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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO


CENTRO DE TECNOLOGIA DE GEOCIÊNCIA
CAMPUS DO AGRESTE

HIGOR GUSTAVO CORDEIRO DE OLIVEIRA


VICTOR VINICIUS TORRES
BEZERRA

TRABALHO 3 – Métodos de Adams

Caruaru
2021
2

SUMÁRIO

1 Metodo de Adams..................................................................... 3
1.1 Método de Adams Bashforth-Moulton (2ª Ordem) ..............4
1.2 Método de Adams Bashforth-Moulton (4ª Ordem) ..............5
2 Programação............................................................................. 6
3 Exemplos ................................................................................... 8
4 Conclusão ................................................................................. 10
5 Bibliografia .............................................................................. 10
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MÉTODOS DE ADAMS

Como visto anteriormente, os procedimentos numéricos para resolver o problema de valor


inicial

(1)

no qual os dados no ponto t = tn são usados para calcular um valor aproximado da solução
ϕ(tn+1) no próximo ponto da partição t = tn+1. Em outras palavras, o valor calculado ϕ em
qualquer ponto da partição depende, apenas, dos dados no ponto anterior da partição. Tais
métodos são chamados de métodos de partida ou métodos de passo único. Entretanto, uma
vez obtidos valores aproximados da solução y = ϕ(t) em alguns pontos além de t0, é natural
perguntar se podemos usar parte dessa informação, em vez de só o valor no último ponto,
para calcular o valor de ϕ(t) no próximo ponto. Especificamente, se forem conhecidos y1 em
t1, y2 em t2, . . . , yn em tn, como poderemos usar essa informação para determinar yn+1 em tn+1?
Simples, os métodos que utilizam informação em mais do que o último ponto da partição são
conhecidos como métodos de passos múltiplos. Por simplicidade, vamos supor ao longo de
nossa discussão que o tamanho do passo h é constante.

(2)

(3)
4

Resolvendo A e B, obtem-se

(4)

Finalmente, substituímos ϕ(tn+1) e ϕ(tn) por yn+1 e yn, respectivamente, e fazemos algumas
simplificações algébricas. Para um tamanho de passo constante h, obtemos

(5)

A Eq. (5) é a fórmula de Adams-Bashforth de 2ª ordem. É uma fórmula explícita para yn+1
em função de yn e yn−1 e tem erro de truncamento local proporcional a h3.
Observamos que a fórmula de Adams-Bashforth de 1ª ordem, baseada no polinômio P0(t) = fn
de grau zero, é, simplesmente, a fórmula de Euler original.

(6)

Em resumo, os métodos de Adams são divididos em duas categorias: Bashforth e


Moulton, onde respectivamente são classificados como métodos explícitos e implícitos. Uma
utilização mais efetiva para eles se dá através do sistema preditor (Bashforth) – corretor
(Moulton). Esse sistema pode ser utilizado quantas vezes se deseje em cada passo, e isso visa
o aumento da precisão de cada ponto determinado.

ADAMS BASHFORTH-MOULTON 2ª ORDEM

Os métodos de segunda ordem precisam de apenas dois pontos predecessores para serem
inicializados, para isso utilizou-se de Runge-Kutta de ordem 4. Com esses dados em mãos, a
imagem do ponto posterior é calculada a partir da equação (7).
5

(7)

(8)

A equação (8) é a equação de Moulton (corretora) de segunda ordem, tanto seu caráter
implícito como corretor, ficam evidentes na sua formulação, já que para encontrar o ponto i+1

precisamos já tê-lo encontrado. Por isso usa-se esses dois métodos (Bashforth e Moulton) em
conjunto.

MÉTODO DE ADAMS-BASHFORTH-MOULTON DE 4ª ORDEM

Numericamente, o método de Adams-Bashforth de 4ª ordem é dado da seguinte forma:

(9)

e o método de Adams-Bashforth-Moulton de 4ª ordem é dado por:

(10)

Similarmente ao de 2ª ordem, aqui estes métodos também se complementam num método


Previsor-Corretor, no qual o método de Adams-Bashforth atua como previsor enquanto o
método de Adams-Bashforth-Moulton atua como corretor desta previsão.
6

PROGRAMAÇÃO

Para o exemplo 1
%Método de Adans-Bashforth e Adans-Moulton 2º e 4º Ordem
%Utilizando Runge-Kutta 4º Ordem
%VICTOR VINICIUS TORRES BEZERRA e HIGOR GUSTAVO CORDEIRO DE OLIVEIRA

clear %Limpar a área de trabalho


clc %Limpar tela de comando

%Determinando o intervalo
A = 0;
B = 2;

%Determinando os valores iniciais


x0 = 0;
y0 = 3;

%Determinando a quantidade de passos


n = 100;

%Determinando o tamanho do passo


h = (B-A)/n;

%Determinando a derivada da função


syms x y

f(x,y) = 5*exp(x)-37*x;
x = [A:h:B]

%Determinando os intervalos u e v que irão salvar os resultados de x e y


%respectivamente
x(1) = x0;
y(1) = y0;

%Determinando o comando de repetição do Runge-Kutta de 4ªordem


for i = 1:3
k1 = f(x(i), y(i));
k2 = f(x(i) + (h*0.5), y(i)+h*0.5*k1);
k3 = f(x(i) + (h*0.5), y(i)+h*0.5*k2);
k4 = f(x(i) + (h), y(i)+h*k3);
k = k1 + 2*k2 + 2*k3 + k4;
y(i+1) = y(i) + (h/6)*k;
end

for i = 1:4
B2(i) = y(i);
M2(i) = y(i);
B4(i) = y(i);
M4(i) = y(i);
end

%Determinando o comando de repetição Adans-Bashforth e Adans-Moulton 2ª


Ordem
for i = 2:n
xj = A+i*h;
p1 = 3*f(x(i), B2(i))-f(x(i-1),B2(i-1));
B2(i+1) = B2(i-1)+h*p1*0.5;
7

c = (5/12)*f(x(i+1),B2(i+1))+(2/3)*f(x(i),B2(i))-(1/12)*f(x(i-1),B2(i-1));
M2(i+1) = B2(i)+(h)*c;
x(i+1) = xj
end

%Determinando o comando de repetição Adans-Bashforth e Adans-Moulton 4ª


Ordem
for i = 4:n
part1 = 55.0*f(x(i),B4(i))-59.0*f(x(i),B4(i-1))+37.0*f(x(i-2),B4(i-2))-
9.0*f(x(i-3),B4(i-3));
B4(i+1) = B4(i)+(h/24)*(part1);
part2 = 251*f(xj,B4(i+1))+646*f(x(i),B4(i))-264*f(x(i-1),B4(i-
1))+106*f(x(i-2),B4(i-2))-19*f((x(i-3)),B4(i-3));
M4(i+1) = B4(i)+(h/720)*(part2);
end

%Determinando a função analitica para a comparação


xa(1) = x0;
ya(1) = y0;

for i = 1:n
ya(i+1) = 5*exp(xa(i))-((37*xa(i)^2)/2);
xa(i+1) = A+i*h;
end

figure
plot(x,B2,'*-r',x,M2,'*-y',x,B4,'*-b',x,M4,'*-c',xa,ya,'*-g')
xlabel('x'), ylabel('y')
title('Grafico de Bash e Moulton 2º e 4º Ordem')
legend('Bash 2º Od','Moulton 2º Od','Bash 4º Od','Moulton 4º Od','Resp
Analitica');

A programação é a mesma para os demais exemplos o que diferencia são


algumas etapas listadas, tais como:

Para o exemplo 2

%Determinando a quantidade de passos


n = 20;

Para o exemplo 3

%Determinando a quantidade de passos


n = 20;

%Determinando a derivada da função

f(x,y) = 3*exp(x)+16*x;

%Determinando a função analitica para a comparação

ya(i+1) = 3*exp(xa(i))+((16*xa(i)^2)/2);

Para o exemplo 4

%Determinando a derivada da função

f(x,y) = 3*exp(x)+16*x;
8

%Determinando a função analitica para a comparação

ya(i+1) = 3*exp(xa(i))+((16*xa(i)^2)/2);

EXEMPLOS

1) Para n=100
y’=5ex- 37x
intervalo: 0 a 2
y0=3;
x0= 0
9

2)Para n=20
y’=5ex- 37x
intervalo: 0 a 2
y0=3;
x0= 0

3) Para n=20
y’= 3ex + 16x
intervalo: 0 a 2
y0=3;
x0= 0
10

4) Para n=100
y’= 3ex + 16x
intervalo: 0 a 2
y0=3;
x0= 0

CONCLUSÃO

Portanto, para utilizar o método de Adams é necessário, primeiro, encontrar alguns


valores por outro método, o qual chamamos de yi. Isto é, o método de Adams-Moulton de 4ª
ordem precisa de valores para y1 e y2, enquanto o método de Adams-Bashforth de 4ª ordem
também precisa de um valor para y3. Bem como, existe a possibilidade de usar um método de
partida de precisão comparável para calcular os valores iniciais necessários para o método de
passos múltiplos. Então, para um método de passos múltiplos de 4ª ordem, pode-se utilizar o
método de Runge-Kutta de 4ª ordem para calcular os valores inicias “yi’’.
Além disso, como esperado os métodos de 4ª ordem, tem maior precisão, mas com o
aumento gradativo do número de pontos, percebemos que os métodos de 4ª ordem, além de
serem superiores, concebe uma convergência maior, em comparação aos métodos de 2ª
ordem que tem uma convergência menor.

BIBLIOGRAFIA

Zill, Dennis G. Equações Diferenciais – Volume 2 – Dennis G. Zill, Michael R.


Cullen;tradução: Alfredo Alves de Farias; revisão técnica: Antônio Pertence Junior
– São Paulo: Pearson Books, 2001.

Boyce, William E., 1930 - Equações diferenciais elementares e problemas de


valores de contorno / William E. Boyce, Richard C. DiPrima ; tradução e revisão
técnica Valéria de Magalhães Iorio. - 10. ed. - Rio de Janeiro: LTC, 2015.

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