente de Paulo (que tinha sido
congregado mariano). - Comunidade N. S. da VIda
Litúrgica - Com sede em R .D.2.
- Associação dos Legionários - Box 500 - Bloomingdale, Ohlo
de N. S. Auxilladora (sediada no 439 1 0 - USA, sob direção espi
Colégio Salesiano de Santa Rosa ritual do Pe. Francis Marino, S.M.,
- Niterói - RJ) , fundada há 50 desenvolve apostolado através de
anos pelo Pe. Emrl io Miotti. escritos, desenhos litúrgicos, acon
selhamento, ensino, pregação, gru
po de oração, vida contemplativa,
- Associação Maria dos Sa tudo centrado com profundidade
crários - Seu fundador. Pe. José l itúrgica.
Maria Rúbio, que nasceu em Dalia
e exerceu seu apostolado em Ma
drid, e morreu em Aranjues ( 1 929),
foi recentemente declarado Vene - Confrarias (e Irmandades)
rável, pela Sag. Cong. das Causas Como principais o Pe. Roschinl
dos Santos. elenea as segu i ntes : Irmandade do
Rosário - de N . S. das Dores -
de N. S. do Carmo - de N. S. das
- Centro N. S. de Jerusalém G raças - do Coração lm�c. de
( lnst. Pontifício), fundado na Terra Maria - de Maria Consoladora ou
Santa em 1 882 pelos PP. Assucio Consolata - de N. S. Rainha dos
nistas, ao início para dar assistên- Corações - de N. S. do Ssmo.
- 48 -
Coraçlo - de N. S. do Ssmo. Sa Pio XII,. e um Secretariado entre
cramento - de N. S. da Boa Mor gue aos Jesuítas) funciona em Ro
te - de N . S. Mãe da Divina Pro ma: Borgo S. Spirito, 5; o órgão
vidência - e das 3 Ave-Marias. orientador outrora a revista Acles
Ordinata, é, atualmente, o boletim
- Congregação Maria!1a -
Progressio. - Promove Congres
Surgida em 1 563 (fundadur: Pe. sos (encontros de seus dirigentes
João Leunis( * ) jovem professor de e promotores) mais ou menos de
gramática ( Línguas) do Colégio Ro 4 em 4 anos em países previa
mano, da Companhia de Jesus. Já mente escolhidos, e, o mais pro
axlstlra, de própria iniciativa de ximamente estabelecido será em
Sto. I nácio de Loyola associação d r:l Loyola (Espanha). terra daquele
1 2 homens com Regras semelhan considerado pelo saudoso Card. D.
tes (Pe. Jerônimo Nadai, notícia. Jaime de Barros Câmara (foi Assis
em 1 549. confrarias desse tipo na tente Nacional) como o "avó" das
Sicilia), e, anteriormente a Sto. Congregações Marianas.
I nácio, eram conhecidos, na Itál ia
os Colégios da Virgem Maria (cer
tamente o Pe. Leunis pertencerél, na
(•)
J . : "Ce Jeune
Nota de rodapé na obra do Pe.
juventude, a um desses Sodalí· Antonio Maurel, S. Rellgletlx
cios). - Nestes 422 anos as Con
ae nommelt Jeen Léon: 11 ételt de Llége,
gregações Marianas deram à I gre dans la Belglque. Ouelques auteurs l'ppel·
j a : cerra de 60 Santos, beatos e lent Jean-Léon Flammlngue. Le mot ltallen
veneráveis - perto de uma dezena Flamand, Indulte
de fundadores (Ds) de Ordens, Ins
Flamingo, Belge, les a en
erreur. Son nom de famllle étalt Léon
titutos e " famílias" Religiosas
(Joennea Leonlua, LeOcllensls)" ' . - cfr. La
-
possui uma Federação, fundada por do Norte (SP), já conta para mais
50 -
de 20 mil Inscritos desde que co ria Grlgnon de Monfort, traçado na
meçou a propagação ( 1 979) , sim Verdadeira Devoção à Maria. -
ples e fácil de se obter o ingresso Propõe-se a participar na missão
na mesma: " . abençoar" em nos apostólica da Igreja com robusta
sa época mais do que nunca, onde fá e ex:>eriência de vida, proja�o
a vida dos povos e a vida individual do maturidade cristã que requer a
é convulsionada com tantas e tão " presença" de Maria que leva até
profundas crises. - Tornar-se uma Jesus. - As reuniõe!l são ordina
bênção viva num mundo materia riamente quinzenais para formação
lista ( . . . ) Em tal época precisa-se e informação mariana. - A con
de uma legião de almas generosas tribuição é, sobretudo. apostól ica.
l.jue querem pôr um dique ao mal" O órgão oficial é a excelente re
- O inscrito recebe os benefícios vista mariana Madre e Regina
da Missa Semanal especialmente (Centro Mariano Monfortano
celebrada nesta intencão, · bem co Via Romagna, 44." Roma). - O
mo a Carta-Circular de doutrina inscrito participa do espírito e
ção (do monge cisterciense alemão obras da Família Monfortana, so
Leopoido Bertsch, traduzida pela bretudo dos frutos espirituais da
Irmã Filomena, Canisiana) - são Santa Missa que os PP. Monfor
encontradas também já em 4 vols. tanos celebram aos 1 .•s domingos
da Edit. Santuário de Aparecida - do mês pelos benfeitores e de
A coniribuição financeira é com funtos da Congregação.
pletamente l ivre, podendo filiar-se
sacerdotes e leigos, homens, mu
lheres e crianças com uso da ra
zão. - Rua França Souza, 58 - - Legião de Maria - Fundada
Cx. P. 12 - Aparecida (1 2570) SP. pelo Abade Toher e o func. da Fa
zenda (congregado mariano) Frank
Duff, falecido com 92 anos, após o
- Cruzados de Fátima - veja Cone. Vat. 11, onde tomou parte, nas
Apóstolos de Maria (com sede em comissões do Dec. Aposto/lcam Ac
Portugal) . tuositatem e a.• cap. da Lumen Gen
tlum), a 7 de setembro de 1 92 1 ,
_
20 h , Myra House, e m Dublim ( Bel
- Equipes de Nossa Senhora glca). - Inspirados no livro de mon·
Depois da França, o Brasil é o tort, Tratado da Verdadeira Devoção
país onde mais se propagaram as
à Maria, fê-la para suplementar a
Equipes de Nossa Senhora: mais
obra de outro congregado mariano,
de 800 membros e cerca de 6.000
casais (de 12 Regiões, 58 Setores Frederico Ozanam, com as suas
e 21 Coordenações) do Rio, Minas . Conferências Vicentinas (são, por
S. Paulo, Pará, Amazonas, Paraná, tanto, "pri mas-i rmãs" as CC.MM., a
Sta. Catarina, Rio G. do Sul e Dis Legião e as Conf. Vicentinas). - A
trito Federal. - Promove encontros Legião conta com cerca de 1 25
regulares (EACRE) em variados mil núcleos no mundo, sendo 6
pontos do território nacional . - mil no Brasil. - Em sua nomen
clatura usa denominações em latim
(como no exército Romano) Prae
Exército Azul de Fátima - sldla - Curiae - Comltlum - Se
Ver Apóstolos de Maria e Cruzados natus - ConcJI/um Legionis - Re
de Fátima. glae - Catena Legionfs - lncola
Marlae - Perlgrinatfo pro Christo
- Acles - Exploratio Dominicalis
Grupo Mariano - Associação - e o próprio nome que é Leglo
eclesial que revive, em forma Marlae, sob a figura do Divino
atualizada, a Associação de Ma Espfrito Santo e sobre a I magem
ria Rainha dos Corações, da qual de N. S. das Graças ( M edianeira),
adotou os antigos estatutos. - A num Vexl/lum (= estandarte) , à
espiritualidade é a de S. Luiz Ma- guisa dos ostentados pelas legiões
- 51
romanas. - O órgão oficial traz TV). - Aos parques gráficos e ou
o seu nome - e no Brasil existe tros complexos apostólicos, São
em 23 Estados (3 Senatus - 5 Maximiliano denominava Cidade de
Reglae - 643 Curlae - 9.1 85 - Maria. - t órgão oficial a revista
Conta com membros. Ativos: Cavalheiro da Imaculada -. Infor
1 1 7.440 e Auxi l iares: 468.765. - mações: Missão Católica de S. Ma
Expediente no Rio: R. Benjar.•in ximiliano Maria Kolbe - Frades
Constant, 23 s/523 - G l ória Franciscanos Conventuals - Jar
Cep. 20241 - Tel. 224-1 873. dim Imaculada - 77.222 , Cidade
(Gol Via DF. -
- Marlápolís (= Cidade de · ·
- 52 -'-
cante convenção que os Oblatos briel Roschlnl forneceu, quando
tiveram no Santuário, aprofundou ainda em vida, a relação a seguir:
se a responsabilidade do aposto Carmelitas - I rmãos de Maria de
lado: "Diante do sofrimento alheio Monte Carmelo (aprov. 1 226) -
geralmente nos penalizamos, de MQrcedários ( 1 21 8) - Servos d e
ploramos . . mas é preciso fazer Maria ( 1 233) - Clérigos Regula
algo mais ; e o momento é che res da Mãe de Deus ( 1 574) - PP.
gado". - Os Oblatos de Maria M issionários da Companhia de Ma
Imaculada atendem prioritariamente ria ou Monfortanos ( 1 705) - Obla
os doentes, sobretudo se são crô tos de Maria Imaculada ( 1 8 1 6) -·
- 53 -
A U RORA - Devido ao seu te (Séc. V) e no Ocidente (Séc.
esplendor de beleza, ao preceder VII) essas duas "saudações" apa
a luz do dia, pronunciar o brilho, recem unidas; e nessa mesma épo
a luz, o raiar do Sol (Cristo Jesus ) , ca introduziu-se o nome da VIrgem:
é figura de Maria. V e r este sub Maria (que o anjo não disse) . -
verbete em Antigo Testamento. O nome Jesus, que se segue as
palavras ventrls tu/ só foi incluído
na fórmula no Séc. VIl (Oriente) e
AVE - cumprimento latino Séc. XII (Ocidente). - A 2." par
muito comum (:::= salve, sauda te - Santa Maria - foi acrescen
ções ) ; especialmente usada pelos tad<J à 1 ." parte, no S é c. XIV, assim
súditos e palacianos romanos, era mesmo com variantes. Na forma
a Interjeição: "Avel eu te saúdo". completa, a Ave-Maria só é do
- Se fosse soldado, perfilava-se cumentada numa poesia acróstica
l evantando o braço direito e segui do servita, Pe. Gasparino Borro
damente golpeava o peito. - Tra (t 1 498) . portanto, há 485 anos . -
duzia servidão, prontidão, lealda O uso, a difusão mais ampla. uni
de. - f'Ja arena do Coliseu, antes versalização em todas as Igrejas
do martírio pelas feras, os cris e ritos, se deve a São Pio V que
tãos, por altiva ironia e derradeira aprovou a fórmula definitiva, Inse
prova de fé no seu Deus, excla riu-a no Breviário Romano e orde
mavam: "Ave! César, mor/tere te nou aos sacerdotes que a reci
salutem." - Na versão Vulgata tassem antes das Horas do Ofício
da B íblia, é a expressão dita pelo Divino. - Ave-Maria diz-se ainda
anjo ao anunciar a Virgem da sua das contas pequenas do Rosário/
escolha para a maternidade divina. Terço e do toque dos sinos ao
- M uito utilizada pelos pregado Angelus. - expressões populares:
res e comentadores é o anagrama 1/geirinho como Ave-Maria (= rá·
formado com o nome da nossa pri pldo, curto. depressa); saber co
meira mãe: Eva/Ave. - mo a Ave-Maria (= com seguran
ça, de cor. de memória); "Ave-MEl
ria!" (espanto, alivio, alegria). (cfr.
AVE-MARIA - A Ave-Maria. Bibliografia obra n.• 1 e 2. - V.
antes de chegar a recitação n a verbetes e subverbetes: Ave
forma atual percorreu um longo ca Angelus - Saudação angélica -
m i nho através dos Séculos que ou Rosário/Terço.
samos resumir assim : Com toda
probabi lidade a saudação de S. Ga
briel [Ave( . . }tecum] e a de Sta. Nota - L6grlm81 de Noaaa Senhora
Isabel [benedicta ( . } ventris tu i] , (a continha Av•Marla com a qual se fa·
ora uma, ora outra, os fiéis, repetin zem terço em muitos lugares) é a mls·
do-as, oracionalmente, o faziam sanga orlglndrla d'Afrlca, Inclusivo ali·
por natural imitação. - No Orien- mentlcla, quando ainda verde.
" M ais do que nunca Maria Ssma. está viva e presente, Ela não é um mito
religioso, ou figura l ltero/folclórlca, não é uma personagem de ficção, mas
criatura singularíssima, de presença constante, viz!nha da gente, próxima
de nós ; tanto mais vizinha e próxima quanto mais amada. Porém, para ser
amada carece ser conhecida".
(tema do retiro pregado pelo Autor, em trlduo preparatório para os 85 anos de C . M . da
lg. Matriz de Sant'Ana, cognomlnada "Prima Prlm6rla Carioca" - Rio)
- &4 -
B
BEL�M (heb. bêt'lahem = ca na) - Mansidão - Fome e Sede
sa do pão) - Aldeia inexpressiva de Justiça - Misericórdia - Pu
até o nascimento de Cristo, mais reza de Coração - Paz de Esp/
conhecida como Efráta ( = frutuo rito - Perseguição sofrida pela
so). - Belém de Judá era a terra Justiça. - M ediante estas Bem
de casa de Davi e ali tiveram lu aventuranças, que Maria as teve em
gar a unção do rei-salmista-profeta, Si em grau superabundante - atos
bem como o feito dos seus valen perfeitos das Virtudes e dos Dons
tes irrompendo nas fileiras dos fi do Espírito Santo, - Maria tem
listeus para tirarem a água dos de ser, forçosamente, feliz (Bem
poços em seu poder. - Dista 8 aventurada) e, já estando na bem
km de Jerusalém . AI, atualmen aventurança eterna, é-nos penhor
te, está a formosíssima Igreja da dessa felicidade que almejamos go
Natividade, construlda durante as zar com Ela junto a Jesus, seu
Cruzadas (no local da primeira Divino Filho. V. verbetes: Dons do
construída pela mãe de Constan Esp. Santo - Frutos do Esp. San
tino (t 327), Sta. Helena: aí, o pai to - Virtudes.
da Vulgata. S. Jerônimo construiu
um convento. Jamais foi possível BIBLIOTECA (Mariana) - Des
escavações pelos arqueólogos, de de o séc. XVI I I a mais antiga
vido a uma série de injunções po biblioteca mariana, e também a
lítico-religiosas dos credos ali se maior, do mundo, sediava-se em
diados. Portugal (seu acervo, unido a mui
tos outros encontra-se no Santuá
rio de Fátima). Atualmente a maior
BELEZA [física) - Fisicamen mesmo, de mais rico acervo e di
te, também de perfeição absoluta, versificada é a que surgiu e m
não se encontra termos de com 1 943 em Dayton (USA) com mais
paroção pora se aquil itar da be de 60.000 volumes de temas ma
leza exterior de Nossa Senhora . riológicos, crescendo ao ritmo de
A Liturgia canta: " toda bela és 1 .500 a 2.000 títulos por ano. Não
Maria ! ", conseqüência lógica do é exclusivamente uma grande ca
''toda cheia de graça" - V. o sa de livros, mas constitui verda·
subverbete Beleza Física/Corpo. deiro e util íssimo centro de do
inserido no verbete: Pessoa. cumentação marial; recolhe tam
bém quadros, imagens, estampas.
postais. fotografias, diapositivos.
BEM-AVENTURADA - � CO· fi l mes, "slides", material audiovi
mo os Doutores da Igreja, os San sual, "santinhos", cartazes, selos
tos Padres, os comentadores e e, catalogados em centenas de
'l<egetas costumam e preferem pastas-orquivos. uma massa de re
i:: h 2.mar Nossa Senhora devido o C:Jites de publ icações do mundo
profUndo e alto significado teoló todo. Está, port:mto, apta a satls
n ' co d0SSe apelativo. Bem-aventu· f r:zer as neces:.; ;d<:ldcs de todos os
rc.dn (feliz) porque recebeu no dr.votos e estud iosos, bem como
m.:is e l evado grau as Bem-aventu nt:.mdcr oo mais PXigsnte pesquiza
ranç<ls, originadas da Pob rez a de dnr. - Quando em 1 953 completou
Es,?irito (distituição. ausência to· 1 0 2nos de fundada , adquiriu o vo
tnl e nbsobta de ambição munda- lioso. acervo de 1 0.000 obras, sen·
do que 6.500 exemplares tinham vida alguma reflete o grande apre
pertencido ao bibliotecário de Lyon ço do Papa pelo Insigne mariano,
(França) Leon Clugnet (1 848-1920). S. Luiz Maria Grlgmon de Monfort
cfr. L'Osservatore Romano, (da escola de esplritualidade fran
1 2-6-1983. - No Brasil, algo seme cesa (Seminário de S. Sulpicio e
lhante será a Academia Marlal, em Berulle), que no seu Tratado
fundada por ocasião do 1 1 .• Cong. da Verdadeira Devoção e Maria, na
Eucarístico Nacional, em Aparecida quela "escravidão de amor" pro
(SP) e funcionando na Torre da clama; "O quanto é feliz quem dé
Basilica nova ( t t .• and.). tudo à Maria, e à Maria se en
trega e se abandona em tudo e
BRASAO (mariano do Papa) - por tudol Ele é, com tudo de Ma
"O brasão que João Paulo 1 1 esco ria e Maria é toda sua." (n.• 1 79)
lheu para o seu pontificado, pro E, quando reitera o pensamento e
põe-se, antes de tudo, ser uma palavras de S. Bernardo e S. Boa
homenagem ao mistério central do ventura: Sono tutto tuo e quanto ho
Cristianismo: Redenção; represen tutto ti eppartiene [ó Virgem Be
ta-o uma Cruz, cuja forma não cor nedetta! ] (n.• 2 1 6) - � o que está
responde a nenhuma dos habituais na Bíblia: Tuus tatus ego sum, et
modelos heráldicos afins. A ra omnia mea tua sunt (sou todo teu
zão da insólita deslocação da parte e tudo que é meu te pertence). -
vertical da Cruz (stipes) é fácil de Aliás, os membros da Arquicon
ver e aceitar se se considera que frarla de Maria Rainha dos Cora
foi para acolher o segundo objeto ções, podiam lucrar uma Indulgên
Inserido no brasão: M de Maria, cia de "300 dias todas as vezes
maiúsculo, majestoso, sob e haste que repetiam: Sou todo vosso e
horizontal [patibufum) , recordando tudo que possuo vos pertence, ó
a presença de Nossa Senhora ao meu amável Jesus, por Maria, vos
pé da Cruz (Stabat Mater) e a sua sa Mãe Ssma." (Vant. e privilégio
excepcional participação na Reden n.• 3). - A mesma l i nha verifica
ção. Deste modo se manifesta a mos no SI 1 1 8,94: Tuus sum ego,
i ntensa devoção do Pontífice à salvum me fac! (Eu vos pertenço
Ssma. Virgem, tendo-o a confir [Maria ] , salvai-me!) - Mas o mo
má-lo expressamente o mote: Totus te ganha mesmo relevo quando
Tuus. que o acompanha desde Or buscamos paralelismo ou conota
dinário da Prov. Eclesiástica de Cra ção, ou paráfrase na divina fala da
cóvia, onde está o célebre san Cruz: . . . filius tuus
" Mater
tuário mariano de Chestochowa, tua . . . " - De certa forma, no bra
sendo também sua divisa como são de Pio X I I está figurada Nossa
Cardeal Wojtyla". (cpd do que es Senhora no sfmbolo da Pombinha
creveu o Pe. Romeu Ribeiro de da Paz (e Maria é a Rainha da Paz);
Faria, S . J . . na 4." de capa do nos o enfoque é diretamente a Paz,
so l ivro, cfr. Obras do Autor, con inclusive devido ao seu nome de
tra-capa: Puebfa-Joiio Paulo li-Ma família nobre Pacelfl ( = pequena
ria. - O mote Totus tuus. sem dú- paz).
• • •
- se -
c
CARISMAS/DONS - A Ssma. viajantes gregos. Ao lado da me
Virgem recebeu - segundo S. To sa havia uma bála [ manjedoura de
más de Aquino - em hábito ( -= animais] de madeira. para o ju
potência) e em ato (manifestamen mentinho. Ele era, como que, um
te), carismas, ou seja, dons e gra membro da família, multo Impor
ças ou favores gratuitos tais co tante [ajudava nos trabalhos do
mo: a palavra da sabedoria - a mésticos, como por exemplo, no
palavra da ciência - o dom da transporte] O burrico era afagado
Fé - o da cura - o dos milagres com ternura e amado; até se con
(embora a Bíblia não mencione ne versava com ele [que abanava as
nhum) - o da profecia (exemplo orelhas e batia a cauda como que
maior: Magnlflcat; mas profecia respondendo ! ] Sacos e vasi lhas
também significa ensinar) - o des com alimentos cru ou já pre
cernimento dos espíritos - o dom parados, bem como, o odre de vi
das línguas e das interpretações. nho pendiam da parede, perto da
- Todos estes dons , caríssi mas, única janela." - Talhas de pedra
favores e graças eram convenien e bilhas de barro/cerâmica esta
tes à sua condição de Mãe de vam d ispostas perto do fogão con
Deus e missão de correndetora. - forme a serventia da água: se pa
V. os verbetes: Alma - Dons do ra a higiene corporal ou abluções
Esp. Santo - Frutos do Esp. San e lavagem de pequenas peças do
to - Virtudes - Bem-aventurada. vestuário ou se para o uso da co
zinha. - Enroladas e de pé, ficavam
num canto da parte superior da ca
CASA (de Nossa Senhora) - sa, as esteiras de dormir, no chão
"A casa de Maria, como quase to alguns judeus usam catre ou estra
das as outras, era pequena e l o do, dito " l eito") . - Tudo arru
calizada numa colina em Nazaré. madlnho numa casa multe pobre
Havia na frente uma soleira de e modesta, mas era como diz o
pedra ( . . . J Para se entrar, em povo: um brinco. - (cfr. Biblio
purrava-se uma cortina ( . J O In grafia obras sob os n.•s 3, 1 2 e
Santa Casa de
_ .
- 57 -
prl edades, tudo como num negócio lógico e já p e l a Fé que ali está
qualquer). Esta fase poderia durar documentada de modo el oqü ente,
meses e até mesmo um ano, com mostrando o modo de ser dos pri
encontros, reuniões, demandas, meiros cristãos. - Aos que ten
sem necessidade ou obrigatorieda tam negar não ter sido Nossa Se
de do conhecimento e presença nhora cultuada desde os primór
dos noivos. - 2.') a etapa dita dios, e que sua veneração é Inven
qddushin (desponsório, I . é . . noiva ção bem posterior, uma " vlslt l nha"
do), consumava-se na Corte (Tem i>s catacumbas é um riqulssimo
plo) perante autoridade competen manancial, fonte cristalina e abun
te o compromisso forma l . onde. dante das mais belas provas da
I mplícita e explicitamente constava posi ção si n gu l ar da Virgem: Ca
a finalidade do casamento a partir tacumba de Prlscila (via Salário) ,
daquele contrato (ketubbah). Exem a pintura mai s antiga de Nossa
plo: só pelo "decreto de repúdio" Senhora (primeira metade do séc.
(= divórcio) poderia livrar-se da 1 1 ) . Maria e o Menino, e, apontan
noiva; esta, em caso de i nfidelida do-a. (os arqueó!ogos querem que a
de, poderia ser apedrejada; em al figura que o faz seja o Profeta
gumas cidades - Nazaré excl u fa Isaías: Eis que uma Virgem con
·Se da relação desde há 500 anos ceberá e dará â luz). mas outros
- a co-habitação e união conjugal pesquisadores acham que seja
era permitida no período qddushin.
Balaão (Um astro sairá de Jacó).
- O comum, nesta 2.' fase era, ao
A chamada "Virgem de Sta. P ris
final dos atos, cada qual seguir
cila" tem o seu valor dogmético
para suas casas. - 3.") chegava-se
não menor do que o artístico. -
ao nfssu'in, ou seja, bodas, de fato
o dia do casamento, quando o noi Ainda na Catacumba de Sta. Pris
vo (agora si m , esposo) levava em cila, também do Séc. 11 - uma
cortejo festivo a sua mu lher (es "epifân i a" - uma Anunciação -
posa) para sua c::; �a. Fazia-se en uma Virgem orante - uma Virgem
tão, mesmo c s do menos posses, sentada com o Menino - Adora
uma grande festa. Obv!amente, ção dos Magos , com a presença
com diferenças de circunst5nrias. de Balaão - e metade do Séc. 1 1 1 .
assim sucedeu com o cél�<Jmento uma Virgem velante. - N a Cata
de Maria e Jo:;õ, p ois o C'Jél ngol is cumba de Domitilia. do Séc. 1 1 1 :
ta (MI 1 ,1 8-2 1 ) alude apenas a Maria com Isaías - Epifãnia, com
etapa dita qddushln. - O jovem <! S f::�ces de Maria cobertas - e,
Agapo, também candidato a espo do Sé:c. IV, a Virgem e o Profeta
sar M a ria. não escolhido. quebrou Miquéias. - Catacumba de São
a vara (Ver quadro de Murilo). fato Caiíxto, do Séc. 1 11, uma "epifania"
consignado num trabalho de Aclyr - Catacumba de São Sebastião
Ama ra l . no Serra - Tijuca. - ver (Vi a Apia Antiga) . dos Sécs. 1 1 1/IV,
os verbetes: Esponsais e o Apên a Virgem com o Menino. - Nas
d i c e : Cronologia Biográfica. outras várias catacumbas, diversas
cenas da Anunciação e "epifânlas"
- Nos graffittos (inscrições feitas
sobre o reboco com um instru
mento pontiagudo) do chamado
CATACUM BAS (do gr. Katá = M11ro-g e Muro Vermelho, achados
para baixo + Kymbê = escava junto a Memória Petrl. nas grutas
ção) - Eram os cemitérios sub Vaticanas, entrelaçados os nomes
terrllneos de Roma, utilizados pe de Cristo-Pedro-Maria: abreviado
los p r i me iro s cristãos p ara as reu ?.laumas veze s e outr11s por ex
niões e culto, a fim de escaparem tenso mesmo. Gera lmente o no
à fúria dos perseguidores. - SI me da Ssma. Virgem está unido
tios, hoje, para a Igreja, de valor apenas ao de Cristo e noutrns V(')·
Inestimável, já pelas obras a rtrs zes com o de Pedro, p rovando que
tlcas de precioso conteúdo arqueo- em R'Jma. jó no final do Séc 1 11
- 58 -
e principio do IV no culto comu reu, não à maneira dos outros ho
nitário estavam associados o Re mens, nem mesmo à maneira dos
dentor, o seu primeiro VIgário ( Pa maiores santos que pelo Amor;
pa) e a VIrgem Ssma. - Num morreu para passar, com o seu
desses graffitos os 3 nomes estão próprio corpo, deste nosso mun
claramente unidos num brado de VI do para o M undo Superior." (cfr.
tória: Nlca [Vince] Ch[risto] Ma Bibliografia, n.• 42). - " M aria
ria Pe [tro] ou assim: NICA [Vin Ssma. morreu no amor, morreu por
citl Chr[istus] Maria Petrus. (en amor, mas sobretudo de amor, o
tre colchetes, em corpo claro, está amor foi a causa da sua morte.
a complementação daquilo que no Morrendo no amor, M a ria morreu
"graffito aparece abreviado, aqui, como Mãe dos homens. Morrendo
em itál ico/grifo) . - Nas Catacum por amor Ela morreu como Rainha
bas romanas encontramos os tra dos mártires. [testemunhas, devo
ços do culto a Nossa Senhora, pro tos Dela] Morrendo de amor, Ela
va cabal contra aqueles que acu morreu como Mãe de Deus. � a
sam a Igreja de ter " i nventado" única morte que lhe convinha, e
esta forma de promoção da Vir que podia separar a alma de seu
gem. corpo." (cfr., Bibliografia, n.• 1 0) .
v. verbetes: Assunção - Dormi
ção - Morte e Túmulo.
de amor, Ela morreu de amor. Che Título 4.•) : " Para promover a san
gada ao cume da mais i ncomprc tificação do Povo de Deus, a Igre
ensivel santidade, a sua alma de ja recomenda a devoção especial
sapegou-se calmamente do seu san e filial dos fiéis, a Bem-aventu
tisslmo corpo. O seu último SU$· rada sempre Virgem Maria, Miíe
plro foi uma aspiração de amor de Deus, que Cristo constituiu
que A levou como que natural Mãe de todos os homens . . . " -
mente até as alturas do Céu." (cfr. 5 cãnones do novo Código ( 1 230
obra supra). - "Preservada do pa a 1 234), legislam de forma gené
cado original, deveria não morrer. rica sobre santuários; mas, como
Se morreu foi, não por necessida é sabido, a maior parte deles, es
de da natureza, não por doença, palhadas pelo mundo afora, estão
não por velhice, mas unicamente dedicados a Nossa Senhora. �
- 59 -
COLIRIDIANOS (do g r . Mãe de Deus toda Santa (56)
Kohhúga = tochas) - Seita quase - Mãe Santisslma (53) - Mãe de
que exclusivamente composta de Deus e do Redentor (53) - Mãe do
mulheres, que na Trácla e Scisla, Filho de Deus (53) Mãe do Sal
vador (54) - Mãe do A e d entor (54)
-
- 60 -
7 vezes aquela prerrogativa tiio do drado amor, como está na esplrl·
gosto da Liturgia: Virgem. - Como tualidade d e S. Luiz Grignon d e
Filha é colocada em nível de ex Monfort. - Inúmeras são a s fór-
mulas ou atos de consagração
celsitude .
- E um desfile radiante,
aprovados pela Igreja (a mais re
luminoso de títulos e Invocações cente foi a de João Paulo 1 1 , por
nos mostra Nossa Senhora sob uma ocasião do Jubileu da Redenção).
auréola de sublime singularidade .
- Ao promulgar a Const. Dogmá - Bela prática que pode e deve
ser feita após o Batismo - 1.•
tica de cujo a.• Cap. extraímos es Comunhão - Crisma - 15 anos
ta Ladainha, disse Paulo VI : "É a
primeira vez que um Concílio Ecu - Noivado - Casamento, etc. -
mênico apresenta uma síntese tão Ver os verbetes: Devoção - Bra
extensa da doutrina católica sobre são Papal - Rússia.
o lugar que cabe a Nossa Senhora
no M inistério de Cristo na Igreja"
(cfr. na Bibliografia obra n.• 76).
CORAÇÃO - Se algum cora
ção na Terra ou no Céu saiu à lm&
gem e semelhança do coração de
Deus criador como Ele desejou
CONSAGRAÇÃO (do lat. con
(Gen 1 ,27), este coração foi e é,
sagrare = ato de se dedicar, se
parar, destinar coisa ou pessoa a sem dúvidas alguma, aquele que
serviço de Deus): consagração pulsa no peito da Virgem Santa .
episcopal; cerimônia de profissão Coração tão semelhante ao de Je
monástica; dos objetos e para sus que Ele, à hora da morte no
mentos retirados do uso protano;
Calvário, nô-la deu por Mãe e en
vida religiosa em comunidade (ou
não), seguindo, por voto perpétuo tregou-nos como filhos aos cuida
ou temporário, os conselhos evan dos desse coração, na pessoa do
gélicos, destacadamente: pobreza, discípulo amado: ' ' Ecce fillius tuus;
castidade e obediência. - Em sen ecce Mater tua" (Jo 1 9-26-27) -
tido absoluto somente a Deus se Duas vezes o evangelista S. Lucas
pode consagrar; entendem-se em
alude ao coração de Nossa Senho
sentido subordinado, relativo ou
restrito todo e qualquer ato de ra : 1 .' - " Maria aut em conserva
congração: à Nossa Senhora, aos bat omnia verba haec conferens in
Santos, a lugares, etc . , por que corde" ( Maria conservava todas
está com Deus, onde está Deus, estas palavras em seu coração -
que leva a Deus e Deus está neles 1 , 1 9 ) e, 2.• - " et Mater efus
e com eles. - Realiza a máxima, conservabat omnia verba haec In
o axioma, o lema: Ad /esum per corde (e a sua Mãe conservava
Mar/am, um caso específico da todas estas palavras em seu co
consagração à Nossa Senhora, es rélção - 1 9 ,51 ) Este sfmbolo da
tando dentro de todo o contexto
-
- 61
sua pessoa e virtudes; entre ou belecer no mundo a devoçao ao
tros, Sto. Ambrósio. Sto. Agosti seu Coração Imaculado, e prome
nho, S. Leão Magno, S. João Da teu a então pastorinha Lúcia, hoJe
masceno, S. G regório Taumaturgo, Relig!osa Carmcllta descnlça, pro
Sto. Efrém. - Referem-se de pre mete:� a ela (que p�rsonificava evl·
ferência ao coração transpassado dentemente a todos os devotos do
pelas espadas preditas por Sl seu coração) : "O meu coração se
meão; A S. Jerônimo se atribui rá o teu refúgio e o caminho que
estas palavras: . . . quod paes/o
" te conduzirá a Deus."
nes . in corpore Fi/li, tot vulnera In
corde Maria (quantas feridas no
corpo de Filho, tantas chagas no
coração da Mãe) - A Igreja em
sua Liturgia, os Doutores, Comen
tadores e Autores eclesiásticos
vão haurir bem longe, nas páginas
do Antigo Testamento, alusões ad CORES (Marianas) - As co
m i ráveis ao coração de Maria, res são essencialmente simbólicas.
quando, como por exemplo, lhe - Na Heráldica tem significado e
aplicam estas palavras, nestes dois valor, que obedecem regras ou câ
textos: "Ego dormia ete cor meum nones rígidos e universais. - Paí
vlgi/at (Eu durmo, mas o meu co ses, corporações, Institutos, Entl·
ração vigia, vela. - Cant 5,2), e dE.des, Grupamentos, Clubes, Fa
"Pone me ut slgnacufum super cor míl ias e até individues as usam ca
tuum (imprime-se como um sinal racterizantes, distintivas. - As
indelével sobre o teu coração -
cores identificam as bandeiras das
Cant 7,6 ) . Se com o coração ma nações, deferenciam o brasão, os
terno de toda mãe terrena isto selos, flâmulas ou estandartes,
acontece, ou seja, são vigiadoras, bem como uniformes de grupos,
veladoras Incansáveis, o de Maria facções, clubes, ornamentando
Ssme . , nossa Mãe Celeste, mes seus emblemas e escudos. - A
mo dormindo vigia, vel a , palpita, liturgia também adotou a simbo
porque não deixa um só instante logia das cores. - As "Famílias
de crepitar, isto é, arde, bate, ace Religiosas" da mesma forma, pois
so está em viva chama por nós, as Orden3, Congregações e Insti
noite e d ia. - O Santo cura d'Ars, tutos as têm bem caracterizadas,
São João Batista Vianey, agradeci· procurando também pelas cores re
do por esta vigilância de Maria, velar o ideal que os anima, im
fazia-lhe esta prece diária: ó Ma pulsiona a todos. - Nossa Se·
ria, que todas as Nações glorifi· nhora, não se sabe exatamente
quem, que toda a terra Invoque e desde quando, mas também Ela
bendiga o vosso coração." - Ao possui cores próprias e simbólicas
nosso agora Beato (e futuro Santo) como as têm os Países, as tribos
José de Anchieta, no seu poema e grupamentos. - Branco e azu l ,
De Beata Virgine. cabe a honra de estas são a s cores d e Nossa Se
ter sido o primeiro - ele que foi nhora: a cor branca é a cor da
o primeiro num mundo de coisas pureza; lirial, diáfana não existi
aqui no Brasil - foi o primeiro ria mais apropriada para represen
que cantou cerca de 6.000 versos tJr Maria, pois Ela é mais pura
em latim), em todas as Américas, que os Anjos, reflexo da Pureza
o coração de Maria. - Na aparição Eterna. - Unida a cor branca, ain·
de 13 de junho de 1 9 1 7 - mês da como de Maria, aparece a cor
de Junho dedicado ao Sagrado Co azul, claro ou celeste, lembrando
ração de Jesus - de viva voz, e, o Céu , o mór, o ho;·izon te, os
falando em português (que honra olhos das criancinhas. - Condiz
e ventura para nós de Portuga l , do admiravelmente com Nossa Senho
Brasil e ex-colônias lusas na Afri· ra, pois a cor azul também aponta
ca ! ) , a própria Virgem pediu esta- a inocência, a tranqüilidade, a man-
- 62 -
sidão, a amabilidade. - Vestida Senhora a uma veneração toda
de azul e branco é que Ela nos singular: llyper, gr. = além e, mai s .
tem visitado: Paris, a Catarina La acima + dou/é/a == veneraça o) . -
bouré: Lourdes, a Bernadette Sou· Dentro desse contexto são apon
birou s : e m r-ãtima. a Francisco, tados as diferent es modalid ades.
Jacinto e Lúcia (esta última ainda os tipos de culto :
entre nós). - Azul e Branco, co
res de Maria, nas bandeiras das - Culto profético, tol aquele tri
Associações. nas flores enfeitan butado à Virgem mesmo antes
do seus altares nas centenas e dela existir, quando o profeta
centenas de Santuários; nas fitas, Elias viu naquela nuvem que
emblemas, escudos, d isti ntivo das surgia do mar Aquela que tra
Confrarias, Irmandades, Associa· ria o Messias prometido, e, no
ções e Academias espalhadas mun Monte Carmelo (do Carmo),
do afora. - Azul e Branco, cores venerou-se por vez primeira
do Céu, cores de Maria. Nossa Senhora.
- 63 -
Quanto aos tipos ou categorias "a verdadeira devoção a Maria de
de manifestações do culto o Cone. ve levar os fiéis a reconhecer a
Vat. 11 enumera 4: Veneração - excelência da Mãe de Deus, e ter
Invocação - Amor e Imitação. - um amor fil ial e Imitar suas vir
Inclui em Veneração, de modo pre tudes ( . . . ) Maria é modelo nAo
cípuo: na Liturgia as Preces Euca tanto pelo tipo de vida que le
rísticas e a celebração de várias vou ( . . . ) ou ambiente em que de
festas oficiais de Maria que lem senrolou sua existência, mas por
bram dogmas marianos, bem como que nas condições concretas da
passagens da vida de Nossa Se sua vida, Ela aderiu total e res
nhora que estão intimamente liga ponsavelmente a Vontade de Deus.
das a Cristo; e , também, as pere (cfr. Ex. Marialis Cultus, 35, de
grinações. - Em Invocação situa Paulo VI) ; modelo porque reuniu
-se a Ave-Maria, sobretudo em sua em si as características da vida
2.• parte, sendo a i nvocação ma feminina: VIrgem, esposa e mãe.
riana mais universal no tempo e Virgem de opção corajosa do amor
no espaço, conseqüentemente, o consagrado. Maria é modelo por
Rosário: na mesma linha de I nvo que mulher forte na pobreza, no
cação Incluem-se as ladainhas, os sofrimento. - 10 modelo de ora
hinos e antífonas. - Em Amor e ção." (cfr. art. do Pe. João Edu
Imitação encontra-se o cerne, pois dos Santos, SSR ) .
- 84 -
D
DEVOÇOES -A meihor for Senhora, co;n 7 seqüêrrcias de 7
ma de devoção é a imitação; sem Ave-Marias. Há as de 5 do lm.
Imitação não há verdadeira devo Coração de Maria e até de 3. Mo
ção. O autêntico devoto de Nossa dernamente dizem-nas " m i ni-terço".
Senhora é aquele que Imita as vir - V. verbete.
tudes Dela em práticas e exercí
cios onde sobressai aquela Fé que • Escapulário (do latim sca
Santa Isabel elogiou em Nossa Se pula = ombro) - Panos que, pas
nhora por ter acreditado e que sando pela cabeça se apóiam, des
o próprio Jesus também louvou cansam nos ombros à guisa de
quando disseram-na fel iz por tê-lo manto ou capa. - Usam escapulá
gerado e amamentado. - Em or rio, por exemplo, os Carmelitas e
dem alfabética seguem-se as de os Beneditinos (inerente ao há
voções mais universalmente difun bito monacal). - Os fiéis usam
didas: numa forma reduzida: tiras de pa
no ou cordões com as imagens d a
e Angelus - dito também as Virgem e de Cristo nas extremi
Ave-Marias, prática cujas origens dades. - V. verbete.
se perde nos séculos. V. verbete.
a Hora Mariana - Com a mes
e Autos de fundo catequé
-
ma nomenclatura da Hora Santa
ticos, são encenações oracionais, ao Ssmo. Sacramento, pode resu
dramatizações ou paraliturgias abor m i r-se a 30 ou 1 5 m i nutos de vi
dando episódios bíblicos da vida sita ao altar da Virgem em San
de Nossa Senhora ou enfoques de tuários famosos e mesmos em igre
suas virtudes, glórias e prerroga jas ou capelas comuns. M uito se
tivas, como a coroação, no mês recomenda a a lunos de colégios
de maio. onde haja capela, a doentes em hos
pitais que também possuam ca
e Cenáculo com Maria - Ma pela e penitenciárias - Muitas Or
nhã ou tarde (mais comumente o dens ou Institutos Reli giosos a
dia inteiro) de práticas marianas: têm incluída como parte integrante
palestras, Terço meditado ou o cha do horário regulamentar. - Nada
mado "bíblico". cãnticos. caixa-de obsta a que, Individualmente, até
-perguntas, encenação etc. - Ins mesmo em casa, se proceda a es
pira-se nas " locuções interiores" ta salutar prática. - E existem as
do fundador do Movimento Sacer programações radiofônicas (na Rá
dotal Mariano, Pe. Stefan (Este dio Vera Cruz, no Rio, Luiz Anesi e
vão) Gobbo. - V. verbete: Mov. Homéro Bruce foram pioneiros) ou
Sac. Mariano. de TV com este título, geralmente
e Consagração - � o ato ou às 18 horas.
prática que sintetiza todo o culto
mariano; submissão, entrega to e Ladalnha(sJ - Série de 50
tal e perene à Virgem a Serviço da invocações que geralmente se can
Igreja. V. verbete. ta nas grandes festas marianas,
em latim ou vernáculo e datam de
• Coroinhas - Variadas for tempos !memoriais (séc. 111). -
- 65 -
seqlienclals: Nome - Ml!ie (nos nas - Prima - Tere/a - Sexta .......
66 -
• SeptenArfo elas Dorés - A de finição solene d o magistério d a
coroa ou "Coroinha" de N. S. das Igreja. - Referentemente à No::;sa
Dores é uma forma de devoção Senhora já temos 4 definidos, di
Idêntica ao Rosário/Terço em sua tos também na linguagem corren
constituição material e oração: ca te, privilégios, prerrogativas ou co
dela de 7 continhas e uma um pou roa de glórias.
co maior. para recitação meditada
em memória das dores de Nossa e Maternidade divina - O
Senhora (existem outras). mais antigo dogma mariano, defi
nido no Concílio de Éfeso, cidade
e Três Ave-Marias - De acor da Asia, no séc. V 22 de junho,
do com reve lações fe i tas a Santa
-
- 97 -
e Imaculada Conceição Exi lnlnterrupta da Cristandade· e das
lições dos Padres da Igreja o a.•
-
- 63 -
crido. - "O fundamento da me htf 2.000?" - Como não existe
diação de Maria é a corredenção, nenhum assentamento histórico
I . é . , a sua participação ativa na quanto ao dia, como de resto nem
obra da salvação. Por outro lado, do lugar (até mesmo nem quanto
a corredenção é rigorosamente um aos pais, e temos que nos valer
aspecto particular da Mediação, ou de fontes extrabíbl lcas), o jeito
seja, da cooperação da Ssma. Vir é conjecturar, o mais posslvel es
gem com Deus". (cfr. na Biblio tribando-se em dados, costumes e
grafia obra n.• 4). - De especial tradições. E é pelo nascimento d e
menção duas passagens bíblicas Cristo q u e se chega, senão rigoro
aludidas por Pio XII na enc. Mystici samente certo, mas com pequena
Corporis: "cedendo ao pedido d e margem de erro. ao de Maria, pres
sua Mãe, o Filho fez um milagre cindindo-se do engano do monge
para que os discfpulos acreditas centro europeu Dionlslo, o Pequeno
sem Nele." (AAS 45, 1 933-382). E (t 550) :
na Jucunda Semper o Papa maria
no escreve, referindo ao cenáculo,
no Pentecostes: " Lá estava Maria, - Ela, com precoce uso da razão,
orando com os Apóstolos e com foi entregue no Templo, com 3
as suas lágrimas e desejos, acele anos de idade, segundo a tra
rava a vinda do Espírito sobre a dição;
Igreja, o Consolador, o dom su
premo de Cristo, o tesouro que
não tem preço." (cfr. J. B. Caro!
Mario/agia, BAC, pág. 4 1 ) . - So - Deixou o Templo após 1 2 anos
bre a mediação o Concílio Vati de nazariato, portanto, com 1 5
cano 11 tem fartfssima achegas: anos;
Lumem Gentium n.• 60, 62, 63, 64 e
65; Sacrosanctum Conci/ium, n.•
1 03 ; Presblterorum Ordines, n.• 1 8 . - Foi esposada por S. José (noi
Aposto/icam Actuositatem, n.• 4 ; va), recém-saída do Templo, jo
e Ad Gentes, n.• 42. vem dos seus 1 5/ 1 6 anos;
69 -
mo: quem de 2.000 tira 1 985, fica culada a assunção corpórea. -
1 5 . Portanto, Nossa Senhora tinha Conselho, cantamos na Ladainha a
1 5 anos quando nasceu Jesus; mais Invocação que diz tudo: Mater
um ou dois anos há de se admitir Bani Consi/:i. A quem outro, mais
nesta cronologia sem qualquer pre e melhor do que Maria aplicar o
tensão científica, mas apenas de que se lê na Escritura?: A reflexão
cálculo aproximativo e h ipotético, te guardará, e a prudência te con
baseado no que apontou o Papa servará. (Prov. 2,1 1 ) - A Fortaleza
João Paulo 1 1 , sublinhando para a já tivemo-la sob enfoque como 3."
efeméride dos 2.000 anos do nas virtude cardeal (ou moral). O Card.
cimento de Cristo (Início do 3." lépicier escreveu: "Esta graça
Milênio da Era Cristã) um "grande [Fortaleza] se tornará inabalável,
Advento", Advento mariano tam qual rocha batida por tempestuoso
bém. - Ver Verbete: Advento ma mar, e fará com que Ela [Maria]
riano. repense em Deus, qual criança nos
braços maternos". - A Ciência é
aquele dom, é aquela graça espe
DOM - Desde a princípio das cial e valorosa que nos faz julgar
coisas Deus cumulou Maria de sin com retidão, com conhecimento
gulares dons, sendo Ela mesma pleno as coisas criadas nas suas
precioso dom de Deus (presente) relações com Deus; não é a ciên
para a Human idade. Ver este sub cia teológica, não é a ciência filo
verbete em Antigo Testamento. sófica, méls é aquela chamada
ciência dos santos, que Maria te
ve em grau emi nente, I . é . , o apre
ço das coisas divinas. - Quanto
DONS DO ESPIR ITO SANTO ao dom da Piedade não existe pro
(em Maria) - Define-se : hábitos
tótipo mais fiel e acabado do que
sobrenaturais que transmitem às
a Vi rgem Santíssima; sendo o
faculdades da alma doci lidade, en
aperfeiçoamento da Religião, pela
trega, abandono, levando-a de pron
prática dos atos devotos. E Maria,
to, às aspirações da graça. Dife
revela-nos a tradiçfio, desde meni
rem essencialmente das virtudes :
na prática da virtude, a graça abri na, interna no Templo aos 3 anos
ga a ação, a atividade (sob o In de idade, acordava não uma ou
fluxo da prudência) ; contrariamen duas, porém. 3 vezes à noite para
te, os dons (tendo o exercitante atos de piedade, afora aqueles que
alcançado certo desenvolvimento), procedia ao correr das horas ma
exigem doc i l idade, e não tanto ati· tinais e vespertinas. - Finalmente,
vidade exterior. - Os dons aper se chega ao 7." dom : Santo, amo
feiçoam as virtudes teologai s . - roso, Temor de Deus: " G rande,
Estes dons foram concedidos a sim, foi o temor de Maria, - es
Maria sem medida, de forma i l imi creveu o Pe. Gabriel Roschini -
tada (a nós também. d e modo in mas não foi de nenhum modo ser
comparavelmente inferior, o foram vil ( . . . ) que castigo podia Ela te
no Batismo) : Sabedoria - Enten mer? Na Virgem Ssma. nem ao
dimento - Conselho - Fortaleza menos houve propriamente aquele
- Ciência - Piedade - Santo te temor chamado casto (considera a
mor de Deus. - Como nenhu possibilidade e o perigo de perder
ma criatura. Maria teve o co Deus pelo pecado, pois sabia que,
nhecimento das coisas divinas, não por uma assistência do Espírito
por via de raciocínio, porém, por Santo, não podia perder a graça);
meio do saber (sabedoria) Infuso por isso, o temor de Maria, asse
dado à sua condição. - No que se melhava-se ao temor que a pró·
refere ao Entendimento, manifes pria alma de Jesus sentiu, um
tou-se em Maria a Intima harmonia temor reverencial, originado por
das verdades reveladas, assumidas, vivíssimo sentimento da infinita
vividas desde a concepção lma- majestade de Deus e do seu In·
- 70 -
finito poder." (cfr. Bibliografia, obra ma tradição denomina o trânsito, o
n.•s 1 e 2). - V. Verbetes: Alma passamento da Virgem (e não
- Graça - Carisma - Virtudes. morte). - Pelo menos não como
a vemos e entendemos, se de fato
DORM IÇAO - Cerca dos anos houve morte. - São João Damas
56/58 d. C., estando, pois, a Ssma. ceno em seu "2." sermão sobre a
VIrgem pelos seus 72/75 anos Dormlção" aventa a possibilidade,
( 1 2 / 1 5 após a Ascensão) é que a não acontecência da morte como
maioria dos autores colocam o ter nós a sentimos e temos: " . . . co
mo do "decurso de sua vida ter mo a devoraria a morte? Como
rena". - Ora em Jerusalém, ora a receberia as profundezas da ter
em �teso, sob a guarda carinhosa ra ? que poderia ousar a corrup
do Apóstolo e Evangel ista S. João, ção contra esse corpo, que rece
a quem Jesus incumbira dessa mis beu a Vida? Todas essas Idéias
são honrosa: " ecce Mater tua repugnam, e são de forma estra
(mais que missão honrosa, legado nha à alma e ao corpo d'Aquela
precioso). - Ele, João, é quem que levou o seu Deus". (cfr. na
melhor que ninguém nos poderia Bibl.ografia, obra n .• 9). - Embora
ter dito como foi a morte de Nos não tenhamos, por não existir de
sa Senhora; mas nada deixou. - fato historicamente, "qualquer do
Do ponto de vista físico-biológico cumento real e autêntico, nem de
é aceito que o final da vida de tradição uniforme e I ncontestável
Maria Ssma. não foi como o de sobre a época e ci rcunstâncias d a
qualquer outro mortal, não morreu " dormição" d e Maria (cfr. Biblio
Ela (se é que morreu) exalando o grafia, obra n.• 9). autores e artis
chamado "último suspiro", mas tas nos brindam com bastante Ilus
quer-se que tenha tido um sono di trações que saciam nossa curiosa
ferente, a dormitio, ou seja, " ador piedade. Ver os verbetes:
mição." - � assim que remotissi- Assunção, Morte - Túmulo.
- 71 -
E
ECUMENISMO - "Per Marlam tem os primeiros Concílios, eviden
ad unitatem omnium In Chrlsto" temente o de �feso, d'onde emana
(por M aria à unidade de todos em todo o fundamento da mariologia:
Cristo) - Este é o lema, a ban maternidade divina; porém, um
deira, o estandarte, ou, como que, imenso leque de não aceitação lo
o marco, o balisamento que o fa go se abre. - E eis que o sau
lecido Card. Agostinho Bea, S.J. doso Papa João XXIII nos dá co
- Presidente do Secretariado para mo que uma receita, um roteiro,
União dos Cristãos - apontou no um balisamento: "Sublinhar o que
Prefácio que redigiu para o 7.• Vo une os homens e andar com eles
lume da Enciclopédia Mariana; diri todo o caminho que pode ser an
gida pelo Pe. Hubert du Manoi r, dado, sem prejuízo das exigências
S J. - (da tradução do Pe. Valé da Justiça e dos direitos da Ver
ria A lberton, S J . e Síntese do dade." - A esta verdadeira posi
Pe. Geraldo Rocha, S. J . , valemo ção encontramo-la no Apóstolo das
nos para feitura deste verbete) - gentes: � praticando a verdade na
Não é fácil harmonizar a piedade caridade que cresceremos em tudo
marial/marlana autêntica e o an Naquele que é a Cabeça. o Cristo
seio por um ecumenismo também (Ef 4,15) que no-IA deixou, Ma
autêntico. � preciso conhecimento ria, como Mãe (ecce Matar tua,
h i stórico e dogmático da Doutrina - Jo 1 9,26) e o discipulo amado
Cristã, da piedade marlal/mariana a levou para casa ( 1 9,27). - Te
e das divergências de nossos esti mos que ajudar nossos estimados
mados " i rmãos separados". - O " i rmãos separados" a entenderem
marianismo propugna doutrina e nossa devoção mariana, e o faça
práticas de sérios entraves no pro mos com sincera honestidade -
testantismo; isto já não acontece este é o verdadeiro espírito ecu
tanto com os ortodoxos (ditos tam mênico-mariano, ou vice-versa; ter
bém cismáticos), cuja doutrina so sempre em mente as dificuldades
bre Maria Ssma. se assenta nos e susceptibilidades de nossos es·
SS. Padres Gregos, e divergem em timados " i rmãos separados", sal
algumas partes ou pontos no acei vo, também sempre, e sobretudo,
tar, in totum. as definlcões do Pa a fidelidade à Verd3de fos escritos
p a : l mac. Condicão. As s u nção, etc. dos SS. Padres, dos Doutores da
- A dificuldade aqui neste caso Igreja, anteriores à divisão do ca·
72 """'
ja (e o Concilio Vat. 11 fê-lo da que o título sublime de nada lhe
modo admirável na Lumen Gentium, teria valido, se não houvesse sido
cap. 8.'), onde ressalta a sua po boa e fiel. (Crlsótomo) Maria deve
sição e papel central na Obra da ser glorificada pela sua altisslma
Redenção, destacando a posição dignidade, sim, porém mais ainda
única e exclusiva de Cristo Media pela sua virtude l natlnglvel e pelos
dor, que no-IA dá como Advogada I nsignes exemplos de aceitação
à serviço da Humanidade. - Ma heróica da vontade de Deus. Obe
ria, obra perfeita da Redenção, vi decendo às palavras de Jesus, es
rá em auxílio do nosso sincero tabelecP com Ele um vfnculo espi
esforço junto aos nossos estima ritual superior ao de sangue." (Pe.
dos "Irmãos separados" e na leal Matos S0ares, Nota aos VV 27/28
aproximação deles, no que então, de Lc 1 9)
de fato se pode chamar: ecume
nismo. - Per Mariam ad unitatem
omnium in Christo". V. verbete : ESCADA DE JACó - Símbolo
Cone. Vat. 11. ou figura de Maria que de maneira
especial nos l iga da Terra ao Céu ,
J:FESO - Cidade, na Asia Me sendo como grande e bela esca
nor acidental, situada na foz do da. - Ver este subverbete em
rio Caístro. - Possuía, entra ou Antigo Testamento.
tras atrações, a 7. • Maravilha do
Mundo antigo, o Templo Artemi
sion, onde a deusa Artemis era ESCAPULARIO (do latim sca
cultuada; tinha cerca de 50 m de pula = espaduas, ombros). J:, den
largura e 80 de comprimento, e tre as devoções marianas, (pre
perto ficavam os prédios do Gi ciosíssimo sacramental), das prátl·
násio, o Estádio (Campo de corri cas mais difundidas , como o Rosá·
das). o Teatro (com 24 mil lugares rio/Terço e Medalha Milagrosa (Isto
sentados), a Biblioteca, o Mercado se faz há 7 séculos). - Consiste
e o Forum. J:feso era famosa pe n o uso do hábito religioso dos
los seus magos ( = astrólogos mis Carmelitas em forma reduzida r abl·
turado com sábios e adivinhos). S. tino del/e Madonna, dizem os Ita
Paulo em sua 3.' Viagem apostó lianos). - Nossa Senhora mesma
lica aí esteve pregando (cfr. carta foi Quem o deu a São Simão Stock,
aos efésios), onde encontrou dis em aparição de 1 6-7- 1 251 , e com
cípulos de João. - J: muito citada põe-se de duas bandas de pano,
nos Atos (a Igreja de J:feso e lou caídos sobre ombros, após passar
vada por Sua ortodoxia). - Rela pela cabeça (nos Religiosos des
tivamente à Nossa Senhora, foi aí, ce até o tornozelos qual veste ta·
no 4.' Concílio Ecumênico (6 a 22 lar) ; ainda mais reduzidamente,
de junho do ano 431 ) . que Maria são duas peças de tecido de linho
foi proclamada " Verdadeiramente ou lã, de cor marrom ou· preta,
Mãe de Deus" (Theotókos), pri atadas por dois cadorços ou fios
meiro dos 4 dogmas marianos que ou cordões de qualquer cor (uma
foi definido. - O povo levou os das partes vê-se a Imagem de
Bispos em triunfo pelas vias, com Nossa Senhora do Carmo); - não
tochas, durando dias as celebra é necessário tocar na pele (dec.
ções. - J:feso é uma das cidades 1 2-2-1840). - O escapulário não
que reivindica ter sido o lugar on é de Invenção deste ou daquele
de houve o trânsito de Nossa Se Santo, Papa, teólogo, mas foi dado
nhora, pois alega-se que S. João a por Maria Ssma., pessoalmente, a
levou para a í, onde viveu algum São Simão Stock, como poderosa
tempo no período da 1 .' persegui arma pacífica contra os inimigos
ção à Igreja. - mormente o demônio - ao ser
Ela i nstada a " mostrar-se como
ELOGIO - (Jesus) " Não re Mãe" (naqueles tempos a Ordem
pudia a própria Mãe, mas afirma Carmelltana era perseguida no
Oriente pelos sarracenos e, no em Roma (lg. de Santo André
Ocidente coberta de calúnias e ve "delle Valle, dos PP. Teatlnos. -
xames). - Passados 70 anos a Denominam também "Branco" o
Virgem apareceu ao Papa João Escapulário da Ssma. Trindade (pro
XXII e reafirmou todos os favores pagado a partir de 1 200) . - O cha
dados a esta Insigne prática, acres mado "Vermelho", divulgado em
centando-lhe o chamado priv:/égio 1 847, é o mesmo conhecido como
sabatino: os Religiosos da Ordem "Rôxo", se deve a uma aparição
e todos a ela agregados que fo de Nosso Senhor a uma Irmã da
rem para o Purgatório serão livres Caridade de S. Vicente de Paulo,
logo após a morte, "porque Eu acontecida na 8.' da festa do Fun
descerei do Céu para o meio dador, em 1 845). - r: divulgado
deles e os conduzirei para a pelos PP. Lazaristas e a sede é :
feliz habltacão
· dos bem-aventu rue de Sevres, 9 5 - Paris. O d e
rados". - Obviamente só terá N . S. das Dores, dito "Negro", di
d i reito a este privilégio aquele vulgado pelos Servitas ( 1 255); o
que observar estritamente, segun escapulário "Azul" da Imaculada,
d o suas forças e empenho. as con concedido em 1 691 e 1 7 1 0 (em su
dições. prescritas. a começar por IT' A , é o mesmo dos Teatinos) -
tê-lo recebido dum sacerdote au Existe ainda o Escapulário Verde
torizado para benzê lo e lmoõ-lo. - (para os doentes) dos PP. Cami
São incontestes as aparições da lianos (S. Camilo foi congregado
Virgem a São Simão Stocl< (os Pon mariano). Ver o verbete Sábado.
tífices João XXI I . em 1 3 1 6 e Boni
fácio XVI , deram-na como verda ESCOTISMO (Mariano) - O
deiras) e. em bula de 1 322. o Papa sistema educacional/vocacionista
João XXII reafirmou aquela na qual do inglês Sir Baddem-Powel, com
foi personagem. e , depois dele, 50 pleníssima aprovação e bênçãos do
pontífices examinaram e aceitaram Card. D. Jaime de Barros Câmara,
tudo como certo. - Leão XIII con teve nas Congregações Marianas
cedeu à Ordem o chamado Perdão da Arquidiocese do Rio de Janeiro,
do Carmo, I é . . indulgência plená um surto dos mais benéficos, com
ria idêntica àquela mariana conce inicio na década de 50, quando,
dida aos PP. Franciscanos (a pe em pouco tempo os Grupos cujos
dido de S. Francisco de Assis a mantenedores eram os sodalícios
Nossa Senhora ) . dita Porciúncula marianos distíngülram-se pelo ades
( = po;ção pequena). que os fiéis tramento e disciplina. - Os Che
podem lucrar toties quoties. ou s� fes dessas tropas foram solicita
ja, todas as vezes que, cumprindo dos para ajudar a Assistência Reli
llS condições. visitllrem uma Igreja giosa - Clã Paulo de Tarso (no
ou Casa de Ordem. no dia 16 de Convento de Sto. Antonio), lança
julho. - Ou tros tipos de escapu ram o bolatim ARCA e empen'la·
lários existem: a Escapulár.o da ram na editoracão do livro A Gran
lmac. Conce r.iio. historicamen•e de Pista, de Frei Anselmo Vilar,
conexo às Religiosas Teatinas, de OP. - As 4.' e 5.' Assembléias
Nápoles. fundadas pela Venerável Nacional de Dirigentes Marianos
ú rsula Benincasa (Nossa Senhora (S. Paulo e Curitiba) aprovaram
apareceu lhe em 1 6 1 6). Na apari Conc.'usões onde se sugeria a ado
ção a Maria Ssma. estava vestida ção do sistema como ótimo meio
de azul e branco, cercada de um para vivificar as "seccões de me
coro de Virgens também de bran nores" (o que ainda hoje é plena
co, com o M enino Jesus nos bra mente válido), já que constitui
ços; úrsula foi mandada, com mais grande atração para os jovens (mé
32 Irmãs, também vestidas de bran todo que a época dizia se "cano
co para uma ermida, e ali entregou niz1ldo" nor 3 qrand"!s Pnntifices:
-lhe o escapulário conhecido com o Bento XV, Pio XI e João XXI I I ; este
nome de "Branco". A Confraria redigiu belíssima oração escotelra
d o Escapulário Branco é sediada à Ssma. Virgem). - Daquelas
- 74 -
tropas (Grupos) marianos ainda meteram-se ao que se estabelecia.
funciona com grandes resulta Nos apócrifos lê-se mais ou me
dos -- após 30 anos -- por nos assim : chegara a idade em
especial graça, o Medianeira (da que Maria, após 1 2 anos de na
C. M. dos Passionistas) , cujo len ziriato no Templo de Jerusalém
ço, azul e branco, traz o emblema (entrara com 3 anos), ao que pa
mundial do movimento mariano rece agora órfã, precisava consor
com a 'flor-de-lys" dos escoteiros. ciar-se. O Sumo-Sacerdote de en
-- O grande incentivador -- Frei tão (Abiatar? Zacarias?) comunicou
Daniel, ofm., com diversos cursos todas as 12 tribos de Israel e,
de campo, Inclusive da lnslgnia da dentre elas, foi sorteada a de Ju
Madeira, com o mesmo empenho dá. -- Desta apresentaram-se di
Idealista se dedica, hoje, aos le versos candidatos, inclusive o jo
prosos em Venda das Pedras (NI vem aprendiz-de-carpinteiro José.
terói). -- Rito ou cerimônia inusitada: o
Pontífice solicitou aos candidatos
ESPIR ITO SANTO -- No Novo deixassem durante 3 dias seus
Test. três são as circunstâncias bastões sobre o altar do Santo
em que. de forma claríssima. o dos Santos ; aquele bastão que flo
Espírito Santo é aludido respeitan risse, o seu dono fora o escolhido
temente à Maria Ssma.: 1 .') na por Deus. No dia e hora apraza
obtenção do fiat. quando Ela é es dos, do bastão de José brotaram 2
clarecida por S. Gabriel : "O Es lírios, sinal de sua eleição para
pírito Santo descerá sobre ti . . . " desposar Maria. -- O ato. reves
( Lc 1 .35) no que insistiu S. Ma tido de esplendorosos ritos e ce
teus ( 1 .18). -- 2.') quando o anjo rimônias pomposas, jii teve o pin
cessa a angústia de S. José: "Jo . cel dos mais célebres ointores, Ra
sé. filho de Davi. não temas re fael. Sarzio. Fra Angéli c o (este com
ceber em tua casa Maria, tua es processo de canonização instaura
posa. porque o que Nela foi con do) , Caroáccio e tantos outros
cebido é (obra) do Espírito Santo." mais, a fixar este momento de Céu
(Mt 1 ,20). -- 3.') Mais discreta, na Terra. não descrito nos c::�nõni
porém não menos direta é aquela cos e sim nos aoócrifos. -- Segun
quando da manifestação no Cená do o pesquisador mariano André
culo de Jerusalém. com Maria pre Damino, "em Perúsia quarda-se o
sidindo a oração comunitária: " anel que José pôs no dedo da V i r
perseveraram unanimemente em gem: é um circu1o de amP.tista so
o•r>r�i'io. r:nm as mulheres. e com bre o qual ec;tão gravad::�s duas
Maria, Mãe de Jesus ( . . . ) Quando flores semldesabroch�das". (cfr.
se completaram os dias do Pente na Bihlioqre'ia, obra sob o n.• 34).
costes ( . ) Aoareceram-lhes re -- A Festa dos esponsais de Nos
partidas uma como l ínC)uas de foqo sa Senhora com S. José celebra-se
( ) Foram todos cheios do Es a 23 de janeiro.
pírito Santo . . . " (At 1 .1 ; 2 1 -4).
-
-- 75 -
EXERCfCIOS ESPIRITUAIS - presença de Maria, I . ê . , essas pas
Conhecidas são as práticas espirl· sagens históricas, contrastam com
tuais ditas Retiro Fechado, forma a sua direta intervenção através
de referir-se aos Exerclcios Espi d'outra forma ou aspecto; e eis
rituais, criação de Sto. Inácio de então o, 2." aspecto) sua "presen·
Loyola ( d e 30 dias, de 1 5, de 8 e ça" inclui-se, em particular, quer
até mesmo, resumidamente, de 3 movidos pelo nosso amor, no de
dias). � "um conjunto sabiamen correr das meditações, quer de
te ordenado de meditações, de modo especial no "tripllce coló
exames diário de consciência, de quio" proposto no fim de certas
emprego de certas regras e téc· meditações. Se na 1 .' Semana
n icas psicológicas, objetivando a Ela não "aparece" como objeto es
que " encontremos" a Jesus, orde pecífico de contemplação (não é
nemos a própria vida, a fim d e mencionada na meditação n.• 63),
que haja uma entrega mais gene el-la, porém, no primeiro colóquio:
rosa a Cristo: Conhecendo-o mais, Mãe Medianeira Imaculada das
amando-o mais, imitando-o mais; graças básicas necessárias para
tornar-se "atleta de Deus" e " Ca uma consagração total da vida. TI·
valeiro de Maria. (cpd José Casei vemo-la tão presente nas contem
ra) - � um verdadeiro balancete, plações. "Encarnação" (n.• 109) e
balanço espiritual de nossa vida, na "das Bandeiras" (n.• 147); Ela
após um ano de desgaste. - Em aparece para a glória do Reino
toda a extensão dos Exercícios a Eterno e como "Coração da Igreja",
"presença" de Nossa Senhora se pois Mãe de Jesus e Mãe da Hu
faz sentir, sob dois aspectos - manidade. � plenamente válido,
não em si coexistentes, mas, in· portanto, recorrer a Nossa Senho
timamente relacionados um ao ou ra, espontaneamente, levados pela
tro; t.• aspecto) a presença de devoção que a Ela, individualmen·
Maria quanto ao histórico dos fa te, o "exercitante" consagra. E
tos evangélicos, tornada como Nossa Senhora "aparece" sempre
que o elo dos acontecimentos: nos pontos mais críticos, nos mo
contemplação do " mistério da En mentos mais difíceis dos "Exer
carnação" (2.' semana, n.• 1 09) ; cícios". (cpc/ Pe. Pancráclo Dutra,
" mistério da infância", "permanên· S. J.). - As Congregações Maria
c i a do Menino no Templo"; o " en nas se deve, Inegavelmente, no
contro do Filho. por Maria" (idem, Brasil, a divulgação dos "Retiros
n.• 1 35) - Os " M ilagres", com Fechados, s "gundo método de Sto.
destaque para o primeiro - Bodas Inácio. - Desde a década de 30
d e Caná - realizado por inter a prática começou, com os " reti
cessão de Maria; presença global rantes" usando as casas dos je
no " M istério Pasca l " : Stabat Ma suítas, em Nova Friburgo, Rio e
ter, no Calvário, junto da Cruz; Niterói.
M a ria entregue a João como mãe
que a levará para sua casa ( n .•
297) ; Mater Dolorosa, que recebe EXI:RCJTO - Comparada a um
o corpo do Filho para o sepulta exército em rorma de batalha, Ma
mento (n.• 208) ; anúncio da apa ria é a vencedora das forças do
rição de Jesus ressuscitado à sua demõnlo. Ver este subverbete em
mãa (4.' semana, n.• 2 1 8) .
- Essa Antigo Testamento.
--- 76 ....;.
F
FATI MA (do árabe Fatama (ver do. No Rio de Janeiro, o Santuário
bo fatah?) = fecunda, tb. a esplên de Fátima, sob os cuidados do Pe.
dida, ou, a que deixou de ser Antonio Lemos , transporta-nos,
amamentada. - No português an mormente em maio e outubro, ao
tigo: Fatema. - Nome da filha de de Portugal. - V. Verbetes: Lúcia
Maomé e mulher do primo dele, - Francisco - Jacinta - Apari
Ali (4." Califa). - Embora a pro ções. (Videntes).
ximidade com Maomé e Ali, era
pobre, humilde e religiosa, tipo FESTAS - Já se disse que o
Ideal de virtudes femini nas pela Calendário das festas da Igreja é
inocência. - Muito estimada en como que a moldura de nossa vi
tre os muçulmanos, talvez por in da; acende luzes, i lumina os ca
fluência do culto à Virgem Maria. minhos, d i reciona as jornadas,
- Devido ao comércio e navega aponta as fontes de irrigação, em
ção o nome "aportou à lusa terra", suma, por elas, as festas de Cris
sendo denominação do sítio que to, dos anjos, dos santos, dos már
dista 25 km de Lisboa, diocese tires, dos confessores, das vir
de Leirla. Devido as aparições da gens marcamos o ritmo do nosso
VIrgem ali verificadas em 1 9 1 7 é caminhar espiritual. - E, como
o centro de peregrinações mais não podia deixar de ser, Nossa
concorrido de Portugal, e dos mais Senhora foi inserida neste painel
visitados do mundo. Muito como a principl,ll estrela; associa·
aquinhoado pelos pontífices con da na economia da redenção como
temporâneos, que, entre outros fa foi , por Deus, quis este mesmo
vores e privilégios, visitaram-no Deus, e também a nossa devoção,
pessoalmente: Paulo VI, em que Ela se nos apresente fulguran
1 3-5-1967 cinqüentenário da 1 .' apa te e esplendorosa. - Com as re
rição, e, João Paulo 1 1 , em 1 3-5-82 formas na Liturgia (Misterii Pas
para agradecer o mi lagre de esca cha/is, 1 4-2 - 1 969, de Paulo VI
par do atentado de que foi alvo na (Sacrosanctum Concilium) ficaram
Pr. S. Pedro, um ano antes, no dia apenas 13 celebrações festivas de
13, - A imagenzinha que se ve Nossa Senhora, d i stribuídas em 3
nera na "Capela das aparições", Solenidades (nome que passou-se
onde está a azinheira onde a Vir a dar ao que se dizia 1 .' classe),
gem pousou os pés, foi coroada 2 Festas (eram as 2.' classe), 4
com diadema de ouro por Pio XII, Memórias (obrigatórias) e 4 Me
através do seu legado: a d /atere, mórias (l ivres ou ad libitum) :
Card. Bento Aloisi Mazela (ex-Nún
cio Apostólico no Bras i l , e, con - 1 ." d e janeiro - Ssma. Mãe de
gregado mariano, como Pio X I I ) . - Deus, Maria (Solenidade), des
O Pontífice mariano, Pio X I I , pelo de a mais remota antigüidade,
Breve Luce Superna, outorgou o tí todos os ritos e liturgias co
tulo de "basílica menor" a Igreja memoravam em suas anáforas
do Santuário, "pro peculiar/ Nostra e festas natali nas a Mãe d e
pletate erga Beatem Mariam Virgi Deus (Theotókos). - A Igreja
nem a Fátima". - No Santuário colocou o início dos 365 dias
estão sepultados os corpos de do ano, abertura do calendário
Francisco e Jacinta Marta, com civi l , sob a proteção da Mãe
processo de canonização tramitan- Celestial, transferindo a festa
- 77 -
da maternidade divina de M aria - 16 de Jul h o - N ossa S enhora
que se celebrava a 1 1 de ou do Carmo (Memória livre) - A
tubro. rigor, a mais antiga festa ou
comemoração à Virgem Ssma.,
pois 900 ANTES de Cristo, os
Nota - A comemoreçilo do dia 2 eremitas do Monte Carmelo
de fevereIro, que se chamava Festa (carmelo, abreviatura ou corrup
da Purificação de NOS99 Senhora, bem tela de Carmo) prestavam "cul·
como a do dia 25 de março. Anun· to profético" à futura Mãe do
claçlo de Maria, passara a ser de Messias, Redentor do gênero
Cristo: Apresentação do Senhor e humano, que Sto. Elias simbo·
Anunciação do Senhor. sem que per lizara na núvem que viu er·
dessa. é óbvio, a acontuaçilo ou as guer-se do mar e alargou-se so
pecto mariano. bre a Terra, desfazendo-se em
copiosa chuva após a estiagem
com que Deus provara seu po
- 11 de fevereiro - Nossa Se vo (Sto. Elias foi , portanto, o
nhora de Lourdes (Memória l i primeiro que venerou Aquela
vre) - Conseqüentemente às que, um dia, haveria de vir ao
aparições da Virgem à Berna mundo para a maternidade di
date Soubirous ( 1 958) . confir vina. - Foi no dia 16 de julho
mando a definição dogmática da de 1 251 , qu"l, aparecendo Nossa
Imaculada Conceiçiio. com o ti Senhora a São Simão Stock,
tulo de Lourdes, dissiminou-se deu-lhe o Escapulário, dai ter-se
na Igreja esta festa mariana, ce a mesma data instituitiva: da
lebrado no dia em que se deu a festa e do escapulário, (no
1 .• aparição na gruta de Massa Brasil, é o prazo concedido pa
biela: 1 1 de fevereiro. ra a desobriga pascal).
- 31 de maio - Visitação de
Maria Ssma. (Festa). - Intro - 5 de agosto - Nossa Senhora
duzida esta cei ebração, pelo das Neves, ou também Dedi
Papa Urbano VI, em 1 ;$8il, para cação da Basilica de Santa Ma
ob<er o trm do cisma do Oci na Ma1or (Memória livre). -
dente, foi inserida no Calendá No ano 352, ao passar do dia
rio Romano a 2 de ju . ho. - 4 para o dia 5 de agJsto, apos
Transferida agora para o último ter a Virgem Ssma. manifesta
dia de maio (celebrava-se aqui do, a um casal de seus devo
a Realeza de Nossa Senhora, tos, o desejo de se erguer nu
agora, memória obrigatória, a 22 ma das colinas de Roma uma
de agosto), entre as festas da igreja em seu louvor, fez que
Anunciação (25 de março) e São amanhecesse coberto de neve
João Batista (24 de junho), pa o Esquil ino. Para ver o mila
ra combinar melhor com a nar gre - pois ali, na época era
rativa evangélica. oe tremendo calor - acudiram
muitos fiéis, inclusive o Papa
Libério e a corte pontifícia. -
- Junho ou Julho: Celebração mó Já no ano seguinte a igreja, to
vel - Coração lmacuiado de da construída, era consagrada
Mar.a (Memória livre) - Pas (em homenagem ao Pontífice)
sou-se a comemorar no sábado diziam-na " Basílica Liberiana"
seguinte a Festa do Sagrado e, depois, devido a bela cena
Coração de Jesus, que também do nascimento de Jesus ali ar
é móvel, conforme o dia em mada, chamaram-na "N. S. do
que cair a Páscoa (antigamente Presépio". - E por ser de
esta festa ocorria a 22 de agos grande importância entre os
to). templos de Roma cognomina-
- 78 -
ram-na de Santa Maria Maior gató rla ) - A os PP. S erv l tas
(magiore). - Uma série de ou foi, primeiramente, concedida
tras tradições são aí celebra esta festa ( 1 667), e, 1 47 anos
das. depois ( 1 81 4), elencando-a no
Calendtirlo Romano, fixou-se o
- 15 de agosto - Assunção de 3.• domingo de setembro para
Maria (Solenidade) - Desde o a celebração. Em 1 9 1 3 é que
Séc. V celebrada, nesse dia, passou-se para o dia 1 5 .
em Jerusalém; no Séc. VI di
fundiu-se por todos os países
do Oriente com o título a dor - 7 de outubro - Nossa Senhora
mítio C= a dormição, sono), do Rosário ( Memória obrigató
atingindo Roma: finalmente, no ria) - O Papa Pio V, em 1 5'11
Séc. VIII, começou a celebrar instituiu-a para agradecer a
-se com denominação de Assun Nossa Senhora a vitória sobre
ção ou Glória. os turcos e m Lepanto (tanto
que se chamou, inicialmente,
- 22 de agosto - Realeza de tusta de N . S . das Vitorias). -
Leao X I I I aeu-lhe Utícto e Missa
Maria (Memória obrigatória) -
proprios.
Instituída por Pio X I I , em 1 955,
para ce!ebração a 31 de maio,
último dia desse mês mariano,
quando universalmente s e pro - 21 de novembro - Apresenta
cede à paraliturgia da Coroação çao de No�;sa Senhora (Memó
de Nossa Senhora, Rainha do na CLmgatonaJ - L.otno e na
Céu e da Terra, reso!veu-se jun tural e comum, esta testa co
tá-la, cronologicamente, à co meçou em Jerusa.em l::iec. VI).
memoração que tão bem expri L.m 1 ;j t J passou pa r a o (.;a
lendario Romano.
-
7f) -
FIAT/SIM - Por ser uma de !eira). Our Lady s Keys - chaves
'
- 80 -
advinda, obviamente. de suas re os h umanos que lhe foram da dos
lações agradáveis como Mãe do na Cruz como filhos. Maria se nos
Filho de Deus humanado. - A tem mostrado, de fato, como Mãe;
paz é gerada pela paciência - ou e será que a Ela nós temos nos
pelo menos a ela intimamente li mostrado como filhos? - Os 3
gada - com fortes laços, de for frutos finais que completam os
taleza; como 4." dom do Espírito 12 preconizados por S. Paulo, di·
Santo, Nossa Rainha Celeste a teve zem respeito à alma de Maria em
no seu altíssimo papel de Mãe. relações com o corpo: modéstia -
- Abrindo agora uma série de 5 continência - e castidade. - Os
frutos (os centrais dos 12), temos Santos Padres, os apaixonados d e
a benignidade (afabilidade, amabi Maria, os videntes. em suma. to·
lidade, gentileza. delicadeza, espí dos aqueles que mesmo de longa
rito de ternura, carinho); um único a conhecem sabem que teve estes
fato bastaria para mostrar-nos Ma 3 em plenitude plena em sua alma,
ria nesta moldura: as bodas de em seu coração, na voz. nos ges
Caná da Galiléia. - De pouco ou tos. no olhar senão jamais poderia
nada vale a benignidade se de fato Ela ter entoado o Maqnifir.at. corno
não existir a bondade que parece o fez e se repete deste Ain-Karin
igual ou semelhante. mas não é - mundo afora. Destes. como de
bondade é ter, como Maria teve, resto de todos os outros frutos,
o coração eternamente aberto. - o sabor Celestial deles que Maria
Para assegurar seja a bondade sem tanto soube aprecinr. "é sabor des
limites. o fruto seguinte é a lon conhecido ao paladar humano".
ganimidade, pelo qua l , o distribui (cfr Divina Comédia, Purg. 23· 1 33).
dor, a exemplo de Maria Ssma .• V. Verbetes: Alma - Graça
não se cansa de distribuir suas Virtudes - Carismas - Dons.
graças e favores. - A mansidão
em Maria fê-la vencer todos os
males e dissabores, sendo entre
outras coisas, o "passaporte" nn FONTE - Maria é a fonte d e
Assunção. - A fé já teve compare águas vivas (Cristo) de salutares
cência na alma de Maria ao tratar efeitos na i rrigação do mundo (gra
mos da relação Dela com Deus ças) para colheita de sanzonados
(virtudes teologais) : agora diz res frutos. Ver este subverbete em
peito as relações entre os homens, Antigo Testamento.
G
GABRIEL (Arcanjo) - Pelas está hierarquizado pela teologia
missões que desempenhou e de Judaica na categoria ou grau de
sempenhará ainda, não é Gabriel arcanio: nos apócrifos ( Livro de
um anjo comum. Ele está ligado Enoc). ai sim. surge como um dos
de modo multo estreito à história 7, que, provavelmente. ficavam
messiânica, é de fato um embaixa d iante do Trono de Deus. - No
dor especial do Senhor. - A eti Antigo Test. vêmo-lo em Daniel
mologia do nome Já nos adianta (8.1 6-26: 9 21 27 e 1 1 .1 ) e Jeremias
esta precedência· em h�braico. (25. 1 1 : 29.10). - Lendas Judias
gabri'êl significa " Ele é forte" ou constam que Gabriel foi um dos
mais exatamente. " Homem de anjos que sepultaram Moisés: e
Deus" , - Na Bíblia, Gabriel não Maomé declarou ter recebido por
- 81
intermé dio d ele os suratas {= t i mormente aos povos do Oriente -
tulos/capltulos/livros) - do Co serviram de casa, de túmulos, de
rão. - Nos documentos extra-bf abrigo para animais. - Ao redor
blicos é ele que, segundo a tradi das grutas encontram-se ruínas. -
ção, anunciou a Ana o nascimento Em Nazaré e em Belém são mos
da Menina Myriam (nome escrito tradas centenas delas: foram des
na parede) e também apareceu a cobertas por explorações arqueoló
Joaquim, quando jejuava longe d e gicas (não se permite é a esca
casa. - Aconselhou-o a encontrar vação) e perto estão lagares, cis
-se com Ana na Porta Aurea do ternas, silos, corredores de ventl·
Templo. - No Novo Test. ele sur !ação, etc. - Mormente as aldeias
ge, também como anunciador, a Za agrícolas se serviam das grutas
carias, quando do nascimento do naturais convertendo-as até em
Precursor, João Batista (Lc 1 ,1 1 -2 1 ) hospedagem e botequins, aumen
e do Messias prometido, à jovem tando, assim, a capacidade da casa
de Nazaré, Maria (Lc 1 ,26-38). - propriamente. - (Foi o que acon
Fica, portanto, evidenciada a con teceu com a utilizada, numa hora
dição de muito especial mensa difíci l , com a família de Nazaré,
geiro celeste, a exercida por Ga na Belém superlotada). - O exa
briel, "homem de Deus", mensa me arqueológico das grutas, das
geiro com funções que Deus só vasilhas e demais utensílios ali
as entregaria, e entregou, a u m achados, levaram indiscutivelmente
"homem forte", i . é . , muito cate a conclusão de que a de Belém
gorizado, de suma estima e con usada por Nossa Senhora para
fiança, inclusive para esta mis o nascimento de Jesus se en·
são que exigia grande capaci contrava justamente na col ina; a
dade e inteligência: explicar con i nvestigação pôde também chegar
vincentemente à Virgem Ssma. o a outra conclusão: Nazaré dos
m i stério da encarnação que se ope tempos evangélicos, não se esten
raria no seu seio puríssimo, le dia além dos santuários da Anun
vando a Deus o liat que mudou a ciação e de S. José (a fonte fica
face do mundo. va um tanto distante do povoado,
G RAÇA - toda dávida que como aliás em outros lugares, tal
Deus nos concede gratuitamente qual Caná. - A utilização das gru
pelos merecimentos de Cristo; o tas como moradia e outras ser
anjo, ao invés de pronunciar o no ventias foi enobrecida por ter sido
me de Nossa Senhora, ao saudá-la, a forma do Rei dos reis vir habi
disse-a plena, cheia de graça. - tar entre nós, e Maria tê-la acei
Ver o verbete Alma. tado como aquele sítio onde " inau
gurou" suas funções de Mãe e
G i'� UTA - Não constitui no dona-de-casa, de conformidade com
vidade dizer que as grutas a vontade divina.
I
ICON� (do lat./gr. lcone/eikôn das cores passar das mais som·
imagem, retrato; na igreja bi brias às mais claras; e diz-se co
zantino/grego/eslava ( Rússia, Ao· mo regra importantíssima: a ícone
mênia. Sérvia). é a imagem pinta deve ser pintada em "estado de
da sobre madeira, em geral d e oração" e não tanto de inspiração;
Cristo, de Maria Ssma., dos San ela - a ícone - é venerada nos
tos a Anjos; manifestação da mais lares (como nos templos. obvie·
l ídima tradição, i lustra a mensa· mente) como "janelas abertas da
gem evangélica e a oração l itúr Terra para o Céu." - Segundo a
gica, colocando o fiel na "presen tradição, se S. Lucas não foi o pri·
ça" daquilo que está representado meiro pintor de ícones, foi quem a
(não é a madeira que se venera. mas divulgou, inclusive retratando a
sim o que nela está figurado). - Virgem no que se diz odigtria
No 7.• Concílio Ecumênico (Nicéla, (gr. = com Ela que indica o ca·
ano 787) estabeleceram-se bases mlnho) (V . o verbete Arte}. -
seguras referentemente as rcones, Já por ser um sacramental (foi
legitimando o seu uso contra a bento) e já por trazer a Imagem d e
ação dos iconoclastas (S. João Da Nossa Senhora as ícones marianas
masceno foi dos que mais e me têm especial l ugar de veneração e
lhor contribuiu para esta grande estima: com ela abençoam-se as
vitória. - A ícone artística e tec crianças quando saem: as noivas
nicamente obedece a rígidos ca a beijam antes do cortejo do casa
nones: o inconógrafo não deve dar mento e uma das damas de com
relevo demasiado ao corpo (car panhia leva a no cortejo nupcial ;
ne) ; a perspectiva é inversa: a luz diante d a rcone a família reza nos
não vem duma fonte especial , mas momentos de Júbilo e de sofri·
espalha-se em toda a extensão da mento; na liturgia a sua utilização
imagem; o rosto é primeiramente é grande (antes da comunhão. por
pintado sobre uma camada escura exemplo, costuma se rezar d iante
(verdaccio) devendo a cambiãncia dela) ; os soldados em particular e
- � -
09 grupamentos levam rcones em do no culto sinanoga l e nas éscO
suas atividades de paz ou de guer
co � os Rabinos. - Nessa l íngua,
Ias bem como nas controvérsias
ra. - Os pintores de ícones ao
encetarem suas obras se d i rigem e não em grego, e muito menos
a S. Lucas, por considerá-lo o pri em latim, foi que Nossa Senhora
meiro que pintou a Virgem. e en proferiu as 1 00 palavras (� � uco
tre belos pensamentos dizem: mais ou menos), d1 Magnlf1cat:
"Senhor Jesus Cristo ( . . . ) Tu te N&scho díl tchabah /mario.
dignaste deixar te representar e im
primiste os traços de tua Santís IGREJA (Maria tipo de)
s.ma Face no Santo Sudário ( . . . ) "Historicamente Maria Ssma. foi
que espargiste a luz ( . . . ) sobre o e é o primeiro membro do " Corpo
"Apóstolo' e Evange, ista Lucas, pa Místico", do qual Cristo é a ca
ra que fosse capaz de reproduzir a beça; primeira que física - moral
beleza da Mãe Imaculada. seguran - e sobrenaturalmente foi inseri
do-te. criança. nos braços ( . . ) da em Cristo; primeira que viveu
iiumina a alma. o coração e o es correspondendo à Graça do Novo
pírito do leu servo. guia a sua Testamento. - Ela conserva esse
mão para que ( J ela possa pin primeiro lugar na Comunhão dos
tar de novo perfeito e digno de Santos. - Maria pertence às 3 fa
tua imagem criada a da Mãe Pu ses da História Salvífica: à época
ríssima ( . ) perdoa os pecados ANTES de Cristo; - ao período
daqueles que, venerando esta íco da Vida Terrena de Jesus; - e ao
ne, prestarão homenagem ao mo tempo DEPOIS de Cristo. - O que
delo original que está no Céu: pe na "primeira" Arca da Aliança es
Ja intercessão da Mãe Ssma.. do tava realizado como num TIPO
bem-aventurado "Apóstolo" e Evan exemplar, realizou-se agora plenJ
gelista Lucas ( . ) Deus Santo. e totalmente na "pessoa" de Ma
Santo Poderoso, Santo Imortal. ria. - Logo: Maria precede a Igre
tem piedade de nós." - No Oci ja; - A Igreja está em Maria; -
dente. desde 1 1 85 venera-se. em Maria está na Igreja; - Maria é
Spoleto (Itália) a Santíssima /cone, Igreja. - Já desde os primórdios
e ao ensejo dos 2.000 anos do nas se fala na intercessão de Maria,
cimento de Maria (7." Centenário chamada por Sto. lrineu (Séc. 1 1 ) :
desta imagem) em capela omoni Advogada de Eva; Ela Intercede
ma ne Catedral, grandes festejos junto a Deus conosco e por nós;
se fizeram. à exemplo do que ocor Maria é a intercessora - como
re no Oriente. - No Brasil . a íco Mãe da /gre;a (Cone. Vat. 1 1 , Pro
ne mais conhecida é a de N . S. clamação no encerramento) de to
do Perpétuo Socorro, e no Rio de das as Graças". - (de um tra
Janeiro está no talvez único san balho de José Machado/Desinha,
tuário cavado na rocha, subterra no Serra Clube - Tijuca - Rio/
neamente, a 75 m de profundi RJ). - Ver: Tipo
dade (equivalendo um prédio de
35 andares). - Ver verbete: San IMAGEM - Recurso antiguís
tuário. slmo de se reproduzir sobre obje
tos de bronze, prata. ouro, argila/
I DIOMA - Como boa israelita. cerâmica, mosaicos, madeira, pe
ou mais exatamente. judia. Nossa dra. gesso, etc., em baixo ou alto
Senhora falava, no seu tempo o relevo, em pintura, ou tecer/bordar
a ramaico. cognominado, "a l íngua anatõmica/plasticamente figuras,
dos profetas". - "Os judeus, no imagens para os templos, santuá
tempo de Cristo. serviam-se co rios e residências (cfr. obras do
m u mente na Palestina do aramai Egito, Síria, Mesopotâmia. Palesti
co. Jesus e os Apóstolos prefe na, etc.). - No Ant. Testamento
riam-no para o trato com o povo os querubins, por exemplo, devid ?
mais simples, pois o hebraico. à proibição de se reproduzir a f•
praticamente banido, era emprega- gura de laweh, eram Imagens re-
- 84 -
presentatlvas, simbólicas, da divin mas a Porcfúncula é a festa d e
dade. - Os modernos "Santinhos" u m a indulgência (com este caráter
(estampas) são imagens, os "VI é a única, na Igreja). - Conse
traux" são Imagens. as estátuas e guiu-a S. Francisco de Assis d i reta
quadros são Imagens (não somos mente de Nossa Senhora e d e
nós Imagens d& Deus? - Ver nos Cristo ( 1 293) , para seus "filhos"
escritos paullnos a concepção teo e todos agregados, de certa forma,
lógica do homem como imagem de a eles (dia 2 de agosto, N. S. dos
IJeus). - Impossível. pois, que Anjos). - O Papa Honório 1 1 1 ho
Nossa Senhora, não tivesse sua mologou-a. - Durante 200 anos só
Imagem (retrato, figura) reproduzi podiam lucrá-la quem fosse até a
da desde a mais primitiva concep Igreja de N. S. dos Anjos (Assis) ;
ção até aos rasgos inspirados dos em 1 480 estendeu-se a todas as
grandes e geniais artistas cuja re igrejas Franciscanas, da 1 .' e 3.'
lação seria longo enumerar. - Ort:lem sedidas, porém, na Itália.
Consigne-se apenas que, consoan - Em 1 622, G regório XV estendeu
te a tradição, foi S. Lucas o pri às igrejas e casas franciscanas d e
meiro que pintou, retratou as fei todo o mundo; S. Pio X . conce
ções da Virgem em forma de ícone deu-a a todas as Igrejas Matriz
(odigtria). - Ver os verbetes: (sede paroquial), Capelas e Ora
/cone e Arte. tórios de Ordens e Comunidades
Religiosas ( 1 91 0). Deixou a
Porciúncula de ser totles quot/es.
nos casos ou forma estabelecidos
na Const. Apost. " ln dulgentiarum
INDULG�NCIA (do latim fndul Doctrina, de Paulo VI , 1 ."-1-1 967
gere, indu/gentia = indultar, per (cfr. N .• 1 5) . - � de todo aconse
doar ou remir, diminuir, condes lhável que se leia, que se estude
cender). - Em sentido teológico/ atentamente o mais recente do
religioso, é a praxis, assente so cumento oa Igreja sobre Indulgên
bre múltiplos pontos da Sagrada cias (citado acima) e se saiba co
Escritura e tradição ora l . que con mo se pode lucrá las. - V. verbe
fere à Igreja dispor do Tesouro se· te: Escapulário e Devoções.
gundo os méritos e mandato de
Cristo. - Ou seja: " Indulgência
é uma remissão dos pecados já INTELI G�NCIA (de Maria) -
perdoados [porém com pena a des A inteligência de N ossa Senhora
contar J . concedida pela Igreja, a teve em grau emi nente a ciência
quem está em estado de graça, adquir.da (conhecimentos do apren
apiicando-lhe os méritos e as sa dizado no Templo, aquele aprendi
tisfações superabundantes de Cris· do com seus pnis e com os pre
to, de Maria e dos Santos, i é . , ceptores quando ficou órfã, o do
Tesouro da Igreja." - cfr. Biblio exercício como dona·dl'l·Casa. es
grafia obra n.• 34. - As Asso posa e mãe ) ; ciência infusa, o3via
ciações, contrárias, sodalícios re mente proporcionada à sua mis
cebem-nas por l iberalidade dos são; ciência beata. i é visá:> Ime
•
- 85 _;
ISABEL (forma em gr. do heb. pela diferença de Idade bem po
'Eiiseb'a = Deus o jurou) - Es deria ser sua tia). - Outra hipó
posa do sacerdote Zacarlas e mãe tese (esta al iás levantada no séc.
de João Batista. Sem Indicação VIl, segundo H ipólito de Tebas):
do g rau o evangelista no-la a::>re ambas teriam nascido de duas i r
senta como "parenta" da Virgem; mãs, filhas do Sacerdote Matham,
como acontece aliás ainda hoje, portanto primas germanas. (cfr. as
os orientais não costumam espe hipóteses e argumentações, na
cificar por termos próprios os Bibliografia, obra sob o n.• 64). -
graus de parentes: irmão serve pa O fato é que foi Isabel, por Inspi
ra quase tudo (primo, tio e até ração do Espírito Santo, a primei
avô) e filho serve, genericamente, ra que, em nome da Humanidade,
para apontar descendentes até reconheceu, viu, proclamou alto e
mesmo distantes. - Neste senti· bom som que o Messias prome
do, Isabel era "filha" de Aarão, tido chegara: " . . . bendito é o fru
i . é . . descendente dele, pertencia to do teu ventre ( . . ) a mãe do
à sua descendéncia, logo da tribo meu Senhor ( . . . ) o menino saltou
sacerdotal de Levi (Zacarias tinha, de alegria no meu ventre. Bem
provavelmente, algum parentesco aventurada a que acreditou, por
com Isabel, deduz-se de suas fun que se hão de cumpr:r as coisas
ções religiosas no Templo). - Ma que da parte do Senhor te foram
ria, sendo descendente da estirpe ditas. " (Lc 1 ,39-44) . - Ver os Ver
de Davi (tribo de Judá) não seria, betes : - Visitação - Zacarias e
acaso Sobrinha de Isabel? (que a Cronologia Biográfica.
J
JOÃO BATISTA/JOÃO EVAN "Ao ouvir a saudação de Maria,
G ELISTA (heb. Yehôhanan, gr. lo o menino estremeceu no útero
annes = Deus é benigno) - No ( . . . ) No versículo 15 do mesmo
me de diversos personagens no cap. de S. Lucas ( . . . ) ficará ple
Novo Testamento e entre estas os no do Espírito Santo ainda no selo
2 Joões que surgem na " história" de sua mãe. - Daí concluem al
de Nossa Senhora: quando muito guns autores que João foi liber
jovem. em Ain Karim, foi assistir tado do pecado original e ornado
o nascimento de um, o Batista. E. de Graça. santificado antes de
no Calvário, quando recebeu como nascer ( . . . ) Conforme esses teó
filho, e, foi entregue como mãe, logos, a saudação de Maria pro
e outro, o Evangelista. - No "en vocou a Infusão da Graça na alma
canto do encontro" com Isabel de João. que. como acontece com
presenciou a primeira "canoniza os que são batizados, ficou livre
ção" do mundo, quando o Precur do pecado original ( . . . ) Quando
�or foi santificado ainda, no ventre: a doutrina da Igreja fala da univer-
- 86 -
salldade do pecado original, abre dlção que data do Séc. VI mais
exceção para Maria Imaculada na divu'gou; em heb. Heli (gr. E/i) é
sua conceição, I . é . , quando foi sinônimo de Yehõaquim ou também
concebida Já recebia a plenitude da Yõaklm, etlmologicamente signifl·
G raça santificante. João Batista cando " lahweh eleva". - Segundo
seria uma nova exceção, mas não S. Gregório d e Nise, S. Joaqui m ,
plena, porque recebeu a Graça de após educado de forma piedosa,
pois da concepção, ainda que antes tornou-se comerciante de l ã e de
de nascer, no 6." mês de vida. - carneiros, viajando multo. Ao que
Esta doutrina da santificação de parece natural de Séforis, tinha
João no selo materno é muito co porém propriedades em Nazaré s
mum entre os autores que falam Jerusalém. - Conheceu Ana, e por
de privilégio concedido ao Precur indicação do anjo, levou-a na Porta
sor ( . . . ) pelo papel que devia de Aurea do Templo de Jerusalém (sua
sempenhar - abrir os caminhos residência era próximo da pisci na
do Senhor - era conveniente que de Siloé, a probática, (aquela no
fosse purificado antes mesmo de qual, anualmente um anjo curava
nascer, ao primeiro contato com o quem nela estivesse imerso). -
Redentor." (cfr. D. Geraldo Maria Primeiro a Joaquim e seguidamente
d e Moraes Penido. pgs. 39/40, na a Ana um anjo avisou do nascimen
Bibliografia, obra sob o n.• 64). - to de Nossa Senhora, quando já
Referentemente a S. João Evan estavam ambos além da meia-Ida·
gelista, "encerrado com o Pente· de. - A festa do "avô" de Cristo
costes - como diz o Pe. Luiz Per celebrava-se em separado, porém
roy, S. J. - o papel histórico d'3 agora faz se juntamente com a de
Maria", saindo os Apóstolos mun Sant'Ana, no dia 26 de julho. -
do afora, coube a ele, a este ou
tro João, a tutela de tão precioso
legado. Estando em Jerusalém ou
em !:feso, levando consigo ou nã·J
a Ssma. Virgem (já perto dos 60
anos), o fato é que jamais descui
dara de tão insigne incumbência.
Nesta época da existência de Ma· JOSJ: (heb. lodzet, segundo
ria em casa de João, é que os au os étimos adzat e ladzat = trocar,
tores colocam as confidências da ]untar, acrescentar) - O nome
Virgem com S. Lucas. Sendo ele
José é de muita estima desde o
natural de Antlóquia e como se
Antigo Testamento, já no alvorecer
r:onvertera após a Ascensão, não da história da salvação, quando por
conheceu pessoalmente Jesus, de
vez primeira aparece, no atendimen·
modo que vinha colher informes
to de Deus aos rogos de Raquel,
para o seu Evangel ho; e, se (Gm 30 22-24) . Da forma apoco
gundo a tradição, já que também
fada hebraica Jehoseph (Yõsef)
era pintor, conseguiu que Maria se
deu em gr. lósepos, em árabe
deixasse pintar num quadro que
Yussef e em latim Josephus. -
fez num tampo de mesa. - Todos
No desenrolar dos episódios que
os contemporãneos da Virgem que
vão de suas núpcias com Maria
descreveram a "dormitio", é a S.
Ssma. à vida doméstica d e Nazaré
João que eles entregam as derra
queda-se modestamente em plano
deiras providências funerárias, in·
clusive, ajudado pelos anjos, o avi· secundaríssimo, vida humilde, obs·
sar aos Apóstolos di-spersos na cura e certamente dura de carpln·
pregação do Reino. teiro em sua pobre banca d e vi·
!arejo esquecido num ponto da Pa·
lestina. - Alguns documentos ex
tra-bíblicos - os apócrifos - fa·
JOAQU I M - nome do pai de zem de José homem de certa ida
Nossa Senhora, o esposo d e Ana. de e até viúvo antes de consor·
Joaquim foi a forma que uma tra· ciar-se com Nossa Senhora, o que
- 87 .....
de forma alguma se aceita, evi to] do alto da Cruz confiou Sua
dentemente. - " H á motivos para mãe a um jovem (S. João), por
se crer - diz-nos o teólogo Pe . que teria colocado a seu lado . jun
•l ames Davis - que S. José tinha to do Seu berço um velho? ( . . . )
a idade considerada normal para Provavelmente S. José era um ho
contrair matrimônio, aproximada mem jovem, forte, viri l , atlético,
mente a mesma de sua jovem es belo. casto e disciplinado ( . . . )
posa ( . ) Sua idade pode ser cal Nossa admiração não iria para Ma
culada pelos 19 a 20 anos, não ria, se Esta tivesse feito o seu
mais ( . . ) Pretender que S. José voto de castidade depois dos 50
era um velho quando se casou com anos [fê-lo ainda menina] . Analo
a Virgem vem a ser um insulto gamente, não admiraríamos S. Jo
contra a virtude daquele que o Es sé, se e l e se tivesse feito seu
pírito Santo chama "varão justo", marido em idade avançada." (cfr.
e simplesmente significa l imitar a na Bibliografia, obra sob o n.• 41 ).
graça divina ( . . ) não há razão - Ignora se se S. José ainda vi
que j ustifique apresentar S. José via ou se já morrera quando da
como ancião" ( reunião anual do vida públ ica de Jesus, pois a re
Centro de Investigação e Documen ferência derradeira que dele dá-nos
tação do Oratório S. José, dos PP. o Evangelho é a perda e encontro
da Santa Cruz - USA - 1 959) . - no Templo. - O trãnsito de S.
Também o grande Arcebispo no José, tendo a assisti-lo Jesus e
vaiorquino, de saudosa memória, Maria, vai por conta da piedosa
Mons. Fulton Sheen, s e Insurge inspi ração dos artistas. - Nenhtr
contra a concepção que, sem pro ma criatura como S. José desem
va h i stórica alguma, desde o séc. penhou missão maior neste mun
IV, nos apresenta S. José velho: do, sendo guardião intimorato e si
" Não será um tanto inaceitável - lencioso do maior tesouro que se
estranho mesmo - que tenhamos possa imaginar: Maria Ssma. e
para proteção de Maria, uma jo Cristo Jesus. - Ver os verbetes:
vem dos seus 1 6 / 1 7 anos, de li Esponsais - Nascimento - Fuga
gá-la a um velho? ( . . . ) Ele [ Cris- para o Egito - Perda e Encontro.
K
KEKHARITOMIONE - "Tentou escreve: Kekharitoméne = "cheia
se l imitar e escurecer tão clara de graça", assenta também fures
saudação do Anjo, com traduções Khárin " encontraste graça"
incompletas como esta: Salve agra (1 ,30). - Por que tal diversidade
ciada ( ) os maiores oriental is· de l inguagem? - Porque neste se
tas acharam exata a tradução da gundo caso não queria ele repetir
Vulgata: "Ave , cheia de graça." a plenitude de graça em Maria mas
(Lc 1 ,28) - O próprio S. Lucas que explicar apenas que sendo Ela
- 88 ---
agraciada (agora sim ! ) , não devia cllnãvel, acha-se no vocativo femi
se preocupar com aquela sauda nino: Khaire, Kekharitoméne
ção. - Acrescentamos que o verbo "ave, cheia de graça". - Notamos
Kharitó tem mesmo o significado que Padres e Doutores gregos, co
de encho de graça divina. (cfr . o mo Atanásio, Sofrõnio, Tarásio,
Dic. Grego Portugués, de lsidro Pe Germano etc., frisando a saudação
reira, S. J.). - Kharitó se trans do Anjo, declaram Maria: é pana
forma. no particípio perfeito, em ghia = "toda santa" - é móne
Kekharitoménos, que Francisco Zo panaghia = "só toda santa" - é
rell , S. J . , traduz em seu Lexicon panákhrantos = "toda pura" - é
Gracum N. Test. com gratiosus. móne panákhrantos = "só toda
gratlae p/enus e também, gratiae pura" - é móne eulegoméne =
divinae p/enus. - Trata-se de tra· "só bendita" - é se/ eulegoméne
dução adequada - não arbitrária = "sempre bendita", etc. - J: que
- sendo que o particípio perfei to eles compreenderam muito bem o
indica ação completa cujo efeito valor da palavra kekharitoméne".
continua. E estando, o ci tado par (cfr. Nota-de-rodapé da obra n.• 27
ticípio, em função de adjetivo de- elencada na Bibliografia).
L
LADAINHAS (do gr. litaneo = elenco das Invocações, a prlncfplo
eu peço, suplico) - Invocações de quantidade livre foi disciplinado,
louvativas e em forma de prece à l imitando-se atualmente a 5 1 ; ex
VIrgem Ssma. Inspiradas quanto à traídas da Bíbl i a , dos PP. das I g rejas
sua estrutura poética devocional no e Concílios, onde se louva sua CO·
hino da Liturgia grego/bizantina roa de glória (principais prerrogati
Acatistos (V. Verbete), traduzido e vas e privilég ios) : como Mãe ( 1 3
divulgado em Veneza (pelo ano vezes ) ; como Virgem ( 6 vezes) ; co
800). - A elencação das súpl icas mo obra-prima de Deus. designada
provém certamente das " Ladainhas em figuras e símbolos ( 1 4 vezes) ;
dos Santos", usadas desde remota como socorro nas aflições de qual
antigüidade. no Oriente, depois ado quer tipo (4 vezes) : e. finalmente,
tadas na procissão para a "Igreja como Rainha por excelência ( 1 1
da Estação" (statio), em Roma: a vezes). - A s invocações mais re
louvação há de se dever, talvez, centemente i ncluídas. são (embora
aos missionários irlandeses a Cong. dos Ritos os tenha limi
Quanto à denominação Lauretana, tado, em 1 63 1 ) : Rainha do Ssmo.
é devida ao Santuário de Loreto Rosário ( Leão X I I I . em 1 854) -
(V. o Verbete) , desde Sixto V Mãe do Bom Conselho, o mesmo
( 1 585-1 590). - Nesse Santuário Papa, em 1 903) - Rainha da Paz
mariano famoso por ter no seu in ( Bento XV. em 1 9 1 5) - Rainha
terior o que a tradição diz ser a Assunta ao Céu (Pio X I I . em 1 950)
"casa de Nazaré", para ali trans e, finalmente, Mãe da Igreja (Paulo
lada pelos anjos, passou-se a can V, pela comunicação do Card.
tá la solenemente, enriquecidas d e Knox. Prefeito da Cong. dos Sa
Indulgências. (V. verbete). - O cramentos e do Culto, em data
de 1 3-3-1980: e referida Invocação união tão Intima à obra da Re
deve ser Inserida na Ladainha Lau denção! - Além das 2 Solenida
retana depois da invocação Mãe des, 3 Festas e 8 Memórias Inse
de Deus e antes de Mãe da Divina ridas no Calendário Universal. (V.
Graça. de acordo com novo título verbete: Festas) e, centenas per
mariano proclamado solenemente mitidas nos calendários particula
por Paulo VI, em 21-1 1 -1 964, en res, i . é . . regionais, com as res
cerrando a 2.' Sessão do Concí pectivas Missas próprias, há ain
lio Vaticano 1 1 . - Outras Ladainhas da Missas no talvez impropriamen
marianas (como a de N. S. Concei te chamado Commune Festorum
ção). e no Verbete Cone. Vat. 11 BMV . ( • ) - Pensamentos funda
inserimos a que ordenamos com ex mentais do Comum de Nossa Se
trações. lpsis verbis, de invoca nhora; a expressão mais exata en
ções do cap. a.• da Lumen Gen contra-se no invitatório das Matl
tium (foi incluída nas celebrações nas: " Santa Maria, Virgem, Mãe
dos 2.000 do nascimento de Maria, de Deus, lntercedei por nós". -
no Maracanãzinho (Rio de Janeiro, Contém esta pequena invocação
8 de dez. 1 985). o resumo de toda a grandeza de
Maria: 1 ) Santa Maria - sua
santidade pessoal ; 2) Virgem! -
de preferência a Liturgia lhe dá
URJO - Flor que reflete a esse título, porque é seu privilé
t ranqüil idade pelo seu aspecto, gio si ngular, que não coube a mais
s lmbolo da pureza pela nitidez, ninguém: ser Mãe e Virgem ao
d a beleza pelos seus contornos, mesmo tempo; 3) Mãe de Deus
do encanto pela sua fragrância; - sua dignidade mais alta e a
d e ntre a s flores é , portanto, das última razão de todos os seus pri
q u e mais e melhor se pode com vilégios; 4) Nossa i ntercessão [me-
parar à Maria, que além do mais,
como a Virgem, tem o poder da
c u ra. Ver este subverbete em
Antigo Testamento e o verbete
Flores.
I • I " o coro de
N todos osSantos Ma
ria ocupa o primeiro lugar e por Isso não
podemos falar de um comune como se
tivesse sido reunido um grupo de Santos
LITERATURA - Em todas as
nesse form u l ár io . O lugar de Maria é
l iteraturas do mundo. neste ou na
absolutamente único; é lmpos•ivel reuni-la
quele setor: poesia, trovas, roman
em grupo com outros Santos. Pelo con
ce, conto (em nossa nordestina " li
trário. Ela está acima de
todos os grupos
teratura-de-cordel). Maria Ssma. es
tá presente (até nos países de como Rainha dos Apóstolos. dos Mártires,
dos Confessores e dasV Irg e ns , como canta
Ideologias contrárias a Religião) .
a Ladainha de Nossa Senhora. Podemos
E cremos não existir mais l ídima re
presentante no vastlsslmo e lenco tod�vla falar em C mum de
o Nossa Se .
das obras literárias que não apon nhora, reunindo os textos sobre Ela num
te M a ria. desenhe-lhe o perfil , mos formulário enquanto nas várias festas du
tre a sua figura. rante o Ano. em louvor de ar a , são
M i
considerados e celebrados aspectos parti
culares. Claramente se vê nisso a Impor
tância do Comum para melhor inteligência
LITU RGIA - Com que fervo dos outros ofícios de Nossa Senhora. Pe
roso carinho. respeitosa ternura e netrando no conjunto das idéias gerais do
acendrado amor M a ria Ssma. re Comum, melhor compreenderemos. por cer
cebe da Igreja através do seu cul to, os pensamentos das festa s particula
to oficial - a Liturgia - aquela res". (Pius Parsc , osb - Ca lend6rlo LI·
h
veneração devida à Rainha de to tll rglco, Vol. 1 1 de "Test. da Cristo"
dos os Anjos e Santos por sua Tlp. Beneditina, Salvador /Bahia, 1953).
- so -
dianeira] - essa é a causa da Maria e o Menino, atrlbuldo a S.
grande confiança que a Cristanda Lucas, que era médico e pintor. -
de deposita Naquela que é Auxl- Atualmente a Santa Casa de Loreto
1/um chrlstlanorum. No Bre está como que "embutida" dentro
viário (Ofício Divino) a "presen de uma grande Basílica (assim co
ça" de Maria constitui liturglca mo acontece com a capela mariana
mente, verifica-se como que a sua de Porciúncu/a, em Assis). - Os
própria definição: /ex orandi, /ex ex-votos que os fiéis deixaram nas
credendi. - V. subverbete: Textos paredes, os pedidos, as preces e
Litúrgicos, em Orações e os ver invocações, resultaram no que ho
betes Missa e Festas. je é a devoção d ita Ladainha Lau
retana (de Lauretum nome em la
tim, de Loreto). - Na Itália o San
tuário de Loreto está sob o guar
LORETO - Topõnimo de pe dianato dos Capuchinhos, e qual
quena região na Itália centra l , por quer contato se pode conseguir,
ter pertencido a uma piedosa ma através da lg. Nossa Senhora de
trona de nome Laureta. Porém Loreto - Cx. Postal , 1 30 1 0
- Vila
querem outros. que a denominação Medeiros - SP (Inclusive para
do lugar advenha de uma colina. inscrição na Congregação Universal
ali existente, eivada de louros. - Santa Casa de Loreto). - V. os
O fato é que a cidade de Loreto verbetes: Associações - Casa -
possui uma das mais - senão a Ladainha.
mais preciosa das rellquias ma
rianas: a chamada Santa Casa de
Loreto (que devera dizer-se: Santa
Casa de Nazaré, em Loreto). - LUA - A lua reflete, trans
Conforme piedosa tradição (ut pie mite a claridade do Sol e jamais
creditur et fama e st cfr. Bula de procura empaná-lo, pois até no
Júlio 1 1 , em 1 507), a casa onde
,
- 91
M pessoa do dlscfpulo amado a Hu
MAE - O judeu no tempo de
Cristo quando se dirigia à sua ge manidade redimida ( . . . ) para Indi
nitora, chamava-a /mma (mãe, se car assim que Ele rejeita uma es
nhora, em aramaico) . - O evan fera de ação puramente humana
gelista S. João sempre designa para Maria a fim de reservar-lhe
Maria exclusivamente com a ex um papel muito mais rico, a saber,
pressão " Mãe de Jesus" (é u m o de u'a mãe a cuidar daqueles
título essencialmente teológico e o que seguem a Cristo" - (ctr. art.
único que o apóstolo-evangelista já cit. do Pe. João E. Martins
emprega). - Todos reconheciam Terra. S. J.). - E ninguém, nin
Maria como "a mãe" daquele ho guém, mais e melhor do que Ma
mem de Nazaré que muitos se ria compreendeu e aceitou isso.
guiam e outros perseguiam (era
aquela " espada" que aludira pro
MAGNIFICAT - O cântico-ora
feticamente o velho Slmeão). - ção da Virgem, entoado quando de
M a s dos lábios mesmo de Jesus, sua visita a prima Santa Isabel,
não há nenhum registro exarado nas montanhas de Hebron. - Ver:
nos evangelhos onde tenha dito Anunciação (subverbete de Novo
Ele: minha mãe, e muito menos
Testamento) e Devoções.
mamãe. - Para d u ramente desem
penhar o seu papel de mãe, a sua
m i ssão corredentora, Maria vai MANTO (heb. simlah, indica
desaparecendo na bíblico-palesti tivo de diversos tipos de cober
nense do seu divino Filho para sur turas para o corpo, porém, comu
g i r apenas no Calvário, quando mente para esta peça maior do
Ela é entregue ao discípulo amado vestuário antigo). - Usavam-no
com este título: ecce Mater tua. tanto os homens como as mulhe
- Por que Cristo, anteriormente res. Aqueles traziam-no sobre o
ao legado da Cruz sempre que se kilt ou 'ezôr (espécie de saiote
d irigiu à Sua mãe, chamou-a In escocês que descia até os joelhos
tencionalmente de mulher? - De - cfr. Jr 13,1ss; ls 5,27; 1 1 ,5 ; Ez
ve haver uma razão especial para 23, 1 5 ; 2Rs 1 .8). - Foi posterior
Isso. Há, e é fác i l atinarmos com mente substituído pelo vestuário
o motivo. Basta que saibamos co dito em heb. kuttonet e em gr.
locar a missão de Cristo e o pa chiton. espécie de túnica, camiso
pel de Maria nos devidos lugares, lão de lã ou de l inho que chegava
I.é . • hierarquicamente no contexto até os tornozelos (geralmente mais
salvífico. - " Entre o Cristo. en enfeitado, de corte mais feminino
quanto enviado do Pai, e M aria. a dizia-se phigil). - Por cima da tú
Mãe segundo a carne, não existe nica usava-se então o manto (sma
relação de subordinação. Na sua /ah) em formatos diversos: qua
missão messiânica Jesus depende drado, circular (como as cásulas
exclusivamente de seu Pai e não góticas ) . com abertura no centro.
de seus parentes humanos ( . . ) - Aos poucos tornou-se de uso
a vontade do Pai está acima de dos ricos, das autoridades (côilsu
qualquer princípio h umano e na les, governadores. Imperadores,
tural ( . . ) Durante o ministério Reis). - Nossa Senhora, já por ser
público Jesus traça uma barreira de de origem orienta l , onde muito se
demarcação infranqueável entre usava o manto, já por s�>r a Rainha
Ele e a família humana ( . ) no do Céu e da Terra, a Rainha das
Calvário, então Maria aparecerá de rainhas, está sempre revestida do
novo em cena e o próprio Jesus seu manto, sob cuja guarda todos
a chamará para participar de sua nós nos acolhemos porque antes
m issão redentora entregando-lhe na de tudo Ela é Mãe.
- 92 -
MÃOS -
S e h á uma verd a ma que aparecerá na Apresentação
deira "pedagogia das mãos eiT' se do Menino Jesus. - E. tendo seus
tratando das posições e gestos 1 5/ 1 6 anos, foi esposada (v. ver
que o comum delas nos proporcio bete Esponsalício) por José (v. ver
nam, que se d i rá das ' · lições su bete) e, "por obra e graça do Di
blimes" dadas pelas mãos de Ma vino Espírito Santo", tornou-se a
ria? Resumidamente, i nserimos Mãe de Deus (Theotókos). - O
aqui, enfoques devidos ao Pe. Pau· perfil da Virgem, em rápido es
lo J . de Souza, S. J. - Ver no boço, assim nô la apresenta res
verbete Pessoa o subverbete peitável tradição: "Estatura media
Mãos: postas p/o Céu - abertas na, tez morena como a dos tri
p/a terra - cruzadas sobre o pei gos maduros, e cabelos que lem
to (e, escondendo o rosto). bravam a cor do ouro. Tinha ain
da olhos vivos em que se desenha
vam pupi las de um matiz tirante
ao da azeitona ( . . . ) sombrance
lhas arqueadas de um belo negro
( . . ) lábios de doçura maravil ho
MARIA - Já desde o nome sa. e tinha-lhe a convers<Jção gran
dado por Deus através do Arcanjo de suavidade: as mãos eram gran
S. Gabriel à Ana (segundo tradi· des, com dedos atilados; o vestido
ção e como está consignado nos não tinha outra cor senão a que
documentos extrabíblicos). já pelo lhe era natura l , enfim uma atitude
nome, repetimos, " l ê-se" e se "vê" tão humilde e tão apagada que
como e o que é, Quem é, o papel, se lhe via apenas uma simpl ici
a missão de Nossa Senhora: "ama dade cheia toda de g raça verda
da de Deus" (mritjam) , "Senhora"/ dei ramente divina". (N icéforo) . cfr.
"Princesa" (marjam) , "Estrela do Bibliografia, obra n.• 12).
Mar" (meirjam). que deu Mar:am
(aramáico), Miriam (hebraico) e
Maria (grego): ' amada de Deus"
pela sua imaculada conceição, que
A coloca acima de todas as cria MARIOLATRIA - O exagerado
turas, na intimidade do Criador co amor a Maria - dizem seus ini
mo estavam nossos primeiros pais migos - gera a mariolatria. I é . ,
Adão e Eva; "Senhora" ou "Prin a adoração Dela e conseqüente es
cesa" pela sua maternidade divina quecimento de Cristo. Acontece,
que a associa para sempre à Di porém, que jamais existirá exage
vindade; "Estrela" luminosa pela ro, mas poderá (e isto há, não se
suas virtudes sublimes que i luml· se pode negar) erros. desvios. Ina
na :>s que navegam, pelo mar tor dequações em diversas demons
mentoso deste mundo. - Ver o trações de amor a Ssma. Virgem
verbe�e Nome. - Genltores: Joa gerando desta forma um culto de
quim (v. verbete) e Ana (v. ver fato idolátrico. ou seja, a mario
bete). ambos naturais de Jeru /atria que de forma alguma se de
salém. havendo, porém, os que ve confundi r com a classificação
reinvindicam a honra para as cida hiperdulia criada por S. Tomás de
des de Séforis e Nazaré. - A ben Aquino. (ver o verbete Devoções)
dita entre todas as mulheres (Lc - "Quando eu era jovem teólogo
1 .42) nasceu em Nazaré, a 8 de antes do Cone. Vat. 11 - diz o Card.
setembro (segundo tradição dos Ratzinger, (Prefeito da Sag. Cong.
primei ros séculos da Igreja, em p/a Doutrina da Fé, ex-Santo Ofi
sermões do monge Efrém de Ca cio) tinha uma certa reserva quan
targo). - Fez o nazlreato no Tem to a algumas fórmulas antigas,
plo durante 1 2 anos (dos 3 anos como p. ex.. aquela famosa De
de idade aos 1 5). - Ao que pare Maria nunquam satis (sobre Ma
ce, no Templo teve como precep ria nunca se falará o bastante). Pa
tora a p rofetisa Ana, aquela mes- recia-me exagerada ( . . . ) tinha di-
- 93 -
ticuldade de compreender o senti· documentos. - Ver nota · d e Ma
do verdadeiro de outra expressão ternidade (subverbete de Dogmas
famosa repetida na Igreja desde Marianos).
os primeiros séculos (o Concilio
d e J:feso, em 431 proclamara Ma
ria, Theotókos = Mãe de Deus) ;
refiro-me a expressão que chama MEL - Apl icação à Maria da
a VIrgem Inimiga de todas as he doçura do mel (figurativamente:
resias. Agora, neste período con bondade, pureza, humildade, obe
fuso em que realmente todo tipo diência) a Igreja o faz com suma
de desvio herético parece bater propriedade. Ver este subverbete
às portas da Fé autêntica, agora e m Antigo Testamento.
compreendo que não se trata d e
exagero de devotos, m a s de ver·
dades hoje mais do que nunca vá
lidas ( . . . ) é preciso retornar a
Maria, se quisermos retornar àque· MENINA (Nossa Senhora) -
las verdades sobre Jesus Cristo, Os italianos preferem e divulgaram
sobre a Igreja, sobre os ho o título Bamblna ( = criança) -
mens . . . " (cfr. cap. VIl, do livro Alguns receiam - sem razão -
A Fé em Crise?, Ed. Ped. Unlv., este culto por nada consignar a
SP, 1 985). Bíblia. Mas a piedosa tradição -
que também conta - adotou, não
é de hoje. - A cronologia que se
segue garante-nos a segurança da
MARIOLOGIA - Ciência que prática: Ano 732 a . C . - segundo
trata sobre Nossa Senhora (o Pe. Riccioti (renomado exegeta) data
Cristovão de Vega, S. J ., diz "teo
provável do nascimento de Nossa
logia mariana" e Sto. Alberto Mag Senhora (de conformidade com o
no deu o nome de Maria/ a sua
ano de fundação de Roma : 748) ;
doutrina sobre a Deipara, sendo
acompanhado por Bernardino de - 1 007, surge em Mi lão a Igreja
Bustis). - Há os que prefiram de Sta. Fulcorina, dedicada ao
Theotoko/og/a (de Theotókos = mãe nascimento de Maria; - 1 251 ,
de Deuf:) e um maior número a i n lriocênêio IV éumpre voto (dos
da, quer que se diga MariAiogia Cardeais durante o tónclave) d e,
[se os vocábulos gregos Téos e éhtre outras reivindicações, Insti
Logos dão-nos Teologia obviamen tui r a oitava da festa da Natividade;
te Maria e Logos deveriam dar-nos - 1385, Magnífico templo a Maria
M a riAiogia). Questões filológicas nascente é prometido aos mi lane
e de enfonia mantém no entanto ses por Giovanni Galeano Viscon
M ariOiogia. Diz-se mariano ou ti ; - 1 41 8, Martinho V (voltando
maria/ o que se relaciona com a do Cone. de Costança) em compa
Virgem Maria. nhia do Duque Felipe M. Viscontl,
consagra o altar-mor do templo
prometido 33 anos antes: 1 577, S.
MATE R N I DADE ESPIRITUAL Carlos Borromeu consagro o fa
Na enc. Mystici Corporis Christis, moso templo Duomo de Milano",
Pio XII ensina que Maria estrei· dedicado a Maria nascente: 1 730,
tamente unida a seu Filho Divino, o bispo milanês, D. Alberico Sl
ofereceu-se com Ele no Gólgota, mionetta (depois bispo de Como),
"de tal maneira que Aquela que 11ceita a imaÇJem de Maria Menina,
era Mãe corporal da nossa Ca· doada pela R e ligiosa. Sóror Isabel
beça [Cristo ] . fosse, por um novo Clara Fornari, Superiora francisca
titulo de dor e de glória, Mãe na de Todi (feita por ela mesma);
espiritual de todos os membros". 1 782, o lmperl:!dor Jesé fecha con
- O Cone. Vaticano 1 1 . faz cerca ventos em M ilão, inclusive onde
de 35 referências a este ponto, era cu!tuada Nossa Senhora Me
em pelo menos 5 dos seus 1 6 nina; 1 8 1 0, Napoleão, identicamen-
- 94 -
te ao I mperad or José, 28 anos an de no lnst_ de Brescla; 1 094. no
tes, procede a fechamentos e fu dia 5 de maio, o Card. André Car
sões de conventos (a Imagem fica los Ferrar!, como Legado de S .
com a ex-capuchlnha Bárbara Viaz Pio X, coroa pontificai e solene
zoll, do Conv. de Santa Maria dos mente a imagem de N. S. Menina;
Anjos. precariamente vivendo no 1 934, aos 50 anos do primeiro mi
ex-convento das Cônegas Latera lagre obtido sob a invocação de N.
nenses, na paróquia de S. Marcos); S. Menina, grandes festejos ; 1 935,
- 1 832, Em Lovere, as santas Bar no dia 26 de abril, às 1 4 h no
toloméia Capitânia e Vincenza Ge altar de N. S. Menina, celebra-se a
rosa fundam a Congregação das Missa Jubilar da Redenção (como
Irmãs de Maria Menina; 1 841 , Pe. em Lourdes) : M issas durante 72 h
Luigi Bosislo, Vigário da Jg. de ininterruptas (dias 26-27 e 28), bem
S. Marcos, fica, provisoriamente como nos maiores Santuários ml
com a imagem, 1 842, o Card. Gais laneses, para obter-se a Paz; 1 942,
ruck, chama a Milão as Irmãs última festa celebrada na cabela
da Caridade de Maria Menina Lo de N. S. Menina, antes de ser, in
vere (fundadas por Sta. Bartolo cendiada durante a 2.' Grande
méia Capitânia e Sta. Vincenza Guerra ajudaram muito a i rmã de
Gerosa, ambas congregadas ma Pio X I I , marquesa Isabel Pacelli e
rianas) que, pessoalmente assu já a lguns mutilados de guerra);
mem a direção do Hosp. Fa 1 942, no dia 2 1 de Novembro. 1 .•
tebenefratelll (a imagem é en Centenário do recebimento da ima
tregue a Superiora do Hospi gem no Instituto das I rmãs da Cari
tal, Religiosa e irmã do Pe. Bo dade de Lôvere; 1 943 levam a ima
sisio); 1 876, a milagrosa imagem gem, secretamente, para Magglani
foi transladada para a Via Sofia co, a fim de evitar profanações e
(2.' nova Casa Mãe das Religio roubo; 1 943, última missa celebrada
sas de Lôvere) ; 1884, estupendo no altar de N. S. Menina (na capela
milagre, obtido pela noviça Júlia anexa ao Instituto) ; 1 43, d ias 1 4 e
Macário: tocando a imagem tosca 1 5, total destruição da Casa Mãe
mente recém-encarnada, imediata de Milão e da capela anexa ao
mente fica ela - a imagem "bela Instituto; 1 945, retorno da imagem
e viva", artiscamente; 1 887, Dom a uma capelinha na via Mercalli (5
José Sarto (depois Papa e depois de Setembro, para a festa dia 8);
S. Pio X). celebra no altar de í 951 , o Card. ldelfonso Schuster,
Nossa Senhora Menina; 1 887, de Arceb. de Milão, lança a pedra de
dica-se, a 24 de maio, a primeira re-fundação do Santuário (5 de ou
igreja oficialmente dedicada a Nos �ubro) ; 1 953, Consagração do San
sa Senhora Menina, em Brescia, tuário, juntamente com o altar
entregue ao zelo das Religiosas de mór, pelo mesmo Card. lldefonso
Lôvere; 1 888, dia 8 de Setembro, Schuster (na lápide), datada . . .
a Imagem foi levada em triunfo, 26- 1 1 -1 953, há referência a Sta.
de sua humilde capela de Brescia, Bartoloméla Capitãnio e Vincenza
para o novo Santuário construído Gerosa (ambas congregadas maria
em Milão. casa Mãe da Congre nas). Na Bahia (Porto Seguro),
gação de Lôvere; 1 893, edita-se em existe uma antiga imagem de N.
Brescia a primeira publicação de S. Menina, na lg. da Pena, ao que
dicada a Nossa Senhora Menina: parece, desde o séc. XVI I ; A de
Sorrisos e Vagidos ; 1 897, o servo voção foi introduzida no Brasil
de Deus. Card. André Carlos Fer por D. Carlos Duarte Costa (mais
rar!, Arceb, de Milão , aprova a conhecido como " ex-Bispo de Mau
Liga dos Inocentes, para honra de ra"), ao começo deste século, em
de N. S. Menina e assegurar ora Botucatú (SP). - No Aio de Ja
ções pela Igreja: 1 898, a 1 7 de fev_ neiro o culto a Nossa Senhora
o Papa Leão XIII aprova a Arqul Menina foi introduzido pelo ex
confraria de N. S. Menina, com se- Bispo de Maura, em 1 937, ten-
- 95 -
do er'n sua resld�ncla altar par tem em: Goiana (PE). cuJa Igreja
ticular (primeiro na Rua Sampaio foi construída no Séc. XVI I I ; em
Viana, e, depois, na Praça Oto de Brejo da Cruz (PB): no Morro
Alencar). - Mas em nível mesmo do Chapéu, perto de Salvador (BA) :
de Igreja paroquial só temos no em Bagé ( RS), que tomou o título
Bras i l , um templo dedicado a N. de Conquistadora: em Monte Santo
S. Menina, e é o que está na (MG) e em M i l agres (CE). - (cfr.
Arquldiocese d e Sant'Ana de Botu Bibliografia n.• 25) . - Em quase
catú: Rua João Morato Conceição, todas as aparições da Virgem nos
398 - Vila Maria - 1 8600 - Bo diversos lugares deixa Ela um ras
tucatú, S.P. (Pároco: Pe. Cláudio tro de milagres ( inclusive a água
Franza - Cx. P. 33). de fontes, como em Lourdes). pro
digiosas curas como o que já ascen
de à casa dos 800 casos compro
M ESA (do Templo) - Cons vados pela Ciência e aprovados
truída por Moisés, para louvação pelas autoridades eclesiásticas (o
de Deus, era de riquíssimo lavor, e severo mariólogo Rene laurentin,
nela ficavam expostos os 1 2 pães examinou, recentemente, grande
d a proposição (apresentação. "pre· número deles. - Os incontáveis
ex-votos que superlotam as chama
sença" das 1 2 tribos de Israel).
dos "Salas dos Milag res" nos San
De modo místico, Maria é figurada
tuários marianos atestam a infini
nesta mesa, cujos pães é Cristo,
dade das Graças concedidas nas
que Ela "apresenta" ao mundo.
formas mais milagrosas. - Ver os
Ver este subverbete em Antigo
Testamento. Verbetes: Peregrinação e Promes
sa.
gres, " po r que em 1 636 a imagem Sanefa Trinitas (in honorém Beátae
suou copiosamente diante d e todo Mariae Semper Virgini s . ) - no
o povo e durnnte muito tempo . Communicántes, o momento dos
Este suor, recolhido pelos devotos, Santos (in primls g/oriosae sem
operou estupendos milagres, curan per Virglnis Mariae. Genltrlcis
do cegos. cardíacos e doentes de Del ) - na Libera nos, prepa
úlceras e cancros. O povo mara ração para a Comunhão - Corpo
vilh,.. d o deu lhe então este nome. e Sangue de Cristo, que consoante
- Paróquias sob este orago exis- dizer de Sto. Agostinho, repetindo
- 96 -
Doutores da Igreja e endossado tinha sua "morada", a sua eMa.
por outros tantos luminares d a Maria morada de Cristo é como a
Doutrina, "é corpo e sangue de elevação que a sustem. Ver este
Maria" (caro Chrlsti, caro Mariae), subverbete em Antigo Testamento.
ao rito, também sacrificai da frac
ção da hóstia: "et lntercedente
Beata et gloriosa semper Vlrglne MONUMENTOS - Santuários
Del Genltrlce Maria . . . " - Até famosos, basílicas suntuosas, igre
antes das reformas litúrgicas pelo jas seculares, capelas, hermidas,
Cone. Vat. 1 1 , extra-missam, i . é . , nichos a se perder a conta e cuja
após a bênção final do celebrante, elencação exigiria páginas e mais
eram recitadas 3 Ave-Marias, a páginas, não apenas de um dicio
SD!ve Rainha e a impetratória pela nário, mas da al entada enciclopé
" l ibertação e exaltação da Santa dia. - De modo que, para atendi
Igreja" (dec. de leão X I I I ) . Por mento a este Verbete, como que
determinação de Pio X I, este nú representando e si mbolizando tu
cleo final de orações à Ssma. VIr do o que possa existir, e existe,
gem era aplicado pela con de sui-generis, escolhemos u m mo
versão da Rúss i a . (dec. de 30-6- numento subterrâneo, devic!o a ra
1 930). - No elenco Missae Votl ridade de coisa semel hante. -
vae (= em honra) a Nossa Senho Submarino, a receber Maria as ho
ra e no Commune Festorum BMV, menagens das criaturas aquóticas,
vamos deparar com aquilo que D. oceânicas, marinhas (mi lhares d e
Béda Keckeisen, osb, exarou com espécies de peixes, algas etc.),
muita propriedade no seu Missal e dos marinheiros e mergulhado
Quotidiano: " Dando Graças a Deus res, temo-lo na Itáli a ; nos alpes,
e enaltecendo as glórias de Maria, nas montanhas e nos ares, en
subimos com Ela ao altar para ce carregaram disso, e com que de
lebrar o Santo Sacrifício. Partici voção ! . os alpinistas, montanhistas
pando do augusto mistério do al e aviadores, bem como os pássa
tar, tomamos também parte na ros e os anjos (chegaram a trans
grandeza da Mãe de Deus, encar ladar a Casa de Nazaré para lo
nando em nós o Verbo Divino pela reto). - No útero da terra, ou seja,
Santa Comunhão. - " Bem-aventu ao profundo e escuro das minas
radas as entranhas, da Virgem Ma de carvão e outras, lá é cultuada
ria". - Bem - aventurados tam a Virgem em tantos países, por
bém todos aqueles que recebem estes homens de luzinha na testa
o Filho de Deus na Santa Eucaris como na Polônia. - Mas dentro
tia. Assim, por Maria somos con de um rochedo, no âmago de uma
duzidos para Jesus. "Per Mariam pedra não cremos existam muitos,
ad Jesum". - (Ofic. Tip. do Most. ou até se existe, como este ca
S. Bento - Bahia - 1 943). - "A vado 75 m (o equivalente a 35
Igreja permite fora do tempo qua andares de um edifício) , na casa
resma/, e não ocorrendo alguma de-máquinas da Adutora do Guan
festa de Santo, ser celebrada a dú (região rural do Rio de Janeiro),
Missa em honra (votiva) da Bem não temos notícia. - Na que foi
aventurada Virgem Maria, aos sá cognominada "a obra do sécu
bados, dia que desde antigos tem lo", um grupo de congregados
pos é dedicado a seu culto". (ibi e congregadas marianas conse
dem, cit. anterior) . V. Verbete: guiram das autoridades Estaduais
Textos Litúrgicos, em Orações - e Municipais, entrozar Junto as
e os Verbetes: Liturgia - Festas. bombas-de-recalque, na Estação
do lameirão, pequeno altar-mo
numento para o Quadro ( ícone)
MONTE - Montanha, outeiro, de N. S. do Perpétuo Socorro. -
morro, pico por serem lugares ele Ali, abençoará Ela, Maria Ssma.,
vados eram considerados de es os milhões e milhões de litros
pecial predileção de Deus, que ali d'água para uso dos 7 milhões ou
- 87 -
mala de usuátlos da CEDAG tsl tlfrcla parece -· salvo melhor Juf.
gla da época da Inauguração, 1 .• zo - Indicar que a elevação se
de maio de 1 966). - A água que seguiu Imediatamente à vida ter
o carioca bebe - elemento tão restre, sem nada haver de per
presente de forma milagrosa em meio. - Neste particular, porém,
muitas aparições de Nossa Senho livre é a nossa crença. - Os
ra - a água da Adutora Auxiliar únÍcos textos que falam da morte
do Guandú do Sena - Vem aben de Maria (sem se deterem na
çoada pela "presença" de Maria "causa mortis") fundamentam-se no
neste monumento de amor, com testemunho dos apócrifos.
feitura tão diferente dos milhares Tendo-se esta ou aquela opi
que existem mundo afora. (cfr. re nião, - "uma coisa é certa:
portagem na revista mariana Es não há documento nenhum fide
trela do Mar, Julho-agosto, de 1967, digno a relatar a morte e o funeral,
págs. 1 76/7). ou a descrever o túmulo e a res
surreição da Ssma. VIrgem." (cfr.
na Bibliografia obra n.• 4). - Des
MORADA - Casa, edlffclo, ta de a mais remota antigüidade cris
bernáculo de Deus é figura de Ma tã os fiéis celebram no mesmo
ria pois habitada, sustentada por dia da Assunção, a "dormitio" ( =
Ele, tráz também Ela. Ver este sono, adormição), l . é . , o trânsito
subverbete em Antigo Testamento. ( = passamento) de Maria. - Não
se dizia morte, o que a Liturgia,
consoante motivos teológicos, se
gue e celebra o nascimento, a Na
MORTE - Com referência a tividade, e, não a morte, com a ex
Nossa Senhora, não há qualquer pressão natalls die (morte terrena,
documento definitivo que esclare
mas nascimento para o Céu). -
ça ter ou não ter Ela morrido. -
Ver os verbetes: Assunção, Dor
E, até hoje, uma particularidade
mição e Túmulo.
ainda passível de discussão, por
que não está ex;�rada como dog
ma de fé. - Verdadeiramente não
se sabe (e provavel mente nunca M U LHER - � o tratamento
se ficará sabendo) se Maria mor com o qual os evangelistas se re
reu ou se não morreu. - Se mor ferem às Senhoras - santas mu
reu, teve imediata ressurreição? lheres - inclusive à Nossa Se
(tentou-se até estabelecer o nú nhora, que o próprio Cristo, con
mero de horas ou dias), e foi ele soante costume da época e lugar,
vada ao Céu, em corpo e alma assim o tinham em muito boa con
onde está, obviamente, viva (a!, ta. - " Mulher, como tratamento
sim, é que reside a verdade de fé). familrar e social, na Hngua grega
- Se não morreu, chegado o mo e hebraica nada tem de duro e
mento derradeiro de sua vida ter menos respeitoso: pelo contrário,
restre, Deus, como que transfigu é uma expressão afetuosa, Indica
rando-lhe o corpo e elevou-A glo tiva de um esti lo elevado [fina
riosamente à Pátria Celeste. Sa educação] . Significa "senhora" e
bido é que um texto dogmático em nossa língua, é o título que,
tem sempre Interpretação literal . com multo respeito e solenidade,
Nas palavras da Bula Muniflcentis davam os súditos as soberanas e
slmus Deus (definitórias da assun até os filhos às mães". (cfr. BI
ção corpórea) não se exclui, evi bliografia, obra n.' 34). - Este
dentemente, a possibilidade dum tratamento que já pelo oráculo di
período dé tempo entre o fim do vino, aparecera profeticamente nas
!'decurso da vida terrestre" e a origens do gênero humano (Gen
elevação ao Céu. Temos de con 3,15) e está, como simbólico véu
vir, porém, que o sentido mais dl nos seus fins (Ap 1 2 , 1 ss), Jesus
reto não é esse. A definição pon- dispensará à Sua Mãe Ssma.: no
- 98 -
Templo, aos 12 anos; nas bodas de Chermont - Cx. Postal. 501 3 -
Caná, antes do 1 ." milagre públi Agência Atlântica - 22190 - Co
co, e, finalmente, quando no-la pacabana - Alo/Brasil.
deu, no Calvário, como mãe (ecce
mater tua), encerrando no Novo
Test. esta "história" de Nossa Se MúSICA - O Pe. Pellegrlno
nhora, "mulher" admirável. Santucci, recentemente deu a lu
me, pela Editrice Cappella Musl
cale S. Maria dei Servi (Bolonha),
obra única, alentada, com 1 . 1 04
MUSEU DE MARIA (de Antro págs .. em 2 vols. Ilustrada em co
pologia Cultural) - Tem como pa res, La Madona nel/a Muslca. -
trona N. S. da Esperança, recor Desde os alvores, com os hinos
dando a devoção lusitana e de Pe bizantinos Kontakion e Akátlstos,
dro Alvares Cabral, que trouxa na aos motetes mais simples o Pe.
náu-caplttlnla em sua viagem quan Pellegrlno, autoridade i nconteste
do descobriu o Brasil. - Fundado na matéria, quase que esgota
em 4 de nov. da 1 978, no Alo de o assunto. - Quase, dizemos, não
Janeiro, sem quaisquer fins lucra por faltar ao Autor capacidade,
tivos, é um dos mais novos mu mas porque ninguém no mundo
seus do pais e pioneiro no gênero conseguirá abordagem plena, total,
e objetivos: "estudar a figura Im completa nesta área vastissima de
par de Maria, Mãe de Jesus Cris louvores à Nossa Senhora. - São
to, sua importância e repercussão Missas - Ladainhas - Hinos -
nas mais diversas formas de cul Seqüências - Ave-Marias - Sta
tura". (cfr. Cap. 11, Art. 2." dos Es· bat Meter - Magn/flcat - Ope
tatutos, Diário Oficial do Estado, ras - Canções - Baledas - (/ais·
1 6-2-1 979, pág. 1 9). - A acervo sé, rondeau, viro/a/, mottetto, elen
neste pequeno lapso de existência ca o Pe. Santtucci) - Preces -
consta já de desenhos, pinturas, e até composições fora do âmbito
gravuras, fotografias, Imagens ar sacro-litúrgico (polifônlco, grego
tísticas e artesanais, estandartes, riano, barroco), ou clássico-erudito,
bandeiras, lnsfgnlas, emblemas e atingindo ao folclórico-popular. -
demais objetos de associações ma Os maiores compositores, destaca
rianas, bem como diplomas, publi damente os mais conhecidos, têm
cações ligados ao culto mariano no em suas bagagens algo a Nossa
Brasil, biblioteca especializada e Senhora: Franz Haydn, Mozart,
"slldes" e audiovisual. - Mantém Beethoven, List, Brahms, Parosl , Pa
Intercâmbio com entidades congê lestrina, Donlzettl, Bell lnl, Carlos
neres em vários pafses: Portugal, Gomes, Verdi, Cesar Frank, Ber
França, Espanha, Inglaterra, Itália, lloz e, a l ista não terminaria. -
Bélgica, Austria, Holanda, EE . UU . , Mas deles todos, pelo menos 3
Argentina, Paraguai, Polônia, etc.; nos deixam marcas inconfundíveis
fomenta pesquisas, estudos e pu em nossos ouvidos, quando, mor
blicações, promove Intercâmbio, mente ao Ange/us, ouvimos os
exposições para a consecução da acordes de suas célebres a famo
mais ompla " memória" histórico sas Ave-Marias: Somma, Schubert
-científico-cultural sobre a figura de e Gounod. - O fato é que existe
Maria na maior latitude abrangente dentro do contexto geral abran
de povos, raças, línguas e costumes, gente da música, um setor nitida
rico manonclal que deve ser ex mente mariano e os maiores no
plorado com possivels museus-nú mes deste segmento de Arte qui·
cleos (já em funcionamento o de seram ontem e hoje, louvar a
Pernambuco). - A Diretoria com Ssma. Virgem com suas composl·
posta por 25 das mais expressivas ções, páginas Instrumentais e or
personalidades da cultura brasilei questrais ou bel-canto e solos ou
ra, tem na Presidência, a fundado coral e até o vulgo, em enterne
ra, Sra. Solange de Campos e cido cancioneiro.
- · -
N
NAZAR!: - Em gr. nazareth; beça e produto santificado do cor
em heb. naçret; em aramaico na po, daí o serem sinal exterior de
sera ; em siríaco naserath e em consagração). - Tinham preferên
árabe en-nasirah, significando a cia para o ingresso no Templo
mesma coisa em todas estas lín (espécie de colégio interno e semi
guas: lugar verdejante (manten interno que funcionava anexo às
do-se a terminação feminina t/th edificações) os parentes dos sa·
ganha o sentido de protetora, gua cerdotes. - Maria Ssma. que ne·
rita, devido ao recôncavo, ao des le entrou aos 3 anos, o fez cer·
jllnhadeiro do monte ao Norte da temente por influência de Zaca
Cidade. - Indagam alguns: Ne rias, sacerdote casado com a sua
zer � rebento em hebraico, não prima (ou tia?) Isabel. - Ali ti�
terá dado origem ao nome Naza cou até os 15, embora o tempo
ré? (Jesus, rebento de Nazaré, o permitido pelos regulamentos fosse
Nazareno). - O fato é que cons de até 1 2 anos para os meninos
titui a denominaçâo duma vila na e 13 para as meninas. Presume-se
Galiléia (Palestina) onde se deu o que dilatou-se o prazo de Maria
maior acontecimento de todos os por já está Ela órfã, e aguardava
tempos: a anunciação/encarnação a época para os esponsais (eram
do Messias esperado. (Lc 1 ,26-38 realizados com a jovem pelos seus
e Jo 1 ,14). - Ver o verbete: 1 5 anos). - Ao que parece Ma·
Novo Test. - Anunclaç§o e o ria teve como preceptora, i . é . ,
Apêndice: Cronologia Biográfica. mestra, no seu tempo de nazireato,
a profetisa Ana. Esta iniciou-a nas
Sagradas Escrituras, nos trabalhos
do tear, da costura, cultivo das
NAZI RENA - (do heb. n 'zir = flores na jardinagem, nos serviços
separado, consagrado ao serviço de ornamentação do Templo, cul·
de Deus ) ; - o vocábulo possuía dados dos objet<>s litúrgicos e pa
várias formas de se grafar: nazi ramentos dos sacerdotes. Durante
reu, nazareu, nazireno, nazareno: o dia e 3 vezes durante a noite
podia ser aquela pessoa originá havia prescrições oraclonais. -
ria d e Nazaré, bem como perten Maria sempre sobressaiu das de
cente à seita relacionada com os mais pelo senso de responsabili
ebionistas (usavam o evangelho de dade e piedade, e porque fazia
S. Mateus em aramaico) e tam ainda muito mais sobre o que lhe
bém se, de forma multo especial, era acometido.
era consagrada ao serviço de Deus,
mormente no Templo. - Qualquer
pessoa, homem ou mulher, podia
proceder ao nazir, inclusive desde NOME - Filólogos e lingüis
o ventre; entre as prescrições es tas ainda não chegaram a um acor
tava a de não beber vinho nem do referentemente ao nome Ma
éerveja, assim como era vedado ria; são variadíssimas as opiniões
o "uso da navalha" (não cortar os quanto a morfologia, semântica,
cabelos, pois, estes longos, con etimologia e grafia do termo; cerca
sideravam os judeus, glória da ca· c:le 60 significados são apontados;
� 1 01 - -
bém nos deu Polly. Semelhante 1
- Genealogia - do gr. genel
mente temos Penha. Rosemary foi = nascimento, raça, estirpe + fo
usado por vez primeira em 1 745 gos = tratado, estudo; é o qua
no Rose Castle, em Cumberlan dro do estabelecimento ou forma
dshlre (referindo o Maria como Ro ção de uma família, filiação, gera·
sa Mystlca). Vlrglnla tem larga ção, procedência. A genealogia
aceitação em português, espanhol de Nossa Senhora temo-la através
e outros Idiomas existindo lnclusl· da de Cristo estabelecida pelo la
ve na América do Norte o Estado do paterno (Mt 1 ,1·17) e materno
de Virglnla, bem como a Cidade (Lc 3,23-38). - S. Mateus elabora
de Maryland. - Na Rússia temos 42 gerações em 3 perlodos de 14
a expressão "marluska" referente cada, mas nos 2." e 3." perlodos
à Virgem menina envolta em panos omite algumas gerações; Isto para
à maneira oriental. - E no Bra nAo ultrapassar o número 14, que
sil, cremos que o campeão mun lhe possibilitou ater-se ao simbo
dial de cidades, vilas, municlplos, lismo do número 7 na descendên
localidades com os mais variados cia de Jesus. Na lingua hebraica
tftulos e Invocações de Maria, (V. as letras também servem de alga.
verbete Toponlmla) , sobressai, sem rlsmo, a exemplo de algumas
dúvida Aparecido do Norte (V. ver· maiúsculas do alfabeto romano;
beta Aparecida), no Estado de São do total das letras, 14 formam
Paulo, onda apareceu a lmagenzinha o nome Davi. - S. Lucas (pre
da VIrgem nas águas do Paralba, so também ao simbolismo) apre
morena ou negra, "pescada" por senta as 77 gerações da genealo
humildes homens como os pesca gia de Nossa Senhora, Indicando
dores da Galiléia que Nosso Se seus ascendentes masculinos: Le·
nhor tornou em "pescadores de vi, Matat, Hell, José. - Maria,
homens". - A Catedral de Brasl portanto, é da estirpe real do rei
lla teve g randemente sua constru e profeta Davi, bem como da sa
ção aJudada pela Campanha das cerdotal de Aarão (Levl), Irmão de
Marias, quando todas com este Moisés e Mlrlam (Maria).
nome, espalhadas pelo Brasil, en
viaram seu contrlbuto.
2- Noivado/Casamento (Mt
NOVO TESTAMENTO - Pers 1 ,18, Lc 1 ,27) - A única e multo
cruta-se no Ant. Testamento - ligeira Informação sobre os espon
profecias, "figuras", slmbolos, ale sals/esponsallclo de Nossa Senho
gorias, aplicação - o munus, l.é., ra e S. José, temo-la fornecida
d e que modo, misteriosa e subli por S. Mateus em apenas 5 pala
me, Maria velo desempenhar no vras: "Estando Maria ( . . . ) despo.
Novo Teot. sua mlsslio; folheando sada com José ( 1 ,18) . - E São
os 4 Evangelhos, os Atos, as Car Lucas, explicitando um pouco
tas (eplstolas), o Apocalipse e ou mais, diz em 18 palavras: " uma
vindo a Tradição, temos a presença, VIrgem desposada com um var§o,
vivendo conosco, a VIrgem. Valen chamado José, da casa de Davi;
do-nos dessas fontes primeiras da o nome da VIrgem era Maria.
nossa Fé, à luz do Ant. Testamen ( 1 .27). - Tudo mais que se diga
to - "a verdadeira devoção pro sobre o fato slo conjunturas ba
cede da verdadeira Fé" (L. G. n.• seadas nos costumes e no que
67) ver-se-á a "história" de Nossa até nós chegou através de piedo
Senhora, nos subverbetes, não e m sas tradições. - "O tempo doa
bíblico-cronologicamente. - E c�
ordem alfabéticas, mas numerados esponsais durava de ordinário -
escreve o Pe. Luiz Perroy, S. J. -
mo tudo que deve Iniciar-se se faz um ano, as vezes menos, e podia
pelos primeiros começos principie abreviar-se ao sabor dos Interes
mos pela (ver Cronologia Bib/Jo sados ( . . . ) Passou Maria esse
grllflca): tempo do noivado em Jerusalém?
no Templo ou em casa de alguma Deus assumira a condlçlio huma
parenta próxima? Teria Ido para na - Et lncarnatus est de Splrltu
Nazaré? A tradição é muda sobre Sancto ex Mar/a Vlrgine: et homo
este ponto ( . . . ) Mais verosslmil factus est. - Observa o Pe. Me.
seria supor que a cerimônia do kenzle , S. J. que as palavras do
casamento se tenha feito após o anjo são quase inteiramente cons
período requerido, em Jerusalém, tituldas por citações do Ant. Tes
ou pelo menos logo nos priméiros tamento: Gn 1 6,1 1 ; Jz 5,24; 6,1 2;
tempos da chegada a Nazaré". (cfr. 1 3 ,3; 2Sm 7,12; ls 9,6; Dn 7,14;
na Blbl/ografia, obra sob o n.• 1 2). Mq 4,7. - Muitos querem que o
- O que fica bem claro é que os relato da anunciação se deve à In·
noivos, I . é . , Marta e José, recém formações da própria Virgem que
casados, observaram rigorosamente certamente, d e viva voz narrou a
as prescrições contratuais e os S. Lucas - o único evangelista a
costumes referentes a co-habitação fazê-lo - o que está inserido na
que só acontecia algum tempo de Bíblia, versão estlmadísslma dos
pois: procedidos os ritos e ceri primeiros cristãos. - Note-se que
mônias, cada qual retirava-se para 3 da 4 coroas de glória de Maria
sua respectiva moradia e aí aguar (prerrogativas ou privilégios, I. 6 . ,
davam o prazo legal de comple dogmas marianos) aqui aparecem:
mentação para a vida em comum. Imaculada Conceição - Maternlda·
- Esta situação entre Maria e Jo de Divina - VIrgindade Perpétua.
sé é de clareza meridiana, como - Ver os verbetes: ArcanJo Ga
prova o que escreve o evangelista briel - Privilégios - Dogma e a
ao tratar da angústia de S. José, Cronologia Biográfica.
vendo Maria grávida, ao retornar
de Ain-Karim (Mt 1 , 19·20): decidi
damente não tinham morado jun
4 Visitação/" Magnlflcat"
tos, antes dos 3 meses que a VIr
(Lc 1 ,39-55) - O episódio, a I nU·
gem passou com Isabel, para onde
sitada cena da visitação, é algo
seguiu "apressadamente" logo após assim de tão transcendente subll·
os esponsais ou esponsalício. - midade que nem sabemos como e
Ver os verbetes: Casamento - Es onde enfocar o principal ângulo:
ponsais - José e Cronologia Bio e dizer que, dum modo geral, não
gráfica. percebemos bem do seu signifi
cado, destacando. pelo menos: o
Esplrito Santo que Inspira as pala·
3 Anunciação/Encarnação vras de Isabel (te/e/óssfs) das
t: o fato
-
(Lc 1 ,26-38, Jo 1 , 1 4)
- quais, em boa parte, resultou a
mais Importante de todos os tem Ave-Maria; o "momento forte" da
pos acontecido no mundo. Nunca ânsia pelo Messias, o qual recebe,
houve e jamais haverá outro Igual. pela primeira vez no tratamento
Ocorrido em Nazaré quando o Ar do evangelista S. Lucas o titulo
canjo S. Gabriel anunciou àquela, de Senhor; o se "conhecerem",
, escolhida ab aeterno, de que seria ainda no ventre materno, Aquele
a mãe do Filho de Deus Altíssimo. que viria e o "precursor" (este,
Estabelece-se entre o embaixador recebe, segundo opinião de co
divino e a jovem hebréia dos 1 5/ 1 6 mentadores e teólogos. como que a
anos o mais Incisivo e mais deci "Santificação", e purificação do pe
sivo diálogo da História: 1 55 pala cado original, antes do nascimen
vras em 5 frases. - O anjo fala to: razão porque é o único a se
3 vezes ( 1 34 palavras) e Maria melhança de Cristo e Maria, cuja
apenas 2 (21 palavras) e o rumo festa litúrgica se ce!ebra na data
do mundo é decidido com o "fiat" da natividade e não no dia da mor
(= faça-se), que convencionou-se te) ; a "pressa" de Maria, claro
traduzir por SIM. O sim de Maria que naturalmente querendo ajudar,
que salvou a Humanidade decaída, servir a parenta já Idosa e grávida
pois naquele exato momento um d e 6 m�ses, em Aln-Karlm, porém
algo mais enchia o seu coração, nlco: o Nunc dlmlttls, de Simello
alguma coisa mais envolvia todo (Lc 2,29-32) e o Benedlctus, Zaca
o seu ser e só podia explodir - rias (lc 1 ,67-79). - Ver os ver
como explodiu (este é o termo) - betes: Afn-Karfm.
no seu cântico-oração Magnlficat,
que le Camus diz ser "a única pá·
g i na do Evangelho que nos per
mite penetrar nos mistérios do es 5 - Re torno à casa/Angústias
pírito de Maria ( . . . ) Ela não fala, de S. José - (Mt 1 ,1 9-24) - Não
canta." - Sim, canta Imersa na se sabe nada dos 3 meses que a
mais profunda humildade exaltati· Virgem passou com sua prima
va, o seu cântico de agradeclmen· Isabel numa cidade de Judá nas
to. - Disse, e disse-o bem Sto. montanhas (Ain-Karim?). - Só se
Agostinho, ao afirmar que cantar sabe é que o maior segredo do
é rezar duas vezes, e sentimos elo mundo, a mais esperada noticia que
qüente prova disto quando entoa a Humanidade podia ter, Maria dei·
mos este poema-oraclonal que a xou no coração de sua prima. -
Ssma. Virgem proferiu em sua lln· Ao cabo de 3 meses passados no
gua materna - arameo/aramáico: lar de Zacarias, retomou a VIrgem
Nascho d/1 tchabah !mario - e ho a Nazaré, para, com o seu noivo
je é cantado em todas as lrnguas (estava ritual e legalmente des
do mundo (em grego o Magnlficat posada com José, ou seja, assu
tem 1 02 palavras; em latim 89 e mido perante o sacerdote e teste
em português: 1 05). - Magnificat, munhas as preliminares obriga
conhe;;ido com este nome latino ções dos esponsais). - Por certo
devido a versão Vulgata de S. Je. Maria morava em casa de paren·
rônimo: Magnificat anima mea D6- tes, próxima a casa de quem es
minum (palavra Inicial do 1 .• ver· tava esposada (prometida por lei,
so), é um hino ou cântico-oração sem contudo coabitarem); e retor
entoado pela Virgem nesta visita, nara já de 3 meses grávida, por
tendo já no sacrário virginal do seu tanto com alguns sinais exteriores
selo, Jesus Cristo. - Observa o deste seu novo estado: mãe. -
Pe. Mckenzie, S .J . , que "o cân· E o carpinteiro José, seu noivo,
tico de Maria, tanto no tema como (desposado) logo percebeu que al
no tom e na expressão, aproxl· go de extraordinário se passava
ma-se amplamente do cântico de em Marta. Soube, no entanto man
Ana ( 1 Sm 2,1-10), com o qual po ter-se em grande silêncio, a es
de ser colocado em paralelo." (cfr. pera de alguma explicação. - O
Bibliografia obra sob o n.• 20), fato é que a angústia de José
quando expande sua alma em lou precisava ser estancada (chegou
vor e agradecimento; lembra aque· a pensar em abandoná-la secreta·
les outros de heroínas israelitas mente, a fim de não difamá-la). E
que, al iás foram "figuras" de Ma· em seu socorro veio a própria pro
ria : : Débora, Judite, Maria, (a Ir vidência Divina. quando em sonho,
mã de Moisés) e lia. - O Mag. através dum anjo, tudo se escla·
niflcat constitui, não padece dú receu: "José, filho de Davi, não
vida, um poema, é jóia da poesia temas receber em tua casa Marta,
hebraica, mas é, antes de tudo, o tua esposa, porque o que nela foi
cântico-oração inspirado pelo Es· concebido é (obra) do Espírito San
Dará à luz um filho, o qual
p drás o nome de Jesus . . . " (Mt
pirita Santo. - Cremos não me· to
recer consideração o dizerem ai·
guns que o Magníficat já existia 1 .1 9 2 1 ) . - Note-se: o Anjo, além
na literatura religiosa dos judeus, de cessar-lhe a ãngustia, afastando
e , muito menos o afirmarem ou todas as dúvidas, Impõe-lhe a In·
tros que foi composto por Isabel e cumbência de apõr o nome na
ainda esta: foi Inserido por Lucas! criança, função que juridicamente
- Com bastante afinidades mais cabia ao pai e desta forma confi
dois cânticos no contexto messlâ· gurava-se a posição de José co-
- 1 04 -
mo pai legal Daquele que viria 111 dos rebanhos num ralo de 2 km,
luz. - Assim esclarecido, de avisado pelos anjos acorreram pres
sanuviado de suas naturais apre surosos à gruta Improvisada em
ensões: "Ao despertar José do residência. E em chegando a gru
sono, fez como lhe tinha mandado ta, lá " encontraram Maria, José e
o anjo do Senhor, e recebeu em o Menino . . . " (lc 2,16).
sua casa (Maria), sua esposa."
(Mt 1 ,24). - Ver os verbetes: Ca
samento - Esponsais - Jos6.
7 - Clrcunclsão/Apresenta
ção/Purlflcação/Simeão (Mt 1 ,25;
Lc 2,21-39) - Após 8 dias do Me
6 - Nascimento/Belém (Lc nino nascido cumpriram-se as pres
2,1-20) - Como terão sido aque crições de lei de Moisés : a cir
Jes 6 meses que medearam do re cuncisão e conseqüente aposição
torno de Ain-Karim (visitação) aos do nome; a cerimônia muito sim
preparativos para a longa viagem ples realizava-se na casa do pai e
até Belém? (viagem naqueles tem· este mesmo, geralmente, procedia
pos bem dura em vencer-se nun.s ao ritual do corte do prepúcio; me
bons 4 dias a pé ou no dorso dum dida de ordem higiênica, porém so
burrico, os 150 km ou mais, que bretudo de caráter religioso, lem
dista Nazaré da aldeia ou vila que brando aos descendentes d e Abraão
seria a pátria do Salvador). - Já que eles eram o povo eleito, do
tinham, Maria e José, plenfssimo qual nasceria o Salvador (logo, Ma
conhecimento da grande acontecên ria e José submeteram-se à lei,
cla a verificar-se em cumprimento por humi ldade, pois já sabiam que
às profecias (que por certo os dois o Menino era o Messias prometi
leram constantemente, pois é hábi do). - E 40 dias após o parto dum
Sagradas em família): "E tu, Be primogênito, este deveria ser apre
ta judaico estas leituras das Letras sentado no Templo, cerimônia esta
lém (chamada) J:frata, tu és pe agora, diante dum Sacerdote. Era
quenina entre os milhares de Ju outra prescrição mosáica, estabe
dá; mas de ti é que me há de sair lecida como lembrança do exter
Aquele, que há de reinar em Is mfnio dos primogênitos em terras
rael, e cuja geração é desde o do Egito. Oferecia-se o criança a
principio, desde os �las da eterni Deus, sendo ela Incorporada ao
dade." (Mq 5,2). - Chegaram em serviço religioso (o resgate fazia-se
fins d e Tibet (dezembro) ao luga por troca de 5 ciclos). - No mes
rejo que nem cidade era, frente a mo ato procedia-se ao rito de Pu
um vale vasto e tranqüilo. No cen rificação da que dera a luz, por
tro populacional o burburinho Já ul que segundo os costumes hebral·
trapassava o tumulto e confusão cos, toda mulher que tinha um
devido ao acudimento ao edito de filho ficava manchada devido ao
César Augusto para o grande re sangue perdido, ou seja, tornava-se
censeamento do Império Romano Impura. O sacerdote d erramava
em suas possessões (já o ordenara sobre ela o sangue de animais sa
Saturnino e seu sucessor Varo). crificados ao mesmo tempo que re
- E a Virgem, pressentindo che citava algumas orações rituais e
gado o momento decisivo Instou com isto era considerada nova
junto a José. A premência fê-lo mente l impa. Oferecia também
arrumar para a Virgem um canti um par de pombos ou rolinhas,
nho numa gruta que também ser conforme as posses, e Nossa Se
via de estábulo aos animais. - E nhora o fez como pobre que era.
ai é que nasceu-lhe o Divino Filho , Embora não estivesse Ela sujeita
que Ela, tendo-o enrolado em fai a esta lei, quis no entanto satis
xas, colocou num presépio, L é . , fazê-la por obediência e humildade.
uma, manjedoura, à guisa d e ber - No dia da cerimônia, compa
ço. - Os pastores que cuidavam receu ao Templo - Inspirado por
- 105 -
Deus -"- velho Sacerdote, Slmello, Jesus deve ser Igual aquela dos
que profetizou os sofrimentos pe Magos que enfrentaram corajós a
los quais passaria a Virgem c� mente todas as espécies de ob stá
mo Mãe do Salvador. " . . . uma es culos. - E o modo mais seguro de
p a da trespassará a tua alma, a fim achar Jesus - afirmam os comen
de se descobrirem os pensamentos tadores - é procurá-lo junto à Ma
escondidos nos corações de mui· ria, sua Mãe, que Ele nos deu
tos". (Lc 2,35). - A cena foi pre como nossa e João levou-a (como
senciada por Ana, a profetisa, que nós devemos fazê-lo) para sua ca
portava como vemos, o mesmo n� sa.
me da mãe de Nossa Senhora.
108 -
e diz-se que Nossa Senhora nela da Páscoa porque, com esta Idade
repousou. - A permanência no o Israelita tornava-se Filho ds Lei.
Egito durou até a morte d e Heró - De louvar, portanto, o cuidado
des, sucedido pelo filho Arqueláu de José e Maria, providenciando
(ano 750 de Roma e 4 da era vul a desobriga do Menino aos pre
gar). - Uma estada calculada em ceitos da lei mosaica, embora sa
2 a 3 anos. - O retorno - que bedores - como sabiam - que
foi no tempo de Páscoa em Israel, estava ele dela Isento como Filho
obrigou José, por segurança, "evi· de Deus. - Aliás, Jesus à Isto
tar a passagem pela região da aludiu de certa forma quando, após
Judéia, tomando ele às margens 3 dias de aflita procura foi encon
do Mediterrãneo por Gaza e Cesa trado a discutir com os doutores
réia da Palestina. Esse caminho da lei: "Filho, por que procedeste
passa pelo Carmelo e quer a tra assim conosco? Teu pai e eu te
dição local que os viajantes te procurávamos ( . . . ) Ele disse-lhes:
nham passado na caverna chamada por que me buscáveis? Não sablels
Escola dos Profetas ( . . . ) e foram que devo ocupar-me das coisas
estabelecer moradia em Nazaré da de meu Pai ?" - Aos que talvez
Galiléia". (cfr. na Bibliografia obra possam considerar um tanto duras
n.• 9). estas palavras, mormente num me
nino de 12 anos aos seus pais, é
lembrado que há de se ver a ento
nação da voz (que não se sente
na escrita), o aceno, acentuação
10 - Perda e Encontro no na forma de falar; note-se ainda
Templo (Lc 2, 41-5 1 ) - Como tudo que ao referir-se ao subseqüente
que acontece na vida de todos em Nazaré, o evangelista assevera
nós, o episódio da perda e encon que "o Menino era-lhes submisso",
tro do Menino, com 1 2 anos, no adiantando que ao mesmo tempo
que crescia em sabedoria e esta
por manifesta deliberação divina �
Templo, deu-se, temos de convir
tura, também crescia "em graça
foi, segundo muitos autores " o diante de Deus e dos homens";
' Jogo, era delicado, gentil, atencio
único a causar n o coração da Vir
gem receios comparáveis aos que so. E não se pode pensar doutra
teria quando Jesus a deixasse, de forma em se tratando de Jesus.
finitivamente dentro da 18 anos - Diz S. Bernardo no tocante a
: este passo das Escrituras: "Em
Início então de sua vida pública.'
(cfr. na Bibliografia obras sob os Nazaré, Aquele a Quem os espl
n.•s 9, 34 e 42). - Eis uma outra ritos celestes obedecem, e diante
"espada" de que falara o velho do Qual tremem, está submisso a
Simeão. - De forma alguma se duas criaturas; não se sabe o que
poderá acusar Maria e José de admirar mais: se a obediência do
negligentes, ainda mais conhecen Filho ou a dignidade da mãe. Na
do-se os hábitos tradicionais das obediência de Jesus há uma hu
caravanas (as vezes de 3.000 pes mildade sem par; na autoridade
soas) que demandavam, na Festa de Maria sobre um Deus há uma
grandeza sem rival."
da Páscoa, a Jerusalém: os habi
tantes duma mesma cidade, mor
mente se tinham parentesco, se
uniam em grupos de homens e de
mulheres. - E, multo naturalmen 1 1 - Bodas de Caná (Jo 2,1-1 1 )
te supôs José estar o Menino no O antes Menino, agora, passa
grupo da Maria, enquanto Maria dos 1 B anos da perda e encontro
pensou estivesse ele no grupo dos em Jerusalém , crescera ( 1 ,80m, se
homens (com 12 anos, ainda uma gundo o que se vê no Santo Su
criança, tanto podia ficar num gru dário de Turim apontado pelo pes
po como noutro). - Por vez pri quisador Glovannl Cordlglla) e se
meira estava ele indo a uma Festa tornara homem feito, com 30 anos.
- 1 07 -
- Aquele Jo§o, o Precursor, que dias do cristianismo) para assina
"conhecera" no ventre materno de lar o episódio marcante da m e
Isabel, quando também Ele ainda diação da Virg e m , uma Igreja en
se encontrava no ventre de sua tregue aos PP. Franciscanos. -
mãe, Maria (visitação em Ain-Ka E mais ou menos no lugar onde
rlm), vinha, há um ano, pregando foi a casa de Simão (é o nome
e batizando no rio Jordão. - Era que a tradição dá ao jovem noivo),
lnrclos do ano 28, e, deixando so ergue-se a igreja de cúpula bran
zinha vez primeira Nossa Senhora, ca dos gregos.
Jesus ausentou-se por 2 longos
meses. Neste lapso de tempo fi 12 - Maria na vida pública,
zera batiza r-se por João, retiran
" "
antes da calvário (Mt 1 2, 46-50;
do-se em seguida para o deserto 13, 54-55. - Me 3, 31-35. - Lc
a fim de jejuar, rezar e sofrer a 1 1 , 27-28. - J o 6, 42) - Nenhum
tentação de Satanás nos 40 dias fato em que haja uma ação direta
que p ass ou ali isolado de tudo e da Virgem nos é narrado, na vida
de todos. - De retorno arrebanhou pública de Jesus, após o de Caná
os primeiros discípulos para a até o derradeiro, no Calvário. -
grande missão: aquele que seria São 3 anos e m que toda a Galiléia
" o amado", e se tornaria evange e a Judéia foram palmilhadas em
lista, o jovem João; os Irmãos An suas cidades, vilas, aldeias e ca
dré e Simão (este teve o nome minhos chovendo ou fazendo sol,
mudado para Kéfas, i . é . , pedra, a noite ou de dia, no sbbat ou ou
Pedro); mais Felipe e Nataniel (Na tro dia. - E claro é que, impos
taniel era natural de Caná e aten sível não tivesse Maria Ssma., a
dia também pelo nome de Barto escolhida para ser a co-Redentora,
lomeu). - Com Maria Ssma. e não tivesse ficado Ela junto Dele
estes primeiros 5 discípulos com na " hora" em que começava sua
pareceu em meados de março, obra salvífica, em que completa
após 3 dias do retorno, a uma fes ria a missão para a qual encarnara
ta de casamento em Caná. Nazaré no seio puríssimo da Imaculada. -
dista de Caná ( a Kfar Kanna, dos " Maria foi associada a Cristo no
árabes), 7 km e era toda euforia preparar a obra redentora. por
mormente porque o vinho deveria que, juntamente com Jesus foi
correr abu ndante ; mas, eis a tris prometida e anunciada pelos pro
teza e o vexame iminentes para fetas e esperada pe los antigos
os noivos felizes ; o vinho acabara! justos". {cfr. na Bibliografia, n.•
- E Maria sal do seu habitual es 34) . - Teria a Virgem deixado
condimento e obtém de Jesus o completamente a sua casa de Na
seu p rim e iro e estupendo milagre zaré? - Tudo faz crer que sim,
- transformação da água em vi para poder seguir o seu Divino
nho - muito embora Ele lhe tenha Filho em suas freqüentes, longas
dito: " Mulher, que importa a Mim e cansativas peregrinações, cami
e a ti Isso?", mandou que se en nhadas inesperadas por sítios di
chessem os 6 cântaros de água, fíceis. - Segundo a tradição Ma
não para a habitual ablução das ria, de modo muito freqüente, jun
mãos - rito higiênico e religioso tava-se as "santas mulheres" na
- mas, agora, para proporcionar quele serviço complementar femi
aos convivas (após provado pelo nino ao ministério público de Je
arquiticlínlo), cerca de 600 litros sus. (Lc 8, 1 9-2 1 ) - Quem melhor
do mais del icioso vinho que jamais do que a Virgem poderia orientá
se bebera. - (a capacidade das -las, ensinar-lhes sobremaneira
talhas era de 80 e 1 20 litros). Ho que, antes de tudo, seu Filho ti
je, próximo da fonte onde se apa nha como missão primeira a obe
nhou a água utilizada no milagre diência ao Pai Celeste? - Há de
da transformação nesse vinho, er se compreender que embora asso
gue-se, com sua cúpula vermelha, ciada à obra redentora. esta per
(ali existiu um templo nos prlmór- tencia exclusiva e ontologicamente
- t oa -
a Jesus. - Maria Ssma. ]amais se mente que lhe foi permitido, el-la
apresentou pública e ostensiva· firme no seu lugar: "Junto a cruz
mente como Mãe de Deus, mes de Jesus estava sua mãe. Quan
mo em ocasiões em que Imensa do Jesus viu ai parada sua mie
alegria Invadira sua alma (duas e o discípulo a quem amava, disse
multiplicações dos pães) e Infinita a sua mãe: - Mulher, eis ar o teu
tristeza lhe trespassara como "es· filho. - E disse ao dlsclpulo: Eis
pada" o coração (ver o filho ex· ai a tua mãe. E desde aquela hora
pulso da sinagoga de sua pátria). o discípulo a levou para sua ca
-'- São 4, a rigor, as alusões que sa." - Querer-se-á outro e maJor
os evangel istas fazem a Nossa Se· motivo para amar-mos Maria, noa
nhora neste longo espaço de 3 sa mãe? - " U m célebre orador,
anos: 1 .') no chamado 2." perlodo interpretando essa crença unânl·
das primeiras atividades (julho/se me diz: Jesus Cristo não se deu
tembro do ano 29) pela Galiléia, por satisfeito nem repartindo co
tendo visitado a casa de Pedro nosco a sua sabedoria, nem enrl·
(num sábado, 21 (?) de out.), em quecendo-nos com a sua graça,
Cafarnaúm : "Tua mãe e teus "ir· nem derramando para nossa sal·
mãos" estão lá fora a tua pro· vação todo o seu sangue. Para
cura . . " - 2.') mesma época, na
. que a Redenção fosse, sob todos
2.' visita a Nazaré, num sábado na os aspectos abundante, a fim de
sinagoga local: "Não se chama a que Intima e perfeita fosse a
sua mãe Maria? . . . " - 3.') na si· união com Deus, a fim de que a
nagoga de Cafarnaúm, desconfian· troca que fizera, assumindo a na
ça à afirmação de Jesus de ser o tureza humana e comunicando-nos
"pão da vida" (Já dera milagrosa· a divina, fosse completa, Ele nos
mente as multidões o pão mate· legou ainda seus direitos de Filho
rlal): "Por ventura não é este Je· que pareciam lntransmlsslvels,
sus, o filho de José, cujo pai e tornando-nos com Ele e Nele, fi·
mãe nós conhecemos?" - 4.') no lhos de um mesmo Pai e de u 'a
3." perlodo, ano 29, Judéia, out./ mesma Mãe, Maria." - (cfr. na
nov .. quando, em Jerusalém, indi· Bibliografia obra n.• 34).
retamente, Jesus elogia Maria ao
responder uma voz dentre a mui·
tldão: "Bem-aventurado o ventre 1 4 - Maria, mãe/No C enáculo
que te gerou e os seios que te (At 1 ,1 4 ; 2 , 1 -4)
- No mesmo
amamentaram." (lc 1 1 , 27-28) . -
lugar (não possivelmente a mes
Da resposta de Jesus, ensinam os ma sala do pavimento superior da
comentadores, que frisou o Divino casa onde Cristo ceiou pela úl
Mestre: a bem-aventurança de sua tima vez na Páscoa com os Após·
mãe não era por ter Ela cuidado do tolos e Instituiu a Eucarlstlca) lu·
corpo fisico Dele, mas, antes, por gar abençoado pela estada e lem·
ter sempre ouvido, crido e praticado brança do seu Divino Filho, estava
a palavra de Deus. - A nota do Maria, não como chefe (este posto
Pe. Matos Soares a este verslculo reconhecia-se a Pedro), mas como
sublinha esta louvação à Maria. - mãe, orientadora, conselheira: "To
Ver o Verbete: Elogio. dos estes [os Apóstolos com ex
ceção do traidor] perseveraram
unanimemente em oração, com as
1 3 - No Calvário: Stabat Ma· mulheres, e com Maria, mãe d e
ter/Ecce Mater tua (Jo 1 9, 25-27) Jesus, e os Irmãos Dele". - Era
- O "drama" da cruz chegou ao no dia do Pentecostes ( 1 0 dias
epílogo e o Gólgota era o triste e depois da Ascensão) e , "subita
derradeiro cenário da obra que se mente veio do Céu um estrondo
consumava, I . é . , completava ple semelhante ao som de um vento
namente; e assim como esteve impetuoso e encheu toda a casa
presente no seu "fiat" (concep· ( . . . ) E apareceram-lhes repartidas
ção), no et homo factus est (Na· umas como línguas de fogo e fo
tal), nos 33 anos o mais diuturna· ram pousar sobre cada um deles;
- 1 09 -
e todos ficaram cheios do Espfrlto NUVEM - Figura de Maria
Santo . . . " (At 2, 1-4). - Segundo porque Ela a todos protege dos
piedosa tradição, a chama divina ardores do calor (do mal), refres
pousou primeiro sobre a cabeça da cando, quando como chuva sua
Virgem e dar é que se repartiu viza, alivia, Irriga; em forma de
sobre os Apóstolos. - Assim co coluna circunda o trono do Altfs
mo a seus rogos maternais ante simo, predita assim, em sfmbolo.
cipou-se em Caná a hora dos mila Ver este subverbete em Antigo
gres, no Cenáculo terá Maria apres Testamento, e mais: Culto profé
sado a vinda do Espfrito consola tico (em Devoções), tb. Escapulá
dor. rio.
• • •
o
OLIMPfADA MARIANA ORAÇOES - As principais e
Puas olimpfadas marianas foram mais conhecidas orações ou pre
realizadas pelas Congregações ces a Nossa Senhora formam uma
Marianas do Alo de Janeiro ( 1 952 coroa de louvores em todas as
e 1 954) tomando parte diversos Igrejas, ritos e Idiomas, orientais
sodalícios dos 1 33, dos 12 setores e ocidentais, sem contar os dia
da Federação carioca. - Realizou letos de povos primitivos e lín
com elevadfssimo índice discipli guas consideradas mortas - Al
" ".
- uo -
e Sub tuum praesTdTum - Dl e Ato de Consagraçlo - Slo
flcll não encontrar nos devocloná Inumeráveis as fórmulas de Con
rios, esta breve e multo antiga sagração como por exemplo, aque
oração, cujo texto é de autor des la atribuída à S. Francisco de Sa
conhecido. Expressa, neste cor les, que se Inseriu no ritual de re
rer dos Séculos, em que é devo cepção de congregados marianos .
tamente rezada, a confiança no po Vários são os Pontífices que redi
der e na bondade de Nossa Se giram Atos de Consagração p�ra
nhora: "Sob a vossa proteção nos os fiéis, objetos, Cidades, Naçoes
refugiamos . . .
" e templosó V. verbete: Consagra
çio.
e Memorare - O célebre e
conhecldlssimo Lembrai-vos (tira e Texto de Bênção - Da mes
do de uma homilia do grande ma ma forma muitos são os textos de
riano S. Bernardo sobre a Assun bênção que Invocam oraclonalmen
ção), tornou-se prece clássica e te a Ssma. Virgem, como está na
fórmula aplicada aos doentes (lar
profusamente difundida em todo o
gamente usada em Lourdes e ou
mundo cristão. Como todas as
tros santuários marianos; após a
outras, foi indulgenclada por uma
abertura com a tradicional Sub
série de Pontífices.
tuum praesldlum (Sob a vossa pro
teção recorremos, Santa Mãe de
Deus . . . ) , o ritual prosegue " . . .
e pela incessão da Bem-aventurada
e Salve Rainha - E uma das VIrgem Maria . . . " V. verbete: Cru
4 antífonas marianas (v. o verbete zada "Abençoemo-nos por Maria".
Antlfonas) atrlbulda ao Bispo de
Pug, Adernara, membro do Conse
lho de Chermont e Legado Apos
tólico na 1 .• Cruzada (tornou-se co e Textos Litúrgicos - Em ri
mo que o canto-de-guerra dos cru tos orientais (desde S. Tlago, Bis
zados). A frase final era: Jesus, po de Jerusalém) são abundantes,
Bendito Fruto do Vosso Ventre. - nos textos da Santa M issa, as I n
A trlpllce aclamação rezada hoje , vocações oracionais a Nossa Se
ao final, perpassada de acendrado nhora: melquita, maronlta, ucra
amor e louvor a Nossa Senhora, niano, etc. - No latino (Romano)
foi acrescentada pelo grande ma pelo menos em 5 textos Maria é,
riano S. Bernardo. Fora ele pre explicitamente Invocada: ao Confi
gar em Spira (Alemanha) na quall· teor - ao Credo -na Suscfpe,
dade de Delegado Apostólico. - Sancta Trfnftas (ofertório) - n a
Com enorme massa popular, tendo Communicantes (intenções espe
a frente o Imperador, entrando na ciais) - e na Libera nos. - An
Catedral prorrompeu-se o coro no teriormente ao Cone. Vat. 11, re
cântico da Salve Regina e ao che zava-se após a bênção final do ce
gar ao altar-mor entoava-se justa brante: 3 Ave-Marias, a Salve Rai
mente: Nob/s, post hoc exilium os nha e o i mpretratório pela "llber�
tende, finalizando . O santo de tação e exaltação da Santa Igreja".
voto mariano, em verdadeiro "trans V. os verbetes e subverbetes: De
porte", fmpeto de amor, fez 3 ge voções - Cultos - Liturgia -
nuflexões ao mistério de encarna Missa - Festas.
ção, dizendo: ó Clemensl ó Dul
cisl ó Vlrgo Maria! - Antes de
serem Introduzidas na Salve Rai ORVALHO - Imagem de bên
nha, essas exclamações foram es ção do Céu é figura ou sfmbolo
culpidas em lâminas de bronze e de Maria, que orvalha, abençoa o
apostas no piso da Catedral. - V. mundo. - Ver este subverbete em
Antlfonas Marianas. Antigo Testamento.
- 111
p
PALMA/PALMEIRA - Símbo ( . . . ) - Tlago o maior e S. João
los da vitória (palma) e da forta Evangelista eram também, filhos
leza (palmeira), apl icam-se a M a de Zebedeu; a mãe chamava-se
ria: Vencedora do demônio e for Maria Salomé e era filha de Sobe,
te ante todo o sofrimento. Ver Irmã de Sant'Ana, e, portanto, tia
este subverbete em Antigo Testa da Mãe de Jesus ( . . . ) Cleófas
mento. ( . . . ) era neto do tio-paterno de
Maria Cleophae. - Menção es
pecial merece-nos a família de Lá·
PARENTES (de Nossa Senhora) zaro, que tinha Intimas relações
Das "visões" da freira alemã com Jesus e Sua Ssma. Mãe."
Anna Catharlna Emmerich (ver BI
bliografia, n.• 55), transcrevemos: Nota - Em documentos extrablbl lcos
-zacarlas e Isabel ( . . . ) moravam encontremos: Segundo contam, o Israelita
em Juta, perto de Hebron. Por Stolunus, casado com a jovem EmoMJm
sua conhecida virtude e descen tiveram as filhas: lsmérla e Emaranclana;
dência reta de Aarão, gozavam Esmérla casou-se com Ellvld, da tribo da
ambos de alta estima do povo; Za Benjamim, a tiveram 3 filhas: Sobe, Ana
carias figurava como chefe de to a Maharha. - Ana era natural de Belém,
dos os sacerdotes que moravam porém seus pais se mudaram para Sé
em Juta - Isabel era filha d e
.
forls, a capital da Galiléia. - Nessa
Emerenciana, Irmã de lsméria, que região Ana conheceu Joaquim, cujo ver·
e ra a mãe de Sant'Ana. Por isso dedelro nome era Hell, descendia ele do
chama a Escritura a Isabel prima rei Davi. - Casaram Joaqui m e Ana, e
de Maria. - Maria, Mãe de Jesus, moraram temporariamente na case do SO·
tinha uma irmã mais velha, d e no gro, Matat. - Maharha casando-se foi
me Maria Hell, cujos filhos eram morar perto de sua lnnil Ana [mãe de
Tlago, Sadah e Heliadim. - Uma Nossa Senhora), a Maharha teve multo•
filha de Maria Heli era chamada filhos, porém um deles, Mariana, ape
pelo nome do pai - Maria Cleo gou-se multo aos tios, Ana e Joaquim;
phae, que quer dizer Maria, "filha vivia mais tempo com ele9 do que com
d e Cleófas. Esta teve do primeiro a mãe. - Joaquim e Ana, que nAo tinham
marido, Alfeu, 3 filhos: Judas Ta descendentes, praticamente consideravam
deu, Simão e Tiago o menor e Mariana [e nAo Maria] como filha.
uma filha, Suzana. Alfeu, que era
viúvo, trouxe para esse matrimô PECADO ORIGINAL - priva
n i o um filho, de nome Mateus, ção, ruptura da graça, i . é . , da ami
anteriormente chamado Levl, que zade com Deus que já trazemos
mais tarde tinha uma aduana [ban como herança dos nossos pais
ca de Impostos] perto de Betsaida, Adão e Eva, ao sermos concebi
no lago Genezaré. Do segundo dos; somente o batismo no-lo apa
matrimônio, com Sabas, teve Ma ga. Maria, porém, por ter sido
ria Cleophae um fi lho, d e nome escolhida, ab aeterno, para Mãe
Barsabas, chamado na Escritura Sa de Deus , foi isenta dessa mancha,
grada Joseph. Depois da Ascensão desse pecado dito de origem, ori
de Jesus, foi ele, junto com Ma ginal. - Ver os verbetes: lmac.
tias, escolhido para um deles ocu Conceição (subverbete de Dog
par entre os Apóstolos o lugar d e mas Marianos), João Batista/João
Judas: a sorte designou Matlas . Evangelista, e, Ab aeterno.
- 1 12 -
PESSOA -
é omo h averia El a tos de total consagração a D eus,
de ser, porquanto, "figuras" de votos que muitos não discernem
Maria, têmo-las fartamente "pin· com a idade de 20 anos! Claro
tadas" nas lindas e entrelinhas do que a Virgem teve precocemente
Antigo Testamento (símbolos, ale o uso da razão. Da estada n o
gorias, analogias, aplicações) ; pra· Templo (juventude) aos esponsais
ticamente em todos os Livros prln· (mocidade), até o lidar em Nazaré
cipais, lá encontramos a "presen e em Belém (dona de casa). o que
ça" aurora! de Maria. -O surgi· se perscruta da sua "biografia"
mento biológico, sua aparição físl· (ver o Apêndice: cronologia). quan·
ca no Novo Testamento possibil ita to à " pessoa" de Maria, é que, acri
a que tenhamos então o conheci solada das mais excelsas virtudes,
mento da sua "pessoa" como cria· jamais se proc�amou como "autor!·
tura tão viva como nós, tão hu· dade", como " superior", como "dl·
mana como nós, tão vizinha, ferente", mas timbrou sempre, is·
próxima de nós, e, então passamos to sim, pelo silêncio, pelo reco·
a vê la (tota pulchra! ) , a ouvi-la lhimento, pelo abscõndito. - Ao
(ó dulcis Virgo Maria ! ) , a senti-la entoar o "Magnificat", cântico-ora
éndoxos = gloriosa ! ) - E pode· ção no qual usou cerca de 1 00 pa
mos nos deter, ousadamente, é lavras, exulta, agradece, e não se
certo, em seu " retrato que quisé· envaidece. Diz Le Camus que as
ramos poder (nenhum artista o palavras do "Magniflcat" nos per
conseguiu ainda no mundo) traçar mite penetrar nos mistérios do es
·lhe o perfi l. Sirvam-nos - embo· pírito - portanto na psicologia. na
"pessoa" - da Maria, pois ali Ela
ra todas as imperfeições - a abor·
não só reza. mas, de alma aberta
dagens que se seguirão, procuran
canta ao Senhor.
do revelar nos este ou aquele as·
pecto do espírito. do interior psi·
cológico, da alma da Virgem. Fa·
zemo-lo por amor como poeta-aman
te (o que é um devoto de Maria e Beleza Física/Corpo - Diz
senão um poeta amante?) a quem S. Dionísio, o Aeropagita, que quan
tudo se perdoa, pois as ousadias do a viu tão bela, tê-la-ia tomado
de amor são sempre puras, i ngê por uma divindade, tal o encanto
nuas e por isso dignas de perdão. que emanava de sua pessoa de
- Com antiga e humilde prece beleza incomparável, se a Fé em
latina é que abordamos este difícil que estava bem assente, confirma
ponto: do, não lhe ensinasse o contrário,
a teria tomado como Deus! ( tes
tor qui aderat in Virgine Deum). -
"Na scrlbam vanum, Segundo Sto. Epifânio, S. Nicéforo
Duc, pia Vlrgo, manum' ' . e S. Gregório Nazianzeno - tam
(para que não escreva e m vão bém contemporâneos da Virgem
(com erros) VIrgem Santa, gula - a cabeleira Dela era loura e
minha mão) seus cabelos flutuavam livremente
sobre seus ombros ; suas vestes
eram, como costume da época, de
lã branca ou ligeiramente azularia,
Como Jesus. a nota predoml· cinto (correia) de estofo simples
nante da e na "pessoa" de Maria envolvendo a cintura, véu branco
foi a obediência. E é das pessoas cobrindo-lhe a fronte e esvoaçan
obedientes o serem, por conse do-lhe sobre os ombros para de
qüência. tranqüilas nas atitudes, pois descerem até o chão. Mo
dóceis no trato, ternns nos ges desto e circunspecto - diz-nos S.
tos, diligentes nas ações. A firme Pedro Crisólogo - era o seu por
za na!l deliberações já se notara te, graves os seus passos, doce o
em Maria, menini nha em tenra olhar, firme e limpido o timbre da
Idade, pois resoluta fizera os vo- voz, afáveis e atenciosos os seus
1 13 -
gestos, sem pretens6es as atitu eonselente e generoso dessas fun
des. É Sto. Antonino, que piedosa ções das mãos vlslveis de Maria
mente observa: ··o corpo da Bem é preciso, antes de tudo, que sin
aventurada Virgem Maria, era de tonizemos com estas mesmas ben·
u m a perfeição absoluta e de uma ditas mãos nas posições em que
forma i rrepreensível", sobre o que elas se nos mostram desde o
nos assevera Bossuet: " E a razão "Fiat" ao "Stabat Mater", até mais
disto é que, Deus, formando o além: até o Cenáculo de Jerusa
corpo de Maria, teve diante do es lém, onde, "com Maria, perseve
pírito o corpo do próprio Criador": ravam em oração". (At 1 ,1 4)
no mesmo tom diz nos Sto. Alber
to M agno: " Não se pode duvidar
que do mesmo modo que o Salva Mãos postas, para o Céu
dor foi o mais belo entre os filhos Mãos que rezam, que se enrique
dos homens, Maria também não cem de graças, no encontro ver
foi excedida em beleza por nenhu tical com Deus. Os artistas no-las
ma filha de Eva ( . . . ) dotada de apresentam como, p.ex., Nossa Se·
todas as belezas naturais de que nhora da Conceição e noutros tí·
u m corpo mortal é susceptível". tulos nós brasileiros assim a ve
S . Bernardo: " Maria era dotada de neramos entusiástica e filialmente
beleza sem igual, tanto corporal N. S. Aparecida - desde que
foi pescada, em 1 717, pelos hu
-
como espiritual".
mildes pescadores Domingos Gar
cia, João Alves e Felipe Pedroso,
e Mãos - No contexto de
nas águas do rio Paraíba. - As
corpo humano as mãos constituem mãos postas de Maria em direção
do Céu é aquela Inefável realidade
verdadeiro mundo-universo de mo
vimentos, gerando incontáveis ges apontada pelo seu grande devoto
tos-utilidades, desde o fazer e de S. Bernardo: Onipoténcia suplican
satar um simples nó (nunca má
te.
quina alguma conseguiu isto) até
a execução, ao piano ou violino, Mãos abertas, para a Terra -
das páginas mais lindas dos i ns Enriquecidas no encontro com
pirados compositores, porém, de Deus, essas mãos medianeiras,
modo especial, acariciar os rostos cheias de graças, desprendendo
dos que sofrem, dos velhos soli raios de luz e de paz, mãos aber
tários e das crianças desampara tas para o mundo, mãos de orante
das. - Os 4 mil congregados, reu antigo, prontas para dar, para o
nidos em Roma, para homenagear serviço, para a luta, para a entre
os 50 anos de congregação do Pa ga. Sintetizam aquela atitude dos
pa Mariano, Pio X I I . ouviram-lhe cristãos de ontem, de hoje e de
dos lábios que estavam sempre sempre: oração e ação (ora et la
cheios de Nossa Senhora, ouviram boral. - Grave é o erro, sério
estas palavras que se tornaram cé· erro o das mãos supostamente fe
lebres e tremendamente responsá chadas em Deus, mas o fato é que
veis aos marianos: " pela sua abertas para o mundo. portanto,
consagração o congregado maria vazias de Deus. - A contempla·
no se torna ministro de Maria e tividade não exclui a atividade; a
como que suas mãos visíveis so oração não elimi na a ação, eis o
bre a Terra". (cfr. aloc. aos 21 de que nos indicam as mãos de Ma·
jan. de 1 945) - E o Cone. Vat. 1 1 , ria postas e abertas.
1 6 anos depois, estendeu a todos
os leigos cri5tãos esta atitude de
consagrados. no serviço da Igreja, Mãos cruzadas sobre o peito,
portanto, de mãos visíveis de Me portadoras de Cristo - Foram as
ria na Terra (cfr. Dec. Aposto/icem mãos de Maria, cruzadas sobre o
Actuos:tatem, Cap. I. n.• 4 pará peito que, na hora bendita daque
grato 1 6) - Para o desempenho le "fiat", assinalaram a coisa mais
- 1 14 -
Importante acontecida no mundo: pelo Divino M estre e quando. nou
a vinda de Cristo, a encarnação do tro sitio, o Divino Mestre teve seus
Verbo Divino, para nossa salvação. pés lavados pelas lágrimas de Ma
Faziam as mãos de Maria, dali pa dalena que, em seguida, os enxu
ra frente, o que de mais transcen gou com seus próprios cabelos.
dente e sublime se pode conceber: - Ao respigarmos algo alusivo a
carregar Cristo Jesus. - Mãos Maria Ssma., logo se nos depara
cristóforas. São Cristóvão (pa aquela profecia que di retamente da
droeiro dos motoristas) tem esse "boca" de Deus encontramos n a
nome de grafia etimológica grega " inauguração" do mundo, quando
e italiana que significa portador, o Senhor vaticinou de modo terrl
carregador de Cristo. pois piedosa vel , que a serpente infernal seria
lenda conta que em seus fortes esmagada pelos pés da mulher.
ombros ajudava aqueles que preci E ligamos esta profecia do início
savam atravessar duma margem a ( Maria Ssma.) - cfr. Gen 3,15 -
outra caudaloso rio, e um dia, co do mundo aquela outra que nos
mo prêmio, transportou o Menino fala dos seus derradeiros dias.
Jesus. - Todo cristão autêntico, quando S. João, sob véus, anuncia:
Isto é, cristóforo, só o é mesmo, "Depois apareceu no Céu um gran
dando continuidade, in absconditis, de sinal: uma mulher vestida de
ao trabalho das mãos de Maria sol, com s lua deba.xo de seus
sobre a Terra. - Quanto mais for pés . " (Ap 1 2,1 )- Portanto, os
mos mãos de Maria, mais sere pés benditos de Maria, as suas
mos "cristóforos" neste mundo tão passadas, nos protejeram e prote
carente de Deus. (cpd Pe. Paulo J. jerão sempre contra as artimanhas
de Souza, S . J . ) satânicas ; eis porque não devemos
jamais deixar os seus caminhos,
nunca abandonar suas veredas, não
• Mãos escondendo o rosto, nos desviar de suas estradas, aque
a cobrir lágrimas que rolam face las que têm os sinais dos seus
abaixo porque refletem a tristeza pés. Contrariamente as pistas que
e a dor de ver o seu Divino Filho encontraremos serão as de outra
tão ofendido, vilipendiado, Ele que mulher que a Bíblia nos previ ne:
tanto amou a Humanidade a ponto . seus pés encaminham-se para
"
- 1 1S -
zes em M edjugorje (Iugoslávia). E, cevlc (21 anos), Marlja Pavlovlc
de uma maneira Inusitada: de ou (21 anos), lvanka lvankovic ( 1 9
ro ; sim, dourados, estavam nas anos) e seus 2 patrícios Ivan Dra
aparições de Natividade (RJ), ao gicevlc (21 anos que não é, em
Dr. Fausto. De prata eles já eram bora a identidade do sobrenome,
para os devotos da cidadezinha de (14 anos), apesar de terem, estes
Toul (França), onde desde o séc. irmão de M i rjanal. e Jakov Colo
XV venera-se Notre Dame ou Pied 8 videntes (agora passou também
d'Argent (Nossa Senhora do Pé de a ver Nossa Senhora, a menina Je
Prata). - Projetam os pés de nos lena Vasjly), visto a rosto da
sa querida Mãe do Céu - quer Ssma. Virgem bem de perto - os
de prata ou de ouro - nestas da Iugoslávia, tridimensionalmente,
constantes e abençoadas "visitas o que não aconteceu com os de
de Mãe" o que o profeta Isaías Fátima - nenhum deles será ca
disse: "Que formosos são sobre paz de dizer como exatamente viu
os montes os pés do que anuncia o rosto de Maria Ssma.; ou me
e prega a paz, que anunc.a o bem, lhor: não saberão descrever a be
do que prega a salvação, do que leza resplandescente, infinitamente
diz a Sião: o Deus está para rei lindo de tal rosto, simplesmente
nar ! " (52.7) -Em todas as apari porque é impossível tal descrição.
ções outra coisa, Implícita ou ex Os próprios anjos do Céu não sa
plicitamente, não tem feito Nossa beriam fazê-lo. - Se o rosto é o
Senhora; nesta agora da Iugoslávia espelho d'alma, não existiu nem
intltu!ou se inclusive a mensageira existirá rosto mais belo do que o
de Nossa Senhora, cuja alma, com
da Pat (Mir, em croata). conf ir
o seu sagrado corpo, está de for
mando a devoção espanhola do
ma gloriosa no Céu, ao lado de
Séc. XI e a Invocação lauretana
Deus.
aprova d a em 1 9 1 5 por Bento XV.
Então só podemos exclamar a tão
excelsa Mãe, como implorou no
seu cântico Zacarias: . . . para di
• Olhos - Na face, ou seja,
"
116 -
� quem, desde o séc. IV nos for terlor a transmitir. pelos olhos,
neceu descrição de como, certa nossos sentimentos puros e não
mente, foram - são - os olhos deixemos que do mundo exterior
de Maria, quando "pintando" o entrem pelos nossos olhos o mal
seu retrato emprega duas frases do pecado. - Digamos como a
sobre seus olhos; duas observa congregada mariana. Maria Tereza
ções mais importantes que a cor Gonzalez-Ouevedo y Cadarso ( 1 -4-
que possam ter: Numa frase o 1 930/8 4-H lSO), cujo processo de
Doutor da Igreja diz que refletiam canonização se acha em curso:
o seu interior e noutra fala que se "Madre m;a. que e/ que me vea,
defendiam do exterior. !: preciso te ves s Ti".
dizer alguma coisa mais para se
ter idéia da beleza dos o'hos de
Maria? - Seus olhos jamais es"le· e Olhar - Os olhos transmi
lharom a raiva, o aborrecimento, tem o olhar, Irradiam suas men
o enfado, a tristeza, a inveja ou a sagens. Dizem os autores antigos,
menor atitude negativa. mas sem inclusive muitos que foram con
pre se mostraram no esplendor do temporâneos da Virgem, que ja
seu brilho, a serena doação, a sua mais alguém a viu numa situação
ve ternura, a pleníssima confian ou atitude cuj o olhar não refletisse
ça, a doce paz. Assim, eles eram serledt.de. Sto. Ambrósio diz: Ja
ou são azuis, verdes. castanhos, mais surpreendeu-se na Virgem um
negros porque simplesmente be olhar turvo; o o 'har da Virgem era
los em sua constituição Intrínseca. pudoroso. - Podemos, muito de
Os olhos de Maria foram destina longe é claro, deduzir de alguns
dos a contemplar Jesus, logo eram momentos da vida de Nosso Se
e são olhos onde o profano não nhor, como foi o olhar de Nossa
emitiu seus ralos ao mundo, não Senhora:
lhe empanou o brilho da pureza.
Nos olhos de Maria estavam des - de místico espanto - aquela
tinados a mirar o Céu e se vol "perturbação" de que fala o
viam para o chão da terra so evangelista, no Instante verda
mente quando Ela procedia a lida deiramente abismal da mensa
do lar. Os olhos de Maria se gem do Anjo, convite que ja
hoje nesta Terra estivessem não mais mulher alguma do mundo
pousariam nos vídeos Indecorosos, já teve nem terá: ser a mãe de
das TVs. nas telas aberrantes dos Deus!
cinemas, nas páginas peçonhentas
das revistas e jornais, nos palcos - o tê-lo pequenino, Indefeso co
crimi nosos dos teatros e tantas mo homem no seu colo, enfai
casas de espetá culos mas se re
,
xando-o contra as intempéries;
colheriam nos livros de devoção,
- quando cruzou seu olhar com o
volveriam, ternos, contemplativos
de Simeão para ouvir aquele
ao crucifixo onde seu Divino FI terrível vaticínio!
lho pagou com a sua vida, até a
última gota do seu Sangue, o nos - o olhar de dura, dolorosa. tor
so resgate pelo pecado dos nos mentosa, angustiosa fuga apres
sos primeiros pais. - Os olhos sada rumo à terras desconhe
da Virgem entre as muitas e san cidas do Egito;
tas virtudes que refletiam, sem dú
vida de forma eloqüente mostra - ainda na Infância, aquele olhar
vam a da pureza, as portas ou de suma a legria que afugentou
janelas dos seus olhos estavam a aflição de 3 dias de procura
sempre abertas para a contempla por toda Jerusalém !
ção do Belo e do Santo. Nossos
olhos devem imitar em tudo os - as vezes, Inúmeras, que mirou
da VIrgem. Ordenemos nosso In- a garoto Ir passando a jovem,
1 1 7.--
no lar de Nazarê, cheio d e vi 1 ,46-55), no dizer de le Camus.
da e tão "submisso", anota o "a única página do Evangelho que
evangelista. nos perm 1 l<:: penetrar no espírito
da V i ry�m. quando t:Ja não fa,a,
- já adulto feito, numa festa de canta· e o to:: z , não no idioma
bodas - a de Caná da Galiléia hebraico, mas em sua língua o
aramaico: "Nascho di/ tchaban Imo
conseguiu de Jesus, apressar �
- quando o olhar terno de mãe
rio . . " - 2.") quando, na perda
.
- 118 -
que sorriu para a assustada Ber esperaba su HIJo ( . . . ) Alll la tenla
nadette. E agora nos vem de ou preparado um trono de reina a su
tro lugar, de Medjugorje ( Iugoslá lado'". - E os maiores pintores
via), nas aparições que lá acon já deixaram em suas telas esta
tecem desde 25-6-1 981 ; consignan cena celeste: a Santíssima Trlnda·
do a J.• aparição, esrceve Dobro de - o Pai , o Filho e o Espírito
Od Angela (traduzido pelo. Pe. Jor Santo - depositam sobre a ca
dão Maria Pessati. INC: . uma beça da Ssma. Virgem e coroa da
das videntes aspergiu Nossa Se· glória, não aquela perecível como
nhora com água benta dizendo: a coroa-de louros tão buscada pe
"Se és a B3m-aventurada Virgem, las criaturas aqui na Terra. mas
Mãe de Deus, fica conosco, pois aquela outra imperecível. eterna,
queremos pertencer-te: mas se és de verdadeira glória, do Céu, que
um outro espírito, foae de nós ! " repousa na cabeça de nossa que
- A estas pa1avras a Senhora sor rida mãe, Maria, a Rainha do Céu
riu e disse: "Minhas queridas crian e da Terra, dos Anjos e dos San
ças, Eu sou a V.r{i�m Maria . . . " tos, dos homens. do Universo. Ca·
beça coroada com a coroa de mãe
e também coroa de Rainha.
Nota - (págs. B/9 do opúsculo ho
menagem aos 2.000 anos do nascimento de
Nossa Senhora Já em 3.• ediçAo, e que
podo ser pedido a: Ma. Antonia Abuchain PEREGRINAÇÃO - Desloca
ou ioianda Pacheco - Av. imirim. 642. 2.• mento I ndividual ou coletivo de
and. apto. 21 - (02464) SP ou R. Augusto devotos a santuários (aliás rece
Tortoreio Araújo. 309 - Alto Santana bem ditas Igrejas e basílicas este
(02040) SP. - título eclesiástico justamente de
vido a acorrêncla comprovadamen
• Cabeça - Revestida de te numerosa, antiga e constante
sol, "tendo sobre a cabeça uma do povo), com o fim de obter de
coroa de 12 estrelas", é como S. Deus. pela Intercessão dos seus
Paulo nos apresenta a VIrgem, na santos, anjos e sobretudo Maria
visão do Apocalipse ( 1 2 , 1 ) . - Sim, Ssma., bênçãos, graças e mesmo
coroada, ou seja, portando sobre favores materiais como a saúde,
a santa cabeça esta coroa lumi a cura desta ou daquela doença,
nosa, após seu decurso terreno. - não raras vezes, esgotados todos
Aqui na Terra a coroa que portou os recursos humanos e materiais.
na cabeça assemelhava-se, moral I mpondo-se algum sacrifício
mente, a de espinhos que Impu deslocam-se entre rezas, cânticos,
seram ao seu Divino Filho. A ca meditação, pregacão os chamados
beça coroada da Virgem, aqui na peregrinos (etlmoloqlc:�mente sig
Terra, que lhe fazemos em Ima nifica o termo: caminhada longa e
gem. no mês de maio - Mês de a pé descalços). como se fazia pri
Maria - é aquele reconhecimento mitivamente e está no Ant. Test.) ;
de sua glória e o agradecimento diz-se também rornelros (lembran
de t:�ntos favores e graças espar ça dos que vão a Roma por ocasião
gldas. t a tentativa de trocar-lhe dos Jubileus, ditos t::tmbém Ano
as espadas do coração - aquelas Santo). - Os sacrifícios da parti·
preditas por Semeão - pela co cipação numa peregrinacão já cons
roa de Rainha. pois Ela o é por· tituem por si uma promessa ou pa
que Mãe do Rei dos reis, sobera gamento da mesma, traduzida mul
na de todos os corações. - Es tas vezes por outras manifestações,
c reveu o Pe. Juan Rey, S. J., após como o ex-voto. -Sabido que o
descrever a subida gloriosa de Ma· maior centro de peregrinações do
ria aos Céus: '"Enfra la Reina en Brasil é a Basílica de Aparecida, o
su palazlo de/ ele/o ( . . . ) Esca/6 maior temoio do mu.,do dedic�rfo
Marfa las alturas de /os ele/os, a Nossa Senhora. - V"Jr os Verhe·
hasta la cumbre más alta, hasta el tes: Aparecida - Milagre - Pe
trono de la dlvindad. ( ) A//J la
• • . regrinação - Promessa.
- 1 19 -
PINTURA/ESCULTURA - Se estes dois luminares representando
difrcil é estabelecer, sem omissões tcdas as penas dos poetas "maJo
injustas, que por certo seriam In res" e '' menores", daqui, dali e
volun tárias, um elenco de artistas dacolá, façam a Poesia presente
na M úsica e na Poesia, que dire neste modestíssimo dicionário, pe·
mos neste ou tro campo, talvez mais lo menos em rápida citação bi
vasto e complexo da Pintura e Es bliográfica: Dante Alighierl, na
cultura? - Apontaremos assim, monumental Comédia - d3 tal for
neste mundo de belezas um aspec ma monumento que anexou-se-lhe
to curioso, Interessante: ao pincel para todo sempre o cognome "DI
dos pintores e cinzel/buril dos es vina" a completar-lhe o titulo. -
cultores é qu� devemos a identi Nas culminâncias deste capo-lavo
ficação de tantos e tantos Santos, ro, no canto 23."
- Paraiso- on·
bem como e sobretudo, Nossa Se de o poeta celebra as glórias de
nhora sob as invocações e tftulos Cristo e de Maria, e no encerra
tão variados. - Também aos pin mento do poema imortal, onde há
tores e escul tores se deve agra um hino de louvor e Jmp!oração à
decer a terem Ido buscar nos apó Ssma. Virgem que foi qual ificado
crltos tantos episódios, cenas e - escreveu Guiuseppe Pirozzl -
figuras que completam a nossa se "o mais alto a que se elevou hu
de de conhecimentos sobre fatos, mana poesia!" - E eis Dante, que
nos quais, mormente Nossa Se levado por Beatriz, vê em melo aos
nhora, humildemente se fazia pre Santos e Anjos "a bela flor":
sente. - Que estes poucos nomes
representem os milhares de ou
tros: G iotto - Fra Angélico - Da bela Flor o doce nome
M iquelangelo - Murilo - luini - [ouvindo
Rafael - Carpaccio - Da Vinci - Que noite e dia invoco
Botticelll - Mestre Ataíde - [sempre, atento
"Aleijadinho" - Neste grupo de No fume, que maior estava
Artistas juntamos especialidades [lulglndo. (88-90)
afins: desenhistas. aquarelistas, fo
tógrafos, ourives. cenógrafos, cu
nhadores. gravadores. - A Arte E n'outro passo o poeta viu a
Secra, lconográfico-pltórlca, nos "grandeza e luzimento da fulgidís
transporta, não rara vezes como sima Estrela" que, no Céu, vence
num êxtase, à contemplação das todos os Santos e Anjos em for·
coisas do Céu - mormente em mesura e resplendor, como na
se tratando de Nossa Senhora. As Terra venceu os seres humanos
cores, as l inhas, os talhes, os em virtude e graça (cfr. 91 -93) e
contornos, as perspectivas, as som deparou-se-lhe esta visão:
bras e a luz, que os a rtistas meio
divinamente manipulam, funcionam
como que " liturgias", espécie de Do Céu baixando f/ama se
" pedagogia" a nos transportar aos [revela,
páramos celestes, ao regaço da Que em forma circular, como
Mãe "toda cheia de graça" que [coroa
nos deu o " I rmão" Jesus. - V. o Cingiu-a. se agitando em
Verbete: /cone. torno d'Efa. (94-96)
____;, 1 2Q--
Quem graça aspira em TI Esta 6 a Estrela
sem confiança. (13-1 5) que se desprendeu da
[estirpe de Jacó
e não há de sofrer a
Em TI misericórdia, em TI [Influência das trevas.
[piedade;
Em TI magnificência, em TI
[aduna Porventura, ó minha alma
Na criatura o que haja de ainda te queres engolfar em
[bondade. ( 1 9-21 ) [negras sombras?
ainda sobre os olhos te
[pesará a noite eterna?
Estes versos finais Dante Ali
ghieri os colocou nos lábios de um
dos maiores devotos da Virgem: Contempla! el-la que nasce
S. Bernardo. - (cfr. na Bibliogra essa Menina de beleza
fia. obra n.• 27) Quanto a outro [encantadora
poeta que deva representar a cuJo olhar clareia o mundo
"classe" neste Verbete Poesia, [em trevas mergulhado.
também dos maiores nas Letras,
temos José de Anchieta, um tanto
Mal teus olhos tocar com
espanhol de nascimento, português
[sua chama iuzente,
de formação e brasileiro por ado
de uma vez para sempre,
ção : Dele, - é fato inédito no guarda impresso o seu
mundo - o primeiro poema escri
[meigo semblante.
to nas Américas à N ossa Senhora,
De Beata Virgine Dei Mater Maria,
contendo 5.732 versos do mais Se prlvlfeglado te deleitares
puro e sonoroso latim; e, ain [em seu amor
da, de forma milagrosa (não há prlvlfeglado te acalentará o
outra maneira de se explicar) , mi [mesmo amor.
lagrosamente " rascunhados" mui
tos desses versos nas areias das
praias d e lperoig (durante sua pri Sua honra verdadeira te
são, como refém dos índios ta [conquistará,
moios), memorizados, para então libertando-te da tua
posterior feitura e trabalho do bu [lgnomlnla.
ril intelectual. - Eis, do Poema
da Virgem, canto I . na tradução do Esta, se o não sabes, é a
Pe. Armando Cardoso, S . J . , o [glória do Universo,
"Nascimento da VIrgem", muito Doce riso da Terra, belo
apropriado para estes 2.000 anos [sorriso do Céu.
da natividade d e Maria; o sau
doso e grande pintor (3.• Fran
nobreza nova dos
ciscano dos Capuchinhos) Carlos
[desonrados avós,
Oswaldo, fez as Ilustrações: (ele é
que nos restituiu o tesouro
também o autor do desenho e
[perdido pelo pecado.
"estudos" da cabeça do Cristo Re
dentor. do Corcovado); Do agora
beatificado José de Anchieta - Ela eKpunge 8 maldição
após 400 anos ! -- estes versos à [lançada 8 nossos pais
Maria: e apaga toda a Infâmia da
[sua descendência.
Bela entre as mais belas
Ela precede a deslumbrante
[claridade, Que este Verbete seja preito
e majestosa, anuncia o sol de homenagem a dois coleciona
[do dia eterno. dores de belas poesias, de senti-
121 �
dos versos sobre Nossa Senhora: séplo é, durante o Natal, a repre
José Gomes Tãrlê (também cam sentação plástica do nascimento
peão das vocações sacerdotais) e de Cristo, costume que remonta
Pe. Francisco leme Lopes, S. J., aos sécs. IX/X. tendo-se generali
grande amigo e apóstolo dos jo zado graças a S. Francisco de
vens. Foram dois congregados Assis, que em 1 223, num bosque
marianos de escol, da melhor ce de Greccio Bustone reproduziu o
pa, hoje junto da Rainha, no Céu, mais exatamente possível com os
vivendo aqueles poemas que eles habitantes locais a cena do nasci
Juntaram em Antologia Mariana. mento: nem faltaram o boi e o ju
mento, também aludidos por Isaías
(1 ,3) e na Oração de Habacuc
POMBA - A pomba simboli (3. 1 7), pois constitui exemplo de
za a paz, a formosura, a concór humilde servidão, a força que es
dia, a perfeição, sendo perfeita tes animais pacientemente colo
figura de Maria. Ver este sub cam ao dispor dos senhores donos.
verbete em Antigo Testamento.
122 -
sés e de Aarão (Ez 2.4: 2.7-8 - Maria ê ainda profetisa e sfmbolo
Nm 1 2, 1 -2 - Mq 6.4) . - Débora daquela Igreja que nasce da Cruz
é apresentada como julgadora e e da qual é Mãe: o papel singu
profetisa em momento crítico da lar e figura ímpar de Maria fã-IA
história do povo de Israel (Jz profetisa sem Igual porque asso
4.4-14). - Hulda, esposa de Se ciada Intimamente à missão do FI
lum, é consultada pelos oficiais lho, não como simples Instrumen
de Joslas (2Rs 22. 1 4-20: 2Cr 34, to, mera anunciadora, mas de fato
22-28) . - Ana, a profetisa que, no colahomdora na obra messiânica
Templo de Jerusalém (fora precep de Cristo. - Do prof"lta, da pro
tora da Virgem?) assistiu a Apre fetisa se diz que "é de Deus", e
sentação do Menino (lc 2 ,36-38). Maria é com Deus (Theotókos).
- As 4 filhas de Felipe (não o
Apóstolo), que profetizavam, i . é . ,
ensi navam, auxil iavam na pregação PROMESSA - Teológica e
litúrgico dado o carismo 11 Cor biblicamente "o tema da promessa
1 2 , 1 0) profético (At 2 1 , 8-9). - é básico para os termos da Fé e
As mulheres da Igreja de Corinto, da Esperança; essas virtudes re
as quais S. Paulo dá normas so pousam sobre as promessas" da
Sagrada Escritura (Ant. e Novo
bre o corte do cabelo ou a co
Testamento) vontade salvlflca de
bertura da cabeça (1 Cor 1 1 , 5-6),
Deus. A manifestflção como um
embora no texto a profetisa esteja
voto. pois o voto não deixa de ser
no particípio e não no apelativo
1 1ma promessa livre feita a Deus
profetisa, porque o contexto cla (bem como aos sP.us Sélntos e an
ramente Indica profesia (carisma
jos para maior g lória do próprio
profético) na oração l itúrgica. (cfr. Deus), de um bem e /ou sacrifício
1 Cor 1 4,3: Ef 5.19: Col 3 . 1 6). - (primícias nn Ant. Testamento) em
Confrontando estas profetisas com busca das bênçãos divinas. - A
Maria podemos dizer que mais do Virgem, dado ao "poder medianei
que todas elas, Nossa Senhora te ro" de Mãe, ao seu ministério Im
ve o título, o papel. as funções de par de ser a "onipotência supl ican
profetisa, embora dentro do seu te", não ê de se estranhar se di
silêncio, no seu escondlmento. - rijam amiúde. se lhe façam as
Maria, desde a sua conce!Jção e mais fervorosas, esperançosas e
por todo o transcurso de sua vida, infinitas promesas atestadas so
não foi apenas uma profetisa, foi bremaneira nos ex-votos que su
a própria profecia viva; rea!lzou perlotam as chamadas "sala dos
em Si a profecia do Antigo Testa milagres", demonstram as numero
mento: Dela, Virgem, nasceu Ema sas peregrinações (romarias) que
nuel. o Deus conosco (ls 7.14) e demandam aos centros ou lugares
Nela aflui toda esperança. pois já ditos popularmente Santos, ou se
nos antecedeu no Céu em corpo ja. hermidas, capelas, Igrejas, ba
e alma. - Foi a prim"!ira que síl icas. santuários, onde Nossa Se
acreditou, aceitou e vivificou no nhora a todos atende pelo Seu di
seu puríssimo seio a divina Pala vino Filho, Jesus. exigindo apenas
vra (e o Verbo se fez cRrne). - Fé e Esoeranca dentro de uma vi
Conservou no seu corar.ão, medi da aute n ticamente cristã FJ católi
tou em sua alma as pa!avras de ca. - Ver os Verbetes: Milagre e
Deus (lc 2, 1 9 . 50 ; 1 1 ,27-28) . - Peregrinação.
• •
1 23 -
a
OUERUBIM (heb. kerubim, plu figuração de trtulos e Invocações
ral de kerub = celestial) - As 4 onde Nossa Senhora está cercada
criaturas viventes (animais?) que de Ouerublns (Ver a Imaculada de
ficavam à entrada do !:den, bem Murilo e outros). - De todos os
como junto à Arvore da Vida, após anjos, qualquer que seja as classes
expulsos Adão e Eva; se identifi ou ordens, hierarquizados em 9
cam com os Serafins; os teólo Coros ( 1 .' Serafins, Ouerubins e
gos, segundo S. Denis, os colo Tronos; 2.' Dominações, Virtudes e
cam na 1 ." Ordem ou Hierarquia Potectades; e 3.' Principados, Ar
dos Anjos (Serafins - Ouerubins canjos e Anjos), de todos os an
- e Tronos); os Artistas da Re jos Maria é Rainha, embora sejam
nascença, fugindo à figuração ori eles criaturas excepcionalíssimas.
ginal, os apresentam como crian O tradutor oficial do Vaticano, mon
ças, ou seja, meninos gordinhos e ge Dom Giusepe del Ton, encer
nús (os do Templo de Salomão rou, após 45 anos de estudo, seu
tinham 10 côvados de altura ( = tratado sobre os anjos e adiantou a
5 metros mais ou menos). - Os Imprensa mundial: " eles não
Ouerubins são figuras ou símbolos são feitos de matéria e de espí
de Maria devido a posição que rito. embora todos tenham um ros
desfrutavam e as missões a eles to distinto. Um anjo é forma. pura
acometidas: com espadas de fogo forma. Em sua estrutura e mo
guardavam a porta do Paraíso; ze vimentos parecem-se com os ho
lavam pela Arca da Aliança; e co mens ressuscitados". - Pois su
briam com suas asas o propicia perior a eles, Maria Ssma. está
tório. - Na Poesia e na Liturgia no Céu em corpo e alma, antecipa
Maria é comparada aos querubins damente ressuscitada. E todos os
pela excelsitude d e Sua formosura coros de Anjos e Santos a reve
e pureza; e na Pintura, ampla é a renciam.
-- t24-
R
RAZÃO (uso precoce da) é RESSURREIÇÃO (antecipada)
arrolado como um dos dons que Professamos como verdade de
Nossa Senhora teve ao ser esco Fé o retorno à vida dos corpos,
lhida para ser a mãe de Jesus, I . é . , a união da alma, novamente
conseqüentemente de Deus. Ver ao corpo, no fim do mundo para
o verbete Alma. participação do prêmio ou do cas
tigo eternos, após o Juizo Final .
Nossa Senhora, porém, está n a
glória, na visão face a face, pois
RELIOUIAS (de Maria) - Do teve antecipada, por Deus, esta
latim relíquias = restante, que so ressurreição da carne, penhor da
brou, portanto em sentido imediato, que teremos. - Ver os verbetes:
Indica os despojos dos Santos e Assunção (subverbete de Dogmas
bem-aventurados, classificando-se Marianos), Morte e Causa Mortis.
em Primárias, i . é . , Insignes ( par
tes do corpo, mormente se sofreu
o martírio, p. ex., a "pedra d'arà" RETIRO FECHADO - 1: o nome
que constitui verdadeiramente o popular como ficaram conhecidas
altar possui relíquia dos mártires) ; as práticas denominadas Exercícios
Secundária ou Pequena. são obje Espirituais, de Sto. Inácio de Loyo
tos ou vestes que foram de uso la. Chegou-se a chamá-las também
do Santo (o Santo Lenho, embora de Retiro de Carnaval (por ser a
pequena no tamanho é considerada época de melhor e mais fácil rea
Insigne como parte da Cruz). - lização para os homens e rapazes
São sempre acompanhadas do que das Congregações Marianas que,
se conhece como "autênticas" em S. Paulo, Rio, Minas, Sul e
(certificado da autoridade compe Norte do País afluíam em grande
tente atestando-lhe a veracidade). número , Isto desde as décadas de
- Diz-se ainda relíquia a tudo que 30 às de 50). Ver o verbete: Exer
se dá grande apreço ou afeição, cícios Espirituais.
valor estimativo. - De Nossa Se·
nhora, ao que consta pela tradi
ção, temos as seguintes relíquias ROSARIO (de rosarium ou
mais conhecidas: o anel do seu bouquet) - Lembrando uma coroa
noivado com S. José (em Nápoles) ; ou boquê de rosas (flor que é fi
partes de sua casa de Nazaré (em gura de Maria) ou os 1 50 Salmos
Loreto); partes de sua casa (em davídicos - é dito também, por
Éfeso) ; pedaço (Porciúncula) do isso, Saltério de Marta constitui
-
seu túmulo (em Assis); seu re o Rosário das mais belas, salutares
trato pintado por S. Lucas ( ícones e confortantes devoções da Igre
ditas odighitria; V. os verbetes Ar ja à Nossa Senhora. - Historica
te - /cone). Polônia, Pilar, e ou mente, as origens. desenvolvimen
tros lugares; diversos sítios da to e mudanças desta devoção ma
Palestina de especial conotação, riana nos atestam que não tinha
como a chamada Gruta do Leite e a a forma fácil e simples como ho
Fonte da Virgem como também, je. - Dizem os pesquisadores que
Tumba da Virgem. - Ver estes vindo dos hábitos eremlticos. acen
subverbetes em Terra Santa. tuou-se na chamada Idade das Tre-
- 1 25 -
vas, na I rlanda (correr do Séc. IX). à pobreza) - 4." - ApresentaçAo
- Como os monges recitavam os do Menino no Templo [obediência)
1 50 Salmos de Davi, os leigos que - 5." - Perda e Encontro do Me
viviam perto dos conventos, san nino [busca do Bem Supremo).
tamente invejavam a beleza desses
momentos oracionais, mas não sa
biam ler; por volta do ano 800 e Mis térios Dolorosos (3."s e
sugeri u-se que ao invés dos 1 50 6.'s feiras) - 1 .• Agonia de Jesus
Salmos os leigos rezassem 1 50 no horto [contrição e oração) -
Pai Nosso. - E os fiéis, para a 2.• - Flagelação [mortificação dos
contagem, portavam bolsas de sentidos) - 3." - Coroação de
couro com 1 50 pedrinhas dentro; espinhos (aceitação das humilha
logo passou-se para cordões com ções) - 4." Subida do Calvário
-
- 1�6 ...,....
A ntonio M. Travla, A rcev. tlt. dl 3.• - M aria, noiva de S. Josê
Termini (Eiemerese mosiniere di S. ( Mt 1 ,1 8 ; Lc 1 ,26-28) ;
Santitá - Prlmero deii 'Arclcta S. 4." - Maria, aceita ser a Mãe
Maria Odigitria, "proposta e sub de Deus (Lc 1 ,35. 38) ;
sídios" com possibil idade de uso" 5." - Maria, casa-se com S .
para juntar novos mistérios ao Ro José ( Mt 1 ,1 8-20 . 24).
sário quando então de 15 passa
riam para 35; aí, sim, ter-se-á opor - Mistérios maternos (4." feira)
tunidade de ao longo da semana - Maria Mãe do Verbo Encarna
e sem repetição - medita-se nos do:
mistérios marianos, partindo-se do 1 .• - Maria, dá a luz o Filho
Antigo Testamento (figuras e pro de Deus (Lc 2,6-7);
fecias) até o Novo Testamento. - 2." - Maria, oferece o Menino
Para pequenas comunidades, gru no Templo (Lc 2,22) ;
pos de orações, cenáculos, retiros 3." - Maria, apresenta Jesus
não constitui mera novidade ou um aos Magos (Mt 2,1 -2.1 1 ) ;
sistema inovador ou modo a mais, 4." - Maria, em fuga para o
porém de fato e verdadeiramente . Egito (Mt 2 , 1 3-1 5);
de excelente, proveitosíssima, uti 5." - Maria, encontra o Meni
líssima forma de, recitando o Ro no perdido no Templo
sário, meditar-se os mist érios de (Lc 2,42 . . )
. .
G-
to porque escutou a pa
3." - Maria, figurada em Judite lavra de Deus (Lc 22,
e Ester qual salvadora 27-28) ;
do Povo de Deus (Jt 1 5, Maria, Mãe e adoradora
9-1 0 e Est 7,2-3); da Eucaristia (Mt 26,26
4." - Maria, si mbolizada na
M ística Esposa (Ct 4,
1 . 7 . !:! . . . ) ; - Mistérios dolorosos (6." feira)
5." - Maria, a virgem-mãe - Maria participante da Paixão
profetizado por Isaías (ls de Cristo:
7,14). 1 ." - M aria, espiritualme n t e
unida a Jesus no Getsê
- Mistérios Vocacionais (3." fei mani (Mt 26,36-37 e Lo
ra) - Maria escolhida e pre 22,44 ) ;
parada para ser a Mãe de Deus: 2.' - Maria, amorosa m e n t e
1 .• - Maria, cheia de graça unida a Jesus no julga
desde sua concepção (lc mento do Sinédrio (Mt
1 ,28-30) ; 26,57 . . ) ;
2.• - Maria, criança apresenta 3.' - Maria, dolorosamente uni
da e Internada no Tem da a Jesus no Pretórlo
plo (SI 45 1 4-1 6);
, de Pilatos (Me 1 5,1 . . . ) ;
- 127 -
4." - Maria, com aé santas ee, pa l avras tão Inspiradas do !Sa
mulheres na subida do pa: "Oração maravilhosa! Maravi
Calvário (Jo 1 9,1 7 e Lc lhosa na simpl icidade e na profun
23,27) ; didade. Nesta oração repetimos
muitas vezes as palavras que a
5." - Maria, junto a Cruz do Virgem Maria ouviu do Arcanjo e
sacrifício (Jo 1 9,25-27). da sua parenta Isabel. A estas pa
lavras associa-se a Igreja inteira
- Mistérios Gloriosos (Sábado) - ( . . . ) Pode dizer-se ( . . . ) a admirá
Maria participante da Glória de vel presença da Mãe de Deus no
Cristo: Mistério de Cristo e da Igreja. De
fato, sobre o fundo das palavras
1 ." - Maria, na alegria pela
Ressurreição de Cristo
"Ave-Maria" passam diante dos
olhos da alma os principais episó
(Mt 28,5-6);
dios da vida de Jesus Cristo. Eles
2.• - Maria, presente na As dispõem-se no conjunto dos Mis
censão de Jesus ao Céu térios Gozosos, Dolorosos e Glo
(At 1 ,9-1 1 ) ; riosos, e põem-nos em comunhão
J.• - Maria, recebe o Esplrito viva com Jesus através - podería
Santo com os Apóstolos mos dizer - do Coração de Sua
no Cenáculo (At 1 ,14; Mãe ( . . . ) nosso coração pode in
2,1-4) ; c!uir nestas dezenas do Rosário
todos os fatos que formam a vi d a
4." - Maria, assunta ao Céu tlo individutl, da família, da Nação,
em corpo e alma (Ap da Igreja e da Humanidade; acon·
1 2.1 ) ; tecimentos pessoais e do próxi
5.• - Maria, coroad a Rainha e mo, e de modo mais vitinhos, que
Medianeira Universal ( Jt temos mais no coração. Assim,
1 5,9-1 0). a oração simples do Rosário marca
o ritmo da vida hurnana ( . . . )" -
- Mistérios exemplares (domingo) de uma alocução de João Paulo 1 1 ,
- Maria modelo de vida ecle- pronunciada em outubro d e 1 978.
sial cristã perfeita: De tudo que se disse do Rosário
1 ." - Maria, exemplo de Fé evidentemente se aplica a Terço
forte e perseverante ( Lc (diz-se assim por antonomásia à
1 ,1 4 . 42 . 45 . ) ; 3.' parte do Rosário).
2.• - Maria, mestra de oração
com o Magnificat (Lc ROSTO - Resplandecente, In
1 ,46) ; finitamente belo, que nem mes
J.• - Maria, espelho de vlrtu· mo os anjos do Céu saberiam des
des, em Nazaré (Lc 2,51- crever o rosto de Maria, como
52); também. e muito menos, o pintou
ou esculpiu o mais talentoso ar
4." - Maria, tipo das Bem
tista. V. o subverbete Rosto/Sem
aventuranças Evangélicas
blante, inserido no verbete, Pessoa.
(Lc 2,41 . 45-46 . 48; 1 1 ,27);
5." - Maria, Mãe e Imagem da
Igreja (Lumen Gentium, RúSSIA - Nas aparições de
n.• 63). - Nossa Senhora nestes últimos 200
anos, foi o único pais por Ela ex
Ao debulharmos a última con pressamente nomeado, inclusive
ta, perpassando-a devotamente en pedindo que, a Ela fosse es�a so
tre os dedos, olhos fitos na me fredora nação, outrora tão maria
dalha da Virgem e como que sen na, consagrada : "O Santo Padre
tindo a sua "presença" junto de consagrar-me-á a Rússia que se
nós, vêm à nossa recordação o converterá e será concedido ao
que memorizamos qual uma pre- mundo algum tempo de paz". (da
- 1 28 -
3.' aparlçlo, em 13-7-1917). - Pio domingo depois da Páscoa!), 1 .• de
XII , que se ordenara no dia da 1 .' outubro, Solenidade da "Proteção
aparição, 13 de maio de 1 91 7, con de Nossa Senhora" (própria so
sagrou o mundo ao Imaculado Co mente em Moscou, Padroeira na
ração 25 anos depois: 31-10-1 942, cional: Pokrof). Precedida de Je
mas na fórmula, apesar de clara jum tinha-se a Assunção, e. todas
não era explícita a consagração da as 4.' feiras em honra da Virgem;
Rússia: "Aos povos pelo erro ou nas guerras os cossácos levavam
pela discórdia separados, nomeada uma lmagenzinha de N. S. Liber
mente àqueles que Vos professam tadora (Pokrof) . Costume tradicio
singular devoção, onde não havia nal era abençoar os filhos com a
casa que não ostentasse a Vossa icone mariana, ao d e ixare m as
Veneranda /cone, hoje talvez es• crianças a residência para Irem ao
condida e reservada para melhores colégio ou passeio. A Literatura
dias . . • " - Ponderou-se ao Sumo Russa está cheia de páginas e
Pontífice que, possivelmente, esta mais páginas à Nossa Senhora;
redação não atendia de modo ple mais da metade dos conventos e
no ao pedido de Nossa Senhora, igrejas, antes da Rev o l u çã o , esta
e, aí, Pio XII, 10 anos depois em vam sob a proteção exprassa da
7-7·1 952. consagrou explicitamen Virgem. a ponto elo filósofo comu
te " todos os povos da Rússia ao nista Nlcolás Berdlaet dizer: " A
mesmo Coração Imaculado". (AAS, religião russa é mais d a Maria que
44 (1 952) 51 1 ). - Aliás, a Assem d e Cristo". (evidente e r ro e exa
bléia Episcopal dos Estados Uni gero, mas prova o amor do russo
dos, por sugestão do Card. John pela Virgem). - Segundo notfcla
Carberry (até então Arcebispo de O Fozcoense (Vila Nova de Foz,
St. Louis) pediu ao Papa João Pau Portugal), o velho templo ressurge
lo 11 que consagre de modo espe das rulnas em seu belo complexo
cial. explícito (já que nenhuma au de 7 torres e 4 Igrejas anexas. -
toridade eclesiástica da Rússia po O piedoso e mariano povo russo
de fazê-lo), consagre a Rússia ao guarda uma das mais célebres pre
Imaculado Coração de Maria. - ciosidades: a ícone bizantina Nos
Este pedido, unanimemente apro sa Senhora de Vladimir (Séc. VIl,
vado pelo episcopado americano Galeria Tretjkov) ; quando da su
em novembro de 1982, foi entre· pressão da Companhia de Jesus,
gue o Santo Padre pelo Presidente foi na Rússia, segundo o Pe. Emíle
da Conferência Episcopal, Dom Vil laret, S . J . - grande historia
John Roach. - A Rússia já foi dor jesurta - que se refugiou, e
cognominada Terra de Marta (des assim foi preservada do desapare
de o ano 988 se venera em Mos cimento a que estava condenada,
cou a Virgem sob o título Pokrof uma das mais apreciadas promo
( = A uxilfum, Auxiliadora, do Am ções da Igreja: as Congregações
paro, Refúgio); Foi em Kiev que Marianas, Isto, g raças a Impera
surgiu a primeira Igreja dedicada triz Catarina 1 1 , não deixando exe·
a Virgem Auxiliadora, principal Pa cutar em seus domfnios o B reve
droeira da Rússia, cuja festa, des de Clemente XIV. - Pio XII, no
de o Mar Negro até a Sibéria, é Ano Mariano, assim falou do povo
celebrado a 1 ." de outubro. - O russo: " Sabemos que muitos de
calendário mariano (litúrgico par vós guardais a fé cristã no San
ticular) registrava na Rússia 293 tuário íntimo da própria consciên
festas (quase que uma para cada cia, que, de nenhuma forma se dei
dia do ano) ; destacamente: N. S. xam Induzir a favorecer aos Ini
das Dores, 2 de julho, 1 3 e 17 da migos da Religião, senão, que, an
agosto (isto sem contar a venera tes, bem desejam, ardentemente
ção das "Dores" na Semana San professar os ensinamentos cris
ta, sobretudo na Sexta-Feira (um tãos ( . . . ) amais e honrais à Vi r
tanto paradoxalmente, também no gem Maria Mãe de Deus com fer-
- 128 -
vorrsslmo afeto e que venerals slma e poderosrsslma Mãe de Deus
suas sagradas imagens [!cones] ; e de todos nós, e "jamais se tem
sabemos que no Kremlln mesmo ouvido no mundo que alguém haja
se construiu um templo - hoje recorrido suplicante a Ela e não
desgraçadamente fechado ao culto tenha provado sua poderosfsslma
divino - dedicado à Assunção de intercessão [cfr. Memorare, de S.
Maria Ssma. aos Céus, o qual é Bernardo] continuai, portanto, co
uma p rova claríssima do amor que mo estais acostumados, a vene
vossos antepasasdos e Vós tendes rá-IA com fervente piedade, a
à Grande Mãe de Deus. [o Krem amá-IA com estas palavras, que
lin é, hoje, Sede do Partido Co vos são familiares: "A TI unica
munista, Soviets] . . . não pode fal mente tem sido concedido, San
tar a esperança onde as almas se tíssima e Puríssima Mãe de Deus.
dirigem com sincera e fervente de Ser sempre Invocada." (cfr. Es
piedade à Ssma. Mãe de Deus trela do Mar, revista mariana, fase.
( . . . ) Ela, com efeito, é a afabilís- fev.-mar., 1 955, pg. 20) .
s
SABADO - O dia da semana ceição e outras devoções à Nossa
particularmente consagrado a Nos Senhora. - O 1 .• Sábado do mês
sa Senhora é o sábado, e Isto é destinado à comunhão reparação
desde o Séc. X, quando já então das ofensas feitas ao coração Ima
tinha-se ofício próprio e Missa . culado de Maria, piedosa prática
(em suas reformas litúrgicas S. Pio que, em sua concreta forma, se
V não tocou neste ponto). - Apon deve à Serva de Deus Sóror Dolo
tam-se as seguintes razões para res Inglesa, das Servidoras de Ma
essa escolha: 1 .") Só Maria, na ria Reparadora, de Adria (falecida
quele sábado - Sábado Santo - em 29-6-1 928) ; foi em fevereiro de
conservou viva e firme a sua fé 1 889 que ela começou a prática e
na ressurreição de Cristo, Fé que obteve a adesão de 700 Pias Uniões
na maior parte dos discípulos se das Filhas de Maria de quase todo
apagara e nos próprios Apóstolos o mundo (mormente da Itália). -
enfraquecera; 2.") Maria, naquele Pio X, em 1 904 cumulou de ricas
Sábado, ficou só e desconsolada Indulgências a devoção, e, o ór
pensando no Filho crucificado; 3.") gão divulgador - Liga Mariana Re
Conforme uma piedosa tradição re paradora - encheu-se de santo
ferida pelo Cardeal Barônio, Maria Júbilo com as confirmações dos
teria nascido num sábado. - (cfr. próprios lábios da Virgem, na Cova
Bibliografia, obras n.•s 1 , 2 e 34) . da Iria, pedindo a devoção dos "5
- A chamada "semana Inglesa" ou primeiros sábados". - E disse o
" sábado Inglês", deveria sê-lo ma marianólogo, Pe. Roschini : "A
riana, pois não é outra coisa senão Ssma. Virgem reiterou, pois, em
o Sábado de Maria, em honra da Fátima, o que havia Inspirado em
qual naquele dia era permitido aos Rovigo. Fátima é, portanto, o éco
trabalhadores irem para casa mais de Rovigo." (e o mesmo sentido
cedo afim do maior repouso e reci têm as lágrimas da Virgem que
tação do Ofício da lmac . Con- chorou em Siracura, acrescentou o
130 -
Tradutor) - cfr. Blbllogralls, obra citara. - Maria Sufanltls, a moa
n.• 34. - "Sábado do Sacerdote, bits, que Jesus livrara de um mau
prática que nasceu no coração de espírito."
um padre Salvatoriano, na Alema
nha, e que o Santo Padre Pio XI
abençoou e muitos bispos reco SANTUARIO - Pela riqueza e
mendara ( . . . ) em maio de 1 935, beleza, pela santidade e valor, por
parece que por primeiro, procurou ser a morada de Deus, constitui
-se espalhar aqui no Brasil ( . . . ) símbolo e figura de Maria. Ver
consagrar, mensalmente, o 1 ." Sá este subverbete e tb. Tabernáculo
bado do mês a conservação de em Antigo Testamento.
verdadeiras vocações sacerdotais
( . . . ) O Sábado do Sacerdote es
palhou-se pelo mundo inteiro, com
as bênçãos da Santa Igreja, sob a SANTUARIOS (Marianos) - No
p roteção da Mãe do Sumo e Eter Antigo Testamento era o lugar
no Sacerdote . . . " (cfr. O Serrinha, mais sagrado do Templo de Jeru
n.'s 6/8, de 1 976 - do Serra Clu salém, onde estava a Arca d a
be - Tijuca, Rio, Dist. 59). Aliança (Sancta Sanctorum) só po
dendo ser penetralo pelo Sumo
Sacerdote; Santuário, ou seja, lu
gar santo, sagrado, dá-se hoje esta
"SANTAS MUlHERES" - De denominação a Igrejas célebres pe
passos da obra "Vida, Paixão e la afluência (peregrinações), im
Glorificação do Cordeiro de Deus portância religiosa e beleza a rqui
(cfr. Bibliografia, n.• 55), constitui tetônica, bem como distinção his
remos este verbete: O Evangelho, tórica; a Santa Sá outorga este tr
e também a "vidente" [Anna Ca tulo ou caráter eclesiástico median·
tharina Emmerlchl , menciona mul te estudos meticulosos em atendi
tas vezes as "Santas mulheres", mento aos bens espirituais. - Nas
além das Já conhecidas: Maria He Américas são Inúmeros, e arrola
lí - Maria Cleophae - Marta - mos apenas os de caráter nacio
Madalena - Maria Salomé, mulher nal: Brasil, N. S. Aparecida (o
de Zebedeu - e Suzana, filha de maior do mundo) - Argentina, N.
Alfeu; pertenciam ao g rupo das S. de luján - Bolívia, N. S. de
" santas mulheres" ainda as se Copacabana - Colômbia, N. S. de
guintes: "Verônica", propriamente, Chlquinquirá - Venezuela, N. S.
Seráfia, prima de S. João Batista, das lajes e N. S. Coromoto -
e cujo marido, de nome Sirach, Equador, N. S. Ouinche e N. S. do
era membro do Conselho do Tem Rocío - Guatemala, N. S. do So
plo. - Maria Marcos, mãe de João corro e N. S. do Rosário - Costa
Marcos, que morava fora dos mu Rica, N. S. dos Anjos - Nicará
ros de Jerusalém, defronte ao gua, Virgem dei Viajo - Porto Ri·
monte das Oliveiras. - Joana co, N. S. de Montserrat e N. S.
Chusa, viúva sem filhos, natural da Divina Providência - Hondu
de Jerusalém. - Salomé, também ras, N. S. de Comayagua e N. S.
viúva, morava em casa de Marta Suyapa - Cuba, N. S. do Cobre e
(Betânia) ; era parenta da famflia N. S. da Caridade - Peru, N. S.
por um irmão de José. - Suzana, do Rosário e N. S. das Mercês -
de Jerusalém, filha do irmão mais Paraguai, N. S. de Caacupá - Rep.
velho de José, Cleófas e, deste S. Domingos, Virgem de Alta Gra
modo, parente da família, com Sa cia - México, N. S. de Guadalupe
lomé. - Dina, Samaritana, que fa (onde a Virgem apareceu ao !ndio
lara com Jesus no Poço de Jacó Juan Diego) São Salvador, N. S.
e que se juntara às "santas mu da Paz - Panamá, N . S. Penonomá
lheres", depois da conversão. - - Chile, N. S. dei Carmen - Uru
Maroní, a viúva de Naim, cujo fi guai, N. S. de la Florida - Canadá,
lho - Martialis - Jesus ressus- N. S. do Socorro - Estados Uni-
- 131 -
dos, N. S. do Socorro {em Nova L'Ossúvatore Romano; 13/14 de
OrJeans) ,...,.... . Ilhas de Guadalupe/ noil., 1 967, pág. 5). - As t .• e 2.•
Trindade, N. S. Siparla e N. S. de Partes do dito "Segredo", a Irmã
Laventll l e - Baía de Havana, N. Lúcia, plenamente autorizada pelos
S. d e la Regia. Centenas e cen "representantes de Deus" as re
tenas mais dá Santuários marianos velou em 31-8-1941 : Visão do In
espalham-se pelas Américas, que ferno - e, meios para evitar cer
aqui não nomeamos, embora con tos castigos divinos, respectiva
sulta e escritos do primeiro Presi mente. - O Papa João Paulo 11,
dente . da Federação Mundial das interrogado em sua visita a Ale
CC.MM., Dr. José .Ignácio Lasaga manha ( 1 5/ 1 9 de nov. 1980) na Pr.
y Travleso. da Sé de Fulda, declarou (o que
resumimos de uma análise do Pe.
José Méireles Sisnando, Barnablta
- no semanário Lar Católico, de
SARÇA ARDENTE - Queimar publicação da revista Stimme des
sem consumir-se o espinheiro que Gilaubens): "Devia ter sido publi
Moisés viu, é figura de Maria que cado em 1 960 ( . . . ) devido o seu
concebeu de modo extraordinário, conteúdo não o foi ( . . . ) um bom
sem cooperação humana, sem per cristão deve contentar-se com sa
da da sua virgindade. Ver este ber o seguinte ( . . . ) muitos que
subverbete em Antigo Testamento. rem soiT!ente sabê-lo por curiosi
dade ll sensacionalismo, esquecen
do-se que saber implica responsa
bilidade ( . . . ) E Isso é muito pe
SAUDAÇÃO ANGWCA - � rigoso, se ao mesmo tempo, não
o cognome da Avé-Marla, e, tam se procura fazer nada contra o
bém como se conhece a prática mal." - E o Papa, pegando o Têr
d evocional Angelus, que por sua ço, concluiu: "Aqui está o remé
vez é dito Trindades. V. os verbe dio contra esse mal. Reza!, reza!
tes e subverbetes: Ave - Ave-Ma e não me façais mais perguntas.
ria - Angelus - e, Rosário/Ter Confiai todo o resto à mãe da
ço. Deus." - 1: preciso mais? Hones
tal neÍlte, não. - V. verbetes: Apa
rições - Fátima - Videntes.
- 132 -
diante do rei Davi) , e na casa da Ssma. foi a mais eloq!lente e su
sua parenta Isabel, (Lc 1 ,48, que blime lição de silêncio; conservou
nos recorda as disposições e ale e meditou tudo no silêncio do seu
grias de Sara ao entoar o seu cân coração. - O silêncio que nos co
tico tão parecido com o Magnlfl loca confiantes diante de Deus,
cat). Maria disse, Eis aqui a pois Ele compreende e sabe Tu
serva dD Senhor, · não por Império
-
" Remédfo cuja eficácia patéce hoJe obscurecida, mas permanece mais
atual do que nunca: Marlal "
�. ]33---
T
TABERNÁCULO - Morada sim· 2/3 Km - Atualmente ê centro
bóllca, Casa de Deus, logo tam· de peregrinação mariana às Igre
bém de Maria, flguradamente. Ver jas da VIsitação e de S. João Ba
os subverbetes Morada e tb. San tista. - "A tradição escrita que
tuário, em Antigo Testamento. identifica a Aln-Karln a "cidade de
Judá, montanhosa", de que fala S.
Lucas (1 ,39), se remonta, pelo me
TEMPlO (do Esplrlto Santo) - nos ao Séc. IV - Na IgreJa de
Desde o primeiro Instante da sua S . João Batista o altar-mor é de
concepção, por ter sido escolhido dicado a S. Zacarias; o da direita à
para Mãe de Deus, Maria foi Tem Sta. Isabel, e o da esquerda à Nati
plo do Espírito Santo. Ver este vidade de S. João Batista; segun
subverbete em Antigo Testamento. do tradição, está construlda no lu
gar que existiu a casa de Zacarlas,
TERRA (Sacerdotal) - O solo logo, onde Maria entoou o Mag
do Paraíso era virgem do cultivo niflcat (na Igreja superior, consa
de mãos humanas; Maria é descen grada a Nossa Senhora, no muro
dente dessa terra e dela nasceu de cor marrom, uma série de lá·
o Sumo Sacerdote, Cristo. Ver pides trazem trechos do cântico da
este subverbete em Antigo Tes Virgem). - Literatura apócrifa quer
tamento. que a pedra da direita haJa escon
dido S. João, quando criança, da
TERRA SANTA - Não resta mortandade dos Inocentes decre
a menor dúvida que se pode "vi tada por Herodes. - Aí também
sitar" a Terra Santa Inteira per se encontra o Convento das Fran
correr a Palestina toda, demorar-se ciscanas de N. S. de Slón, velha
nos mesmos lugares onde esteve construção de pedra, e de suas
Maria, vislumbrar a sua figura en )anelas e varandas descortinam-se,
tre as coisas de sua humilde casa para o deslumbramento, vistas be
(utensrllos, móveis, vestimentas), llsslmas, reinando ali atmosfera de
tudo Isto sem sair de casa, sem doce paz. - V. o verbete: Aln
ser preciso dar um passo além do Karfm.
quarteirão onda se reside. - Cla
ro que In loco e de vfsu esta visi
tação teria outro sabor. - Existe,
porém, um provérbio unlvarsaliza - Belém - A parte mais an
do que diz bem, sob o Império da tiga e Interessante é a meridional;
filosofia popular: quem não tem é uma vila quase Inteiramente cris
cão, caça com gato! - Em ordem tã e oferece um "semblante sorri
alfabética façamos um "tour" amo dente e gracioso que só se encon
roso pe!os lugares e coisas de Ma tra Igual em Nazaré." - O povo
·rla, na Terra Santa (quem sabe até betlemlta é especializado na In
nos encontremos com viajantes à dústria do nácar. - Em Belém nos
beduino, de kefl/eh e abaya (man· encantam, de maneira especial:
to e turbante) em seus camelos ou
simples jumentinhos?: • Basilica da Natividade, ao
que se Informa, é a única Igreja
- Ain·Kerin - VIlarejo de ve da Terra Santa que conservou a
lhas e modestas casas; grande sua arquitetura original desde
parte da população - naturalmente Constantino (anos 325/6) e a ab
os homens em primeiro lugar - side "trllobata" do Imperador Jus
trabalham em Jerusalém, distante tlnlano (540). - Origenes, no Séc.
- 134 -
111, faz mençAo do Coro dos clê cessando-lhe as angllstlas respel·
rlgos. - Tem 5 naves, 4 filas de tante a g ravidez de Maria, e fuga
colunas monolíticas com pinturas para o Egito; outra, a matança dos
antigas e capltés coríntios. Santos Inocentes; as outras: lem·
bram: S. Jerônimo - Sto. Euséblo
• Cripta - é retangular ( 1 2 x de Cremona, e, Sta. Paula e Sto.
Eustáquio, todos sepultados perto
3 m) e está protegida contra In
do Presépio.
cêndios por um revestimento de
amianto, e, ai, é que está a Ins
crição latina: Verbum caro hic
factum est. - Uma pedra da gruta • Campo dos Pastores - t: a
original se pode ver no teto da atual aldelazinha de Bet-Sahur, re
cripta. - Estando-se do lado de gião feliz dos humildes pastores.
fora da cripta pode-se ver, à direi - Aí teria sido as ricas planta
ta, plantas e reslduos de pavimen· ções de Booz, rico parente de
tos da que foi a primeira Igreja Noeml, que se casou com Rute,
cuidada pelos Cruzados no séc. XII. figura de Maria. - Sobre estas
planuras ressoou, pelos coros an·
gellcais, o Gloria in excelsis Deo
• Presépio - Ou seja, o Me - et in Terra pax hominls bonae
nino Jesus, em Imagem, deitado em voluntatis. - O cognome de Ca
panos, no lugar provavelmente exa sa do Pão dado a Belém é devido
to, onde, na gruta, foi depositado a esta região fértil em trigo. -
carinhosamente pela VIrgem en Um caminho através da planlcle
ternecida. após o seu milagroso leva ao chamado Siyar ei-Granam
parto. ( = recinto, aprisco dos cordeiros),
onde há uma capela evocativa à
• Estrela - Sob o altar uma
aparição dos anjos aos pastores
(antigamente se comemorava no
estrela de prata, simples, "pontua
lugar dito Kenset ou Der er·Rauat,
l lza" o "lugar do nascimento"; na
em mãos dos gregos dissidentes).
estrela é que está a Inscrição la
Desde 1955 existe uma capela no
tina. va.
- 135 -
p ela (Gn 23: Ap 1 1 ), onde se recordar das bodas e do estupen do
pultaram Sara, Abraão, lsaac, Re m ilagre da transformação de 500
beca, Lia e Jacó (uma lenda judia litros de água em saboroso vinho.
coloca também aí o túmulo de - V. Verbete: VInho.
Adão e Eva).
- 138 -
serem da escada que os criados • Mesquita de Ornar - Sobre
levaram água (para o lava-pés) e o terreno onde se supõe que, em
os alimentos da última Cela. idos tempos existiu o famoso
Templo, hoje se ergue a M esquita
de Ornar, chamada pelos árabes
Kubbert es-Sakhrs (= cúpula da
; • "Dorrnlção" - Piedosa tra rocha, pedra). - Ediffclo octoga.
diÇão diz que a Ssma. Virgem teve nal l evantado entre os anos 688-
suave sono (dormltlo) sendo de 692. - No interior venera-se a
pois l evada pelos anjos aos céus "pedra sagrada" e sob ela fica
(V. Verbetes Dormição e Morte). uma gruta, cheia de disticos mu
E os jerusalemitanos reivindicam çulmanos: Abraão, Davi, Salomão,
como lugar a sua cidade de Jeru Elias, Maomé, Ornar. - Dita de
salém. No monte Sión a lembran Ornar, na verdade a mesquita foi
ça da "dormição" foi localizada na mandado construir pelo califa de
Basílica bizantina, que ali venerava Damasco Abel ei-Malik, terminando
o Cenáculo e suas relíquias. - a construção no ano 691 . - Entre
Hoje, entregue aos beneditinos ale a pedra e o Santo - conta-se -
mães (ereta em 1 898) a Basílica morreu Zacarlas (no mesmo lugar
da "Dormição" está num prédio onde recebeu do anjo o anúncio do
próximo, dividido em 2 corpos: a nascimento próximo de João Batis
parte superior é a Igreja propria ta).
mente: redonda, luminosa, com be
los mosaicos na abside e altares
laterais. - Escadas conduzem à
cripta onde é venerada uma Ima • Natividade de Maria - Ao
gem jacente da Virgem, represen entrar-se na cidade propriamente
tada no suave momento da "dor ( intramuros) - Sittl Marysm -
mição". próximo a Porta de Sto. Estêvão
(local onde sofreu o martfrio por
lapidação, apedrejamento), numa
• Getsemanl - Escreve o Pe. lápide de mármore está escrito
Mlguéns, ofm: "O proprietário do em francês: Nativité de la 8. s.
olival no Getsemanl que permitia Vierge Marie. - Passando-se por
a Nosso Senhor o uso da g ruta u m jardim alcança-se a majestosa
[existente no Horto] , por razões Igreja de Sant'Ana; monumento de
de amizade ou consaguinidade, po dicado ao nascimento da Ssma.
de também ter cedido um túmulo Virgem (os apócrifos localizam es
em sua propriedade para sepulcro te acontecimento perto do Tem
da VIrgem, como fez José de Ari plo, junto da Piscina Probática). -
matéia com Jesus. - O sepúlcro Já no Séc. V, surgia nestes l uga
da Virgem, como fez José de Arl res uma Igreja e era referida: "on
mals ao largo do Cedrón, I . é . , de nasceu Santa Maria." - Na
colocado no alto e com a abertura Ig reja de Sant'Ana - venturosa
para a corrente; mas os incessan Mãe de Nossa Senhora - o altar
tes aluviões elevaram o leito do de granito da ábside central tem
Cedrón, que, pouco a pouco, foi relevos alusivos à vida de Maria;
encobrindo a veneranda Igreja até e n a cripta, onde a tradição ve
reduzi-la a um verdadeiro antro nera o lugar onde nasceu Maria
sem luz. - A primeira surgiu no Ssma., está, sob o altar, uma eff
Séc. V; a tumba da Virgem foi gle de Maria recém-nascida.
Ilhada da montanha. Destruída pe
los muçulmanos, a Igreja foi res
taurada pelos Cruzados, no Séc. Nola - De certa forma, 6 o pres6plo
XII." - cfr. na Bibliografia, n." 8. do nascimento de Nossa Senhora que os
- V. os Verbetes: Dormlção - Carmelltas sugerem que se arme, e, acha·
Morte - Getsemanl - Sepultura. mos nós que poderia ser de 8 a f2 de
-
Túmulo. set. (da Natividade ao Santo Nome).
- t 37 -
• Piscina Probática - Ou se dlos ligados à Maria, o que de
ja, de Betesda em gr. e Betsaida, resto tudo ar passado com Jesus,
em heb., ou melhor ainda, de Be também à co-arrenderdora envol
zata (= casa, lugar de misericór veu: apresentação aos 30/40 dias
dia). - Redescoberta, verificou-se de nascida - Ingresso e permanên
que tinha forma trapezoidal, me cia para cumprimento do natzyr
dindo 1 20x60 m - Ao derredor (= voto) nos 1 2/ 1 3 anos de "na
encontraram ruínas de um templo zi rlato" - (V. Verbete: Nazlrlato)
bizantino e medieval. - Os apó - noivado com o carpinteiro Jo
crifos dão como cidade do nas sé - apresentação de Jesus ao
cimento de Nossa Senhora em Je velho Simeão e a sua preceptora,
rusalém e o local apontado é as a profetisa Ana - a perda e o en
proximidade da Piscina Probática, contro do Menino numa Festa da
onde Joaquim e Ana tinham pro Páscoa - a entrada triunfal que,
priedade, que ocupavam ao vir, certamente ao longe, essistlu, do
mais tarde, visitar no Templo a fi seu Divino Filho, com a multidão
lha que Internada ficou dos 3 aos aclamando quase em delírio: Ho
15 anos (deveria deixar o Templo sana! Hosana! Filho da Davi! -
aos 12 ou 1 3 anos de Idade, mas V. subverbetes no verbete: No vo
por ser órfã na época e por, tal Testamento.
vez, Interferência do Sacerdote Za
carias, seu meio parente, ficou um
pouco mais). - V. verbetes: Na • Tumba da Virgem - O apó
zlrlato - Esponsais. crifo Transitus Mariae relata a an
tiga tradição palestinense segundo
a qual, Maria, depois da sua "dor
• Porta Dourada - Assim se mição" (dormitio), foi sepultada
chama por assomâncla com o ter numa tumba e esta após 3 dias es
mo grego: horaia (= bela) apl ica tava vazia. - A tradição menciona
do a Porta Especiosa, ambas de como local a região do Getsemanl,
acesso ao Templo de Jerusalém. - no fundo do Val e de Josafá. - Aí,
Apontada, nos apócrifos como sen uma primeira igreja foi ereta no ano
do aquela onde o anjo mandou 455, depois do Concílio de M acedô
Joaquim e Ana se encontrarem, nia, sob o Incremento da devoção
quando do milagroso nascimento mariana alicerçada com a procla
de Nossa Senhora, que também lo mação de " M aria Mãe de Deus"
calizam nas imediações. - Nas (Theot6kos. - Localizam a tumba
!cones, bem como os g randes pin numa gruta no Getsemani (V. Ver
tores ( Giotto e outros) aproveitaram bete), e esta gruta mede 1 7x9 m,
artisticamente esta indicação ex com 3 m e meio de alto, e, hoje.
trabíblica, e tem-se assim uma for com ligeiras diferenças, conserva
ma, uma idéia deste conhecimen o aspecto original (para se ter uma
to, por via plástica. - A edifica idéia, vejam muitas grutas brasilei
ção hoje visível, remota ao séc. V, ras, de modo especial a igreja que
e estava dedicada a S. Pedro que existe dentro da de Bom Jesus da
curou o coxo de nascença (At 3,1 Lapa) . - Bem ao fundo, num braço
ss). mais largo da galeria (30 m) num
altar armênio, se encontra a " edí
cula", quase quadrada, que reco
• Templo - P�a esplanada lheu o corpo de Ssma. Virgem.
dita pelos árabes Haran esh-Sherif,
transposta a Porta de Sto. Estê
vão (Sittl Maryam), o fiel maria • Via Dolorosa - A 4.' Es
no, embora não encontre aí o lo tação da Via-Sacra é a única das
cal, o sitio ideal e propício para 1 4 que menciona Maria Ssma. nes
meditar, pelo menos o é para, emo te peregrinar de dor; o Evangelho
cionando, recordar tantos episó- no-IA, aponta, com um grupo de
- 1 38 -
"santas mulheres" , Já no elmo do (se que nllo fazia ela mesma es
Calvário (que aliás não era e não tas serventia da casa) e bem dis
é tão elevado assim). - Constan tante a única fonte da cidade. -
tino, além da construir a p rimitiva Nazaré é um dos lugares mala
Igreja do Santo Sepulcro, o mais evocativos da Palestina.
que pôde preservou os sítios da
VIa Dolorosa, que segundo todos
os estudos e comentários, atestam
ter sido Maria a primeira a percor Séforls - Humilde aldeia que
rê-las, criadora, portanto, da Via· reivindica com todas as veras uma
Sacra. só coisa: ter sido a pátria de S.
Joaquim e Sant'Ana; está bem vi·
zinha a Nazaré (cerca de 7 Km),
- Nazaré - Ignorada no An e guarda com Infinita devoção os
tigo Testamento, da qual nada se restos preciosos d e uma constru·
fala é, no entanto, a "cidade ale ção do séc. IV dedicada aos pais de
gre, sorridente e simpática, suas Maria Ssma. (os Cruzados restau
casinhas brancas sobem pela mon raram-na grandemente). - V. o
tanha ( . . . ) aldeia muito pequena; Verbete: Séforls.
Nazaré é flor, é a flor da Galiléia"
(eis um depoimento de alguém que
venturosamente vive ai: Pe. M.
Miguéns, ofm - Ver Bibliografia TIPO - (gr. typos = cunho,
n.•a). - Numa visão panorâmica, modelo) - Diz-se daquele Indivi
do ponto de vista religioso, vê-se duo ou coisa que reúne em si os
em Nazaré: Jg. de N. S. do Pasmo caracteres essenciais que o dis
- Conv. das Clarissas - Conv. tingue sobremaneira; daí apli
das Irmãs da Caridade - Casa das car-se a sinon!mia: cunho, forma,
Damas de Nazaré - Conv. dos modelo, exemplar; pessoa que se
PP. Franciscanos - Templo Protes salienta. - Referentemente à Ma
tante - Mensa Christl - Conv. ria: "Em virtude da graça da ma
Carmelita - Casa dos PP. de Ber ternidade divina e da missão pela
tharram - Jg. Maronlta - Irmãos qual Ela está unida com seu Filho
das Escolas Cristãs - lg. Grega Redentor, e em virtude de suas
- Sinagoga - " Caminho do des graças e funções (gratiis et mu
penhadeiro - e Estrada para Sé neribus) a B. Virgem está também
forls. - De especlalisslmo inte intimamente relacionada com a
resse e devoção mariana: lg. de Igreja. Já Sto. Ambrósio ensinava
S. Gabriel - lg. de S. José - Ba que a Mãe de Deus é o tipo da
silica de Jesus Adolescente - Igreja. (De/para est Eccleslae ty
Fonte de VIrgem - e, Lugar da pus). - Maria é , sobretudo no
Anunciação. - O lugar dizem-no presente, tipo da Igreja, a qual,
"gruta"; a grande Basílica se er buscando a glória de Cristo, tor
gue sob o local que foi, segura na-se cada vez mais semelhante
mente, freqüentado pelos devotos ao seu excelso Tipo". - cfr. Lu
marianos e peregrinos do Séc. IV, men Gentlum, n.•s 63 e 65). -
logo após conseguirem os cristãos " Maria é, pois, o tipo acabado da
liberdade de culto. - Na cripta Igreja porque Ela antecede a Igre
observa-se ainda restos da Igreja ja em todos os sentidos, passado,
bizantina, conservada quando da re presente e futuro. Maria é a Igre
construção dos Cruzados. - Na ja antes da Igreja, M aria é o fu
pequena "gruta" natural hoje ve turo da Igreja, e Maria é em ple
nerada (do Séc. I?) os arqueólogos nitude o presente da Igreja. Ma
muito apreciam o graffito grego ria é anterior, porque, antes que
Ka/re Maria (= Ave-Maria) - houvesse a Igreja, - que faz nas
Um pouco distante, imagina-se o cer em nós o Cristo -, pelo ba
lugar onde Maria comprava o grão tismo, já Maria tinha gerado Jesus
de trigo, o óleo de oliva e o vinho Cristo. Maria é o futuro da lgre-
- 139 -
ja porque tudo aquilo que será um - N. S. Boas-Novas {França) -
dia a Igreja na ressurreição final, N. S. das Portas (França) - N. S.
a Igreja "toda pura, sem rugas e das Oliveiras (França) - N. S. das
sem mancha" já é agora Maria Rosas (Itália - N . S. da Estrada
glorificada e m corpo e alma. - (Espanha) - N. S. do Bom Encon·
(ver artigo supracitado do Pe . tro (França) - N. S. de Copacaba
João E . Martins Terra, S . J . , e na (Bolfvia) - N. S. Libertadora
Lumen Gentium, cap. 8.0), - Ver (França) - N. S. dos Banhos (Itá
verbete Igreja. lia) - N. S. da Cabeça Inclinada
(I tá lia) - N. S. da Nuvem (Equa
dor) - N. S. da Portaria (Espanha)
TITULOS (Marianos) - Toda - N. S. de lngolstadt (Alemanha)
titulação constitui um conferimento - N. S. da Arvore (Fran ç a) - N.
honorífico ou aquela forma carac S. das Lágrimas (Itália) - N. S.
terlzante de denominação com que das Escolas (Canadá) - N. S. do
se distingue e aponta algo de es Ninho [França) - N. S. das 1 3
pecial aos nossos sentimentos. E Pedras (França) - N. S. da Clari
em se tratando de Maria Ssma. - dade (França) - N. S. da Ternura
" Campeã mundial" de títulos em (Rússia) - N. S. da Gôta de Ouro
todos os tempos, cujo record ja (França) - N. S. de Vladimir (Rús
mais será batido - o título mostra sia) - N. S. da Sêde [França) -
aquela ânsia da "presença" Dela, N. S. do Leite (Espanha) - N. S.
o querer tê-IA em tudo. Começa, de Luján (Argentina) - N. S. de
para nós, de lfngua portuguesa , Walsinghan ( I n g late rra) - N. S.
com este mais divulgado. amoroso dos Eremitas (Suíça), etc. - O
e doce erro gramatical que diaria· elenco não terminaria nunca, mas
mente está nos lábios de todos : não nos esqueçamos de pelo me
minha Nossa Senhora. - Como nos dois que nos devem ser mul
são milhares estes títulos à Santa to caros: N. S. Mãe da Igreja, o
Mãe de Deus, elenquemos breve mais recente tftulo que a Igreja
relação pelo menos dastes 44 , um lhe concedeu e o único ao final
tanto mais curiosos: Nossa Senho de um Concílio, o Vaticano 11; e
ra da Cadeira e N. S. do Livro N. S. Aparecida, a Excelsa Padroei
(quadros de Rafael) - N. S. do ú ra e Rainha do nosso querido Bra·
(ou da Expectação, ou do Parto, sil, que foi "pescada", em tosca
ou mesmo da Esperança), título de imagem fragmentada, morena, nas
vido ao exclamativo ú que ante águas do Paraíba, que próximo ao
cede, no período natalino, as antr porto ltaguaçú, o rio em suas cur
fonas do Ofício Divino que assim vas faz um M. - (cfr. na Biblio
começam: ó Sapiêntia, ó Adonal, grafia obra sob o n.• 30)
ó radlx Jesse, ó clavis Davi, ó
Orlens, ó Rex Gentium, ó Ema
nuel . . . - N. S. Achiropita (= não
pintada por mão humana; gr. chiro TOPON[MIA - A toponfmla
= mão + pita = pintar) - Nossa revela o sentir, transmite o modo
Senhora do Recamadour (i . é . , da de ver e até de ser, de determi
Penha ou pedra ou da rocha (roc) nada porção de um povo; é a apli
de Amador) - N. S. das Galinhas cação aos lugares de nomes ou
( Itália) - N. S. do Cordão - N. denominações que se ajustam ou
S. das Ovelhas de Albery ( França) encontram semelhança, conotação
- N. S. do Mar ( Iugoslávia) - N. neste ou naquele pormenor geo
S. da Agua (Setúbal) - N. S. da gráfico, ou nas origens históricas,
Escada (Portugal) - N. S. da Ca ou ainda tal ou qual injunção de
beça (Espanha) - N. S. do Pé de ordem espiritual-religiosa, moral ou
Prata (França) - N. S. de Czesto física. - Recurso multo empregado
chowska (Polônia) - N. S. da Ba pelos povos primitivos (nossos ín
talha (Portugal) - N. S. da Coroa dios assimilaram ou herdaram, tra
(Itália) - N. S. do Portal (França) zem de "berço" esta !=!Spécie de
t 40 -
''dom" na acertada aplicação dos efêmera, transitória a glória de Sa
nomes às coisas). - O sentimen· lomão, enquanto a de Maria é para
to religioso e mariano do brasi todo o sempre. Ver este subver
leiro, como de resto, do mundo bete em Antigo Testamento.
inteiro, também se manifesta na
toponfmia. - Ver o Guta Postal
Brasileiro, edição de 1 977, ou qual TúMULO/TUMBA/SEPULTURA
quer relação das cidades ou mu - Após os funerais ou exéquias (ce
nicípios do território nacional (c.p. rimônias e ritos mortuários) . se
exp: a do Anuário Católico do Bra gue-se a deposição do corpo da
sil, CEAIS, 1981 ), para logo se ver pessoa falecida, num túmulo ou
o lugar proeminente dado a Nos tumba, numa sepultura (cova) ou
sa Senhora; 71 localidades lem mausoléu, transportando-se em cor
bram Maria Ssma: Nossa Senhora tejo (féretro). - Quanto à Maria
- de ou da ou do (1 1 ) - Santa Ssma. não existe qualquer depoi
Maria (1 1 ) - Carmo ( 1 0) - Apa mento, afora piedosas hipóteses e
recida (S) - Dores (S) - Nazaré descrições de supostas probabili
(5) - Rosário (4) - Natividade dades, indicando com segurança
(3) - Piedade (3) - por ordem data e lugar. - O cortejo fére
alfabética e com 1 : Assunção - tro) e acontecências correlatas do
Belém de Maria - Coração de "enterro" da Virgem que se lêem
Maria - Divina Pastora - Dore em documentos extrabíblicos ou
sópolls - Ladainha - Mariana - historiadores ou Santos Padres, -
Marlapolls - Mercês - Monte Nicéforo, bem como sermões d e
Carmelo - Monte do Carmo - Dionísio, o Areopaglta q u e foi dis
Monte Sião - Nova Fátima - Re cípulo de S. Paulo e, assim, con
dentora - Salete - Santa Ma temporâneo da Virgem, são peças
riana - Três Marias - Virgem exaradas por corações levados e
da Lapa - Virgínia - Vlrginópolls enlevados por profunda e sincera
- e Virgolândia. - Em 2.• lugar piedade amorosa, mas não vaza
está S. José, o esposo da Ssma. das no rigor científico-histórico-do
Virgem, com 41 ; e, em 3.• vem cumental; - O lugar do óbito
S. João, o Precursor, com 39. -
é Ignorado. Nazaré, Belém, Je
Imagine-se quanto cresceria o nú rusalém e até J:feso reivindi
mero se fôssemos somar os pa cam o privilégio de terem ecolhi
d roados das dioceses e prelazias; do Maria nos seus derradeiros dias
os oragos das Catedrais, paróquias de vida e terem ali seu corpo de
e capelas (públicas e semipúbli positado antes da Assunção. - In
cas), as "famílias religiosas", os dica-se com muita i nsistência o
Institutos, Ordens e Congregações ; Getsêmani (no Vale de Josafá), em
as entidades como seminários, co local cedido pelo proprietário dos
légios, asilos, orfanatos; os esta olivais que cedia este sítio a Je
belec.i mentos comerciais ou não, sus e seus discípulos para descan
e, até casas de diversão, como sarem e rezar; e cedera um pe
cinemas, teatros e de tantas ou daço para túmulo da família de
tras finalidades. Não haveria pa Nossa Senhora. - No que dizem
pel que chegasse. ser o lugar da tumba, existe hoje
uma Igreja com capela especial de
TRONO (de Salomão) - Toda altar armênio (também af está a
a riqueza e beleza do famosíssimo capela de S. Joaquim e Sant'Ana).
trono desse sábio rei não se com - V. verbetes: Assunção - Dor
para ao que Deus fez para SI no mlção - Morte e subverbete
seio de Maria, como também foi Tumba da VIrgem. em Terra Santa.
- 141
u
UVA - Para mais de uma de radas e alegres). - A fartura dos
zena de vezes a uva é mencionada cachos bem simbolizam a abundân
na Bíblia, isto sem contar d'onde cia das graças e favores da Vir
ela vem (vinha, vinhedo) e do que gem Ssma. como Medianeira. -
dela deriva (vinho, fermentado ou Aliás, liga-se a uva (vinho, de Ca
mosto, mas sempre "sangue da ná da Galiléia) o poder suplican
uva"). - Aplica-se à Maria Ssma. temente lntercessor de Nossa Se
não só pelo doce do seu sabor nhora, prefiguração daquele vinho
(delicioso bolo era feito de uva, sacramental da última Ceia (San·
1 Sam 25,1 8; 30,1 2), bem como pela gue Eucarístico do Seu Divino FI·
delicadeza de sua forma e seu va lho), sangue que Dela recebera
lor para a vida (a festa da vin Jesus quando do mistério da En
dima, colheita, era das mais espe- carnação. - Ver o verbete VInho.
v
VARA FLORIDA DE JESS� - - Ex 26,31-36; Mt 27,51 ; Hebr
A vara de Aarão que brotou mila 1 0,10-20) - era de utilidade para·
grosamente é figura de Maria, que mental no culto, e, em reduzida di·
concebeu e deu a luz sem pre mensão, de uso simbólico, pelas
juizo da sua virgindade, a Cristo mulheres. - Aliás, o uso do véu
Jesus, da raiz de Jessé/Davl . Ver pelas mulheres vem de todas as
este subverbete em Antigo Testa eras e lugares pelos motivos mais
mento. diversos: luto, indicação de estado
civil ou tribo, culto, simbolismo.
VELO DE GEDEAO - Isenta Comumente I ndica escondimento,
do pecado original - única no gê submissão, penitência. - Maria
nero humano - Maria é como Ssma. usou-o largamente como he
aquele velo ( = couro, pele de cor bréia, dentro das prescrições e
deiro) que sob o orvalho perma simbolismo do seu povo, como
neceu sem se molhar, ficou seco, parte Integrante do vestuário de
enxuto. Ver este verbete em An sua época, com a túnica e o man
tigo Testamento. to. - Véu também significa mis
tério, coisa velada, encoberta. -
VJ:U - Desde tempos lme O mistério de Maria, na obscurlda·
morlais, se os homens usavam de, no silêncio, na transcendenta
turbantes, as mulheres cobriam-se lidade de sua missão, do seu pa
com o véu, geralmente preso ao pel, da sua figura é-nos sublime
manto (quando não utilizando-se do véu com o qual não várias vezes
próprio manto puxando-o até a ca cobrimos as nossas fraquezas a
b eça) . - O véu (cortinas penden fim de que Ela nos socorra "ago
tes na parte central do Santuário ra e na hora da nossa morte".
- 1 42 -
VIDENTES DE FÁTIMA - Para mente as que mais precisarem",
apresentar as 3 almas privilegia bem como deu o elenco onde Ja
das que na Cova de Iria tiveram cinta escolheu a jaculatória, Doce
esta dádiva sem par, vamos bus Coração de Maria, sede a minha
car aquele que, após os aconteci salvação) . - Inúmeras têm sido
mentos transferiu para Portugal e as provas de especial afeto da
simplesmente tornou-se lusitano Lúcia pelo Brasil e a última foi
até no falar e escrever, embora agora por ocasião dos festejos dos
nascido na terra de Dante, Pe. 2.000 anos de Nossa Senhora,
Glovannl Marchi (até um Seminá quando, pelo Presidente da Federa
rio fundou em Fátima). - Da 3." ção das Congregações Marianas d o
edição do opulento livro Era uma Rio, Sr. José Caseiras, o Capelão
Senhora mais brilhante que o Sol, d'onde está Lúcia, em clausura, de
resplgamos: parte dela entregou a este con
gregado mariano, um cartão on
de está exarado: "Carmelo da
- Lúcia: Os 3 "zagaletes" Sta. Tereza - 3000 - Coimbra -
aos quais apareceu Nossa Senhora JtM . - A Irmã Maria Lúcia de Je
eram 3 crianças absolutamente sus e do Coração Imaculado rece
normais. [isto é preciso que fique beu a vossa carta, pede pelas vos
bem claro ] , em nada diferindo dos sas intenções". - V. verbetes:
serranitos seus companheiros da Fátima - Aparições.
folguedos, ou como eles guarda
dores da gado a da ovelhas. - - Francisco - Eram primos
Lúcia, a mais velha, nascera a . .
de Lúcia, Francisco e Jaclnta, fi
22-3-1907, última dos 7 filhos da lhos de "Ti " Marta e "TI" Olfmpla
Antonio dos Santos (o "Abóbora") d e Jesus Santos [tivemos nós,
e dona Maria Rosa (a "Perulhel em 1 950, a dita de conversar e fo
ra").- moradores em Ajustrel (o tografar o casal Marta] : respecti
Irmão da Lúcia, Manuel, veio para vamente eram o 6." e 7." filhos
o Brasil, conforme saiu, com a dele e s.• e 9." dela, que contraira
foto dele, na revista mariana Es segundas núpcias, falecido o seu
trela do Mar out. de 1 967; modesto primeiro marido, José Fernandes
chacareiro, foi recebido como con Rosa. - Tinha carinha redonda, bo
gregado mariano, em Assis (São chechuda, boca pequena; d e cará
Paulo) aos 72 anos, 8 fil hos, 1 6 ter excepcional, e rabujava com os
netos a 3 bisnetos). - Maria i rmãos mais do que Jacinta. -
dos Anjos, sua Irmã e o "TI " Dona Ol impia dizia que logo ma
Marta dão-lhe este "retratinho": nhãzinha ele ia para o oitelrlnho
Era multo conversadeirica, mul da madrinha Teresa, na Aldeia; era
to lhanazlnha, muito ladina . E muito jeitozico e um poucochlto
muito meiga, té com o pai : o poeta. - Amava a música e com
m'o pai aqui, ó m'o pai d'acolá; ál o seu pifara de cana passava ho
Jesus que cachopa ! - Eu já fu ras e horas sentado numa pedra,
turava: há de vir a ser ou multo acompanhando Lúcia e Jacinta de
boa ou multo ruim! - o Vaticínio dançavam e cantavam alegremente.
do "Ti" Marto deu-lhe pelo lado - Gostava muito de Imitar o gor
bom: foi, como é, muito boa: Re jear dos passaritos, e, como Ja
ligiosa Carmelita, em Coimbra/Lis cinta e Lúcia, era um apaixonado
boa, sendo sabido que Nossa Se pelas flores, alma particularmente
nhora continua aparecendo-lhe no abe rta às belezas espalhadas por
convento. - Grandes amigos - Deus pela Serra (êmulo perfeito,
ela e o piedoso (Venerável) Pe. portanto, do poverelho d'Assisl d e
Francisco Rodrigues da Cruz (ele quem portava o nome). - Após a
foi quem deu forma a jaculatória, ó "visão do inferno", que Lúcia des
meu Jesus perdoai-nos, livrai-nos creveu em suas cartas (3." apari
do fogo do Inferno e levai as al ção, 1 3 de julho) caiu doente, ofe
mas todas para o Céu principal- recendo seus sofrimentos, sacriff·
- 143 -
elos e mesmo a vida, pela conver dlos, sem peso nem equilíbrio, en
são dos pecadores. - V. subver tre gritos e gemidos de dor e de
betes: Jaclnta - (Visão do Infer sespero, que horrorizava e fazia es
no). tremecer de pavor ( . . . ) Os de
mônios distinguiam-se por formas
horríveis e asquerosas de animais
espantosos e desconhecidos, mas
- Jaclnta - Como seu I rmão transparentes como negros carvões
Francisco, também de rosto redon em brasa. Assustada e como que
do e feições de uma regularidade, a pedir socorro, levantamos a vis
como se diz, perfeita. Possuía ta para Nossa Senhora que nos
uma alma extraordinária ("ainda disse, com bondade e tristeza:
aos 5 anos, ao ouvir a descrição Vistes o Inferno, para onde vão as
d o sofrimento de Jesus - diz Lú almas dos pecadores".
cia, sua prima - enternecia-se e
chorava, dizendo: "Coitadinho d e
Nosso Senhor!, e acrescentava re VINHO - De água para o rito
soluta: Não hei de fazer nunca ne das purificações eis que, a pedi
nhum pecado, não quero que Je do, pela mediação de Maria, eis
sus chore mais ! " - Assim era que Jesus transforma em "vinho
Jacinta: boazinha ao exterior e novo", e proporciona cerca de 500
uma verdadeira santinha no I nte litros de delicioso vinho que o
rior. - Não há de tardar o dia em mestre-sala mandou se·rvir aos
que a veremos na " Glória de Ber convivas. - "O vinho é um si
nini", i . é . , canonizada, recebendo nal das bênçãos de Deus. A
as honras dos altares, interceden bênção dos Patriarcas incluia a
d o por nós junto Daquela que con "abundância de trigo e de vinho.
versou com ela aqui na Terra e (Gen 2,28; 49,1 0-12)
- Os profetas
agora está junto Daquele Jesus haviam predito abundância de vi
que ela não podia ver sofrendo. - nho nos dias messiânicos. (Am
Como já ficou dito, ela escolheu 9,13-14) - O vinho faz parte das
no elenco apresentado pelo servo primícias que revertem em provei
de Deus Pe. Cruz, em 1 0-1 2-1925, to dos sacerdotes. (ver Dt, Nm e
reportando-se à 2.• aparição, em 2Cr) . A felicidade prometida por
1 3-6-1 9 1 7 , a Jaculatorla: "Doce Co Deus é, muitas vezes, expressa
ração de Maria, sede a minha sal na forma de uma grande fartura de
vação! " - A salvação que Jacinta vinho, como vemos nos oráculos
inculca peçamos ao Coração Ima dos profetas. (Ver Jer, ls, Am,
culado diz respeito à visão que Zc, Os etc.). - No Novo Test. o
os 3 tiveram do inferno e Lúcia "vinho novo" é o sinal dos tempos
entre outras coisas aponta o se messiânicos; Cristo declara que a
guinte : " O que me lembro é que nova Aliança instituída em sua
Nossa Senhora disse que era pre Pessoa é um "vinho novo" que
ciso rezarem o Terço para alcan faz os odres velhos se romperem.
çarem graça ( . . . ) sacrificai-vos pe - O mesmo Cristo que transforma,
Jos pecadores ( . . . ) O reflexo pa que muda em Caná a água em vi
receu penetrar a Terra, e vimos nho, é o Cristo que transubstan
como que um mar de fogo. M e r ciará este vinho no seu Sangue. -
gulhados nesse fogo, os demônios (conceitos do Pe. João E. Martins,
e as almas, como se fossem bra S. J., in A presença de Maria, ar
sas transparentes e negras, ou tigo doutrinário). - E o sangue
bronzeadas, com formas humanas, veio da carne, do sangue de Ma
que flutuavam no incêndio, l eva ria, do seio virginal daquela onde
das pelas chamas que delas mes um Deus homo factues est. - Co
mas saíam juntamente com nuvens mo no vinho de Caná, Maria, no
de fumaça, caindo para todos os vinho da Eucaristia também con
lados, semelhantes ao cair da faú tribuiu para a sua transformação,
lhas [fagul!)asl nos grandes incên- para o milagre em bem dos seus
1 44 -
filhos, como M ãe e medianeira. - criados ou a sociedade, à família
10 pela carne e sangue, recebido humana: Prudência - Justiça -
de Maria que Cristo nos dá a Vi Força - Temperança. - A nobi
da. (cfr. Jo 6,54). - líssima virtude da Prudência em
Maria, cantamos em superlativo, na
Ladainha: Virgo Prudentísslma. -
VIRTUDES (de Maria) - do A Justiça, considerada no mais ri
lat. virtus, é aquela disposição ha goroso sentido do termo, vem sem
bitual e estável das faculdades da pre acompanhada de outras virtu
alma para fazer o Bem. - Maria des, sobretudo, a Obediência e a
não as teve exclusiva, mas a pos Religião. O ancil/a Domini dos lá
suiu em grau superabundante dado bios de Maria revela. como num
a sua condição e para cumprir a espelho, toda a beleza destas vir
sua missão. - Os santos torna tudes que ornara sua alma e seu
ram-se excelentes quanto a essas coração na Terra e a glorifica no
ou aquelas virtudes, Maria porém, Céu. - Quanto a Fortaleza. Ela,
fez-se excelentíssima em todas as e quem mais do que Ela. foi a
virtudes; se os santos já as tive "mulher forte" sublimado pelo sa
ram em grau heróico, Maria as pientíssimo Salomão. - A Liturgia
possuiu divinamente. - As que o proclama e canta no célebre hi
tem Deus por objeto, logo são as no Stabat Mater esta força ante a
virtudes teologais (Fé, Esperança, dor, esta fortaleza de espírito no
Caridade) foram apanágio de Ma Consummatum est, no grupo ge
ria como abundantes são nos evan nial da escultura de M iguel An
gelhos os episódios de sua vida de gelo Pietá. - Finalmente, na
total e sublime união com Cristo. Virgem resplandece, com aquele
Quanto a Fé, que foi o princípio brilho, com uma luz toda própria a
de sua grandeza. faz Sto. Agos virtude da Temperança, i . é . , a mo
tinho, da frase de Isabel: B em
" deração exemplaríssima diante do!
aventurada tu, que creste", fez es gozos. mesmos l ícitos, estribado na
te axioma: fide concepit, fide pe sobriedade e, sobretudo. na pu
perit (pela fé concebeu, pela fé o reza, na castidad:J : Tota pulchra. -
pôs no mundo). cfr. Enchiridion, Ressalte-se que em conexão com
t. 40 , col . 240. - Como da Fé nas a virtude da Temperança sempre
ce a Esperança, esta também de está a humildade. S3gundo se re
modo especialíssimo foi vi rtude velou, Sto. Afonso disse a Sta. Ma
em Maria. Maria confiou, Maria tilde: "A primeira virtude que Nos
esperou mesmo "contra toda a es sa Senhora praticou desde a mais
perança" (Rm 4,10). - Não é sem tenra Infância foi a humi ldade" -
razão aplicado à Virgem Ssma. um Quando, pois. se inculta. apontam
dos seus mais difundidos títulos: se as virtudes d3 Maria para ba
Nossa Senhora da Esperança (por lisamento da nossa vida espiritual,
oportuno recordemos que na nau mormal. social. o cortejo destas 7
capitânea de Pedro Alvares Cabral, se nos deparam para que M aria
veio a imagenzinha de N. S. da mesma nos ajude.
Esperança. devoção acendrada do
navegador português) . - Caridade
de Maria, que abismo inexplorado
e lnexp!orável! S. Francisco de Sa VJSJTADORA (Imagem) Quem
las diz que Ela foi Regina amoris teve a grande dita de acompanhar
(
= Rainha do amor. I é de Ca Brasil afora, adentrando-se por ca
ridade). Nenhum coração foi tão pitais, vilas. paróquias na talvez
abrasado de amor como o de Ma maior peregrinação até hoje reali
ria. foi com amor. de amor e pelo zada em nossa terra, é Q'l'=! po
Amor que Ela morreu. - As vir derá dizer - cor.1o o Pe. Antonio
tudes. além das teologais. divi da Silva BeiJo, S J . (cfr. Biblio
dem-se ainda nas cardeais (ou mo grafia. obra n .• 1 6) - o que foram
rais), cujo objeto são os bens aqueles 1 20 dias de "Visitas" d a
- 145 -
Rainha e MAe, começados e m evangelhos "santas mulheres". -
1 2-6-1952, em Salvador (Bahia) e E atualmente, mais exato, desde
encerrados no Rio ( Maracanãzinhol. 1 830 quantas "visitas" em tantos
12 de maio, com mais de 200.!!00 lugares?!, aparecendo a jovens, a
pessoas superlotando o maior es velhos, a homens e mulheres, ex
tádio do mundo, com Incalculável pressando-se em Idiomas e dialé
número de pessoas fora porque tos seu amor e ternuras por nós!
não puderam entrar. - Pois foi dai - Daí este desejo, ânsia quase
que se I ncrementou a prática cha incontida, já que não se pode ter
mada "Imagem visitadora", imitan a dita de termos a presença flsica
do-se o que desde a Europa, mor de Nossa Mãe Celestial, a tenha
mente Portugal , se fazia por devo mos em imagem em nossa resi
ção a Nossa Senhora. - Precisar dência, para guardá-la com amor e
com rigor histórico quando começa devoção no coração. - Ao tê-la
ram tois "visitas", faz-nos ir até a de "visita" à nossa casa, obvia
aldeia de Ain-Karin, nas montanhas mente a terei como a mais ilustre
de Hebron. e ver como Maria Ssrna. hóspede e tudo que eu possa fa
"se apressou" em visitar sua prima zer para dignificar tão insigne
Sta. Isabel, por sabê-la grávida e acontecimento, será pouco, muito
precisando de sua ajuda. - Ou pouco: altar ou lugar adrede prepa
tras mui tas visitas se verificaram: rado, divulgar entre os que não
na testa de casamento em Caná tem este privilégio, amiudadas ve
da Galiléia (" presença providen zes achegar-me nos momentos de
cial ! ) ; com toda a certeza, acom céu em que me visita, rezar fer
panhando seu Drlfino Filho à casa vorosamente, só ou com outrem
da sogra doente, de S. Pedro, e, em hora aprazada. usando das de
nas visitas à casa de Lázaro e voções e práticas tradicionais, so
suas irmãs Marta e Maria; às ca bretudo Ofício da lmac. - Terço
sas de suas amigas e vizinhas (e Angelus - Coroinha etc. - V .
muitas delas parentes), ditas nos respectivos verbetes.
w
WALSINGHAN (N. S. de) - é Cristianismo. Bem poucas nações
o título do Santuário Nacional dos se poderão afanar de tantas e glo
ingleses à Virgem Ssma. - A pe riosas tradições marianas como a
dido Dela mesma, em 1 061 - já Inglaterra. - Destruídas. igreja e
lá se foram 924 anos, a ::aminho imagem, por incêndio e depreda
do 1 ." milênio - construiu-se umo ção, 3 séculos depois o chamado
igrejinha semelhante à Casa de "movimento de Oxford" fez re
Nazaré. - Desde os primeiros nascer a veneração a Ssma. Vir
tempos da conversão da Inglaterra gem. - Em 1 921 fez-se uma ré
até a " Reforma", praticamente não plica da milagrosa imagem, da an
houve um rei que não desse prova tiga igreja, e um altar numa ca
do seu amor à esta Rainha, não pela construída anexa as ruínns do
eram seguidos pelos súditos (daí Vetusto Santuário. - E cresce,
o cognome de Feudo de Maria que lentamente. porém firme. o antigo
orgulhavam-se os ingleses de pos fervor por Maria na velha e tra
suir sua Pátria) ; e a devoção à dicional Ilhas Britânicas. (Verbete
Mãe de Deus constituía assim, ou sobre notas do saudoso Pe. William
trora, na Inglaterra, elemento fe Goding, S . J . , Diretor da Con;�re
cundo da expansão civilizadora do gação Mariana Estudantil dos PP.
- 1 46 -
Jesuftas do A io de Janeiro; á o à grande obra do Pe. Emfllo Vll t a
nosso preito de saudade e home
nagem a quem nos presenteou com I ret, S . J . : História das CC.MM. no
Mundo).
*
X
XEOL (heb. shaôl, etimologia n.• 20. - No Novo Testamento o
incerta; e gr. hades, o mundo in termo aparece diversas vezes sob
ferior da mitologia). - Tanto no di ferentes acepções, como por
heb. quanto no gr., não existe mui· exemplo, quando é apl icado a Je
ta coerência na acepção: ora s i g
sus (At 2,27), referentemente ao
nifica apenas a morte, ora a se·
SI 1 6, 1 O quanto à ressurreição, l i
pultura, ora o lugar onde se des
ce, ora é concebido como poder. bertação da morte. - Em documen
- "O poder do Cristo ressusci· tos extrabíblicos , de Nossa Se
tado é demonstrado por sua posse nhora é dito que adormeceu (dor
das chaves da morte e do Hade". mitio) e aguardou no Xeol a Assun
(Ap 1 ,1 8) . cfr. na Bibl iografia, obra ção.
*
z
ZACARIAS ( h eb. Zekáryâh - veio em fonna de castigo: Zaca
Deus lembrou) - Nome de inú· r�as i mediatamente ficou mudo e
meros personagens da Bíblia: reis, só recuperou a fala no dia da cir
profetas, levitas, chefes, cantores, cuncisão para, como pai, apor o
músicos, servidores, oriundos de nome a João, o Precursor. Então
nações ou c'ãs como rubenita, ga· entoou o hi no-oração Benediccus
baonita manassita, merarita. judaíta, (primeira palavra latina na Vulgata
benjaminita, etc. - O marido de e nome litúrgico como ficou conhe
Isabel, Sacerdote da classe de cido). - Aí fica expressado d e
Abia. - Era costume a distribui forma costumeira (Sal mos p. exem
ção dos serviços religiosos pelos plo), o agradecimento de Zacarias
sacerdotes segundo a classe ou pela salvação e diz da missão pre
cursora do menino. lm;>regnado d e
turma a que pertencesse, o que
frases referen�es a o Antigo Tenta
se procedia por sorteio e rodízio manto, é de muito valor e signifi
semanalmente. Zacarias e sua cado. - A Liturgia lhe tem eleva
mulher Isabel era muito piedosos díssima estima e de forma recor
e há muito que eles pediam a dativa , un'do ao Tri.<::ígio (que �o,
Deus lhe desse um filho. Porém ra a Trindad e Santa) e ao H�sana
não eram atendidos, continuando, memorativo da entrada triunfal de
porém, a pedir pela vinda do Jesus e Jerusalém, co�ocn-o na
Messias. - Num dia em que pro Missa como preparação próxima à
c�dia, no Templo, ao rito do Incen Consagração das espécies, vinda
so, Zacarias foi anunciado pelo anjo místico-sacramental eucarística de
São Gabriel de que, mesmo na Deus Salvador sobre o altar. -
velhice, seria pai, duvidou; duvi· Ver os ve·betes: Aín-Karím - Isa
dou e pediu um sinal e este lhe bel - Visitação.
- 147 -
APtNOICES:
Pelo eterno reconhecimento e profunda admiração que guardamos bem
dentro de nós, não nos foi possível deixar de inserir nestas derradeiras
páginas nossa homenagem aos Insignes nomes que firmaram os documen
tos que. em fac-simile, estampamos e que, como troféus de sumo valor, os
temos ciosamente no nosso tesouro estimativo.
Para o verbete Menina (Nossa Senhora), além da obra que nos enviou,
de Roma, a Filha de Maria Odette Cos t ab l le (Bibliografia n.• 86) . a inda nos
uti l izamos a tempo. do livro 11 simulacro e i/ santuario di Maria Bambina
.
- 148 -
SECRETARIA OE ESTADO 'i
N. 55. 200 ""r'ç""o· 21 de Fevereiro de 1 9 6 1 I
w.�
Mona . G . B .
As s e s sor
Re
I l . mo Senhor
Antonio Maia
fres
-- · ----- ------
..
--<S>A
s a lt o.
grafa do .saudoso Cardeal de Aparecida Carlos
Ca.:�� ::t ��c:�:��:; ���: do lavro do Autor, Cânticos do Claustro. (Ver
-
- 151 -
ORAÇÃO A NOSSA SENHORA
M A R I A
O VIrgem. quem em Vós confia
" • . . ecce M ate r tua . . . " aeré sa vo - e aquele que vos ""ema
l
tanto"" s erd santo. participando da
(Jo 19,27)
vossa glória celeste.
Obtende-me. por Isso. ó VIrgem.
a perseverança final, sêde a m i nha
salvação. levantai-me nas quedas, de·
fendel-me das ciladas do demOnlo,
sustentai-me no mundo sem que no
entanto eu pertença ao mundo .
e VIva amorosamente
- 1 52 -
BIBLIOGRAFIA
- 1 53 -
18 - 120 dias com Nossa Senhora de Fátima - (Peregrlnaçllo pelo
Brasil) - Pe. Antonio da Silva Belo, S. J. - Sta. Maria Edlt. -
Alo - 1954.
17 - Concordância Blb/lca (abreviada) - trad. e adaptação: Jabes
Torres - 22.• ed. - Casa Publicadora Batista Brasileira - Rio -
1 982.
18 - Conélso Dic. Blblico - (trad. D. Ana/Dr. S. L. Watson) - 6."
edição - lmp. Bíblice Brasileira - Aio - 1976.
19 - Dicionário Bíblico (no original: Lexlque Bib/lque) - Mons. Albert
Vincent - trad.: Monjas Beneditinas de B. Horizonte - Coorde
nação: Horácio Dalbosco, SSP - S. Paulo - 1 968.
20 - Dicionário Bíbl:co (no origina l : Dicíonary of the Bible) - Pe.
John L. Mckenzie, S. J. (trad. Alvaro Cunha e/ou tros) - Macmillan
Publishing Co. Inc. - N. York, 1978/Ed. Paulinas/S. Paulo, 1984.
21 - Dicionário da Bíblia - John D. Davis (trad. Aev. J. A. Carvalho
Braga) - 2.• ed. - Casa Pub. Batista - Rio - 1965.
22 - A Bíblia de Jerusalém (org. La Sainte École Biblique de Jerusalém)
- Direção: Tiágo Giraudo; Coordenação: Carlo O. Vido - Las
!:ditions du Cert - Paris (França) 1 9 /3 - Ed. Paulinas, S. Paulo
- 1S81 .
23 - Maria nos documentos atuais da IgreJa - Organização do Fr. de
Sales Baptista, S. J. - Editorial do Ap. Oração - Braga (Portu
gal) - 1 981 .
24 - Um Só Evangelho (harmonia conforme o texto grego) - Pe. Léo
Persch - Apresentação do Pe. Ernesto Vogt, S. J. - Ed. Pauli
nas - S. Paulo - 1 955 .
25 - 107 Invocações da V;rgem no Brasil (história. folclore, Iconografia)
- Nilza Botelho Megale - Ed. Vozes - Petrópolis - 1 980.
26 - História das Imagens Milagrosas de Nossa Senhora (Santuários
Marianos) - Frei Agostinho de Santa Maria - Lisboa Ocidental
- 1 722 - Oficina de Antonio Pedrozo Galram (cópia extr. do
Arq. Nac.) - Imprensa Of. da Bahia - 1949.
27 - Os Singulares Privilégios de Maria Perante a 8/blia (apol ogética
mariana) - Pe. Jul iano da lmnculada M nttei, Passlonista - Liv.
Aurora - Vitória (ES) - 1 960.
28 - O Pai-Nosso e a Ave-Maria (comentários extraídos dos sermões
de S. Tomás de Aquino) - Nouvelles Editions Latlnes - Paris -
Trad. Júlio Fleichman p/ série "Cadernos Permanência" - Aio -
1 979.
29 - Porque Amo Maria - Pe. Júlio Maria - Prefácio do Pe. J. M.
Texier (Diretor da Revista dos Sacerdotes de Mar;a, Rainha dos
Corações) - Ed. Vozes/Petrópolis - 1945.
30 -Maria e seus Gloriosos Títulos - Edésia Aduccl - Apresentação
do Pe. Quinto Davi Baldessar - Ed. Lar Católico (J. Fora, MG)
- 1 955 .
31 - Advocacíones de la VIrgem -A. P. Elen - Llbraria Ed. Argos
S/A - Barcelona/S. Aires - 1 956.
32 -Flores de Maria (o Mês de Maio) - Pe. Martinho Antonio Pereira
da Silva - 4.• edição - Tipografia Lusitana - Braga (Portugal) -
1 872.
33 - Sant'Ana, mãe da Mãe de Deus - Mons. Ascílnlo Brandão - Ed.
Ed. Paulinas - S. Paulo - 1 954 .
3 4 - Na Escola d e Maria - André Damino - 4.• edição - Ed. Paullnas
- S. Paulo - 1962.
- 1 54 -
35 - VIda e VIrtudes de Nossa Senhora - (pontos de medltaçllo) -
Dr. Rodrigues Vlllar (trad. revista do Pe. Manoel Versos Figuei
redo, S. J.) - 2.' ed. - Llv. Figuelrlnhas - Porto (Portugal) -
1954 .
36 - Mãe Querida (meditações sobre Nossa Senhora; a Ave-Maria) -
Pe. Léo Kohler, S. J. - 2.' ed. - Ed. Paullnas - S. Paulo - 1 945.
37 - O Segredo de Maria (e o método de rezar o Rosário) - S. Luiz G.
de Monfort (tréld. da edição-tipo, única Inteiramente conforme
o original) - 2.' ed. (4.• milheiro) - Prefácio de O. Plácido de
Oliveira, osb - Ed. Sta. Maria - Alo - 1 953.
38 - A Verdadeira Fisionomia de Nossa Srmhora - Frei M iguel Phill
pon, OP - (trad. D. Frei Luiz Palha, OP) - Gráf. Olímpica Ed. -
Rio - 1 956.
39 - Apar clones - Carlo Maria s•�P.IIn, S. J. - Editorial Razon y
Fe S/A Madrid (Espanha) - 1 994 .
40 - Lágrimas Celestes - Frederic P. Marjay - Edição Dr. Marjay -
Lisboa (Portugal) - 1 955.
41 - O Primeiro Amor do Mundo - Mons. Fulton Sheen (tlt. original:
The World's First Love) - Trad. Cruz Malpique - 2.' edição -
Ed. Educação Nacional - Porto (Portugal) - 1 955.
42 - A Virgem Maria Nossa Mãe - Mons. L Crlstianl - Ed. Paulistas
- Apelação/Sacavam (Portugal) - 1 963.
43 - Dictionaire de Culture Religieuse et Catéchiste - Côn. L. E. Mar
eei - 2.' edição - Editlons Servin - Bensançon (França) -
1 949.
44 - Nossa Senhora aos seus Sacerdotes - 5.' ed. Movimento Sacer
dotal Mariano - Braga (Portugal) - 1 980.
45 - O dia em que Cristo nasceu - Jim Bishop (Tit. original norte
americano: The day Christ was bom) - trad. de Jim Bishp - Ed.
Record - Rio - 1 959/1977.
46 - Mês de Maria, pecrrumino - Pe. Fernando leite - 3.' ed. Secre
tariado Nac. Ap. Oração/Cruzada Eucarística - Braga (Portugal)
- 1 979.
47 - Rosário Bfblico - J. Palmer Gabriel - (tlt. or!glna l : Scrlptural
Rosay) 23.' ed. do Christlnica Center. Ch'cago, 1 975 - e 2.' ed.
bras. - Ed. Paulinas - S. Paulo - 1 9 77 .
- 155 --
56 - O Drama das Rosas - (encenação Oraclonal do M istério Gozoso)
- Antonio Mala, c.m. - Editoração da Paróquia de S. Sebastião
dos R R .PP. Capuchinhos - Alo - 1955.
57 - Os Mistérios do Santo Rosário (drama sacro) - Frei Martinho
Oliva, OP - música: O. Plácido de Oliveira, osb - G ráf. Olrmplca
- Rio - 1 955.
58 - Breve História das CC.MM. - Antonio Mala, c.m. - Apresentação
de Dom Joseph Felix G awllna (primeiro Diretor da Fed. Mundial
das CC.M M .) - Rio - 1 961 .
59 - Sob o olhar da Virgem Maria (2." parte de Contigo Senhor) -
Pe. J. O. Oliveira, S. J. - 2.• ed. - Dist. "Magnificat" - Braga
(Portugal) - 1 964 .
60 - As aparições de Fátima (narração de Lúcia) - notas do Pe. Fer
nando Leite, S. J. - 1 1 .• ed. 22.• milheiro - Secret. Nac. do Ap.
Oração - Braga (Portugal) - 1 978.
61 - Se fizerem o que Eu vos disser terão Paz - Pe. Fernando Leite -
1 1 .• ed. - 95.• milheiro) - Secret. Nac. Ap. Oração - Braga
(Portugal) - 1 976.
62 - Bênção e Abençoar (cartas trimestrais da "Cruzada Abençoemo
nos por Maria - 3 vols.) - tit. alemão: Rundbriete de Marianis
chen Segenskreises - Pe. Leopoldo Bertsche, O. Cist, - trad.
Irmã M. Filomena, canisiana - Ed. Santuário - Aparecida -
S. Paulo - 1 980.
63 - Maria Santlss.ma (Utanle - Salve Regina - M lsterl princlpali
delta Vital - Pe. Cesare Galina, msc - con brevi considerazioni
do Prof. Giulio Remedi - l lustracioni: Prof. Duilio Cambellotti -
Scula Tip. D. Guamella - Roma - 1 946.
64 - Magnilicat ( louvor e gratidão no Coração da Virgem/mediação
universal de Maria) - O. Geraldo Maria de Moraes Penido. Arce
bispo Metropolitano de Aparecida (SP) - Editora Santuário -
Ap./S. Paulo - 1 984.
65 - Epopéia da Med aneira - Pe. Afonso Rodrigues, S. J. - Edições
Loyla - S. Paulo - 1 971 .
66 - Bodas de Ouro de Fátima - Api o Garcia - Ofic. do "Jornal do
Oeste" Editora - Maior/Lisboa (Portugal) - 1 967.
67 - Antologia dos Santos Padres - O. Cirilo Folch Gomes, osb -
2.' ed. - Ed. Paulinas - 1 979.
68 - História de Nossa Senhora - Sérgio O. T. Macedo - Prefácio de
D. Oscar de Oliveira, Arcebispo de Mariana - Dlst. Record -
Alo - 1 964.
69 - Mensagem de Fátima - Pe. Antonio Maria Martins, S. J. - 3.'
ed. - Edições Loyola - S. Paulo - 1 983.
70 - Natividade: aparições de Nossa Senhora - Selene Espfnola Cor
reia Reginato - 6.' ed. - Cia. Bras. de Artes G ráficas - Alo -
1 984.
71 - Um mês com Nossa Senhora (ou Mês de Maria segundo Sto.
Afonso de Liguori) - Mons. Ascãnlo Brandão - 2." ed. - Ed.
Paullnas - 1 954.
72 - O Coração Imaculado de Maria à luz de Fátima - Pe. Mariano
Pinho, S. J. - Prefácio de O. Pedro Fedalto, Arcebispo de Curl·
tiba - DUCA. Ed. Unlv. Champagnat - Paraná - 1 984.
73 - Memórias da Irmã Lúcia - compilação do Pe. Luis Kondor, SVO -
Postulação - Fátima (Portugal) - 1 976.
74 - O Segredo de Fátima, nas Memórias e Cartas da Irmã Lúcia -
Pe. Dr. Antonio Maria Martins, S. J. - Ed. Loyola - S. Paulo -
1 974.
- 155 -
'75 - Teologia de Fátima - Pe. Luis Kon dor, svd (\ilce-postu lador, ex
tra urbem, da beatificação dos videntes de Fátima) - Gráf. AI
medina - Terras Novas (Portugal) - 1 980.
76 - Nossa Senhora à luz do Concílio (tlt. original: A Vlrgen Maria
vista por e/ Concilio) - Juan Rey, S. J. - trad. José Rodrigues
Pires - Editorial Perpétuo Socorro - Porto (Portugal) - 1 968.
77 - Fátima, aparições e mensagens conforme os manuscritos da Ir
mã Lúc;a - Antonio Augusto Borelli Machado - a.• edição em
português (atingindo a 280 mil exps.) - Ed. Vieira Cruz - 1 976.
Nota: a obra teve 8 edições em espanho l , 1 na Argentina, 2 nos EUA, 1 na
Venezuela, 1 no Chile, 1 no Uruguai e 2 na Colômbia, num da
total
62.000 exps; çom transçrlções em jornais a revistas atingiu a 357.000
exps.}
78 - Retratos de la Virgen (Vol. I, Ecce Mater tua) - Juan Rey, S. J.
- Editorial Sal Tarrae - Santander (Espanha) - 1954.
79 - Maria e a iconografia russa - M. J. Rouêt de Journel, S. J . -
inserido na revista Estrela do Mar - Rio.
80 - Pequeno Catecismo de Nossa Senhora - Cardeal Charles Journet
- inserido na revista Permanênc1a - Rio.
81 - Maria no Evangelho - Pe. Audálio Neves, CM - Revista Conti
nente E:::d itorial Ltda. - Aio - 1983.
82 - Temas Marianos - Côn. José Geraldo Vidigal de Carvalho - Edi
tora " folha de Viçosa" - Mariana (MG) - 1985.
83 - Salve Estrela do Mar - devocionário completo a Maria Ssma.
coordenado por um padre franciscano - 9.' edição - Lisboa/Porto
- J. Teinbrener Editor da Santa Sé - made in Czechslovakia
(sem data de editoração).
84 - Escudo Admirável - Pe. Manoel José, da Cong. dos Oratórios do
Porto (Portugal) - Liv. Chadron (sem data de editoração).
85 - As Coroas de Glória da Virgem Maria - Abel Rafael Pinto -
Prefácio de U. José Newton, Arcebispo de Brasília ( DF) - Centro
Gráfico do Senado Federal - Brasíiia - 1982.
Nota: o livro é de propriedade da Campanha Financeira para a construção da
Casa de R e tiros da Federação das CC.MM. de Dras l l la.
86 - Momenti di una storia (" Santa Bambina" che sorride) - per una
Religiosa Francescana dei Santuario de Via Santa Sofia - Prefa
zione da D. Giovanni Urbani, Arcivescovo titolare di Sardi
Edizione Maris Stella - Casa Edi trice La Sorgente - M ilano -
1 953.
87 - Maria nella mlsslone del/a Chiesa - Juan Esquerda - Bifet -
EMI/Servizio Missionario - Tip. La Nuova Stampa Bolongna
(ltalia) - 1983.
88 - Maria, nosso SIM a Deus - Fr. Batistini - 2." ed. do Autor
(R. Pe. Anchieta, 356) - Magé - RJ - 1984.
89 - 11 Mistero Mariano, meditato cal Rosario - Mons. Gluseppe l o
Giudice - Presentazione: Antonio M. Travia, arcivescovo tit. d i
Termini lmerse; Elemosiniere di Sua Santltá, Primicerio d e l l ' Ar
cicta. S. Maria Odigitria - Stab. Tip. Graf. Sant'Agapito/lsernia -
Roma, 1 985.
90 - Aparecida, na História e na Literatura - Pe. João Corrêa Machado
- 2 Vo!s. Edição do Autor - Campinas (SP) - 1 983.
91 - Aparecida, Capital Mariana do Brasil - Prof. Oswaldo Carvalho
Freitas - Ed. Santuário - Aparecida (SP) - 1 978.
- 1 57 -
Jornais, revista!\ ê outras publicações: lstrela do Mar A Cruz
- -
Cruzada "AM"
- IS$ -
Página de Encerramento
- 159 -
• Porém, não importa tanto a data crono
lógica, mas s i m , - como observou o
Sumo Pontífice - o fato histórico; é o
aconteci mento que merece a nossa a
tenção . E deve constitu i r - foi o que
s u b l i mou o Papa - deve ser este tem
po, o " grande Advento" (Advento tam
bém mariano) , de preparação já não tão
remota, mas bem próxima, dos 2 .000
anos do nascimento d e Cristo, portanto,
início, " inauguração", do 3 .0 m i lênio do
Cristianismo, ou seja, começo do sé
culo XXI . - E d isse o saudoso Papa
Paulo V I : "Se queremos ser cristãos,
devemos ser também marianos " . (aloc.
em Cag l iari , Sardenha, d i a nte da i ma
gem de N . S. de Bonária) .
- 1 60 -
- Temos sido dignos de tais "visitas"?
- Maria tem-se mostrado verdadeira
Mãe. E nós ? temos nos mostrado ver
dadeiros filhos?
- Ou só de boca pra fora? Epidérmica
sentimental e romanticamente fi lhos?
simples e interessados devotos?
- Ou será que temos feito como S. João
Evangel ista: levando Nossa Senhora
para nossa casa?
- A casa do coração, a casa do amor,
a casa da autêntica devoção, casa da
concreta e vivida fil iação?
- Não será esta uma boa hora para deci
são: se Já sou de Maria, aumentar ain
da mais esta pertença; se tenho sido
mais ou menos, apertar estes laços ; se
não tenho s i do, fazer o firme propósito
de sê-lo doravante, Inclusive recuperan
do o tempo perdido.
- o que eu (diga aqui o seu nome para
que Nossa Senhora "ouça" direitinho),
fiz, faço e farei de forma positiva para
Nossa Senhora?
- O que posso e o que devo fazer de
prático e de imediato por e para Maria
Ssma.?
- Posso dizer, em consciência, que sou
parte Integrante daquela "geração" que
a Virgem mesmo profetisou " . . . me
chamarão Bem·aventurada "7
. . .
- 161 -
CNOJCE ANALITICO/RI:M ISSIVO
dos verbetes, subverbetes, cronologia biográfica e contexto critico
- A -
- 162 -
Irlanda (1879) - 39 Aramaico - 84 - (Ver tb caracteres a
Rússia (1917) - 39 pronúncia: 64 - 71)
Fétlma (1917) - 39/40 Arqulologla - 58/9 (ver tb C.IIICWI)Ibu
Arte - 47 - 120
(aparições, entre 1931/1949, ba�tanto Arte sacra - 120
Incompletas em Informações, devido Arvore - 24 - 48
11 11 Grande Guerra) - 40 Ascençilo - 66
Associações (marianas) - 48/53
Banneux (1932) - 40
Beauralng ( 1932/33) - 40 Apóstolos de Maria (Portugal) - 49
Meglavlt/Romênla (1935) - 40 Associação das Filhas de Maria Ima
Hedd/Aiemanha (1937/40) - 41 culada - 49
Tre Fontana/Roma (1937) - 41 Associação dos legionários de N. S.
Bonate;Bergamo (1944 ) - 41 Auxl lladore (Niterói) - 49
Amsterdan Holanda ( 1945/59) - 41/2 Associação Maria dos Sacrários - 49
Codosera/Espanha (1945) - 42 Centro N. S. de Jerusalém (Terra San
Marlenflei/Bavlera (1946) - 42 ta) - 49
Montlchiarl (1947) - 42 Comunidade Magnlflcat - 49
Tre Fontane/Roma (1 947) - 42 Comunidade N. S. da Vida Litúrgica
Mayne/França ( 1 948) - 42/3 - 49
Llpa/FIIiplnas (1948) - 43 Confrarias e Irmandades (marianas) -
Fwhrbac/Aiemanha (1950) - 43 49/50
Garabandai/Espanha (1961) - 43 Congregação Mariana - 18 - 23 - 50
Natividade/Brasil (1 967) - 43 Congregação Unlv.,r.• al do .3anta Ceoa
de Loreto - 50
(outras aparições no Brasi l , destacada
Cruzada Abençoemo-nos por Maria
mente em Cajueiro/Pernambuco)
50/1
43/44 Cruzados de Fátima - 51
Zeltoun/Eglto (1968) - 44
Eq1.1lpes de Nossa Senhora - 51
Exército Azul de Fátima - 51
Medjugorlejlugoslávla (1981/5) 44
G.A . M . - G loventú Ardente Mariana
Klbého/Afrlca (1981/4) - 45
-
Austrália (1984) - 45
(Itália) - "Janela" da pág. 1�
Legião de Maria - 51/2
Marlápolls - 52
(lacrimações de Nossa Senhora) 45
MIHcla da Concelçilo Imaculada - 52
-
B
Beata (clencla) - 55 (ver tb. Alma/Caris Blblla (ver Antigo e Novo Testamento):
mas/dons) 22/36 e 102/ 1 1 0
Belóm - 55 - 105 - 134/5 Bibl ioteca (mariana) - 55/S
Beleza (trslca de Maria) - 55 (ver tb Blmllênlo - 18 - GB/9 (verbete: 2.000
Pessoa) anos do nascimento da Maria)
Bem-aventurada - 55 (ver tb: 19 - 57 Boi - 122
60/81 - 125 - 145) Branco - 62/3
Bem-aventuranças - 55 (ibidem. Supra) Brasão (mariano do Papa) - 58
Betfagé - 135 Breviário (ou Oficio Divi no) - 54
- C
Cafamedm - 138 Cermelltas - 53 (ver tb remetllnclae eu
Calvário/Gólgota - 109 - 138 pra)
caminho (via) - ver Odlgtrla - 47/8 Cannelo (monte) - 53 - 83 - 65 -
83/4 - 84/5 73/4 - 106/7
Cnná (da Galiléia) - 101/B - 13f Casa (de Nossa Senhora) - 57
Carismas (dons) - 57 - (ver tb 19 - 55 Casamento - 57/8 - 75 - 102 e Cron.
- 69 - 60/t - 125 - 145) Blog. n.• 13
- 163 -
Catacumbas - 47/8 - 58/9 Coraçlo - 111/2
Causa·mcrtis - 59 Corilo - (ver muçulmano)
Cenáculo - 75 - 109/10 - 136/7 Cores (marianas) - 62/3 - 73/4
Céu - 4 - 18 - 24 - 24/5 - 68 Congressos (marianos) - SS/8
C iência (l:'lfusa-dlfL:s�·bcata) - 30 (ver tb Conssgreçllo - 16 - 61 - 65 - 129/13t
Carlsmos/Dor.s/Alma/Esp. Santo) Coroe/Coroeçilo - 68
Código de D!relt'J Canôn i co - 59 Cronologia Biográfica - 1t/5
Collridlenos -- 60 Culto - 58/9 - 63
Concelç�o Imaculada (ou vice-versa) - 19 Profftlco - 63
- 22 - 24 - 29 - 67 (var tb Dog· Litúrgico - 63
mL") Popular - 63
Concilio Vat. 1 1 (doct•mP.ntos) - 60/1 Privado - 83
Congregaçilo Mari ana (ver Aa�açõaa) npoa - 84
D -
Dante Allghlerl - 120 Trlduo - fl7
DemOnlo - 2S - 31 - 1 1 5/8 (ver tb Vla·Matrl a - 67
Serpenta·Dragikl) Vlsltedora (Imagem) fl7
Devor.ões - 65/7 Divino Filho - 1 1 7
Angel u s - 20/1 - 65 Documentos conclllaree - 60
Autoe - 55 Dogmas (marianos) - 67/8
Cenáculo com Mcrl a - 65
Conssl!raçAo - 10 - 61 - 65 - 1 1 1 Matemldada divina - ff1
- 129/30 Imaculada ConcelçAo - 19 - 12 -
Coroinhas - 65 24 - 29 - 88
Escapulário - 65 - 73/4 VIrgindade perpétua - 29 - 31 - 88
Hora Marl�na - 65 Aasunçao corp órea - 68 - 78 - Cro
Lad�lnh�($) - 60 - 65 nol. Blog. n.• 20
Medalha M l l a(l rosa - 38 - 68 Medlaçlo universal - 68/9
Mâs dE' M�rla - 68 Dois m i l Anos (nascimento da Maria)
Nove:1a!sl - 66 4 - 10 - 18 - 69nD
Pequ<mo Ofr�lo da Imaculada Concel· Dom - 19 - 24 - 55 - 70/1
çao - 68 Dons do Espfrlto Santo - 5S - 70/1
Peregrln:)ÇOes - 36 - 66 Dor(es) - 109
Procissões - 68 Dormlçlo - 71 - 98 - 137 - Cronog .
Rosário/Terço - 66 - 125/29 Blog. n.• 30
Sóbado - 66 - 130 Doutores da IgreJa - 24 - 71 - 35
Seotenárlo das Dores - 67 Dragao - 25 - 31 - 115 (ver tb O.
Trb Ave-Marlaa - 67 mOnto - Serpente)
E
Ecumenismo - 7213 Estátua - 83
�ftlSO - 73 Estrela (d'alva da manhl, matutina, da
Egito - 105 Jacó) - 25 - 75
Elogio (a Maria) - 79 109 - C ronol.
Blcg. n.• 24 Evangélica de Mari a (Irmandade) - 53
En camaç i!o - 20 - 103 Exercfc l os Espirituais [ou Retiro) - 78
Escada da Jecó - 24/5 - 73 125
Escapuiárlo - 65 - 73/4
Escultura - 84 - 120 Exército [em linha da batalha) - 25 - 78
Escotismo - 74/5 Ex-llbrls - 8 - 47
Es pada - 107 - 109 Exposição (mariana) - 55/8
Esplrlto Santo - 29 - 75 Extra-blbllcos - 48 - Cronol. Blog. 11 1 9
Esponsals/eosponsallclo - 57/8 - 75 - (ver tb Ap6crlfoa)
1 ()-J e C ronol . Blog. n.• 13 Ex·voto - 123
F -
Fátima - T1 - 132 - 145 N. S. de Lourdes (1 1 de fev.) - 711
Favo da Mel - 25 - 94 Anunclaçlo (25 de março) - 78
Festas M &r lanas (Calendário Universal) Vl s lta�iio (31 de ma io) - 78
77/8 Coração lmac. de Maria (móvel/Junho)
Ssma. Mlle de Deus , Maria (1.• de - 78
Jan.) - T1 N. S. do Carmo (1S de Julho) - 78
Apresent./Circunsclslo/Purlfleaçllo - (2 N. S. das Neves (5 de agosto) - 78
de fev.) - 78 Aaaunçlo (15 da agosto) - 711
- 1 64 -
Realeza de Maria (22 de agosto) - 7!1 Fllho(s) da Maria (ver tb Maternidade DI·
Natividade (8 de setembro) - 79 vi na/Espiritual)
N. S. das Dores (15 de setembro) - 79
N. S. do Rosérlo (7 de outubro) - 79 a
Figures b lbllcas (da M ria) - 22 a 38
- 79
E -p l o
Imaculada Concelçllo (8 de dezembro) Fl latélla (selos) - 47
-
Flores - 80
Sábado de Marta - 79 Fonte - 25 81 - (ver tb .(gue)
Flat/Sim 80 Frutos do s lr t Santo - 80/1
G
Graça - 82 (ver tb: 55 - 57 - -
1
Gabriel (arcanJo) - 81 70
Gataamanl - 137 80/1 - 125 - 145)
"Grafflto" - 58/9
Gólgote/Calvtirlo - 109 - 138 Gruta - 82 - 135
H
Hino - 83
'
Hebron - 135
Heréldlca - 47 - 62/3 Hora (da Maria) - 18
Heresia - 88
I
lcone - 47/8 - 83 - 84/5
-
I conoclasta - 83
Imagem - 47/8
-- -
85
84 - 83
-
a i:
Indulgência
Idioma 84 - (ver tb caracteres a pro Inteligência 85 (ver tb 57 70)
núncia da Ava·Marla em rama co 64 " Irmãos" da Jesus - 85
- 71) "Irmãos separados" - 72/3
lgre)a (Maria tipo de) - 84 - 139 Isabel - 85 - 103/4
Imaculada Conceição (ou vice-versa) 19 lsalas - 31
- 22 - 30/1 - 68
J
Joaquim - frT
I
Jarlcó (Rosa de) - 30
Jerusalém - 136 José - 87 - 135
João Batista - 86 Jumento - 122/3
Joao Evangelista - 88
K
Kllkharltflmene (gr.) - 19 - 88
L
Ladalnha(s) - 60 - 65 - 99 - -
83 - 90 - 911 - t U
-
Liturgia
Ladainha Conciliar - 00/1 Lorato - 57 91 - 140
"Ugrlm3 de Nossa Senhora" - 54 Louvores - 60 83 - 89 - 1 1 8 - 120
Leite (Gruta do) - 135
Lama - 1 8
Llrlo - 2 5 - 30 - 90
Lua - 26 - 91
Lucas (Evangelista SAo) - 91
"Lumen Centlum" - 80
- 83/4
M
- 94 - 109 (ver tb Magnlflcat - 18/9 -
92 - 103/4 - 1 1 8
I
Maa - 67 92 -
Theotókos) Magos (rels) - 106 - 135 - Cronol .
Mie do aanto temor -
Mie da santa esperança - 30
30
Blog. n.• 1 8
Manto - 82
1 65 -
Mloe - 93 - 114 Mês de Maria - 68
Maria - 93 Mesa (do Templo] - 28 - 98
"Marlalls Culto" - 21 Mesquita da Omlll' - 137
Marlanldade - 1 8 Mi lagre - 96
Marlai/Marlano - 54 M lquélas - 31
Marlanlstas - 53 Missa - 96/7
Marianos (Padres) 53 Mistérios (do Rosário/Terço) - 125/9
Marlologla - 94 Monte - 2B - 96
Merlolatrla - 93 Monumentos - 97
Maristas (Irmãos) - 53 Morada - 2B - 98
Mártires - 27 Morta - 9B (ver tb Causa Mortis - Do-
Matar (mile) - 60 - 109 mlçlo - Tumba - Túmulo)
Matar Eclesla - 60 Mosaicos - 47 - 83 - 94/5
Maternidade divina - 67 (ver tb Mie) Muçulmano - 44
Maternidade espiritual - 94 109 - Mulher - 98
136 (ver tb Mia) Mulheres blbl lcas "flguraa" de Maria) -
N
Naeclmento (ou Natividade) de Maria - Slmello - 105/6 - Cronol. Blog.
16 - 18 - 137 - Cron. Blog. n.• 5/8 n.•16
(ver tb 2.000 anos) 8 - Adoração dos Magos - 106 -
Nazlr/natzlr (voto) 100 Cronol . Blog. n.• 18
Nazlrena - 1 00 9 - Fuga para o Egito/Retorno - 106
Neve - 78 - Cronol. Blog. n.• 1 9/20
Novo Testamento - 1 02/109 10 Perda a encontro do Menino -
-
o
Odlgtrla - 47/8 - 83/4 (ver tb caml· Sub tuum praesldlum - t11
nho/vla) Memorare - 1 1 1
Oficio Divino (ou Breviário) - 54 Salve Rainha - 22 - 1 1 1
Ollmplada (mariana) - 1 1 0 Ato d e Consagração - 6 1 - 65 -
Olhos/olhar - 1 10 - 1 1 5 - 1 1 7 116
Ol iveira 3 0 - 56 Textos d e Bênção 11
Textos Litúrgicos - 96 - 1 1 1
- -
Orações - 105/6
Ave-Maria - 54 - 110 (ver tb em Orvalho - 27 - 1 1 1
caracteres aramaico)
p
Padres da Igreja (ou Santos PPJ 19 - Pessoa (de Maria) - 1 13/1 18
27 - 30 - 35 - 55 - 61 Beleza fislca/Corpo - 103/4
Mãos - 93 - 1 1 4
Palavras (de Maria) - 1 18 - postas para o Céu - 1 1 4
Palma/Palmeira - 27 - 112 - abertas para a Terra - 1 1 4
Paradigma - 17 - cruzadas sobre o peito - 1 14/5
Passamento - 71 (ver tb Morte] - escondendo o rosto - 1 15
Pastores (Campo dos) - 135 Pés/Calcanhar - 1 1 5/6
Parentes - 1 1 2 Rosto/Semblante - 1 1 6
Paz - 23 - 56 Olhos - 1 1 6/7
Pere gri nações - (romari as) - 36 - 1 1 9 Olhar - 1 1 7/8
Pecado original - 17 - 1 9 - 1 12 - de mistlco espanto - 117
- 1 66 -
- mirando Jesus Infante - 1 1 7 Pintura/Escultura - 47 - 1 1 0
- cruzando co m o d e Slmelo - 11'!' Plena (de graça) - 19
- ao fugir para o exlllo do Egito Poema d a VIrgem (Anchieta) - 82 - 121/2
117 Poesia - 20/1 - B2 - 120/1 (ver tb
- de procura no ·Templo - 1 17 MIVllflcat)
- 118 l ida doméstica de Nazarê Pomba/Pombinha - 27 - 58 - 122
117/8 Porta (fechadajaberte) - 2B - 122
- nea bodas de Caná - 118 Precoce (Idade da razlo) - 30 - SI
- ao apressamento do 1 .• mi lagre da 84 - Cronol. Blog. n.• 8
Jeaus - 1 18 Presépio - 122 - 135
- troca , ao longa, 118 subida do Cal· Presépio de Nossa Senhora - 78 - 122 -
Vllrlo - 118 137
- na glória calaste - 1 18 Pri g ni
mo ê to - 28 - 122
Voz/Palavra - 118 Privilégio sabatino - 73/4 - 130
Sorriso - 118 Profecia - 30/8 - 1 22
Cabeça - 119 Profetisa - 122/3
Pée - 115 Promessa - 123
Ouerublm - 124
Q
R
Rádio Aparecida - 38/7 Romlnlca (arte) - 47/8
Razlo (uso precoce da) - S7 - 125 - Rosa de Jorlc6 - 30
Cronol . Blog. n.• 8 Rosa de Ouro - 38
Radençlo - 103 - 109 Rosa M lstlca - 42
Rellq�Jia (da Maria) - 125 Ro�ãr lo/Terço - 1l5/9
Renascença - 47/8 Rosto/Semblante - 118 - 128
Ressurralçlo (antecipada) 62 - 125 Rússia - 128/30
Ratlro - 78 - 128
- 5
Sábado - 130/1 Saudaçlo angélica - 20/1 - 54 - 132
Sacra (arte) - 47 - 120 Sélorls - 132 - 139
Saletlnos - 53 "Segredo" de Flltlma - 132
Salva Raglna (antlfona) - 22 - 1 1 1 Senhora - 93
Santas Mulheres - 108 - 131 "Separados" (lrrnlos) - 72
"San11nll<'ll " (da Nossa Senhora) ver Arto Serpente - 25 - 31 - 1 15/6 (ver tb
- !cone - 1--.nfla - lmagam Demllnlo - Dnlglo)
San1oa Padres - 19 - 27 - 30 - 61 Serva - 132
Santuário/Tabernáculo - 2B - 121 Silo - 28 - 1 32
Santuários Marianos (das Américas) Silêncio - 132/3
130/1 Sol - 28
Sarça ardente - 2B - 132
T -
Tabemllculo/Santuérlo - 2B - 131 - 134 Gruta do Leite - 135
Templo (do Esplrlto Santo) - 29 - 134 Hebron - 135
Templo de Jerusalém - 1 05 - 131 - 138 Bet1ag6 - 138
Teologia Mariana - 94 Cafamaúm - 136
Terço/Rodrlo - 125/8 Canil - 136
Terra Sacerdotal - 29 - 134 Jerusalém - 138
Terra Santa (lugares da Palestina/Israel) Calvário - 136
- 134/9 Cenáculo - 109 - 138
Aln·Karln - 18/9 - 134 Oorrnlçlo - 71 - 97 - 137
Belém - 55 - 134 Gataemanl - 137
Basílica da Natividade - 134/5 Mesquita da Ornar - 137
Cripta - 135 Natividade de Maria - 18 - 1 37
Presépio - 135 Piscina Probática - 138
Estrela (pontuallzante) - 135 Porta Dourada - 138
Altar dos Magos - 135 Templo de Jarusalêm - 138
Gruta - 135 Tumba da VIrgem - 1 38
Outras grutas - 135 VIa Dolorosa - 138
Campo dos pastores - 135 Nazarê - 100 - 139
Caea de Joaé - 135 Sélorla - 132 - 138
- 1 67 -
...... - � - 73 - 84 - wr C.Uaa Mortla - Dannl..,..
I
TrlneiiD
npo - 139 - Morta - Paaamanlo
TltuiOI (da Maria) - 140 Trono (da Salomão) - 29 - 141
Toponfmla - 140/1 Tllmulo - 71 - 132 - 141
"Totn T-" - 18 - 58
Uva - 142 u
v
Vara florid a - 29 - 142 VInho - 18 - 144
Valo da Gad8Ao - 30 - 142 VIrgem - 31 - 68
veu - 142 VIrgindade perpétua - 31 88
VI•Crucls (caminho da Cruz: VIa-Sacra) VIrtudes - 57 - 145
VIdentes (da Fátima) - 142 Vlsltadora (Imagem) - 145/8
l.6c:la - 142 Vltraux - 47/8
Francisco - 142 Vladmlr - 48 [ver tb lcona)
Jaclnta - 144 Voto (ver nazlrana)
VInha/VInhedo - 18 - 144 "Voto" da O. Pedro I - 3S/1
Zacarlae - 147 - Z -
- 168 -
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