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1
Coordenador do Museu da Santa Casa da Misericórdia de Coimbra.
2
Cf. SANTOS, Diana Gonçalves dos, Salvador de Sousa, pintor de azuleijo. Contributo para o conhecimento da sua
actividade a partir de uma nota de arrendamento (1760), Revista da Faculdade de Letras, Ciências e Técnicas do
Património. Porto: (2008-2009), I Série, Vol. VII-VIII, pp. 379-398.
3
SANTOS, Diana Gonçalves dos, Azulejaria de Fabrico Coimbrão (1699-1801). Artífices e Artistas. Cronologia.
Iconografia, Tese de Doutoramento em História da Arte Portuguesa apresentada à Faculdade de Letras da
Universidade do Porto. Porto: 2013, vol. 1, p. 305.
Membro de um grupo profissional que, sobretudo a partir do século XVIII, adquire uma 21
situação socioeconómica de alguma relevância social, Salvador de Sousa Carvalho cedo
procurou consolidar um estatuto público que a sua arte e a pertença a um dos
principais ofícios mecânicos já lhe garantia. Em abril de 1762 ingressou na Venerável
Ordem Terceira de São Francisco da Ponte e em maio de 1771 foi admitido como Irmão
da Santa Casa da Misericórdia de Coimbra. Com esta última manteve uma relação
próxima e ativa, que se prolongaria por quase quarenta anos, participando na vida
pública e privada da Irmandade até pouco antes da sua morte, em 13 janeiro de 1810.
4
ABREU, Laurinda, Misericórdias, Estado Moderno e Império, in Portugaliae Monumenta Misericordiarum, vol. 10,
Novos Estudos, Centro de Estudos de História Religiosa da Universidade Católica, União das Misericórdias
Portuguesas. Lisboa: 2017, p. 256.
5
Translado do documento original enviado para Coimbra e uma das três versões mais antigas do primitivo
Compromisso da Misericórdia de Lisboa. A mais antiga data de 1498 e está guardada no Arquivo Histórico da
Misericórdia do Porto.
22
homens de booa fama e sam consciemtia e onesta vida tementes a Deos e gardadores
dos seus mandamentos manssos e humildes a todo o serviço de Deos e da dita
Confraria6.
O primeiro Compromisso, que vigorou entre 1498 e 1618, é produto de uma sociedade
em mudança, mas ainda tradicional, alicerçada em ideais piedosos e conservadores, e
de uma dinastia íntima e espiritualmente ligada ao exercício da assistência e da ação
caritativa. Já o texto reformulado do Compromisso de 1618, redigido durante o reinado
de Filipe II de Portugal, está inegavelmente marcado pelo novo enquadramento
doutrinal contra-reformista e pela introdução em Portugal do Tribunal do Santo Ofício,
a 23 de maio de 1536.
6
Transcrição publicada em Portugaliae Monumenta Misericordiarum, vol. 3, A Fundação das Misericórdias: O
Reinado de D. Manuel I, Centro de Estudos de História Religiosa da Universidade Católica, União das Misericórdias
Portuguesas. Lisboa: 2004, p. 393.
7
No atual calendário litúrgico, a Visitação é celebrada a 31 de maio.
8
Em bom rigor, e apesar de alguma conflitualidade pontual e esporádica, os monarcas da primeira dinastia
mantiveram um saudável equilíbrio entre as populações cristãs e não cristãs. O mesmo já não acontece a partir do
reinado de D. Duarte I e, sobretudo, com as políticas implementadas por D. João II.
23
O Compromisso de 1618, por seu turno, introduz, pela primeira vez nos estatutos, o
conceito de ‘limpeza de sangue’. Em Coimbra, a notícia de práticas discriminatórias
com base neste pressuposto remonta já à centúria anterior, tendo sido praticadas em
diversos colégios religiosos da cidade e em algumas ordens regulares e militares 11.
Porém, nos regulamentos da Irmandade coimbrã, o conceito aparece na reimpressão
do texto Seiscentista, datado de 1747, onde se exige que o irmão feja limpo de fangue.
A edição seguinte, de 1830, continua a impor a limpeza de sangue como primeiro
critério de seleção, e mesmo o Regulamento para o Governo da Irmandade de
Coimbra, de 1854, que o alvará régio12 de 15 de abril desse ano designa de Novo
Regulamento e Compromisso, a obrigação de limpeza de sangue continua em vigor. A
Reforma de Alguns Artigos do Compromisso e Regulamento, de 1885, não introduz
ainda alterações de substância no capítulo referente à admissão de irmãos e só na
impressão de 1891 é que a ‘limpeza de sangue’ desaparece, sendo substituída por um
novo formulário: que sejam religiosos, bem comportados e caritativos.
9
Obra consultada na Biblioteca Nacional de Portugal, em https://purl.pt/15178, a 15 de Abril de 2021.
10
Expressão que para Ana Isabel Coelho da Silva pode “remeter para a aceitação inicial, entre os irmãos, de judeus e
elementos de outras raças”. Cf. SILVA, Ana Isabel Coelho da, A norma e o desvio: história da evolução dos
compromissos das misericórdias portuguesas, in Portugaliae Monumenta Misericordiarum, vol. 10, Novos Estudos,
Centro de Estudos de História Religiosa da Universidade Católica, União das Misericórdias Portuguesas. Lisboa:
2017, p. 45.
11
Cf. OLIVAL, Fernanda, Rigor e interesses: os estatutos de limpeza de sangue em Portugal, in Cadernos de Estudos
Sefarditas, Ciclo de Conferências 2003, Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, n.º 4, Lisboa: 2004, pp. 151-
182.
12
Secretaria de Estado dos Negócios do Reino, Cartas, Alvarás, Patentes e Mercês Lucrativas, Liv. 19, fl. 241, 21 de
Abril de 1854.
O Compromisso de 1618 é, de facto, prototípico no processo de marginalização de
cristãos-novos e de outras minorias étnico-religiosas. O documento determina, assim,
que os irmãos, sejam eles nobres ou oficiais13, devem ser homens de boa consciencia e
fama, tementes a Deos, modestos, caritativos e humildes. A estes preceitos medulares,
o texto acrescenta mais sete condições, incontornáveis, porque nellas não pode aver
dispensação algũa e todas se hão-de verificar na pessoa recebida 14.
A primeira é que seja limpo de sangue sem algũa raça de mouro, ou judeu, não
somente em sua pessoa, mas tambem em soa mulher se for casado. A segunda que
seja livre de toda a infâmia, defeito e de direito, por onde nenhum homem
notoriamente infamado de algum delicto escandaloso poderá ter lugar nesta
Irmandade e muto menos podera ser recebido e conservado nella, aquelle que for
castigado, ou convencido em juizo de semelhante culpa, ou de outra, que merecer
castigo vil. A terceira que seja de idade conveniente e no caso de ser solteiro não ter
menos de 25 anos. A quarta não servir a instituição a troco de salário. A quinta que, no
caso de ser oficial, tenha tenda; e no caso de ser mestre de obras, que já esteja isento
de trabalhar por suas mãos. A sexta que saiba ler e escrever e a sétima que seja
abastado em fazenda, de maneira que possa acudir ao serviço da Irmandade sem cair
em necessidade e sem sospeita de se aproveitar do que correr por suas mãos.
Por via desta elitização, ser irmão da Misericórdia era uma garantia de diferenciação
social. Garantia uma dignidade local, nobilitando quem nela ingressava. Atestava que
aquele indivíduo tinha boa reputação, orientava-se por exigentes preceitos morais e
religiosos, socialmente consagrados, e desfrutava de regalias materiais15.
13
Representantes de profissões mecânicas com estatuto socioeconómico relevante.
14
Transcrição publicada em Portugaliae Monumenta Misericordiarum, vol. 5, Reforço da interferência régia e
elitização: o governo dos Filipes, Centro de Estudos de História Religiosa da Universidade Católica, União das
Misericórdias Portuguesas. Lisboa: 2006, p. 276.
15
O tema é tratado com mais detalhe em SÁ, Isabel dos Guimarães, Quando o rico se faz pobre: misericórdias,
caridade e poder no Império Português, 1500-1800, Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos
Portugueses. Lisboa: 1997, pp. 94-104.
25
O facto de Salvador de Sousa Carvalho ter preferido salientar a vida virtuosa dos
irmãos, em detrimento da informação parental exigida, suscita-nos uma leitura. É que
ao reivindicar a ligação familiar a um ramo da Ordem Franciscana de tão estreita
observância como os Arrábidos17, o pintor poderá ter tentado aproximar-se, ainda que
por via indirecta, de um ideal eremítico-penitencial sedutor aos olhos da Mesa. Mais:
reforçou este vínculo com a espiritualidade seráfica ao informar os inquiridores que as
16
Arquivo da Misericórdia de Coimbra (AMC), Petições, Caixa 6 (1754-1899), número de ordem 0474.
17
Cf. FRANCO, José Eduardo; MOURÃO, José Augusto; GOMES, Ana Cristina da Costa, Dicionário Histórico das
Ordens e Instituições Afins em Portugal, Gradiva. Lisboa: 2010, pp. 52-58.
26
Declara igualmente ser filho legítimo de Bento Roiz [Rodrigues] e de sua mulher, Maria
Rosa, já falecidos, assim como neto paterno de António Pr.ª [Pereira], e de sua mulher,
Maria da Conceycaõ já defuntos. E dois irmãos, religiosos da ordem seráfica professos
em Mafra18: Frei Álvaro da Purificação e Frei Gonçalo da Piedade.
Foram ouvidas três: João Evangelista da Cruz, 40 anos de idade, pintor de azulejo na
cidade de Lisboa e residente nas Olarias freg.ª de Santa Cruz; Francisco António Vidigal,
de 28 anos, azulejador na cidade de Lisboa e morador as Olarias freguezia de Santa
Cruz; e Custódio Rodrigues de Miranda, natural da freguesia de Santo Emilião, do
Arcebispado de Braga, homem de negócio com residência na Rua da Calçada, em
Coimbra.
19
Salvador de Sousa Carvalho foi o penúltimo candidato a Irmão da Misericórdia de Coimbra a ser questionado
sobre esta matéria. A 10 de junho de 1773, a Mesa adoptou a Lei de 25 de maio de 1773, que aboliu a distinção
entre cristãos-velhos e cristão-novos.
20
Uma das testemunhas, Francisco António Vidigal, refere-se a Frei Gonçalo da Piedade como já falecido.
21
O registo de baptismo de Dionísio José de Sousa Carvalho, filho de Salvador de Sousa Carvalho, nascido a 17 de
Maio de 1759 e baptizado a 27 do mesmo mês, contém informações mais detalhadas. Bento Rodrigues é natural da
freguesia de São Jorge de Airó, do Arcebispado de Braga, e Maria Rosa é natural da freguesia de Nossa Senhora da
Pena, de Lisboa.
Mesa, Salvador de Sousa Carvalho jurou sobre os Santos Evangelhos e prometeu
cumprir com as obrigações de Irmaõ de menor condiçaõ22.
TEMPOS DE MUDANÇA
Entre 1700 e 1749, a grande maioria dos provedores eram fidalgos da Casa Real e 71%
pertenciam à Ordem de Cristo. Entre 1749 e 1799, mais de 90% dos mandatos
exercidos (Provedor) foram-no por fidalgos da Casa Real e mais de metade por
nomeação régia. Porém, a partir da última década do século XVIII, tudo muda. Em
1793, um Aviso Régio autorizava a eleição de elementos não membros da Irmandade
para os cargos de Provedor e mesários e muitos foram os que, uma vez eleitos, se
recusaram a cumprir o mandato. Em 1799 seriam “eleitos três lentes da Universidade e
três cónegos do Cabido, mas todos eles se escusaram”24.
Com efeito, uma provisão da rainha D. Maria I, cujo translado27, datado de 17 de Junho
de 1777, está no Arquivo da Irmandade, nomeia para Provedor António Xavier de Brito
e Castro, Deão da Sé e Fidalgo da Casa Real. Para a Mesa escolhe seis irmãos de mayor
condição: Domingos Monteiro de Albergaria (Cónego da Sé e Escrivão da Santa Casa),
Francisco Zuzarte de Quadros (admitido a 2 de Julho de 1768, na qualidade de filho de
António Xavier Zuzarte de Cardoso, Correio-mor, Fidalgo da Casa Real e Provedor no
ano de 1753), João Vieira de Melo e Sampaio (Cónego da Sé e Fidalgo da Casa Real,
admitido a 29 de Junho de 1771), Custódio Pacheco de Resende28 (advogado nos
auditórios de Coimbra, Irmão desde 17 de Junho de 1777), Manuel José de Abreu
(médico, admitido a 13 de Agosto de 1766) e Manuel da Silva Caetano (chanceler do
Fisco Real da cidade, Irmão desde 12 de Julho de 1750).
27
AMC, Livro do Registo das Provisões, Alvarás e Decretos (1510-1793).
28
Custódio Pacheco de Resende é referido num contrato de arrendamento, de 1760, de umas tendas de olaria
branca, onde surge igualmente o nome de Salvador de Sousa Carvalho. Cf. SANTOS, Diana Gonçalves dos, Salvador
de Sousa, pintor de azuleijo. Contributo para o conhecimento da sua actividade a partir de uma nota de
arrendamento (1760).
29
AMC, Termos das eleições da Mesa (1715-1793), fl. 181.
A sua presença no órgão superior da administração da Misericórdia estender-se-á por
14 anos, servindo nas provedorias de António Xavier de Brito e Castro (1777-1780), de
Miguel Osório Borges da Gama e Castro (1784-1790), de João Henriques Seco (1799-
1802) e de José Joaquim da Silva (1808-1810). Integrou, deste modo, executivos
encabeçados por dois fidalgos da Casa Real, um vereador da Câmara e um Lente de
Leis da Universidade de Coimbra. A 29 de maio de 1800 ascenderia ao estatuto de
Conselheiro da Irmandade.
A sua atividade na mordomia da ‘Capela’ e dos ‘Doentes e Presos’ cessa em 1784. Após 31
esta data, vemos o filho, Dionísio José de Sousa Carvalho (admitido como Irmão a 27
de Junho de 1784), a exercer a visitação dos doentes e presos nos anos de 1785, 1786,
1788 e 1789, ficando responsável pelo mês de junho, e a assegurar a mordomia da
capela em 1785, 1786, 1788, 1789 e 1790, sempre no mês de dezembro.
30
AMC, Livro de receitas e despesas dos Irmãos Mordomos da Capela visitadores dos doentes e presos, caixas 433
(1778), 434 (1779), 435 (1780), 436 (1781), 437 (1782), 438 (1783), 439 (1784).
Porventura um dos testemunhos mais interessantes da actividade de Salvador de
Sousa Carvalho na Misericórdia de Coimbra, conservados no Arquivo da Irmandade,
está precisamente relacionado com a função de Mordomo da Capela. Trata-se de um
conjunto de documentos31, referentes ao mês de novembro de 1777, que inclui
diversas folhas escritas pelo próprio punho, onde elenca as verbas que recebeu de
enterramentos, os gastos que efetuou com esmolas (com as quantias e respetivos
beneficiários), com celebrações litúrgicas e com a aquisição de bens de primeira
necessidade, os ordenados que pagou e as cartas de guia que passou.
São folhas manuscritas com uma caligrafia rápida, inclinada para a direita, nas quais
revela um particular cuidado no detalhe da informação prestada e nos oferece um
curioso retrato social da época. Entre as muitas notas que deixou, destacam-se
algumas, como o registo da despesa com humma mantilha que se deu de esmola, com
o moso que limpou o adro da misericordia ou ainda com o sorgiam que curou os
duentes da tinha.
A ordem de pagamento de junho de 1809 é, com efeito, o último ato oficial como
membro da Mesa nas fontes documentais consultadas no Arquivo da Irmandade. Sete
31
AMC, Caixa 453, Documentos de despesas do Mordomo da Capela (1769-1799).
32
SANTOS, Diana Gonçalves dos, Azulejaria de Fabrico Coimbrão (1699-1801). Artífices e artistas. Cronologia.
Iconografia, p. 304.
meses depois, a 13 de Janeiro de 181033, falecia no Terreiro das Olarias, onde viveu e
trabalhou durante mais de cinco décadas.
REFERÊNCIAS 33
ABREU, Laurinda, Misericórdias, Estado Moderno e Império, in Portugaliae Monumenta
Misericordiarum, vol. 10, Novos Estudos, Centro de Estudos de História Religiosa da
Universidade Católica, União das Misericórdias Portuguesas. Lisboa: 2017.
ARQUIVO DA MISERICÓRDIA DE COIMBRA, Caixa 453, Documentos de despesas do
Mordomo da Capela (1769-1799).
33
Aos treze de Janeiro de mil oitocentos e dez falesceo com todos os sacramentos e sem testamento no Terreiro das
Ollarias desta freguesia Salvador de Sousa Carvalho veuivo de (…) foi sepultado a noite nesta Igreja de Sta. Cruz; de
que fiz este que afignei = era ut supra. Arquivo da Universidade de Coimbra, Óbitos, Santa Cruz, 1795-1848, fl. 124.
O facto de ter sido foi enterrado à noite suscita curiosidade, pois esta era uma prática proibida pelas Constituições
Sinodais do Bispado de Coimbra. O regulamento diocesano, publicado em 1591 e reimpresso em 1731, especifica
que ninguém podia ser sepultado depois das Avemarias, hora a partir da qual as Constituições ordenavam que
todos rezassem pelas almas dos fiéis cristãos que estão no Purgatório. De acordo com Maria Antónia Lopes, o
enterramento noturno seria possível, mediante consentimento das autoridades eclesiásticas. As cerimónias, à noite,
iluminadas por tochas, conferiam uma pompa e dignidade que a luz do dia não proporcionava. Sabemos ainda que
as Constituições Sinodais do Bispado de Braga (1697) autorizavam os enterros noturnos, para que deste modo fosse
possível a realização de sufrágios pela alma do falecido.
ARQUIVO DA MISERICÓRDIA DE COIMBRA, Livro de receitas e despesas dos Irmãos
Mordomos da Capela visitadores dos doentes e presos, caixas 433 (1778), 434 (1779),
435 (1780), 436 (1781), 437 (1782), 438 (1783), 439 (1784).
ARQUIVO DA MISERICÓRDIA DE COIMBRA, Livro do Registo das Provisões, Alvarás e
Decretos (1510-1793).
ARQUIVO DA MISERICÓRDIA DE COIMBRA, Petições, Caixa 6 (1754-1899).
ARQUIVO DA MISERICÓRDIA DE COIMBRA, Termos das eleições da Mesa (1715-1793).
ARQUIVO DA MISERICÓRDIA DE COIMBRA, Termos de juramentos de Irmãos, Irmãos 5
(1706-1853).
ARQUIVO DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA, Óbitos, Santa Cruz, 1795-1848.
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1910. Elites e fontes de poder, in Revista de História Portuguesa, vol. XXXVI, Faculdade
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no Império Português, 1500-1800, Comissão Nacional para as Comemorações dos
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SANTOS, Diana Gonçalves dos, Salvador de Sousa, pintor de azuleijo. Contributo para o
conhecimento da sua actividade a partir de uma nota de arrendamento (1760), Revista
da Faculdade de Letras, Ciências e Técnicas do Património. Porto: (2008-2009), I Série,
Vol. VII-VIII.
SANTOS, Diana Gonçalves dos, Azulejaria de Fabrico Coimbrão (1699-1801). Artífices e
Artistas. Cronologia. Iconografia, Tese de Doutoramento em História da Arte
Portuguesa apresentada à Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Porto: 2013,
vol. 1.
Secretaria de Estado dos Negócios do Reino, Cartas, Alvarás, Patentes e Mercês 34
Lucrativas, Liv. 19, fl. 241, 21 de Abril de 1854
SILVA, Ana Isabel Coelho da, A norma e o desvio: história da evolução dos
compromissos das misericórdias portuguesas, in Portugaliae Monumenta
Misericordiarum, vol. 10, Novos Estudos, Centro de Estudos de História Religiosa da
Universidade Católica, União das Misericórdias Portuguesas. Lisboa: 2017
35
IMAGENS
36
Petição assinada por
Salvador de Sousa Carvalho
para ser admitido como
Irmão da Misericórdia de Coimbra 37
23 de abril de 1771
Arquivo da Misericórdia de Coimbra
Uma das inquirições sobre
Salvador de Sousa Carvalho
13 de maio de 1771
Arquivo da Misericórdia de Coimbra
38
Termo de juramento de
Salvador de Sousa Carvalho
como Irmão da Misericórdia
26 de maio de 1771
Arquivo da Misericórdia de Coimbra
39
40
41
42
43 abril
de 1771
maio
de 1771
junho
de 1777
44
45
Cartela assinala por Salvador de Sousa
Carvalho, proveniente do Mosteiro de Santa
Maria de Semide
1784
Museu Nacional de Machado de Castro
Colégio do São Bernardo de Coimbra